Ir para conteúdo

Guerreiros Rúnicos - histórias inacabadas


*_Dark_Shadow_*

Posts Recomendados

Kai olhava sério

para Sailorcheer, que buscava o papel que ele havia jogado para ela

ver. De imediato, a garota reconheceu o desenho da espada, praticamente

idêntica àquela que Fei trouxe consigo de suas terras. Kai, por outro

lado, tentava usar da ingenuidade que ele reparou na garota para

conseguir as informações que queria, já que tinha certeza que com Fei

seria praticamente impossível.

 

- E se eu te disser que esse artefato já passou até mesmo por aqui antes de ser... "seu"?

 

- Tá... e? - Sailorcheer disse, de forma extremamente displicente.

 

-

E que isso estava com um de nossos melhores guerreiros, juntamente com

um bebê, cerca de 30 anos atrás? E desde então estamos rastreando o

paradeiro de tudo isso?

 

- Bom, pode começar de novo, porque não está mais comigo - Sailorcheer mostrou um sorriso irônico.

 

- Mas talvez metade da nossa busca pode ter sido finalizada quando acabaram aqui... a espada nao era do Fei, Sailorcheer?

 

- Se ele que me deu, é óbvio que era! - disse Sailorcheer, sem nem pensar.

 

- E exatamente por isso, não seria ELE a tal criança que passou por aqui?

 

-

Por que não pergunta pra ele? Mas... - por um breve instante

Sailorcheer parou de falar e pensou que Fei nunca tinha falado que era

de RuneMidgard e sim de terras distantes que ela mesma nunca tinha ido.

Então não tinha sentido algum o que Kai havia dito - Não tenho como

saber se é ele ou não, pergunte a ele!

 

- Por que eu não pergunto

à ele? - Kai repetiu a pergunta, para tentar elaborar uma boa desculpa

para tentar conseguir a informação da garota - Imagine que você nunca

tenha conhecido sua família... e, de repente, sabe que desconhecidos

podem saber como e por que sua familia foi morta. E eles contam... não

seria mais adequado que uma notícia desse tamanho fosse dada com

certeza? E não... mera especulação? - Sailorcheer tentou responder, mas

Kai continuou - E se eu falar tudo isso para Fei, achando que ele é a

pessoa que procuramos por tanto tempo e ele não for? As duas buscas

seriam interrompidas... a nossa e a dele.

 

- Mesmo que eu

soubesse, não iria falar.... - Sailorcheer continuou firme em não

revelar nada, para surpresa de Kai, que achava que ela teria um pouco

mais de sensibilidade no momento devido à sua ingenuidade, que agora

não parecia mais tão forte.

 

- Bom... ele sabe rúnico... e isso não se aprende nessas terras...

 

- Eu também sei! - Sailorcheer falou mostrando a língua.

 

- Ah, ele te deu aula, é?

 

- Eu não vou te contar... - a rúnica fez birra e Kai contou mais uma vitória na conversa.

 

-

Como EU não sei Rúnico, pelo menos poderia ser simpática e ler isso de

uma vez? - Kai apontou o pedaço de papel que havia arremessado na

direção dela anteriormente.

 

Sailorcheer, curiosa, finalmente

olhou para o pedaço de papel, que mais parecia uma página de um livro.

Nele o desenho de uma espada muito similar a de Fei estava desenhada

com grande detalhe, presa à um suporte. Era possível se observar no

desenho que isso se extendia, como se fosse uma câmara. Explicava-se

detalhadamente como e o que se fazer para abrir a suposta câmara, a

forma como deveria ser fechada entre outros detalhes técnicos demais

para que a garota prestasse muita atenção naquele momento, mesmo porque

havia alguns símbolos que ela desconhecia.

 

O que mais chamou a

atenção dela é que atrás do papel havia um nome escrito "Yan Ackhart".

E numa região em branco, próximo ao desenho, um manuscrito, onde ela

podia ler:

 

 

 

 

 

 

 

 

"Querido Yan,

 

Espero

que a carta tenha chegado à tempo e não tenha sido interceptada. As

instruções para que você consiga abrir a câmara estão todas aqui. Ele

não deve reparar tão rápido que essa folha tenha sido rasgada. Impeça

que essa espada caia em suas mãos. E, principalmente, salve nosso

filho... ele não tem culpa de nada disso.

 

Com amor,

 

Alessëa"

 

 

 

 

- E então, garota? Poderia ler isso para mim?

 

- Não... não poderia... - Sailorcheer falou, com um sorrisinho no rosto, guardando o que foi possível de informações da carta.

 

-

Hum.. que pena... acho que... você talvez não tenha aprendido rúnico

afinal... - Kai dobrou cuidadosamente a carta e a guardou novamente - Mas

pode deixar então... farei como você pediu... o Fei já está vindo...

perguntarei diretamente para ele...  

Link para o comentário
Share on other sites

  • Replies 204
  • Created
  • Última resposta

Top Posters In This Topic

Popular Days

Top Posters In This Topic

Eu devia ter imaginado que toda essa

hospitalidade do Kai teria um preço. E estava pagando por ela, nas

últimas noites. Não que não estivesse sendo legal fazer algumas

"missões rápidas" com o grupo dele durante a madrugada. Como a Katrina

ficava dormindo profundamente por causa dos remédios que andava tomando

para se curar, ela nem percebia minha saída. Sorte a minha. Se ela

desconfiar do que eu fiz com esse pessoal, ela vai me fazer dormir com

aquele peco idiota por um ano!

 

As missões eram simples. Íamos na

taverna de Amatsu, recebíamos uma grana de um figurão lá e realizávamos

nossa missão. Algumas vezes uma simples escolta. Mas ontem foi apagar

um sujeito, parece que de uma facção contrária a desse tal figurão. Não

que eu me importe. No fundo, foi nostálgico esse tipo de "trabalho".

Não recebi nada em troca, mas... de alguma forma, gostei de me sentir

na ativa de novo. Desde que vim para Rune Midgard não havia encontrado

um grupo que realizava esse tipo de servicinho. Não é igual ao que

tinha em Philai, mas quem se importa? Parece que pelo menos eles são

organizados...

 

Porém, ontem foi o dia que consegui quitar minha

dívida com o Kai, quando não deixei o sujeito que eles queriam

aniquilar fugir. Apesar de ser prazeiroso esses últimos tempos, a Katrina jamais aceitaria que eu continuasse com essa vida. Ela é

demasiadamente honrada para isso. E apesar de gostar de ganhar dinheiro

dessa forma tão simples, prefiro optar por ficar com ela, já tenho um

bocado de grana guardada no banco de Geffen mesmo.

 

O Kai parece não

ter gostado muito quando eu falei que iria embora com a Katrina. Ele

disse que minha habilidade não deveria ser desperdiçada por causa de

uma mulher e que, ao invés disso, eu deveria é largá-la. Eu pensei em

quebrar a cara dele quando disse isso, mas me contive. Apesar de tudo,

ele me ensinou uns truquezinhos úteis e não posso culpá-lo por não

saber que a Katrina não seria qualquer mulher. E é melhor eu nem falar

mesmo para evitar problemas. Já chegam aqueles panacas que descobriram

isso, tipo o mercenário chorão e babão lá, o Pancho!

 

Espero que não tenha sido sobre isso que ele

estava falando para Katrina agora a pouco, que fez ela até mesmo me

chamar por telepatia. Do jeito que esse cara é mala, provavelmente deve

estar querendo convencê-la que não quero mais ficar com ela. Porque os

capangas dele aqui são todos um frouxos e logicamente que ele quer que

eu fique ajudando ele nesses serviços.

 

Eu vou é tirar logo ela daqui e ir embora desse lugar! Ela está logo ali na frente com o

Kai mesmo, acho que ela já está até me esperando para irmos embora.

Mas... por que será que a Katrina está com essa cara estranha olhando

para mim? O que será que o Kai falou para ela?

Link para o comentário
Share on other sites

- Com o que diabos você tava incomodando a Sailor, Kai?! - Fei berrava de longe, assim que avistou os dois.

 

-

Bah... esquece, garota... com esses trejeitos ridículos, ele não pode

ser quem estamos procurando... - Kai disse, meio indignado com a

postura de Fei - Eu só estava tentando explicar para ela o que você

andou fazendo por aí enquanto ela estava capotada na cama... - Kai

sorriu, irônico para Fei, que mostrou-se imediatamente preocupado.

 

"Ele disse que você estava com vontade......... "- Sailorcheer falou com

Fei telepaticamente, ficando ruborizada a medida que falava, e Fei

reparou e suspirou aliviado em ver que Kai havia o "protegido".

 

"Ahn... disse? Mas... eu só tomei um copinho mínimo daquele tal saquê, Sailor... não foi nada de mais..."

 

"Saquê?!" - a vergonha de Sailor passou imediatamente, ficando com uma

cara séria e brava - "Vamos conversar quando chegarmos em casa, mocinho!"

 

Kai

reparava nos olhares trocados pelos dois, e concluiu que ambos usavam a

telepatia rúnica, que ele já conhecia há muito tempo. Percebeu que Fei

virou-se para ele.

