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RagnaTale: Ruína


Paulinho 4ever

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opa! violação aos direitos autorais da guilda! agora o Leafar pode te processar

 

Ele nem você vão querer fazer isso,acredite(SS constragendoras Wons!!)

como assim ele e nem eu? ele vc pode mostrar o leaforger sendo ownado, mas eu? o que eu tenho a ver *finge cara de " não estou te ouvindo, estou te ignorando e olhando para o horizonte, pois com certeza não tem nada a ver com o pvp"*

flow!

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Pessoal, já levaram em consideração que o Leafar foi banido??????

Sério pessoal, não acho que seja uma boa hora pra brincar de "mega flood of hell", temos um probleminha aqui.

 Não é banido, é suspenso! É diferente. Banido = não loga nunca mais. Suspenso = volta depois de alguns dias. Já falei pro Rafa não perder tempo discutindo com randoms! Mexe com criançada, sai sujo de... rsEu falei com ele no Gtalk e ele pediu pra postar aqui.

Hahahaha valeu! Mas avisa o pessoal que primeiro vai sair o Einherjar. Depois eu lanço o 3 de Ruína, senão vai atrasar muito. Avisa eles do post no blog com os pin-ups dos grupos do Einherjar. Quando acabar a suspensão eu dou um oi lá, mas qualquer coisa estou ingame com o WS ou o Alchie.

O post que ele falou é esse: http://prancheta10.blogspot.com/2008/11/pin-ups-de-einherjar.htmlTem uns personagens lá do Eineruaehruahuerha. *renova agora a barreira de gelo*
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hã? ele foi suspenso porque? eu realmente n sabia disso

Acho que foi no troço do manual vindo rpo ODIN[/hmm]

Se não me engano o cara começou a discutir com ele ae como a maioria dos tópicos que tem opinão envolvida...flame =/

Mais daqui a poco ele volta(assim é bom que ja vai volta com quase tudo pronto e não vamos mais ter atrasos,eu espero...)

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Foi uma discussão dele com o Shizuka ou o Ed X, mas isso não interessa nesse tópico.

Quero mais é ler o Cap.3 de Ruína (ou pelo menos esperar a poeira baixar).

Fora que esses dois foram suspensos também, mas um deles fez fake só pra fingir que não aconteceu nada.

Eu falei pro Rafa não perder mais tempo com essas coisas. Não compensa se rebaixar ao nível de quem não alcança o dele. Ok, ok, parei.

Mas como ele falou que o próximo é Eieerjiarjiajreiae, vamos encher ele lá! Aliás, vai abrir topic novo pra ela ou vai continuar do prólogo, Rafa? E coloca o Damiam nele tb plzzzzzz

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Verdade! Quando é que o Leafar vol... ... ...Ops, sou eu! o/

vai abrir topic novo pra ela ou vai continuar do prólogo

 

Isso só o Lea pode nos responder...

Alguem saabe quando ele volta?

 Então, eu não sei. Acho que é melhor um tópico novo, né? Aí o prólogo fica lá, quietinho, e um novo leitor não precisa entrar nele pra procurar o capítulo 1 27 páginas depois, mesmo tendo índice.Só queria agradecer o Danilo por ter postado aqui por mim. Pode deixar que o Damiam vai aparecer no Ruína. No Einherjar, bem, você morreu em Morroc Saga. Então acho meio difícil você voltar, mesmo a morte sendo irrelevante no mundo do Rag! :DE segue a imagem de teste dos líderes de núcleos de Einherjar!mural_pinups_einherjar.jpgPrimeira linha

Christian Vallmore (Leo), Leonard Belmont (Leo), Seiya Leafar

 

Segunda linha

Castor (Morroc Saga, Ruína), Bonnie Heart (Hora Zero, Morroc Saga, Ruína), Morrigane (Garra das Trevas)

 

Terceira linha

Sailorcheer (Hora Zero), Julian Belmont (Eclipse Final), GM Wyla (Hora Zero, Leo)Que tal?Abraços,

- Rafa

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Seiya Leafar

 

 

Ta igualzinho!![/heh][/heh]

um novo leitor não precisa entrar nele pra procurar o capítulo 1 27 páginas depois, mesmo tendo índice

 

Pior o coitado que for ler MS...

