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[FanFic] O Oráculo da Morte


Liinken

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[B]Nome da Fanfic: [/B]O Oráculo da Morte [B]Autor da Fanfic:[/B] Coyote Starrk (Wesley Gomes) [B]Elenco:[/B] [B]Luke Von Trivian(monge),[/B] Vendrick Von Trivian (cavaleiro), Maria Von Trivian (caçadora), Markus Von Trivian (sábio), May Schicksal (bruxa), Sora (monge), Edna (monja), Max(criador), Lisa(sumo sacerdotisa), Demetrius (justiceiro), Croix (lorde), Guillaume (lorde), Luna (templária), e mais alguns outros personagens secundários (se eu colocar agora perde a graça [:)]) [B]Categoria:[/B] Ação, Aventura, Drama. [B]Sinopse:[/B] Luke era um simples noviço que almejava se tornar um grande sacerdote algum dia. Seus pais e seu tio o serviam de inspiração, apesar de nenhum deles serem sacerdote. Mas um acontecimento está prestes a mudar esta história. Angústia, dor e mistério acompanharão nosso aventureiro após um trágico acontecimento em sua vida. Predestinado a um futuro terrível, apenas a Verdade poderá salvá-lo deste fatídigo destino. Enquanto isso, uma poderosa ameaça poderá abalar Rune-Midgard.*Mexer com o Tempo pode não ser uma coisa sábia a se fazer.*Decisões muito difíceis e árduas precisarão ser tomadas para que o mundo não caia no caos absoluto. Nesta caótica situação Luke aprenderá o real valor do companherismo e trabalho em equipe. [CENTER][IMG]https://imagizer.imageshack.us/v2/600x66q50/827/sb18.png[/IMG] [IMG]https://imagizer.imageshack.us/v2/600x450q90/585/ezfz.jpg[/IMG][/CENTER] [B] [COLOR=#0000FF][SIZE=4][FONT=arial black]Índice:[/FONT][/SIZE][/COLOR] [/B][COLOR=#008000][B]Prólogo[/B][/COLOR] [COLOR=#008000][B]Capítulo I - [/B][/COLOR][U]PRONTERA EM RUÍNAS[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo II[/B] [B]-[/B] [/COLOR][U]O SEGREDO REVELADO[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo III -[/B][/COLOR] [U]VERITATEM[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo IV -[/B][/COLOR] [U]DESPEDIDA[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo V -[/B][/COLOR] [U]A ABADIA DE SANTA CAPITOLINA[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo VI -[/B][/COLOR] [U]A HISTÓRIA DE SORA[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo VII -[/B][/COLOR] [U]A DECISÃO[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo VIII -[/B][/COLOR] [U]AREIA, TROPEÇOS E FALHAS[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo IX -[/B][/COLOR] [U]E AGORA, AMIGO?[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo X -[/B][/COLOR] [U]NASCE UM MONGE[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XI -[/B][/COLOR] [U]O ORÁCULO DA MORTE[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XII -[/B][/COLOR] [U]VENDRICK E MARKUS[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XIII -[/B][/COLOR] [U]A CHEGADA[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XIV -[/B][/COLOR] [U]O IMPERADOR RETORNA[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XV -[/B][/COLOR] [U]A ÚNICA ESPERANÇA[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XVI -[/B][/COLOR] [U]A TORRE DE THANATOS[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XVII -[/B][/COLOR] [U]DESGRAÇA, AGONIA, ÓDIO E DESESPERO[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XVIII -[/B][/COLOR] [U]O LUGAR MAIS ALTO DO INFERNO[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XIX -[/B][/COLOR] [U]CORAÇÃO CORROMPIDO[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XX - [/B][/COLOR][U]VERITATEM ENTRA EM AÇÃO[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XXI - [/B][/COLOR][U]SACRIFÍCIO[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XXII - [/B][/COLOR][U]DOR[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XXIII - [/B][/COLOR][U]A ORDEM DE RUNE-MIDGARD[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XXIV - [/B][/COLOR][U]GUILLAUME[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XXV - [/B][/COLOR][U]IMP[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XXVI - [/B][/COLOR][U]ALIANÇA[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XXVII - [/B][/COLOR][U]LEGÍTIMO VON TRIVIAN[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XXVIII - [/B][/COLOR][U]FUGA[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XXIX - [/B][/COLOR][U]EM NOME DA VERDADE[/U] [COLOR=#008000][B]Capítulo XXX - [/B][/COLOR][U]O INIMIGO SE REVELA [/U][COLOR=#008000][B]Capítulo XXXI - [/B][/COLOR][U]O OBJETIVO MAIOR [/U][COLOR=#008000][B]Capítulo XXXII - [/B][/COLOR][U]RUPTURA [/U][COLOR=#008000][B]Capítulo XXXIII - [/B][/COLOR][U]PRESSÁGIOS DO TEMPO[/U] [CENTER] [/CENTER] [COLOR=#008000][B][CENTER]PRÓLOGO[/CENTER] [/B][/COLOR] - Mais rápido, ele está escapando! A cena era um caos total. Juno, a capital da República de Schwartzvald, estava infestada de monstros e pessoas. Um grande exército de monstros estava causando terror na grande cidade-ilha flutuante e um outro marchava em direção a entrada principal da cidade. Porém, estavam sendo contidos por um grupo de bruxos e arquimagos através de suas poderosas magias. Enquanto isso, a Guarnição Real, a Cavalaria de Prontera, a IMP e alguns outros membros de guildas estavam dentro da cidade na captura de um grande traidor e criminoso de toda Rune-Midgard. - Conseguiram localizar o Luke? Aquele miserável foi atrás daquele criminoso sozinho! – exclamou o general Kin. - Senhor, um alquimista o identificou. Ele disse que o viu descendo o subsolo da Academia dos Sábios. - Droga! Se ele está indo naquela direção é porque seguiu o traidor até lá e ele provavelmente está alvejando o Coração de Ymir! Se algo acontecer com o Coração não sei o que pode acontecer Juno. E pior, talvez isso possa desencadear um desastre enorme para Midgard. Vamos para a Academia dos Sábios! Neste momento o general Kin e a IMP, juntamente com os melhores professores da Academia de Sábios, desceram as escadas para o subterrâneo da Academia. Este subterrâneo foi magicamente modificado em um labirinto interminável para que se algum intruso tentasse alcançar o Coração de Ymir, ficaria preso por muito tempo até achar a saída. Kin e sua tropa, orientados pelas instruções do Professor Presidente de Academia de Sábios, conseguiram passar pelo labirinto sem dificuldades. E ao chegarem ao Coração de Ymir se depararam com uma triste cena: Luke estava com o corpo todo queimado no chão, o Coração de Ymir estava com uma abertura em sua lateral. Eles podiam ouvir a voz do traidor e assassino ecoando de dentro do coração dizendo: - Eu venci! Eu venci! Eu venci! Contemplem agora a ascensão de um deus! Hahahaha! [COLOR=#008000][B]----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------[/B][/COLOR] [COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO I – PRONTERA EM RUÍNAS[/CENTER] [/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][FONT=arial black][B]Dez anos atrás...[/B][/FONT][/COLOR] É festa em Prontera. A cidade está enfeitada com vários cartazes e firulas de uma gosminha rosa. Há várias lojas e bancas com os mais variados produtos. É o Festival do Poring, monstro típico e que faz a alegria de várias crianças de Rune-Midgard. - Vem Maria, vou te comprar um boneco de poring. - Não Vendrick, é muito caro. - Deixa de ser boba, mulher. É festa, vamos comemorar. A propósito, cadê o Luke? - Ah, ele está vendo o desfile. Ele estava doidinho para ver a Cavalaria de Prontera, principalmente por causa dos sacerdotes. Ele estava tão animado para vir... - Por mim ele seria um belo monge, mas nós não podemos escolher por ele né? Fazer o quê... Ele está aqui por perto? - Sim, eu falei para ele esperar a gente na praça central. - Ótimo. Eu vou levar o boneco de poring pra ele então. - Já vi que ele não vai gostar. – duvidou a mãe. - Por favor, senhor. Quanto custa este boneco de poring? – Perguntou Vendrick apontando para o brinquedo. - 10 zenys! – exclamou o vendedor da loja. - Poderia embalar um para presente? Obrigado. Após pegar o presente, Vendrick e Maria se dirigiram para o centro. Vendrick era um cavaleiro muito ábil. Tinha cabelos castanhos claros, olhos castanhos escuros e vestia sua roupa habitual de trabalho e sempre andava com sua espada ao lado. Maria era uma caçadora muito bonita. Tinha cabelos lisos castanhos escuros, e olhos cor de mel. Seu rosto era esbelto e de pele clara. Sua voz era suave e harmoniosa. [CENTER][IMG]http://img811.imageshack.us/img811/7792/e0xi.png[/IMG] [IMG]http://img513.imageshack.us/img513/2775/qafk.png[/IMG][/CENTER] [I][B][CENTER]Vendrick[/CENTER] [/B][/I] [CENTER][IMG]http://img35.imageshack.us/img35/7759/81le.png[/IMG] [IMG]http://img513.imageshack.us/img513/4659/gut4.png[/IMG][/CENTER] [I][B][CENTER]Maria[/CENTER] [/B][/I] Ao se aproximarem do centro, avistaram um noviço de 14 anos ao lado da rua admirando com os olhos brilhando a cavalaria de Prontera com vários cavaleiros em cima de seu Peco-Peco todo imponente. Sim, Luke era um noviço de cabelos castanhos claros e olhos cor de mel, igual os olhos de sua mãe. Seu sonho era ser um grande sacerdote. [CENTER][IMG]http://img545.imageshack.us/img545/139/1au5.png[/IMG][/CENTER] [I][B][CENTER]Luke[/CENTER] [/B][/I] - Mãe, pai! Muito obrigado por ter me trazido de Aldebaran até aqui nesta festa. - Olha o que eu trouxe para o meu futuro monge. - disse Vendrick escondendo o pacote atrás dele. - Ah, pai. O senhor sabe que eu quero ser sacerdote. Mas, o que o senhor tem aí? É uma bola? Tá parecendo uma bola. - disse Luke afoito, tentando pegar o presente das mãos de seu pai. - Abre ae filho. - Ah, pai. Um boneco de poring?! Eu não sou mais uma criança... - disse Luke decepcionado. - Hahaha! Sabia que ele não iria gostar. – falou a mãe sorrindo. - Filho, você sabe que nós não temos muito dinheiro e uma bola é muito cara. A gente só veio de teleporte para cá porque sua tia trabalha na Corporação Kafra e você ainda não aprimorou sua habilidade com portal. - Deixa só eu virar sacerdote que este problema vai acabar. Ao longe vinha um sábio, era parecido com Vendrick, pai de Luke, só que com o cabelo maior e bagunçado. Ao se aproximar da família disse: - Fecha a boca moleque, senão você vai babar o chão todo. - Tio Markus! – exclamou Luke, correndo e dando-lhe um forte abraço. - Como vai o meu sobrinho favorito? Tá se esforçando pra virar um grande sacerdote? - Sempre. Daqui a alguns meses vou poder fazer o teste. Estou sentindo que irei passar fácil, fácil... - Com certeza, caro sobrinho. Você está treinando duro pra isso, é claro que você irá conseguir. – respondeu o tio bagunçando o cabelo de Luke. [CENTER][IMG]http://img801.imageshack.us/img801/6990/grkb.png[/IMG][/CENTER] [I][B][CENTER]Markus[/CENTER] [/B][/I] - Pensei que não viria Markus. Estudando muito em Juno? – Perguntou Vendrick. - Nem te conto, irmão. Lá ta uma loucura só. Estudos e mais estudos, mas está valendo a pena. - Então esqueça o trabalho e vamos aproveitar a festa. – falou Maria colocando um chapéu de festas na cabeça de Markus. - Você sempre com esse espírito alegre, né Maria... - disse Markus Todos caíram na gargalhada. Após alguns momentos ali, resolvem andar pela cidade para prestigiar as atrações. Neste trajeto eles encontraram diversos amigos da família e companheiros de trabalho, onde a confraternização, o afeto e carinho se somaram ao clima de festejo da cidade. Luke estava maravilhado, nunca havia se sentido tão feliz em toda a sua vida. A alegria de ver seus pais e seu tio juntos celebrando era inimaginável. Depois de um dia de festa e folia, todos foram para a estalagem da cidade para descansar. A estalagem de Prontera estava muito movimentada, porque muitas pessoas de outras cidades estavam comemorando na capital de Rune-Midgard . Algumas pessoas tiveram que ir para Izlude, uma cidade portuária vizinha de Prontera, para achar vagas na estalagem. Luke e seus pais ficaram em um quarto no segundo andar, seu tio ficou com um quarto separado ao lado. Apesar do ótimo dia que Luke teve, ele estava exausto. Após ele ter dado um enorme beijo em sua mãe e um forte abraço em seu pai, ele deitou em sua cama e adormeceu rapidamente. Na madrugada da mesma noite, Luke acordou com gritos. Pulou da cama assustado e olhou para a cama dos seus pais e elas estavam vazias. Então saiu correndo do quarto até o quarto do seu tio ao lado. Ao chegar viu que o quarto estava intacto, a porta aberta, mas sem sinal do seu tio. Em toda estalagem não havia mais ninguém no local. Ficando um pouco desesperado ele saiu da estalagem e viu Prontera quase em chamas. Vários monstros pequeninos parecidos com bodes e uma foice na mão estavam atacando a cidade. [CENTER][IMG]http://www.ragdata.com/images/mob/1101.gif[/IMG] [I][B]Bafomé Jr. [/B][/I]​[/CENTER] Luke decidiu enfrentar os perigos na busca pelos pais e do seu tio, e utilizando suas habilidades de aumentar atributos partiu na direção da rua principal. A cidade era enorme, diversas pessoas estavam nas ruas tentando eliminar aquela invasão de monstros. E com seu buff de aumentar agilidade, desviava de todos os ataques que qualquer criatura ameaçasse desferir. Ele percorreu metade da cidade até que viu um monstro parecido com os monstros que estavam infestando a cidade, só que muito maior. E ele estava lutando com seu pai. [CENTER][IMG]http://img1.wikia.nocookie.net/__cb20070621193339/ragnarok/pt/images/6/68/Bafom%C3%A9.gif[/IMG] [I][B]Bafomé[/B][/I][/CENTER] Seu pai, apesar de experiente, estava levando muitos golpes do grande monstro até que ele avistou Luke e disse: - Filho! O que você está fazendo aqui? Como conseguiu passar da barreira de proteção da estalagem? Não era pra você sair de lá! - Pai, o que está acontecendo? - Bem filho, agora penso que seja uma péssima hora pra conversar. Pelo menos você está bem... Já que você está aqui, considere isso como um treino para o seu teste de sacerdote. Me dê suporte contra este monstro, ele é Bafomé: ele é o responsável pela invasão dessas criaturas na cidade. - disse Vendrick bloqueando a enorme foice do monstro com sua espada. - Tudo bem! Benção! – exclamou Luke, conjurando pequenos anjos sobre a cabeça de seu pai. - Filho, não vez diferença. É como eu não estivesse sido buffa... Nesta hora o Bafomé deu um golpe na barriga com sua foice e Vendrick caiu ajoelhado no chão. - Pai, não! – gritou Luke. - Aumentar Agilidade! E nada aconteceu. - Filho, se esforça! Você consegue! - Aumentar Agilidade! Nada aconteceu. Luke começou a ficar assustado, nenhuma das suas habilidades estavam funcionando. [I]"O que está acontecendo comigo? Se continuar assim meu pai vai..."[/I] De repente, Bafomé desceu sua foice no peitoral de Vendrick, que caiu desfalecido. - Pai, não! – gritou Luke. Luke sentiu uma tontura, caiu de joelhos ao ver seu pai com a foice do Bafomé em seu pescoço. Então sua vista começou a escurecer e ele desmaiou. Apenas um fraco vento gélido soprava sobre ele... [COLOR=#008000]-----------------------------------------------------------------------------------[B]FIM DO CAPÍTULO I----------------------------------------------------------------- [/B][/COLOR] [COLOR=#008000] [B][CENTER]CAPÍTULO II – O SEGREDO REVELADO[/CENTER] [/B] [/COLOR] Numa tarde ensolarada à beira mar está Luke, seu pai Vendrick, sua mãe Maria e seu tio Markus correndo e brincando na areia. Todos estavam alegres e felizes. De repente o céu escurece. A praia já não existe mais, o lugar agora se tornou em uma escuridão sem fim. De repente seus pais se distanciam dele, o seu tio some e aparece Bafomé com sua foice mortal. Bafomé, com um movimento rápido, agarra os pais de Luke e mata-os na sua frente. - Venha, covarde! Você é fraco! Não foi capaz de proteger sua família! Você não merece ter o sobrenome de um dos maiores cavaleiros que já existiu em Rune-Midgard! Mas fique tranqüilo, pois vou acabar com sua dor e sofrimento! Bafomé então desaparece e reaparece atrás de Luke pronto para ceifar sua alma com sua enorme foice, e então um clarão enorme invade o lugar. Luke acordou assustado e sentiu um grande aperto no coração. Ele estava tão desorientado que não reparou onde estava. Ao observar o lugar com mais calma viu que o quarto onde estava era apertado, mas muito aconchegante e do andar debaixo vinha um cheiro que parecia chá de ervas verdes. Logo se assustou pois não parecia a estalagem de Prontera. Tentando achar respostas ele pulou da cama, saiu do quarto correndo e desceu as escadas. De repente ele parou bruscamente ao se deparar com uma figura peculiar. Ao pé da escada havia uma senhora de cara simpática, usava uma longa manta florida, seus cabelos brancos estavam presos por duas varetas ornamentadas e usava chinelos de pau. Em suas mãos estava uma bandeja contendo chá de ervas verdes, alguns biscoitos de gengibre e ovos de Peco-peco mexidos. [CENTER] [IMG]http://file5.ratemyserver.net/quests/npcs/760.gif[/IMG][/CENTER] - Olá querido. Que bom que você já acordou! Já ia levar seu café da manhã lá no seu quarto. Dormiu bem? – perguntou a senhora com um grande sorriso no rosto. - Cadê meus pais? Onde estou e que lugar é este? O que aconteceu? – indagou Luke. - Calma, garoto. Primeiro coma seu café da manhã, você está muito fraco. - Não quero comer. Só quero saber o que está acontecendo! - Tudo bem. Você está em Geffen, a cidade dos magos e bruxos, uma das cidades próximas de Prontera onde alguns dos poucos sobreviventes se refugiaram. Prontera foi invadida por Bafomé e seu exército de Bafomés Jr. Infelizmente alguém, não sei como, fez com que os Bafomés se multiplicassem a tal ponto que Prontera, a capital de Rune-Midgard, não foi capaz de conter a invasão. - disse a simpática senhora com sua voz um pouco desgastada. - Mas e os meus pais estão bem? Com pesar em seu rosto, ela disse: - Infelizmente seu pai foi morto durante a batalha contra o Bafomé. Ele se sacrificou para poder te proteger. Seu pai foi um dos melhores cavaleiros que Rune-Midgard já teve. Você deve se orgulhar disso. Nesta hora Luke emudeceu, pois ele se sentia culpado e responsável pela morte de seu pai. Com um semblante triste, ele resmungou pra si mesmo: - Se eu não tivesse fracassado talvez ele estivesse aqui comigo... - Falou alguma coisa, filho? – perguntou a senhora simpática. - Não é nada, deixa pra lá. E a minha mãe? - Bom, sua mãe não foi encontrada, eles ainda estão fazendo uma busca por toda Prontera para ver se encontra mais alguém, ou algum corpo. - E quem me trouxe até aqui? - Foi seu tio. Ele saiu bem cedo e não disse para onde iria, mas ele falou que estaria aqui no almoço. - E como você sabe tanto da minha vida? - indagou mais uma vez Luke, desconfiado. Após hesitar um pouco na resposta, ela disse: - Tome seu café. Vai se sentir melhor! - A senhora ainda não me respondeu. - Por Odin, esqueci a torta no forno! Já volto! A senhora saiu rapidamente, esquivando-se da pergunta de Luke. Assim ele ficou sem a resposta. Tentou comer seu café da manhã mas não conseguia, pois sempre se lembrava daquela horrível noite e daquele sonho que teve na mesma noite. Então ele resolveu sair um pouco para conhecer a cidade e esperar dar a hora do almoço para falar com o seu tio. Ao passear pela cidade, viu-se muitas pessoas nas ruas, muitas machucadas e feridas. Geffen, que tinha a fama de cidade calma, estava parecendo a cidade portuária de Alberta. Luke então começou a ajudar algumas pessoas que estavam feridas com sua cura e seus buffs. No correr da manhã, Luke conheceu diversas pessoas com as mais diversas histórias de como sobreviveram a aquele ataque. Ele ficou impressionado com o número de feridos e a gravidade dos ferimentos. Histórias de pessoas que tiveram a vida destruída por causa daquele desastre deixava Luke cada vez mais determinado em descobrir o que houve naquela noite. Luke não viu a hora passar, pois logo chegou a hora do almoço. Ele saiu correndo para a casinha onde ele ficou hospedado. Ao chegar, seu tio já se encontrava na mesa conversando com a simpática senhora. - Fala garotão, dormiu bem? – falou Markus, tio de Luke. - Tio, que bom que o senhor chegou. Onde o senhor estava ontem à noite? - Eu tive que responder um chamado urgente vindo de Juno, mas quando cheguei lá fiquei sabendo desta catástrofe e voltei correndo. - E de onde o senhor conhece esta senhora? - Ah, a Doralice. Ela é uma antiga professora minha na época que eu era um simples mago. Ela me ajudou muito com minha carreira e ainda ajuda até hoje. - Vem almoçar, filho. Hoje temos nove caudas cozidas. - convidou Doralice. - Estou sem fome, depois eu como. Eu fiquei de ajudar um senhor perto da fonte da cidade agora à tarde... - Tudo bem, mas você tem que se alimentar. Bom, eu vou ter que sair pra poder ajudar o pessoal em Prontera. À noite estarei de volta. Fique fora de confusão, Luke! - Tudo bem, tio. Vou pro meu quarto. - Então, até mais. – despediu o tio. Depois que seu tio Markus saiu da casa, Luke despistou Doralice e correu pro andar de cima. Ele foi tentar investigar os quartos daquela casa. Luke entrou no quarto ao lado do seu e acertou. Era o quarto do seu tio. Estava bem arrumado, tinha alguns pergaminhos em cima da mesa e tubos de ensaio, muitos livros e enciclopédias. Mas uma coisa o chamou a atenção. Era uma gaveta sem maçaneta. Ele foi checar para ver se abria, porém não abriu. Então ele pensou: - Sabia que ele estava escondendo algo. Benção! Luke aumentou seus atributos e sentidos através de sua habilidade sagrada conjurada. - Luz Divina! Luke conjurou uma cruz de luz sagrada contra aquela gaveta trancada. Após a cruz bater na gaveta, sombras que até então estavam ocultas, foram dissipadas pela luz sagrada conjurada por Luke. E então, apenas com um leve toque das mãos, a gaveta foi aberta. Dentro da gaveta, havia apenas um pergaminho que estava com o lacre rompido. Luke cuidadosamente pega o pergaminho e, com muita curiosidade, começa a lê-lo: [COLOR=#0000FF][I][B]Investigação Organização Rekenber. A equipe de investigação formada pela Central de Inteligência da guilda dos Mercenários junto com os mais experientes cavaleiros da guilda de Cavaleiros, conclui que...[/B][/I][/COLOR] - O quê!? Não, não pode ser! Isto é impossível! [COLOR=#008000]------------------------------------------------------------------------[B]FIM DO CAPÍTULO II------------------------------------------------------------------[/B][/COLOR] [COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO III – VERITATEM[/CENTER] [/B][/COLOR] Luke não acreditava no que estava vendo. Na verdade, ele não queria acreditar. Era piada, uma brincadeira de mau gosto. [COLOR=#0000FF][B][I]Investigação Organização Rekenber. A equipe de investigação formada pela Central de Inteligência da guilda dos Mercenários junto com os mais experientes cavaleiros da guilda de Cavaleiros, sendo o capitão da equipe o cavaleiro renomado de Rune-Midgard Vendrick Von Trivian, conclui que, juntamente com os outros relatórios já realizados e expedidos, a Organização Rekenber está indiretamente ligada aos crimes que aconteceram à Família Real de Rune-Midgard.[/I][/B] [B][I]Alguns membros da antiga sociedade secreta Veritatem juntamente com alguns funcionários de alta patente da Organização Rekenber usaram diversas pesquisas da organização para construir tecnologia e armas biológicas para manipular monstros e pessoas.[/I][/B] [B][I]De acordo com a autópsia feita nos corpos nada foi encontrado, mas com os dados e as pesquisas coletadas na Organização Rekenber comprovam como foi feito. Fizemos testes para comprovar as pesquisas e ficou verificado que procedem as acusações feitas.[/I][/B] [B][I]Segue então a lista dos principais envolvidos para investigação:[/I][/B] [I][B]Dorian Guns – alquimista e pesquisador.[/B][/I] [I][B]Karian – bardo.[/B][/I] [I][B]Doralice Liz – arquimaga e braço direito do líder da sociedade secreta Veritatem.[/B][/I] [I][B]Markus Von Trivian – Sábio e líder da sociedade secreta.[/B][/I] [B][I]Após concluirmos os relatórios da investigação, iremos mandar esse relatório para o capitão da investigação Vendrick Von Trivian para autenticar e assinar e, assim, reenviar para as centrais das guildas de mercenários e cavaleiros.[/I][/B] [FONT=comic sans ms][B][I][CENTER]Marjana[/CENTER] [/I][/B][/FONT] [B][I][CENTER]Comandante da Central de Inteligência dos Mercenários[/CENTER] [/I][/B][/COLOR] Luke estava atordoado. Isso não poderia ser verdade. Seu tio que ele tanto venerava desde pequeno agora não passava de um criminoso. Luke ,ainda possesso de ódio e raiva, pegou os documentos, guardou dentro da sua roupa, fechou a gaveta e saiu do quarto. Ao sair do quarto, ele se deparou com seu tio Markus subindo a escada. - Então você já descobriu? Luke não pensou duas vezes. Indignado com o que acabara de ler, avançou contra Markus dizendo: - Como o senhor pôde se juntar a um bando de criminosos, tio? O senhor ia tão bem na academia de Juno e agora não passa de um criminoso fugindo da lei. Agora tudo faz sentido. Eu sei quem foi que ordenou aquele massacre em Prontera. Por sua culpa meu pai está morto e provavelmente minha mãe também e isso sem contar o tanto de gente que morreu naquela noite! - É... Seu pai lutou bravamente contra o Bafomé naquela noite. Não é à toa que ele era considerado um dos melhores cavaleiros de Rune-Midgard. Foi uma pena que você não conseguiu buffá-lo. De repente Luke parou de avançar contra Markus. Ele havia percebido algo que jamais poderia imaginar. - Espera um pouco. Eu não te disse nada daquela noite... Eu não acredito! Foi você! Foi você que não estava deixando que eu buffasse ele! Seu maldito! Porque você fez isso? Em vez de usar suas habilidades de sábio para ajudar os outros, você as usa para o mal. - Infelizmente devemos sacrificar muitas coisas para se alcançar o Objetivo Maior. - respondeu Markus com um pequeno sorriso maléfico em seu rosto. - Objetivo Maior? O que é isso? - Calma criança, no tempo certo você saberá. Isto é, se você sobreviver até lá... Neste momento, ao pé da escada, estava Doralice com uma travessa de biscoitos de gengibre em suas mãos. - Aceita biscoito, querido? - ofereceu a Luke. - Desgraçada, você me enganou direitinho! - disse Luke irado. - Ah, você já contou pra ele, Markus? - Não, ele descobriu sozinho. Só estamos tendo um papo de tio pra sobrinho. Luke não pensava mais em nada, apenas só queria que aqueles dois fossem fulminados naquele momento. Sentia que teria que tomar alguma atitude, não poderia deixar daquele jeito. - Jamais irei te perdoar por isso. Irei deter vocês aqui e agora e entregar pra guarda de Rune-Midgard. - ameaçou Luke. - E como você vai fazer isso? Nos curando? Você é apenas um noviço, o que você pode fazer? Ha ha ha ha! - caçoou Markus. - Diminuir Agilidade – conjurou Luke rapidamente sobre os dois. – Portal! Luke criou pela primeira vez um portal onde todos os três foram sugados por ele. Ninguém mais enxergou nada. Só conseguiram abrir os olhos quando aterrissaram no chão. Luke então, ao se levantar, observou o lugar. Reparou que estava em uma cidade quase toda destruída, parecia até Prontera. Parecia não, era Prontera. E era exatamente o lugar onde vira seu pai morrer nas garras de Bafomé. - Parabéns! – disse Markus batendo palmas – Impressionante para um noviço da sua idade. Seu pai ficaria orgulhoso. - Cale sua boca! Lave sua boca antes de falar do meu pai! Você não é nem um terço do que meu pai foi! - Olha, o pirralho fala grosso. – falou Doralice com sarcasmo. - O que pretende fazer Luke? É só você contra nós dois. Doralice, quer ter a honra? - Mas é claro, Markus. Não é nada pessoal querido, mas você tem que morrer para que possamos alcançar o Objetivo Maior. E pra isso devemos acabar com a descendência do seu pai. Adeus, te vejo em Niflheim. Trovão de Júpiter! Uma descarga elétrica foi emitida sobre Luke fazendo-o cair longe. Ainda com o corpo debilitado conseguiu emitir uma pequena cura em si mesmo. Seu corpo estava todo dolorido e ele ainda sentia a corrente elétrica passeando pelo seu corpo. - Não adianta fazer nada. Você não tem a menor chance. Se resistir será pior pra você. Mande um abraço pro seu pai. – disse Markus ridicularizando-o. Markus então começou a andar na direção de Luke. Em suas mãos estava um adaga pronta para desferir o golpe final. Luke olhou fixamente para seu tio e, com um sorriso no rosto, disse: - Obrigado, pai. - Adeus, Luke. – disse Markus já encostando a adaga em seu pescoço. De repente uma flecha atingiu o braço de Markus, que com o impacto deixou cair a adaga. - Vocês dois, não se mexam ou terei que matá-los! [COLOR=#008000]-------------------------------------------------------------------------[B]FIM DO CAPÍTULO III[/B]------------------------------------------------------------------[/COLOR] [COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO IV – DESPEDIDA[/CENTER] [/B][/COLOR] Markus fitou seus olhos para a flecha fincada no seu braço e, sutilmente olhou para quem a atirou. Estava atrás deles um Atirador de Elite com um grupo de pessoas composto, em sua maioria, lordes e paladinos . Trajavam roupas com as cores negras e laranja flamejante. [CENTER][IMG]http://img834.imageshack.us/img834/1148/8hhx.png[/IMG] [IMG]http://img842.imageshack.us/img842/2033/vve3.png[/IMG] [IMG]http://img845.imageshack.us/img845/9553/cn6f.png[/IMG][/CENTER] - Escudo Mágico! - conjurou Doralice, sem perder tempo. Um escudo cilíndrico com paredes rosadas criou-se ao redor de Doralice. Markus, porém, continuou calmo e frio. - Mas vocês são inconvenientes, não é? - disse Markus retirando calmamente a flecha fincada em seu braço. - Não façam mais nenhum movimento ou terei que acabar com vocês aqui mesmo. - ameaçou o Atirador apontando com seu enorme arco na direção de Markus. Markus virou as costas para o grupo que o abordara, e olhando profundamente nos olhos de Luke, disse: - É, meu caro. Acho que você deu sorte, mas ainda vamos nos encontrar um dia e assim daremos continuidade ao nosso Objetivo Maior. Vamos, Doralice. - Vocês só sairão daqui presos ou mortos. – disse o Atirador ameaçando mais uma vez Markus e Doralice com seu arco. - Ah, é mesmo? – falou Markus com sarcasmo. Markus enfiou a mão em sua bolsa e puxou um item que mais parecia uma asa de borboleta. Em um rápido movimento de sua mão, a asa de borboleta foi quebrada. No mesmo instante Markus e Doralice desapareceram sem deixar tempo para que o grupo pudesse reagir. - Droga, deixamos eles escaparem. Deveríamos ter dado cabo deles assim que a gente chegou, mas ordens são ordens. Vitor, verifique se aquele noviço está bem! – falou o Atirador para um sumo-sacerdote do grupo. Luke, com a sua visão um pouco embaçada, avistava a silhueta mal formada do sumo-sacerdote se aproximando dele. Seu corpo estava todo debilitado e não estava sentindo suas pernas. [CENTER][IMG]http://img843.imageshack.us/img843/4334/v44b.png[/IMG] [I][B]Vitor[/B][/I][/CENTER] - Você é muito resistente, garoto. Eles iriam acabar com você fácil, fácil. Você vai se tornar um ótimo sacerdote, pois são poucas as pessoas do seu nível que resiste a uma magia tão forte quanto àquela. Seu pai e sua mãe devem ter muito orgulho de você! Afinal, onde estão seus pais e como você veio parar aqui? Desculpa, eu deveria estar te tratando em vez de ficar fazendo perguntas. - disse Vitor, o sumo-sacerdote, se desculpando. Com um leve movimento com as mãos, o sumo-sacerdote disse: - Curar! Luke sentiu cada célula do seu corpo se revitalizando. Era uma das melhores sensações que já sentira, nem mesmo com sua cura ele nunca tinha vivido aquilo. Luke sentou-se no chão e disse: - Muito obrigado. - Só estou fazendo o meu trabalho. Onde você mora? Nós podemos levar você até seus pais. - Eu moro aqui por perto, não se preocupe... - disse Luke com pesar, lembrando de seu pai. Após mais alguns instantes, Luke se levantou e dirigiu-se ao grupo e agradeceu a cada um pela ajuda. - Tem certeza de que não está precisando de nada? – perguntou o Atirador de Elite. - Tenho sim, obrigado. Mas agora preciso ir, meus pais podem estar preocupados. – mentiu Luke. - Tudo bem, mas tome cuidado. Qualquer coisa use este pergaminho, é só você lê-lo em voz alta. O atirador deu um pergaminho a Luke que parecia muito com os pergaminhos que seu tio trazia de Juno. Luke se despediu de todos, agradecendo mais uma vez e saiu rapidamente na direção oposta do grupo. Luke começou a caminhar sem direção pela ruas e vielas de Prontera, pensando muito no que acabara de ocorrer. Não queria acreditar que o seu próprio tio tentou matá-lo. Não queria acreditar também que o seu pai estava morto por culpa dele e ele nem sabia por qual motivo. Estava confuso e desorientado, então resolveu ir para a Igreja de Prontera e falar com seu tutor chamado Necrus. Enquanto se dirigia para a Igreja, ele observava como Prontera tinha ficado. A cidade em si não estava muito danificada, apenas algumas casas em ruínas, objetos deixados no chão e sujeira por toda a parte. Existiam ruas que estavam com manchas muito negras no chão e nas paredes, logo imaginou que pudesse ser sangue. Prontera não estava como costumava ser, cheia de gente e mercadores com suas lojinhas de tudo quanto era tipo de coisa. Agora parecia mais com Payon, uma cidade construída no meio da floresta, com poucas pessoas circulando pelas ruas procurando algo ou alguém. De vez em quando passava uma tropa da Cavalaria de Prontera procurando sobreviventes ou fazendo a ronda rotineira. Luke se sentia frustrado por não ter conseguido deter seu tio. Perdido em seus pensamentos confusos, quase não percebera que já estava se aproximando da Igreja de Prontera. Aparentemente não havia acontecido nada com a estrutura da Igreja e isso o espantou um pouco. Ele resolveu se dirigir logo à sala de Necrus, e no caminho quase não se via sacerdote ou noviço na igreja, só existiam algumas Alices limpando a igreja e um ou outro sacerdote perambulando pelo lugar. Ao chegar à sala, Necrus não estava lá. Mas Luke reparou em um pergaminho que estava em cima da mesa. Aproximando-se um pouco mais perto para ver o que estava escrito, ele notou que se tratava de uma manchete de um jornal que dizia: [COLOR=#0000FF][B][I]Jornal Expressas de Juno – Desastre em Prontera pode ter sido causado pela antiga sociedade secreta Veritatem. Após vários anos inativa, a sociedade secreta parece que tem mexido alguns pauzinhos ocasionando uma série de desastres e crimes recentes.[/I][/B][/COLOR] Assim que terminou de ler a manchete, Necrus entrou na sala. Necrus era um homem de meia idade com cabelos e barba loiros, vestia uma manta que parecia com a de um sacerdote. [I][B][CENTER][IMG]http://img.levelup.com.br/ragnarok/_img/person_img71.jpg[/IMG] Necrus[/CENTER] [/B][/I] Ao entrar na sala disse: - Luke meu filho, o que você está fazendo aqui? Pensamos que você estava perdido ou mor... Necrus notou o semblante triste do rapaz, apesar de Luke tentar esconder sua tristeza inutilmente. - Oh, meu jovem... Sinto muito pelo seu pai... - Não se preocupe tutor, eu já sei quem fez isso. Mas eu to com a cabeça muito quente pra pensar no que fazer. - respondeu Luke tentando absorver tudo o que estava acontecendo. - Infelizmente o pessoal já ta especulando que pode ser que a antiga sociedade secreta Veritatem esteja por trás disso. - disse Necrus olhando para o jornal. - Mas o que foi essa sociedade secreta e o que ela pretende fazer com esses acontecimentos? - Olha filho, antes de eu dizer alguma coisa, gostaria que você viesse comigo em um lugar. Apenas me siga. Luke então começou a seguir seu tutor. Eles saíram da igreja e estavam se dirigindo para trás dela. Luke se lembrou onde estava indo, lá era onde ficava o cemitério da cidade. - Olha Luke. Depois daquela noite, conseguimos resgatar o corpo do seu pai e fizemos um sepultamento como ele merece. Eu sei que você ainda não teve tempo de se despedir, mas essa é a hora. - disse o beato apontando para um majestoso túmulo. Luke então se aproximou do túmulo do pai onde estava escrito: [COLOR=#0000FF][B][I]Vendrick Von Trivian, aqui jaz um dos melhores Cavaleiros que já existiu em Rune-Midgard.[/I][/B][/COLOR] Luke então não conteve as lágrimas. Tudo o que ele sabia devia a seu pai, desde quando virou aprendiz até quando acompanhou o teste pra virar noviço ele estava ali ao seu lado. Ele não entendia porque que agora todo mundo falava que ele foi um dos melhores Cavaleiros e mesmo assim viviam uma vida simples. Luke ficou ali no túmulo de seu pai se lamentando e, derramando suas lágrimas em cima do túmulo, disse: - Pai, eu juro que eu vou terminar o que o senhor começou e eu juro que vingarei sua morte. Tenho esperanças de encontrar a minha mãe, mas seja lá onde ela estiver, eu sinto que ela está viva e que está bem. O senhor morreu sem ao menos saber quem ocasionou sua morte. Talvez tenha sido melhor o senhor ter partido sem saber, pois se o senhor tivesse sobrevivido provavelmente morreria de desgosto ao saber o que o irmão que tanto amavas te apunhalou pelas costas. Eu ainda não consigo compreender como uma pessoa tão bondosa, carinhosa e dedicada à família pudesse fazer tal mal assim. Mas não se preocupe, pai... Sua morte não será em vão. Após passar um bom tempo ali, Necrus disse: - Agora, para esclarecer suas dúvidas terei que enviá-lo a um lugar mais tranqüilo e reservado e eu acho que fará bem para você. Lá você achará uma pessoa que responderá todas as suas perguntas, mas você terá que ser paciente. Irei criar um portal pra te levar até lá. Boa sorte! Necrus, com um gesto de mãos, criou um portal onde Luke foi teleportado. Após alguns segundos envolto naquela luz embranquecida, Luke se materializou em um lugar muito familiar. Ele observou o lugar ao seu redor e viu que estava ao lado de uma igreja. À sua volta via-se outras casas que pareciam ser capelas e partes de um castelo. Apesar da bela paisagem, Luke notou que não está sozinho naquele ambiente. - Estava esperando por você, Luke.... - Mas, você... [COLOR=#008000]-------------------------------------------------------------------------[B]FIM DO CAPÍTULO IV[/B]------------------------------------------------------------------[/COLOR] [COLOR=#008000][B][CENTER] CAPÍTULO V – A ABADIA DE SANTA CAPITOLINA[/CENTER] [/B][/COLOR] Luke ficou espantado ao ver aquela criatura. Um avantajado macaco negro estava rodeado de vários outros macacos rosa menores, olhavam sorridentes para Luke. [center][IMG]http://www.ragnadb.com.br/img/monstro/1057/yoyo.gif[/IMG][IMG]http://www.ragnadb.com.br/img/monstro/1057/yoyo.gif[/IMG] [IMG]http://www.ragnadb.com.br/img/monstro/1214/choco.gif[/IMG] [IMG]http://www.ragnadb.com.br/img/monstro/1057/yoyo.gif[/IMG][IMG]http://www.ragnadb.com.br/img/monstro/1057/yoyo.gif[/IMG][/center] [COLOR=#000000][B][I]"Será que estou ficando louco? Eu ouvi mesmo este macaco falando?"[/I][/B][/COLOR] - pensou Luke. De repente aquela legião de macacos foi avançando em sua direção, agora com olhares mais ameaçadores. - Punho Supremo de Asura! Numa velocidade absurda, saltou-se na frente de Luke uma monja desferindo um soco poderoso naquele macaco negro que fez um barulho tremendo. Logo Luke teve a ligeira impressão de que esse barulho pairou no ar por um breve instante de tempo. - Nossa, estes Chocos dão muito trabalho. De vez em quando um Choco se rebela e comanda um grupo de Yoyos e fazem a maior bagunça aqui na Abadia. – disse a monja ofegante com o Choco desmaiado. A pequena leva de Yoyos ao verem seu líder nocauteado, fugiram amedrontados. - Me desculpe por me apresentar assim, me chamo Edna. Eu já vi que você está um pouco confuso, mas fui eu quem estava falando com você Luke. Necrus já havia me falado na possibilidade de sua visita, mas antes de qualquer coisa vamos entrar. Edna era uma monja formosa, aparentava ter 17 anos. Tinha cabelos cor-de-salmão, olhos castanhos claros, algumas sardas espalhadas em suas bochechas, entrando em contraste com sua clara pele. Usava um belo uniforme tradicional de monja, uma soqueira que revestia parte dos braços e estava descalça. [CENTER][IMG]http://img716.imageshack.us/img716/1801/raie.png[/IMG][/CENTER] [I][B][CENTER]Edna[/CENTER] [/B][/I] - Venha garoto, vai ficar aí parado? Cuidado, senão outro Choco poderá te atacar. - brincou Edna. Luke resolveu seguir Edna para dentro da abadia. Ao passar pelos portões ficou ainda mais maravilhado com o lugar. Era muito bem organizado, bem arborizado, com várias casas que mais pareciam castelos, e alguns monges meditando, e outros treinando mais ao fundo das casas. - Luke, bem vindo a Abadia de Santa Capitolina. Luke sentia uma paz enorme naquele lugar, apesar de toda tragédia que acabara de acontecer. Luke nunca sentiu uma sensação tão agradável igual a que ele tava sentindo. - Venha, irei levá-lo até o mestre Muhae. Lá ele explicará melhor o que nós fazemos aqui. Os dois seguiram por aquela enorme Abadia e Luke preferiu não usar Aumentar Agilidade, pois queria conhecer um pouco mais aquele lugar. Ele sempre ouviu a respeito da Abadia de Santa Capitolina, guilda dos monges, mas nunca pensou que fosse daquele jeito. Andaram por cerca de dez minutos até chegarem a uma espécie de igreja. Ao entrarem na casa viu alguns monges meditando, outros simplesmente caminhavam de uma sala a outra. Eles então atravessaram uma grande sala central e entraram em uma sala maior ainda. No meio dela havia um monge já de meia-idade com barba e cabelo loiros, parecido muito com Necrus. Estava sentado em uma mesa, tomando um apetitoso chá de ervas verdes. [CENTER][IMG]http://game.levelupgames.com.br/ragnarok/_img/person_img71.jpg[/IMG][/CENTER] [I][B][CENTER]Muhae[/CENTER] [/B][/I] - Luke, tudo bom? Eu pensei que você viesse um pouco mais tarde. Sente-se, aceita um chá de erva verde? – ofereceu Muhae. - Aceito sim, muito obrigado senhor. Mas como o senhor me conhece? - Ah, eu era muito amigo do seu pai e você já me conhece, só não se lembra. Eu estava no seu parto quando o sacerdote Necrus ajudou sua mãe a dar a luz. Muhae logo parou de falar ao perceber que tinha tocado num assunto muito traumático pra ele. – Me desculpe, filho... Meu primo Necrus já me contou tudo, lamento muito mesmo pelos seus pais. - Obrigado pelas palavras, senhor. Mas esse lugar me trouxe uma paz enorme, uma paz que eu não sentia há muito tempo. Mas o meu objetivo é encontrar respostas e descobrir o que realmente está por de trás da morte do meu pai e destas outras tragédias que aconteceram. Primeiramente, me responda uma coisa: o que é a sociedade secreta Veritatem e quais os objetivos que ela tem? - Vamos devagar Luke, vamos por partes. Eu sei que você está cheio de dúvidas sobre o que está acontecendo no momento, mas vou explicar calmamente todas as suas perguntas. Vamos à primeira pergunta. A sociedade secreta Veritatem foi... CRÁÁÁÁSSSHHH!!! Uma nuvem de poeira e fumaça encheu a enorme sala. - De novo? Isso já está virando rotina. - Aquele cara outra vez. Santa ignorância! – ouviram o pessoal resmungando. - SORA!!!!!! – esbravejou Muhae Luke levou um susto.Um lugar calmo daquele e jamais imaginou que alguém pudesse gritar ali. Então a poeira começou a baixar e logo viu-se uma enorme cratera na parede esquerda da sala. Em meio à poeira sedimentando-se, um vulto surgiu. - Cof! Cof! Me desculpe mestre, mas eu perdi o controle de novo. Então a poeira se dissipa e logo que uma figura curiosa aparece. Um homem de cabelos longos e azuis, usava um óculos fundo de garrafa e estava coberto de poeira. Era bem jovial e um pouco magricela, aparentava também ter os seus 17 anos. [CENTER][IMG]http://img32.imageshack.us/img32/1781/wl2c.png[/IMG][/CENTER] [I][B][CENTER]Sora[/CENTER] [/B][/I] - Sora, quantas vezes você vai destruir este lugar!? Eu já não te falei, controle e exercício da mente são fundamentais para o desempenho de suas habilidades. - Me desculpe, mestre. Isso não irá mais acontecer, eu prometo. – disse Sora - Eu acho que já ouvi isso anteontem. – disse Edna limpando o cabelo - Luke, peço desculpas pelo inconveniente mas Sora é nosso monge mais desastrado que temos e às vezes ele sempre acaba fazendo besteiras como essa. Infelizmente vamos ter que construir alguma coisa de improviso antes que a noite chegue, aliás, Sora você é quem vai construir isto aqui e espero que termine antes de anoitecer. Tenho que ir até a igreja de Prontera. Luke, nós ainda teremos aquela conversa, mas por enquanto vá conhecer os estabelecimentos. - Tudo bem, mestre Muhae. Eu ajudo o Sora a terminar de fechar o buraco. – disse Luke. - Não precisa se incomodar com isso. Ele já está acostumado. Edna, mostre a Abadia completa pra ele, OK? – ordenou Muhae. - Tudo bem, mestre. – respondeu Edna prontamente. Mestre Muhae começou a recolher algumas coisas em cima de sua mesa, sacudindo-as por causa da poeira e dos destroços que haviam caído sobre os documento. Assim que limpava cada uma delas,guardava-as sob a bata que estava vestido. Parecia que a bata estava magicamente transformada, pois aparentava que os objetos estavam sendo guardados dentro de um saco sem fim. Espantosamente o volume da bata não aumentou nem um pouco. Depois de ter recolhido seus pertences, mestre Muhae fez uma saudação juntando as palmas de suas mãos e inclinando seu corpo para frente. Em retribuição, os monges que ali estavam fizeram o mesmo. Luke tentou acompanhá-los no cumprimento, mas ficou um pouco perdido. Após a saudação, mestre Muhae e mais alguns monges saíram da sala pelo enorme buraco na parede que Sora havia feito. Assim que mestre Muhae saiu, Sora começou a catar os entulhos que haviam se espalhados pela enorme sala. - Posso te ajudar? - perguntou Luke querendo ajudar o desastrado monge. - Não precisa, eu já estou acostumado. Pode ir conhecer a Abadia – respondeu Sora meio abatido. - Por favor, eu faço questão. É o mínimo que eu posso fazer depois da ótima hospitalidade que vocês tiveram para comigo. - Tudo bem, então. Já que você quer assim. - Sora, não precisa ficar assim. Um dia você irá se tornar um ótimo monge. – disse Edna tentando reconfortá-lo. - Edna, a quem eu quero enganar... Todo mundo sabe que eu sou um verdadeiro desastre, não sei como o mestre Muhae ainda me aceita aqui. - desabafou Sora pegando uma das várias pás que estavam encostadas numa parede. Luke observando a conversa, foi até onde estavam localizadas as pás, pegou uma pra si e começou a ajudar Sora. Edna vendo a atitude de Luke, também pegou uma pá e começou a ajudá-los. Os três então começaram a juntar os entulhos para poderem tentar tampar o enorme buraco na parede. Enquanto trabalhavam, Luke perguntou algo que estava incomodando-o: - E então Sora, porque que todo mundo diz isso de você? Sora parou de trabalhar após ouvir a pergunta de Luke, e deu uma olhada para Edna onde a mesma retribuiu com um sinal de afirmação com a cabeça. Percebendo o sinal da amiga e após um longo suspiro, Sora resolveu falar: - Isso é uma longa história. Eu era um noviço, assim como você, só que fizeram uma coisa horrível comigo quando eu era criança e que me deixou sequelas. - E o que aconteceu? Quem te fez isso e o que foi? – perguntou o afoito Luke - Você já ouviu falar da sociedade secreta Veritatem? [COLOR=#008000]-------------------------------------------------------------------------[B]FIM DO CAPÍTULO V[/B]------------------------------------------------------------------[/COLOR] [COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO VI – A HISTÓRIA DE SORA[/CENTER] [/B][/COLOR] Luke ficou assustado com a pergunta. [B][I]“Como todo mundo já sabe sobre essa Veritatem e só eu não?”[/I][/B] – pensou ele. Após ficar calado alguns segundos, Luke respondeu: - Sim, eu já ouvi falar desta sociedade. Mas eu não sei o que de fato ela fez ou faz. Foi por isso que eu vim para cá, pra desvendar o que aconteceu com meu pai. A única coisa que sei é que essa sociedade secreta teve a ver com tudo o que aconteceu. - Então eu vou contar um pouco sobre a minha vida. Quem sabe isso o ajude a esclarecer algumas coisas. Puxe uma cadeira e sente-se, é uma longa história. – disse Sora apontando para um pequeno amontoado de terra. *[B][I] [COLOR=#0000FF]“Minha infância foi fortemente marcada por este grupo. Quando eu tinha uns 12 anos – apenas um jovem noviço – eu morava com meu “meio-irmão” que tinha uns 25 anos. Nós morávamos numa pequena casa em Prontera. Eu nunca conheci meus pais e meu “meio-irmão” me dizia sempre que eles tinham sofrido um acidente quando eu era um bebê. “Meu irmão” era um mago naquela época e quase nunca o via em casa e eu tinha que me virar pra arrumar comida. Eu sempre aceitava alguns trabalhos que a guilda dos noviços me oferecia para poder me sustentar. “Meu irmão” era muito suspeito quando voltava pra casa. No pouco tempo que ficava em casa, ele se trancava no quarto e eu ouvia ruídos e barulhos estranhos vindos de lá dentro. Quando ele saía, ele encantava o quarto para que ninguém pudesse entrar ou chegar perto. Só que eu jamais pensei que ele pudesse fazer algo tão terrível com Rune-Midgard e comigo.[/COLOR][/I][/B][COLOR=#0000FF] [B][I]Numa noite onde a lua estava cheia e brilhante, aconteceu uma tragédia para toda Rune-Midgard. Quase todos os herdeiros da Família Real foram assassinados, menos um: Vendrick Von Trivian. Todos ficaram chocados e...[/I][/B][/COLOR] - Espera... Espera só um momento... Você disse Vendrick Von Trivian? - interrompeu Luke espantado. - Sim, por quê? - indagou Sora curioso. - Er... Não é nada, não... Esquece... Luke ficou temeroso em contar que seu pai se chamava Vendrick Von Trivian. Mas ele não podia crer que seu pai pertencia à realeza de Rune-Midgard. [B][COLOR=#000000][I]"Meu pai? Da família real? Impossível... Fui criado desde bebê numa casa simples e aconchegante com meus pais. Não tínhamos luxo, mas éramos felizes. Meu pai foi um ótimo cavaleiro, se ele tivesse a oportunidade de dar uma vida mais confortável para mim e para minha mãe ele teria dado sem hesitar. Só pode ser outra pessoa, é a única resposta..."[/I][/COLOR][/B] - pensava Luke consigo mesmo. - Voltando para a história... Onde é que eu estava mesmo? Ah, sim. Lembrei... Como eu estava dizendo, [COLOR=#0000FF][B][I]naquela noite aconteceu uma tragédia para toda Rune-Midgard. Quase todos os herdeiros da Família Real foram assassinados, menos um: Vendrick Von Trivian. Todos ficaram chocados e logo culparam Vendrick, que o prenderam rapidamente. Lembro-me perfeitamente que nesta noite meu "meio-irmão" tinha me oferecido um chá e logo em seguida fiquei muito cansado. Lembro-me também de subir as escadas apoiado no corrimão pra ir deitar no meu quarto, mas depois disso eu apaguei. Naquela mesma noite eu acordei com alguém me carregando nas costas. Não deu pra ver quem era mas notei que o lugar onde estávamos passando era um deserto, logo pensei que estivéssemos perto de Morroc. Não reagi pois haviam mais duas pessoas ao lado dele, que também não consegui enxergar quem era. Apesar de estar sonolento, reparei que nós não atravessamos a cidade. Apenas a contornamos. Depois de mais ou menos meia hora de viagem chegamos numa pirâmide. Repentinamente, o homem que estava me carregando disse para os outros que estavam acompanhando-o: - Não podemos demorar, senão ela vai ficar furiosa e nosso plano vai por água abaixo. Então nós entramos na pirâmide. Dentro da pirâmide havia um labirinto sem fim, mas parecia que eles já estavam familiarizados com aquele caminho. Chegamos ao segundo andar onde vários monstros, na maioria mortos-vivos, estavam infestando o lugar. Continuamos a caminhar por entre os monstros, mas eles não nos atacaram. Nem mesmo demonstraram reação violenta contra nós. Fiquei bem surpreso, pois haviam múmias, esqueletos, familiares e drainliares, todos monstros agressivos. E asim foi por vários andares até chegarmos ao topo da pirâmide, no último andar. Lá havia uma enorme quantidade de monstros, em sua maioria umas serpentes metade mulher e metade cobra chamadas de ísis.[/I][/B] [B][I]No centro daquele lugar eu observei que tinha um altar. Este altar era quadrado, feito de pedra e em cima dele haviam várias runas, pedras elementais, gemas e outros tipos de pedra que eu não consegui identificar. E ao seu redor tinha uma vala com um líquido vermelho que acredito ser sangue. Então eles se aproximaram do altar, me colocaram nele e conjuraram uma espécie de magia onde eu não conseguia me mexer. Após me imobilizarem, um deles disse: - Acenda a luz, Doralice.[/I][/B][/COLOR] Na mesma hora em que Sora citou o nome Doralice, Luke se lembrou daquela "doce velhinha" que era braço direito de seu tio Markus. Luke apertou seus punhos fortemente sem que Edna e Sora pudessem perceber. - Algum problema Luke? - perguntou Edna. - Não, estou bem. Pode continuar a história, Sora. - Você tá esquisito, cara. Quer descansar um pouco? Acho que tem um bom tempo que você não descansa de verdade, acertei? - deduziu Sora. - Não precisa, a última coisa que eu quero fazer neste momento é descansar. Mas, continue a história. Prometo que não vou mais interromper. - respondeu Sora torcendo para que ele continuasse com a história. - Eu disse que a história era longa, mas vamos lá... [B][I] [COLOR=#0000FF]...Então a suposta Doralice fez um movimento que acendeu várias tochas em toda a sala. Então eu vi seus rostos. A mulher que atendia pelo nome de Doralice era uma senhora de meia idade e pelas vestimentas que trajava, uma bruxa. O outro era um homem que eu nunca tinha visto e também não deu pra distinguir sua classe. E o terceiro, o que estava me levando, era o meu “meio-irmão”. Então, ingenuamente, eu disse:[/COLOR][/I][/B][COLOR=#0000FF] [B][I]- Markus meu irmão, o que está acontecendo aqui? O que significa isso e quem são estas pessoas?[/I][/B][/COLOR] Luke levou outro susto. Já era a terceira vez que escutava o nome de uma pessoa que conhecia, não poderia ser só coincidência. [COLOR=#0000FF][B][I]Ele deu uma risada maléfica, que até hoje eu não me esqueço dela. E após dar essa risada, ele olhou pra mim friamente e disse:[/I][/B] [B][I]- Irmão? Eu nunca fui seu irmão. Só estava com você porque estava cumprindo ordens. Me admira você com um poder deste tamanho em suas mãos e o desperdiça curando os outros. E já que estamos aqui, eu posso te contar o que realmente aconteceu com seus pais. Eu te devo essa, afinal sou seu “irmão mais velho”![/I][/B] [B][I]Após ele dizer isso, eu levei um susto. Como assim a verdade sobre os meus pais? Toda a minha vida eu pensei que meus pais haviam sofrido um acidente, e agora o meu “meio-irmão” iria dizer a verdade?[/I][/B][B][I] Com uma voz sinistra ele continuou dizendo:[/I][/B] [B][I]- É exatamente o que você acabou de ouvir, Sora. Você nunca se perguntou o porquê que toda vez que você se machucava, seu ferimento regenerava quase que instantaneamente? E também o porquê que você quase não se cansa? Você era filho de uma curandeira com um caçador que moravam perto da aldeia de Umbala. Vocês eram muito pobres, mas “felizes”. São aquelas típicas pessoas que eu odeio. Pode está desabando o mundo, que eles continuam sorrindo como se nada estivesse acontecendo. Vocês sobreviviam das caças do seu pai, e de alguns donativos que sua mãe prestava como curandeira. Continuando a dramática história, sua mãe ficou grávida. Era o primeiro filho do casal de urubuzinhos. Após um mês de gestação sua mãe adoeceu, e nenhum medicamento ou cura estava dando certo. Que ironia, uma curandeira que precisava de cura! E a cada dia que passava sua mãe piorava. Por causa desta doença sua mãe não podia mais trabalhar como curandeira, então a vida financeira que já era horrível, piorou.*[/I][/B] [B][I]Um belo dia seu pai resolveu se adentrar mais na área onde ele costumava caçar, mesmo sendo aconselhado pelos moradores de Umbala que não se arriscavam adentrar aquele território. Mas ele estava na última e desesperadora chance, estava indo atrás da Árvore da Vida, Yggdrasil. Ele conseguiu passar por todos os obstáculos e finalmente descobriu as enormes raízes de Yggdrasil. Então ele começou a cultivar e a consumir lascas de raízes da grande árvore. Sua mãe começou a consumir e a se tratar com esses fragmentos de raízes através de chás e aplicações na pele, o tratamento era intenso. Como resultado disso, sua mãe melhorou de uma maneira muito rápida. E poucos meses depois sua mãe te deu à luz.[/I][/B] [B][I]Com a ajuda da parteira de Umbala sua mãe te teve, e ao nascer você brilhava muito, provavelmente proveniente do tratamento das raízes de Yggdrasil. Sua mãe não teve nenhuma hemorragia e dor ao te dar a luz, e você nasceu saudável. Então seus pais notaram que você nunca adoecia, muito menos eles. Seu pai ao voltar das caçadas todo ferido, te segurava pelos braços e instantaneamente seus ferimentos eram curados. Logo a sua fama correu por Umbala e várias pessoas enfermas vinham para ser tratados. Sua fama não parou de crescer. Naquela época o rei Tristan III sofria de uma doença de pele incurável. O rei ao ficar sabendo de você, procurou os seus pais e o resultado deste encontro não poderia ter sido diferente: o rei estava completamente curado. Mas a coisa começou a piorar, e agora pessoas de várias partes de Rune-Midgard vinham atrás de você. Seus pais começaram a ficar incomodados com isso e resolveram sair dali o mais rápido possível, pois temiam que algo de ruim pudesse acontecer com você. Eles estavam certos. Mas felizmente, pra mim, consegui interceptá-los e roubei você deles. Deu um trabalho enorme pois seu pai foi muito valente e naquela época eu era um simples mago.[/I][/B] [B][I]- Como assim, era? Você ainda é um mago. – perguntei a ele[/I][/B][B][I] Então ele respondeu pra mim, como uma expressão maléfica:[/I][/B][B][I] - Era o que eu queria que você pensasse. Você nunca achou estranho eu nesta idade ser apenas um mago? E graças ao Oráculo da Morte eu consegui te encontrar e cumprir o Objetivo Maior. Mas vamos parar de papear e vamos ao que interessa. OSÍRIS!!![/I][/B] [B][I]Markus deu um grito estrondoso e Osíris, o deus dos mortos, se ergueu na frente do altar onde eu estava preso. Lembro-me perfeitamente como se fosse hoje cada palavra proferida por eles:[/I][/B] [B][I]- Vocês demoraram demais! – falou Osíris com uma voz macabra[/I][/B] [B][I]- Perdão senhor, nós estávamos cumprindo a sua ordem e ela foi bem sucedida. Neutralizamos a Família Real e colocamos a culpa em outra pessoa. – disse Markus[/I][/B] [B][I]- Ótimo – disse Osíris olhando para diretamente para Sora – Vamos começar com o ritual.[/I][/B] [B][I]“Markus, Doralice e o outro cara que eu não conhecia ergueram os braços pra cima, começaram a gritar palavras estranhas e no mesmo instante senti uma enorme dor. Uma espécie de fumaça roxa começou a sair de dentro de mim. Então toda a minha energia estava sendo canalizada para Osíris, meus olhos começaram a ficar embaçados e eu tive certeza de que eu morreria ali. Meus olhos, ouvidos e nariz começaram a sangrar. Minha boca por dentro era o puro sangue. Me lembro perfeitamente de ter uma enorme explosão no lugar e depois disso eu apaguei, só me lembro de acordar aqui na Abadia de Santa Capitolina. Depois disso o Mestre Muhae me contou que naquela hora da explosão apareceu um grupo de Investigação, que conseguiu conter Osíris e aqueles outros da sociedade secreta Veritatem. Só que até hoje eu sofro com isso, meu corpo às vezes não se adapta aos meus poderes e às vezes ele se adapta até demais ocasionando um enorme poder destrutivo. Por isso eu treino todos os dias para controlar isso. Infelizmente o grande poder que eu tinha hoje, agora não tenho mais. Mas de uma coisa eu tenho certeza: um dia irei reencontrar meus pais. Eu tenho certeza de que eles estão vivos, em algum lugar. Mas para isso terei que treinar muito e encontrar o homem que ocasionou tudo isso pra mim.”[/I][/B][/COLOR] – concluiu Sora Luke ficou abismado com aquela história. Ficou mais confuso do que antes. Não sabia se estava chocado com a história de Sora, ou a história de que seu pai fazia parte da Família Real de Rune-Midgard. Ele queria tirar esta dúvida, tinha que perguntar... - Sora, qual o nome completo do rei Tristan III? - Don Tristan Von Trivian III, por quê? - Porque Vendrick Von Trivian era o meu pai. [COLOR=#008000]-------------------------------------------------------------------------[B]FIM DO CAPÍTULO VI[/B]------------------------------------------------------------------[/COLOR] [COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO VII – A DECISÃO[/CENTER] [/B][/COLOR] - Isto é brincadeira, não é? Fala sério que você é filho do lendário Vendrick Von Trivian, o cavaleiro que matou um Atroce com uma pedra? - Ué, você sabe da história do Atroce? - perguntou Luke a Sora. - Toda Rune-Midgarg conhece esta história. A Cavalaria de Prontera recebeu uma missão de socorro para ajudar Rachel, a capital de Arunafeltz, que estava sendo atormentada por um Atroce. A guilda resolveu mandar seus melhores cavaleiros para esta desafiadora missão, e dentre esses cavaleiros estava Vendrick Von Trivian. Eles embarcaram no aeroplano de Izlude rumo ao reino vizinho, Arunafeltz. Chegando lá, encontraram-se com as autoridades da cidade onde explicaram a situação. Então eles se juntaram com alguns guerreiros da cidade, planejaram o ataque e partiram em busca do enorme monstro. Não demoraram muito para encontrar a fera, mas após uma emboscada mal sucedida o grupo todo pereceu. Ninguém mais tinha forças para revidar a fera, e o monstro estava prestes a devorá-los. Foi então que Vendrick Von Trivian reunindo suas últimas forças se levantou, pegou uma pequena pedra o chão e num movimento rápido e certeiro, atirou a pedra na cabeça do Atroce atravessando-a. Todos que estavam ali ficaram impressionados com esta façanha, dizem que depois disso ele caiu desmaiado e só acordou três dias após o episódio. Em depoimento Vendrick disse que a única coisa que ele pensou na hora foi em seu filho que estava pra nascer. Esta história aconteceu há 15 anos atrás. - Impressionante! Meu pai me contava essa história quando eu era pequeno. Mas isso é impossível, ninguém nunca tratou nossa família com diferença ou regalias. Como vocês sabem dessas estórias? Nós sempre andávamos nas ruas da cidade normalmente, se meu pai fosse filho do rei Tristan III com certeza seríamos abordados pelas pessoas. - disse Luke tentando raciocinar. - Na verdade, ninguém sabe como é fisionomia de Vendrick. A última vez que ele apareceu em público foi dia do massacre dos herdeiros da Família Real, onde ele foi acusado injustamente. Depois disso ele abdicou sua posição de sucessor do trono, e sumiu no mundo. Tudo o que as pessoas sabem hoje em dia à respeito de Vendrick foi passado de boca em boca, só os que as pessoas sabem é que ele era um dos melhores cavaleiros da Cavalaria de Prontera e sua identidade era preservada na guilda. Ele nunca gostou de usar seu sobrenome, gostava do anonimato. Poucas pessoas sabiam quem ele era e como ele era, pessoas de confiança. Eu mesmo não sei como ele era, apenas conheço as fotos de quando ele era da realeza. Dizem que mestre Muhae era amigo íntimo de Vendrick Von Trivian, e que inclusive ele vinha algumas vezes aqui na Abadia de Santa Capitolina. Eu ainda não acredito que você possa ser filho de Vendrick Von Trivian. - explicou Sora. - Queria pelo menos ter me despedido dele. - lamentou Luke. - Eu sinto muito mesmo, quando fiquei sabendo da morte do seu pai pensei que fosse alguma piada de mal gosto. Mas logo o mestre Muhae foi chamado para velar o corpo dele numa cerimônia fechada, apenas com amigos íntimos. Nós tentamos te localizar por toda parte, mas não conseguimos. A sorte foi que o sacerdote Necrus te achou primeiro. Eu sei que você está cheios de dúvidas, mas a única pessoa que te pode ajudar no momento é o mestre Muhae. Foi uma pancada muito forte que Luke sentiu ao descobrir que seu pai fazia parte da Família Real de Rune-Midgard, e também ao descobrir que seu tio era uma pessoa completamente diferente do que ele conhecera. Ele ficou um bom tempo em silêncio pensando no que acabara de ouvir. Então ele respirou fundo e disse: - Sora, temos que falar com o Mestre Muhae, temos que ir atrás dele. - Mas ele acabou de sair pra Prontera e ainda tenho que terminar de consertar essa parede. - É mesmo, Luke. Vamos terminar isso aqui o mais rápido possível e assim que o Mestre Muhae chegar, nós falaremos com ele para esclarecer toda esta história. – disse Edna que até o momento ficara calada. - Tudo bem, tinha me esquecido disso. Vamos terminar isso aqui, descansar e esperar a volta do Mestre Muhae. – concordou Luke E assim, eles continuaram a remover os tijolos e entulhos da parede quebrada por Sora e pegaram alguns tijolos e começaram a tampar o buraco na parede. E assim foram do fim da tarde até às nove horas da noite. Quando terminaram estavam bastante exaustos, e resolveram se arrumar e trocar de roupa. Edna foi para o alojamento das monjas e Luke acompanhou Sora para o alojamento dos monges. Sora apresentou Luke para alguns monges que ainda estavam no alojamento pois era a hora do jantar e a maioria estava no refeitório. Todos foram muito hospitaleiros com Luke, ele se sentiu em casa e quase se esquecera do que havia ocorrido com ele. Quase uma hora depois, agora arrumados, Sora e Luke desceram para o refeitório e, ainda haviam alguns monges e monjas conversando ali. Logo em seguida Edna também apareceu para o jantar e se juntou a eles na mesa. Eles começaram a comer e a conversar a respeito da Abadia, e aproveitaram para debater aquela conversa que tiveram um pouco mais cedo. Ao saírem do refeitório Luke disse: - Vamos falar com o Mestre Muhae e ver o que ele tem a dizer sobre isso. - Tudo bem, é bom que ele esclarece as dúvidas de cada um. – concordou Sora. - Vocês estão falando sobre o Mestre Muhae? – perguntou um mestre que estava atrás deles. Eles viraram pra trás e se depararam com um homem alto, corpulento, cabelos e olhos castanhos claros, e trajava uma roupa de mestre. - Sim, você o viu? – perguntou Edna. - Na verdade não. É que eu fiquei sabendo que ele só virá amanhã pra Abadia, pois está resolvendo alguma coisa com o sacerdote Necrus e talvez chegue à noite. – respondeu o mestre. - Obrigado Félix pela informação. – agradeceu Sora. - Por nada. – disse o monge acenando a cabeça e entrando no refeitório. - Félix é um dos mestres mais fortes da Abadia. Quase nunca a gente o vê por aqui. Sempre está resolvendo algumas missões e ordens da guilda dos monges. – explicou Sora para Luke. - Então o jeito é esperar até amanhã né. – disse Luke se conformando. - Não fique triste Luke. É bom que você conhece a Abadia melhor amanhã e descansa um pouco pois o seu dia foi muito cansativo e corrido. – sugeriu Edna. - É, você tem razão. Preciso descansar um pouco e colocar minha cabeça no lugar. Os três se despediram e cada um voltou para o seu alojamento. O alojamento masculino onde Luke e Sora estavam era muito grande e com vários quartos. Cada quarto tinha três camas beliches e era muito confortável, tinha uma lareira ao fundo da parede e centralizada, tinham três sofás e três poltronas, vários tapetes no chão que Luke acreditou que servia para meditação. Existiam também alguns quadros nas paredes do quarto que, em sua maioria, retratavam natureza e luz. Eles entraram no quarto e Sora indicou a cama onde Luke iria dormir. Lá já tinham dois monges que Sora já havia apresentado pra Luke mais cedo. Após se cumprimentarem, Sora disse: - Você pode ficar aqui nesta cama debaixo da minha, pois está vazia. Amanhã a gente fala com o Mestre Muhae. Luke agradeceu a todos pela hospitalidade e se deitou. E, por fim, todas as luzes apagaram ao mesmo tempo. Logo Luke pegou no sono como nunca tivera acontecido com eles durantes as três noites atrás. Aquele lugar lhe transmitia muita paz e tranquilidade, e foi então que naquela mesma noite ele teve um sonho que mudaria sua vida para sempre. Sonhou que via seu pai e sua mãe amarrados numa espécie de linha branca em uma ilha suspensa no ar. Então seu tio Markus aparecia conjurando um feitiço em que sua aura era roxa e maligna. Um grito agudo de uma mulher ecoou pelo lugar, acompanhado de um estrondo. Após alguns segundos, só via-se o corpo do seu tio no chão e uma claridade tomou conta de tudo. - Acorda Luke, já amanheceu e temos que começar as atividades aqui na Abadia de Santa Capitolina. – dizia Sora acordando Luke. - Nossa, que horas são? – perguntou Luke. - Seis horas. - Uau, você acordam muito cedo. Lembra-me muito quando eu tinha acabado de virar noviço. Mas hoje eu acordei decidido e quero que você me ajude. – disse Luke com convicção. - Fale então. – disse Sora com curiosidade. - Quero me tornar um monge! - V-v-o-ocê o quê? - gaguejou Sora. - Disse que quero me tornar um monge. - Mas você ainda é muito novo. Não vai conseguir passar nos testes e também ainda tem aquela pendência com o Mestre Muhae. - Por isso mesmo. Decidi que não quero ver mais ninguém que eu goste ou conheça morrer na minha frente sem eu fazer nada, esse também é o meu sonho: terminar o que meu pai deixou para trás. Eu vou dar continuidade ao que meu pai descobriu e para isso não posso ser um simples noviço ou sacerdote. Terei que abdicar meu sonho e realizar o sonho do meu pai que era de me tornar um monge. E por isso eu preciso de sua ajuda para que eu consiga cumprir este objetivo. - Olha Luke, vou ser bem sincero pra você. O teste não é fácil, só consegui passar no teste por causa da minha insistência, perseverança e por que eu consegui controlar meus poderes. [B][I]"Ou quase... - pensou Sora"[/I][/B] - Eu consigo passar neste teste. Eu enfrentei um sábio e uma arquimaga sozinho, era pra eu ter morrido, mas estou aqui. Eu quero aproveitar esta chance e honrar o nome do meu pai. - Tudo bem, mas primeiro você tem que falar com o Mestre Muhae. E ele ainda não chegou. - Vish, é mesmo. Mas não tem outro jeito não? - Infelizmente não. O teste começa com ele. - Não tem como enviar uma mensagem pra ele me mandar essa parte do teste? - Olha, nunca tentei isso, mas tem uma monja chamada Glória que ela é a mensageira oficial da Abadia. Nós podemos tomar o café da manhã primeiro e depois nós vamos nela e pedimos pra ela mandar uma mensagem para o Mestre Muhae. - Tudo bem, então. Luke se arrumou sem perder tempo, escreveu a carta e desceu com Sora para o refeitório decidido e confiante. O cheiro que vinha do refeitório era muito agradável. Era uma mistura de cheiros de várias coisas: pão, panquecas com mel, chá de ervas verde, biscoitos de gengribre e outras coisas mais. Luke foi logo pegando uma bandeja com seu prato e foi se servindo. Tirando a noite passada, fazia-se muito tempo que ele não comia, ainda mais uma comida deliciosa daquela. Enquanto comiam, Luke e Sora conversavam sobre as tarefas e atividades do dia-a-dia da Abadia de Santa Capitolina. Após o desjejum Luke e Sora correram para o escritório onde Glória trabalhava. Ao se aproximarem, Luke e Sora viram a seguinte cena: uma mulher de cabelos castanhos claros, curtos com um monte de papéis na mão e meio que desesperada. . - Bom dia, Glória! – exclamou Sora. - Ah, boa dia Sora! Hoje aqui está uma loucura! Muitas cartas e relatórios para carimbar e enviar, mas me diga em que posso ser útil? – falou Glória perdida em meio aos papéis. - Você poderia enviar uma mensagem para o Mestre Muhae para nós, é com muita urgência. - Eita, o Mestre Muhae está resolvendo uma coisa muito importante e não sei se o portal de mensagens pessoais dele está aberto. Mas se é tão importante assim, me passe a mensagem que eu mando pra ele. - Tudo bem, Luke por favor. – falou Sora dirigindo-se a carta que Luke estava segurando. Luke entregou sua carta para Glória, que a mesma com um movimento de mão murmurou: “Mestre Muhae!” Um mini portal foi aberto. Glória pegou a carta de Luke e a jogou dentro do portal. - Pronto, agora é esperar e ver se ele retorna. – disse Glória fechando o portal. - Tudo bem. Enquanto isso, apesar de não poder falar nada sobre o teste, eu posso te dar umas dicas. – afirmou Sora para Luke. - Ah, então é isso! Então está querendo se juntar a nós, pequeno noviço? Boa sorte! – desejou Glória com um sorriso no rosto. - Obrigado. – agradeceu Luke fazendo, enfim, a saudação monge corretamente. Por mais ou menos vinte minutos, Luke e Sora conversavam sobre o teste e cada vez mais Luke ficava apreensivo. De repente outro mini portal se abriu perto de Glória e de dentro dele surgiu uma carta selada. - Pronto pessoal, chegou a resposta do Mestre Muhae! – avisou-os Glória enquanto conversavam. Glória fez outro movimento com as mãos e o selo da carta se abriu. Ele certificou a carta e entregou a Luke, que por sua vez abriu a carta cuidadosamente e começou a ler. Após alguns segundos de leitura, a expressão de espanto no rosto de Luke era visível. - E então, o que ele disse? – perguntou Sora. [COLOR=#008000]-------------------------------------------------------------------------[B]FIM DO CAPÍTULO VII[/B]------------------------------------------------------------------[/COLOR] [COLOR=#008000][B][CENTER] CAPÍTULO VIII – AREIA, TROPEÇOS E FALHAS[/CENTER] [/B][/COLOR] Todos estavam apreensivos em saber o que o Mestre Muhae escreveu na carta. Luke, para acabar com o suspense, começou a ler a carta em voz alta: [COLOR=#0000FF][B][I]“Caro Luke, eu já imaginava que você fosse tomar essa decisão e foi por isso que o sacerdote Necrus o enviou para a Abadia. Existe ainda muita coisa que você precisa saber, mas por enquanto só o que você já sabe, já é o suficiente. Pois então, o primeiro teste começa comigo. Dê o seu melhor, pois os testes não serão fáceis, honre o nome do seu pai que foi um dos melhores cavaleiros de Rune-Midgard. Seu primeiro teste será este: traga para mim... *- 5 Mucos Pegajosos - 10 Peles de Minhoca - 20 Ervas Verdes Após recolher estes itens volte e entregue para Glória, caso eu ainda não tenha chegado, e ela te mandará para o segundo teste. Não tenha tanta pressa, pois ninguém conseguiu fazer este teste em um dia. Aliás, só teve duas pessoas, mas são casos excepcionais. Boa sorte e até mais tarde!” Atenciosamente, Mestre Muhae.[/I][/B][/COLOR] - Então é isso, vou à luta. Com certeza irei me tornar um monge e serei tão extraordinário quanto o meu pai. Me desejem sorte. – disse Luke com um olhar confiante. - É isso aí, cara. Confiança, calma e perseverança acima de tudo. Não se afobe muito, estaremos torcendo por você. – disse Sora apoiando sua mão no ombro de Luke. - Bom, então pegue seus equipamentos e mantimentos que eu abro um portal pra onde você quiser, já que você ainda não aperfeiçoou sua habilidade de portal. – advertiu Glória. - Não se preocupem, voltarei antes que o Mestre Muhae volte para a Abadia. Vou reunir meus equipamentos, provisões e mantimentos e irei. Minha primeira parada será Morroc, a cidade no meio do deserto. Neste momento a porta da sala bateu com tudo na parede. Em pé estava Edna toda coberta de esterco. Ela havia desferido um chute na porta que deixou um buraco do tamanho do seu pé na porta. O susto foi tão grande, que as pilhas de papéis que estavam sobre a mesa de Glória despencaram no chão. Sem contar no cheiro, que estava insuportável. - Ah, não! A porta de novo, não! – disse Glória correndo para verificar a porta. - Sora, seu desgraçado! - C-calma Edna, o que aconteceu? – perguntou Sora com cara de apavorado. - Você se esqueceu que dia é hoje? - Não, é que... - Hoje era o dia que estávamos escalados para colher as frutas do pomar para o senhor Hun, da cozinha! Eu procurei você por todo lugar, mas como não encontrei resolvi ir para o pomar pensando que você já estivesse lá! Chegando lá não encontrei você, então comecei a colher sozinha as frutas! Foi então que um maldito grupo de Yoyos pegou uma das cestas que eu tinha trago pra recolher as frutas. E enquanto eu estava distraída encheram a cesta de caca, subiram em cima de um pé de maçãs verdes onde eu estava colhendo as maçãs e descarregaram a cesta em cima de mim! Agora me responda, de quem é a culpa heim?! - Mas, mas... - Você sabe muito bem a razão de ir terem duas pessoas para fazer esta tarefa! Enquanto um vai recolhendo as frutas, o outro trata de afugentar os Yoyos do pomar! E o culpado quem é? Responde! - Sou eu? – respondeu Sora timidamente. - É claro que é você, seu tratante! – disse Edna servindo um cascudo em Sora. - Ai, ai, ai, ai... Isso dói... – disse Sora protegendo a cabeça com as mãos. - É pra doer mesmo, carniça! – disse Edna abraçando Sora e esfregando a cabeça dele. - Bnão bica assim bnão, eles bsão assim besmo... – disse Glória, tampando o seu nariz com a mão, para Luke. Luke observava aquela situação com muito espanto e, ao mesmo tempo, com muita graça. - Ai, ai, ai... Você tá fedendo muito! – disse Sora tentando se livrar de Edna. - Volte aqui, você vai sentir na pele tudo o que eu passei hoje! - Ah, se desse pra usar teleporte aqui... – lamentou Sora. - Parou! Chega dessa bagunça! Edna, essa porta será descontada do próximo ganho de missão que você for realizar. Já é a segunda porta que vocês dois quebram neste mês. – repreendeu Glória. - Cobre de Sora, então! Ele quem irá pagar! – respondeu Edna. - Eu, porque? Foi você quem a quebrou. - Quer levar outro cascudo? – ameaçou Edna. - Não, não... Tudo bem, tudo bem... - Acabou então, senão vocês vão atrapalhar o teste do Luke. - Teste? Que teste? – perguntou Edna curiosa. - Ele vai fazer o teste pra virar monge. – respondeu Sora, conseguindo se livrar dos braços de Edna. - Isso é sério, Luke? - É sim, Edna. Quero me tornar mais forte e defender a honra do meu pai. E não vou conseguir isso sendo um simples sacerdote. Quero obter poder para alcançar esse objetivo. Luke não queria falar o real motivo da sua decisão. Na verdade ele queria falar, só não podia. Não na frente deles. Seu coração tinha começado a ser tomado pelo rancor. Ele não queria dizer que o motivo que ele escolhera se tornar um monge era simplesmente vingança. Não combinava com um monge esse sentimento raivoso e obscuro. - Boa sorte pra você, então. Tome cuidado, o teste não é nada fácil. – advertiu Edna. - Não se preocupe. Não dormirei até alcançar meu objetivo. - Então, não perca mais tempo Luke. Vá e pegue suas coisas, a jornada será longa e cansativa. Pegue tudo o que achar necessário. Quando estiver pronto, venha falar comigo de novo. Abrirei um portal pra Morroc, pra você poupar tempo. - Obrigado, Glória. Luke saiu da sala rumo ao alojamento onde estava hospedado, para recolher seus pertences. - Epa, epa! Onde vocês pensam que vão? Vocês vão ficar aqui para arrumar a bagunça que vocês deixaram. – disse Glória surpreendendo Edna e Sora que já estavam tentando sair de fininho atrás de Luke. - Mas eu porque? Foi a Edna que causou isso tudo. – reclamou Sora. - Não quero saber. Toda vez que aconteceu alguma coisa desastrosa aqui na Abadia, vocês estão sempre juntos. Então, mãos à obra. Quero ver esta sala cheirando a Aloe Vera. Mas antes, a porquinha aí tem que tomar um banho. – disse Glória apontando para Edna. Luke arrumou suas coisa no dormitório, recolheu o que precisava, se equipou e voltou na Glória para abrir o portal. - Estou pronto, Glória! – exclamou Luke com sua maça amarrada na cintura, e em suas costas sua mochila. - Ótimo Luke. Tome muito cuidado e boa sorte. – respondeu Glória já abrindo o portal para Luke. - Nossa, o que aconteceu aqui? Nem parece a mesma sala que eu entrei agora a pouco. – comentou Luke ao observar que a sala estava toda arrumada e perfumada. Até os papéis estavam todos empilhados em montes distintos por ordem alfabética. O buraco na porta ainda permanecia no lugar. - Isso foi Sora e Edna que deram uma faxina básica na sala. Mas apresse-se, o portal vai fechar. Boa sorte! - Obrigado, nos vemos em breve. – disse Luke entrando no portal. Após Luke ter entrado no portal, em fração de alguns segundos já se encontrava na grande Morroc. Ele observou a grande cidade-deserto, na verdade ele já tinha passado por ali com seus pais quando era mais novo. Morroc lembrava um pouco a cidade de Prontera em relação ao movimento de mercadores. Também lembrava muito Aldebaran, sua terra natal, pelo espelho d’água que havia no meio dela.. Luke então comprou uma garrafa de suco de laranja e pediu informação para mercadores e habitantes da cidade sobre onde ele poderia achar Hodes, espécie de minhoca gigante, para coletar as peles de minhocas e também os mucos pegajosos. Sem muita dificuldade, ele encontrou uma kafra próximo do lugar onde ele estava, memorizou seu local de retorno caso ele desmaie e então saiu pelo portão sul da cidade em direção aos hodes. No meio do caminho Luke ia observando a paisagem e notou alguns pickys brincando na areia escaldante do deserto. Em algumas partes ele reparou em verdadeiros oásis de ruínas espalhados pela areia incandescente. Mal ele sabia que aquela areia já bebeu sangue de várias pessoas, que por ali travaram lutas para proteger suas vidas. Mal ele sabia também que aquele lugar mudaria sua história. Logo o relevo começou a mudar e alguns monstros curiosos começaram a aparecer. Um era uma espécie de golem de pedra, outros era uma frigideira ambulante, algumas formigas gigantes também andavam por ali e enfim, Luke achou Mukas e rapidamente se lembrou das ervas verdes. Mukas são monstros plantas, literalmente cactos vivos. Luke, com suas habilidades de noviço se buffou, tirou a sua maça da cintura e foi em direção a uma muka para tentar coletar ervas verdes. Luke começou a surrar a muka, que a mesma revidou arremessando vários espinhos na direção dele. Com uma agilidade incrível ele se esquivou dos espinhos arremessados pelo monstro, e depois de alguns acertos conseguiu nocauteá-la e coletar uma erva verde. Luke recolheu a erva e a guardou em sua mochila. Ele foi caminhando mais e mais para dentro do deserto árido, até ele se deparar com um lugar que estava infestado de hodes. Na verdade ele só enxergava o volume se mexendo na terra, mas pelos seus estudos sabia que ali eram hodes. Luke respirou fundo e partiu em ataque ao hode mais próximo dele. Ele lutava bravamente para abater os hodes, tinha conseguido uma agilidade monstra e uma resistência maior. Então ele passou ali uns quinze minutos derrotando hodes e coletando as peles de minhocas e os mucos pegajosos. Ali por perto também existiam alguns gatunos também caçando hodes e outros monstros daquele lugar. Ali ele conhecera alguns extraordinários guerreiros assim como ele que treinavam e aperfeiçoavam suas habilidades. Depois de mais outros quinze minutos caçando, Luke estava catando sua última pele quando de repente viu uns arbustos verdes no chão. Curioso, ele se dirigiu para pegar algumas ervas verdes daqueles arbustos, e ao tocá-los um enorme volume de areia começou a se erguer na frente dele. O pequeno noviço ficou espantado com o que acabara de aparecer. Uma figura assustadora surgiu, rodeado de Arenosos (monstros constituídos apenas de areia). Sim, era o guardião daquele deserto, Freeoni. Freeoni era um monstro temido por muitos iniciantes e inexperiente daquelas terras do deserto de Morroc. Tinha uma aparência muito medonha, quatro olhos, seu corpo todo era uma cabeça, tinha plantas verdes na parte superior e suas mãos, que pareciam mais tentáculos, eram coladas com os pés através de uma membrana. Luke ficou assustado, andou um pouco para trás, tropeçou e caiu. Então Freeoni e sua tropa de arenosos vieram na direção de Luke, e veio sobre ele uma onda seca onde seu corpo começou a se enrijecer e ficar escuro. Estava petrificado, não podia fazer nada. De novo estava impotente, ficou indignado consigo mesmo por mais uma vez falhar numa missão tão simples. - Bomba Ácida! Viu se então uma pequena explosão, onde Freeoni recuou de Luke. Freeoni estava coberto de um líquido verde e corrosivo. - Graça Divina! Luke agora conseguia se mexer, não estava mais petrificado. Ele olhou para trás e viu um criador junto com uma sumo sacerdotisa. O criador estava com algumas garrafas na mão prontas para ser arremessadas e do lado dele tinha uma espécie de cachorro com chifres. O criador tinha cabelo loiro e bagunçado, aparentava ter uns vinte e cinco anos, olhos castanhos escuros e a suma sacerdotisa que o acompanhava tinha cabelos lisos e ruivos, usava aquele roupa vermelha tradicional de sumo sacerdotisa e seu rosto era perfeito. - Como sempre exagerado, né amor?! – disse a sumo sacerdotisa. - Calma querida, se eu não tivesse arremessado a bomba o garoto poderia está morto agora. – falou o criador com tranquilidade. Aquele animal que estava acompanhando o casal deu latido seco apoiando a resposta do seu dono. - Você é um completo puxa-saco né, Amistr! – resmungou a sumo sacerdotisa. - Amor, já disse que ele se chama... VUSSS!!!!! Freooni deu uma investida contra o casal, que quase não conseguiram desviar. Se recuperando do golpe o jovem criador diz: - Mas que falta de educação, sua mãe nunca te disse que não se deve intrometer na conversa dos outros? Vem Lisa, vamos acabar com isso logo. – caçoou o criador. - Benção! Aumentar Agilidade! Assumptio! – conjurou a suma sacerdotisa no criador. Enquanto isso o homúnculo do criador foi pra cima do Freeoni para que eles pudessem preparar o contra-ataque. - Freeoni, sempre nos dando problema. Bomba Ácida! – disse o criador já arremessando as garrafas de ácido em cima do monstro. Depois disso o criador ainda arremessou mais três bombas fazendo o Freeoni perecer em meio ao deserto. - Este Freeoni já está me dando prejuízo. Seria bom se a Ordem mandasse outro grupo pra cá, pra variar um pouco. – disse o criador contando as garrafas em seu carrinho. Luke ficou admirado na tranquilidade e facilidade em que tiveram a abater o monstro. - Esse mapa não é bom para vir sozinho. Você está fazendo o que aqui, garoto? – perguntou o criador. - Eu estava coletando alguns itens para o meu teste de monge. – respondeu Luke aturdido. - Sério, que bacana! E já conseguiu os itens? - Quase todos, só faltam algumas ervas verdes. - Hoje é o seu dia de sorte, garoto. Eu tenho algumas ervas verdes sobrando no meu estoque no armazém, se você quiser eu te arrumo algumas. - Muito obrigado, se não for incomodá-lo. – disse Luke pensando no tempo que iria economizar no teste. - Então vamos. Lisa, abra o portal pra nós. - Tudo bem querido, me deixa só recolher a língua do Freeoni. – respondeu Lisa pegando seu cajado pontiagudo e afiado e desferindo um corte na língua do monstro caído. Depois de recolher a língua e guardar no carrinho do criador, Lisa criou um portal e todos entraram. Ao chegar em Morroc, caminharam direto para a kafra onde o criador retirou algumas coisas, inclusive as ervas de que ele precisava. - Quantas ervas você precisa, garoto? – perguntou o criador contando. - Dezenove. – respondeu Luke. - OK, aqui estão! Boa sorte aí no seu teste. - Obrigado. Vocês não imaginam a grande ajuda que vocês estão me fazendo. Prometo pagá-los assim que me tornar um monge. A propósito, qual o nome de vocês? - Ah é, me desculpe pela falta de educação. Meu nome é Max e ela se chama Lisa, somos da Ordem de Rune-Midgard. [COLOR=#008000]-------------------------------------------------------------------------[B]FIM DO CAPÍTULO VIII[/B]----------------------------------------------------------------- [/COLOR][B][COLOR=#008000][CENTER]CAPÍTULO IX – E AGORA, AMIGO?