 

- Kai... acho que precisamos ter uma conversa meio séria....

 

- Ah, sim... de fato, Fei... eu estava aqui conversando com sua excelentissima.... noiva... e ela comentou comigo que você saberia ler rúnico, é verdade?

 

- Rúnico? - Fei começou a rir - Ah, foi uma coisa que eu aprendi com um amigo meu, de uma taverna...- em seguida reparou na espada que Sailor ainda empunhava - Ué... Sailor? Você estava treinando também?

 

- Estava... estava treinando minha paciência....... - Sailorcheer rosnou para Kai.

 

-

Hum... mas agora não precisa mais treinar... vamos pra casa... - Fei

sorriu, enquanto Kai ainda fazia uma cara de desconfiança pela resposta

dada por Fei.

 

- Um amigo te ensinou Runico?

 

- É... ele

disse que era uma escrita das terras dele.... - Fei mentia

descaradamente - Ele perdeu aquela espada idiota num jogo comigo...e

agora ficam me perseguindo por causa dela...

 

- Ahhh... então quer dizer que esse seu amigo que te ensinou? Ele seria um... Rúnico tb? - Kai perguntava, com desconfiança.

 

-

Bah, se o Tor é Rúnico? Ele até já chegou a brigar com o Claragar pra

tentar liderar a gente... - Fei falou com naturalidade e pensou que

By-Tor conseguiria se livrar da encrenca que ele estaria o colocando

naquele momento.

 

- Ele é... Rúnico?! - Sailorcheer olhou com cara de desgosto e surpresa.

 

- Sim, garota... ele me mostrou não faz muito tempo... tem até conversado comigo!

 

- Bah... se até o Claragar é... - Sailorcheer deu com os ombros.

 

- Engraçado... se ele é tão respeitoso como Rúnico, pq a Sailorcheer sequer sabia disso? - Kai sorriu sarcástico.

 

- É... eu evito falar do Tor pra ela... a Sailor não gosta dele... - Fei disfarçou e fez cara de lamento.

 

- Não converso nem com o meu "querido" genro, que dirá com ele... - Sailorcheer completou, emburrada.

 

- E... onde eu encontro esse Tor? - Kai disse, fingindo acreditar na história.

 

-

Eu lá vou saber...? Se a gente tá tanto tempo preso nessa ilha

aqui! Mas... quando a gente encontrá-lo... eu aviso que você quer

conversar com ele... - Fei buscou o braço de Sailorcheer, quase arrastando a garota para acompanhá-lo - Agora precisamos

ir... acho que devo agradecer pela ajuda, apesar que já foi tudo pago,

não é mesmo?

 

- Com certeza foi... - Kai sorriu ironicamente.

 

Conforme a dupla caminhava para longe de Kai, Sailorcheer comentou com Fei sobre o papel que Kai havia mostrado a ela.

 

"Fei... ele pediu pra eu ler uma espécie de carta pra ele, que tava em Rúnico... q menciona um "Yan Ackhart", e disse que tinha motivo pra ele

morrer... Ele pode estar armando algo pra cima de você..."

 

Fei ergueu uma sombrancelha e começou a acelerar o passo.

 

"E disse que tinha uns guerreiros, que tinham a espada, e algo sobre... -

tentava lembrar enquanto corria para acompanhar os passos de Fei - ter

um motivo pra eles terem morrido..."

 

Fei continuou andando e ouvindo telepaticamente a mensagem da garota, sem dar muita importância.

 

"E... e... e... me chamou de virgem

inexperiente!!" - Sailorcheer ficou muito possessa e Fei parou de andar de imediato -

"...e disse que você tinha dito isso pra ele..."

 

Fei mudou a expressão e ficou extremamente bravo, virou-se para onde Kai estava, começando a andar na sua direção novamente. Kai observou os dois chegando em sua casa e olhou para o céu, lamentando.

 

-

Oh, droga... ela acabou de contar.... - levantou-se da sombra de árvore

em que estava e ficou esperando os dois chegarem novamente.

Link para o comentário
Share on other sites

Kai se levantou, esperando a dupla tranquilamente e com um sorriso irônico no rosto.

 

- Ué, não falaram que iam emb* - Kai saltou pra trás quando Fei tentou acertar um soco cruzado.

 

- Fei, para com isso, ele é um bobo invejoso! - berrava Sailorcheer, um pouco mais distante dos dois. - Vamos pra casa!

 

-

O QUÊ VOCÊ INSINUOU, SEU MANÉ?! - Fei continuava a atacá-lo, mostrando

nitidamente que não ouvia nenhum dos dois. Sailorcheer não fazia o

menor esforço para segurar o Rúnico.

 

- Eu achei que você

já.... tinha cansado....dos treinos aqui...- Kai falava enquanto

esquivava ao mesmo tempo dos golpes - Fora que... falar a verdade pra

essa garota a machuca tanto assim por quê?! - indignava-se Kai ao mesmo

tempo que Fei berrava um palavrão imenso, pulando com fúria em cima de

Kai.

 

- Fei, não fale palavrões! - pediu Sailorcheer, ruborizada

com o que ouviu - E não vale a pena bater nele por isso. Vamos pra casa

que o Juquinha e o Kaiden devem estar com fome...

 

Kai saltou pra trás e ficou com um sorriso estampado na cara.

 

- O senhor Ackhart fica um bocado bravinho quando mexem com sua garota, hein?

 

Fei

travou e olhou na direçao de Sailorcheer, perguntando mentalmente se

ela havia dito o seu nome para Kai. Apenas recebendo a negativa da

garota. Kai começou a rir.

 

- Vocês acharam mesmo que eu ia cair na história do "By-Tor"?

 

- Eu sei que o By-Tor tem um nome estranho, mas infelizmente ele existe - disse Sailorcheer, contrariada.

 

- Parem com essa palhaçada...vocês precisam aprender MUITO antes de tentarem me enganar...

 

-

Pff... eu não tenho nada pra falar com você...e meu sobrenome é Ackhart

sim, porque, algum problema? - Fei disse, revoltado, ainda com os punhos

cerrados.

 

- Agora quem não quer mais ficar discutindo com vocês

sou eu... portanto - arremessa a carta pra cima dos dois depois de

amassá-la por completo - vocês que fiquem com isso, que pertence ao Fei.

Quando vocês estiverem de cabeça mais fria, posso entregar o restante

das tralhas que tem por aqui...

 

Fei pegou a carta no chão,

curioso, e começou a ler. Ao mesmo tempo, Sailorcheer retirou 3 kunais

escondidas e as arremessou na direção de kai, tentando acertar seus pés. Pego

de surpresa, duas kunais acertaram diretamente os pés de Kai, conseguindo

esquivar da outra apenas por ter tombado no chão, berrando de dor.

 

- SUA $¨#&$¨#&¨$#&

 

- Ops, não era pra ter acertado - Sailorcheer disse, cínica.

 

-

Depois de TUDO o que eu fiz pra vocês, me aprontam essa?! Saiam daqui!! -

Kai berrava com furia, enquanto que Fei ainda lia atentamente a carta,

como se estivesse em outro mundo não reparando mais no que acontecia em

sua volta e com um olhar totalmente vazio.

 

- Eu não te matei

exatamente porque reconheço que me curei aqui. Mas não vou tolerar que

me menospreze, me diminua ou que minta para mim.

 

- Ele não é nem

um pouco parecido com o pai dele... imagina se ele ia deixar de traçar

uma garota por tanto tempo assim?! - babando de raiva, enquanto tirava as

adagas do pé. Sailorcheer após ouvir Kai, virou as costas e puxou Fei

pelo braço, não se importando mais para o que o ninja dizia.

 

- Deveria deixar vcs morrerem na porta de Amatsu!!!! - berrando pra eles ouvirem.

 

Fei

acompanhou Sailorcheer sem tirar os olhos da carta, visivelmente

chocado com o que lia. Sailorcheer, não reparando nisso, apenas

arrastava o noivo para longe de Kai.

 

- E garota, certamente vc

ainda está nessa situação pq não é nem um pouco atraente!!! -

esbravejava Kai, com fúria de ter sido pego de surpresa por uma garota

que ele considerava totalmente inferior em técnicas de luta.

 

Sailorcheer mostrou o dedo do meio ao longe para Kai e berrou de volta.

 

-

Pelo menos não tenho barriguinha de saquê! GORDO! - e pensou - " Uau, e

não é q isso é bom? Agora eu sei pq o Fei xinga tanto!" OFFHuhauahuaua... poxa, vocês não contavam com a jogada de dado que travou o Fei de estrupiar o Kai (eu odeio jogar dados nessas situações... SEMPRE a Lei de Murphy ataca!)  [/heh] 

Link para o comentário
Share on other sites

Sobrar algo do Kai até que sobrou, sim: a raiva.

E o Fei tá passando pelo momento de sua vida: aquela carta contém parte do passado dele!

Nossa, tô só esperando a reação inicial do Fei, até porque ele vai querer aquela espada de volta.............. Ele vai iniciar uma "Caça ao Seth", isso eu tenho certeza!

