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Alabis: O relato


PWolfgang

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Sexta feira não pude entrar então vo postar a parte 5 agora, á tarde ponho a outra parte. Espero que não esteja escrevendo só pra mim......se vc só viu agora vai lendo com calma...sem pressa.

 

Parte 5 - A energia do recomeço

 

            Depois de visitar o jazigo de minha mãe, ouvi mais atentamente e quis saber o que aconteceu para que aquela casa virasse um pequeno forte. Meu pai explicou que alguns aventureiros de todos os cantos de Rune-midgard migraram pra lá, atrás de aventura no deserto desconhecido, além disso, vários pesquisadores e cientistas de Juno e de reinos distantes vieram pra estudar a manifestação. Alguns diziam que aquilo era decorrente da poluição enviada por Einbroch com suas fábricas e fornalhas, outros diziam outras coisas, mas os mais misteriosos diziam que era mais um sinal de um grande mal que se aproximavam, mas falavam pouco e permaneciam pouco também, de modo que apenas meu pai tinha condições de conseguir alguma informação deles. Foram esses cientistas que trouxeram o dinheiro e a estrutura necessária pra transformar minha casa num quartel. Meu pai começou a empregar mercenários de vários tipos, para auxiliar nas trilhar pelo deserto, para acompanhar aventureiros ou carregar os equipamentos dos cientistas. Oferecia todo o tipo de serviço para auxiliar a qualquer um que quisesse desbravar aquelas terras, ele achava que aquilo ajudaria a desvendar o mistério, mas eu sabia que toda aquela atividade o ajudava a esquecer um pouco minha mamãe, ao pensar nisso me encolhi com um resquício de culpa, mechendo a cabeça pra espantar o sentimento. De todas as pesquisas que se fazem naquela casa uma coisa é certa, o deserto parou de se expandir, como se tivesse decidido que estava suficientemente grande. Mas nenhuma outra palavra, ou descoberta era ouvida entre os pesquisadores.

            Realmente aqui que já havia sido minha casa era algo muito maior. Pessoas andando rapidamente, agitadas com papéis caindo das mãos, pilhas de pergaminhos pingando tinta fresca passavam para lá e para cá, eventualmente acidentes aconteciam, com os homens muito nervosos juntando suas coisas, mas raramente acontecia qualquer tipo de briga, mas pra isso meu pai havia contratado experientes cavaleiros aposentados, que mais estavam ali para não deixarem de ver ação e pela amizade de meu pai do que pelo dinheiro em sí.

            Em pouco tempo vi minha utilidade, sempre em lugares cheios como esse aparecem pessoas feridas ou precisando de algum cuidado espiritual, usei todo meu conhecimento e habilidade tanto como curandeiro como para abençoar os viajantes com as bênçãos da igreja. Até ajudei o ferreiro do forte para fabricar aquelas armas, até mesmo porque algumas delas ficavam com os homens do meu pai, como pagamento. Ele me explicou que a bênção e a glória que eu podia conjurar o ajudava a fabricar as armas, dando mais agilidade e precisão, diminuindo o custo por quebra. Seu nome é Henrique Salmodar, mas gostava de ser chamado pela sua identidade como ferreiro: Famigerado, para ele soava forte e chamava a atenção da clientela.

            Vivia dias felizes, me sentindo útil, e vendo o orgulho de meu pai quando me olhava. Mas no fundo sentia que aquele não era meu caminho, era ótimo estar ali, mas sentia que fazia parte de algo maior. E o tempo se encarregou de me responder. Mas cada história tem seu tempo de ser contada.

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Aí está! Agora vou dar uma parada porque comecei a estimular os roleplayers a ler, na fase 2 do meu plano maligno de dominar a terra...hehehe...to brincando, mas tem um objetivo. Quando tiver alguma resposta vou recomeçar a postar o Capítulo 2. E também até agora ninguém comentou nada a respeito e eu to começando a achar que eu escrevo muito mal (ou que ninguém lê fanfic), e tem muita coisa pra alguém começar a ler agora. Então tô dando um tempo pro pessoal ler.

Abraços.

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Essa é a história que escrevi sobre um personagem meu. Esse é o primeiro capítulo mas acho que não passará de dois. Porém, cada capítulo tem várias partes, irei postar cada parte em um dia, nesse mesmo tópico, só hoje que vou colocar duas partes porque demorei pra postar a primeira ontem. Espero que gostem, porque no fim vou mostrar pra vocês o verdadeiro objetivo deu ter escrito essa fic.

Capítulo 1 - O Caminho

 

Este diário é apenas uma lembrança das minhas aventuras. A princípio faço-o apenas para encorajar jovens aventureiros a não desistir nunca, apesar de no fundo ter uma mensagem muito mais poderosa por enquanto serve muito bem para esse propósito.

 

Parte 1 - A Doença da Terra

 

            "Por enquanto meu nome não interessa. Nasci numa província pobre, entre as grandes cidades de Prontera e Morroc. No intercesso do fim da vida e o início da corrupção da terra. Apesar de muitos adorarem as paisagens brilhantes e brancas da areia que circunda Morroc, eu nunca vi nada de atraente naquela terra infrutífera e cheia de perigos. Desde pequeno demonstrava minha aptidão e paixão. Amava a vida, amava a natureza e não hesitava em ajudar viajantes e aventureiros que passassem pelas terras de meu pai demonstrando os caminhos mais rápidos e seguros desde tenra infância. Como já falei não gostava do deserto, e por certo tempo, antes de me iluminar com a bênção dos Deuses, cheguei a odiar aquelas dunas. Meu pai herdou aquela terra de seu pai, que por sua vez herdou do pai de seu pai, que recebeu as terras do rei Tristan III por ter retornado vivo de Nilfhein, um grande presente a um camponês que demonstrou coragem extrema de ter encontrado a morte e zombado dela. As terras entre o deserto e as férteis terras ao redor de prontera já foram maravilhosas, e renderam muito nas gerações antes da minha. Porém estranhamente o deserto vinha crescendo e acompanhando sua expansão, as economias da minha família diminuiam.

            Apesar da demonstração de bravura e força de meu tataravô minha família se concentrou em arar a terra e fazê-la lucrar, chegou a conseguir uma boa quantia em algum tempo, mas a cada ano era mais difícil trazer o fruto à terra. A força dos ombros de meu avô e meu pai mal conseguia trazer sustento á família, e nos vimos obrigados a cobrar dos aventureiros que pediam abrigo nas nossas terras. Não era algo que nos orgulhávamos em fazer, pois éramos herdeiros do Grande Algusto Alabis, o camponês que derrotou o mal e retornou para contar a história. Era o nosso orgulho contar a história repetida nas recentes gerações, e nos sentíamos um pouco heróis ao dar abrigo aos aventureiros sem cobrar nada, demonstrando a riqueza que nosso ancestral nos trouxe. Mas os tempos estavam difíceis, e o deserto nos empurrava para a pobreza e o desespero.

            Com a aproximação do deserto seus perigos também se aproximaram e a cada dia mais e mais homens apareciam se apoiando na cerca de nossa casa, feridos e cansados, cheios de pó depois de enfrentar lobos selvagens e os terrores da areia. Eu sempre me apressava em atendê-los, sentindo sua necessidade como um conforto, uma missão que suplantava a crença de meus pais, de que aquela era uma terra maldita. A via mais do que o acaso. Via que eu estava ali com um propósito e acabei ficando hábil na tarefa de fechar ferimentos, passar unguentos e poções para que os homens pudessem se recompuser e continuar sua viagem. Mas ao mesmo tempo em que havia nessa tarefa prazer, também me preocupava, pois a cada dia o inferno escaldante estava mais próximo e com eles todos seus pesadelos.