A Bonnie ta gosto...*toma porrada de Lordes*

Bonnie.. eu quis dizer saiol *é surrado por um sacerdite que não gosta do Maizena*

Agora é sério o desenho das duas tá muito legal!!!

Vai conta o que aconteceu com os runicos??

 

 

 

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Acho que não caberia ao Leafar contar o que aconteceu com os Rúnicos, visto que a própria Sailorcheer tá fazendo isso (com atrasos fenomenais, mas tá fazendo).Além do mais, Ordem do Dragão =/= Guerreiros Rúnicos (se o nome estiver errado, algum ancião saia do asilo e me corrija).E finalizando, eu vou ali pra minha cama dormir (Tô a 24 horas acordado. Insônia dos infernos! MALDITA LUG!!!)

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Acho que não caberia ao Leafar contar o que aconteceu com os Rúnicos, visto que a própria Sailorcheer tá fazendo isso (com atrasos fenomenais, mas tá fazendo).

Além do mais, Ordem do Dragão =/= Guerreiros Rúnicos (se o nome estiver errado, algum ancião saia do asilo e me corrija).

E finalizando, eu vou ali pra minha cama dormir (Tô a 24 horas acordado. Insônia dos infernos! MALDITA LUG!!!)

 

 O mal humor...¬¬

Minha idéia se baseava no fato de que eles são amigos e a Sailor passava a informação pro Lea e o mesmo para nós atravez da fic

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Seiya Leafar

nesse momento chega o hrymm que ressuscitou dos mortos misteriosamente:

hades hrymm:  eu voltei para a minha vingança! agora... MORRA, SEYA LEAFAR!!!!

seya Leafar:nããããõooo! eu não posso morer ainda! venha a mim, armadura de ouro de sagitário de naglfar!

...* corre*

mals, mas não resisti xD cavaleiros do zodíaco ownan vidas.

flow!

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Verdade! Quando é que o Leafar vol... ... ...

Ops, sou eu! o/

vai abrir topic novo pra ela ou vai continuar do prólogo

 

Isso só o Lea pode nos responder...

Alguem saabe quando ele volta?

 

Então, eu não sei. Acho que é melhor um tópico novo, né? Aí o prólogo fica lá, quietinho, e um novo leitor não precisa entrar nele pra procurar o capítulo 1 27 páginas depois, mesmo tendo índice.

Só queria agradecer o Danilo por ter postado aqui por mim. Pode deixar que o Damiam vai aparecer no Ruína. No Einherjar, bem, você morreu em Morroc Saga. Então acho meio difícil você voltar, mesmo a morte sendo irrelevante no mundo do Rag! :D

E segue a imagem de teste dos líderes de núcleos de Einherjar!

mural_pinups_einherjar.jpg

Primeira linha

Christian Vallmore (Leo), Leonard Belmont (Leo), Seiya Leafar

 

Segunda linha

Castor (Morroc Saga, Ruína), Bonnie Heart (Hora Zero, Morroc Saga, Ruína), Morrigane (Garra das Trevas)

 

Terceira linha

Sailorcheer (Hora Zero), Julian Belmont (Eclipse Final), GM Wyla (Hora Zero, Leo)

Que tal?

Abraços,

- Rafa

 

 Uia sinal de vida... e muito bom os desenhos... agora uma dúvida... a Morrigane estava de chico? Oo

[sIGPIC][/sIGPIC]

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Estão muito legais os desenhos. Em especial, eu adorei a Sailorcheer e a Bonnie (obvio, dã).

A Bonnie ficou bem linda mesmo, o traço ficou diferente do normal, ficou mais sexy. Pela posição, lembrei vagamente a Misato San de Evangelion.

Já Morrigane, espero q morra :p:P

O Castor ta lindinho, vai dizer que não da vontade de colorir? HAHAHA

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RagnaTale: Ruína

Roteiro e texto: Rafael de Agostini Ferreira

Arte: Eliza Milk

Logo: Leonardo "LeonheART"***Essa história acontece na seguinte linha cronológica:Leo

>>> Ruína

Hora Zero***Capítulo 3

- Acariação

 

Como visto originalmente em Hora Zero:

 

- Renda-se, ou encontre o castigo de teus pecados sob a forma de minha justiça, vilão!