Link para o comentário
Share on other sites

  O que diabos era aquela carta? O que foi

tudo aquilo que o panaca do Kai ficou falando sobre... meus... pais?

Será que foi tudo armação como a Katrina está dizendo desde a hora que

saímos de lá?

 

Não, não é possível. Tudo o que está escrito na

carta está certo, a localização da espada, a forma como abria aquela

porta daquele templo bizarro... até mesmo as inscrições élficas. Como o

Kai poderia saber disso tudo sem pelo menos conhecê-los?

 

Minha mente está meio confusa. Confusa? Ou será que eu não queria admitir a verdade mesmo?

 

Ou não queria realmente descobrí-la.

 

Por

isso fiquei vagando meio sem rumo por RuneMidgard... não fiquei

procurando muito por respostas... será que estava na verdade com medo

do que encontraria? Mas medo do que?

 

O sol de Amatsu parece

que está me torrando. Quanto mais eu ando, mais fraco parece que estou

me sentindo. Por que a Katrina continua correndo desse jeito? Por que

ela continua a falar desenfreadamente assim enquanto corre agarrando

minhas mãos?

 

Para onde a gente está indo mesmo? Olho em minha

volta, estamos saindo de Amatsu. Alessëa, Yan... será que o tal filho

que queriam proteger era eu mesmo? Será que após todos esses anos

finalmente eu descobri o nome dos meus pais? Mas por que diabos eles

teriam em posse uma espada daquelas... por qual motivo essa proteção?

Por que o Kai conhecia eles?

 

Paro de andar. Minha cabeça começa

a latejar. Sinto o suor escorrendo em minha testa. Maldito sol que

insiste em me incomodar. Por que agora meu corpo parece não me obedecer

mais? Estou sentindo minhas pernas ficarem pesadas. Acho que a Katrina

percebeu isso, ela parou de andar e correu na minha direção. Ela

começou a falar de novo, céus! Será que ela imaginou que eu parei de

andar por causa disso? Eu mal consigo coordenar as idéias dela na minha

mente de tanto que ela fala!

 

Alessëa, que nome é esse? Maldição!

Por que eu não consigo parar de pensar nisso? Por que que desde que li

aquela carta fiquei com essa espécie de nó na garganta? Se os meus

verdadeiros pais morreram mesmo, quem se importa? Eu nem mesmo os

conheci, que se dane o que fizeram ou deixaram de fazer. Idiotas são

eles que se mataram para me salvar!

 

Hum... acho que eu pensei

alto. Por algum motivo, Katrina mudou a expressão dela e parou de

falar. Está me olhando de forma... estranha. Ela me envolveu com seus

braços e está me abraçando com muita força e falando palavras

consoladoras no meu ouvido.

 

Eu não preciso disso, droga! Não

vou me abalar por pessoas que eu nem conheci. Não é o mesmo que

acontece com ela, que fugiu da casa dos pais para virar mercenária. Ela

sente-se mal com isso, mas eu não! De forma alguma me sentiria assim!

 

De

repente sinto minhas mãos tremendo, minha voz mal sai. O que diabos

está acontecendo comigo? Estou até ofegante agora, a Katrina me leva até

uma sombra numa árvore e me faz deitar no seu colo. Será que estou

ferido e não sei ainda?

 

Ela começa a acariciar meu rosto

suavemente e percebo só agora que meus olhos ardem, estão encharcados.

Ela fala baixinho para eu me acalmar. Então eu realmente estou sofrendo

com essa notícia que eu recebi e não percebi? Fecho meus olhos e

percebo que as poucas palavras que consigo dizer para ela é que agora

não posso mais xingar meus pais por terem sido irresponsáveis a ponto

de terem um filho que não puderam criar.

 

Algum tempo se passou.

Se foram minutos ou horas eu não sei, mas o sol horrível de Amatsu já

não está mais tão forte. De alguma forma, minha mente está mais

tranquila agora. A Katrina me pede para eu ser forte nessa situação e

diz que estará comigo sempre.

 

De fato, como pude me esquecer

disso nesse momento de pura insanidade? Quando eu quis vir para Rune

Midgard eu procurava um lar e imaginava que o encontraria ao saber o

paradeiro dos meus pais. Apesar de agora eu saber que já não é mais

possível encontrá-los, pelo menos uma de minhas metas eu consegui

cumprir: tenho um lar.

 

Não é com Alessëa, Yan ou com qualquer

aparentado meu, mas o que importa isso? Meu lar e minha família agora é

com essa garota que tenho parada na minha frente, com olhar preocupado

por causa do meu estado.

 

Levanto, respiro fundo e estendo

minha mão para a Katrina. Digo que devemos nos apressar para pegar uma

embarcação para Alberta para voltarmos logo para casa e vejo um sorriso

enorme surgindo no seu rosto.

 

Ela realmente continua sendo um remédio melhor do que qualquer vinho que já tomei em dias assim!OFF Vamos ver se você acerta, Zero Dozer. XDE...

realmente... a influência do Fei sobre a Sailor tá ficando dose. Será

que um dia ele consegue fazer ela tomar um porre numa taverna? Ficar

xingando ele já conseguiu! [/heh] 

 

Link para o comentário
Share on other sites

Galgaris se aproximou devagar, em meio à

escuridão da caverna, olhando de longe seu prisioneiro, o elfo Seth

Alcalimë, agora “multilado” e sem alimento por dois dias.

 

- Sei

que você está aí, "Galgaris"... – disse Seth, num tom de voz cansado,

olhando para a parede sem se mover – Eu ouvi seus passos.

 

-

Apesar de tudo ainda se mantém atento. Isso é ótimo. – disse Galgaris,

observando-o. – Ainda não enlouqueceu. Pensei que essa situação o

deixaria insano.

 

- Você subestima minha mente, Galgaris... –

disse o Elfo, no mesmo tom de voz – Mas não vou desafiá-lo. Porque você

não se aproxima e senta-se ao meu lado? – Seth olhou maliciosamente

para o guerreiro.

 

- E porque eu faria isso?

 

- Por que

você NÃO faria é a pergunta – sorriu o Elfo – Já percebi que todas as

vezes que você vem, você não ultrapassa essa fileira de pedras, que

está um pouco à sua frente. Isso quer dizer que exatamente nessa

fileira está o limite do seu maldito ritual de Zona Morta pra impedir

minhas mágicas Rúnicas e arcanas! Isso quer dizer que se você entrar

aqui, você não pode usar seus amuletos, e é provável que seu próprio

corpo mágico se desfaça! Logo, eu posso fazer o que eu quiser aqui

dentro que você não tem como vir aqui me impedir ou me matar!! – Seth

levantou-se e começou a se debater, tentando arrancar as correntes da

parede de pedra.

 

Galgaris olhou para o Elfo pensativo.

Abaixou-se e pegou uma pedra qualquer, do tamanho de um punho, e

arremessou com força a poucos metros de Seth, fazendo-a espatifar-se em

pedaços. O Mago olhou surpreso para o morto-vivo, como se não esperasse

tal atitude.

 

- Sei que você se acha muito inteligente, e eu sei

que você realmente é, mas não subestime o meu intelecto. Só porque não

posso lançar feitiços ou golpear-te com a espada não quer dizer que eu

não possa te matar.

 

Seth encarou Galgaris mais uma vez e a face

inexpressiva do Guerreiro irritava-o ainda mais, mas tinha a noção que

sem suas mágicas e com a força daquele projétil, ele realmente poderia

acabar sendo morto a pedradas. Ou seja... de volta a estaca zero.

 

-

Entretanto, meu caro – continuou Galgaris – suas deduções merecem

recompensa. Trarei algo para ti. – o Guerreiro voltou ao corredor de

onde saíra, desaparecendo nas sombras da caverna. (Continua) 

Link para o comentário
Share on other sites

Nossa! Reprise dos relatos do tio da Sailor!! Porquê o reprise?

Eles (Fei e Sailor) terem se safado teria a ver com o novo mundo que abre a partir da destruição de Morroc?

Pra mim, os Rúnicos foram literalmente EXTERMINADOS na treta com o Hrymm, e Fei e Sailor foram os únicos sobreviventes. Na última vez que vi a sua sig, gerei outra dúvida: Eles vão TRANSCEDER nessa volta por cima? Já devo imaginar o Fei, meio Lorde, meio Sumo-Sacerdote. Seria insano.

Quanto ao By-Tor, queria ver se ele sobreviveu ao tranco do Passadina, ele estava muito debilitado no fim da parte dele, morrendo praticamente. Esse cara é muito interessante.

Link para o comentário
Share on other sites

Galgaris saiu do corredor de pedra onde o

elfo e mago Seth Alcalïme estava preso. As deduções do elfo seguiam

exatamente os rumos que foram planejados. Os calculos estavam perfeitos!

 

O

Morto-Vivo se direcionou à outra caverna, onde Passadina Jones, o seu

discípulo nas Artes Rúnicas, estudava compulsivamente. Sua fome pelo

saber era muita, bem como suas motivações, mas Galgaris sabia que ele

havia cometido um erro.. e um erro muito grave.