           

Parte 2 - A Indicação do Caminho

 

Um dia, quando estava deixando a infância, meu pai me levou á cidade de Prontera, na verdade estávamos a caminho de Izlude, pois todos na minha família (apesar de serem agricultores) tinham o treinamento de batalha, para não enfraquecer o sangue, mas antes ele me levou lá para conhecer mais de perto a cidade dos esplendores. Fiquei maravilhado com as construções, fascinado com as pessoas, o barulho, as barracas de venda espalhadas para todo o canto, homens de armadura reluzente comprando e vendendo, os senhores de batalhas que nós imaginávamos das histórias que os viajantes nos traziam. Aquilo tudo ali na frente dos meus olhos. Porém no meio daquela balbúrdia de vozes e cores e brilhos uma coisa me chamou a atenção. Vi sentado em um canto um homem completamente destruído. Ele retornou de um posto avançado e estava ferido á beira de um caminho, e atrás dele havia vários outros. De repente um homem com um manto muito bem acabado, se aproximou dele, e me pareceu que todos ali estavam esperando por ele. Então vi, que por apenas um movimento de suas mãos o homem, que parecia acabado, em um segundo se levantou rindo e saiu agradecendo. Eu bebi aquela imagem como se fosse água pura, como se eu estivesse sedento por isso há muito tempo, e agora havia encontrado uma fonte límpida. Separei-me do meu pai sem perceber, e me aproximei daquele homem de manto. Ele percebeu minha aproximação e se virou, me espiando com olhos cheios de compaixão, me perguntou se eu estava ferido. Ainda encantado com aquela figura sinalizei que não, ele sorriu e se virou para o próximo que lhe pedia socorro. Novamente com o mesmo gesto aquele homem foi curado. Eu então tomei coragem e dei um passo á frente dizendo: - Como o senhor faz isso? - Ele então em olhou com olhos incrédulos se perguntando como alguém poderia não reconhecer um sacerdote. Mas olhando nos meus olhos viu a sinceridade da minha pergunta. Eu havia crescido longe da cidade, e nenhum sacerdote ou noviço tinha passado nas minhas terras, que eu tivesse percebido. Ele então respondeu que era um sacerdote, que havia aprendido aquela habilidade á muito tempo, quando ainda era um noviço. Fiquei cheio de curiosidade e excitação com aquelas explicações, enquanto me falava curava as pessoas e aquilo me maravilhava mais ainda. Deu uma pausa para descansar e nesse momento meu pai chegou como um furacão me pegando pelo braço, brigando comigo e dizendo que estava muito preocupado me procurando pela cidade inteira. O sacerdote riu e disse que estivera comigo o tempo todo, que ele não deveria se preocupar. Antes que meu pai me levasse para lnge consegui perguntar como eu poderia me tornar um noviço, e ele me disse que deveria ir ao templo ali mesmo na cidade e perguntasse pelo Bispo Tomas Cerbantes, e que foi Bartolomeu que o indicou. Agradeci, e depois disso fiz uma longa viagem de ida á Izlude para convencer meu pai a me levar no templo, e depois a viagem de volta consolando-o de que não teria um valente espadachim cuidando de suas terras, mas sim um habilidoso noviço, e, segundo minha própria ambição, talvez um sacerdote.

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Capítulo V - A grande

traição e a busca da vingança.

 

 

 

            Era noite e

as últimas notícias da invasão dos monstros ainda chegavam ao hotel. Pelo que

parecia, todos já sabiam que alguém ou alguma coisa possibilitou o aparecimento

das criaturas. Mas nem todos sabiam do perigo real que isso era. Estava calmo o

suficiente para baixarmos a guarda, e Uhtred foi o primeiro a cair no sono,

seguido de Pwolfgang. Acordados agora só estávamos eu e Exodus, conversando com

o pesquisador chefe.

 

- Exodus, acho melhor que você vá dar as notícias, procure

os chefes das guardas daqui de morroc e depois vá á prontera, avisar ás

autoridades. Você é o mais indicado porque tem mais chances de sobreviver

sozinho se outro ataque desses vier. Nós iremos escoltar os pesquisadores até o

forte do meu pai e depois nos encontramos em prontera. - Exodus acentiu com a

cabeça confirmando. Ainda estávamos abatidos com os últimos acontecimentos, mas

esse momento não podíamos fraquejar.

 

            O

pesquisador chefe estava sombrio aquela noite, mais do que nas noites

anteriores. Enquanto ele exultava á qualquer indício que a pesquisa levava,

agora que já sabíamos tudo ele parecia plácido e triste. Como se a notícia da

descoberta fosse forte demais, até pra ele.

 

            - Bem

senhores, agora devemos dormir um pouco, já deve se passar da meia noite, e

amanhã bem cedo sairemos, e que os deuses ajudem a todos nós. - Com isso o

pesquisador chefe saiu, se arrastando para seu quarto.

 

            - Vou dar

boa noite pro pessoal lá em baixo, e também vou dormir, boa noite Exodus. -

Disse, e meu amigo acenou, também se levantando e se dirigindo ao seu quarto.

 

            A noite

estava quieta, estranhamente quieta. Depois do dia cheio de novidades, medo,

pavor e pânico, parecia que meus sentidos iam se esvaindo, exaustos. A carga

que carregamos foi muito maior do que se juntássemos todo o equipamento que

usamos até agora. Minhas pernas me levaram até as escadas, e então eu parei. Era

bem tarde, é verdade, mais naquele lugar a noite era simplesmente mais escura

que o dia, já que a vida noturna de morroc era sempre ativa. Ao chegar à escada

não ouvi som algum e irracionalmente temi por aquele silêncio. Parecia que

estava surdo, e apenas o meu coração dava o compasso sincronizado com os

degraus que descia. Duas batidas e um degrau, duas batidas e um degrau. A

madeira gemeu enquanto eu descia, meus batimentos aumentavam de ritmo enquanto

eu tentava dar desculpas pelo silêncio.  -

Talvez todos estejam dormindo, afinal de contas o dia foi cheio e muitos devem

estar cansados, e exaustos. - Eu dizia pra mim mesmo, mas meu espírito não acreditava,

a desculpa até fazia sentido mas meu coração não acreditava, depois daquele dia

estava sempre esperando o pior. Quando desci o último degrau o breu dominava a

entrada do hotel. A iluminação da cidade estava precária devido ás destruições

do dia, e o pouco de luz do luar davam uma impressão de mortalha no local, e eu

sentia algo maligno no ar. Aos poucos meus olhos foram se acostumando com a

escuridão e pude ver uma silhueta em cima da mesa central. Era alguém

debruçado, com a cabeça para baixo, pensei que fosse um bêbado e me aproximei

com o intuito de ajudar. No caminho tropecei em algo e quase caí, ao me virar

vi uma cabeça, que com o impacto rolou solta, mostrando o branco dos olhos

girando como fantasmas, então eu percebi o ambiente, meus sentidos se tornaram

instantaneamente mais apurados e me vi no meio de uma carnificina. O bêbado na

verdade era um dos pesquisadores, provavelmente foi o primeiro, pois nem se

moveu de onde estava sentado, a cabeça estacionou no pé de uma cadeira, me

ajoelhei e vi que era a hoteleira, uma gentil senhora, levou dois cortes

profundos para atravessar o largo pescoço. Não, não foi um monstro que fez

aquilo, pra que dar o segundo corte se o primeiro já era suficiente para matar.

Aquilo foi silencioso, mortal e declaradamente sádico. Surpreendeu a todos,

matou e saiu...ou será que não saiu?