 

Ao ouvir a ameaça, o Mercenário não deixou de dar um passo para trás. Ninguém menos que Lady Jô Mungandr, a Paladina, estava em sua frente, com a aura radiante. Acuado, ele caiu de joelhos diante dela.

 

- Eu me rendo. Não pretendo medir forças com a senhorita, milady.

 

- Então agora diz: por que roubou o Rei de Prontera? Qual tua necessidade doentia em praticar tal vandalismo?

 

- Na verdade, eu não roubei. Alguém roubou e me deu isso. Era pra eu encontrar uma pessoa aqui.

 

- E encontrou. Agora é chegada a hora de...

 

Jô foi interrompida de seu discurso quando uma adaga arremessada atravessou a cabeça do Mercenário. Olhou indignada ao ver o Desordeiro, com uma aura tão brilhante quanto a sua, sorrindo.

 

- Pô garota, tu fala demais! – disse o homem, ajeitando o colete roxo.

 

- Foi você quem roubou o Rei então, não foi? Jestr... e agora matou este homem na minha frente.

 

- Uau! Já me conhecia? Que delícia... imagino o tipo de coisa que podemos fazer juntos depois!

 

Com um pulo no ar, ele parou na frente dela. Imediatamente ela colocou o sabre no pescoço dele, dona de uma autoridade que poucas pessoas possuíam.

 

- Em nome do Rei Tristan III, governante supremo de Rune Midgard, está preso por roubo ao Tesouro Real e pelo assassinato deste homem.

 

- Eu não sigo as leis de seu Rei, Paladina – Jestr, ainda de cabeça baixa, sorriu – Meu mestre é Surtr.

 

- O que?

 

Surtr, líder dos Gigantes de Fogo, era inimigo declarado de Odin e seu panteão. Os olhos de Jô brilharam diante de tamanha ousadia e, como jamais havia feito, apertou o sabre contra Jestr. Uma gota de sangue escorreu dele, que continuava imóvel.

 

- Dê-me apenas uma razão para que, em nome de Odin, eu não prive sua cabeça de continuar colada ao teu corpo, Jestr...

 

- Eu lhe peço para que não faça, Jô Mungandr.

 

A voz poderosa e rouca fez a Paladina tremer. Ela jamais tinha ouvido esta voz antes, não sabia quem era, mas seu coração gritava como um louco. Suas emoções tomaram conta de seu corpo. A menção de seu nome fez com que afrouxasse o aperto no ameaçador sabre, se esquecesse do Desordeiro e olhasse para o homem com o semblante que lembrava o de um santo.

 

- Não sabe por quanto tempo eu ansiei por este encontro, fiel Paladina.

 

- Naglfar... – foi tudo que sua boca conseguiu murmurar, antes de ser invadida pelo gosto das lágrimas salgadas, que escorriam aos montes de seus olhos.

 

- Preciso da tua ajuda, pois a Guerra Santa chegou.

 

- Tens à disposição minha espada, meu escudo e meu coração, meu lorde – disse, já de joelhos e cabeça baixa, com a mão trêmula segurando a empunhadura da espada.

 

- Saiba, pois, que não é por Odin que luto. Assim como tu, me iludi pelas mentiras do senhor do Valhalla. É a Surtr que sirvo, e é por ele que lutarei nesta iminente batalha.

 

Por um breve instante, Jô sentiu seu coração doer. Segurou mais firme a espada, cuja ponta estava encostando no chão de pedra de Glast Heim. Sentiu a dúvida dilacerando sua alma e sua Fé. Seu ouvido não lhe enganara. Não apenas aquele era Naglfar, o primeiro Paladino, homem de confiança do Rei Tristan I, como ele assumira que estava do lado de Surtr.

 

- Devo considerar o aperto firme no cabo de sua arma como vontade de derrotar Odin, ou como uma inimiga que se coloca entre mim e minha divina missão? – Naglfar, com o semblante tranqüilo, segurou no queixo de Jô Mungandr e fê-la levantar os olhos para que encontrassem com os seus.

