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Guerreiros Rúnicos - histórias inacabadas


*_Dark_Shadow_*

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sigfinalsangueda1.jpg

 

 

 

Sailorcheer estava nos braços de um transtornado Fei. Não demonstrava qualquer tipo de reação, a não ser o sangue que escorria com mais intensidade de seu ventre. Um ferimento grave e mortal causado pela espada que Seth, o líder dos demais elfos que sequestraram Fei, portava.

 

 

 

Close your eyes and say good night

and hold me till the morning light

when the sun comes shinning through

I'll kiss you one last time

and I'll begin to live my life without you...

 

Feche seus olhos e diga boa noite

E me segure até o amanhecer

Quando o Sol aparecer

Eu vou te beijar uma última vez

E eu começarei a viver minha vida sem você...

 

 

Foi uma luta covarde e desumana. Sailorcheer, logo que passou pelo portal que Seth havia criado através de um ritual rúnico, foi teletransportada diretamente para o salão onde Fei estava preso. O amuleto de Fei que a garota mantinha consigo havia muito tempo que proporcionou tamanha sorte de não ficar presa em um labirinto como Claragar ficou. Ou talvez não tivesse sido tanta sorte assim, visto as consequências que aquilo havia lhe trazido.

 

Wish that I could make you stay

but I know I have no power to persuade

the heart will do what it must do

So kiss me one last time

and tell me how to live my life without you

 

Queria poder fazer você ficar

Mas eu sei, eu não tenho poder para persuadir

O coração vai fazer o que tem que ser feito

Então me beije

Uma última vez

E me diga como viver minha vida sem você

 

Os comparsas de Seth a atacaram sem dó ao ver que ela trazia o amuleto, peça chave para os planos do elfo. E apesar de toda a habilidade da mercenária, golpes covardes e inesperados por parte de alguns deles a fizeram ir pouco a pouco ficando mais vulnerável. Entretanto, ela derrotou um após o outro, não se importando com os ferimentos que iam surgindo em seu corpo devido aos combates. Até que em um momento infeliz, Seth percebeu que Fei poderia ser novamente atingido por seu ritual rúnico. O rapaz atrapalhou a mercenária que por um breve momento teve sua atenção tirada, mas não o suficiente para que o elfo conseguisse o que queria.

 

Love is like a work of art

once you feel it you hold it in your heart

you know forever that its true

so kiss me for always

even if I live my life without you

O amor é como um trabalho de arte

Uma vez que você sente, o prende em seu coração

Você sabe que para sempre esta é a verdade

Então me beije para sempre

Mesmo se eu viver minha vida sem você

 

 

 

 

Foi nesse momento que Sailorcheer cometeu o seu maior erro, ficando entre Seth e Fei, após o elfo, indignado, atacar o rúnico usando magia. Assim que aparou a magia dele com o próprio corpo, a mercenária o atacou nas costas. Porém, apesar de conseguir cravar sua adaga onde a runa Dagaz brilhava com o reflexo da luz do recinto, Seth lançou-lhe um violento golpe em seguida, diretamente no seu ventre. Ambos tombaram mas, apesar do golpe, o elfo não desistiu de seu objetivo, saindo de lá cambaleante pelos corredores, com um olhar vencedor, tanto com a espada quanto com o amuleto de Fei, que com o olhar arregalado com a cena, gritava pelo nome de sua amada.

 

 

Cause I love you without an ending

Cause I need you to be my everything

Tell me the meaning of a life without you with me?

 

Porque eu te amo infinitamente

Porque eu preciso de você para ser tudo pra mim

Me diga o que significa a vida sem você comigo?

 

 

O desespero do rúnico aumentou ao trazer Sailorcheer em seus braços e reparar que ela fechava os olhos lentamente, com aquele grave ferimento que pouco a pouco consumia sua vida. E um grito da profunda dor de Fei, ecoou nos corredores da masmorra.

 

- KATRINAAAAA!!!

 

 

When the night falls I'll still be standing

Cause you'll always be right here in my heart

And in my deepest memories

I will never have to be without you...

Quando a noite cair eu estarei esperando

Porque você sempre estará em meu coração

E em minhas memórias mais profundas

Eu nunca terei que estar sem você...

 

 

 

OFF

 

A música desse songfic é "Without You", da Laura Pausini.

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Foram uma série de erros...

 

Primeiro eu errei quando de forma completamente idiota revelei meu nome verdadeiro para todos.

 

Depois

errei novamente quando empunhei minha espada contra aquele tio cretino

da Katrina, mostrando para quem quisesse ver, que ainda mantinha aquele

artefato élfico comigo.

 

Errei também quando comecei a não

treinar adequadamente a ponto de ser facilmente pego em uma emboscada,

por não ficar alerta o tempo todo.

 

Errei em deixar aquele amuleto com a Katrina.

 

E...

errei em permitir que ela fosse atingida diante de mim, impedindo que

aquele elfo maldito me acertasse com minha própria espada...

 

Fei

tentava estancar o sangue que saía do ferimento causado no ventre de

Sailorcheer, enquanto buscava desesperadamente uma reação por parte

dela.

 

- N-não se preocupe... eu vou cuidar de você! Tudo vai ficar bem!

 

O

Rúnico começava a falar mais para tentar acalmar a si próprio do que

para ouvir uma reação da garota, onde já era perceptível o sangue

escorrendo pelo canto de sua boca. Quando Fei reparou nisso, seus olhos

se encheram de lágrimas, falando meio engasgado por elas.

 

- Eu... prometi que iria... defender você...

 

Sailorcheer

com grande esforço, abriu lentamente os olhos, permanecendo com eles

semi-cerrados e olhando o rúnico transtornado. Tentou buscar forças

para falar algo para ele, mas não conseguiu, engasgando com o próprio

sangue, sua respiração começando a ficar cada vez mais fraca.

 

- Eu não quero te perder.... eu... não posso te perder...

 

Fei

trouxe Sailorcheer para junto de si, desabando em lágrimas de puro

desespero. A runa em seu braço começou a brilhar sutilmente, mas o

rúnico não percebeu. Assim como não percebeu uma bela elfa iluminada se

aproximando dele, encostando uma das mãos em seu ombro e falando com

uma voz melodiosa junto ao seu ouvido.

 

- Você sabe como ajudá-la, Fei... o dom para isso você sempre teve...

 

Fei ouviu a voz, mas não conseguiu de forma alguma tirar os seus olhos de sua amada, que morria em seus braços.

 

- Agora, você vai fechar os olhos e se concentrar no que eu estiver falando, para impedir que essa fatalidade aconteça...

 

O

rapaz hesitou um pouco a princípio. Mas repentinamente fechou os olhos

e começou a se concentrar nos pensamentos que surgiram em sua mente. A

elfa também permanecia com os olhos fechados enquanto ele fazia isso,

agora apoiando as duas mãos nos ombros de Fei. A luz que a envolvia,

sutilmente percorreu também o corpo do Rúnico. Na mão dele, que estava

apoiada no pior ferimento de Sailorcheer, surgiu um brilho azul. Tal

luz emanou sobre a mercenária, percorrendo todo o seu corpo e se

concentrando onde as mãos de Fei se apoiavam, enquanto ele exclamou com

determinação.

 

- Obsu Vulni!

 

Em seguida, Fei saiu da

espécie de transe em que estava, com uma dor de cabeça descomunal e

fraquejando, mas ainda mantendo Sailorcheer nos braços. Voltou a

observá-la com preocupação e reparou que ela respirou fundo, puxando o

ar com certa força. A elfa, que permanecia atrás de Fei, se afastou

dele com um sorriso no rosto, mas falando antes de desaparecer do

recinto.

 

- Você escolheu a guerra sem sentido uma vez... mas você pode mudar isso agora...

 

O

rúnico não prestou muita atenção para a elfa, sequer a olhando,

acariciando suavemente o rosto de Sailorcheer, chamando pelo seu nome.

Sailorcheer abriu lentamente os olhos, sua expressão era de muita dor e

falou com a voz fraca.

 

- Eu... morri?

 

- Não, Katrina... - disse, sussurrando - você não pode morrer...

 

- Mas... ele me acertou... daqui a pouco vem uma Valquíria buscar a gente - a garota falava com dificuldade, mas com convicção.

 

- Não diga isso, garota! Ninguém vem buscar a gente, eu que vou levar você pra casa!

 

- Não era... pra doer tanto assim... - Sailorcheer fechou os olhos, respirando mais profundamente, com cara de dor.

 

Fei

fez uma expressão preocupada, reparando que Sailorcheer mal estava

ouvindo o que ele dizia. Entretanto, o que importava naquele momento é

que de alguma forma, ele havia conseguido a curar sutilmente, mas o

suficiente para tirá-la de lá e procurar ajuda.

 

Ele a trouxe nos

braços a levantando delicadamente. Apesar disso, a garota gemia de dor.

O rúnico se sentiu bastante fraco, mas tinha que arranjar uma forma de

sair rapidamente dali.

 

Foi surpreendido pelo barulho vindo do

corredor. Uma estranha sensação surgiu nele quando reparou em vozes

ásperas e ruídos de lâminas ao fundo. Fei arregalou os olhos,

preocupado.

 

"Se ele voltar com reforços, não vou ter como defendê-la assim!!!"

 

Fei,

procurou um canto da cela e agachado, apoiando Sailorcheer com um dos

braços, lembrou-se de alguns rituais que havia lido no diário do mestre

de Claragar, o Arqueiro Vesgo.

 

Usou o próprio sangue que

escorria de um de seus ferimentos e desenhou o que lembrava que tinha

lido, no chão. Assim que terminou de desenhar e recitar algumas

palavras em rúnico, um portal ligeiramente negro se abriu diante dos

dois. Fei, sem pensar muito no resultado daquilo, trouxe Sailorcheer em

seus braços e se levantou rapidamente correndo para o portal...

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Galgaris entrou no salão após a grande

porta dupla. Embora fosse do mesmo tamanho do anterior, não havia

qualquer tipo de decoração ou detalhe que chamasse a atenção, exceto

uma grande mesa rústica de madeira, de formato retangular, no centro da

sala. Consciente da armadilha anterior, Galgaris analisou os pisos e

paredes em buscas de inscrições – incluindo o próprio teto. Nada. Ali

realmente parecia ser um local “sociável”... ou ainda estaria enganado?

 

O

Guerreiro retirou de seu bolso um pedaço de papel e invocou um rápido

feitiço, que no final da conjuração, consumiu o papel em chamas. Nenhum

sinal de rituiais no cômodo. Energia desperdiçada. Galgaris continuou

avançando até chegar do outro lado do Salão, onde havia outra porta

dupla. Uma porta menor na parede esquerda também chamou sua atenção,

mas sua intuição apontava para a maior, que acabou abrindo.

 

Outro

corredor. Por cautela, Galgaris cobriu-se novamente com a capa e

dispersou as chamas frias da espada Abismo. Após avançar um pouco mais,

ouviu passos vindo em sua direção. Rápido, porém determinado, o ser que

se aproximava apontou na outra extremidade do largo corredor, e

continuou avançando por este. Em suas mãos, o Elfo carregava em suas

mãos uma espada com a obsessão de quem encontrou o sentido de sua

própria vida.

 

Embora sem expressão, Galgaris estranhou a visão.

Aquele homem não podia ser quem parecia que era. O Bruxo havia morrido

muito tempo atrás, quando ele mesmo havia sido aprisionado! Não podia

ser! Galgaris empurrou a capa para trás buscando reconhecer energia

rúnica no elfo que caminhava em sua direção e mesmo isso foi

confirmado... uma energia muito familiar... era sua própria energia,

doada séculos atrás!

 

O Elfo, já muito próximo, tentou passar

apressadamente pelo guerreiro, bufando. Galgaris esticou seu braço sem

olhar para ele, impedindo sua passagem e murmurando, quase incrédulo:

 

- Isso não é possível...

-

Huh? – disse o Elfo, olhando para o homem que impedia sua passagem –

Melhor sair da minha frente... ou... – a voz de Seth estava bastante

alterada pelo ferimento causado por Sailorcheer em suas costas.

- Seth Ancalimë? – Disse Galgaris, desviando o olhar opaco e amarelado lentamente para ele, encarando-o.

-

Hum... sabe meu nome? – disse Seth, encarando-o de volta - Ok, agora

deixa eu passar que tenho muito a fazer.... Não tenho a intenção de

lembrar agora... – disse ele, forçando a passagem. Galgaris agarrou-o

pelas costas, arremessando-o de volta pelo caminho por onde ele veio.

Seth, desequilibrado pela força do Guerreiro e afetado por seus

ferimentos, caiu de joelhos e encarou novamente seu agressor.

- Traidor... – disse lentamente Galgaris, que quase sorriu ao ver o ferimento ensangüentado em suas costas.

- Traidor? Quem é você afinal...? – olhando-o furiosamente.

-

Sou seu Mestre, verme... que se você não tivesse abandonado seu posto

séculos atrás, não teria sido derrotado pelos antigos rúnicos!! – disse

o guerreiro, incendiando novamente a espada Abismo.

- Ghull-Garuth!?! Pensei que tivesse sido destruído! – espantou-se Seth.

- Eu teria vencido os Rúnicos se você não tivesse fugido e deixado eles me atacarem desprevinidos...

-

Bah, você sempre com essa mania de derrotar esse palhaços aih... eu

tinha coisas mais interessantes a fazer! –levantou-se Seth - E agora...

eu consegui - olhando obsessivamente para a espada.

- O que pode ser

mais “interessante” que isso, tolo? Se tivesse cumprido sua parte do

acordo, já teríamos vencido sua irmã e você teria atingido seu

objetivo! Espero que saiba usar essa espada! Será necessário caso você

queira sair daqui com vida!

 

Galgaris colocou-se em posição de

batalha. Seth pronunciou umas palavras em Rúnico, ativando as chamas da

espada que carregava, colocando-se também em posição de combate. Os

dois se avaliaram por instantes, até que Seth, confiante, se pronunciou:

 

-

Bah... parece ÓBVIO que eu sei! Aquele vira-lata idiota não sabia nem

manejar nem 1% dela. Não é a toa que está quase morto lá em cima

agora... – Seth sorriu.

- Ele não sabe 1% das magias desta espada

que você sabe, e você não sabe de 1% dos poderes que eu sei... não se

julgue tão forte!

 

Seth começou a rir freneticamente de Galgaris.

No mesmo instante, um grito repleto de dor ecoou pelo corredor, vindo

do mesmo lugar de onde Seth viera, chamando por “Katrina”. Por um

instante, os dois ficaram em silêncio. Galgaris reconheceu, apesar do

tom alterado por sentimentos, a voz de Fei Ackhart.

*** Quem é

“Katrina”? *** pensou o guerreiro. Ele sabia que Sailorcheer e Claragar

haviam entrado, e mais ninguém. Quem mais estaria ali?

 

Percebendo

o interesse da Galgaris no grito do rúnico, Seth o provocou, tentando

com isso adiar o confronto, e evocando em seguida uma barreira de

chamas ao seu redor, interrompendo os pensamentos de Galgaris:

 

- Quer me matar? Perdeu o interesse pelos seus amados Rúnicos?

-

Não tenho paixões como vcs, mortais. No momento, é mais importante

destruir aqueles que não cumprem seus acordos, como você... apesar de

já estar moribundo...- disse Galgaris, percebendo o quanto Seth estava

debilitado pelo ferimento.

- Diabos! O que está acontecendo?! –

disse Seth, sentindo uma estranha tontura e caindo de joelhos

novamente. A barreira se extinguiu, e Galgaris aproximou-se. – Sangue?,

o que? Aquela humana idiota me atingiu? – indignou-se ele, quando

finalmente percebeu o quão ferido estava.

- Tolo... Você ainda não

aprendeu tudo, apesar de ainda estar forte... pelo ferimento, meu caro,

ela pode ter te matado... vc é que ainda não percebeu...