 

- Passadina. Quero que você me conte agora sobre o que ocorreu com Rúnico By-Tor. - disse Galgaris, em pé ao seu lado.

 

-

Sim, mestre! - disse Passadina, um pouco contrariado por não poder

terminar de ler o livro que estudava. - Por onde quer que eu comece?

 

-

É obvio que você falhou em sua armadilha, pois você não me trouxe ele

vivo. Comece do planejamento, e eu te direi onde você errou.

 

 

Passadina não se sentiu bem com aquele comentário. Não havia mudança no

tom de voz, na expressão, ou no olhar de Galgaris ao reprovar sua

atuação. O Morto-vivo não possui expressão, isso ele já sabia. Sabia

também que os sorrisos ou estranhamentos que ele expressava era

forçados, para enganar os próximos. Apesar de achar que deveria estar

acostumado, ele não estava. Aquilo era perturbador.

 

-Bem,

mestre... Eu controlei o monge Rúnico, conforme o senhor havia me

instruído, e pensei em usá-lo para atrair outros Rúnicos para a

armadilha. Como eu estava observando o tal By-Tor, achei que ele seria

a vitima ideal. Ele parece fraco e muito amigo do Fei, e estava

procurando por ele... Achei que era o momento certo pra atrair ele para

uma armadilha. Fiz o monge ir de taverna em taverna, fazendo um caminho

longo pra distrair o Rúnico, e coloquei os bonecos com os amuletos

ilusórios para apanhar dele, evitando assim problemas com a guarda. O

monge seguiu os amuletos que deixei para ele e levou o Rúnico até o

local de combate, onde deixei tudo preparado. O tal By-Tor foi preso

pelos amuletos, sentindo dor e prendendo as forças, ficando

perfeitamente encurralado, conforme previ... só que... – hesitou

brevemente Passadina, olhando Galgaris com seus olhos amarelados fixos

nele.

-... Só que aconteceu algo inesperado. Enquanto eu contava pra

ele o que eu havia planejado, surgiu uma estranha energia negra em

volta dele e ele atravessou a prisão mágica, me agarrando. Ele falava

numa língua que não conheço, mestre, e tinha asas de morcego saindo de

sua cabeça e olhos negros! Eu consegui me soltar e reforcei a barreira,

mas ele ainda assim conseguiu rasgar meu encantamento e se soltar. Daí

eu fugi antes que ele me atacasse.

 

-E o que aconteceu com ele depois disso? – perguntou Galgaris.

 

 

-Não sei, Mestre. Eu surgi nas florestas de Payon, e voltei para cá.

 

-Bem,

como eu disse, eu irei dizer onde você errou. Você errou no momento que

decidiu agir, e a partir daí cometeu outra série de erros, todos

baseadas em suas avaliações: Você se refere ao “tal” By-Tor, o que quer dizer que você não tem familiaridade o suficiente para fazer um bom plano contra ele. “Ele parece fraco”, “Eu achei que era o momento certo”, “aconteceu algo inesperado”...

suas falas mostram incerteza nos detalhes e que você não pensou o

suficiente na hora de criar os planos. Você partiu do pressuposto que é

mais forte que seu oponente que mal conhece e não tinha um plano

secundário. Além disso, você contou como você age, um erro grave. Agora

ele está livre e a menos que você mude seu modo de agir, ele saberá

prever o que você faz. E pior: agora ele sabe que um inimigo existe e

tomará mais cuidado. Você falou sobre mim ou sobre as runas?

 

-N-não, mestre.. quer dizer... eu falei algumas coisas... sobre as runas, mas acho que ele não vai se lembrar de nad...

 

-Você não ACHA nada...

tenha certeza do que faz! – Galgaris forçou uma mudança em seu tom de

voz, para que Passadina percebesse que aquilo ela uma severa repreensão

- Você pode ter dificultado minhas ações em mil vezes por conta desse

fracasso. Você tem muito a aprender ainda.

 

-Mas mestre, você disse pra eu fazer isso! Eu tive que fazer sozinho e....

 

-Eu

não disse para você ataca-lo, Passadina. Disse que deixaria você

responsável pelo monge e que deveria usa-lo para conseguir o que puder

do homem chamado By-Tor. Te dei liberdade total para investigar, não

agir.

 

-Desculpe, mestre, eu...

 

-Você deve conseguir um

refúgio na república ao norte de Rune Midgard e conseguir todas as

informações possíveis daquele lugar, pois eu o desconheço. -

interrompeu Galgaris - Descubra sobre as principais cidades,

personalidades, influências, política e sociedade. Descubra as relações

com os reinos vizinhos. Mantenha-se oculto. Pesquise nas bibliotecas se

há algo sobre nossas runas. Você será meu contato lá. E lembre-se de

seu erro: excesso de confiança.

 

-Sim, mestre... e.. quando poderei voltar para cá?

 

-Quando eu achar conveniente. Mandarei alguém te encontrar mensalmente.

 

-Mas... o senhor não me ensinará mais nada?

 

-Ensinarei

quando for te encontrar. E isso ocorrerá se fizer seu trabalho direito.

Você é um estudioso, saberá fazer isso perfeitamente. Mais alguma coisa?

 

-Mestre... esse é o amuleto do monge Rúnico – disse Passadina, estendendo um rosário. Galgaris o apanhou e perguntou:

 

-Onde você deixou o monge?

 

-Em Payon, senhor.

 

-Eu

cuidarei dele. Agora, vá. Preciso cuidar do prisioneiro e deste

rosário. – Galgaris seguiu pelos caminhos que levam para fora da

caverna, em busca de concretizar seu próximo passo em relação à Seth. 

OFF

 

Nossa! Reprise dos relatos do tio da Sailor!! Porquê o reprise?

Eles (Fei e Sailor) terem se safado teria a ver com o novo mundo que abre a partir da destruição de Morroc?

Pra mim, os Rúnicos foram literalmente EXTERMINADOS na treta com o

Hrymm, e Fei e Sailor foram os únicos sobreviventes. Na última vez que

vi a sua sig, gerei outra dúvida: Eles vão TRANSCEDER nessa volta por

cima? Já devo imaginar o Fei, meio Lorde, meio Sumo-Sacerdote. Seria

insano.

Quanto ao By-Tor, queria ver se ele sobreviveu ao tranco do

Passadina, ele estava muito debilitado no fim da parte dele, morrendo

praticamente. Esse cara é muito interessante.

*cai da cadeira ao perceber a falha crítica em postar* Deuses... eu não creio que coloquei o mesmo capítulo aqui de novo. Desculpem MESMO pelo equívoco. O problema foi que eu estava com um outro arquivo na faculdade, em ordem diferente de ONs do que eu uso aqui e acabou passando isso (e como estou postando isso em pelo menos 4 lugares diferentes, aí já viu). De qualquer forma, eu já arrumei. O post anterior foi editado e a primeira parte desse capítulo do Galgaris foi colocado no lugar. >

Quanto as dúvidas, o Fei, Sailor e outros Rúnicos se safam por outras razões, não tem a ver com a destruição de Morroc, não. O poder das runas e rituais  rúnicos pode ser mais forte do que aparenta, hehe. Mas vamos explicar isso direitinho. :)Em relação à sig... seria aquela que tem uma "historinha" ou essa:http://img245.imageshack.us/img245/1580/signovaotrohm5.jpg

De qualquer forma... bom, transcender como ocorre no jogo dificilmente acontece com os Rúnicos também. Se eles mudam de "classe" e tudo mais, é explicado em termos menos... "místicos", digamos assim (não achei a palavra certa). Mas o Fei meio lorde meio sumo-sacer... hehe, mistura explosiva. Afinal, ele já aprendeu o dom da "cura rúnica" (que também difere daquelas usadas por sacerdote mesmo)... mas agora ele perdeu a espada que lhe dava confiança em lutas (essa espada que ficou com o Sigfried tem um poder meio macabro para quem a possui. Praticamente o "um anel" - dá para perceber pelo Seth, né?) . [/heh]O By-torrrrrr rrrrealmente é interrrrrressante. Em breve novidades do nosso "amigón" aqui também. [/heh]

 

Link para o comentário
Share on other sites

[OFF]  Minha nossa! Um fã do By-Tor! huahuahuahuahuahua. Tinha que vir comentar... Poucas pessoas gostam dele... Talvez porque eu deva trabalhar mais ele. Mas geralmente é lembrado por ser amigón do Fei e por seu inconfundivel sotaque alemón.Mas quanto ao que houve com ele... Hmmm Hmmm... Postado pelas palavras dele:

emborrrra pouco uzado porrrrr minha jogadorrrra, eu ainda tenho amigos em Rrrrune Midgarrrrd e assim esperrrro que eles lembrrrrem que me devem favorrrrres. Essa oporrrtunidade que me encontrrrro é perrrrfeita prrrra cobrrrrarrr eso. Entón, logo o Fei posta o que acontezeu comigo, mas como pode rrrreparrrrarrrr ainda estou vivo e bem - nón que eso tenha te emporrrrtado em algum momento.  Era isso e logo eu mando mais historias dos rps do Tor pro Fei postar \o/ 

Link para o comentário
Share on other sites

 Mais de vinte e quatro horas passaram desde que Galgaris falou que

trazia algo para ele. Embora estivesse concentrando-se e resitindo como

podia à privação de água e comida, em breve Seth acabaria fraquejando.

