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Vamos Tratar de Literatura e Filosofia? #1


Hela

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- Esta queda para a qual você está caminhando é um tipo especial de queda, um tipo horrível. O homem que cai não consegue nem mesmo ouvir ou sentir o baque do seu corpo no fundo. Apenas cai e cai. A coisa toda se aplica aos homens que, num momento ou outro de suas vidas, procuram alguma coisa que seu próprio meio não lhes podia proporcionar. Ou que pensavam que seu próprio meio não lhes poderia proporcionar. Por isso, abandonam a busca. Abandonam a busca antes mesmo de começá-la de verdade.

 

Boa noite, hoje trago para vocês uma abordagem de texto nova para o fórum, a discussão sobre literatura e filosofia, esse texto é um teste, e caso seja bem recepcionado tenho em mente fazer outros semelhantes.

 

A frase acima é citada no livro "O Apanhador no Campo de Centeio", e reflete bem um dos assuntos filosóficos mais polêmicos de todos os tempos, o niilismo, termo que surgiu a partir do grego Nihil e significa, basicamente, vazio. O Niilismo ganhou destaque com o filósofo Nietzsche. Nietzsche ficou famoso por criticar a moral, a igreja, e a sociedade, alegando que tudo isso era apenas para preencher um vazio com mentiras, de maneira que o movimento engatilhado por ele é confuso e controverso. Isso pode ser exemplificado com essa tirinha:

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Não é comum ver alguém que se diga niilista, mesmo que pense dessa maneira, isso porque o movimento é subliminar demais para se afirmar com um nome, apatia e desgosto não regem guerras, o fim de um niilista é fatídico, seu desprezo por sua própria vida, e exposição a situações perigosas vai acabar levando-o à uma morte precoce.

 

Foi e ainda é comum que o niilismo seja o pai de grandes canções e poemas, ou mesmo de coisas que não conseguimos definir, mas que passa com êxito o sentimento do compositor.

Kurt-Cobain.jpg

No cinema o niilismo foi pouco explorado, e as poucas obras que o exploraram beiraram o intragável, como, por exemplo, Ex Drummer, filme que aborda de maneira superficial a vida de um niilista, infelizmente a grandeza do filme termina em sua sinopse. Direção, fotografia e filmagem afastam qualquer curioso, o que isolou o filme para os olhos de poucos, que mesmo assim torcem o nariz para vê-lo com mais atenção.

 

Já na literatura grandes nomes demonstraram com maestria o desprezo pelos mais diversos aspectos da vida, poucos são niilistas ávidos, mas diversos personagens arranham com força essa veia filosófica, dentre eles estão Holden de "O Apanhador no Campo de Centeio", e Dorian de "O Retrato de Dorian Grey", ambos os livros criticam a sociedade e a moral em algum aspecto, obviamente nenhum chega ao desprezo proposto pelo niilismo, mas conseguem fazer uma leve demonstração de como isso seria.

 

Poderíamos associar a filosofia niilista com movimentos libertários, afinal, antes de construir um castelo novo é necessário por o antigo abaixo, mas podemos ver nos góticos, por exemplo, frutos positivos dos destroços que o niislismo deixou na sociedade.

 

Movimentos que pedem liberdade devem muito do que conquistaram ao Niilismo, desconstruir valores é a arte dessa filosofia, e sem amarras sociais remontar um mundo mais simples, livre, e colorido é muito mais fácil. A humanidade sempre flertou temerosamente com a liberdade, mas a cada dia está mais próximo de terem, juntos, uma noite de amor.

 

 

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Quer desdenhar de meus eventos? Fique a vontade. Mas tente manter O SEU TRABALHO bem feito, porque diferente de você, o meu é voluntário.

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Lilith Morningstar.

Eva, Monah do Pah

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Eu realmente tenho que ler alguns textos do Nietzsche pra entender melhor o processo filosófico desse safado.

 

Eu já li tanto Apanhador quando O Retrato de Dorian Gray e diria que ambos passam muito pela questão da libertação das normas da sociedade, mas acho que Dorian vai um pouco mais adiante nessa abordagem, como na passagem em que ele se apaixona pela jovem atriz. Ela se torna um ponto central da sua vida apenas para ser absolutamente rejeitada a partir do momento em que o detalhe que despertou o interesse do protagonista se perde. Creio que isso se aproxima das questões de Nietzsche sobre a vontade humana de preencher sua "vida".