- Ha! Eu NUNCA vou morrer pra uma humana!!! ELES QUE DEVEM SER ELIMINADOS!!! TODOS ELES!!! – gritou psicoticamente o bruxo.

-

Cale-se, seu insano!! – Galgaris golpeou-o com a espada de lado,

dando-lhe um violento “tapa” . Seth caiu, ainda consciente, mas

cuspindo sangue.

- INSANO?! Insano é você com essa mania idiota de

matar esse imbecis!!! Vc deveria seguir meu exemplo e eliminar esses

seres que contaminam nosso mundo!!!

- Sigo um plano maior do que

você é meramente capaz de compreender! E eu jamais seguiria os planos

tolos de um mero mortal!, - respondeu Galgaris, apontando a espada para

o bruxo que tentava se levantar.

 

Aos poucos, os dois começaram a

sentir uma terceira energia Rúnica, se aproximando rapidamente. Seja lá

quem fosse, era alguém com muito mais poder que os Guerreiros Rúnicos

atuais... e não demorou muito para o Guerreiro perceber de quem era

aquela energia antiga e conhecida. Se ela o visse poderia por em risco

seu plano... melhor fugir... por hora.

 

- Você vem comigo, Seth!

– Disse Galgaris, esmurrando-o com toda a força. Seth desmaiou e foi

colocado nos ombros de Galgaris. Olhando para a espda de Seth, agora

apagada, pensou em usa-la, mas seria melhor ter um colaborador a

mais... Galgaris chutou a espada pelo corredor, deixando-a para que os

rúnicos a recolhessem de volta.

*** Assim Seth terá que recorrer à

mim para obter ajuda para recuperar essa espada de novo... e eu ganho

outro “aliado” *** pensou Galgaris, enquanto fugia rapidamente dali.

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Minha sobrinha desapareceu por entre as

árvores da floresta. Não me agradava nem um pouco vê-la se arriscar

dessa maneira, mas eu tinha certeza de que ela não iria desistir de

resgatar o inútil do Fei. Pelo menos depois dessa nossa conversinha ela

sabia para onde ir, ao invés de ficar vagando por aí, fazendo perguntas

e chamando a atenção. Imaginei que a garota talvez tivesse alguma

chance se, ao invés de se tornar o alvo, ela os atacasse de surpresa.

 

Recolhi

minhas adagas, que ainda estavam caídas no mesmo lugar onde as havia

deixado, e subi no telhado daquela velha casa. Deitei no telhado e

fiquei observando a lua, me perguntando se havia feito a escolha certa

ao deixá-la partir. Não era a primeira vez que a assassina enfrentaria

seres inteligentes, mas isso não queria dizer que ela era capaz, muito

pelo contrário. Será que desta vez ela se sairia melhor que das outras?

 

Eu

permaneci deitado, praticamente imóvel. O único sinal de impaciencia

que eu demonstrava era o estralar ritmado dos dedos das minhas mãos de

tempos em tempos. Mesmo depois de todos esses anos, eu ainda acho a

espera a pior parte de qualquer trabalho, mas ao menos lá eu podia me

dar ao luxo de não ser tão silencioso. Felizmente essa espera chegou ao

fim pouco tempo depois do nascer do sol. Eu sorri de leve quando um

assassino apareceu do meu lado, aparentemente surgindo do nada.

 

-

Está melhorando, Powell. Em breve você estará praticamente

imperceptível. - O homem agradeceu meu elogio com um aceno de cabeça

enquanto eu fazia uma pequena pausa.

 

- Ela realmente foi para lá?

 

-

Sim, senhor. Ela entrou no castelo, acompanhada por um bardo. Dos

barulhentos, por sinal. Os elfos já sabem que eles estão lá.

 

Eu

fechei meus olhos por um instante e suspirei, desanimado. Se eu

corresse, em uma hora e meia, talvez menos, eu estaria em Glast Heim.

E, com sorte, minha sobrinha ainda estaria viva.

 

----------------------

 

“Animal

estúpido. Eu sempre achei que aquelas orelhas grandes servissem para

alguma coisa além de enfeite...” O sentinela que eu havia acabado de

matar jazia no chão de pedra. Morreu sem saber o que o atingiu, o

inútil. Me afastei e me escondi novamente nas sombras, sem reprimir um

sorriso zombeteiro.

 

Aparentemente não havia outros sentinelas;

se isso fosse verdade, seria mais rápido chegar ao castelo. Mas, mesmo

sabendo disso, eu bem que queria encontrar mais elfos, de preferencia

depois que entrasse nas ruínas, para saber a direção que a garota havia

tomado. Mas eu mudei de idéia assim que passei pelas muralhas.

 

Acima

das construções antigas, saindo da janela de uma torre, eu vi uma

coluna de fumaça. A menos que algum aventureiro burro o suficiente

tivesse acendido uma fogueira sem saber que os monstros competiriam

entre si para ver quem o assaria, havia elfos ali.

 

Furtivo, eu

corri em direção à torre, procurando o caminho mais rápido para o topo

– caminho que passaria por dentro do castelo. Redobrando o cuidado para

permanecer silencioso e não ser visto ou ouvido entrei nas ruínas do

castelo, não sem notar alguns desenhos no chão, aparentemente feitos

com sangue, agora seco. Eu me preparei para algum efeito colateral e

realmente me espantei quando nada aconteceu quando cruzei os batentes

de pedra.

 

“Não acredito que eles perderam tempo pichando o chão... Cretinos.”

 

Mas

infelizmente não tive muito tempo para debochar da incapacidade dos

elfos. Logo adiante um cadáver animado ia em direção à mesma torre que

eu. A princípio, achei que fosse um daqueles carniçais nojentos que

ficam vagando por aí, mas logo o reconheci como o morto-vivo que às

vezes conversava com alguns Rúnicos.

 

Eu achei que ele estivesse

tentando resgatar Fei e Sailorcheer, mas ainda assim permaneci

escondido. Algo me dizia que não era prudente me revelar ainda. Ao

encontrar um elfo no caminho, que mais tarde eu soube que se chamava

Seth, o morto o segurou e atacou, jogando-o no chão. Mas a conversa que

se seguiu mostrou que eu estava errado e que, mais uma vez, minha

intuição se mostrava correta.

 

“Traidor? Ghul-Garuth? Antigos Rúnicos?”

 

Elfo

e cadáver pareciam se conhecer há muito tempo e, aparentemente, eram

aliados contra um grupo de Rúnicos. Mas não pareciam muito amigos,

Galgaris aparentemente estava bem descontente, além de fazer pouco caso

do mirradinho por ele ter sido ferido.

 

Mas a conversa não durou

muito mais tempo. Um grito cortou o ar, ressabiando a nós três.

Galgaris golpeou Seth, nocauteando-o, e arrastou o elfo com ele,

deixando a arma que estava nas mãos de seu aliado para trás. Eu não

estava preocupado com eles naquele momento. Reconheci a voz de Fei

naquele grito, apesar de parecer com o de uma menininha assustada, e

aproveitei que o morto-vivo estava ocupado demais para prestar atenção

em mim para correr na direção dele.

 

“O que aquele filho da mãe está fazendo com a minha sobrinha?”

 

Eu

estava disposto a terminar de matar o inútil do Fei, já que aquele

elfozinho delicadozinho não tinha conseguido fazer isso. Mas nem ele

nem minha sobrinha estavam na cela quando eu cheguei. Havia sim alguns

corpos ainda em chamas, que formavam a fumaça vista do lado de fora,

além de sangue ainda fresco. Muito sangue. Mas nenhum dos corpos era

deles.

 

No meio de uma das poças, um brilho metálico me chamou a

atenção; era a adaga que eu havia dado para minha sobrinha antes mesmo

dela se tornar uma gatuna. Ao lado da poça havia outro ritual desenhado

no chão, feito com sangue ainda morno.

 

“Por que eu não estudei as malditas runas quando tive a chance?”

 

Eu estava realmente furioso. Para que servia aquele ritual? E, principalmente, onde estava a minha sobrinha?

 

Guardei

a adaga da garota, cuja runa, Dagaz, ainda emitia um brilho pálido.

Imaginei que esse brilho indicava que ela estava viva mas, por outro

lado, poderia ser alguma homenagem fúnebre para sua antiga portadora.

Preferi acreditar na primeira opção, apesar de não achar que ela

largaria justamente aquela adaga para trás, e saí apressado da cela

para procurar pelos dois.

 

O único rastro de sangue que saía

era o de Seth. Mas ainda assim procurei por todos os lugares ao redor

de lá; não fui capaz de encontrar nem Fei nem Sailorcheer em lugar

algum. Não fazia o menor sentido... não havia nenhuma outra saída, a

não ser por onde eu vim. E eu tinha certeza absoluta que por lá eles

não haviam passado.

 

Eu fui em direção à saída da torre e me

detive no local onde Seth e Galgaris tinham discutido. Talvez houvesse

algum corredor, algum lugar por onde eles pudessem ter passado sem que

nós notássemos. Mas tudo o que eu encontrei foi a espada do elfo caída

no chão.

 

Eu nem ia pegar aquele pedaço de metal ridículo, mas

o padrão da lâmina me chamou a atenção. Heh. Era exatamente a mesma

espada que Fei havia usado contra mim na festa do seu noivado. Bom,

pelo menos agora eu sabia porque o elfo estava atrás daquele projeto de

gente.

 

Decidi levar a espada, mas ela ainda não me explicava o

desaparecimento dos dois Rúnicos. Não havia nenhuma pista na cela, além

do ritual fresco. O único rastro de sangue que ia até a única saída era

o do elfo franzino, e é impossível para um adulto passar pelas janelas

daquela torre-prisão – isso sem contar que pular dali seria suicídio

para qualquer um que não soubesse voar.

 

Sem ter mais o que fazer

naquele lugar, eu esmigalhei uma asa de borboleta com força entre meus

dedos. Meu próximo destino era a casa da minha sobrinha, em Juno.

 

Apesar

da coisa mais óbvia a fazer ao ser perseguido seja ficar longe de

lugares que você frequenta normalmente, ela nunca pensaria assim. E

nunca ficaria sem alimentar aquele Peco fedorento.

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 "Ainda não sei ao certo como isso

aconteceu. Eu achei que tinha entendido aquele diário do mestre defunto

do bardo. Minha memória nunca falhou a ponto de eu esquecer algo que

tivesse lido. Mas de alguma forma, a direção que o tal portal que eu

criei nos enviou foi totalmente errada. Pensei ter definido Geffen...

 

A

única coisa que eu me recordo foi ter aparecido diante de um homem, que

olhava de certa forma assustado com a aparição de duas pessoas no nosso

estado na frente dele. Estava com Sailorcheer em meus braços, mas assim

que tentei falar algo, senti uma fraqueza descomunal, e percebi que a

runa em meu braço estava ardendo como se pegasse fogo. Minha visão foi

escurecendo, a medida que meu corpo tombava no chão, junto com

Sailorcheer. Novamente isso? Já não bastou aquela vez em Geffen? Essa

runa deve ser amaldiçoada, não é possível... no entanto...*"

 

Fei

parou de escrever subitamente em uma folha de papel que ele havia

arranjado naquele lugar onde fora acolhido juntamente com Sailorcheer.

O homem entrou de forma silenciosa para ouvidos humanos, porém Fei

facilmente reconheceu sua presença. O homem sorriu com o canto da boca

percebendo que Fei havia reparado em sua chegada e sentou-se

preguiçosamente numa cadeira, ao seu lado.

 

Assim que se

teleportaram estranhamente para Amatsu, Sailorcheer e Fei desmaiaram na

frente de Cougar Kai, um morador muito antigo e pacato daquela vila.

Kai teve sua atenção inteiramente tomada pela runa de Fei, que brilhava

intensamente assim que o rapaz surgiu em sua frente, com a garota

inconsciente em seus braços.

 

Um estranho brilho surgiu nos olhos

daquele homem quando Fei sucumbiu diante dele. Rapidamente chamou

algumas pessoas para socorrê-los e levá-los até sua moradia. Lá, ambos

receberam os primeiros socorros e Fei acordou horas mais tarde.

Assustou-se a princípio, mas depois que percebeu que Sailorcheer dormia

em outra cama ao seu lado, sentiu-se seguro pela primeira vez desde que

fora raptado por Seth.

 

- E então? A garota está melhor? - Kai perguntava ao Rúnico, sem demonstrar muito interesse.

 

-

Err... acho que sim... tirando o fato dela não acordar... - Fei

levantou-se, sentando-se ao lado de onde Sailorcheer estava, e

aproveitou para trocar um pano úmido que repousava em sua testa para

conter a febre.

 

- Hum... estranho... - Kai levantou-se,

aproximando-se da mercenária e reparando em seu estado - o que causou

um ferimento tão grave nela? O sacerdote levou horas para conseguir

conter a hemorragia. Que tipo de monstro atacou vocês?

 

- É...

ele realmente era um monstro, mas não desses que vocês devem estar

acostumados por aqui - Fei dizia cada palavra com ódio no olhar e de

forma extremamente agressiva - e ele vai pagar caro quando nos

re-encontrarmos pelo que fez com ela...

 

- Hummmmm... você está

me dizendo que foi um guerreiro que causou isso? Fazia muito tempo que

não via um ferimento similar a esse... ele deveria estar com uma arma

extremamente poderosa...

 

- Bah... é óbvio! Aquele maldito elfo

usou a minha própria espada para atacá-la!! - Fei falou sem pensar e

Kai demonstrou uma certa surpresa com tal revelação. Se aproximou da

mesa onde Fei escrevia e percebeu a escrita fora dos padrões do lugar.

 

-

Ora, ora... vejo que temos um conhecedor de línguas aqui. Mas que até

agora não se apresentou para mim... - Kai olhou com curiosidade,

reparando que o rúnico permanecia olhando com culpa para a garota na

cama. - Ao menos diga seu nome para que eu consiga manter um mínimo

diálogo com você enquanto permanecer aqui...

 

- Se você faz tanta

questão assim, meu nome é Fei... e não se preocupe... eu irei pagar a

minha estadia aqui, você não terá prejuízo algum... - o Rúnico

respondeu, de forma seca, não tirando o seu olhar de sua amada.

 

-

Ei, rapaz... relaxa... eu não estou pedindo nada em troca - Kai falou

isso enquanto olhava de forma sutil para Sailorcheer e logo depois para

Fei, como se estivesse o medindo com o olhar - nada mesmo...

 

Fei olhou na direção de Kai, que desviou o olhar em seguida, caminhando para a saída do quarto.

 

-

Mas agora, é melhor você e ela descansarem... não se preocupem que

estarão seguros aqui... pedirei para um dos meus empregados lhe

trazerem comida...

 

O Rúnico não teve tempo de responder. Levantou-se, e foi até a porta, reparando que não havia mais ninguém nos corredores.

 

"Bah... melhor assim... o que eu menos quero é que alguém fique me torrando a paciência com perguntas idiotas..." - pensou.

 

OFF

 

Bom,

só explicando o que houve com o portal que o Fei criou em GH - e que

agora se tornou característica do char pela má caligrafia do Arqueiro

Vesgo - toca tirar no dado sempre que ele for usar isso [/heh].

O que definiu o destino do portal não foi a vontade do Fei e sim da

runa dele, Raido (essa runa tem a ver com destino ou caminho a ser

seguido).

 

A runa fez os dois serem teletransportados para um

lugar chave na vida do Fei - não que ele saiba disso, ele nunca sabe de

nada... ele só acha que sabe [/heh]

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 Fei abriu os olhos e se deparou com um

lugar familiar. O calor ameno vindo dos raios de Sol, o cheiro que

emanava das flores que cobriam o chão até onde a vista dele alcançava.

E uma sensação única de paz que ele sabia que só existia naquele lugar.