 

            Do andar de

cima ouvi sons, sons de luta e corri. No caminho conjurei aumentar agilidade e

bênção, diferente dos outros lá em baixo u estaria preparado. Num jorro de

vitalidade subi as escadas num pulo algumas portas já estavam abertas,

PWolfgang e o chefe das pesquisas foram outras vítimas e no quarto seguinte

ouvi Uhtred gritando.

 

- Apareça! Me enfrente como homem,

desgraçado! Não terá uma chance sequer seu merdinha! - A voz de Uhtred soava

como um trovão, cheia de ódio. Aproximei-me com cautela e vislumbrei Uhtred empunhando

uma enorme lança, como se fosse brinquedo, brandindo-a para alguma ameaça invisível,

estava sem armadura o que o deixava extremamente vulnerável e seu corpo já

demonstrava vários pequenos cortes, banhando-o de sangue. Ao se virar pra mim,

com a expressão de fúria seus olhos se clarearam me reconhecendo.

 

 - Cuidado Luke, ele pode estar em qualquer

lugar, o bastardo se esconde como se fsse um maldito camaleão.

 

            Os ladinos

tinham essa incrível habilidade de se ocultar, mesmo se não tivessem nenhuma

cobertura eles cavavam um buraco invisível e se ocultavam nele. Meus sentidos

ficaram todos alertas e me aproximei lentamente de Uhtred, para poder curá-lo.

 

            - Cuidado

Luke, é melhor sair daqui, eu seguro ele.

 

            - Não meu

amigo estivemos juntos por todo esse tempo e não vou te abandonar agora. - Ele aceitou

por não ter mais argumentos, e fez uma careta enquanto eu me aproximava.

 

            Subitamente

uma figura se formou atrás de mim, com uma lâmina em prontidão para me empalar.

Desviei centímetros para o lado e isso me salvou de sua adaga, se não tivesse

me preparado certamente teria perecido diante daquele ataque. Virei-me e pude

vislumbrar o rosto distorcido do atacante. Xingou por ter errado e se escondeu

novamente nas sombras. Era um mercenário e me perguntei por que ele estava ali.

Não tínhamos muitas posses, e ao mesmo tempo em que me perguntava uma imagem

brotou em minha cabeça. Recordações das escavações no deserto, e depois entre

as paredes das pirâmides e da esfinge. Me lembrei de um ajudante dos

pesquisadores, quieto, somente respondia ás perguntas de forma rápida e

superficial e atendia ás necessidades. Será que era ele? As feições eram bem

parecidas, mas agora a expressão era totalmente diferente, selvagem, louca,

cheia de ódio. Tentava repuxar a memória daquele rapaz quando novamente ele

apareceu. Tomei uma posição defensiva ao lado de Uhtred, e ele não teve a

chance de me pegar desprevenido.

 

            - Lâminas

destruidoras! - O mercenário gritou em minha direção, e então vi uma dança de lâminas

apavorante, elas cortavam meu corpo em velocidade estonteante, mas ao terminar

seus olhos estavam esbugalhados, perplexos.

 

            - Se

esqueceu de mim não é idiota?! - Uhtred segurava a lança cravada no corpo do

mercenário, ele parecia pasmo pelo simples fato de ter se ferido, escapou da

ponta da lança soltando ar, com os dentes cerrados de dor e sumiu novamente. Desaparecendo

na escuridão.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Tudo bem, eu prometi que ia terminar na parte cinco, mas tem muita coisa pra contar ainda e eu quis deixar o suspense no ar...heheheTé mais!

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Capítulo VI - A resignação

 

            A noite se extendeu lenta e tensamente. A lua tremeluzia pálida em seu estandarte alheia á toda ação que acontecia no hotel. As ruas se mostravam estranhamente vazias, ainda sentindo as dores que o dia havia sofrido. Eu estava de costas para a janela, suando e ainda sangrando. Tive tanta pressa para agir que nem notei que deveria me curar. Meu corpo estava sedado pela adrenalina e a dor era apenas uma névoa em meus pensamentos, atrapalhando a visão, mas não impedindo os movimentos do corpo. Corri para o quarto anterior com Uhtred me acompanhando, atento. Ele havia ferido o mercenário que nos emboscou, mas não sabíamos se ele havia desistido de nos atacar. Era perigoso andar por ali, mas eu tinha que agir, não poderia passar muito tempo, ou a alma dos mortos ficaria muito longe, e nem a gema azul poderia trazê-las de volta. Á minha frente estava Pwolfgang, ainda deitado de costas, o covarde não deu tempo nem para ele poder lutar, teve a garganta cortada de ponta á ponta, sem chance de resposta. Graças aos deuses a cabeça não foi separada do corpo. Aproximei-me e senti que ainda havia esperança para ele. Segurei a gema azul e entoei as palavras decoradas na catedral de prontera, á Odin. O risco se fechou no pescoço e com um gemido o cavaleiro acordou, pulando da cama.

            - O que aconteceu? - Disse Pwolfgang.

            - Não temos muito tempo, explicaremos depois. Equipe-se. - Eu disse quase como um sussurro. Corri para o quarto anterior a este e vi o pesquisador de igual modo assassinado, parece que aqui o assassino estava com pressa pela morte rápida dos dois. Peguei mais uma gema azul e entoei as palavras, ela sumiu no ar...mas nada aconteceu, o corpo continuou na minha frente, inerte, imóvel e pálido. O ódio começou a crescer no meu peito. Senti-me impotente novamente, e renasceu em minha mente o momento que vi o jazigo de minha mãe, junto com o sentimento. A morte do pesquisador era algo pequeno diante do massacre no primeiro andar. Mas parece que aquilo fez a anestesia no meu coração perder efeito. Novamente me senti inundado de ódio, minha mente se tornou um vulcão de imagens e sentimentos, desde o forte de meu pai, até toda a jornada, o assassino esteve do nosso lado o tempo inteiro, e EU não pude perceber. Culpei a mim por tudo aquilo. Ajoelhei-me e as lágrimas começaram a descer pelo rosto cansado. Amaldiçoei o dia que o deserto se moveu, amaldiçoei o encontro com o Faraó, e acima de tudo amaldiçoei o Imperador Morroc, responsável por toda aquela desgraça. E com determinação brotando dentro de mim virei-me para os cavaleiros. Pwolfgang já estava quase totalmente equipado, os dois estavam num silêncio solene pela morte no quarto. De dentes serrados e quase explodindo de ódio disse:

            - Vamos encontrá-lo, vamos encontrá-lo e vamos matá-lo. E vamos matar o maldito Morroc que foi o responsável pela morte da minha mãe. Não posso descansar enquanto existir ar nos pulmões desses malditos. - Me levantei e gritei a plenos pulmões.

            - VOCÊ OUVIU DESGRAÇADO?! SE AINDA ESTIVER AQUI CORRA! CORRA PARA VIVER! NÃO IREI DESCANSAR ATÉ VER O DIA DA SUA MORTE! E DECLARO AOS DEUSES, TODOS ELES! QUE ANTES QUE MINHA CARNE PERCA AS FORÇAS EU VEREI A SUA MORTE! A SUA MORTE E A DO IMPERADOR MORROC, EU JURO!

            Meus amigos se assustaram com o jorro de ódio que demonstrei naquele momento, e que inundou o quarto como uma névoa espessa. Meus olhos baixaram e se pregaram nos dois cavaleiros assustados que me encaravam.

            - Estão comigo? - Pwolfgang abaixou a cabeça e assentiu, afirmando. Uhtred se ajoelhou olhando em meus olhos, com um dos joelhos tocando o chão. E jurou.

            Do nada Exodus apareceu na porta assustado, havia acordado com meus gritos e se assustou mais ainda quando viu o corpo no chão.