 

Belo tópico BTW :v

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Eu acho interessante como as formas de niilismo podem ser organizadas a fim de representar as etapas do caminho do homem em busca da verdade, como no inicio sendo representado pelo niilismo negativo, o qual o homem é inocente e iludido, o segundo, niilismo reativo, representando a empolgação e as novas descobertas do individuo e o primeiro contato com a realidade, o terceiro, niilismo passivo que reconhece tanto o niilismo negativo tanto o reativo como ilusão. A partir desse momento o homem percebe a realidade e nota como é sem esperança, sofrida e infeliz, já na sua terceira fase, o niilismo ativo, representa o homem que após perceber a realidade nua e crua, a aceita, reconhecendo que ela não é feita para desmotivar, e sim motivar o homem a fazer com que lute para que ela mude.

 

Sinceramente eu me identifico mais com o niilismo passivo, pois inevitavelmente a sociedade sempre ira sentir a necessidade de criar amarras a maneira como os homens se expressam, agem ou vivem, e a única maneira de evitar isso é tirando a liberdade dos homens de naturalmente decidir tais formas de agir, por meio de proibições, regras ou talvez leis, o que por sua vez é uma agressão ainda maior a liberdade, fazendo com que o ciclo se repita outra vez.

 

E caramba, eu nunca pensei que eu estaria comentando sobre esse assunto nesse fórum e nunca pensei que veria um post desses nesse fórum

Editado por ChineloEletromagnetico
errei na hora de digitar :P

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Eu acho interessante como as formas de niilismo podem ser organizadas a fim de representar as etapas do caminho do homem em busca da verdade, como no inicio sendo representado pelo niilismo negativo, o qual o homem é inocente e iludido, o segundo, niilismo reativo, representando a empolgação e as novas descobertas do individuo e o primeiro contato com a realidade, o terceiro, niilismo passivo que reconhece tanto o niilismo negativo tanto o reativo como ilusão. A partir desse momento o homem percebe a realidade e nota como é sem esperança, sofrida e infeliz, já na sua terceira fase, o niilismo ativo, representa o homem que após perceber a realidade nua e crua, a aceita, reconhecendo que ela não é feita para desmotivar, e sim motivar o homem a fazer com que lute para que ela mude.

 

Sinceramente eu me identifico mais com o niilismo reativo, pois inevitavelmente a sociedade sempre ira sentir a necessidade de criar amarras a maneira como os homens se expressam, agem ou vivem, e a única maneira de evitar isso é tirando a liberdade dos homens de naturalmente decidir tais formas de agir, por meio de proibições, regras ou talvez leis, o que por sua vez é uma agressão ainda maior a liberdade, fazendo com que o ciclo se repita outra vez.

 

E caramba, eu nunca pensei que eu estaria comentando sobre esse assunto nesse fórum e nunca pensei que veria um post desses nesse fórum

 

Essa imagem que encontrei em um blog descreve bem o que você disse:

Aliás vou deixar o link, pois está muito bem explicado esse tema que você abordou:

https://razaoinadequada.com/filosofos-essenciais/nietzsche/4-formas-de-niilismo/

niilismos.jpg?w=800

 

De certa maneira eu acho que o Niilismo passivo só é realmente encontrado em pessoas com depressão, ou algo semelhante, para negar tudo é necessário que você não esteja feliz com nada, então alguém que se encontra "bem e feliz" não vai fazer uma conclusão desse tipo. E acho que existem "momentos niilistas", muitas vezes a gente se pega fazendo questionamentos que se vão com o vento, porque se não existem respostas as vezes ficar rodeando essa questão pode deixar sua vida ainda mais fútil do que ela já é.

 

Sobre os personagens de Holden e Dorian, acho que já é esperado que Dorian passeie mais por esse campo, visto que a proposta do livro é questionar os valores, mas eu diria que quase todos os bons livros passeiam pelo Niislismo em algum momento, com exceção de crônicas onde a maioria das vezes tudo é muito "palpável" desde os deuses, até a morte, a vida e a magia, fora isso muitos dos livros tendem a levar o leitor a crer, mesmo que por um segundo que a vida não vale o valor que a damos, a literatura brasileira não é exceção desse raciocínio, "Memórias Póstumas de Brás Cubas" é cheio de Niilismo, mesmo que fique voltando atrás Hehehe.