[/CENTER] [/COLOR][/B] Luke ficou impressionado com o que acabara de ouvir. Desde pequeno no Campo de Treinamento dos aprendizes Luke estudou sobre os vários eventos que já acontecera em Rune-Midgard, sobre os seus heróis e salvadores da pátria. E ele era fascinado por um clã que era mundialmente conhecido por seus grandes feitos heroicos. Bravos guerreiros que ariscavam suas próprias vidas para manter a ordem e a paz em Rune-Midgard. O reino tinha uma dívida imensa e impagável com esse clã, pois um dia foi capaz de salvar todo o país de uma catástrofe há alguns anos atrás. Esse clã se chamava a Ordem de Rune-Midgard. E, por ironia do destino, Luke agora estava na frente de dois integrantes do clã mais poderoso de toda Midgard. - Sério? Vocês realmente são da Ordem de Rune-Midgard? – perguntou Luke, ainda sem acreditar. - Claro que sim, veja! – respondeu Max mostrando o brasão de uma águia tatuado no seu braço direito. Apesar do brasão ser indiscutivelmente pertencer ao clã, Luke nunca tinha parado para observar que já tinha visto aquele símbolo em outro lugar. Só não lembrava onde. Ainda espantando e impressionado com aquela situação, enxergou uma ótima oportunidade: - Muito obrigado pela ajuda, foi muito bom conhecer vocês. – disse Luke fazendo uma exagerada reverência. - Que é isso garoto, não precisa fazer isso. Levante-se, está todo mundo olhando pra gente! – disse Max levantando Luke pelo braço. - Me desculpe mais uma vez pelo meu incômodo. Eu fiquei lisonjeado por estar na presença de dois grandes heróis do reino, que fazem parte do clã mais forte de Rune-Midgard. - Tudo bem rapaz, mas nós não somos o melhor de Rune-Midgard. Existe outro clã que se equipara à nossa força, não somos os únicos. – falou Max sem jeito. Luke ficou impressionado com a humildade e gentileza daqueles dois peculiares membros da Ordem de Rune-Midgard. Ele sabia que havia outro clã que se equiparava em força com a Ordem, mas havia algo naquele clã que o atraía. Luke caiu em si ao perceber o tempo e se lembrou do teste. Ele teria que ir embora para concluir sua missão, mas não poderia ir sem ao menos tentar: - Obrigado pela ajuda pessoal. Infelizmente eu tenho que correr para concluir meu teste, mas antes de ir queria perguntar uma coisa. - Foi nada não. Apesar do você ser um noviço, aguentou bravamente o Freeoni. Mas me diga, o que você quer perguntar? Luke engoliu a saliva acumulada na boca, respirou fundo e disse: - Como faço pra entrar na Ordem de Rune-Midgard? Max e Lisa se entreolharam e, com um leve suspiro, Max respondeu: - Olha rapaz, pra entrar no clã você tem que, primeiramente, ser leal, honroso, bondoso e patriota para com Rune-Midgard. Segundo, você tem que ser uma classe maior, de preferência uma transclasse. E terceiro você tem que demonstrar que merece fazer parte da Ordem. Mas isso ainda é muito cedo para você, apenas trate de virar um monge e treinar suas habilidades e quem sabe um dia você possa fazer parte de algum clã. - Tudo bem então, nos vemos por aí. Mas a próxima vez que nós nos encontrarmos, eu não serei mais um simples noviço. – falou Luke confiante. - É assim que se fala, pequeno noviço. Seus pais devem ter muito orgulho de você! – elogiou Lisa. Luke abaixou a cabeça e a lembrança de seu pai sendo morto pela foice de Bafomé veio em sua cabeça. Logo em seguida a imagem do rosto de sua mãe invadiu sua mente. Ele ficava imaginando se ela realmente havia morrido, pois ninguém nunca mais teve notícia e nem acharam o corpo. - Está se sentindo bem, rapaz? – perguntou Lisa preocupada. - Hã... Estou sim! – disse Luke levantando a cabeça. - Vai lá cara, não desista e boa sorte! Você nos mostrou que tem garra, vá à luta! – desejou Max. - Obrigado. Luke sabia o que devia fazer, não podia ficar para baixo novamente. Estava decidido que doaria até a última gota de sangue para conseguir seu objetivo. No seu mais íntimo desejo, sabia que sua mãe estava viva e não poderia fraquejar numa hora dessas. - Lisa, se não for te abusar muito, mas você pode conjurar um portal para a Abadia de Santa Capitolina? – perguntou Luke. - Infelizmente não Luke, pois a Abadia é protegida para que nenhum tipo de teleporte funcione, apenas alguns de confiança que trabalham por lá podem fazê-lo. Mas eu posso conjurar em lugar próximo, serve? - Tudo bem, quanto mais perto melhor. - Portal! – conjurou Lisa. Um portal se abriu diante de Luke, a luz que emanava do portal era chamativa. O olhar confiante de Luke inspirava Lisa, que estava emocionada com a dedicação do pequeno jovem. - Obrigado mais uma vez pela ajuda e parabéns pelo trabalho. Se um dia eu chegar a ser metade do que vocês são, ficarei feliz. – agradeceu Luke. - Não precisa agradecer garoto, boa sorte. Tenha fé! – disse Max e Lisa acenando enquanto Luke entrava no portal. - Ai, ai... Ele me lembrou do seu olhar no dia em que nos conhecemos. Eu apenas uma noviça, sendo atacada por arruaceiros, e você chegando com o seu carrinho de vendas dando um Cavalo de Pau naqueles malfeitores. Jamais irei me esquecer daquele dia. – disse Lisa suspirando. - É, amor... Vejo que aquele garoto tem futuro. Mas tem algo familiar nele que não consigo me lembrar... – disse Max pensativo. Após poucos segundos envolto pela luz do portal, Luke aterrissou no chão. Ao chegar ao lugar, logo reconheceu onde era. Vários Yoyos corriam e subiam em árvores enquanto alguns monges treinavam ali por perto. - Luke, você já chegou? - Ah, olá Edna! – respondeu Luke olhando para a monja que vinha em sua direção. - Nossa, já conseguiu coletar todos os itens? Nem eu quando fiz o teste não fui tão rápida assim. E olha que o Mestre Muhae ainda não chegou. - Não quero perder nenhum minuto mais. Vamos até a Glória para fazer a segunda fase do teste. Aliás, onde está o Sora? - Assim que você saiu, ele foi chamado para um serviço lá em Geffen, parece que estavam tendo problemas com alguns gatos invadindo a cidade. - Hahaha. Espero que ele não exploda nada lá. – brincou Luke. - Tomara mesmo... A Abadia já teve muitos prejuízos em relação a isso, mas ele já está conseguindo controlar seus poderes. E então, vamos lá na Glória? - Só se for agora. – respondeu Luke confiante. Edna e Luke saíram em disparada até o escritório de Glória para realizar a segunda etapa do teste. Ao chegarem lá se depararam com a seguinte cena: Glória perdida em seus milhares de papéis e cartas. Glória olhou de relance para os dois e continuou fazendo o seu trabalho. Poucos instantes depois ela parou o que estava fazendo, olhou mais uma vez para os dois com um olhar surpreso e disse: - Mas já? Eu pensei que você só viria à tarde! Aconteceu alguma coisa? – disse Glória espantada. - Eu já concluí a primeira parte do teste. – respondeu Luke. - Mas isso é impossível. Eu acho que só poucos conseguiram trazer os itens antes do meio dia. - Vou te dizer que não foi tão fácil assim. Mas depois eu conto a história toda para vocês, agora eu quero partir para a segunda parte. - Me entregue os itens para conferência e aí eu te passo a segunda parte. - Tudo bem. – concordou Luke tirando os itens da bolsa e entregando para Glória. - Está tudo certo. Parabéns Luke, mas é só o começo. Agora para fazer a segunda parte do teste você, preste bastante atenção: você deverá encontrar Douha que está no cemitério da Abadia. Já estou enviando um ofício dizendo que você cumpriu a primeira parte do teste pra ela, então já sabe o que fazer. Luke então agradeceu Glória, arrumou suas coisas, aumentou sua agilidade e se preparou para o segundo teste. Edna deu um forte abraço nele e desejou boa sorte. Após se despedirem, Luke correu o mais rápido possível para o cemitério que se localizava no norte da Abadia. Ao chegar no local se depara com uma mulher de cabelos castanho escuros, longos e com uma roupa distinta. Não parecia em nada com a de um monge. - Ah, você deve ser o Luke estou certa? – perguntou Douha avistando Luke. - Sim, sou eu. Bom dia! - Bom dia meu rapaz. Pronto para o segundo teste? - Vamos lá. - Então, todo monge que se preze deve saber o porquê de ser um monge. Claro, cada um tem o seu motivo pessoal, mas um monge têm seus princípios e esses princípios valem para todos os monges e mestres. Eu irei te passar alguns ensinamentos, propósitos e princípios dos monges e você terá que decorar, aprender e me dizer corretamente o porquê de você ser um monge. – explicou Douha. Luke ouviu atentamente cada palavra que Douha falava e ia memorizando, já que era fácil para ele pois tinha uma facilidade enorme para gravar coisas. Depois que Douha terminou de recitar o dogma, Luke começou a dizer as frases calmamente na ordem correta. Ele falou as frases sem nenhum erro até o final do dogma e Douha, muito surpresa, disse: - Muito bem, você tem uma facilidade enorme para aprender. Se continuar assim você será um excelente monge. E lembre-se, os monges existem principalmente para defender os fracos e punir o mal. Agora você está pronto para o próximo passo. Procure Puhae, ele é meio difícil de ser encontrado. Geralmente você o encontra meditando nas praças e campos da Abadia. Boa sorte, Luke! Luke se despediu de Douha e saiu o mais rápido possível para encontrar Puhae. Ele o procurou por todas as praças da Abadia até que, muito cansado, parou debaixo de uma árvore para retomar o fôlego. Enquanto descansava, Luke olhou para a sua esquerda e notou um senhor na posição de meditação, calvo, com a máxima concentração. [I][B]“Pela descrição que a Douha me falou só pode ser ele.”[/B][/I] – pensou Luke. - Eh... Com licença! O senhor é o Mestre Puhae? O senhor nada respondeu. - Com licença, o senhor é o Mestre Puhae? Eu estou fazendo o teste para me tornar um monge e me disseram que o próximo passo é com o senhor. – insistiu Luke, porém o senhor nada respondeu. Luke então se lembrou de uma parte do dogma dos monges onde diz que a virtude de um monge é a paciência. Luke calmamente se aproximou do senhor, sentou na posição de meditação, fechou os olhos e esperou. Após cinco minutos longos minutos, Luke ouviu: - Parabéns meu jovem. Aprendeu rápido você, lembre-se sempre disso: a virtude de um monge é a paciência. – disse o experiente mestre. Luke não ousou em abrir os olhos até que ele mandasse. - O seu próximo teste será exatamente sobre isso: paciência. Eu não sei se já te mostraram toda a Abadia, mas no centro da propriedade existe um edifício onde você fará o teste. Você terá que fazer uma escolha: ou uma maratona ou coletar cogumelos. A escolha é sua, procure o assistente e lembre-se: paciência é a essência de tudo. Pode se retirar. Luke abriu os olhos, se levantou, deu uma leve olhada para Puhae que continuava na mesma posição de meditação, e foi diretamente para o prédio onde o Mestre havia ordenado. Ao entrar ele se deparou com um monge que estava na porta com uma prancheta na mão. Assim que Luke chegou perto dele, o monge perguntou: - Me deixe conferir. Só um minuto... Luke, é esse o seu nome? - Exatamente. – confirmou Luke. - Então já sabe o que fazer né? Maratona ou coleta? - Maratona! - Boa sorte então. Siga-me. O monge o levou a uma sala com uma escada em espiral, sentido subsolo do prédio. Sem pressa, eles desceram as escadas e chegaram numa espécie de pista flutuante. - O teste é simples. Você terá que correr e dar voltas em torno dessa pista até você ser avisado que está bom, mas tome cuidado porque a pista está cheia de buracos e você poderá cair. - Só isso? É só eu dar algumas voltas nessa pista e pronto? - Pode até parecer simples, mas verás que não é... Por favor, fique em posição. Luke começou a se preparar, se buffou e então se posicionou. O assistente faz um sinal e autoriza a largada. Ele saiu em disparada e logo surgiu um buraco na sua frente onde quase não conseguiu desviar-se. Ele então começou a se lembrar das palavras do mestre Puhae e decidiu ir com mais calma. Luke começou a dar voltas e mais voltas, e isso foi por aproximadamente meia hora, mas isso não fez Luke desistir. Ele sabia que precisava aguentar o máximo possível, apesar do seu corpo estivesse gritando para parar, ele estava determinado a não desistir mesmo que seu corpo virasse pó. Depois de mais dez minutos de corrida, Luke ouviu o tão aguardado sinal para concluir a prova. - Parabéns, você foi paciente e perseverante. Agora você tem direito de descansar o resto do dia e tentar a última parte do teste amanhã, pois será de muito esforço e superação. – informou o assistente. - Nada disso, -uff-! Vou até -uff!- o fim. – disse Luke ofegante. - Você não vai conseguir fazer o último teste agora, descanse e se alimente um pouco. Aposto que você nem almoçou ainda, não dê uma de forte agora. Luke então agarrou o monge pela roupa e ergueu-o, fazendo-o tirar os pés do chão e disse: - EU QUERO FAZER O TESTE! - C-calma Luke! Só estou te dando um conselho. Acalme-se, o dia hoje tá difícil pra você pois quase ninguém conseguiu fazer este teste em um dia. Lembre-se, a paciência é a maior virtude de um monge. – disse o assistente desesperado. Luke soltou o assistente e se recompôs. Após ter passado este acesso de fúria, Luke disse: - Desculpe, eu estava fora de mim. Mas eu preciso fazer este teste hoje, eu dependo disso e não irei falhar de novo. - Tudo bem, mas depois não se queixe. Se você falhar no próximo teste terá que refazer todos os testes. Mas para prosseguir para o último teste basta você subir as escadas, seguir para a sala ao lado e falar com Taomoon e ele informará a você o que deverá ser feito. Tome leve isso e entregue para ele. – disse o assistente destacando uma folha de sua prancheta. - Obrigado. – agradeceu Luke recebendo a folha. - Boa sorte, vai precisar. – concluiu o assistente massageando o pescoço. Luke retomou o fôlego, bebeu uma garrafa de água benta que estava em sua mochila (que por sinal já estava quente), e subiu as escadas até chegar à sala indicada pelo monge assistente. Ao chegar ele percebeu um enorme monge no meio da sala, cercado por luzes. Taomoon era um monge já de idade, porém muito alto e forte. Luke se aproximou cuidadosamente do monge e disse: - Eu estou aqui para o último teste. – disse Luke entregando a folha para Taomoon. - Deixe me ver, ah está aqui! Luke, correto? – disse o velho monge. - Sim, senhor. - Você é meio apressadinho heim! Tem certeza de que não quer descansar para fazer o teste? Lembrando que se você falhar terá que fazer tudo de novo. - Tudo bem! Estou ciente disso! Explique-me o que fazer! – disse Luke convicto. - OK, o último teste você usará todo o conhecimento que adquiriu até agora e colocará em prática. Você precisará atravessar um labirinto invisível onde poderá aparecer monstros em que deverá eliminar, todos eles são mortos-vivos. Então equipe-se e bom trabalho. Acompanhe-me até a sala secreta para começarmos o teste. Luke alongou seus braços e pernas que ainda estavam doloridos por causa da maratona, tomou algumas poções azuis refrescantes e seguiu o monge até a sala. Seu olhar cansado tinha mudado, agora estava mais confiante do que nunca. - Está pronto? Depois que atravessar aquela porta não terá mais retorno. Boa sorte e te espero do outro lado. Luke entrou na sala e a porta se fechou. Ele estava numa sala aparentemente normal e vazia, ele então deu dois passos para frente e bateu de frente com uma parede invisível. - Droga, preciso me concentrar. Revelação! Luke, com suas habilidades de noviço, invocou uma luz sagrada azul que ficava girando em torno dele, mas nada aconteceu. - É, não custava nada tentar. – conformou-se Luke. Luke foi andando e tateando as paredes até que a primeira tropa de monstros surgiu: um grupo de seis zumbis, que para Luke era moleza matá-los. Ele sacou sua maça e foi à luta. Foi muito fácil, pois como noviço aprendeu muito sobre raças morto-vivo e sombrio. Após eliminar todos os zumbis, continuou andando e sentindo as paredes. Luke começou a andar e andar e não conseguia chegar nem perto da porta do outro lado da sala. E quanto mais ele demorava naquela sala, mais tropas de monstros apareciam para atacá-lo. [I][B]“Preciso me concentrar para conseguir chegar ao outro lado senão serei pego pelo cansaço.”[/B][/I] – pensou Luke, após passar cerca de quarenta minutos dentro do labirinto. Ele se lembrou mais uma vez das sábias palavras de Puhae. Então sem perder tempo Luke se acalmou, sentou e começou a sentir o ambiente. Depois de alguns segundos concentrado começou a sentir alguma coisa diferente, começou a notar que algumas paredes estavam emitindo um certo tipo de calor formando um corredor estreito. - Então é isso... Luke se levantou, e com a mesma tranquilidade começou a seguir as paredes que emitiam esse tipo de calor. Incrivelmente ele não deu de cara com nenhuma outra parede invisível. Já estava se aproximando da porta quando uma múmia nasceu bem do seu lado, e Luke para não perder o contato com o ambiente, matou a múmia em segundos. Então ele continuou até chegar do outro lado da sala. Quando estava quase chegando à entrada da porta, três múmias surgiram e cercaram o noviço. O corredor era estreito, quase não dava pra se mexer direito. E com aquelas múmias cercando-o, só piorava a situação. Numa sala próxima ao labirinto, os assistentes e instrutores que estavam aplicando o teste, conversavam a respeito de Luke: - Então eu disse pra ele descansar e tentar amanhã. Ele quase me bateu, vê se pode uma coisa dessas... - Esse cara é um dos meus, será difícil ele passar no estado que ele se encontra. Ele me lembra muito o Félix. Mas apesar da audácia e confiança dele, creio que ele não irá passar. Prevejo que ele terá que refazer o teste, isso se ele sobreviver com as múmias dentro daquele labirinto. – disse Taomoon. - Também acho, apenas duas pessoas completaram este teste em um dia. – concordou o assistente. De repente a porta atrás deles se abriu e um noviço cansado, cheio de arranhões, e com bandagens de múmia na mão surgiu. Luke, o noviço cansado, jogou as bandagens de múmia que estava segurando sobre a mesa onde estavam reunidos e disse: - Acho melhor vocês recontarem isso... [COLOR=#008000]-------------------------------------------------------------------------[B]FIM DO CAPÍTULO IX[/B]----------------------------------------------------------------- [/COLOR][COLOR=#008000][B][CENTER] CAPÍTULO X – NASCE UM MONGE[/CENTER] [/B][/COLOR] Todos que estavam na sala olharam para Luke com incredulidade. Estavam na sala conversando o monge Taomoon, o assistente que acompanhou o teste de Luke e mais duas monjas. Taomoon se levantou da cadeira abismado e batendo palmas, disse: - Meus parabéns, rapaz. Não tenho nem palavras pra te dizer. Você foi a terceira pessoa que conseguiu concluir o teste em um único dia. Você realmente é um Von Trivian. - Nossa, agora você me impressionou! Eu estava apostando que você não conseguiria passar deste teste. Pelo o que estamos presenciando aqui nesta sala, você se tornará um ótimo monge. Mestre Muhae ficará orgulhoso. – disse o assistente. - Você provou paciência, bravura e determinação, é nisso que se constrói o caráter de um verdadeiro monge. Agora você irá começar uma nova vida, dê o melhor de si daqui para frente. Irei te entregar uma poção, essa poção é especial pois ela liberta seus limites e pontos de fluxo de energia do seu corpo. Mas tome cuidado, pois somente aqueles que merecerem se tornar um monge podem tomar esta poção. Porém, para uma pessoa de mau coração essa poção vira um veneno mortal. Por isso que fazemos todos esses testes, mas não fique com medo porque você demonstrou que é um bravo guerreiro. Aqui está, beba e depois vai falar com o mestre Muhae para ele fazer a cerimônia de admissão. Parabéns, jovem rapaz! – disse Taomoon entregando-lhe a poção. Luke pegou a poção das mãos de Taomoon, agradeceu a todos que estavam ali e pediu desculpas ao assistente por quase socá-lo e saiu da sala. Ao sair daquele ambiente, ele seguiu em direção à saída do prédio. Luke estava suando frio. Ele pensava consigo mesmo: [B]“Como eu consegui fazer aquilo?”[/B]. Ele agora estava mais determinado do que nunca, pois dentro de alguns minutos se tornaria um monge e poderia vingar seu pai e deter seu tio. Mas antes ele teria que fazer uma última coisa, para que pudesse concluir seu objetivo. O grande destino de sua vida estava dependendo de uma única poção. Luke parou de andar e ficou encarando aquela poção de cor verde em sua mão e pensou em bebê-la, mas hesitou antes de colocá-la na boca. [B]“Será que estou pronto para beber esta poção? Será que esse rancor que eu carrego é capaz de fazer com que essa poção me mate? Será que... Não, não posso pensar nisso. Eu mostrei para mim mesmo que eu posso ser um herói tão extraordinário quanto meu pai foi. E se eu morrer com essa poção será sinal de que não mereço ser um monge e muito menos mereço trilhar os mesmos passos que meu pai trilhou. É isso! Está decidido, não hesitarei mais. Meu destino está selado, é agora ou nunca!”[/B] – pensou Luke segurando firme aquela poção que mudaria sua vida daquele momento em diante. Luke respirou fundo e bebeu a poção até a última gota. A poção não tinha um gosto próprio, era como se ele estive bebendo água. O contato da primeira gota daquele curioso líquido deslizando por sua garganta fez com que ele se sentisse mais vivo do que nunca. Ele começou a sentir uma forte mudança em seu corpo. Era como se aquele líquido que havia ingerido invadisse cada célula de seu corpo fazendo com que explodisse dentro dele uma torrente de energia que jamais sentira em sua vida. Estava se sentindo mais leve e forte, agora Luke tinha certeza que a escolha que ele fez foi a certa. A energia que Luke sentia era tão forte que ele começou a correr em direção ao prédio onde o mestre Muhae era acostumado a ficar. Cada membro do seu corpo, cada músculo e articulação, estavam renovados em força. Ele correu tão rápido que nem notara o percurso que havia feito até o prédio do Mestre Muhae. Luke estava tão feliz e disposto que saiu de sala em sala daquele prédio à procura do mestre, porém ele não o encontrou em nenhum lugar. Ele então resolveu voltar à entrada do prédio, procurou uma árvore frondosa por perto e sentou-se debaixo dela. Após alguns minutos perdido em seu devaneio de pensamentos, Luke deitou-se na grama e adormeceu, e isso foi por volta das três horas da tarde. De repente Luke acordou assustado com barulho de passos de várias pessoas. Já era noite e vinha na direção do prédio um grande grupo de pessoas, em sua maioria encapuzadas, escoltando uma mulher. - Vamos pessoal, sem fazer muito barulho. Precisamos deixá-la mais descansada possível. Cuidado com ela, Sora. – disse a voz familiar do Mestre Muhae. - May, você está bem? - Estou sim. Obrigada pela preocupação, Sora. – respondeu a mulher encapuzada que estava sendo escoltada. - Pronto chegamos, vocês dois levem nossa hóspede até o quarto de visitas e tragam alguma coisa pra ela comer e beber. Ela está muito fraca, deem toda a atenção necessária pra ela. – disse o Mestre Muhae apontando para duas pessoas que estavam fazendo a escolta. Eles entraram com a moça apoiada nos ombros para dentro do prédio, enquanto Luke observava a cena sem chamar atenção. - Mestre, posso acompanhá-la até que esteja melhor? – perguntou Sora preocupado. - Não é preciso Sora, você trabalhou muito hoje e graças a você ela está viva. Vá descansar e amanhã a gente conversa. – respondeu Muhae. - Tudo bem, mestre. Boa noite. - Boa noi... Mestre Muhae não terminou de dizer a frase. Alguém lhe chamou a atenção em meio àquela cena. - Luke, o que está fazendo deitado aí na grama a essa hora? Não deveria estar descansando para o seu teste de amanhã? – perguntou Muhae se dirigindo para Luke que acabara de se levantar. - Tudo bem, mestre. Eu já conclui o teste, o monge Taomoon me mandou falar com o senhor. Como o senhor não havia chegado, eu resolvi esperá-lo chegar para concluir o teste. – respondeu Luke se espreguiçando. - Mas isso não é possível, deixe-me ver. Mestre Muhae se aproximou de Luke e tocou-o em pulso e pescoço. - Realmente, não tenho mais dúvida. Você conseguiu passar no teste, realmente extraordinário! Acho que ele quebrou seu recorde, Sora. – completou Muhae. - É sério isso? Você conseguiu passar no teste, e ainda mais em apenas um dia? - Na verdade foi bem menos de uma dia, acabei o teste por volta de uma hora da tarde. - É, acho que você conseguiu alcançar minha marca também. Toca aqui, garoto. – disse Sora indo cumprimentar Luke. - Ah, então quer dizer que você foi um dos dois que conseguiram fazer o teste em um dia? – perguntou Luke curioso. - Sim, na verdade fiz em metade de um dia. – disse Sora se gabando. - Isso porque você explodiu o labirinto invisível, né Sora? – contestou Muhae. - Isso foi um acidente, o teste era atravessar até a outra porta e foi isso que eu fiz. A explosão foi um mínimo detalhe. – justificou Sora. - Mínimo detalhe? Tivemos um trabalho imenso para reconstruir o labirinto, gastamos uma fortuna! Mas tenho que admitir, apesar do seu problema você é uns dos monges mais fortes que temos por aqui. E hoje você provou que isso é verdade, sua bravura em Geffen não será esquecida Sora! Eu vejo também que você arrumou um novo companheiro, que acho que vai ser tão forte quanto você. Luke não sabia se sorria ou se ficava impressionado com a história, ele nunca imaginou que Sora pudesse ser tão forte assim. Como pode aquele desastrado que conheceu ontem agora ser um dos monges mais fortes da guilda? - Uau, Sora você estava escondendo o jogo este tempo todo né! E que missão foi esta que você foi fazer em Geffen? Edna me disse que você estava tendo problemas com gatos, ou alguma coisa assim... – disse Luke curioso. - Ah sim, essa é só uma parte da história mas depois eu te conto. - Mas vamos falar de você, Luke. Vamos concluir o processo de mudança de classe. Eu irei fazer algumas perguntas e você terá que responder de acordo, não é nenhum bicho de sete cabeças. Será sobre tudo o que você aprendeu aqui. – disse o Mestre Muhae. - Tudo bem, mestre. Pode perguntar. - Luke, você está disposto a se sacrificar pelo bem de um inocente? - Sim! - Você como monge, representa o quê? - Represento a punição divina na terra contra todos os que semearem o mal. - Você usará seus poderes para benefício próprio? - Não, senhor! - Qual a principal virtude para ser um monge bem sucedido? - Ser paciente! - Promete que sempre servirá para o bem daqueles que precisarem de justiça e que seja em qual for a situação, honrarás sua fé e sua pátria Rune-Midgard? - Prometo! - Eu, Mestre Muhae, líder da guilda dos monges declaro Luke Von Trivian o mais novo monge membro dessa família e que a partir de agora esse será seu novo lar. Seja bem vindo! Após interrogá-lo e dizer tais palavras, Mestre Muhae conjurou um portal de onde saiu uma roupa de monge dobrada, junto com uma soqueira. Ele estendeu suas mãos para recolher os itens, entregou-os para Luke e disse: - Este será seu novo uniforme, honre-o com a sua vida. Hoje todo mundo está cansado, mas amanhã faremos a cerimônia de admissão com todos da Abadia. – completou Muhae. - Muito obrigado, mestre. Pode ter certeza de que honrarei a guilda dos monges, não vou desapontá-lo. Todos os outros monges da escolta que ainda estavam ali ovacionaram Luke com uma salva de palmas, sem se importar com o barulho que estavam fazendo. - Parabéns Luke. Bem vindo à família! – desejou Sora dando-lhe um aperto de mão e um abraço. - Shh! Silêncio, pessoal! Olha o barulho! – advertiu Mestre Muhae. - Obrigado pessoal, muito obrigado mesmo. Luke observava aquela cena e se sentia feliz, pois após ter passado por dias tenebrosos, ele estava num lugar que transmitia uma sensação que havia perdido há algum tempo. Sabia que poderia ficar tranquilo, pois havia encontrado uma família. E no íntimo do seu coração, tinha a convicção de que poderia mudar a situação que seu tio havia ocasionado. Sabia que reencontraria sua mãe de algum jeito, que honraria o nome do seu pai e puniria os culpados pelas dores e perdas que jamais se apagarão. - Mas você ainda não terminou de falar sobre sua aventura hoje, Sora. – comentou Luke. - Ah é mesmo, preste atenção. Eu fui chamado a serviço do Mestre Muhae para ir a Geffen, pois estava tendo uma invasão de Rosas Selvagens que estavam roubando tudo o que viam pela frente. Então o pessoal que foi convocado de outras guildas notou a semelhança desta mesma invasão, com a recente acontecida em Prontera. Foi constatado que não adiantava matar as rosas selvagens que sempre apareciam mais e mais. No meio daquela confusão a gente reparou numa luz roxa que estava sendo emitida da grande Torre de Geffen. Nós entramos na torre e fomos até o último andar na guilda dos bruxos, mas ao chegarmos lá todo mundo estava dormindo inclusive os grandes arquimagos que estavamo no local. Então descemos e fomos ao subsolo da torre e deparamos com o lugar infestado de monstros, muito mais do que é comum no lugar. Vimos uma mulher nocauteada no chão e logo tentamos socorrê-la. Eu pensei, no começo, que ela estaria morta. Ela estava desacordada e com a pulsação muito fraca, foi então que a resgatamos. Conseguimos eliminar alguns monstros que nos atacavam e voltamos para Geffen. Assim que a gente voltou, as Rosas Selvagens tinham desaparecidos da cidade e a luz roxa e negra que estava em volta da torre também tinha sumido. Geffen estava toda bagunçada e cheia de lixo, vários produtos e mercadorias de lojas de mercadores tinham sumidos e nada foi encontrado. Nenhum vestígio de quem ou o quê ocasionou aquela confusão foi localizado. Então tentamos reanimar a garota e até que demorou um pouco para acordar ela, mas quando ela acordou ficou muito assustada e... De repente a conversa foi interrompida por um grito. - Não, você aqui! Não pode ser! Fuja Lucas, fuja para o mais longe você puder! [COLOR=#008000]-------------------------------------------------------------------------[B]FIM DO CAPÍTULO X[/B]------------------------------------------------------------------ [/COLOR][COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO XI – O ORÁCULO DA MORTE[/CENTER] [/B][/COLOR] Luke se virou em direção à entrada do prédio e olhou fixamente para aquela figura que acabara de gritar e interromper a conversa. Ele logo percebeu que era aquela moça encapuzada que tinha chegado mais cedo que acabara de gritar. Essa mulher estava sem o capuz e Luke pôde observá-la claramente. Ela tinha cabelos roxos, olhos castanhos claros, seu rosto era como o de um anjo, e vestia uma roupa que lembrava trajes de bruxo. Ela estava assustada, parecia que tinha visto um fantasma. Se sentindo ignorada e olhando para Luke, ela continuou a gritar: - Você não está me ouvindo, Lucas? Vá para o mais longe possível daqui! Por favor, fuja! - Me desculpe moça, você deve estar me confundindo com uma outra pessoa. – respondeu Luke sem entender. - Não brinque comigo, Lucas. Por favor, me escute. Não quero te perder novamente. - May, May! Acalme-se! Você não devia estar aqui fora! Você está muito cansada, volte para dentro e vá se deitar. – disse Mestre Muhae indo contê-la. - Não, não, não! Lucas não pode morrer de novo, não pode! Não posso deixar isso acontecer. – disse a moça em meio a lágrimas. - Tudo bem May, se acalme. Ele está seguro aqui e você também. Ninguém jamais entrou na Abadia de Santa Capitolina sem ser detectado ou capturado, por isso não se preocupe. Vá descansar um pouco. – disse o Mestre Muhae tentando acalmá-la. - Mas você não entende senhor Muhae. Eu agradeço pelo o que Sora e o senhor fizeram por mim, mas pelo bem de Rune-Midgard, Luke deve se esconder até... May desmaiou de repente. Isso foi ocasionado por um simples movimento que o Mestre Muhae fez em sua nuca. Ele a segurou no colo, e com muito cuidado a entregou para Sora e disse: - Sora, leve-a até o quarto dela e certifique de que ela está devidamente confortável. Aliás, quem foi que a deixou sair? Um dos monges que estava escoltando aquela mulher mais cedo, veio correndo de dentro do edifício. Ele estava muito afoito e cansado. Ele chegou ao encontro do grupo, fez uma desajeitada reverência e disse: - Senhor, me desculpe. Ela me pediu para ir ao banheiro, mas eu não reparei que ela saiu do prédio! - Tudo bem Higiko, ela está muito conturbada com o acontecido hoje. Vamos todos nos retirar e descansar. Sora leve-a até o quarto e vá descansar, você também teve um dia bem cheio. E isso vale para você também, Luke. Vá comer alguma coisa e depois descanse, e amanhã nós começaremos o treinamento para desenvolver suas habilidades. E não ligue por aquilo que a May disse, ela estava muito confusa. Luke ficou muito surpreso com aquela situação. Ele tinha a ligeira impressão de que havia algo muito familiar naquela garota. Agora aquela moça havia balançado ainda mais sua vida. - Bom, por hora é isso pessoal. Até amanhã e bom descanso pra vocês. – disse Muhae despedindo do grupo e se retirando para o interior do prédio. - Até amanhã, mestre! Boa noite! – disse Sora entrando com a May no colo para dentro do edifício e virando no sentido contrário do mestre. - Boa noite, mestre! Estou ansioso para com o dia de amanhã! – disse Luke aparentando-se alegre. - Tudo bem filho, vá devagar. Descanse primeiro e tenha uma boa noite, pois amanhã será um dia longo. E mais uma vez, meus parabéns! Você mostrou que é um verdadeiro monge, não vai demorar muito para você se tornar um mestre excelente. – disse Muhae ainda andando e acenando com a mão. Paciente, Luke esperou Sora sair do prédio para voltarem ao dormitório. Ele estava radiante por dentro por ter conseguido se superar naquele teste. Ele sabia que a partir de agora não teria mais volta. O mais novo monge estava decidido honrar o nome do seu pai e queria vingar a sua morte, ele estava disposto a dar tudo de si. Se preciso fosse, daria até a última gota de sangue para que pudesse derrotar seu tio Markus. Não demorou muito para Sora reaparecer. Apesar do cansaço aparente, Sora trazia um enorme sorriso no rosto. - Rapaz, que dia cansativo esse hoje que a gente teve, heim!? – disse Sora acompanhando Luke ao dormitório. - Nem me fale, cara. E você nunca me disse que foi um dos dois únicos que fizeram o teste em menos de um dia. Quer dizer então que você explodiu o labirinto invisível? Estou até imaginando a cena, a sala toda destruída e um monte de bandagens de múmias e mandíbulas horrendas de zumbis voando pra tudo quanto é lado. Hahaha! Você então é um dos monges mais fortes daqui não é? - Era pra ser, se eu controlasse meus poderes direito. – disse Sora com um ar de tristeza. - Fica assim não cara, amanhã eu começarei os treinamentos. Vamos treinar e ficar mais fortes juntos. Você vai ver! – confortou Luke. Os dois continuaram conversando e caminhando em direção ao alojamento masculino, e ao chegarem os colegas de quarto já estavam sabendo de tudo. Deram parabéns a ambos, e ficaram conversando sobre as coisas que aconteceram com eles neste dia. Luke após a conversa se arrumou, vestiu sua nova roupa de monge e desceu para o refeitório, pois depois de um dia cheio desses, estava faminto. Tinha até esquecido que não havia almoçado naquele dia. - Luke, pode ir na frente! Eu ainda tenho que resolver uma coisa aqui! Encontro com você lá no refeitório! – avisou Sora. - Tudo bem, então. A gente se vê lá. - Ah, e se você encontrar a Edna, diga que eu quero falar com ela. - Beleza. Luke foi o mais rápido que podia para o refeitório. O cheiro da comida dava pra ser sentido a vários metros de distância. Assim que ele chegou dentro do refeitório ele tratou logo de pegar uma bandeja e começou a se servir. Ao se sentar para comer ele avistou Edna acenando para ele de uma mesa do outro lado do refeitório com mais duas monjas. Luke pegou sua bandeja com o seu jantar e foi na direção da mesa delas. Edna convidou Luke a se sentar, que ele prontamente fez sem hesitar. Ela apresentou suas duas amigas a ele, que eram muito atraentes. Após alguns minutos de conversa, Edna começou a acenar outra vez. Luke virou para onde ela estava acenando e viu Sora acabando de entrar no refeitório, retribuindo o gesto. Ele começou a se servir e foi de ao grupo. Então eles conversaram, brincaram e falaram sobre o que cada um fez neste dia. Após mais ou menos quarenta minutos depois eles recolheram os pratos e bandejas, foram até um lavatório de pratos que ficava fora do refeitório, lavaram a louça suja e entregaram os objetos para a cozinha. Após trocarem mais algumas ideias, despediram-se um do outro e cada um voltou para o seu respectivo alojamento. Ao subirem as escadas de volta para o alojamento Luke fez uma pergunta para Sora: - Sora, é permitido namorar aqui na Abadia? - Bom, até que é, mas têm os horários e dias certos. Por exemplo, no dias normais de treinamento é extremamente proibido, mas finais de semana em alguns horários é permitido. – respondeu Sora um pouco nervoso. - Ufa, ainda bem. – disse Luke aliviado. - Por quê? Tá interessado em alguma monja em especial? – disse Sora cutucando-o com o cotovelo. - Talvez... - Pois tome cuidado, pois se um dos mestres aqui te pegar, principalmente o Mestre Muhae, você estará bem encrencado. - Fala isso por experiência própria? – caçoou Luke. - Puts cara, nem me lembre disso... - O quê? Aconteceu mesmo? Aposto que foi com a Edna. – disse Luke surpreso. - Aconteceu uma vez só, e o Mestre Muhae me pegou. Estava no meio do treinamento. Tive que passar um mês todinho descascando batatas na cozinha. Fiquei com as mãos todas cortadas. Mas não, não foi com a Edna. Ela é praticamente uma irmã pra mim, nós crescemos juntos. Nunca cogitei essa possibilidade. Mas a monja que tive um caso, você não conhece. Ela já foi embora da Abadia, foi seguir sua vida. – explicou Sora. - Engraçado, pois eu acho que vocês dois dariam muito certo. Eles continuaram a conversar enquanto subiam as escadarias. Não demorou muito para eles estarem dentro do alojamento. Luke ao avistar seu quarto, caiu como uma pedra na cama. Ele só queria saber de descansar. Seu corpo estava todo dolorido por causa do teste que fizera. Mas, apesar do cansaço, não conseguia dormir só pensando no que aquela misteriosa moça havia dito para ele. [I][B]“Como assim estou correndo perigo? Quem será essa moça e porque ela estava me chamando de Lucas? E aquela frase que ela disse que não queria que eu morresse de novo? Será que o Mestre Muhae está me escondendo outra coisa mais grave? Será que isso tem alguma ligação com meu tio ou com a sociedade secreta Veritatem? Como será minha vida como monge daqui em diante?”[/B][/I] – pensava Luke cada vez mais com dúvidas. Então depois de um bom tempo perdido em meio àquelas dúvidas Luke adormeceu. Apesar de tantas coisas que o fazia ficar acordado como a morte do seu pai, o desaparecimento de sua mãe, seu tio envolvido com a sociedade secreta Veritatem, e agora essa moça dizendo que deveria fugir, apesar de tudo isso seu corpo pedia descanso pois ele havia se esforçado bastante para conseguir passar no teste e se tornar um monge. Ao amanhecer Luke se sentia revigorado e estava pronto para outra, Sora já tinha se levantado da cama. Ele então se arrumou depressa e desceu com Sora e os outros para tomar o café da manhã. Após tomarem o café, Luke e Sora foram falar com o Mestre Muhae para que Luke pudesse iniciar seu treinamento como monge. Mas ao chegarem à sala do mestre, eles o viram conversando com aquela mulher estranha que veio escoltada ontem à noite. - Ah, Luke! Queria mesmo falar com você e o assunto é muito sério. E isso envolve você também, Sora. Sentem-se que a senhorita May tem algumas coisas a dizer. – disse Muhae apontando para um sofá que estava no meio da sala. Luke e Sora, obedecendo à ordem do mestre Muhae, caminharam até o sofá e sentaram apreensivos. - Pode começar May. – disse Muhae. - Bom dia para vocês. Primeiramente quero pedir desculpas para você Luke, por ontem eu ter falado daquele jeito. Você deve ter ficado muito confuso com o que eu disse ontem. Na verdade era eu quem estava confusa e desorientada por tudo o que aconteceu comigo ontem. O que eu tenho pra falar envolve vocês dois e suas famílias, mas antes gostaria de contar minha história para que vocês possam entender tudo o que direi mais para frente. [COLOR=#0000ff][B]“Meu nome é May Schicksal, da família Schicksal. Minha família era muito conhecida por toda Midgard pela fama de ter grandes guerreiros com habilidades de manipular o tempo. A maioria de minha família era constituída por grandes bruxos que tinham poderes extraordinários, porém o poder maior era passado para uma pessoa da família a cada cem anos. Este poder consistia no indivíduo ter a capacidade de ver o passado, presente e futuro de tudo e de todos. Mas infelizmente poucos conseguiram dominá-lo, outros foram destruídos por seu próprio poder e outros desapareceram ao tentar brincar com o tempo. [/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][B]Acontece que a minha família sempre foi protegida pela Família Real e sempre usávamos nossos poderes para o bem de Rune-Midgard. Mas infelizmente muitos cresceram o olho para beneficiar a si próprio e tentaram de vários métodos dominar e controlar minha família. Quase todas as tentativas de dominar foram sem sucesso. Apenas uma pessoa conseguiu controlar a pessoa que portava este poder, e graças a isso toda Midgard pode está com seus dias contados. [/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][B]O escolhido de cada cem anos, que era portador deste poder, possuía uma habilidade específica que revelava um futuro macabro. Toda catástrofe que estaria pra acontecer que envolvesse mortes, assassinatos e reações da natureza ou qualquer outra coisa que mudaria o curso da história para sempre, era revelado pelo portador involuntariamente. [/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][B]Só que o último portador da minha família teve uma revelação dessas, mas como eu disse, estava sendo controlado por alguém. Logo esta pessoa que estava controlando-o interpretou mal o que aquela revelação queria dizer, e para conseguir seu objetivo fez uma coisa que horrorizou toda Rune-Midgard. E com isso, esta pessoa ocasionou outra catástrofe que não fora revelada. Só depois de um bom tempo que ela percebeu que tinha interpretado a profecia errado, e foi aí que ela veio de novo atrás do portador do poder que havia feito a revelação. Esta pessoa arquitetou uma distração para que ninguém suspeitasse de nada, e conseguiu capturar o portador do poder do tempo e quase o matou. Felizmente o portador conseguiu se libertar e banir ele juntamente com toda a sua turma numa dimensão onde ficarão presos por aproximadamente dois anos. Até lá, Midgard estará segura.” [/B][/COLOR] - Espera, espera. Deixa ver se eu entendi... Você está me dizendo que sua família tem o dom único de controlar e prever o tempo, e que uma pessoa tentou se apossar desse poder após descobrir uma revelação? - Exatamente Lucas... Quero dizer, Luke. A cada cem anos um herdeiro da minha família se torna o portador dessa habilidade, carregando o título de “Oráculo da Morte”. E existiu uma pessoa que tentou se apoderar desse enorme poder. Por causa disso, aconteceu um massacre que dizimou praticamente toda a minha família. Os dois ficaram atônitos com aquelas declarações. - É isso mesmo que vocês estão pensando, eu sou a última sobrevivente da família Schicksal. Eu sou o último Oráculo da Morte. [COLOR=#008000][B]-------------------------------------------------------------------------[B]FIM DO CAPÍTULO XI[/B]------------------------------------------------------------------ [/B][/COLOR][COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO XII – VENDRICK E MARKUS[/CENTER] [/B][/COLOR] Luke e Sora se entreolharam assustados com a história. Ainda muito surpreso, Sora disse: - Nossa, eu já ouvi falar dos Oráculos da Morte, mas nunca imaginei que existissem de verdade. - Então quer dizer que você era o Oráculo que estava sendo controlado, e quem a estava controlando te deixou nocauteada na Torre de Geffen? – perguntou Luke. May respirou profundamente, se levantou com calma e disse: - Exatamente! Eu sou a única sobrevivente da minha família e a escolhida para ser portadora deste poder, mas por um descuido conseguiram me controlar. Vocês devem ter presenciado os últimos acontecimentos em Rune-Midgard: exércitos de monstros aparecendo do nada, pessoas importantes desaparecidas e outros acontecimentos estranhos têm ocorrido com muita frequência em todo o reino. Gente maldosa está utilizando a tecnologia e a ciência para controlar pessoas e monstros, inclusive torturar e matar. - Mas como assim? Eles usaram seus poderes para cometer esses crimes? - Infelizmente, sim... - Então você sabe quem está por trás disso tudo? – perguntou Luke mais uma vez. - Sei, e você o conhece muito bem. É o “líder” da sociedade secreta Veritatem, Markus. Ele está manipulando muita gente, até pessoas que nem mesmo a gente imagina. Ele me manipulou e todos os ataques de monstros nas cidades que aconteceram recentemente foi tudo culpa minha... [COLOR=#000000]Eu ainda não consigo controlar os meus poderes cem por cento, mas de alguma forma ele consegue. Não sei como, mas ele consegue. Um dos poderes do Oráculo da Morte é mudar o espaço-tempo. Deixe-me explicar melhor: [/COLOR] [COLOR=#0000ff][B]“Eu posso transferir pessoas, coisas e objetos de um espaço para outro. É como se fosse um teleporte de longo alcance. E eles usavam este poder para invocar aqueles exércitos de monstros junto com a habilidade de controle e manipulação para dominar os mesmos. Infelizmente eu não me lembro de quase nada enquanto eu era dominada pela habilidade de controle de mente, mas consegui achar uma brecha neste poder.[/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][B]Na última tentativa que eles fizeram para usar meus poderes lá em Geffen, de alguma forma eu consegui me libertar do encanto e usei o meu poder para prendê-los numa outra dimensão. Infelizmente eu estava, e ainda estou, fraca pois usaram meus poderes demais e por isso, só poderei segurá-los lá por algum tempo.”[/B][/COLOR] – explicou May. - E quanto, exatamente, seria esse tempo? – perguntou Sora interessado. - Bom, a julgar pela minha força atual, aproximadamente uns dois anos. - Dois anos!? Como assim!? Que poder é esse... – disse Sora impressionado. - Mas você sabe o objetivo e o porquê de eles estarem fazendo isso? – perguntou Luke demonstrando atenção. - Antes de qualquer coisa eu preciso contar como originou esta bagunça toda, e o que vocês dois têm a ver com tudo isso... [B][COLOR=#0000ff]“Quando eu tinha cinco anos de idade, tive uma profecia involuntária que falava a respeito da sociedade secreta Veritatem. Esta revelação dizia que se ergueria um poder contra todos aqueles que se juntassem para fazer o mal para Midgard, e este poder surgiria do alicerce que segura Rune-Midgard e seria devastador. [/COLOR][/B] [B][COLOR=#0000ff]A sociedade secreta Veritatem antigamente era um clã assim como qualquer outro. Mas depois de discordarem e quebrarem várias leis que o Conselho das Guildas sancionava, foram proibidos de participar de qualquer evento envolvendo a guerra de clãs. A guerra de clãs, como vocês conhecem é um modo saudável que as guildas têm de equilibrar o poder e defender sua cidade, sem contar que é um jeito amigável de resolver algumas coisas entre clãs.” [/COLOR][/B] - Eu nunca entendi direito esse sistema das guerras de clãs, você pode me explicar? – perguntou Luke para May. - Tudo bem. De qualquer forma eu teria que falar desse ponto mesmo, para que vocês entendam. Bom... [COLOR=#0000ff][B]“A Guerra do Emperium, como é chamada, é como se fosse a corrida de monstros em Hugel. É tradicional, como se fosse um esporte. Suas regras básicas são: quebrar o emperium, uma pedra que cada clã possui como símbolo do seu poder, e conquistar o castelo de outro clã. Pode-se fazer tudo, menos tentar matar e eliminar o adversário. Só é permitido nocautear o oponente. O Conselho de Guildas faz uma parceria com a Corporação Kafra onde todo aquele que for nocauteado na guerra automaticamente é teleportado para a cidade de origem. Isso dá mais segurança para a guerra. Só que a Veritatem não queria aceitar isso, por diversas vezes mataram e eliminaram vários oponentes de clãs adversários nas guerras, Por causa disso, o Conselho de Guildas tomou a decisão de banir o clã do sistema de guerra, e consequentemente a Veritatem não teria mais os benefícios do mesmo. [/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][B]Então eles se revoltaram, transformaram o clã em um grupo de assassinos e ladinos aterrorizando toda a Rune-Midgard. E juraram vingança a todos do Conselho de Guildas e também a toda Família Real, que havia apoiado a decisão. Foi então que a Veritatem ficou sabendo da profecia que eu contei anteriormente e a interpretaram errado. Eles acharam o poder que se ergueria contra eles nasceria de Yggdrasil, a árvore da vida que sustenta Midgard. [/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][B]Coincidentemente naquele período nasceu um menino que brilhava e que tinha o poder de curar qualquer doença que a cura e os remédios convencionais não resolviam. Essa sua fonte de poder vinha do tratamento de raízes de Yggdrasil que sua mãe fez quando ficou doente e estava grávida. Sua fama se espalhou ao curar o rei de Rune-Midgard Tristan III, que estava com uma doença de pele incurável. Veritatem logo se precipitou, e acharam que esta criança seria quem os destruiriam. Então um dos integrantes do grupo foi designado para raptar o menino e assim acabar com aquela profecia. Esta pessoa conseguiu interceptar os pais dos meninos e o raptou. Sim, esse menino era você Sora. Creio que você já sabe desta história.”[/B][/COLOR] – disse May . - Sim, infelizmente a própria pessoa que me fez isso contou. Só que eu não entendi uma coisa: se eu era uma ameaça para eles porque que me deixaram vivo até os doze anos? – perguntou Sora. - "[COLOR=#0000ff][B]Primeiramente porque você já era muito famoso e já tinha corrido o boato de que você tinha sido sequestrado, pois a pessoa que o levou – por incrível que pareça – não matou seus pais. E eles ainda feridos, conseguiram chegar ao povoado de Umbala e avisar do ataque. Então a Veritatem ficou quieta até a poeira baixar, até que os membros deduziram que haviam chegado à uma interpretação errada da profecia. Foi aí que eles chegaram numa outra: pensaram que este poder que se ergueria do alicerce de Rune-Midgard poderia ser a Família Real. [/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][B]Após se passarem doze anos, como você já havia dito, para garantir resolveram fazer as duas coisas. Fizeram um pacto com Osíris, onde iriam oferecer você a ele. No mesmo dia, teriam que executar a segunda parte do plano. Foi então que designaram a mesma pessoa que te raptou para cumprir esta parte. Ele tinha acesso livre ao castelo da Família Real, e conseguiu assassinar todos os príncipes e descendentes da coroa. Ou melhor, quase todos. [/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][B]Na mesma noite ele raptou você de novo, e junto com algumas outras pessoas do clã, partiram em direção as pirâmides de Morroc. E como você já sabe, eles fizeram aquele ritual a Osíris deixando-o quase morto. Foi nessa hora que uma equipe de elite trajando roupas negras e laranja flamejante chegou e interceptou a ação da Veritatem. Mesmo assim eles conseguiram fugir, mas a interceptação não foi em vão pois o grupo de elite conseguiu te salvar e deter Osíris, fazendo retornar ao mundo dos mortos. [/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][B]Só que a Veritatem tinha conseguido arrancar de você poder suficiente para fazer funcionar a habilidade e o poder de controle e manipulação. [/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][B]Desse tempo para cá, esse maldito clã entrou em conflito com minha família e conseguiram dominar os membros mais fortes fazendo a gente lutar um contra o outro. E isso resultou num banho de sangue, e eu fui uma das poucas sobreviventes da minha família. Mas eu ainda creio que existam outros sobreviventes. O rei Tristan III achou melhor que este assunto fosse segredo de Estado e correria em investigação sigilosa para não assustar Rune-Midgard. Mas eles conseguiram me capturar e assim, me manipular e controlar meus poderes. [/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][B]Bom, e depois disso tudo vocês já sabem o resto. Mas o importante é que eu consegui banir eles por um tempo, o que vai nos dar bastante vantagem para pensar numa estratégia e reagir para o que eles estão prestes a fazer. E já digo logo, não é nada bom”[/B][/COLOR]. – concluiu May. - Estou tentando entender a história, mas e eu? Onde eu entro nesta história toda? – perguntou Luke - Você é a peça fundamental nesta história toda, Luke. [COLOR=#0000ff][B]“Seu pai era filho do rei Tristan III, um membro legítimo da Família Real, e ele sempre foi um guerreiro muito esforçado e forte. Seu tio Markus também era filho do rei Tristan III, mas era filho bastardo. Depois que sua esposa faleceu o rei entrou numa enorme depressão, mas após certo tempo ele se apaixonou por uma tia-avó minha. E dessa paixão um fruto foi gerado, que foi Markus. Além dele, o rei Tristan III tinha mais quatro filhos. [/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][B]Todos os outros quatro filhos eram da falecida esposa do rei Tristan III e quase todos desprezavam Markus por não ser irmão por parte de mãe, pois na época minha família era muito mal vista por umas razões que não me cabe falar agora. Mas o único que não o destratava era Vendrick. Ele foi o único que conversava de fato com Markus e que também o ajudava. Vendrick também era o filho preferido do rei Tristan III, e isso irritava muito os outros irmãos. [/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][B]Markus se tornou um mago, e como nossa família tem uma veia mágica, puxou esse nosso lado da família e se tornou um mago bem forte pra idade dele. Logo ele entrou para o clã Veritatem e se destacou lá dentro, se tornando o braço direito do líder do clã. Seu coração a partir daí começou a esfriar. E então ele recebeu esta tarefa de te raptar, e logo depois matar os herdeiros da Família Real por causa da profecia. Ele entrou no palácio, já que seu acesso era liberado, e conseguiu matar três dos quatro irmãos dele, Vendrick então era o último que faltava. Vendrick não entendeu o porquê de Markus o atacar, justo ele que o ajudou tanto e o apoiou. Os dois travaram uma batalha árdua porém sem vencedores. Depois de muito tempo pelejando, Markus desistiu e fugiu.” [/B][/COLOR] - Mas então como que meu pai, em todos estes anos, conviveu com meu tio? Markus sempre ia em casa passar alguns dias, era amigo de todos. Se ele tentou matar meu pai, porque que meu pai o permitiria viver conosco? – perguntou Luke ainda confuso. - Simplesmente porque ele não se lembrava... [B][COLOR=#0000ff]“Naquela noite depois que Markus fugiu, os guardas do palácio encontraram os irmãos do seu pai mortos e Vendrick era o único sobrevivente. Mas Vendrick não soube explicar o que havia ocorrido, de alguma forma Markus conseguiu apagar as lembranças de seu pai. Mas seu pai sabia que não tinha sido ele próprio quem havia matado seus irmãos. Então o rei Tristan III com muito pesar e tristeza mandou prender Vendrick nas masmorras até que ele confessasse o crime. [/COLOR][/B] [B][COLOR=#0000ff]Depois disso começaram uma investigação e seis meses depois descobriram algo que mudaria o rumo que aquele evento havia tomado. Enquanto isso, Vendrick continuava preso. [/COLOR][/B] [B][COLOR=#0000ff]Conseguiram capturar um integrante da Veritatem, e através da investigação e confissão do capturado, descobriram que foi a Veritatem que havia assassinado os príncipes, só não descobriram quem foi porque Markus não tinha deixado rastro. Então soltaram Vendrick e o rei Tristan III pediu desculpas a ele por ter duvidado de sua palavra, mas Vendrick não aceitou. Ele renunciou aquela vida que ele tinha no palácio e sumiu no mundo para recomeçar do zero. Ele cortou seu cabelo, deixou a barba crescer e adotou uma nova vida. Não trocou o nome, pois foi a mãe dele quem havia escolhido. Mas ele nunca revelava seu sobrenome. Foi aí que ele conheceu sua mãe.” [/COLOR][/B] - Mas ninguém desconfiou do meu tio Markus, porque ele também estava vivo? – perguntou Luke. - Antes do massacre dos herdeiros da Família Real, Markus já estava na Veritatem que ainda era um clã. Mas depois que a mesma passou a ser uma organização conspiradora, Markus tornou-se desertor e foi expulso do palácio por defende-la. Depois disso ele nunca mais apareceu por lá. Mas ele tinha acesso de tudo, já que ele já tinha morado naquele castelo. Mas ninguém nunca suspeitou disso. - Então quer dizer que realmente eu sou neto do rei Tristan, e que Markus é seu parente distante? - Isso mesmo, Luke! Mas eu te digo uma coisa, Markus não é o verdadeiro líder da Veritatem. Existe um líder superior a ele lá dentro. – confirmou May. - Mas afinal, qual o objetivo deles? E se você pode realmente ver o tempo, onde está minha mãe, se é que ela ainda está viva? – perguntou Luke confuso com toda aquela conversa. [COLOR=#008000][B]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XII----------------------------------------------------------------- [/B][/COLOR][COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO XIII – A CHEGADA[/CENTER] [/B][/COLOR] - Bem Luke, como eu disse anteriormente, o objetivo deles é acabar com o Conselho de Guildas e com a Família Real e assim conseguir dominar não só Rune-Midgard, mas também os outros reinos vizinhos. Resumindo, eles querem dominar o mundo. E para isso eles estão reunindo muito poder, e este poder com certeza é de origem maligna. Eu ainda não entendi como eles conseguem, mas presumo que estão extraindo poderes de vários seres e pessoas com poderes distintos para conseguir isto. E pelo o que eu descobri, eles já conseguiram 90% deste poder, e vai demorar mais ou menos dois anos até que eles consigam se libertar da prisão dimensional onde os enviei. – respondeu May - Tudo bem até aí já entendi, mas você tem como saber o que ocorreu com minha mãe? – perguntou Luke esperançoso. - Eu já tinha tentado rastrear Maria, sua mãe, muito antes de vir para cá, mas infelizmente não consegui. Só consegui ler o passado dela. Só existem duas explicações para que não se possa ler o presente e o futuro da pessoa: a primeira é quando a pessoa está morta e a segunda é quando ela não está neste mundo, ou seja, uma outra dimensão. Mas mesmo que ela tivesse em outra dimensão daria pra saber o que ela está fazendo, daria pra ver seu presente. Isso só pode significar que ela está... - Não, não ouse completar esta frase! Não pode ser, tem que haver alguma explicação! Ninguém conseguiu achar o rastro dela e muito menos seu corpo, não tem como ela está morta! Você está mentindo! – disse Luke indignado com os olhos começando a lacrimejar. - Se controla Luke, ela só disse que não consegue rastreá-la. Ela pode está em qualquer lugar agora, a May mesmo disse que não consegue controlar seus poderes muito bem. Deve ser por isso que ela não consegue rastreá-la. – confortou Muhae, que até agora tinha ficado calado na conversa. - Exatamente Luke, eu ainda não domino bem os meus poderes e estou fraca. Talvez quando eu me recuperar eu possa rastreá-la, me desculpe por me precipitar naquela frase. – disse se desculpando. - Tudo bem, você disse que eles ficarão presos por dois anos né? – perguntou Luke se recompondo. - Exatamente. – confirmou May. - Então isso significa que tenho dois anos para me tornar mais forte e assim conseguir dar um fim nesta história toda. Markus irá pagar por tudo o que ele fez e será com sua própria vida, escreva isto! – disse Luke determinado. - Vai com calma, Luke. Lembre-se que o ódio pode corromper o coração e nos tornar pessoas malignas. – advertiu Muhae. - Mas veja o que ele fez com todos nós, mestre! Controlando pessoas, matando vidas, semeando o caos... E tudo isso por quê? Por causa de uma briguinha tola com o Conselho? Isso é imperdoável! – disse Luke se levantando do sofá onde estava sentado. Seu coração havia sido preenchido pelo ódio e rancor. Estava possesso de ira, não descansaria enquanto Markus estivesse respirando. - Mestre Muhae tem razão, Luke. É claro que não vamos deixar isso barato, temos um bom tempo para a gente se preparar. Vamos melhorar nossas habilidades e junto vamos acabar com isso, pois esta luta também é minha. – disse Sora também se levantando. - Exatamente, Sora! Vocês ainda têm muito o que aprender. Por hora é isso, vocês já sabem o suficiente. Agora vão se preparar pois o treinamento de vocês começa ainda hoje. – concordou Muhae. - Tudo bem, mas eu só tenho mais uma pergunta para May. Porque que ontem você me disse para fugir o mais longe possível, afinal você nem me conhecia? E porque você me chamou de Lucas? – perguntou Luke ainda com essa dúvida martelando sua cabeça. - Bem, er... q-que... Desculpem-me preciso sair agora, tenho que fazer uma outra coisa. – disse May desorientada e saindo da sala. - Ué, o quê que deu nela? – perguntou Sora. - Vai saber. Ela está muito conturbada, mas talvez seja melhor assim. – respondeu Muhae. - Você não está escondendo nada de mim não, né Mestre? – perguntou Luke desconfiado. - Luke e Sora, por favor, se retirem! Vocês já ouviram o bastante por hoje, depois conversamos. – disse Muhae dispensando-os. - Mas Mestre... - Nada de “mas”! Eu tenho que verificar algumas coisas agora. Depois conversamos com mais calma. – cortou Muhae. - Tudo bem, vamos Sora. – disse Luke chamando Sora e saindo da sala. Luke e Sora então saíram do prédio conversando sobre o que acabaram de descobrir, mas Luke estava voando na conversa. Ele estava pensando na pergunta que tinha feito a May e que ela não tinha respondido. - Mas eu nunca imaginaria que isso... - O que será que eles estão escondendo ainda da gente, Sora? – perguntou Luke cortando a conversa de Sora. - Não faço a mínima idéia, só sei que isso está meio suspeito. Eu também não entendi o porquê da May ter falado aquilo pra você ontem. - Muito menos eu. Mas o que eu sei é que tenho dois anos para treinar minhas habilidades e assim conseguir acabar com a raça daquele maldito traidor. - Você não está sozinho nessa, o que ele fez comigo também é imperdoável. Também irei dar o melhor de mim e vou conseguir dominar e controlar minhas habilidades perfeitamente. – disse Sora. - Mas, sei não Sora... Como nós podemos saber se o que ela disse é verdade? E se for uma cilada da Veritatem para ganhar tempo? Será que ela é realmente um Oráculo da Morte? - Eu acho que essa parte dela ser um Oráculo da Morte é verdade. Dizem que todos das família Schicksal têm uma marca em forma de ampulheta em alguma parte do corpo. Essa marca foi constatada quando nós a resgatamos em Geffen. Ela tinha esse sinal no braço direito, definitivamente ela é uma Schicksal. - Dessa eu não sabia, aliás, não sei quase nada sobre o Oráculo da Morte. – disse Luke surpreso. - Bom, muita gente não conhece essa história muito bem. Acho que nem existem livros que relatem sobre isso. - Será? - Não estou garantindo nada, mas se tem algum lugar que você pode achar alguma coisa sobre a família Schicksal é na biblioteca de Juno. Lá é onde se localiza o maior acervo de impressos de Rune-Midgard. Também existe a biblioteca de Prontera, que é bem menor que a de Juno mas bem rica em exemplares de livros. Fora isso, o único que sabe a real história da família Schicksal e o Oráculo da Morte é o rei Tristan III. – sugeriu Sora. - Quanto ao rei Tristan III, apesar de ser neto dele, acho que ele nem sabe que eu existo. Então vou ficar com a opção de pesquisar nas bibliotecas mesmo. – optou Luke. - Concordo com você. Agora só precisamos de uma oportunidade para fazermos isso, porque o treinamento vai ser longo e intensivo. Vamos no fim de semana, é quando estamos de folga. - Então é nós! Chame a Edna para treinarmos juntos e vamos com tudo. – disse Luke com confiança. - É isso aí, cara. Vamos derrubar a Veritatem e fazer jus ao Código de Juramento dos Monges. – falou Sora entusiasmado. Luke e Sora foram em direção ao dormitório de Edna, onde pediram para uma monja ir chamá-la pois homens não podiam entrar no alojamento feminino. Depois de alguns minutos esperando, Edna apareceu trajada com seu uniforme de monja pronta para as atividades. Eles saíram dali e foram até uma praça da Abadia onde conversaram sobre o que May tinha contado a eles. Edna, assim como eles, ficou chocada. Foi então que fizeram um pacto entre eles que, acontecesse o que acontecer, acabariam com a Veritatem. Decidiram que cada um iria cuidar e ajudar ao outro nos treinamentos e missões que haveriam de aparecer. Ficaram aquela manhã toda conversando a respeito daquele assunto e mal viram o tempo passar. Percebendo que havia chegado a hora do almoço, os três foram para o refeitório. Lá, enquanto almoçavam, planejavam o que eles fariam e como fariam para obterem mais respostas. Logo após o almoço, Mestre Muhae mandou chamar os três na sua sala. O mestre não estava com uma cara amistosa, parecia que algo seria havia ocorrido. - Preciso que vocês entreguem uma encomenda ao sacerdote Necrus pra mim. – ordenou Muhae. - Mas o senhor não poderia mandar por port... - Tudo bem, nós aceitamos. – disse Luke cortando a frase de Sora. Luke percebeu a grande oportunidade que tinha em mãos. Ele viu que aquele era o momento ideal para ele buscar respostas. - Prestem bastante atenção, este envelope deve ser entregue em mãos. Não posso usar portal para enviá-lo, senão esta encomenda iria se dissolver no ato. Por isso estou designando vocês três. Quero que vocês vão correndo até Prontera e entregue a encomenda nas mãos de Necrus. Considerem isso como parte do treinamento de vocês. Tomem muito cuidado no meio do caminho, este pacote não pode sofrer dano algum e cuidado com ladrões. Protejam um ao outro. Eu estou de saída para resolver um problema, conto com vocês para o término dessa missão. E lembrem-se: não contem nada para ninguém sobre May Schicksal e o que aconteceu aqui. Boa sorte. Sora e Edna perceberam também porque Luke havia concordado com a missão. Era uma chance perfeita para verem se conseguiam encontrar alguma pista sobre a família Schicksal. Mestre Muhae entregou o envelope para o grupo e despediu-se. O trio, sem perder tempo, correu freneticamente para Prontera. Passaram pelos campos e florestas nos arredores da cidade, derrotando alguns monstros que tentavam atrasar o grupo como mandrágoras e o curioso Eclipse, rei dos Lunáticos. Demoraram cerca de uma hora até chegarem em Prontera. Sem parar pra descansar, foram direto à Catedral de Prontera entregar o misterioso pacote para Necrus. Ao chegarem em sua sala, perceberam que o sacerdote também estava preocupado assim como Muhae. Não quiseram entrar no assunto e perguntar o que estava acontecendo. Apenas entregaram a encomenda, se despediram do sacerdote e saíram da catedral. Já pelo lado de fora, decidiram colocar o plano em prática. Foram correndo para a biblioteca da cidade. - Procurem por [I][COLOR=#0000ff][B]“Famílias Tradicionais”[/B][/COLOR][/I] ou [B][COLOR=#0000ff]“Revelações e Desastres”,[/COLOR][/B] ou algo do tipo... – disse Luke para Sora e Edna, cada um investigando uma seção da biblioteca. - Shh! Silêncio! Isso aqui é uma biblioteca e não uma feira! – repreendeu a bibliotecária no balcão. - Achei uma coisa aqui: [B][COLOR=#0000ff]“Adivinhando o Futuro, Aprenda a Ler Mãos”[/COLOR][/B]. Aff, esquece... – disse Sora desapontado. - Tem um livro aqui:[B][COLOR=#0000ff] “Famílias que Fizeram História”[/COLOR][/B]. Talvez esteja aqui. – disse Edna esperançosa. - Tudo bem, achei um aqui também: [B][COLOR=#0000ff]“Como controlar o tempo”[/COLOR][/B]. Você verifica nesse aí que você achou, que eu vejo neste. Sora, continue procurando... - Silêncio! É a última vez que eu peço, senão eu terei que expulsá-los do estabelecimento. – disse mais uma vez a bibliotecária, repreendendo Luke. Sem dar muita atenção àquela mulher, Luke ficou decepcionado ao saber que o tempo tratado naquele livro que havia pego era sobre clima. - Sem sorte aqui, e você Edna? Conseguiu encontrar alguma coisa? – disse Luke baixinho, tentando fazer com que a bibliotecária não ouvisse. - Infelizmente não. Já olhei o livro todo, inclusive a seção reservada da letra “S” três vezes no livro, mas nada de família Schicksal. - Também, não encontrei nada aqui. – disse Sora que acabara de derrubar um livro no chão. – Droga! A bibliotecária não disse nada dessa vez, apenas deu uma encarada nos três que gelou a espinha de ambos. Eles passaram a tarde toda ali, pesquisando e buscando algo que os levassem a saber mais sobre a família Schicksal, mas sem sucesso. - A biblioteca vai fechar em cinco minutos. – avisou a bibliotecária. Foi aí que perceberam que já estava anoitecendo, então decidiram encerrar as pesquisas e voltar para a Abadia. Num último ato desesperado, Luke resolve tentar a sorte, e faz uma pergunta para a bibliotecária: - Senhora... Digo, moça... Primeiramente, queria me desculpar em nome de todos pela perturbação que causamos hoje. Mas estamos numa investigação sigilosa, à pedido do rei Tristan III, sobre... - Estamos? Ai! – disse Sora recebendo um pisão no pé dado por Edna. – Ah, sim. Estamos... - Como eu dizia, estamos investigando um assunto pouco falado em Rune-Midgard e gostaríamos de saber se a senh... Perdão, se você saberia nos informar. – concluiu Luke. - Investigação à pedido do rei, é? E o que querem saber? – disse a senhora desconfiada. - À respeito da família Schicksal e os Oráculos da Morte. Você saberia nos dizer onde podemos ter acesso à essas informações? - Não, não sei de nada. Sumam daqui! Vão embora, já estou fechando! Saiam daqui ou irei chamar a Guarda da cidade! Vamos, anda logo! – disse a bibliotecária empurrando-os para fora da biblioteca. A senhora fechou a porta do estabelecimento com força, que fez um barulho tão grande que as pessoas que estavam na rua naquela hora olharam na direção do grupo curiosos. - Droga! Eu estava quase descendo a porrada naquela vaca! Tava na cara que ela sabia de alguma coisa! – disse Edna furiosa. - Também concordo, acho que ela sabia sobre a família Schicksal e o Oráculo da Morte. - Vocês disseram [I][B][COLOR=#0000ff]“O Oráculo da Morte”[/COLOR][/B][/I]? Neste momento o grupo tomou posição de batalha. Na frente deles estava uma figura bem interessante. O sujeito usava um chapéu verde em sua cabeça, tinha um instrumento em suas mãos que parecia um violão, tinha cabelos castanhos escuros e usava uma roupa típica de menestrel. Possui uma aura azul debaixo de seus pés. - Calma, calma... Não vou feri-los, podem abaixar os punhos. Sou pacífico... – disse o menestrel na tentativa de acalmar o grupo. - O que você quer? – perguntou Luke, secamente. - É que eu não pude deixar de ouvir o que vocês estavam falando, e pensei que vocês tivessem ouvido o meu poema. – respondeu o músico. - Que poema? – perguntou Edna. - [I][B][COLOR=#0000ff]“O Oráculo da Morte”,[/COLOR][/B][/I] que vocês acabaram de falar. Na verdade, esse poema foi censurado pela coroa pois trata-se de um fato muito real que aconteceu em Rune-Midgard. Poucas pessoas ouviram falar dele. - Nunca ouvimos. Na verdade, o Oráculo da Morte foi uma expressão que achamos escrito num livro qualquer e ficamos curiosos. – mentiu Luke. - Então hoje é o dia de sorte de vocês. Irei recitar para vocês uma das minhas obras-primas: O Oráculo da Morte, baseado numa história real. – disse o menestrel tocando a primeira corda do seu instrumento. [I][B][COLOR=#0000ff]“A nobre família devotada[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff] [/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Libertada de um terrível mal[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Um dia conheceu a glória surreal[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Zumbindo no ouvido do Pai celestial[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff] [/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Desgostoso com a humanidade[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Este nobre Pai demonstra piedade[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Surge então um puro coração[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]A quem o paterno celeste teve compaixão[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Poder dos Céus seriam arremessados[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Ao puro coração foram ofertados[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Rude marca do tempo no peito foi fincada[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]E com ela a esperança da humanidade restaurada[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Como salvar-te-ei, ó terra ensanguentada?[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Em seu pranto de dor, o puro coração amargurava[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Retira-te de mim, ó graça concedida[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Às origens celestiais retorne de novo à vida[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff] [/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Das lágrimas derramadas o puro coração entendeu[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Era a vontade dos Céus, que o Pai o escolheu[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff] [/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Melhores dias foram aqueles[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Imergidos em imaculados êxtases[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Deveras ser o curioso destino[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Gemendo, urrando, por um badalar de sino[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]A este sino será atribuído[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]Redenção ao puro coração caído[/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000ff]De um deus Pai, de um deus vencido”[/COLOR][/B][/I] Ao terminar de tocar e recitar aquele poema, Luke estava tentando compreender o que ele queria dizer. Enquanto tentava raciocinar, o músico disse: - Bom é isso, espero que tenha ajudado vocês. Foi um prazer conhecê-lo, jovem Luke. – disse o menestrel tirando seu chapéu da cabeça e reverenciando-os. - Ei, como você sabe o meu nome? O menestrel apenas sorriu, colocou o seu chapéu no lugar e começou a caminhar distanciando-se do grupo. - Ei, espere! Você não disse o seu nome! – gritou Luke, ainda surpreso. - É Karian! – respondeu o músico saudando-os com uma continência enquanto se afastava ainda mais do grupo. [I][B][COLOR=#000000]“Karian... Karian... Eu já vi esse nome em algum lugar...”[/COLOR][/B][/I] – pensava Luke. - Eu não entendi nada daquele poema. – disse Sora. - E desde quando você entende alguma coisa, Sora? – retrucou Edna. - E você sabidona, entendeu? - Fiz melhor do que isso, eu anotei o poema. – disse Edna mostrando um pergaminho escrito para Sora. - Edna, você é genial! Assim podemos saber melhor como interpretá-lo. – elogiou Luke. - Pelo o que eu entendi no poema, esse poder do Oráculo da Morte foi dado por um deus que estava cansado de ver a humanidade perecer e decidiu fazer com que um mortal de boa índole fosse o portador do poder, que o deus achava que ajudaria a humanidade. A parte da marca, acho que se refere a tal marca em forma de ampulheta que dizem que cada Schicksal possuía. Não sei se vocês entenderam como eu, mas o homem no início tinha prazer e satisfação em ter aquele poder para ajudar os outros. Mas quando as revelações sobre mortes e catástrofes apareciam, seu coração doía pois ele não podia fazer nada. Do que adiantava um grande poder se não podia salvar ninguém? Ele não aguentava o fardo que carregava, e queria morrer. Queria que a morte o levasse... Provavelmente esse homem foi o patriarca da família Schicksal, o primeiro Oráculo da Morte. Mas têm alguns versos que ainda não entendo... – deduziu Edna. - Também tive a mesma linha de raciocínio que você... - Espera um pouco... – disse Edna interrompendo Luke. - O que foi Edna? - Esse poema é mais do que um poema, é uma mensagem. Veja, se juntarmos todas as primeiras letras de cada verso obtemos a seguinte frase: [B][COLOR=#0000ff]A LUZ DESAPARECERA DE MIDGARD.[/COLOR][/B] - O que será que isso quer dizer? – perguntou Sora mais confuso. - Quem sabe... – respondeu Edna - Eu sabia que tinha algo a mais, esse cara queria nos deixar uma mensagem. Karian, Karian... Eu juro que já ouvi esse nome em algum lugar, só não me recordo onde. E o fato dele saber meu nome também me preocupa. – disse Luke. - Seja o que for, iremos descobrir. Mais cedo ou mais tarde, o importante é nós nunca desistirmos. Venha, vamos voltar para a Abadia. O pessoal deve estar preocupado com a gente. Luke, você não está sozinho nessa. Vamos acabar com esses infelizes. – disse Edna, encorajando a todos. Luke sabia que Edna tinha razão. Mais cedo ou mais tarde ele iria descobrir a verdade. Até teria que se esforçar ao máximo para ficar forte o suficiente para o tão aguardado dia. Ele não deixaria passar a morte do seu pai em vão. [COLOR=#008000][CENTER]-----------------------------------------------------------------------------------------[/CENTER] [/COLOR] [FONT=arial black][COLOR=#0000ff]Dois anos e meio depois...[/COLOR][/FONT] - Vai Luke, agora, aproveite a chance! – gritou Sora. A cena era a seguinte: Sora estava segurando com o corpo um monstro, era uma espécie de orc. Mas esse orc era diferente: estava todo equipado com uma espada afiada, um escudo imponente e também trazia em sua cabeça um enorme capacete cheio de penachos. Sua armadura toda era dourada e reluzente. Atrás de Sora estava ele, Luke Von Trivian. Luke havia crescido um bocado e não parecia mais aquele noviço franzino de alguns tempos atrás. Seu cabelo estava um pouco maior. Nas costas de sua mão direita, estava tatuada uma água que se prolongava até os dedos. Para Luke, tinha que ser a última imagem que o inimigo veria: o brasão da família que agora ele fazia parte. Trajando sua roupa imponente de um verdadeiro monge, se preparava para desferir o golpe final naquela criatura. Ao seu lado estava May, agora com uma roupa diferente do que usava antes. Tinha desistido de usar as roupas provenientes do seu clã, voltou para a guilda dos bruxos, se reabilitou e se recuperou de tudo aquilo que passara tempos atrás.Agora não usava mais aquele capuz de sua roupa, estava mais linda do que nunca, seus cabelos roxos ainda contrastavam com a luz do sol naquele dia. Ela também tinha um símbolo de uma águia estampada em sua roupa. Sora por sua vez, após esses anos, mudou apenas em um aspecto: continuava com seus [COLOR=#404040]cabelos longos e azuis, os óculos fundo de garrafa ainda compunha sua aparência facial. Porém havia adquirido massa muscular, deixando de ser um garoto mirrado e magricela. Sua evolução como monge era visível. Tatuado em seu braço esquerdo, estava um brasão de uma águia.[/COLOR] - Fúria Interior! Invocar Esferas Espirituais! – invocou Luke – Punho Supremo de Asura! De repente Sora é arremessado para trás e o monstro consegue se soltar, desviando assim daquele poderoso golpe que Luke havia preparado. Apenas com um simples gesto de mão o monstro invocou um enorme grupo de guerreiros orcs para a batalha. - Vocês humanos nunca conseguirão me derrotar, eu sou o herói desta vila e os dias da humanidade estão contados. – disse o monstro intimidando-os. - Você, uff, não me mete, uff, medo. Iremos acabar com vocês, uff, agora! – disse Luke tentando pegar fôlego pois aquele golpe quase acabara com suas forças - Deixa comigo, Lucas. Nevasca! – conjurou May. - Não a deixem terminar a conjuração, acabem com ela! – gritou o monstro ordenando seu exército a atacar. - Impacto Psíquico! – conjurou Sora matando um guerreiro orc. - Combo Triplo! – usou Luke acertando vários socos nos guerreiros orcs usando sua soqueira. - Agora! – gritou May conjurando uma enorme nevasca nos monstros, matando todo aquele exército de guerreiros orcs e atingindo também o Orc Herói. - Desista Orc Herói, nós acabamos de chegar e você já está neste estado. Só levou uma nevasca e já está assim. Que tipo de herói é você? Renda-se antes que o pior aconteça contigo – disse Luke quase frente a frente com o monstro. - Isso jamais acontecerá! Tempestade de Raios! – conjurou o Orc Herói. - Ahhh! Droga, não! – gritaram Luke e Sora caindo no chão. - Hahaha, eu não disse! Vocês são muito fracos, terão que treinar por mil anos até conseguirem me superar. – disse Orc Herói passando por entre os corpos de Luke e Sora no chão e indo em direção à May. - É mesmo? Então dê uma olhada para trás. – disse May debochando. Sora e Luke vieram correndo por detrás do Orc Herói e desferiram juntos dois golpes no monstro. - Punho Supremo de Asura! – disse Sora - Impacto Psíquico! – disse Luke O Orc Herói estava tão focado na May que não percebeu Luke e Sora em pé atrás dele, se preparando para o golpe final. - Isso foi o seu poder? Cara, até uma enguia tem um choque mais forte do que isso. E outra coisa, jamais subestime o oponente. – disse Luke com a palma de sua mão nas costas do monstro. O orc então caiu no chão com seu corpo imóvel e com várias partes do seu corpo sangrando. Luke pegou a espada e o escudo que ele estava portando e tomou para si. - Pronto, agora vamos leva-lo para a guilda examinar estes equipamentos e ver se realmente foram amaldiçoados. – disse Luke examinando-os. - Que pena, eles parecem valiosos. Quantos zenys será que valem? – disse Sora imaginando. - Que é isso Sora, você está parecendo um mercador com alma de gatuno. – disse May. - Hahaha! Estou só brincando. Aliás, nosso clã é um dos mais poderosos de Rune-Midgard e nossas missões já são suficientes para o sustento. – disse Sora com a mão na cabeça. - Vamos voltar e completar nossa missão. A Edna deve estar esperando pela gente. E mais uma coisa: você foi brilhante, amor. – disse Luke para May. - Que é isso Lucas, vocês que foram fundamentais para o sucesso da missão. Aquela manobra de fingir que foram nocauteados foi ideia de gênio. Cada dia mais vocês estão se superando, principalmente você Sora. – elogiou May. - É, o papo está bom mas vamos voltar. Temos que voltar para os feudos senão a Edna vai ter um troço. – aconselhou Luke. - Aonde vocês pensam quem vão?! Vocês acham que vão derrotar meu herói e deixar por isso mesmo? Ao olharem para trás viu-se um outro orc só que desta vez usava um capacete de chifres e era um pouco maior do que o outro orc que haviam derrotado antes. O monstro estava rodeado por vários orcs arqueiros. - Aff, já estou cansado disso! Me dêem só um minuto! – disse Luke largando o escudo e a espada no chão, pegando um fruto da bolsa, comendo e indo em direção ao pequeno exército. - Você já vai usar isso? Você está apressado mesmo heim?! – disse Sora espantado. - Invocar Esferas Espirituais! Fúria Interior! – conjurou Luke em direção ao pequeno exército. - Não se aproxime ou darei a ordem de atacar! – disse o Líder dos Orcs. - Invocar Esferas Espirituais! – conjurou Luke cinco esferas de luz, uma de cada vez, em direção àquela tropa. - Eu avisei, podem atirar! – ordenou o Líder dos Orcs. - Escudo Sagrado! – Luke então conjura uma espécie de escudo de cor verde onde as flechas ao passarem por ele, se desintegraram na hora. - Punho Supremo de Asura! – conjurou Luke acertando um golpe poderoso e esmagador no monstro fazendo com que o eco emitido da pancada fosse ouvido por toda a floresta. O Líder dos Orcs caiu no chão inconsciente. Luke então virou para os orcs arqueiros e disse: - Tentem continuar com este plano de novo e da próxima vez não sobrará uma pedra nesta vila para contar história. Os orcs arqueiros tremendo de medo largaram os arcos e as flechas, o corpo do líder e saíram correndo e chorando em direção à vila. - Nossa amor, você não acha que exagerou um pouquinho não? - Que isso May, se eu não fizesse isso eles voltariam a fazer de novo. Agora vamos enviar estes equipamentos para a guilda verificar o ocorrido. – respondeu Luke. - Mas precisava usar um fruto de Yggdrasil pra isso? Você não sabe o quanto é caro e raro um desses? – indagou May. - Acho que devo ter exagerado um pouquinho só. – disse Luke modestamente. Então eles recolheram os equipamentos e partiram em direção aos feudos perto da cidade de Geffen, quando se depararam com Edna. - Nossa ainda bem que achei vocês. – disse Edna afoita. - O que aconteceu Edna? – perguntou Sora. - Eles voltaram! [COLOR=#008000][B]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XIII---------------------------------------------------------------- [/B][/COLOR][COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO XIV – O IMPERADOR RETORNA[/CENTER] [/B][/COLOR] Edna tinha se tornado uma monja mais formosa do que já era. Estava mais esbelta e atraente, mas seu gênio imperativo e agitado ainda era o mesmo. As poucas sardas em sua bochecha direita, entravam em harmonia com o brasão de uma águia em sua bochecha esquerda. Seus olhos castanhos claros e cabelos cor-de-salmão, realçavam a beleza da grande mulher que havia se tornado. Ela estava cansada, parecia que havia corrido milhas até chegar naquele lugar. Tinha que entregar uma mensagem muito importante: -Eles chegaram! O grupo demonstrou que já estava esperando por aquela notícia. Luke, sem se abalar com a notícia, respirou fundo e disse: - É pessoal, me parece que chegou a hora. Hora de acertar algumas pendências! Treinei duro estes anos todos para este dia, demoraram até demais. - E onde eles apareceram? – perguntou Sora para Edna. - Morroc. O Mestre Muhae disse que está uma confusão gigante por lá. Vários monstros estão destruindo a cidade, até monstros que nunca foram vistos por aqui em Midgard. O Mestre Muhae estava nervoso e não deu para ele me explicar o que estava ocorrendo. Só me disse para vir avisar vocês, ele só me confirmou que a Veritatem havia retornado e está comandando o ataque. – explicou Edna nervosa. [I][B]“Nossa, Edna fica muito linda quando está nervosa”[/B][/I] – pensou Sora. - Mas como isto é possível? Como eles conseguiram invocar estes monstros sem meus poderes? Era para eles estarem fracos, ou até mortos, depois de um bom tempo naquela dimensão. Temos que correr, estou com um mau pressentimento! – disse May demonstrando preocupação. - Pessoal, eu quero dizer uma coisa para vocês. Peço que não arrisquem suas vidas nesta batalha, pois esta batalha é minha. Eu tenho que resolver isto de uma vez por todas, se tiver alguém que tem que se sacrificar, este alguém sou eu. Agradeço demais por vocês me ajudarem por todos estes anos, principalmente você May. Não suportaria perder mais alguém que eu amo. – disse Luke tocando o rosto de May. - Esquece isso Luke! Estamos com você até o fim! Querendo ou não estamos envolvidos nesta história também, principalmente eu. Já se esqueceu do que fizeram comigo? Apesar daquela profecia, não deixaremos que você morra Luke. – garantiu Sora. - Mas isto não tem como evitar, Sora. A profecia não tem como ser mudada, não podemos mudar nosso destino. A May mesmo confirmou isto. É por isso que eu não quero que mais sangue inocente seja derramado por uma causa banal. - Você está certo, Lucas. Infelizmente não tem como revertermos a profecia, eu sofro muito com isso todos os dias ao pensar que posso te perder a qualquer hora. Toda vez que eu vejo aquela cena na minha cabeça do seu corpo todo queimado e inerte no chão, me dá um aperto enorme no meu coração. É por isso que naquela época não queria aproximar de ti, pois sabia que eu me apaixonaria por você. Você morreria nesta batalha. Não sei o ano ou o tempo mas seria contra a sociedade secreta Veritatem. Pode ser que seja hoje! Todo dia eu tenho estudado e procurado algum meio de reverter esta profecia, para que eu não pudesse te perder. – disse May triste. Luke então se aproximou um pouco mais de May, abraçou-a fortemente e disse: - Não se preocupe, eu estarei bem. Só o que me importa é limpar e honrar o nome do meu pai, e se eu morrer e estiver cumprido este objetivo partirei feliz. Mas você ficará no meu coração pra sempre. Te amo! – disse Luke seguido de um beijo. - Err.. Hum... Hum... Vamos então pessoal, e Luke não leve este fardo sozinho. Treinamos estes anos todos pra isso, não deixaremos que isso aconteça com você. – disse Edna interrompendo o casal. - Vamos nessa então pessoal, vamos mostrar a estes malditos a força que a Ordem de Rune-Midgard possui. Afinal somos o clã mais forte do reino. – disse Sora confiante. - Já estava me esquecendo, o nosso clã já está se dirigindo todo para Morroc. Só falta a gente. – avisou Edna. - E por que o líder não usou o Chamado Urgente*? – perguntou Sora. [QUOTE][COLOR=#0000ff][B][I]“*[U]Chamado Urgente:[/U] Uma habilidade concedida apenas para o líder o clã, onde ele consegue invocar todos os membros do clã onde quer que estejam. Mas esta habilidade requer um grande tempo para ser reutilizada.”