Ir para conteúdo

Guerreiros Rúnicos - histórias inacabadas


*_Dark_Shadow_*

Posts Recomendados

Sailorcheer acordou de repente, assustada, como se tivesse acabado de

sair de um pesadelo. Seu corpo todo estava dolorido, tanto pelos

ferimentos causados por Jô Mungandr quanto por Hrymm. Ela se

espreguiçou, apesar de toda a dor que sentia, e constatou que não havia

nenhum osso quebrado. “Bem, menos mal... Mas... onde Hrymm foi parar? E

o Fei?”

 

A garota tentou falar com Fei através da telepatia

Rúnica. Nada. Tentou falar com os outros Rúnicos que estavam no deserto

também e, mais uma vez, não obteve resposta. Tampouco teve sucesso ao

tentar se comunicar com os Rúnicos que não estavam presentes durante a

luta com Hrymm. Alguma coisa estava estranha.

 

Só então ela parou

para olhar onde estava. Aquele lugar não se parecia em nada com o

deserto de Sograt. Não se parecia com nenhum lugar que ela conhecia. A

mercenária ficou em pé, limpando os braços e a roupa que estavam

impregnados pela lama escura e malcheirosa, e olhou ao redor. Não

conseguiu enxergar muito longe, pois o Sol não parecia conseguir chegar

naquele lugar. O céu, sem Lua ou estrelas, era totalmente negro. Nunca

a Rúnica tinha visto um céu sem estrelas; aquela visão teve um efeito

devastador sobre ela.

 

Ela se sentou no chão, agora sem se

importar com a lama nem com o cheiro. Um turbilhão de pensamentos

passava pela cabeça da garota, desnorteando-a. Quando era criança ela

ia ao Templo de Odin com seus pais... foi lá que aprendeu sobre os

vários mundos que rodeavam a Árvore de Yggdrasil... Asgard, Midgard,

Niflheim........... Niflheim, o mundo sem estrelas, para onde os mortos

iriam se não fossem bons o suficiente para ir para o Valhalla.

Niflheim, sem sol, sem calor, um lugar de castigo eterno.

 

Sailorcheer

tornou a olhar para o céu, com a esperança de que o lugar estivesse

apenas nublado. Em breve as nuvens se moveriam e a lua e as estrelas

apareceriam novamente. Ela esperou... esperou... esperou...

 

De

repente, a mercenária se deu conta de que não havia nuvens. Não havia

lua e não havia estrelas também. Com certeza, estava morta. Mas... por

que nenhuma Valquíria veio buscá-la? Ela não morrera em combate contra

Hrymm? Em momento algum ela pensou em fugir, será que mesmo assim não

era valorosa o suficiente para lutar ao lado dos deuses depois de morta?

 

Então

ela pensou em Fei. O que havia acontecido com ele? Ele a protegera,

isso ela tinha visto... Provavelmente tinha sido atingido em cheio pelo

Mestre-Ferreiro. Com certeza estava morto também. “Será que ele está

aqui também? Ou ele foi pro Valhalla? Ele morreu pra me

proteger.......” Sailorcheer se levantou com um salto, bateu novamente

a lama de sua roupa e se pôs a andar. Se Fei estivesse ali, ela o

encontraria. Nem que tivesse que procurar por toda a eternidade.

Afinal, tempo era o que ela mais tinha agora.

 

Só quando começou

a andar ela percebeu que estava sem suas Asas de Anjo. No lugar do

enfeite, havia apenas sujeira e cabelos um tanto quanto desgrenhados.

Aquilo foi a gota d'água para a garota. Não bastava estar morta,

sozinha, suja, dolorida e com frio, agora estava sem seu enfeite

favorito?

 

- EU MATO AQUELE FILHO DE UMA CHOCADEIRA!!!!!!!

 

Não

muito distante dali, um grupo de “habitantes” de Niflheim ouviu o

grito. Alguns se entreolharam, imaginando que uma nova morta havia

chegado. Outros se encolheram, a dona do grito parecia estar realmente

furiosa. A figura mais alta, porém, deu uma risadinha de desprezo e

começou a andar, fazendo com que sua armadura, de um branco tão puro

que contrastava com todas as outras imagens, emitisse um ruído

metálico. Com um movimento de mãos, um enorme cavalo branco, protegido

por uma armadura também branca, surgiu ao lado dele. Uma dúzia de

Andarilhos logo se postou ao seu lado e o Senhor dos Mortos montou,

disposto a ensinar as regras básicas dos seus domínios à sua nova serva.

 

Logo

ele a encontrou, ainda tentando dar um jeito nos cabelos. A garota

improvisara um pente juntando algumas pequenas adagas, tentando se

pentear com a face sem corte das mesmas. O resultado não era tão bom

quanto se ela tivesse um pente de verdade, mas ajudou a tirar um pouco

da lama e a domar os cabelos que, sem as Asas de Anjo, insistiam em

cair na face dela. O Senhor dos Mortos parou seu cavalo e esperou que

ela terminasse, olhando com curiosidade para a cena. Aparentemente

Sailorcheer não havia percebido o cavalo, apesar do barulho das

armaduras e da respiração ofegante do animal.

 

- Pronto, agora

estou apresentável! - Ela falou e se virou para o Senhor dos Mortos,

tentando sorrir e ser o mais agradável possível. - Eu sou Sailorcheer,

acho que o senhor mora aqui, né?

 

O Senhor dos Mortos não

conseguia acreditar. Ela... não estava com medo? Ou estava só tentando

se mostrar forte para ele, talvez para conseguir cair em suas graças?

Aquela garota era interessante, apesar de muito diferente dos demais

habitantes de Niflheim... algo que seria resolvido muito em breve,

assim que ele descobrisse o que a mulher à sua frente planejava.

 

-

Eu moro aqui sim, garota... O que deseja? - Sua voz grave ecoava pelo

lugar aberto, de maneira sobrenatural. Os mortos, que o seguiram à

distância, se encolheram ao ouvi-lo, sem que Sailorcheer os notasse.

 

-

Bom, eu... estava numa luta, sabe, e acho que acabei morrendo... Meu

marido estava comigo, acho que ele veio parar aqui também. Se bem que

ele morreu pra tentar me salvar, talvez ele tenha ido pro Valhalla. - A

mercenária falava mais para si mesma do que para a criatura em sua

frente, coçando o queixo, pensativa. - Mas enfim, acho que o senhor não

quer saber dessas coisas. Eu só queria saber se estou realmente em

Niflheim.

 

- Ora, vejo que você é esperta, já sabe até onde está.

Mas me diga, como veio parar aqui mesmo? - Ele estava curioso, foram

raras as vezes em que seres como aquela garota estiveram no reino dos

Mortos.

 

- Ah, tinha aquele Mestre-Ferreiro, o tal de Hrymm. E

ele tinha uma réplica igualzinha ao Mjolnir dos livros, e duas réplicas

de Megingjard também. Não sei se eram de verdade, mas ele era muito

forte. Ele já tinha derrubado todos os meus amigos quando eu apareci,

eu estava lutando contra um Desordeiro, o Jestr, mas o Fei usou um

ritual rúnico e me chamou pro lado dele. Daí, quando o Hrymm ia acertar

a nós dois com aquele martelo imenso, o Fei se jogou na minha frente.

Uma luz muito, muito brilhante mesmo apareceu e, na hora que ele

acertou Fei, eu acho que desmaiei. E acordei aqui.

 

Ela piscou os

olhinhos, tentando enxergar algo no vão escuro do elmo da criatura. Ele

mal se movera enquanto ela falava, exceto pelo sobe-e-desce da

respiração de seu cavalo. Os andarilhos não emitiam som algum, apesar

das órbitas vazias deles estarem voltadas para ela. O silêncio só foi

quebrado quando o estômago da garota roncou.

 

- Ai, desculpem!

Acho que estou com fome! - Ela corou imediatamente, ficando quase tão

vermelha quanto seu cabelo. - Eu não sabia que os mortos sentiam fome...

 

O Senhor dos Mortos soltou uma sonora gargalhada. Então ela realmente estava viva! Ah, isso seria muito divertido.

 

-

Os mortos realmente não sentem fome, pequena. Também não coram de

vergonha, como você acabou de fazer. Mas não se preocupe. A fome irá

passar logo... Afinal, somente os Mortos podem habitar Niflheim.

 

Dizendo

isso, o Senhor dos Mortos brandiu a sua enorme lança na direção da

mercenária, que por pouco não foi atingida. Aparentemente o espírito

que habitava seu manto continuava lá, mantendo seus reflexos aguçados

mesmo com frio e fome. Ela olhou para o cavaleiro, indignada, e buscou

a adaga marcada com Dagaz.

