*_Dark_Shadow_* Postado Outubro 25, 2009 Autor Compartilhar Postado Outubro 25, 2009 Net, não tem problema em demorar, apenas continue, e avisa aos Rúnicos que estou gostando da história. é claro que tem problema em demorar, eu aki na ansiedade pra ler o proximo capitulo, e vc dizendo q n tem problema demorar?N posso usar o pc do escritorio do meu pai (jogo rag la), entaum tenho q fikar no pc da sala q é um k.6 velho pr kct, q n abre o firefox e olhe la. Pode continuar dando doble post sem problema, triple, quadruple (existe?) quanto mais melhor =DAguardando... Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
NetRunner Postado Outubro 25, 2009 Compartilhar Postado Outubro 25, 2009 Sailorcheer continuava abraçada a seu marido, tentando em vão controlar o choro. No fim das contas, não pôde fazer nada pela pessoa que a ajudou tanto naquele lugar sombrio, e isso fazia com que ela se sentisse muito mal. Ainda assim, ouvir a voz de Fei tentando acalmá-la a fazia se sentir um pouco menos infeliz. - Calma, Ka... agora não tem mais jeito. Você tem que ser forte... A Rúnica não teve tempo de responder; uma voz divina encheu o aposento onde estavam, fazendo com que a garota erguesse a cabeça, sobressaltada. Fei, entretanto, não esboçou nenhuma reação. - Ouça o que seu marido está dizendo, humana. - Quem disse isso? - com um gesto rápido, Sailorcheer se desvencilhou do abraço de Fei e se levantou, já empunhando suas adagas. Sem entender o que estava acontecendo, Fei se aproximou mais da parede da sala e 'desapareceu' e se escondeu nas sombras, sem notar o brilho intenso que, aos olhos da mercenária, enchia o aposento com uma luz quente, mas um pouco aterrorizante. Ao se virar para ver de onde vinha aquela luz, Sailorcheer ficou atônita. O som das adagas da garota caindo no chão deixou Fei, que nada vira até então, perplexo; o que sua esposa estava fazendo? Para o Rúnico, a casa ainda estava tão escura e silenciosa quanto na hora em que ele chegou. Ainda assim, ele não saiu de seu esconderijo. Alguma coisa estava acontecendo e, mesmo que não estivesse, ele não queria deixar Sailorcheer brava com ele novamente. A Valquíria, por outro lado, parecia estar se divertindo com aquela situação, principalmente com a surpresa da garota. Era uma mulher interessante, aquela, com um marido um tanto quanto... peculiar. Mas não era para isso que ela estava ali. Pelo menos não por enquanto. Sem fazer ruído nenhum, a deusa se aproximou da cabeça de Yan, sem demonstrar reação nenhuma e sem dar nenhuma atenção para os dois Rúnicos, como se eles tivessem desaparecido dali. - É... parece que desta vez ele foi longe demais. - Foi minha culpa... - Sailorcheer tentava enxugar as lágrimas, que insistiam em cair, enquanto procurava um meio de dizer que Yan só estava daquele jeito porque ela havia sido covarde e fugido, sem tornar isso tão ruim quanto parecia. - É mesmo? E por qual razão? - a Valquíria ficava cada vez mais intrigada com aquela humana. Poucos eram tão impetuosos como ela. - Ele só queria me ajudar... Eu deveria ter ficado. O senhor Yan poderia ter fugido com Fei, eu ficaria para distraí-los. Assim ninguém ia se machucar... - Como pode ter tanta certeza de que você mesma não morreria? - O tom de voz da mulher passava longe de ser reconfortante. - Yan... bom, ele não tem muito a perder. - Ele poderia ter conhecido Fei... E eu não me deixaria morrer. Não pra eles! - Você é muito confiante, não, humana? - A Valquíria não conseguiu conter o riso. - Eu prometi que não iria morrer... - Interessante a promessa. Talvez o poder dos próprios deuses seja abatido diante dela, não? - A ingenuidade da garota não conseguia impedir que a serva de Odin fosse sarcástica. Confiança demais era útil para guerreiros que já estavam mortos, não para a menina à sua frente. - Eu não disse isso... - Sailorcheer protestou, mas ainda mantendo um tom humilde. - E aquela... coisa... não é um deus. - ... Coisa? - Aquele tal "Senhor dos Mortos". - A mercenária deixou escapar um leve rosnado ao falar o nome dele. - Se ele fosse um deus, ou qualquer coisa perto disso, não