[/I][/B][/COLOR] [/QUOTE] - Porque ele disse que caso a coisa fique feia e nós precisarmos de uma saída de emergência, já temos uma opção em mãos. – respondeu Edna. - Vamos então pessoal. Portal! – conjurou Luke. - Vou abrir outro aqui também para andarmos mais rápido. Portal! – conjurou também Edna Então os quatro entraram no portal em direção a Morroc. Luke estava confiante de que aquela história acabaria naquele mesmo dia. Agora ele poderia enfrentar seu tio e honrar o nome de seu pai, que um dia tinha sido um grande herói para Rune-Midgard. Ao saírem do portal viram que não estavam em Morroc. Estavam em um lugar que nunca tinham visto na vida, nem nunca citados em Midgard. Observaram que estavam no meio de uma ilha completamente estranha, ao lado esquerdo avistaram uma planície com campos e plantas esquisitas que nunca tinham visto. Haviam também cogumelos gigantes que emitiam uma espécie de luz. Olharam para o lado direito e viram um ambiente totalmente diferente do que haviam visto do lado esquerdo. O grupo ficou assustado. Avistaram uma terra gélida de montanhas, onde estava toda coberta de neve. - Vocês erraram o portal? – perguntou Sora. - Não, conjurei certinho. – respondeu Edna. - Eu também. Que diabos de terras são estas? – perguntou Luke confuso. - Não faço a mínima ideia. Nunca tinha visto isso aqui. – respondeu May. - May, então agora é com você. Você consegue transferir a gente para Morroc com seus poderes? Este lugar está me dando calafrios. – disse Edna. - Você, com calafrios? Tá bom, quem é você e o que fez com a Edna? – brincou Sora. - Ah Sora, não enche! Vai me dizer que você não ficou assustado? Luke observava atentamente o ambiente. Nenhum sinal de civilização foi notado, parecia que aquelas terras jamais conheceram a presença do homem. - Então May, tem como você tirar a gente daqui? – perguntou Edna mais uma vez. - Acho que sim. Fiquem juntos, por favor. – pediu May. May fez um movimento com as mãos, mas nada aconteceu. Após alguns instantes, o lugar onde estavam começou a se distorcer. Então eles foram sugados por uma espécie de vórtice temporal, e em fração de segundos aterrissaram no chão. Morroc estava um caos. Vários monstros enlouquecidos estavam atacando a cidade. Múmias, zumbis, esqueletos, arenosos, escorpiões e vários outros monstros estavam travando lutas com outras pessoas, que tentavam defender a cidade. No meio da cidade onde existira aquela fonte de água, agora se tornou uma enorme cratera. Era enorme e pegava quase toda a cidade, praticamente só as extremidades da cidade estavam em pé. - Mas que caos é este? Eles pegaram pesado aqui! Vamos procurar o pessoal do clã e ver o que a gente pode fazer. Nós não podemos deixar isso barato! – disse Luke quase gritando por causa do enorme barulho que havia na cidade. Então eles saíram em disparada no meio daquela confusão procurando algum integrante do clã. Eles iam limpando o caminho derrotando vários monstros que apareciam. Até que avistaram o líder do clã. - Croix, aqui Croix! – gritou Luke. Croix estava acabando de eliminar um arenoso, quando virou e disse: - Ainda bem que vocês chegaram! Precisamos de ajuda na parte oeste da cidade! Contamos com vocês, Max e Lisa já estão lá! Croix era um Lorde, tinha cabelos loiros, olhos azuis, tinha um brasão de uma águia estampado em sua armadura metálica que simbolizava a sua ramificação na família de seu pai Marcel Marollo VII. - Tudo bem, vamos lá galera! – disse Luke determinado. - Tomem cuidado! A sociedade secreta Veritatem apareceu em Morroc por uma fenda dimensional que ocasionou esta imensa cratera no meio da cidade! Eles estão controlando todos os monstros daqui, algumas pessoas estão no rastro deles! Parecem que eles, apesar de tudo isso, estão meio fracos por causa da transição dimensional! Mas cuidado, tem alguns monstros que ninguém nunca viu! Boa sorte! – advertiu Croix. - Tudo bem, nós tomaremos cuidado! – confirmou Luke. O grupo saiu em disparada ao oeste da cidade. No caminho viam-se vários heróis, guildas inteiras e clãs unidos para deter aquela catástrofe. Até a guilda dos gatunos estava em peso para defender a cidade. Mas Luke estava com a sensação de que alguma coisa muito séria tinha acontecido, não foi só este ataque de monstro. Estava muito fácil para ser só isto. Então avistaram Max e Lisa: um criador e uma sumo sacerdotisa, respectivamente. Max e Lisa não haviam mudado nada desde aquela época que Luke os conheceu, apesar de Max ter deixado a barba crescer, combinando com seu cabelo loiro e bagunçado. Lisa continuava com seu rosto perfeito, seus cabelos lisos e ruivos agora estavam acompanhados por um belo laço vermelho. - Max, Lisa! Chegamos, qual a emergência aqui? – perguntou Luke. - Aqui está um caos total! Vários monstros estão tentando passar pelo portão oeste e estamos com poucas pessoas aqui para segurá-lo! – explicou Max. - Ainda bem que vocês chegaram! Só tinha a gente, uma arruaceira e dois caçadores para defender aqui. – disse Lisa apreensiva. - Deixa comigo! – disse May. - May, o que você vai fazer? Você não pode usar seus poderes muitas vezes seguidas e ainda mais com esta quantidade de monstros. – advertiu Luke. - Não se preocupe, Lucas. Eu sei o que estou fazendo. May então se aproximou do portão, que estava quase cedendo por causa das pancadas que os monstros davam no lado de fora, e com um movimento de mãos ela apontou em direção ao portão. Depois de três segundos não se ouvia mais nada, o portão não estava mais sendo empurrado para cair. O nariz de May começou a sangrar e a mesma caiu no chão, enfraquecida. - May, você está bem? – disse Sora agarrando-a pelos braços. - Estou sim, obrigada. Foi só uma tontura, é um efeito colateral dos meus poderes. Não se preocupe! – disse May com uma voz fraca. - May, não se esforce muito! Deixe com a gente, lembre-se que você ainda tem um papel fundamental para fazer! – disse Luke. De repente um som como se várias correntes elétricas estivessem passando por ali começou a ecoar no lugar. E esse barulho vinha diretamente do portão onde eles estavam de frente. Então uma figura surgiu atravessando o portão. Era uma espécie de um espírito todo branco-azulado na forma de um homem, seu ruído que fazia era intrigante. Com uma rapidez tremenda, o monstro passou rapidamente por todos e acertou Sora, que caiu atordoado sem saber o que aconteceu. Luke se posicionou para atacar, e invocando as esferas espirituais, partiu para cima daquela criatura. Luke começou a desferir vários combos de socos e golpes, e a criatura começou a demonstrar fraqueza. Foi então que o monstro conjurou uma espécie de cura que o revitalizou completamente. Todos ficaram perplexos. O monstro aproveitou a distância que Luke estava dele e acertou-lhe um golpe muito forte que o arremessou cinco metros para trás. - Bomba Ácida! – reagiu Max. Com este ataque de Max a criatura se desintegrou e deixou cair uma espécie de fragmento. - De onde surgiu esta coisa? – perguntou Edna surpresa. - Não pode ser, isso não pode está acontecendo! Isto não pode acontecer de novo! – disse May desesperada, ainda sentada no chão. - O que foi May? O que não pode acontecer? – perguntou Lisa assustada. - Este monstro, não é um monstro qualquer! Só uma coisa que pode invocar um monstro deste tipo! – explicou May. - Mas quem? A Veritatem? – perguntou Sora. Nesta exata hora, trevas começou a cobrir o céu da cidade. Nuvens negras, trovões e raios começaram a sair do meio da gigante cratera que estava no centro da cidade de Morroc. Do meio da cratera outra coisa começou a sair. Uma feixe de luz, do tamanho de um homem, começou a subir até uma determinada altura em que todos da cidade pudessem ver. Esta luz, então, ofuscou as trevas ao seu redor revelando que havia alguma coisa nela. Markus, acabara de aparecer daquela luz. Sua roupa não era mais a típica roupa de sábio. Suas vestes pareciam mais com as de um professor, só que eram negras. Seus cabelos agora estavam maiores do que de costume. Luke, se levantando do chão, avistou-o. Seu coração encheu-se de ódio ao vê-lo. Markus estava flutuando no céu de Morroc, estava com um enorme sorriso de satisfação em seu rosto. Ele fez um pequeno movimento em sua boca, e começou a falar. Sua voz ecoou por toda a cidade: - [I][B]Obrigado minhas criaturas por me ajudarem a acabar com estes insetos! Venham e saúdem o nosso verdadeiro rei, o Imperador Morroc! [/B][/I] [COLOR=#008000][B]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XIV---------------------------------------------------------------- [/B][/COLOR] [B][COLOR=#008000][CENTER]CAPÍTULO XV – A ÚNICA ESPERANÇA[/CENTER] [/COLOR][/B] [SIZE=3][COLOR=#0000FF][I][B][FONT=arial black] [/FONT][/B][/I][B][FONT=arial black][SIZE=2]Dois anos antes...[/SIZE][/FONT][/B][/COLOR][/SIZE] - Veja Sora, achei! Vamos ver o que diz aqui:[I][B][COLOR=#0000FF] “Um Oráculo da Morte tem a capacidade de manipular e controlar o espaço-tempo, em qualquer lugar que esteja. Pode criar vórtices temporais a quilômetros de distância da sua posição. Pode transportar objetos e até pessoas de um lugar ao outro. Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, um Oráculo da Morte não pode viajar para outros tempos. Ou seja, não pode visitar o passado e nem o futuro. [/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000FF]Além desses poderes, esse extraordinário ser tem a habilidade de rastrear a vida espectral dos objetos. Ele é capaz de saber tudo o que aconteceu com esse objeto, inclusive quem o tocou. Da mesma forma acontece se ele tiver contato com pele, cabelo, unha ou qualquer outra parte do corpo humano. Ele consegue localizar a pessoa onde quer que ela esteja, desde que não esteja morta. [/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000FF]Existe ainda uma outra habilidade que justifica o fato de rotularem-no de “O Oráculo da Morte”. Involuntariamente, quando uma catástrofe estava para acontecer, o Oráculo recebia a previsão completa do que iria suceder. Geralmente a catástrofe estava relacionada com mortes em massa, através de fenômenos da natureza ou ação do homem. Era horrendo para um Oráculo da Morte presenciar como tudo aconteceria: dezenas e até centenas de pessoas sendo mortas, tudo mostrado em primeira mão para o portador daquele poder. [/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000FF]Não é qualquer pessoa que possui este poder. Apenas uma família foi agraciada, ou amaldiçoada (muitos preferem pensar assim) com essa habilidade. Dizem que esta habilidade foi entregue por Odin a um nobre homem que estava cansado de tanta maldade e corrupção que a raça humana havia se tornado. Odin, cansado de presenciar a decadência da humanidade, resolveu entregar uma pequena parte do seu poder para aquele humano na esperança de que ele pudesse tornar o mundo num lugar melhor. Como um sinal, o grande Odin marcou nas costas do homem uma grande ampulheta que serviria para que o povo pudesse identifica-lo como o Pacificador dos deuses em Midgard. [/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000FF]Junto com esse poder o escolhido de Odin recebeu também a imortalidade, sendo essa revogada pelo homem que se sentia infeliz. Ele via todos aqueles que amavam morrendo um após outro, e a cada profecia que ele recebia deixava seu coração em pedaços. Não aguentava mais ver tanta gente morrendo. Em sua mais desesperada tentativa de acabar com tudo isso, o simplório homem fez uma jornada até o abandonado templo de Odin. Lá ele pediu ao deus que tirasse aquela maldição dele. [/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000FF]Odin não queria perder aquele homem de bom coração e, para que o Oráculo continuasse a existir, retirou-lhe a imortalidade e impôs uma outra condição: um Oráculo da Morte viveria exatos 100 anos de idade. Esse Oráculo jamais seria afetado por doenças ou venenos, mas seria imortal. Quando chegasse a hora de partir, o poder seria transferido para um de seus descendentes e todos eles teriam a marca do seu patriarca. [/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000FF]Assim nascia a família Schicksal. O primeiro Oráculo da Morte casou-se com uma mulher, que gerou filhos. Esses filhos nasceram com a marca do pai. Eles, por sua vez, se casaram com outras mulheres e tiveram filhos que também carregaram a marca. E isso foi por várias gerações, até a família Schicksal se transformar numa enorme comunidade. [/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000FF]Como já tinha previsto o grande deus Odin, quando o primeiro Oráculo morreu seus poderes foram transferidos naturalmente para sua filha mais velha que deu continuidade à tradição como Oráculo da Morte. E assim seguiu por várias gerações. [/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000FF]Notou-se que o tamanho da marca de cada descendente da família Schicksal equivalia-se ao tamanho do poder mágico que o indivíduo possuía. Isso gerou um certo constrangimento para algumas pessoas da família. Ninguém imaginava que o pior estaria pra acontecer. [/COLOR][/B][/I] [I][B][COLOR=#0000FF]Uma profecia fora revelada: A LUZ DESAPARECERÁ DE MIDGARD. Mal sabiam eles a dor que passariam. O primeiro Oráculo da Morte, que fora o homem que recebeu os poderes de Odin, cujo nome era...”[/COLOR][/B][/I] A leitura de Luke parou por ali. - O que foi Luke, porque você parou? – perguntou Sora curioso. - Eu não sei... Estão faltando páginas, só tem a primeira folha. Eu juro que quando peguei o livro pensei em ter visto mais folhas nele. – disse Luke olhando para aquele livro de capa grossa preto. Nesta capa estava entalhada uma exuberante ampulheta dourada, com o título [COLOR=#0000FF][I][B]“O Oráculo da Morte”[/B][/I][/COLOR]. No seu rodapé estava assinado, também em dourado, o nome do suposto escritor do livro: [COLOR=#0000FF][I][B]Lucas S.[/B][/I][/COLOR] - Como assim? Será que a última pessoa que o pegou emprestado arrancou as folhas? - Não sei, Sora. Acho que sim. Podemos perguntar ao assistente da biblioteca. Luke e Sora estavam numa enorme biblioteca. Haviam várias salas e salas e enormes estantes de livros divididos em diversas seções. Haviam muitas pessoas naquele lugar, em sua maioria sábios e professores. - Espera um pouco aí, vou lá perguntar para o assistente. – disse Luke enquanto se dirigia para o balcão de atendimento. No balcão havia um jovem todo engomado, usava um óculos meia-lua e seus cabelos brancos estavam penteados, divididos ao meio. - Pois não, em que posso ajudar? – disse o assistente para Luke. - Eu gostaria de saber à respeito de um livro aqui do acervo da biblioteca. - Qual informação? - É porque este livro está faltando algumas folhas, na verdade o livro quase todo. Eu só queria saber quem foi a última pessoa que o pegou emprestado. - É sério? Isso é impossível, temos um ótimo sistema anti-depredação do nosso acervo. Os livros aqui dentro não podem ser rasgados, queimados ou rabiscados. São protegidos magicamente. Mas me fale o nome do livro, que eu dou uma olhada pra você. - Se chama [I][B][COLOR=#0000FF]“O Oráculo da Morte”[/COLOR][/B][/I]! – respondeu Luke. O assistente pegou um enorme livro que tinha debaixo de sua mesa com o controle de todos os livros catalogados da biblioteca em ordem alfabética. Ele folheou diversas vezes o livro, e após um minuto e disse: - Sinto muito senhor, mas esse livro não faz parte do nosso acervo. Ele não está catalogado. - Como não? Nós estamos com ele bem ali... Espere só um minuto. Luke voltou para mesa onde estava sentado e disse: - Sora, pega o livro aí. O assistente não está conseguindo localizar o livro. - Err... Luke... Eu nem sei como dizer isso mas o livro sumiu. - Como é!? Como assim sumiu? - Eu não sei, eu estava lendo ele. Acho que pisquei e o livro sumiu... - Hã? - É, eu também fiquei confuso na hora. Não sei o que aconteceu... - Isto é realmente estranho, ele não faz parte do acervo da biblioteca. E quando nós pegamos, ele tinha muito mais folhas. Eu tenho certeza de que ele não tinha só uma página. - Mas você notou aquela frase que estava escrita. É a mesma frase que deciframos no poema daquele menestrel. Não pode ser só coincidência. – deduziu Sora. - Mas não é mesmo. Eu me lembrei de onde eu conhecia o nome daquele menestrel. Veja. Luke retirou do bolso um pedaço de pergaminho e mostrou a Sora. - Isso é o que estou pensando que é? É o relatório de investigação de Marjana, comandante da Central de Inteligência dos Mercenários, que era pra ser entregue ao seu pai? – perguntou Sora impressionado. - Exatamente, aqui diz que ele é um dos principais envolvidos nos planos da Veritatem. Provavelmente é um dos capangas de confiança do Markus. – respondeu Luke. - Mas pode ser outro Karian. Aqui diz que ele é um bardo, e o cara que nos abordou era um menestrel. E outra coisa, se ele fosse da Veritatem porque ele nos ajudaria contando aquele poema? - Isso eu não sei, mas eu tenho certeza de que era ele. Me explica como ele iria saber meu nome? É claro que era ele. Agora eu não sei porque ele disse aquilo para a gente. - Mas você não lembra o que a May disse, que conseguiu prender todos eles naquela dimensão. Não teria como ele estar em dois lugares ao mesmo tempo. - Bom, de qualquer forma conseguimos esclarecer bastante coisa sobre a família Schicksal. É uma história bem surpreendente e macabra. – disse Luke. - Agora a única pessoa que pode nos ajudar a entender melhor essa história é a May. Você tem que se aproximar dela, afinal todo mundo notou o jeito que vocês se olham quando estão juntos. Torne-se amigo dela, será uma ótima oportunidade para você conhece-la melhor. – sugeriu Sora, enquanto se perdia em meio aos pensamentos. [B][COLOR=#008000][CENTER]-------------------------------------------------------------------------------------[/CENTER] [/COLOR][/B] [B][COLOR=#0000FF][FONT=arial black]Atualmente...[/FONT][/COLOR][/B] A fúria tomou conta do corpo de Luke ao ver Markus causando mais dor e sofrimento para muitas pessoas inocentes. Todos estavam incrédulos com o que Markus acabara de falar. Como assim o Imperador Morroc está voltando? - Lisa, por favor me buffe. Pessoal, vamos aproximar da cratera. – pediu Luke. - Mas como? Você está doido, Luke? E se realmente ele estiver falando a verdade. E se o Imperador Morroc estiver mesmo voltando? Nós seríamos esmagados pelo seu poder destrutivo. – advertiu Sora. - Vem pessoal, apenas me sigam! – insistiu Luke. Após Lisa ter buffado não só ele mas todos os outros do grupo, saíram em disparada em direção onde Markus estava flutuando. Ao se aproximarem da cratera mais ou menos no centro da cidade, Markus olhou na direção do grupo e disse: - Não posso crer no que estou vendo! O verme insignificante se tornou um monge? Mas este mundo é surpreendente mesmo, não é? Quer dizer que o seu ridículo sonho de ser sacerdote não deu certo. Isto só prova que você é um fracassado! E olha quem está ali, Sora meu irmãozinho! Pensei que estivesse morrido depois do que aconteceu com você, és um homem de sorte. Isso até que é interessante porque as duas ameaças contra a Veritatem estão aqui juntas! Vocês estão prestes a conhecer o verdadeiro rei deste mundo, logo suas existências não passarão de apenas meras lembranças. E assim este mundo será limpo de todo o... - Disparo das Esferas Espirituais! Luke reúniu suas esferas em uma só e, com toda força, arremessou-as em Markus que com a pancada foi arremessado direto ao chão. Ele caiu violentamente no chão e rolou por vários metros. Com esforço, Markus se levantou, se recompôs, limpou a roupa, e com ferocidade disse: - Maldito, sua mãe nunca te ensinou que não se deve interromper a conversa dos outros? - Jamais ouse falar de novo da minha mãe! – disse Luke invocando as esferas espirituais e indo correndo na direção de Markus. - Prisão da Teia! – conjurou Markus prendendo-o numa teia de aranha gigante. Luke estava preso naquela teia de aranha, não conseguia se mover. - Você nunca aprende né. Você se esqueceu que eu não sou um simples sábio. Eu me tornei professor quando ainda estava em Juno, mas nunca disse isto para vocês. Mas eu suspeito que seu pai já sabia disso. Ah, pobre Vendrick... - Disparo das Esferas Espirituais! Mas uma vez Luke juntou suas esferas em uma apenas e a arremessou. O golpe acertou Markus novamente, fazendo-o recuar alguns passos para trás. - Parece que quem não aprende nunca é você, Markus! Acabou, desista desta idéia! Morroc não pode voltar a esta dimensão, ele está selado. A própria cidade de Morroc foi construída debaixo deste selo para que não tivesse a menor chance dele voltar! – disse Luke furioso. - Mas é aí que você se engana, meu caro. Eu ganhei tempo, dê uma olhada para o centro da cratera. Ele está vindo, se preparem pois ele não terá piedade. – disse Markus confiante. Neste momento um brilho minúsculo surgiu no meio da cratera e foi aumentando mais e mais até que a luz invadiu toda a cidade, que dissipou as trevas que preenchiam o céu. Depois de passada a luz ofuscante, eis que surgiu uma figura assustadora no meio da cratera, rodeado de vários monstros que ninguém ali já tinha visto e alguns deles eram aquele monstro que haviam enfrentado há alguns minutos atrás. O Imperador Morroc havia ressurgido. Sua aparência era tão horrível que você conseguia sentir o terror no ar. Ele era enorme, era todo marrom escuro, sua cabeça era horrenda. Em seu rosto tinham cinco olhos mas pareciam cegos, sua boca sempre estava aberta deixando à mostra seus enormes dentes. Seus cabelos, se é que se pode chamar isso de cabelo, eram espécie de tentáculos que surgiam em volta de toda a sua cabeça. Tinha um par de asas negras em suas costas e haviam vários e enormes olhos espalhados por seus braços e peitoral. Em suas pernas existia uma espécie de proteção nas pernas presas por uma corrente. - [I][B]Seres de Rune-Migdard, eu Morroc retornei e de agora em diante serei seu mestre e quem se opuser ao meu poder será aniquilado desta dimensão o mais doloroso possível![/B][/I] – disse o Imperador Morroc - Ó grande Imperador Morroc, Markus seu servo está aqui pronto para ajudá-lo a fazer deste mundo o mundo ideal e atingir nosso Objetivo Maior. – disse Markus reverenciando Morroc. - [I][B]Pare com essas bajulações Markus, Osíris já me contou do seu fracasso há alguns anos atrás. Se você e sua cambada quiserem sobreviver a partir de agora, não falhem ou pagarão com suas vidas![/B][/I] – repreendeu Morroc. Todos estavam incrédulos com o que estava acontecendo. Como Morroc poderia ter voltado para Rune-Midgard depois de tanto tempo? Como Markus e a Veritatem conseguiram trazê-lo de volta, já que a cidade de Morroc foi construída sobre este selo para que não houvesse o perigo de romper? - [I][B]Agora humanos, sofram a minha fúria. Libertarei os quatros pecados que me alimentam e que irão atormentar a todos os que me desobedecerem. Humanos insignificantes, mal sabem que tudo o que fazem de ruim alimentam o caos que existem em Midgard! Agora minhas sombras aterrorizarão vocês, mas vocês já estão acostumados com elas não é mesmo? Inveja, Ira, Gula e Vaidade![/B][/I] – ordenou Morroc àquele grupo de monstros que o acompanhava. As quatro sombras eram tão estranhas quanto o Imperador Morroc. A Sombra da Ira era aquele espectro que havia aparecido antes para Luke e seu grupo minutos atrás. A Sombra da Vaidade era um monstro terrível, parecia uma mulher possuída. Andava como um animal com as quatro patas no chão, mas invertido e estava toda coberta de sangue. A Sombra da Gula era um espírito gosmento que lembrava metal sendo derretido no fogo, tinha a mesma cor que Morroc e quando abria a boca ela crescia assustadoramente. E por fim, a Sombra da Inveja que lembrava uma Valquíria masculina e carregava uma espécie de escudo envolto por chamas. As quatro sombras, obedecendo as ordens do Imperador Morroc, saíram em disparada na cidade. - May, o que você está fazendo? – perguntou Max, que já preparara umas poções de ácido e fogo para arremessar. Ao dizer isto todos olharam para May. Ela tinha começado a fazer aqueles movimentos de mão que antes usar seus poderes. - Não May, pare! O que você está fazendo? Você não pode usar seus poderes várias vezes em um único dia. – correu Luke em direção de May. - Não se preocupe! Estou ganhando tempo! Eu tive uma idéia! Talvez isso possa salvar Rune-Midgard! Segurem-se bem firme! Um portal dimensional surgiu repentinamente atrás do Imperador Morroc. O portal começou a suga-lo juntamente com os monstros estavam ao seu lado. Como Markus estava perto do grupo, não foi sugado junto. - O que você está fazendo garota? Pare com isso, não estrague nosso futuro! – exclamou Markus segurando num coqueiro mais próximo ali. - [I][B]Você acha que isso vai me deter, garota tola! Este simples portal não vai me segurar, espere até eu sair daqui e você será a primeira que irei matar com minhas próprias mãos![/B][/I] – disse o Imperador Morroc enquanto estava sendo sugado pelo portal. Luke teve uma ligeira impressão que o Imperador Morroc esboçou um pequeno sorriso. O portal então se fechou, junto com Satan Morroc e vários monstros que estavam por perto dele. Markus aproveitando a distração do grupo, se aproximou e, com muita raiva disse: - Sua louca, você acha que isso o segurará? Você não sabe... Markus desapareceu diante do grupo por causa de um portal inusitado que invocaram na frente dele. - Desculpa gente, mas ele já estava me dando os nervos. – disse Lisa, a sumo sacerdotisa. - A mim também, mas que cara chato. – confirmou Edna. - Mas a gente tinha que capturá-lo para interrogá-lo. Como vamos saber de todos os planos da sociedade Veritatem? – perguntou Sora. - Calma gente eu mandei ele para um lugar onde ele não causará tantos problemas. – acalmou Lisa. - Ué para onde, amor? – perguntou Max curioso. - Glast Heim! – disse Lisa sorrindo. - Nossa, mandou bem Lisa! Bate aqui! – disse Edna erguendo a mão, e Lisa retribuindo o toque. - Pessoal vamos focar aqui! May o que deu em você para fazer isso? – perguntou Luke preocupado. - Desculpe amor, mas nós nunca conseguiríamos derrotar o Imperador Morroc. Foi então que eu tive uma ideia, ela é muito arriscada mas é a única opção que temos. – disse May sentando-se no chão. - Ué quer dizer que você não o baniu para sempre? – perguntou Max. - Não, eu não tenho poder suficiente para aprisioná-lo para sempre, pois ele mesmo conhece esta falha que há entre o nosso mundo e o mundo dele. Eu só vou conseguir aprisioná-lo por no máximo um dia, isso se eu não fizer absolutamente nada. Mas isso já é um bom começo para a ideia que tive. – explicou May. - Mas que ideia foi essa que você teve? Conta logo, estou curiosa! – falou Edna exaltada. - Eu pensei em chamar a única pessoa que derrotou Satan Morroc tempos atrás. - Não, você não está pensando invocar ele, está? – questionou Max assustado. May respirou fundo e disse: - Sim, é a nossa única chance. Temos que chamar o único que foi capaz de derrotar Morroc, o lendário Thanatos. [COLOR=#008000][B]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XV----------------------------------------------------------------- [/B][/COLOR][COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO XVI – A TORRE DE THANATOS[/CENTER] [/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][FONT=arial black][B] Dois anos atrás... [/B][/FONT][/COLOR] - Luke, Luke! “Ele” chegou na cidade! Está visitando a Cavalaria de Prontera! É a nossa chance! Sora havia quebrado o silêncio do lugar. O treinamento de Luke tinha sido interrompido pela agitação de Sora. Estava praticando suas habilidades num boneco de madeira situado ao lado de fora do monastério, perto da entrada. - É sério? Quem disse? – disse Luke já sabendo de quem se tratava. - Edna estava acompanhando o Mestre Muhae numa visita à Catedral de Prontera, quando ela viu uma pequena comitiva entrando na Cavalaria. Edna “o” viu de relance no meio da muvuca, e perguntou ao Mestre Muhae o que estava acontecendo. Foi então que o mestre confirmou que era realmente “ele” e que estava fazendo uma pequena visita ao líder da guilda dos cavaleiros. – respondeu Sora. - Então, vamos! A gente não pode perder tempo! Não podemos perde-lo! - Sim, mas não foi só “ele” quem a Edna viu na cidade. Quando ela entrou na igreja juntamente com o Mestre Muhae viu Karian, aquele menestrel que abordou a gente uns meses atrás. Ele estava entrando na sala do bispo. - O que será que ele estava fazendo lá? – disse Luke pensativo. - Vai saber, esse sujeito é muito misterioso. Mas eu fico admirado o quanto esse sujeito é enigmático e ao mesmo tempo famoso. Praticamente todos em Rune-Midgard já ouviu falar de Karian, o menestrel. Suas músicas, poemas e histórias são bem conhecidas no reino. – respondeu Sora. - Temos que ficar de olho nesse cara. Algo não está me cheirando bem, mas vamos deixar isso de lado por enquanto. Nosso objetivo agora é encontrar com Croix, que está na Cavalaria de Prontera. Vamos ter que bolar um plano pra conseguir chegar perto dele. - Nisso você tem razão. Vamos chamar a Edna, ela pode nos ajudar com um plano. - Ela já chegou de Prontera? - Sim, já faz algumas horas... Aliás, quanto tempo você está aqui fora treinando? - Sei lá... Estou aqui desde cedo, só parei para almoçar. - Você tem que maneirar um pouco no treinamento, Luke. Vai acabar passando assim... - Tudo bem, não sei preocupe. Eu sei qual é o meu limite, eu só quero aproveitar o tempo. - Falando em tempo, você conseguiu se aproximar da May? – perguntou Sora. - Ainda não, quase não a vejo. E as poucas vezes que a gente se encontra, ela inventa uma desculpa e sai. Parece que ela está fugindo de mim. - É, eu também não tenho a visto muito. Ela anda pra cima e pra baixo com o Mestre Muhae. - Vamos ao que interessa no momento. Chame a Edna, precisamos falar com Croix ainda hoje. – disse Luke determinado. [COLOR=#008000][B][CENTER]-------------------------------------------------------------------------------------[/CENTER] [/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][FONT=arial black][B] Atualmente...[/B][/FONT][/COLOR] - Você está maluca May? Thanatos está morto, e mesmo se ele estivesse vivo não poderíamos contar com ele. – disse Lisa espantada. - Thanatos? Quem é esse cara? – perguntou Sora curioso. - Mas você não presta atenção em nada mesmo né, Sora? Não se lembra que a gente estudou sobre ele no monastério? – disse Edna dando-lhe um tapa atrás da cabeça. - Ai, isso dói! – disse Sora massageando a cabeça. - Tudo bem, deixa eu explicar a história: “[I][COLOR=#0000ff][B]Há muito tempo atrás o Imperador Morroc espalhava terror e medo em Rune-Midgard. Apenas uma pessoa foi capaz de detê-lo, seu nome era Thanatos. [/B][/COLOR][/I] [I][COLOR=#0000ff][B]Thanatos era um cavaleiro de habilidades únicas na época. Ele era capaz de usar habilidades de esgrima e magia arcana ao mesmo tempo. Era muito conhecido por todo reino por sua extraordinária capacidade de luta. Era o melhor de Rune-Midgard. Ninguém se atrevia a enfrenta-lo. Nesta mesma época uma violenta e sangrenta guerra era travada contra o Imperador Morroc e seu exército. Thanatos eliminou a maior parte do exército de monstros do Imperador Morroc e enfim, ficou cara a cara com o demônio. [/B][/COLOR][/I] [I][COLOR=#0000ff][B]Então eles lutaram por dez dias e dez noites seguidos, até que Thanatos conseguiu desferir o golpe mortal em Morroc. Com toda a sua força ele enfiou sua espada imponente no peito do Imperador Morroc e mandou que construíssem um selo poderoso para mantê-lo fechado para sempre. Este selo foi a própria cidade de Morroc. E assim foi feito, Morroc foi selado e a cidade foi erguida para que não houvesse o risco do Imperador Morroc escapar. [/B][/COLOR][/I] [I][COLOR=#0000ff][B]Mas a maldade se apossou do coração de Thanatos. Na sua luta contra o Imperador Morroc, o gigante demônio encheu o coração do cavaleiro arcano de escuridão. Então Thanatos se tornou o novo Senhor das Trevas. Foi aí que ele decidiu construir uma enorme torre, onde ele fundaria o alicerce do seu poder. O cavaleiro arcano, agora com sua alma corrompida, começou a espalhar o caos por Rune-Midgard. Ninguém conseguia detê-lo. [/B][/COLOR][/I] [I][COLOR=#0000ff][B]Foi quando quatro bravos guerreiros decidiram enfrentar Thanatos e subir a torre para poder acabar com esse mal de uma vez. Infelizmente os quatro guerreiros não conseguiram derrotá-lo, e então decidiram sacrificar suas vidas dividindo a alma de Thanatos em quatro amuletos. Esses amuletos deram vida a quatro monstros muito poderosos que representavam os sentimentos de Thanatos. Esses monstros agora habitam a tal perigosa torre, e dizem que Thanatos só poderá ser revivido se todos esses amuletos forem reunidos um por um.[/B][/COLOR][/I] [I][COLOR=#0000ff][B]Atualmente a Organização Rekenber resolveu profanar a Torre de Thanatos para poder lucrar com o turismo, e então começaram o processo de restauração da torre para abrir para visitação. Os primeiros andares foram restaurados com sucesso, mas muitas mortes sem explicação começaram a aparecer. E os sobreviventes destes ataques diziam que eram atacados por anjos e quanto mais eles subiam os andares mais mortes apareciam. Foi aí que a Organização Rekenber teve a ideia de recrutar aventureiros para poder eliminar e investigar estes monstros que assolam a torre. Poucas pessoas se aventuram nesta jornada, pois dizem ser amaldiçoada por Thanatos."[/B][/COLOR][/I] – explicou May. - Organização Rekenber! De novo metida em sujeira! – falou Luke enraivecido. - Mas May, Thanatos está morto. Não tem como a gente ressuscitá-lo. Sua alma está selada, não há o que fazer. – disse Edna. - Pessoal, prestem atenção na ideia. Do mesmo modo que o Imperador Morroc conseguiu ressurgir e escapar daquele selo poderoso, podemos também invocá-lo e impedir que Morroc volte para Rune-Midgard. – explicou May. - May, acho que é você que não está raciocinando. Mesmo se conseguirmos reviver Thanatos, quem garante que ele vai nos ajudar a derrotar Morroc? Como você disse, ele também se tornou maligno. Quem garante que ele não vai se bandear para o lado do Imperador Morroc? – questionou Lisa. - Lisa tem razão, May. – confirmou Sora. - Lisa, você conhece muito bem esta história. Thanatos odeia Morroc mais do que tudo neste mundo, pois rolou uma coisa muito macabra entre os dois quando começou esta guerra. Ele foi impiedoso com o Imperador Morroc em sua luta, eu acho que este rancor que ele possuía ainda está gravado em sua alma. – disse May. - Eu acho que isso pode dar certo. Todos então olharam para o lado para ver quem havia dito aquela frase. Croix, líder do clã, estava vindo na direção deles. - Você concorda com isso, Croix? – perguntou Max incrédulo. - Se nós pensarmos por um lado, é a única opção que temos. Sem contar que podemos usar a mesma técnica de controle que a sociedade secreta Veritatem usa para controlarmos ele. – justificou Croix. - Esta ideia está ficando maluca a cada minuto que passa. – disse Sora. - Mas Croix, nós nem sabemos como a Veritatem faz isso. E muito menos com o quê se faz isso. Isso seria estupidez, você não acha? – perguntou Edna. - Pensem um pouco, quem é que está no controle da torre atualmente? – perguntou Croix. - A Organização Rekenber. Entendi! O relatório que a equipe do meu pai fez da Organização Rekenber dizia que a antiga sociedade secreta Veritatem, juntamente com alguns funcionários da organização, estavam desenvolvendo certo tipo de tecnologia, magia e armas biológicas para manipular pessoas e monstros. – deduziu Luke. - Exatamente! – confirmou Croix. - Mas isto é um tiro no escuro. Como vamos saber se alguém lá da torre possui esta informação e quem será esta pessoa? – perguntou Max. - Essa é fácil! A May sabe e conhece as pessoas que fazem parte da Veritatem. Por que ela foi capturada, feita refém e usaram os poderes dela. Ela sabe quem trabalha e quem não trabalha para a sociedade secreta. Foi por isso que você deu esta ideia não é May? Pois você sabia que poderíamos encontrar alguém da Veritatem que tivesse esta informação em mãos. – explicou Croix. - Exatamente, Croix. Foi por isso que sugeri que ressuscitássemos Thanatos, pois tem alguém lá na torre que ajuda a Veritatem. E com isso podemos controlá-lo. – confirmou May. - Mas eu tenho outra dúvida. Como vamos fazer para ressuscitarmos Thanatos? – perguntou Sora. - Bom, pela história, a alma dele foi dividida em quatro amuletos que só apareceriam se os quatro monstros que representam os sentimentos de Thanatos fossem derrotados. E eu creio que iremos achar estes monstros nos andares mais altos da torre. Teremos que ser cuidadosos pois a torre ainda é desconhecida. – explicou May. - Então tudo o que temos que fazer é encontrar a pessoa da Veritatem que possua a informação ou que saiba usar essa habilidade de controle e manipulação, derrotar os quatro monstros, ressuscitar Thanatos e controlá-lo? E isso tudo em um só dia? É, fazia tempo que não tínhamos uma missão tão desafiadora assim. – disse Luke animado, apesar do grande desafio proposto. - Então está decidido pessoal. O restante do clã vai ficar aqui em Morroc exterminando os monstros que sobraram. Eu, Luke, Max, Lisa e Sora iremos para a Torre de Thanatos. May e Edna vão para um lugar seguro para que May se concentre o máximo possível para termos tempo para concluir esta missão. Edna, não deixe que ninguém atrapalhe May, aconteça o que acontecer. – disse Croix delegando as ordens a ao grupo. Edna abriu um portal e apoiando May nos ombros, entrou junto com ela. Croix deu as últimas instruções para todo o clã que estava na cidade. Luke, Sora, Max e Lisa se prepararam para a subida da torre. Depois de transmitidas as instruções, Croix se juntou aos outros e Lisa abriu um outro portal. Os cinco que haviam sido designados para aquela missão entraram no portal. A cidade de Morroc foi sendo deixada para trás, desaparecendo lentamente. Ao saírem do portal se depararam com uma enorme torre em sua frente. Em volta dela trovões e relâmpagos cortavam o céu vermelho como sangue. Logo na sua entrada havia um funcionário da Organização Rekenber. - Posso ajudar em alguma coisa? – perguntou o homem uniformizado. - Queremos entrar na torre. – disse Luke. - Vocês são funcionários contratados da Organização? – perguntou o homem. - Bem, é que... - Sim, Markus nos mandou até aqui! – disse Croix cortando a resposta de Lisa. - Markus? Eu não conheço nenhum Markus. – respondeu o homem já olhando desconfiado. - É que nós somos voluntários contratados da Organização. É porque falaram que vocês estavam recrutando pessoas para fazer a limpeza e a erradicação de alguns monstros da torre. – falou Sora rapidamente. - Ah, sim. Sejam muito bem vindos. Estamos precisando muito de ajuda. São poucas as pessoas que aceitam trabalhar aqui, mas a entrada é de 150 zenys para cada pessoa. – alertou o homem. - Mas isso é um assalto! Nós vamos trabalhar e ainda temos que pagar? Isso é ultrajante! – resmungou Lisa. - Desculpe senhorita, mas são ordens. Depois que vocês se registrarem como funcionários legítimos vocês não mais precisarão pagar a taxa de 150 zenys toda vez que entrar. – explicou o homem. - Ah, bom! Pelo menos isso. – falou Lisa aliviada. - Apenas pagarão uma pequena taxa de 50 zenys. – completou o homem. - O QUÊ!!! ESTA TORRE NEM É DE VOCÊS E VOCÊS AINDA FICA EXTORQUINDO AS PESSOAS! A GUILDA DOS ARRUACEIROS PERDEU FEIO PRA VOCÊS, VIU! – gritou Lisa indignada. - Calma amor. Lembra da nossa missão. Teremos que pagar se quisermos entrar. – disse Max bem baixinho no ouvido de Lisa. - Tudo bem! Mas Odin irá cobrar cada centavo, está ouvindo! – disse Lisa despejando uma quantidade de moedas na mão do homem. Todos pagaram suas taxas e a entrada deles foi liberada. O homem instruiu que logo no saguão de entrada haveria algumas funcionárias onde eles poderiam se registrar. Eles então caminharam em direção à entrada, aquele céu vermelho e tenebroso transmitia um sentimento de ódio e raiva jamais sentido por eles. - A Organização Rekenber deve faturar rios de dinheiro aqui. – disse Sora observando a intimidante paisagem. - Verdade, só que eles não percebem o erro que estão cometendo. Talvez seja por isso que várias mortes aconteceram aqui. – concordou Max. - Mas que tipos de monstros têm nesta torre e como saberemos quais os monstros que carregam os fragmentos da alma de Thanatos? – perguntou Sora curioso. - A May disse na história que anjos atacavam os aventureiros na torre. – respondeu Luke. - Mas como? Os anjos não são benignos? Responde aí, Lisa! – disse Sora. - Os anjos são benignos, mas acho que se existirem monstros anjos devem ser de criação ou modificação feita por Thanatos. Ou então estes monstros já habitavam estas terras aqui antes de Thanatos construir a torre. – explicou Lisa. - Precisamos nos focar pessoal. Fiquem atentos a qualquer movimento. – advertiu Croix Ao entrarem no saguão de entrada, imenso e cheia de monumentos, notaram que existiam algumas funcionárias no lugar. Então logo se dirigiram para o balcão que ficava no meio do saguão. - Olá, em que posso ser útil? – perguntou a moça que estava atrás do mesmo. - Estamos aqui para trabalhar na torre. – disse Croix firmemente. - Pois não. Sejam todos bem vindos. Preencham aqui estes formulários para dar entrada no Contrato de Trabalho Provisório para vocês terem livre acesso a torre. – disse a atendente educadamente. Depois de preencherem o contrato a atendente confirmou os cadastros, entregou os crachás e disse: - Está tudo certo. À direita será o acesso ao segundo andar, tomem cuidado. No segundo andar falem com o funcionário que estará na porta e apresentem-lhe o crachá e ele os deixará subir. Antes de irem para o segundo andar, Croix reuniu todos e disse: - Pessoal antes de subirem preciso descrever para vocês a pessoa que ajudou a Veritatem a fazer esta tecnologia de controle. A May me descreveu que essa pessoa é um homem, cabelo loiro muito longo e seu nome é Demetrius. - Deixe-me resolver isto. Por favor, você saberia me informar se tem algum Demetrius que trabalha aqui? – perguntou Lisa para a atendente. - Mas é claro. Ele é o funcionário que disse para vocês que está no segundo andar. Mas porque a pergunta? Todos se entreolharam surpresos. - Não, é porque foi ele quem indicou este trabalho para nós. – disse Lisa esquivando-se da pergunta. - Vamos lá então pessoal! – chamou Luke, rumo às escadas. O grupo subiu rapidamente para o andar seguinte e se depararam com um homem de cabelo loiro muito longo. Ele estava vestido com uma capa da corporação Rekenber, que não deixava à amostra sua vestimenta por baixo. Com certeza era Demetrius, o funcionário do segundo andar. Percebendo a presença do grupo, o funcionário abriu um grande sorriso e disse: - Como vão, caros aventureiros? Posso ver seus crachás? Todos os cinco apresentaram o crachá sem dizer uma palavra. Depois de conferir todos um a um, Demetrius liberou a passagem para o terceiro andar. - Tomem cuidado. – advertiu Demetrius. Assim que Demetrius autorizou a entrada do grupo para o patamar seguinte, Luke instintivamente avançou sobre ele, segurou-o por trás e disse: - O nome Markus lhe é familiar, Demetrius? - N-não! Não sei de quem estão falando! O que significa isso, me solte! – disse Demetrius lutando bravamente para se soltar. - Calminha aí rapaz. Primeiro você virá conosco. Precisamos da técnica que Markus utiliza para dominar e manipular monstros, e a menos que você não queira ser morto ou preso sugiro que colabore conosco. – disse Croix calmamente. - Por favor, eu imploro! Eu não tenho mais nenhum vínculo com ele, eu quero distância desta confusão. Me solte! – resistiu Demetrius. - Moço, nós estamos te pedindo. Não queremos machuca-lo. Você já deve estar sabendo da volta do Imperador Morroc. Você pode nos ajudar a deter aquele monstro, antes que ele acabe com Rune-Midgard. – disse Lisa docilmente. - É cara. Colabora conosco. Talvez isso venha limpar a sua barra e... De repente quatro vultos passam rapidamente por eles. Era como se eles estivessem se teleportando para outro lugar. Não estavam errados. A única coisa que sabiam quando aterrissaram é que não estavam mais juntos. [COLOR=#008000][B]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XVI---------------------------------------------------------------- [/B][/COLOR][COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO XVII – DESGRAÇA, AGONIA, ÓDIO E DESESPERO[/CENTER] [/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][FONT=arial black]Dois anos atrás... [/FONT][/COLOR] - Anda logo, isso tá demorando demais. Já estou quase no fim, só falta essa sala. May Schicksal estava dentro de uma sala forrada com terra tentando fugir de dois Horongs, espíritos vingativos em forma de pequenas chamas. No meio da sala havia um enorme totem vivo de madeira, conhecido como Guardião da Floresta. May estava assustada, parecia que estava aguardando acontecer algo. Ela estava realizando o desafiador teste de bruxo, estava na última sala do teste prático. Faltava apenas um minuto para o fim do teste e apesar de May estar bastante exausta, não aparentava ter sofrido nenhum dano ou arranhão nas outras duas salas. Os dois monstros conseguiram encurralar May na parede e quando estavam prestes a ataca-la, eles simplesmente pararam. Estavam imóveis, não expressavam nenhuma ação. Nem o grande Guardião da Floresta que estava no meio da sala se mexia. - Até que enfim... Consegui... – respirou May aliviada. Ela retirou uma poção azul de dentro das vestes e a bebeu. May caminhou vagarosamente até o centro da sala, ergueu seu cetro para o alto e se preparou para conjurar uma magia. Neste exato momento, uma voz ecoou pela sala dizendo: [I][B]“Faltam trinta segundos para o término do teste.” [/B][/I] Sem pensar muito, May conjurou: - Nevasca! Uma forte tempestade de neve invadiu a sala, destruindo os três monstros que estavam inertes no meio do cômodo. [I][B]“Faltam vinte segundos para o término do teste.” [/B][/I] Neste momento um portal se abriu no fim da sala. May sabia que era a saída para a conclusão do teste. Errante, ela seguiu cambaleando até o portal. Logo na saída, a assistente do teste já a aguardava. - Isso, May! Conseguiu de novo! Com essa é a sétima vez consecutiva que a senhora concluiu o teste! Tá certo que com poderes de bruxa fica bem mais fácil, mas a senhora foi incrível! Terminou com dois segundos a menos do que da última vez Descanse um pouco, a senhora deve estar exausta... - Não, Vi... Ainda não consegui obter o que queria... Tenho que refazer o teste, senão eu... Antes que May pudesse terminar a frase, caiu desmaiada no chão. - Senhora May, senhora May! Acorde! – disse Vi, enquanto tentava reanima-la. [COLOR=#008000][CENTER]------------------------------------------------------------------------------------[/CENTER] [/COLOR] [COLOR=#0000ff][FONT=arial black] Atualmente...[/FONT][/COLOR] Luke ainda segurando Demetrius pelo pescoço, percebeu que não estava mais no segundo andar. E o pior, estavam só ele e Demetrius. - O que foi que você fez, seu desgraçado? – perguntou Luke, apertando o pescoço de Demetrius. - Eu não fiz nada, eu juro! – respondeu Demetrius tentando se soltar. Luke percebeu um movimento atrás dele e instintivamente, virou-se para trás. Ele logo viu a resposta de sua pergunta. O monge ficou impressionado com o que viu. Um anjo estava bem na sua frente, tinha a forma de uma moça muito bonita. Seus cabelos eram dourados como ouro reluzente, suas vestes brancas como lã, tinha uma auréola em cima de sua cabeça, um par de asas proporcionais ao tamanho dela. Um diadema na cabeça e um cachecol no pescoço, ambos verdes, adornavam aquela bela criatura. Ela estava sorrindo para os dois, com um semblante feliz. Demetrius estava muito assustado. - Uau, como você é bela! Você deve ser uma das criaturas que habitam nesta torre, não é? – perguntou Luke para aquela criatura. - T-t-emos que s-sair daqui! Ela vai nos matar! – gaguejou Demetrius. - Sair daqui por quê? Parece que ela está querendo ajuda. Olha para ela, como isto pode fazer mal para com alguém? Veja essas asas, tão graciosas e acalentadoras... – disse Luke fascinado. Luke mal acabara de falar e foi surpreendido com uma descarga elétrica que arremessou ele e Demetrius três metros para trás. A criatura havia conjurado uma esfera de energia elétrica parecido com a magia da classe de bruxos e arquimagos. Luke, com um certo esforço, se levantou. Demetrius ainda continuava no chão. Foi então que Luke se recompôs, olhou friamente para a criatura e disse: - Desgraçada! Como fez isso? Já percebi que você não é nada amigável e que não vai deixar a gente sair daqui. Bom, eu tava mesmo querendo aquecer o sangue! A criatura não demonstrou reação com as palavras de Luke, mas ainda manteve o sorriso no rosto. Luke então se buffou e, com Aumentar Agilidade, saiu como um relâmpago na direção da criatura desferindo vários golpes e combos. A criatura não teve tempo para reagir. Desabou no chão, desmaiada. - Sinto muito, mas eu não tenho muito tempo para perder aqui. – disse Luke pegando uma pena azul que a anja havia soltado. Demetrius se levantou pasmo com o que acabou de ver. - Como você conseguiu derrotar a Dama da Guarda tão facilmente? – perguntou Demetrius. - Ah, é este o nome deste monstro? Então estes são os temidos monstros da Torre de Thanatos? Eu acho que esta torre não é muito desafiadora quanto o pessoal dizia. – disse Luke desapontado. - Você está enganado. Eles são fortes sim, e não são só Damas da Guarda mas outros monstros que também são fortes. O problema é quando você enfrenta vários deles ao mesmo tempo, é fisicamente impossível matá-los. Fiquei impressionado com você pela facilidade que você a nocauteou. – disse Demetrius. - Tenho que confessar que o Trovão de Júpiter que ela conjurou foi bem forte. - Nem queira ver os outros tipos de anjos que habita nesta torre. – respondeu Demetrius. - Bom, já que estamos aqui quero te fazer umas perguntas e já vou direto ao assunto. Como controlar um monstro ou uma pessoa? E não venha me dizer que não sabe de nada pois poderá ficar sozinho aqui neste andar. – ameaçou Luke. - Por favor, não insista. Eu não sei de nada, preferiria nunca ter conhecido Markus. Isto é cruel demais. – disse Demetrius implorando. - Cara colabora, por favor. Rune-Midgard depende disso. Você sabe o que está acontecendo não é? O Imperador Morroc retornou e a menos que consigamos detê-lo, não só Rune-Midgard estará perdida mas também todo nosso mundo, Midgard. - Para quê você quer isso? Se vocês estão querendo impedir que Satan Morroc retorne, o que vocês estão fazendo aqui? Vocês deveriam estar na cidade de Morroc contendo-o. – disse Demetrius. - Infelizmente eu não posso falar, mas isto será de muita ajuda. E afinal, porque que você falou que isto é cruel? O que exatamente este poder de controle de mente faz? – perguntou Luke curioso. Antes que Demetrius pudesse responder, algo os golpeou. Foi uma pancada forte que os derrubaram no chão, mas não se via nada. Apenas um ruído estridente pairava por ali perto. Luke então entrou em posição de batalha, conjurou suas esferas espirituais e invocou: - Revelação! Uma luz azul foi criada ao redor de Luke. Ele seguiu a direção de onde o ruído estava vindo e logo achou o que procurava. A luz azul invocada revelou o que havia atacado eles, era espantoso. Um espírito pairava diante de seus olhos. Seu espectro era todo cinza, possuía linhas vermelhas por todo o corpo que mais pareciam com rios de fogo. Seu corpo era de uma mulher e estava com uma máscara branca que lembrava uma coruja. - Agora ferrou de vez! Nós vamos morrer! É o Maero de Thanatos, representa a desgraça de Thanatos! É um dos quatro sentimentos dele! – falou Demetrius desesperado. Luke se buffou mais uma vez e partiu para cima do espírito, mas ao tentar acertar o primeiro golpe, seu braço atravessou o corpo do espírito. O espectro aproveitou a chance e desferiu uma sequência de golpes em Luke, semelhante à habilidade dos Mercenários Lâminas Destruidoras. Depois deste poderoso golpe ele completou com mais um golpe que fez com que Luke voasse longe. - É impossível derrotá-lo! Ele é um fantasma, um espírito! Nenhum golpe físico normal o atingirá. – advertiu Demetrius. - Vamos ver se isso é verdade! Impacto Psíquico! – disse Luke depois de se levantar e investir contra Maero. Maero de Thanatos ficou invisível, fazendo Luke errar o ataque. - Mas que bicho chato! – resmungou ele. - Eu disse. Mesmo que você o acerte, não adiantará nada. Eles não podem ser acertados, somente elementos. - Ah é? Invocar Esfera Espiritual! Fúria Interior! – invocou Luke. - Não adianta! Muitos já tentaram isso! Mesmo com o seu golpe mais poderoso eles não são afetados! – disse Demetrius mais uma vez. - Invocar Esferas Espirituais! Revelação! Luke mais uma vez saiu em disparada na procura do monstro. Era muito fácil localizar o monstro por causa do ruído que fazia, não demorou muito para ele achá-lo novamente. Após encontrá-lo, o monstro investiu com tudo pra cima de Luke, atingindo-o. Mas ao atingi-lo, ambos ficaram paralisados por um breve momento até que Luke desferiu um poderoso golpe: - Punho Supremo de Asura! Aquele golpe atravessou o corpo de Maero, mas não como na última vez. Dessa vez era como se o seu corpo estivesse se solidificado ficando assim vulnerável para qualquer golpe. Com este golpe Luke conseguiu quebrar o corpo de Maero, que caiu no chão em várias partes. Logo seu corpo, ou o que restou dele, começou a desfazer e a esfumaçar. Não havia restado nada, exceto um amuleto com uma pedra roxa no meio. - M-meu D-deus! O Fragmento de Desgraça, como você conseguiu? Inacreditável! Ninguém jamais viu e derrotou um dos monstros dos sentimentos de Thanatos! Esta habilidade que você usou é o temido Dilema, capaz de paralisar o oponente tornando assim um alvo fácil, não é? - Isso mesmo! Eu ainda estou aperfeiçoando esta habilidade. E agora, você vai me contar como fazer para controlar os monstros? – disse Luke recolhendo o fragmento do chão. - Tudo bem, mas vou logo te avisando: isto é muito cruel! Esta magia concede ao usuário o poder de controlar qualquer ser vivo, seja pessoa, monstro ou animal. Mas este poder tem um preço muito caro. Isso vai consumindo o poder mágico da pessoa permanentemente e quando o poder mágico acaba, vai consumindo a própria alma da pessoa até que ela morra, endoide ou entre em estado de “hibernação”. – explicou Demetrius. - Estado de “hibernação”? O que é isso? - Não há muito estudo quanto a este estado, mas quando uma pessoa entra neste estado ela vira literalmente um morto-vivo. Ou seja, seu corpo está vivo, mas sua alma e sua consciência não existem mais. É como se fosse um estado de coma só que acordado. - Será que Markus chegaria a tal ponto só para cumprir com esta idiotice dele? Se tiver feito isso, com certeza ele está obcecado! – disse Luke espantado. - Funciona da seguinte forma: [COLOR=#0000ff][I][B]você tem que pegar alguma coisa que tenha o código genético do ser vivo que você queira controlar, depois você tem que recolher uma essência poderosamente maligna, geralmente de um MVP*.Markus sempre pegava a Mão Divina, a mão de Osíris, para fazer o ritual. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000ff][I][B]“Depois de coletar esta essência, deve-se colocar num altar cheio de runas, pedras mágicas, sagradas e elementais dos mais variados tipos. Ao redor deste altar tem que cavar uma vala e enchê-la de sangue, pode ser qualquer tipo de sangue. Markus costumava pegar bodes de Juno para fazer o ritual. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000ff][I][B]Após arrumar o altar cheio de pedras com vala de sangue ao redor, o código genético do ser vivo e a essência de um ser maligno, deve-se pronunciar uma sequência de encantamentos para que assim a magia possa ser ativada. Depois de recitada a magia, sairá uma fumaça roxa do altar e o invocador terá que inalá-la ou inseri-la no seu corpo e assim a pessoa estará gravando as informações daquilo que ele quer controlar. Caso você faça esse mesmo ritual com um ser vivo inteiro, você irá adquirir os poderes vitais dele.” [/B][/I][/COLOR]– explicou Demetrius temeroso. [QUOTE][COLOR=#0000ff][B]*MVP: São monstros muito poderosos e malignos, difíceis de combater e neutralizar. Geralmente vêm acompanhados de grande horda de monstros.[/B][/COLOR] [/QUOTE] - Isto que você acabou de me contar, já aconteceu com meu amigo Sora há muito tempo atrás! Ele queria controlá-lo? O que eu sei é que ele tentou matá-lo. – disse Luke. - Ah, o pequeno Sora... Realmente ele tentou matá-lo, mas seu objetivo maior era controlar a árvore que sustenta toda Midgard, Yggdrasil. E nesta cerimônia, tudo o que é ser vivo que está dentro do altar é consumido na hora. E Markus pretendia absorver os poderes que Sora tinha e ainda controlar Yggdrasil, assim ele pensava que seria imortal. – disse Demetrius. - Mas isso é loucura! Como é que alguém vai controlar Yggdrasil? Isto é impossível! E mesmo se controlasse seria poder demais pra ele. – disse Luke cada vez mais abismado com a história. - Foi isso que eu pensei também! Por isso que eu saí da Veritatem, pelo fato dessas coisas horríveis que eles praticavam. Por causa disso Markus tentou me matar, então eu pedir pra a Organização Rekenber me transferir de Lighthalzen para a Torre de Thanatos. Pelo menos aqui estou seguro. – disse Demetrius com uma expressão abatida. - Não acredito! Markus está totalmente obcecado. Nem parece a pessoa que eu conheci desde criança. – disse Luke indignado - Eu só queria saber onde estão meus amigos agora. Enquanto isso no andar de cima... - Essa foi por pouco! – disse Sora aliviado. No chão estava o corpo de outra Dama da Guarda que Sora acabara de eliminar. - Se deu mal, garota. Escolheu o pior oponente para ser raptado. – disse Sora olhando para a anja caída no chão. De repente ele ouviu um barulho como se fosse de um cachorro chorando. Então ele se virou para o lado e encontrou um pequeno ser bem curioso. Ele era todo negro, pequeno, parecido com um cachorro e tinha uma máscara branca com dois olhos negros e boca grande e pontuda. - O que você está fazendo perdido por aí, rapaz? Vem cá, garoto. Aliás que espécie de cachorro é você? – brincou Sora chamando a criatura. Aquela criatura veio correndo na direção dele e Sora, inocentemente, abriu os braços para pegá-lo. Então quando faltava alguns metros para alcançá-lo a criaturinha soltou uma espécie de onda maligna que atingiu-o em cheio. Era como se sua alma tivesse sido perfurada com uma lança. Sora caiu de joelhos no chão e a criaturinha aproveitou e acertou-lhe outro golpe, fazendo-o cair completamente no chão. A criaturinha ainda continuava emitindo o choro de um cachorro. - Desgraçado, traiçoeiro! Que tipo de aberração é você? Fui muito imprudente agora, deveria suspeitar que desta torre pode vir qualquer coisa! Você agora vai se arrepender amargamente por isso! – disse Sora se levantando. A criaturinha conjurou uma magia sobre Sora, onde ele começou a sentir todo o seu corpo lento. Não conseguia se mover direito, nem mesmo andar. [I][B]“Não acredito que ele tem essa habilidade, Diminuir Agilidade...”[/B][/I] – pensou Sora. - Aumentar Agilidade! – conjurou Sora – Muito esperto você, eu quero ver se você consegue segurar as pontas agora. Invocar Esferas Espirituais! Sora invocou as esferas espirituais uma após outra e, depois de usar Benção em si mesmo, partiu para cima da criatura. Com uma agilidade surpreendente Sora conseguiu chegar perto do monstro e desferiu-lhe um golpe, mas seu punho atravessou-o. O monge retirou seu braço rapidamente e recuou uns três metros para trás. - Se você é um fantasma, então só pode ser um dos sentimentos de Thanatos! Um dos monstros que está com um dos fragmentos de sua alma. Pois bem, já vi que minha soqueira convencional não irá funcionar então usarei isto. Sora retirou de sua bolsa uma maça e ao pegá-la, ela se acendeu como brasa. - Eu não sou muito habilidoso com maças, mas eu acho que não terá outro jeito. – disse Sora – Fúria Interior! Invocar Esferas Espirituais! Sora foi correndo na direção do pequeno monstro e acertou-o. Logo, começou desferir vários golpes. - Combo Triplo! – disse Sora desferindo 3 golpes em sequência. - Combo Quádruplo! – disse Sora desferindo mais 4 golpes. - O Último Dragão! – disse Sora dando um poderoso golpe que acertou até o chão, consumindo assim uma esfera espiritual, fazendo o monstro recuar um metro para trás. - Punho Supremo de Asura! – completou Sora acertando o golpe mais poderoso dos monges e mestres instantaneamente. Todos os ataques surtiram efeito, principalmente o último golpe. O monstro caiu e começou a se desfazer. O que sobrou foi apenas um amuleto com uma pedra verde, o Fragmento de Agonia. Sora pegou-o com cuidado e guardou em um dos bolsos de sua roupa. - Meu Deus, que torre maluca. Até parece a Torre do Relógio em Aldebaran. – disse Sora colocando a mão em sua testa. Enquanto isso no andar acima ao de Sora... - Mas que anjos chatos, principalmente aquele que nos raptou. É impossível subir esta torre sozinho. – disse Max catando uma pedra vermelha que estava ao lado de um anjo de vestes negras nocauteado. - Mas olha pelo lado bom, amor. Você pode deixar o Amistr mais forte com esta pedra. – disse Lisa sorrindo. - É verdade, aliás vou chamá-lo agora! Max fez um leve movimento e um belo cachorro de chifres aparece saltando sobre Max. - Calma garoto, calma. Como foi o descanso? Está renovado para outra batalha? É, eu sei... Aquela batalha contra Faraó foi meia chatinha para nós. Melhor dizendo, para você né. Afinal, foi você sozinho quem o derrotou. Mas eu tenho uma surpresa para você, mas só poderei dizer depois que sairmos desta torre. Aprecie a paisagem por enquanto. – disse Max acariciando-o na cabeça. O homúnculo deu um latido de contentamento e agradecimento. Max então continuou procurando alguns itens deixados pelos monstros derrotados. Até que... - Max, cuidado! – gritou Lisa. Já era tarde demais. Uma sombra saindo do chão acertou Max em cheio que o fez cair e derramar várias coisas do seu carrinho. - Curar! – conjurou Lisa sobre Max. - O que foi isso? – perguntou Max desorientado. - Amor, olhe para frente! – avisou Lisa. - Mas que covardia, me atacando pelas costas e ainda quando estava desprevenido? – disse Max desgostoso com o golpe. - Escudo Sagrado! – conjurou Lisa um escudo de cor verde onde as sombras que tentavam acertá-los eram eliminadas Na frente de Max havia um ser peculiar. Nitidamente dava para perceber que era um espírito, pois labaredas negras saíam dele. Ele era todo negro, forte, tinha uma máscara branca no seu rosto que lembrava um urso. Era ele quem estava projetando as sombras para atacar, mas graças ao escudo de Lisa os ataques não estavam fazendo efeito. - Obrigado, amor. Agora deixe comigo! Bomba Ácida! – disse Max arremessando duas poções que, ao fazer contato com o monstro, explodiram e um líquido corrosivo terminou de completar o trabalho. O monstro começou a se desfazer sobrando apenas um amuleto com uma pedra azul, o Fragmento de Ódio. Max foi na direção do fragmento, pegou-o com um pano que havia em seu bolso e o colocou no carrinho. De repente uma parte do teto do andar de cima desabou, quase caindo por cima de Max. Poeira e fuligem cobriram todo o andar. - QUEM FOI O MALDITO QUE QUASE ACABOU COM MEU CARRINHO? EU VOU MATAR ESTE CORNO, SÓ PODE TER SIDO O SORA! – disse Max tão alto que podia escutar no andar inteiro. Então uma voz bem fraca disse: - Não fui eu não cara. Estou aqui bem abaixo de vocês! - SORA É VOCÊ? – gritou Lisa, encostando o ouvido no chão. - Sim, sou eu! Que barulho foi esse aí cima? – disse Sora com uma voz baixa. - Ué, se não foi o Sora então quem foi? – perguntou Max. - Err, foi mal ae galera. Me desculpem, acho que exagerei no Perfurar em Espiral. Ao olharem para cima para ver quem havia dito isso, viram Croix o líder do clã acenando para Max e Lisa. - Croix, seu maldito! Você quase acabou com meu estoque de poções! Você sabe o custo que é para fazer uma poção dessas? – reclamou Max. Enquanto eles conversavam a poeira se sedimentou, e nos destroços apareceu uma coisa brilhante. - É porque eu achei um dos monstros de Thanatos e exagerei na força, mas acho que já temos um fragmento da alma de Thanatos. – disse Croix coçando a cabeça. - Corrigindo, temos dois fragmentos! Nós derrotamos outro monstro também. – corrigiu Max. - Na verdade temos três! – disse a voz baixinha de Sora no andar debaixo. - Nossa, já progredimos bastante então! Alguém aí viu o Luke? – perguntou Croix. - Ainda sem sinal dele. – respondeu Lisa. Ouviu-se então outro enorme barulho, só que desta vez no andar de Sora. - O que aconteceu aí? Bomba Ácida! – arremessou Max no piso do andar onde estavam fazendo assim um buraco no chão. Ao olharem para baixo viram outro rombo no piso do andar de Sora. - Sora, você está bem? – perguntou Lisa preocupada. - Estou! – respondeu Sora limpando a sujeira que havia caído em seu uniforme de monge. Finalmente a poeira dissipara completamente e todos puderam ver o que estava acontecendo no andar abaixo de Sora. Todos os três andares estavam com um buraco no piso, enfileirados, podendo um ver o outro. - Será que dá para vocês fazerem um pouco de silêncio, por favor! Luke então apareceu em cima de uma Dama da Guarda, e ao seu lado estava Demetrius em cima de outra. Demetrius agora não estava mais com aquela capa que o cobria. Agora ficara bem visível sua vestimenta. Ele trajava uma pujante vestimenta de justiceiro, empunhando uma intimidante espingarda. Enquanto que Luke segurava na sua mão esquerda, o Fragmento de Desgraça. [B][COLOR=#008000]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XVII--------------------------------------------------------------- [/COLOR][/B][COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO XVIII – O LUGAR MAIS ALTO DO INFERNO[/CENTER] [/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][FONT=arial black]Dois anos atrás... [/FONT][/COLOR] - Suas flechas não irão funcionar conosco, Karian! Renda-se de uma vez! Luke, Sora e Edna haviam cercado o menestrel dentro de um dos cômodos da Catedral de Prontera. O trio estava com suas esferas espirituais invocadas Apesar do artista estar encurralado, não demonstrava preocupação alguma. Apenas segurava seu bandolim como quem estivesse prestes a tocar uma canção. - Não tenho nada a tratar com vocês, ainda... – respondeu Karian calmamente, enquanto dedilhava a última corda do seu instrumento. - Desgraçado, não se faça de inocente! Sabemos que você pertence à Veritatem, que você é um dos cabeças do grupo! Diga logo o que você está fazendo aqui! – disse Sora nervoso. - Só estou fazendo uma visita para o bispo, um velho amigo meu. - Mentiroso! O bispo nem está na Catedral! – retrucou Edna. - Infelizmente, nós nos desencontramos. Não o avisei que viria... – respondeu Karian. - Tá na cara que ele está mentindo, vamos captura-lo e interroga-lo! - Você tem toda razão, Sora. – disse Luke ficando em postura de combate. - Agora! Os três foram pra cima do menestrel com tudo. Ambos invocaram Escudos Sagrados para se protegerem das flechas de Karian, caso ele viesse a atirá-las. Com uma agilidade incrível, Karian se esquivou de todos os golpes desferidos pelos monges, sem nenhum esforço. Apesar do ataque coordenado do grupo, o menestrel não revidou nenhuma vez sequer. Percebendo uma brecha que Luke havia deixando, o músico se abaixou e deslizou-se por debaixo das pernas do monge. Karian agora bem próximo da porta de saída daquela sala, que estava semiaberta. - Disparo das Esferas Espirituais! Sora arremessou suas esferas na direção do menestrel, que apenas deu um passo para a sua esquerda, desviando facilmente do ataque. - Você está com uma mira horrível, garoto. – disse o menestrel. - Quem disse que eu queria acertá-lo? – disse Sora apontando para a porta, que agora estava completamente fechada. - Muito bom, jovem monge. Muito esperto você... Mas isso não me impedirá de sair daqui. - Cala a boca, Karian! Você não sairá daqui sem dar respostas, duvido você se esquivar desse ataque! Agora, Edna! Luke e Edna avançaram pra cima de Karian, pela esquerda e direita, respectivamente. Ambos focaram uma esfera espiritual nas mãos, e preparam-se para atingi-lo em cheio. [I][B]“Agora não tem como ele escapar. Esse ataque nunca erra, independente da esquiva do oponente. Ele está cercado, a vitória é certa!”[/B][/I] – pensou Luke enquanto corria para desferir o golpe. - Impacto Psíquico! – gritaram Luke e Edna, já bem perto do alvo. Neste exato momento Karian emitiu um forte grito, que invadiu violentamente os tímpanos dos monges. As pernas de Luke não o obedeciam mais. Involuntariamente, Luke desviou-se da direção do menestrel e deu-se de cara com Edna, onde ambos desferiram o golpe um no outro. Os dois monges caíram no chão por causa do choque, ainda sofrendo os efeitos do grito. Sora ainda tentava se firmar em pé, tampando seus ouvidos com as mãos. - Saco, viram o que vocês me fizeram fazer. Eu odeio usar essa habilidade, acaba com a minha voz! – disse Karian massageando a garganta. - Desgraçado... Isso não vai ficar assim... – falou Sora se recuperando do grito estridente. Luke e Edna já estavam se levantando do chão. Apesar do golpe que haviam recebido, ainda tinham forças o suficiente para uma outra investida. Eles estavam tão furiosos, que mal notaram o sangue que havia escorrido de seus ouvidos. - Droga, vocês são persistentes mesmo heim!? Não posso mais perder tempo aqui. Já vi que terei que pegar pesado com vocês. Tá aí uma boa oportunidade para testar uma nova habilidade que eu desenvolvi. Karian retirou seu arco, que até então estava guardado nas costas, puxou várias flechas de seu aljave, encaixou-as na arma e atirou para cima. As flechas ricochetearam no teto e caíram como uma saraivada sobre os monges. Parecia que as poucas flechas haviam se tornado em centenas. Seus corpos estavam cheios de projéteis, mas nenhum havia acertado seus órgãos vitais. Era como se o menestrel tivesse calculado milimetricamente onde cada flecha iria cair. - Me desculpem por isso, mas preciso ir... É uma pena a gente ter chegado nesse ponto, vejo vocês em breve... E lembrem-se: [I][B]“O tempo não é o inimigo...”[/B][/I] Após dizer estas palavras, Karian guardou seu arco e dirigiu até a porta da sala. Antes de sair dali, ele retirou do bolso três frutos de Yggdrasil e jogou-os para perto dos monges. Luke sentia cada membro do seu corpo doer, não conseguiria levantar nem se quisesse. Sua visão começou a ficar embaçada e a escurecer. A última coisa que viu foi o menestrel saindo da sala e fechando a porta. [COLOR=#008000][CENTER]------------------------------------------------------------------------------------ [/CENTER] [/COLOR] [COLOR=#0000ff][FONT=arial black] Atualmente...[/FONT][/COLOR] - Até aqui vocês fazem esta algazarra toda? – perguntou Luke montado em cima de uma Dama da Guarda. - Hahaha! Acho que você perdeu o posto de destruidor, Sora! – brincou Lisa. - O que este cara está fazendo com você Luke? Ele já te falou como é que se controlam os monstros? E que diabos de espingarda é essa na mão dele? – perguntou Sora fitando a espingarda. - Calma, eu já conversei com ele. Mas primeiro vamos subir até o andar onde Croix está pra seguirmos com o nosso objetivo. E aí eu explico tudo. – explicou Luke. Luke e Demetrius, em cima de Damas da Guarda, voaram para o andar onde Sora estava. Luke agarrou-o pelo braço e voou para o andar de cima, onde estavam Max e Lisa. - Como vocês conseguiram domar estes monstros? – perguntou Max impressionado. - Demetrius me ensinou, ele conhece vários segredos da torre. Vamos subir, já está anoitecendo e o Imperador Morroc pode aparecer a qualquer momento. Peguem uma dama da guarda, recolham os fragmentos e vamos embora. Demetrius vai ensinar como domá-las.– orientou Luke. Demetrius então saiu com Sora, Max e Lisa no andar à procura de Damas da Guarda para ensiná-los a domar e a montar. Luke permaneceu com sua Dama da Guarda no mesmo lugar, aproveitou o momento e gritou para o andar de cima: - Calma Croix, já estamos subindo aí! Só estamos capturando algumas Damas da Guarda pra subirmos o mais rápido possível. - Tudo bem. Eu espero! Depois de uns dez minutos Luke avistou o grupo voltando, cada um montado numa Dama da Guarda. - Vocês aprenderam rápido, não falei que era fácil. – disse Luke orgulhoso. - Uhuuu! Isto é muito maneiro! – disse Sora empolgado, dando algumas rasantes. - Beleza pessoal, vamos subir para o andar de cima e encontrar com Croix. Devem ter muitos monstros naquele andar, pra ele ter que enfrentar sozinho. – advertiu Luke. - Eu tenho pena é dos monstros que estão no mesmo andar que ele. Depois do que ele fez com o coitado do Despero de Thanatos. Ele acabou com o piso do andar de onde estava. Acho que os monstros vão passar é bem longe dele. – disse Lisa. - Às vezes o nosso líder me dá calafrios! – completou Max. - Chega de papo, vamos voar! – disse Luke levantando vôo rumo ao buraco que havia no piso do andar de cima. Todos saíram em disparada rumo ao andar de cima. Ao chegarem no andar superior onde Croix estava, não o avistaram. Nenhum monstro rondava ali por perto. - Uai, cadê o Croix? – perguntou Lisa preocupada. - Vocês demoraram muito, galera! – disse Croix voando sobre uma Dama da Guarda por cima de suas cabeças. - Isso só pode ser zueira! Como é que ele aprendeu a domar esse bicho sem instrução alguma? – perguntou Sora indignado. - Ah, isso é moleza. Eu já tinha perícia e experiência com montaria, então foi fácil. – disse Croix na maior simplicidade. - A Ordem de Rune-Midgard sempre impressionando a todos. Ouvi que vocês eram um dos melhores clãs de Midgard, mas acho que é o melhor. Vocês foram os únicos que subiram tão alto assim nesta torre, e ainda conseguiram derrotar os quatro monstros que carregavam os sentimentos de Thanatos. – disse Demetrius impressionado. - Já que estamos todos juntos aqui, já é hora de conversarmos sobre o que devemos fazer, como controlar Thanatos, como ressuscitá-lo e que raios de espingarda é essa que Demetrius está usando. – disse Croix encarando a arma como se fosse um monstro da torre. - Também acho uma boa ideia. Vamos aproveitar que está sem monstros aqui por perto. – concordou Luke. - Pode começar explicando que arma é essa. – disse Croix olhando desconfiado para Demetrius. Seu desprezo por armas de fogo era nitidamente visível em seu rosto. - Calma Croix, aquela época já passou. Já está tudo resolvido, não tem como aquilo acontecer de novo. – disse Max tentando acalmá-lo. - Qual o problema dele com armas de fogo? – perguntou Demetrius. - É uma longa história, Demetrius. – respondeu Luke. - Tudo bem, Luke. Eu conto pra ele, se Croix autorizar, é claro. – disse Lisa. Croix, percebendo que havia exagerado com sua atitude, autorizou Lisa a falar. - Croix tem esse desaprovo com armas de fogo porque ele já se envolveu em disputas violentíssimas com o seu irmão Guillaume, por causa do trono deixado por seu pai... [COLOR=#0000ff][I][B]“Seu pai era o rei de uma terra à Oeste de Arunafeltz, o reino de Maroll. Seu pai, Marcel Marollo VII, morreu com cerca de cento e poucos anos e deixou nove herdeiros. Destes nove herdeiros apenas dois se destacaram para ser o sucessor do trono, que eram Croix e Guillaume. Então os dois travaram várias batalhas em disputa do trono do seu pai, e para isso recrutaram vários aventureiros para defender ambas as partes. Mas estas batalhas não se resultavam em nada, pois ninguém vencia só empatavam. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000ff][I][B]E após muitas perdas no campo de batalha, os irmãos resolveram acabar com a disputa e dividiram o reino em partes iguais para cada um dos nove irmãos. Só que depois de certo tempo Croix e Guillaume abdicaram o trono para crescerem como valorosos aventureiros, defendendo a todos aqueles que precisassem de ajuda. Foi o jeito que eles encontraram de se redimir com as famílias que perderam seus entes queridos em suas batalhas. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000ff][I][B]Então Croix fundou um clã, que é a Ordem de Rune-Midgard e Guillaume fundou outro, que se chama Vanguarda de Maroll. Os dois clãs têm uma rivalidade sadia entre eles, e eles vivem em completa paz e harmonia. Os dois irmãos sempre viajam para Maroll para ver como estão as coisas por lá e para ver se os seus irmãos estão cumprindo o seu papel direito. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000ff][I][B]A razão de ele ficar um pouco nervoso com armas de fogo é que assim que selaram o tratado de paz, uma guerra de justiceiros e pistoleiros foi travada em Einbroch e em alguns pontos de conflitos espalhados por toda Rune-Midgard. Num desses pontos de conflito, sua esposa foi morta acidentalmente em Payon. Depois deste episódio Croix ficou furioso e quase declarou guerra contra toda a guilda de Justiceiros, mas ele pensou bem e desistiu da ideia. O rei Tristan III conseguiu prender os envolvidos das tragédias e colocou Croix na sua guarda real. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000ff][I][B]Mas Guillaume era muito amigo da esposa de Croix, pois ela já o salvou da morte uma vez. E por isso ele não aceitava que Croix deixasse barato a sua morte. Guillaume estava possesso de ódio, e queria acabar com a guilda dos justiceiros. Mas Croix acabou convencendo ele de desistir desta ideia, lembrando-o do que a guerra e o ódio podia fazer com as pessoas. Eles mesmo eram provas vivas do que a ira era capaz de fazer com o ser humano. Guillaume concordou com Croix e decidiram honrar a morte dela, fazendo de Rune-Midgard um lugar melhor." [/B][/I][/COLOR]– explicou Lisa. - Nossa, me desculpe. Eu não sabia dessa história. – disse Demetrius sem graça. - Tudo bem, Demetrius. Eu estou aprendendo a superar isso. Eu sei que nem todos os justiceiros foram responsáveis pelos massacres daquela época e que há muita gente de bem na guilda. Mas ainda fico um pouco abalado quando vejo uma arma de fogo, me faz lembrar dela... Aliás, você é realmente um justiceiro? – perguntou Croix. - Sim, eu sou. – confirmou Demetrius. - Inclusive, foi ele quem quebrou o teto do andar onde estávamos. Não fui eu. – explicou Luke. - É, mas eu quebrei porque ouvi aqueles estrondos vindos dos andares acima. – justificou Demetrius. - Voltando ao foco, galera. Como vamos fazer para ressuscitar Thanatos e o controlá-lo? – perguntou Sora cortando a conversa. - Bom, explique para eles o que me contou Demetrius. – disse Luke. Demetrius então começou a contar tudo o que havia dito para Luke alguns minutos atrás, de como a Veritatem fazia para controlar pessoas e monstros. Todos ficaram pasmos com o que haviam escutado. - Meu Deus, que coisa macabra! – disse Lisa. - Como eles puderam chegar tão longe assim? – disse Croix fincando a ponta de sua espada no piso. - Então será impossível controlar Thanatos, pois requer muita coisa. É impossível fazermos este ritual. E mesmo se conseguirmos, quem se habilitaria fazer isso e perder seu poder mágico permanentemente? - Exatamente, Max! Não tem como nós fazermos isso. É muito cruel, sem chances. – concordou Sora. - Calma pessoal. Eu me lembrei de uma coisa que a May disse. Ela falou que Thanatos odeia Morroc mais do que tudo neste mundo. Talvez se nós o ressuscitarmos e convencermos ele de destruir Morroc mais uma vez, seja o suficiente para termos ele sob controle. – sugeriu Luke. - Pode dar certo. Mesmo se a alma dele ainda estiver corrompida com o mal, ele não vai querer que outro imperador maligno tome conta de Rune-Midgard. Mas o que faremos para impedi-lo, caso ele derrote Morroc? – perguntou Max preocupado. - Isso a gente pensa depois. Não podemos perder tempo, vamos pessoal. – disse Croix retirando a espada fincada no piso. Após Croix pegar sua espada, levantou vôo com sua Dama da Guarda e gritou: - Perfurar em Espiral! Sua espada começou a girar freneticamente, e Croix mirou no teto do andar onde todos estavam, fazendo assim parte do mesmo ceder. - Croix, seu maldito! Você quase destruiu meu carrinho de novo! Avisa antes de sair demolindo tudo por aí! Eu quero só ver quem é que vai arcar com os prejuízos da torre! A Organização Rekenber não vai gostar nada disso! – disse Max afoito puxando seu carrinho rapidamente antes que os destroços caíssem sobre ele. - Calma amor. Tenha paciência, ele só está abrindo caminho. – disse Lisa com um belo sorriso no rosto. - Ah é, então olha para a barra da sua roupa. – disse Max apontando para a parte debaixo da roupa da Lisa. Havia caído um pedaço do piso que Croix destruiu perto de Lisa que fez um rasgo na parte debaixo da sua roupa. - Croix, seu inútil! Olha o que você fez na minha roupa! Ela acabou de chegar do porto de Alberta! Sabe quantos dias se gastam para esta roupa chegar aqui em Rune-Midgard? – disse Lisa mais afoita que Max. - Para você que é suma sacerdotisa, demora alguns segundos. – disse Max colocando sua mão direita atrás da cabeça. - Afinal, de que lado você está? – esbravejou Lisa tentando consertar sua roupa. - Chega de papo, recolham os fragmentos e vamos o mais rápido possível para o último andar da torre. Provavelmente uma hora dessas, Markus deve ter conseguido escapar de Glast Heim e Morroc também já deve ter escapado da dimensão. – advertiu Luke. Todos levantaram vôo rumo ao andar de cima. E eles foram passando pelos andares infestados de monstros, sempre eliminando vários deles que os atacavam no ar. Demetrius se destacava em seus tiros e em sua pontaria certeira, que derrubava a maioria dos monstros. E nisso foram, eliminando todos os obstáculos que apareciam no caminho até chegarem ao topo da torre. Ao chegarem lá, se depararam primeiro com o céu e as nuvens cor de sangue, acompanhados de trovoadas e relâmpagos. Logo na frente haviam cinco enormes estátuas, cada uma virada para uma direção e uma no centro em cima de um pedestal. Haviam também cinco pequenas ilhas suspensas que estavam interligadas ao topo daquela torre. - É pessoal, chegamos. É agora ou nunca, peguem seus fragmentos e soltem as Damas da Guarda. – ordenou Croix. Então cada um daqueles que estavam com os fragmentos da alma de Thanatos retiraram da bolsa. A “cavalaria alada” de Damas da Guarda foi solta por cada um dos membros do grupo. Desfrutando da tão almejada liberdade, saíram em frenético vôo naquele infinito céu cor de sangue sem se importar com os seres que as domaram. - Como vocês já perceberam cada um vai pegar seu fragmento e se dirigir para seus respectivos lugares. Ninguém nunca reuniu os fragmentos antes, então estejam preparados para tudo o que for acontecer aqui. – explicou Croix. Cada um se dirigiu para uma das ilhas suspensas onde cada estátua apontava. Sora foi o primeiro, ele se dirigiu a primeira ilha suspensa e encaixou o Fragmento de Agonia. A projeção do monstro Pesar de Thanatos apareceu, então uma voz começou a ecoar no lugar: [I][B]- ... quem... liberou... a lembrança... da agonia...[/B][/I] - Isso pessoal, está funcionando. Mais rápido! – gritou Croix. Luke foi o segundo a colocar o fragmento na segunda ilha suspensa. Ele encaixou o Fragmento de Desgraça no símbolo gravado no chão e então a projeção do monstro Maero de Thanatos apareceu. Novamente a voz ecoou no lugar: [I][B]- ... por que... fazer isso...[/B][/I] - Vamos, mais rápido. – animou Croix. Croix foi o terceiro. Já com o Fragmento de Desespero em mãos, se dirigiu a próxima ilha suspensa e encaixou o fragmento no símbolo. A projeção do monstro Despero de Thanatos apareceu, e mais uma vez outra frase é ecoada no lugar: [I][B]- Ah... pare... não libere a lembrança do desespero...[/B][/I] - Ele está acordando, só falta o último! – gritou Sora. Max então é o último a encaixar o fragmento. Em posse do Fragmento de Ódio encaixado, a última aparição do monstro, Odium de Thanatos, surgiu. E mais uma vez, aquela voz imponente invadiu o ambiente: [I][B]- ... enfim, você conseguiu liberar a última parte da lembrança...[/B][/I] Depois desta frase, todos são sugados para a única ilha suspensa que não tinham ido ainda. Esta ilha se localizava centralizado na margem do topo da torre. Então a mesma voz que falara antes se tornou muito mais forte como o de um trovão. Enfim, uma frase foi proferida: [I][B]- As lembranças espalhadas em fragmentos... Quebradas, rompidas, voltaram com lágrimas... Partidas em pedaços e pisoteadas, voltaram como um suspiro profundo... Com cheiro profundo de sangue, a mágoa fere o coração... Vou expulsar qualquer um que invadir este continente de novo...!!! Eu sou Thanatos! Irei expulsar a tribo mágica!!![/B][/I] [COLOR=#008000][B]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XVIII--------------------------------------------------------------- [/B][/COLOR] [COLOR=#008000][B][CENTER] CAPÍTULO XIX – CORAÇÃO CORROMPIDO[/CENTER] [/B][/COLOR] [COLOR=#0000FF][FONT=arial black] Um ano e dez meses antes... [/FONT][/COLOR] - May, eu preciso que você nos conte a verdade. Não tem como a gente deter a Veritatem se você não nos contar o que sabe. Eu sei que é pedir muito, mas por favor... - Não posso fazer isso, Luke. Será bem melhor se você não souber. Luke, Sora e May estavam reunidos na mesma sala onde tiveram a primeira conversa. May estava perto da janela observando os pequenos Yoyos pulando sobre as árvores. Sora e Luke apenas a indagava a respeito da grande dúvida que tinham, enquanto que ela tentava se esquivar da pergunta. - Mas May, o que há de tão grave assim pra você não nos contar? – perguntou Sora. - É que isso é muito pessoal pra mim, não sei se conseguiria... - Pode dizer May, seja lá o que for. Somos seus amigos, confie em nós. Nós já ouvimos e vimos muita coisa ruim, o que você for nos contar não assustará. – disse Luke aproximando-se dela e tocando seu ombro. - Luke, você vai morrer! – disse May virando-se para ele. - Bom, até aí sem novidades. Todo mundo vai morrer um dia... - Quieto, Sora! Deixa ela falar! – repreendeu Luke. - Eu tive uma visão sobre você. Vi o seu corpo todo queimado e inerte no chão. Ao seu lado estava Markus, sorrindo, envolto por uma luz ofuscante. Você não respirava, o caos e destruição tomava conta do lugar. Foi uma cena terrível, eu jamais... - Shh... Fique calma. Não vai acontecer nada. – disse Luke encostando o dedo indicador direito na boca de May. - Mas, Luke... - Mas nada... Eu juro que enquanto eu não tirar essa história a limpo, meu espírito não descansará. Não irei morrer até que todos que causaram dor, pague por seus pecados. Isso é uma promessa, não há profecia alguma que me fará desistir do meu objetivo. May abraçou Luke fortemente, e com lágrimas nos olhos, disse: - Por favor, não se envolva nisso. Não quero te perder de novo, eu não suportaria... - Você diz isso como se a gente já se conhecesse... Como isso é possível? - Me desculpe mais uma vez, é que você se parece muito com uma pessoa que eu conheci. Ele era muito especial pra mim, a semelhança entre vocês dois é incrível. Até no nome se parecem... - Foi por isso que você me disse aquilo naquele dia, quando me chamou de Lucas? Que você pensou que eu fosse o seu amigo? – perguntou Luke ainda abraçado com ela. - Sim, eu não estava acreditando no que meus olhos viram. Seria impossível, afinal ele está... - Eu sinto muito mesmo, May. – disse Luke percebendo a trágica história. - Só depois que o Mestre Muhae me explicou quem você era, que eu entendi. Sabia que ele não poderia estar ali. Foi então que tive essa visão de você sendo morto por Markus. Eu não queria que aquela cena voltasse a se repetir, e foi por isso que eu sempre o evitei nesses meses atrás. Não queria você envolvido nesta história, não queria que você fosse atrás de Markus. – desabafou May. - Ei, ei... Não chores mais, eu estou bem. Veja! Nada vai acontecer, eu já disse. Confie em mim. – disse Luke enxugando as lágrimas do rosto de May. - Fique tranquila, May. Nós somos um time, um protege o outro. Não deixaremos que nada de ruim aconteça com nosso amigos. – completou Sora. May se soltou lentamente dos braços de Luke e voltou a olhar pra janela. A sala ficou em silêncio por alguns segundos. Então Luke decidiu interromper a calmaria e disse: - May, desculpe me intrometer mais uma vez. Mas esse seu amigo, o Lucas, pertencia à sua família? - Exatamente, seu nome era Lucas Schicksal. Ele foi muito importante pra mim. – respondeu May sem virar o rosto. - Eu vi que você ficou muito abalada com essa conversa, então vamos deixá-la sozinha um pouco. Estaremos aqui por perto na Abadia, então qualquer coisa pode nos chamar. Após Luke ter dito essa frase os dois monges caminharam para fora da sala, deixando May sozinha no cômodo. [COLOR=#4B0082][B][I]- Você devia ter contado a verdade para ele.[/I][/B][/COLOR] May virou-se assustada para ver quem havia falado aquilo. A bruxa havia ficado pasma quando presenciou aquela figura. - O-o que v-você est-tá fazendo aq-qui? – disse May temerosa. [COLOR=#4B0082][I][B]- Isso é jeito de tratar um amigo, após todo esse tempo juntos?[/B][/I][/COLOR] - Sai daqui, espectro maldito! Você não faz parte desse mundo! – disse May arremessando uma adaga na direção daquele ser. [COLOR=#4B0082][I][B]- Isso me entristece profundamente. Adagas não me trazem boas lembranças...[/B][/I][/COLOR] - SAIA, AGORA! – disse May conjurando uma torrente de chamas na direção do alvo. [COLOR=#4B0082][I][B]- Huahuahua! Eu vou, doce May. Mas eu volto, afinal sou seu eterno pesadelo...[/B][/I][/COLOR] May estava ofegante, seu coração estava batendo acelerado. Parecia que o ser que a incomodava havia ido embora. [COLOR=#008000][CENTER]-------------------------------------------------------------------------------------[/CENTER] [/COLOR] [COLOR=#0000CD][FONT=arial black] Atualmente...