 

Ainda

não tinha reparado que estava estirado no chão, deitado, enquanto

percebia tudo aquilo. Também não reparou que suas roupas agora estavam

diferentes das que usava antes de acordar. Levantou-se ao ouvir outro

som que ele conhecia. Começou a caminhar, na direção dele. Em pouco

tempo, após uma subida num pequeno morro, o Rúnico avistava uma enorme

cachoeira no horizonte.

 

Porém, algo mais lhe chamou a atenção.

Reparou em uma pessoa sentada em uma pedra, próxima à margem do lago

que desbocava a cachoeira. Vestia um vestido branco e tinha longos

cabelos azul-claro, que esvoaçavam com a brisa.

 

Curioso, Fei

se aproximou e, ao notar isso, ela se virou, revelando-se a mais bela

elfa que o rapaz já tinha visto, tirando-lhe o ar e a habilidade de

falar alguma coisa. Ela sorriu, mirando-o.

 

- Eu estava te

esperando... - a voz da elfa encantou ainda mais o rapaz, que não

conseguia mais andar, admirando-a - ...parece que você aprendeu rápido

o que eu ensinei...

 

- E-ensinou? Como assim? - as palavras saíam com uma dificuldade que até mesmo Fei estranhou - errr... foi... foi você que...

 

A

elfa sorriu com afeto, acenando positivamente. O Rúnico sacudiu a

cabeça, como se tentasse acordar ou pelo menos colocar uma linha de

raciocínio mais clara.

 

- Mas... quem é você? E como foi que...

 

Ela

se aproximou de Fei, impedindo que ele falasse mais alguma coisa,

tocando sutilmente seus lábios com o dedo indicador. O Rúnico

estremeceu com tal contato, mas havia algo estranho no que sentiu

naquele momento. Enquanto ele tentava se recompor da sensação, ela lhe

disse olhando fixamente para seus olhos.

 

- Saber quem eu sou ou

porquê eu te ajudei não é importante agora. Mais importante é o motivo

que te trouxe aqui... - a elfa saiu da linha de visão do rapaz,

apontando para uma árvore, ao lado de onde estava sentada -... você não

vai deixá-la nesse lugar, vai?

 

Fei olhou na direção indicada e

arregalou os olhos. Sailorcheer estava deitada à sombra da árvore

coberta por um manto claro, com os olhos fechados, como se dormisse

tranquilamente. O Rúnico se aproximou, vagarosamente, e ajoelhou-se ao

seu lado. Reparou que não existiam mais ferimentos no corpo da

mercenária, o que o deixou aliviado por breves instantes. Em seguida,

ele a tocou no rosto, chamando o seu nome. Porém não obteve quaisquer

reação por parte da garota.

 

- Mas... por que...? - Fei virou-se com certa angústia para a elfa que observava a cena.

 

- Você não quer que ela acorde aqui, quer? Leve-a de volta... - a elfa sorriu ternamente.

 

Fei

trouxe Sailorcheer nos braços, compreendendo o que ela quis dizer.

Começou a caminhar novamente e ouviu um último aviso da elfa antes de

desaparecer de sua vista.

 

- Ah, e não abuse daquilo que aprendeu, para seu próprio bem...

 

------------

 

- Fei...? Fei...? Acorda...

 

-

Hum....? - Fei começou a abrir os olhos lentamente e sentia uma dor de

cabeça que jamais sentira antes, nem quando Claragar falava com ele por

meio de telepatia. - K-Katrina?!

 

O Rúnico arregalou os olhos

reparando que a mercenária havia acordado finalmente, após mais de

quatro dias em sono profundo. Nem tinha percebido que estava estirado

no chão, após ter desmaiado por tentar usar novamente aquela estranha

magia que havia salvado a garota em Glast Heim. Sailorcheer o olhava

com um sorriso fraco, mas que foi o suficiente para causar um alívio

imediato no Rúnico, que a abraçou com força, desatando a chorar.

 

- Perdão, foi tudo minha culpa...

 

Enquanto

os dois Rúnicos conversavam, não repararam na presença de Kai, furtivo.

Sua expressão parecia a de alguém que havia descoberto o maior tesouro

de sua vida. Saiu do quarto furtivamente e chamou um outro homem, que

estava o aguardando do lado de fora.

 

- Você precisa enviar uma mensagem para o mestre. Acho que ele vai se surpreender com a notícia que tenho para lhe dar...

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No dia seguinte, Fei

reparou numa movimentação diferente na casa em que estavam logo que o

sol começava a despontar. Ouviu algumas conversas desconexas, como se

alguém tivesse chegado. Virou-se para Sailorcheer que permanecia num

sono profundo e enquanto acariciava suavemente seus cabelos ruivos,

começou a se perguntar quanto tempo mais teriam que ficar numa casa de

um total desconhecido. Mal sabia onde estava na vila, já que desde que

chegara, não havia saído daquele quarto pois não queria deixar a rúnica

sozinha. Kai não parecia perigoso, mas ele também não era um tipo de

pessoa que chamaria para beber uma garrafa de vinho juntos.

 

Horas

mais tarde, Fei ouviu passos. Certamente seria o tal empregado que

havia na casa, que sempre lhes trazia as refeições, desde o primeiro

dia que foram abrigados. Porém, assim que a porta se abriu, era o

próprio Kai que lhes trazia o desjejum, com um pequeno embrulho nas

mãos.

 

- Ué... hoje é dia de folga do seu empregado, é? Você

parece um chefe bonzinho... - Fei disse, com um certo tom sarcástico na

voz. Kai apenas fez um sorriso discreto e pousou uma bandeja na mesa.

 

-

Isso aqui é para sua companheira... - assim que o fez, jogou o embrulho

que segurava nas mãos de Fei - ... e isso aqui vai ser o meu

pagamento...

 

Fei ergueu uma de suas sombrancelhas, mostrando

certo espanto com as palavras do homem. Sem perguntar o que seria o tal

pagamento, abriu o embrulho e reparou que lá havia uma vestimenta bem

diferente das que ele já tinha visto.

 

- Ahn... como assim "seu pagamento"? E o que diabos é essa roupa?

 

-

É... pensei melhor naquilo que você me disse no primeiro dia que

conversamos. E quero o pagamento pela sua estadia por aqui sim. - ele

fez uma pausa, observando a garota que dormia e novamente fitando Fei

-... você irá me mostrar que tipo de técnica de luta que você usou para

ser derrotado de uma maneira tão... desonrosa assim...

 

-

Desonrosa?! Quem você pensa que eu sou para ficar tirando com minha

cara assim?! - Fei se exaltou com Kai, que não demonstrou qualquer

reação.

 

- Se não é desonroso para um guerreiro chegar da forma

como chegou aqui, fugindo de alguém que você provavelmente teria que

derrotar e desmaiando aos pés de um desconhecido, então o que poderia

ser?

 

Fei ouviu o comentário e perdeu totalmente o controle,

partindo para cima de Kai. Pegando-o pela gola de sua roupa de forma

ameaçadora. Kai,apenas olhou para as mãos de Fei e depois diretamente

para seus olhos, de forma a provocá-lo ainda mais.

 

- Não, Fei...

a idéia não é fazer isso aqui no quarto... podemos acordar a garota e

ela não vai se recuperar adequadamente. Se quiser começar a me pagar,

terá que seguir o que eu disse e numa região mais apropriada.

 

Fei mordeu o lábio inferior, com ódio. Empurrou Kai e pegou a vestimenta.

 

- Você quer que eu demonstre minha técnica, né? Ok, valentão... eu preciso mesmo arrebentar alguém para me distrair um pouco...

 

Kai apenas riu com o comentário do Rúnico e rumou para fora do quarto.

 

- Assim que estiver pronto, o meu "empregado" irá mostrar a forma de chegar numa área mais reservada para "distrações"...

 

"Qual

é o problema desse valentão aí?! Acho que é a primeira vez que uma

pessoa me pede para surrá-la! Mas eu farei isso com prazer... "maneira

desonrosa de chegar aqui", onde já se viu?!" - pensava Fei, colocando a

vestimenta que Kai havia lhe dado.

 

Horas mais tarde, Sailorcheer

acordava com o barulho de algo caindo no chão diversas vezes e um

resmungo de raiva em seguida. Percebeu que Fei não estava mais no

quarto e reparou que a janela ao lado de sua cama estava com a cortina

aberta. Se apoiou na cabeceira da cama para se erguer e olhar o que

acontecia lá fora. Assim que fez uma rápida observação, reparou em Fei

lutando contra Kai, com espadas de madeira, sendo que o Rúnico sempre

levava a pior em todos os ataques desferidos.

 

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Sailorcheer tentava compreender a situação

assim que percebeu que Fei e Kai duelavam. Esfregou os olhinhos na

mesma hora que Fei caía novamente no chão após um golpe, gesticulando e

xingando Kai.

 

"Ai que boca mais suja" - a Rúnica pensava, a

medida que Fei se levantava, tirando a poeira da roupa e avançava

novamente para cima de Kai. Este, acabara de reparar que a garota

observava o combate e ficou com um riso irônico no rosto. Assim que Fei

chegou perto dele, defendeu facilmente seu ataque e o jogou no chão

novamente com a força de impacto.

 

Sailorcheer começou a rosnar

vendo a cena, e tentou saltar da janela para a parte externa da casa,

porém só o que conseguiu foi cair novamente da cama, gemendo de dor.

Reparou se havia alguma coisa arremessável dentro do quarto e encontrou

uma bota. Apoiando-se novamente como pode, a mercenária arremessou o

objeto na direção de Kai, chamando a atenção dele e de Fei, que pararam

o combate. A Rúnica, com um grito tão forte quanto um pulmão perfurado

permitiria, berrou:

 

- Se encostar nele de novo, eu te arrebento!!!

- S-Sailor?! - Fei olhava perplexo - O que diabos você tá fazendo aí?!

- Sei lá, eu acordei e você tava apanhando... - a garota dizia, piscando os olhinhos.

 

Kai

colocou uma das mãos no rosto, indignado. Aproveitando-se da falta de

atenção de Fei, que estava virado na direção de Sailorcheer, deu-lhe um

chute nas costas, o empurrando.

 

- EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEIIIIIIIIIII - Sailorcheer tentou pular novamente, mas ainda não conseguiu rosnando com cara de dor.

 

- Sailor, não faz isso! Eu só estava acertando umas contas com ele.... - Fei dizia, se aproximando da garota.

 

- Você tá machucado, seu tonto!

 

- Na verdade ele está tentando não ser fraco... - Kai dizia, de forma seca.

 

- Ei!!! Eu não sou fraco!!! - disse Fei, virando-se para Kai.

 

- Se você continuar com isso eu vou ter que levantar e ir até aí! - disse Sailorcheer, muito brava.

 

-

Você não entendeu..... não acredito que ele ainda não te falou - dizia

Kai, com um ar indignado. Fei ficou com uma expressão de dúvida.

 

- Falou o quê? Eu acabei de acordar! Se ele falou eu não ouvi...

 

- Ué... você não sabia que ele está aprendendo a ser um guerreiro... decente? Achei que ele tivesse te falado...

 

- Ahn... não era por isso que a gente tava..... - Fei foi impedido por Kai de falar algo.

 

- Ele não precisa disso, ele tem a mim! - disse a garota, revoltada com as palavras de Kai.

 

- Você, garota? Você foi igualmente derrotada...

 

- Fui nada - mostra a língua, enquanto que Fei olhava feio para Kai - eu cumpri meu objetivo!

 

- Ah....... você gosta de apanhar?

 

- Não tanto quanto você deve gostar - Sailorcheer sorriu com o canto da boca.

 

-

Ei! A conversa era comigo, né??? - Fei empunhou a espada novamente, ao

mesmo tempo que Sailorcheer arremessava a outra bota na cabeça de Kai.

 

- Bah... você joga uma bota? Isso é alguma arma nova? - Kai colocou uma das mãos nas costas, enquanto Sailorcheer o provocava.

 

- Se você não sabe utilizar o que tem à mão como espera ser um professor decente?

 

Assim

que ela terminou de falar, Fei arregalou os olhos com a movimentação

rápida de Kai, que arremessou um artefato na direção da garota,

cravando-o ao seu lado, na janela. Sailorcheer nem se mexeu.

 

- ISSO é uma arma... pelo menos ela mata!

 

Sailorcheer não teve tempo de responder a Kai, devido à um alucinado Fei que agora o atacava.

 

- EI, PÁRA DE ATACAR MINHA GAROTA!!!

 

Kai saltou para trás, desviando do golpe do Rúnico.

 

- Ei... pera... "minha garota"? Você não tinha me falado isso antes, Fei... achei que fossem

apenas dois guerreiros sem outras... pretensões...

 

-

Claro que não! Ele é meu noivo! - Sailorcheer tentou se apoiar no

batente da janela, mas em seguida sentou-se novamente, com dor - Droga,

o que foi que aquele idiota fez comigo?

 

- Ahn.... Sailor... que tal ficar parada? - Fei dizia, apontando a espada na direção de Kai - você está um bocado machucada e...

 

- Claro q não! Ele tá te batendo! Eu matei aqueles idiotas pra te salvar não pra outro vir te bater!

 

- Você foi salvo POR ELA?!?! - Kai abaixou a cabeça, descrente.

 

- Algum problema com isso? - Sailor rosnava, ao mesmo tempo que Fei se sentia um pouco sem jeito com o comentário.

 

- Nenhum... é que normalmente o "cheio de músculos" da relação que deveria ser o alvo e não o contrário...

 

O último comentário de Kai enfezou totalmente a garota, que passou a não sentir mais dor, saltando da janela em sua direção.

 

- Ah, o senhor machão gosta de salvar garotinhas indefesas, né? - Sailorcheer se aproximava, seus olhos ficando mais ameaçadores.

 

- Não... eu salvo qualquer um que me paguem pra salvar sendo ela garotinhas bravinhas e sem noção como você ou não.

 

Fei tentou pular no pescoço de Kai, mas foi impedido imediatamente por Sailorcheer.

 

- E você, fique quieto aí!! - a Rúnica falou, furiosa com Fei, que percebeu que ela não estava mais no quarto.

 

- Sailor!! Você não deveria estar aqui!!

 

- Eu nem sei aonde é "aqui"! - muito brava - Mas eu não vou deixar ninguém te bater!

 

-

Desde quando estou batendo nele? Estou ajudando ele a não ser tão

inútil numa luta! - após esse comentário de Kai, Fei ficou pensativo e

começou a entender as verdadeiras intenções daquele homem para com ele.

 

-

Ele não é inútil! Eu só treino mais que ele... mas ele que traz

dinheiro pra casa... cada um com uma função! Ou você acha que eu

deveria ficar em casa cozinhando e tricotando?

 

- Pela sua cara e trejeitos... deveria.....

 

Fei correu para cima de Sailorcheer, segurando a garota, pedindo-lhe para ficar calma.

 

- CALMA O CARAMBA!

 

-

Mas o que ele tá falando é verdade!! Digo... - e o Rúnico, reparando que

Sailorcheer ficou mais furiosa ainda com seu comentário, tentou arrumar - tirando o que

ele disse sobre você, claro...

 

- Ah... então eu deveria ser uma dona de casa, né? Não basta eu cozinhar e limpar e treinar, eu deveria

ficar quieta em casa, é isso? - enquanto a garota discutia com Fei, Kai

sentou-se tranquilamente ao lado dos dois, observando a situação.

 

- Claro que nao, Sailor!

 

- E

me solta! - tentou andar em direção à espada, mas quando reparou que

estava impedida, mordeu um dos braços de Fei, que arregalou os olhos

com dor, soltando-a imediatamente.

 

- Pelo visto você tá se recuperando rápido.... - Fei dizia, sacudindo o braço dolorido.

 

Sailorcheer se aproximou da espada de madeira no chão, tentando manejá-la. Como não conseguiu, jogou ela de lado.

 

-

Como cazzo vocês conseguem usar isso? Que troço mais desajeitado - Kai

começou a rir, enquanto a garota foi até a janela, arrancando a

shuriken que estava cravada - Tá, isso aqui é mais parecido com uma

adaga... - começou a manejar como uma adaga, e começou a falar baixo e

sozinha - Tô meio lenta ainda...