 

- Eeeeeeeeeei! Isso ia machucar se me acertasse! Se eu não estou morta, não vou morrer também!

 

Emburrada,

ela empunhou Dagaz na mão esquerda e buscou algo que mais parecia um

furador de gelo preso à sua cintura. Essa rondel é um ótimo abridor de

latas, pensou Sailorcheer. Os Andarilhos avançaram na direção dela,

tentando acertá-la com suas espadas. Alguns realmente conseguiram,

abrindo doloridos cortes nos braços e pernas da garota. Outros não

tiveram a mesma sorte e sucumbiram aos golpes precisos da mercenária.

Pouco a pouco, apesar de ferida, ela derrubou todos eles, restando

apenas o Senhor dos Mortos.

 

Até então ele ficara parado,

esperando que seu séquito acabasse com a garota. Quando ele viu que

aquela mulher era mais habilidosa do que imaginara anteriormente, o

Cavaleiro Branco começou a acreditar na história de Hrymm. Não fazia

sentido que ela tivesse sido derrubada por pessoas comuns, já que nem

os mortos conseguiram fazer isso. O Senhor dos Mortos olhou para a

pequena multidão que, atraída pelo barulho, assistia à luta e riu

novamente antes de atacar Sailorcheer. Finalmente um pouco de diversão

naquele lugar.

 

Mas as coisas não saíram tão bem como ele

esperava. A mulher era rápida demais, aquilo não parecia natural. Seu

manto e sua adaga passaram a emitir um brilho fraco, porém visível,

assim que ela descobriu que ainda estava viva, e pareciam renovar as

forças dela. Aquela garota realmente não queria morrer.

 

Sailorcheer,

aproveitando a lentidão da lança, golpeava a armadura do Senhor dos

Mortos impiedosamente. Ela não morreria, não quando havia a chance de

Fei estar vivo também. Novamente com esperanças de encontrar seu

marido, ela lutava com todas as suas forças, sem se importar com a

torcida que gritava, estimulando o Cavaleiro a matá-la. De repente, a

torcida silenciou.

 

A mercenária conseguiu subir no cavalo do

Senhor dos Mortos e, agora, estava se segurando nas costas dele, longe

do alcance de sua lança. A pesada armadura não deixava que o cavaleiro

se virasse para tirá-la de cima de sua montaria.

 

- Oi! -

Sailorcheer sorriu para ele antes de fincar sua rondel no ombro direito

do Senhor dos Mortos, fazendo com que ele gritasse de dor e deixasse a

pesada lança cair no chão enlameado. - Desculpe o mau jeito, mas sabe

como é, eu não quero morrer hoje.

 

- Saia das minhas costas, mulher infernal! Niflheim não é lugar para os vivos!

 

- É só me dizer como eu faço para sair que esse problema acaba. Eu acho meu marido e nós vamos embora.

 

- Nunca! Você nunca vai sair daqui! Uma vez no reino dos Mortos, não há caminho de volta.

 

A

Rúnica retirou a rondel do ombro do Senhor dos Mortos com violência,

descontente com a resposta recebida, e a enfiou no braço que segurava o

escudo. O barulho do equipamento caindo no chão foi abafado pelo grito

de dor, que fez com que todos os mortos que estavam assistindo a

batalha se encolhessem de medo.

 

- Tem certeza que me quer por aqui pelo resto da eternidade? Eu não seria uma companhia muito agradável, você não acha?

 

Sailorcheer

torceu a rondel dentro do braço do Cavaleiro Branco, arrancando outro

urro. O cavalo resfolegava e se sacudia, tentando derrubá-la para

salvar seu mestre, em vão. Ela estava firme, agarrada à adaga fincada

no corpo daquele que tentara matá-la. Cada vez que o cavalo empinava a

dor que o cavaleiro sentia aumentava. Finalmente o Senhor dos Mortos

cedeu, falando em um tom baixo e visivelmente furioso.

 

- A leste

daqui há um castelo, onde mora uma bruxa. Ela guarda a passagem para o

mundo dos vivos. Mas não é fácil encontrá-la, poucos são os que

conseguem. - Ele não queria dizer mais nada a respeito, esperava que a

garota vagasse procurando a feiticeira até morrer de fome, mas a

mercenária mais uma vez torceu a rondel e ele continuou, cada vez mais

aflito. - Dizem que o piano é a chave de tudo, mas eu não sei o que

significa. Não tenho motivos para ir até lá, e muito menos para ir ao

mundo dos vivos.

 

Sailorcheer retirou sua adaga da carne do

Senhor dos Mortos, limpando-a na capa dele, e a guardou. Em seguida

saltou do cavalo e notou as pessoas que cercavam a ela e ao cavaleiro.

Seu sangue gelou, ela tinha pavor de mortos-vivos, mas logo ela

percebeu que se afastavam tão rápido quanto podiam. Nenhum deles queria

estar por perto quando seu lorde se recuperasse dos ferimentos causados

por aquela mulher de sangue quente.

 

Assim que eles sumiram, a

garota começou a andar na direção indicada. Ela podia ver um castelo ao

longe, mas ele parecia estar flutuando. “Deve ser alguma ilusão causada

pelo terreno.” Mas, antes mesmo que ela chegasse perto para descobrir

como subiria até lá, um dos espectadores da luta barrou seu caminho.

Mais uma vez a mercenária buscou a adaga Dagaz; nesse instante os olhos

do homem brilharam.OFF Sim, isso aconteceu... eu sei pq estava lá [/heh]A Sailor não é chamada de "monstrinho Rúnico" por alguns à toa, hehehe.@FizbanOra, se o Tor é Rúnico, não era de se estranhar se ele estivesse fazendo isso, não é mesmo? [/heh]@Zero Será que o Tor ainda não encontrou treta? Ele topou com um próprio enviado do Galgaris e caiu numa emboscada XDDD  (e até agora, nem sinal dele... /lala)

Link para o comentário
Share on other sites

  • Replies 204
  • Created
  • Última resposta

Top Posters In This Topic

Popular Days

Top Posters In This Topic

 Faltou só um pequeno "disclaimer" antes desse capítulo: "Os personagens aqui representados estão em sua forma overpower. Não tentem isso sozinhos, sem acompanhamento de profissionais."E sim, eu deixei a Sailor muito overpower nessa parte da história, me aproveitando de várias 'licenças poéticas' na hora de escrever. Esse foi só a introdução. '-'Foi divertido escrever. [/heh]

Link para o comentário
Share on other sites

Praça Central de Nifflheim

 

Kane andava devagar e receoso

em direção a Funcionária Kafra. Ela tinha grande parte das respostas

que ele queria e talvez até pudesse tirá-lo daquele lugar inóspito.

Sentiu uma coceirinha no punho naquele instante, mas apenas coçou para

passar. Passando por uma fonte seca onde um garotinho estava sentado,

chegou até a Kafra.

 

- Olá Kafra, pode me dizer onde estou?

 

-

Você está me confundindo com algum tipo de guia? – a Kafra se conteve,

pondo suas mãos na frente da boca, sua voz era bela, mas um tanto aguda

e ríspida – me desculpe senhor, em que posso ajudá-lo? – o tom da

mulher ficou calmo e hospitaleiro nessa ultima frase, mas mudou

repentinamente para o desprezo novamente – Rápido que eu estou ocupada!

- e novamente ela tampou sua boca, soltando algumas lagrimas.

 

- Preciso saber onde eu estou, você pode me ajudar? Queria ir embora logo também!

 

-

Hahahahaha! Sair de Nifflheim?! – ela mudou o tom novamente para algo

mais educado, o esforço era aparente em sua testa suada e seus olhos

apertados – Não é possível senhor, me desculpe...

 

- Você disse Nifflheim? – Kane ficou atônito e espantado, um arrepio correu seu corpo de cima a baixo.

 

-

Você é surdo?! Esta é a terra do castigo eterno! E meu castigo é saber

que nunca, jamais poderei atender bem um cliente! – agora ela falava

por conta própria, sua ira era verdadeira, não houve mudança de humor

repentina nenhuma – vê isso? – ela apontou para os pés – estou presa

aqui pela eternidade!! – e começou a chorar enquanto se curvava para

cada vulto que passava.

 

Se ele estava em Nifflheim, havia duas

possibilidades: ou estava morto ou foi enviado para lá por alguma

maldição divina. Seu conhecimento sobre aquela terra era puramente

teórico, havia apenas estudado no monastério, mas nunca ouvido relatos

ou estado no local.