[/FONT][/COLOR] O andar inteiro começou a estremecer, as nuvens cor de sangue tomaram conta do céu vermelho. Trovões e relâmpagos cortavam aquela tenebrosa atmosfera. Um ar de desespero e medo invadiu o lugar, o cheiro da morte impregnava cada partícula do topo daquela torre. - Que sensação horrível é essa? – disse Lisa assustada. - Ele está chegando, se preparem! Não podemos enfrentá-lo, isso só o desgastaria e a nós também! Precisamos convencê-lo de lutar contra Morroc o mais rápido possível! – disse Croix tentando se firmar no chão. - Humanos insignificantes, como ousam profanar minha torre. Preparem-se para ser exterminados. Thanatos surgiu naquela ilha suspensa onde todos estavam. Acompanhado dele haviam os quatro monstros que representavam os sentimentos do cavaleiro arcano: [U]Pesar de Thanatos[/U] – o sentimento de Agonia, [U]Maero de Thanatos[/U] – o sentimento de Desgraça, [U]Despero de Thanatos[/U] – o sentimento de Desespero, e o [U]Odium de Thanatos[/U] – o sentimento de Ódio. Thanatos vestia uma armadura que parecia com uma de lord, só que feita de ossos. Tinha cabelos azuis, seus olhos eram fulminantes como fogo, vestia uma longa capa vermelha e em suas costas havia uma enorme espada negra. Luke, tomando fôlego e coragem, disse: - Thanatos, mestre das trevas de toda Rune-Midgard. Estamos aqui contentes com o seu retorno, mas um grande inimigo se... Thanatos com uma velocidade absurda acertou Luke com sua espada em seu peito. O monge por sua vez, com sua agilidade incrível, conseguiu se esquivar do golpe fazendo-o pegar de raspão. Seu peito agora sangrava levemente, sua roupa habitual estava com um enorme rasgo. A espada só fez um corte superficial, mas para Luke era como se tivesse atravessado milhares de espadas em seu peito. Luke caiu ajoelhado no chão. Lisa, sem perder tempo, correu na direção dele. Ela o curou rapidamente e o ajudou a se levantar. - Droga, eu quase não consegui vê-lo. Se ele quiser lutar contra nós, não teremos chance alguma. – disse Luke com a mão no ferimento. - E agora, o que faremos? – perguntou Sora afoito. Max então decidiu argumentar com o poderoso Lord: - Thanatos não nos leve a mal, mas Rune-Midgard corre grande perigo. Você precisa... Thanatos mais uma vez, com uma velocidade incrível, acerta Max em cheio que o derruba no chão. - Max!!! – gritou Lisa, que instintivamente curou parte do ferimento sofrido por ele. O poderoso chefe desferiu um golpe com o braço em Lisa, que foi arremessada longe. Ele se focou em Max, e o golpeou com vários socos. Croix, furioso, pegou sua espada e avançou para cima de Thanatos, mas foi acertado por uma sombra no meio do caminho que o fez voar longe. - Droga, e agora? Como vamos chegar perto dele se os monstros não deixam. Max, reaja! – disse Sora partindo para cima de Thanatos mas, assim como Croix, seu ataque foi neutralizado por Maero de Thanatos que estava escondido. Enquanto isso, Thanatos continuava a golpear Max com toda sua fúria. Lisa, ao ver seu amado ser surrado, gritou desesperadamente: - Pare, por favor! Já chega! Rune-Midgard está à beira da ruína por causa de Morroc, não temos como detê-lo! Se você não quiser enfrentá-lo, pelo menos deixe a gente tentar! Thanatos parou na hora de espancar Max. Olhou fixamente para Lisa, que o encarava com os olhos cheios de lágrimas. [I][B]- O que você disse? Morroc retornou? Como pode ele ter voltado depois de tudo o que eu fiz? Como vocês, vermes insignificantes, deixaram que o selo fosse quebrado? [/B][/I] Ninguém disse mais nada. [I][B]- Respondam! Como vocês podem deixar que um ser de outra dimensão venha governar a nossa terra? Pensando bem, isso é até bom. Vocês estão pagando pela injustiça e humilhação a que fui submetido tempos atrás. Vocês me selaram na minha própria torre depois de todo o trabalho que tive para salvar as vidas miseráveis que são as de vocês. Infelizmente não posso fazer nada![/B][/I] - Impacto Pisíquico! Sora aproveitou a distração e avançou contra Thanatos desferindo o golpe, que por sua vez atravessou Thanatos sem causar-lhe dano. - N-não pode ser! Não me diga que você é um fantasma! Mas nós não o ressuscitamos? – disse Sora surpreso. - Impossível, May disse que se reuníssemos os fragmentos da alma de Thanatos conseguiríamos ressuscitá-lo! – respondeu Croix. [I][B]- Hahahaha! Como vocês são ingênuos! Minha alma foi selada nesta torre que se tornou amaldiçoada! Quando eu disse que não posso ajudar vocês é porque eu realmente não posso. Minha alma apesar de ressuscitada, não pode sair dessa torre. Eu estou morto, não há o que se possa fazer! Aliás, tem sim! Irei matá-los um por um, estes anos todos sem fazer nada foi um tédio total. Isso também será minha vingança por tudo que Rune-Midgard causou para mim! Eu não me tornei mal, apenas meus olhos se abriram para o Objetivo Maior, e isso foi mal interpretado. Mas chega de papo, vamos ao que interessa. Vejo vocês no inferno![/B][/I] - Objetivo Maior?! Não me diga que... – disse Luke assustado. Neste momento os quatro monstros que representavam os sentimentos de Thanatos foram entrando no corpo do sombrio cavaleiro arcano, um após o outro. Thanatos então deu um urro bem forte que demonstrou o poder que ele possuía, fazendo todo o lugar tremer e a gravidade ficar mais pesada. [I][B]- Nevasca![/B][/I] – conjurou Thanatos. Thanatos conjurou a magia Nevasca, semelhante à da classe dos bruxos e arquimagos, fazendo todos os que estavam ali sofrerem danos e congelarem. O cavaleiro arcano começou a andar entre eles e disse: [I][B]- Está vendo como vocês ficam melhores como estátuas? Bom, é uma pena que não fazem guerreiros como antigamente. Muito obrigado por trazerem um pouco de diversão para minha morte monótona. Mandem abraços a Osíris! Ira de Thor![/B][/I] Uma gigante explosão elétrica tomou o lugar, vários golpes elétricos poderosos foram desferidos em todos os que estavam congelados. O dano foi tão grande que todos do grupo caíram no chão. [I][B]- Isso é uma vergonha! Acho que terei que retirar o que disse, vocês foram uma decepção total. Pensei que teríamos alguma luta divertida.[/B][/I] – zombava Thanatos - N-não seja por isso. Agora pessoal! – ordenou Croix. Todos, exceto Demetrius, retiraram de suas bolsas um fruto de Yggdrasil, igual ao que Luke usara tempos atrás na luta contra os orcs. Os frutos foram devorados pelo grupo, e num piscar de olhos, estavam todos em pé. Era como se nada tivesse acontecido. [I][B]- Como vocês conseguiram tantos frutos de Yggdrasil assim? Malditos sejam vocês. Isso não significa nada! Vocês não podem me tocar, eu ainda estou em vantagem! [/B][/I] - Aspersio! Lisa estava retirando algumas garrafas de água benta do carrinho de Max, começou a abençoar as armas dos aliados um após o outro.As armas de cada integrante estavam brilhantes e radiantes. - Problema resolvido. Quero ver como você se sai contra ataques sagrados. O consumo dos últimos frutos de Yggdrasil do clã vai valer à pena! – disse Luke arrumando sua soqueira. - Luke, não exagere. Você sabe as restrições não é? – alertou Croix. - Sim, eu sei. Mas nós vamos conseguir! Luke e Sora invocaram suas esferas espirituais, Lisa buffou todos rapidamente, Max revestiu as armaduras de todos com uma poção que deixa a armadura indestrutível. Estavam todos preparados para o embate. Croix assumiu a liderança do ataque e foi com tudo pra cima de Thanatos, enquanto Sora e Luke o cercavam um de cada lado. [I][B]- Vocês acham que podem me vencer! Chuva de Meteoros![/B][/I] - Cuidado! – avisou Croix. Enormes meteoros surgiram no céu prontos para entrar em colisão sobre o grupo. Todos tentaram se desviar dos enormes meteoros que estavam caindo, e Thanatos aproveitou a distração e foi na direção de Lisa. - Perfurar em Espiral! Croix acertou a sua espada nas costas de Thanatos. Ele, sentindo o golpe que acabara de receber, virou-se para Croix e disse: [I][B]- Maldito, como ousa atacar pelas costas. Quanta covardia![/B][/I] - Covardia é ir só atrás da mulher. – respondeu Croix deslizando-se por debaixo de Thanatos e retirando a espada fincada atrás do monstro. - Impacto Psíquico! - Disparo das Esperas Espirituais! Thanatos foi atingido em cheio pelos ataques de Sora e Luke, respectivamente. Então Croix aproveitou o momento e lançou mais outro Perfurar em Espiral. Os dois monges começaram a combar vários golpes em Thanatos, que o mesmo defendeu-se de vários deles. - Invocar Monstro Planta! Max jogou um frasco no chão e invocou uma Parasita, um monstro planta que vive às custas de um Salgueiro. Por cima dele crescia uma pequena ninfa sentada numa grande folha, parecia fazer parte daquela curiosa planta. A planta, identificando o inimigo, começou a atacar Thanatos com vários arremessos de frutos explosivos. - Max, cerca ele com Fogo Grego! – disse Croix. - É pra já! Fogo Grego! Max arremessou três garrafas, uma em cada lado de Thanatos, fazendo um triângulo de fogo em volta dele. [I][B]- Vocês acham que isso irá me deter! Este fogo não é de nada! [/B][/I] Thanatos atravessou o triângulo de fogo sem sentir nenhum dano. [I][B]- Viram, seus vermes. Não aconteceu nada.[/B][/I] – disse Thanatos ao sair do fogo. - Ah é, então dá uma olhada para sua armadura. – apontou Luke. A impenetrável armadura de osso de Thanatos começou a rachar e a se desfazer, e por fim quebrou-se por completo. Thanatos olhou para si e deu um urro de poder esmagador que ecoou por todo o lugar. [I][B]- Malditos, como ousam![/B][/I] – disse Thanatos com os olhos mais flamejantes do que antes. Thanatos puxou sua espada, e com um movimento quase imperceptível, saiu cortando todos na sala, fazendo-os cair no chão. Lisa, mesmo fraca, tentou se levantar mas não conseguiu. E com muito esforço disse: - Thanatos, pare por favor... Você não é assim, você foi um herói para Rune-Midgard. Você não é mal, tente-se lembrar disso... Eu sei que não tem perdão o que Morroc fez para você, e por isso mesmo você o deteve... Então, não manche mais sua história de sangue e maldade. Nós podemos tentar tirar você desta torre, para que assim você viva a vida que foi tirada de ti. Mas por favor, pare! Eu lhe imploro! Após ouvir as palavras de Lisa Thanatos parou onde estava e ficou inerte por um tempo. Num piscar de olhos, Thanatos desapareceu e reapareceu ao lado de Lisa dando-lhe um forte chute que a fez rolar vários metros longe. [I][B]- Cala sua boa! Você não sabe de nada da minha vida! Rune-Midgard me traiu! Eu jamais perdoarei aquilo que fizeram, e graças a Morroc que me abriu os olhos eu posso ver o erro fétido que é este mundo. Ódio, desespero, agonia, você tem a noção de quanto tempo carreguei este fardo? Então não me venha com essa de salvar minha vida. Eu não consegui cumprir meu objetivo, mas Morroc dará sequência ao Objetivo Maior e aí sim, Rune-Midgard será livre. Quem sabe Morroc não me reparte uma boa parte de Rune-Midgard, e eu possa...[/B][/I] - Punho Supremo de Asura! Luke atravessou seu punho no peito de Thanatos, quebrando também sua espada. A espada então começou a se desfazer, uma força maligna saiu dela e se dispersou no céu avermelhado. Os cacos ainda restantes eram reluzentes como a prata polida, diferentemente da espada apresentada anteriormente. Thanatos, ainda com o buraco em seu peito, olhou incrédulo para o que estava presenciando. - Bomba Ácida! - Perfurar em...! - Espera, Croix! – repreendeu Luke. Os olhos de Thanatos não estavam mais flamejantes como antes. Haviam aparecido seus verdadeiros olhos, eram azuis igual a cor do seus cabelos. Seu semblante havia mudado, assim como aquele clima pesado que estava no ar. Então o grande cavaleiro arcano esboçou um desajeitado sorriso no rosto e disse: [I][B]- O-o-obrigado a v-vocês por me f-fazerem enxergar a l-luz novamente... V-vejo que Rune... Midgard está em b-boas mãos... N-não deixe q-que nenhum monstro interfira... em n-nossa casa... N-não deixem q-que a luz d-desapareça de Midgard... M-minha alma finalmente poderá descansar em paz... F-fico f-feliz em vê-lo pessoalmente, Demetrius...[/B][/I] Dito isso Thanatos começou a desaparecer, e olhando de relance parecia que uma lágrima acabara de cair no chão. Sua essência se espalhou pelo céu ensanguentado. Somente uma parte da armadura de osso foi o que restara. Todos então se levantaram, Lisa tentou curar os ferimentos mais profundos e graves. Luke foi até a ponta da ilha suspensa e se perdeu em seus pensamentos. De repente no centro da torre surgiram May e Edna. O grupo todo se espantou. - Ainda bem que vocês estão aí. Morroc conseguiu escapar, ele já retornou para a cidade. Vamos! – disse May objetivamente. - Calma May. Como vocês conseguiram chegar aqui no topo? – perguntou Luke surpreso. - Esqueceu dos meus poderes? - Então porque que você não mandou a gente direto pro topo? – disse Sora indignado. - Por que vocês precisavam dos fragmentos para poder invocar Thanatos. - Essa é a May Schicksal? – disse Demetrius surpreso e pálido. May deu uma encarada para Demetrius e disse: - Demetrius, eu pensei que você já estivesse morto. O que você achou de trabalhar para Markus? Se divertiu muito? – disse May ainda encarando-o. - May, para! Ele agora está do nosso lado. – explicou Luke. - Sei não, heim! – disse May desconfiada. - May, acho que seu palpite estava errado. Nós não ressuscitamos Thanatos, na verdade acho que era apenas uma memória dele que ainda estava presa a este mundo. – disse Sora recolocando sua soqueira. - Era de se esperar. Mas vamos logo pessoal, temos que deter Morroc. – disse May afoita. - Calma amor. Acabamos de levar uma surra e já quer nos empurrar para outra? – disse Luke ainda cansado. - Não podemos perder tempo! A cidade de Morroc está caótica novamente. – respondeu Edna rapidamente. Todos recolheram seus pertences, enquanto Luke e Croix destruía os Fragmentos de Thanatos. May pegou o pedaço da armadura de Thanatos no chão e o guardou. Depois de cinco minutos organizando tudo, o grupo se reuniu. May fez um movimento com as mãos, já se preparando para teleportar o grupo. - Estão todos preparados? Então vamos! – disse May. - Espero que consigamos mais fruto de Yggdrasil, senão a gente vai tomar um couro. – lamentou Sora. Enquanto eles se teleportavam para Morroc Luke continuava pensando no que Thanatos havia dito. Apesar de tudo ele foi um herói para Rune-Midgard. [I][B]“Como ele conhecia Demetrius? Será que ele estava sendo controlado? E aquele discurso dele de alcançar o Objetivo Maior? A luz desaparecerá de Midgard... Qual o significado disso?”[/B][/I] – pensava Luke confuso. Muitas coisas não estavam se encaixando na história, mas agora precisava se concentrar pois a verdadeira batalha estava prestes a começar. Poucos segundos depois eles chegam a Morroc, a cidade estava o mais absoluto caos novamente. Todos olhavam desafiadoramente para aquela cena. Croix, o líder do clã, deu um passo à frente e com o braço direito estendido, disse: - Chegamos pessoal, mostre para esses infelizes do que Rune-Midgard é capaz de fazer! [COLOR=#008000][B]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XIX---------------------------------------------------------------[/B][/COLOR] [COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO XX – VERITATEM ENTRA EM AÇÃO[/CENTER] [/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][FONT=arial black]Um ano e nove meses antes... [/FONT][/COLOR] - Como a May foi entrar numa situação dessas? - Eu sei lá, Luke. Não faço a mínima ideia de como ela chegou aqui embaixo. - Cuidado pessoal. Aí vem mais uma nuvem deles! – alertou Edna Um bando de besouros-ladrões estavam vindo na direção de Luke, Sora e Edna. Eles estavam no segundo subsolo do Esgoto de Prontera. No chão, centenas daqueles insetos estavam mortos e esmagados, formando um gigantesco tapete. - Droga! Não aguento mais isso! De onde eles estão saindo? – disse Sora exausto. - Temos que continuar! May pode estar em maus lençóis! – disse Luke avançando contra aquele exército de besouros. - Eles são muitos, não iremos conseguir! Estamos no nosso limite! – disse Edna ao perceber que o grupo estava totalmente cercado pelos monstros. - Não, eu não vou desistir! Não irei deixá-la aqui! – insistiu Luke. - Eu sei, mas temos que chamar reforços! – respondeu Edna. - Talvez nem dê tempo... – disse Sora se preparando para o ataque dos insetos. - Barreira de Fogo! Uma enorme parede com labaredas de fogo surgiu bem na frente do trio. A nuvem de insetos bateu no obstáculo e não passou dali. Todos os besouros-ladrões foram reduzidos à cinzas, não sobrou nenhum vivo. Os três olharam para trás para ver quem havia conjurado aquela poderosa barreira, ficaram espantados quando viram. Um menino que aparentava ter doze anos de idade, tinha cabelos loiros e olhos castanhos escuros. Usava uma roupa de aprendiz bem elaborada, e um chapéu amarelo com uma pequena faixa azul. Em sua mão portava um belo cajado, todo ornamentado em pedras preciosas. E se ajustava perfeitamente nas mãos daquele pequeno herói. - Ei, vocês estão bem? – gritou o superaprendiz. Ninguém respondeu. Ainda estavam impressionado no grande poder mágico que aquele garoto possuía. - Tudo bem, eu vou até aí! O superaprendiz saiu correndo na direção do grupo, e quando estava se aproximando deles escorregou num besouro-ladrão esmagado e estatelou-se no chão. Os três monges correram para socorrer o pequeno aventureiro. - Er... Me desculpem, é que sou meio desastrado com as coisas. Prazer, meu nome é Viny! – disse o superaprendiz estendendo a mão para o grupo. Luke o ajudou a se levantar, enquanto Viny limpava sua roupa dos insetos esmagados. - Prazer, meu nome é Luke. Aquele ali é o Sora e a que está ao lado dele é a Edna. - Muito obrigado por ter salvado a gente. – agradeceu Edna. - Você são monges? Que show! – disse Viny enquanto andava freneticamente ao redor deles, comtemplando seus uniformes. - Ei, ei... Você vai acabar me derrubando. – disse Sora tentando parar o guri. De repente o superaprendiz escorregou mais uma vez no chão, e dessa vez melou seu rosto todo com besouro-ladrão esmagado. - Ai, droga... – disse Viny se levantando mais uma vez e limpando seu rosto com a camisa. - Você é muito imperativo, menino... – disse Edna. - Desculpa, é que eu tomo muito café no almoço... - Você quis dizer no café-da-manhã né? – disse Sora corrigindo o superaprendiz - Não, é no almoço mesmo. Depois que eu almoço, eu tomo um pouco de café pra ajudar na digestão. Bom, na verdade eu tomo em todas as refeições. Mas é coisa boba, só tomo uma garrafa por refeição. Eu também trago na bolsa algumas garrafas, se vocês quiserem é só pedir: tem café amargo, expresso, com leite, gelado, com açúcar, com mel, com alho... – respondeu Viny rapidamente. - Tá, tá, tá. Já entendemos. Nós dispensamos o café, obrigado. Nós estamos aqui só pra encontrarmos uma amiga nossa que se perdeu. – disse Luke. - Ah, deve ser a bruxa que falou comigo na entrada do esgoto. Muito bonita, por sinal. – falou Viny. - Você a viu? – perguntou Sora. - Sim. Ela tinha cabelos roxos, olhos castanhos claros, seu rosto era como o de um anjo, e vestia uma roupa que lembrava trajes de bruxo. - E o que foi que ela te disse? - Ela me descreveu um menestrel e me perguntou se eu tinha visto ele entrar aqui no esgoto. Eu respondi que sim e ela entrou rapidamente no esgoto. – respondeu Viny. - Será que ela foi sozinha atrás de Karian para vingar o que ele fez com a gente no mês passado? – deduziu Edna preocupada. - Droga, se for isso ela corre um grande perigo. Esse cara é muito forte, ela não vai conseguir sozinha. – disse Luke. De repente o grupo escutou um grito de uma mulher vindo do terceiro subsolo do esgoto. - May! Luke correu na direção do grito. Ele entrou em desespero, só queria encontrar a May. - Calma, Luke! Espere por nós! – gritou Sora, enquanto o restante do grupo corria atrás dele. Chegando no terceiro nível, o grupo se deparou com o lugar tomado de flechas. Vários besouros ladrões estavam mortos, a maioria com uma flecha atravessada no corpo. Esses insetos eram bem maiores e de cor esverdeada. Em pé estava Karian, na sua mão esquerda estava uma pele dourada e reluzente e na mão direita, seu inseparável bandolim. Apoiada em suas costas estava May, desacordada. - Desgraçado, o que você fez com ela?! – esbravejou Luke. - Maldito! – disse Sora investindo um soco contra o menestrel. Apesar do peso que estava carregando, o menestrel se esquivou facilmente do golpe de Sora. O monge atingiu uma parede que estava bem atrás do músico, fazendo-a ruir em pedaços. O menestrel não disse nada, apenas desceu ela de suas costas e a deixou no chão juntamente com uma pequena sacola com medicamentos e comida. - Tio Karian! Viny abriu um grande sorriso no rosto e correu ao encontro do menestrel. - E aí, garotão! Tá fazendo o quê aqui? Não disse pra você me esperar lá fora? – disse Karian bagunçando o cabelo do pequeno superaprendiz. – Vamos, já está na hora de irmos... Karian pegou aquela pele dourada misteriosa que carregava em sua mão e a guardou na mochila de Viny. Após isso ele fez um sinal para que Viny o seguisse. - Ei, estou falando com você! O que você fez com ela? – disse Luke parando na frente de Karian. O menestrel esboçou um pequeno sorriso e disse: - Fique tranquilo, ela ficará bem. – respondeu Karian entregando-lhe um pedaço de papel escrito. Após isso Karian afastou Luke do seu caminho e continuou andando, Viny vinha logo atrás. Enquanto isso Luke apenas lia o papel, abismado. - Tchau Luke, tchau Sora, tchau Edna! Prazer em conhecê-los! Espero vê-los em breve! – disse Viny acenando para o grupo enquanto se afastava com Karian. - O que foi Luke? O que está escrito neste bilhete? – perguntou Sora curioso. Luke entregou o papel para Sora, que também ficou chocado. No bilhete estava escrito a seguinte mensagem: [COLOR=#0000ff][B][I]“Maia, cidade de Morroc.”[/I][/B][/COLOR] [COLOR=#008000] [CENTER]-------------------------------------------------------------------------------------[/CENTER] [/COLOR][COLOR=#0000ff][FONT=arial black]Atualmente...[/FONT][/COLOR] Já era noite, o grupo havia perdido a noção do tempo na torre de Thanatos. Assim que chegaram na cidade, se depararam com a mesma cena de algumas horas atrás. O Imperador Morroc estava espalhando caos e destruição juntamente com sua tropa de monstros. As quatro sombras que o acompanhavam, agora eram numerosas. Várias tropas de guildas e clãs ainda tentavam defender a cidade-deserto. O imperador Morroc estava mais furioso do que nunca. - [I][B]Vamos seus imprestáveis, onde está a força de Rune-Midgard? Eu quero saber onde está a pessoa que me baniu, será a primeira a morrer por minhas próprias mãos! Não adianta se esconder, afinal sou o imperador deste mundo![/B][/I] – disse Morroc desferindo toda sua força em quem o atacava. - Não conseguimos a ajuda de Thanatos, isto torna as coisas quase que impossível! Mas vamos dar o nosso melhor, mostrem a eles porque somos considerados um dos clãs mais fortes de Rune-Midgard! – disse Croix passando confiança ao grupo. - Precisamos cercá-lo, e para isso teremos que nos separar! Cada um tem que ficar num ponto estratégico! Assim ele não pode mirar e atacar todos ao mesmo tempo. E aí poderemos usar a nossa Manobra! – disse Luke tentando falar mais alto que o enorme barulho que invadia os céus de Morroc. - Alguém aí já sabe se o Markus conseguiu escapar de Glast Heim? – perguntou Lisa. - Ainda nenhuma informação sobre ele ou a Veritatem foi confirmada! – respondeu May. - Precisamos estar atentos, não podemos vacilar! Será uma batalha árdua, lembrando que a sociedade secreta Veritatem pode tentar nos atrapalhar! Vou avisar o restante do clã sobre o plano! – alertou Croix. Lisa curou os ferimentos de todos, buffou-os e então todos se espalharam em direções diversas para tentar cercar o Imperador Morroc. Croix, utilizando a [U]comunicação do clã*[/U], avisou os outros membros sobre o plano e pediu para que cada um avisasse os líderes dos outros clãs para poderem ajudá-los naquela estratégia. Assim o caminho ficaria de fácil acesso para se aproximar de Satan Morroc. [QUOTE][I][B][COLOR=#0000ff]*[U]Comunicação de Clã[/U]: É uma habilidade somente para membros de clã. Funciona como uma rede telepática entre os integrantes onde eles podem trocar informações, avisar algo importante, etc... Não só o líder, mas todos os membros do clã podem utilizá-la. É muito usada na Guerra do Emperium, tornando-a essencial. É claro que essa habilidade requer um pequeno custo da sua energia mágica, então use somente o necessário ou acabará desacordado durante a GdE (Guerra do Emperium).[/COLOR][/B][/I] [/QUOTE] Sora foi em direção ao sul de onde estava o Imperador Morroc. Em seu caminho algumas pessoas se ocupavam lutando contra os monstros que apareciam. Sora se focou somente em sua missão. - ♪♫ Quero vê-la Sohee, quero vê-la mobar! Quero ver o seu Choco dançar sem parar! ♫♪ O corpo de Sora começou a congelar por completo, logo não conseguia mais se mexer. Ele tentou enxergar quem o congelara, mas não conseguiu. Até que a mesma voz que ele ouviu anteriormente ecoou outra vez: - Eles sempre caem na mesma piada... É uma pena, será a última que você ouvirá... Então suavemente a figura misteriosa começou a andar até ficar visível para que Sora o pudesse ver. O sujeito usava um chapéu verde em sua cabeça, tinha um instrumento em suas mãos que parecia um violão, tinha cabelos castanhos escuros e usava uma roupa típica de menestrel. Era Karian. - Veja só o que temos aqui: Sora, o monge problemático. Vejo que você entrou para um clã... E olha só, você é um membro da Ordem de Rune-Midgard! Muito bom, muito bom mesmo...– disse o menestrel olhando para águia marcada em seu braço esquerdo. [I][B]“Karian, maldito... Ele então é realmente um membro da Veritatem? Impressionante que após esses anos, ainda não conseguiram pegá-lo.” [/B][/I]- pensou Sora. - Olha como o destino é irônico, não é mesmo? Eu queria me divertir um pouco hoje, mas peguei logo você? Se naquela vez você não conseguiu me vencer, agora que estás sozinho será impossível. – disse Karian dedilhando as cordas de seu instrumento. - Vulcão de Flechas! Karian disparou várias flechas na direção de Sora, que estava congelado. As flechas perfuraram o gelo e vários membros do seu corpo. O monge caiu no chão com o choque do ataque. - Você ainda está vivo? Sorte sua que as flechas não acertaram pontos vitais do seu corpo. – disse Karian. - V-vai precisar mais do q-que isso pra me deter. – disse Sora tentando se reerguer. - Pare de tentar ser forte, você está um caco. Não tem como você me vencer, olhe ao seu redor! Todos estão ocupados, ninguém pode te ajudar agora! – provocava Karian. - Karian, você já foi um dos melhores, senão o melhor bardo de Rune-Midgard. Contribuiu e muito para a guilda dos bardos, você já foi uma pessoa bondosa. Porque você se aliou a Veritatem? – perguntou Sora retirando algumas flechas do seu corpo. - Pelo Objetivo Maior, meu caro. Não posso ficar vivendo nessa vidinha que todos vivem, o mundo precisa ser mudado. E eu contribuirei para que isso aconteça, nem que para isso eu precise matar todos os que se opuserem. – respondeu Karian deslizando seus dedos nas cordas do bandolim. - Não sei o que Markus fez com você, mas sei que você não é assim. Eu sei disso pois já trabalhei com você! Não se lembra do dia que fomos combater os besouros que estavam infestando os esgotos de Prontera? Lembra também do dia que nos encontramos na Abadia? Era pra você ter nos matado, mas não o fez. Nenhuma flecha acertou nossos órgãos vitais, e ainda por cima nos deixou três frutos de Yggdrasil. – disse Sora. - Isso aconteceu? Não me lembro, se aconteceu me desculpe por não lembrar de um verme como você. – disse Karian na mais pura calma. Neste momento o sangue de Sora ferveu, arrancou as últimas flechas que estavam no seu corpo uma a uma. - Curar! Aumentar Agilidade! Sora partiu pra cima de Karian, onde o mesmo se defendeu do golpe do monge com seu instrumento. - Não importa quantos anos passem, você sempre será um verme! Dissonância! – disse Karian tocando seu bandolim. Um som doloroso começou a ecoar, era como se cada célula do corpo de Sora gritasse de dor. O monge, apesar de tudo, conseguiu se afastar de Karian mantendo uma boa distância entre eles. Foi então que ele teve uma ideia. - Benção! Invocar Esfera Espiritual! - Hum... Vejamos, será que eu deixou ele invocar todas as esferas? – pensava o menestrel consigo mesmo. - Invocar Esfera Espiritual! – disse Sora conjurando sua última esfera. Mais uma vez Sora investiu contra Karian, dessa vez mais confiante. - Pode vim, isso não irá funcionar! – disse Karian convencido. Sora se aproximou do músico numa distância razoável. Então, com sua agilidade máxima, desviou-se da frente de Karian e foi para trás do menestrel. O movimento foi tão rápido, que o menestrel mal pôde acompanhá-lo. Instintivamente Karian colocou seu instrumento para trás para defender do golpe, e então ele nota um sorriso no rosto de Sora. - Impacto Psíquico! O golpe acertou em cheio o instrumento de Karian, que se despedaçou por inteiro. Como dano colateral, o menestrel foi arremessado longe só pelo impacto que a habilidade causou. - M-mas como v-você quebrou meu instrumento? Ele é feito de uma das madeiras mais duras de Midgard! – disse Karian catando os pequenos pedaços do instrumento no chão. - Se você tivesse se lembrado da época que trabalhamos juntos no esgoto de Prontera saberia o porquê que consegui quebrar seu instrumento. – disse Sora ainda em posição de batalha. [I][B]“Na verdade, eu sei...”[/B][/I] – disse Karian pra si mesmo. Sora percebeu que o menestrel não estava lutando à sério. Parecia que estava atuando. [I][B]“Deve ser impressão minha. Mas não posso arriscar.”[/B][/I] – pensou Sora. - Disparo das Esferas Espirituais! Antes que Karian pudesse se levantar, Sora arremessou suas quatro últimas esferas espirituais nele. O artista rolou mais alguns metros atrás, devido ao ataque. Ele não fez nenhum esforço para se levantar. Esboçando um singelo sorriso, Karian pensava: [I][B]“Você evoluiu bastante, pequeno Sora. Seus pais ficarão orgulhosos... Vocês estão fortes, mas ainda não o suficiente... Mesmo assim acredito em vocês... Não deixem a luz se esvair de Midgard...” [/B][/I] Karian havia desmaiado. Sora, percebendo que o menestrel estava nocauteado, saiu da posição de combate. Estava cansado, o esforço que ele tinha feito pra alcançar sua velocidade máxima havia exigido um pouco de seu corpo. - Tenho pena de você... Como pode alguém tão brilhante estar trabalhando para o mal? – disse Sora encarando Karian desmaiado. Sora se dirigiu em direção ao corpo de Karian para pegá-lo e levar sob custódia, mas seu corpo desapareceu como se tivesse sido teleportado para algum lugar. - Que estranho, será que Markus está controlando até a Corporação Kafra? – disse Sora assustado. [B][CENTER]-------------------------------------------------------------------------------------[/CENTER] [/B] Na direção leste ia Demetrius com sua espingarda em sua mão, pronto para qualquer coisa. Ele havia decidido que ajudaria a Ordem de Rune-Midgard deter a Veritatem, não queria mais ver ninguém passar o que ele passou. De repente uma flecha veio em sua direção, que acertou de raspão seu braço direito. Imediatamente Demetrius se virou e disparou uma bala na mesma direção de onde viera a flecha. Estava em sua frente um caçador e por cima dele um falcão o rodeava. Ele tinha cabelos loiros e curtos, usava um arco enorme, tinha olhos castanhos claros. Seu olhar era desafiador. Demetrius tomou um pouco mais de distância e se posicionou. Com a espingarda em punho, disse: - Quem é você? - Ora, ora. Que falta de educação! Atirando sem saber quem é? Já pensou se fosse algum aliado seu? – disse o caçador arrogante. - Meus aliados jamais fariam isso comigo, confio em meus amigos. Não somos como vocês, VERITATEM! – disse Demetrius firmando mais suas mãos em sua espingarda. - Boa percepção, já descobriu quem eu sou. Eu fico admirado por você dizer isso, já que você já foi um Veritatem! – disse o caçador apontando para Demetrius. - Eu jamais serei como vocês, Cris! – disse Demetrius revelando o nome do seu inimigo. - Pelo menos se lembra do meu nome! – disse Cris surpreso. - Como poderia esquecer, você me traiu na Veritatem! – disse Demetrius com olhar de ódio. - Demetrius, você ainda sente rancor por isso. Que infantilidade a sua! O erro foi seu de não ter matado Markus. – disse Cris com um sorriso maléfico no rosto. - Matado?! Era você que queria matá-lo e você usou o meu descontentamento com as coisas que ele fazia para poder me acusar. Depois que seu plano de matar Markus falhou, colocou a culpa em mim e Markus tentou me matar. Você é um ser desprezível, só pensa em si mesmo! Queria roubar o lugar de Markus para dominar a Veritatem. Eu pensava que a Veritatem fosse ajudar Midgard a se tornar um mundo melhor, mas me enganei. E graças a Odin acordei a tempo. Mas esta história acaba hoje! – disse Demetrius mirando sua espingarda na direção de Cris. - E o que você pretende fazer? – disse Cris apontando também seu arco carregado com flechas na direção de Demetrius. - Eu nunca mostrei a você meu verdadeiro potencial. Prepare-se para pagar por todos os seus crimes. – ameaçou Demetrius. - Você sempre foi um covarde Demetrius, não é capaz de vencer um aprendiz... - Ataque Total! - Chuva de Flechas! Demetrius carregou sua espingarda e com um tiro assustador, disparou contra Cris. Em contrapartida, Cris também carregou suas flechas e deu uma saraivada de flechas na direção de Demetrius. Silêncio total, apenas o barulho de balas e flechas acertando um alvo é ouvido... [B][COLOR=#008000]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XX-----------------------------------------------------------------[/COLOR][/B] [COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO XXI – SACRIFÍCIO[/CENTER] [/B][/COLOR] Um corpo caiu no chão, violentamente. Demetrius com sua incrível habilidade de esquiva conseguiu desviar de algumas flechas, porém duas outras acertaram seu braço esquerdo. O justiceiro logo avistou o que caíra no chão: o corpo do falcão que antes estava sobrevoando a cabeça de Cris, agora estava abatido com várias balas em seu corpo. Demetrius olhou para Cris que o encarava com um leve sorriso no rosto. - Hahahahaha! Consegui chamá-lo a tempo! Pelo menos para isso aquele imprestável me serviu! – disse Cris com um sorriso cínico no rosto. - Como você pode dizer estas coisas? Ele não era seu companheiro? Ele se sacrificou por você! – disse Demetrius enraivecido. - Pare com este sentimentalismo barato. Ele era apenas uma ferramenta de profissão, assim como qualquer outra. E depois, eu posso ir à guilda dos caçadores e pegar outro falcão. – disse Cris demonstrando nenhum receio. - Como você pôde!? Assim como um Peco-peco é para um cavaleiro, ou um homúnculo é para um alquimista do mesmo modo um falcão é para um caçador. Ele é um pedaço da sua vida! Como pôde, depois de tanto tempo convivido, você o sacrificar desta maneira? - Como assim todo este tempo? Este aqui já é o quarto. Os outros também já partiram. Eles servem apenas para caçadores o usarem para ataque e defesa, independente do que aconteça com eles. – respondeu Cris para Demetrius. - Desgraçado, você... - Rajada de Flechas! Não deu tempo para se esquivar, Demetrius foi acertado em cheio pelas flechas de Cris. Os projéteis atingiram suas pernas, barriga e o peito direito. Demetrius sentiu na hora o impacto, deixou cair sua espingarda no chão e logo em seguida desabou. Cris então começou a sorrir e caminhou na direção do justiceiro. - Isso é fato. Jamais poderá superar o meu poder, Demetrius. Eu já sabia que você não era páreo para mim, como qualquer justiceiro! Nós caçadores somos superiores aos justiceiros, armas de fogo não são de nada. Agora levante-se lixo! Quero que você veja a última imagem de quem te matou! Cris pegou Demetrius pela camisa e o levantou. Ele encarou o justiceiro nos olhos e o cuspiu na cara. - Veja o estado deplorável em que você se encontra. Você me dá nojo... Se você ainda fosse da Veritatem talvez pegaria uma parte de Midgard para governar, e conheceria um novo mundo criado para o bem de todos. Mas enfim, quais são suas últimas palavras? – perguntou Cris encostando a ponte de uma afiada flecha no pescoço de Demetrius. - V-vá p-pro inferno... Rajada Certeira... – disse Demetrius fracamente. Um estrondo muito alto ouviu-se. Um buraco enorme surgiu no peito de Cris, o sangue começou a jorrar. Cris olhou com incredulidade para a pistola na mão direita de Demetrius. - M-mas como... – disse Cris caindo no chão. - J-jamais subestime s-seus inimigos, ainda m-mais se ele for um Justiceiro! – disse Demetrius tentando se firmar. - D-demetrius, eu... Cris começou a desaparecer assim como aconteceu com Karian. Demetrius ficou surpreso com o que acabara de ver. Ele limpou o cuspe do rosto enquanto observava o caçador sumir. Então, mesmo com todas as dificuldades para andar, ele prosseguiu na direção que ele foi designado implorando para que pudesse encontrar um sacerdote no caminho. [COLOR=#008000][B][CENTER]-------------------------------------------------------------------------------------[/CENTER] [/B][/COLOR] Um pouco longe dali, Max e Lisa iam na direção oeste do imperador Morroc, só que no meio do caminho uma figura os impedia de passar. Doralice Liz, a arquimaga braço direito de Markus, estava parada na frente deles. Max e Lisa logo tomaram posição para a batalha. - Ora, ora, ora! O que temos aqui, alguns rebeldes que não querem que Midgard evolua. Apesar de não gostar de bater em pirralhos, terei que fazer uma exceção. – disse Doralice segurando um magnífico cajado de duas mãos. - Minha senhora, por favor, não queremos feri-la. Deixe-nos passar. – advertiu Max. - Isso é um insulto! Quem é senhora aqui? Mais respeito por favor! Coluna de Fogo! – conjurou Doralice. Um enorme pilar de fogo surgiu entre Max e Lisa, que instintivamente tentaram se desviar mas acabaram sendo atingidos pelas chamas. Lisa lançou uma cura em Max e em si mesma, recuperando-os das queimaduras superficiais daquele golpe. Max aproveitou a oportunidade e arremessou duas poções contra Doralice. - Bomba Ácida! - Escudo Mágico! – conjurou Doralice A bomba ácida arremessada por Max não fez efeito, as poções bateram no escudo e se desintegraram. Doralice, com muito desdenho, disse: - Vocês não são páreos para mim. Eu tenho muita experiência no campo de batalha e não deixarei que vocês... - Lex Divina! – conjurou Lisa Doralice não falava mais nada. Sua boca se mexia mas nenhum som era emitido. Lisa aproveitou o momento e conjurou: - Diminuir Agilidade! Lex Aeterna! Max correu pra cima do escudo conjurado por Doralice e começou a golpeá-lo com seu machado. Rachaduras começaram a surgir, e em fração de segundos o escudo ruiu. O criador jogou uma poção no chão e instantaneamente, nasceu uma Planta Carnívora. Max e a planta começaram a golpear Doralice, derrubando-a violentamente no chão. A arquimaga, por sua vez, retirou uma poção verde de suas vestes e começou a beber. Logo após tomá-la, ela se levantou e começou a rir: - Hahaha, eu adoro isso! - Poção verde!? Você é uma pessoa prevenida! Mas não é porque você é uma mulher que eu terei piedade. Qualquer pessoa que ameace a paz em Rune-Midgard deve ser calada e eliminada! – disse Max avançando contra Doralice e desferindo outro golpe com o seu machado. Assim que Max tocou o fio da lâmina de seu machado na arquimaga, uma forte carga elétrica atingiu ele e a planta, arremessando-os vários metros de distância. - Vocês não podem me tocar. Como eu disse antes, sou muito experiente em batalha. Ultrapassei os limites de um arquimago, estudei alguns equipamentos que aumentam minhas habilidades e este cajado é um deles. Mesmo sendo dois contra um, vocês não têm chance contra mim! – falou Doralice segurando seu enorme cajado de duas mãos. - Vamos ver se isso é verdade mesmo. Amistr! – gritou Max. Max invocou Amistr, seu fiel homúnculo. Agora Amistr estava maior e mais alto do que antes, ele sabia quem era o inimigo. A criatura começou a rosnar, ameaçadoramente, para a arquimaga. Doralice, sarcasticamente, disse: - E agora, o que farei? Um homúnculo! Hahaha, faça-me um favor! Ainda continua a mesma porcaria, sua derrota é certa. - Lex Aeterna! – conjurou Lisa - Escudo Mágico! – conjurou Doralice - Droga, de novo este escudo! Mas não precisa de uma gema azul para conjura-lo? – perguntou Max. - Como eu disse, já passei deste patamar! Arquimago nenhum se equipara a mim. – disse Doralice sem modéstia. - Deve ser carta Abelha-Rainha, amor. – avisou Lisa. [QUOTE][COLOR=#0000ff][I][B]Em Midgard, alguns monstros podem ensinar algumas habilidades e talentos para os humanos. Eles fazem isso através de cartas. Quase todo monstro tem uma carta, e nesta carta a pessoa pode adquirir habilidades únicas. Ninguém sabe ao certo de onde e como surgiram estas cartas, alguns dizem que foi a Valquíria Randgris, a senhora das valquírias, quem as originou. Só que esta versão é contestada, pois até a Valquíria possui uma carta assim. Outras pessoas dizem que foi o próprio Odin quem deu tamanha capacidade para os monstros. Estas cartas são difíceis de obter, às vezes você as consegue derrotando um monstro ou até mesmo o próprio monstro ensina a habilidade. Mas isso é muito raro, quase que impossível.[/B][/I][/COLOR] [/QUOTE] - Vamos acabar logo com isso! Nevasca! – conjurou Doralice - Lisa se proteja! – disse Max que recebeu o dano da nevasca, ficando congelado. Lisa recebeu dano da nevasca, mas não ficou congelada. - Graça Divina! Benção! Aumentar Agilidade! Assumptio! – conjurou a suma sacerdotisa. Max foi descongelado, suas habilidades foram aumentadas graças à benção de Lisa. Seu corpo estava envolto por uma luz gloriosa por causa do Assumptio. Max então partiu novamente para cima de Doralice, que ainda continuava dentro do escudo. - Congelar! Doralice congelou o ar em sua volta, e Max acabou sendo acertado e ficando congelado mais uma vez. - Graça Divina! – conjurou Lisa, descongelando-o outra vez. - Já chega desta palhaçada! Amplificação Mística! Chuva de Meteoros! – conjurou Doralice As conjurações de Doralice eram muito rápidas. O cast* de suas habilidades era tão rápido que era quase impossível contra-atacar nesse meio tempo. [QUOTE][I][B][U]*[/U][/B][/I][COLOR=#0000ff][I][B][I][B][U]Cast:[/U][/B][/I] tempo gasto para conjurar certas habilidades.[/B][/I][/COLOR] [/QUOTE] - Droga! – disse Max temerosamente. Sete enormes meteoros surgiram no céu, caindo um por um em cima de Lisa, Max e seu homúnculo. Os meteoros eram maiores do que os bruxos são acostumados a invocar, causando danos devastadores em Max e Lisa. O impacto foi tão grande que ambos ficaram atordoados por um bom tempo. Doralice então saiu do escudo, que se desintegrou na hora, e disse: - Eu não disse? Vocês têm muito que aprender! Veja o... POOF!!! Amistr, o homúnculo, fez uma investida contra Doralice que a derrubou no chão. - Vira-lata desgraçado! Vai aprender a respeitar os mais velhos. Trovão de Júpiter! Amistr foi arremessado para longe e caiu ao lado de Max. Apesar do golpe, Amistr pareceu não ter sofrido tanto dano. Max, esforçadamente, abraçou o homúnculo e disse: - Já sabe o que fazer... Lisa então reuniu suas forças restantes e conjurou sobre Doralice: - Lex Aeterna! Neste exato momento Amistr se levantou e foi correndo, mais uma vez, na direção de Doralice. - Isso não vai adiantar! Apesar de terem tirado a minha defesa, te pararei apenas com o meu cajado! Venha! Doralice se preparou para o golpe e impôs seu cajado na frente para apará-lo. Amistr, a cada passo que dava pegava mais velocidade. Então um buff surgiu na em cima do homúnculo em forma de escudo. Seu pelo se tornou brilhante e se tornou mais rígido. Então quando ele ficou bem próximo, Doralice arremessou o enorme cajado na direção do Amistr. O homúnculo deu um grande salto, esquivando-se do cajado, e desceu como um míssil em cima de Doralice. Em sua barriga estavam amarradas duas poções - fogo grego e ácido. Não dava pra fazer mais nada. - Droga! – disse Doralice olhando para cima. Amistr caiu com tudo em cima de Doralice e uma grande explosão corrosiva aconteceu. Só ouviam-se os gritos de dor da arquimaga. Após alguns segundos, a dupla pôde ver o que aconteceu. Doralice estava nocauteada no chão com sua roupa toda corroída e os ossos dos braços expostos. Amistr, apesar de danificado, estava ainda em pé latindo, todo sorridente. - Bom trabalho, garoto... – disse Max se recompondo. Amistr foi correndo meio que cambaleando e pulou em Max, derrubando-o no chão novamente. - Só você pra me fazer rir numa hora dessas, né Amistr. – disse Max acariciando o animal, enquanto o homúnculo lambia seu rosto. - Magnificat! Curar! Benção! – conjurou Lisa. - Obrigado amor. Você foi espetacular! Não sei o que seria de mim sem você...– agradeceu Max dando-lhe um longo beijo. - Nada disso, o verdadeiro herói foi você Amistr! Parabéns! – disse Lisa passando a mão na cabeça do homúnculo. - Arremessar Poção! – disse Max arremessando algumas poções brancas em Amistr. - Precisamos prendê-la antes que ela acorde. – sugeriu Lisa, apontando para a arquimaga desacordada. - Au! – disse Amistr dando um pequeno ganido na direção de Doralice, que estava desaparecendo. - Que troço é esse? Ela está sendo teleportada? Mas como isso é possível!? Será que a Veritatem está controlando a Corporação Kafra? – perguntou Max surpreso. - Disso eu não sei, mas precisamos ficar na nossa posição logo. Senão não conseguiremos neutralizar o Imperador Morroc. Temos que aproveitar agora que ele está distraído. – lembrou Lisa. - Tudo bem, vamos nessa então. Já que não tem jeito. Vem Amistr! – disse Max chamando o homúnculo que seguia alegremente o casal, sem se importar com o ambiente de caos e desordem que estava na cidade. O grupo então continuou com o seu trajeto, rumo ao oeste. [B][CENTER]-------------------------------------------------------------------------------------[/CENTER] [/B] Na parte norte subia Croix, o líder do clã. A sua volta vários heróis lutavam contra os monstros, sempre limpando seu caminho. Um corte superficial surgiu no seu braço direito, e com a pancada largou a espada no chão. Ele olhou para os lados e não viu ninguém, então ele apanha a espada do chão e continua andando. Um outro corte apareceu no outro braço, mas desta vez foi mais profundo. Logo ele viu quem estava causando estes ataques repentinos. Uma figura misteriosa usando um cachecol vermelho em seu pescoço tampando assim boa parte do seu rosto. Sua roupa era toda azul, e segurava uma kunai em sua mão direita. Ele estava de costas para Croix, Sutilmente o ninja virou a cabeça para trás, e calmamente disse: - Não se mexa, ou esta kunai será a última coisa que você verá! [COLOR=#008000][B]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XXI--------------------------------------------------------------- [/B][/COLOR] [COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO XXII – DOR[/CENTER] [/B][/COLOR] Croix não demonstrou nenhuma reação aos ataques, e mesmo assim continuou a andar como se nada tivesse acontecido. Então aquela mesma figura que o atacara antes, correu na direção dele e disse: - Eu te disse para não se mexer! Arremessar Kunai! Croix simplesmente se virou, e com sua enorme espada com empunhadura em forma de “s” bloqueou a kunai, que caiu no chão. Croix deu uma encarada no ninja, que o fez gelar a espinha. - Espero não ter que me virar novamente. – disse Croix friamente. O lorde então virou-se para a direção original, e continuou a caminhar para o seu destino. O inimigo ficou furioso, retirou algo de suas costas e partiu pra cima de Croix mais uma vez, e disse: - Não me subestime! Um ruído metálico ecoou no ambiente. Croix e o inimigo travavam uma disputa, o lorde empunhava sua espada e o ninja manuseava uma espécie de shuriken gigante. Ambos estavam forçando suas armas um contra o outro, estavam disputando forças até alguém ceder. - Se é só isso que você tem, acho melhor acabar esta luta por aqui mesmo. – disse Croix cara a cara com o inimigo. - Vamos ver o que você acha disso. – disse o ninja. De repente a shuriken gigante começou a pegar fogo, e uma bola de fogo foi emitida pela arma. Croix conseguiu se defender do ataque com sua espada, mas foi afastado vários metros para trás. O inimigo abriu um pequeno sorriso no rosto e disse: - Não disse? Jamais subestime um ninja. Isto é uma Shuriken de Fogo Huuma, é uma Shuriken Huuma encantada com fogo. Fiquei impressionado com a sua resistência e vitalidade, se fosse outra pessoa já estaria imóvel por causa dos dois cortes que fiz em seus braços. Se eu fosse você ficaria mais atento, pois jamais saberá de onde saiu os ataques. - Você é um dos integrantes da Veritatem não é? – perguntou Croix, bastante calmo. - Você tem um raciocínio rápido, vai ser trabalhoso te matar. Me desculpe, fui muito rude em não me apresentar. Meu nome é Setsudan, um dos dez melhores ninjas da guilda. Sou especialista em todos os três estilos de combate praticados por nós, ninjas. – disse Setsudan, ainda segurando sua Shuriken Huuma de Fogo. - Eu fico impressionado como pessoas tão poderosas usam seus poderes para o mal, em vez de ajudar as pessoas. Isso só causa mais sofrimento e dor a todos. – disse Croix mudando o seu olhar de frieza. - E o que você sabe sobre dor? O que você sabe sobre sofrimento? Você jamais saberá o que é isso! Eu passei por cada coisa que supera qualquer outro tipo de sofrimento. E foi justamente pra acabar com este pesar que me aliei a Veritatem, pois este mundo está sujo e podre. E quando alcançarmos nosso Objetivo Maior, toda Midgard saberá o que é um mundo perfeito! – desabafou o ninja. - É uma pena! Acho que vou ter que te deter, se eu quiser prosseguir. - Você fala como se tivesse alguma chance contra mim. Prepare-se para conhecer o verdadeiro poder de um ninja. – ameaçou Setsudan. Croix então segurou firme a sua espada, mas não avançou contra o ninja. Ele esperou para que o adversário fizesse o primeiro movimento, mas por frações de segundos Setsudan desapareceu. Croix ficou mais atento para poder interceptar qualquer movimento. - [B][I]Sabe o que é mais divertido em ser um ninja? É ver a cara de espanto da vítima. Mas você é a única pessoa que não demonstrou medo algum. Isso só pode significar duas coisas: ou você é realmente forte ou é um idiota completo. Você já deve saber, é quase impossível acertar um ninja.[/I][/B] – disse Setsudan escondido, com sua voz ecoando pelo lugar. - Então experimenta isso! Impacto Explosivo! Croix usou sua energia corporal pra invocar uma onda de fogo em sua volta. O ninja que estava escondido, foi atingido em cheio, revelando assim sua localização. - Quem não deve me subestimar é você. Irei te mostrar porque que eu sou o líder da Ordem de Rune-Midgard. - Maldito... Acho que o modo esconderijo não funcionará contra você, já que é assim... Arremessar Shuriken Huuma! Setsudan arremessou sua enorme Shuriken Huuma na direção de Croix. A Shuriken começou a pegar fogo e aumentar sua velocidade, em instantes ela se transformou num pequeno redemoinho em chamas. - Perfurar em Espiral! Croix agora empunhava sua espada com apenas uma mão. Ele girou a arma como se fosse uma broca, acertando a Shuriken Huuma que foi repelida para longe. Croix a rebateu como se fosse um papel. Setsudan ficou impressionado com a força do lorde: - N-não acredito... Rebateu minha Shuriken Huuma daquele jeito... Você tem uma força surpreendente, segurando uma espada de duas mãos com apenas uma!? Isso será uma batalha interessante! – disse o ninja lambendo o gume de sua kunai. - Você tem um raciocínio rápido, garoto! Sim, esta é uma espada de duas mãos chamada Katzbalger que foi usada pela maior espadachim de Rune-Midgard, Egnigem Cenia. Ela de fato é pesada, poucos conseguem dominá-la. – confirmou Croix. - Hahahaha, nunca me senti tão vivo em batalha! Você aparentemente é o inimigo mais forte que já enfrentei. – disse Setsudan Há empolgado. - Pena que eu não posso dizer o mesmo de você. Você realmente é um dos dez ninjas mais fortes da guilda? - Ora, seu... Aura Ninja! Setsudan invocou uma aura azulada, e então arremessou várias shurikens e kunais na direção de Croix. - Já disse que isso não irá funcionar! – disse o lorde, defendendo todos os projéteis com sua espada. Enquanto Croix se defendia dos objetos arremessados, Setsudan aproveitou a distração, bateu a palma de sua mão direita no chão e conjurou: - Lança Congelante! Várias lanças de gelo surgiram do chão e acertaram Croix, que estava focado nas shurikens e kunais. Além das lanças, algumas shurikens o acertaram também. Apesar da sua armadura quase que impenetrável, sentiu um baque forte por causa das pancadas. - Nossa, você conseguiu aumentar sua força de uma hora pra outra? Formidável! – disse Croix ligeiramente impressionado. - Já disse, sou um dos melhores ninjas da guilda. Você não viu metade do meu poder! Agora... – disse Setsudan desaparecendo e reaparecendo ao lado de Croix – ...chega de brincadeira. Adeus! Grande Floco de Neve! – completou Setsudan. Um enorme bloco de neve caiu em cima de Croix que o congelou instantaneamente. Apesar de aparentemente não sofrer dano, o corpo dele estava rígido como pedra. - É uma pena acabar com um dos melhores lordes de Rune-Midgard, mas o Objetivo Maior tem que ser alcançado! Brisa Cortante! – conjurou Setsudan. Uma afiada lâmina de vento cortou o ar, um barulho de corte foi ouvido. O gelo foi quebrado. Croix, pela primeira vez neste conflito, sentiu realmente um poderoso golpe. A sua armadura, apesar de ser bastante resistente a altos danos, contribuiu para que a corrente elétrica emitida pelo golpe percorresse o seu corpo. Croix, caiu de joelhos no chão, apoiando-se apenas pela sua espada. - Hahaha, é inútil. Desista, depois deste ataque você não tem chances nenhuma contra mim. Agora, pelo menos morra com dignidade. - Já chega desta palhaçada! Não tenho tempo pra perder com você! Lâmina de Aura! A espada de Croix começou a brilhar, e o lorde com uma facilidade tremenda desferiu um golpe de baixo pra cima em Setsudan, que acertou seu braço esquerdo. Setsudan tomou um pouco de distância e se posicionou. - Rapidez com Duas Mãos! Todo corpo de Croix começou a emitir uma luz dourada. Então, pela primeira, ele empunhou sua enorme espada com as duas mãos. - Dedicação! – conjurou Croix, que ao fazê-lo, o lugar onde ele estava pisando cedeu. - Vigor! – o corpo do lorde se tornou duro com pedra. - Droga! Tenho que fazer algo! Escudo de Chamas! – conjurou Setsudan Um enorme escudo de fogo em volta de Setsudan surgiu. Um olhar de confiança apareceu em seu rosto. - Quero ver você passar por isso agora, lorde! – caçoou o ninja. - Frenesi! – disse Croix liberando todo o seu poder. Croix agora brilhava ofuscantemente, sua força era tão grande que podia ser sentida no ar. O reluzente lorde avançou freneticamente contra Setsudan. Cada passo que ele dava destruía o chão, ficando apenas o rastro para trás. Setsudan, apesar de assustado, disse: - Não adianta. Enquanto eu estiver no Escudo de Chamas você não poderá... O ninja ficou mais assustado ainda ao ver que as chamas não faziam efeito algum contra Croix. Ele andava no fogo como se tivesse atravessando um rio. Setsudan então tentou se antecipar: - Troca de P... Tarde demais. O lorde já havia chegado nele. Croix então começou a desferir vários golpes contra Setsudan em frações de segundos. Logo o ninja caiu no chão, todo cortado e ensanguentado, quase morto. Setsudan tentou falar algo, mas Croix o interrompeu: - Não diga nada, você escolheu seu próprio caminho. Você poderia fazer muitos progressos em Rune-Midgard e poderia mudar o mundo, do jeito certo. Agora descanse e lamente-se até que as autoridades possam vir te pegar. Croix se virou e continuou o caminho que estava fazendo anteriormente. Então ele começou a sofrer os efeitos colaterais de sua habilidade, por usar tanto poder. Sua vitalidade ficou fraca, começou a andar cambaleando, e já não conseguia levar sua espada com uma só mão. - N-não, eu não posso morrer aqui... Não desse jeito. Ainda não perdi... – arfava Setsudan, tentando pegar algo no bolso. Croix virou-se para trás e viu o ninja comendo uma semente. Ele não acreditou no que viu. - Você ainda tem uma coisa dessas? Uma semente do fruto de Yggdrasil? Não, não faça isso. Você irá se matar! – advertiu Croix. Setsudan Ha ingeriu a semente e milagrosamente conseguiu se levantar. Diferente do fruto de Yggdrasil, apenas parte dos seus ferimentos foram curados. Setsudan tentou o mais desesperado ato: - Isso deve bastar! Aura Ninja! Ataque Mortal! Setsudan reuniu toda a sua energia vital restante e desferiu o último golpe em Croix, acertando-o em cheio. Ambos caíram no chão, mas só Setsudan tentava se levantar. Croix não demonstrava nenhuma reação ou movimento. - C-consegui... Consegui d-derrotá-lo... Irmão, estou quase conseguindo... Sua morte n-não será em vão... – disse Setsudan olhando para o céu. De repente um ruído de metal caindo no chão quebrou o silêncio naquele momento, era a espada de Croix que acabara de quebrar e cair no chão. Setsudan fez esforço para olhar para lorde, não estava acreditando que ele ainda estava vivo. Croix estava com a parte que restou da espada empunhada como um escudo. Ao retirar a espada da posição, seu lado direito estava sangrando muito. Um corte profundo completava o ferimento. Croix tentou se levantar apoiando-se no resto da espada que restou, Setsudan ainda no chão continuava abismado com o que estava vendo. - M-mas c-como?? O Ataque Mortal é a habilidade mais f-forte de um n-ninja... Nunca erra, era pra v-você ter morrido... – disse Setsudan muito exausto. Croix então se firmou em pé, tentou estancar o ferimento com suas mãos e andou vagarosamente na direção de Setsudan. O ninja tentou fugir se rastejando, mais quase não saía do lugar. Logo Croix aproximou-se dele e disse: - Devo... parabenizar por... você... ter... quebrado a... Katzbalger... uma das... melhores espadas... de Midgard... E parabenizo também... por você ter me ferido... deste jeito... A única pessoa... que me deixou assim... foi o meu irmão... Guillaume... e eu o também... feri deste jeito... – disse Croix que, apesar do grave ferimento, tentava manter uma postura de resistência. - M-mas isto é impossível... Eu sou o número 4, como eu não consegui te deter? Acho que não fui forte o suficiente... Vá em frente, termine de me matar... Pelo menos quero morrer com dignidade... – disse Setsudan suplicando a morte. - Você está enganado... Nós não somos assim... Ainda dá tempo de mudar as coisas... Junte-se a nós... – disse Croix estendendo a outra mão para o ninja. Setsudan tentou estender a mão para Croix, mas antes que pudesse pegá-la ele desapareceu, assim como os outros da Veritatem. Croix também ficou surpreso, mas logo mudou sua expressão. - É isso... Agora tudo se encaixa... Como eu não pensei nisso antes... Preciso avisar a todos... Não irei aceitar outra traição... – disse Croix, que parecia ter descoberto alguma coisa. [COLOR=#008000][B][CENTER]-------------------------------------------------------------------------------------[/CENTER] [/B][/COLOR] Não muito longe dali, no sentido noroeste, Luke já estava em batalha. Na sua frente estava Markus, o seu tio e intitulado líder da Veritatem. O monge já estava fadigado, Markus também parecia bem desgastado. Ele tinha um enorme sorriso no rosto, e escarnecia Luke de todas as formas. - Não importa quanto tempo passe, Luke. Você jamais poderá me deter. - Admiro você dizer. Veja seu estado, não está melhor do que o meu. - Não me compare com você. Você nunca chegará a metade do que sou hoje. Em breve Rune-Midgard será toda minha. E Satan Morroc irá assumir o controle e tudo será melhor. Eu acho melhor você conter essa sua fúria ou acabará perdendo a cabeça, assim como o seu amigo agora a pouco. – disse Markus tentando assustar seu adversário. - Como assim, perder a cabeça? Não me diga que... Seu desgraçado, se você tiver ferido algum amigo meu... Invocar Esferas Espirituais! Punho Supremo de Asura! – conjurou Luke. - Calma Luke, nossa hora ainda vai chegar! Desconcentrar! Prisão da Teia! Markus cancelou a habilidade de Luke e o prendeu em uma teia. Markus então começou a desaparecer, assim como os outros da Veritatem. - Nós ainda teremos nossa batalha de verdade, não se preocupe. Nossas histórias estão interligadas pelo destino. Você já sabe o que irá acontecer com você, é uma pena. Agora vou deixar que Morroc se encarregue de tudo. Até a próxima, se ainda estiver vivo! Ah, e avisa para aquela suma sacerdotisa que me mandou para Glast Heim que será a primeira a sofrer em minhas mãos. – disse Markus desaparecendo por completo. - Volte aqui seu covarde! Apareça e lute como um homem, desgraçado! Luke, ainda preso na teia, deu um forte soco no chão e com muita indignação disse: - Droga, como o deixei escapar!? Tenho que encontrar os outros, Morroc já está quase destruindo a cidade. Luke se libertou da teia e correu na direção que haviam combinados, mas seu corpo foi puxado e teleportado para outro lugar. Ao reaparecer viu todo o clã Ordem de Rune-Midgard reunido, juntamente com o líder Croix. Ele estava muito ferido por causa da batalha que havia travado anteriormente, não só ele mas vários outros que haviam sido envolvidos em batalha. Luke se aproximou de Croix, que estava gravemente ferido e perguntou: - O que aconteceu? Porque que você usou o Chamado Urgente? Não era pra utilizar somente em emergência? - Tenho uma coisa muito séria para tratar com vocês... Eu sei que não temos tempo, mas o que eu descobrir e deduzir é muito sério... Deem uma olhada ao seu redor, estão sentindo falta de alguém? – perguntou Croix. Realmente faltava uma pessoa ali no clã. [B][COLOR=#008000]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XXII-----------------------------------------------------------------[/COLOR][/B] [COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO XXIII – A ORDEM DE RUNE-MIDGARD[/CENTER] [/B][/COLOR] [COLOR=#0000FF][FONT=arial black]Um ano antes... [/FONT][/COLOR] O vento soprava levemente as árvores e arbustos daquela caloroso ilha. As ondas do mar quebravam-se harmoniosamente na encosta da praia. Os fracos raios de sol revigoravam cada célula do corpo dos que ali estavam. Um grande grupo, composto por bravos guerreiros de diversas classes, fazia-se presente. Uma importante cerimônia estava sendo realizada naquela terra incrustada de moscovita. O czar, Don Alexei III, prestigiava aquele momento solene. Um poderoso clã era aclamado pelas pessoas daquela magnífica ilha. Um velho homem tocava um curioso instrumento, conhecido como Gusli. Sua melodia era divina. À cada nota tocada, uma onda batia na encosta dando uma perfeita harmonia sonora. De joelhos, dois bravos monges eram condecorados pelo líder do clã. - Eu, Croix Marollo, líder da Ordem de Rune-Midgard, condecoro Luke Von Trivian e Sir. Sora por sua bondade, lealdade e bravura demonstrados aqui em Moscóvia. A paz e a felicidade que vocês ajudaram a trazer à essas terras, jamais serão esquecidos. Espero que sempre mantenham em seus corações a chama purificadora de Odin, que seus atos de bondade sejam o alicerce da nova esperança. Que seus punhos mostre aos malfeitores a justiça e o perdão. Que suas vidas sejam devotas para defender Midgard de toda e qualquer ameaça contra a paz neste mundo. Eu, Croix Marollo, nomeio Luke Von Trivian o mais novo membro da Ordem de Rune-Midgard! Onde você quer que a saudosa Águia repouse em seu corpo? - Quero que ela repouse na minha mão direita, pois quero que a última imagem que o inimigo veja seja o punho da justiça. – respondeu Luke. - Que a justiça trilhe sempre ao seu lado, e que guie-o ao caminho da luz. – disse Croix tocando a ponta de sua espada na mão direta de Luke, surgindo assim uma imponente águia marcada na pele, o brasão do clã. Nenhuma palavra ou sussurro dos presentes eram ouvidos. Apenas o quebrar das ondas na encosta interrompia o silêncio. - Eu, Croix Marollo, nomeio Sir. Sora o mais novo membro da Ordem de Rune-Midgard! Onde você quer que a saudosa Águia repouse em seu corpo? - Quero que ela repouse em meu braço esquerdo, para demonstrar a quem quer que seja o poder da justiça. – respondeu Sora. - Que a justiça trilhe sempre ao seu lado, e que guie-o ao caminho da luz. – disse Croix tocando a ponta de sua espada no braço esquerdo de Sora, fazendo assim surgir o valoroso brasão do clã. - Vocês, bravos guerreiros, são os primeiros a participarem desse clã ainda como segunda classe. Mas o trabalho e esforço realizados por vocês aqui, renderam merecidamente este posto. Espero que encontrem aqui inspiração para superar seus limites e medo. Espero que encontrem aqui uma casa, uma fraternidade, um lar. Bem vindos à família! Após Croix ter proferido tais palavras, as pessoas ovacionaram os monges com uma forte salva de palmas. Luke e Sora se levantaram e foram cumprimentar cada membro do clã, começando pelo líder Croix. A Ordem de Rune-Midgard era composta por diversos membros de várias classes. Eram bravos guerreiros que dedicavam suas vidas para o bem do clã e de Rune-Midgard. [QUOTE][COLOR=#0000FF][U][B]Croix:[/B][/U][/COLOR] Líder do clã Ordem de Rune-Midgard. Possui a Aura Azul. É uma aura azulada situada abaixo dos pés, que é obtida apenas por aqueles que alcançaram o poder máximo de suas habilidades. Poucas pessoas a possuem, pois é preciso dedicação, esforço e trabalho de vários anos. Apenas os melhores guerreiro são contemplados com tal Graça. [CENTER][IMG]http://img585.imageshack.us/img585/8149/3h6p.png[/IMG] [IMG]http://img809.imageshack.us/img809/4655/5whp.png[/IMG][/CENTER] [/QUOTE] [QUOTE][COLOR=#0000FF][U][B]Max:[/B][/U][/COLOR] criador. Tinha cabelo loiro e bagunçado, olhos castanhos escuros. Possui a guarda de Amistr, o homúnculo. Seu fiel amigo e escudeiro. É casado com Lisa. [CENTER][IMG]http://img835.imageshack.us/img835/1259/yszh.png[/IMG][IMG]http://img191.imageshack.us/img191/6/m55v.png[/IMG][/CENTER] [/QUOTE] [QUOTE] [COLOR=#0000FF][U][B]Lisa:[/B][/U][/COLOR] sumo sacerdotisa. Tinha cabelos lisos e ruivos, usava aquele roupa vermelha tradicional de sumo sacerdotisa e seu rosto era perfeito. É casada com Max. [CENTER][IMG]http://img199.imageshack.us/img199/5914/gdqp.png[/IMG][/CENTER] [/QUOTE] [QUOTE] [COLOR=#0000FF][U][B]Félix:[/B][/U][/COLOR] mestre. Era alto, corpulento, cabelos e olhos castanhos claros. É considerado o mestre mais forte do Monastério. Possui um autocontrole invejável. Você nunca o verá nervoso ou irado. [CENTER][IMG]http://img571.imageshack.us/img571/5865/guj6.png[/IMG][/CENTER] [/QUOTE] [QUOTE][COLOR=#0000FF][U][B]Helm:[/B][/U][/COLOR] algoz. Era moreno, seus cabelos eram brancos e despenteados. Seus olhos eram negros. Usava sempre um pano por cima do rosto, tornando-o misterioso. Dizem que esconde uma grande cicatriz de batalha. Mas apesar de ser na dele, era um bom sujeito. É irmão gêmeo de Flinx. [CENTER][IMG]http://img513.imageshack.us/img513/4928/totk.png[/IMG][/CENTER] [/QUOTE] [QUOTE][COLOR=#0000FF][U][B]Flinx:[/B][/U][/COLOR] desordeiro. Era o gaiato da turma, sempre pregando peças nos outros membros do clã. Parecia-se muito com seu irmão Helm, exceto por uma pinta perto de sua boca no lado esquerdo do rosto. Sempre estava em disputa com Luv, o menestrel. [CENTER][IMG]http://img594.imageshack.us/img594/1362/0fmw.png[/IMG][/CENTER] [/QUOTE] [QUOTE][COLOR=#0000FF][U][B]Lila:[/B][/U][/COLOR] mestre-ferreira. Seus curtos cabelos ruivos e amarrados em dois, combinavam com sua pele morena e seus olhos cor-de-avelã. Apesar de aparentar ser uma moça inocente, seu poderoso machado pode dizer o contrário. Ela não é uma boa forjadora, o que faz ela ter alguns acessos histéricos quando perde uma forja. Mas seu estilo de combate é implacável e arrasador, deixando muito lorde no chinelo. Os membros do clã evitam falar com ela quando está forjando. [CENTER][IMG]http://img834.imageshack.us/img834/8941/4uin.png[/IMG][/CENTER] [/QUOTE][QUOTE] [COLOR=#0000ff][U][B]Falcon:[/B][/U][/COLOR] atirador de elite. Seus cabelos amarronzados e olhos castanhos escuros se contrastavam com sua clara pele. Possui um falcão chamado Bill, onde são companheiros inseparáveis. Também é muito ligado a Taylor, outro atirador de elite, mas sempre disputam entre si já que suas habilidades divergem. [CENTER][IMG]http://img600.imageshack.us/img600/563/66ib.png[/IMG][/CENTER] [/QUOTE][QUOTE] [COLOR=#0000FF][U][B]Taylor:[/B][/U][/COLOR] atirador de elite. Taylor possui cabelos azuis razoavelmente grandes, presos por um pequeno rabo de cavalo. Ele é perito em armadilhas. Tem uma grande amizade por Falcon, seu melhor amigo desde a infância. Mas sempre quer demonstrar a ele que armadilhas podem ser mais eficazes do que flechas. [CENTER][IMG]http://img199.imageshack.us/img199/1478/01bs.png[/IMG] [IMG]http://img268.imageshack.us/img268/2121/fb6s.png[/IMG][/CENTER] [/QUOTE][QUOTE] [COLOR=#0000FF][U][B]Hula:[/B][/U][/COLOR] desordeira. Hula possui os cabelos verdes e lisos, é uma das mulheres mais lindas do clã. Seu corpo e rosto esbeltos mexem com os homens do grupo, mas seu grande amor – Flinx – não a corresponde. Talvez um dia ela tome a coragem de se declarar a ele. Sua arma principal é um preciso arco. [CENTER][IMG]http://img38.imageshack.us/img38/7779/2rfp.png[/IMG][/CENTER] [/QUOTE][QUOTE] [COLOR=#0000FF][U][B]Müller:[/B][/U][/COLOR] arquimago. É um senhor que aparenta ter seus 60 anos. Mas não deixe sua idade o enganar. É considerado um dos arquimagos mais poderosos de Rune-Midgard na atualidade. Sua grande sabedoria e inteligência é passada para os membros do clã, que o consideram como pai. É o único membro do clã, exceto Croix, que possui a tão sonhada Aura Azul. Müller é carinhosamente chamado de tio Lê pelos membros do grupo. É um dos fundadores do clã. [CENTER][IMG]http://img829.imageshack.us/img829/4258/p55o.png[/IMG][IMG]http://img844.imageshack.us/img844/2489/m12c.png[/IMG][/CENTER] [/QUOTE][QUOTE] [COLOR=#0000FF][U][B]Wiler:[/B][/U][/COLOR] arquimago. Era o mais novo membro do clã, em idade, antes da entrada de Luke. É super fã de Müller e se auto-escolheu para ser o aprendiz de Müller. Desde criança sempre admirou seu mestre e o seguiu por todo o lugar. Até se tornar um arquimago e conseguir entrar para a Ordem de Rune-Midgard. Ele usa um chapéu arcano verde na cabeça e sempre pratica seus feitiços para aprimorá-los. Às vezes acaba destruindo alguma coisa do castelo. [CENTER][IMG]http://img198.imageshack.us/img198/4369/bnx5.png[/IMG][IMG]http://img838.imageshack.us/img838/7139/7kyr.png[/IMG][/CENTER] [/QUOTE][QUOTE] [COLOR=#0000FF][U][B]Crow:[/B][/U][/COLOR] professor. É o mais culto do clã. Sempre anda com um livro na mão. Atrás de seus óculos de armação preta, esconde um intelecto refinado e sem falhas. Sempre tenta resolver conflitos e contendas na base da diplomacia. Mas quando isso não bastar, o “livro” fará os balburdiados mudar de ideia. [CENTER][IMG]http://img849.imageshack.us/img849/9215/zuvv.png[/IMG][/CENTER] [/QUOTE][QUOTE] [COLOR=#0000FF][U][B]Luv:[/B][/U][/COLOR] menestrel. Luv é o músico do clã. Sempre animando ou acalmando o grupo através de uma boa música. Namora com Yui, a cigana. Tem uma rivalidade com Flinx, com quem está sempre disputando o cargo de “palhaço” do clã. Não é de briga, mas quando entra numa é difícil pará-lo. Seus cabelos são brancos, apesar de ninguém perceber por causa do grande chapéu emplumado que usa. Seus olhos são azuis claros. [CENTER][IMG]http://img850.imageshack.us/img850/5134/bmls.png[/IMG][/CENTER] [/QUOTE][QUOTE] [COLOR=#0000FF][U][B]Yui:[/B][/U][/COLOR] cigana. É a mais “estralada” do clã. Sua voz potente e alta faz com que um cochicho se torne um Grito de Guerra. É muito formosa e atraente. Seus cabelos loiros e olhos verdes deixam qualquer homem (ou mulher) hipnotizados. Suas danças são espetaculares. Ela nunca anda desarrumada, pois almeja ter o “título” de miss Ordem. Mas ela é capaz de deixar qualquer um nocauteado com o seu chicote, mesmo que isso acabe com suas unhas. [CENTER][IMG]http://img35.imageshack.us/img35/3238/66kw.png[/IMG][/CENTER] [/QUOTE][QUOTE] [COLOR=#0000FF][U][B]Naeratus:[/B][/U][/COLOR] sumo sacerdote. Era o mais sorridente do clã. Não importava qual era a situação, ele sempre tinha um belo sorriso estampado no rosto. Quando alguém do clã está pra baixo, Naeratus tenta animá-lo com um belo sorriso. Porém, devido à um problema de nascença, é mudo. Por causa desse problema, teve muitas dificuldades quando se tornou um noviço. Pois precisava proferir palavras para conjurar as habilidades. Contudo seu irmão mais velho, Julgus, desistiu do sonho de ser um templário para ajudá-lo a se tornar um grande sacerdote. Naeratus tem cabelos negros e olhos castanhos escuros. [CENTER][IMG]http://img716.imageshack.us/img716/9750/g4t2.png[/IMG][/CENTER] [/QUOTE][QUOTE] [COLOR=#0000ff][U][B]Julgus:[/B][/U][/COLOR] sumo sacerdote. Julgus é a “voz” de Naeratus, seu irmão caçula. Ele abdicou o sonho de ser um templário para ajudar Naeratus a se tornar um grande sacerdote. Eles possuem uma ligação entre si surpreendente, permitindo que as habilidades de Naeratus possam ser conjuradas por ele mesmo. Julgus se especializou em combate corpo a corpo com clavas e em habilidades de exorcismo, enquanto que seu irmão Naeratus se especializou em habilidades de suporte. Julgus “empresta” a sua voz para Naeratus para que seu irmão possa conjurar as habilidades. Isso acontece quando Naeratus se concentra na habilidade que deseja conjurar, toca em Julgus, e ele profere as palavras para que Naeratus possa conjurar. Julgus é bem mais corpulento que Naeratus, mas seu cabelo e olhos são bem parecido. [CENTER][IMG]http://img843.imageshack.us/img843/1744/wi5j.png[/IMG][/CENTER] [/QUOTE][QUOTE] [COLOR=#0000FF][U][B]Jhoana:[/B][/U][/COLOR] paladina. Implacável, imponente e esmagadora. Assim que Jhoana era conhecida, não só na Ordem de Rune-Midgard mas em todos os clãs do reino. Diz a lenda que Jhoana foi capaz de aguentar dois Punhos Supremos de Asura seguidos de uma Bomba Ácida, numa Guerra do Emperium. E ainda conseguiu nocautear os três agressores. Apesar de ameaçadora, seu belo cabelo liso e negro a deixava bastante feminina. Usava um rabo-de-cavalo. Juntamente com Luigi, ela forma a Muralha da Ordem. [CENTER][IMG]http://img31.imageshack.us/img31/6380/i9hf.png[/IMG][IMG]http://img268.imageshack.us/img268/939/t40r.png[/IMG][/CENTER] [/QUOTE] [QUOTE][COLOR=#0000FF][U][B]Luigi:[/B][/U][/COLOR] paladino. Diferente de sua parceira, Luigi era carismático e bem humorado. Vive sempre correndo atrás de Jhoana, que não dá a mínima pra ele. Mesmo assim ele não perde as esperanças de conquistá-la. Apesar desse amor platônico, os dois formam uma ótima dupla. São considerados a Muralha da Ordem, o escudo do clã. Nada passa por eles, nem deixam que seus aliados pereçam em batalha. Luigi tem os cabelos acinzentados e olhos negros, possui uma pequena cicatriz na bochecha direita (dizem que foi uma retaliação de Jhoana, quando ele tentou beijá-la). [CENTER][IMG]http://img823.imageshack.us/img823/4077/0b9t.png[/IMG][/CENTER] [/QUOTE] [COLOR=#008000][B][CENTER]-------------------------------------------------------------------------------------[/CENTER] [/B][/COLOR] [COLOR=#0000FF][FONT=arial black]Atualmente... [/FONT][/COLOR] Quase todo o clã estava reunido, exceto por uma pessoa. - É mesmo, onde está a May Schicksal? – perguntou Hula. - É verdade, ela não está aqui. Era pra ela ter aparecido, foi um Chamado Urgente. Será que... - Não termine essa frase, Sora. Alguém aí viu a May? – perguntou Luke preocupado. - A última vez que a vi foi quando nós nos dividimos em várias direções para cercar o Imperador Morroc. – respondeu Edna. Luke demonstrava preocupação. A única explicação para que May não tenha aparecido pelo Chamado Urgente é que ela estaria nocauteada ou morta. - Em qual direção ela foi, Edna? – perguntou Luke. - Acho que ela foi para sudeste. - Droga, tenho que achá-la. – disse Luke saindo em direção a sudeste. Croix então interrompeu a conversa, segurou Luke pelo braço e disse: - Parem com essa preocupação desnecessária. A verdade é que... Croix foi interrompido por uma enorme descarga elétrica muito superior à dos que os bruxos e arquimagos produziam. O seu corpo foi arremessado vários metros de distância de onde estavam. O clã inteiro rapidamente tomou posição e distância para qualquer batalha. Não demoraram muito para ver quem havia ocasionado isso. Satan Morroc havia aparecido no meio deles, juntamente com sua legião escudeira de sombras. [I][B]- Vejam o que temos aqui! Uma reuniãozinha entre amigos, que meigo. Posso participar também? [/B][/I]– ironizou o senhor das trevas. Com um forte movimento do seu braço ele acertou todos em cheio, que caíram violentamente no chão. O Imperador Morroc virou-se para Croix, que estava no chão quase que nocauteado, e então conjurou: [I][B]- Petrificar![/B][/I] Croix do mesmo jeito que estava no chão, ficou. Seu corpo ficou amarronzado, quase negro, e inerte. Imperador Morroc encarou Croix e disse: - Pelo o que Markus disse pra mim na minha dimensão que você seria a maior ameaça contra mim, por isso vou te neutralizar e acabar com os seus companheiros. Logo depois acabarei com você. Se bem que não há nenhum humano capaz de me derrotar! - Curar! – conjurou Lisa. Lisa se levantou, começou curar e buffar a todos, juntamente com mais dois sumos sacerdotes. O clã já estava em pé, mais confiante do que nunca. Morroc então ordenou a seus monstros, dizendo: [I][B]- Sombras, acabem com estes insetos para mim![/B][/I] As sombras eram a personificação de quatro dos setes pecados que alimentam o Imperador Morroc: Sombra da Ira, Sombra da Vaidade, Sombra da Gula e Sombra da Inveja. Ambas já descritas anteriormente, não hesitaram em atacar o grupo. [I][B]- Humanos tolos! Enquanto vocês se envolverem com coisas negativas, vocês alimentarão o senhor das trevas. Sabe o porquê que consegui quebrar o selo? Por causa de vocês mesmo, humanos! Vocês só pensam e agem com o mal! Às vezes até eu fico impressionado com tanta maldade! Mas isto é bom, pois enquanto houver o mal, meu império jamais findará.[/B][/I] – disse o Imperador Morroc escarnecendo os humanos. - Disparo das Esferas Espirituais! Várias esferas espirituais foram disparadas na direção do Imperador Morroc. Rapidamente a Sombra da Inveja, com seu escudo em chamas, bloqueou as esferas com uma facilidade incrível. [I][B]- Muito bom, Inveja. Bom trabalho! Agora acabem com eles! Vocês são mais do que o suficiente para acabar com esses vermes![/B][/I] – ordenou Morroc. As quatro sombras foram para cima do clã, todos estavam preparados para a batalha. Luke assumiu o comando e disse: - Max, é com você! Pessoal deem cobertura! Lisa, já sabe o que fazer! Max pegou algumas poções e arremessou contra as sombras, mas esperando o sinal de Lisa. - Lex Aeterma! – conjurou Lisa na Sombra da Ira. - Bomba Ácida! – disse Max arremessando as poções contra a sombra Assim como enfrentaram a Sombra da Ira anteriormente, a mesma desapareceu com este ataque. Mas as três outras sombras restantes foram muito rápidas e cada uma focou um integrante do clã. A Sombra da Vaidade foi na direção de Luke, a Sombra da Gula na direção de Luigi e a Sombra da Inveja na direção de Max que o acertou em cheio. Lisa não perdeu tempo e o curou imediatamente. Luke desferiu um soco na Sombra da Vaidade mas sem efeito. A Sombra da Gula atacou o paladino, que refletiu o ataque do monstros, fazendo a Sombra recuar alguns metros. Luke virou-se para os três sumos sacerdotes do clã e disse: - Aspersio aqui, rápido! Atendendo ao pedido, os sumos sacerdotes retiraram garrafas de água benta de suas bolsas e ungiram as armas dos heróis com elas. As armas agora brilhavam e reluziam, encantadas com a propriedade sagrada. Os heróis avançaram contra os monstros e desferiram vários golpes neles. Estes monstros em comparação com as Memórias de Thanatos eram muito fracos, em poucos segundos o clã conseguiu acabar com as três sombras. Morroc ficou surpreso, mas ainda mostrando imponência, disse: [I][B]- Esplêndido! Acho que devo rever minha guarnição. Mas não interessa, posso invocar quantos monstros e qualquer hora que eu quiser. Não preciso gastar meu tempo com vocês, é só eu...[/B][/I] - Impacto Explosivo! Uma onda de chamas acertou Morroc. Croix já não estava mais petrificado, agora estava em pé na frente do gigante monstro. Apesar das chamas, Morroc não sofreu nada. Croix estava sem sua espada, mas precisava fazer alguma coisa antes que ele invocasse outra horda de monstros. Antecipando-se de qualquer ação do demônio, ele gritou para o clã: - Pessoal, Formação ORM! Nesse mesmo instante o clã se organizou de uma maneira incrível. Todos cercaram o Imperador Morroc na seguinte ordem. Luke, Sora, Edna, Félix e Amistr (o homúnculo de Max) ficaram na linha de frente. Os monges usaram o Corpo Fechado*, e então os cinco foram para cima de Morroc para segurá-lo. Enquanto isso Croix, Helm, Flinx e Lila se juntavam ao quinteto na ofensiva. Atrás deles ficaram Max, Falcon, Taylor, Hula, Müller, Wiler, Crow, Luv e Yui. Esses ficavam com ataques de longo alcance e suporte. Mais atrás ficavam Lisa, Naeratus e Julgus, Jhoana e Luigi. Todos esses cinco ficavam como suporte para os outros membros em batalha. [QUOTE][COLOR=#0000FF][I][B]*[U]Corpo Fechado:[/U] habilidade de monges e mestres que faz com que o corpo do usuário fique impenetrável, recebendo quase nenhum dano físico ou mágico. Mas há uma penalidade: sua velocidade de ataque e movimento é drasticamente reduzida.[/B][/I][/COLOR] [/QUOTE] Max tirou de seu carrinho uma espada e jogou para Croix e disse: - Segura aí Croix! - Obrigado, é de uma mão mas dá pro gasto. – disse Croix pegando a espada no ar. Croix deu o sinal e todos tomaram suas posições. Os monges e mestre já estavam desferindo alguns golpes em Morroc, com uma velocidade de ataque reduzida por causa do Corpo Fechado. Mas eles estavam ali para receber os golpes enquanto Croix e os outros da linha de frente atacavam. O grupo de trás atacava com ataques de longo alcance: Falcon e Taylor com suas flechas e armadilhas, a desordeira Hula também com flechas, Max ia arremessando poções esmagadoras e poções de cura e regeneração, Müller e Wiler usavam e abusavam das habilidades mágicas contra o Imperador Morroc. Crow não deixava que Morroc invocasse alguma habilidade, e também sacrificava um pouco da sua energia vital para recuperar a energia mágica usada em batalha dos seus companheiros de clã. E por sua vez Luv e Yui usavam o poder da música e da dança para auxiliar seus companheiros aumentando sua velocidade, sua capacidade de conjurar uma habilidade o mais rápido possível e entre outros. Na retaguarda estavam Lisa, Naeratus e Julgus que não deixavam seus amigos enfraquecidos e sempre aumentando suas habilidades com bênçãos e buffs diversos. Enquanto que Jhoana e Luigi ficavam na função de renderem os seus companheiros mais vulneráveis. Usavam o poder divino que tinham para que, qualquer dano que os seus companheiros recebessem, fosse transferido para eles. Eram considerados a muralha do clã. Os ataques eram perfeitamente sincronizados, nenhuma flecha ou magia era desperdiçada. Os projéteis minuciosamente disparados eram certeiros. Nenhum deles acertavam os membros do clã, apenas o inimigo em questão. Esta era a formação ORM. [I][B]- Seus desgraçados, como ousam. Mesmo todos vocês juntos, não são páreos para mim! Segurem essa, Chuva de Meteoros![/B][/I] - Desconcentrar! – conjurou Crow mais rápido que Morroc, cancelando assim a invocação dos meteoros. [I][B]- Se eu não posso usar magia, vocês também não poderão![/B][/I] O Imperador Morroc bateu seu enorme pé no chão e ao redor dele uma grande área branca surgiu, vários símbolos no formato de círculo com um x no meio e de cor branca invadiu o chão. As magias dos arquimagos não estavam mais fazendo efeito em Morroc, assim como outras habilidades com efeito em área. - Droga, ele usou Proteger Terreno! Lisa você tem alguma gema azul pra me emprestar? – perguntou Crow. - Tenho sim, segura aí! – disse Lisa jogando uma gema azul para o professor. - Obrigado, só estava com gema amarela. Agora vamos ver se ele gosta do próprio veneno. Proteger Terreno! – disse o professor invocando uma semelhante área branca que Morroc havia invocado, só que na área onde clã estava. [I][B]- Já chega desta palhaçada![/B][/I] – disse Morroc dando uma braçada em todos os que estavam atacando-o de perto. O chão começa a tremer. Morroc então invocou uma legião de sombras que cobriramm a visão atrás do Imperador. Cerca de oitenta monstros foram invocados, sombras de todos os tipos foram conjuradas. [I][B]- Hahahah! E agora seus vermes inúteis? Vocês me atacaram tanto e não me derrotaram. E pra melhorar, vejam! [/B][/I]– disse Morroc erguendo os braços em direção ao céu. As Sombras da Ira que estavam na legião de monstros começaram a curar Morroc. Logo em seguida, o Imperador ordenou: [I][B]- Vão minhas criaturas, acabem com esses vermes malditos.[/B][/I] A legião de monstros foi com tudo pra cima do clã. Todos se prepararam para a árdua luta que estaria para acontecer. O clã lutou bravamente contra as sombras, conseguiram destruir e aniquilar algumas mas a quantidade era absurda. Os membros do clã foram caindo um a um, até não sobrar mais ninguém em pé. Morroc sorriu com frieza e desprezou todos do clã. [I][B]- Eu não disse! Apenas meus monstros foram capazes de derrotá-los! É por isso que repito: vocês são vermes, por isso precisa de alguém superior que governe este mundo inútil que é o de vocês! [/B][/I]– humilhava Morroc - V-você mandou os s-seus m-monstros... para nos atacar... e você não f-fez nada. Me diz agora q-quem é o fracote... Já q-que você é o senhor das t-trevas porque não nos e-enfrentou sozinho?... O único v-verme aqui é v-você... – disse Croix bastante ferido e fraco. [I][B]- CALE SUA BOCA, SEU INSOLENTE![/B][/I] – esbravejou Morroc acertando um golpe em Croix que já estava caído no chão. Morroc ficou furioso, deu um urro estrondoso que abalou até os monstros que ele havia invocado. Depois deste grito ensurdecedor, disse: [I][B]- MUDEI DE IDÉIA! IREI ACABAR COM VOCÊ COM MINHAS PRÓPRIAS MÃOS, SEU HUMANO DESPRESÍVEL![/B][/I] Morroc começou a dar várias sequências de ataques em Croix e a terminou com uma descarga elétrica do Trovão de Júpiter, arremessando-o vários metros de distância. O líder do clã já não mais se mexia, estava quase no seu limite. [I][B]- Agora basta, sombras acabem de uma vez com estes estrumes! Não quero que sobreviva nenhum![/B][/I] Todos os monstros foram mais um vez na direção do clã, que estava caído. Croix não aguentou os ferimentos, apagou momentos antes do ataque. Quando estavam se aproximando dos membros do clã, instantaneamente todas as sombras desapareceram. Morroc ficou assustado ao ver o que acabara de acontecer. À sua frente estava May Schicksal segurando seu cajado numa mão, e na outra segurava um recipiente que parecia uma bacia coberta por um pano. - M-may... – disse Luke quase sem forças. - Hora de acabar com isso! – disse May desafiando Morroc. Morroc esboçou um leve sorriso em seu rosto e disse: [I][B]- Ora, ora, ora! Mas que surpresa! Veja quem está aqui: a humana que me prendeu na minha dimensão. O brinquedo favorito de Markus: May Schicksal![/B][/I] [COLOR=#008000][B]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XXIII-------------------------------------------------------------[/B][/COLOR] [COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO XXIV – GUILLAUME[/CENTER] [/B][/COLOR] May Schicksal olhava desafiadoramente para Morroc, onde o mesmo retribuía com um olhar mais desafiador ainda. [I][B]- Tudo bem, May? Devo parabenizá-la por conseguir banir todos os meus monstros de uma só vez. A assistente de Markus aprendeu rapidinho! Mas a minha dúvida é, porque que você está lutando contra ele? Você não é da corja de Markus?[/B][/I] – disse Morroc surpreso. - Jamais ouse falar isso outra vez! Eu fui manipulada, controlada e agora estou tentando pagar por alguns erros que cometi. E para começar, terei que te aniquilar aqui e agora! – disse May com um tom decisivo na sua voz. [I][B]- Você me aniquilar?! Hahaha! Isso só pode ser uma piada! Se um dos clãs mais fortes de Rune-Midgard não derrotou, não será você quem irá me derrotar! Você tem um poder formidável, é verdade. Mas isso é o seu limite! Aliás, que recipiente é esse em seus braços?[/B][/I] – perguntou o Imperador apontando para o vasilhame coberto com um pano na mãos de May. - May, não... – disse Luke quase sussurrando. - Não se preocupe, Luke. Eu ficarei bem. – disse May tentando acalmá-lo com um singelo sorriso. [I][B]- Eu te fiz uma pergunta, garota! Que diabos é isso em suas mãos?[/B][/I] – esbravejou Morroc com um tom mais ameaçador. - Isso aqui é a sua morte, embrulhada e pronta para ser entregue. [I][B]- Hahaha, você é muito engraçada May! Muito engraçada mesmo, é uma pena você não estar do nosso lado. Você seria de grande ajuda no novo mundo que iremos construir. Mas falando sério: se Thanatos que foi a pessoa mais forte com quem já lutei não me matou, não será você que conseguirá esta proeza. Afinal sou o Senhor das Trevas, o Imperador Morroc! Aquele que vai transformar Midgard inteira no seu império![/B][/I] – urrou o imponente demônio. - Eu te avisei, vamos começar a festa. Peguem! – disse May descobrindo a bacia e jogando para o clã caído vários frutos de Yggdrasil. Vários frutos de Yggdrasil foram jogados, e sem perderem tempo pra perguntas todos apanharam um fruto para comer. Os frutos estavam com uma coloração mais fraca do que de costume, estavam meio opacos. Quando começaram a comer, sua energia vital e mágica foram totalmente restauradas. Seus ferimentos e arranhões haviam sumidos. Apesar do gosto diferente do normal, já estavam em pé preparados para outra briga. O único que não se levantou foi Croix, o líder do clã, pois estava desmaiado e não havia sobrado nenhum fruto jogado por May. - May, como você conseguiu esta enorme quantidade de frutos de Yggdrasil? Eles são extremamente raros, quase escassos. São uma fortuna! – perguntou Edna surpresa. - Não se preocupem, depois conto a vocês. Agora precisamos deter Morroc. - May, você tem outro fruto de Yggdrasil para que Croix possa acordar? Precisamos dele para o ataque! – disse Max preparando suas poções em seu carrinho. - Infelizmente só consegui essa quantia. - Então deixa que eu vou reanimá-lo. Vou ressuscitá-lo! – exclamou Lisa. - Não é preciso, Lisa. Croix sofreu muito em batalha, apenas deixe-o num lugar seguro e vamos acabar com isso deu uma vez só. – advertiu May. [I][B]- Chega de palhaçada! Você me atrapalhou pela segunda vez, May Schicksal. Mas será a sua última. Como prometido irei acabar com você com minhas próprias mãos. Prepare-se para experimentar um pouco mais do poder maligno! Experimentem a ira do seu mais novo senhor, O Imperador Morroc![/B][/I] - Pessoal, formação ORM rápido! – disse Luke instintivamente. Não demorou muito, o clã se organizou como fizeram antes. Agora estavam sem monstros para atrapalhar o ataque a Morroc. Estavam mais confiantes e determinados. O grupo acertava os golpes violentamente no demônio. Desta vez, Morroc sentia cada ataque que recebia do clã. O Imperador usava todos os seus poderes e forças para neutralizar o clã, inutilmente. Apesar dos ataques, Morroc parecia estar se divertindo com tudo aquilo. [I][B]- Isso, mais raiva e mais furor! Os humanos são realmente interessantes, todo este ódio e toda esta raiva! Vocês não sabem o potencial que vocês têm! Isso, enfureçam e alimentem o mal que está por vir nesta terra.