 

- Você... é o meu maior herói, desde que eu me conheço por gente. Cada monstro que matei, cada pessoa que salvei... foi tudo por você. Por que, senhor, luta ao lado de Surtr?

 

- Se minha palavra não basta para que me siga, então não é digna de estar do meu lado. Levante-se e parta. Eu pessoalmente a procurarei no campo de batalha, e tratarei de encerrar tua vida.

 

- Não! Nunca! Perdoa-me, meu lorde! Estou tomada pela surpresa e pela emoção, e não sou dona de minhas palavras. Mas garanto que é o dono do meu coração e de minhas vontades. E se luta ao lado de Surtr, é porque este é o caminho. E se é ele que segue, é quem também sigo. Tem a minha fidelidade e meu poder.

 

Naglfar ofereceu a mão para que a Paladina se levantasse. Sorriu e deu-lhe um ornamento – um chaveiro com um poring. Jestr se aproximou dos dois e, juntos, contemplaram a lápide original do Paladino, com uma espada cravada, como memória das antigas batalhas e vitórias que travou enquanto defendia Glast Heim.

 

- Alcançamos a imortalidade, meus amigos – disse o Paladino, desprezando o abrigo de sua morte secular – Vamos nos reunir com os outros. Há muito a ser feito. Muito...

 

- Muito mesmo, como lutar comigo. Traidores.

 

A voz fez o trio parar momentaneamente. Ficaram chocados com a visão. Um Arquimago, uma Suma Sacerdotisa e um Mestre-Ferreiro encaravam eles. O Arquimago deu um passo adiante.

 

- Naglfar. Não digo que é uma satisfação reencontrá-lo porque você está do lado errado.

 

- Belmont. Não tenho assuntos a tratar com você. Não aqui, nem nesta época.

 

- Não posso permitir que leve Jô com você. Então, caso queira aproveitar seu próprio túmulo para voltar para seu descanso eterno, sinta-se à vontade para me atacar e assinar sua própria sentença.

 

Leonard olhou para trás, sorrindo. Espalmou a mão para a frente, e um Trovão de Júpiter mandou Jestr, até então invisível, voando para longe, antes que ele conseguisse atacar furtivamente Christian. Na sequência, Hellenia deixou o Desordeiro mudo com sua magia.

 

- Jestr não passará de hoje, é fato. - Leonard deu alguns passos na direção de Naglfar, acompanhado de Christian - Mas como eu dizia, Jô virá conosco.

 

- Ouse erguer um dedo contra meu senhor e sentirá minha fúria em sua plenitude, Arquimago! - a Paladina sacou a espada e o escudo e se prostou diante do Paladino. Christian sacou o mangual e também segurou um bonito e reluzente escudo. Leonard, porém, colocou a mão em sinal negativo para o amigo.

 

- Jô. - disse ele - Se meus cálculos estão corretos, e eles sempre estão, Surtr está montando uma força-tarefa para exterminar toda a vida em Rune-Midgard. Você é a única que pode reagir e enfrentar eles, inspirando as pessoas. Você é a única heroína verdadeira que estas terras conhecem. Seu papel é proteger o Rei, ao qual jurou lealdade.

 

- Não escute ele, minha fiel Jô. - Naglfar mantinha a espada e o escudo baixos - Há uma mudança na ordem das coisas. Você confia em mim. Se eu sirvo a Surtr, é porque Odin não mais nos merece. E eu não diria tal blasfêmia se não fosse verdade.

 

A loura olhou para os dois, confusa. Viu Hellenia mantendo Jestr sob controle com suas magias. As mãos de Leonard emanavam magia tal qual ela jamais tinha visto antes. Via verdade nos olhos dos dois, tanto do Paladino quanto do Arquimago. Estava confusa. Seu coração estava apertado.

 

- Pois bem. - os olhos do Arquimago brilharam - Não posso permitir que se una a estas pessoas. Vou enviar Naglfar de volta para Asgard, para que Odin o bana para Niflheim. Em seguida você virá conosco.

 

- Nunca!