            - Ouviu o que eu disse? - perguntei ao meu amigo. Ele assentiu e eu continuei. - Então vamos continuar com nosso plano, temos que avisar ás autoridades, mas eu irei procurar pessoas que queiram se juntar á minha busca. O que quero não vai ser algo fácil, é grandioso e precisarei de toda pessoa que queira se unir.

            Exodus confirmou e se preparou, nenhum tempo poderia ser perdido e ele saiu durante a noite ainda, apesar de exausto. Mandei Pwolfgang e Uhtred vasculhar o hotel, mas não acharam mais indícios do assassino, apenas um leve rastro de sangue que levava á uma das janelas, ao final do corredor. Ele escapou áquela noite, mas ainda estou em busca dele.

            Fiquei em morroc e fiz o sepultamento de todos que morreram no hotel, dando a bênção final áqueles que mais havia passado tempo nos últimos dias. Foi um momento triste, e o pesar daquela noite ainda não havia passado no meu coração. Ao terminar o protocolo me dei conta que vários naquele lugar tinham alguém para sepultar. Ao meu redor percebi milhares de pessoas se unindo com lágrimas nos olhos. Senti a determinação aumentando por dentro. Estava ali para elas, estava sendo compelido á ajudá-las e quando não fosse possível, vingá-las. Meus amigos perceberam o mesmo e se encheram também, com a chama da determinação brotando em seus olhos, se empertigaram mais um pouco percebendo a responsabilidade que tinham, e mais uma fez fizemos o pacto que iríamos proteger e vingar os inocentes, e destruir o mal.

            Dois dias mais tarde ainda havia muito trabalho á fazer na cidade destruída, Morroc. Havia sepultado um número incrível de pessoas. Como fui aprendendo, sempre que existe o caos o mal tenta se estabelecer, e pequenos delitos aconteceram. Alguns casos eu perseguia, mas entendia que outros eram pessoas inocentes tentando sobreviver, o bem e o mal não são coisas separadas, mas ás vezes misturadas nas pessoas, e precisamos ajudar áquelas que tem menos mal do que bem para que elas saibam deixar o mal, e precisamos destruir áquelas deixaram seu lado bom e escolheram fazer o mal deliberadamente, dessas nós não temos misericórdia.

            Quando estava terminando meu trabalho para encontrar Exodus recebi uma carta sua, dizia que deveria ir á prontera, não entrava em detalhes, mas disse que seu irmão Tyrael (aquele que era cavaleiro e nos acompanhou no início de nossa jornada) tinha algo que me ajudaria. Apressei-me e fui á prontera.

            Ao chegar à cidade-capital encontrei-me com Exodus e ele me levou ao seu irmão. Parecia outro homem, mais forte e um pouco mais velho e sério. Ele se adiantou.

            - Soube o que aconteceu com os seus companheiros. Tem meus sentimentos. E soube também do seu juramento, meu irmão me contou que você está caçando o desgraçado que matou seus amigos e tambem irá destruir a maldade que encontrar. É verdade?

            - Sim, é verdade, não descansarei enquanto tiverem pessoas inocentes perecendo por interesses malignos. - Eu disse.

            - Então eu serei seu aliado. Já vi muita desgraça levantada pelo simples prazer de pessoas ou monstros. Eu também não descansarei. - Disse Tyrael, ele estava resoluto e parecia firme no que dizia. Eu então olhei nos olhos dele e disse.

            - Então levantaremos uma Legião! E varreremos o mundo de toda criatura maligna, seja humano ou monstro. Ela se chamará LEGIÃO DE PRATA. Que destrói o mal como o metal divino. Está comigo?

            - Estou! - Respondeu Tyrael num jorro de entusiasmo.

 

E você leitor desses pergaminhos, lhe pergunto: ESTÁ COMIGO?    

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Espero que tenham gostado, e pra quem não entendeu eu e meu amigo (do char Tyrael) temos um clã que em breve iniciará os roleplay, quem gostou da história e gostaria de participar pm ingame para Luke Alabis, ou Uhtred Senhor do Norte, ou Tyrael Silverblade, ou pra mim aqui no fórum msm.

Espero não ter decepcionado ninguém com esse final...rs...em breve começarei a história de Uhtred, fiquem atentos aos tópicos do fórum de funfic.

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Como comentado anteriormente, convido a todos a ler minha nova funfic. Do personagem já conhecido de vocês, o Uhtred. Procurem um tópico com o nome "Uhtred: O cavaleiro do inverno". Que terá algumas novidades no que diz respeito a modelo de escrita. Além dessa ser em terceira pessoa ela também será um pouco mais interativa!

Abraço a todos!

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Antes de ler a fic, eu ví o nuncio da sua guilda lá no começo do forun.

Por isso achei o final da fic muito bacana. Realmente, a Legião de Prata já começou com o pé direito.

Pena eu ser do Odin, ficaria muito feliz em ingressar nessa nobre causa.

Boa Sorte para todos!

E até a próxima!

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Poxa, valeu Vlad, é uma pena msm, mas se vc tiver interesse pode fazer um pers agora q a gnt ajuda nas repetitíveis, daí vc aparece uma vez na semana pra algum roleplay, se divertir, pq esse é o maior objetivo do clã. O principal do clã não é membros poderosos, mas sim a diversão pelo roleplay, nosso único pré-requisito é prelúdio, ou seja, história do seu personagem. O poder a gnt vai ganhando com o tempo.

Abração!

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Capítulo VI - Ás

Cinzas

 

 

 

 

 

 

 

            Foram dias

esperando. Luke não podia acreditar, ele não aceitava que as pessoas não se

importavam com o destino do mundo. Um deus ancestral retorna se

auto-intitulando imperador, e deseja dominar Rune-Midgard e ninguém se

mobiliza. Pior que ninguém se mobilizar, algumas pessoas até se mechem, mas

seria melhor que não o tivesse feito, pois algumas procuravam destruí-lo para

simplesmente coletar tesouros, e outros, e isso o deixava mais atônito,

preferiam se unir ao demônio. Os dias passavam e o coração de Luke Alabis se

tornava cada vez mais sombrio, cada vez menos acreditava nos seres vivos e no

bem. Mas o ódio crescia...lembrava de sua mãe, da morte pré-matura, da dureza

que seu pai havia experimentado e de tudo o que já vira em sua vida.

 

 

 

 

 

 

 

Luke já mal dormia, vivia sentado no canto esquerdo do

segundo banco da catedral de prontera, e então um dia, enquanto se perguntava o

porquê dessas coisas terríveis que aconteciam e que aconteceram, ele adormeceu.

E durante seu sono, Morroc apareceu num pesadelo. Seu corpo nefasto dançava ao

redor de Luke numa paisagem desértica, fantasmagórica. Vários de seus asseclas

acompanhavam seus passos cabriolantes, frenéticos, estonteantes. Luke não

conseguia se mover, estava paralisado apesar do esforço que fazia para se

mover. Não conseguia falar nada, apenas sentia o fio quente das lágrimas

escorrendo pelo seu rosto, como se o ódio tivesse condensado em forma líquida,

transbordado e encontrado escape em seus olhos. Num momento da dança, quanto

Luke já estava exaurido de assistir o show maldito, viu no reflexo dos olhos de

morroc a figura de sua mãe. Morroc ria, e se contorcia na dança com ar zombeteiro,

convidando Luke a tirar daqueles olhos o reflexo de quem ele tanto amava.