 

- Ahn... Sailor? - Fei chamou

sua atenção, custando a admitir o que iria falar - O que ele falou tem

o seu fundo de verdade, em relação à mim... você quase morreu por minha

causa... e... eu não vou deixar isso acontecer de novo... e ele está me

ajudando nisso...

 

- Não é a primeira vez que quase morro numa luta... não vou deixar você continuar a apanhar dele...

 

Apesar

dos apelos de Fei, Sailorcheer começou a fazer vários testes de

movimentação. Começou a saltar e escalar até mesmo as árvores que lá

tinham, aparentemente não sentindo dor alguma. Assim que saltou da

árvore para o chão, porém, encolheu de dor. Kai se aproximou dela,

oferecendo-lhe uma poção para beber.

 

- Beba isso antes que todas as noites que esse daí passou em claro não valham de nada...

 

- Obrigada, mas já abusamos demais da sua hospitalidade... não posso aceitar mais do que já fez...

 

- Bom.... se você acha que pode se defender e a ele - dá uma risadinha qdo diz - então... seria fácil me derrotar, não?

 

- O que diabos vc tá querendo fazer com ela?! - Fei não gostou do comentário de Kai.

 

- Ué... apenas ver se ela se recuperou totalmente...   (Continua)

 

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- Tem horas que bater em retirada é tão eficaz quanto atacar... aliás, não testei isso ainda... - a mercenária pensava alto, não reparando na discussão entre Fei e Kai.

 

Kai

reparou que Sailorcheer continuava perdida em pensamentos testando suas

habilidades. Assim que ela ficou furtiva novamente, Kai aproveitou-se da

situação dando um empurrão em Fei, jogando-o no chão e desaparecendo

dos olhares dos dois.

 

- E você fica aí! - falou de forma áspera

Kai, direcionando-se para Fei. Ele, estranhando a situação, reparou que

não conseguia mais se mexer. Algo o prendia no chão.

 

- Mas o que...?

 

Sailorcheer,

distraída e indo em direção a mesma àrvore que tinha escalado há poucos

instantes, percebeu uma nuvem de poeira se erguendo à sua frente.

 

"Ah, fala sério..." - pensava a garota, quando percebeu a voz de Kai, próxima a ela.

 

- Você tem certeza que consegue ser tão furtiva assim?

 

- Eu também estou vendo suas pegadas!

 

-

É... mas não está vendo aquilo... - Kai reapareceu diante de

Sailorcheer e apontou na direção de Fei que estava com uma espada

apontada para o pescoço, enquanto era preso pelos braços por outro

ninja.

 

Sailorcheer saiu de sua forma furtiva, arremessando a

shuriken que tinha pego anteriormente entre os pés do homem que portava

a espada. Este, apenas observou a shuriken cravada no chão, não

demonstrando qualquer reação de surpresa.

 

- Pelo visto, não podemos confiar em você mesmo - disse a garota, muito brava.

 

- Você mesma disse que queria se testar, não? Estou a ajudando a fazer isso... - dizia com certa ironia na voz, Kai.

 

Sailorcheer

não teve muito tempo para discutir com aquele homem. Uma nova nuvem de

poeira se formou no ar e Kai sumiu da vista da garota novamente.

Sailorcheer saltou para trás, entrando em furtividade novamente e

correndo atrás de uma árvore. Nesse momento, Kai gritou.

 

- Não arremessem nada nela!!

 

-

Mas... - eis que o rapaz que "ameaçava" Fei com uma lâmina no pescoço

interrompeu - já poderíamos ter matado o Fei, né? - o Rúnico concordou

mentalmente, não esboçando qualquer reação. Já estava ciente que Kai

estava tentando impedir Sailorcheer de sair daquele lugar no estado que

se encontrava. Não iria fazer nada contra eles.

 

- Ótimo... podem matá-lo então... - Kai disse,

com firmeza na voz. Fei arregalou os olhos, mas não teve tempo de

responder nada, sendo arremessado de boca no chão. No meio dessa

conversa, ninguém havia percebido a rúnica, que já havia escalado o

telhado e assim que viu Fei ser atacado, arremessou um ninho de

passarinho vazio que estava por lá.

 

Isso fez o homem que

ameaçava Fei com sua espada olhar para o alto, porém não teve tempo de

esboçar muita reação quando viu a mercenária pular em cima dele, com

agressividade. Kai reapareceu, arremessando diversas shurikens na

direção da garota, sem a intenção de acertá-la novamente. Apesar desse

cuidado, Sailorcheer não teve dó ao buscar duas das shurikens fincadas

na parede e usá-las como adaga, golpeando o rapaz que prendia Fei no

peito. O homem caiu no chão, gritando de dor, e a garota ficou em

posição defensiva, após cuspir um pouco de sangue no chão.

 

Kai,

reparando no seu discípulo no chão, fez um sinal para que mais 10 deles

saíssem de seus esconderijos. Todos eles se ajoelharam, esperando

palavras de ordem de Kai. Ao mesmo tempo, Fei levantou, indignado com o

que Sailorcheer acabara de fazer.

 

- O que você tá fazendo, Sailor?! Você quer se matar, é isso?!

 

- Não vou deixar eles te machucarem - a garota dizia, com ódio no olhar.

 

- Ele não vão fazer isso, Sailor... não há motivo para eles fazerem isso...

 

- Aquela espada no seu pescoço me pareceu bem real!

 

- Se eles quisessem, teriam nos matado assim que chegamos aqui!

 

- Como vou saber, Fei? Não sei o que eles querem! Ele não estava se fazendo de seu amiguinho até agora?

 

Fei

percebeu que não iria convencer Sailorcheer de que até aquele momento

estava sendo testada por Kai. Ele mesmo demorou a perceber que havia

sido também, horas atrás. Kai, calmamente, se aproximou da dupla, não

se importando muito com o estado da rúnica.

 

- O que ele disse é

verdade. Se eu quisesse, os teria largado em Amatsu quando chegaram

inconscientes para apodrecerem, ao invés de terem trazido aqui para que

se recuperassem...

 

- Para depois bater no Fei e apontar uma

espada no pescoço dele? - Sailorcheer mantinha sua postura defensiva,

assim como seu olhar extremamente bravo.

 

- Vocês acham que vão

conseguir mesmo enfrentar esses inimigos que atacaram vocês nas

condições em que vocês se encontram? - Kai olhou atentamente para o

braço de Fei onde sua runa estava marcada e para o anel no dedo de

Sailorcheer - Vocês acham que como Rúnicos conseguirão viver em paz?

 

- E por que não conseguiríamos? Eu tenho minha casa... minha família... é tudo que eu preciso!

 

-

É muito bom você pensar assim... de qualquer forma... se quiserem sair

daqui... vão! Se forem atacados na primeira esquina, não iremos mais

nos importar com vocês. - Kai disse, suspirando - só que pelo menos

cuide de seu ferimento antes... pelo menos pra não sujar o chão por

aí...

 

- Não seja por isso! - Sailorcheer rasgou um pedaço da

própria roupa, envolvendo o seu ferimento na barriga, que começava a

sangrar novamente. Fei só a observava, com um olhar indignado.

 

- Se não confia em mim, por que não me mata então? - Kai provocou a garota, que respondeu brava.

 

- Não é da sua conta!! - e pensou - "Se eu conseguisse, faria isso...!"

 

Fei

colocou uma das mãos no ombro de Sailorcheer, tentando acalmá-la. Ele

percebia que, apesar dela estar tentando se fazer de forte para Kai,

ela tinha uma expressão de dor.

 

- Eu não vou deixar ele chegar perto de você de novo, Fei...

 

- Eu sei que não... mas se continuar assim, vai me deixar sozinho...

 

Kai

deu um suspiro profundo, acenando negativamente com a cabeça, enquanto

deixava os dois a sós. Não sem antes avisar que assim que decidissem

sair dali, o avisassem. Após uma discussão breve com Sailorcheer, Fei

pediu para que ela confiasse na decisão dele de permanecer naquele

lugar até que ela se recuperasse por completo. Ela, desistindo de

contrariar o rapaz pela fraqueza que sentia, apenas concordou,

emburrada. Jogou as shurikens que estava usando havia pouco no chão e

caiu sentada, esgotada e com dor.

 

- Faça como quiser, então... mas se ele te machucar de novo não respondo por mim.

 

-

Bah, Sailor... você não percebeu até agora que ele está simplesmente

nos testando? Ele não quer nos matar, nem nada assim. Olha como você

está agora... - Fei trazia Sailorcheer para seu colo, ainda tentando

acalmá-la.

 

- Tô viva, tô acordada, tô falando... é o que importa.

 

- Não... não é o que importa... como você acha q eu me sinto com você assim?!

 

- Vivo?

 

- Não... eu me sinto CULPADO! Por não ter feito nada pra impedir isso! - o rúnico falou com raiva.

 

- Como não? Você que me tirou de lá, não foi? Se não fosse isso, estaríamos os dois mortos...

 

- Mas isso só aconteceu porque eu fui atacado antes... e se eu tivesse treinado o suficiente isso nao teria acontecido.

 

- Se você começar a treinar... vai ficar longe de mim - Sailorcheer dizia, fazendo beicinho e com tristeza no olhar.

 

-

Claro que não, Sailor! Iremos treinar juntos! - Fei, em seguida, pensou

numa forma melhor de convencê-la e "apelou" - Ahhh... já sei! Você não

quer que eu treine porque assim mostrarei que sou bem mais forte e

talentoso que você com suas adaguinhas aí - o rapaz dizia com um certo

tom de deboche para a garota que retrucou, mostrando a língua.

 

- Eu ganho de você mesmo machucada!

 

- E eu duvido!

 

Assim que Fei fez o último comentário, a garota tentou se levantar, depois da provocação.

 

- Então vamos fazer isso! - disse com convicção Sailorcheer - Se eu ganhar de você, a gente volta pra casa!

 

Fei

imediatamente agarrou sua noiva, dando-lhe um beijo que tirou sua

respiração e concentração. O rapaz, sorriu maldosamente e falou, ao

perceber que conseguiu travá-la com sua ação.

 

- Ganhei?

 

-

Na casa dos outros não, Fei! - disse com uma voz quase imperceptível

Sailorcheer, após se recuperar do susto - O que vão pensar da gente?

 

Fei, ainda rindo, trouxe a garota que ainda fazia cara de birra para seus braços.

 

- Ótimo... então, enquanto você não me vencer, não saímos daqui, que tal?

 

- Cuidado, isso dói!! - Sailorcheer reclamava da forma como Fei a carregava, não prestando muita atenção na sua pergunta. (Continua)

 

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Eu sou forçado a dar minha opinião mais sincera sobre essa história. Talvez algumas pessoas possam não concordar comigo, mas é o que penso. Essa história está EXCELENTE!!! Desde o primeiro capítulo ela conseguiu me prender. Você(s) não deve(m) em nada no que diz respeito à gramática, originalidade e ambientação, além dos dialógos lindos. Espero sinceramente que continue(m) assim.

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 Lentamente, Seth despertou. Estava cansado,

e aos poucos tentava relembrar mentalmente o ocorrido: “Aquele

vira-lata preso, a humana veio salvá-lo... os mortos-vivos. Ela me

atacou... ela me atacou? Há, impossível! Só pode ter sido um sonho

infeliz...”

 

O Elfo tentou se levantar. Não sentiu dores, mas

percebeu que seus pulsos estavam acorrentados, e a parte superior de

suas vestes, rasgadas. Ao se sentar, percebeu que seus curtos grilhões

o prendiam à uma parede rochosa e úmida e apenas um lampião fraco

iluminava suas proximidades.

 

“Mas o que? Estou preso? Não sinto

nada, então realmente ninguém me feriu... mas porque estou preso? Onde

está a Espada!?!” – Seth olhou para os lados procurando qualquer

vestígio da espada que roubara de Fei Ackhart, mas tudo o que via eram

paredes rochosas de uma caverna, a qual ele não conseguia distinguir o

tamanho devido a pouca luz.

 

“Eu estava com a Espada!! Eu tenho

certeza!! Ela estava comigo depois de eu eliminar aquela humana

desprezível. Eu carregava ela e... Ghull-Garuth!! Ghull-Garuth apareceu

e....”

 

- Finalmente acordou, Seth. – Disse alguém, interrompendo os pensamentos do Elfo.

 

- Ghull-Garuth! – disse Seth, com ódio - Onde está minha Espada?

 

-

É bom saber que ainda tem forças pra resistir a ferimentos e castigos.

Talvez assim você se lembre quem é seu mestre e a quem você deve

respeito...

 

- ONDE ESTÁ MINHA ESPADA???

 

- ... pois assim,

talvez, eu te aceite como meu discípulo novamente, e mantenha você vivo

e bem, ao invés de torturá-lo pela eternidade.

 

- ONDE...

ESTÁ... MINHA ESPADA!!! – Seth gritava furiosamente, apesar da

indiferença com que o ser a sua frente falava. Ele virou os olhos

amarelados para o elfo acorrentado e falou:

 

- Me chame de

Galgaris. É esse o nome que uso hoje. E quanto aquela Espada que você

tanto quer, ela ficou para trás. Era você ou ela.

 

- O QUÊ?? –

Seth fechou os olhos com força, como se tentasse reprimir a frustração

e a raiva – SEU IDIOTA!! EU CRIEI UM PLANO INFALÍVEL PARA PEGAR A

ESPADA, E AGORA VOCÊ ME FEZ PERDÊ-LA!! NÃO DEVIA TÊ-LA LARGADO LÁ!! POR

SUA CULPA NOVAMENTE, MEUS PLANOS FORAM DESTRUÍDOS!!!

 

- Quieto,

seu tolo. – Galgaris olhou-o com sua face sem expressão, mas o brilho

suave em seu olhar, perceptível apenas naquela escuridão, indicavam que

ele não estava gostando do linguajar de Seth. – Se você é tão

inteligente, pense... Se eu pegasse a espada, eu te deixaria para trás.

Se eu te deixasse para trás, você seria morto pelos aliados de Ackhart,

não teria a espada, nem outra chance de recuperá-la. Como eu escolhi

trazer você, você está vivo, e terá outra chance...

 

Seth tentou

conter sua raiva, mas sabia que de certa forma o que Galgaris falou

tinha sentido. Ou não? Ele teria mudado sua memória? Teria colocado que

ele estava ferido e está usando isso para manipulá-lo? Era bem a cara

dele!

 

- Você está mentindo! Eu não fui ferido por uma humana

ridícula, como você me fez acreditar! Você está tentando me enganar!

Vai ter que fazer melhor que isso, Ghull-Garuth! Eu conheço seus

truques!!

 

-... Então vai me dizer que a cicatriz em suas costas também fui eu quem fiz?

 

- Cicatriz? Não há cicatriz em minhas costas! Eu nunca fui...

 

-

Sim, você foi ferido pela “humana”. Neste momento você não tem como

perceber as cicatrizes que o ritual de cura profana deixou, mas ela é

bem visível... acredito que pela profundidade do ferimento, você deve

estar com alguma dificuldade de respirar...

 

“Ritual de Cura

Profana” – pensou Seth – “Há! Não é possível que eu tenha passado por

isso... ele só está querendo me enganar! Aquela humana nunca me acertou

e eu nunca iria precisar de uma cura desse tipo...” – o Elfo lembrou-se

de dores horríveis sentidas recentemente... ele foi submetido ao

ritual! Flashes passaram em sua mente.

 

- Você está quieto... se lembrou de algo? – disse Galgaris, esperando uma afirmativa.

 

- Como..... vou saber que você não está montando tudo isso na minha memória?

 

- Você não tem opção. Além do mais, quando eu traí você? Você, entretanto...

 

Seth

manteve-se em silêncio um pouco, e pensou. Realmente não havia muitas

opções. Era isso ou lutar, que parecia muito tentador neste momento.

