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Guerreiros Rúnicos - histórias inacabadas


*_Dark_Shadow_*

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Net, não tem problema em demorar, apenas continue, e avisa aos Rúnicos que estou gostando da história.
 é claro que tem problema em demorar, eu aki na ansiedade pra ler o proximo capitulo, e vc dizendo q n tem problema demorar?N posso usar o pc do escritorio do meu pai (jogo rag la), entaum tenho q fikar no pc da sala q é um k.6 velho pr kct, q n abre o firefox e olhe la. Pode continuar dando doble post sem problema, triple, quadruple (existe?) quanto mais melhor =DAguardando...
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 Sailorcheer continuava abraçada a seu

marido, tentando em vão controlar o choro. No fim das contas, não pôde

fazer nada pela pessoa que a ajudou tanto naquele lugar sombrio, e isso

fazia com que ela se sentisse muito mal. Ainda assim, ouvir a voz de

Fei tentando acalmá-la a fazia se sentir um pouco menos infeliz.

 

- Calma, Ka... agora não tem mais jeito. Você tem que ser forte...

 

A

Rúnica não teve tempo de responder; uma voz divina encheu o aposento

onde estavam, fazendo com que a garota erguesse a cabeça,

sobressaltada. Fei, entretanto, não esboçou nenhuma reação.

 

- Ouça o que seu marido está dizendo, humana.

 

-

Quem disse isso? - com um gesto rápido, Sailorcheer se desvencilhou do

abraço de Fei e se levantou, já empunhando suas adagas. Sem entender o

que estava acontecendo, Fei se aproximou mais da parede da sala e

'desapareceu' e se escondeu nas sombras, sem notar o brilho intenso

que, aos olhos da mercenária, enchia o aposento com uma luz quente, mas

um pouco aterrorizante. Ao se virar para ver de onde vinha aquela luz,

Sailorcheer ficou atônita.

 

O som das adagas da garota caindo no

chão deixou Fei, que nada vira até então, perplexo; o que sua esposa

estava fazendo? Para o Rúnico, a casa ainda estava tão escura e

silenciosa quanto na hora em que ele chegou. Ainda assim, ele não saiu

de seu esconderijo. Alguma coisa estava acontecendo e, mesmo que não

estivesse, ele não queria deixar Sailorcheer brava com ele novamente.

 

A

Valquíria, por outro lado, parecia estar se divertindo com aquela

situação, principalmente com a surpresa da garota. Era uma mulher

interessante, aquela, com um marido um tanto quanto... peculiar. Mas

não era para isso que ela estava ali. Pelo menos não por enquanto.

 

Sem

fazer ruído nenhum, a deusa se aproximou da cabeça de Yan, sem

demonstrar reação nenhuma e sem dar nenhuma atenção para os dois

Rúnicos, como se eles tivessem desaparecido dali.

 

- É... parece que desta vez ele foi longe demais.

 

-

Foi minha culpa... - Sailorcheer tentava enxugar as lágrimas, que

insistiam em cair, enquanto procurava um meio de dizer que Yan só

estava daquele jeito porque ela havia sido covarde e fugido, sem tornar

isso tão ruim quanto parecia.

 

- É mesmo? E por qual razão? - a

Valquíria ficava cada vez mais intrigada com aquela humana. Poucos eram

tão impetuosos como ela.

 

- Ele só queria me ajudar... Eu deveria

ter ficado. O senhor Yan poderia ter fugido com Fei, eu ficaria para

distraí-los. Assim ninguém ia se machucar...

 

- Como pode ter

tanta certeza de que você mesma não morreria? - O tom de voz da mulher

passava longe de ser reconfortante. - Yan... bom, ele não tem muito a

perder.

 

- Ele poderia ter conhecido Fei... E eu não me deixaria morrer. Não pra eles!

 

- Você é muito confiante, não, humana? - A Valquíria não conseguiu conter o riso.

 

- Eu prometi que não iria morrer...