Editado por Hela

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Lilith Morningstar.

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De certa maneira eu acho que o Niilismo passivo só é realmente encontrado em pessoas com depressão, ou algo semelhante, para negar tudo é necessário que você não esteja feliz com nada, então alguém que se encontra "bem e feliz" não vai fazer uma conclusão desse tipo. E acho que existem "momentos niilistas", muitas vezes a gente se pega fazendo questionamentos que se vão com o vento, porque se não existem respostas as vezes ficar rodeando essa questão pode deixar sua vida ainda mais fútil do que ela já é.

Não não não, é como eu falei sobre as etapas do homem ao descobrir a verdade, o homem no seu primeiro contato com a realidade se empolga e busca aprender mais, aceitando o fato de que a realidade é assim e a ve como libertadora e como fonte de conhecimento, porém após conhece-la a fundo, percebe como não há esperança e como só existe vazio, ou seja, um individuo inocente e com pouco conhecimento passa a receber uma alta e perigosa dose de realidade e, consequentemente, se afunda no poço.

Sobre questionar demais, pode se dizer que é basicamente o preço do conhecimento, tanto que Nietzsche dizia que filosofia existe pra deixar o homem triste, o que remete aquela frase: "ignorância é uma benção", já que o ignorante não possui conhecimento sobre a realidade esmagadora

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Não não não, é como eu falei sobre as etapas do homem ao descobrir a verdade, o homem no seu primeiro contato com a realidade se empolga e busca aprender mais, aceitando o fato de que a realidade é assim e a ve como libertadora e como fonte de conhecimento, porém após conhece-la a fundo, percebe como não há esperança e como só existe vazio, ou seja, um individuo inocente e com pouco conhecimento passa a receber uma alta e perigosa dose de realidade e, consequentemente, se afunda no poço.

Sobre questionar demais, pode se dizer que é basicamente o preço do conhecimento, tanto que Nietzsche dizia que filosofia existe pra deixar o homem triste, o que remete aquela frase: "ignorância é uma benção", já que o ignorante não possui conhecimento sobre a realidade esmagadora

 

Sim, entendo isso, inclusive fiz um post sobre isso no meu blog:

 

O nome do texto é "até que ponto pensar é bom?" e trata exatamente desse tema.

 

Editado por Hela

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Hela, passando pra dar um oi, viva evasão aquática! \o\

 

@TOPIC - Filosofia sempre foi meu tendão de aquiles, acho que isso acontece por que acabo gastando mais tempo vivendo a realidade (ou a ilusão, dependendo da perspectiva) do que tentando entendê-la. Isso NÃO é uma crítica aos que curtem filosofia, ok? Abraços!

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Só um adendo:

 

Não é comum ver alguém que se diga niilista, mesmo que pense dessa maneira, isso porque o movimento é subliminar demais para se afirmar com um nome

 

 

Isso nao é verdade, o que não falta é adolescente que se diz niilista porque 'odeia tudo'. Nietzsche é um dos caras mais conhecidos entre o público jovem justamente por conta da popularidade do termo Niilismo. É uma das coisas mais fáceis de se "pertencer à", justamente por se tratar de ultra ceticismo e negativismo, as duas coisas mais comuns da nossa geração.

For my kind, the true question is: What is worth fighting for?

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Oie WOD o/ Viva evasão aquática, e viva esquecer de ativar o replay!!

 

-

 

Pessoas com quinze anos não se incluem, se depois dos 19 a pessoa ainda estiver se afirmando niilista ela pode ser levada em consideração. UHAUHAuha

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Sim. Hoje em dia falam tanto sobre Nietzsche e niilismo que o assunto se tornou um cliche na filosofia

 

Podemos pensar de outro ângulo, o clichê significa que o pensamento está difundido nos mais diversos meios, esse desprezo geral por várias coisas, e sobre tudo sob a religião pode ser um marco histórico dessa geração, que já podia ser visto com menos força na geração de nossos irmãos mais velhos. Esse desapego natural da fase, somado a liberdade do momento histórico pode estar nos guiando para um futuro livre, ou um futuro doentiamente desapegado de qualquer valor, algo que apenas o tempo vai revelar.