 

Mas explorar o local não parecia uma boa

idéia. Outras almas famintas ou mesmo aqueles vultos suspeitos poderiam

atrapalhar sua vida, ou morte, não sabia, tudo continuava estranho e

confuso. Seu punho coçou mais intensamente nesse instante e ele

resolveu evocar os cinco espíritos que o protegiam, ultimo deles era o

espírito da união e poderia ajudá-lo a encontrar alguém por perto. Um a

um, os espíritos foram evocados: a humildade, a compaixão, a

perseverança, a força e a união.

 

As cinco esferas de energia

ficaram girando ao redor do monge, emitindo uma claridade que o ajudou

a enxergar melhor o ambiente. Uma das cinco esferas, provavelmente o

espírito da união, oscilava para fora do circulo perfeito que as

esferas sempre faziam ao redor do monge, ia sempre na direção de uma

estatua, uma imagem muito real e em cores em cima de um pedestal, num

canto da praça.

 

A esfera ao lado começou a balançar

vibrantemente, mas ainda seguindo seu caminho circular ao redor do

monge. A runa no punho de Kane ardeu naquele momento: Só podia

significar que algum rúnico estava por perto.

 

Detrás dele, um

som metálico ecoou e uma armadura azul escura e velha foi arremessada

contra uma das casas da praça. A armadura estava oca e estava sem

movimento. De um beco, também com esferas rodando ao redor, o Mestre

Metta surgiu, arrastando um corpo. Parecia pesado, pois o ombro do

braço que puxada estava para trás um pouco. Kane ficou esperando

enquanto o Mestre se aproximava, revelando que a figura que puxava era

Kin.

 

- Relatório – disse o mestre com a voz seria de sempre e sem olhar para o monge.

 

- Estamos em Nifflheim, não sei como chegamos e não sei como saímos – disse Kane constrangido.

 

- Por isso você nunca vai ser Mestre... estude mais – nisso o Mestre sentou-se e ficou parado, deixando Kin no chão.

 

Kin

respirava ainda, seu cabelo estava sujo, sua armadura elameada e sua

expressão era de calma. Faltavam vários rúnicos ainda, mas os que

estavam ali já eram o suficiente para conseguirem sobreviver a uma

busca pelo resto. Porem o melhor ao se fazer era ficar ali, esperando o

resto de seus companheiros... talvez pela eternidade!OFF

What the hell, cadê parada inédita aqui???? Já faz quase duas semanas que não há novidade alguma!!!

E eu achei que jah tinha atualizado [/aiai]. Liga nao, começo de final de ano eh assim mesmo xDDD

Link para o comentário
Share on other sites

[OFF]Nota by Florette: esqueça o que vou leu sobre os rúnicos e suas atuais

posições... Venha comigo e volte no tempo, no tempo que homens justos e

limpos são enganados por magias mentirosas e por homens com o ego maior

que seus corpos. Um tempo que By-Tor estava ferido depois de lutar

contra Passadina Jones. Se você não sabe do que eu estou falando...

Então, amigo, você não leu essa parte dos Rúnicos corretamente.

 

Agradecimentos especiais a Sailor - eu e ela somos preguiçosas e sempre perdemos os rp's em algum lugar... [/heh]

[/OFF]

*Voltando no tempo, bastante mesmo...*

 

Casa em Prontera

 

Os

seios dela quase pulavam pra fora do decote ousado do vestidinho de

couro que mal cobria as coxas bem feitas. Dali, a fina combinação de

meias e cinta liga, dava o ar que ela precisava. Os longos cabelos

caiam como uma deliciosa cascata a suas costas e ela brincava com

sorrisos e mexia o quadril provocantemente.

 

O homem a sua

frente, sentado na cama, a observava com atenção. Como o vestido

colava-se ao corpo dela e como ela era fantástica dançando lentamente

em cima daqueles saltos. Sua mulher nunca conseguiria tal façanha e era

por isso que homens como ele, procuravam a diversão em mulheres como

ela, como Lisandra Trueheart.

 

Sair com ela era quase um

privilegio de poucos, já que ela selecionava bem os que viria a

entreter. E ele escutara boatos que quando um homem se apaixonava por

ela, Lisandra nunca mais olhava pra ele. Não que fosse seu caso, ele

amava sua esposa, mas ele admitia que ela nunca seria sensual, quente e

úmida da forma que Lisandra era. E de onde estava, ele observava bem o

sexo dela, coberto por uma fina renda, e sabia como ele era

maravilhoso. Mulheres assim salvavam a vida que havia dentro dos

homens, a exploravam e traziam a tona.

 

Haviam mulheres e havia

Lisandra Trueheart. Ela era deliciosa e ninguém ousava questionar isso

– desde que eles tivessem olhado pra ela da forma que ela merecia ser

olhada: nua. E que homem, como ele, conseguiria sair com uma mulher

como aquela? Ele sabia da educação dela, da forma que ela segurava os

talheres e como seus pés sempre tocavam as pernas do homem que jantava

com ela, em busca de diversão ou somente para provocá-lo.

 

Olhava

os seios fartos e sentia as mãos formigando pra tocá-los, mas ele já

havia saído com ela tempo suficiente pra saber que não era o que ele

queria que importava e sim, o que ela queria e como o queria, e por

Freya, a mulher tinha idéias excitantes e diversificadas. Nunca se

cansaria dela. Ela mandar e ele obedecer era magnífico e pelo prazer

que sentiria em ter aquela mulher, ele não se importava de ser

“escravo” dela pelo tempo que ela o desejasse.

 

Ela tocou os

fechos que prendiam o vestido e olhou para ele, por baixo da massa de

cabelos roxos, e sorriu somente porque ela via o estado que conseguia

colocar um homem apenas por rebolar um pouco. Aquele tipo de poder era

pra poucas, e certamente por isso que muitas esposas a odiavam.

Problemas delas que não sabiam usar seus maridos como deveriam ser

usados. Abriu fecho por fecho e quase riu, quando o homem ameaçou

babar. Ela não havia aberto todo o vestido e não precisava fazer isso

pra que aquele homem logo sujasse suas calças, de tanta ansiedade e

excitação. Sim, porque ele ainda estava vestido e embora Lisandra

amasse os contornos masculinos, ela gostava quando os despia lentamente

e podia sentir com seus dedos cada parte que a fascinava. Não precisava

de curvas, ela gostava daquela rigidez, dos ombros largos e de pernas

grossas.

 

Ela ergueu a perna e a colocou entre as pernas do homem

e acompanhou quando ele tocou a meia que cobria a perna e beijou a

perna com devoção. Ranulpho não era nada perto do que outros homens

conseguiam fazer com ela, mas nenhum deles era tão bom quando ela os

comparava com By-Tor. O homem a sua frente, era delicado demais, a

pegava sem muita força e quase não falava nada do que ela gostava de

ouvir. Mas pensar em By-Tor não a ajudaria agora, ela poderia ser dele

em outro momento, naquela ela deveria se dedicar somente a Ranulpho e

quem sabe, ensinar um ou dois truques a ele.

 

- Devagar, minha

deusa – ele murmurou, enquanto beijava cada centímetro de meia tirada.

Ela sorriu novamente. Gostava dos homens na mesma posição como aquele,

subservientes e prontos pra realizar o que ela queria. Ela somente não

contava com essa tática quando estava com o “seu príncipe”, quando ele

a segurava com força e usava de uma violência para possui-la. Não, ela

não gostava de violência vinda dos outros, mas sempre gritava quando

estava com ele e implorava pra que ele se metesse com força dentro

dela. Ele sempre fazia isso, aquela violência levemente dolorida e

extremante prazerosa, seu corpo reagia com a mesma violência,

chocava-se contra o dele com força. Ela sempre se perguntava como eles

não se machucavam e entendia que não havia melhor do que deixar By-Tor

conduzi-la. Era quase um estupro.

 

Só de pensar nele, Lisandra sentia-se mais animada e molhada pra o que desejava com Ranulpho.

 

Foi

então que o homem parou e apurou os ouvidos. Depois de alguma

confirmação, ele levantou-se e a empurrou de lado, olhando pra porta.

 

- Minha nossa, minha esposa está aqui!

- Mas você não disse que ela estava em Payon?

- Eu também achei... Você tem que ir embora... Vai vai... Ela vai encher você de porrada se a ver aqui e eu também vou apanhar.

 

Ele

começou a recolher o casaco longo dela e pegou a pequena bolsa e a

empurrou em direção a janela. Quase com desespero, ele procurou uma

gema qualquer e usou seus parcos conhecimentos pra abrir um portal e

empurrou Lisandra sem nenhum carinho pra dentro da luz azulada. O

portal se desfez no momento que a esposa abria a porta do quarto, e

farejava o ar como um animal de caça. Ranulpho suou frio e então abriu

seu melhor sorriso.