 

-

Interessante a promessa. Talvez o poder dos próprios deuses seja

abatido diante dela, não? - A ingenuidade da garota não conseguia

impedir que a serva de Odin fosse sarcástica. Confiança demais era útil

para guerreiros que já estavam mortos, não para a menina à sua frente.

 

- Eu não disse isso... - Sailorcheer protestou, mas ainda mantendo um tom humilde. - E aquela... coisa... não é um deus.

 

- ... Coisa?

 

-

Aquele tal "Senhor dos Mortos". - A mercenária deixou escapar um leve

rosnado ao falar o nome dele. - Se ele fosse um deus, ou qualquer coisa

perto disso, não teria se deixado ferir antes.

 

- Ah. Ele. - A

Valquíria imprimiu o melhor tom de desdém que conseguiu à sua fala.

"Senhor dos Mortos". Que piada. Se ele era o Senhor dos Mortos, o que

as Valquírias eram então? Guardando esses pensamentos para si, ela se

virou novamente para o que restava de Yan, analisando os ferimentos

como quem olhava para uma exposição de orquídeas. Ela só interrompeu

sua análise quando ouviu Fei caindo no chão da sala, exausto após

tentar se comunicar telepaticamente com a esposa, que sequer reparou no

que havia acontecido com ele, tão entretida estava. Após uma leve

risada, porém, voltou novamente sua atenção para seu protegido.

 

-

Ele... vai ficar bom? - Sailorcheer não conseguiu notar o leve sorriso

que se formou na boca da deusa, que continuou a falar com o mesmo tom

inexpressivo que usava quando não estava sendo irônica.

 

- O que você faria para salvar o espírito dele?

 

- O que eu tenho que fazer? - A Rúnica não titubeou para responder, com um brilho nos olhos.

 

-

Bem... O "Senhor dos Mortos" - e mais uma vez a Valquíria foi o mais

sarcástica possível ao falar o nome dele - aprisionou o espírito de

Yan. No próprio corpo.

 

- Hum... É só eu furar bastante ele? - A

mercenária piscou os olhinhos, imaginando uma fumacinha branca saindo

dos furos. Sem saber que seus pensamentos eram como um livro aberto

para a deusa à sua frente, a garota não entendeu quando a viu rir.

 

- Eu acho que simples furos não iriam funcionar....

 

- O que eu tenho que fazer, então?

 

- O que você realmente gostaria de fazer com ele? - Foi a vez dos olhos da Valquíria brilharem. Ela já sabia a resposta.

 

- Eu... quero que ele sofra...........................

 

-

Vingança não é uma atitude muito honrada, é? - Ela só não estava

gargalhando porque não ficaria bem para uma deusa fazer aquilo. Essa

era uma humana realmente peculiar. E honesta.

 

- Não senhora...

me desculpe. - Sailorcheer corou. Ela sabia que isso era errado, mas

não conseguia deixar de querer estraçalhar o Cavaleiro Branco.

 

-

Tudo bem. Acho que, pelo meu protegido, eu vou relevar essa sua

decisão. Ainda mais levando em consideração que ele gostou de você.

Aliás, gostou muito... a ponto de até mesmo doar o elmo que o levaria

para o Valhalla. - A mulher estava curiosa para ver até onde a humana

iria.

 

- Ele sabia disso? - A garota arregalou os olhos, mal

acreditando no que ouvira. Não era realmente possível que Yan tivesse

feito isso, ele não abriria mão de ficar com a esposa para ajudar

alguém que ele nem conhecia. Mas suas dúvidas se dissiparam com o aceno

positivo da Valquíria, que sorria maldosamente. Até mesmo Sailorcheer

conseguiu entender que ela deu essa informação apenas por maldade, e um

sentimento de revolta tomou conta da mercenária. Se soubesse que teria

tirado a chance de Yan ir para o Valhalla, ela jamais teria aceitado.

 

- E então, humana?