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O conceito de niilismo está tão difundido hoje em dia. É muito comum algumas pessoas encherem a boca pra falarem de Assim Falava Zaratustra sem nem ao menos conhecerem Nietzsche de verdade. Acontece que esse carinha que uns amam outros odeiam era um cara muito FOAD, foad demais pra ser compreendido (tanto pelos que o amam e tanto pelos que o odeiam). Doutores filósofos tem opiniões divergentes sobre o dito cujo, mas o fato é que; Assim Falava Zaratustra deve ser a ÚLTIMA obra de Nietzsche a ser lida, já que a mesma é a considerada por grandes filósofos como a mais difícil. Começar Nietzsche por Assim Falava Zaratustra vai te dar uma visão totalmente errada e diferente de alguém que leu a obra por último, assim como quem leu a obra por último e tirou suas próprias conclusões vai ter uma visão muito limitada se não tiver sido acompanhado por uma pessoa especialista na área (não to dizendo que isso é ruim, até porquê esse é o intuito da filosofia, o caso é que você vai ficar cada vez mais longe de entender o nosso querido alemão).

Engraçado que antes eu detestava filosofia e era niilista sem saber nome ou significado do conceito, até que comecei a conversar com meu tio (filósofo) e amadureci muito. Eu brinco dizendo que existem dois eu's, um pré-Nietzsche e outro pós-Nietzsche.

Minha irmã puxou umas matérias de filosofia na faculdade e sempre traz um exercícios pra gente fazer juntos (fazer não, pois o professor dela não avalia as respostas, refletir seria o termo correto), esses dias ela me mostrou um conto muito bom que faz referência ao eterno retorno mas eu não lembro o nome dele agora, tentei procurar na internet mas não achei nada, assim que eu chegar em casa vou perguntar a ela e posto aqui, me encanta muito.

"E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez, e tu com ela, poeirinha da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: "Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?"

 

PS: HORA DE AVENTURA > NIETZSCHE vlw flw

Faz muito tempo que já não respondo mais pelos meus atos.

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Hoje em dia o termo
niilista ganhou um estilo e ele se chama SAD BOYS 2001,

mas ao invés da galera de suicidar elas preferem ficar no facebook compartilhando memes irônicos sobre sua própria tristeza

e ainda de quebra curte um cloud rap com nomes sugestivos como $uicide boys

(ainda bem ou não né?)

 

Editado por Everton Drew Ingle

Nick in game @thor: Legend Criolo~ Is Back RK @Vallhala: Codinome: Criolo ~ Bio

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Podemos pensar de outro ângulo, o clichê significa que o pensamento está difundido nos mais diversos meios, esse desprezo geral por várias coisas, e sobre tudo sob a religião pode ser um marco histórico dessa geração, que já podia ser visto com menos força na geração de nossos irmãos mais velhos. Esse desapego natural da fase, somado a liberdade do momento histórico pode estar nos guiando para um futuro livre, ou um futuro doentiamente desapegado de qualquer valor, algo que apenas o tempo vai revelar.

Não não não, na verdade a sociedade atual tende a passar essa impressão pelo fato desse nova geração ter em sua maioria os conhecidos como "rebeldes sem causa", que tentam negar as regras que sociedade impõe mas não por quererem uma realidade melhor, e sim por acharem a ideia estimulante(como no caso dos indivíduos que se proclamam niilistas por acharem Nietzsche um cara muito "foda" e "daora") ou para se destacar socialmente com alguém diferente dos demais. Todos esses indivíduos nunca realmente conheceram a realidade sofrida da qual o niilismo retrata

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"rebeldes sem causa", que tentam negar as regras que sociedade impõe mas não por quererem uma realidade melhor

Creio que rebeldia sem causa contra os valores seja realmente o niilismo, afinal o niilismo nunca propôs ser a solução dos problemas, na verdade ele meio que diz "Cara, issaqui num é pra mim não."