 

- Mas já voltou? Que surpresa, meu amor. Eu estava morrendo de saudades.

- Hmmm... Estava mesmo? – ela sorriu.

-

Sim. Claro. Pra todo o sempre – ele aproximou-se da esposa e deu um

beijo qualquer nela, odiando-se por ter que se contentar com ela,

quando podia estar com Lisandra Trueheart. A esposa olhou para as

calças dele, depois do rápido beijo e riu, animada com a excitação dele

– suas amigas que sabiam que ele já não cuidava mais dela como ela

queria – e o olhou nos olhos.

- Eu quero – disse, apontando pras

calças dele. Ranulpho olhou pra baixo e riu sem graça, enquanto sua

mente gritava “nãããoooooo”.

- Claro, meu amor...

 

 

Lisandra

caiu do outro lado do portal num lugar sujo. Ajeitou o salto que havia

saído do pé e pegou a bolsinha do chão. Ergueu-se e vestiu o casaco,

frustada. Tivera sua dignidade perdida com aquele homem, e enquanto

fechava novamente seu vestido, ela concluía que nunca mais iria querer

vê-lo novamente. Ninguém a tratava assim, a dispensando como se

estivesse fazendo algo errado, sendo que ele havia pago pelos serviços

dela. Se ele tinha esposa, que ela tinha com isso? Teria que começar a

selecionar novamente seus canditados, pra que não sofresse novamente

com aquele tipo de situação, na qual sentia-se humilhada e era tratada

como se fosse uma qualquer. E ela não era, era Lisandra Trueheart.

Pegá-la pelo braço com ousada violência – e ela não sentira nada, não

era a mão de By-Tor em seu braço e não era sua violência apaixonada – e

quase arremessá-la pelo portal. Pra aquele lugar...

 

E onde diabos ela estava?

 

Olhou

em volta e viu aquele abrigo em ruínas. Escutou uns sons estranhos e

contornou o local, olhando com cuidado. Ela não reconhecia onde estava,

com aquelas tábuas soltas no chão, a janela caída, a casa em ruínas.

Além de grosso – e não da forma que ela gostaria – Ranulpho não sabia

nem mexer com Portais ainda. Ela sempre se perguntava como pessoas como

ele conseguiam obter a chance de serem sacerdotes se nem ao menos

sabiam usar gemas azuis ou curar uma pessoa com real presteza. Tudo

bem, ela também não sabia muito coisa, mas ela se esforçava em aprender.

 

Escutou

um gemido e o som de algo se chocando contra a parede. Esgueirou-se

pela parede em pedaços e olhou por uma fresta. O que vira não se

parecia em nada com o que ela tinha em mente e ainda viu quando By-Tor

escorregou por uma parede no lado oposto da sala que ela observava,

parecendo muito ferido. Apareceu e correu até ele, agora desastrada nos

saltos altos e achando que não estava vestida de modo apropriado para

encontrá-lo – não que ele fosse se importar ou que estivesse em

condições de notar isso. Ainda assim, ela gostaria de ter penteado os

cabelos, de estar com outro vestido, ou com a meia ajeitada na sua

perna. E aqueles saltos prendiam nas frestas do chão, a fazendo perder

levemente o equilíbrio.

 

- By-Tor?

 

Segurou a cabeça dele

com cuidado, notando que o ouvido sangrava. Ela encheu-se de

preocupação e observou quando ele abriu lentamente os olhos. A

princípio, ela teve a impressão que eles estavam totalmente escuros,

mas ele piscou lentamente e ela voltou a ver o cinza metálico que ela

tanto amava, que lhe dava arrepios de excitação. Antes, um olhar como

aquele causaria arrepios em Lisandra, pois não gostava que as pessoas a

olhassem com tanta profundidade, mas quando ele a olhava, ela sentia

todas aquelas bobagens que ouvira falar a vida toda, sobre pessoas que

liam as almas, que desvendavam segredos e que diziam com olhares aquilo

tudo que nunca conseguiriam falar. Sentia-se assim com ele, e de alguma

forma, aquilo não incomodava, pelo contrário, era algo confortável.

 

-

Meu querido – murmurou, ajoelhando-se na frente dele e procurando

ferimentos mais graves pelo corpo dele. – Meu querido – repetiu, quando

ele segurou seu pulso com força e abriu a boca pra falar alguma coisa,

mas não disse nada. – Eu vou cuidar de você – ela garantiu, enquanto o

via girar os olhos, aquele olhar vazio que ela vira muitas vezes em

alguns doentes. O que tivesse acontecido a ele, agradecia que estava

ali e que poderia cuidar dele. By-Tor estava longe de ser parecido com

os homens com os quais ela travava seus desejos, sua atitude elevada,

seus gestos seguros e precisos, sua limpeza exagerada, aquele perfume

que pertencia somente a ele. Os cuidados que ele tinha em dobrar as

roupas dela depois que as havia arrancado com violência e as

arremessado pelo quarto, ou como ele penteava seus cabelos, como achava

divertido cuidar dela.

 

Ele soltou a mão lentamente e ela notou

quando a runa marcada na mão dele, brilhou. A mão escorregou pela perna

exposta dela e caiu entre suas pernas. Ele começou a fechar os olhos

lentamente e ela o sacudiu.

 

- Não durma. Fique comigo, By-Tor. Acorde.

 

Ele

não podia dormir, ela lembrava de suas leituras que muitas vezes dormir

não era um bom sinal e embora não soubesse ao certo que havia

acontecido a By-Tor ou o que ele fazia ali, ela havia sido tomada por

uma aflição desesperadora, quando o viu fechar os olhos. Era como se

ele estivesse morrendo e ela simplesmente não podia pensar a respeito

sem sentir seu coração pesado. O sacudiu com tanta força, que ele abriu

os olhos. Agora teve a certeza que eles os olhos estavam negros, uma

cor viscosa e que ele olhava profundamente pra ela. Dessa vez abriu a

boca e murmurou algo que ela não entendeu por ser um dialeto

desconhecido, parecido com as coisas que ele murmurava quando estava

bravo, palavras que não tinham nenhuma sonoridade aos ouvidos dela e

que a fazia rir quando o escutava falando, e ainda mais quando ele

pedia desculpas, beijando sua mão, constrangido por estar usando

palavras vulgares na presença dela. Ela não se preocupou em decifrar o

que ele falava, pois logo a mão dele adquiria força, a segurou pela

nuca e a trouxe para um beijo rápido. Ele falou mais alguma coisa

contra seus lábios, com seus olhos fechados, palavras que dessa vez

soaram delicadas e sonoras a seus ouvidos, então se afastou, abrindo os

olhos totalmente negros, cravados nela como se o que ele tivesse dito

pudesse causar alguma reação nela, deu um sorriso adorável e então

desmaiou na sua frente. Seu coração batia com tanta força e tudo a sua

volta havia sumido, enquanto ela o olhava caído a sua frente.

 

Não

tinha forças pra erguer o pesado cavaleiro e ficou desesperada, batendo

no rosto dele, esperando que ele acordasse, o que não aconteceu. Ele

sangrava em algumas partes do corpo e ela estava aflita com a situação

dele e porque ele estava ali, ferido e sem forças. Alguém poderia

tentar matá-lo e By-Tor sempre a alertara sobre homens estranhos que

poderiam aparecer atrás dele. Será que um daqueles homens estava

envolvido nisso? Olhou em volta, vendo amuletos semiqueimados, uma poça

de sangue e marcas estranhas no chão. Estava claro que ele havia

batalhado com alguém e se não prestasse logo socorro, poderia perdê-lo

pra sempre – e a idéia tornava-se absurda até mesmo pra ela, uma mulher

sofisticada que estava longe de se envolver emocionalmente com alguém.

Jurou a si mesma que sua preocupação era somente que ninguém nunca a

levaria aquele patamar de prazer que havia experimentado com aquele

homem e que ninguém nunca seria mais tão gentil e dedicado como ele era.

 

Mas

ela nunca o largaria ali. Revirou a pequena bolsa em busca de algo que

pudesse ajudá-la, já que By-Tor não iria acordar. Ergueu-se e seu salto

prendeu numa fenda no chão e ela o tirou e saiu mancando pra fora da

casa, procurando alguém. A idéia de deixá-lo ali não lhe parecia boa,

mas ela nunca conseguiria erguer ele e arrastá-lo pra fora poderia

piorar seus ferimentos. Perdeu o outro salto depois, caminhando com

suas meias cara cobrindo seus pés delicados naquele lugar horrível. Não

demorou a encontrar uma espécie de taverna e quando entrou nela, todos

os homens do lugar, feios e mal cuidados olharam pra ela com atenção.