 

 

 

 

 

 

 

Neste momento Luke acorda no chão da catedral. O local está

vazio com exceção de um casal que se aprontava para o casamento e não notava a

figura contorcida estirada no chão do outro lado do salão principal, encoberto

pelos bancos. Luke se levanta silencioso, maltrapilho. Seu manto sacerdotal mal

era notado em baixo da poeira e do suor. Ele não havia percebido, mas havia

suado muito durante seu sonho, e também chorado. Seus rosto agora em NADA se

parecia com o Luke de outrora, estava menos sorridente, nada sorridente,

sombrio e arruinado, facilmente confundível com um moribundo mendigo. Ele se

encaminha a passos largos e obstinados á porta da catedral, a cruza, e some

entre as barracas da grande cidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONTINUA!!!!

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Parte IV - O início

das dores

 

 

 

            A terra se

movia de baixo de nossos pés enquanto os titãs de gelo formavam o caos a nossa

frente. Muitos heróis de todo o reino e além apareciam por entre as casas para

enfrentar esse desafio. A glória estava exposta nos rostos, e muitos estavam

ali simplesmente para demonstrar seu poder, outros para enfrentar um bom

desafio, e poucos para defender os cidadãos inocentes, que morriam como se

fossem gafanhotos pegos num incêndio.

 

            De início

minha primeira impulsão foi para ajudar os necessitados. Mas Exodus alertou que

deveríamos nos proteger. Não valeríamos nada se morrêssemos ali, e a informação

que carregamos era importante demais para ser desperdiçada. Fizemos uma rota

para alcançarmos o hotel onde havíamos nos hospedado. Cada centrímetro deveria

ser batalhado para alcançarmos nosso objetivo, mas nosso grupo já estava bem

treinado, com a experiência ganhada entre as paredes das pirâmides e da

esfinge.

 

            O que mais

dificultava nossa passagem era o povo, o pânico havia se instaurado na cidade e

todos corriam sem destino, procurando fugir de uma ameaça que eles nem conseguiam

ver no meio do tumulto. Com muito cuidado avançamos, tentando não machucar o

povo que nos pressionava, mas acidentes eram inevitáveis. Um homem tropeçou e

caiu em baixo do peco peco de Uhtred, não percebemos quando o animal pisoteou o

homem, mas ouvimos seus gritos de terror, o ajudei a se levantar e administrei

a graça de Odin, curando suas feridas, rapidamente. Não paramos e nem pude

ouvir os agradecimentos do homem. Precisávamos ser rápidos se queríamos chegar

ao hotel.

 

            Já havíamos

passado da metade do caminho quando a laje de uma casa próxima de nós ruiu. Uma

pequena menina gritava de dentro, não coseguia abrir a porta, pois os escombros

a bloquearam. Já íamos passando sem perceber quando percebi o motivo do

desmoronamento. Um dos titãs apareceu por cima do teto da casa, trazendo terror

áquela família. Então meus sentidos se aguçaram e pude ouvir os gritos de

todos. Parei imediatamente. Aquela família seria trucidada em instantes se

alguem não intervisse, olhei em volta e apenas nós estávamos à distância

suficiente para poder ajudar a tempo. A essa altura meus colegas já perceberam

que eu estava parado. E Uhtred foi o primeiro a perceber o perigo. Cheio de

segurança ele pulou com sua montaria e arremessou a lança que carregava, a

lança tocou o monstro sem fazer muito estrago, mas foi o suficiente para chama

sua atenção e então o monstro recuou na direção do nosso cavaleiro. Uhtred

gritou alguma provocação e esperou o monstro se aproximar, vagarosamente.

 

            -

Pwolfgang! Ajude Uhtred. - gritei ao nosso cavaleiro ágil, enquanto invocava os

poderes divinos - Exodus salve a família enquanto eles distraem o titã. -

Exodus instigou sua montaria em plena velocidade, saltando por entre os

escombros que seguiam o rastro do titã. Uhtred recebia uma dolorosa pancada,

integralmente na armadura, muito morreriam com apenas aquela pancada, mas o

cavaleiro se mantinha inteiro e sorrindo diante do desafio, Pwolfgang atacava

repetidamente nas laterais do monstro, tendo pouco resultado. Apressei-me para

curá-los, apesar da resistência que eles demonstravam, não durariam muito sem

auxílio. Lentamente e apavorado um dos pesquisadores se aproximou, tremendo:

 

            - Luke, não

podemos nos deter por muito tempo, é muito perig... - Antes que pudesse

terminar meu olhar o fulminava e o interrompi com um jorro de raiva e aversão:

 

            - Não vamos

nos recusar a salvar vidas aqui! Nada vale esse preço e eu NUNCA IREI PERMITIR

ISSO! - Só meu olhar já foi suficiente para lhe calar, mas agora sentia minha

cabeça quente de raiva e meu pescoço latejava com as veias se projetando.

Liberei um olhar ainda incrédulo e fiz cara de nojo, não acreditando na

covardia daquele homem. Quando me virei percebi que Exodus estava carregando a

última pessoa para um local seguro, e mais heróis saíram á nossa ajuda,

percebendo a situação ao redor. Um mago se adiantou e conjurou uma magia,

trovão de júpiter, o que acabou com o titã a nossa frente. Assenti para ele agradecendo,

e ele retornou meu cumprimento se apressando para outra área onde aparecera

mais um titã.

 

            Continuamos

nosso trajeto e chegamos ao hotel sem muitos problemas. Fizemos guarda e

ajudamos a todos por perto, mas parecia que á medida que os monstros paravam de

aparecer, a ordem ia sendo restaurada. Pouco depois ouvimos dizer que a guilda

dos mercenários havia sido destruída, o que causou espanto de todos. A guilda

era tão sólida quanto qualquer outra coisa, e a notícia de sua destruição

bastou para que muitos perdessem a esperança de que alguma coisa restaria no

final. Para mim sempre haveria esperança, mas com certeza no final, tudo o que

conhecíamos estaria mudado para sempre.

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Terceiro dia, terceira parte. Qualquer pergunta sobre a história que vocês quiserem fazer por favor façam! Assim como qualquer crítica.

 

Parte 3 - Os primeiros desafios

 

            Meus primeiros anos como Noviço não foi fácil, tive que me ausentar por muitos dias, era requisitado por vários grupos de aventureiros que sabiam da importância de uma pessoa pra tratar das feridas e fortalecer ante os desafios. Foram anos maravilhosos que me senti útil e vivo como jamais havia me sentido. No início acompanhava grupos para limpar uma infestação nos esgotos de prontera, mas depois de um tempo ouvi dizer que umas cavernas ao norte de Payon, na vila dos arqueiros, necessitavam do poder divino que estava aprendendo. Gastei meses e meses naquelas cavernas o que me endureceu e me preparou para um desafio maior. Um dia, quando mal havia saído das cavernas para descansar um grupo me abordou, sabendo da minha prestesa de acabar com o mal e defender as pessoas. Eles me convidaram para uma expedição a uma cidade antiga, que um dia já havia sido a capital do reino, mas que hoje jazia na desgraça, cercada de mortos vivos e demônios. Sem hesitar aceitei o desafio, mas antes que fosse era necessário realizar um sonho. A essa altura já tinha experiência e poder necessário para virar sacerdote, de modo que antes de qualquer outra coisa fui á Catedral de Prontera aprender. Pouco tempo depois com o sonho realizado o novo sacerdote se encontrou com o grupo e correu para as ruínas de Glastheim. Com esse novo grupo novas amizades cresceram, conheci alguém por quem tenho o amor de um irmão, apesar dele mesmo ter muitos de sangue, nós nos aproximamos como almas gêmeas, seu nome é Exodus Silverblade, como eu ele é um destruidor da mácula deste mundo, mas ao contrário de mim ele usa a espada ao invés do puro poder divino, ele é um templário, e nossa aliança era poderosa, juntos pudemos ver nos olhos das criaturas malditas o terror da morte.