teria se deixado ferir antes. - Ah. Ele. - A Valquíria imprimiu o melhor tom de desdém que conseguiu à sua fala. "Senhor dos Mortos". Que piada. Se ele era o Senhor dos Mortos, o que as Valquírias eram então? Guardando esses pensamentos para si, ela se virou novamente para o que restava de Yan, analisando os ferimentos como quem olhava para uma exposição de orquídeas. Ela só interrompeu sua análise quando ouviu Fei caindo no chão da sala, exausto após tentar se comunicar telepaticamente com a esposa, que sequer reparou no que havia acontecido com ele, tão entretida estava. Após uma leve risada, porém, voltou novamente sua atenção para seu protegido. - Ele... vai ficar bom? - Sailorcheer não conseguiu notar o leve sorriso que se formou na boca da deusa, que continuou a falar com o mesmo tom inexpressivo que usava quando não estava sendo irônica. - O que você faria para salvar o espírito dele? - O que eu tenho que fazer? - A Rúnica não titubeou para responder, com um brilho nos olhos. - Bem... O "Senhor dos Mortos" - e mais uma vez a Valquíria foi o mais sarcástica possível ao falar o nome dele - aprisionou o espírito de Yan. No próprio corpo. - Hum... É só eu furar bastante ele? - A mercenária piscou os olhinhos, imaginando uma fumacinha branca saindo dos furos. Sem saber que seus pensamentos eram como um livro aberto para a deusa à sua frente, a garota não entendeu quando a viu rir. - Eu acho que simples furos não iriam funcionar.... - O que eu tenho que fazer, então? - O que você realmente gostaria de fazer com ele? - Foi a vez dos olhos da Valquíria brilharem. Ela já sabia a resposta. - Eu... quero que ele sofra........................... - Vingança não é uma atitude muito honrada, é? - Ela só não estava gargalhando porque não ficaria bem para uma deusa fazer aquilo. Essa era uma humana realmente peculiar. E honesta. - Não senhora... me desculpe. - Sailorcheer corou. Ela sabia que isso era errado, mas não conseguia deixar de querer estraçalhar o Cavaleiro Branco. - Tudo bem. Acho que, pelo meu protegido, eu vou relevar essa sua decisão. Ainda mais levando em consideração que ele gostou de você. Aliás, gostou muito... a ponto de até mesmo doar o elmo que o levaria para o Valhalla. - A mulher estava curiosa para ver até onde a humana iria. - Ele sabia disso? - A garota arregalou os olhos, mal acreditando no que ouvira. Não era realmente possível que Yan tivesse feito isso, ele não abriria mão de ficar com a esposa para ajudar alguém que ele nem conhecia. Mas suas dúvidas se dissiparam com o aceno positivo da Valquíria, que sorria maldosamente. Até mesmo Sailorcheer conseguiu entender que ela deu essa informação apenas por maldade, e um sentimento de revolta tomou conta da mercenária. Se soubesse que teria tirado a chance de Yan ir para o Valhalla, ela jamais teria aceitado. - E então, humana? - Eu... - Sailorcheer abaixou a cabeça, respeitosamente. - Farei o que mandar para que ele se salve. Com um movimento dos braços, um belíssimo cinto dourado apareceu nas mãos da Valquíria, que ficou olhando o próprio reflexo no artefato por alguns instantes, ignorando o espanto da garota à sua frente. Bem melhor do que aquelas cópias mal feitas que circulavam no mundo dos vivos, pensou ela. Em seguida, ela se virou para Sailorcheer novamente, com um olhar ferino. - Será que você é digna dele, humana? - Não cabe a mim julgar isso, senhora... - A voz da mercenária tremia um pouco com a possibilidade de poder tocar em um item divino, mas ainda assim ela se manteve de cabeça abaixada, respeitosa. Seria uma falta de educação tremenda se ela se mostrasse ansiosa. - Se você morrer com esse artefato, mostrará que não é digna. Nem para voltar a Rune Midgard, muito menos para ir ao Valhalla. - Dizendo isso, a Valquíria jogou o cinto nas mãos da garota que, momentaneamente, se desequilibrou com o peso. - Não vou desapontá-la, senhora. - Assim espero. - Pela primeira vez, a deusa sorria de forma cordial para a garota. Era uma boa menina, apesar de um tanto quanto ingênua. Mas não cabia a ela consertar isso... apenas se divertir, enquanto a