Lisandra endireitou o corpo e não fechou o casaco, explicando que

precisava de ajuda, que alguém estava ferido.

 

- E o que uma garota como você faz por aqui?

 

Haviam

perguntado e ela nunca teria tempo pra explicar. Em outra oportunidade,

ela poderia ter dançado a todos aqueles homens, sobre aquela mesa suja

e tê-los divertido com a simples visão do seu corpo e de suas curvas

delirantes. Muitas coisas não precisavam terminar em sexo, pra que ela

sentisse prazer. Homens olhando seu corpo lhe dava prazer. Um

entregador de bebidas notou o desespero dela e decidiu ajudá-la, quando

podia notar que um mulherão daqueles nunca estaria num lugar pobre como

aquele. Ele transportou By-Tor em seu carrinho de entregas e tendo a

mulher aflita a seu lado, a levou até onde sabia estar uma funcionária

kafra, que os despachou para a cidade pedida pela mulher.

 

 

 

 

By-Tor

escutou uma canção suave, que lembrava as velhas canções que ele ouvia

as mulheres cantarem em sua terra, canções que falavam de corações

partidos ou de amores perdidos pra batalhas. Algo gelado era passado

com certa delicadeza em sua testa, algo que tinha um característico

perfume de ervas medicinais, um aroma agradável e que o lembrava dos

antigos perfumes que havia conhecido em Cômodo quando fora visitar a

cidade. Abriu os olhos lentamente e seu olhar focalizou Lisandra

Trueheart debruçada sobre ele, tão maravilhosa quanto ele conseguia

lembrar, com aquela fina combinação cobrindo os ombros delicados e o

cabelo longo trançado escorregando por um dos ombros, da mesma forma

que uma alça caia também.. Uma tontura o atingiu e ele fechou os olhos

novamente, franzido a testa. Ele não fazia a menor idéia de como fora

parar ali mas não estava mais preocupado, já que Lisandra estava ali.

 

- Você acordou! – a voz dela o tocou profundamente.

- Ainda nón – ele murmurou com a garganta seca.

-

Estava tão preocupada – ele jurou ter escutado uma embargação na voz

dela, mas descartou a idéia. Lisandra era uma mulher inalcançável, até

mesmo para um príncipe como ele. – Está se sentindo melhor?

 

Todos

aqueles anos atendendo na enfermaria de Geffen serviram pra alguma

coisa, ela pensou, enquanto molhava uma toalha na água fria e torcia,

pra voltar a colocar na testa de By-Tor.

 

- Você está assim há

dois dias e três noites – ela murmurou, beijando com carinho o queixo

dele coberto por uma barba rala. – Você quer alguma coisa? Tome um

pouco de água.

 

Ela ergueu com cuidado a cabeça dele e o fez

beber água. Ele abriu os olhos novamente e ficou encarando Lisandra,

com aquela intensidade perturbadora. Moveu a mão enfaixada e tocou o

rosto dela.

 

- Vozê ficou aqui? – sua voz não passava de um sussurro fraco.

-

Claro que não – ela sorriu quando ele acariciou seu rosto – Eu tenho

outras coisas pra fazer... Coisas que você já sabe que eu faço.

 

By-Tor

não falou nada, embora não acreditasse no que ela havia dito. Havia um

cansaço estampado no rosto dela, e os olhos que brilhavam de emoção

agora, exibiam olheiras horríveis. Pobrrrre Lisandrrrra. Ainda assim

ele sorriu e seu polegar deslizou pelas olheiras. Por Stratos, como ele

gostava daquela mulher.

 

- Obrrrrigado, meu amorrrr – ele

murmurou, sentindo que ficava vermelho por ela ter ficado corada. Ele

desviou os olhos e notou que estava na casa dela, um lugar que ela não

levava ninguém e que mostrava tão bem sua personalidade adorável e

insaciável.

- Eu não sabia pra onde levá-lo. Eu não sabia o que

havia acontecido com você e o trouxe pra cá, onde eu sei que ninguém

irá incomodá-lo.

- Eu nón sei o que aconteceu – voltou a olhar pra

ela – Mas quando eu verrrr aquele homenzinho na minha frrrrente

novamente, eu vou corrrrtarrrr a cabeza dele forrrra.

- Claro que

vai – ela sorriu novamente – Agora procure descansar mais, pra que

fique totalmente recuperado e possa me contar com detalhes o que

aconteceu.

 

By-Tor sentia-se limpo e levemente perfumado, embora

aquele perfume não fosse seu. A cama de Lisandra era grande e macia e

aqueles lençóis limpos o agradavam muito. O quarto exibia uma coleção

de bibelôs de animais de Rune Midgard e uma coleção de artigos de

beleza, ainda possuía uma janela imensa e uma varanda onde ela tinha

flores. A cor azulada das paredes refletia uma calma de espírito até

mesmo nele e ele gostava daquele candelabro de prata com pequenas

flores decoradas. Ele lembrava do imenso tapete que cobria o chão,

aquela penteadeira, a porta que levava ao armário dela – que ocupava

uma sala toda e ele sempre queria saber pra que tantas roupas. E havia

aquela caixa decorada com fumacentos no chão, que ela nunca olhava, mas

que fazia questão que ficasse dentro do seu quarto. Ele lembrava com

exatidão do quarto dela, assim como se lembrava com exatidão de muitas

coisas que havia visto somente uma vez.

 

Ela removeu o pano e

deitou-se ao lado dele, aconchegando-se em seu braço e fechando os

olhos pra descansar por alguns minutos. Logo adormeceu e By-Tor

depositou um beijo no rosto dela e a cobriu com o lençol de linho de

Morroc que estava em volta da cintura. Notou-se nu e cheio de ataduras,

mas não se incomodou. Assim que a viu coberta e acomodada, ele ficou

ouvindo a respiração dela e acabou por adormecer novamente.

OFF

Waha! Quem queria saber onde estava o Tor depois da pancadaria com o Passadina, agora jah sabe! O amigón do Fei estah numa boa - ateh quando, soh os RPs posteriores vao dizer... [/heh]

Ou seja... enquanto os Runicos que enfrentaram Hrymm estao em maus bocados em Niffelheim, o Tor estah lah numa boa com a Lisandra... (esperto ele) =X@ZeroO Kane eh a "consciencia dos Runicos", como Fei o chama. Ele eh o mais responsavel dos Runicos e sempre mede as consequencias dos atos de todos...  [/heh] @FizBan

Pois eh... a estatua do Ken... mais uma coisa a ser adicionada nesse rolo todo. Que conclusao eles chegarao, se eh que vao chegar a alguma? XD

Link para o comentário
Share on other sites

Sailorcheer se colocou numa postura defensiva enquanto o homem de

cabelos curtos e barba por fazer se aproximava com as duas mãos no ar,

mostrando que estava desarmado. Apesar de uma cicatriz que atravessava

o rosto dele, o homem não se parecia com alguns dos “espectadores” da

luta que acabara de ocorrer. Ele não aparentava estar se decompondo,

como os outros, mesmo aparentando estar morto.

 

- Dagaz? - A voz dele aparentava surpresa. - Vocês voltaram para Rune Midgard?

 

-

Não se aproxime. - A garota olhou para a adaga marcada com a runa,

visivelmente desconfortável com a presença do morto. - Eu não sei do

que você está falando! Agora saia do meu caminho, tenho que achar meu

marido e ir embora daqui!

 

- Não precisa se preocupar comigo,

menina. - Ele falava de forma calma, tentando não assustá-la ou

deixá-la mais brava. - Eu não sou como aquele cavaleiro ali... Mas, se

seguir a orientação dele, pode acabar ficando presa aqui com a gente,

sem toda essa sua vitalidade. E não vai encontrar ninguém assim.

 

- E por que você estaria dizendo a verdade? - Sailorcheer soltou um breve rosnado, irritada com a interrupção.

 

-

Porque... posso não tê-la conhecido, Dagaz, mas sei a importância que

uma Rúnica tem em Rune Midgard. Você não pode ficar aqui nessas terras.

- Enquanto falava, o morto olhava ao redor como se pressentisse perigo.

 

- Como sabe disso?

 

-

Porque... bem... eu posso não ter sido um de vocês, mas lutei ao lado

dos Rúnicos... - Ao falar isso, uma sombra de tristeza passou pelo

rosto do homem. - Seria melhor não conversarmos sobre isso aqui. É

perigoso... não para mim, mas para você. O cavaleiro ali pode ter

ficado um bocado bravo e chamar mais gente pra vir te atacar. Ele não

gosta de ser... humilhado assim.