 

Com um grito, Jô avançou. Pulou contra o Arquimago, mas recebeu direto no rosto um contragolpe violento desferido pelo Mestre-Ferreiro. Indignada, ativou seu Escudo Refletor. O elfo, indiferente, ergueu os poderosos braços, segurando seu carrinho, e bateu nela, usando-o como um martelo. Normalmente, o Escudo Refletor devolveria parte do dano de volta contra o atacante. Mas o Choque do Carrinho parecia ignorar isso. E em poucos golpes, o elfo deixou a Paladina prostrada no chão, sangrando.

 

- Alvo anulado. - disse ele, tão indiferente quanto antes. Mas seus olhos se arregalaram quando recebeu um golpe pelas costas. Seus equipamentos voaram para o alto, deixando-o completamente desarmado. Virou-se a tempo de ver Jestr com a mão brilhando com raios, atingindo-o com um Trovão de Júpiter igual ao que Leonard o ferira. E dessa vez foi o Mestre-Ferreiro quem tombou.

 

Jestr ia dizer “não foi difícil anular sua Suma”, mas mal teve tempo de piscar enquanto Leonard o congelava, eletrocutava, congelava novamente e agora o fazia dormir com mais um Trovão de Júpiter.

 

- Poupe o meu trabalho - disse o Arquimago, andando na direção de Nagflar - e deite no seu túmulo, na posição na qual quer ser enterrado. Você perdeu.

 

Leonard sentiu então uma pequena pressão em seu tornozelo. Viu a Paladina chorando, segurando-o.

 

- Eu lhe imploro por tudo que é mais sagrado! Não ataque Nagflar! Não sabe quanto eu esperei por este dia! Por favor!

 

- Paladina, seu mestre está lutando pelo lado errado. Eu lamento que seu amor por ele a tenha cegado. Lamento mesmo. Mas como falei, você é poderosa demais para que caia nas mãos do mal. Eu vou matar Naglfar e em seguida você irá comigo para uma prisão especial.

 

A outra mão de Jô segurou o outro tornozelo de Leonard. Seu corpo começou a brilhar.

 

- Meu mestre... - disse ela, chorando, segurando firme o Arquimago - ... que meu sacrifício não seja em vão. Por favor, cumpra sua missão...

 

- Jô! - Leonard se desesperou quando notou que ela começava a invocar a sua técnica da Crux Magnum - Não faça isso!

 

Naglfar fechou os olhos e virou a cabeça para o lado. Jô começou a brilhar com mais intensidade, até que uma grande cruz sagrada explodiu do solo, de onde estava seu corpo. O brilho foi tão forte que podia ter sido visto com facilidade da outra extremidade de Glast Heim. Tão poderosa foi a aura sagrada que nenhuma criatura ousou se aproximar dali.

 

E quando a luz cessou, Nagflar notou Leonard ajoelhado, ajeitando os óculos, olhando para Jô, tocando o rosto dela com uma das mãos.

 

- Curioso. A técnica de Crux Magnum dela supera a sua em um nível, Naglfar. E a sua própria já supera em um a máxima dos demais Paladinos. Ela realmente é uma mulher fantástica.

 

- A maioria das pessoas que conheço teriam sido queimadas até os ossos com um ataque desses, Arquimago. Mas como eu disse, não é agora que tenho assuntos a tratar com você.

 

- E o que lhe faz pensar que eu deixarei que escape ou que tenha uma remota chance de me enfrentar.

 

- Eu darei a ele essa chance.

 

Leonard se virou. A voz fez seu coração acelerar. Em sua frente, seu mestre e professor, o lendário Arquimago Garm.

 

***

 

- Oito... nove... ... ...

 

A ruiva olhava com expectativa para o louro. Ele, de cabelo médio e liso, escorrido por causa do suor, estava sem camisa. Segurava uma barra metálica na horizontal com as duas mãos. Em cada ponta da barra, vários discos de ferro com marcação de peso. Seus dentes estavam rangidos. Todos os músculos dos seus braços estavam tensos.

 

-  Vai, Leafar! Falta só mais uma pra fechar a série!

 

Ele fechou a expressão e subiu os pulsos na direção do peito, erguendo a barra. Quando ela atingiu o ápice da subida, ele arremessou-a na grama.

 

- Dez! - comemorou a ruiva - Viu? Acabou o treino de hoje!