 

- Eu... - Sailorcheer abaixou a cabeça, respeitosamente. - Farei o que mandar para que ele se salve.

 

Com

um movimento dos braços, um belíssimo cinto dourado apareceu nas mãos

da Valquíria, que ficou olhando o próprio reflexo no artefato por

alguns instantes, ignorando o espanto da garota à sua frente. Bem

melhor do que aquelas cópias mal feitas que circulavam no mundo dos

vivos, pensou ela. Em seguida, ela se virou para Sailorcheer novamente,

com um olhar ferino.

 

- Será que você é digna dele, humana?

 

-

Não cabe a mim julgar isso, senhora... - A voz da mercenária tremia um

pouco com a possibilidade de poder tocar em um item divino, mas ainda

assim ela se manteve de cabeça abaixada, respeitosa. Seria uma falta de

educação tremenda se ela se mostrasse ansiosa.

 

- Se você morrer

com esse artefato, mostrará que não é digna. Nem para voltar a Rune

Midgard, muito menos para ir ao Valhalla. - Dizendo isso, a Valquíria

jogou o cinto nas mãos da garota que, momentaneamente, se desequilibrou

com o peso.

 

- Não vou desapontá-la, senhora.

 

- Assim

espero. - Pela primeira vez, a deusa sorria de forma cordial para a

garota. Era uma boa menina, apesar de um tanto quanto ingênua. Mas não

cabia a ela consertar isso... apenas se divertir, enquanto a hora da

batalha não chegava. Ou seja, até agora.

 

Ambas as mulheres

voltaram os olhares para a porta do casebre ao ouvir os cascos do

cavalo infernal do Cavaleiro Branco se aproximando, junto com o som

metálico de sua armadura. sem falar nada, Sailorcheer prendeu o

artefato em sua cintura e ficou admirada com o poder dele: todo o peso

do cinto pareceu desaparecer, assim como o de suas adagas. Ela

experimentou manusear uma delas e sentiu como se fosse feita de ar.

Enquanto testava as adagas, o brilho da Muramasa que fora de Yan e

agora pertencia a Fei chamou sua atenção. Se as adagas estavam assim

tão leves, como ela se sairia com uma espada de duas mãos? Excelente

hora para descobrir.

 

A Valquíria sorriu mais uma vez para a

garota e se dirigiu para fora da casa, mal tocando o chão, enquanto a

mercenária prendia a espada na cintura. Ao seguir a deusa, Sailorcheer

pôde ver o Senhor dos Mortos se aproximando. Ela não conseguiu conter

um risinho ao ver que ele estava realmente furioso. A Rúnica fez uma

reverência e se afastou, andando lentamente, mas totalmente decidida,

na direção do Cavaleiro Branco.

 

- Eu volto logo, senhora. 

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- Sentiu minha falta? Você gosta de sofrer, não?

 

Sailorcheer

terminou de falar com um sorriso maldoso no rosto. Apesar disso, o que

mais se acentuava na expressão da garota era a cor dos olhos, que

mudara de um castanho claro para um vermelho sangue assustador. A

própria Valquíria notara isso, mas não demonstrou se importar. Ela

apenas se sentou num tronco caído, observando calmamente o reencontro

da Rúnica com o Senhor dos Mortos. A deusa sabia que o cavaleiro branco

iria ter uma surpresa um tanto quanto desagradável; ele com certeza não

imaginava que ela estava "vigiando" o duelo dos dois.

 

- É melhor

aceitar logo seu destino, caso não queria ser fatiada como aquele

paladino traidor... - disse o cavaleiro com raiva na voz; sua lança

apoiada já em posição de ataque e seu cavalo apenas esperando o sinal

para correr na direção da garota. Já Sailorcheer mantinha a muramasa de

Yan na mão esquerda e sua adaga com a runa Dagaz na mão direita, atenta.

 

- Não se preocupe... Eu sou bem mais lisa do que você imagina. Em compensação você, com essa lataria toda...