Galgaris estava uns oito passos dele, e não usaria sua espada numa

distância dessas.

 

“Posso usar feitiços para mantê-lo longe,

abrir caminho dessa forma, e com seus poderes neutralizar os rituais de

defesa de Galgaris. Treinei muito ao longo dos séculos e estou muito

poderoso. Provavelmente devo estar mais forte que o próprio Galgaris!!”

– pensava Seth, sorrindo levemente ao traçar seu plano.

 

- Está

bem Galgaris... – disse Seth, colocando-se de pé. – Eu acredito em

você. Agora solte-me, para que possamos fazer um plano para recuperar

minha espada e acabar com os Rúnicos...

 

- Quem disse que vou

soltá-lo? – respondeu Galgaris, dando um passo mais a frente,

tornando-se mais visível e mostrando ter uma superfície reflexiva a

mão. – eu disse que queria você como meu aprendiz novamente, mas não

disse qual seria seu castigo por traição...

 

- Hã? Como assim? Do que está falando?

 

Galgaris

jogou-lhe um quadrado de bronze polido, um pouco maior que mão grande,

e aumentou a chama do lampião. Seth olhou-se naquele pequeno espelho e

viu-se inteiramente recortado.

 

- NÃO! Meu rosto! Minhas orelhas! O que você fez com elas? ONDE ESTÃO MINHAS ORELHAS?

 

- Estão aí, só que mais curtas... Além de punir sua face, te deixei mais parecido com um humano, que você tanto “adora”.

 

Seth ficou num breve momento de choque, e respondeu confiante:

 

-

Eu te conheço Ghull-Garuth! – E pronunciou um feitiço. Ao final do

feitiço, Seth olhou-se novamente no espelho, e viu que continuava

deformado.- NÃÃÃÃÃO!! Não pode ser! NÃO PODE SER! Você usaria um ritual

de ilusão, pra me torturar, mas não faria isso de verdade! Não DEVERIA

fazer isso! PORQUE VOCÊ FEZ ISSO?? VOCÊ ME DESTRUIU! SEU MONSTRO!!

MALDITO!! ~*

 

- Vá se acostumando... - disse Galgaris, se afastando lentamente e sumindo nas sombras da caverna.

(Continua) 

OFF

Eu sou forçado a dar minha opinião mais sincera sobre essa história. Talvez algumas pessoas possam não concordar comigo, mas é o que penso. Essa história está EXCELENTE!!! Desde o primeiro capítulo ela conseguiu me prender. Você(s) não deve(m) em nada no que diz respeito à gramática, originalidade e ambientação, além dos dialógos lindos. Espero sinceramente que continue(m) assim.

Valeu mesmo pelo elogio, Pdrk. Fiquei feliz por ter gostado - e transmiti isso aos demais Rúnicos que ajudam a montar o quebra-cabeça que essa história é e eles ficaram muito contentes também.  ^^

Espero que os próximos capítulos te agradem tanto quanto os anteriores. É tudo muito imprevisível o que acontece porque não é uma história planejada "começo/meio/fim" (por isso a "história inacabada" da descrição). Os RPs que fazemos podem fazer virar no avesso a história, de uma hora para outra. [/heh]

 

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Só estou postando aqui porque o Pdrk teve a mesma idéia e o fez.

Gostaria de saber se o Fei e a Sailor ainda estão vivos depois da briga com o Hrymm. Na fic, o Hrymm falou que eles não estavam mais "nessa realidade"............... Eu simplesmente não entendi, há ainda alguma chance de eles ainda estarem vivos depois do confronto? Sei que você não é o Leafar e tal, mas criei alguma esperança pra falar do assunto, simpatizei bastante com o Fei conforme fui lendo as fics............

Aliás, tô adorando a fic. Começa no momento em que o diário do Fei termina, estou certo? Tô adorando ler isso, tá muito demais mesmo!

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Após falhar em procurar vestígios dos

Guerreiros rúnicos em Geffen, Galgaris saía da cidade pelo portão

oeste, ao entardecer. A ponte estava vazia, exceto por um jovem, que ao

passar perto dele, virou-se rápido e entusiasmado:

 

-Senhor! Senhor! Eu cheguei!! Finalmente eu cheguei! - disse o jovem alegremente

 

Galgaris

olhou o jovem de cima a baixo. Vestia uma armadura de madeira velha e

carregava em sua cinta uma espada, aparentemente comum. Seu olhar

vibrante e feições rosavas indicavam que ainda não era um adulto,

porém... tinha a aura de Rúnico!! Provavelmente, o rapaz foi capaz de

perceber a sua tênue aura também. Era um rapaz bastante "sintonisado".

 

-

Senhor, finalmente os encontrei! - continuava ele - Os Guerreiros

Rúnicos de meus sonhos! Não pensei que seria tão fácil encontrá-los

e...

 

- Acalme-se meu jovem - disse Galgaris com sutileza - não

fale tão alto... nós, os Guerreiros Rúnicos, não devemos chamar a

atenção. Temos muitos inimigos, e nunca sabemos quando um pode estar à

nossa espreita.

 

- OH! - disse o garoto, entendendo a cautela - Desculpe, senhor! Eu poderia estar nos colocando em perigo!!

 

-

Talvez possamos já estar. Logo, é melhor irmos para nosso esconderijo.

Venha, ele se localiza um pouco longe daqui. - Galgaris conduziu o

garoto por meio da floresta em direção à Glast Helm - me diga, jovem..

qual o seu nome e runa?

 

- Meu nome é Josué! Venho de um

vilarejo bem ao sul de Alberta. Nos meus sonhos, eu vejo uma runa que

se apresentou pra mim como Wunjo. Pelo que entendi, ela representa

conforto, prazer, sociedade e recompensa espiritual! Muito legal!!

 

- Hmmm... vejo que já sabe muito! - disse Galgaris, com interesse - Você já sabe algum encantamento? Algum amuleto?

 

-

Ainda não, senhor! Eu tentei conversar com a minha runa, mas ela só

fala comigo em sonhos.... mas sabia que devia vir pra Geffen. Aliás,

porque não estamos indo pra lá? - disse o jovem, vendo Geffen ficar pra

trás.

 

- Apenas alguns dos nossos ficam em Geffen. Certamente

as runas te indicaram o lugar mais provável para que te achássemos... e

achamos.- Galgaris forçou um sorriu, tentando parecer amigavel. Josué,

empolgado com o encontro, nem se incomodou com a estranhesa do

morto-vivo.

 

---------------------

 

Após andarem por muito

tempo, os dois "Rúnicos" chegaram a uma encosta, onde o gramado alto

era envolvido por neblina e a copa das árvores tampavam a luminosidade,

tornando o ambiente sombrio e com pouca visibilidade.

 

 

- S-senhor... como sabe aonde estamos indo? - perguntou o garoto, um pouco temeroso.

- Sabendo, meu caro. Você não sente o poder rúnico no ar? Ele indica o caminho...

 

- Ah, sim, claro!! Agora que você falou... - disse Josué, embora não sentisse nada - A propósito, senhor, qual seu nome?

 

- Me chame de Galgaris. Eu avalio a capacidade dos Rúnicos e o que eles sabem.

 

- Noooooosssaaa! que legal. Você acha que eu sou forte?

 

-

Aparentemente é, mas seus equipamentos são ruins... - disse Galgaris,

apontando ao garoto uma entrada escondida nas pedras - Venha!

 

-

São ruins? - O garoto entrou na caverna após Galgaris. A passagem ficou

muito escura, e Galgaris, com alguns gestos e palavras, encantou uma

pequena pedra com luz. O garoto viu então inúmeros rituais incrustados

nas rochas das paredes, e quanto mais adentrava por aqueles corredores,

mais cansado ficava, dando a impressão que o peso do mundo estava em

suas costas. - nossa.. o que está acontecendo? - reclamou ele.

 

-

Encantamentos de defesa... há muitos outros, mas como você está comigo

não terá problemas, então não se preocupe. Me entregue essa sua espada

velha. Providenciarei outra pra você assim que chegarmos no

esconderijo.

 

- Sim, sim... - o garoto entregou sua espada sem

pestanejar. Sua mente queria apagar e mal aguentava andar de tanto peso

que sentia. Galgaris parecia indiferente a toda aquela opressão. -

Galgaris... porque.. você... não sofre nada? ai...

 

- Eu estou

protegido por itens. - mentiu Galgaris. As magias não o afetavam por

ser o próprio evocador delas - Você receberá os seus assim que

chegarmos.. vá com calma. - e arremessou a espada em meio a escuridão.

 

Depois

de muito andarem naquelas cavernas escuras e úmidas, Galgaris e Josué

finalmente chegaram à um alargamento da caverna com tochas e

luminosidade. Mesas e estantes repletas de pergaminhos decoravam-no.

Numa das mesas havia um estudioso ruivo, de cabelos compridos, que lia

atentamente um destes pergaminhos, que ao perceber a entrada de DUAS

pessoas na saleta, olhou assustado para a entrada.

 

- Mestre Galgaris! - disse o estudioso, com uma breve reverência com a cabeça - Quem é ele? - apontando para Josué.

 

-

Ele é um novo Rúnico, Passadina. Ainda não encontrou nenhum dos outros,

e eu o trouxe aqui para tomarmos os devidos cuidados. - Respondeu

Galgaris, com um ar severo.

 

- Ah, entendi, mestre! - sorriu Passadina.

 

- Josué, este é Passadina Jones. Um dos nossos. Em breve você terá a chance de conhecer outros Rúnicos.

 

- Muito prazer, Passadina! - disso o empolgado garoto, apesar de ainda estar cansado.

 

- Mestre, quer que eu providencie alguma coisa? - disse Passadina.

 

-

Um daqueles panos. Um grande. - respondeu Galgaris,enquanto tirava a

espada Abismo do ritual dedicado em seu corpo. - Veja Josué! Disse ele,

chamando a atenção do garoto - Está é a Espada de um campeão. O que

acha dela?

 

 

Josué ficou boquiaberto. A espada de lâmina

negra possuia um aspecto entrópico, mas parecia muito poderosa. Ela

despertava tanto medo como admiração.

 

 

- Senhor, esta espada será minha? - perguntou ele, fascinado.

 

-

Sim, após sua nomeação... - disse Galgaris, enquanto Passadina estendia

uma espécie de lençol rubro no chão. - Venha! Ajoelhe-se, Wunjo!

 

O Garoto ajoelhou-se sobre o lençol afoito. Finalmente seria um Rúnico de verdade!!

 

-

Pelos poderes à mim concedidos, executarei a tarefa que me cabe... -

disse Galgaris, colocando a pesada lâmina da espada sobre o ombro

esquerdo de Josué. As chamas azuladas desta começaram a tremular e um

frio enorme percorreu o corpo do garoto - Quero que você, Josué, não se

esqueça do que aprenderá hoje.

 

- Sim, mestre Galgaris!! - disse o garoto, de cabeça baixa e ajoelhado, quase em extase.

 

-

Não seja tão tolo da próxima vez. - Galgaris girou a Espada

rapidamente, decapitando o garoto. Antes do corpo atingir o chão,

Galgaris já chamava seu aprendiz - Passadina, veja.... assim se formam

as runas na espada Abismo.

 

 

Passadina olhava atentamente a Runa Wunjo formando-se na lâmina, quando Galgaris recolheu a espada novamente e ordenou:

 

 

-

Enrole e jogue no fosso. Eles nem darão falta deste. Depois quero

conversar sobre seu tal encontro com o Rúnico. - Galgaris deu-lhe as

costas e saiu pelos corredores da caverna novamente, indo rever seu

velho aprendiz aprisionado.

 

 

OFF

 

 

Só estou postando aqui porque o Pdrk teve a mesma idéia e o fez.

 

Gostaria de saber se o Fei e a Sailor ainda estão vivos depois da briga com o Hrymm. Na fic, o Hrymm falou que eles não estavam mais "nessa realidade"............... Eu simplesmente não entendi, há ainda alguma chance de eles ainda estarem vivos depois do confronto? Sei que você não é o Leafar e tal, mas criei alguma esperança pra falar do assunto, simpatizei bastante com o Fei conforme fui lendo as fics............

 

Aliás, tô adorando a fic. Começa no momento em que o diário do Fei termina, estou certo? Tô adorando ler isso, tá muito demais mesmo!

 Se estão vivos?

*musiquinha de suspense*  Você nem imagina como! [/heh]

O Hora Zero, realmente faz o link com o que está acontecendo nesse aqui sim. Eu, a Sailor e o Rafa sempre ficamos em contato quando ele estava escrevendo exatamente porque ele estava lidando com a história dos nossos dois personagens. E o confronto com o Hrymm realmente acontece, conforme foi descrito pelo Rafa. Mas eles conseguem se safar, em breve a gente mostra como (a aí o link das duas histórias é desfeito novamente, já que os Rúnicos perdem o contato com a OD depois do confronto). Mas vocês não ficam livres dos Rúnicos tão cedo.. [/heh]Quanto ao diário... bom... existem alguns outros registros que não foram colocados no tópico do Diário (inclusive alguns bem.... eu diria, censurados, já que o Fei apronta algumas com a Sailor [/heh]). Estou pensando em ver se algum moderador re-abre o tópico ou se começo ele do zero de novo, para continuar o diário do ponto em que parou. Apesar que, em algum momento, ele também vai se encerrar abruptamente, porque em ON até os dias de hoje, o diário permanece com o By-Tor. E sabe-se lá quando o Fei vai conseguir ter acesso novamente a ele - ou lembrar que está com o Tor. [/heh] Fico feliz por estar gostando! Vem bem mais encrenca por aí! XD

  

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- Então voxê desxeu lá, hein, elfa... - um

homem se aproximava de surpresa de uma elfa de longos cabelos azuis,

que ficava observando o horizonte, num campo florido.

 

- Ahn... desci sim, Vesgo...

 

- Eu entendo shua preocupaxão.... mas tome cuidado. Se xouberem que você interferiu com os vivosh...

 

- Bem... o seu discípulo maluco interfere até no mundo dos mortos, acho que posso fazer exceções tb - olhou meio emburrada.

 

-

Shim, shim, é claro... eu não me importo com isho, e acredito que elesh

preshizam de nosha ajuda... aquela beshta do seu filho não lê o diário!

Há váriash coijas para aprender lá! Coisas que a beshta do meu

dishcipulo não aprendeu...

 

- O meu filho teve que enfrentar uma

horda de inimigos e vc quer q ele fique lendo suas descrições de

caligrafia terrível? - a elfa olhou feio para o arqueiro - aliás, por

esse motivo q ele acabou em Amatsu, olha só...

 

- Hmmm... - o arqueiro deu uma "pescoçada" para onde ela estava apontando - ele está no caminho sherto, oras!

 

-

Não sei se o caminho dele está tão certo assim... ainda mais tendo

contato com aqueles homens... - suspirou, desanimada - ele não vai

querer saber de continuar o aprendizado da cura Rúnica assim...

 

-

Ele vai she encontrar com a outra parte da familia, minha cara

Alesshea... Isho shignifica aprendizado. Quanto maish ele aprender,

maish condishões ele terá para enfrentar Ghull-Garuth... aliásh...

voshê encontrou-she com ele?

 

- Com Ghul Garuth? - Alessëa estranhou a pergunta.

 

- Shim, shua beshta. Quem voshe acha que me matou? O Papai Noel? - dá um pedala na elfa.

 

- Por que eu o encontraria, seu... vesgo?

 

- Não shei... já que voshê dessheu até lá, haveria grandes chanshes de encontrá-lo...

 

-

O que eu reparei é que todos os Rúnicos estão numa grande ameaça por

ele ter ressurgido... vc deveria ter alertado eles antes...

 

- Eu iria alertar elesh DURANTE... mash não deu sherto

 

- Aquele seu diário tem algo sobre o que houve com a gente pelo menos?

 

- Hmmm não lembro....