 

- Nem me fala, Sarah. - o louro caiu então deitado na grama, enquanto a ruiva sentava do seu lado. Ela pegou um balde com água, molhou um pano e começou a pingar a água no louro.

 

- Você está forte, Leafar. É muito chocante a diferença física de quando você era Sacerdote.

 

- Obrigado. Mas não tenho muito o que fazer agora. Nem tenho mais magia direito. Então tenho que ficar forte para usar com competência a espada.

 

- Aposto que você é bom com ela...

 

O comentário saiu cheio de maldade. Leafar ruborizou e ficou sentado, olhando para a torre de Geffen, além da ponte. Sarah Locky, a ruiva que lhe fazia companhia, era uma Caçadora da Ordem do Dragão. Mantinha uma paixão secreta pelo Leafar clone, que era casado, mas nunca tinha contado a ninguém sobre isso. Quando o original retornou, depois da morte do antigo, e solteiro, a ruiva viu a oportunidade de se aproximar e ter seu sonho realizado. Mas era difícil para a garota competir com outra Caçadora da guilda, viúva do clone.

 

- Ei! - insistiu ela - O que você vai fazer hoje de noite?

 

- Acho que vou até a casa das duas para ver como elas estão. Eu gostaria muito que elas ficassem em paz.

 

- E eu gostaria muito que você deixasse elas para lá. Leafar. Elas já tiveram a vida delas. Acabou. O que elas vão fazer, depende apenas delas agora. - Sarah se levantou, dando uma mordida grande em uma maçã - O que você quer fazer? Casar com a sua própria viúva e fazer ela feliz? Ela casou com o seu clone, não com você.

 

- E o que você quer que eu faça? Só queria retomar a minha vida.

 

- A sua vida não é a vida daquele idiota sem sal nem açúcar. Ele morreu. E tem coisa muito mais interessante pra você aproveitar.

 

- Tipo o que, Sarah?

 

- Tipo eu.

 

A ruiva passou a mãos no pescoço suado de Leafar e roubou um beijo. Piscou e deixou a maçã que comia na mão dele.

 

- Escuta o que eu tô dizendo: essa Aislinn vai fazer m**** ainda. Uma pessoa que mata o próprio marido só pode ficar louca. E você pode ver o que ela está fazendo com a Ordem do Dragão.

 

- Não culpe ela. Não é fácil assumir uma guilda daquele tamanho. Ela não estava pronta. - disse ele, passando a mão levemente na cicatriz que ela tinha no rosto, em cima do olho esquerdo.

 

- Não estava pronta? Você tá brincando, né? Dois anos dormindo e acordando com “você” - o tom da voz dela deixou claro sobre “você” ser o clone - vivendo cada aventura, acompanhando cada decisão... e não aprendeu nada? E os outros? Seus generais não estão fazendo NADA! Cara, eles viraram hippies! Eu não vejo a Ordem do Dragão levantar armas há MESES! É só reunião social, só ação para proteger pessoas carentes e o mundo cheio de monstros! Foi por isso que saí da guilda!

 

- Sei lá, Sarah. Não sou eu quem vai mudar isso. Eles que façam o que quiserem. Eu só quero retomar a minha vida e ser feliz. Não me vejo um dia usando o brasão da Ordem.

 

Um barulho no mato chamou a atenção dos dois. Sarah assobiou para seu falcão enquanto sacou o arco. Uma árvore foi derrubada então, relevando um Cavaleiro Sanguinário.

 

***

 

Os dois Arquimagos se encaravam. Leonard Belmont, de braços cruzados, olhava o homem grisalho que surgira. Analisava ele de cima a baixo. Notou os óculos escuros e os chifres dourados em sua cabeça.

 

- Então também se uniu ao inimigo, mestre. E só tenho uma pergunta: o que ele fez para que aceitasse? Qual a ameaça que fez com que o velho Garm concordasse em lutar ao lado do inimigo de Odin?

 

Naglfar começou a ir na direção dos feridos Jestr e Jô. Leonard fez menção de atacar, mas Garm esticou a mão.

 

- Não ataque. Se você atacar, eu vou atacar. E deus sabe quando uma luta entre nós vai terminar.