Essa situação, somada a humilhante idéia de que teve seu rosto

multilado não era muito esperançosa, exceto por um detalhe: Seth estava

"jogando" com Galgaris, e até agora estava ganhando... ou pelo menos,

parecia que estava.

 

"Maldito seja, Ghull- Garuth" - pensava

Seth, sentado na rocha fria - "Em breve vencerei seu joguinho e darei

cabo de você no mesmo lugar das árvores brancas... Árvores Brancas? Do

que estou falando?" - Seth abriu os olhos e esfregou a testa, tentando

focar-se. Seus pensamentos estavam começando a se misturar com delirios

insanos, o que tonava aquela caverna-prisão um lugar ainda mais

incômodo. Não havia mais óleo no lampião e a escuridão, somada ao

constante som do gotejar de água nas paredes, era enlouquecedora-

"Galgaris, cadê você? Me solte logo..."

 

Os pensamentos do elfo

Seth Alcalimë foram direcionados para o som de passos distantes. Um

humano jamais ouviria sons tão baixos. Eram cinco homens? Talvez

quatro! Espere! Dois humanos e um cavalo. O que um cavalo está fazendo

dentro da caverna? O cavalo só tem três patas. Ele está ferido e vão

trazer ele aqui para eu cuidar. Tenho que colocar uma pata nele. Droga,

já disse a eles que odeio cavalos. Mandarei o bastardinho fazer isso

por...

 

-Seth? - interrompeu a seca voz de Galgaris - O que aconteceu com você?

 

 

Seth se esforçou para abrir os olhos que ele pensava já ter aberto. ele

estava deitado no chão, exausto e reconhecia a sua caverna-cela aos

poucos. Não havia cavalo nenhum, nem mesmo outros homens. Em sua frente

estava apenas Galgaris, segurando um objeto em cada mão. O Lampião foi

aceso novamente, e sala estava mais clara. O elfo esforçou-se para

levantar, mas acabou ficando sentado. Sentia tremedeira e fraqueza, mas

sabia que conseguiria suportar. Ou pelo menos, acreditava que

conseguiria.

 

- Trouxe comida e água pra você, como recompensa

por suas deduções. - Galgaris se aproximou do limite do círculo de

pedras e empurrou uma cumbuca com comida e uma jarra com água. Ainda

estava longe do prisioneiro, mas ele certamente poderia alcançar

 

 

- Como saberei que a água não está envenenada? - protestou Seth,

esticando-se para alcançar os recipientes. - como saberei que não é uma

armadilha?

 

- Você não saberá, Seth. Eu te digo que nada aí está envenenado, e você deve confiar em mim. Apenas isso.

 

 

O elfo encarou Galgaris, mais por desolação que por ódio. O Maldito

morto-vivo estava certo, e se quisesse recuperar as suas famigeradas

espadas, teria que sobreviver àquilo. O mago respirou fundo e bebeu a

água. Devagar e pausadamente, sentindo cheiro e sabor... aparentemente

tudo normal... e era a água mais gostosa que já bebeu, tamanha era sua

sede. Logo avançou sobre a refeição - eram grãos cozidos e um pedaço de

carne - extremamente saborosos! Enquanto Seth comia, Galgaris comentava.

 

 

- Por um instante, achei que você acabaria morrendo se ficasse tanto

tempo sem água ou comida, mas vejo que mais resistênte do que era

antigamente. A idade te fez bem... - Seth apenas o olhava de vez em

quando, voltando sua atenção novamente à comida que logo acabaria. -

... Parece estar gostando da comida... os grãos eu roubei de um

viajante que fazia sua comida, mas a carne fui eu quem preparou. Como

não sei fazer os rituais que vocês fazem antes de comê-la, imitei o que

já inha visto e deixei ela queimando no fogo...

 

- E porque não obrigou o viajante a preparar? - questionou Seth, acabando de comer.

 

- Porque a carne que você comeu era dele. Espero que não se importe de canibalizar alguém...

 

Seth prendeu a respiração para não vomitar. Só podia ser mentira! Maldito rosto de morto-vivo que não tinha expressão!

 

- Você matou um Elfo ?!? -

 

 

- Não encontrei um elfo puro, isso é difícil hoje em dia, mas encontrei

um meio-elfo. Assim teria a mistura de carne 'sua' com a carne dos

'impuros' humanos, como você diz...

 

- Seu... INSANO! - Seth

tentava controlar a raiva, a frustração e o nojo... o que era pior?

comer a carne de impuro ou de sua própria espécie? Deveria vomitar? E

se ficasse sem comida novamente? Ele sabia que precisava suportar. Ele

PRECISAVA suportar...

 

- Voltarei aqui pela manhã. Esteja vivo até lá. - Galgaris deu as costas, desaparecendo novamente nas sombras da caverna.

Link para o comentário
Share on other sites

 "Vivo pela manhã.... fique vivo até amanhã

de manhã... fique vivo..." - pensava Seth Alcalimë, se esforçando para

manter a consciência naquela fria prisão. Ele podia comer os grãos e

beber a água, apesar do nojo. A fome era maior que isso... mas o que o

preocupava era a última frase que Galgaris disse antes de sair:

"Voltarei aqui pela manhã. Esteja vivo até lá."

 

... e nada! nem

um movimento na caverna. Só o maldito som de gotas e as ilusões que sua

mente estava criando. Felizmente ele já estava melhor, graças a comida,

e sabia que podia confiar em seus sentidos enquanto mantivesse os olhos

fechados, escutando possíveis "aproximações" - claro! Se Ghull-Garuth

disse que ele devia ficar vivo até a manhã, algo iria acontecer.

Ghull-Garuth, não... Galgaris! Ele podia falar que era a mesma pessoa,

mas mesmo assim, eles eram diferentes... Ghull-Garuth era um espírito

maligno destruidor e cruel... Galgaris é um gênio... cruel, mas um

gênio. Ele pensa em detalhes, planeja tudo... azar o dele que está

enfrentando alguém tão brilhante quanto ele... não! Eu sou mais esperto

que ele pois prevejo os passos que ele dará... Ou pelo menos alguns...

 

Sons

de passos se aproximavam. Muito tempo havia passado desde que Galgaris

saiu e já devia estar amanhecendo... maldito Galgaris!! - pensava Seth

- Me fez ficar acordado a noite toda para mandar seu algoz me matar

quando estivesse mais cansado! Mas não será tão fácil! - Seth pegou uma

pedra do tamanho de um punho e a segurou com força, na expectativa de

atacar o "algoz" que se aproximava. Mal enxergando o vulto, Seth

arremessou a pedra, atingindo o alvo em cheio no peito.

 

- Vejo que não morreu de desgosto, Seth. Excelente.- G-Galgaris! Eu não esperava você.. quer dizer... eu...-

Você estava pronto para a batalha. Apesar de estar a dias preso,

enlouquecendo, privado de seus poderes, sem sua poderosa espada, com a

aparência de um humano e tendo canibalizado carne de um impuro da sua

espécie... você continua pronto para lutar.

 

- Claro que sim!

Eu... eu... - Seth tentava responder com arrogância, mas já não

conseguia pensar direito. Não esperava por Galgaris, sendo surpreendido

de novo... não sabia como argumentar.- Você está lutando por

instinto. Por isso você não consegue falar ou se explicar. Você se

superou... mais do que seu orgulho por ser Elfo, mago, ou poderoso,

você quer viver e vai lutar por isso. Você não tem mais nada a perder,

e isso o torna temível: você pode morrer, mas fará o máximo que puder

para atingir seu objetivo. Isso torna seu espírito forte..e poderoso

você já é.- Porque está me elogiando, Galgaris? Porque eu

sobrevivi? CLARO! Eu venci você!! Se havia uma resposta para esse jogo

de tortura, eu achei ela! Foi isso, não foi?- Não, seu tolo, eu

estou elogiando meu servo que provou ser útil.. provou que é capaz de

superar suas fraquezas e que não vai desistir de suas missões. E

comemoro, não porque você venceu meu jogo, mas porque consegui prever

cada passo seu, um ser de inteligência privilegiada, e te enganar até o

fim. - Galgaris começou a andar em direção de Seth, com seu olhar

amarelado e inexpressivo.

 

- Galgaris? O que vai fazer? O círculo de antimagia vai te destruir!

 

Galgaris ignorou os avisos de Seth, atravessando o "círculo antimagia" e mantendo o passo, aproximando-se dele.

 

-

Viu, Seth? Foi enganado até o final, tudo porque uma mentira bem

posicionada se tornou verdade. Este não é o temido campo antimagia, até

porque não tenho recursos no momento para criar um.. é um campo de

magia Rúnica, onde apenas magias rúnicas podem ser ativadas, o que

impediu você de usar seus outros poderes arcanos...

 

-.... mas... e meus poderes rúnic....