[/B][/I] – disse Morroc ainda levando todos aqueles golpes. Luke gritou para todos do clã e expõe a situação: - Droga, mesmo ele sofrendo todos estes ataques parece que sua energia vital é infinita. Precisamos do Croix, senão nós... - Perfurar em Espiral! Uma lança acertou Morroc por trás, furando um de seus olhos que estava nos ombros. Morroc na mesma hora sentiu uma dor profunda, e agonizou. Todos se viraram para olhar quem estava portando aquela lança. O dono da arma montava um vigoroso Peco-Peco e havia alguma coisa familiar no seu rosto. Não demoraram muito para reconhecer quem seria o audaz guerreiro a ferir Morroc. Era um lorde, cabelos loiros que lembrava levemente Croix. Seus cabelos eram mais escuros e mais rebeldes dos que de Croix. Seu semblante era bem ameaçador, diferente do líder da Ordem que só ficava ameaçador em batalha. Tinha uma enorme cicatriz no seu olho esquerdo, provavelmente proveniente de algum ferimento em batalha. Sua armadura era quase idêntica à de Croix, diferenciando-se apenas pela capa ser azul e o símbolo estampado no seu peito era de um imponente leão. Não restavam dúvidas, era ele. - Guillaume! O que você está fazendo aqui? – perguntou Luke. - Me disseram que vocês precisavam de uma ajudinha aqui. E também não queria deixar o crédito só para vocês, Ordem de Rune-Midgard. Estou aqui pra mostrar que o meu clã, a Vanguarda de Maroll, não ficará para trás. Por falar nisso, onde está aquele imprestável do meu irmão? – disse Guillaume retirando a ponta da lança de um dos olhos de Morroc. Um líquido viscoso e negro começou a escorrer. Sim, esse era Guillaume. O líder do clã Vanguarda de Maroll e também irmão de Croix. Acompanhado dele estava uma templária, com sua armadura tradicional azul também montada em um Peco-Peco. Usava um enorme escudo e uma estonteante espada de uma mão. Tinha cabelos azuis escuros, longos, e apesar da armadura pesada e grande, sua formosura podia ser notada facilmente. Tinha um olhar meigo e um sorriso cativante que faziam qualquer um se perder em seu próprio devaneio. Seu nome era Luna. - Eu fiz uma pergunta gente, onde está o meu irmão? – perguntou Guillaume novamente. [I][B]- Desgraçado! Como você pôde ferir o senhor das trevas? Apodreça no inferno![/B][/I] – esbravejou Morroc ainda ferido e golpeando Guillaume com seu braço. Luna entrou na frente do golpe e usou seu escudo. - Escudo Refletor! Morroc desferiu o golpe no escudo e imediatamente foi repelido para trás por causa da habilidade de Luna. O Imperador estava sangrando por causa do ferimento do ataque da lança de Guillaume. O olho atingido havia se fechado. [I][B]- Ahh... Maldito, como você conseguiu me ferir deste jeito. Que arma é essa? [/B][/I]– disse Morroc com uma das mãos tampando o ferimento. - Isso meu caro, é uma Lança Espectral. O criador desta formidável Lança de Duas Mãos sacrificou a própria vida para forjá-la, ela foi feita especialmente para aniquilar monstros sombrios e demônios! É claro que tem um pequeno risco ao usá-la, mas isso não chegará a acontecer comigo pois destruirei você antes que isso aconteça. – disse Guillaume apontando a Lança Espectral para Morroc. A lança agora estava envolta por uma fraca luz espectral, ela tinha três pontas pequenas mas afiadas. Ela vibrava em suas mãos, como se ela tivesse vida própria. - Pessoal, precisamos acabar com isso agora! Retomem a posição de antes! E Luna, já sabe o que fazer! – disse Guillaume assumindo a liderança. - Pode deixar! – confirmou Luna. - De novo galera, formação ORM! – gritou Luke. Todos voltaram à posição original e começaram a atacar Morroc mais uma vez. Enquanto isso Luna redentava Guillaume. O grupo tinha descoberto a fraqueza de Morroc, e miravam seus ataques nos olhos espalhados no corpo do demônio. O Imperador, mesmo ferido, conseguia dar vários golpes poderosos e usava o restante de forças que tinham para invocar magias. Guillaume não estava atacando, parecia que ele estava esperando alguém ou algo. De repente um mini-portal apareceu ao lado dele, e de dentro do portal saiu enormes correntes e uma gigante bola de ferro. [COLOR=#0000ff][I][B]“Até que enfim!”[/B][/I][/COLOR] – pensou Guillaume. Sem pestanejar, Guillaume avisou o clã pra se preparar para o que ele estava prestes a fazer: - Galera, façam com que o Imperador Morroc fique imóvel por algum tempo! É a nossa última chance, não posso usar a espada por muito tempo! E fiquem atentos, quando eu mandar saírem de perto, vocês saem! Agora! [I][B]- Eu não deixarei que vocês sigam em frente! Sou o Imperador Morroc, o indestrutível! Não tem como me vencerem![/B][/I] – esbravejou o demônio. Neste instante Luke, Sora, Edna e Félix usaram a habilidade Corpo Fechado, fazendo com que seus corpos ficassem quase impenetrável como um diamante. Naeratus, Julgus, Crow, Luv e Yui usaram seus debuffs para deixar o Imperador mais lento possível. Guillaume, por sua vez, pegou as enormes correntes com grilhões com a sua espada, e então deu o sinal: - Saiam de perto! Ele reuniu todas as suas forças e arremessou as correntes pra cima de Morroc. O Imperador instintivamente, colocou os braços na frente como defesa. Não deu outra, as correntes pareciam vivas. Grudaram nos braços de Morroc, deixando-o algemado. Então o Imperador caiu no chão sem forças, de uma hora pra outra as correntes haviam retirado toda a sua força. [I][B]- O-o que é isso? O que está a-acontecendo comigo... P-para onde foi minha força?[/B][/I] Guillaume começou a caminhar na direção de Morroc, arrastando a ponta de sua espada do chão. O lorde parecia se divertir com a situação. - Engraçado você dizer isso Morroc, mas foi você mesmo quem inaugurou estas correntes. Não está lembrado de ter as usado há centenas de anos atrás? Engraçado que essas correntes jamais podem ser removidas, mas como você conseguiu se soltar? E o pior, como você conseguiu se libertar do selo? Chegou a hora de falar, acabou! Você está liquidado... – disse Guillaume apontando sua Lança Espectral para o pescoço de Morroc. Morroc olhou para Guillaume com cara de desprezo e disse: [I][B]- Maldito... E-essas correntes não c-conseguirão me d-deter... Eu posso...[/B][/I] Morroc parou a frase no meio. Sua expressão era de incredulidade. [I][B]- N-não pode ser... Eu não consigo usar nenhuma habilidade... O q-que você fez, maldito...[/B][/I] - Isso foi um presentinho extra. Essas algemas vieram diretamente da Catedral de Prontera, acho que conseguiram resgatar as correntes e colocaram uma surpresa a mais. Agora você não será capaz de usar nenhuma habilidade, além de viver para sempre como um mendigo. Agora vamos acabar com o papo, eu sei que você não pode morrer pois és imortal. – explicou Guillaume com sua pé direito em cima do peito de Morroc. [I][B]- Sai de cima de mim... Seu humano sujo...[/B][/I] - Oh, vejo agora que você não é tão ameaçador quanto demonstra. – disse Guillaume encarando o monstro com o rosto quase colado nele. - Como assim ele é imortal? Ninguém me disse isso... – disse Luke surpreso. - É mesmo! Se Morroc é imortal, porque nós demos o trabalho de ir atrás de Thanatos para que ele pudesse derrotá-lo e matá-lo? – completou Sora. [I][B]- É v-verdade... Vermes insignificantes... E-eu disse que v-vocês não podem me m-matar porque realmente n-não dá. Eu s-sou o rei de outra d-dimensão... Sou imortal...[/B][/I] – confirmou Morroc com um sorriso no rosto, tentando se soltar das correntes, porém em vão. - Mas então porque que... - Chega de conversa, imortal ou não ele tem que ser detido! Então para o toque final temos aqui essa Bola de Ferro, feita pelo próprio Thanatos quando ainda aqui vivia. Depois que eu colocá-las, Morroc estará completamente neutralizado. – disse Guillaume interrompendo Luke. Então Guillaume, com a ajuda de Luna, arrastaram a enorme bola de ferro até Morroc e a prenderam em seus pés. Guillaume tomou posição mais uma vez e disse: - Essa aqui vai para todas as pessoas e criaturas inocentes que você feriu e matou. Você não pode morrer, mas viverá por um bom tempo com esta dor para que se lembre de toda a destruição que causou a todos. Dedicação! Perfurar em Espiral! A Lança Espectral mais uma vez foi transpassada pelo corpo de Morroc, que gritou agonizantemente. A ferida também começou a sangrar. Um líquido de cor vermelho escuro começou a sair dela. A cena foi deprimente, aquele ser gigantesco e horrendo gritava e urrava de dor. De repente Morroc começou a desaparecer e deixou cair um Cristal negro no lugar onde estava caído. - May, o que você fez? – perguntou Max. - Eu não fiz nada dessa vez, eu juro! – respondeu May colocando as mãos pra cima. - O que aconteceu aqui? – disse Edna espantada. - Aconteceu a mesma coisa com a Doralice, a arquimaga da Veritatem. Max e eu estávamos lutando contra ela e a derrotamos. Mas quando íamos prendê-la, ela desapareceu. – respondeu Lisa. - É verdade, eu também lutei contra Karian e ele também desapareceu depois de nocauteado. – confirmou Sora. - Karian? Aquele desgraçado estava aqui? – perguntou Luke enraivecido. - Calma, pessoal! Seja lá para onde Morroc tenha ido, não representará mais perigo. Aquelas algemas são inquebráveis e não podem ser removidas. Uma vez seladas, é impossível que se rompam! Vamos nos recompor e procurar alguém que precise de ajuda. Talvez ainda a gente possa encontrar algum membro da Veritatem por aí e captura-lo! - Você tem razão, Guillaume. O pior nós já conseguimos resolver, agora temos que ir atrás daquele malditos! Devem haver muitas pessoas feridas precisando de auxílio. – concordou Sora. - É isso aí, Sora! Vamos nos separar. A Vanguarda de Maroll já está em peso por toda a cidade, ajudando nas buscas. Sugiro que vocês façam o mesmo, espalhem-se e procurem por sobreviventes. Se encontrarem alguém suspeito, detenham-no sem questionar. E por favor, alguém aí viu o Croix? – disse Guillaume. Todos então começaram a se recuperar dos ferimentos e se organizaram para ajudar outros na cidade. May recolheu o Cristal deixado por Morroc e o guardou nas vestes. Max alimentava seu homúnculo e arrumava seu estoque de poções. Naeratus e Julgus tentavam reanimar Croix, que ainda permanecia desacordado. Guillaume estava junto deles na expectativa de seu irmão acordar. - Droga, irmão! A maior batalha de nossa vidas acontecendo, e você aí dormindo! É bem sua cara mesmo fazer esse tipo de coisa... Qual é, reaja mano! Maldito... – disse Guillaume segurando-lhe a mão. Enquanto isso, os outros membros davam os últimos retoques em seus armamentos. - Vamos nessa, galera! A Bela Adormecida aqui parece não vai acordar tão cedo! Deem o melhor de si! – disse Guillaume com Croix em suas costas desmaiado. Todos se levantaram, pegaram suas coisas e seguiram seus destinos, cada um numa direção. Apesar de cansados, estavam felizes por terem conseguido conter Morroc – o senhor das trevas. Em algum lugar do deserto de Morroc, um ser encapuzado está sentando numa poltrona rindo: - Hahaha, pobres tolos! Tudo está saindo de acordo com o planejado, aproveitem os últimos momentos de glória! A era de um novo Ser Divino está prestes a começar! Sua voz era bem familiar. [B][COLOR=#008000]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XXIV-------------------------------------------------------------[/COLOR][/B] [COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO XXV – IMP[/CENTER] [/B][/COLOR] [COLOR=#0000ff][FONT=arial black]Um ano e oito meses antes... [/FONT][/COLOR] Já se passavam da meia-noite. O frio gélido e seco do deserto balançavam os poucos coqueiros que haviam naquele lugar. As ruas estavam desertas, nenhum barulho se ouvia. Exceto pelos passos de duas pessoas trilhando pelos becos ladrilhados da cidade de Morroc. - Vamos, Sora. Apresse-se... Estamos quase chegando, fica de olho pra ver se não tem ninguém nos seguindo. – cochichou Luke. Os dois monges estavam andando sorrateiramente pelas vielas da cidade. Nos braços de Luke estava May, desacordada. Estavam caminhando sentido noroeste. Pareciam que estavam procurando por alguma casa. - Ali. – disse Sora apontando para um bar, quase no extremo da cidade. Os dois se dirigiram minuciosamente rápidos para dentro do estabelecimento. Ao entrarem se depararam com um ambiente totalmente diferente do que estava lá fora. O bar estava lotado, pessoas das mais diversas classes festejando com música e bebidas. O barulho estava ensurdecedor. - O que é isso? Como é que ninguém está ouvindo esse barulho? – disse Sora tentando falar mais alto que a algazarra. Sora voltou para a entrada do bar e saiu. No lado de fora, apenas a quietude tomava conta das ruas. Ele tornou a entrar no estabelecimento, e o barulho continuava. Saiu novamente do bar, mas nada se ouvia. Então ele ficou no meio da porta alternando sua cabeça pra dentro e fora do bar. Quando estava dentro, o barulho era ensurdecedor. Quando estava fora, nenhum barulho se ouvia. - Mas que tipo de bruxaria é essa? – disse Sora se divertindo com o movimento. - Se concentra, Sora! Não estamos aqui pra brincadeiras, a coisa é séria! - Ok, me desculpe Luke. Mas como vamos passar por eles sem sermos vistos? - Isso é simples, eu já observei isso. Dá pra gente contornar pelas paredes, até o quarto “dele”. Eles não vão notar a gente passar, estão muito ocupados pra isso. Vamos! Luke deu um sinal para Sora o seguir. Eles começaram a contornar o bar pelas paredes, passando por trás das mesas. Luke tinha razão, o povo estava tão exaltado que nem percebeu a presença dos monges carregando uma pessoa no colo. - Olha, aquele deve ser o quarto “dele”! - Eu ainda não entendi como um senhor consegue morar num lugar desses. Deve ser impossível dormir aqui. – disse Sora pulando por cima de um arruaceiro bêbado no chão. - Não sei, vai ver que ele usa esse lugar para despistar. – respondeu Luke. Eles finalmente chegaram na porta do quarto sem muitas dificuldades. Sora então se preparou para bater na porta, e antes que ele pudesse tocá-la ela abriu sozinha. - Entrem. – disse uma fraca voz vinda de dentro do quarto. Os dois entraram no cômodo com certo receio. A porta se fechou sozinha. O quarto parecia ser uma extensão do bar onde estavam anteriormente. Era bem iluminado por tochas, haviam duas mesas com três cadeiras cada, iguais às do bar. Tinha uma grande lareira próximo a porta, que ainda crepitava a lenha em chamas. O barulho do bar não se ouvia mais, parecia que haviam lacrado aquele lugar contra som externo. No meio do quarto havia um criança vestida com um aconchegante casaco e uma touca de ursinho. As poucas mechas visíveis de seu cabelo eram castanhos claros. - Vocês demoraram... – disse o garoto para os monges. - Er... Com licença, garoto. Aqui é o quarto de Maia, o Espiritualista? Precisamos falar com ele. – disse Luke. - Está falando com ele. – respondeu o garoto. - O quê? Você é o famoso Maia, o líder dos Espiritualistas? – perguntou Sora admirado. - Ué, só porque eu tenho mais de trezentos anos não quer dizer que eu deva ser um velho caquético. – respondeu Maia, rispidamente. - T-t-trezentos anos?! – gaguejou Sora. - Exatamente, mas isso não vem ao caso. Fui informado de que vocês precisavam de minha ajuda, que tinha uma garota atormentada por um espírito? É essa aí? – indagou Maia. - Sim, ela vem tendo pesadelos quase todas as noites. Mas ela nunca falou desse problema para a gente. Um conhecido nosso que nos alertou há um mês atrás o que estava acontecendo com ela. – respondeu Luke se lembrando daquele encontro que o grupo teve com Karian no Esgoto de Prontera. - É, de noite ela gritava muito e acordava transtornada. Nós já surpreendemos ela falando sozinha, às vezes. Então sugerimos que ela fosse até o senhor pra saber o que estava acontecendo, mas ela não quis. Foi então que, depois da última crise que ela teve ontem, nós a sedamos e trouxemos para cá. – completou Sora. - Tudo bem, deite ela aqui. – disse Maia apontando para uma das mesas que estavam no quarto. Luke deitou May na mesa cuidadosamente. Ele então se afastou na mesa e deixou que Maia trabalhasse. O Espiritualista subiu em cima de uma cadeira, fechou os olhos e passou as mãos por cima de May. Suas mãos emanavam uma luz branca com um leve tom azulado. Após alguns segundos ali, Maia desceu da cadeira e disse: - Bom, eu não consegui captar nada vindo dela. Porém eu senti que a alma dela está bem danificada. - Danificada? Como assim? – perguntou Luke preocupado. - Ainda não sei dizer o motivo certo, mas provavelmente por algum desgaste espiritual. Geralmente isso é ocasionado por poltergeist ou encosto. – explicou Maia. - Mas não tem como o senhor saber o que ocasionou isso? – perguntou Sora. - Tem um método que eu utilizo, que revela qualquer espírito ou assombração vinculada à pessoa e forço ele a se manifestar. Porém a pessoa sente uma forte dor no processo. Querem que eu faça? Luke e Sora se entreolharam. Sabiam que se não fizessem nada, May poderia ficar transtornada para sempre. Foi então que Luke decidiu: - Pode fazer, senhor Maia. O Espiritualista foi até o canto mais escuro do quarto e retornou com três itens na mão: uma Rosa Eterna, um Coração Imortal e um Diamante de 3 Quilates. Ele perfilou os três itens nessa ordem sobre a mesa onde May estava deitada. Maia então subiu na cadeira, fechou os olhos e ficou parado por alguns segundos. De repente suas mãos e seus olhos começaram a emitir a mesma luz anteriormente. Ele pegou a Rosa Eterna da mesa, segurou-a sobre May e disse: [I][B]- Que essa Rosa Eterna murche, ao invés de você...[/B][/I] Neste momento a rosa se tornou uma pequena nuvem de luz, que se precipitou sobre May. Maia pegou o Coração Imortal e disse: [I][B]- Que esse Coração Imortal pare de bater, no lugar do seu...[/B][/I] O coração também se tornou uma nuvem de luz e o Espiritualista a direcionou para o coração de May. A bruxa deu uma pequena tremida e quietou-se. Maia, por fim, pegou o Diamante de 3 Quilates e disse: [I][B]- Que esse diamante vire pó, no lugar do seu corpo mortal...[/B][/I] Do mesmo modo, o diamante se transformou numa nuvem de luz. Maia soprou aquela nuvem sobre todo o corpo de May e esperou. De repente, May deu um forte grito. Seus olhos e boca estavam emanando luz, a mesma que saía das mãos de Maia. Ela se contorcia de todas as formas, urrava de muita dor. - Apareça, espírito maligno! Deixe-a em paz, volte para as profundezas de Nifheim! – ordenava Maia, ainda com suas mãos sobre May. Repentinamente, May parou de gritar e se rebater. A luz que estava saindo dela, desapareceu. Ela estava completamente desacordada. Muita baba cobria parte de seu rosto, devido às contorções. Agora outra coisa chamava a atenção dos monges na sala. Um espírito envolto por uma luz branca pairava sobre May. - N-não p-pode ser... I-isso aí é... Luke não estava acreditando no que os seus olhos estavam presenciando. O espírito pairando sobre May era idêntico a ele, exceto pela cor de cabelo que era igual ao de May. [COLOR=#008000][CENTER]-------------------------------------------------------------------------------------[/CENTER] [/COLOR] [COLOR=#0000ff][FONT=arial black]Atualmente...[/FONT][/COLOR] A cidade de Morroc já não parecia tão alegre quanto costumava ser, poças de sangue banhavam a areia sedenta do deserto de Sograt. Pessoas ajudavam umas às outras, tentando salvar o pouco que havia restado em suas casas. Outras procuravam pessoas que estavam desaparecidas. Sacerdotes e Sumos-Sacerdotes ajudavam feridos e desabrigados, e os guerreiros que sobreviveram em batalha descansavam da árdua peleja. Luke estava sentado debaixo de uma varanda das poucas casas que ainda estavam intactas. Estava pensativo e perdido em seu devaneio de pensamentos. Olhava fixamente para a cratera gigante por onde Morroc surgira, no meio da cidade. Algumas partes não estavam se encaixando, muitas coisas precisavam ser explicadas. [I][B]“A Veritatem não lutou seriamente conosco. Porque deixaram a gente ganhar tão facilmente deles? Eu sei que eles são poderosos, inclusive Markus que demonstrou fraqueza na minha luta contra ele. Assim também aconteceu com os outros, eu sei que a Veritatem não perderia assim tão facilmente. E como eles escaparam usando um tipo de teleporte que parecia com... Não, não! É imaginação minha, deixa pra lá...[/B][/I] [I][B]Mas o que não me entra na cabeça é como Morroc conseguiu se soltar e voltar pra cá. Eu sei que a Veritatem foi banida para outra dimensão por May, e que voltaram juntos com Morroc. Mas como o Imperador sabia da Veritatem? E o pior é que não é só ele que tinha conhecimento dela. Pelo o que eu percebi, Osíris também está no meio desta confusão. Todos os membros da Veritatem que entraram em combate com a gente, desapareceram misteriosamente. Inclusive o Imperador Morroc... [/B][/I] [I][B]Sei lá... Tem muita coisa estranha aí... Ainda estou pensando porque não fomos informados que Morroc era imortal? E porque não informaram que Thanatos não poderia ser ressuscitado, pois se tratava apenas de uma lembrança? Isto não me entra na cabeça de jeito nenhum... Afinal o que a Veritatem pretende realmente? Eu sei que fazer com que Morroc se tornasse o novo imperador de Midgard não era o plano. Então o que é? Tem alguma coisa por trás disso. Isto ainda não acabou...[/B][/I]” – pensava Luke. - Luke, está tudo bem? Luke virou-se na direção daquela divina voz que acabara de soar. Ele ficou sem palavras ao ver Luna se aproximando. O fraco brilho da lua fazia resplandecer toda a sua imponente armadura de templária. Seu rosto também era agraciado pela envolvente luz do luar. Luke percebeu que ela havia perguntado algo, e então respondeu sem jeito: - Ah, sim. Está tudo bem. Obrigado pela preocupação. Eu estava aqui pensando nesta situação toda, e acabei que não falei com ninguém depois das buscas. Me desculpe. - Não, tudo bem. Tivemos uma batalha árdua, mas deixe-me apresentar direito. Meu nome é... - Luna... – disse Luke antes de Luna acabar de falar. Luke percebeu que Luna tinha ficado sem graça, e tentou disfarçar: - Quer dizer... foi o que Guillaume disse não é? - Isso... Você tem uma boa memória. – confirmou Luna ainda sem graça. - Me desculpe por qualquer coisa, mas toda esta situação está me deixando maluco. É que algumas coisas não se encaixam nesta história, algo me diz que ainda não acabou... - Também estou um pouco confusa. Como pode um antigo clã dar tanto trabalho para Midgard assim? Eu só espero que acabe isso de uma vez por todas. Eu ouvi e presenciei várias coisas horríveis a respeito da Veritatem. Estou exausta – disse Luna sentando-se ao lado de Luke. - Mas porque Guillaume apareceu logo agora? – disse Luke virando-se para ela. -[COLOR=#0000ff][I][B] É porque o nosso clã estava na Ilha do Farol, a sudoeste de Morroc. Assim que o Imperador Morroc apareceu, ele soltou uma enorme onda de monstros que tentou invadir algumas cidades próximas de Morroc. Então o nosso clã recebeu ordens para descermos até lá e ajudar a conter o ataque. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000ff][I][B]Conseguimos eliminar os monstros e estávamos indo embora quando, novamente, outra tropa de monstros veio do nada. Tivemos que conter de novo os monstros. Até que uma carta chegou até Guillaume. A carta dizia para que Guillaume fosse ajudar o clã Ordem de Rune-Midgard a aniquilar Morroc. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000ff][I][B]Então quando ele estava preparando suas armas e itens, uma sumo-sacerdotisa da Catedral de Prontera apareceu com as correntes e os grilhões usados para neutralizar Morroc. Ela pediu para que Guillaume e alguns do clã fossem até Morroc para selar o Imperador Morroc. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000ff][I][B]Guillaume estranhou, pois a carta que ele havia recebido mais cedo dizia para ele aniquilar o Imperador Morroc. Então ele perguntou para a sumo-sacerdotisa quem havia mandado a carta, mas a sumo-sacerdotisa disse que ninguém havia mandado tal ordem para eles. E ela acrescentou dizendo que não teria como matar Morroc, porque ele era imortal. O que se podia fazer era selar sua força e energia, e aprisioná-lo para que não pudesse fazer nenhum mal. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000ff][I][B]Aí ela explicou como funcionavam as correntes e os grilhões, e Guillaume após isso decidiu deixar o clã na Ilha do Farol e me levar como escudeira. O resto você já sabe... Acho que ele está investigando o outro lado desta história, e eu também penso da mesma forma que você. Acho que isso ainda não acabou.[/B][/I][/COLOR] – explicou Luna. - É, tem razão. Precisamos ter pensamentos positivos, eu só imagino onde isso vai parar. Primeiro foi Prontera, depois Geffen e agora Morroc. Será que eles vão atacar todas as cidades de Rune-Midgard até conseguirem o que querem. Pois até hoje eu não sei o que diabos é esse tal de Objetivo Maior. – respondeu Luke frustrado. - Bom, pelo menos a gente... - Gente, gente! Mais problemas, parece que Markus foi visto em Juno. Dizem que a cidade está infestada de monstros robôs e também de outros monstros nativos daquela região. – disse Edna correndo e interrompendo Luna. - Pôxa, esses malditos não dão sossego algum! Temos que acabar com essa palhaçada de uma vez por todas! Pelo o que eu percebi a maioria ainda está se recuperando da batalha, mas eu não vou deixar que eles destruam outra cidade! – disse Luke levantando-se. - Calma Luke! Várias tropas que não foram envolvidas na batalha de Morroc já se dirigiram para lá, inclusive a tropa do General Kin já está lá. – disse Edna tentando acalmá-lo. - Nossa, eles chamaram a IMP!? Já vi que a coisa está séria por lá. – disse Luna espantada. - Está vendo! Precisamos ir o mais rápido possível, eu sou o maior interessado nesta história toda! Afinal, ele acabou com a minha família! E eu estou decidido acabar com isso de uma vez por todas. Já sei como isso irá acabar! Mas se eu conseguir acabar com este miserável, o sacrifício valerá a pena! – disse Luke com convicção. - Luke, não fale assim. Foi só uma previsão... Quem faz o futuro somos nós. O que fizermos no presente será a consequência do futuro. Fique aqui mesmo ajudando os outros que precisam de ajuda, evite que isso aconteça. – pediu Edna. - Já decidi, Edna. Eu irei até Juno e deterei aquele maldito traidor. A profecia não diz onde eu irei morrer, é capaz que eu consiga deter Markus e ainda sair vivo de lá. O que você disse faz sentido, mas até hoje nenhum Oráculo da Morte errou uma previsão. Não tem como mudar o futuro, devo aceitar o meu destino. Uma hora ou outra isso vai acontecer. Não posso perder tempo. – disse Luke recolhendo seus pertences. - Espera pelo menos a gente reunir o clã, não vamos deixar você sozinho nessa. A Veritatem também é problema nosso, ficar de cabeça quente só vai piorar as coisas. – alertou Edna. - Você está certa. Ficar alterado só vai piorar a situação. Vamos juntar todos do clã e partir para Juno. – confirmou Luke colocando a mão direita na testa. - Isso mesmo. Apesar de eu não estar por dentro do assunto, o melhor que tem a se fazer é esfriar a cabeça. Nós do clã Vanguarda de Maroll também iremos ajudar em Juno. A situação nas cidades vizinhas já está estável, então não há problema do clã ajudá-los nesta batalha. Croix deve estar muito ferido, logo a força de vocês diminuem um pouco. – disse Luna entrando na conversa. - Por falar nisso, como está Croix? – perguntou Luke preocupado. - A última vez que eu o vi ainda estava inconsciente. Não sei como ele está agora. – respondeu Edna com um olhar triste. - Droga, onde ele está agora? Preciso vê-lo. - Bom, ele está na estalagem da cidade. Lisa e os outros sacerdotes e sumos estão cuidando dele. – respondeu Edna para Luke. - Vou dar um pulo até lá para ver se ele está melhor. Vocês vêm comigo? – perguntou Luke. - Vou sim. – respondeu Luna. - Eu também vou, acho que a maioria do clã deve estar lá também. – completou Edna. Os três então seguiram na direção norte da cidade. Enquanto andavam, observavam a gigantesca cratera ocasionada pelo surgimento do Imperador Morroc. Ainda podiam-se ver ao longe pequenos fragmentos de luz na cratera. Às vezes davam a impressão de movimento. Poucos minutos depois eles chegaram à estalagem. A estalagem parecia não ter sofrido nada, nenhuma rachadura sequer havia na parede. - Impressionante. Como eles conseguiram isso? – perguntou Luna admirada. - Isso é simples. Na maioria das estalagens de Rune-Midgard, sumo-sacerdotes da Catedral de Prontera e os bruxos de Geffen desenvolveram uma habilidade semelhante à Basílica. Qualquer que seja a ameaça que exista contra a estalagem, esta magia é ativada. Nenhum ataque, pessoa ou monstro consegue atravessar. Magias e habilidades também não irão funcionar. – explicou Edna. - Ué, então porque que não adotam este mesmo sistema nas cidades? – perguntou Luna - Simplesmente pelo fato de que a cidade é enorme e precisaria de muita energia mágica. Sem contar que quando ativada, nenhuma pessoa, ataque ou ser vivo pode passar pela barreira. Mas isso não acontece se os ataques forem internos, como aconteceu aqui em Morroc. Por exemplo, se este poder tivesse ativo em Morroc todos estariam mortos porque ninguém poderia sair e nem entrar. Como os monstros surgiram de dentro da cidade, não teria como expulsá-los e também não teria como a gente pedir ajuda pois o teleporte não iria funcionar. – explicou Edna. - Entendi. Então como se trata de apenas uma estalagem, é mais fácil de controlar. Pois mesmo se o inimigo surgisse de dentro da estalagem, seria mais fácil de capturar do que se fosse na cidade toda. – disse Luna, compreendendo a situação. - Exatamente. Essa magia pode ser uma proteção como também pode ser um tiro no pé, se usada incorretamente. – respondeu Edna. Os três entraram na estalagem, confirmaram com a recepcionista o quarto onde Croix estava hospedado. Subiram as escadas até o segundo andar e foram em direção ao quarto 215. Ao entrarem no quarto se depararam com a seguinte cena: a maioria dos membros do clã Ordem de Rune-Midgard estavam no pequeno quarto iluminado. Lisa, Naeratus e Julgus examinavam Croix, que estava deitado confortavelmente numa das camas do quarto. Seus olhos estavam fechados, muitos olhares tristes cobriam os rostos dos que ali estavam. Luke saiu correndo em direção de Croix, mas Sora o conteve no caminho. - O que aconteceu com ele? Não me diga que ele... – disse Luke desesperado. - Calma Luke. Ele não está morto, se acalme! – disse Sora contendo-o. - Então, mas porque estas caras tristes? – perguntou Luke mais uma vez. Lisa então saiu de perto da cama de Croix e foi até Luke. Olhou no fundo dos seus olhos e disse: - Luke. O nosso líder, o Croix, está em coma... Luke recebeu o impacto que aquela notícia havia causado. Estava em choque. Ficou paralisado por alguns segundos, até que: - Como assim, em coma? Ele estava apenas desmaiado, como ele conseguiu ficar neste estado? – disse Luke ainda incrédulo. - Infelizmente a cura veio tarde demais. Depois da batalha contra Morroc ele nunca mais acordou. – disse Max com tristeza. - Mas como? Ele é a pessoa mais resistente do nosso clã! – disse Luke ainda sem acreditar naquele fato. - Isso foi um acúmulo de cansaço. Ele usou quase toda a sua energia na luta contra o ninja da Veritatem, e depois foi surrado por Morroc e seus monstros. Se tivesse sobrado algum fruto de Yggdrasil para Croix naquela hora que a May apareceu, talvez isso não tivesse acontecido. – lamentou Lisa. - Bom você ter citado isso. Esta é uma dúvida que não foi esclarecida para mim. Como a May conseguiu aquela quantidade de frutos de Yggdrasil? – perguntou Edna. - Ah, sim. Ela explicou para a gente. A May esteve aqui mais cedo e esclareceu essas e outras dúvidas. Ela se lembrou da minha história, das raízes de Yggdrasil e disse que usou a magia temporal dela para ir até às raízes da árvore. Chegando lá encontrou várias Plantas Brilhantes*. Ela então encontrou vários frutos de Yggdrasil nestas plantas e os trouxe para cá. – explicou Sora. [QUOTE][COLOR=#0000ff][I][B][U]*Plantas Brilhantes:[/U] São pequenos brotos, que mudam de cor constantemente. São extremamente raras aqui em Rune-Midgard e muitos dizem que elas são pequenas ramificações de Yggdrasil.[/B][/I][/COLOR] [/QUOTE] - Mas isso não explica porque ela não apareceu no Chamado Urgente. – indagou Edna. - Bom, ela também não soube explicar o porquê mas ela disse que talvez seja por causa do próprio ambiente que Yggdrasil cria, que impossibilita usar teleporte convencional. – respondeu Sora. - E ela está se sentindo muito culpada por causa de Croix. Ela queria salvar o clã e acabar com o Imperador Morroc, mas não conseguiu salvar o líder do clã. Ela disse que se arrepende muito de ter falado para não curar Croix e deixá-lo fora da batalha para descansar. – completou Lisa. - E pra onde ela foi agora? – perguntou Luke. - Eu encontrei com ela faz pouco tempo, e ela disse que ia consertar o erro dela. – disse Guillaume acabando de entrar no quarto. - Guillaume, você está bem? – perguntou Luna, abraçando-o. - Estou sim, Luna. Apesar de ver o meu irmão nessa situação, estou bem. – respondeu Guillaume Luke ficou um pouco desconfortável com a cena, mas ele logo dirigiu a palavra a Guillaume: - May disse que iria consertar o seu erro? - Exatamente. Ela estava muito abalada e também se dizia culpada pelo estado de Croix. Ela falou que iria resolver este erro pessoalmente. – respondeu Guillaume. - Não me diga que ela está pensando em... - Isso mesmo. Ela foi para Juno para acabar isso de uma vez.– disse Guillaume interrompendo-o. - Droga, ela está muito fraca. Ela não vai segurar por muito tempo. – disse Luke preocupado. - Calma Luke, a IMP já está lá. Qualquer que seja o plano da Veritatem, terão muito trabalho para passar por cima da IMP. – disse Edna tentando acalmá-lo. - Afinal o que é essa IMP? – perguntou Sora curioso. - Mas você é um ignorante mesmo, né Sora? – disse Edna servindo-lhe um tapa atrás da cabeça. - Ai, isso dói... – disse Sora massageando a cabeça. - Imponente Muralha de Prontera ou IMP é uma organização ultra secreta criada pelo reino do Rune-Midgard para conter qualquer ameaça que venha desestabilizar Midgard. Eles são chamados em últimos casos, como último recurso justamente por causa do seu poder devastador. Seus corpos são impenetráveis, como se tivessem em Corpo Fechado. Ninguém nunca soube como eles adquiriram tamanho poder, e raramente alguém os vê em ação. Eu acho que você já conheceu uma parte do grupo, lembra? – explicou Guillaume. - Eu já os conheci? – perguntou Luke. - Sim. Não se lembra de quem o salvou da Veritatem depois do ataque em Prontera, onde seu tio quase o matou? – perguntou Guillaume. - É verdade. Não me lembrava mais, eles até me deram um pergaminho que até hoje nunca usei. Está guardado nas minhas coisas, lá na Abadia de Santa Capitolina. – respondeu Luke, se lembrando daquele horrível dia. - Bom, chega de conversa. Eu irei abrir o portal para Juno, mas irei ficar aqui tomando conta de Croix. Vocês vão dar uma forcinha para a IMP. E por favor gente, acabem logo com isso. Muitas pessoas estão sofrendo com esta confusão. Eu não aguento mais. – disse Lisa com os olhos quase lacrimejando. - Pôxa amor, precisamos muito de você lá. – disse Max dando-lhe um acalentador abraço. - Max, você sabe da minha responsabilidade. Faça o seu melhor, eu sei que você é capaz. – respondeu Lisa retribuindo com um pequeno beijo. Estava tudo decidido. Os que iam para Juno se aprontaram, arrumaram suas coisas, se despediram dos que ficaram e então Lisa conjurou o portal. Todos entraram prontos para a próxima e decisiva batalha.O teleporte foi muito rápido. Não deu muito tempo para pensar. Ao chegarem em Juno se depararam com uma cena bem extravagante. Não acreditavam no que estavam vendo. Um homem roubava a cena no lugar: - Vamos seus projéteis de sucata, vocês não são de nada. Vocês da Veritatem são lixos, eu esperava mais dos temíveis monstros da Veritatem! Markus apareça, não é homem o suficiente? Hahahaha! Luke e os outros nunca viram tamanha loucura em um homem só. [COLOR=#008000][B]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XXV-----------------------------------------------------------[/B][/COLOR] [COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO XXVI – ALIANÇA[/CENTER] [/B][/COLOR] A cena mais inacreditável que já viram na vida passava por diante de seus olhos. Um paladino de meia idade, aparentemente na faixa de uns quarenta anos, estava rodeado de vários monstros atiradores como Dimiks, Venatus e Holdens. Tinha cabelos brancos e rebeldes, uma cicatriz num formato de cruz no lado direito do rosto, olhos castanhos claros e vivos, e um sorriso aterrorizante. Sua armadura de paladino estava tingida com as cores laranja flamejante e preto. Haviam cerca de sessenta monstros atacando e atirando naquele único homem. O paladino por sua vez destruía tudo o que via pela sua frente, recebia os ataques como se fossem nada. Pela sua expressão, se divertia muito. Alguns monstros ele nem chegava a usar sua espada, apenas seus braços já davam conta do recado. - É só isso que vocês têm? Onde está toda a força da Veritatem? Isso é tudo o que conseguem fazer? Markus, seu covarde apareça e lute como homem. – disse o paladino trucidando os monstros à sua volta como se fossem papel. Todos, exceto Luke, olhavam impressionados com aquela cena. Foi aí que o monge resolveu chamá-lo. - General Kin, somos o clã Ordem de Rune-Midgard! Viemos aqui para dar apoio! – gritou Luke acenando para o paladino, que acabara de arrancar a cabeça de um Dimik. - Crux Magnun! – conjurou Kin. Uma enorme cruz de luz surgiu em volta de Kin, pulverizando todos os monstros ao seu redor. Parecia ter sido a única vez que o paladino havia sentido algo. Kin então guardou sua espada na bainha presa à sua roupa, e calmamente andou na direção do grupo. Luke também começou se aproximar de Kin, dizendo: - Kin, amigão. Como está a situação por aqui? Estou vendo que... Kin se aproximou de Luke e desferiu um soco na cara dele, que o arremessou longe. Todos do grupo ficaram espantados. - Seu idiota, como você deixou isso acontecer? Que decepção para o Mestre Muhae! – disse Kin esbravejando. - Calma general, Luke não fez nada! Se controla! – disse Sora indo na direção de Luke. - Fiquem calmos, pessoal. Está tudo certo. – disse Max na mais pura calma. - Como assim certo? Olha como ficou Luke... – respondeu Sora. - Apenas observem... – completou Max. Todos olharam para Luke, que estava se levantando do chão. O monge estava sorrindo. - Você merecia essa, Luke. Não pude evitar. – disse Kin dando-lhe a mão. - É, desta vez você me pegou. Com essa o placar fica 87 a 13 a seu favor. – disse Luke apoiando-se na mão de Kin e se levantando. - Levante-se garoto. Como que está a vida? Muito agitada, eu diria... – disse Kin batendo sua mão nos ombros de Luke. - Nem me lembre, cara. E você, sempre exagerando né? Olha que o coração não vai aguentar, você já está muito velho pra essas coisas. – disse Luke brincando e dando um abraço em Kin. - Sou mais jovem que você, rapaz. E aí, já se encontrou com aquele traidor infeliz de novo? – perguntou Kin. - Felizmente sim, mas ele escapou e me parece que ele está por trás deste ataque em Juno. Mas de uma coisa eu sei... - Cuidado! – avisou Edna. Uma rasante foi dada contra Luke e Kin, que o mesmo instintivamente defendeu o ataque segurando suas asas e arrancando-as com a boca. O grupo ficou abismado com aquela cena. Logo viram no chão uma harpia caída, sem asas e sangrando. - E-esse cara é m-mesmo humano? – perguntou Sora assustado. - Me desculpem, é que nestes últimos anos não têm acontecido muita coisa interessante. Ainda estou meio enferrujado. – disse Kin limpando sua boca suja de sangue com o braço. Enquanto Yui vomitava num canto qualquer, Julgus se atreveu a perguntar: - Uma harpia, aqui em Juno? [QUOTE][COLOR=#0000FF][I][B]Harpias eram monstros voadores metade mulher e metade pássaro. Elas habitavam os Arredores de Juno e só atacavam humanos se eles invadissem seu território.[/B][/I][/COLOR] [/QUOTE] - Mas elas nunca tentaram invadir Juno. Tenho quase certeza de que a Veritatem está por trás disso! – deduziu Sora. - E não acaba por aí gente, vejam! – disse Max apontando para o céu. Uma revoada de harpias estava sobrevoando a cidade, atacando e causando mais caos. - Droga, ainda tem isso? – disse Edna tentado proteger a cabeça. Falcon, Hula e Luv começaram a atirar flechas contra as harpias, e com uma precisão incrível conseguiram derrubar boa parte da revoada. As que sobraram fugiram em disparada pelos céus da cidade-ilha, Juno. Kin tomou posição e disse: - Deixem esta área comigo, vocês vão dar suporte para os outros na cidade. E Luke, se você encontrar Markus acabe com ele. - Pode deixar, general. – confirmou Luke fazendo uma continência. - Aliás, onde está sua namorada? A May? – perguntou Kin. - Eu ia perguntar isso para você, mas se você está perguntando sobre ela é sinal de que não a viu hoje, correto? – deduziu Luke. - Exato, mas o que aconteceu com ela? – perguntou o veterano paladino. - É uma longa história, depois eu te explico. Mas se você a vir, diz para ela me esperar do seu lado. Neste mesmo instante um portal foi aberto ao lado do clã e várias pessoas saíram de dentro dele. A quantidade de pessoas era praticamente igual ao do clã Ordem de Rune-Midgard, e no meio destas pessoas alguns rostos conhecidos estavam presentes ali. - Luna, Guillaume! Ainda bem que vocês já chegaram, já podemos nos separar na cidade para conseguirmos capturar a Veritatem de uma vez por todas. – disse Luke indo ao encontro do grupo. - E aí, Luke? Tranquilo? - Demetrius? Onde você estava? Nós te procuramos depois da batalha contra Morroc mas não te achamos. - disse Luke surpreso com a presença de Demetrius no grupo. - Foi mal, é que acabei encontrando com alguns membros da Vanguarda de Maroll em Morroc e decidi ajudá-los. Guillaume nos contou como vocês conseguiram deter o monstro. Vocês são formidáveis. – respondeu Demetrius. - Que nada, Guillaume que fez a parte mais complicada. Mas vocês demoraram muito. O que aconteceu? – perguntou Luke. - A gente demorou um pouco porque estávamos terminando de reunir o clã, mas agora a Vanguarda de Maroll está quase completa. Alguns membros ficaram em Morroc para assistência. Mas me diz aí, qual é a atual situação da cidade? – disse Guillaume. - A coisa está ficando feia por aqui, mas com a IMP por perto creio que será mais fácil. Veja estas sucatas no chão, foram monstros derrotados apenas por Kin. – disse Sora apontando para a enorme pilha de sucatas de monstros. - C-como? Esta pilha de sucatas eram Dimiks e ele derrotou sozinho? – perguntou um menino que estava atrás de Guillaume. - Por que está impressionado, Viny? Você também já derrotou muitos monstros assim. – disse Guillaume saindo da frente do menino. - Mas não nessa quantidade toda. – respondeu o menino. O menino aparentava ter dezesseis anos de idade, tinha cabelos loiros e olhos castanhos escuros. Usava uma roupa de aprendiz bem elaborada, e um chapéu amarelo com uma pequena faixa azul. - Fala Viny, tudo tranquilo por aí? – perguntou Sora. - Iae cara, destruindo muitos prédios ainda? – brincou Viny. - Na medida do possível, claro... – ironizou Sora. - Viny, como é que tu tá garoto? Treinando muito? – disse Luke cumprimentando o superaprendiz. - Sempre, a cada dia que passa sinto que estou chegando bem perto da Aura Azul. – respondeu Viny retribuindo o gesto. - E “aquele” cara, ainda está te importunando? - “Ele” nunca me importunou. Na verdade ele sempre me ajudou, ainda é difícil pra mim aceitar que “ele” tenha se bandeado para o lado errado. – disse Viny com tristeza. - Sei como se sente, aconteceu a mesma coisa comigo. Mas agora Karian é um criminoso foragido da lei, quase conseguimos capturá-lo em Morroc. - Eu sei, Luke. Mas eu confiava nele – [I][B]e ainda confio[/B][/I] – mas de uma coisa eu sei: ele não é uma pessoa má. Não é um assassino! Ele deve estar sendo manipulado por eles! Luke percebeu que estava deixando o pequeno superaprendiz abalado, e resolveu mudar de assunto: - E o Croix como está? - Ainda está na mesma, a Lisa e os outros estão fazendo o melhor possível. – respondeu Guillaume. - Galera, vamos parar com a formalidade e vamos logo à batalha! Devemos acabar com isso o mais rápido possível, estamos perdendo tempo aqui! – disse Kin cortando a conversa e ao mesmo tempo abatendo várias harpias. Então, apesar da “rixa” amigável entre os clãs, ambos se juntaram e se subdividiram em vários grupos. Cada grupo foi para uma direção para ajudar a conter a invasão, apenas Kin continuou no local sozinho. Luke foi com Sora, Naeratus e Julgus, e o super aprendiz Viny, da Vanguarda de Maroll. O grupo corria rumo à praça central de Juno. Para todos os lados onde olhavam via-se verdadeiras batalhas entre monstros e pessoas. Enquanto corriam pela cidade, Luke reconhecia a cena. [I][B]“Isto está igual à Morroc. Igual não, pior! Onde você se meteu, May? Tenho que acabar isso logo, não posso mais deixar que pessoas inocentes se machuquem. Nem que para isso eu precise dar a minha vida.”[/B][/I] – pensava Luke consigo mesmo. - Ei Luke, você está muito pensativo! O que está te preocupando? É a May, não é? – disse Sora cutucando-o. - Não dá pra disfarçar né, Sora? Realmente estou preocupado com ela. Quando ela põe uma coisa na cabeça não há ninguém que tire isso. Estou receoso de que ela acabe fazendo besteira, ela deve estar muito fraca por usar tanto poder assim. – respondeu Luke preocupado. - Fica assim não cara. May é uma mulher guerreira, já passou por coisas piores e não será hoje que ela irá cair. – confortou Sora. - É cara, se você confia nela não tem porque temer alguma coisa. – disse Viny entrando na conversa. - Obrigado, Viny. Olha você, nessa idade e já aconselhando problemas de adultos. – agradeceu Luke. - Que é isso, cara? Eu não sou mais criança! Meu nome é Viny, o primeiro e único super aprendiz da Vanguarda de Maroll. Já superei muitas coisas na minha vida, sei como são as coisas. Tenho maturidade o suficiente para... PUF! Viny caiu de cara no chão. Havia levado um tombo. - Olha aí. Esse tempo todo e ainda não conseguiu andar direito? Depois quer bancar o maduro? Cresça primeiro, menino! – caçoou Sora. - Eu não tenho culpa se o terreno é acidentado. – disse Viny tentando se justificar. - Acidentado? Juno é a cidade mais bem planejada de Midgard. As ruas são feitas de pedras lisas. Ela pode ser tudo, menos acidentada. Arrume outra desculpa, gafanhoto. – completou Sora. - Falou o cara que explodiu a Abadia inteira só pra poder passar no teste de monge. – retrucou Viny. - Ei, Viny. Não fale essas coisas em voz alta, e eu não explodi a Abadia! Só a sala do teste, que era o labirinto invisível. Mas o importante é que eu passei, não tenho culpa se as paredes eras velhas e frágeis. – disse Sora passando a mão por detrás da cabeça e com um sorriso sem graça no rosto. - Vocês são realmente assustadores. A única dúvida que eu tenho é porque que vocês ainda não viraram mestre. Quando que vocês vão conquistar a Aura Azul? – indagou Julgus. - Ah, não é tão simples assim, Julgus. É um processo demorado e muito complicado, você sabe melhor do que ninguém como é difícil ser uma transclasse. – respondeu Sora. Então eles continuaram correndo e eliminando todos os monstros que atravessavam o caminho. Viny, apesar de não aparentar, demonstrava ser um forte guerreiro. Estavam se aproximando da Biblioteca de Juno quando Luke parou bruscamente, fazendo os companheiros trombarem um no outro. Viny não conseguiu se segurar e despencou no chão, outra vez. - Luke, o que você está fazendo? Ficou maluco, até parece que... Sora parou de falar na hora. Todos os cinco olhavam fixamente para a entrada da Biblioteca, duas figuras roubavam a cena naquela hora. Melhor dizendo, apenas uma figura roubava a cena. O grupo estava presenciando a seguinte cena: Doralice, da Veritatem, estava morta no chão com o próprio cajado fincado em seu peito. Em cima dela estava May Schicksal, segurando o cajado e forçando-o mais ainda sobre o peito de Doralice. - May, o que você está fazendo? – gritou Luke indo na direção de May. May levou um susto e imediatamente saiu de cima de Doralice. Ela virou-se para Luke e disse: - Desculpe Luke, mas não consegui evitar. É menos uma pra dar trabalho... May sentiu uma fraqueza e caiu, mas foi segurada por Luke que a agarrou rapidamente. - May, May! Você está bem? Levante-se, não desmaie! O que é que te deu na cabeça de vir aqui sozinha em Juno! Você está muito fraca, está colocando seu corpo no limite! Vou te levar num lugar seguro, aguente firme! – disse Luke colocando-a em seus braços. - Curar! Benção! Magnificat! – conjurou Naeratus através das palavras de Julgus Os ferimentos que May obteve em batalha começaram a se curar rapidamente. Sua energia mágica ainda continuava fraca, mas se estava sendo recuperada aos poucos. - Me solte, Luke. Já estou bem! Obrigada Naeratus pela cura, estou bem melhor. – disse May tentando se soltar dos braços de Luke. - Nada disso May, você precisa de descanso. Deixe que a gente cuida do resto, o que está feito não tem como mais mudar. Julgus, abra um portal para a Catedral de Prontera! – pediu Luke Julgus retirou uma gema azul de suas vestes e com um leve movimento conjurou: - Portal! Um portal surgiu ao lado de Luke, e ele então colocou May no chão e disse: - Por favor May, entre. Você já fez o bastante, aguarde até que esta batalha acabe. Depois veremos o que fazer. – pediu Luke. - Luke, não insista. Eu já estou decidida, eu vou atrás daquele infeliz. Ele irá pagar por tudo o que ele fez. – retrucou May com uma voz fraca. - Querendo ou não você vai entrar neste portal. – ameaçou Luke. - Tudo bem, eu irei... – disse May repentinamente, dando-lhe um abraço. Após alguns segundos abraçados, May começou a desaparecer do lugar utilizando a magia temporal. - Droga, May volte aqui! Merda, essa mulher é muito teimosa! Se ela ficar usando seus poderes todas as vezes, ela não vai resistir outra batalha e perderá. – disse Luke dando um soco no chão. - Sua mulher é bem escorregadia, heim. – satirizou Viny. - Nem me fale, cara. - E agora, o que faremos com o corpo dessa aqui? – perguntou Julgus apontando para o corpo de Doralice, ensanguentado no chão. - Vê se você consegue ressuscitá-la ou curá-la. Se não conseguir, coloque-a no portal juntamente com uma mensagem para o seu superior lá na Catedral de Prontera. - Tudo bem. – disse Julgus concordando com Luke. Julgus tentou de todas as formas reanimar Doralice, mas todas em vão. Então ele escreveu uma pequena carta, colocou-a junto ao corpo e abriu o portal novamente. Por fim, ele o corpo da arquimaga no portal e em seguida o fechou. - Eu custo a acreditar que a May foi capaz de matar uma pessoa. – disse Sora decepcionado. - Na verdade eu também não, me surpreendi muito com essa atitude. Mas eu não posso criticá-la pois se eu encontrar o Markus, não sei o que pode acontecer. A raiva que eu sinto dele supera qualquer senso de justiça. – disse Luke cerrando os punhos. - Vamos continuar nossa busca, temos que andar rápido antes que mais monstros apareçam. Quanto mais tempo perdermos pior fica a situação. – advertiu Julgus. - Luke! Espere! Luke virou-se para trás e viu Demetrius, o general Kin, Luna e mais dois integrantes da Vanguarda de Maroll correndo na sua direção. - Luke, parece que localizamos Markus. Ele foi visto na Academia dos Sábios, onde ele costumava trabalhar. – disse Demetrius com um ferimento no ombro esquerdo. Na mesma hora o sangue de Luke ferveu. Sua raiva e fúria ficaram nitidamente visíveis em seu rosto. Então o general Kin já se aproximou de Luke e disse: - Se acalme rapaz, não vá se precipitar. Vamos todos juntos, você terá sua chance de capturá-lo. Irei chamar a IMP! Uma aura prateada surgiu em torno de Kin e, após cinco segundos, doze renomados guerreiros surgiram em volta dele. Todos trajavam roupas com cores laranja flamejante e preto, mas cada um com a roupa da sua classe. Luke logo reconheceu alguns rostos. O Atirador de Elite que antes o salvou da Veritatem quando era noviço, e também Vitor: o sumo sacerdote que o havia curado. No restante do grupo havia em sua maioria Paladinos e Lordes. Apenas um atirador de elite, um sumo sacerdote, um taekwon e um algoz eram as únicas classes diferentes. O restante eram Lordes e Paladinos. - Como esse mundo é pequeno. Veja quem está aqui, o pequeno noviço de dois anos atrás. E quem diria heim, virou um monge. Meus parabéns, eu pensei que você seria um sacerdote. – disse Adam, o atirador de elite. Luke não disse nada, apenas virou o rosto. - O que Markus quer na Academia de Juno? – perguntou Sora. - Provavelmente deve estar atrás do Coração de Ymir. Lembra da profecia do Oráculo da Morte? – disse Kin. - Como eu poderia me esquecer... É nesta batalha que minha história se findará... – disse Luke sem demonstrar receio. - Fique tranquilo. Já nos antecipamos quanto a isso, o Presidente da Academia dos Sábios já montou uma armadilha para pegá-lo. Você não está sozinho nessa, camarada! – completou Kin. - O que estamos esperando então? Vamos nessa... Com a IMP do nosso lado não tem como a Veritatem vencer! – disse Viny entusiasmado. - Exatamente! IMP, Ordem de Rune-Midgard e Vanguarda de Maroll: será impossível eles vencerem a gente! – exclamou Demetrius. O grupo não perdeu tempo, foram para a Academia dos Sábios. Enquanto seguiam para lá, Luna se aproximou de Luke e disse: - Tome muito cuidado. Luke olhou assustado para Luna, enquanto ela voltava para o lugar onde estava. Enquanto se dirigiam para lá, eliminavam alguns monstros que ficavam no caminho. Mas logo perceberam que a quantidade de monstros havia diminuído. Após alguns minutos eles conseguem chegar a noroeste da cidade onde está a Academia dos Sábios. Aquela multidão de guerreiros invadiu a Academia de Juno e viram a seguinte cena: um bom grupo de sábios e professores no centro do saguão, juntamente com o Presidente da Academia, e May Schicksal bastante ferida. Na frente do grupo estava Markus com uma espécie de algemas mágicas, caído e detido. Ele gritava freneticamente e repetia a mesma frase: - ISSO É UM ENGANO! NÃO SEI DO QUE VOCÊS ESTÃO FALANDO! EU JAMAIS FARIA ISSO, VOCÊS ESTÃO PEGANDO A PESSOA ERRADA! POR FAVOR, PAREM! [COLOR=#008000][B]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XXVI-----------------------------------------------------------[/B][/COLOR] [COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO XXVII – LEGÍTIMO VON TRIVIAN[/CENTER] [/B][/COLOR] - Desgraçado, traidor! Como pôde? – esbravejou Luke avançando contra Markus, que estava detido no chão. Luke começou a desferir inúmeros golpes em Markus. O professor já estava bem machucado, mas Luke não se importava. Cada soco que ele dava não era bastante o suficiente para cobrir tamanha dor causada por Markus. - Maldito! Meu pai confiava em você! Eu confiava em você! Miserável! Por quê? O monge descarregava toda a sua ira em Markus. Seus olhos estavam lacrimosos de tanta fúria. O sangue começou a escorrer pela face do professor. - Morra, desgraçado! Punho Supremo de Asura! Um ruído metálico ecoou pelo lugar. O golpe de Luke tinha sido bloqueado por um grande escudo. Luna estava na frente dele com seu indestrutível escudo, defendendo Markus do ataque do monge. - Luke, pare! Acabou! O pesadelo que estava atormentando-o terminou! Não suje suas mãos com este lixo. – disse Luna forçando o escudo contra o ataque de Luke. Luke estava ofegante e exausto. Seu punho direito estava todo ferido e esfolado. A dor de seu braço estava sendo suprimida pelo ódio incontrolável. Mas ao ver Luna na sua frente fazendo aquele gesto, caiu em si. Ele abaixou sua cabeça e, após alguns segundos, o braço. Pela primeira vez ele começou a sentir o desconforto que o seu braço estava causando a ele. Ele foi se acalmando aos poucos, e encarava Markus com muito desprezo. Após alguns instantes, Luke concordou com Luna: - Tudo bem, você tem razão. Eu só quero perguntar uma coisa para este cretino... Luke aproximou-se bem perto de Markus e, olhando em seus olhos, disse: - Porque que você fez isso? Porque você traiu a nossa família, o meu pai e principalmente Rune-Midgard? O que você pretendia com isso? Você só trouxe desgraça e sofrimento para o nosso reino! Eu te admirava muito, mas agora percebo que você não passa de um assassino traidor! E agora eu te pergunto, valeu a pena tudo o que você fez? Pessoas inocentes foram mortas, outras sacrificadas, e outras sujaram suas mãos para defender Rune-Midgard. E algumas talvez não acordem nunca mais. É isso que você chama de reino perfeito? – disse Luke enraivecido e ao mesmo tempo emocionado. - L-luke, é você mesmo? C-como você cresceu... E veja, você se t-tornou um monge! Onde estão seu p-pai e sua mãe? D-diga pra eles q-que eu não... Luke desferiu um poderoso soco na cara de Markus, que rolou alguns metros no chão. - Como ousa brincar com isso numa hora dessas? Maldito, jamais irei te perdoar por tudo o que fez a mim e aos meus pais! Jamais ouse falar deles de novo, pois se isto acontecer eu mesmo irei dar cabo de você! – disse Luke transtornado. - Calma Luke, nunca te vi assim antes. Se controla, cara. – disse Sora tentando contê-lo. - Luke... porque v-você... está fazendo isso... comigo... – disse Markus agonizando com a mão no rosto. - Alguém cale a boca deste infeliz. – disse o Presidente da Academia. - Lex Divina! – conjurou Julgus. Markus continuava falando, mas nenhum som saía de sua boca. - Assim está melhor! Vamos, temos que levá-lo ao rei Tristan III! – disse o Presidente da Academia. - Espere um pouco, porque que a May está toda ferida? – perguntou Demetrius encarando-a. - Ah meu caro, eis aqui a nossa heroína: May Schicksal. Sem ela não teríamos conseguido pegar Markus. – disse o Presidente da Academia. - Como assim? – perguntou Luke incrédulo. - Ela conseguiu se antecipar, já que ela sabia do lugar exato onde ele estaria. Ela travou uma batalha feroz contra Markus, mas conseguiu derrotá-lo. – explicou o professor. - Mas você é teimosa mesmo. Você ficou maluca? Você poderia ter morrido, eu poderia ter dado conta de tudo! Agora veja o seu estado, você não pode abusar dos seus poderes. Eu te amo demais, não quero te perder. – disse Luke indo ao encontro de May. - De nada... – disse May sorrindo. - E os outros membros da Veritatem? O que aconteceu com eles? – perguntou Luna interrompendo o diálogo. - O que ficamos sabendo é que boa parte da Veritatem foram derrotados em Morroc, outros foram feridos mortalmente. Há relatos de que alguns foram vistos aqui em Juno, e um dos integrantes da Veritatem foi morto hoje. – disse o Presidente olhando para May. - Mas alguém conseguiu encontrá-los? – perguntou Demetrius curioso. - Ninguém sabe ao certo, mas o importante é que Markus foi capturado. Ele será interrogado e iremos descobrir o que eles pretendiam com tudo isso. E quanto ao restante da Veritatem não se preocupe, eu duvido muito que eles ajam sem o líder por perto. – respondeu o Presidente da Academia. Neste momento um grupo de guerreiros de várias classes e guildas entraram exaltadamente na sala, sorrindo e exclamando. - Mas que bagunça é essa? Vocês pensam que estão aonde? – disse o Presidente da Academia enfurecido. - Er... Desculpe senhor Presidente, mas viemos aqui avisar que todos os monstros que estavam invadindo a cidade desapareceram ao mesmo tempo. Os que sobraram fugiram de volta ao seu hábitat. – disse um sacerdote tomando fôlego. - E quando foi isso? – perguntou o Presidente. - Há uns cinco minutos atrás. – respondeu o sacerdote. - Interessante, praticamente no mesmo período que Markus foi capturado. – disse o Presidente da Academia com mão no queixo. Luke observou as pessoas ao seu redor e notou algumas coisas peculiares. Demetrius estava com um olhar de desconfiança, Luna também. Markus insistia em falar mas não saía som algum de sua boca. May estava com uma cara tristonha, Kin ainda mantinha sua postura inabalável de membro da IMP. Isso tudo era misturado com o clima de alegria e descontração que boa parte do grupo trazia. - Chega de papo, sumos e sacerdotes abram portal para Prontera! Os sacerdotes e sumos sacerdotes que estavam presentes começaram a abrir portais para Prontera e, um após o outro, entravam no portal rumo à capital de Rune-Midgard. Todos reapareceram na famosa praça central de Prontera, e como sempre, lotada de gente. Mas esta lotação não foi ocasionada pelo comércio rotineiro da cidade, eles estavam presenciando uma cena incomum. A Guarda Imperial já estava montada no centro da cidade. No meio da Guarda Imperial havia um senhor, cabelos loiros grisalhos e, para sua idade, estava muito conservado. Usava uma Coroa Adornada, e suas vestes reais eram verdes com detalhes e acabamentos em ouro puro. Usava um cetro majestoso que servia também de apoio. O senhor estava com uma cara séria e apreensiva, parecia que já aguardava o grupo no local. Esse era o rei Tristan III. Apesar da enorme quantidade de pessoas concentradas na praça central da capital de Rune-Midgard, apenas o silêncio tomava conta do ambiente. Ninguém ousava pronunciar nenhuma palavra, nem mesmo as crianças. Então o Presidente da Academia dos Sábios agarrou Markus, ainda algemado, pelo braço e o jogou aos pés do rei Tristan III. - Majestade, aqui está o assassino e traidor de Rune-Midgard! – disse o Presidente jogando Markus no chão. O rei Tristan III nem olhou para a cara do indivíduo, apenas exclamou para o povo: - Vejam, meus nobres súditos! A ameaça acabou, Rune-Midgard venceu mais uma vez! As vidas sacrificadas não foram em vão! Guardas, levem-no para a masmorra e prenda-o até o dia de seu julgamento! - Não pai, por favor! Isso é um mal entendido, estão me usando como bode expiatório! Acredite em mim pelo menos uma vez na vida, não sei o que está acontecendo! – suplicou Markus. - Pai!? Não te conheço, ser estranho! Não possuo filhos, pois os que eu tinha você os matou! Aliás, eu ainda tenho filhos. Os filhos que eu tenho são milhares de pessoas que fazem ou tentam fazer Rune-Midgard um pedaço do paraíso! E qualquer um que venha fazer mal ou ferir algum desses, experimentará a Justiça de Odin! – disse o rei. - Pai, por favor não faça isso! Não cometa essa injustiça comigo! Eu sou inocente, acredite em mim! Pai, não... – gritava Markus, enquanto era arrastado pelos guardas. O rei Tristan III olhou para a multidão ao seu redor, levantou o cetro e com muita euforia gritou: - Veja povo de Prontera, Rune-Midgard está livre outra vez! Após proferir tais palavras o povo deu um brado ensurdecedor de alegria e felicidade. Toda aquela pressão que pairava no ar agora se convertia em intensa alegria. O rei Tristan III, em seguida, deu a seguinte ordem: - Hoje é um dia de alegria, durante o restante do dia e à noite iremos festejar essa nova conquista de Rune-Midgard! Daqui a três dias iremos fazer a cerimônia de condecoração dos nossos bravos guerreiros que contribuíram para a captura da Veritatem. Também neste mesmo dia terá o julgamento do líder da Veritatem na frente de todos. Decreto que nestes três dias, não só Prontera mas todas as cidades de Rune-Midgard festejem esta conquista! Imediatamente alguns bardos e odaliscas já ocuparam espaço e começaram com suas músicas e danças. A cidade de Prontera foi contagiada com o clima festivo, logo os bares e tavernas da cidade começaram a encher de pessoas. Vários comércios foram fechados e as ruas da cidade foram tomadas por enfeites e firulas, parecia até o famoso Festival do Poring. O rei Tristan III demorou alguns minutos no lugar após seu pronunciamento, ele conversava com o Presidente da Academia que apresentava os heróis que haviam ajudado na captura de Markus. Apesar do clima de festa, o rei tinha uma expressão triste no rosto. O Presidente da Academia dos Sábios de Juno começou apresentar o grupo que ajudou neste grande feito. Primeiramente ele apresentou May Schicksal, que havia capturado Markus. Apresentou também os representantes dos clãs Ordem de Rune-Midgard e Vanguarda de Maroll. Quando ele foi apresentar Luke ao rei Tristan III, a reação do rei foi imediata. Dando-lhe um forte abraço disse: - Luke, é você? - Acho que sim, majestade. – respondeu Luke sem graça. - Por favor não me chame de majestade, me chame de avô! – disse o rei. - Porque eu deveria? Você nunca ligou pra mim antes... – falou Luke indiferente. - Er... Pessoal, vamos deixá-los conversar um pouco a sós. Vamos lá às festividades, dizem que tem um bardo que toca divinamente... – disse o Presidente da Academia levando o grupo embora, deixando apenas Luke e o rei. O rei ficou com uma expressão mais triste do que antes. Ele então respondeu o comentário que Luke acabara de fazer: - Luke, eu quero que você apenas me escute antes de dizer qualquer coisa... [COLOR=#0000FF][I][B]“Seu pai foi um ótimo homem, desde pequeno ele sempre se preocupava mais com os outros do que com ele mesmo. Você já deve saber da história do seu pai e do seu tio, Markus. Infelizmente eu cometi um grande erro. Eu deveria ter acreditado no seu pai naquela época, ele nunca tinha me dado motivos para desconfiar dele. Fui logo o acusando sem ao menos investigar realmente o que aconteceu e acabei prendendo-o na masmorra. Na verdade, eu fui pressionado pelo Conselho a prendê-lo. Aquela época foi muito dolorosa para mim, pois eu praticamente perdi os meus cinco filhos. Três filhos meus foram assassinados sem deixar qualquer pista ou rastro do assassino. Logo em seguida seu pai foi preso acusado pelos assassinatos de seus irmãos. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Então após seis árduos meses de investigação descobrimos que o mandante dos assassinatos era a Veritatem. Seu tio Markus fazia parte da Veritatem e não queria sair do clã de jeito nenhum, então eu o expulsei do castelo e ele foi considerado um desertor. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Seu pai Vendrick não aceitou as desculpas do reino e principalmente minhas. Ele deixou o palácio, abdicou tudo o que tinha e sumiu no mundo. Após alguns anos fiquei sabendo que Vendrick estava indo muito bem na Cavalaria de Prontera, se tornando um dos melhores cavaleiros de Rune-Midgard. Então eu tentei me reaproximar dele, mandei várias cartas pelo líder da guilda para ele perguntando onde ele estava morando. Nenhuma carta foi respondida. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Então eu mesmo fui até à Cavalaria de Prontera, para tentar falar com ele. Ao chegar lá conversei com o líder da guilda dos cavaleiros, mas ele não soube me informar o endereço dele. Apenas disse que ele tinha se casado e que tinha um filho de três anos. Combinei com o líder da guilda para trazer Vendrick para a Cavalaria para conversarmos, sem ele saber. Neste dia nós conversamos muito, eu pensei que ele nem ia olhar na minha cara. Estava enganado, ele não guardava rancor ou mágoa de mim ou do reino. Ele me contou que morava numa casa simples em Aldebaran, era casado e que tinha um filho chamado Luke.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Ele me contou da vida simples que levava. Em momento algum reclamava de alguma coisa da vida. Eu fiquei indignado quando ele me contou. Então eu fiz o convite para vocês virem morar no palácio, mas ele recusou. Eu então ofereci pra ele uma boa quantia de zenys para arrumar a casa e dar uma vida mais confortável à sua família, mas também ele recusou. Eu pedi para que eu fosse conhecer você Luke, meu neto, mas ele também não permitiu. Ele disse que queria afastar você da vida de luxo, ele queria que você desse o real valor para cada zeny que adquiriam. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Ele fez isso não porque ele quisesse que vocês vivessem na miséria, mas porque ele aprendeu uma coisa que só mais tarde eu fui enxergar. Eu era muito apegado à riqueza e ao luxo, mas nunca obtive a real felicidade. Eu comecei a dar valor às coisas simples da vida depois que conheci Layla, a mãe de Markus. Ela era da família Schicksal, uma família tradicional de Rune-Midgard. Apesar dessa família ser conhecida na época, não era tão rica quanto sua fama sugeria. Depois que sua avó, a mãe de Vendrick, morreu eu fiquei um bom tempo em depressão. E foi então que Layla entrou na minha vida. A partir daí comecei a me importar menos com a soberania do reino e mais com as pessoas que o compunham. E mais tarde Vendrick me mostrou através daquela atitude que realmente o que vale na vida são as pessoas.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Agora escute meu neto, não tome a mesma decisão precipitada que tomei com o seu pai. Não julgue antes de conhecer a verdadeira história, eu sempre quis ter um contato com você. Todos os anos seu pai dava um jeito de te trazer aqui em Prontera para o Festival do Poring e outras festividades para que eu o pudesse ver. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Você pode não ter percebido, mas quando você tinha quatro anos eu te peguei no colo na festa de Natal onde montamos uma enorme mesa com uma farta ceia na avenida principal de Prontera. Eu o vi crescendo ano após ano, se tornando um extraordinário noviço. Até que aquela tragédia aconteceu... [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Jamais, jamais deixe a educação que seu pai lhe deu. Eu aprendi também que o tempo passa muito depressa, perdi várias pessoas que amava uma atrás da outra. Agora, neste exato momento, estou perdendo o meu último filho, Markus. Então, por favor Luke, aproveite ao máximo as pessoas que você ama, pois o tempo é cruel demais..."[/B][/I][/COLOR] – explicou o rei com os olhos em lágrimas. Luke estava impactado com o que acabara de ouvir. Simplesmente ele fechou os olhos, retribuiu o abraço, e disse: - Eu sei o que o senhor está passando. Mas fique tranquilo, a convicção que meu pai tinha ainda vive dentro de mim. Me desculpe, Vovô... O rei Tristan III arregalou os olhos, não estava acreditando no que acabara de ouvir. Emocionado e com um grande sorriso no rosto, o rei disse: - Você é igualzinho ao seu pai. Então eles continuaram a conversa por algum tempo, até que Luke fez uma pergunta que estava pairando em sua mente: - Majestade... Quero dizer, vô. Porque que o senhor não desconfiou de Markus quando os seus três filhos foram mortos? - Simplesmente porque não havia nenhuma prova que o incriminava na cena do crime. E ele também tinha um álibi na hora da morte, ele estava na guilda dos magos fazendo um trabalho da guilda. - Mas ele não poderia ter teleportado para o palácio e depois ter voltado para a guilda? - Primeiramente que não tem como uma pessoa teleportar dentro do castelo. E as pessoas que estavam com ele na guilda não o viram sair um segundo sequer, nem para ir ao banheiro. A única coisa que aconteceu com ele naquela noite foi que no meio do trabalho dentro da guilda dos magos, ele ficou imóvel no meio da sala sem piscar, olhando pro vazio. Poucos segundos depois ele retomou ao normal. O pessoal da guilda ficou preocupado e perguntou pra ele se ele estava bem, mas ele disse que sim. Mas isso deve ter sido ocasionado pelo excesso de trabalho que tinha. Ele era muito dedicado e muito esforçado em suas obrigações. – respondeu o rei para Luke. - Ué, mas a história que eu ouvi foi que ele tinha matado os irmãos e colocou a culpa em Vendrick. – retrucou o monge. - Isso foi apenas um boato que correu na época, na verdade nem seu pai se lembra do que aconteceu naquela noite. O motivo de Markus ter sido banido foi porque ele fazia parte da Veritatem, que na época se tornou uma ameaça a Rune-Midgard. Markus na época começou a ter uns comportamentos estranhos, não falava com mais ninguém. Pouco tempo depois que ele foi banido, a Veritatem desapareceu. Chegou notícias de que Markus havia se tornado um sábio esplêndido, e que não agia estranhamente como antes. Eu pensei que ele havia tomado jeito. Eu não creio que Markus tenha capacidade de tirar uma vida, ele odiava a violência. Não sei o que deu nele, mas de uma coisa eu sei: este Markus que todos conhecemos hoje não é o verdadeiro Markus que eu criei desde pequeno. – concluiu o rei. - Mas como era a relação de Markus com os seus irmãos? - A relação entre seu pai e Markus era muito forte. Markus também demonstrava ser um ótimo filho, nunca deu motivo de desconfiança. Destacou-se muito na Guilda de Magos, se tornando um mago excepcional. Mas sua relação com os demais irmãos não era muito boa. Os outros três irmãos o desprezava por ele ser descendente da família Schicksal, que na época era mal vista pelo seu temido poder de manipulação e controle do tempo-espaço. Mas já o seu pai era o único dos irmãos que o tratava com respeito e afeto. Vendrick e Markus eram muito unidos. – respondeu o rei. - O que o senhor sabe sobre o Oráculo da Morte? – perguntou Luke emendando outra pergunta. - Bom, o Oráculo da Morte era um membro do clã Schicksal que a cada cem anos nascia com o poder de ver o passado, presente e futuro, além de outros poderes como manipulação de tempo e espaço. A May, sua namorada, é o último Oráculo da Morte da família Schicksal. Essa família foi muito perseguida porque ela fazia algumas previsões catastróficas que as pessoas temiam. Todos do clã têm uma marca de nascença em forma de ampulheta em alguma parte do corpo. Markus tem uma marca enorme nas costas. – explicou Tristan. - É, a May também tem uma no braço direito... Peraí, como o senhor sabe que ela é minha namorada? – perguntou Luke surpreso. O rei Tristan III apenas balançou a cabeça, sorriu e disse: - Esta marca mostra o grau de poder mágico que o membro tem. - Mas a marca da May é pequena. Será que é por isso que ela desmaia quando usa muito seus poderes? – perguntou Luke. - Pode ser, eu nunca ouvi falar de um Oráculo da Morte que desmaiasse ao usar seu poder. Mas se você disse que a marca dela é pequena, com certeza ela não tem tanto poder mágico. Deve ser por isso que ela fica desmaiando. – deduziu o rei. Após mais alguns longos minutos conversando, o rei Tristan III convidou Luke para ficar hospedado no palácio até o dia da condecoração, mas o monge recusou. - Desculpe vô, mas eu tenho que visitar um grande amigo meu. Ele está em Morroc e em coma, tenho que ver se ele teve alguma melhora. Mas prometo ao senhor que venho no dia da condecoração. – disse Luke recusando o convite. - Tudo bem, Luke. Obrigado por ter trago um pouco de alegria à minha vida. Apesar disso não deixo de sofrer por ter um filho que será julgado, e o pior das hipóteses, executado. Porque você se tornou uma pessoa tão má, Markus? Porquê? – disse o rei entristecido, lamentando-se. - Tenho certeza de que ele foi uma pessoa bondosa algum dia. Saudade daqueles tempos que ele vinha passar datas festivas em casa. Ele era uma pessoa tão bondosa, que eu custei acreditar que ele foi o responsável por todo esse caos. Mas ele tem que pagar por seus crimes, meu pai passou a vida combatendo estes tipos de pessoas. Ele pode ter sido um bom cidadão antes, mas hoje não passa de um assassino. Não se culpe vô por ele ter se tornado esta pessoa maligna. O senhor é o rei, com certeza vai achar um jeito de resolver esta situação. – confortou Luke. - Tem razão Luke, já superei muitas coisas assim. Mas o que me dói é que eu vou perder mais um filho. – lamentou Tristan. Os dois se despediram dando mais um abraço. Luke percebia na feição do rei que ele estava trucidado por dentro. Ele imaginava o terrível sofrimento que seu avô estava passando naquele momento. Antes que pudessem sair dali, o Presidente da Academia ainda veio falar com o rei para passar os últimos detalhes. Após isso o rei Tristan III se despediu do povo e se retirou para o palácio. Luke também se despediu do pessoal que iria ficar em Prontera e em seguida abriu um portal para Morroc. - Luke, espere por nós! Luke olhou para o lado e viu um pequeno grupo vindo à sua direção. Estavam no grupo Sora, Demetrius e Luna. - Calma aí, camarada. Nós também estamos indo ver o Croix! O Max pediu para avisar que o nosso clã já está em Morroc. – disse Sora. - O Guillaume e a Vanguarda de Maroll também já estão lá! – completou Luna. - Tudo bem, vamos então. – disse Luke. - Esperem! May veio correndo na direção do grupo, contente e feliz. - Eu também vou. Quero ver como está nosso amigo. - Então corre, o portal está fechando! – gritou Sora. May se jogou pra dentro do portal, e um segundo depois ele se fechou. Logo eles apareceram em Morroc, a cidade-deserto. A cidade estava calma e tranquila, várias pessoas trabalhavam para tentar restaurar o que havia sobrado. Diferente de Prontera, a cidade de Morroc não estava em clima de festa. A enorme cratera no meio da cidade agora fazia parte do novo cenário de Morroc. Sem perderem tempo, correram rumo à estalagem da cidade. Enquanto caminhava Luke pensava numa coisa que não estava encaixando na história. Ele tinha se esquecido de perguntar isso ao rei Tristan III. [I][B]“Não me entra na cabeça porque que eu não morri em Juno. May contou a profecia e disse que eu morreria em Juno na batalha contra a Veritatem. Porque que eu não morri? Um Oráculo da Morte nunca errou uma profecia antes, como pode isso acontecer? E outra coisa está me intrigando muito: o que Croix queria dizer antes de entrar em coma? Alguma coisa me diz que isso ainda não acabou..."[/B][/I] – pensava Luke. - May, porque que eu não morri na batalha de Juno contra a Veritatem? – perguntou Luke. - Eu não disse que iria salvar você deste destino? Eu estudei e pesquisei muito. Eu modifiquei o presente e isso alterou o futuro. – respondeu May. - Como assim? - Eu sabia exatamente onde ele iria atacar por causa da visão, então eu me antecipei a ele e o prendi. – explicou May. - Mas como você conseguiu derrotar Markus, que é um professor, e você uma simples bruxa? Você já estava desgastada na luta contra Doralice. Como você conseguiu derrotá-lo, já que seu poder mágico não é tão grande? – questionou Luke. - Luke, você não faz ideia do tamanho do poder de um Oráculo da Morte. Eu aprendi uma habilidade onde eu posso avançar ou retroceder o tempo de coisas. Eu ainda estou treinando para dominar perfeitamente a habilidade, mas eu usei esta habilidade para recuperar o poder mágico que eu tinha antes da luta contra a Doralice. Então foi só usar a estratégia e eu o neutralizei. – explicou May. - Que demais May, como isso você pode curar Croix do coma! – disse Luke entusiasmado. - É por isso que eu estou querendo dominar a habilidade para poder curar o Croix. Afinal, foi por minha culpa que ele ficou neste estado. – disse May com uma expressão triste. - Tudo bem, uma esperança mesmo que seja pequena já é de grande ajuda. – disse Luke mais entusiasmado. Chegando à estalagem, um bom grupo de pessoas estava no térreo da mesma. Alguns estavam sorridentes, outros apreensivos. Luke e os outros logo reconheceram algumas pessoas que estavam por ali. O monge decidiu subir ao quarto onde estava Croix, juntamente com o grupo que veio com ele e mais alguns outros que já estavam na estalagem. Chegando lá, viram a mesma cena após o ataque de Morroc: Croix estava deitado numa cama ainda inconsciente e Lisa, Naeratus e Julgus supervisionava-o. - E aí, alguma melhora? – perguntou Luke esperançoso. - Por enquanto nada, mas não podemos perder a fé. Tenho certeza de que ele sairá dessa. – disse Lisa com um pouco de tristeza no olhar. - A May pode curá-lo. Ela desenvolveu uma habilidade com seus poderes. Porque você não tenta curá-lo agora May? Vai que dar certo. – disse Luke apreensivo. - É melhor não arriscar amor. Eu não sei os efeitos colaterais desta habilidade. Se eu falhar é capaz de agravar ainda mais seu estado. – disse May. - Eu acho que a May tem razão, Luke. A May quase não conseguiu controlar seus poderes, se sair algo de errado pode acontecer o pior. Deixe-a aperfeiçoar a habilidade, tenho certeza de que ela conseguirá. – disse Lisa esperançosa. - É, eu também acho que ela tem razão. A May está muito abalada fisicamente e emocionalmente, você mesmo sabe disso Luke. Espere pelo menos até depois da condecoração, todo mundo vai estar mais descansado e a May estará mais apta. – concordou Sora. - É, vocês têm razão. Eu fiquei muito empolgado por existir alguma esperança para o Croix que eu não estava pensando direito. Vamos esperar até a condecoração e o julgamento de Markus. Croix, esta vitória vai para você... – disse Luke apontando o seu punho fechado para o lorde. [COLOR=#008000][CENTER]-------------------------------------------------------------------------------------[/CENTER] [/COLOR] [COLOR=#0000FF][FONT=arial black]Três dias depois...[/FONT][/COLOR] - Será que o rei vai demorar muito? Ele já está uma hora atrasado para a cerimônia. – disse um guarda. A cidade estava apreensiva. A cerimônia de condecoração não havia começado. As pessoas da cidade murmuravam o que poderia está acontecendo no momento. - Nossa que estranho, o rei ainda não apareceu? – perguntou Demetrius para Edna. - E não foi só ele. Luke, May e Sora ainda não apareceram. Todos estavam em Morroc, mas já deviam estar aqui. – respondeu Edna. - Eu sei. Eu também estava em Morroc, mas voltei pra Prontera ontem à noite. Quando eu saí de Morroc eles ainda estavam lá. Nossa, isto é mais estranho ainda. – disse Demetrius pensativo. - Talvez eles tenham se perdido. – brincou Edna. - Venha, vamos nos juntar aos outros! – exclamou Demetrius puxando Edna pela mão. Neste exato momento as trombetas tocaram. O rei Tristan III apareceu e foi aclamado pela multidão. Então ele subiu em um palanque montado onde, em cima dele, estava seu trono real. Logo atrás do rei subiu no palanque o Presidente da Academia de Juno, o general Kin, e um arquimago. - Silêncio, por favor. Hoje é um dia muito especial! Estaremos hoje homenageando todos aqueles que lutaram bravamente na guerra contra Veritatem! Muitas vidas foram perdidas, mas não foram em vão. Durante estes três dias investigamos todos os passos da Veritatem, e hoje será a conclusão do julgamento. Primeiro gostaria de chamar aqueles que ficaram na linha de frente em confronto com a Veritatem. Por favor subam aqui à frente o clã Ordem de Rune-Midgard! – exclamou o rei. O clã quase que completo subiu no palanque. Foram recebidos com várias palmas e assovios. - Onde estão Luke, Sora e May? – cochichou Max para Edna. - Eu não sei, já era para eles terem chegado. – respondeu Edna. - A Lisa me disse que eles saíram de Morroc bem cedo. – retrucou Max. De repente os três chegaram correndo no palanque, um após o outro e em direções opostas. - Onde vocês estavam? – perguntou Edna. - Eu estava aqui mesmo em Prontera. – disse Luke. - Eu passei na taverna de um amigo meu aqui em Prontera. – respondeu Sora. - E eu passei em Geffen para avisar minha tutora da cerimônia. – replicou May. - Silêncio gente! O rei está falando! Depois vocês conversam! – repreendeu Max. - E agora quero que suba aqui o clã Vanguarda de Maroll! – exclamou o rei. O clã inteiro subiu ao palanque na liderança de Guillaume, regido por palmas. - E por último, mas não menos importante, a IMP! – exclamou o rei. O pequeno exército da IMP subiu no palanque com os seus uniformes e armaduras laranja e preto, liderados pelo general Kin. - Agora eu passo a palavra ao Presidente da Academia de Juno, o senhor Dimas. - Obrigado majestade. Primeiramente quero agradecer a esta oportunidade de que Rune-Midgard está me dando de conhecer este belo país. Muito obrigado pela hospitalidade, vocês são incríveis. Sem mais delongas, eu queria chamar aqui à frente uma pessoa que foi fundamental para a captura de Markus, a bruxa May Schicksal. – disse o professor indicando May que estava encolhida no meio do grupo. May então saiu detrás do grupo e se apresentou à frente de todos. - Essa aqui foi uma verdadeira heroína, meus caros presentes. E nós temos a honra de dizer que... Bom, vou deixar o representante do Conselho de Guildas falar. – completou Dimas passando a palavra para o arquimago. - Bom dia pessoal. Meu nome é Fox, presidente do Conselho de Guildas. E eu, em nome de todos os membros do Conselho de Guildas tenho o prazer de condecorar May Schicksal membra honorária do Conselho de Guildas. Uma salva de palmas, por favor! – disse o arquimago puxando as palmas. No meio daquele alvoroço de palmas e gritos, uma tropa da Guarda Real invadiu a celebração, deixando algumas pessoas assustadas. O capitão da tropa vinha na frente muito afoito, gritando: - Majestade, majestade! Uma coisa horrível aconteceu, Markus fugiu! Ele não está mais na sua cela! [COLOR=#008000][B]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XXVII-----------------------------------------------------------[/B][/COLOR] [COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO XXVIII – FUGA[/CENTER] [/B][/COLOR] [COLOR=#0000FF][FONT=arial black]Um ano e oito meses antes... [/FONT][/COLOR] O espírito pairava sobre May, que continuava desacordada. Ele era idêntico a Luke, exceto pelo cabelo que era da mesma cor da bruxa. Ele mantinha um singelo sorriso no rosto. Não demonstrava hostilidade ou raiva, como a maioria dos outros espectros. Luke e Sora estavam impressionados com o poltergeist. - Você está vendo o mesmo que eu? Ele é igualzinho a você, Luke. – disse Sora esfregando os olhos. - Não é possível? Como pode isso? – perguntava Luke perturbado. - Calma, Luke. Irei fazer contato com o espírito e forçá-lo a mostrar sua verdadeira forma. – disse Maia, o espiritualista. [I][B]“Ó, espírito desconhecido! Reveles quem és tu de verdade! Mostres tua verdadeira aparência e tuas intenções com a hospedeira!”[/B][/I] Após proferir tais palavras, Maia emitiu uma pequena névoa espiritual de suas mãos sobre o espírito. Aquela pequena névoa começou a encobri-lo, deixando-o totalmente coberto. - Não se preocupem. Provavelmente deve ser um espectro brincalhão que adora possuir formas diversas para se divertir às custas das pessoas. A névoa irá identificá-lo. – explicou Maia. A névoa começou a se dissipar lentamente. Juntamente com ela, o espírito desapareceu. Os dois monges ficaram apreensivos. - E agora? Pra onde ele foi? Será que foi embora? – disse Sora olhando para os lados. De repente o espírito apareceu na frente de Luke, que por reflexo desferiu um soco no espectro, atravessando-o sem feri-lo. [COLOR=#4B0082][I][B]- Calma, calma! Não quero brigar com vocês! Odeio discussões, só quero conversar! – respondeu o espírito colocando as duas mãos para frente.[/B][/I][/COLOR] O espectro estava exatamente do jeito que apareceu antes. Não havia mudado nada. Continuava exatamente igual a Luke. [COLOR=#4B0082][I][B]- Impressionante como somos parecidos. Não é de se admirar o porquê que a May ficou conturbada quando te viu pela primeira vez. Até eu ficaria...[/B][/I][/COLOR] – disse o espírito dando voltas em Luke, observando cada detalhe do monge. - Eu não entendo, isso nunca aconteceu antes. Era pra ele ter revelado sua verdadeira forma. – disse Maia confuso. [COLOR=#4B0082][I][B]- Me admiro você ter mais de trezentos anos e não saber disso. Esta é a minha verdadeira forma. O meu corpo era desse jeito. Nasci assim[/B][/I][/COLOR]. – disse o espírito enquanto deslizava pelo quarto, flutuando. - Quem é você e o que faz aqui? Por que está fazendo mal a May? [COLOR=#4B0082][I][B]- Mal? Eu nunca fiz mal a ninguém. Sempre repudiei qualquer atitude negativa. Desde quando eu era vivo, sempre tentava ajudar os outros de todas as maneiras. Eu era feliz.[/B][/I][/COLOR] – disse o espírito mudando totalmente sua feição feliz para uma melancólica e triste. - Quer dizer que você não é um espírito maligno? – perguntou Maia. [COLOR=#4B0082][I][B]- De forma alguma. Até hoje tento ajudar as pessoas como posso. Deixem-me apresentar: meu nome é Lucas Schicksal.