hora da batalha não chegava. Ou seja, até agora. Ambas as mulheres voltaram os olhares para a porta do casebre ao ouvir os cascos do cavalo infernal do Cavaleiro Branco se aproximando, junto com o som metálico de sua armadura. sem falar nada, Sailorcheer prendeu o artefato em sua cintura e ficou admirada com o poder dele: todo o peso do cinto pareceu desaparecer, assim como o de suas adagas. Ela experimentou manusear uma delas e sentiu como se fosse feita de ar. Enquanto testava as adagas, o brilho da Muramasa que fora de Yan e agora pertencia a Fei chamou sua atenção. Se as adagas estavam assim tão leves, como ela se sairia com uma espada de duas mãos? Excelente hora para descobrir. A Valquíria sorriu mais uma vez para a garota e se dirigiu para fora da casa, mal tocando o chão, enquanto a mercenária prendia a espada na cintura. Ao seguir a deusa, Sailorcheer pôde ver o Senhor dos Mortos se aproximando. Ela não conseguiu conter um risinho ao ver que ele estava realmente furioso. A Rúnica fez uma reverência e se afastou, andando lentamente, mas totalmente decidida, na direção do Cavaleiro Branco. - Eu volto logo, senhora. Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Fizban Postado Outubro 25, 2009 Compartilhar Postado Outubro 25, 2009 [/uau] E o Fei vai ficar apagado e perder mais essa? Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
NetRunner Postado Outubro 25, 2009 Compartilhar Postado Outubro 25, 2009 - Sentiu minha falta? Você gosta de sofrer, não? Sailorcheer terminou de falar com um sorriso maldoso no rosto. Apesar disso, o que mais se acentuava na expressão da garota era a cor dos olhos, que mudara de um castanho claro para um vermelho sangue assustador. A própria Valquíria notara isso, mas não demonstrou se importar. Ela apenas se sentou num tronco caído, observando calmamente o reencontro da Rúnica com o Senhor dos Mortos. A deusa sabia que o cavaleiro branco iria ter uma surpresa um tanto quanto desagradável; ele com certeza não imaginava que ela estava "vigiando" o duelo dos dois. - É melhor aceitar logo seu destino, caso não queria ser fatiada como aquele paladino traidor... - disse o cavaleiro com raiva na voz; sua lança apoiada já em posição de ataque e seu cavalo apenas esperando o sinal para correr na direção da garota. Já Sailorcheer mantinha a muramasa de Yan na mão esquerda e sua adaga com a runa Dagaz na mão direita, atenta. - Não se preocupe... Eu sou bem mais lisa do que você imagina. Em compensação você, com essa lataria toda... - Mortal arrogante! - enfureceu-se o cavaleiro a ponto de todos os outros mortos que o seguiam se encolherem de medo. - Não fui eu quem virou peneira dias atrás... - provocou a Rúnica, zombeteira. - Vou deixar um lugarzinho especial reservado para você assim que eu dizimá-la! - O cavaleiro branco avançou na direção da garota, após seu cavalo empinar diante da ordem de seu dono. Ao mesmo tempo, vários andarilhos correram em auxílio de seu senhor com as espadas já empunhadas. Entretanto eles não conseguiram acompanhar a agilidade da garota que pulou para trás, recuando, e simplesmente desapareceu nas sombras que permeavam Niflheim. Alucinados, os moribundos começaram a golpear o ar procurando a mortal, que havia utilizado sua furtividade para escapar. O Senhor dos Mortos blasfemou ao ver que, um a um, os andarilhos tinham suas cabeças arrancadas pelo vulto que passava perto deles com uma velocidade assustadora. Tentava acompanhar as cabeças caindo para conseguir atingir a garota com sua lança, mas era em vão. Sempre que atacava de um lado, Sailorcheer já estava derrubando outro andarilho em outra direção. Mas isso não durou muito; instantes depois, o cavaleiro ouviu a voz da garota atrás dele. - Que foi? Nunca lutou contra uma mercenária antes? Quando o Senhor dos Mortos olhou na direção da voz, já era tarde. Os últimos andarilhos que restavam já estavam no chão, o último sendo estraçalhado por uma caveira que a garota arremessou e o atingiu no peito. O cavaleiro parou por um momento ao reparar na força descomunal da Rúnica. Ela não estava assim tão forte