 

-

Você também se esqueceu que EU sou a fonte de seu poder, e fui EU quem

te deu as habilidades de conjurar encantamentos rúnicos.... logo, eu

posso remover sua runa se for necessário.

 

-... mentiroso! Minha runa continua marcada aqui e...

 

-

É claro que você não levou em conta que eu conjurei magias rúnicas

nesse campo - que você não pode usar, mas eu sim - e que usei de ilusão

para que a marca "continuasse" aí, bem como usei da mesma ilusão para

que você perdesse seu rosto... como você previu, mas não pode

comprovar...

 

- E-ee-eu - o Elfo olhava apavorado para o morto-vivo dois passos a sua frente, de olhar impassível, que continuava a falar:

 

-

Cada dedução que você fez foi planejada, de modo a fazer você cair

ainda mais fundo em seu castigo. Você chegou a beira da loucura e olhou

nos olhos da morte por privação de alimento e sono, além de da

humilhação de perder seu rosto, seus poderes e ainda ser subjulgado

naquilo que é mais forte: sua inteligência.

 

Seth não suportou

olhar mais para Galgaris e caiu de joelhos, sem saber o que fazer ou

pensar. Estava tudo acabado. A vitória era dele... agora, certamente,

viria o golpe de misericórdia...

 

- Agora, meu caro, está tudo

acabado. - Galgaris segurou firmemente a corrente que prendia os braços

de Seth , erguendo suas mãos acima da cabeça do Elfo, e com um violento

puxão, usando sua outra mão, arrebentou a corrente, deixando o

prisioneiro livre. Seth olhou para Galgaris, assustado com o ocorrido.

 

-

Venha, meu discípulo. Você renasceu e precisa de banho, alimento e

descanso. Depois te devolverei sua runa - Galgaris virou-se para a

saída, caminhando até ela. Seth o olhava, com um misto de fúria e

admiração.

 

"Eu te odeio, Galgaris" - pensava Seth - " Te odeio

com todas as minhas forças e até o fim dos meus dias. Desta vez eu

perdi, e serei seu discípulo.. para aprender a ser tão igual e tão

odioso quanto você e poder finalmente te destruir!"

 

Galgaris olhou para trás, vendo que Seth ainda não havia saído do chão.- Se eu digo pra vir, você deve vir. O que eu digo, deve ser obedecido, e não questionado. Levante-te e anda!

 

Seth se moveu, seguindo seu mestre à saída.

Link para o comentário
Share on other sites

Meu deus, esse Galgaris é o vilão MAIS GENIAL que já conheci na minha vida! Manipulou Seth até o último instante!!!

Por falar em runas, eu gostaria de ver o desenho das runas de Fei e Sailor. Tenho uma coisa em mente, não sei se você vai gostar, mas tem bastante a ver com os poderes rúnicos.

PS: Também pensei numa coisa pro Leafar também, assim que eu puder eu escaneio e mostro o presentinho que estou fazendo pra ele.

Link para o comentário
Share on other sites

Alguns dias se passaram em Amatsu. Fei

treinava arduamente todos os dias e Sailorcheer se recuperava cada vez

mais de seus ferimentos. O Rúnico havia decidido que naquele dia, assim

que terminasse o seu último treino, partiriam rumo a Juno novamente.

Não havia mais motivo para ficarem "abusando da hospitalidade" de Kai.

 

Apesar

que tal hospitalidade estava sendo paga todos os dias por Fei, assim

que Sailorcheer dormia. O rapaz já estava cansado de ficar fazendo

alguns trabalhos noturnos para Kai. Envolviam apenas escoltas de

"figurões" de Amatsu, porém o Rúnico não estava gostando nem um pouco

do tipo de gente que estava ajudando. Já tinha se livrado daquela vida

desde que tinha chegado em RuneMidgard e não queria retornar à ela

novamente.

 

Enquanto Fei treinava, Sailorcheer ficava sentada

no chão, embaixo da janela do quarto. Kai se aproximou da garota,

encostando na parede do seu lado. Apoiou sua espada na parede, ao seu

lado e ficou observando ao longe. Sailorcheer sentiu uma certa

indisposição apenas com a chegada do homem ao seu lado. Com um sorriso

irônico, falou:

 

- Hmm... você viu só, garota?

 

- Vi o quê? - Sailorcheer respondeu sequer olhando na direção de Kai.

 

- O Fei agora até sabe empunhar direito uma espada... apesar do seu estilo ainda... medíocre de luta...

 

Sailorcheer

respirou fundo, evitando de responder, ou mesmo levantar a mão para

ele, já que Fei havia pedido isso. Não contente, Kai continuou.

 

-

Ele ainda usa uma espada como se fosse uma vassoura... - rindo - acho

que é a convivência com garotas que está deixando ele assim...

 

- E pelo visto, a falta de convivência com mulheres deixou você assim.... - continuou a garota.

 

-

Ah... mas eu só convivo com mulheres quando é necessário... se é que você me

entende... - e, lembrando daquela conversa que havia ouvido em dias

anteriores - ou melhor... acho que você NÃO entende...

 

- Não me interessa o que você diz - falou, dando uma rosnada.

 

-

Ah, mas acho que interessa o que VOCÊ diz... - Sailorcheer olhou para

Kai com o canto dos olhos quando ele falou aquilo - Eu sei que você

está meio... nervosinha com essa estadia na minha casa...

 

- Está perdendo seu tempo! - falou de forma ríspida a Rúnica, quebrando a linha de raciocínio de Kai.

 

- Ahn? Perdendo meu tempo?

 

- Eu já sou comprometida!

 

Kai engasgou e começou a rir. Sailorcheer novamente respirou fundo e tentou ignorá-lo.

 

-

Você realmente acha que... você...? - Kai se acalmou um pouco das

risadas e falou de forma sarcástica - Garota, eu ensino só artes

marciais, e não como uma mulher virgem deve se portar...

 

Sailorcheer

ao ouvir o comentário de Kai, levantou-se ao mesmo tempo que pegou a

espada encostada na parede, ficando em postura defensiva.

 

- Repita isso, seu impiastro, e vai ser a última coisa que você vai falar!

 

-

Ei, que nervosismo é esse? Se isso te incomoda tanto porque não aproveita

que tem alguém como o Fei tão.... paciente.... - fala pausadamente - e

resolve logo isso? Do jeito que ele luta... a impressão que dá é que ele REALMENTE está necessitado nesse sentido...

 

Sailorcheer fechou os olhos, respirando profundamente e parando o movimento de desembainhar a espada no meio.

 

-

Faça um favor a si mesmo e fique longe de mim... - a garota disse

baixinho, quase rosnando e saiu de perto de Kai, indo para um lugar

mais afastado. 

 

OFF Incrível como Kai e Sailor ficaram com uma antipatia lvl100 mútua [/heh]

 

Meu deus, esse Galgaris é o vilão MAIS GENIAL que já conheci na minha vida! Manipulou Seth até o último instante!!!

Por falar em runas, eu gostaria de ver o desenho das runas de Fei e Sailor. Tenho uma coisa em mente, não sei se você vai gostar, mas tem bastante a ver com os poderes rúnicos.

PS: Também pensei numa coisa pro Leafar também, assim que eu puder eu escaneio e mostro o presentinho que estou fazendo pra ele.

Nossa... sinceramente, eu, NetRunner, assino embaixo. Quando o Galgaris foi criado pelo "orientador" do Claragar, eu não acreditava que ele iria ficar assim tão estupidamente demoníaco e manipulador... quando você espera que ele faça uma coisa, faz outra! Eu sinceramente tenho medo de quando o Fei topar com ele por aí! [/heh]Quanto as runas, aí vai então:Runa que forma uma cicatriz no braço do  Fei, Raido: raido.gifRuna  que está na adaga que a Sailor ganhou do Siegfried (vulgo tio mala dela), Dagaz:dagaz.gif

 

 

Link para o comentário
Share on other sites

Antipatia lv 100 é pouco pra descrever o que a Sailor desenvolveu por esse cara desde que o dia em que acordou do coma do ferimento................ A raiva tá subindo à cabeça dela aos poucos...............

Quanto às runas, fico bastante agradecido, vou até estragar a minha surpresa um pouco: planejo fazer para Fei e Sailor armas exclusivas, que apenas eles podem usar. Também estou pensando nos outros Rúnicos, mas tenho que ver se você vai gostar das duas primeiras, para os principais da onda. Pretendo escanear e passar a imagem para ser vista aqui no fórum. Nessa onda também pretendo explicar que idéias passaram pela minha cabeça sobre os poderes Rúnicos.

O desenho das duas primeiras armas já está finalizado, bem como as habilidades que elas oferecem. Vou escanear e mostrar aqui, pra todo mundo ver. Em outras palavras, estarei expondo minhas idéias e o pessoal pode dizer o que acha.

Link para o comentário
Share on other sites

Sailorcheer se afastou de Kai, extremamente

furiosa com suas palavras. E o guerreiro, por sua vez, não tinha

conseguido exatamente o que queria e continuou a incomodá-la. Começou a andar na sua direção, quase berrando:

 

-

Ei, Sailorcheer... não esquenta com essas bobagens... o que eu queria

tratar com a senhorita é um assunto realmente importante...