[/B][/I][/COLOR] - V-você disse Lucas Schicksal? – perguntou Luke pasmo. [COLOR=#4B0082][I][B]- Claro que sim. Eu até tentei ajudá-los enviando meu livro para vocês lerem.[/B][/I][/COLOR] - Espera aí... Você é o Lucas S. autor do livro O Oráculo da Morte? Foi você quem enviou o livro naquele dia na biblioteca de Juno? – perguntou Sora impressionado. [COLOR=#4B0082][I][B]- Exatamente. Como vocês estavam precisando muito dessa informação, eu decidi ajudá-los a esclarecer a história da família Schicksal. Mas os espíritos não têm muita força no mundo dos vivos, exceto os violentos. Acho que eu seja o único espírito bem intencionado daqui de Rune-Midgard. Por isso não tinha força o bastante para avisá-los. Então não consegui enviar as informações por completo naquele dia, quase que me esvaí desse mundo. Só espero que vocês tenham lido o suficiente.[/B][/I][/COLOR] - Eu me lembro perfeitamente. O livro só havia uma folha. Mas, espera um pouco... Que eu saiba um espírito não tem poder para teleportar objetos à longa distância. Isso seria impossível. E isso também não explica porque que você está assombrando a May. – indagou Luke. [COLOR=#4B0082][I][B]- Quando eu era vivo, digamos que eu era bem especial. Isso deve ter continuado em mim após a minha morte. Talvez isso deva ter possibilitado eu materializar minhas lembranças na forma de livro e enviá-lo até vocês. Com relação a May, esta é a razão de eu continuar preso a este mundo. Digamos que eu estou marcado profundamente no passado de May, isso deve ter me prendido à presença dela quando morri. [/B][/I][/COLOR] - Eu não estou entendendo nada. – disse Sora muito confuso. Luke também não queria falar, mas também estava tendo dificuldades em entender a história. [COLOR=#4B0082][I][B]- Fique calmo! Agora que este espiritualista me invocou, tenho todo o tempo do mundo para explicar calmamente o que está acontecendo. Não preciso ficar preocupado em desaparecer sem antes terminar minha missão. A única razão que um espírito se prende ao mundo material é que alguma pendência muito forte ou marcante em sua vida ainda está para resolver. Muitos espíritos preferem ficar neste plano para concluir o que deixaram pra trás, e por isso a maioria acaba ficando violenta. No meu caso não é diferente, acontece que... [/B][/I][/COLOR] O espírito desapareceu de repente. Um grito ensurdecedor invadiu o quarto onde estavam. May havia acordado e estava perturbada. Ela gritava muito e colocava as mãos na cabeça, parecia que tentava expulsar algo de dentro dela. - O está acontecendo, Maia? Cadê o espírito? – perguntou Luke correndo até May. - Eu não sei, acho que a May de alguma forma conseguiu suprimi-lo ou afugentá-lo. – respondeu o espiritualista. - Luke! Por favor, faça essa dor parar! Tira essa coisa da minha cabeça! Ele vai me matar, ele vai me matar! – disse May desesperada, nos braços do monge. - Maia, exorcize ela agora! Se continuar assim ela vai pirar! Liberte esse espírito, já! – pediu Luke. - Você tem certeza disso, garoto? Aquele espírito me pareceu inofensivo, acho que ele realmente não queria fazer mal. – informou o espiritualista, - Faça, agora! – gritou Luke, enquanto May continuava gritando e batendo em sua cabeça. Sem contrariar, Maia conjurou outra nuvem espiritual em suas mãos. Enquanto a preparava, ele proferia: [I][B]“Ó espírito agourento, através dos poderes concedidos a mim pelos espíritos ancestrais, eu autorizo que sejas liberto do passado que o prende a este mundo. Que sua alma seja limpa e liberta de tudo o que te prendes aqui. Vá em paz, em nome de Odin!” [/B][/I] Ao proferir tais palavras, Maia arremessou a nuvem em May. A poeira espiritual começou a envolver May completamente, seus olhos e boca começaram a emitir uma luz branca azulada. Após alguns segundos a nuvem se dissipou e May caiu deitada na mesa onde estava antes. - May, May! Meu amor, acorde! Já passou, já passou! O que te atormentava foi embora! Vamos, levante-se! Não deixarei mais que mal nenhum aconteça contigo! É uma promessa! - Luke, eu... – disse May fraca. - Shh... Não diga nada. Eu te amo! Após dizer tais palavras, Luke aproximou o rosto dele com o de May e deu-lhe um caloroso e apaixonante beijo. Seus lábios se encontraram pela primeira vez ali, naquela sala. O monge estava, pela primeira vez em sua vida, perdidamente apaixonado por May. Maia observava aquela situação, ele havia notado alguma coisa mas preferiu não incomodar o casal. [COLOR=#008000][CENTER]-------------------------------------------------------------------------------------[/CENTER] [/COLOR] [COLOR=#0000FF][FONT=arial black]Um ano depois... [/FONT][/COLOR] - Tem certeza de que quer fazer isso? - Claro que sim, Croix. Confie em mim. Isto ajudará bastante. E ela é bastante forte, ajudará e muito a Ordem de Rune-Midgard. Sem contar que Luke já faz parte do clã, e ele demonstrou ser um guerreiro extraordinário. Ele é namorado dela. Será uma boa recrutá-la. - Bom, eu ainda não entendi direito o que você quer mas farei isso. Luke está se tornando um excelente monge e se os dois estão juntos, acho que ela também é. - Fique tranquilo, eu estarei por perto observando. Só que ainda não posso contar os detalhes, estou correndo um grande risco só em estar aqui falando com você. Apenas, confie em mim... - Tudo bem, você é meu amigo há vários anos. Sempre confiei em você, e se tu está dizendo pra mim fazer isso deve ter um bom motivo. Está certo, pode contar comigo... - Muito obrigado, velho amigo. Te devo uma... - Amigos são pra essas coisas, só espero que você não esteja mexendo com coisas erradas. - Acho que o que estou fazendo é a coisa mais certa que já fiz na vida. - Sendo assim, que Odin esteja ao seu lado e que cumpras seu objetivo com sucesso, meu grande amigo Karian... [COLOR=#008000][CENTER]-------------------------------------------------------------------------------------[/CENTER] [/COLOR] [COLOR=#0000FF][FONT=arial black]Atualmente...[/FONT][/COLOR] Um reboliço tomou conta da multidão, pessoas começaram a cochichar e a comentar. Vários rostos de temor e medo logo começaram a surgir. O rei, apesar daquela informação, não ficou tão abalado com a notícia. Então ele sussurrou consigo mesmo: - Então ele conseguiu dar um jeito de fugir? Realmente ele é um guerreiro extraordinário. – esboçando um sorriso quase que imperceptível. O rei, percebendo o alvoroço do povo, ergueu os braços e disse: - Povo de Rune-Midgard, não há motivos para temer! Não sei como Markus conseguiu fugir da prisão, já que ela é à prova de magias e habilidades! Mesmo que ele tenha fugido não será uma ameaça, pois enquanto ele estiver com “aquelas” algemas e os grilhões não será uma ameaça. Ele não deve ter ido muito longe! General Kin, leve a IMP inteira na busca de Markus! Não podemos deixá-lo fugir! – ordenou o rei. - Sim, majestade! – disse Kin prontamente. Kin e os outros doze integrantes da IMP saíram em disparada no meio do povo, indo à captura de Markus. A Guarda Real logo armou guarda ao redor do rei para protegê-lo de qualquer ataque surpresa. - A condecoração e o festival estão suspensos por enquanto, mas não desanime. Conseguiremos capturá-lo com sucesso! Os heróis que foram e que iam ser condecorados fiquem tranquilos, isto não irá ser cancelado! O reino de Rune-Midgard reconhece o esforço e dedicação que tiveram nesta batalha. – explicou o rei. - Nossa, como isso foi acontecer? Depois de tanto trabalho aquele infeliz ainda conseguiu fugir. – disse Sora cochichando para Edna. - Pelo menos ele está enfraquecido, será mais fácil capturá-lo. – respondeu a monja baixinho. - Mas e os outros da Veritatem, o que será que aconteceu com eles? Se eles ainda estiverem por aí, será bem fácil Markus se recuperar. - Acho muito difícil. Depois daquela batalha em Morroc, poucos membros foram vistos. Alguns morreram, outros ficaram gravemente feridos na batalha. Você mesmo derrotou um membro da Veritatem, mas todos conseguiram escapar. Os poucos que tiveram coragem de aparecer em Juno também conseguiram fugir. Doralice, que era o braço direito de Markus, foi morta por May. Então... - Silêncio gente! Vocês estão atrapalhando o rei... – disse Max interrompendo a conversa. - Eu juntamente com as autoridades iremos nos retirar para saber de mais detalhes desta fuga. Mais uma vez eu digo: não precisam ficar assustados. O conselho que eu dou é que não andem ou fiquem sozinhos na cidade. E se alguém encontrar Markus ou alguém da Veritatem, por favor avise-nos. E se possível, tente capturá-los. – alertou o rei. - Acho que o tempo fechou. – disse Viny, o super aprendiz. - Silêncio, Viny! – repreendeu Luna dando-lhe um pequeno soco em seu braço. - Agora meus leais súditos, nos deem licença. – disse o rei se retirando juntamente com a Guarda Real e as autoridades que o acompanhava. - Não acredito que aquele desgraçado conseguiu fugir! – disse Luke socando o pilar do palco. - Ei, ei! Calminha aí parceiro, senão você vai acabar derrubando o palco. – disse Sora tentando acalmá-lo. - Droga, porque isso? Tanto trabalho para nada... – falou Luke enraivecido. - Fica calmo amor. Olhe pelo lado bom, você está vivo! É isso que importa agora! – disse May abraçando-o. - É Luke, veja isso como um bônus. Markus não pode usar nenhuma habilidade e também não pode ter ido tão longe, iremos capturá-lo de novo. – confortou Sora. - E o pior é que esse sentimento de raiva está se misturando com o sentimento de receio. Eu sei que nunca vou perdoá-lo por ter causado a morte do meu pai, mas depois daquilo que o meu avô me disse fiquei muito conturbado. Depois destes três anos, ainda custo acreditar que Markus tenha feito estas coisas todas. Eu quero muito que ele pague, mas ao ver o meu avô abatido daquele jeito... É, tenho certeza de que ele não queria prender e julgar Markus. – disse Luke entristecido. - Com certeza alguém o ajudou a fugir da prisão, só resta saber quem foi. – disse Edna pensativa. - Será que foi alguém da Veritatem? – perguntou Max. - Eu acho muito difícil. Mesmo que houvesse alguém da Veritatem para ajudá-lo não teria conseguido passar pelas defesas do castelo. – respondeu Edna. - Então você está sugerindo que foi alguém de dentro do castelo que o ajudou a escapar? – indagou o criador. - Eu não estou afirmando nada, mas as chances de isso ter acontecido é grande. Agora pensem comigo, quem iria se beneficiar com a fuga de Markus? – concluiu Edna. - Será que... Não, deixa pra lá... – disse Viny cortando o próprio raciocínio. - Será o quê Viny? Desembucha logo! O que você está pensando? – perguntou Luna. - É que eu pensei numa coisa aqui. Se Markus é o filho do rei, provavelmente o rei ajudou-o a se libertar para não ver o seu filho ser julgado ou executado. - Eu não sei... Será que ele faria algo assim por um filho que arruinou todo o reino? – disse Luna pensativa. - Ele pode estar certo. Isso justificaria o atraso do rei para a condecoração de hoje. – disse Julgus entrando na conversa. - Não foi só ele quem atrasou hoje, não. – disse Demetrius olhando para Luke, May e Sora. - O que você está insinuando? Que foi um de nós três quem soltou Markus? – disse May indignada. - Galera, vamos parar com as especulações. Vamos investigar isso a fundo. Precisamos nos dividir em dois grupos: um grupo fica aqui na cidade para ajudar na busca de Markus e o outro grupo vai à prisão ver se encontra alguma pista do que pode ter ocorrido. Pra isso precisaremos juntar os dois clãs mais uma vez, Ordem de Rune-Midgard e Vanguarda de Maroll. Está de acordo, Guillaume? – propôs Luke. - Por mim tudo bem. Como vai ser a divisão dos grupos? - Eu e mais algumas pessoas iremos até a prisão. Acho que meu avô me deixará entrar no castelo para investigação, por isso preciso que os melhores estrategistas dos dois clãs me acompanhem. Também as classes mágicas serão de boa ajuda. O restante ficará investigando no perímetro da cidade. Não deixem que nada suspeito passe por nós. – explicou Luke. - De acordo! Já que você vai ao castelo, fique como líder do grupo. Eu irei comandar a equipe de busca aqui. – concordou Guillaume. - Tudo bem, mas é bom não ir muita gente até o castelo. O rei deve estar uma pilha de nervos. – alertou Sora. - Tem razão, não há necessidades de ir todas as classes mágicas para o castelo. – concordou Luke. - Mas até que nós não temos tantas classes mágicas assim. Vamos fazer o seguinte, chame dois do seu clã para acompanhá-lo e eu enviarei mais um! O restante venha comigo! – ordenou Guillaume. E assim foi feito. Enquanto Guillaume organizava o grupo para a caçada, Luke e seu grupo seguiam rumo ao castelo do rei. O grupo era composto por Luke, Müller, Crow e mais um arquimago da Vanguarda de Maroll. Quando chegaram à entrada do castelo foram barrados pelos guardas que estavam de vigia, mas logo foram liberados pelo próprio rei que foi recebê-los. O rei e alguns guardas acompanharam o grupo de Luke até outro pequeno castelo onde ficavam situadas as masmorras. Enquanto isso Luke ia conversando com o rei a respeito da fuga de Markus. - Como assim não ficou vestígio de nada? - Também não entendi. As celas das masmorras não permitem que nenhuma magia ou habilidade possa ser conjurada, sem contar aquelas algemas que comprimem o poder mágico. Veja, já estamos chegando. Olhe você mesmo! – explicou o rei. O grupo tinha acabado de entrar no pequeno castelo e descer algumas escadas em direção ao subsolo. O lugar embaixo era escuro e silencioso, apenas tochas ardentes e pequenas gotas de água quebravam o clima do notório ambiente. Um corredor quase que interminável era composto por várias celas e carceragens que ficavam em suas margens. Em algumas destas celas diversos tipos de prisioneiros preenchiam o lugar, o leve cheiro de mofo completava o ambiente daquele local asqueroso e solitário. Luke e seu grupo acompanhavam o rei sem dizer palavra alguma, apenas observavam o lugar. Vez ou outra um prisioneiro resmungava para o grupo falando coisas e palavras sem sentido. De repente o rei parou na frente de uma cela vazia, que estava sendo guardada por dois soldados da Guarda Real. - Veja Luke, esta foi a cela onde Markus estava preso. Ninguém não mexeu em nada e muito menos a cela foi aberta. – disse o rei Tristan III. - Quer dizer que ela está exatamente do mesmo jeito depois da fuga de Markus? – perguntou Luke. - Sim meu filho, isto é que mais está nos intrigando. Nenhum sinal de arrombamento ou danos à cela foi identificado. Mas isso é impossível, aqui nenhuma habilidade pode ser usada. Se você quiser pode testar agora mesmo! – sugeriu o rei. Luke então tentou invocar suas esferas espirituais, mas sem êxito. Os outros do grupo também tentaram fazer o mesmo, porém sem sucesso. Até Müller, considerado um dos arquimagos mais poderosos do reino, não conseguia conjurar uma única Chama Reveladora. - Tem razão, nem a minha habilidade mais simples consigo usar. Só me responda uma coisa vô, digo, majestade. Vocês têm algum mecanismo que habilite o uso de habilidades aqui embaixo caso precise? – falou Luke. - Isso não é possível, este lugar todo foi construído e arquitetado para isolar qualquer tipo de poder ou habilidades. Isso é um dos motivos por ele ser no subsolo. – explicou o rei. - Mas ninguém viu nada? Os guardas não sofreram nenhum tipo de ataque? – perguntou Müller tentando entender a história. - Nada foi visto ou ouvido no momento em questão. Melhor dizendo, apenas uma pessoa presenciou o que aconteceu e ela está bem atrás da gente. – disse o rei sem se virar. Instintivamente Luke olhou para trás e se deparou com outra cela, que ficava em frente de onde Markus estava. No fundo da cela havia um indivíduo muito peculiar: ele estava sentado no chão. Seus cabelos negros, longos e rebeldes juntamente com sua enorme barba escondiam boa parte do seu rosto, seus frágeis braços abraçavam suas pernas, e balançava seu corpo constantemente para frente e para trás como se fosse um pêndulo. - Anguish! Acorda, Anguish! O rei quer falar com você! – disse um dos guardas batendo a lança na grade da cela. Aquele homem maltrapilho continuou a se balançar e a resmungar: - Eu não estou aqui... Eu não estou aqui... Eu não estou aqui... Não estou, não estou... Tenho que correr, correr... Eu não estou aqui... - Anguish, eu quero que você me diga o que aconteceu aqui nesta noite. – disse o rei. Anguish sequer levantava o rosto para falar com o rei, apenas continuava a resmungar. O rei virou para o grupo que estava ali e disse: - Infelizmente este foi o único que deve ter presenciado o que aconteceu. Nós já tentamos de tudo para poder falar com ele, mas todas em vão. Desde quando ele veio pra cá que ele é desse jeito. - Mas ele é acusado de que? – perguntou Crow. - Ele é acusado de ter matado treze pessoas, inclusive alguns familiares. Ele está preso permanentemente, fruto da condenação dele. É muito difícil conversar com ele, ele tem uma mente muito conturbada e confusa. – respondeu o rei. - Tente mais uma vez majestade, quem sabe se essa é a nossa única pista. – sugeriu Müller. - Tudo bem, irei tentar de novo! – disse o rei respirando fundo. O rei Tristan III se aproximou um pouco mais das grades da cela. Ele deu uma pequena batida e disse: - Anguish, aqui quem fala é o rei! Poderia me dizer o que aconteceu na cela à frente nesta noite? Um vulto se mexeu rapidamente dentro da cela, Anguish não estava mais sentado resmungando. Agora estava frente a frente com o rei, estavam divididos apenas pelas grades. Com uma fala ofegante e um olhar assustador, disse: - Olá alteza, resolveu aparecer aqui no subúrbio? Não é de seu feitio visitar a ralé, principalmente quando há festanças... - Afaste-se da grade, Anguish! – disse o guarda ameaçando-o. - Está tudo bem, deixe-o aí mesmo. – disse o rei Tristan. - Então tome muito cuidado, majestade. Ele é muito astuto. – advertiu o guarda. - Anguish, você viu quem ajudou Markus escapar da sua cela? - Vossa majestade está falando do príncipe? O príncipe... Não sei por que o prendeu, ele não tem instinto matador. Admiro o senhor jogar outro filho nas masmorras... Aquele rapaz ali me lembra muito o outro príncipe que o senhor prendeu. – disse Anguish apontando para Luke. - Cale-se Anguish, apenas me diga quem ajudou Markus a escapar! – disse o rei repreendendo-o. De repente Anguish deu uma risada macabra e aterrorizante, que ecoou em todo o lugar. Alguns presos começaram a se agitarem por causa do barulho que Anguish estava causando. Então ele parou de rir repentinamente e, olhando seriamente para o rei, disse: - O caos está se espalhando lentamente por toda Midgard, cada reino cairá um após o outro até não sobrar uma pedra sequer. Assim como o príncipe desapareceu, o seu reinado também desaparecerá! Um poder está surgindo e aniquilará qualquer outro que se opor a ele, é um poder tão intenso que até eu o temo! A luz desaparecerá de Midgard! Mas não fique triste sua majestade, sua linhagem não acabará por aqui! Ha ha ha! Está preparado para isso alteza?! Anguish então se afastou da grade e começou a rir sem parar como um possuído. Sua expressão de satisfação era tamanha que sua jugular era vista nitidamente pulsando em seu pescoço. O rei então deu um forte soco na grade e depois se retirou. Luke e os outros apenas observavam a situação. - Vamos embora pessoal, é a mesma coisa que ele fala toda vez que a gente pergunta isso a ele. Teremos que aguardar a equipe de investigação chegar para termos algumas respostas. – disse o rei se retirando. - Tem certeza de que não há outro jeito? – perguntou Luke tentando acompanhar o rei. - Infelizmente não filho, vamos esperar eles chegarem para tomarmos as providências cabíveis. Enquanto isso, iremos aprofundar mais as buscas para capturarmos Markus. – respondeu o rei conduzindo o grupo de volta ao castelo. Todos se retiraram do lugar. O rei voltou para dentro do castelo enquanto Luke e os outros voltaram para a cidade. Após uma incessante busca por Prontera e aos arredores da cidade, todos voltaram sem êxito algum em suas caçadas. Todos estavam desapontados por tudo aquilo que estava acontecendo. - O que vai acontecer daqui pra frente? Será que vai acontecer tudo de novo? – disse Sora desapontado. - Infelizmente não sabemos como ele escapou, mas caso ele resolva agir outra vez estaremos prontos. E quando isso acontecer resolverei isso de uma vez por todas, de modo que ele jamais escape outra vez. – disse Luke com um olhar determinado. [COLOR=#008000][CENTER]-------------------------------------------------------------------------------------[/CENTER] [/COLOR] [COLOR=#0000FF][FONT=arial black]Sete anos e meio depois... [/FONT][/COLOR] - Por favor tenha piedade! Eu já me arrependi das coisas que eu fiz! - Você teve alguma piedade quando matou meu pai? - Eu não sei do que você está falando... Eu, eu... - Morra desgraçado! Punho Supremo de Asura! Aquele golpe perfurou o peito de Bafomé, que morreu instantaneamente após o impacto. Luke então lhe arrancou os chifres com a própria foice do monstro e os levou como troféu. Luke se tornara um mestre, estava muito diferente do que era antes. Seu cabelo estava bem maior, o seu corpo havia ganhado mais músculo, mas o olhar era o mesmo de sete anos atrás. Sentia que havia algo a cumprir ainda, pois o responsável por todas as desgraças não foi capturado desde aquele tempo. O monge abriu um portal para a Abadia de Santa Capitolina e entrou. Chegando lá foi recebido por Muhae que não havia mudado nada, exceto pelos cabelos brancos. Luke então entregou os chifres do Bafomé a Muhae, que o agradeceu prontamente. Em seguida ele se despediu do tutor, abriu outro portal e apareceu em Prontera. Lá ele encontrou com alguns velhos conhecidos como Sora, Max e Lisa, e Luna. Então eles conversavam e Luke contou tudo sobre a aventura que ele fez no labirinto do Bafomé. - Luke você a cada dia está se superando! Derrotou Bafomé sozinho? – perguntou Sora impressionado. Sora também havia se tornado um mestre. Seu cabelo agora estava curto, havia ganhado massa muscular, apesar de aparentar fraqueza. E tinha pequenas cicatrizes espalhadas pelo corpo. - Eu devia essa ao meu pai! Eu queria apenas ter aproveitado melhor o tempo que eu tinha com ele. – disse Luke estralando os ombros. - Já que você tocou no assunto, alguém já teve notícia da Veritatem ou de Markus? – perguntou Max. Max havia se tornado um dos criadores mais fortes de Rune-Midgard, havia alcançado o nível máximo de poder da sua classe. E isso era tão evidente que uma luz azulada emanava dos pés dele. Ele havia conseguido a tão almejada Aura Azul. Alguns fios brancos pincelavam o seu cabelo. Lisa, que agora era esposa de Max, também havia alcançado o nível mais alto de um sumo sacerdote. Continuava formosa como sempre. Só que agora ela se tornara uma mulher mais madura e esbelta. Seus cabelos ruivos e brilhantes continuavam encantadores, sem ao menos aparecer sequer um fio branco. - Até agora nada. Já se passaram mais de sete anos e nenhum movimento ou suspeita foram identificados. Mas eles ainda continuam investigando, uma hora ou outra eles irão descobrir o paradeiro de Markus. Acredito que ela já deve estar morto. – respondeu Luke sem se importar muito com o assunto. - E eu custo acreditar que Croix, líder do nosso clã, após tanto tempo ainda está em coma. Maldita Veritatem! - disse Lisa tristonha. - Aqueles desgraçados! Espero que eles tomem jeito! Não é possível que depois desse tempo todo, eles queiram voltar à ativa. – disse Sora revoltado. - Falando em tomar jeito, você já deu uma olhada na Gabriela? – perguntou Max para Lisa. - Fique tranquilo, amor! Nossa filhinha está em boas mãos, a Catedral de Prontera é um ótimo lugar para ela treinar e se tornar uma bela sacerdotisa. – disse Lisa abraçando-o. - Poxa gente, assim vocês me matam de inveja. – disse Luna. Luna havia se tornado uma das mulheres mais lindas de Rune-Midgard, apesar da sua armadura de Paladina apresentar uma imponência natural. Seus cabelos azuis e longos quebravam um pouco daquela imponência que possuía. - Mas, e você Luna? Uma moça tão bonita e solteira, qual o seu problema? – perguntou Lisa. - Acho que eu sou meio difícil, e também não achei a pessoa certa. Na verdade eu já achei, mas ele já é comprometido– disse Luna envergonhada. - Você já achou sim, só você que não quer ver Luna! Já disse que estou à disposição. – disse Sora jogando uma indireta. - Lá vem você de novo com essa história, Sora. Você não tem nada a ver comigo, você combina mais com a Edna. – disse Luna cortando a conversa. - Quem diria heim... E todo mundo pensando que você fosse namorada do Guillaume naquela época. – disse Lisa. - E você Luke? Não casou ainda por quê, cara? Está perdendo tempo! Onde está a May?– perguntou Max. - Cara, pra falar a verdade eu quase não a estou vendo. Depois que ela entrou para o Conselho de Guildas, raramente a gente sai junto. – respondeu Luke. - Mas você ainda gosta dela? – perguntou Luna envergonhada. - Bom, eu... - Ei, pessoal!– disse Edna correndo até o grupo. Edna também havia se tornado uma mestra e mudou muito depois desses sete anos. Deixou seus cabelos crescerem, agora usava óculos e andava descalça. Porém continuava com suas sardas cobrindo as bochechas. - Não morre mais. – disse Sora brincando. - Oi Edna, tudo tranquilo lá em Comodo? – perguntou Lisa. - Agora sim, conseguimos controlar a invasão de Dríades na cidade. Se fosse há sete anos atrás, diria que teria o dedo da Veritatem no meio. - Estávamos acabando de falar isso. – respondeu Luna. - Mas creio que isso seja impossível. Ninguém mais teve sinal nem dos membros da sociedade este tempo todo e as investigações estão praticamente encerradas. – falou Max. - Eu não teria tanta certeza assim. – disse Sora com firmeza. - Porque, Sora? Você sabe de alguma coisa que não sabemos? – perguntou Edna desconfiada. - Não, nada. Só um palpite! - E por falar em sumiço, o que aconteceu com o Demetrius? – perguntou Lisa. - É, faz muitos anos que não o vejo. Depois que ele foi requisitado pela Guilda dos Justiceiros, não o vejo desde então. – disse Luke. Sora reagiu meio surpreso depois dessa afirmação. Enquanto conversavam, Luke avistou uma coisa que lhe chamou a atenção. Uma pessoa encapuzada estava indo em direção à Kafra mais perto do grupo. De relance, pareceu uma pessoa que ele conhecia. - Será que... – disse Luke pensativo. - O que foi Luke? – perguntou Luna. - Com licença pessoal, só um minuto. – disse Luke saindo da roda de amigos. - Luke, espera... O que aconteceu? – gritou Sora. Luke saiu correndo, sem dar satisfação, e seguiu aquela figura misteriosa em direção a Kafra. Mantendo uma certa distância e discrição, observava cada ação daquele ser. O ser encapuzado entregou um papel para a Kafra, que a mesma lê e após alguns segundos disse: - Tudo bem, teleporte para Juno saindo agora. São 50 zenys! A pessoa encapuzada então retirou um pequeno punhado de moedas do bolso e entregou à Kafra. Após alguns segundos a Kafra teleportou-o para o destino desejado. Logo após o teleporte, Luke correu rapidamente até a Kafra, e jogando algumas moedas na mão dela, disse: - Teleporte pra Juno, por favor! - Tudo bem, agradecemos a preferência! Volte sempre! – disse a Kafra teleportando-o instantaneamente. Enquanto Luke se teleportava, tudo em sua volta ficou distorcido como se tudo estivesse girando. Ele ficou desnorteado, mas depois de alguns segundos ele reapareceu em Juno. Ao chegar lá, Luke levou um enorme susto. A cidade inteira estava em guerra. Já estava quase anoitecendo e a mesma cena de sete anos atrás estava se repetindo mais uma vez. Grupos e clãs estavam envolvidos em batalhas contra monstros das mais variadas espécies e tipos. Luke conseguiu avistar o general Kin e alguns membros da IMP lutando. Usando Passo Étereo, ele conseguiu se aproximar do general. - General, o que está acontecendo aqui? - Luke, aonde você estava garoto? Estamos tentando te localizar há várias horas! Precisamos de muita ajuda aqui! Eu pensei que esses desgraçados tivessem desistido, não acredito que tiveram a audácia de aparecer de novo. – disse Kin fatiando vários monstros enquanto falava. Kin não havia mudado nada após estes sete anos. Nenhum fio branco havia se somado ao seu cabelo. - O que você está olhando? Vamos, ajude a gente! Precisamos dar um fim nessa história toda! – gritou Kin. Luke se preparava para a batalha quando viu ao longe aquele mesma figura encapuzada esgueirando-se por entre os becos. Luke gritou para Kin e apontou o dedo para aquele ser encapuzado. Aparentemente o general Kin já sabia de quem se tratava. Então o general deu um forte berro para avisar o grupo: - Ele está ali! Agarrem-no! Luke percebendo que tinha algo muito suspeito, reinvocou suas esferas e, usando Passo Étereo, saiu em perseguição do elemento deixando o grupo pra trás. - Luke, não! Volte aqui! – gritou Kin enquanto Luke sumia entre o caos. [COLOR=#008000][CENTER]-------------------------------------------------------------------------------------[/CENTER] [/COLOR] [I][B]Alguns minutos depois...[/B][/I] - Mais rápido, ele está escapando! A cena era um caos total. Juno, a capital da República de Schwartzvald, estava infestada de monstros e pessoas. Um grande exército de monstros estava causando terror na grande cidade-ilha flutuante e um outro marchava em direção a entrada principal da cidade. Porém, estavam sendo contidos por um grupo de bruxos e arquimagos através de suas poderosas magias. Enquanto isso, a Guarnição Real, a Cavalaria de Prontera, a IMP e alguns outros membros de guildas estavam dentro da cidade na captura de um grande traidor e criminoso de toda Rune-Midgard. - Conseguiram localizar o Luke? Aquele miserável foi atrás daquele criminoso sozinho! – exclamou o general Kin. - Senhor, um alquimista o identificou. Ele disse que o viu descendo o subsolo da Academia dos Sábios. - Droga! Se ele está indo naquela direção é porque seguiu o traidor até lá e ele provavelmente está alvejando o Coração de Ymir! Se algo acontecer com o Coração não sei o que pode acontecer Juno. E pior, talvez isso possa desencadear um desastre enorme para Midgard. Vamos para a Academia dos Sábios! Neste momento o general Kin e a IMP, juntamente com os melhores professores da Academia de Sábios, desceram as escadas para o subterrâneo da Academia. Este subterrâneo foi magicamente modificado em um labirinto interminável para que se algum intruso tentasse alcançar o Coração de Ymir, ficaria preso por muito tempo até achar a saída. Kin e sua tropa, orientados pelas instruções do Professor Presidente de Academia de Sábios, conseguiram passar pelo labirinto sem dificuldades. E ao chegarem ao Coração de Ymir se depararam com uma triste cena: Luke estava com o corpo todo queimado no chão, o Coração de Ymir estava com uma abertura em sua lateral. Eles podiam ouvir a voz do traidor e assassino ecoando de dentro do coração dizendo: - Eu venci! Eu venci! Eu venci! Contemplem agora a ascensão de um deus! Hahahaha! Markus havia derrotado Luke e entrado no Coração de Ymir através de uma abertura que havia feito. De repente o Coração começou a rachar, uma luz começou a emanar e um clarão tomou conta do lugar. A única coisa que se podia ouvir eram os gritos de dor de Markus dentro do Coração de Ymir. Ele urrava de dor, seu corpo parecia se desfigurar todo. - Disparo Violento! Uma poderosa flecha atravessou um lado do Coração de Ymir, que conseguiu tirar Markus de dentro dele. Markus, que estava caído no chão com a flecha fincada em sua perna, tinha boa parte do seu corpo queimado. Luke estava a poucos metros de Markus. Ainda com a pouca força que lhe restava, conseguia enxergar quem havia feito isso. Com muito esforço e dor ele disse: - Mãe... É você?... [I][B]OBS: Para melhor compreensão do capítulo, sugiro que releiam os capítulos XII, XV, XIX e XXV.[/B][/I] [COLOR=#008000][B]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XXVIII--------------------------------------------------------[/B][/COLOR] [COLOR=#404040] [/COLOR][COLOR=#008000][B][CENTER]CAPÍTULO XXIX – EM NOME DA VERDADE[/CENTER] [/B][/COLOR] Luke se esforçava ao máximo para poder enxergar a pessoa que havia tirado Markus de dentro do Coração de Ymir. Ele não acreditava no que sua vaga visão lhe mostrava. Sua mãe, após todos estes anos, estava ali em pé na sua frente. Ela estava bastante diferente, mas os seus olhos não negavam quem era ela. Os seus olhos cor de mel abrilhantavam seu rosto. Seus longos e lisos cabelos castanhos escuros agora eram compostos por solitários fios brancos que se juntavam aos mesmos. Sua pele clara parecia intacta, apesar do bom tempo que havia se passado. Sua roupa estava diferente, não vestia mais a roupa de uma caçadora. Usava uma roupa verde juntamente com um cachecol de mesma cor. Ninguém jamais havia visto aquele tipo de vestimenta em Rune-Midgard. O Coração de Ymir ainda estava emanando luz através daqueles enormes buracos que haviam feito. O grupo que chegara no exato momento que Markus entrou no Coração de Ymir logo tomou posição de batalha. Kin e a IMP, o Presidente da Academia e outros professores, e alguns membros do clã Vanguarda de Maroll. Esse era o grupo de perseguição que estava naquele lugar presenciando tudo. - Quem é você e o que faz aqui? – perguntou Kin para Maria. - Vim ajudá-los a acabar com esta história e impedi-los de cometer um grande erro! – respondeu Maria. - Então acabe com este infeliz traidor. – disse Kin apontando para Markus. Maria simplesmente balançou a cabeça negativamente e continuou parada no lugar. Luke ainda continuava no chão, quase sem forças. Apenas observava a situação. - Se você não vai acabar com ele, então eu irei! Vitor vá curar Luke, enquanto eu acabo com isso de uma vez. – falou Kin ordenando ao sumo sacerdote da IMP. Kin correu na direção de Markus com a espada empunhada pronto para desferir o último golpe, enquanto Vitor curava o mestre. - Perfurar em Espiral! – disse Kin prestes a desferir o golpe em Markus. No meio da ação Kin parou de repente. Não conseguia se mover. - Mas o que está acontecendo? Porque eu... O general Kin logo achou a resposta para sua pergunta. Um formigamento começou a subir por suas pernas, uma armadilha estava impedindo-o de avançar contra Markus. - Sinto muito, não posso deixar que você dê mais um passo contra Markus. – disse Maria sacando seu arco. - Mãe, o que significa isso? É realmente você? Porque a senhora está ajudando Markus depois de tudo o que ele fez? – disse Luke já recuperado e tentando se firmar em pé. - Como ousa trair sua pátria? Essa armadilha não vai me segurar por muito tempo! – disse Kin tentando se desvencilhar da armadilha. Quase que instantaneamente, a flecha que estava fincada na perna de Markus desapareceu juntamente com o ferimento. Maria então retirou uma espécie de erva de sua bolsa e aplicou-a no corpo de Markus. Toda a desfiguração por causa da irradiação do Coração de Ymir sumiu. Ele então retomou à consciência, se levantou e disse: - Sabia que você viria, Maria... - Maldita, o que você fez? Isso jamais será perdoado, não aqui na minha Academia! Lanças de Fogo! – disse o Presidente da Academia que resolveu entrar na briga. - Acho que o trem vai feder! Cadê aqueles infelizes que não chegam nunca. – disse Maria tomando postura de combate. - Pare! – gritou Luke. O grito de Luke ecoou por toda a sala, que até o Presidente da Academia cancelou a magia antes que pudesse conjurá-la. O mestre então começou a andar lentamente até Maria e aproximando-se dela, deu-lhe um forte abraço. As lágrimas começaram a escorrer do seu rosto. Maria ficou sem reação, mas logo retribuiu o abraço. Luke era um pouco mais alto que Maria, mas a diferença era mínima. Luke, ainda emocionado, disse: - Mãe, por quê? De repente o ar ficou denso e pesado, a energia interior de Luke começou a se intensificar. - Dilema. – disse Luke. Ambos, Luke e Maria, ficaram paralisados como se estivessem petrificados. Maria levou um susto, mas já era tarde demais. Luke, ainda conturbado, disse: - Mãe, me diz o que está acontecendo? Por favor, me diga por que a senhora está fazendo tudo isso? Onde esteve por todo esse tempo? - Luke, pare. Está cometendo um grande erro, deixe-me explicar. – suplicou Maria. - É o que eu pretendo. Não irei te soltar até que você me conte tudo. – respondeu Luke ainda abraçando-a. - Você se tornou um guerreiro valoroso, estou muito orgulhosa de você. Ouvi muita coisa ao seu respeito durante todos estes anos. Grandes proezas que você fez para o bem de Rune-Midgard, seu pai ficaria orgulhoso por isso. – disse Maria começando a se desfazer em lágrimas. - Mãe, por favor não torne as coisas mais difíceis. Eu passei mais de dez anos sem a companhia de pai e mãe, e agora você aparece desse jeito. E ainda ajudando um inimigo? A senhora não sabe o apuros que passei por causa disso. – respondeu Luke com um enorme nó na garganta. - Luke, por favor escute sua mãe. Ela sim é a única que... - Cale a sua boca, seu lixo. Prisão da Teia! – disse Dimas o Presidente da Academia, interrompendo a frase de Markus e prendendo-o numa teia. - Luke, asure logo essa traidora! Ela deve estar ganhando tempo pra fugir! Luke virou seu rosto pra trás para ver quem havia gritado aquela frase. Ele ficou espantado ao ver aquele ser encapuzado que perseguira pouco tempo antes, estava no meio do grupo. Só que o mais espantoso foi que ele conseguiu reconhecer a voz de quem estava de baixo do capuz. O grupo logo tomou posição de batalha, cercando aquela pessoa desconhecida. - Calma pessoal, sou eu! – disse a pessoa retirando o capuz de sua cabeça. Todos no grupo levaram um enorme susto ao ver que aquela pessoa era May Schicksal. Apesar do seu corpo está coberto pela enorme manta, seu rosto estava intacto. Nenhuma ruga ou fios brancos haviam aparecidos em sua face. Estava exatamente do mesmo jeito de oitos anos atrás. - May, o que você está fazendo aqui? Você não deveria estar no Conselho de Guildas? – perguntou Dimas surpreso com a presença de May. - Eu resolvi acompanhar o grupo nesta operação, não poderia deixar inacabado algo de dez anos atrás. – respondeu May encarando Maria. - Eu não me lembro dela está no grupo desde que chegamos aqui... – cochichou um sábio do grupo. - E então Luke, asure essa traidora e acabe de uma vez com essa história. – disse May mais uma vez para o mestre. - É exatamente o que você quer, não é May? Engraçado que ninguém nunca desconfiou de nada até hoje. – disse Maria ainda paralisada pela habilidade de Luke. - Como assim? A senhora já a conhecia? – perguntou Luke espantado para sua mãe. - Como poderia me esquecer. Afinal, foi ela quem matou o seu pai Vendrick. – disse Maria com uma nota de tristeza na sua voz. Aquela frase entrou nos ouvidos de Luke como se fosse uma afiada flecha. Indignado com aquela frase, ele disse: - Pare de falar essas coisas! Eu estava no dia que o meu pai morreu, eu presenciei tudo. Então não fale estas bobagens, mãe! - Luke, por favor me escute... - Chega! A senhora está sendo controlada por Markus, por isso não darei atenção ao que você diz. – disse Luke interrompendo-a. - Vamos acabar logo com isso! – disse Kin se desprendendo da armadilha. - Markus, jamais irei perdoá-lo por tamanha crueldade. Até minha mãe... Como pode, seu porco imundo. – disse Luke cancelando o Dilema. Após cancelar o Dilema, Maria caiu no chão. Em seguida Luke invocou sua Fúria Interior e suas Esferas Espirituais e investiu contra Markus, que estava preso na teia conjurada Dimas, o Presidente da Academia. - Morra desgraçado! Punho Supremo de Asura! – disse Luke desferindo o poderoso golpe. - Rajada Congelante! Eram poucos os centímetros que distanciavam o braço de Luke da face de Markus. O punho gélido do mestre estava inerte, rente ao rosto de Markus. Não só o punho, mas o corpo de Luke estava completamente congelado. O olhar desesperado de Markus era visível, por uma fração de segundos poderia estar morto agora mesmo. - Ufa, essa foi por pouco. – disse May retirando a mão do seu cajado. - Porque você fez isso May? Este indivíduo vai acabar fugindo outra vez. – falou Dimas sem acreditar no que estava vendo. - Cale sua boca, seu velho chato! Rajada Congelan... - Desconcentrar! – contra-atacou o Presidente da Academia, cancelando a magia de May. O general Kin indignado com toda aquela situação disse: - Como ousa nos trair, May!? Você pagará caro por isso! – falou o general avançando freneticamente contra May. De repente o seu corpo ficou completamente paralisado, não conseguia mover um músculo sequer. Apenas seus olhos se moviam, nem mesmo palavras eram proferidas porque sua boca estava enrijecida. - May, não irei permitir que você manche a história de Juno! Prisão da Tei... O Presidente da Academia não conseguiu conjurar a magia. Assim como Kin, seu corpo estava totalmente parado. Ninguém a partir daí tomou alguma reação, afinal ninguém poderia porque todo o grupo estava paralisado. Com exceção de Markus, Luke (que ainda estava congelado pela Rajada Congelante) e May. - Assim é bem melhor. Muito obrigada por seus serviços, Markus. Você foi de ótima ajuda, apesar de te odiar profundamente. – disse May andando até o professor. Markus por uma fração de segundos parecia ter sido desligado do mundo. Sua atitude mudou de repente. - O prazer foi todo meu, mestra. – disse Markus com uma expressão diferente de poucos minutos atrás. - Vamos matar estes vermes inúteis! – disse May com um tom ameaçador. De repente uma explosão aconteceu numa das paredes laterais da sala, estilhaços e escombros voaram para todos os lados. Poeira e fumaça tomaram conta do lugar, somados com a luz que ainda emanava do Coração de Ymir. Como resultado da explosão, um grande buraco se formou na grossa parede da sala. Um enorme lobo saltou do buraco, passou por cima de todos e desferiu uma forte mordida em May, paralisando-a. Markus caiu no chão repentinamente e todos aqueles que estavam paralisados anteriormente voltaram ao normal, assim como Luke que conseguiu quebrar a lacrima de gelo onde estava preso. - Até que enfim vocês chegaram. As coisas aqui já estavam começando a sair do controle. – disse Maria olhando esperançosamente na direção do buraco. Todos que estavam na sala acompanharam os olhares para o buraco que havia surgido. Grande parte do grupo levou um baita susto quando presenciaram as três pessoas que estavam em pé diante da grande cratera na parede. - Você já viu a confusão que está lá fora? Foi muito complicado entrar aqui e encontrar esta sala. – disse o justiceiro com a pistola em punho. - Mas vocês demoraram demais, Demetrius. Se vocês demorassem mais um minuto, a missão seria um fracasso total. E precisava ter quebrado a parede quase toda? Aposto que foi o Sora. – disse Maria indignada. - Porque toda explosão que acontece no universo é culpa minha? – retrucou o mestre. - Porque a maioria das vezes o culpado é sempre você. Isso é inevitável, não há como alterar. – disse o músico, a terceira pessoa do trio, segurando sua harpa. - Vocês dois como sempre brigando, né Karian. – disse Maria para o músico. Todos observavam as três figuras peculiares com incredulidade. Principalmente porque eram rostos conhecidos. Demetrius, com seus cabelos longos e dourados, era um dos três integrantes do grupo que acabara de aparecer. Aquele olhar medroso e temeroso que tinha sete anos atrás foi substituído por um olhar mais confiante e desafiador. Apesar do tempo, nada havia mudado fisicamente nele. A única mudança real foi na sua atitude e caráter, e também em suas habilidades como justiceiro. E mais do que isso, ele havia obtido algo que jamais sonhara na vida: a tão sonhada Aura Azul. O músico tinha um rosto familiar. Familiar até demais. Karian havia sido um dos integrantes da Veritatem. Suas vestes não eram nem um pouco parecidas com a de um menestrel. Ele usava largas roupas vermelhas e laranjas, usava um cachecol listrado no pescoço, a roupa interna era negra, ficando à mostra apenas a parte da calça. Usava um chapéu vermelho com um símbolo peculiar na sua frente, havia também duas grandes penas negras que saiam das laterais do chapéu. Apesar do clima caótico naquela sala, Karian conseguia transmitir paz só no fato de olhar para alguém. E por último, Sora completava o trio. Ele estava com alguns arranhões e com a roupa suja de entulho e poeira. - Agora eu é que não estou entendendo mais nada. – disse o general Kin bastante confuso. Luke cerrou os dentes e os punhos e as lágrimas começaram a descer. Então, com um brado estrondoso, gritou: - Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui! O eco desta frase invadiu todo lugar. Após isso, o silêncio tomou conta daquela enorme sala. Ninguém ousava pronunciar uma palavra sequer. - Me respondam, alguém pode me dizer que palhaçada é essa? – disse Luke mais uma vez. Maria, sua mãe, aproximou-se do seu filho e disse: - Luke meu filho, você ainda não percebeu quem é a culpada por tudo isso? Olhe à sua volta, ela tentou matar todos nós. Luke olhou diretamente para May, que estava caída no chão com o lobo ainda prendendo-a. O chão ensanguentado por causa do ferimento na sua perna estava escorrendo na direção da outra extremidade da sala. Luke não queria acreditar naquelas palavras, a companheira da sua vida era uma assassina. [I][B]“Se bem que nestes últimos sete anos, May ficou muito misteriosa. Quase não nos víamos, e quando nos encontrávamos não havia diálogo.”[/B][/I] – pensou o mestre. Luke olhou fixamente para sua mãe. As informações estavam bagunçando sua cabeça, não estava raciocinando direito. - Se a senhora está do lado certo, por que se aliou à Veritatem? Por que está ajudando Markus? Por que Karian, um dos integrantes da Veritatem, está com vocês? E o pior, por que que até o meu melhor amigo está envolvido nesta sujeirada toda? – disse Luke quase sem respirar. Maria preparava-se para falar quando foi interrompida por barulho de passos vindo do buraco na parede. Poucos segundos depois uma legião de guerreiros de várias classes atravessou correndo naquele buraco. Boa parte dos dois clãs aliados, Ordem de Rune-Midgard e Vanguarda de Maroll, estavam compondo o grupo. Também o restante da IMP em peso fazia parte daquele enorme grupo, sem falar dos outros clãs e organizações. À frente do grupo estava Tristan III, o rei de Rune-Midgard. O tempo parecia está ao seu favor, pois apesar de se passar sete anos sua vitalidade era extraordinária. Ele não estava trajando suas vestes reais, usava uma resistente e pesada armadura acompanhado por um escudo. - Vocês são malucos? O que está acontecendo aqui? Deu pra sentir a explosão lá da cidade. Vocês deviam... De repente o rei parou de falar. Ele ficou impressionado com o que estava vendo. Naquela confusão toda, o Coração de Ymir era a única coisa que o rei observava atentamente. - Mas isso é impossível... Como alguém pôde fazer isso? É por isso que a cidade está assim: as luzes que compunham os círculos mágicos no meio da cidade se apagaram e a cidade teve um pequeno declínio. Se continuar assim será o fim de Rune-Midgard, a cidade de Juno cairá no continente e devastará tudo quanto é coisa. – disse o rei indignado. - Tudo bem majestade, está tudo sob controle por aqui. É bom que o senhor e todos aqui estejam presentes para saber sobre a verdade. – disse Maria tentando acalmar o rei. O rei, por alguns instantes, parou de olhar para o Coração de Ymir e mirou os olhos para Maria. Ao vê-la, o rei ficou mais surpresa ainda. Sua expressão era de que acabara de ver um fantasma. - M-Maria, é você minha filha? – perguntou o rei ainda incrédulo. - Sim, majestade. Estou aqui para impedir que cometam um erro terrível. Esta daí, que vocês tanto veneram, é a verdadeira traidora de Rune-Midgard. – disse Maria apontando para May. O rei logo tirou a expressão de surpresa do rosto e, com um simples gesto com as mãos, dois algozes saltaram por detrás da multidão e interceptaram Maria com seus ameaçadores katares. - Você não é a Maria que eu conheço. E se for, no mínimo está sendo controlada por este lixo aí. E pensar que nestes últimos sete anos você poderia mudar... – disse o rei para Maria e olhando para Markus. - Pelo menos já sabemos quem ajudou ele a escapar da prisão naquela época. – disse o general Kin. - Chega desta história. Mesmo que o meu pescoço seja cortado eu irei contar toda a verdade. – disse Maria ameaçada pelas katares banhadas de veneno. - Calma Maria, não se precipite. – disse Markus colocando a mão na cabeça e tentando se levantar. - Tudo bem, vocês podem cortar minha garganta depois. Mas ouçam o que eu tenho a dizer. Meu nome é Maria Von Trivian, esposa do falecido Vendrick Von Trivian. Venho dizer que May Schicksal é a responsável por todos estes desastres e tragédias que aconteceram nos últimos vinte anos, e mais intensamente nestes últimos dez anos. Ela nunca foi a Escolhida, ela nunca foi o Oráculo da Morte. Na verdade ela que controlava a pessoa portadora deste poder. - Mas isso é impossível, somente um membro da família Schicksal poderia ser um Oráculo da Morte. E até onde eu sei, ela foi a única sobrevivente do massacre. – disse o general Kin incrédulo com a história. - Está errado, além dela existe um membro da família Schicksal vivo e que herdou o legado do Oráculo da Morte. – corrigiu Maria. - Se você está se referindo ao Markus, se equivocou e feio. Em primeiro lugar, ele jamais teve este poder, e eu posso dizer isso porque um dia eu já fui pai deste indivíduo. E em segundo lugar, a May sempre usou seus poderes na nossa frente. – disse o rei com descrença. - Realmente vocês não conhecem o verdadeiro poder de um Oráculo da Morte. – disse Maria decepcionada. - Você acha que iremos acreditar nesta história sem pé e nem cabeça? Só o fato de você estar defendendo Markus e estar acompanhada por antigos membros da Veritatem, já temos um forte motivo para não acreditar em você. – disse o general Kin. - A Veritatem foi apenas uma distração, na verdade ela nunca existiu. – disse Maria ainda ameaçada pelos algozes. - É exatamente isso, Maria. Tenho que te dar os parabéns por você ter escapado daquela luta de dez anos atrás, mas isso acaba aqui! Todos levaram um susto. May estava em pé sem nenhum ferimento, o sangue que havia escorrido no chão havia desaparecido. O gigante lobo que a prendia estava caído no chão. Estava simplesmente morto. May deu uma risada fria e disse: - Todo mundo sabendo ou não da verdade, isso jamais vai alterar o futuro. Então por isso que eu, May Schicksal, irei contar toda a verdade para vocês e depois irei matar um após o outro com minhas próprias mãos. E eu começarei com você Luke, seu garoto ingênuo! Tudo aconteceu debaixo do seu nariz e você não percebeu. Bom, chega de papo! Markus, paralise todos eles e deixe apenas Maria para que ela me ajude a contar esta divertida história. – disse May com um sorriso maléfico no rosto. - Sim, mestra! Seu desejo é uma ordem! – concordou Markus que acabara de se levantar. - May, sua desgraçada. Você não sairá dessa, eu juro que irei acabar com você e vingarei Vendrick pela covardia que você cometeu com ele. – ameaçou Maria, enquanto May dava uma risada maléfica que ecoava por toda a sala. Ao fundo, o Coração de Ymir continuava se esvaindo de sua ofuscante luz... [COLOR=#008000][B]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XXIX-----------------------------------------------------------[/B][/COLOR] [COLOR=#404040] [/COLOR][B][CENTER][COLOR=#008000]CAPÍTULO XXX – O INIMIGO SE REVELA[/COLOR] [/CENTER] [/B]O ar ficou pesado de repente. Luke não conseguia mover um músculo sequer e, pelo silêncio que estava na sala, ele não era o único. Todos naquele lugar estavam inertes, como exceção de May, Markus e Maria. O ferimento de May havia desaparecido, juntamente com as queimaduras que Markus havia sofrido dentro do coração de Ymir. - Já que todos aqui irão morrer, eu vou contar o que realmente está acontecendo aqui. Meu nome é May Schicksal, filha de Mathias Schicksal. Meu pai foi o terceiro Oráculo da Morte da família Schicksal... [I][B]“Como assim, foi o terceiro Oráculo da Morte? Isso foi há centenas de anos atrás. Como ela poderia está viva?”[/B][/I] – pensou Luke. - Eu sei, eu sei. Vocês devem estar se perguntando: como isso é possível, se ele existiu há muitos anos atrás? Como eu estou boazinha hoje, irei contar pra vocês a minha história. Como eu disse antes, meu pai foi o terceiro Oráculo da Morte e viveu há mais ou menos trezentos anos atrás. Eu era filha única dele, mas não nasci com os poderes de um Oráculo... [I][B]"...Geralmente este poder era passado de pai para filho. A minha avó tinha sido um Oráculo da Morte antes do meu pai, e o meu bisavô foi o primeiro Oráculo da Morte. Em três gerações seguidas este poder foi passado, mas este ciclo foi interrompido quando eu nasci.[/B][/I] [COLOR=#0000FF][I][B]Todo Oráculo da Morte vive exatamente cem anos, nenhum dia a mais e nem a menos. E quando estes cem anos acabam, o poder é transferido naturalmente e um novo Oráculo surge. No meu caso foi o seguinte: meu bisavô foi o primeiro Oráculo da Morte. Ninguém nunca soube realmente como ele adquiriu este poder. Mas dizem que foi o próprio Odin que entregou tamanho poder, para que a humanidade não sofresse de novo com catástrofes que ocasionaria o extermínio da raça humana (como quase aconteceu há centenas de anos atrás), o temível Ragnarok.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Meu bisavô foi o patriarca da família Schicksal, e naquela época ele era muito conhecido. Foi a partir daí que a minha família começou a ter uma relação forte com a Família Real de Rune-Midgard. Era uma troca de favor. Enquanto a minha família previa as tragédias que poderiam acontecer no reino, a família real ficava encarregada de proteger, dar suporte e mantimentos à minha família. Até que não precisávamos muito, pois nós éramos bons estudiosos da magia arcana. Mas a nossa fama se espalhou rapidamente, e vários malfeitores começaram a tentar tirar proveito da situação. Porém, conseguíamos nos defender.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Bom, e o que isso tem a ver com a minha história atual? Simplesmente por causa desta maldição que minha família tinha que carregar eternamente...[/B][/I][/COLOR] [I][B][COLOR=#0000FF]Um Oráculo da Morte sempre morria de causas naturais quando completava os cem anos. Ele nunca adoecia e nem era contaminado por vírus ou venenos. E quando ele chegava aos cem anos, o poder era transferido para o seu filho ou filha.[/COLOR][/B][/I] - Você está errada, May. Você sabe muito bem que não é assim que o poder é transferido. Eu não posso crer que você até hoje ainda pense deste jeito. – disse Maria interrompendo May. - Cale sua boca sua imunda, depois será a sua vez de falar! Afinal, estou muito curiosa em saber como você escapou “daquele dia”... – falou May repreendendo-a. [COLOR=#0000FF][I][B]“...Onde eu estava mesmo? Ah sim, lembrei... Como eu estava dizendo, um Oráculo da Morte morria de causas naturais quando completava cem anos e seus poderes eram transferidos para os seus filhos. E foi isto o que aconteceu até à geração do meu pai. Então eu nasci...[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Eu era uma maga muito fraca, em comparação aos outros membros da minha imensa família. As outras crianças caçoavam de mim por eu não conseguir fazer nenhuma magia certa. Afinal, eu era do tronco principal da família Schicksal. Quando o meu pai morresse, eu iria herdar todo aquele poder.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Meu pai, meu ingênuo papai... Apesar de tudo isso ele dizia que me amava do jeito que eu era, independente de não conseguir fazer qualquer magia. O problema é que minha marca de nascença[/B][/I][/COLOR] – disse May levantando a manga de suas vestes e mostrando uma minúscula marca em forma de ampulheta no seu braço direito. – [COLOR=#0000FF][I][B]ficava visível pra todos, e como isso qualquer um sabia o tamanho do meu poder. Eu estava me esquecendo de explicar isso: todos do clã Schicksal possui uma marca no corpo que lembra muito uma ampulheta. O tamanho dessa marca representa o tamanho do poder mágico da pessoa.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Anos e anos iam se passando, e eu sempre fracassava nas magias ensinadas no meu clã. Não conseguia me transformar numa bruxa porque sempre falhava no teste. Eu fui a única que continuei sendo uma simples maga, todas crianças que cresceram comigo desenvolveram as habilidades do clã e conseguiram se tornar bruxos e bruxas. Eu era humilhada e ridicularizada por todos, olhares de desprezo e descaso daquelas pessoas atormentavam minha cabeça todos os dias.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Então eu conheci uma pessoa que, apesar do breve momento juntos, me fez sentir uma alegria que jamais havia sentido antes. Esta pessoa foi a primeira e a única pessoa que eu amei na vida, esta pessoa foi a única pessoa que não me desprezou. Nunca me olhou tortamente, como as outras pessoas olhavam. Não sei se foi alguma peça dos deuses ou ironia do destino, mas esta pessoa era você Luke. Ou pelo menos eu pensava que fosse.” [/B][/I][/COLOR][COLOR=#000000]– falou May olhando para o mestre.[/COLOR] [COLOR=#000000] [/COLOR] [COLOR=#000000]Luke no mesmo instante levou um susto, apesar de não[/COLOR] poder se mexer. [I][B]“Essa mulher pirou de vez, é a única razão pra isso...”[/B][/I] – pensava Luke aturdido. [COLOR=#0000FF][I][B]- Sim Luke, era você. Nesta época havia um garoto muito parecido com você, que se chamava Lucas Schicksal. Você já o conheceu antes. Ele era aquele espírito que me agourava todos os dias. Aquele que você pediu para que Maia o exorcizasse. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Ele fazia parte da ponta das ramificações da árvore genealógica da família Schicksal, ele era o único que me defendia. E a cada dia que passava eu sentia uma coisa forte por ele. Acho que chamam isso de amor...[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Só que eu fiquei muito espantada quando te encontrei na Abadia de Santa Capitolina, Luke. Eu pensei que você fosse o Lucas que conheci há trezentos anos atrás, mas logo deduzi que ele não poderia estar vivo todo este tempo. Então naquela mesma noite eu pesquisei sobre você e descobri que tu fazia parte da Família Real.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Isso era muito bom pois você me ajudaria a alcançar os meus planos, sem contar que eu aproveitaria a situação pra tirar uma casquinha. Afinal, você se parecia muito com meu antigo amado. Até no nome vocês eram pareciddos, mas a semelhança só ficava na aparência mesmo. Vocês eram completamente diferentes, mas isso não vem ao caso agora...[/B][/I][/COLOR] – dizia May para Luke, enquanto se perdia em suas lembranças. [I][B]“Esta história está cada vez mais maluca, eu não posso acreditar numa coisa dessas...”[/B][/I] – pensava Luke ainda muito confuso. - Continuando a minha “romântica história”, Lucas sempre me defendeu de tudo e de todos. Mas eu já estava ficando de saco cheio daquela situação, só havia uma solução para o meu problema. Um Oráculo da Morte vive cem anos, mas ele não é imortal. Tudo o que eu precisei fazer foi esperar meu pai dormir para desferir um golpe fatal de adaga em seu coração. Ai, ai... Como ele foi ingênuo... – suspirou May. - Mas isso não deu muito certo, não é May? – disse Maria desafiando-a. - Ora, sua... Você não sabe nada da minha vida, ninguém sabe! Eu precisei fazer o que tinha que ser feito! – disse May irada com aquela frase. - E se já não bastasse você ter matado o seu pai, você cometeu o mesmo erro. Me diz qual foi a sensação de matar a pessoa que você mais amou nesta vida? Sentiu prazer ao ver seu amado morrendo na sua frente enquanto ele a olhava com compaixão? – disse Maria aumentando gradativamente seu tom de voz. - Cale-se! Cala a sua boca, sua imunda! Desapareça da minha frente! Trovão de Júpiter! Antes que May pudesse conjurar a magia, Maria havia desaparecido diante de seus olhos. Não havia nenhum sinal visível dela. - Desgraçada, como você conseguiu fazer isso? Apareça! – gritou May transtornada. - Ué, você não está conseguindo me ver? Definitivamente você está muito acabada por causa desta busca excessiva por poder. Esta habilidade se chama Camuflagem, uma habilidade voltada apenas para caça. Usando esta habilidade nenhum monstro consegue me ver, mas humanos ainda conseguem identificar onde eu estou. E agora veja só o estado deplorável em que você se encontra. Realmente você se transformou num verdadeiro monstro, May. – concluiu Maria. Luke, com toda a dificuldade em que se encontrava, conseguia enxergar onde sua mãe estava. Não só ele, mas todos os que estavam na sala conseguiam vê-la. - Mas isto é impossível. Um caçador nunca teria habilidades para se ocultar de monstros, nem mesmo um atirador de elite tem esse poder! – disse May ainda tentando localizar Maria. - Muita coisa aconteceu em dez anos, May. Eu tenho habilidades que transcendem os poderes de um atirador de elite, isso graças a alguns amigos que conheci durante este tempo. Você deveria ter me matado dez anos atrás, assim como você fez com o seu amado Lucas há centenas de anos atrás. – respondeu Maria. O baque foi profundo. Era visível o desespero que tomava conta do rosto de May após ter ouvido aquela frase. Luke nunca a viu tão descontrolada e transtornada como ela demonstrava estar naquele momento. - O que foi, May? Logo você que é uma pessoa fria, está demonstrando ter emoções? Logo você que, após todos estes anos, ainda sente algum remorso pela crueldade que cometeu? – provocava Maria ainda escondida. - Chega, cale sua boca! Markus, faça alguma coisa! Não quero mais ouvir a voz desta mulher, foi um erro deixá-la livre! Deixe-a imóvel assim como os outros! – ordenou May. Markus não a obedeceu. Aparentemente ele tentava resistir à ordem dada por May. - Você ainda tem dificuldades em controlar este poder não é mesmo, May? Você não pode perder a calma, porque você perde o controle totalmente. Mas isso já vem de longa data, você sempre perdeu domínio. Foi por isso que você matou seu pai, não foi? E do mesmo modo você matou seu precioso Lucas Schicksal, aquele que sempre a ajudou e a apoiou. – disse Maria. - Já chega! – gritou May tirando uma adaga de suas vestes e indo na direção de Luke. Ela então apoiou a ponta da faca no pescoço do mestre e falou bem alto para que Maria possa ouvir: - Calada ou então eu mato o seu precioso filho! Como você disse, eu já cometi dois crimes bárbaros quando jovem. Cometer outro assassinato pra mim não irá fazer a menor diferença! Cale sua boca ou jamais verá seu filho vivo de novo! Maria no mesmo instante parou de falar. O silêncio só era quebrado pelos gemidos de agonia emitidos por Markus, que tentava se libertar do controle de May. Luke tentava se mexer e não conseguia, porém ele sentia que a força que estava prendendo-o havia ficado mais fraca. O seu olhar encontrava-se com o de May, que o ameaçava com aquela faca. De repente May deixou a faca cair e apoiou sua outra mão na cabeça. Ela então caiu sentada no chão, e lágrimas começaram a escorrer do seu rosto. Com uma voz trêmula ela começou a falar: - Porque que veio esta imagem na minha cabeça? Eu não posso matá-lo duas vezes... Eu tive que fazer aquilo, porque isso era o certo a se fazer... Não posso ter remorso, muito menos sentimentos. Isto só os fracos sentem. Repentinamente May se levantou do chão, apanhou a faca e deu uma enorme gargalhada que rasgou o notório silêncio do lugar. Sua expressão facial mudou totalmente. Maldade e crueldade eram nitidamente visíveis naquele rosto. Instantaneamente Markus parou de gemer e May retomou o controle. Ela então se aproximou de Luke, tocou sua mão no rosto dele, e acariciando-o disse: - Vou te dizer por que eu me aproximei de você Luke Von Trivian. Acho que posso definir isso como momento de fraqueza... [COLOR=#0000FF][I][B]“...Após eu ter matado o meu pai, tudo o que eu planejei foi por água abaixo. Eu pensava que finalmente teria o poder que era meu por direito. Mas de novo este poder foi roubado de mim. E foi justamente pela pessoa que mais me apoiou e a única que amei profundamente, Lucas Schicksal.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Depois de matar meu pai, o poder tinha que ter vindo pra mim. Não sei como aquele traidor conseguiu fazer isso, mas o poder de Oráculo da Morte que estava com meu pai foi transferido para Lucas. Eu fiquei transtornada. Era pra eu ser o novo Oráculo da Morte naquela época! Minha avó e meu bisavô foram os primeiros Oráculos, e por direito este poder tinha que ser passado pra mim. Maldito Odin![/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Tive que agir rapidamente. Lucas após descobrir que ele era o novo Oráculo da Morte, veio correndo ao meu encontro pra me dizer que era o novo hospedeiro daquele tamanho poder. Ele estava muito feliz porque iria fazer com que eu fosse respeitada na família Schicksal. Ele iria fazer todas aquelas pessoas que me rejeitavam me olharem com outros olhos. Ele prometeu que não iria mais me deixar sofrer.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Ele então me deu um forte abraço, e eu senti uma coisa tão forte neste abraço que nunca mais senti nesta vida. Mas isso estava errado, não era pra ser assim. E naquele abraço eu retirei uma adaga das minhas vestes e perfurei o seu peito...[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Seu sangue começou a jorrar do seu coração, manchando nossas vestes. Apesar de ter perfurado-o, era como se eu estivesse enterrando a adaga em meu próprio peito. Jamais senti uma dor por alquém assim... [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Enquanto ele agonizava no chão, o desespero e a angústia tomava conta da minha alma. Lucas olhava pra mim não com um olhar de raiva ou ódio, mas com um olhar de compaixão e misericórdia. Após alguns segundos ele desfaleceu naquele lugar. Eu fui até o corpo dele, o abracei e dei o último beijo de despedida. Jamais eu o veria vivo novamente...[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Infelizmente eu não consegui ocultar sua morte, assim como eu fiz com o meu pai. Então tive que fugir do clã, porque todo mundo já sabia quem havia matado Luke e o meu pai. Eu me perdi no mundo, como uma loba errante. Não sabia pra onde ia ou o que faria dali em diante. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Foi então que conheci, numa de minhas viagens a Morroc, um ser que mudaria a minha vida pra sempre. Pra mim ele é o ser mais sábio do mundo, e seria um belo rei para Rune-Midgard. Na verdade ele é um rei, mas não deste mundo. Ele é o rei do submundo, Osíris.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Eu decidi ser uma fiel seguidora dele, e por algum tempo aprendi vários segredos e mistérios que envolviam Rune-Midgard. Osíris me falou de uma pessoa que poderia me ajudar a crescer o meu poder, e também como obter o poder o Oráculo da Morte pra mim. Osíris me enviou para Nifflheim, onde eu encontraria a guardiã do Reino dos Mortos.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Chegando lá encontrei a guardiã do Reino dos Mortos, uma bruxa. Ela rege o Reino dos Mortos que fica nas profundezas das raízes de Yggdrasil, a árvore que sustenta Midgard. Com ela aprendi várias magias antigas, perdidas e esquecidas pela humanidade. Também por vários anos estudei um jeito de consegui o poder do Oráculo da Morte pra mim. Várias tentativas e fracassos iam-se prolongando ano após ano.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Infelizmente já estava ficando velha com os anos, então a rainha do Reino dos Mortos me apresentou uma solução que mudaria minha situação pra sempre. Vocês devem estar se perguntando como eu vivi mais de trezentos anos... A resposta é muito simples: o Fruto Amaldiçoado de Yggdrasil. Ele é o fruto da gigantesca árvore, porém cultivado nas amaldiçoadas terras de Nifflheim. Este fruto me deixou viva por todos estes anos, me dando longevidade e vitalidade.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Minha fisionomia mudou rapidamente, fazendo com que eu mantivesse a mesma aparência que tinha aos 20 anos de idade. O problema é que quando você começa a usar o fruto regularmente, não pode parar de consumí-lo. Você tem que comer no mínimo três frutos por dia. Caso você deixe de comer um dia sequer, você volta à aparência de antes e morre. A Ordem de Rune-Midgard já experimentou esses frutos, não é? Vocês se lembram da batalha contra Satan Morroc há oito anos atrás?”[/B][/I][/COLOR] Luke se lembrou na mesma hora da luta contra o demônio. Também se lembrou da cena onde May apareceu com um cesto cheio de frutos de Yggdrasil, salvando todo o grupo que estava caído no chão. O mestre não queria acreditar na história que sua amada estava contando. [COLOR=#0000FF][I][B]“Mas não pense que este fruto o torna imortal, ele apenas prolonga sua vida. Eu não sei até quando este corpo vai aguentar. Mas isso foi mais do que suficiente pra mim, assim eu poderia agir livremente e obter o que sempre almejei.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Após vários anos de pesquisas e fracassos consegui desenvolver o poder de controle de mente, com a ajuda de Osíris. Já que eu não podia obter o poder do Oráculo da Morte, eu poderia controlar este poder. Só que assim que aperfeiçoei o controle de mente, descobri um poder que superava o poder de um Oráculo da Morte. Este poder se equiparava com o poder dos deuses. Então eu pensei: pra quê correr atrás de um poder se eu posso conseguir um outro bem maior?[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Por sorte Osíris, meu padrinho, sabia da existência deste poder e me ajudou imensamente. Mas para ele me ajudar, eu precisava oferecer sacrifícios a ele. Eu queria impressioná-lo, então resolvi matar dois Lunáticos com uma cajadada só. Eu simplesmente capturei o atual Oráculo da Morte naquela época, fiz o ritual de controle de mente e dizimei todos os membros da família Schicksal. Não foi um trabalho fácil, porque na época a família Schicksal era protegida pelo rei Tristan III.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Mas depois do massacre eu levei o atual Oráculo da Morte daquela época pra Osíris. Na verdade não era o atual, e sim “a atual”. Não é mesmo, majestade?”.[/B][/I][/COLOR] May agora olhava para o rei Tristan III, que estava paralisado assim como todos os outros que estavam ali. Luke estava horrorizado com aquela história que May estava contando. Não só ele, mas a maioria das pessoas que estavam naquele lugar estava abismada com tudo aquilo. Enquanto isso May continuava a contar sua história macabra: - Como era o nome dela mesmo, majestade? Ah, sim... Lembrei... Ela se chamava Layla. Depois de ouvir isto o rei Tristan III levou um susto, apesar de não conseguir se mexer. Aquela situação impedia de ver a real reação do rei. Intimamente o monarca estava uma pilha de nervos, era como se ele tivesse visto um fantasma. - Sim, era a mãe de Markus. A sua tão amada Layla Schicksal, vossa alteza. Mas você já sabia disso não é? – disse May debochando do rei. O ódio e o furor foram dispertados no rei Tristan III. Ele fazia um esforço enorme para tentar se mexer, porém sem êxito. A única coisa que ele queria fazer era atravessar sua afiada espada no coração de May. [COLOR=#0000FF][I][B]- Me lembro como se fosse ontem quando ela suplicava para que eu poupasse a sua vida. Me diverti muito naquele dia, quando torturei cada pedaço do corpo dela. Cada grito que ela emitia era música para os meus ouvidos. Eu queria que cada Schicksal pagasse caro por tudo o que fizeram comigo. Mas o meu conforto é que naquele dia tudo iria acabar. Estava com o último Oráculo da Morte nas minhas mãos. Depois que eu a oferecesse a Osíris toda a minha dor iria passar e então eu finalmente teria a posse do tão sonhado poder. Afinal, quando eu a matasse me tornaria a única Schicksal sobre a face de Midgard e o poder do Oráculo seria meu por direito.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Mas não foi isso o que aconteceu... Após eu tê-la sacrificada a Osíris, os poderes não foram transferidos a mim. Foi aí que eu saquei que os deuses estavam conspirando contra mim. Mal sabia eu que ainda existia um último Schicksal.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Então eu me desiludi e resolvi correr atrás do poder ainda maior que eu havia descoberto. Esse poder se equiparava com o dos deuses. Então resolvi focar neste objetivo. Mas para isso precisava de grupo habilidoso e leal. Foi então que aconteceu aquele incidente com o clã Veritatem, onde eles acidentalmente mataram alguns membros de um clã aliado na Guerra do Emperium.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Foi aí que resolvi tirar proveito disso e assumi a liderança do clã, controlando o líder atual na época. Esse clã havia ficado muito abalado com as mortes que estavam em suas mãos. O clã era constituído, em sua maioria, pelas pessoas que mais tenho nojo desse mundo. Eram muito bondosas e nunca tiravam proveito dos outros. Era um clã bem pe queno, mas teve uma pessoa que me chamou bastante a atenção daquele grupo. Essa pessoa possuía uma enorme marca na forma de ampulheta em suas costas. Não tinha dúvidas, aquela marca era da família Schicksal.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Então eu pesquisei e investiguei quem era aquela pessoa e descobri que ele era, nada mais e nada menos do que, Markus Von Trivian – filho caçula de Tristan III e primeiro de Layla Schicksal. Eu havia tirado a sorte grande. Eu tinha em minhas mãos um Oráculo da Morte, era perfeito para eu conseguir alcançar o Objetivo Maior.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Através do atual líder do clã Veritatem, coloquei Markus como o novo líder do clã. Inicialmente ele ficou temeroso e quase recusou o convite, afinal ele era apenas um jovem. Mas ele aceitou o convite e se tornou o novo líder. Então eu descartei o líder atual, fazendo com que ele dissesse ao clã que teria que partir numa jornada solitária até Arunafeltz e que não teria tempo determinado para voltar, elegendo assim Markus como o novo líder.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Então eu o enviei até Osíris como oferenda para que ele não pudesse ficar pra trás qualquer vestígio de minha ligação com o clã. Após isso, Markus assumiu a liderança do clã e esperei o momento certo para pegá-lo desprevenido, e assim dar início ao ritual de controle de mente.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Depois disso comecei a mudar a filosofia da Veritatem, através de Markus. Muitos membros acabaram saindo do clã por causa das decisões que Markus estava tomando para o grupo. Esse era o objetivo, tirar todas as pessoas inúteis do meu clã e montar uma nova escória. Eu queria fazer com que a Veritatem se transformasse numa espécie de distração para as autoridades na época.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Foi aí que consegui fazer com que o clã fosse banido do sistema de guerras, e consequentemente, o grupo se tornou desertor. Então eu entrei na jogada, e me apresentei ao rei Tristan III como a última sobrevivente do massacre da família Schicksal. Mostrei à ele a marca de nascença dada apenas aqueles que pertencem à família e, controlando os poderes de Markus, demonstrei ao rei que era o último Oráculo da Morte.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]O rei ficou impressionado e convencido com a minha demonstração. E então eu disse pra ele que havia uma solução para acabar com a Veritatem. Inventei uma profecia que dizia que do alicerce de Rune-Midgard se ergueria um poder que acabaria com todos aqueles que conspirassem contra Midgard. Eu dei a entender ao rei que este poder seria a Família Real.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Poucos meses depois o rei Tristan III adquiriu uma grave doença de pele, incurável. Ele recorreu à todos os sumos sacerdotes e curandeiros da época, mas nenhum obteve sucesso. Coincidentemente nesta mesma época, nasceu uma criança na aldeia de Umbala que curava qualquer doença ou mal que a pessoa tivesse. Essa criança possuía esse poder por causa do tratamento realizado por sua mãe com fragmentos das raízes de Yggdrasil desde quando ela estava no ventre. Esse criança era o Sora, como todo mundo aqui já sabe.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Então o rei Tristan soube rapidamente da existência desse menino e resolveu ir ao seu encontro, em segredo. Chegando lá ele ficou maravilhado com a história do casal e do pequeno Sora. Miraculosamente sua doença de pele foi curada nessa visita. Foi aí que o rei deduziu que Sora poderia ser a pessoa que deteria a Veritatem, de acordo com a minha falsa profecia.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]O rei então fez uma proposta para os pais de Sora, oferecendo-lhes dinheiro, conforto e segurança. Em troca, eles deveriam passar a guarda de Sora para o rei. É claro que eles recusaram a proposta... Povo idiota... Odeio esse tipo de gente... Eles estavam com o futuro garantido, mas não quiseram abrir mão do filho precioso.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Com a recusa, o rei viu-se obrigado a tomar a criança à força dos braços dos pais. E foi isso que ele fez. O pai de Sora tentou de todas as formas recuperar a criança, mas suas tentativas foram em vão. Os guardas que escoltavam Tristan III não o deixava chegar perto da criança. Ele lutou com todas as suas forças, até ficar gravemente ferido. A mãe de Sora suplicou ao rei que devolvesse a criança, mas o coração do monarca era duro como pedra. Ele apenas deixou um enorme saco de moedas em cima da mesa do casal, e partiu com o bebê.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Nunca pensei que uma simples profecia inventada me daria tanto divertimento. As pessoas são muito fáceis de se manipular. Até eu fiquei admirada comigo mesma pela minha capacidade. Mais admirada ainda fiquei com a ação seguinte do rei Tristan III. Ele designou um de seus filhos para treinar e transformar Sora num grande guerreiro. Tristan ainda estava sofrendo pela morte de Layla, e colocava Markus acima dos outros irmãos. Afinal, ele era o único filho dessa união.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Markus havia se tornado um mago formidável, tinha uma grande facilidade em manipular os elementos. Suas conjurações eram bem rápidas e precisas. E isso se dava ao fato de que ele era um Oráculo da Morte, porém o rei nunca suspeitou disso. Como Markus estava se destacando como um bravo guerreiro, Tristan III designou a missão para ele. A partir daquele dia ele passaria a ser o “irmão mais velho” de Sora.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Eu havia tirado a sorte grande. Tinha sob controle os dois seres mais poderosos de Rune-Midgard e ainda tinha acesso direto ao castelo de Rune-Midgard. Tudo estava ao meu favor. Poderia concluir com êxito o meu plano...”[/B][/I][/COLOR] [I][B]“Desgraçada, como pôde?”[/B][/I] – pensava Tristan III, enquanto May desfilava entre as pessoas que estavam paralisadas na sala do Coração de Ymir. - Ah, estou cansada de falar. Não irei contar o resto à vocês... Não vai fazer diferença mesmo, daqui a alguns minutos vocês estarão todos mortos... Agora, finalmente, irei alcançar o Objetivo Maior. E devo agradecer à todos vocês por me ajudarem durante todos estes anos e... Uma grande explosão eclodiu debaixo dos pés de May, queimando-a completamente. Suas vestes foram tragadas pelo fogo, ficou completamente nua. Sua pele ficou parcialmente queimada. Porém não foi a sua pele queimada que assustou a todos, e sim seu corpo. Ninguém nunca a vira antes daquele jeito. Sua carne estava enegrecida. O cheiro de podridão tomou conta do ar. Seus braços e pernas eram mirrados, mal dava para identificar seus órgãos genitais. Não haviam mais músculos formados. Era impressionante como ela continuava de pé. - Vejam a verdadeira forma de May Schicksal! – disse Maria. Maria havia reaparecido bem perto de onde May foi atingida. Ela segurava uma Armadilha de Liga Metálica já usada, diferente das que os caçadores utilizavam. - Olha só o estado deplorável que você ficou. Você me enoja! O tanto de vidas que você ceifou, tantas pessoas que você desgraçou... E tudo isso porque a filhinha mimada não aceitava uns apelidinhos? Você não passa de um lixo! Jamais irei deixar que você alcance o seu objetivo! – completou Maria. - Maldita seja! Você irá se arrepender por isso! – disse May enraivecida. Luke percebeu que não estava mais paralisado. Não só ele, mas também todos os outros haviam notado que estavam livres. Parecia que com aquele golpe, May havia perdido o controle de Markus. Era a hora perfeita, não podia vacilar. - Pessoal, ataquem agora! – esbravejou Luke. Todas as pessoas que estavam ali não pensaram duas vezes e avançaram contra May atacando-a com as mais diversas habilidades e armas. - Não me subestimem! – urrou May. May fez um gesto com as mãos e então os olhos de Markus ficaram brancos. De repente tudo parou no ar. Magias conjuradas, armas e projéteis arremessados, pessoas, até as esferas espirituais disparadas. Tudo havia parado. Haviam duas flechas paradas bem diante dos olhos de May. [COLOR=#0000FF][I][B]- Tolos, insignificantes... Não pensem que só porque eu estou com o corpo debilitado, não quer dizer que ainda não posso lutar. Está certo que essa habilidade de controle de mente exige muito do usuário, ela consome a própria alma da pessoa. Devo confessar que estou de pé até hoje graças aos Frutos Amaldiçoados de Yggdrasil.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Mas isso vai passar! Em breve serei o ser mais poderoso do mundo! Me tornarei uma deusa, meu poder irá superar o Oráculo da Morte! Vocês se tornarão descartáveis! E é claro, jamais conseguiria isso sem vocês! Reconhecem esses itens?[/B][/I][/COLOR] May fez outro gesto com as mãos e mais uma vez, os olhos de Markus ficaram brancos. Do seu lado apareceu diversos itens, alguns bem familiares para Luke. - Vejamos. Chifres Majestosos de Bafomé, Mão Divina de Osíris, Espada Orc e Escudo do Orc Herói, Crânio do Senhor das Trevas, Pedaço de Escudo Colossal do Senhor dos Mortos e olha... Vejam só... Peça de Armadura de Esqueleto de Thanatos e Fragmento da Escuridão de Satan Morroc! – disse May conferindo cada item. Luke estava aturdido com a situação. Jamais pensou que aqueles itens tivesse em posse de May. [COLOR=#0000FF][I][B]- Hahaha! Isso mesmo, meu amado! Fui eu quem trouxe Morroc até a nossa dimensão! Fui eu quem disse para vocês enfrentarem Thanatos! Eu já sabia que não dava para matar Thanatos, pois ele era apenas uma memória. Mesmo assim eu sugeri que vocês fossem atrás dele para tentar convencê-lo a lutar contra Morroc. Eu sabia que o único jeito de vocês saírem daquela torre era libertando sua alma, que ainda estava presa a este mundo. E para isso, teriam que derrotá-lo. Você não achou estranho que assim que conseguiram derrotá-lo, eu apareci no topo da torre para levá-los à cidade de Morroc? Eu só queria que alguns trouxas fizessem esse trabalho para mim para que eu me apossasse de algum fragmento dele.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Da mesma forma aconteceu com o Imperador Morroc. Eu sabia que ele era imortal, que não podia ser destruído. Só precisava mais uma vez que alguém conseguisse enfraquecê-lo o suficiente para conseguir coletar seu fragmento. Mas vocês foram muito inúteis e precisei agir! Fui até Nifheim, a cidade dos mortos, e peguei alguns Frutos Amaldiçoados de Yggdrasil par ajudá-los.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Infelizmente, Croix havia sacado as minhas ações. Eu não poderia deixá-lo viver. Já estava decidida de que teria que matá-lo. Foi quando a notícia de que ele havia entrado em coma chegou até mim. Fui uma felicidade e tanta pra mim. Não precisaria mais matá-lo, senão levantaria suspeitas. Então eu tive a grande ideia de enviar a Guillaume as mesmas algemas e correntes usadas para prender Morroc centenas de anos atrás, para que ele pudesse selá-lo. E foi aí que eu consegui coletar o item mais difícil da lista, o Fragmento da Escuridão. Não conseguiria sem vocês...[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Agora vocês irão presenciar o nascimento de um ser divino. Deixarei essa casca para trás e terei um corpo incorruptível, indestrutível e incansável! Este poder que sempre busquei por toda a minha vida, o Objetivo Maior, está diante dos nossos olhos. O Coração de Ymir, o puro poder dos deus aprisionados num recipiente inquebrável. Com esses objetos catalizadores irei absorver toda a energia do Coração e me transformarei no ser mais poderoso do universo![/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Depois de hoje, irei contar a toda Rune-Midgard o que aconteceu aqui. Irei deixar apenas Markus vivo e direi ao povo que ele matou a todos que estavam no Coração de Ymir, e que eu com muito esforço consegui capturá-lo sozinha. Eu seria aclamada como heroína, terei o respeito de todos e o poder absoluto de tudo. Todos irão me adorar e eu mudarei este mundo fétido e injusto para todo o sempre!"[/B][/I][/COLOR] - Mas eu já disse, não deixarei que você conclua seu objetivo! May na mesma hora olhou para trás. Maria estava se movendo, segurando seu enorme arco na mira dela. - M-mas i-isso é imp-possível... C-como você consegue se m-mover? – disse May incrédula. - Não é só ela, não se esqueça da gente! May olhou para o outro lado. Sora, Demetrius e Karian também conseguiam se mexer. Também estavam em posição de batalha. - Isso é impossível! Como vocês conseguiram se libertar do poder do Oráculo da Morte? – perguntou May mais uma vez. - Você é quem está nos subestimando, May... Eu não viria pra cá se não tivesse meus trunfos na manga! E quanto ao que você disse, dê uma olhada nisso! – disse Maria levantando a parte debaixo de seu arco. Acoplado embaixo do arco havia um Megafone. Maria abriu um sorriso no rosto ao ver a cara de incredulidade de May. [QUOTE][COLOR=#0000FF][I][B][U]Megafone:[/U] Um instrumento de comunicação, bem semelhante a um autofalante, que faz com que sua voz ecoe por distâncias gigantescas.[/B][/I][/COLOR][/QUOTE] - Vadia, desgraçada! Como ousa?! Desde quando você está utilizando isso!? – esbravejou May. - Desde quando eu entrei nessa sala. Sabia que teria que provar a todos minhas acusações, e não há prova melhor que aquela onde o próprio autor do crime confessa. Acho que seu plano de ser aclamada como heroína foi por água abaixo. Neste exato momento praticamente toda Rune-Midgard está sabendo de tudo o que você falou. – respondeu Maria. - Isso não vai ficar assim, ainda não acabou! – disse May fazendo um movimento com as mãos. Markus começou a usar novamente os poderes de Oráculo, atráves do controle de mente de May, e fez com que ela e os objetos que estavam com ela começasse a desaparecer. - Droga! Não deixem que ela entre no Coração de Ymir! Se ela conseguir entrar, será pio! – advertiu Maria, desferindo uma rajada de flechas contra May. Já era tarde demais. Atráves do poder de Markus, May havia conseguido entrar no Coração de Ymir junto com os itens que havia mencionado. De repente o Coração começou a tremer e aos poucos foi envoltou por trevas. Lá dentro ouviam-se gritos agonizantes proferidos por May. O lugar começou a sacolejar muito. As trevas que estavam em volta do Coração começaram a se dissipar. E após breves segundos, um ser constituído puramente pelo poder do Coração de Ymir saiu de dentro dele. Esse ser não se parecia nenhum pouco com a May que havia entrado no Coração. Não se enxergava mais pele, cabelo ou carne. Era simplesmente pura energia. Ele era três vezes maior do que o homem mais alto naquela sala. [COLOR=#FF0000][FONT=arial black]- Venham, contemplem agora a ascensão de uma nova deusa! Se ajoelhem perante Krodha, sua rainha! [/FONT][/COLOR] [COLOR=#008000][B]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XXX-----------------------------------------------------------[/B][/COLOR] [B][CENTER][COLOR=#008000]CAPÍTULO XXXI– O OBJETIVO MAIOR [/COLOR][/CENTER] [/B]- May, você acabou condenando toda Midgard! Se Juno atingir o chão, será o fim do nosso mundo! – disse Markus, que parecia não mais está sob o controle de May. [COLOR=#FF0000][FONT=arial black]- Não me chame mais de May! Meu nome é Krodha, deusa da fúria! Irei esmagar este mundo e criarei um novo! Não preciso mais de você, apodreça no inferno![/FONT][/COLOR] Neste momento May deu um peteleco no ar. Uma gigante onda de energia surgiu e foi arremessada contra Markus. A velocidade da onda era incrível. Pela perspectiva das pessoas que estavam ali, seria impossível Markus desviar-se dela. Antes que a onda pudesse atingí-lo, o professor desapareceu em fração de segundos e reapareceu ao lado de Maria. Aquele esmagador poder continuou sua trajetória até a parede mais próxima da sala. Ao alcançá-la, a parede começou a se dissolver como açúcar na água. A onda continuou a se propagar destruindo tudo o que encontrava na frente, até sumir do alcance de visão dos que ali estavam. [COLOR=#FF0000][FONT=arial black]- Estou impressionada com sua rapidez, Markus. Suas habilidades de Oráculo da Morte ficam bem rápidas quando não está sendo controlado! Porém este poder não chega nem perto do que eu possuo agora! Agora você...