            Passei em Glastheim muito tempo, tempo demais. Quando dei por mim já estava há anos sem visitar meus pais, e meu coração doeu de saudade e tristeza quando me lembrei da necessidade que meus pais passavam antes da minha saída. Claro que quanto estive fora enviava quantias das minhas economias, uma parte do espólio das minhas aventuras era enviada a eles, outra parte ficava com a igreja, e um pouco eu usava para me sustentar. Mas eu havia me ocupado tanto combatendo o mal de fora, que me esqueci de visitar os que mais amava. Parei acampanha em Glastheim, pois sabia que aquilo não teria fim. E fui de volta aos arredores de prontera, onde quando criança corria e me alegrava.

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Muito obrigado a todos que escreveram palavras de incentivo! É muito bom saber que estou agradando!A pedidos estarei postando o capítulo 2, por toda semana colocarei uma parte por dia, no total de 5, e depois vou começar a contar a história de outro personagem. Procurem outro tópico com o capítulo 2, pois já que esse tem no nome capítulo 1, não ficaria bom postar o 2 no mesmo tópico.Um abraço a todos e mais uma vez MUITO OBRIGADO!! 

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 Desculpem, ontem não pude postar...hoje só postarei uma pq as proximas são um pouco grandes...pra compensar essa primeira parte pequenina...rs

 

 

 

Parte II - Sangue e

papel

 

 

 

            Exodus

levantou seu escudo, aparando um forte golpe que esmagaria sua cabeça, Sua

habilidade o havia salvado desse destino inúmeras vezes aquele dia. A múmia

bufava enquanto recebia sua espada do pescoço até a virilha, caindo inerte no

chão. Eu esconjurava qualquer coisa que fedia a podridão, e o suor despencava

de minha testa, colando meu cabelo ao crânio. Nós fazíamos um perímetro de

segurança para que os pesquisadores estudassem alguns escritos antigos numa

parede, eu, meu amigo e mais dois cavaleiros garantíamos isso sem muito

esforço, mas estávamos muito dentro da pirâmide e temíamos o que poderia

aparecer.

 

 

 

- Rápido homens, não temos o dia inteiro! - Disse Uhtred, um

cavaleiro que veio do norte gelado, forte e resistente como um touro. Seu

comentário fez um dos pesquisadores se levantar ajeitando o macacão, irritado.

 

- Esse não é um trabalho fácil, os hierogrifos são frágeis e

esse trabalho deve ser feito meticulosamente.

 

- Quero saber a fragilidade dele quando uma múmia anciã

cutucar seu ombro!

 

- Fique quieto e faça seu trabalho, foi muito bem pago e

sabia dos riscos que ia correr. Não me encha! - Depois de proferir as últimas

palavras curvou-se novamente sobre os pergaminhos e papiros inúmeros, onde

anotavam as traduções. Uhtred ria, ele fazia os comentários por puro prazer de

perturbar os pesquisadores, que sempre caiam nessa armadilha. Já haviam passado

horas dentro da estrutura ancestral e ele era o único que não mostrava nenhum

ponto de cansaço.

 

 

 

- Achei! Sabia que aqui encontraríamos alguma coisa! Vamos

rapazes, recolham o material, façam uma transcrição do resto, pois o principal

já pegamos. - assim que o pesquisador principal ordenou, d forma disciplinada

todo o material espalhado foi rapidamente para dentro de sacos e bolsas, e em segundos

estavam todos prontos para sair. - Agora só faltam mais algumas peças no quebra

cabeça, acredito que em um mês ou dois já podemos vislumbrar o que estamos

enfrentando. Espero que tenhamos todo esse tempo!

 

 

 

            Dessa vez

não tivemos de acampar na areia, acordando com a boca cheia dela. Estávamos

pertos o suficiente da cidade de Morroc, e lá teríamos uma boa estalagem,

comida fresca e uma cama quente e macia. Forçar a marcha foi fácil até chegar à

cidade.

 

 

 

- Precisamos de mais algumas informações, e acredito que

estejam na esfinge. Passaremos a noite na cidade e ao amanhecer vamos pra lá. -

O pesquisador dizia isso segurando uma grande caneca de chá quente. Eu bebia

vinho, depois de vários dias com água racionada para beber aquilo era como um

passeio nas planícies de Asgard, a terra dos deuses. Exodus me acompanhava

virando a caneca em altos goles. Os outros dois cavaleiros não estavam conosco,

preferiram gastar o pouco dinheiro que tinham na taverna, o onde poderiam se

divertir com confusões.

 

 

 

- Uhtred não se cansa, eu estou á beira de desmoronar e ele

ainda têm energia para entrar numa briga! - Disse o pesquisador, vivia falando

mal do cavaleiro, mas não conseguia parar de falar dele. No fundo ele também

gostava do orgulho do rapaz.

 

 

 

            Naquela

norte dormimos um sono tranquilo, sem preocupação de alguma cobra entrando nos

nossos cobertores, ou qualquer outro perigo do deserto.

 

 

 

            O morto-vivo

gigante caminhava a passos lentos, havia nos farejado por corredores tortuosos,

como um labirinto. Lá éramos nós a caça, mas enquanto se aproximava nosso

cavaleiro, Uhtred, gritava ameaças. Encolhi-me quando vi o monstro, o Anubis

era um dos maiores perigos daquela área, só era suplantado pelo próprio faraó, que

tivemos a sorte de não encontrar. A primeira pancada passou resvalando, tirando

fino do elmo do outro cavaleiro, diferente do Uhtred esse era muito mais ágil,

usava espada, mas era bem menos resistente, de modo que se aquele ataque o

acertasse ele seria reduzido á uma massa de carne e sangue no chão. A cabeça da

criatura ficava acima da luz das tochas, de modo que só podíamos ver o brilho

vermelho de seus olhos. Eu me ocupava curando os pesquisadores, eles mesmo

estavam enfrentando um pequeno grupo de pasanas, e nossa força estava dividida em dois. Encantei o

máximo que podia os cavaleiros e exodus, mas me focava nos pesquisadores,

acreditando na habilidade dos espadachins para se defender. Exodus se esforçava

com os outros dois cavaleiros quando chamei Uhtred para ajudar os

pesquisadores, deixando-o com apenas um cavaleiro. Quando o jovem e feroz

Uhtred pulou na frente dos pasanas pude tirar um pouco da atenção aos

pesquisadores, fechei meus olhos e fiz uma leve prece á Odin, ao os abrir senti

o poder divino subindo e martelando no meu pescoço, ávido por ser liberado.

Passaram alguns rápidos segundos e eu gritei: - Monstro das profundezas eu te

ESCONJURO. - A última palavra saiu letra por letra, ao terminar senti meu

pulmão se esvaziar depois á minha frente um punhado de pano deslizava no ar,

onde havia um gigante passou a ter apenas pó e tecido podre, Exodus se prostou

em cima de um dos joelhos e soltou um suspiro: - Esse não incomoda mais. -

Disse, aliviado.

 

- Vamos rápido, temos pouco tempo antes que outro venha. -

Os pesquisadores estavam nervosos, não eram acostumados a enfrentar criaturas,

e dessa vez viram quão perigoso era aquele labirinto. Depois daquele

acontecimento ordenei que Uhtred ficasse na retaguarda para evitar sermos

cobertos pelos dois lados sem uma proteção. Ele assentiu e tomou sua posição,

satisfeito por estar mais perto dos pesquisadores, e poder importuná-los sem o

olhar de reprovação de Exodus.

 

            Achamos o

local pretendido depois de algumas horas. A preocupação dos problemas para

sairmos podia ser lida nos rostos dos cavaleiros. Mas pra mim e Exodus a

preocupação era outra. Sabíamos que naqueles corredores um rei antigo

perambulava, uma criatura temível que poderia nos consumir todos com apenas um

movimento, e o suor na nossa testa pingava com o pensamento.