 

-

Infelizmente mais uma runa está de posse do Gull Garuth agora... e isso

nao vai ser bom... acho que... seria bom começarmos a interferir mais

no mundo deles, caso contrário.......

 

- Não... Ghull Garuth

não está podendo ujar todosh osh sheus poderesh no mundo fíjico, e

eshtá bem maish fraco... porém... eshtá muito maish eshperto e

calculishta o perigo de interferirmos é encontrarmosh ele...

 

- Então... a gente só vai ficar olhando ele matar Rúnicos, um a um? Eles mal sabem por que são Rúnicos...

 

- Claro que não, shua beshta1 eu disshe pra não encontrarmosh... não 'não interferir" ... porém, isso deve ser um shegredo!

 

- Mas... o Fei nem sabe quem eu sou, nao tem problema de me encontrar...

 

- O que voshê shugere?

 

- Hum... temos que arrumar uma forma de interferir... já impedi que Dagaz viesse para nosso lado..

 

-

Dagash também aprenderá muito com o cumpadre de sheu esposo - o

arqueiro acenava positivamente - mash she ela mantiver esha poshtura

impulshiva frente ao Ghull garuth, ela morrerá shem ajudar os

Rúnicosh...

 

- Mas... infelizmente aquela garota peca de ter a

ingenuidade de uma criança de 5 anos... - Alessëa dizia, olhando para o

alto, como se não acreditasse.

 

- Por isho meu dishcipulo eshtá entre eles... ele é mais shafado quem 100 homensh!

 

-

Ela pode ser facilmente persuadida pelo Ghull Garuth... é só... arrumar

um bichinho de pelúcia novo pra ela... - e pensou - "ai, cada uma que

meu filho arruma... só pode ter sido o gene humano do pai dele..."

 

- Isho é um problema...o pobre Jojué era como ela...

 

-

Eu não sei como ELA ainda está viva... aliás, sei bem... culpa daquele

parente estranho dela.. que por sinal, está com a posse da espada que

deixei de herança pro Fei...

 

- Aquele homem pode sher a shalvação delesh... por enquanto. Antes com ele do que com sheu irmão!

 

-

Eu realmente espero que seja a salvação, vesgo... porque ele não

aparenta gostar muito do Fei... e se ele quiser brincar com aquela

espada... sabe... mentes fracas como a dele seriam facilmente

dominadas...

 

- Shim, ele é muito perigoso... mas como eu

dishe, she a espada estiveshe com Seth, teríamosh o dobro de

problemash. Num confronto direto, Ghull-garuth deve vencer Seth, memso

com a eshpada, mas não digo o meshmo daquele homem. O grande problema é

que Seth está novamente sob custódia do monstro

 

- E é facilmente manipulável... meu irmão é um imprestável mesmo...

 

- Aliás, esha é outra ameaça! Ele já posshui dois aliadosh...

 

-

O problema é que mais runas negras estao sendo despertadas... sinto a

presença de pelo menos duas... mas... ainda não sei quais são...

 

- Eles são disshimuladosh, os malditosh!! E colocaram os Guerreirosh Rúnicosh em perigo. O cumpadre de Fei foi atacado.

 

-

Aliás... que diabos foi aquele poder emanado do By-Tor? Não sabia que

Othala possuia tal força... ou será que não é da runa dele?

 

- Aquilo não me pareshe Othala... acho que não... pareshe um poder pesshoal. ele não é de rune Midgard, é?

 

- Não... ele veio daquelas terras estranhas onde o Fei veio...

 

-

Talvesh nash terrash dele todosh sejam asshim... ele me pareshe

perturbado com o ocorrido. ele pode sher tão inshtável quanto o parente

da Dagash

 

- Deuses... esses novos Rúnicos são todos problemáticos...................

 

- Shim... realmente, asho que shó shurgiram por neshecidade absoluta!

 

- O que o meu filho está fazendo no meio deles? - Alessëa não se conformava.

 

-

Sheu filho é o mais tapado de todosh e voshê tenta protegê-lo ainda?

Malditos shejam exes elfos que não ganham shabedoria com a idade! A

shabedoria deve vir com a velhice, e não com a idade por issho os elfos

não ficam shábios!

 

- Ei!! Meu filho aprendeu até a curar

facilmente... não é igual o seu discípulo que demorou anos e ainda não

sabe nem acertar uma flecha no lugar certo!!

 

- Voshê chama

aquilo de cura? Se eu cuspisshe na Dagaz eu teria curado mais que ele!

Lembra-se de nossho curandeiro, o outro Algiz? Ele quase trajia pessoas

mortash a vida! Aquilo é curar! - o arqueiro deu uma pausa e suspirou -

e o Claragar... bem.. ele realmente não aprendeu nada... - girando os

polegares e olhando pra cima - porém ele estava lá quando seu filho

precisou!

 

- Ele aprendeu a ser um lider bom... líderes sempre morrem - ironizou a elfa - nisso ele tem vantagem...

 

-

Shim... Ansuz teria uma diarréia she shoubesshe que o maish apto a sher

um "líder" é um bardo que mal shabe amarrar osh shapatos... -

imaginando o Claragar erguendo o banjo para o alto no campo de batalha

e gritando "Rúnicos! em formação!". Em seguida, põe as mãos no rosto e

lamenta.

 

- O grande problema é... eles são os guerreiros que

temos agora... e se não forem eles que enfrentarão e deterão Ghull

Garuth... ninguém mais vai.. e infelizmente... eles não sabem quem ele

é...

 

- Shó podemosh prepará-los pro que vai vir....

influenshie os shonhos de sheu filho pra ele ler o diário e ENSHINAR

osh outrosh que shão um bando de deshnorteadosh

 

- Sim... farei isso... ao menos Dagaz já aprendeu a escrita rúnica...

 

- Shim, isho é um ótimo iníshio...

 

- Mas... agora a pergunta que fica é: quais são os planos futuros de Ghull Garuth?

 

- Shó o tempo dirá...

 

 

OFF

 

 

Apresentamos

dois Rúnicos da "primeira leva" que foi extinta há muito tempo de

RuneMidgard quando o poder rúnico foi selado: Arqueiro Vesgo (mestre do

lendário bardo, Claragar) e Alessëa (a mãe de Fei). Agora eles ficam

dando suas opiniões e discutindo do mundo espiritual (afinal, quando o Vesgo morreu, muita gente sentiu falta da sua "infindjável xabedoria" [/heh])...

 

Uma

coisa... apesar deles estarem cientes do que acontece no mundo "dos vivos", eles não podem

interferir diretamente nas ações dos Rúnicos atuais - por exemplo, revelar os

planos do Galgaris. Existe um bloqueio para esse tipo de interferência.

O que eles podem fazer é apenas dar dicas ou empurrões - tipo o

empurrão que Alessëa fez ao revelar as palavras de cura rúnica para o

Fei, que já tinha o dom. E se alguém teve dificuldade de entender o Vesgo, basta pensar em alguém bêbado e travando a língua - não que ele seja, mas que parece, parece! *não encontrou uma definição melhor* [/heh] 

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"Após os primeiros dias meio

tempestuosos aqui nesse lugar, parece que as coisas começaram a se

acertar. Esses discípulos do Kai não tem me acertado... err... tanto...

e isso está evitando problemas maiores com a Sailor também, já que não

chego tão estourado depois de um treino com eles.

 

É realmente um

estilo interessante de luta a que eles utilizam. Misturam técnicas de

espada com arte de desaparecer nas sombras... fora aquelas adagas e

outros acessórios para arremessar a distância. Bah, quem era craque

para arremessar garrafa na cabeça dos outros na taverna adquire uma

habilidade dessas com facilidade.

 

Mas essas últimas noites

estou tentando aprimorar outra coisa. Aquelas palavras que surgiram na

minha mente aquele dia em Glast Heim que me ajudaram a salvar a Sailor

não me saem da cabeça. Então, eu fico me concentrando, na tentativa de

conseguir a façanha novamente. Espero a Sailor dormir, e sutilmente

encosto minhas mãos naquele ferimento horrível que o elfo idiota causou

e mentalmente eu recito aquelas duas palavras: "Obsu Vulni".

Infelizmente, nessas últimas noites que fiz isso, não vi resultado

algum, já que perdi a consciência em todas as vezes.

 

Parece

que a energia do meu corpo todo se esvai imediatamente. Não sei ao

certo o que está acontecendo. Por que não está funcionando? Quero

aprender isso de uma vez, pois é uma habilidade extremamente útil. Bem

que aquela elfa poderia aparecer de novo para me ensinar direito isso...

 

Enquanto isso, continuarei tentando..."

 

Por

mais uma noite, Fei se aproximou de Sailorcheer enquanto dormia e

resolveu "treinar" aquela habilidade deveras estranha que ele parecia

haver aprendido. Aparentemente não havia conseguido mais um sucesso

similar àquele de Glast Heim, mas mesmo assim ele não desistia. Mais

uma vez, porém, assim que evocou a estranha cura, caiu enfraquecido ao

lado de sua amada.

 

Sailorcheer acordou com o barulho feito

pelo Rúnico, com os olhos arregalados e tentando encontrar suas

katares. Quando reparou que era Fei que estava estirado no chão,

imaginou que ele estava apenas dormindo e resolveu acordá-lo.

 

Inicialmente,

Fei achou que tal magia havia funcionado novamente, exatamente pela

garota ter acordado. Mas assim que reparou na situação, viu que mais

uma vez havia falhado.

 

- Droga... o que será que estou errando...? - pensou alto, deixando a garota curiosa.

 

- Errando o quê?

 

- Ahn... você... não se lembra do que houve em Glast Heim após ter sido ferida pelo elfo?

 

Fei

tentou clarear a mente de Sailorcheer que não se recordava de nada após

o golpe, explicando que ela havia quase morrido em seus braços.

 

- Você não se lembra quando eu evoquei aquela magia... ou sei lá o que... e não deixei que você morresse?

 

- Ahn... você virou mago, Fei? - Sailorcheer disse com uma expressão de surpresa.

 

- Mago?! Você tá louca?! Desde quando estou soltando rainho da mão?

 

- Ahn... magos que fazem magia, ué - disse a garota, visivelmente sonolenta por ter sido acordada aquela hora da noite.

 

- Ué... será que eu virei mago e não sei? - Fei ficou na dúvida.

 

- Virou? - a garota deitou de novo e ficou olhando pra ele deitada.

 

- Não sei... olha só isso...! Eu aprendi esses dias!!!

 

Sailorcheer

olhou curiosa para o Rúnico que respirou fundo, se concentrando e

começou a dizer algumas palavras em rúnico. A garota piscou os olhinhos

quando reparou que as duas mãos de Fei emanaram um brilho azul, muito

fraco, à medida em que Fei foi fraquejando e caindo novamente ao seu

lado. Sailorcheer tomou um leve susto, tentando acordar Fei.

 

- Você tá bem?

 

- Ouch... isso dói mais que a voz do bardo - ele passou a mão na cabeça, sentindo dor.

 

- Err... sua mão brilhou azul...

 

-

Ahn... é? Então estou quase lá! Foi isso que aconteceu em Glast Heim...

só que... ao mesmo tempo... te curou de alguma forma... mas... eu não

apaguei assim em seguida...

 

- Me curou? - Sailorcheer estranhou o que Fei havia dito.

 

Fei

explicou exatamente o que houve na masmorra. O desespero que ele passou

e o momento em que a elfa que ele não sabia quem era ensinou aquele

"truque" de curar.

 

- Parece q ela é meio morta... tipo o

bardo, que fica andando entre mundos - Sailorcheer arrepiou só de

pensar. - Mas daí ela me ensinou esse treco e... eu virei mago... - Fei

se surpreendeu com a "descoberta".

 

- Parece que sim, Fei...

 

- Hum... será que consigo soltar bola de fogo com as mãos também? Vou tentar qualquer hora...

 

Sailorcheer

conteve a empolgação do rapaz, fazendo-o se acalmar e descansar por

hora, já que aquilo tinha feito a cabeça dele explodir em dor. Ele

aceitou, dizendo que assim que voltassem para Geffen, iria pesquisar

mais sobre magia para que dominasse aquela técnica, já que

provavelmente teriam informações àquele respeito.

 

Do lado de

fora do quarto, Kai ficava atento à tudo que estavam falando. Quando

resolveu sair de sua posição, mantinha uma expressão indignada e

acenando negativamente.

 

- Mago? Qual é o problema dele? 

(Continua...) 

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Galgaris se aproximou devagar, em meio à

escuridão da caverna, olhando de longe seu prisioneiro, o elfo Seth

Alcalimë, agora “multilado” e sem alimento por dois dias.

 

- Sei

que você está aí, "Galgaris"... – disse Seth, num tom de voz cansado,

olhando para a parede sem se mover – Eu ouvi seus passos.

 

-

Apesar de tudo ainda se mantém atento. Isso é ótimo. – disse Galgaris,

observando-o. – Ainda não enlouqueceu. Pensei que essa situação o

deixaria insano.

 

- Você subestima minha mente, Galgaris... –

disse o Elfo, no mesmo tom de voz – Mas não vou desafiá-lo. Porque você

não se aproxima e senta-se ao meu lado? – Seth olhou maliciosamente

para o guerreiro.

 

- E porque eu faria isso?

 

- Por que

você NÃO faria é a pergunta – sorriu o Elfo – Já percebi que todas as

vezes que você vem, você não ultrapassa essa fileira de pedras, que

está um pouco à sua frente. Isso quer dizer que exatamente nessa

fileira está o limite do seu maldito ritual de Zona Morta pra impedir

minhas mágicas Rúnicas e arcanas! Isso quer dizer que se você entrar

aqui, você não pode usar seus amuletos, e é provável que seu próprio

corpo mágico se desfaça! Logo, eu posso fazer o que eu quiser aqui

dentro que você não tem como vir aqui me impedir ou me matar!! – Seth

levantou-se e começou a se debater, tentando arrancar as correntes da

parede de pedra.

 

Galgaris olhou para o Elfo pensativo.

Abaixou-se e pegou uma pedra qualquer, do tamanho de um punho, e

arremessou com força a poucos metros de Seth, fazendo-a espatifar-se em

pedaços. O Mago olhou surpreso para o morto-vivo, como se não esperasse

tal atitude.

 

- Sei que você se acha muito inteligente, e eu sei

que você realmente é, mas não subestime o meu intelecto. Só porque não

posso lançar feitiços ou golpear-te com a espada não quer dizer que eu

não possa te matar.

 

Seth encarou Galgaris mais uma vez e a face

inexpressiva do Guerreiro irritava-o ainda mais, mas tinha a noção que

sem suas mágicas e com a força daquele projétil, ele realmente poderia

acabar sendo morto a pedradas. Ou seja... de volta a estaca zero.

 

-

Entretanto, meu caro – continuou Galgaris – suas deduções merecem

recompensa. Trarei algo para ti. – o Guerreiro voltou ao corredor de

onde saíra, desaparecendo nas sombras da caverna. (Continua) 

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Nossa! Reprise dos relatos do tio da Sailor!! Porquê o reprise?

Eles (Fei e Sailor) terem se safado teria a ver com o novo mundo que abre a partir da destruição de Morroc?

Pra mim, os Rúnicos foram literalmente EXTERMINADOS na treta com o Hrymm, e Fei e Sailor foram os únicos sobreviventes. Na última vez que vi a sua sig, gerei outra dúvida: Eles vão TRANSCEDER nessa volta por cima? Já devo imaginar o Fei, meio Lorde, meio Sumo-Sacerdote. Seria insano.

Quanto ao By-Tor, queria ver se ele sobreviveu ao tranco do Passadina, ele estava muito debilitado no fim da parte dele, morrendo praticamente. Esse cara é muito interessante.

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Galgaris saiu do corredor de pedra onde o

elfo e mago Seth Alcalïme estava preso. As deduções do elfo seguiam

exatamente os rumos que foram planejados. Os calculos estavam perfeitos!