 

- Mortal arrogante! - enfureceu-se o cavaleiro a ponto de todos os outros mortos que o seguiam se encolherem de medo.

 

- Não fui eu quem virou peneira dias atrás... - provocou a Rúnica, zombeteira.

 

-

Vou deixar um lugarzinho especial reservado para você assim que eu

dizimá-la! - O cavaleiro branco avançou na direção da garota, após seu

cavalo empinar diante da ordem de seu dono. Ao mesmo tempo, vários

andarilhos correram em auxílio de seu senhor com as espadas já

empunhadas.

 

Entretanto eles não conseguiram acompanhar a

agilidade da garota que pulou para trás, recuando, e simplesmente

desapareceu nas sombras que permeavam Niflheim. Alucinados, os

moribundos começaram a golpear o ar procurando a mortal, que havia

utilizado sua furtividade para escapar. O Senhor dos Mortos blasfemou

ao ver que, um a um, os andarilhos tinham suas cabeças arrancadas pelo

vulto que passava perto deles com uma velocidade assustadora. Tentava

acompanhar as cabeças caindo para conseguir atingir a garota com sua

lança, mas era em vão. Sempre que atacava de um lado, Sailorcheer já

estava derrubando outro andarilho em outra direção. Mas isso não durou

muito; instantes depois, o cavaleiro ouviu a voz da garota atrás dele.

 

- Que foi? Nunca lutou contra uma mercenária antes?

 

Quando

o Senhor dos Mortos olhou na direção da voz, já era tarde. Os últimos

andarilhos que restavam já estavam no chão, o último sendo estraçalhado

por uma caveira que a garota arremessou e o atingiu no peito. O

cavaleiro parou por um momento ao reparar na força descomunal da

Rúnica. Ela não estava assim tão forte antes, o que teria acontecido? A

preocupação fez o enviado de Hel se descuidar e quando reparou, a

garota já estava próximo a ele, a alguns passos de distância. Foi nesse

instante que ele viu o brilho dourado do cinto que ela estava usando.

 

-

Pronto, agora somos só eu e você... não é romântico? - A garota caçoava

dele enquanto, com um simples movimento, fincou a muramasa até a metade

de uma árvore, buscando a rondel presa à cintura.

 

A Valquíria,

que assistia a tudo sem expressar nenhuma reação, cruzou os braços no

momento que a garota encarou o algoz de seu protegido. A luta seria

muito interessante a partir dali e, aparentemente, a garota estava

mesmo disposta a arriscar a vida só para que o espírito de Yan se

salvasse. "Humana ingênua... se ela soubesse, ela se arriscaria tanto

assim?"

 

- O que é isso, garotinha? Está tentando me intimidar com uma árvore podre?

 

- Claro que não! Estou pegando o abridor de latas!

 

-

E eu tenho meu abridor de corpos... tem alguns pedaços do paladino

idiota aqui preso na minha lança, quer juntar? - provocou o cavaleiro,

ao mesmo tempo em que, com um rápido movimento, tentou pegar a garota

desprevenida - o que não aconteceu. De uma maneira quase sobrenatural,

Sailorcheer se esquivou como se visse a lança vindo em sua direção em

câmera lenta.

 

- E o que acha que eu vim fazer, seu imbecil?

Brincar de pega pega? - Ao dizer isso, a Rúnica saltou na direção do

cavalo, cravando a rondel em uma das patas dianteiras dele. Isso fez

com que o cavalo empinasse, tanto por causa da dor quanto pelo susto,

desequilibrando o Senhor dos Mortos momentaneamente. A garota, porém,

ainda não estava satisfeita; ela esperava que o cavaleiro caísse.

 

- Que foi? A armadura tá pesada? Deixa que eu detono ela pra te livrar do peso!