 

 

 

 

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Bem... Esqueci desta seçãozinha por um tempinho...

Estive bastante ocupado, e quando tinha tempo fiquei lendo

outras coisas do tipo Fate/Zero, Planetarian, Saya no Uta, Phantom of Inferno.

( A 1a é onze. A 2a me fez chorar. A 4a quase me fez jogar o notebook pela janela. E a 3a foi pesada demais pra mim.

Não recomendo a 3a nem para quem tem estômago forte. Quem se envolve muito se sente mal. Sério.

E o pior. A história é ótima. Não consigo achar um só pontinho fraco. Raiva desse autor... )

Acabei meio saindo do assunto. Desculpem-me.

Enfim, terminei a parte 1 há pouco, e por enquanto estou gostando.

Um pouco confuso, mas é problema de meu português, nem ligue.

Continuo o resto uma outra hora. Quando terminar coloco meus comentários. =]

 

A pedidos estarei postando o capítulo 2, por toda semana colocarei uma parte por dia, no total de 5, e depois vou começar a contar a história de outro personagem. Procurem outro tópico com o capítulo 2, pois já que esse tem no nome capítulo 1, não ficaria bom postar o 2 no mesmo tópico.

Não dá para mudar o nome do próprio tópico não?

Se não der crie um novo e copie o capítulo 1 ali. E peça que deletem esta.

Creio que um tópico por capítulo vai ficar muito bagunçado. Surgiu tantas fics novas estes dias...

Melhor deixar já "unificado", mesmo que fale de pessoas diferentes, já que vai narrar da mesma trama, creio.

 

Rakesh.

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Pra mim essa é a parte mais emocionante do primeiro capítulo...espero que alguém esteja lendo...[/gt]

 

 

Parte 4 - Maior perda, o gênese.

 

 

            Era tanto tempo que mal conseguia reconhecer o caminho. - Como havia mudado tanto aquele lugar? - Eu me perguntava. Na compania de meu irmão em missão Exodus andei com passos lentos o caminho que fazia quando criança. E a cada passo meu peito pesava mais. A cicatriz que o deserto fazia nas terras hoje já era um tumor. E eu me espantei quando vi o fim da floresta e ainda não tinha chegado a casa! - Pelos Deuses! -exclamei- e não falei mais nada, apenas apressei o passo o mais rápido que pude, lançando mão de toda a força divina que poderia me auxiliar para apressar meus pés. Na minha cabeça cenas imaginárias dos temíveis lobos do deserto dilacerando minha família me castigavam, pra mim hoje eles já não apresentavam tanto perigo, mas meu pai e seus empregados não teriam sequer uma chance. Como eu não sabia de nada? Se tivesse a notícia que o deserto já havia avançado tão longe voltaria correndo para defender minhas terras, as terras de meu pai, que nos pertenciam havia gerações. Mal pude conter as lágrimas que desciam do meu rosto, meu amigo estigou seu grande peco para me acompanhar, eu corria como o vento, com a cabeça longe, nas minhas preocupações. Ele sentiu e entendeu meu sentimento, e me acompanhou mais preocupado com o perigo de alguma criatura do que eu. Éramos fortes para os lobos, mas ele sabia que por ali outras criaturas poderiam ter se estabelecido, e mesmo os lobos em grande quantidade poderiam nos machucar se estivéssemos despercebidos.

            Na minha mente apenas chegar em casa era o importante, minha mente redemoinhava com pensamentos e arrependimento, sentia dor em algum lugar que não podia explicar. Rapidamente um muro cresceu em minha frente. Meu lar estava diferente de quanto eu havia saído. Antes era uma casa estilo colonial, com fumaça do forno saindo da chaminé. Hoje parecia uma pequena fortaleza, com uma vala cheia de espinhos ao redor, uma grande paliçada que não deixava nenhum vislumbre do que já fora. Parei á porta e gritei após certo tempo um senhor de cabelo grisalho de expressão carramcuda e uma grande cicatriz na bochecha direita me atendeu. Depois de algum tempo o reconheci...era meu pai.

            As lágrimas já começavam a brotar em meus olhos enquanto aquele homem endurecido avaliava a figura que se apresentava com o rosto vermelho de emoção e um manto de sacerdote á sua frente. Poucos segundos se passaram, mas pra mim era como uma eternidade, pouco a pouco seu rosto foi se retorcendo, se iluminando enquanto a forma se encaixava com sua memória. No final estávamos os dois chorando um encarando o outro, registrando as mudanças que cada um havia sofrido, e eram muitas. Meu pai sempre foi jovial, mas agora seu cabelo grisalho deu lugar a uma vasta cabeleira branca, tão branca quanto a neve, sua pele estava mais morena do que me recordava, e seu rosto estava marcado por muito mais do que cicatrizes, como também por dureza, que esses anos no deserto haviam trazido a ele. De repente fomos trazidos de novo á realidade por um aranhão de garganta que meu amigo, Exodus, que estava plantado ao meu lado esperando que a porta fosse aberta. Como se tivesse saindo de um transe meu pai percebeu que deveria abrir a porta, apenas uma pequena escotilha havia sido aberta e estávamos nos entreolhando por ela.

            Mais que rapidamente a grande porta foi aberta, revelando um homem magro e alto, com a gordura seca pelo calor do deserto e músculos firmes nascidos em seu lugar, meu pai usava uma armadura simples, mas resistente de espadachim, posteriormente ele me diria que já tinha força suficiente para se tornar cavaleiro, apesar da idade, mas não queria se ausentar da casa. A casa por sua vez se mostrava muito mais modificada do que meu pai. Nada, nenhum traço da doce casa onde havia crescido existia ali. Agora um prédio de três andares se mostrava, com vários quartos para abrigar viajantes e aventureiros. Surpreendi-me quando vi um ferreiro martelando repetidamente o ferro para transformar em aço, numa pequena forja improvisada no porão. O que mais me atraiu a atenção era o metal dourado reluzente que ele usava como sustendo á suas mateladas. Havia gente andando pra cima e pra baixo por todos os lados que eu olhasse, muito diferente do lado de fora completamente vazio e sem vida, ali dentro parecia um organismo único.

            Depois de andar através de alguns corredores e portas chegamos a uma sala bonita, que de leve se lembrava a minha antiga casa. Lá ele assentiu para que nos sentássemos em um sofá confortável e aconchegante. Enquanto fazia isso, ele se virou para puxar uma chaleira aquecida em um fogão a lenha ao lado de uma mesa. Despejou o conteúdo da chaleira em duas delicadas chícaras pondo na nossa frente, em cima de uma pequena mesa de centro. Pegamos e constatamos ser um chá de frutas silvestres, um pouco forte, mas o tempero quente se misturou facilmente ao humor ao redor de nós.

            Meu pai estava exultante, começou a falar se atropelando ás vezes. Falava com empolgação dizendo as coisas que aconteciam naquele lugar. Disse que o deserto chegou sem medida, avançando e tirando a esperança de meu pai e as pessoas que moravam com a gente. Foram alguns meses malditos, onde a fome levou alguns e deixou o resto desesperado. O perigo rondava a todo o momento e o número de feridos que chegavam aumentava, aumentando mais ainda o desespero das pessoas, e principalmente meu pai, que não sabia como alimentar e abrigar a todos que se amontoavam em sua porta, mesmo cobrando pelo serviço. Havia moedas, mas não havia comida, e poucos passavam por ali trazendo alguma que quisessem vender. Ele não podia sair da casa pra comprar e poucas caravanas passavam por ali, e menos ainda estariam dispostas a fazer a rota para fornecimento de alimento, as que faziam cobravam muito caro, e o dinheiro que poderia ser gasto com comida era gasto com a escolta da comida. A cada dia o desespero aumentava e nesse momento ele parou a narrativa, emocionado. Exodus percebeu o momento e se ausentou, sentindo que havia alguma coisa ali que não lhe competia. Aí então como adivinhando eu perguntei. - E minha mãe, pai? Como ela está? - Nesse momento meu pai cedeu, seu rosto demonstrou uma tristeza imensa e as lágrimas começaram a correr em seu rosto. Em resposta eu comecei a chorar também, entre soluçou ele começou a dizer:

            - O tempo que nós passamos aqui foi terrível, meu filho, depois que o deserto chegou nós tínhamos pouca esperança que iríamos sobreviver. Nós não tínhamos dinheiro e logo a comida ficou escassa, sem a horta muitos de nós começaram a ficar doentes, e sua mãe foi uma das primeiras a nos deixar.