 

O

Morto-Vivo se direcionou à outra caverna, onde Passadina Jones, o seu

discípulo nas Artes Rúnicas, estudava compulsivamente. Sua fome pelo

saber era muita, bem como suas motivações, mas Galgaris sabia que ele

havia cometido um erro.. e um erro muito grave.

 

- Passadina. Quero que você me conte agora sobre o que ocorreu com Rúnico By-Tor. - disse Galgaris, em pé ao seu lado.

 

-

Sim, mestre! - disse Passadina, um pouco contrariado por não poder

terminar de ler o livro que estudava. - Por onde quer que eu comece?

 

-

É obvio que você falhou em sua armadilha, pois você não me trouxe ele

vivo. Comece do planejamento, e eu te direi onde você errou.

 

 

Passadina não se sentiu bem com aquele comentário. Não havia mudança no

tom de voz, na expressão, ou no olhar de Galgaris ao reprovar sua

atuação. O Morto-vivo não possui expressão, isso ele já sabia. Sabia

também que os sorrisos ou estranhamentos que ele expressava era

forçados, para enganar os próximos. Apesar de achar que deveria estar

acostumado, ele não estava. Aquilo era perturbador.

 

-Bem,

mestre... Eu controlei o monge Rúnico, conforme o senhor havia me

instruído, e pensei em usá-lo para atrair outros Rúnicos para a

armadilha. Como eu estava observando o tal By-Tor, achei que ele seria

a vitima ideal. Ele parece fraco e muito amigo do Fei, e estava

procurando por ele... Achei que era o momento certo pra atrair ele para

uma armadilha. Fiz o monge ir de taverna em taverna, fazendo um caminho

longo pra distrair o Rúnico, e coloquei os bonecos com os amuletos

ilusórios para apanhar dele, evitando assim problemas com a guarda. O

monge seguiu os amuletos que deixei para ele e levou o Rúnico até o

local de combate, onde deixei tudo preparado. O tal By-Tor foi preso

pelos amuletos, sentindo dor e prendendo as forças, ficando

perfeitamente encurralado, conforme previ... só que... – hesitou

brevemente Passadina, olhando Galgaris com seus olhos amarelados fixos

nele.

-... Só que aconteceu algo inesperado. Enquanto eu contava pra

ele o que eu havia planejado, surgiu uma estranha energia negra em

volta dele e ele atravessou a prisão mágica, me agarrando. Ele falava

numa língua que não conheço, mestre, e tinha asas de morcego saindo de

sua cabeça e olhos negros! Eu consegui me soltar e reforcei a barreira,

mas ele ainda assim conseguiu rasgar meu encantamento e se soltar. Daí

eu fugi antes que ele me atacasse.

 

-E o que aconteceu com ele depois disso? – perguntou Galgaris.

 

 

-Não sei, Mestre. Eu surgi nas florestas de Payon, e voltei para cá.

 

-Bem,

como eu disse, eu irei dizer onde você errou. Você errou no momento que

decidiu agir, e a partir daí cometeu outra série de erros, todos

baseadas em suas avaliações: Você se refere ao “tal” By-Tor, o que quer dizer que você não tem familiaridade o suficiente para fazer um bom plano contra ele. “Ele parece fraco”, “Eu achei que era o momento certo”, “aconteceu algo inesperado”...

suas falas mostram incerteza nos detalhes e que você não pensou o

suficiente na hora de criar os planos. Você partiu do pressuposto que é

mais forte que seu oponente que mal conhece e não tinha um plano

secundário. Além disso, você contou como você age, um erro grave. Agora

ele está livre e a menos que você mude seu modo de agir, ele saberá

prever o que você faz. E pior: agora ele sabe que um inimigo existe e

tomará mais cuidado. Você falou sobre mim ou sobre as runas?

 

-N-não, mestre.. quer dizer... eu falei algumas coisas... sobre as runas, mas acho que ele não vai se lembrar de nad...

 

-Você não ACHA nada...

tenha certeza do que faz! – Galgaris forçou uma mudança em seu tom de

voz, para que Passadina percebesse que aquilo ela uma severa repreensão

- Você pode ter dificultado minhas ações em mil vezes por conta desse

fracasso. Você tem muito a aprender ainda.

 

-Mas mestre, você disse pra eu fazer isso! Eu tive que fazer sozinho e....

 

-Eu

não disse para você ataca-lo, Passadina. Disse que deixaria você

responsável pelo monge e que deveria usa-lo para conseguir o que puder

do homem chamado By-Tor. Te dei liberdade total para investigar, não

agir.

 

-Desculpe, mestre, eu...

 

-Você deve conseguir um

refúgio na república ao norte de Rune Midgard e conseguir todas as

informações possíveis daquele lugar, pois eu o desconheço. -

interrompeu Galgaris - Descubra sobre as principais cidades,

personalidades, influências, política e sociedade. Descubra as relações

com os reinos vizinhos. Mantenha-se oculto. Pesquise nas bibliotecas se

há algo sobre nossas runas. Você será meu contato lá. E lembre-se de

seu erro: excesso de confiança.

 

-Sim, mestre... e.. quando poderei voltar para cá?

 

-Quando eu achar conveniente. Mandarei alguém te encontrar mensalmente.

 

-Mas... o senhor não me ensinará mais nada?

 

-Ensinarei

quando for te encontrar. E isso ocorrerá se fizer seu trabalho direito.

Você é um estudioso, saberá fazer isso perfeitamente. Mais alguma coisa?

 

-Mestre... esse é o amuleto do monge Rúnico – disse Passadina, estendendo um rosário. Galgaris o apanhou e perguntou:

 

-Onde você deixou o monge?

 

-Em Payon, senhor.

 

-Eu

cuidarei dele. Agora, vá. Preciso cuidar do prisioneiro e deste

rosário. – Galgaris seguiu pelos caminhos que levam para fora da

caverna, em busca de concretizar seu próximo passo em relação à Seth. 

OFF

 

Nossa! Reprise dos relatos do tio da Sailor!! Porquê o reprise?

Eles (Fei e Sailor) terem se safado teria a ver com o novo mundo que abre a partir da destruição de Morroc?

Pra mim, os Rúnicos foram literalmente EXTERMINADOS na treta com o

Hrymm, e Fei e Sailor foram os únicos sobreviventes. Na última vez que

vi a sua sig, gerei outra dúvida: Eles vão TRANSCEDER nessa volta por

cima? Já devo imaginar o Fei, meio Lorde, meio Sumo-Sacerdote. Seria

insano.

Quanto ao By-Tor, queria ver se ele sobreviveu ao tranco do

Passadina, ele estava muito debilitado no fim da parte dele, morrendo

praticamente. Esse cara é muito interessante.

*cai da cadeira ao perceber a falha crítica em postar* Deuses... eu não creio que coloquei o mesmo capítulo aqui de novo. Desculpem MESMO pelo equívoco. O problema foi que eu estava com um outro arquivo na faculdade, em ordem diferente de ONs do que eu uso aqui e acabou passando isso (e como estou postando isso em pelo menos 4 lugares diferentes, aí já viu). De qualquer forma, eu já arrumei. O post anterior foi editado e a primeira parte desse capítulo do Galgaris foi colocado no lugar. >

Quanto as dúvidas, o Fei, Sailor e outros Rúnicos se safam por outras razões, não tem a ver com a destruição de Morroc, não. O poder das runas e rituais  rúnicos pode ser mais forte do que aparenta, hehe. Mas vamos explicar isso direitinho. :)Em relação à sig... seria aquela que tem uma "historinha" ou essa:http://img245.imageshack.us/img245/1580/signovaotrohm5.jpg

De qualquer forma... bom, transcender como ocorre no jogo dificilmente acontece com os Rúnicos também. Se eles mudam de "classe" e tudo mais, é explicado em termos menos... "místicos", digamos assim (não achei a palavra certa). Mas o Fei meio lorde meio sumo-sacer... hehe, mistura explosiva. Afinal, ele já aprendeu o dom da "cura rúnica" (que também difere daquelas usadas por sacerdote mesmo)... mas agora ele perdeu a espada que lhe dava confiança em lutas (essa espada que ficou com o Sigfried tem um poder meio macabro para quem a possui. Praticamente o "um anel" - dá para perceber pelo Seth, né?) . [/heh]O By-torrrrrr rrrrealmente é interrrrrressante. Em breve novidades do nosso "amigón" aqui também. [/heh]

 

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[OFF]  Minha nossa! Um fã do By-Tor! huahuahuahuahuahua. Tinha que vir comentar... Poucas pessoas gostam dele... Talvez porque eu deva trabalhar mais ele. Mas geralmente é lembrado por ser amigón do Fei e por seu inconfundivel sotaque alemón.Mas quanto ao que houve com ele... Hmmm Hmmm... Postado pelas palavras dele:

emborrrra pouco uzado porrrrr minha jogadorrrra, eu ainda tenho amigos em Rrrrune Midgarrrrd e assim esperrrro que eles lembrrrrem que me devem favorrrrres. Essa oporrrtunidade que me encontrrrro é perrrrfeita prrrra cobrrrrarrr eso. Entón, logo o Fei posta o que acontezeu comigo, mas como pode rrrreparrrrarrrr ainda estou vivo e bem - nón que eso tenha te emporrrrtado em algum momento.  Era isso e logo eu mando mais historias dos rps do Tor pro Fei postar \o/ 

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 Mais de vinte e quatro horas passaram desde que Galgaris falou que

trazia algo para ele. Embora estivesse concentrando-se e resitindo como

podia à privação de água e comida, em breve Seth acabaria fraquejando.

Essa situação, somada a humilhante idéia de que teve seu rosto

multilado não era muito esperançosa, exceto por um detalhe: Seth estava

"jogando" com Galgaris, e até agora estava ganhando... ou pelo menos,

parecia que estava.

 

"Maldito seja, Ghull- Garuth" - pensava

Seth, sentado na rocha fria - "Em breve vencerei seu joguinho e darei

cabo de você no mesmo lugar das árvores brancas... Árvores Brancas? Do

que estou falando?" - Seth abriu os olhos e esfregou a testa, tentando

focar-se. Seus pensamentos estavam começando a se misturar com delirios

insanos, o que tonava aquela caverna-prisão um lugar ainda mais

incômodo. Não havia mais óleo no lampião e a escuridão, somada ao

constante som do gotejar de água nas paredes, era enlouquecedora-

"Galgaris, cadê você? Me solte logo..."

 

Os pensamentos do elfo

Seth Alcalimë foram direcionados para o som de passos distantes. Um

humano jamais ouviria sons tão baixos. Eram cinco homens? Talvez

quatro! Espere! Dois humanos e um cavalo. O que um cavalo está fazendo

dentro da caverna? O cavalo só tem três patas. Ele está ferido e vão

trazer ele aqui para eu cuidar. Tenho que colocar uma pata nele. Droga,

já disse a eles que odeio cavalos. Mandarei o bastardinho fazer isso

por...

 

-Seth? - interrompeu a seca voz de Galgaris - O que aconteceu com você?

 

 

Seth se esforçou para abrir os olhos que ele pensava já ter aberto. ele

estava deitado no chão, exausto e reconhecia a sua caverna-cela aos

poucos. Não havia cavalo nenhum, nem mesmo outros homens. Em sua frente

estava apenas Galgaris, segurando um objeto em cada mão. O Lampião foi

aceso novamente, e sala estava mais clara. O elfo esforçou-se para

levantar, mas acabou ficando sentado. Sentia tremedeira e fraqueza, mas

sabia que conseguiria suportar. Ou pelo menos, acreditava que

conseguiria.

 

- Trouxe comida e água pra você, como recompensa

por suas deduções. - Galgaris se aproximou do limite do círculo de

pedras e empurrou uma cumbuca com comida e uma jarra com água. Ainda

estava longe do prisioneiro, mas ele certamente poderia alcançar

 

 

- Como saberei que a água não está envenenada? - protestou Seth,

esticando-se para alcançar os recipientes. - como saberei que não é uma

armadilha?

 

- Você não saberá, Seth. Eu te digo que nada aí está envenenado, e você deve confiar em mim. Apenas isso.

 

 

O elfo encarou Galgaris, mais por desolação que por ódio. O Maldito

morto-vivo estava certo, e se quisesse recuperar as suas famigeradas

espadas, teria que sobreviver àquilo. O mago respirou fundo e bebeu a

água. Devagar e pausadamente, sentindo cheiro e sabor... aparentemente

tudo normal... e era a água mais gostosa que já bebeu, tamanha era sua

sede. Logo avançou sobre a refeição - eram grãos cozidos e um pedaço de

carne - extremamente saborosos! Enquanto Seth comia, Galgaris comentava.

 

 

- Por um instante, achei que você acabaria morrendo se ficasse tanto

tempo sem água ou comida, mas vejo que mais resistênte do que era

antigamente. A idade te fez bem... - Seth apenas o olhava de vez em

quando, voltando sua atenção novamente à comida que logo acabaria. -

... Parece estar gostando da comida... os grãos eu roubei de um

viajante que fazia sua comida, mas a carne fui eu quem preparou. Como

não sei fazer os rituais que vocês fazem antes de comê-la, imitei o que

já inha visto e deixei ela queimando no fogo...

 

- E porque não obrigou o viajante a preparar? - questionou Seth, acabando de comer.

 

- Porque a carne que você comeu era dele. Espero que não se importe de canibalizar alguém...

 

Seth prendeu a respiração para não vomitar. Só podia ser mentira! Maldito rosto de morto-vivo que não tinha expressão!

 

- Você matou um Elfo ?!? -

 

 

- Não encontrei um elfo puro, isso é difícil hoje em dia, mas encontrei

um meio-elfo. Assim teria a mistura de carne 'sua' com a carne dos

'impuros' humanos, como você diz...

 

- Seu... INSANO! - Seth

tentava controlar a raiva, a frustração e o nojo... o que era pior?

comer a carne de impuro ou de sua própria espécie? Deveria vomitar? E

se ficasse sem comida novamente? Ele sabia que precisava suportar. Ele

PRECISAVA suportar...

 

- Voltarei aqui pela manhã. Esteja vivo até lá. - Galgaris deu as costas, desaparecendo novamente nas sombras da caverna.

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 "Vivo pela manhã.... fique vivo até amanhã

de manhã... fique vivo..." - pensava Seth Alcalimë, se esforçando para

manter a consciência naquela fria prisão. Ele podia comer os grãos e

beber a água, apesar do nojo. A fome era maior que isso... mas o que o

preocupava era a última frase que Galgaris disse antes de sair:

"Voltarei aqui pela manhã. Esteja vivo até lá."

 

... e nada! nem

um movimento na caverna. Só o maldito som de gotas e as ilusões que sua

mente estava criando. Felizmente ele já estava melhor, graças a comida,

e sabia que podia confiar em seus sentidos enquanto mantivesse os olhos

fechados, escutando possíveis "aproximações" - claro! Se Ghull-Garuth

disse que ele devia ficar vivo até a manhã, algo iria acontecer.

Ghull-Garuth, não... Galgaris! Ele podia falar que era a mesma pessoa,

mas mesmo assim, eles eram diferentes... Ghull-Garuth era um espírito

maligno destruidor e cruel... Galgaris é um gênio... cruel, mas um

gênio. Ele pensa em detalhes, planeja tudo... azar o dele que está

enfrentando alguém tão brilhante quanto ele... não! Eu sou mais esperto

que ele pois prevejo os passos que ele dará... Ou pelo menos alguns...

 

Sons

de passos se aproximavam. Muito tempo havia passado desde que Galgaris

saiu e já devia estar amanhecendo... maldito Galgaris!! - pensava Seth

- Me fez ficar acordado a noite toda para mandar seu algoz me matar

quando estivesse mais cansado! Mas não será tão fácil! - Seth pegou uma

pedra do tamanho de um punho e a segurou com força, na expectativa de

atacar o "algoz" que se aproximava. Mal enxergando o vulto, Seth

arremessou a pedra, atingindo o alvo em cheio no peito.