[/FONT][/COLOR] POF! Luke havia arremessado suas esferas espirituais contra May. Elas acertaram o alvo, porém se desintegraram ao entrar em contato com ela. O mestre estava possesso de raiva. Não estava nem se importando com a diferença de poder entre eles. [COLOR=#FF0000][FONT=arial black]- Mas quanta audácia! Como um inseto como você ousa me enfrentar! Desapareça![/FONT][/COLOR] May apontou dois dedos na direção do mestre e um feixe de energia foi disparado de suas pontas. O movimento foi rápido e certeiro. Mesmo com sua incrível agilidade, possivelmente uma esquiva naquele momento seria impossível. Tudo aconteceu rapidamente. De uma hora para outra Luke foi empurrado violentamente por um escudo, tirando-o da mira do ataque. Em seu lugar estava o rei Tristan III com um buraco aberto no peito direito devido ao feixe de luz disparado. Sua boca estava suja com uma espécie de gelatina verde e pela situação, havia a devorado vorazmente. Assim como aconteceu com as paredes no último ataque, o ferimento no peito de Tristan III começou a crescer e desintegrar as células de seu corpo. - Não! Não! Por que você fez isso, seu idiota! Eu iria conseguir desviar! – esbravejava Luke em meio às lágrimas, apoiando a cabeça de seu avô nas pernas. - Você... não iria... conseguir... Sabia que... se eu.... trouxesse esse... Pudim de Guyak... serviria para alguma coisa... Não se... preocupe... comigo... Cof! Cof! Eu estou bem... Estou indo... em paz... Minha alma... está feliz... por saber... que meu filho... nunca foi... um traidor... Agora... está na hora... Cof! Cof! da nova... geração... fazer história... Eu cometi... muitos erros... e talvez... agora seja a hora... de me redimir... Espero que me... perdôe... Sei que... vocês irão... derrotá-la... Midgard... conta com vocês... Eu... sempre... te amei... e te amarei... por toda... a eternidade... Obrigado... por existir... Peça desculpas... à sua mãe... por mim... [QUOTE][COLOR=#0000FF][I][B][U]Pudim de Guyak:[/U] Pudim macio feito com Guyak, uma rara planta nativa de Louyang. Essa guloseima faz com que a velocidade da pessoa que a consome, aumente drasticamente. Dizem que a velocidade obtida se equipara com a da luz.[/B][/I][/COLOR] [/QUOTE] - Não! Não! O senhor não pode ir! Rune-Midgard precisa de você! Luke gritava aos prantos, abraçando fortemente o rei Tristan III. Enquanto isso, o buraco ía crescendo e consumindo o corpo do monarca. Mas o mestre não queria soltá-lo. - Luke! Solte ele, ou você também será tragado pela energia! – advertiu Sora. - Droga! Se ele não soltar o rei, meu filho também será destruído! – lamentou Maria. A energia já havia consumido boa parte do corpo do rei Tristan III. Luke ainda não o havia soltado. Enquanto isso, devido a ausência do poder do Coração de Ymir, a cidade de Juno continuava a cair em direção ao chão. - Luke... Me solte... Não há mais nada... que você... possa fazer... De repente Luke desapareceu do lugar onde estava e reapareceu ao lado de Markus e Maria, que seguraram-no para que ele não pudesse correr até o avô. O mestre observou o rei Tristan III sendo corroído pouco a pouco, até o último fio de cabelo. Não havia restado nada. Nenhum pingo de sangue havia sobrado no lugar. Todos que estavam ali ficaram tomados pela ira ao verem que seu rei havia sido assassinado. Do meio do grupo um brado furioso ecoou: - ATACAR!!! - Não! Não façam isso! – gritou Maria, porém em vão. Grande parte do grupo partiram contra May, com todas as suas forças. Estavam cegos pela vingança. May não realizou movimento algum, apenas alguns pilares de energias foram surgindo em volta dela e consumindo quem ousasse tocá-la. As flechas e projéteis eram fulminadas quando entravam em contato com o corpo dela. As magias eram simplesmente absorvidas por ela. - Não avancem, pessoal! Isso é loucura! Esperem! – urrava Karian, também tentando impedir as pessoas de avançarem juntamente com Demetrius e Sora. - Markus, temos que fazer alguma coisa! Juno vai colidir com o chão a qualquer momento! E não podemos mais perder pessoas! – disse Maria para o professor. - Tudo bem! Eu acho que consigo parar a cidade no ar, antes que colida! Mas eu não poderei ajudá-los contra May, tenho que me concentrar! E para isso precisarei de proteção! Quando é que “aquela coisa” vai funcionar? Já passou da hora! – respondeu Markus - Eu sei, já era pra ter fazido efeito. Deve ser por causa da enorme quantidade de poder que ela absorveu! Mas quanto mais poder ela usar, mais rápido o efeito se propaga! Faz o seguinte: coloque todos os guerreiros que sobraram em um canto para que a gente não perca mais vidas. Depois concentre-se em parar a cidade, Luke te dará cobertura! – explicou Maria. - Você tem certeza disso? – perguntou Markus para ela. - É a nossa única opção! - O que está acontecendo, mãe? Do que vocês estão falando? – perguntou Luke perdido na conversa. - Calma, Luke! Está tudo sob controle, só temos que garantir que mais ninguém morra. Também não devemos deixar que May saia daqui! – disse Maria sem dar muitos detalhes. - Eu acabei de perder meu avô! Meus amigos estão sendo mortos! Como isto está sob controle? – questionou Luke. - Apenas confie em mim, meu filho. – respondeu Maria abraçando-o. Neste exato momento, Markus fez com que o pouco do grupo que havia sobrado neste ataque suicida se concentrasse num canto da sala. Após fazer isso ele ergueu suas mãos para o alto e novamente seus olhos ficaram brancos como a lã. O enorme barulho e os tremores haviam cessados. A sensação de queda tinha sumido. [COLOR=#FF0000][FONT=arial black]- Vejam só esses insetos! Obrigado Markus por reuní-los para mim, assim ficará mais fácil matá-los e eu ganharei mais tempo! Mas eu acho a sua atitude de parar o tempo de queda da cidade de Juno muito inútil! Afinal, matarei todos vocês de qualquer jeito! Só estão atrasando o inevitável![/FONT][/COLOR] - Maldita... Não pense que você sairá bem dessa... Eu vi seu futuro... Seu destino já está traçado... – disse Markus fazendo um grande esforço pra permanecer com a cidade no ar. [COLOR=#FF0000][FONT=arial black]- Hahaha! Não me faça rir! Eu sou o próprio destino! Seu poder não me afeta mais! Não há como você me destruir e nem me mandar para outra dimensão! Sou imortal! Seu poder ficou patético perto do meu! Você conhecerão o verdadeiro...[/FONT][/COLOR] [I][B]Tum tum...[/B][/I] May parou de falar de repente. Ela sentiu uma grande fisgada no lugar deveria ser o coração. De repente uma voz ecoou de dentro dela: [COLOR=#4B0082][I][B]- Olá May! Sentiu saudades de mim? [/B][/I][/COLOR]Pela primeira vez naquela forma, May demonstrou estar assustada. Aquela autoridade e magnificência que ela havia imposto haviam desaparecidas. - Graças a Odin. Já estava na hora. – suspirou Maria, aliviada. [COLOR=#FF0000][FONT=arial black]- Isso é impossível! Você não devia existir! Eu acabei com você![/FONT][/COLOR] [COLOR=#4B0082][I][B]- Você não vai se livrar de mim tão fácil![/B][/I][/COLOR] [COLOR=#FF0000][FONT=arial black]- Como? Já fazem quase dez anos! Isto é improvável![/FONT][/COLOR] [COLOR=#4B0082][I][B]- Improvável é você se safar dessa situação![/B][/I][/COLOR] Neste momento um espectro começou a tomar forma, originando-se do lado esquerdo do peito de May. O espírito de Lucas Schicksal havia retornado. Ele não havia se desprendido totalmente do corpo de May, apenas do tronco para cima de sua projeção corpórea ficava visível. Ele era constituído da mesma energia que May havia absorvido, porém não perdeu a enorme semelhança que tinha com Luke. [COLOR=#FF0000][FONT=arial black]- Isto é algum truque! Maia te despachou naquele dia! Você não pode existir nesse plano![/FONT][/COLOR] [COLOR=#4B0082][I][B]- Engano seu, querida May. Eu faço parte de você! Na verdade devo ser a única parte humana de sua alma. Eu não descansarei em paz enquanto não tiver completado minha missão aqui![/B][/I][/COLOR] – disse Lucas, frente a frente com May. [COLOR=#FF0000][FONT=arial black]- E quem é você para poder me ameaçar desse jeito? Eu sou Krodha, uma deusa! Mesmo que você exista, nada poderá fazer contra mim! Sou invencível, imortal! Fantasma ou não, irei acabar com você agora![/FONT][/COLOR] May começou a juntar energia em sua mão direita. Ela planejava desprender o espírito de seu corpo. Porém alguma coisa estava errada, ela não conseguia acumular energia na palma da mão. [COLOR=#FF0000][FONT=arial black]- O que está acontecendo? O que você fez?[/FONT][/COLOR] [COLOR=#4B0082][I][B]- Você não entendeu mesmo, não é May? Você não pode se livrar de mim. Estamos com nossos destinos selados desde o dia que você me matou. Nós tínhamos uma ligação muito forte naquela época, afinal eu era o único que te compreendia! Eu te amava profundamente e creio que você também. E isso foi o que possibilitou a minha presença no plano dos vivos! Eu já te perdoei pelo o que você fez comigo, mas os seus atos cometidos desde então não sei se terá algum ser em Midgard que a perdoará por todo o sofrimento que causou! Terei que acabar com isso agora, não posso deixá-la que ceife mais uma vida![/B][/I][/COLOR] O espírito de Lucas começou a se retirar do corpo de May. Juntamente com ele, a energia do Coração de Ymir que May havia absorvido também começou a sair como se fosse uma roupa. Lucas estava absorvendo aquela energia pra si. O antigo e frágil corpo de May começou a aparecer. [COLOR=#FF0000][FONT=arial black]- Maldito, como ousa? Você nãopo[/FONT]de fazer isso comigo! [/COLOR][I][COLOR=#FFA07A]Não há nenhuma força que su[/COLOR]pere a minha![/I] [COLOR=#4B0082][I][B]- Esse é o seu problema, você sempre foi cega pelo poder! Agora você perecerá vítima do mesmo! Sei como você se sentia May, afinal passei a vida toda ao seu lado! Só espero que sua alma seja redimida e purificada... Espero um dia vê-la do outro lado, May... [/B][/I][/COLOR] Lucas havia retirado toda a energia de May, deixando-a completamente vulnerável. O espírito estava mais radiante do que nunca. Ele, gradativamente, começou a ofuscar seu brilho. Estava ficando instável. [COLOR=#4B0082][I][B]- Luke, fiquei muito feliz em te conhecer. Você demonstrou ser um guerreiro honrado e justo. Tenho certeza de que você será um herói da próxima geração que está chegando. Adeus, irmão...[/B][/I][/COLOR] – disse Lucas olhando para o mestre. O espectro começou a subir rapidamente em direção ao teto daquela enorme sala. Ele transpassou-o corroendo e deixou um grande buraco. E assim aconteceu com todos os andares acima até ele alcançar o teto superior da Academia dos Sábios, e por fim o negro céu noturno que cobria a cidade. Lucas tentou alcançar a maior altura possível naquele negro céu. De repente uma enorme explosão ocorreu. Uma onda de luz cegante invadiu toda a atmosfera, se propagando por toda Midgard. Qualquer ser vivo podia presenciar aquela cena. Aos poucos a luz começou a se dissipar, fazendo com que voltasse a reinar o magnífico céu estrelado. - Mas como? – perguntou Luke sem entender a situação. - É muito simples, filho. O espírito de Lucas jamais podia ser retirado da companhia de May, pois ele já fazia parte dela. E isso tudo foi graças ao breve momento que Lucas teve como Oráculo da Morte antes que May o matasse. Ele estava preso a este mundo, ele não poderia ir embora enquanto não resolvesse o que havia ficado pendente. E ele tinha uma forte ligação a esse plano que o prendia aqui. - Isso eu entendi, mas isso é impossível. Há mais de oito anos pedi para que Maia exorcizasse o espírito de Lucas, da May. Eu vi com os meus próprios olhos o espírito desaparecendo. Se ele ainda estivesse como encosto de May, ele teria se manifestado nesses anos. O que não aconteceu. - O espírito de Lucas Schicksal não foi exorcizado, e sim suprimido dentro de May. Como eu disse antes, ele jamais iria para o plano dos mortos enquanto não conseguisse parar a May. O fato dele reaparecer agora foi devido à uma erva cultivada na Ilha das Tartarugas que força a abertura dos pontos de fluxos de energia do indivíduo. Ela é bem similar à poção que os monges utilizam. – explicou Maria. - Mas como vocês fizeram a May ingerir essa erva? Eu não me lembro disso ter acontecido. - Uma das formas de aplicar a erva é diretamente no sangue. - Espere, quando que ela foi ferida? Não me diga que... - Exatamente, Luke. Foi quando o meu Warg a mordeu e a paralisou. Karian havia dando para ele algumas ervas para mastigar antes deles invadirem a sala. Aí foi só uma questão de tempo para que Lucas se manifestasse. – respondeu Maria. [QUOTE][COLOR=#0000FF][I][B][U]Warg:[/U] lobo gigante adestrado.[/B][/I][/COLOR] [/QUOTE] - Mas como a senhora sabia que May sofria com o espírito de Lucas? Como a senhora conheceu Karian, Demetrius e Sora? Como a senhora conseguiu essas habilidades incríveis que nenhum caçador ou atirador de elite possui? – indagou Luke. Antes que Maria pudesse responder todas aquelas perguntas, alguém agonizava no chão daquele lugar: - Maldito Lucas... Você vai me pagar... Isto ainda não acabou... May, com muita dificuldade, levantou seu corpo mirrado e reunindo todas as suas forças enfiou a mão em seu próprio abdômen. Um líquido negro e viscoso começou a jorrar, era inapropriado chamar aquilo de sangue. May mergulhou um pouco mais fundo sua mão e agarrou alguma coisa e a retirou. - May, acabou! Desista, não há mais nada a se fazer! – avisou Maria. De dentro do seu abdômen, May retirou um tipo de pedra escarlate parecida com um rubi. Ela levou-a até sua boca e a espremeu. Um líquido da mesma cor da pedra começou a brotar da pedra e May começou a bebê-lo. O seu corpo deu início a uma nova transformação. Seus músculos mirrados começaram a tomar forma. Sua pele voltou a ficar clara, seu corpo havia ficado do jeito que era há oito anos atrás. - Jamais me darei por vencida! Maria, você irá me pagar por tudo o que me fez! Eu posso até cair, mas você vai junto! Antes que May pudesse fazer qualquer movimento, foi recebida por uma saraivada de flechas disparada por Maria. Os projéteis atravessaram May como se ela fosse um espírito, um espectro. Nenhum dano foi causado a ela. O pequeno grupo que havia sobrado na última peleja resolveu combatê-la com todas as forças possíveis. Nenhum ataque sofreu efeito. Todos eles atravessavam May, como se ela tivesse se fundida ao ar. - Não adianta atacar! Vocês não podem me ferir! Irei me vingar de uma vez por todas! Se eu não posso ganhar, vocês também não vão! Mas primeiro quero ver aquela mulher morrer! – disse May apontando para Maria. Uma pequena esfera roxa do tamanho de uma maçã foi formada na mão de May. Após ela ter pego consistência e forma, arremessou-a contra Maria. Os bravos guerreiros que ali estavam usaram de todos os artifícios para conter aquela esfera antes que acertasse o alvo, porém nada fez efeito. Então Luke, num ato desesperado, entrou na frente de sua e se preparou para o impacto. - Luke, não! – gritou Maria. O baque de um corpo caindo no chão foi ouvido. O silêncio tomou conta do lugar. Todos da sala ficaram abismados. Luna, que estava dando cobertura ao general Kin, deixou duas lágrimas escorrerem dos seus olhos. O inconformismo e a incredulidade tomou conta dos presentes. O silêncio que pairava sobre a sala foi quebrado pela repentina risada maléfica de May. Ela queria mostrar a imensa satisfação que sentia ao presenciar aquela cena. Mais uma vida havia se perdido... [COLOR=#008000][B]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XXXI-----------------------------------------------------------[/B][/COLOR] [B][CENTER][COLOR=#008000]CAPÍTULO XXXII – RUPTURA[/COLOR][/CENTER] [/B] - Mãe! A esfera passou pelo corpo de Luke como se fosse imaterial e atingiu Maria em cheio, que caiu inerte no chão. Seu olhos estavam vidrados. O lugar onde a esfera a atingiu, começou a espalhar rapidamente pelo corpo uma mancha de cor igual à esfera. O pulso e a respiração se esvaíram do corpo de Maria. A maldição já havia se espalhado por completo no seu corpo. Ela não reagia mais. - Maria! – gritou Markus. Markus havia se desconcetrado. A cidade deu um solavanco e caiu alguns metros de onde estava. - Droga! Concentre-se, Markus! – disse o professor consigo mesmo, retomando o controle da cidade. Luke ao ver o corpo de sua mãe imóvel no chão, encheu seu coração com o mais obscuro ódio. Seu olhar havia se transformado. A ira tracejada em seu rosto era bem visível. De repente uma aura violenta e fora do comum começou a ser emanada do mestre. Alguns pequenos raios passeavam pela atmosfera da aura. Luke havia ativado sua Fúria Interior, mas não era uma Fúria qualquer. Quem estava longe dele podia sentir o esmagador poder emitido por Luke. Esferas Espirituais foram surgindo uma a uma ao redor dele, sem que o mestre as tivessem invocado. Nenhum movimento ou palavra foi realizado por Luke. Com um olhar gélido e vingativo, Luke olhou dentro dos olhos de May. Em seguida, o mestre avançou contra May numa velocidade absurda. Sua rapidez era tão grande que quase não se via seus pés tocarem o chão, dando a leve impressão de que estava voando. - Tolo, não adianta você tentar me acertar! Eu estou invulnerável agora! Se ninguém aqui nesta sala conseguiu me acertar, não vai ser você que... POF! Luke desferiu um fortíssimo soco em May, que a arremessou longe. Antes que ela pudesse cair no chão, o mestre golpeou-a mais uma vez e emendou uma sequência de poderosos socos na bruxa. O rosto de May estava começando a ficar desfigurado por causa dos golpes. Os punhos de Luke estavam encharcados com o sangue dela. [I][B]“Como ele pode me acertar? Esse rubi me torna invulnerável, ninguém pode me tocar a menos que eu queira. Como ele pode ser tão forte assim?”[/B][/I] – pensava May enquanto Luke descarregava toda a sua raiva nela. O mestre estava transtornado. Parecia que cada soco que ele dava não era o suficiente. May já estava chegando no seu limite. Quando ela estava prestes a apagar, Luke gritou: - Punho Supremo de Asura! A última cena que May viu foi a imponente águia, símbolo da Ordem de Rune-Midgard, marcada no punho direito de Luke vindo em sua direção. O golpe foi devastador. A cabeça da bruxa foi esmagada que nem papel. O soco foi tão poderoso que conseguiu criar uma cratera no piso onde estavam. Luke arfava desenfreadamente. Estava exausto. Sua roupa e seu rosto estavam manchados com o sangue da traidora. Repentinamente o corpo de May foi envolto por uma energia obscura e maligna. Luke se afastou dali com uma agilidade incrível. Aos poucos, uma nuvem negra começou a se materializar perto do corpo de May. Enquanto a nuvem ia sumindo, uma criatura se solidificou no lugar. Sua aparência era horrenda e assustadora. Suas roupas eram rasgadas e surradas, pareciam-se muito com as de uma bruxa. Sua carne era podre e fétida. Diversas marcas pulsantes vermelhas parecidas com pequenas veias, cortavam todo o seu corpo. Seus olhos eram totalmente negros. E em sua mão direita, portava um cajado médio. [CENTER][IMG]http://img66.imageshack.us/img66/9925/nif092hw.jpg[/IMG][/CENTER] [COLOR=#800000][I][B]- Humpf! Lamentável! Eu bem que avisei![/B][/I][/COLOR] – disse a criatura. - E-essa é... - Sim, é a rainha do submundo. A famosa bruxa de Niflheim. – disse Karian completando a frase de Sora. Luke apenas observava a situação. Ele já estava pronto para revidar qualquer ataque que poderia vir daquela decadente senhora. Sutilmente a bruxa apontou seu cajado para o corpo de May, que contiuava envolto por aquela energia obscura, e o corpo começou a se consumido gradativamente pelas trevas. - O que você está fazendo? – perguntou Luke, em tom de ameaça. [COLOR=#800000][I][B]- Não se preocupe, mortal. Estou apenas pegando de volta o que é meu por direito. A alma de May agora pertence à Niflheim para todo o sempre. Na verdade ela já morreu há muito tempo. O corpo dela não existe mais. Este é apenas uma casca que emprestei à ela.[/B][/I][/COLOR] O sangue que estava espalhado pelo corpo de Luke também começou a desaparecer junto com o corpo de May. O sangue que havia derramado no chão também desapareceu. - Então você veio terminar o trabalho sujo da May? – perguntou Luke com rispidez, pronto para desferir alguns golpes na criatura. [COLOR=#800000][I][B]- Engano seu, tolo mortal. Não tenho interesse no mundo dos vivos, apenas vim resolver uma pendência. Podem continuar com suas vidinhas fúteis e cruéis. Vocês me enojam...[/B][/I][/COLOR] Após a casca de May ter desaparecida por completo, a rainha do submundo olhou através da cratera no teto o esplêndido céu estrelado da cidade. As luzes dos astros celestiais ofuscavam sua visão, apesar da cidade está completamente escura. [COLOR=#800000][I][B]- Saco! As noites de Midgard nunca mais foram as mesmas sem “Ele”. Mundinho sem graça! Vou voltar para Niflheim, lá sim têm noites de verdade. Até breve, jovens mortais...[/B][/I][/COLOR] - Espere! Antes que a bruxa pudesse fazer alguma coisa, Luke gritou chamando sua atenção. - Se a senhora é a rainha do submundo, eu queria te pedir uma única coisa: por favor, devolva a vida da minha mãe. Ela não pode ter passado por tudo isso pra morrer justo agora. Eu lhe imploro... – disse Luke tentando conter a emoção. A rainha do submundo pareceu não se importar com a situação, até perceber de quem Luke estava falando. [COLOR=#800000][I][B]- Sua mãe é esta que está no chão?[/B][/I][/COLOR] – perguntou a bruxa apontando para Maria. - Sim. – respondeu Luke, derramando uma lágrima do olho esquerdo. [COLOR=#800000][I][B]- Já disse que eu não tenho interesse nos vivos.[/B][/I][/COLOR] - Por favor, faça isso. Se preciso for, me leve junto com você. Eu troco minha vida pela dela. – disse Luke num ato de desespero. A rainha do submundo esboçou um grande sorriso no rosto e emendou com uma gargalhada macabra. Era como se vários corvos estivessem grasnando ao mesmo tempo. Pela primeira vez aquela criatura havia demonstrado algum interesse naquela situação. Seu entusiasmo era notório. [COLOR=#800000][I][B]- Vocês, mortais, são muito previsíveis. Sempre tem alguém oferecendo uma vida pela outra. Eu já disse que não tenho interesse nos vivos, garoto ingênuo. E a alma de sua mãe não pertence ao submundo, ainda.[/B][/I][/COLOR] - Espere aí... Quer dizer então que ela não está... Antes que Luke pudesse terminar a frase, a rainha do submundo desapareceu do mesmo modo que surgiu. Nenhum vestígio dela ou de May havia ficado para trás. O mestre virou-se para a sua mãe mais uma vez, na esperança de vê-la acordar. [I][B]“Ela ainda não está morta! Deve haver algum jeito de salvá-la! Deve ser algum veneno ou algo do tipo!”[/B][/I] – pensou Luke com aflição. Neste momento Sora, Karian e Demetrius correram para perto de Luke e Maria. O general Kin e Luna, que estavam no pequeno grupo de pessoas que haviam sobrado, acompanharam o trio. - Curar! Benção! – conjurava Luke sucessivamente sobre Maria, porém sem nenhum êxito. - Luke, acalme-se! Ela se foi... Não há mais nada a se fazer! – disse Demetrius colocando sua mão esquerda no ombro de Luke. - Me solte! Não irei aceitar isso, deve haver algum jeito! Depois de ela ter chegado tão longe... Depois da gente ter se encontrado após todos esses anos... Não posso concordar com isso, não é justo! – desabafava Luke, ainda tentando reanimar Maria. Luke enfiou sua mão num dos poucos bolsos das vestes de mestre e retirou uma pequena e verdejante folha. Ela brilhava e parecia emanar um poder apaziguador. O mestre então a colocou sobre a barriga de Maria e pressionou-a, fazendo fluir um pouco de energia de suas mãos. De repente Maria foi tomada por uma luz branda e acalentadora. Após breves segundos a luz se dissipou. Luke estava apreensivo. Mas aquele sentimento de apreensão foi substituído pela decepção. O mestre estava desapontado. Maria estava do mesmo jeito, nada havia mudado. - Droga! Nem a Folha de Yggdrasil fez efeito! – lamentou Luke. Folha de Yggdrasil: retirada de Yggdrasil, a gigante árvore que sustenta os mundos. É capaz de devolver a vida àqueles que a perderam. - Calma Luke, não fique assim! Ela foi uma heroína para Midgard. Se não fosse ela estaríamos todos mortos ou escravizados pela May! Tenho certeza de que a alma dela agora está em paz! – disse Luna agachando-se ao lado do mestre, e servindo-lhe um reconfortante abraço. - Está errada... Ela ainda não morreu... Ainda consigo sentir a presença dela neste lugar... Seu espectro temporal ainda não desapareceu... – disse Markus, ainda sustentando a cidade de Juno no ar. Todos olharam surpresos para o professor. - Como assim? – perguntou o general Kin. - Provavelmente ela foi atingida por uma praga do submundo... Ela faz com que a alma se desprenda do corpo, deixando-a vunerável no plano dos vivos... Mas também ela “lacra” o corpo da pessoa, impossibilitando a alma de retornar ao mesmo... Ela suprime a vitalidade do corpo, deixando-o aparentemente morto... Isso faz com que o espírito da pessoa comece a se definhar lentamente... Até ela desaparecer por completo... – explicou Markus, tentando se concentrar ao máximo. - Então não há mais nada a se fazer. Nem com Ressuscitar adiantou... Infelizmente a perdemos para sempre... Pelo menos a alma dela está em paz... – confortou Kin. - Não... Ainda há como salvá-la... Na verdade, há um jeito de resolver esta situação de Juno ao mesmo tempo... - Está falando sério, Markus? Como? – perguntou Luke esperançoso. - Eu sou um Oráculo da Morte, esqueceu?... Eu posso manipular o espaço-tempo ao meu redor, acelerando ou retrocedendo o presente imediato... - Você está falando em viajar no tempo? Eu pensei que os Oráculos da Morte não tivessem esta capacidade. – disse Kin. - E não temos... Eu estou falando de manipular o espaço à volta sem interferir no presente... Eu posso usar qualquer fragmento, por menor que seja, para restaurar ou acelerar o tempo de vida de uma matéria... – explicou Markus. - Você não está pensando em... - Sim, Karian... Irei restituir a energia do Coração de Ymir utilizando este artifício... - Mas isto é impossível! Não dá para você criar energia do nada! Ainda mais se tratando do Coração de Ymir, que era composto por pura energia divina! Não tem como você substituir por outro tipo de energia! O Coração jamais iria funcionar! – retrucou Kin. - Eu sei que não posso criar energia do nada... Mas eu posso transformá-la... Utilizando a manipulação de retrocesso do espaço-tempo, eu posso converter meu poder de Oráculo da Morte na mesma energia que constituía o Coração de Ymir... Afinal, a fonte deste poder é a mesma do Coração... Foi Odin quem o cedeu... - Você não pode fazer isso, Markus. Se você o fizer, perderá todo o seu poder de Oráculo da Morte. E o pior, pode ser que você também perca sua vida. Midgard precisa deste poder. – alertou Karian. - Eu sei disso... Mas não tenho outra opção... Já me decidi... É bom que este tormento acabe de uma vez... Veja a desgraça que este poder causou... Não quero mais presenciar isso de novo... Talvez esta seja a minha última chance de fazer algo que preste... Esta pode ser a oportunidade para me redimir pela dor que causei... Sei que isso não irá trazer de volta aqueles que se foram... Mas não posso mais deixar que alguém morra... - Mas como você vai fazer isto? Você precisaria de uma amostra da energia do Coração de Ymir, porém não sobrou nada! – lembrou o general Kin. - Engana-se mais uma vez... Existem vestígios desta energia por toda Rune-Midgard... Ela está impregnada no ar... Esqueceu-se do que ocorreu com o espírito de Lucas?... Nós estamos respirando as minúsculas partículas desta energia... Temos fragmentos de sobra aqui... – explicou Markus. - Você tem certeza disso? – perguntou Luke apreensivo. - Sim, Luke... Esta é a decisão que eu nunca vou me arrepender de ter feito... Você sofreu muito durante todos esses anos... Não é justo que você perca a sua mãe logo agora que se reencontraram... Não sei o que irá acontecer depois... De qualquer forma quero que você saiba que seu pai, Maria e eu sempre te amamos... Você foi pra mim um filho que eu nunca tive... Todos aqueles momentos que passamos juntos, quando você era pequeno, foram reais... Eu espero que Maria te explique tudo com mais calma... Talvez você ainda sinta ódio por mim... Mas eu quero que você saiba que tudo o que estava ao meu alcance eu fiz... Se eu pudesse, voltaria no tempo e consertaria tudo antes que começasse... Mas isto nem os deuses podem interferir... Dê um grande abraço na sua mãe por mim e agradeça à ela por tudo o que ela fez por mim... Continue sendo o incrível mestre que tornou e jamais deixe que o mal corrompa o seu coração... Luke estava confuso e abalado. Os sentimentos estavam misturados e desorientados. Não sabia se sentia raiva, culpa, ódio, remorso, tristeza, angústia ou alegria... O grupo também estava aflito. - Karian, Demetrius e Sora... Obrigado pelos sacrifícios e ajuda... Sem vocês Maria não conseguiria ter êxito nesta empreitada... Obrigado por tudo... Obrigado também a todos vocês que se sacrificaram pelo bem de Rune-Midgard... Tenho certeza de que Valhala está em festa neste momento... Espero que continuem defendendo nosso mundo da escuridão... E não deixem que o mal aposse dos seus corações... Se eu partir, vou-me em paz pois sei que Midgard está em boas mãos... Obrigado mais uma vez e até... Neste momento os olhos de Markus ficaram tomados por uma branca luz. O céu foi invadido por minúsculos pontos dourados, pareciam-se como grãos de poeira. Esses pontos dourados começaram a se concentrar sobre Markus e então ele começou a absorvê-los pelo corpo. De repente uma onda psíquica foi emitida por ele, envolvendo toda a cidade de Juno. Um forte tremor começou a se propagar pela cidade e coisas inimagináveis começaram a acontecer. Os destroços das paredes e do teto começaram a voltar ao lugar, sem nenhuma rachadura. Os ferimentos de batalha de todos que ali estavam começaram a sarar. Tudo estava sendo restituído como era horas atrás. A pele de Maria começou a voltar ao normal. Aquele tom roxo enegrecido, aos poucos, foi deixando o corpo dela. A mesma luz que estava nos olhos de Markus agora emanava de todo o seu corpo. Esta luz estava sendo direcionada para o Coração de Ymir, que estava oco. Markus gritava de dor. Todo o seu poder de Oráculo da Morte estava sendo convertido na energia que constituía o Coração de Ymir antes. A luz era ofuscante e poderosa. Ninguém se atrevia a chegar perto. Após dois minutos o Coração estava quase preenchido. O enorme buraco que havia em sua lateral começou a ser fechado e lacrado. A energia que estava saindo de Markus estava mais branda. Ele não mais gritava. Apenas seus olhos estavam vidrados, olhando para o vazio. Após o último feixe de luz ter saído, Markus despencou no chão imóvel. O Coração de Ymir estava completamente restaurado. Juno havia recuperado o equilíbrio e voltado à sua posição original. As casas e construções da cidades ficaram intactas. Boa parte dos ferimentos das pessoas que ali estavam haviam sumido. Um brado de felicidade e vitória foi ecoado por toda a cidade. Todos os guerreiros que estavam na cidade não contiveram a alegria. Festejaram a doce e sonhada vitória. A única coisa que se contrastava com aquele clima festivo era o corpo de Markus no chão, inerte. [COLOR=#008000][B]-------------------------------------------------------------------------FIM DO CAPÍTULO XXXII-----------------------------------------------------------[/B][/COLOR] [B][CENTER][COLOR=#008000]CAPÍTULO XXXIII – PRESSÁGIOS DO TEMPO [/COLOR][/CENTER] [/B]Os olhos de Maria se abriram. Nenhum vestígio de dano ou perda havia sobrado nela. Ela levantou-se lentamente e sentou no chão, desnorteada. Luke abriu um largo sorriso no rosto e abraçou sua mãe como jamais fizera na vida. O mestre não se segurou, lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto. O acalentador colo de sua mãe fazia com que ele pudesse se esquecer do mundo à sua volta. Não queria que aquele momento terminasse. - Ei, Luke. Você está me sufocando. Você vai conseguir fazer o que May não fez, se continuar me apertando assim. – ironizou Maria, com a voz fraca. - Mãe! Que bom que a senhora está bem! Não suportaria te perder de novo! – disse o mestre afrouxando um pouco o abraço apertado. O grupo remanescente de guerreiros que estavam ali se concentrou ao redor de Luke, Maria e Markus. A maioria do grupo estava eufórica e feliz, e aplaudiam os heróis que ali estavam. O restante do grupo também estava feliz, só que esta felicidade era amenizada pelo fato de que Markus estava estirado no chão, imóvel. Karian, Demetrius e Sora faziam parte deste restante. Luke olhou fixamente para Markus. Ele ainda não acreditava como se deixou levar pelas mentiras de May. Após todos esses anos caçou alguém inocente, que nunca mereceu aquele julgamento imposto sobre ele. O remorso e a culpa começavam a tomar conta de seu ser. [I][B]“Se eu tivesse sido mais esperto e tivesse cogitado essa possibilidade, talvez o destino dele tivesse sido diferente. Tive todas as pistas e dicas necessárias para desvendar quem estava por detrás de tudo isso e mesmo assim fracassei. Eu, melhor do que ninguém, deveria saber que Markus jamais poderia ser um assassino em massa.”[/B][/I] – pensava Luke, ainda observando Markus no chão. - Markus foi um bravo herói. Se não fosse ele, eu jamais teria chegado até aqui. Ele conseguiu terminar o que o seu pai começou. Mas ele teve uma grande ajuda: você. Você foi o único que conseguiu destruí-la. E isto tem uma explicação. – disse Maria se levantando e olhando para Luke. - Realmente, esse cara foi um mártir. Ele era o meu melhor amigo na juventude. Nunca vi um cara tão inteligente como ele. Ele sacrificou seu poder e sua vida para o bem de Midgard, apesar do reino inteiro o odiar... – lamentou Karian. - Isso me lembra que eu te devo uma explicação, Luke. É o mínimo que eu posso fazer após ter te deixado só estes anos todos. Acho que ele ficaria feliz... – disse Maria olhando com pesar para Markus. [COLOR=#0000FF][I][B]“... Tudo começou quando seu pai foi designado para uma missão dada pela Cavalaria de Prontera. Isto aconteceu quando você tinha por volta de dez anos. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Essa missão consistia em investigar secretamente alguns membros da Corporação Rekenber que andavam realizando experimentos com cobaias humanas. Geralmente as cobaias vinham da favela de Lighthalzen com a promessa de receberem dinheiro. Mas a maioria não sobrevivia, e os que sobravam ficavam aleijados ou com graves sequelas e nunca recebiam o dinheiro.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]O seu pai era o encarregado da missão e precisaria de uma equipe de confiança para verificar de fato o que estava acontecendo. Foi então que ele chamou quatro pessoas para ajudá-lo na investigação: Marjana – comandante da Central de Inteligência dos Mercenários, Karian, Markus e eu.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Mas antes de eu explicar esta missão, vou te contar o que aconteceu naquela noite do massacre dos herdeiros da Família Real de Rune-Midgard.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Realmente, naquela época, Markus estava sendo controlado por May. Porém não foi ele quem matou os irmãos. Naquela noite, May usou os poderes de Markus para conseguir matar os três herdeiros. Ela matou um por um com as próprias mãos. Mas uma coisa deu errado. Ela ainda estava aprendendo como manipular e controlar seus poderes.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]De alguma forma May perdeu o controle sobre Markus, fazendo com que ele pudesse voltar à consciência por alguns minutos. Seu tio então aproveitou a chance e foi atrás de Vendrick. E, diferente da história contada por May, ele tentou avisá-lo sobre o que estava acontecendo. Aqueles breves momentos foram o suficiente para Vendrick saber da verdade, e então tentou ajudá-lo.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Mas antes que ele pudesse fazer alguma coisa, May recuperou o controle sobre Markus. Ela havia dado a cartada final. Focou todo o restante de suas forças para dar uma única ordem para Markus. Designou ele para que levasse Sora, seu “irmão mais novo”, para a tumba de Osíris onde ela iria extrair seus poderes e usá-los como nova fonte de energia.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Antes que Markus pudesse perder completamente o controle de sua mente, ele gritou para Vendrick: “Pirâmide de Morroc!”. Após isso, ele desapareceu da frente de Vendrick, obedecendo a ordem forçada de May.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Vendrick ficou impressionado ao ver seu irmão desaparecer daquele jeito na sua frente. Até então ele não sabia que Markus era um Oráculo da Morte. Mas ele sabia que algo de errado estava acontecendo. Ele não pensou duas vezes e chamou alguns amigos que eram da Cavalaria de Prontera para ir até a Pirâmide de Morroc.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Bem, a história vocês já sabem. Eles conseguiram interceptar a Veritatem e Osíris, e assim a May não conseguiu restaurar sua força mágica. Porém, muito debilitada, ela conseguiu fugir juntamente com os outros membros deixando para trás Markus.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]O grupo que estava com Vendrick resgatou Sora do altar e tentaram matar Markus. Porém o seu pai não deixou. Ele tentou explicar ao grupo o que aconteceu, mas ninguém acreditou nele. Ele viu que não teria jeito de convencê-los e colocou uma Asa de Borboleta nas mãos de Markus e a quebrou, fazendo com que Markus se teleportasse dali.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Automaticamente o próprio grupo que o ajudou a interceptar a Veritatem o prendeu sob a acusação de traição ao reino de Rune-Midgard, sendo levado como prisioneiro à presença do rei Tristan III. E como você sabe, seu pai Vendrick foi acusado injustamente pela morte de seus três irmãos e por traição.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Ele tentou argumentar de todas as formas de que ele não era o culpado por aquele crime bárbaro. Ele explicou para o rei Tristan III, seu próprio pai, porém o rei nada fez. O rei resolveu prendê-lo até que as investigações tivessem terminado. Com isso Vendrick ficou preso por seis meses, até que conseguiram capturar um dos integrantes da Veritatem onde ficou constatado que Vendrick não tinha nada a ver com a sociedade secreta.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Como eles não suspeitavam que May fosse a mentora por trás de tudo isso, declararam Markus Von Trivian um desertor e traidor do reino. O rei ficou amargurado, afinal ele era seu filho preferido. Mas ele tinha que fazer algo em relação a isso, ou o reino iria pensar que a Família Real poderia cometer qualquer crime sem ter uma punição.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Nestes seis meses que Vendrick ficou preso, nenhum sinal sobre o paradeiro de Markus surgiu no reino, muito menos da Veritatem. Ele havia desaparecido completamente. E para agravar ainda mais o sentimento de perda do rei Tristan III, Vendrick decidiu deixar o castelo e toda a sua vida de luxo. Ele não se conformava porque que o pai dele não acreditou nele. O rei implorou para que Vendrick ficasse, porém ele já havia tomado a decisão. Não havia mais volta. Não queria mais participar daquela vida de hipocrisia. Então Vendrick partiu sem levar nada consigo, exceto sua armadura de cavaleiro e sua reluzente espada. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Vendrick estava sem rumo. Não sabia para onde iria e nem que rumo tomar. Ele sabia que ainda podia contar com sua pequena fortuna na kafra, fruto das missões e trabalhos realizados na Cavalaria de Prontera. Mas antes que pudesse sair de Prontera para outra cidade, ele encontrou um mendingo. Esse indigente era Markus. Ele havia se disfarçado de mendingo para poder conseguir andar pelas ruas da cidade.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Vendrick levou Markus para fora da cidade, numa das praças situadas ao redor de Prontera para eles conversarem com mais calma. Nesta conversa Markus explicou a Vendrick que foi ele quem capturou aquele membro da Veritatem para que pudessem livrar a acusação contra Vendrick e soltá-lo. Ele também explicou tudo para Vendrick desde o início, quando ele entrou para o clã Veritatem até a descoberta de seus poderes como Oráculo da Morte. Aparentemente May havia perdido o controle sobre Markus, pois após estes seis meses ele continuava normal.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Eles decidiram ali mesmo que iriam recomeçar do zero. Eles resolveram que iriam mudar suas aparências e começar uma nova vida, longe de perseguições e bajulações. Decidiram que um iria proteger o outro. Escolheram a nova cidade onde eles começariam tudo de novo: Al De Baran, lar dos alquimistas.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Lá eles alugaram um quarto numa humilde pensão e mudaram seus visuais. Markus pintou o seu cabelo que era roxo escuro, típico da família Schicksal, para um castanho claro. Vendrick por sua vez deixou a barba crescer e pintou seu cabelo da mesma cor do seu irmão, deixando para trás seu cabelo dourado da realeza.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Vendrick não podia voltar a trabalhar na Cavalaria de Prontera, não naquela época. Muito menos Markus não deveria se arriscar a aparecer em público. Então Vendrick arrumou um emprego na Torre do Relógio da cidade como mantenedor e restaurador. Markus por sua vez foi trabalhar na Fábrica de Brinquedos em Lutie como montador e empacotador de presentes.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Após doze árduos meses conseguiram juntar um montante o suficiente para comprar uma pequena casa na cidade. Logo depois disso ambos deixaram seus atuais empregos. Vendrick voltou para a Cavalaria de Prontera e Markus viajou para a capital de Schwarzwald, Juno, para estudar, trabalhar e se aprofundar em seus conhecimentos e habilidades.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Foi nessa época que eu conheci seu pai. Nós nos apaixonamos, eu engravidei e após longos oito meses e meio você nasceu. Nós éramos muito felizes, respeitávamos um ao outro. Seu tio Markus vinha sempre nos visitar em suas folgas. A cada dia que passava os dois irmãos ficavam mais fortes e experientes. Você também crescia forte e sadio. Desde pequeno você era fissurado no trabalho dos sacerdotes. Sempre falava que quando você crescesse se tornaria um para ajudar as pessoas. O seu pai, por outro lado, achava que você tinha jeito para ser um extraordinário monge. E ele estava certo, como sempre...[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Nestes anos criamos um círculo de amigos íntimos onde confiávamos nossas vidas a eles. Eles eram as únicas pessoas que sabiam da história de Vendrick e Markus. Nós trabalhávamos sempre juntos. Quando alguém precisava de alguma ajuda seja qual for ela, a gente se reunia para resolver o problema. E é aí que entra a história de como a Veritatem ressurgiu...[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Como eu disse antes, seu pai havia sido designado para uma missão dada pela Cavalaria de Prontera para averiguar as denúncias contra alguns funcionários da Organização Rekenber. Era uma missão ultrassecreta, então ele teria que montar uma equipe de poucos membros e que seriam de confiança. Então ele chamou a Marjana, que na época era a Comandante da Central de Inteligência dos Mercenários e amiga pessoal da nossa família. Karian também foi convocado. Ele era amigo de Vendrick e Markus desde à infância, os dois confiavam muito nele. E por fim, Markus e eu completava o grupo que Vendrick escolheu para ajudá-lo naquela empreitada.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Como Marjana era experiente em se infiltrar sem ser descoberta, Vendrick a designou para ir até as instalações da Corporação Rekenber em Lighthalzen para investigar mais de perto o que de fato estava acontecendo. Enquanto que o restante do grupo se dividiu, cada pessoa se dirigiu à uma cidade específica onde provavelmente existia a ação desses funcionários da Rekenber. Marjana foi para Lighthalzen, Vendrick foi para Payon, Karian foi para Morroc, Markus foi para Juno e eu fui pra Geffen.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Depois de um mês de investigação, nós conseguimos algumas informações. Descobrimos que eles estavam desenvolvendo algum tipo de tecnologia mesclada com magia para a absorção permanente de energia mágica das pessoas. Porém nós não sabíamos que a Veritatem e a May estavam por trás disso. Então juntamos todas as nossas informações coletadas e mandamos um relatório parcial da missão para a Cavalaria.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]No segundo mês de investigação, nós combinamos de nos encontrar no último dia para juntarmos as nossas informações. E assim foi feito. Quando chegou o último dia estávamos quase todos reunidos, exceto por Marjana que ainda não havia voltado. Então pensamos em aguardá-la mais um dia. Afinal ela havia viajado para outro Reino. Pensávamos que poderia ter ocorrido algo com o aeroplano como uma invasão de monstros ou problemas mecânicos.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Enquanto isso nós reunimos as informações que tínhamos em mãos para ver se conseguíamos encontrar algo. A gente percebeu que as cinco cidades estavam interligadas entre si como processos distintos. Cada cidade tinha uma pequena base secreta supostamente da Organização Rekenber que conduziam essas pesquisas relatadas no primeiro relatório. A base da cidade de Payon desenvolviam as pesquisas através de plantas nativas da região. Em Morroc, desenvolviam as pesquisas através de runas, pedras elementais e areias dos mais diversos tipos. Em Geffen, eram-se capturados os mais diversos monstros e seres, a fim estudar o sangue de cada criatura. A base era entulhada com mais variados tubos de sangue. Em Juno, desenvolviam-se diversas máquinas e tecnologias que pudessem obter êxito na extração de energia mágica.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Nós também observamos que eles tinham um controle de saída de materiais, onde o destinatário ficava coincidentemente na cidade de Lighthalzen. Porém o mais surpreendente foi o que Vendrick descobriu na base de Payon, onde ele investigava. Ele viu May Schicksal entrando na base secreta. Ele ficou temeroso por um breve momento, pois ele se lembrou de Markus. Vendrick pensou que talvez May ainda tivesse controle sobre o seu irmão. Mas depois ele descartou essa possibilidade, porque vários anos se passaram e nada de estranho havia acontecido com Markus. Mal sabia ele que estava certo. May ainda não havia agido porque estava procurando um jeito de aumentar sua energia mágica e aperfeiçoar o controle de mente.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Após se passar um dia após o encontro marcado, Marjana ainda não havia voltado de Lighthalzen. Nós ficamos preocupados, ela não era de se atrasar. Marjana era uma extraordinária algoz, não poderia ser abatida facilmente por um inimigo qualquer. Afinal, ela era a Comandante da Central de Inteligência dos Mercenários. Só o que a gente não sabia era que este evento iria desencadear aquela trágica noite em Prontera.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]No segundo dia decidimos ir atrás do paradeiro de Marjana, mas antes que pudéssemos partir da casa ela chegou. Ela estava irreconhecível. Seu corpo estava todo surrado e coberto de sangue. Seus olhos miravam o vazio. Na sua mão direita ela segurava um pequeno pacote amarrado.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Ela simplesmente entregou o pacote para Vendrick e saiu sem falar absolutamente nada. Karian ainda tentou ir atrás dela, mas ela já tinha desaparecido. Seu pai abriu o pacote com cuidado e dentro dele estava um pergaminho escrito à mão, com a caligrafia de Marjana. Vendrick foi muito espantado quando começou ler a carta. Nós ficamos apreensivos e Karian pediu para que Vendrick pudesse lê-la em voz alta. O espanto de Vendrick foi logo justificado quando ele começou a ler o pergaminho:[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I]“Investigação Organização Rekenber.[/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I]A equipe de investigação formada pela Central de Inteligência da guilda dos Mercenários junto com os mais experientes cavaleiros da guilda de Cavaleiros, sendo o capitão da equipe o cavaleiro renomado de Rune-Midgard Vendrick Von Trivian, conclui que, juntamente com os outros relatórios já realizados e expedidos, a Organização Rekenber está indiretamente ligada aos crimes que aconteceram à Família Real de Rune-Midgard.[/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I]Alguns membros da antiga sociedade secreta Veritatem juntamente com alguns funcionários de alta patente da Organização Rekenber usaram diversas pesquisas da organização para construir tecnologia e armas biológicas para manipular monstros e pessoas.[/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I]De acordo com a autópsia feita nos corpos nada foi encontrado, mas com os dados e as pesquisas coletadas na Organização Rekenber comprovam como foi feito. Fizemos testes para comprovar as pesquisas e ficou verificado que procedem as acusações feitas.[/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I]Segue então a lista dos principais envolvidos para investigação:[/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I]Dorian Guns – alquimista e pesquisador.[/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I]Karian – bardo.[/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I]Doralice Liz – arquimaga e braço direito do líder[/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I]da sociedade secreta Veritatem.[/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I]Markus Von Trivian – Sábio e líder da sociedade secreta.[/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I]Após concluirmos os relatórios da investigação, iremos mandar esse relatório para o capitão da investigação Vendrick Von Trivian para autenticar e assinar e, assim, reenviar para as centrais das guildas de mercenários e cavaleiros.[/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][CENTER]Marjana[/CENTER] [/I][/COLOR][CENTER] [COLOR=#0000FF][I]Comandante da Central de Inteligência dos Mercenários”[/I][/COLOR][/CENTER] - Espera aí... Esse foi o mesmo pergaminho que eu encontrei na casa de Doralice depois da morte do meu pai, há dez anos atrás! – interrompeu Luke, surpreso. - Isso mesmo, meu filho... Tudo já havia sido calculado de antemão... – confirmou Maria, continuando a história. [COLOR=#0000FF][I][B]“... Quando seu pai terminou de ler aquele relatório nós ficamos abismados. O que levou Marjana a escrever isso? E por quê ela entregou isso para nós? Essas dúvidas ficaram pairando sobre nossas cabeças. Quem ficou mais transtornado foi Markus que além de seu nome está citado naquele errôneo relatório, ainda tinha o nome de sua tutora Doralice Liz que o instruiu desde pequeno.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Karian também ficou aturdido com aquela mensagem. O nome dele também estava citado ali, e o mais estranho é que Marjana escreveu a classe dele como bardo. Mas desde aquela época ele já era um menestrel. Com relação ao outro citado, Dorian Guns, ninguém sabia nada a respeito.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Então decidimos imediatamente ir atrás de Marjana para saber o que aconteceu na viagem para Lighthalzen. Fomos na guilda dos mercenários em Morroc e ninguém havia visto ela por lá. Vendrick foi até a base secreta da Central de Inteligência dos Mercenários, também em Morroc, e lá ele soube que Marjana não aparecia há mais de um mês. Entramos em contato com o líder da Cavalaria de Prontera e ele também não havia recebido nenhuma notícia de Marjana.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Ficamos muito preocupados com ela. Ninguém sabia de seu paradeiro. Mas na noite daquele mesmo dia descobrimos algo que chocou o grupo. O zelador da Catedral de Prontera achou o corpo de Marjana sobre o altar cerimonial coberto de sangue. Seus dois katares estavam fincados em seu pescoço de modo que a deixou quase decapitada. Ela mesma havia feito aquilo. Suas mãos estavam equipadas com os katares.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Foi aí que caiu a ficha. Nós soubemos na hora quem poderia ser o responsável por aquela insanidade. O grupo todo foi tomado pela fúria. Nós estávamos sedentos por vingança. Sabíamos que, de alguma forma, Marjana se encontrou com May na viagem para Lighthalzen e May conseguiu controlá-la.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Então nós, naquela mesma madrugada, nos separamos para cada base secreta da Organização Rekenber que estava sendo investigada por nós. Nós pulverizamos cada unidade, não deixamos nenhum vestígio daqueles lugares. Colocamos fogo em tudo. As pessoas que trabalhavam nessas bases foram capturadas e conduzidas sob custódia até à Cavalaria de Prontera.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Vendrick informou ao seu chefe que o designou para a missão de investigação da Organização Rekenber, tudo o que aconteceu durante as espionagens. Ele mostrou todos os relatórios à ele, e iria mostrar também o último que Marjana escreveu. Porém ele não o encontrou e decidiu não comentar.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Seu pai tentava se lembrar onde havia colocado o relatório. Na verdade ele sabia onde tinha guardado, mas não entendia como havia sumido. Mas nós não sabíamos que tudo isso fazia parte do plano de May. Ela havia recuperado o controle sobre Markus, porém nós não percebemos. Afinal, esta habilidade de controle mental é quase impossível de se notar. A personalidade da pessoa não muda, a não ser que o controlador queira. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]E foi isso que aconteceu com Markus. Nós não sabemos quando May recuperou o controle sobre ele, mas eu suspeito que foi na época que a gente investigava as bases secretas clandestinas da Organização Rekenber.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Ela fez com que Markus guardasse o pergaminho com aquele relatório. May planejou tudo minusciosamente. Mais tarde nós descobriríamos o porquê que a May fez com que Marjana escrevesse aquele relatório e entregasse a nós.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Todos os envolvidos capturados nas bases clandestinas, inclusive Dorian Guns que estava citado no relatório, foram investigados e julgados culpados por conspiração contra a Pátria e por executarem pesquisas ilícitas e proibidas. Eles foram presos e o caso foi arquivado. A Organização Rekenber começou a ser acompanhada de perto por órgãos e autoridades investigativas de Rune-Midgard. Vendrick saiu da linha de investigação contra a Organização, por ordem superior. Com relação ao suicídio de Marjana, o caso ficou por isso mesmo e não foi divulgado. Mas nós sabíamos quem era a responsável por aquilo.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Então Vendrick, Markus, Karian e eu decidimos continuar a investigar e buscar o paradeiro de May. Só que nós não sabíamos que já estávamos sendo vigiados, pois Markus estava sendo manipulado. Por causa disso, nunca conseguíamos nada concreto pois May sempre estava um passo à frente da gente. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Aí chegou aquele trágico dia em Prontera, no Festival do Poring. Tudo estava perfeito, até chegar a noite. May queria testar os poderes de manipulação e os de Markus. Também queria colocar seu plano em ação.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Naquela noite nós acordamos com um enorme estrondo vindo do lado de fora da estalagem. Luke, meu filho, você devia estar cansado naquela noite pois nem com aquele barulho você acordou. Então seu pai e eu pegamos nossas armas, fechamos a porta do quarto e decidimos sair para ver o que estava acontecendo. Passamos pelo quarto do seu tio e vimos que ele não estava lá. Todos os outros hóspedes haviam se levantado, eles também haviam notado que algo estava errado. Nós saímos da estalagem e vimos que a cidade estava tomada por Bafomés Jr. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Nós entramos no campo de batalha juntamente com outras pessoas que ali estavam. Eram muitos os monstros que invadiram a cidade e, apesar da cidade de Prontera estar cheia de pessoas por causa do festival, os guerreiros que ali estavam não eram suficientes. Mesmo assim todos nós contra-atacávamos com tudo o que tínhamos. Foi então que Vendrick avistou May e ela estava se dirigindo para a Praça Central da cidade. Ele fez um sinal pra mim apontando para onde ela estava. Seu pai correu na direção dela e eu o segui. Eu ainda pensei em avisá-lo que poderia ser uma armadilha, mas ele sabia disso. Dava pra perceber no seu olhar, porém ele não deixaria aquela chance escapar. A assassina de sua estimada amiga estava a poucos metros dali. Ele não poderia deixá-la impune.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Enquanto corríamos atrás de May íamos eliminando os monstros que atravessavam nosso caminho, até que chegamos na Praça Central. Aquele lugar estava deserto. Não havia nenhum Bafomé Jr. e tampouco pessoas. De repente a May se materializou na nossa frente. Não deu tempo para pensar. Antes de qualquer movimento um enorme Bafomé foi invocado entre nós. Assim que coloquei minhas mãos no meu aljave de flechas alguma coisa me puxou para longe. Eu estava me desmaterializando. A última coisa que eu vi foi a espada do meu marido se confrontando com a gigante foice do monstro.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Quando eu me materializei de novo percebi que não estava mais em Prontera. Estava no cais da cidade portuária de Alberta. O lugar estava escuro e quieto. Na minha frente estava May com uma adaga em punho. Sem perder tempo eu busquei algumas flechas que estavam guardadas mas o aljave havia sumido, assim como o meu arco. Tentei falar, mas não consegui. Foi aí que me caiu a ficha, ela tinha recuperado o controle sobre Markus.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Ela veio correndo na minha direção com a adaga empunhada. Eu tentei me esquivar mas meu corpo não respondia. Fui acertada em cheio no peito. Pelo o que eu percebi naquela hora, May havia mirado o coração mas de alguma forma ela errou por alguns centímetros. Provavelmente aquela habilidade de manipulação estava mexendo com os sentidos dela. Ela não havia dominado a habilidade 100%.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]May retirou a adaga do meu corpo e o sangue começou a jorrar. Ela lambeu a ponta da adaga e disse que a próxima ela não erraria. Eu sentia uma dor agonizante por causa da punhalada que havia recebido. Mas antes que ela pudesse desferir o último golpe, uma flecha passou de raspão pela cabeça dela. May, percebendo o perigo, atingiu outro golpe daquela adaga na minha perna esquerda. Eu caí com tudo no chão. Mas uma vez eu comecei a desaparecer e reaparecir no meio do mar. Eu estava perdendo muito sangue e não conseguia nada por causa da perna. Aos poucos a temperatura do meu corpo foi caindo e minha visão começou a escurecer. Senti que minha vida acabaria ali. Estava angustiada porque iria partir sem ao menos me despedir do único filho que eu tinha. Então apenas desejei que Odin cuidasse e protegesse meu filho. E por fim, me entreguei. Comecei a afundar lentamente para o fundo do oceano e apaguei.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Depois disso só me lembro de acordar numa cabana arbórea e rodeada de móveis simples. Estava deitada numa cama muito aconchegante e acalentadora. Notei que eu estava cheia de curativos no peitoral e na perna esquerda. Sob os curativos havia uma espécie de pasta verde. Eu não estava sentindo dor, apesar de estar bastante fraca. Eu mal conseguia abrir os olhos. Não me atrevi a me levantar dali. Foi aí que uma simpática senhora apareceu diante de mim e disse: “Durma mais um pouco, você ainda não está totalmente recuperada.” Ela passou a mão sobre o meu rosto e após isso adormeci.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Essa senhora era Sula, a curandeira. Ela vivia com o seu esposo, Tora, naquela humilde cabana. Tora era um pouco mais velho que Sula e ele não tinha o braço direito. Eu acordei no dia seguinte e só me dei conta de onde estava depois que me levantei. Eu estava numa pequena comunidade de caçadores na Ilha da Tartaruga. Lá eles me acolheram, me curaram, me deram comida e cuidaram de mim como se eu tivesse nascido ali. Eles eram caçadores que evitavam contato com o continente. Eles prezavam a natureza e a respeitava. Eles se denominavam “Sentinelas”.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Sula e Tora cuidaram de mim como se eu fosse uma filha que eles nunca tiveram. Certo dia eu perguntei a Tora como ele perdeu o braço. Ele me disse que havia se ferido gravemente ao tentar salvar o seu filho de uma pessoa que o raptou. Essa pessoa era o rei Tristan III. Ele me contou, com certa tristeza em sua fala, que seu filho foi arrancado brutalmente das mãos de Sula pelo rei, apesar deles o ter ajudado. Tora enfrentou a guarda do rei, que o escoltava, tentando alcançar seu filho que era um bebê, das mãos de Tristan III. Ele conseguiu derrubar os guardas no chão mas quando estava quase alcançando o rei, uma espada veio por trás dele e decepou seu braço. Um guarda o atingiu covardemente pelas costas.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Tora me contou que sentiu uma dor aguda naquela hora, porém aquilo não foi mais doloroso do que perder seu único filho. Ele não entendia o porquê que o rei estava fazendo aquilo, pois o bebê dele havia curado a doença de pele do rei Tristan III. Então Tora me mostrou um enorme saco de moedas guardado dentro de uma urna. Sula e Tora me contaram que aquele dinheiro foi deixado pelo rei Tristan III naquele mesmo dia. Talvez ele tenha deixado por piedade ou simplesmente foi um jeito que o rei arranjou de “dormir com sua consciência tranquila”. Acontece que o casal tomou a descisão de destruir aquele dinheiro sujo, mas eles só iriam fazer isso quando reencontrassem seu filho novamente. E até lá jamais tocariam numa moeda daquele saco.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Então o casal decidiu sair de Rune-Midgard e ir para à terra natal dos pais de Tora, que era a pequena aldeia de sentinelas na Ilha da Tartaruga. Lá, eles começaram do zero e reconstruíram suas vidas, pouco a pouco. Porém eles nunca deixaram de procurar pelo filho perdido. Pelo menos duas vezes ao mês eles iam até o continente em busca de informações do filho. Sula e Tora eram os pais de Sora.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Até então eu não conhecia o Sora. Por isso que eu não pude dar qualquer informação a eles. Porém eu me identifiquei com eles, pois a minha história era bem parecida com a deles. Então abri meu coração e contei pra eles a história da minha vida. Pela primeira vez desde aquele acontecido eu fiquei feliz por conhecer pessoas que compreendiam a mesma dor que eu sentia. Dias e mais dias se passaram e eu me adaptei à rotina daquela aldeia. Quando menos vi, já fazia parte daquela calorosa comunidade.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]As habilidades de caça deles eram incríveis, assim como sua destreza com arco e o adestramento de animais selvagens. Também com relação a armadilhas e bombas, eles são bem avançados em comparação a nós. Eles desenvolveram uma Liga Metálica praticamente inquebrável e difícil de se soltar. Lá eu aprendi a cultura deles, seus ensinamentos e técnicas e aderi suas habilidades.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Mas isso demorou bastante tempo, pois até me recuperar e depois aprender suas técnicas foram mais de três anos. Só que eu estava decidida a ficar mais forte e reencontrar meu marido e você, Luke, meu filho.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Após passados três anos decidi que já era hora de retornar. Eu não mais aguentava a ansiedade e preocupação com a minha família. Então eu me despedi dos aldeões que tanto me ajudaram e os agradeci de coração. Após isso, juntamente com meu Warg, parti rumo a Rune-Midgard. Eu sabia que a tarefa não seria fácil, mas eu não iria abrir mão da minha família. Eu também queria restaurar a honra da minha família e punir a pessoa que ocasionou tudo isso.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Quando cheguei em Alberta, pensei que nada havia mudado. Estava enganada. As pessoas da cidade estavam festejando uma grande vitória. Eu perguntei para um morador da cidade o que eles estavam comemorando. Ele me respondeu que toda Midgard estava em festa pois um grupo de bravos guerreiros haviam conseguido deter o retorno do Imperador Morroc e capturar o líder da Veritatem, responsável pelos massacres e diversos crimes cometidos.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Fiquei boquiaberta quando ele me contou que o líder da Veritatem era Markus, o filho do rei Tristan III. Mais espantada fiquei quando soube que quem havia capturado ele foi May Schicksal. Perguntei para o morador se ele sabia sobre Vendrick, o outro filho do rei, e ele achou minha pergunta estranha por que Vendrick havia morrido há três anos atrás no ataque dos Bafomés em Prontera.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Meu chão desabou. Não pudia acreditar que aquilo era verdade. Me retirei dali, sem ao menos agradecer as informações, aos prantos. Fiquei muito angustiada com aquela notícia. Entrei num beco da cidade e me derramei em lágrimas. Apenas meu lobo tentava me confortar naquela hora.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Foi aí que me dei conta de que algo estava errado. Comecei a desconfiar porque que May entregaria sua maior arma de mão beijada. Não fazia sentido. Então comecei a investigar por mim mesma. Fiquei muito feliz ao descobrir que meu filho havia se tornado um grande monge. Meu coração se encheu de orgulho. Minha vontade era de me aproximar de você, Luke, mas não podia fazer isso. May Schicksal agora fazia parte do seu grupo e se eu tentasse qualquer contato com você ela saberia.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Minhas deduções começaram a se concretizar três dias após Markus ter sido preso. Alguém havia deixado escapar Markus da cadeia. Na verdade era isso que May queria que as pessoas pensassem. O que aconteceu foi que Markus escapou da prisão usando seus poderes de Oráculo, por ordem de May é claro. O poder de um Oráculo da Morte é tão grande que nem mesmo aquele lugar, que foi arquitetado para que nenhuma magia ou habilidade pudesse ser utilizada, pôde contê-lo.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Então eu percebi o plano dela. May jamais descartaria seu trunfo. Ela tramou um plano onde ela saiu heroína por ter capturado Markus e ganhou acesso livre se tornando membro honorário do Conselho de Guildas. Com isso ela tinha total liberdade com os assuntos e investigações mais sigilosas de Rune-Midgard. Sem contar que ela tinha privilégios para acessar as mais remotas e restritas unidades do governo. Ela tinha tudo nas mãos. Poderia terminar de concluir seus planos sem que o Governo de Rune-Mirdgard interferisse. E assim aconteceu.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Mas eu decidi que não deixaria ela levar a melhor. Continuei investigando e tirei vantagem do meu desaparecimento. Afinal, para ela eu estava morta. Acompanhei todos os passos delas minusciosamente. E também eu vi o seu crescimento, meu filho, mês após mês.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Nesses anos de investigação, coincidentemente encontrei com Karian. Fiquei muito feliz em rever um grande amigo daquela época. Porém, nas circunstâncias que eu o encontrei, foi bem complicado. No início eu não entendi e nem acreditei, pois descobri que ele estava fazendo parte da Veritatem. Foi bem conturbado, ele me tratou como uma desconhecida. Porém ele me deixou uma mensagem através de um soneto em forma de código que só o nosso círculo de amigos sabia compreendê-lo. Nesse soneto ele me explicou que, meses depois do desastre em Prontera, havia se infiltrado na Veritatem para descobrir e interceptar os planos de May.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Eu fiquei bem confusa porque não tinha como Karian entrar na Veritatem, afinal May conhecia o círculo de amizade de Vendrick. Eu estava errada, novamente. Naquele soneto Karian me falou que tinha conquistado a confiança de May, apesar dela nunca se mostrar como líder da Veritatem. Karian também me disse que não iria se arriscar, por hora, em me encontrar. Mas que continuaria em contato comigo através dos códigos.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Nós marcávamos sempre um lugar diferente para trocar as mensagens e Karian me contou como funcionava o controle de mente de May Schicksal. Ele me explicou que quando uma pessoa era controlada, May não tinha acesso às memórias da pessoa. Isso explicou porque que May aceitou Karian entrar na Veritatem. Ela não o conhecia. De fato, naquela época, ela havia controlado Marjana para entregar aquele relatório e cometer suicídio. Porém May não soube do conteúdo daquele pergaminho. A ordem dada para Marjana era apenas que ela elaborasse um falso relatório comprometendo Markus. As outras pessoas citadas no pergaminho foram escritas aleatórias, de acordo com a mente de Marjana.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]O objetivo de May era que esse relatório chegasse nas mãos das autoridades para que Markus fosse exposto como o líder da Veritatem. Assim todas as atenções seriam para ele e May teria o caminho mais facilitado para alcançar o Objetivo Maior. E assim mesmo aconteceu.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Karian também me contou que quando uma pessoa está sendo controlada, sua consciência ainda continua ativa. Ou seja, mesmo recebendo ordens, a pessoa presencia todas as ações obrigadas, sem poder resistir ou quebrá-las. Era como se fossem duas mentes presas ao mesmo corpo: uma que é a da própria e a outra que seria a de May. É por isso que toda vez que May ficava fraca ela perdia o controle sobre a pessoa.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Constantemente May perdia o controle, porque ainda estava aperfeiçoando a habilidade de manipulação de mente. E também era muito esforço controlar um Oráculo da Morte. Essas constantes perdas de controle fazia com que Markus recuperasse o controle de sua mente. Então sempre que May ficava fraca, ele conseguia ficar sóbrio.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Assim que Karian entrou na Veritatem, ele conseguiu presenciar um desses momentos. May havia ordenado Markus para capturar os Gemini-S58 em Lighthalzen e Karian foi junto como suporte. No meio da missão alguma coisa aconteceu que fez com que Markus recobrasse a consciência. O momento foi breve mas foi suficiente para que Markus pudesse conversar com Karian. Ele ficou muito feliz em poder falar com seu amigo de infância sem que ninguém o manipulasse. Markus também agradeceu muito por Karian estar arriscando a sua vida para desmascarar May.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Por aproximadamente dez minutos eles conversaram. Karian contou para Markus o que ele estava planejando para conseguir libertá-lo e acabar com os objetivos de May. Depois dessa curta conversa Markus voltou para o controle de May, e a missão continuou. Felizmente esta não foi a última conversa que os dois tiveram. Como eu disse antes, devido a esses descontroles de May, Markus e Karian se comunicavam e trocavam informação. [/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Markus se encheu de esperanças quando ele soube, por Karian, que eu estava viva. Ele quis conferir com os seus próprios olhos. Esperou que May baixasse a guarda novamente e se teleportou até mim, juntamente com Karian. Eu não acreditei quando o vi fora do controle de May. Assim como as outras vezes, o momento foi breve. Mas antes que a consciência dele fosse tomada, eu prometi a ele que não descansaria até conseguir libertá-lo daquela maldição. Também prometi que iria fazer May pagar por todos os crimes que ela havia cometido.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]E assim continuou por vários anos. Um compartilhava informações com o outro. Às vezes conseguíamos interceptar e atrasar algumas artimanhas de May. Porém ela foi se fortalecendo a cada dia, agora ela tinha controle 100% sobre Markus. Ele agora não conseguia mais burlar o controle de May. Nossas ações ficavam mais difíceis pois não tínhamos mais contato com Markus. May também havia começado a suspeitar de Karian e não chamava ele mais para as ações da Veritatem.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Então Karian e eu decidimos que estava na hora de arrumarmos aliados para nos ajudar. Karian sugeriu que chamássemos Luke, mas eu decidi que não. Primeiro porque ele não me via há anos e ele poderia tomar alguma atitude que poderia comprometer o nosso esquema. Segundo que May era bem próxima dele, então não daria certo.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Karian sugeriu mais uma vez que pegássemos uma pessoa que fosse confiável e honesta. Então ele citou o nome de Sora. Na hora eu acatei a ideia. Quem melhor pra ajudar a gente do que o melhor amigo do meu filho? Sim, meu filho... De uns três anos para cá Sora já sabia o que estava acontecendo de fato. Mas nós fizemos ele jurar que ele nunca poderia te contar nada. Não poderíamos correr o risco de ter tudo por água abaixo. Decidimos que era melhor que você não soubesse de nada para não levantar suspeitas.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Nós explicamos tudo para ele. Foi bem difícil para ele compreender a situação. Ainda mais porque Karian fazia parte da Veritatem. Tivemos que provar de todas as formas que estávamos falando a verdade. A nossa sorte foi que eu tinha uma foto com você e Vendrick, que eu sempre guardava comigo. Ele ficou mais chocado depois que revelei pra ele que seus pais estavam morando na Ilha da Tartaruga.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Sora quis ir imediatamente até a Ilha da Tartaruga atrás de seus pais, Sula e Tora. Nós o acompanhamos. Chegando lá a emoção tomou conta de todos. Sora reencontrou seus pais e foi uma alegria tremenda. Apesar de Sora não lembrar da aparência deles, seus pais lembraram cada detalhe que Sora possuía. Ele era muito parecido com seu pai, Tora. O dia foi muito curto para tanta história. Sora estava explodindo de felicidade. E como combinado, Tora e Sula mostrou o saco de dinheiro e contaram toda a história envolvida com aquela quantia. Eles pegaram um pequeno barco e se distanciaram um pouco da ilha, e, em alto-mar, despejaram todas as moedas no oceano. Após voltarem à ilha, nesse mesmo dia, Sora decidiu que iria nos ajudar e que iria vingar todo o sofrimento que May havia causado para os seus pais.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Acontece que Sora também tinha algumas informações privilegiadas sobre May por causa da convivência que vocês tiveram com ela anos atrás. E foi aí que nós passamos a saber da existência do espírito de Lucas. Sora nos contou a experiência que vocês tiveram com Maia, o espiritualista, em Morroc e resolvemos pesquisar sobre a antiga vida de May e Lucas.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Não foi nada fácil pra gente, porque quase não tinha nenhum registro sobre a família Schicksal. O único lugar que poderia ter algo era nos arquivos secretos da realeza, que eram trancados à sete chaves. Para a nossa sorte, Sora nos disse que tinha um amigo que trabalhava no castelo como restaurador. Ele tinha acesso a todos os compartimentos do lugar, inclusive a sala dos arquivos. Você já deve saber quem é né, Luke? O Demetrius.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Sora disse que podíamos confiar nele porque Demetrius também havia sido vítima da Veritatem. E após todos esses anos desde a invasão de Juno, os dois haviam se tornado muito próximos. E por ter uma significativa participação na batalha contra a Veritatem, o rei Tristan III o chamou para trabalhar no castelo como restaurador.[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#0000FF][I][B]Assim como Sora, contamos toda a verdade para Demetrius e o fizemos jurar que não iria revelar o plano pra você. Então ele passou a fazer parte do nosso time de investigação e conseguimos dar seguimento à missão. Tínhamos total acesso aos arquivos confidenciais da corte. E com base nisso, e com a ajuda dos sentinelas da Ilha da Tartaruga, traçamos os planos e todos os detalhes para que pudéssemos desmascarar e capturar May Schicksal. E o resultado vocês puderam testemunhar. Graças a Odin, conseguimos chegar onde estamos agora e, apesar dos imprevistos, acabamos com o grande mal que assolava Rune-Midigard. Infelizmente pagamos preços muito altos, perdemos muitas vidas inocentes e insubstituíveis. Mas, vencemos! Foi muito árduo e difícil mas conseguimos! Pena que um dos grandes heróis pereceu antes de visualizar a vitória...”[/B][/I][/COLOR] [COLOR=#000000]- Tudo o que sua mãe acabou de contar é verdade, Luke. Quero que você me perdoe pe[/COLOR]lo o que eu fiz. Eu, melhor do que ninguém, entendo a dor que você passou durante esses dez anos sem seus pais. Eu queria que você pudesse ter a mesma alegria e euforia que eu tive quando reencontrei com meus pais. Mas se eu te contasse que ela estava viva, provavelmente a May descobriria e nós nunca conseguiríamos detê-la. Me desculpe mesmo, amigão. – disse Sora confirmando a história de Maria. - Não se preocupe, Sora. Luke é maduro o suficiente para entender a situação. Ele já é um homem maduro, e acima de tudo um mestre. Ele sabe que nada pode ser obtido sem esforço e sacrifício. – advertiu Karian. - Vocês têm razão. Não sou mais um garoto assustado e inconsequente. Sei que tudo que a senhora fez, mãe, foi para que pudesse juntar a família novamente. Obrigado por existir. – agradeceu Luke, abraçando sua mãe mais uma vez. - É uma pena que Markus se foi. Todo esse tempo, todo mundo achando que ele era um traidor assassino e na verdade ele era um verdadeiro herói. É bem confuso eu falar isso após passar anos odiando-o. Eu também convivi algum tempo com ele, quando era criança. Eu devia saber que ele era boa pessoa. – lamentou Sora. - Tudo o que podemos fazer agora é um funeral digno para todos aqueles que morreram em batalha, em prol de Rune-Midgard. Suas mortes não serão em vão. – disse o general Kin fincando sua espada no chão. - P-pessoal! Markus ainda está respirando! Todos olharam para onde estava o corpo de Markus. Luna estava ajoelhada com os ouvidos perto do nariz e seus dedos no pulso esquerdo dele. - Rápido, um sacerdote aqui! – gritou Luke para o grupo que ali estava. - Cadê o Vitor? – esbravejou Kin para os poucos membros da IMP que ali estavam. Neste momento Naeratus e Julgus, os dois sumos sacerdotes da Ordem de Rune-Midgard, chegaram. Os dois irmãos correram até Markus e começaram a aplicar suas habilidades de cura. Markus aparentou uma pequena melhora, mas ainda estava com a pulsação muito fraca. - Temos que levá-lo até a Catedral de Prontera! Conseguimos deixá-lo fora de perigo, mas não sei quanto tempo mais ele pode aguentar! – avisou Julgus. Luke correu até o seu tio e o colocou sobre suas costas. Imediatamente Naeratus e Julgus abriram portais para Prontera. Luke foi o primeiro a entrar seguido de sua mãe, Maria. Boa parte do grupo acompanhou os dois heróis fundamentais que haviam ajudado a salvar Midgard. - Aguente firme, tio! Não desista! – disse Luke baixinho, enquanto atravessava o portal. [COLOR=#008000][SIZE=2][FONT=arial black][B]3 meses depois...[/B][/FONT][/SIZE][/COLOR] Era tarde da noite. Uma pessoa encapuzada era escoltada por dois guardas andando nas solitárias ruas de Prontera. O luar iluminava os passos dos três bravos guerreiros. A brisa gélida e suave da noite banhava as vestes dos aventureiros. O silêncio só era quebrado pelos ruídos das grevas dos soldados tocando o chão. Poucos grilos ousavam cantar naquela cintilante noite. De repente o grupo parou na frente da porta de uma casa perto da Catedral de Prontera. A pessoa que estava sendo escoltada bateu na porta da casa, que tinha uma fresta por onde podia-se olhar o movimento na rua. De repente a fresta se abriu. Dois olhos tenaz surgiu naquele buraco. Uma voz discreta e vívida, vinda de dentro da casa, disse: - Quem é? A pessoa encapuzada retirou o capuz da cabeça. Era Markus. Os olhos da fresta da porta se arregalaram, como se tivessem visto algo incomum. - M-majestade!? O s-senhor por aqui nesta hora da noite!? – disse a pessoa de dentro da casa. - Sim, Pedro. Sou eu, Markus. - O q-que vossa majestade está procurando? O senhor não pode andar por aí assim, ainda mais nesta hora. Vossa majestade ainda não está totalmente curado. – respondeu Pedro. - Já te disse pra você que não precisa me chamar de majestade. Me chame apenas de Markus. Sou uma pessoa igual a você. - Me desculpe, senhor. É porque eu servi a realeza por tantos anos que não estou acostumado a ser informal com um rei de Rune-Midgard. - Não tem problema, Pedro. Eu não me ofendo com isso. É porque eu me sinto desconfortável quando alguém me chama assim. – respondeu Markus. - Tudo bem, majestade... Digo, senhor... Digo, Markus... – disse Pedro atrapalhado. - Ok, eu quero fazer uma visita ao nosso amigo. Você pode abrir a porta? Aqui fora está um frio danado. – pediu Markus. - Oh, sim. Tudo bem, me desculpe pela minha falta de educação senhor. Entre! Neste momento a porta da casa se abriu. Atrás dela havia um homem de estatura baixa, com barba e cabelos enormes. Estava em pé em cima de um banco. Apesar da aparência, era bem simpático. - Seja bem vindo, senhor. Quer alguma coisa? Alguma bebida? – ofereceu Pedro. - Não, Pedro. Muito obrigado. Eu queria ver o nosso amigo. Ele está no quarto? - Sim, senhor. Eu o levo até lá. O pequeno homem foi na frente rumo a um cômodo que ficava perto da lareira da casa. Esse cômodo era um quarto. Nesse quarto havia um homem magro, com cabelos loiros grandes e bagunçados, uma aparência abatida, deitado numa cama e inconciente. Apesar de seu corpo frágil, uma imponente amardura com o brasão de uma Águia o cobria. - Já faz anos que ele está assim. Ele nunca teve uma melhora. Os melhores sumo-sacerdotes do reino já vieram até aqui e fizeram de tudo para tentar salvá-lo, mas não teve nenhum resultado. Eu admirava ele. Era um dos melhores guerreiros que Rune-Midgard já teve. – disse Pedro, com uma voz tristonha. Markus retirou as vestes que o cobriam, ficando apenas com as roupas habituais. Apesar de ser rei, Markus vestia a típica roupa dos professores. Ele abriu mão dos caríssimos e valorosos trajes reais por uma roupa que ele sempre usava. Ele então se aproximou da cama onde o homem estava deitado, colocou sua mão direita na testa do homem e disse: - Croix, meu amigo. Acorde. De repente o corpo do homem começou a se transformar. Seus músculos e seu rosto esquelético começaram inchar. Seus cabelos começaram a diminuir. Rapidamente o homem que estava ali deitado agora ficou reconhecível. Diante dos que ali estavam, um milagre havia acontecido. Croix, líder da Ordem de Rune-Midgard, estava diante dos seus olhos. Croix abriu os olhos lentamente e viu o rosto de Markus. Ele tentou esboçar um leve sorriso e disse, fracamente: - Markus... Eu sabia... - Bem vindo de volta, campeão! – disse Markus estendendo sua mão para Croix. [COLOR=#008000][SIZE=2][FONT=arial black][B]Enquanto isso, em um lugar desconhecido...[/B][/FONT][/SIZE][/COLOR] Quatro pessoas saem de um enorme portal formado por uma imensa luz brilhante. O lugar aparentemente parece familiar a eles. O sol tomava conta do lugar. - Nossa, que viagem! Fiquei tonto só com a luz. - Você já é tonto por natureza, Sora. - Edna, sua estraga-prazeres. Não precisava me esculachar. - Disponha, amor! – disse a mestra mandando-lhe um beijo. - Então é aqui o lugar? Impressionante! - Você ainda não viu nada, Luna. Esse lugar tem muitas coisas inexploradas e desafiantes. Engraçado que eles são muito rápidos. Vejam só quantas construções eles já implantaram por aqui. Estão chamando o lugar de Ash Vacuum. - É, Luke. Lembra da primeira vez que nós estivemos aqui? – indagou Sora. - Como esquecer aquele dia!? Foi no dia em que enfrentamos Satan Morroc. Nós ficamos bem assustados quando teleportamos e caímos por aqui. Uma terra onde é metade congelada e metade arbórea. - Legal, acho que esse lugar será um bom aprendizado para nós. – disse Sora entusiasmado. - E os outros, eles vão vir também amor? – perguntou Luna para Luke. - Com certeza. Você sabe que a Ordem de Rune-Midgard não recusa nenhum desafio. Eu dei dois dias para eles se aprontarem e tentarei usar o Chamado Urgente. Se não der certo, eles vão ter que vir pelo jeito convencional mesmo. – respondeu Luke. - O Guillaume vai pirar com isso aqui. É a cara dele. – brincou Edna. - Exatamente! Hahaha! – concordou Luna. - Eu só queria que Croix estivesse compartilhando esse momento conosco. – lamentou Luke. - Mas ele vai tá, amor. Acredite! Você está se saindo um líder excelente para o clã. Nós conseguiremos encontrar a solução para o problema dele. Quem sabe a gente não acha aqui? - Você tem razão, Luna. Obrigado por estar do meu lado. – agradeceu Luke, servindo-a de um beijo. - E como está sua mãe e o seu tio, Luke? – perguntou Sora. - Minha mãe voltou para a Ilha da Tartaruga e ajudá-los a treinar alguns caçadores e atiradores de elite que queriam aprender a arte dos Sentinelas. Tava tendo muito contigênte de pessoas e não queriam que a ilha fosse invadida por qualquer um. Então ela tá dando uma forcinha. O meu tio Markus está arrumando alguns erros que meu vô deixou para trás. Mas ele tem uma sabedoria imensa para decidir as coisas e governar. Tenho certeza que Rune-Midgard está em boas mãos. - Com certeza. Karian também achou alguns discípulos que queriam aprender as habilidades únicas que ele desenvolveu. Estão chamando ele de “O Trovador”! E me parece que o Félix conseguiu transcender as habilidades de um mestre. Dizem que ele está conjurando quinze esferas espirituais de uma só vez. – disse Edna. - Uau! Quinze? É, acho que os limites estão sendo quebrados e novos guerreiros estão nascendo. O que será que o futuro reserva para nós? – disse Luke impressionado. Um enorme rugido foi emitido vindo da parte arborizada daquelas terras. Algumas pessoas que estavam ali começaram a correr na direção do rugido. - Ele voltou! Vamos pegá-lo! Não podemos deixar escapá-lo! – disse um lorde que passou correndo com uma tropa de guardas. - E aí, pessoal? O futuro está nos chamando! Vamos nessa? – disse Luke correndo na mesma direção que a tropa de guardas foi. Logo atrás dele vinha Luna e Edna correndo, enquanto Sora vinha por último gritando: - Ei! Temos que achar nosso alojamento! Não comemos nada! E ainda estamos com as bagagens nas costas! Voltem aqui! Me esperem! [COLOR=#008000][SIZE=7][FONT=impact][CENTER]FIM[/CENTER] [/FONT][/SIZE][/COLOR] [COLOR=#008000][B][CENTER] [/CENTER] [/B][/COLOR] [COLOR=#404040] Não deixem de ler aos outras FIC's que estão rolando por aqui como :[/COLOR] [B][URL="http://sites.levelupgames.com.br/forum/ragnarok/showthread.php?142589-Confiss%F5es-e-Reminisc%EAncias"][COLOR=#0000ff]Confissões e Reminiscências [/COLOR][/URL][/B][COLOR=#404040]- [/COLOR][I][B]Por Fabiano Alves [/B][/I][I][B][U][URL="http://sites.levelupgames.com.br/forum/ragnarok/showthread.php?144901-Re-post-Fic!-Entre-a-Promessa-e-a-Flor!"][COLOR=#0000ff]Entre a Promessa e a Flor[/COLOR][/URL][/U] - Por Florette [/B][/I][I][B][I][B][URL="http://sites.levelupgames.com.br/forum/ragnarok/showthread.php?144346-One-Shot-Hist%F3ria-de-Menestrel"][COLOR=#0000ff]História de Menestrel[/COLOR][/URL][/B] - Por [I]Lorde DS [/I][/I][/B][/I][I][B][URL="http://sites.levelupgames.com.br/forum/ragnarok/showthread.php?144895-O-Fauno"][COLOR=#0000FF][U]O Fauno[/U][/COLOR][/URL][/B][/I][COLOR=#0000CD][U] - [/U][/COLOR][I][B]Por Espelho [/B][/I][I][B][URL="http://sites.levelupgames.com.br/forum/ragnarok/showthread.php?144803-One-Shot-Qual-%E9-a-raz%E3o"][COLOR=#0000ff]Qual é a Razão?[/COLOR][/URL][/B][/I][COLOR=#404040]- [/COLOR][I][B]Por Yann Eda [/B][/I][I][B][URL="http://sites.levelupgames.com.br/forum/ragnarok/showthread.php?144062-FanFic-Vingan%E7a"][COLOR=#0000ff]Vingança[/COLOR][/URL] - Por R[I]azac[/I][/B][/I]