 

Podemos pensar que um dos momentos mais Niilistas foi protagonizado por jovens do século XIX durante a revolução industrial, e durante a primeira ou segunda crise do capitalismo, não me recordo bem, onde houveram ações que existem bastante hoje em dia e que são ditas como rebeldia sem causa, entre os comportamentos estavam incluídos "Vandalismo" "Depreciação Religiosa" "Depreciação Social" e "Desprezo por determinados costumes". -sim, estou falando da popularidade gótica.-

 

Acho que a negação geral sempre será uma tentativa de aliviar a si mesmo, ou de tentar atrair, mesmo que inconscientemente as luzes para si. Nietzsche é a prova disso, afinal ele ficou famoso por isso, não é mesmo?

 

E outro ponto que peguei foi o Everton e o Vintage, ambos se autointitularam niilistas, apesar de comportamentos bem diferentes, porém volto a dizer, o niilismo é um movimento abstrato, não é possível julgar se alguém É ou NÃO É com base no que ela aparenta.

 

É aquele negócio "Todo gótico é niilista" "Nem todo niilista é gótico".

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Creio que rebeldia sem causa contra os valores seja realmente o niilismo, afinal o niilismo nunca propôs ser a solução dos problemas, na verdade ele meio que diz "Cara, issaqui num é pra mim não."

 

Podemos pensar que um dos momentos mais Niilistas foi protagonizado por jovens do século XIX durante a revolução industrial, e durante a primeira ou segunda crise do capitalismo, não me recordo bem, onde houveram ações que existem bastante hoje em dia e que são ditas como rebeldia sem causa, entre os comportamentos estavam incluídos "Vandalismo" "Depreciação Religiosa" "Depreciação Social" e "Desprezo por determinados costumes". -sim, estou falando da popularidade gótica.-

 

Acho que a negação geral sempre será uma tentativa de aliviar a si mesmo, ou de tentar atrair, mesmo que inconscientemente as luzes para si. Nietzsche é a prova disso, afinal ele ficou famoso por isso, não é mesmo?

 

E outro ponto que peguei foi o Everton e o Vintage, ambos se autointitularam niilistas, apesar de comportamentos bem diferentes, porém volto a dizer, o niilismo é um movimento abstrato, não é possível julgar se alguém É ou NÃO É com base no que ela aparenta.

 

É aquele negócio "Todo gótico é niilista" "Nem todo niilista é gótico".

Partindo do pressuposto de que você se refere ao niilismo original/clássico é possível observar que o próprio Nietzsche "afirma" que o niilismo em sua forma completa possui o objetivo de fazer o homem se libertar e poder assim, se tornar o super-homem, ou seja, se parar para analisar, o niilismo oferece uma solução para um problema: o retrocesso do homem, cuja solução para esse problema é transcender o homem

 

O movimento de vandalismo, depreciação religiosa, depreciação social os quais você citou possuem inspiração, senão, influencia direta da anarquia, ou seja, os rebeldes possuíam uma causa para suas ações.

 

Niilismo possui diversas formas, certo fulano vai se de proclamar niilista passivo, certo ciclano niilista reativo e certo beltrano pode ter outra forma diferente, porém, o objetivo final é: fazer o homem evoluir, mesmo que para isso seja necessário sofrer ou viver numa ilusão

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Eu discordo, vou explicar, o niilismo é anarquista, afinal ele nega tudo e nesse tudo se inclui também a autoridade, o anarquismo não é niilista ele nega APENAS a autoridade. No caso a cultura gótica está mais relacionada a negação num plano moral que num plano político, diferente do movimento Punk, por exemplo, que está ligado a revolta e manifestações políticas. Concordaria com você se o movimento comentado por mim fosse o Punk, mas não.

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Entendo seu raciocínio, realmente o movimento gótico se assemelha bastante ao niilismo clássico(confesso que eu não tinha tanto conhecimento sobre o movimento gótico), porém eu continuo com minha opinião sobre essas negações as regras sociais serem fúteis, já que é intrínseco ao homem a criação natural dessas regras e a única forma de parar isso é criando outras regras que no final seriam mais imorais ainda.

De toda forma foi uma bela conversa(eu realmente nunca pensei que teria uma conversa assim nesse fórum)

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