 

Sailorcheer pensou por alguns

instantes. O que o morto falou era verdade... mas também podia ser uma

emboscada. O homem destacou que ela não tinha nenhuma opção melhor que

aquela... e ao menos ele sabia que a mercenária era uma Rúnica. A

garota finalmente cedeu quando ele jogou uma espada velha e enferrujada

aos pés dela.

 

- Você pode ficar com a única arma que tenho...

 

-

Está bem, eu vou com você. Mas se tentar alguma gracinha, eu juro que

espalho você por todos os cantos desse lugar. - A idéia de acompanhar

alguém que estava morto apavorava Sailorcheer, mas ela não podia ficar

vagando sozinha por aquele lugar, não sem ao menos saber onde poderia

começar sua busca por Fei.- E fique com sua espada... se o que diz for

verdade, não quero ter que me preocupar com você. E se não for....

então você vai se arrepender amargamente.

 

- Acredite, eu quero

ir para o Valhalla tanto quanto você... - Dizendo isso, o homem apontou

para a direção contrária à que estavam seguindo. - Sei que você

consegue correr, apesar das suas feridas. Vamos sair logo daqui.

 

Sailorcheer

suspirou e começou a seguir o morto, ainda sem ter certeza se era a

coisa certa a fazer. Suas dúvidas aumentaram ainda mais quando chegaram

na borda de uma pequena “floresta” de árvores podres, preenchida por

uma névoa espessa e com muito menos luz do que o lugar onde estavam

antes.

 

- Consegue enxergar aqui, Dagaz? - o tom de voz dele era baixo, quase um sussurro.

 

- Não, claro que não consigo! Não quero entrar aí.

 

-

E por que não usa o poder Rúnico para isso? - O homem parecia

perplexo... se ela tinha poderes, deveria usá-los. Ao perceber que a

garota não fazia idéia do que ele estava falando, ele ficou confuso. -

Você é uma Rúnica... não é?

 

- Eu... acho que sim... Pelo menos eu conseguia conversar com os outros à distância.

 

- Mas... só isso? E quanto a prever perigos? Você deveria saber... ao menos Alessëa dizia que conseguia.

 

Sailorcheer

franziu a testa ao ouvir o nome... Não era esse o nome da mãe do Fei?

Ainda assim, não achou prudente revelar mais sobre isso, não sem ter

certeza de que aquele homem realmente queria ajudá-la. Ainda assim,

isso acalmou um pouco a garota, que ficou um pouco mais dócil. Eles

falaram mais um pouco sobre o que a garota conseguia fazer. Ao final

daquela conversa, Sailorcheer já tinha certeza de que “conhecia” o

homem que a salvara; ao comentar que o nome de seu marido era Fei, o

morto pareceu nostálgico, até mesmo triste, e disse que era o mesmo

nome do filho dele. Por fim, a garota sentiu seu coração ficar apertado

quando o homem se apresentou. Yan.

 

A mercenária seguiu seu sogro

em silêncio, tentando não demonstrar o medo que sentia dentro daquela

floresta. Depois de um tempo que, para Sailorcheer, pareceu uma

eternidade, eles finalmente chegaram a uma casa, escura e sombria. Yan

olhou ao redor antes de abrir as duas fechaduras da porta. Ele indicou

a entrada para a garota e, assim que ela colocou os pés dentro da casa,

trancou novamente a porta. Imediatamente o homem foi até a janela e

ficou observando os arredores da casa por algum tempo, enquanto a

mercenária balançava as mãos no ar, impaciente.

 

- Não se

preocupe, eu consigo escapar se for preciso... E acho que consigo te

levar comigo. Sumir é o menor dos meus problemas agora.

 

- Sim,

eu sei... primeiro temos que cuidar desses seus ferimentos. - Yan se

afastou da janela, fechando a pesada cortina, e abriu um baú, de onde

retirou uma pequena caixa que entregou para Sailorcheer. - Use isso em

seus ferimentos... Infelizmente não sou nenhum alquimista para fazer

poções...

 

Agradecendo, a garota pegou a caixa e se pôs a

esmigalhar as ervas, esfregando-as nos ferimentos e os cobrindo com as

ataduras. Quando Yan demonstrou preocupação quanto ao que ela iria

comer, Sailorcheer o interrompeu. Ela não queria comer, e seria capaz

de suportar a fome durante algum tempo. A prioridade dela agora era

encontrar Fei. Quando Yan a questionou sobre a possibilidade dele ir

procurar por Fei enquanto ela se recuperava, a Rúnica ficou brava. Ela

jamais ficaria de braços cruzados enquanto seu marido estivesse em

perigo. Além disso, ser chamada de Dagaz o tempo todo a estava

irritando.

 

- Olha, senhor Ackhart, eu sei que o senhor tá tentando me ajudar, mas eu realmente tenho que achar o Fei, tá?

 

- Ackhart? Como sabe meu sobrenome, menina? - Yan ficou muito curioso.

 

- Hum... eu deduzi. O pai do Fei se chamava Yan, a mãe dele era Alessëa... eu só juntei as coisas.

 

- Fei...? O seu marido? - Quando a garota respondeu que sim, ele a questionou. - Você, por acaso, é... Sailorcheer?

 

A

Rúnica mais uma vez acenou afirmativamente, fazendo com que Yan saísse

apressado em direção a outro canto da casa. Ele voltou resmungando, com

um lampião e um manto grosso e felpudo nas mãos. Ele sabia que alguém

que estava em Niflheim iria adorar a notícia de que Fei estava lá e que

iria querer se vingar imediatamente. Por outro lado, talvez isso

facilitasse a busca por Fei.

 

- Escute, menina, tenho uma notícia

boa e uma ruim. Talvez possamos achar o Fei... mas se alguém que também

está aqui encontrá-lo primeiro, você não vai poder sair de Niflheim com

ele.

 

No começo Sailorcheer não entendeu. De quem Yan estava

falando? E por que ele estava tão relutante assim em falar? Ao ouvir o

nome, porém, ela se sentiu empalidecer de raiva. 'Evathium'. Agora,

mais do que nunca, era questão de honra encontrar aquele desgraçado

depois de encontrar Fei. Yan, relutante, manifestou-se contra. Não

queria que a garota se machucasse, tampouco sabia como ela reagiria ao

se encontrar com aquele homem. Principalmente depois de saber que o

mercenário literalmente havia levado a história dela para o túmulo... e

a compartilhou com os outros. Mas logo percebeu que nada a impediria de

sair atrás de seu marido, principalmente depois que ela começou a

testar as técnicas aprendidas como mercenária. “Ela realmente sabe se

esconder bem”.

 

Assim que saíram da casa, Yan assobiou e ficou

esperando algo. Logo Sailorcheer entendeu o que era: um enorme Pesadelo

Sombrio corria na direção de seu sogro. Após enfatizar que ele era

domado e que a garota poderia montá-lo sem problemas, a Rúnica levantou

um problema. Ela não poderia se esconder enquanto estivesse montada no

animal.

 

- Acredite... - Yan falou, com uma expressão

tranquilizadora – um presente das Valquírias fazem os habitantes daqui

se assustarem.

 

Os olhos da garota brilharam. Seu sogro recebia

presentes das Valquírias? Ela não teve muito tempo para fazer

perguntas, pois Yan saiu correndo para pegar algo para ela. Dizendo que

a Rúnica teria que se proteger, entregou a ela um Elmo do Deus-Sol, que

emitia um leve brilho dourado e contrastava com a aridez e escuridão do

local. Como ela poderia aceitar um presente daqueles?

 

Mas ela

não teve muito tempo para pensar. Logo ela reparou em feias queimaduras

aparecendo nas mãos de Yan, causadas pelo contato com o elmo. Por estar

morto, mas não estar no Valhalla, itens divinos apenas o fariam mal.

Isso obrigou a garota a retirá-lo das mãos de seu sogro, que sorriu e

piscou para ela.

 

- Fica como um presente de casamento.

 

Muito

sem jeito, Sailorcheer agradeceu. Não esperava usar algo assim nunca,

ainda mais um presente de uma Valquíria para alguém que ela não

conhecia. Yan, porém, não deixou que ela pensasse muito tempo nisso.