 

- “Deus”. Não seja irônico, mestre. - Leonard deixou Naglfar ir até os aliados, enquanto ele mesmo foi até os elfos caídos. Ofereceu-lhes um Fruto de Yggdrasil, voltando a ficar de pé, encarando Garm.

 

- Vim aqui especialmente para encontrá-lo. Não posso permitir que enfrente Naglfar ou qualquer um dos enviados de Surtr que não seja eu. Não é esse o seu papel.

 

- Do que está falando? Enlouqueceu? É realmente meu mestre? Ele não dizia coisas sem sentido.

 

Garm olhou para Christian - que na verdade tinha sido batizado como Essny. O elfo fez sutilmente um aceno de cabeça e ajudou Hellenia a se levantar.

 

- Venha. - disse ele - Devemos ir embora.

 

- Como assim? - a elfa ficou estupefata - Não vamos ajudar?

 

- Nossa missão primordial é proteger Leafar e a Ordem do Dragão, não Leonard ou qualquer outra pessoa.

 

- Confio a vida de meu filho a vocês dois. - Leonard encarou então o elfo - Mas não pense que essa conversa silenciosa de olhares passou em branco por mim, Essny.

 

- Não tenho nada a esconder do meu melhor amigo. - o elfo deu uma gema azul para Hellenia - Sua batalha é com Garm, e com ele apenas.

 

A elfa então abriu o portal e os dois sumiram. Do outro lado, Naglfar começou a cuidar dos ferimentos do Desordeiro e da Paladina. Leonard olhou para eles rapidamente e voltou sua atenção para Garm.

 

- O que dizia sobre o meu papel?

 

Garm apertou os olhos, encarando Leonard com desconfiança.

 

- Você não desconfia de nada ainda, não é? Digo, você ainda não se lembra, não é?

 

- A tolice da sua pergunta já lhe dá sua resposta. Se eu soubesse de algo que me questiona, eu não estaria assim fazendo.

 

- Eu disse a ele - Naglfar, passando um unguento na testa de Jô - que não temos assuntos a tratar com ele nessa época.

 

- Exato, Arquimago.

 

- “Arquimago”. “Belmont”. - Leonard se irritou - Por que é tão difícil me chamar pelo meu próprio nome?

 

Garm e Naglfar se entreolharam. O Paladino abaixou a cabeça, entristecido. Garm então andou na direção do Arquimago. Leonard não levantou a guarda, pois não sentiu ameça nenhuma vinda do velho. Deixou que ele tocasse o seu ombro com a mão.

 

- Você não se lembra porque ainda não é a hora. Ainda não aconteceu. Na verdade, está acontecendo. E irá acontecer.

 

Aquelas palavras perturbaram Leonard de alguma maneira que ele não podia explicar. Pareciam como um gatilho psicológico, armado para explodir em algum momento muito importante.

 

- O que... o que está fazendo comigo? - deu um tapa na mão de Garm, indo alguns passos para trás, tonto.

 

- O que é escrito pelas Nornas não pode ser mudado, Belmont. E é por isso que lutamos por Surtr. Estamos garantindo o equilíbrio e o futuro. - disse Naglfar.

 

Jô, curada, viu que o Paladino tinha feito algo contra Jestr; o Desordeiro estava desacordado e suando.

 

Leonard se apoiou no cajado. Sua mente começou a ferver. Muitas imagens invadiram seus pensamentos. Viu batalhas sem fim. Pessoas lutando juntas, desesperadas. O reino dos homens, dos deuses e dos demônios. Viu a morte. E sentiu a dor dela.

 

Levantou-se desesperado. Arrancou o manto que usava e tocou o próprio peito, em busca de algum ferimento fictício que não estava lá. Olhou para as próprias mãos. Lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.

 

- O que significa isso, Garm? O que está fazendo comigo?

 

- O que preciso fazer.

 

Leonard então foi tomado pela fúria. Ergueu as mãos e invocou meteoros violentos, que explodiram com selvageria em Garm. Auras com puro poder espiritual saíram de seu corpo, atacando o velho Arquimago, enquanto o vento mais gélido acompanhava, em uma Nevasca que não apenas congelou, mas destruiu o resto da muralha daquele setor de Glast Heim. Com os olhos nublados pelo nervoso, ainda envolveu Garm com todo poder do vento, com trovões sem fim. Terminou envolvendo-o com colunas de terra atacando-o por todos os lados.