antes, o que teria acontecido? A preocupação fez o enviado de Hel se descuidar e quando reparou, a garota já estava próximo a ele, a alguns passos de distância. Foi nesse instante que ele viu o brilho dourado do cinto que ela estava usando. - Pronto, agora somos só eu e você... não é romântico? - A garota caçoava dele enquanto, com um simples movimento, fincou a muramasa até a metade de uma árvore, buscando a rondel presa à cintura. A Valquíria, que assistia a tudo sem expressar nenhuma reação, cruzou os braços no momento que a garota encarou o algoz de seu protegido. A luta seria muito interessante a partir dali e, aparentemente, a garota estava mesmo disposta a arriscar a vida só para que o espírito de Yan se salvasse. "Humana ingênua... se ela soubesse, ela se arriscaria tanto assim?" - O que é isso, garotinha? Está tentando me intimidar com uma árvore podre? - Claro que não! Estou pegando o abridor de latas! - E eu tenho meu abridor de corpos... tem alguns pedaços do paladino idiota aqui preso na minha lança, quer juntar? - provocou o cavaleiro, ao mesmo tempo em que, com um rápido movimento, tentou pegar a garota desprevenida - o que não aconteceu. De uma maneira quase sobrenatural, Sailorcheer se esquivou como se visse a lança vindo em sua direção em câmera lenta. - E o que acha que eu vim fazer, seu imbecil? Brincar de pega pega? - Ao dizer isso, a Rúnica saltou na direção do cavalo, cravando a rondel em uma das patas dianteiras dele. Isso fez com que o cavalo empinasse, tanto por causa da dor quanto pelo susto, desequilibrando o Senhor dos Mortos momentaneamente. A garota, porém, ainda não estava satisfeita; ela esperava que o cavaleiro caísse. - Que foi? A armadura tá pesada? Deixa que eu detono ela pra te livrar do peso! Sailorcheer, com uma agilidade fora do comum, começou a rodear o cavalo, golpeando-o várias vezes de maneira tão forte que parecia que atingia diretamente o corpo do animal, ignorando totalmente a proteção da armadura. Isso fez o cavalo começar a perder o controle, assustado com a garota, e tirou totalmente o equilíbrio do Senhor dos Mortos, que agora preocupava-se apenas em se manter montado. Furioso, o cavaleiro brandiu a lança na direção da garota, que sentiu a lança pegar sua perna de raspão. - Uau, finalmente tirou um pouquinho de sangue de mim, hein? Já estava achando que nem pra isso você servia! Depois da provocação da garota, o cavaleiro, num ato desesperado, começou a golpeá-la freneticamente com a lança. Ela, por sua vez, saltava de um lado para o outro, se divertindo ao ver que o Senhor dos Mortos havia perdido o controle da situação, apesar da dor que ela sentia tanto no ferimento recém-aberto quanto nos outros, que ainda não estavam totalmente cicatrizados. Não que ela se importasse. - Tá... minha vez agora! - disse a garota, após saltar para trás, saindo do alcance da lança do Senhor dos Mortos. Ela aproveitou para sumir da vista do cavaleiro novamente e começou a correr mais rápido do que o sangue em sua perna pingava no chão, confundindo-o. - Onde eu estou? Onde eu estou? - Sailorcheer perguntava das mais variadas posições, deixando o Senhor dos Mortos perdido. - ESTOU AQUI, SEU FILHO DE UMA MERETRIZ! O cavaleiro desequilibrou com o berro que a garota deu praticamente em seu ouvido, já em cima de seu cavalo e cravando a rondel em sua espinha. Apesar da tentativa de se desvencilhar da mercenária com o cotovelo, já que seus movimentos eram tolhidos pela pesada armadura, ela se mantinha firme presa em suas costas, o golpeando sem parar. - Gostoso, né? Que tal ser você a vítima pra variar, hein? O cavalo empinou de novo ao sentir o excesso de movimento em cima dele. Dessa vez, o Senhor dos Mortos não conseguiu se segurar, caindo de costas. Sailorcheer, atenta, saltou para longe do cavaleiro para não correr o risco de ser esmagada por ele na queda. O cavaleiro, tombado de costas e ainda meio zonzo pela queda, só percebeu a garota quando ela apareceu diante dele com rosto vermelho por causa do esforço de estar erguendo o enorme escudo que pertencia a ele acima de sua cabeça. - DEVOLVA