Ele logo montou no Pesadelo Sombrio e ofereceu a mão para a garota que

montou, desajeitada. Ela nunca havia montado em nenhum animal além do

Juquinha, e ainda assim só para brincar com ele. E com certeza montar

em um Pesadelo era muito diferente de montar em um Peco Peco. Ainda

assim ela não se segurou em Yan. Confiando em seu equilíbrio e se

segurando no Pesadelo com as pernas, ela conseguiu se manter em cima do

animal enquanto cavalgavam. Durante o começo da viagem ela se manteve

em silêncio, mas logo sua curiosidade falou mais alto.

 

- Hum...

Senhor Ackhart... Se o senhor conhece as Valquírias... - Sailorcheer

logo se arrependeu de ter começado a falar. - Não, eu não deveria

perguntar esse tipo de coisa, não é educado.

 

- O que não é muito educado?

 

- Ficar fazendo perguntas indelicadas... deixa pra lá, eu é que sou muito curiosa mesmo.

 

-

Dag... digo, Sailorcheer... Você não precisa se preocupar com essas

coisas... Provavelmente, quando você sair daqui com o Fei, nunca mais

vai poder me ver. Ao menos espero que não. - Yan respondeu, rindo. -

Então não precisa ficar com alguma curiosidade a meu respeito.

 

- Tá.......... Se o senhor tem contato com as Valquírias... por que está aqui ainda...?

 

-

Porque, apesar de conseguir fazer algo bom no fim da minha vida... não

valeu pelo que eu causei no restante dela. - O homem não aparentava

sofrimento, apenas resignação. Então ele completou, rindo. - Não

adianta ser bonzinho só quando sabe que vai morrer. Por isso as

Valquírias podem não ser tão boazinhas quanto você pensa que são.

 

-

E... você vai ficar aqui pra sempre? - Sailorcheer começava a ficar

angustiada com o rumo da conversa. Por algum motivo ela se sentia

ligada àquele homem. Talvez por ele ser seu sogro.

 

- Bem, eu

espero que não. Ao menos as Valquírias me disseram que, se eu fosse uma

pessoa digna aqui em Niflheim, talvez um dia eles me levassem para o

Valhalla... Nem que fosse por um breve momento. - Yan suspirou, olhando

para um pingente que batia em seu peito conforme o Pesadelo galopava. -

Daí, eu poderia me encontrar com Alessëa novamente...

 

Mais uma

vez a garota sentiu o coração apertado, como se pudesse sentir a dor de

Yan. “Deve ser terrível ficar longe da esposa, sem saber quando poderá

vê-la novamente...” Tentando não demonstrar tristeza, ela procurou

algumas palavras animadoras. Desejava tanto que ele saísse daquele

lugar macabro logo...

Por fim, chegaram a um local com vários morros

descampados, cobertos por ruínas de algo que pareciam casas e alguns

mortos, com uma aparência bem mais degradada que a de Yan. O Pesadelo

parou na frente de um deles e o homem, com um tom muito autoritário, o

interpelou.

 

- Verme! Diga onde está aquele seu líder cretino!

 

Caindo

para trás, assustado com a agressividade da ordem, o cadáver apontou

para um dos morros. Então, começou a rir freneticamente, fazendo com

que Sailorcheer se encolhesse atrás de Yan.

 

- Ali, senhor... Mas... Meu senhor está com a cabeça meio.... fora do lugar.

 

Sem

esperar que o vagabundo parasse de rir, Yan continuou o galope. Queria

chegar até Evathium o mais rápido possível. Porém, ao chegar ao local

indicado, eles se depararam com uma situação nauseante. Vários pedaços

de um corpo, já em decomposição, estavam espalhados pelo local,

enquanto vários cadáveres se alimentavam deles. Outros lambiam sangue

ainda fresco do chão. Sem pensar duas vezes, Yan gritou para um dos que

lambiam vorazmente a terra manchada.

 

- Ei, aberração! Onde está o dono desse sangue todo? - Assim que o morto apontou, ambos desceram do Pesadelo.

 

Fei estava desacordado, há poucos metros de onde estavam. OFF@ZeroPergunta respondida? [/heh]

Link para o comentário
Share on other sites

 

Sem esperar que o vagabundo parasse de rir, Yan continuou o galope. Queria chegar até Evathium o mais rápido possível. Porém, ao chegar ao local indicado, eles se depararam com uma situação nauseante. Vários pedaços de um corpo, já em decomposição, estavam espalhados pelo local, enquanto vários cadáveres se alimentavam deles. Outros lambiam sangue ainda fresco do chão. Sem pensar duas vezes, Yan gritou para um dos que lambiam vorazmente a terra manchada.

 

- Ei, aberração! Onde está o dono desse sangue todo? - Assim que o morto apontou, ambos desceram do Pesadelo.

 

Fei estava desacordado, há poucos metros de onde estavam.

 

Olha o lado bom, eles não pensaram em beber o sangue que sobrou dentro do Fei.

Link para o comentário
Share on other sites

Eu não esperava que o PAI DO FEI estivesse ali............. Mas o Evathium já encontrou o Fei e este deu a surra do ano no cara. Só o Leafar conseguiu superar a surra do Fei no Evathium, no momento em que destruiu o Jestr a socos..........
 Eh, pois eh... ninguem esperava... tadinho do Yan. Esse RP foi dificil pacas de fazer pq a historia em si do persona ficou muito triste. Posso dizer que eu fiquei com noh na garganta quase que o tempo todo... [/snif]E sim, nao sei quem foi o pior, se o Leafar no Jestr, ou no Fei no Evathium. Pq ambos estavam com motivos beeeem diferentes pra estarem trucidando os caras [/heh]
Olha o lado bom, eles não pensaram em beber o sangue que sobrou dentro do Fei.
[/heh] Tem certeza disso? 

 

Link para o comentário
Share on other sites

 

... Outros lambiam sangue ainda fresco do chão. Sem pensar duas vezes, Yan gritou para um dos que lambiam vorazmente a terra manchada.

 

- Ei, aberração! Onde está o dono desse sangue todo? - Assim que o morto apontou, ambos desceram do Pesadelo.

 

Fei estava desacordado, há poucos metros de onde estavam.

 

O sangue é do Fei mesmo, pelo que me lembro o que saiu do Evathium foi uma gosma verde, e ele já estava morto logo não pode ter sangue fresco.

Mas eu torcia pra que o sangue no chão fosse apenas o que o Evathium tirou durante a luta e que a Sailor chegasse antes que alguém percebesse que tem mais dentro do Fei.

Ainda assim achei muito legal terem encontrado o Yan, o Fei ainda está com uma das espadas do pai dele?

Link para o comentário
Share on other sites

Nilffheim. Subúrbio da Ala Oeste

 

O

Dullahan cutucou intrigado o corpo à sua frente. Não era muito comum

encontrar corpos ainda em carne e osso em Nilffheim, e ele próprio

ouvira berros guturais e cheios de ódio do seu Senhor há pouco tempo

atrás. Melhor investigar, achava o guerreiro morto-vivo.

Foi quando o corpo começou a se mexer e a... a.... respirar. Se um Dullahan pudesse sentir susto diante do desconhecido, ele teria sentido.

O

velho levantou-se. Parecia ser um ancião dos anciões, o corpo

ligeiramente curvado e os cabelos muito brancos. Mas o Dullahan não era

tão idiota. O mortal (sim, só podia ser um mortal!) trazia nos olhos um

estranho brilho.

 

- Huuumpft.... eeeeerrr.... – fez o velho ao

se levantar. Piscou os olhos, girou a cabeça olhando a seu redor e

coçou a cabeça com expressão intrigada. – Acho que aqui não é Morroc,

não é? O que acha, Cajado?

 

O ancião carregava um simples e

desgastado cajado. Parecia tão antigo quanto qualquer coisa de

Nilffheim. E o velho parecera não se dar conta da presença do

morto-vivo, que desembainhou a espada enquanto Bedwyn continuava

coçando a cabeça.

 

- Eu lembro de um rapaz e um martelo... ouch.

Nós quase o pegamos, ã, Cajado? Ora, olá, jovem! – bradou o velho

erguendo as mãos com um estalo para o Dullahan.

 

O morto-vivo

soltou um urro inconformado. Era um dos escolhidos, um dos guerreiros

caídos de Nilffheim! Como aquele velho ousava não ter medo?

 

-

Hmmm... Que sotaque horrível, rapaz. Você por acaso é de Cômodo? Eles

mais chiam do que falam, isso é verdade, mas fazem um excelente queijo.

O que, Cajado? Um Dullahan? Não seja absurdo. O que um Dullahan estaria

fazendo aqui?

 

Por um momento, o Dullahan estacou. Quem diabos era aquele velho?