"Me jogaram aos lobos, e eu voltei líder da matilha."

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Parabéns pela Fic e por resolver se aventurar nesse ramo!Não se preocupe se o seu tópico estiver muito parado ou não houver muitas postagens. A área de fics é assim mesmo, o que não significa que não existam pessoas acompanhando =)Em breve vou reservar uns minutos pra lê-la e dizer minha opinião,E claro, seja bem vindo!

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Bem, sua fanfic tem potencial em minha opinião. Dá uma revisada nos dialogos para ficarem mais concretos, mais reais. Crie o hábito de revisar o texto, duas ou mais vezes se possível, sempre se pode melhorar. Essa é só minha opinião, espero ter ajudado.Também acompanhe minha fanfic, ta aqui o link: http://sites.levelupgames.com.br/Forum/ragnarok/forums/t/559333.aspxNo mais obrigado, desculpe o incomodo e bom fds :D

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Capítulo V da FANFIC O Oráculo da Morte já está ON.Espero que gostem...

Bem, sua fanfic tem potencial em minha opinião. Dá uma revisada nos dialogos para ficarem mais concretos, mais reais. Crie o hábito de revisar o texto, duas ou mais vezes se possível, sempre se pode melhorar. Essa é só minha opinião, espero ter ajudado.Também acompanhe minha fanfic, ta aqui o link: http://sites.levelupgames.com.br/Forum/ragnarok/forums/t/559333.aspxNo mais obrigado, desculpe o incomodo e bom fds :D
Obrigado pela sua opinião. Eu estarei revendo melhor os capítulos antes de postá-los. Eu estou acompanhando a sua FANFIC, e está boa pra caramba. Estou aguardando o próximo capítulo. Eu queria saber escrever assim .Continuem comentando a FANFIC, a opinião de vocês é muito importante.Flw, bom fim de semana!!!

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Gostei da idéia, uma sociedade secreta que possui certo controle sobre os monstros, um jovem com uma personalidade gentil, mas decidada, um tio traidor com intenções ocultas... Minhas dicas para melhorar ainda mais a narrativa é algo que considero importantíssimo,  saber o que se passa na mente dos personagens, o leitor quer saber o porque das decisões tomadas, uma ação resulta de pensamentos, narrá-los nos ajuda a compreender o personagem e com isso torná-lo mais real em nossa mente... outra coisa importante é cuidar com a linguagem dos personagens... se ele é mais novo pode falar mais coloquialmente, entretando uma pessoa de mais idade fala mais formalmente. Acredito que essas sejam minhas dicas pessoais... Obrigado por ler a minha fan fic e continue ! espero ansiosamente por mais capítulos!  

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Obrigado pelo comentário, isso ajuda a ver onde está o erro e consertá-lo. Isto também demonstra que a FIC está sendo lida /heh. Irei prestar mais atenção em relação às falas e ações dos personagens. Como eu disse anteriormente, a FANFIC já está quase completa. São 30 capítulos. Eu estou revisando algumas coisas para que a leitura se torne mais atrativa e menos cansativa ( e mais clara, é claro xD). Eu fiquei meio sem tempo nesta semana, mas amanhã estarei postando os capítulos V, VI E VII. Obrigado a todos por acompanhar a história.

@Truuh

 

Sua FANFIC está muito boa, aguardo o próximo capítulo. Quem me dera escrever tao bem assim. xD

Então é isso galera, boa noite a todos e até amanhã!

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Cara gostei muito da sua fic, o enredo foi o que mais me impressionou. A sua imaginação realmente é muito boa, o modo como ela foi elaborada até agr tbm ficou ótimo. Aguardando os próximos capítulos, e tbm estarei acompanhando a sua fic. :D

Muito obrigado cara, vlw mesmo por acompanhar a história. As críticas, sugestões, especulações e comentários dos leitores são as coisas que fazem o autor ter mais ânimo e vontade para escrever a história. Obrigado mesmo xD.

Como prometido  já estão ON os capítulos VI e VII da FANFIC O Oráculo da Morte. Peço desculpas pela demora.Segunda ou terça estarei postando o capítulo VIII. Obrigado por acompanharem a história, e não se esqueçam de comentar. Vlw!!!xD

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Legal! os dialogos estão me parecendo melhores e a história, como sempre foi, está bem interessante!Só umas coisinhas... evite usar a palavra "que", as vezes essa palavra aparece desnecessáriamente.

 

Estou esperando a continuidade... eu achava que luke iria teimar em se tornar um sacerdote [:p]

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Obrigado por acompanhar a FANFIC, Truuh. Vlw pelas dicas, estarei aplicando-as assim que nescessário. Como eu já disse antes, a história tem 30 capítulos e já estou concluindo o último capítulo. Tem muito chão pela frente, estes capítulos podem até está parecendo "fillers" (exagero) mas são fundamentais para o desenrolar da história no futuro.Agradeço também a todos que estão acompanhando a FANFIC, farei o máximo para postar 2~3 capítulos por semana.Não se esqueçam de comentar. Sua opinião é muito importante.Capítulo IX já está on, espero que gostem!!! Vlw!!!

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Salve, salve galera! Capítulo X da FIC O Oráculo da Morte ON.Espero que gostem.A partir do próximo capítulo a história começa a se desenrolar de verdade, vocês saberão o porquê do título da FANFIC.O próximo capítulo será o eixo de toda a história, espero que gostem e curtem até o  chegar o capítulo XXX.Já estou concluindo o último capítulo, o capítulo XXX.Não esqueçam de postar e comentar a história, obrigado a todos que estão lendo! Espero críticas, sugestões e elogios, vlw!!!Bom fim de semana a todos!

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Quais serão as intenções da veritatem???o.OSó uma dica: olho nos dialogos ok?Um abraço.
Obrigado Itmitim, vou ter mais cuidado quanto a isso.Vlw por acompanhar a leitura xD. 

Capítulo XIII da FIC O Oráculo da Morte já está ON.Espero que gostem e apreciem!!!Não se esqueçam de comentar, opinar, criticar, elogiar, etc...Obrigado e bom fim de semana a todos!!!

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