ISSO, MORTAL! - Ahn... Tá! - "Obedecendo" a ordem do cavaleiro, a mercenária, com toda a sua força aumentada pelo item divino emprestado pela Valquíria, desceu o enorme escudo diretamente na cabeça do cavaleiro branco. A Valquíria, ainda observando a luta de longe, enxergou as letras "MVP" formadas pela poeira que levantou diante daquilo e achou graça ao ver metade do elmo do Senhor dos Mortos afundada pelo forte golpe. - É, acho que é a hora do golpe de misericórdia... - comentou Sailorcheer, e buscou novamente a muramasa, que ainda estava fincada na árvore, enquanto o Senhor dos Mortos se levantava. O cavaleiro, totalmente perdido, aparentemente não sabia mais o que estava acontecendo. - Acho que essa é pra se usar com duas mãos, e não com uma como eu tava fazendo, né? Bah, não importa... Segurando a espada com as duas mãos, Sailorcheer esperou o momento em que o Senhor dos Mortos tentou procurá-la com os braços, sem enxergar um palmo adiante do nariz por causa do elmo amassado, e acertou um golpe preciso em seu pescoço, arrancando a cabeça dele de uma só vez. O corpo do cavaleiro ainda ficou em pé por um breve instante, mas acabou por desabar, inanimado. Em seguida, a garota voltou-se para a Valquíria. - Tenho que abrir ele pra tirar o espírito? - Assim que a Valquíria acenou positivamente com um sorriso sutil no rosto, a Rúnica começou a abrir a armadura do cavaleiro com a espada. Quando terminou, abriu também o peito do Senhor dos Mortos de cima a baixo. - E agora? - voltou a perguntar para a Valquíria, que acenou negativamente para ela. - Não sinto nada ainda... - Em seguida, o que a deusa viu foi praticamente um triturador de corpos na pele da garota. Em pouco tempo, não havia mais o que cortar na carcaça do cavaleiro. Ela se levantou e foi na direção da mercenária, analisando cada pedaço do corpo inerte de seu rival. - É... acho que agora funcionou. - Eu... eu... eu sei que não é honrado... mas... - a garota parou de falar, envergonhada - Não, deixa... Não posso fazer isso. - Fique à vontade. - A Valquíria se afastou, com um sorriso de satisfação no rosto, se divertindo com a ingenuidade da garota que achava que seus pensamentos estavam a salvo do julgamento divino. - Obrigada, senhora! Sailorcheer correu na direção da cabeça do Senhor dos Mortos, que estava largada no chão, e lhe deu um chute com toda a força que tinha. ambas as mulheres ficaram observando enquanto o brilho do elmo sumia ao longe, por cima das árvores. A mercenária, porém, não reparou que a deusa sorria vendo a cena. Quando elas finalmente ouviram o barulho seco de algo metálico caindo no chão lamacento, a garota se virou e ajoelhou-se aos pés da Valquíria. - Espero que me perdoe por isso, senhora... - Levante-se, humana. Você aceitou minha provação e conseguiu cumpri-la. Agora, volte de onde veio e leve aquele rapaz dorminhoco com você. Assim que a Valquíria apontou na direção do casebre, Sailorcheer "acordou" e reparou em Fei estirado no chão. Ela correu até ele e se ajoelhou ao lado do marido, vendo se estava tudo bem. Quando reparou que ele estava apenas desmaiado, muito provavelmente por causa dos ferimentos, ela respirou aliviada. Em seguida, olhou na direção da deusa, que observava a cena, e perguntou. - Eu... não vou mais poder ver o senhor Ackhart, vou? - Por que diz isso? - Eu só queria me desculpar... e agradecer tudo o que ele fez por nós. - Está ouvindo isso, Yan? - A Valquíria olhava para um ponto atrás de Sailorcheer, dentro da casa. A garota se virou e seus olhos brilharam ao ver o guerreiro sorrindo. - Acho que quem tem que agradecer sou eu, não é? - Eu estaria morta agora, e Fei também. O senhor se arriscou para me salvar sem nem saber quem eu era, não tinha que fazer isso. - Tinha sim... não iria deixar alguém vir pra cá de forma errada ou antes da hora. - Yan se aproximou da garota, tocando suavemente o rosto dela. Ela, por sua vez, se levantou e o abraçou com força, seus olhos lacrimejando de felicidade por ver seu sogro bem. Yan sorriu com a reação dela, feliz por ter significado tanto assim para a garota naquele