 

 

- Como assim, estamos em Nilffheim? Eu não morri! Tenho a saúde de um

tigre, a visão de uma águia, a audição de uma... ã... orelha? Que seja.

Como assim, estamos vivos em Nilffheim? Hey, garoto! Aqui é Nilffheim?

Você poderia me ajudar! – falou o velho com um grande sorriso e o olhar

inocente.

 

O Dullahan finalmente perdeu a paciência e com outro

urro inumano, convocou a legião de mortos-vivos que andava pelas

proximidades do subúrbio de Nilffheim, no que foi imediatamente

atendido por um destacamento quase inteiro de outros Dullahan e três

das mortais Loli Ruri. Os demônios e mortos fizeram um círculo ao redor

de Bedwyn, que piscando, continuava sorrindo e olhando para o Dullahan

Mestre.

 

- Hein? O que disse, Cajado? – o velho virou-se de costas, o ouvido encostado no pedaço de madeira.

 

Com

um uivo, o primeiro Dullahan atirou-se sobre Bedwyn com sua mortal

lâmina. O velho já era. E bem na hora que deveria acertá-lo, o velho

virou-se para ele com um passo para o lado, deixando o morto-vivo

passar direto sobre ele, sua espada raspando inutilmente em uma bolsa

que o velho carregava.

A bolsa caiu no meio dos mortos-vivos e o velho bradou indignado.

 

- Hey! Cuidado com isso! Sabe o que tem nessa bolsa? Um estoque inteiro de gemas azuis!

 

Os mortos-vivos arquearam. Gemas azuis? Seria um comerciante? Um mago? Ou será que...

 

 

- Se estamos mesmo em Nilffheim, seria perigoso deixar essas gemas em

qualquer lugar, ainda mais se vocês forem demônios! Sabem, eu sabia uma

coisinha bem legal... ã... e luminosa. Se eu lembrasse como se fazia...

 

 

O velho coçou o queixo e o Dullahan finalmente reparou nas roupas

empoeiradas do velho, que eram outrora brancas, o distintivo da

Catedral de Prontera bordado na lapela. Em nome da Morte, ele era um...

O velho soltou um “A-HÁ!” empolgado.

 

- É claro! Que cabeça minha! As palavras eram Magnus Exorcismus!

 

Antes

que o Dullahan ou qualquer demônio pudesse fazer qualquer coisa, uma

luz branca saltou da bolsa e iluminou por completo toda a ala oeste de

Nilffheim, a existência maligna obliterada pela magia divina invocada,

deixando apenas rajadas de fumaça.

Bedwyn piscou, como se não tivesse entendido o que acontecera.

Tossindo com a fumaça, o velho reclamou.

 

 

- Você viu, Cajado? Eu pago meus pecados com você, você sempre estraga

tudo! Assustou todos os jovens! Agora para quem vamos pedir informação?!

 

Indignado

e ainda brigando com seu cajado, o velho recolheu a bolsa de gemas e

saiu andando em meio aos escombros devastados de Nilffheim.OFF

Link para o comentário
Share on other sites

@Fizban

Sim, o Fei está com uma espada do Yan sim. Aliás, é a única que ele possui agora, visto que o... err.. Siegfried que está com a famigerada espada élfica dele =O

Quanto a ser otimista... err... deixa =X

Bom saber, mas deixa o Fei quieto por enquanto, ele vai precisar de um tempo pra se recuperar, assim os outros Rúnicos trabalham um pouco. XD

E quem diria! Agora não sei se o Bedwyn é realmente louco, ou se o cajado dele realmente fala. [/heh]

Andei olhando a fic outra vez procurando os posts da Ruína e percebi como é antiga essa passagem do By-Thor, foi enquanto o Fei e a Sailor estavam em Amatsu certo? Aposto que foi nessa época que ele pegou o Diário do Fei.

E o Claragar? Encontrou alguma coisa quando chegou em Morroc?

Link para o comentário
Share on other sites

E quem diria! Agora não sei se o Bedwyn é realmente louco, ou se o cajado dele realmente fala. emotion-76.gif

Andei olhando a fic outra vez procurando os posts da Ruína e percebi como é antiga essa passagem do By-Thor, foi enquanto o Fei e a Sailor estavam em Amatsu certo? Aposto que foi nessa época que ele pegou o Diário do Fei.

E o Claragar? Encontrou alguma coisa quando chegou em Morroc?

 @Fizban  (por Bedwyn)

 

Uia! Meu char de RP foi baseado no Fizban do Crônicas de Dragonlance /coincidênciamorftw (por NetRunner agora =X)Eh por isso que a Florette salientou que era pra dar uma "volta no tempo" em relaçao ao Tor [/heh]. Mas o que ele fez DEPOIS disso (se eh que fez algo), soh os proximos capitulos irao dizer.E o Diário foi pego um pouco antes disso... [/heh]Quanto ao Claragar... acho que vc vai se surpreender daqui ha uns tempos... =X

Link para o comentário
Share on other sites

[Em alguma caverna em Rune Midgard]

 

 

Seth odiava o trabalho de faz-tudo para Galgaris. Ao mesmo tempo que

poderia parecer uma "honra" ser alguém tão próximo da poderosa critura,

e receber tanta confiança, era também um pé naquele lugar, pois tinha

que cuidar de TUDO.

 

Já fazia um bom tempo que Galgaris tinha se

desligado do corpo novamente, sem dar maiores explicações, como

costumava fazer. Seth ainda inscrevia rituais em seus ossos - deveria

ser o décimo ritual diferente, numa situação que parecia uma cirurgia,

cheio de cortes e ganchos improvisados para permitir seu trabalho sob a

carne. Como se não bastasse isso, os símbolos usados eram cada vez mais

complicados. A parte boa era que ele aprendia mais e mais coisas. Seth

sabia que quem gostava de fazer esse tipo de bajulação era o humano

estranho, o tal Passadina Jones, mas ele estava fazendo pesquisas em

Juno, como castigo por ter falhado na captura do tal By-Tor.

 

Os pensamentos do elfo foram interrompidos pelo movimento do corpo em que trabalhava. Galgaris havia voltado!

 

- E então, "mestre"? - disse o Elfo - Onde foi passear desta vez?

 

 

- Não fui passear. Estava concentrado em tentar localizar os escolhidos

das Runas. Senti que grande quantidade de energia rúnica simplesmente

desapareceu, e fui tentar descobrir o que era. - Explicou Galgaris,

mantendo o corpo na mesma posição para Seth continuar seu trabalho.

 

- E o que aconteceu?

 

- Um grande problema. Aparentemente alguns Rúnicos simplesmente deixaram de existir.

 

 

- Eles MORRERAM? - se exaltou Seth, interrompendo seu trabalho e

prevendo que teria que ficar décadas com Galgaris esperando mais

Rúnicos surgirem.

 

- Não. Eles desapareceram. Nem os corpos

existem mais. Podem ter sido aniquilados ou coisa assim. Algo muito

violento aconteceu para aparecer essa brecha na energia Rúnica.

 

- E o que faremos? - questionou Seth, preocupado.

 

 

- Você irá terminar o que está fazendo - respondeu o morto-vivo com sua

expressão vazia - e enquanto isso iremos observar. Não vamos ser

impulsivos e colocar tudo em risco novamente. Quando os rituais em mim

estiverem completos, eu irei averiguar caso ainda não tenhamos

respostas. Sente-se e confie em mim.

 

O elfo sentou-se, um pouco indignado, e continuou seu trabalho.OFFOk, a grande pergunta que fica: como que os Rúnicos sobreviveram ao ataque de Hrymm? Alguém sugere algo?(vamos ver se a gente eh muito previsível, hehehe) =3

Link para o comentário
Share on other sites

@Fizban  (por Bedwyn)

 

Uia! Meu char de RP foi baseado no Fizban do Crônicas de Dragonlance /coincidênciamorftw 

Talvez nem seja coincidência, o nome veio das Crônicas de Dragonlance mesmo, mas só o nome.

Na verdade eu ia usar Fistandantilus, mas o nome é meio grande e estranho, e ainda não tenho a habilidade de interpretar um Raistilin. ^^

Quanto ao que aconteceu com os Rúnicos, acho que tem dedo da mãe do Fei aí.

Link para o comentário
Share on other sites

Participe da conversa

Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.

Visitante
Responder este tópico...

×   Você colou conteúdo com formatação.   Remover formatação

  Apenas 75 emojis são permitidos.

×   Seu link foi automaticamente incorporado.   Mostrar como link

×   Seu conteúdo anterior foi restaurado.   Limpar o editor

×   Não é possível colar imagens diretamente. Carregar ou inserir imagens do URL.


×
×
  • Criar Novo...