            Nesse momento eu baixei minha cabeça e parecia que morreria naquele instante, soterrado pela culpa de ter saído por tanto tempo. As lágrimas rolavam pelo meu rosto como uma linha, a tristeza que me preenchia me fazia soluçar.

            Meu pai percebeu meu sofrimento e se apressou em levantar meu rosto para que pudesse encará-lo. Sorrindo para tentar me confortar e em seguida disse:

            - Não meu filho. Não se sinta culpado pela morte de sua mãe, você estava fazendo o certo, e ninguém poderia imaginar toda essa desgraça, eu mesmo se soubesse o que aconteceria já teria saído daqui á muito tempo, mas o progresso do deserto foi muito mais rápido que em qualquer outro momento e pegou a todos de surpresa. Quando vimos já estávamos cercados pela areia.

            - Mas pai, eu deveria de estar aqui! Ajudando a defender minha família, ajudando á defender aqueles a quem eu mais amo! Eu não posso suportar a idéia de que minha mãe morreu enquanto com apenas um movimento das minhas mãos eu poderia ter salvado a vida dela, assim como salvei tantos pelas ruas!

            Eu relutei em aceitar o consolo que me era oferecido, ainda martelando a culpa em minha cabeça. Não podia sustentar o olhar do meu pai, e achava que nunca mais conseguiria. Ele então se levantou num jorro de energia súbita me forçando a se levantar, fraco. Meu pai segurou meus ombros com força e me sacudiu falando palavra por palavra.

            -Nunca se culpe por ter feito o bem a outra pessoa, o destino aos deuses pertencem rapaz. Sua mãe teve uma morte serene, pois o único consolo que ela tinha era que seu filho era um homem bom, e que não importasse onde ele estava naquele momento, ela tinha a certeza de que ele estava fazendo a coisa certa!

            Com o fim daquelas palavras meu coração se aquietou, eu levantei meus olhos até encontrar os do meu pai. - Me leve até o túmulo dela pai, por favor. - Finalmente disse. Ele me guiou pelo ombro e através dos corredores, até um momento estávamos do lado de fora, na parte de trás, e um pequeno jazigo continha as inscrições: "Amanda Alabis, mulher amada, mãe zelosa.". Desabei junto ás inscrições, com minha mãe pousando na pedra, quente ao toque, e chorei amargamente por longo tempo. Depois de muito tempo achava que não tinha mais forças e as lágrimas secaram, não fazia idéia de quanto tempo que havia parado ali de baixo do sol, olhando aquelas palavras. Mas me pareceu que estava ali á séculos. Esforcei-me para levantar, mas dentro de mim havia um sentimento de levesa que não posso nem descrever. Meu peito se enchia de ar como se fosse a primeira vez que fazia aquilo, e o sol que já ia se pondo pintou o céu de uma cor vermelho-laranja vivo, e eu senti que aquilo era um sinal, como se fosse minha mãe me dando as boas vindas. Enchi os pulmões novamente soltando o ar lentamente, ao me virar vi meu pai ali, parado ao lado da porta, como se não tivesse se movido nem um centímetro desde que havia me levado ali. Um sorriso brotou em meu rosto, e ele me devolveu com a alegria se derramando no gesto.

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A pedidos estarei postando o capítulo 2, por toda semana colocarei uma parte por dia, no total de 5, e depois vou começar a contar a história de outro personagem. Procurem outro tópico com o capítulo 2, pois já que esse tem no nome capítulo 1, não ficaria bom postar o 2 no mesmo tópico.

Não dá para mudar o nome do próprio tópico não?

Se não der crie um novo e copie o capítulo 1 ali. E peça que deletem esta.

Creio que um tópico por capítulo vai ficar muito bagunçado. Surgiu tantas fics novas estes dias...

Melhor deixar já "unificado", mesmo que fale de pessoas diferentes, já que vai narrar da mesma trama, creio.

 

Rakesh.

Boa idéia, mudarei o nome do tópico e vou continuar aqui mesmo. A seguir a primeira parte do segundo capítulo, espero que continuem gostando!

Agente G.

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Capítulo 2 - O despertar

 

Parte I - O avanço das pesquisas

 

            A rotina do forte era intensa, sempre havia algo para se fazer. Meu pai se ocupava com os hóspedes, e sempre que eu podia escapava para alguma aventura acompanhando os pesquisadores ou um grupo de aventureiros que necessitasse de apoio divino. Os dias se passavam e cresceu certa amizade entre eu e um grupo de sérios pesquisadores, vendo minha presteza e utilidade eles nunca recusavam a possibilidade de me ter em seu grupo. Conversávamos por longo tempo nas campanhas cada vez mais para dentro do deserto. Estudando cada palmo de areia procurando por indícios que nem eu entendia. Diferentemente da maioria eles não atribuíam o avanço do deserto á algum evento natural. Para eles aquilo escondia algo mais tenebroso, e quando isso ficou claro atraiu outro tipo de aventureiro praquelas terras, homens santos e seguidores dos deuses apareciam a cada dia. Até meu amigo Exodus nos acompava algumas vezes, na esperança de combater a algum mal ancestral que estivesse por trás daquilo tudo. Ultimamente ele estivera ocupado acompanhando seu irmão, Tyrael, recém promovido a cavaleiro em prontera e extremamente animado com o clima no forte. O rapaz era cheio de energia, uma figura espalhafatosa que animava as pessoas ao seu redor, ele havia atraído até a simpatia de meu pai. E de vez em quando tinha autorização do irmão para nos acompanhar. Quando isso acontecia, ele se revestia de uma seriedade que não combinava com seu temperamento, tentando não decepcionar o irmão mais velho, mas a seriedade não o acompanhava por muito tempo e logo estava conversando e alegrando a todos com suas histórias de bravura e vitória, sempre contando vantagem, mas todos sabiam que ele era, em parte, tudo aquilo que contava de sí mesmo.

            A cada dia sentíamos que estávamos mais perto de alguma resposta. Uma sensação nova se apresentava nos animais, mais acuados que o normal, meu pai sempre dizia que o mal era sentido primeiro pelos animais, que tem sentidos mais fortes que os nossos. Ele podia prever uma tempestade apenas observando o vôo de algum pássaro. E pelo que podíamos ver algum tormento estava próximo. No horizonte começaram a apontar as primeiras pirâmides, e parecia que veríamos mais ação do que matar cachorros na areia.

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É Vlad, parece que é só você que tá acompanhando minha fic mesmo. Obrigado pela atenção e em breve estarei postando o Grand Finalle! Se mais alguém estiver acompanhando, por favor, comente, faça uma crítica ou uma pergunta. Isso traz muito incentivo pro autor! Estou pensando em escrever a história do Uhtred também, e a crítica de vocês pode me encorajar a gastar meu precioso tempo ocioso no trabalho para isso! hehehe...

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