lugar. - É uma pena que Fei não pôde conhecê-lo... - Não se preocupe com isso... ele tem a você, já é mais que suficiente. Arrumem uma forma de sair daqui agora, está bem? Não poderei mais ajudá-los. - Não se preocupe, eu vou tirá-lo daqui. - Foi um prazer conhecer a nova Dagaz. - Yan piscou para a garota, maroto. - Tem certeza que não quer aproveitar e vir conosco? - A Valquíria agora estava séria, pensativa. Sailorcheer arregalou os olhos, assustada com o convite ao mesmo tempo em que Yan ria da pergunta. - Eu... eu adoraria, senhora, mas não posso deixar o Fei aqui! - É... o meu filho ainda precisa tomar jeito, senhora. - Pode deixar... eu faço ele tomar jeito. - Sailorcheer respondeu imediatamente, séria, enquanto retirava o cinto e o elmo. Em seguida, ofereceu ambos à Valquíria, abaixando a cabeça de forma respeitosa. - E bem... estes não me pertencem. - Eu não te disse que era esse elmo que o levaria para o Valhalla um dia, Yan? - comentou a Valquíria, pegando o cinto das mãos de Sailorcheer. O elmo continuava nas mãos da garota. Yan pegou o elmo, o observou por um breve instante e o colocou novamente na cabeça da garota, sorrindo. Sailorcheer ficou vermelha com a ação de seu sogro, que agora olhava para as próprias mãos, admirado. - Puxa... dessa vez nem me queimou! - Em seguida, ele se virou novamente para a garota, que não conseguia falar nada. - Eu falei que era um presente, menina. Ao menos agora você vai ter uma lembrança boa dessa lugar... eu acho. - Muito obrigada... não me esquecerei do senhor nunca! - se virou para a Valquíria, abaixando a cabeça numa reverência - Nem da senhora. - Não se preocupe. Se esquecer, um dia você se lembrará da pior forma possível. - A deusa sorria de forma levemente maldosa novamente. "Os humanos são tão bajuladores". Em seguida ela virou-se para Yan. - E, se você não correr agora, eu não te tiro daqui. - Yan arregalou os olhos, aflito, e olhou para Sailorcheer. - Eu bem que gostaria de conversar mais, mas... - Não se preocupe... um dia a gente vai poder colocar a conversa em dia. Vai... - e, rindo, fez a primeira piada desde que chegara em Niffelheim - e mande lembranças à minha sogra! - Pode deixar... e é melhor cuidar do Fei agora, pois ele deve estar achando que você é louca. - Yan ria despreocupado, como não fazia há muitos anos. - Eu conto algo sobre o senhor pra ele? - Eu confio no seu bom senso! - Então até breve... ou não tão breve! - saudou Sailorcheer, rindo junto com Yan. - Assim espero! Em poucos segundos a luz que envolvia Yan e a Valquíria se desfez, sob o olhar atento de Sailorcheer. Em seguida ela se ajoelhou no chão ao lado de seu marido, exausta física e mentalmente. Depois de se certificar que ele estava bem, ela se deitou ao lado dele, no chão mesmo, e ficou imóvel, aproveitando o tempo em que Fei ficou dormindo para recuperar um pouco de suas próprias forças. Quando ele acordou, a garota falou resumidamente sobre o que acontecera ali enquanto Fei estava desmaiado, mas sem revelar ainda que Yan era o pai dele. Ela queria conversar sobre isso quando ambos estivessem mais calmos, em um lugar seguro. Em seguida a garota juntou os pertences de ambos, que ainda estavam espalhados pelo local, pegou o mapa dado por Yan e procurou a localização do tal castelo da bruxa de Niflheim, traçando uma rota que parecia ser a mais rápida. Quando eles se preparavam para começar a longa caminhada, ouviram um relinchar conhecido: Dunhan estava de volta ao casebre, rodeando os dois como se oferecesse uma "carona". OFF *varrendo a poeira do topico*E agora o poder da runa da Sailorcher, Dagaz, ficou salientado também (foi o último deles). Vamos ver se o fórum coopera agora. Já tentei postar esse episódio algumas vezes aqui e o fórum sempre travava (como se não bastasse minha conta que não loga no bRO também, hehe)... Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Paulinho 4ever Postado Outubro 25, 2009 Compartilhar Postado Outubro 25, 2009 Adorei essa fic!!!!!!!!!!!!!!!!! Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
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