 

- Não tenho nada a tratar com alguém que fica bisbilhotando minha vida pessoal...

 

- Eu não bisbilhotei nada... - pensando rápido - quem me disse isso foi o Fei mesmo!

 

- Duvido - Sailorcheer parou de andar e falou de uma forma totalmente seca, o que fez Kai estranhar.

 

-

Você duvida? Com toda essa sua "experiência" com homens acha mesmo que

ele não estava precisando se abrir com alguém em relação a isso?

 

-

Ele jamais diria isso pra você, idiota - a garota disse, arremessando a

bainha da espada na direção de Kai, que apenas a olhou caindo ao seu

lado.

 

- Ok, então é melhor eu esconder que esses últimos dias que você estava grogue na cama ele andou saindo à noite na taverna...

 

Imediatamente

Fei sentiu uma tontura que fez ele errar totalmente sua defesa no

combate que estava travando com um discípulo de Kai, recebendo uma

pancada na cabeça. A voz de Sailorcheer surgiu em sua mente,

extremamente revoltada.

 

"Fei, esse imbecil tá dizendo q vc foi na taverna enquanto eu tava mal, é verdade?"

 

"Do que você... OUCH.... você tá falando, Sailor?" - Fei respondeu,

enquanto reparava no tamanho do galo que começava a surgir na sua

cabeça.

 

"Prestenção no treino e me responde!" - retrucou a garota, atropelando as palavras.

 

"Eu.... fui mesmo......"

 

"Fazer

o que?" - Fei ouviu a voz de Sailorcheer na sua mente e reparou que ela

estava extremamente brava. Também reparou que era melhor pensar logo

numa resposta antes que a próxima pancada que ele recebesse fosse dela.

 

 

"Errr... trabalhar?" - o rapaz tentou ser o mais persuasivo

possível em

sua resposta e a garota sentiu-se aliviada em saber. Discutiu mais um

pouco com Kai depois disso, sem muitos argumentos de ambos os lados da

discussão. Até que Kai, após um suspiro profundo, se cansou:

 

- Eu esperava que agora que você está inteira de novo poderia ser ao menos um pouco simpática já que logo irão partir daqui...

 

- Eu sou simpática com quem merece... não com quem mente e fica bisbilhotando minha vida!

 

- Não tenho culpa se vocês ficam falando alto e fazendo barulho a altas horas da madrugada...

 

-

Você nem sabe de nada... se soubesse, talvez tivesse conseguido me

enganar - risada seca - mas você fala de coisas que não sabe, sobre

pessoas que não conhece...

 

- Ok, então não sei de nada - Kai

abriu uma parte do kimono enquanto continou a falar - eu não sei que

você chegou ferida aqui com uma espada de origem élfica... - jogou um

papel no chão para que Sailorcheer observasse - que seria essa...

 

- É, eu falei que aquele orelhudo tava com a minha espada - fazendo pouco caso.

 

- A espada com certeza não é sua... a não ser que você a tenha comprado ou furtado...

 

-

O Fei deu ela pra mim... então é minha! - disse a garota, mostrando a

língua para Kai que ficou satisfeito com a resposta e mais certo ainda

da terrível ingenuidade da garota.

 

- Agora que sabemos que a

espada é do Fei, você poderia me confirmar outra informação "que eu não

sei"... - Kai falou num tom sério, olhando fixamente para a garota que

ainda estava fazendo pouco caso dele. (continua...) OFF Agora começarão uma série de revelações aqui... passado e presente dos Rúnicos [/aiai]

 

 

 

Antipatia lv 100 é pouco pra descrever o que a Sailor desenvolveu

por esse cara desde que o dia em que acordou do coma do

ferimento................ A raiva tá subindo à cabeça dela aos

poucos...............

 

Quanto às runas, fico bastante agradecido, vou até estragar a minha

surpresa um pouco: planejo fazer para Fei e Sailor armas exclusivas,

que apenas eles podem usar. Também estou pensando nos outros Rúnicos,

mas tenho que ver se você vai gostar das duas primeiras, para os

principais da onda. Pretendo escanear e passar a imagem para ser vista

aqui no fórum. Nessa onda também pretendo explicar que idéias passaram

pela minha cabeça sobre os poderes Rúnicos.

 

O desenho das duas primeiras armas já está finalizado, bem como as

habilidades que elas oferecem. Vou escanear e mostrar aqui, pra todo

mundo ver. Em outras palavras, estarei expondo minhas idéias e o

pessoal pode dizer o que acha.

 Você não viu

nada da antipatia da Sailor pelo Kai ainda. Nos dias de hoje, estou até

com dó dele... logo você descobre o motivo. [/heh] Quanto as armas... caramba! Fiquei curiosa agora! Ficarei no aguardo da sua idéia então! ^_^

 

Link para o comentário
Share on other sites

Kai olhava sério

para Sailorcheer, que buscava o papel que ele havia jogado para ela

ver. De imediato, a garota reconheceu o desenho da espada, praticamente

idêntica àquela que Fei trouxe consigo de suas terras. Kai, por outro

lado, tentava usar da ingenuidade que ele reparou na garota para

conseguir as informações que queria, já que tinha certeza que com Fei

seria praticamente impossível.

 

- E se eu te disser que esse artefato já passou até mesmo por aqui antes de ser... "seu"?

 

- Tá... e? - Sailorcheer disse, de forma extremamente displicente.

 

-

E que isso estava com um de nossos melhores guerreiros, juntamente com

um bebê, cerca de 30 anos atrás? E desde então estamos rastreando o

paradeiro de tudo isso?

 

- Bom, pode começar de novo, porque não está mais comigo - Sailorcheer mostrou um sorriso irônico.

 

- Mas talvez metade da nossa busca pode ter sido finalizada quando acabaram aqui... a espada nao era do Fei, Sailorcheer?

 

- Se ele que me deu, é óbvio que era! - disse Sailorcheer, sem nem pensar.

 

- E exatamente por isso, não seria ELE a tal criança que passou por aqui?

 

-

Por que não pergunta pra ele? Mas... - por um breve instante

Sailorcheer parou de falar e pensou que Fei nunca tinha falado que era

de RuneMidgard e sim de terras distantes que ela mesma nunca tinha ido.

Então não tinha sentido algum o que Kai havia dito - Não tenho como

saber se é ele ou não, pergunte a ele!

 

- Por que eu não pergunto

à ele? - Kai repetiu a pergunta, para tentar elaborar uma boa desculpa

para tentar conseguir a informação da garota - Imagine que você nunca

tenha conhecido sua família... e, de repente, sabe que desconhecidos

podem saber como e por que sua familia foi morta. E eles contam... não

seria mais adequado que uma notícia desse tamanho fosse dada com

certeza? E não... mera especulação? - Sailorcheer tentou responder, mas

Kai continuou - E se eu falar tudo isso para Fei, achando que ele é a

pessoa que procuramos por tanto tempo e ele não for? As duas buscas

seriam interrompidas... a nossa e a dele.

 

- Mesmo que eu

soubesse, não iria falar.... - Sailorcheer continuou firme em não

revelar nada, para surpresa de Kai, que achava que ela teria um pouco

mais de sensibilidade no momento devido à sua ingenuidade, que agora

não parecia mais tão forte.

 

- Bom... ele sabe rúnico... e isso não se aprende nessas terras...

 

- Eu também sei! - Sailorcheer falou mostrando a língua.

 

- Ah, ele te deu aula, é?

 

- Eu não vou te contar... - a rúnica fez birra e Kai contou mais uma vitória na conversa.

 

-

Como EU não sei Rúnico, pelo menos poderia ser simpática e ler isso de

uma vez? - Kai apontou o pedaço de papel que havia arremessado na

direção dela anteriormente.

 

Sailorcheer, curiosa, finalmente

olhou para o pedaço de papel, que mais parecia uma página de um livro.

Nele o desenho de uma espada muito similar a de Fei estava desenhada

com grande detalhe, presa à um suporte. Era possível se observar no

desenho que isso se extendia, como se fosse uma câmara. Explicava-se

detalhadamente como e o que se fazer para abrir a suposta câmara, a

forma como deveria ser fechada entre outros detalhes técnicos demais

para que a garota prestasse muita atenção naquele momento, mesmo porque

havia alguns símbolos que ela desconhecia.

 

O que mais chamou a

atenção dela é que atrás do papel havia um nome escrito "Yan Ackhart".

E numa região em branco, próximo ao desenho, um manuscrito, onde ela

podia ler:

 

 

 

 

 

 

 

 

"Querido Yan,

 

Espero

que a carta tenha chegado à tempo e não tenha sido interceptada. As

instruções para que você consiga abrir a câmara estão todas aqui. Ele

não deve reparar tão rápido que essa folha tenha sido rasgada. Impeça

que essa espada caia em suas mãos. E, principalmente, salve nosso

filho... ele não tem culpa de nada disso.