 

Sailorcheer,

com uma agilidade fora do comum, começou a rodear o cavalo, golpeando-o

várias vezes de maneira tão forte que parecia que atingia diretamente o

corpo do animal, ignorando totalmente a proteção da armadura. Isso fez

o cavalo começar a perder o controle, assustado com a garota, e tirou

totalmente o equilíbrio do Senhor dos Mortos, que agora preocupava-se

apenas em se manter montado. Furioso, o cavaleiro brandiu a lança na

direção da garota, que sentiu a lança pegar sua perna de raspão.

 

- Uau, finalmente tirou um pouquinho de sangue de mim, hein? Já estava achando que nem pra isso você servia!

 

Depois

da provocação da garota, o cavaleiro, num ato desesperado, começou a

golpeá-la freneticamente com a lança. Ela, por sua vez, saltava de um

lado para o outro, se divertindo ao ver que o Senhor dos Mortos havia

perdido o controle da situação, apesar da dor que ela sentia tanto no

ferimento recém-aberto quanto nos outros, que ainda não estavam

totalmente cicatrizados. Não que ela se importasse.

 

- Tá...

minha vez agora! - disse a garota, após saltar para trás, saindo do

alcance da lança do Senhor dos Mortos. Ela aproveitou para sumir da

vista do cavaleiro novamente e começou a correr mais rápido do que o

sangue em sua perna pingava no chão, confundindo-o.

 

- Onde eu

estou? Onde eu estou? - Sailorcheer perguntava das mais variadas

posições, deixando o Senhor dos Mortos perdido. - ESTOU AQUI, SEU FILHO

DE UMA MERETRIZ!

 

O cavaleiro desequilibrou com o berro que a

garota deu praticamente em seu ouvido, já em cima de seu cavalo e

cravando a rondel em sua espinha. Apesar da tentativa de se

desvencilhar da mercenária com o cotovelo, já que seus movimentos eram

tolhidos pela pesada armadura, ela se mantinha firme presa em suas

costas, o golpeando sem parar.

 

- Gostoso, né? Que tal ser você a vítima pra variar, hein?

 

O

cavalo empinou de novo ao sentir o excesso de movimento em cima dele.

Dessa vez, o Senhor dos Mortos não conseguiu se segurar, caindo de

costas. Sailorcheer, atenta, saltou para longe do cavaleiro para não

correr o risco de ser esmagada por ele na queda. O cavaleiro, tombado

de costas e ainda meio zonzo pela queda, só percebeu a garota quando

ela apareceu diante dele com rosto vermelho por causa do esforço de

estar erguendo o enorme escudo que pertencia a ele acima de sua cabeça.

 

- DEVOLVA ISSO, MORTAL!

 

-

Ahn... Tá! - "Obedecendo" a ordem do cavaleiro, a mercenária, com toda

a sua força aumentada pelo item divino emprestado pela Valquíria,

desceu o enorme escudo diretamente na cabeça do cavaleiro branco. A

Valquíria, ainda observando a luta de longe, enxergou as letras "MVP"

formadas pela poeira que levantou diante daquilo e achou graça ao ver

metade do elmo do Senhor dos Mortos afundada pelo forte golpe.

 

-

É, acho que é a hora do golpe de misericórdia... - comentou

Sailorcheer, e buscou novamente a muramasa, que ainda estava fincada na

árvore, enquanto o Senhor dos Mortos se levantava. O cavaleiro,

totalmente perdido, aparentemente não sabia mais o que estava

acontecendo. - Acho que essa é pra se usar com duas mãos, e não com uma

como eu tava fazendo, né? Bah, não importa...

 

Segurando a espada

com as duas mãos, Sailorcheer esperou o momento em que o Senhor dos

Mortos tentou procurá-la com os braços, sem enxergar um palmo adiante

do nariz por causa do elmo amassado, e acertou um golpe preciso em seu

pescoço, arrancando a cabeça dele de uma só vez. O corpo do cavaleiro

ainda ficou em pé por um breve instante, mas acabou por desabar,

inanimado. Em seguida, a garota voltou-se para a Valquíria.