 

- Vejo que não morreu de desgosto, Seth. Excelente.- G-Galgaris! Eu não esperava você.. quer dizer... eu...-

Você estava pronto para a batalha. Apesar de estar a dias preso,

enlouquecendo, privado de seus poderes, sem sua poderosa espada, com a

aparência de um humano e tendo canibalizado carne de um impuro da sua

espécie... você continua pronto para lutar.

 

- Claro que sim!

Eu... eu... - Seth tentava responder com arrogância, mas já não

conseguia pensar direito. Não esperava por Galgaris, sendo surpreendido

de novo... não sabia como argumentar.- Você está lutando por

instinto. Por isso você não consegue falar ou se explicar. Você se

superou... mais do que seu orgulho por ser Elfo, mago, ou poderoso,

você quer viver e vai lutar por isso. Você não tem mais nada a perder,

e isso o torna temível: você pode morrer, mas fará o máximo que puder

para atingir seu objetivo. Isso torna seu espírito forte..e poderoso

você já é.- Porque está me elogiando, Galgaris? Porque eu

sobrevivi? CLARO! Eu venci você!! Se havia uma resposta para esse jogo

de tortura, eu achei ela! Foi isso, não foi?- Não, seu tolo, eu

estou elogiando meu servo que provou ser útil.. provou que é capaz de

superar suas fraquezas e que não vai desistir de suas missões. E

comemoro, não porque você venceu meu jogo, mas porque consegui prever

cada passo seu, um ser de inteligência privilegiada, e te enganar até o

fim. - Galgaris começou a andar em direção de Seth, com seu olhar

amarelado e inexpressivo.

 

- Galgaris? O que vai fazer? O círculo de antimagia vai te destruir!

 

Galgaris ignorou os avisos de Seth, atravessando o "círculo antimagia" e mantendo o passo, aproximando-se dele.

 

-

Viu, Seth? Foi enganado até o final, tudo porque uma mentira bem

posicionada se tornou verdade. Este não é o temido campo antimagia, até

porque não tenho recursos no momento para criar um.. é um campo de

magia Rúnica, onde apenas magias rúnicas podem ser ativadas, o que

impediu você de usar seus outros poderes arcanos...

 

-.... mas... e meus poderes rúnic....

 

-

Você também se esqueceu que EU sou a fonte de seu poder, e fui EU quem

te deu as habilidades de conjurar encantamentos rúnicos.... logo, eu

posso remover sua runa se for necessário.

 

-... mentiroso! Minha runa continua marcada aqui e...

 

-

É claro que você não levou em conta que eu conjurei magias rúnicas

nesse campo - que você não pode usar, mas eu sim - e que usei de ilusão

para que a marca "continuasse" aí, bem como usei da mesma ilusão para

que você perdesse seu rosto... como você previu, mas não pode

comprovar...

 

- E-ee-eu - o Elfo olhava apavorado para o morto-vivo dois passos a sua frente, de olhar impassível, que continuava a falar:

 

-

Cada dedução que você fez foi planejada, de modo a fazer você cair

ainda mais fundo em seu castigo. Você chegou a beira da loucura e olhou

nos olhos da morte por privação de alimento e sono, além de da

humilhação de perder seu rosto, seus poderes e ainda ser subjulgado

naquilo que é mais forte: sua inteligência.

 

Seth não suportou

olhar mais para Galgaris e caiu de joelhos, sem saber o que fazer ou

pensar. Estava tudo acabado. A vitória era dele... agora, certamente,

viria o golpe de misericórdia...

 

- Agora, meu caro, está tudo

acabado. - Galgaris segurou firmemente a corrente que prendia os braços

de Seth , erguendo suas mãos acima da cabeça do Elfo, e com um violento

puxão, usando sua outra mão, arrebentou a corrente, deixando o

prisioneiro livre. Seth olhou para Galgaris, assustado com o ocorrido.

 

-

Venha, meu discípulo. Você renasceu e precisa de banho, alimento e

descanso. Depois te devolverei sua runa - Galgaris virou-se para a

saída, caminhando até ela. Seth o olhava, com um misto de fúria e

admiração.

 

"Eu te odeio, Galgaris" - pensava Seth - " Te odeio

com todas as minhas forças e até o fim dos meus dias. Desta vez eu

perdi, e serei seu discípulo.. para aprender a ser tão igual e tão

odioso quanto você e poder finalmente te destruir!"

 

Galgaris olhou para trás, vendo que Seth ainda não havia saído do chão.- Se eu digo pra vir, você deve vir. O que eu digo, deve ser obedecido, e não questionado. Levante-te e anda!

 

Seth se moveu, seguindo seu mestre à saída.

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Meu deus, esse Galgaris é o vilão MAIS GENIAL que já conheci na minha vida! Manipulou Seth até o último instante!!!

Por falar em runas, eu gostaria de ver o desenho das runas de Fei e Sailor. Tenho uma coisa em mente, não sei se você vai gostar, mas tem bastante a ver com os poderes rúnicos.

PS: Também pensei numa coisa pro Leafar também, assim que eu puder eu escaneio e mostro o presentinho que estou fazendo pra ele.

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Alguns dias se passaram em Amatsu. Fei

treinava arduamente todos os dias e Sailorcheer se recuperava cada vez

mais de seus ferimentos. O Rúnico havia decidido que naquele dia, assim

que terminasse o seu último treino, partiriam rumo a Juno novamente.

Não havia mais motivo para ficarem "abusando da hospitalidade" de Kai.

 

Apesar

que tal hospitalidade estava sendo paga todos os dias por Fei, assim

que Sailorcheer dormia. O rapaz já estava cansado de ficar fazendo

alguns trabalhos noturnos para Kai. Envolviam apenas escoltas de

"figurões" de Amatsu, porém o Rúnico não estava gostando nem um pouco

do tipo de gente que estava ajudando. Já tinha se livrado daquela vida

desde que tinha chegado em RuneMidgard e não queria retornar à ela

novamente.

 

Enquanto Fei treinava, Sailorcheer ficava sentada

no chão, embaixo da janela do quarto. Kai se aproximou da garota,

encostando na parede do seu lado. Apoiou sua espada na parede, ao seu

lado e ficou observando ao longe. Sailorcheer sentiu uma certa

indisposição apenas com a chegada do homem ao seu lado. Com um sorriso

irônico, falou:

 

- Hmm... você viu só, garota?

 

- Vi o quê? - Sailorcheer respondeu sequer olhando na direção de Kai.

 

- O Fei agora até sabe empunhar direito uma espada... apesar do seu estilo ainda... medíocre de luta...

 

Sailorcheer

respirou fundo, evitando de responder, ou mesmo levantar a mão para

ele, já que Fei havia pedido isso. Não contente, Kai continuou.

 

-

Ele ainda usa uma espada como se fosse uma vassoura... - rindo - acho

que é a convivência com garotas que está deixando ele assim...

 

- E pelo visto, a falta de convivência com mulheres deixou você assim.... - continuou a garota.

 

-

Ah... mas eu só convivo com mulheres quando é necessário... se é que você me

entende... - e, lembrando daquela conversa que havia ouvido em dias

anteriores - ou melhor... acho que você NÃO entende...

 

- Não me interessa o que você diz - falou, dando uma rosnada.

 

-

Ah, mas acho que interessa o que VOCÊ diz... - Sailorcheer olhou para

Kai com o canto dos olhos quando ele falou aquilo - Eu sei que você

está meio... nervosinha com essa estadia na minha casa...

 

- Está perdendo seu tempo! - falou de forma ríspida a Rúnica, quebrando a linha de raciocínio de Kai.

 

- Ahn? Perdendo meu tempo?

 

- Eu já sou comprometida!

 

Kai engasgou e começou a rir. Sailorcheer novamente respirou fundo e tentou ignorá-lo.

 

-

Você realmente acha que... você...? - Kai se acalmou um pouco das

risadas e falou de forma sarcástica - Garota, eu ensino só artes

marciais, e não como uma mulher virgem deve se portar...

 

Sailorcheer

ao ouvir o comentário de Kai, levantou-se ao mesmo tempo que pegou a

espada encostada na parede, ficando em postura defensiva.

 

- Repita isso, seu impiastro, e vai ser a última coisa que você vai falar!

 

-

Ei, que nervosismo é esse? Se isso te incomoda tanto porque não aproveita

que tem alguém como o Fei tão.... paciente.... - fala pausadamente - e

resolve logo isso? Do jeito que ele luta... a impressão que dá é que ele REALMENTE está necessitado nesse sentido...

 

Sailorcheer fechou os olhos, respirando profundamente e parando o movimento de desembainhar a espada no meio.

 

-

Faça um favor a si mesmo e fique longe de mim... - a garota disse

baixinho, quase rosnando e saiu de perto de Kai, indo para um lugar

mais afastado. 

 

OFF Incrível como Kai e Sailor ficaram com uma antipatia lvl100 mútua [/heh]

 

Meu deus, esse Galgaris é o vilão MAIS GENIAL que já conheci na minha vida! Manipulou Seth até o último instante!!!

Por falar em runas, eu gostaria de ver o desenho das runas de Fei e Sailor. Tenho uma coisa em mente, não sei se você vai gostar, mas tem bastante a ver com os poderes rúnicos.

PS: Também pensei numa coisa pro Leafar também, assim que eu puder eu escaneio e mostro o presentinho que estou fazendo pra ele.

Nossa... sinceramente, eu, NetRunner, assino embaixo. Quando o Galgaris foi criado pelo "orientador" do Claragar, eu não acreditava que ele iria ficar assim tão estupidamente demoníaco e manipulador... quando você espera que ele faça uma coisa, faz outra! Eu sinceramente tenho medo de quando o Fei topar com ele por aí! [/heh]Quanto as runas, aí vai então:Runa que forma uma cicatriz no braço do  Fei, Raido: raido.gifRuna  que está na adaga que a Sailor ganhou do Siegfried (vulgo tio mala dela), Dagaz:dagaz.gif

 

 

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Antipatia lv 100 é pouco pra descrever o que a Sailor desenvolveu por esse cara desde que o dia em que acordou do coma do ferimento................ A raiva tá subindo à cabeça dela aos poucos...............

Quanto às runas, fico bastante agradecido, vou até estragar a minha surpresa um pouco: planejo fazer para Fei e Sailor armas exclusivas, que apenas eles podem usar. Também estou pensando nos outros Rúnicos, mas tenho que ver se você vai gostar das duas primeiras, para os principais da onda. Pretendo escanear e passar a imagem para ser vista aqui no fórum. Nessa onda também pretendo explicar que idéias passaram pela minha cabeça sobre os poderes Rúnicos.

O desenho das duas primeiras armas já está finalizado, bem como as habilidades que elas oferecem. Vou escanear e mostrar aqui, pra todo mundo ver. Em outras palavras, estarei expondo minhas idéias e o pessoal pode dizer o que acha.

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Sailorcheer se afastou de Kai, extremamente

furiosa com suas palavras. E o guerreiro, por sua vez, não tinha

conseguido exatamente o que queria e continuou a incomodá-la. Começou a andar na sua direção, quase berrando:

 

-

Ei, Sailorcheer... não esquenta com essas bobagens... o que eu queria

tratar com a senhorita é um assunto realmente importante...

 

- Não tenho nada a tratar com alguém que fica bisbilhotando minha vida pessoal...

 

- Eu não bisbilhotei nada... - pensando rápido - quem me disse isso foi o Fei mesmo!

 

- Duvido - Sailorcheer parou de andar e falou de uma forma totalmente seca, o que fez Kai estranhar.

 

-

Você duvida? Com toda essa sua "experiência" com homens acha mesmo que

ele não estava precisando se abrir com alguém em relação a isso?

 

-

Ele jamais diria isso pra você, idiota - a garota disse, arremessando a

bainha da espada na direção de Kai, que apenas a olhou caindo ao seu

lado.

 

- Ok, então é melhor eu esconder que esses últimos dias que você estava grogue na cama ele andou saindo à noite na taverna...

 

Imediatamente

Fei sentiu uma tontura que fez ele errar totalmente sua defesa no

combate que estava travando com um discípulo de Kai, recebendo uma

pancada na cabeça. A voz de Sailorcheer surgiu em sua mente,

extremamente revoltada.

 

"Fei, esse imbecil tá dizendo q vc foi na taverna enquanto eu tava mal, é verdade?"

 

"Do que você... OUCH.... você tá falando, Sailor?" - Fei respondeu,

enquanto reparava no tamanho do galo que começava a surgir na sua

cabeça.

 

"Prestenção no treino e me responde!" - retrucou a garota, atropelando as palavras.

 

"Eu.... fui mesmo......"

 

"Fazer

o que?" - Fei ouviu a voz de Sailorcheer na sua mente e reparou que ela

estava extremamente brava. Também reparou que era melhor pensar logo

numa resposta antes que a próxima pancada que ele recebesse fosse dela.

 

 

"Errr... trabalhar?" - o rapaz tentou ser o mais persuasivo

possível em

sua resposta e a garota sentiu-se aliviada em saber. Discutiu mais um

pouco com Kai depois disso, sem muitos argumentos de ambos os lados da

discussão. Até que Kai, após um suspiro profundo, se cansou:

 

- Eu esperava que agora que você está inteira de novo poderia ser ao menos um pouco simpática já que logo irão partir daqui...

 

- Eu sou simpática com quem merece... não com quem mente e fica bisbilhotando minha vida!

 

- Não tenho culpa se vocês ficam falando alto e fazendo barulho a altas horas da madrugada...

 

-

Você nem sabe de nada... se soubesse, talvez tivesse conseguido me

enganar - risada seca - mas você fala de coisas que não sabe, sobre

pessoas que não conhece...

 

- Ok, então não sei de nada - Kai

abriu uma parte do kimono enquanto continou a falar - eu não sei que

você chegou ferida aqui com uma espada de origem élfica... - jogou um

papel no chão para que Sailorcheer observasse - que seria essa...

 

- É, eu falei que aquele orelhudo tava com a minha espada - fazendo pouco caso.

 

- A espada com certeza não é sua... a não ser que você a tenha comprado ou furtado...

 

-

O Fei deu ela pra mim... então é minha! - disse a garota, mostrando a

língua para Kai que ficou satisfeito com a resposta e mais certo ainda

da terrível ingenuidade da garota.

 

- Agora que sabemos que a

espada é do Fei, você poderia me confirmar outra informação "que eu não

sei"... - Kai falou num tom sério, olhando fixamente para a garota que

ainda estava fazendo pouco caso dele. (continua...) OFF Agora começarão uma série de revelações aqui... passado e presente dos Rúnicos [/aiai]

 

 

 

Antipatia lv 100 é pouco pra descrever o que a Sailor desenvolveu

por esse cara desde que o dia em que acordou do coma do

ferimento................ A raiva tá subindo à cabeça dela aos

poucos...............

 

Quanto às runas, fico bastante agradecido, vou até estragar a minha

surpresa um pouco: planejo fazer para Fei e Sailor armas exclusivas,

que apenas eles podem usar. Também estou pensando nos outros Rúnicos,

mas tenho que ver se você vai gostar das duas primeiras, para os

principais da onda. Pretendo escanear e passar a imagem para ser vista

aqui no fórum. Nessa onda também pretendo explicar que idéias passaram

pela minha cabeça sobre os poderes Rúnicos.

 

O desenho das duas primeiras armas já está finalizado, bem como as

habilidades que elas oferecem. Vou escanear e mostrar aqui, pra todo

mundo ver. Em outras palavras, estarei expondo minhas idéias e o

pessoal pode dizer o que acha.

 Você não viu

nada da antipatia da Sailor pelo Kai ainda. Nos dias de hoje, estou até

com dó dele... logo você descobre o motivo. [/heh] Quanto as armas... caramba! Fiquei curiosa agora! Ficarei no aguardo da sua idéia então! ^_^

 

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