 

Com amor,

 

Alessëa"

 

 

 

 

- E então, garota? Poderia ler isso para mim?

 

- Não... não poderia... - Sailorcheer falou, com um sorrisinho no rosto, guardando o que foi possível de informações da carta.

 

-

Hum.. que pena... acho que... você talvez não tenha aprendido rúnico

afinal... - Kai dobrou cuidadosamente a carta e a guardou novamente - Mas

pode deixar então... farei como você pediu... o Fei já está vindo...

perguntarei diretamente para ele...  

Link para o comentário
Share on other sites

Eu devia ter imaginado que toda essa

hospitalidade do Kai teria um preço. E estava pagando por ela, nas

últimas noites. Não que não estivesse sendo legal fazer algumas

"missões rápidas" com o grupo dele durante a madrugada. Como a Katrina

ficava dormindo profundamente por causa dos remédios que andava tomando

para se curar, ela nem percebia minha saída. Sorte a minha. Se ela

desconfiar do que eu fiz com esse pessoal, ela vai me fazer dormir com

aquele peco idiota por um ano!

 

As missões eram simples. Íamos na

taverna de Amatsu, recebíamos uma grana de um figurão lá e realizávamos

nossa missão. Algumas vezes uma simples escolta. Mas ontem foi apagar

um sujeito, parece que de uma facção contrária a desse tal figurão. Não

que eu me importe. No fundo, foi nostálgico esse tipo de "trabalho".

Não recebi nada em troca, mas... de alguma forma, gostei de me sentir

na ativa de novo. Desde que vim para Rune Midgard não havia encontrado

um grupo que realizava esse tipo de servicinho. Não é igual ao que

tinha em Philai, mas quem se importa? Parece que pelo menos eles são

organizados...

 

Porém, ontem foi o dia que consegui quitar minha

dívida com o Kai, quando não deixei o sujeito que eles queriam

aniquilar fugir. Apesar de ser prazeiroso esses últimos tempos, a Katrina jamais aceitaria que eu continuasse com essa vida. Ela é

demasiadamente honrada para isso. E apesar de gostar de ganhar dinheiro

dessa forma tão simples, prefiro optar por ficar com ela, já tenho um

bocado de grana guardada no banco de Geffen mesmo.

 

O Kai parece não

ter gostado muito quando eu falei que iria embora com a Katrina. Ele

disse que minha habilidade não deveria ser desperdiçada por causa de

uma mulher e que, ao invés disso, eu deveria é largá-la. Eu pensei em

quebrar a cara dele quando disse isso, mas me contive. Apesar de tudo,

ele me ensinou uns truquezinhos úteis e não posso culpá-lo por não

saber que a Katrina não seria qualquer mulher. E é melhor eu nem falar

mesmo para evitar problemas. Já chegam aqueles panacas que descobriram

isso, tipo o mercenário chorão e babão lá, o Pancho!

 

Espero que não tenha sido sobre isso que ele

estava falando para Katrina agora a pouco, que fez ela até mesmo me

chamar por telepatia. Do jeito que esse cara é mala, provavelmente deve

estar querendo convencê-la que não quero mais ficar com ela. Porque os

capangas dele aqui são todos um frouxos e logicamente que ele quer que

eu fique ajudando ele nesses serviços.

 

Eu vou é tirar logo ela daqui e ir embora desse lugar! Ela está logo ali na frente com o

Kai mesmo, acho que ela já está até me esperando para irmos embora.

Mas... por que será que a Katrina está com essa cara estranha olhando

para mim? O que será que o Kai falou para ela?

Link para o comentário
Share on other sites

- Com o que diabos você tava incomodando a Sailor, Kai?! - Fei berrava de longe, assim que avistou os dois.

 

-

Bah... esquece, garota... com esses trejeitos ridículos, ele não pode

ser quem estamos procurando... - Kai disse, meio indignado com a

postura de Fei - Eu só estava tentando explicar para ela o que você

andou fazendo por aí enquanto ela estava capotada na cama... - Kai

sorriu, irônico para Fei, que mostrou-se imediatamente preocupado.

 

"Ele disse que você estava com vontade......... "- Sailorcheer falou com

Fei telepaticamente, ficando ruborizada a medida que falava, e Fei

reparou e suspirou aliviado em ver que Kai havia o "protegido".

 

"Ahn... disse? Mas... eu só tomei um copinho mínimo daquele tal saquê, Sailor... não foi nada de mais..."

 

"Saquê?!" - a vergonha de Sailor passou imediatamente, ficando com uma

cara séria e brava - "Vamos conversar quando chegarmos em casa, mocinho!"

 

Kai

reparava nos olhares trocados pelos dois, e concluiu que ambos usavam a

telepatia rúnica, que ele já conhecia há muito tempo. Percebeu que Fei

virou-se para ele.

 

- Kai... acho que precisamos ter uma conversa meio séria....

 

- Ah, sim... de fato, Fei... eu estava aqui conversando com sua excelentissima.... noiva... e ela comentou comigo que você saberia ler rúnico, é verdade?

 

- Rúnico? - Fei começou a rir - Ah, foi uma coisa que eu aprendi com um amigo meu, de uma taverna...- em seguida reparou na espada que Sailor ainda empunhava - Ué... Sailor? Você estava treinando também?

 

- Estava... estava treinando minha paciência....... - Sailorcheer rosnou para Kai.

 

-

Hum... mas agora não precisa mais treinar... vamos pra casa... - Fei

sorriu, enquanto Kai ainda fazia uma cara de desconfiança pela resposta

dada por Fei.

 

- Um amigo te ensinou Runico?

 

- É... ele

disse que era uma escrita das terras dele.... - Fei mentia

descaradamente - Ele perdeu aquela espada idiota num jogo comigo...e

agora ficam me perseguindo por causa dela...

 

- Ahhh... então quer dizer que esse seu amigo que te ensinou? Ele seria um... Rúnico tb? - Kai perguntava, com desconfiança.

 

-

Bah, se o Tor é Rúnico? Ele até já chegou a brigar com o Claragar pra

tentar liderar a gente... - Fei falou com naturalidade e pensou que

By-Tor conseguiria se livrar da encrenca que ele estaria o colocando

naquele momento.

 

- Ele é... Rúnico?! - Sailorcheer olhou com cara de desgosto e surpresa.

 

- Sim, garota... ele me mostrou não faz muito tempo... tem até conversado comigo!

 

- Bah... se até o Claragar é... - Sailorcheer deu com os ombros.

 

- Engraçado... se ele é tão respeitoso como Rúnico, pq a Sailorcheer sequer sabia disso? - Kai sorriu sarcástico.

 

- É... eu evito falar do Tor pra ela... a Sailor não gosta dele... - Fei disfarçou e fez cara de lamento.

 

- Não converso nem com o meu "querido" genro, que dirá com ele... - Sailorcheer completou, emburrada.

 

- E... onde eu encontro esse Tor? - Kai disse, fingindo acreditar na história.

 

-

Eu lá vou saber...? Se a gente tá tanto tempo preso nessa ilha

aqui! Mas... quando a gente encontrá-lo... eu aviso que você quer

conversar com ele... - Fei buscou o braço de Sailorcheer, quase arrastando a garota para acompanhá-lo - Agora precisamos

ir... acho que devo agradecer pela ajuda, apesar que já foi tudo pago,

não é mesmo?

 

- Com certeza foi... - Kai sorriu ironicamente.

 

Conforme a dupla caminhava para longe de Kai, Sailorcheer comentou com Fei sobre o papel que Kai havia mostrado a ela.

 

"Fei... ele pediu pra eu ler uma espécie de carta pra ele, que tava em Rúnico... q menciona um "Yan Ackhart", e disse que tinha motivo pra ele

morrer... Ele pode estar armando algo pra cima de você..."

 

Fei ergueu uma sombrancelha e começou a acelerar o passo.

 

"E disse que tinha uns guerreiros, que tinham a espada, e algo sobre... -

tentava lembrar enquanto corria para acompanhar os passos de Fei - ter

um motivo pra eles terem morrido..."

 

Fei continuou andando e ouvindo telepaticamente a mensagem da garota, sem dar muita importância.

 

"E... e... e... me chamou de virgem

inexperiente!!" - Sailorcheer ficou muito possessa e Fei parou de andar de imediato -

"...e disse que você tinha dito isso pra ele..."

 

Fei mudou a expressão e ficou extremamente bravo, virou-se para onde Kai estava, começando a andar na sua direção novamente. Kai observou os dois chegando em sua casa e olhou para o céu, lamentando.

 

-

Oh, droga... ela acabou de contar.... - levantou-se da sombra de árvore

em que estava e ficou esperando os dois chegarem novamente.

Link para o comentário
Share on other sites

Participe da conversa

Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.

Visitante
Responder este tópico...

×   Você colou conteúdo com formatação.   Remover formatação

  Apenas 75 emojis são permitidos.

×   Seu link foi automaticamente incorporado.   Mostrar como link

×   Seu conteúdo anterior foi restaurado.   Limpar o editor

×   Não é possível colar imagens diretamente. Carregar ou inserir imagens do URL.


×
×
  • Criar Novo...