 

-

Tenho que abrir ele pra tirar o espírito? - Assim que a Valquíria

acenou positivamente com um sorriso sutil no rosto, a Rúnica começou a

abrir a armadura do cavaleiro com a espada. Quando terminou, abriu

também o peito do Senhor dos Mortos de cima a baixo.

 

- E agora? - voltou a perguntar para a Valquíria, que acenou negativamente para ela.

 

-

Não sinto nada ainda... - Em seguida, o que a deusa viu foi

praticamente um triturador de corpos na pele da garota. Em pouco tempo,

não havia mais o que cortar na carcaça do cavaleiro. Ela se levantou e

foi na direção da mercenária, analisando cada pedaço do corpo inerte de

seu rival. - É... acho que agora funcionou.

 

- Eu... eu... eu sei que não é honrado... mas... - a garota parou de falar, envergonhada - Não, deixa... Não posso fazer isso.

 

-

Fique à vontade. - A Valquíria se afastou, com um sorriso de satisfação

no rosto, se divertindo com a ingenuidade da garota que achava que seus

pensamentos estavam a salvo do julgamento divino.

 

- Obrigada, senhora!

 

Sailorcheer

correu na direção da cabeça do Senhor dos Mortos, que estava largada no

chão, e lhe deu um chute com toda a força que tinha. ambas as mulheres

ficaram observando enquanto o brilho do elmo sumia ao longe, por cima

das árvores. A mercenária, porém, não reparou que a deusa sorria vendo

a cena. Quando elas finalmente ouviram o barulho seco de algo metálico

caindo no chão lamacento, a garota se virou e ajoelhou-se aos pés da

Valquíria.

 

- Espero que me perdoe por isso, senhora...

 

-

Levante-se, humana. Você aceitou minha provação e conseguiu cumpri-la.

Agora, volte de onde veio e leve aquele rapaz dorminhoco com você.

 

Assim

que a Valquíria apontou na direção do casebre, Sailorcheer "acordou" e

reparou em Fei estirado no chão. Ela correu até ele e se ajoelhou ao

lado do marido, vendo se estava tudo bem. Quando reparou que ele estava

apenas desmaiado, muito provavelmente por causa dos ferimentos, ela

respirou aliviada. Em seguida, olhou na direção da deusa, que observava

a cena, e perguntou.

 

- Eu... não vou mais poder ver o senhor Ackhart, vou?

 

- Por que diz isso?

 

- Eu só queria me desculpar... e agradecer tudo o que ele fez por nós.

 

-

Está ouvindo isso, Yan? - A Valquíria olhava para um ponto atrás de

Sailorcheer, dentro da casa. A garota se virou e seus olhos brilharam

ao ver o guerreiro sorrindo.

 

- Acho que quem tem que agradecer sou eu, não é?

 

- Eu estaria morta agora, e Fei também. O senhor se arriscou para me salvar sem nem saber quem eu era, não tinha que fazer isso.

 

-

Tinha sim... não iria deixar alguém vir pra cá de forma errada ou antes

da hora. - Yan se aproximou da garota, tocando suavemente o rosto dela.

Ela, por sua vez, se levantou e o abraçou com força, seus olhos

lacrimejando de felicidade por ver seu sogro bem. Yan sorriu com a

reação dela, feliz por ter significado tanto assim para a garota

naquele lugar.

 

- É uma pena que Fei não pôde conhecê-lo...

 

-

Não se preocupe com isso... ele tem a você, já é mais que suficiente.

Arrumem uma forma de sair daqui agora, está bem? Não poderei mais

ajudá-los.

 

- Não se preocupe, eu vou tirá-lo daqui.

 

- Foi um prazer conhecer a nova Dagaz. - Yan piscou para a garota, maroto.

 

-

Tem certeza que não quer aproveitar e vir conosco? - A Valquíria agora

estava séria, pensativa. Sailorcheer arregalou os olhos, assustada com

o convite ao mesmo tempo em que Yan ria da pergunta.