 

Mas o velho mal se moveu. Uma lágrima escorreu de seu olho. Espalmou a mão, e dela saiu um único golpe: um Ataque Espiritual.

 

- Descanse. A sua hora não é esta.

 

A despretensiosa magia, como uma aura solitária, alcançou o Arquimago. Seus olhos encararam o nada. Suas mãos se esticaram. Soltou o cajado e o escudo. Caiu pesadamente de costas no chão de pedra, com o longo cabelo louro espalhado, inerte.

 

- Jô... - Naglfar se levantou e deu a mão para que a Paladina também se levantasse.

 

- Meu mestre. - disse ela, ficando de pé e abaixando a cabeça.

 

- Leve o corpo de Leonard Belmont para sua casa, em Geffen.

 

- Ele está...?

 

- Não. Ele vai acordar. Explique para Margareth que o “Processo zero nove” deve ser aplicado. Ela vai entender. A seguir, nos encontre no Labirinto da Floresta.

 

Jô ficou parada, olhando o corpo do Arquimago. Voltou-se confusa para Naglfar, que já segurava o desacordado Jestr.

 

- Mestres, por favor. - disse ela, olhando o Arquimago grisalho e o Paladino de armadura dourada - Eu não entendi NADA do que fizeram com ele.

 

Naglfar apoiou Jestr sobre um dos ombros e tocou o rosto de Jô com a mão livre.

 

- O que aconteceu aqui, adorada, não será explicado agora. Sua missão é me seguir e me acompanhar ao lado de Surtr. Nós temos uma missão deveras grandiosa, que não deve ser ignorada. E no futuro, no seu tempo certo, você entenderá o que aconteceu no dia de hoje. Por ora, cumpra o que lhe designei.

 

- Assim será feito, meu senhor.

 

A Paladina se recompôs e partiu. Garm, desde que derrotara Leonard, porém, estava parado. O Paladino parou ao lado dele.

 

- O que o perturba? - perguntou depois de conferir se Jestr ainda estava desacordado.

 

- Eu não sei se o teria vencido em condições normais. Eu roubei.

 

- Você fez o que precisava fazer.

 

- Sim, mas me pergunto qual o sentido em jogar um jogo onde se conhece previamente o resultado de todas as jogadas de dados.

 

- Controle, meu amigo. Controle.

 

***

 

O lugar era estranho. O chão era irregular e de pedra. O céu não tinha cor. O ar era fétido e uma névoa constante acompanhava o Mestre-Ferreiro. Mas aquilo não abalava Hrymm. Ele apenas andava, determinado. Parou ao encontrar um maciço portão gigante de madeira.

 

- Ordeno que saia de meus domínios, caso preze pela própria vida, invasor! - a voz veio do alto da muralha de pedra que acompanhava o portão.

 

- Sua bravata não me intimida. Desça e venha falar comigo pessoalmente antes que eu o arranque pessoalmente daí para que encontre o meu mestre.

 

- Eu lhe avisei, tolo!

 

Do alto, caíram três cristais verdes. Tão logo tocaram o solo, tornaram-se, cada um, o MVP Orc Herói. Hrymm soltou um sorriso curto de canto de boca. O martelo Mjolnir em sua mão fumegou com poder. E em pouco mais de quatro segundos, as cabeças dos três Orc Heróis rolaram pelo chão. No segundo seguinte, o portão tinha sido arrombado.

 

- Como eu disse, vim até a Ilha Tetra para levá-lo ao encontro de meu mestre. E a vontade dele será feita.

 

- Quem é capaz de dotar um ser humano com poder o suficiente para invadir minha fortaleza sozinha?

 

- Surtr é capaz, doutor. E o senhor é o último convocado, para que tenha seu lugar de honra no novo panteão de deuses que estamos formando.

 

- Pois eu irei a seu encontro. Asseguro que o Doutor Eggther está admirado com sua força e se interessou com sua proposta.

 

- Muito bem, número dez. Muito bem.

 

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