 

- Eu... eu adoraria, senhora, mas não posso deixar o Fei aqui!

 

- É... o meu filho ainda precisa tomar jeito, senhora.

 

-

Pode deixar... eu faço ele tomar jeito. - Sailorcheer respondeu

imediatamente, séria, enquanto retirava o cinto e o elmo. Em seguida,

ofereceu ambos à Valquíria, abaixando a cabeça de forma respeitosa. - E

bem... estes não me pertencem.

 

- Eu não te disse que era esse

elmo que o levaria para o Valhalla um dia, Yan? - comentou a Valquíria,

pegando o cinto das mãos de Sailorcheer. O elmo continuava nas mãos da

garota.

 

Yan pegou o elmo, o observou por um breve instante e o

colocou novamente na cabeça da garota, sorrindo. Sailorcheer ficou

vermelha com a ação de seu sogro, que agora olhava para as próprias

mãos, admirado.

 

- Puxa... dessa vez nem me queimou! - Em

seguida, ele se virou novamente para a garota, que não conseguia falar

nada. - Eu falei que era um presente, menina. Ao menos agora você vai

ter uma lembrança boa dessa lugar... eu acho.

 

- Muito

obrigada... não me esquecerei do senhor nunca! - se virou para a

Valquíria, abaixando a cabeça numa reverência - Nem da senhora.

 

-

Não se preocupe. Se esquecer, um dia você se lembrará da pior forma

possível. - A deusa sorria de forma levemente maldosa novamente. "Os

humanos são tão bajuladores". Em seguida ela virou-se para Yan. - E, se

você não correr agora, eu não te tiro daqui. - Yan arregalou os olhos,

aflito, e olhou para Sailorcheer.

 

- Eu bem que gostaria de conversar mais, mas...

 

-

Não se preocupe... um dia a gente vai poder colocar a conversa em dia.

Vai... - e, rindo, fez a primeira piada desde que chegara em Niffelheim

- e mande lembranças à minha sogra!

 

- Pode deixar... e é melhor

cuidar do Fei agora, pois ele deve estar achando que você é louca. -

Yan ria despreocupado, como não fazia há muitos anos.

 

- Eu conto algo sobre o senhor pra ele?

 

- Eu confio no seu bom senso!

 

- Então até breve... ou não tão breve! - saudou Sailorcheer, rindo junto com Yan.

 

- Assim espero!

 

Em

poucos segundos a luz que envolvia Yan e a Valquíria se desfez, sob o

olhar atento de Sailorcheer. Em seguida ela se ajoelhou no chão ao lado

de seu marido, exausta física e mentalmente. Depois de se certificar

que ele estava bem, ela se deitou ao lado dele, no chão mesmo, e ficou

imóvel, aproveitando o tempo em que Fei ficou dormindo para recuperar

um pouco de suas próprias forças. Quando ele acordou, a garota falou

resumidamente sobre o que acontecera ali enquanto Fei estava desmaiado,

mas sem revelar ainda que Yan era o pai dele. Ela queria conversar

sobre isso quando ambos estivessem mais calmos, em um lugar seguro.

 

Em

seguida a garota juntou os pertences de ambos, que ainda estavam

espalhados pelo local, pegou o mapa dado por Yan e procurou a

localização do tal castelo da bruxa de Niflheim, traçando uma rota que

parecia ser a mais rápida. Quando eles se preparavam para começar a

longa caminhada, ouviram um relinchar conhecido: Dunhan estava de volta

ao casebre, rodeando os dois como se oferecesse uma "carona".

 

OFF

*varrendo a poeira do topico*E

agora o poder da runa da Sailorcher, Dagaz, ficou salientado também (foi o

último deles). Vamos ver se o fórum coopera agora. Já tentei postar esse episódio algumas vezes aqui e o fórum sempre travava (como se não bastasse minha conta que não loga no bRO também, hehe)...

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