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Andarilho

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Tudo que Andarilho postou

  1. - Autor: Andarilho - Título da obra: Uhtred - O Cavaleiro do Inverno - Gênero (ação e aventura, comédia, romance, ficção científica, drama): Ação/drama - Personagens Principais: Uhtred, Pwolfgang, entre outros. - Sinopse: História de um garoto pobre das favelas de Lighthalzen que abre na força, na coragem e no aço o caminho para fora da miséria. - Link: http://sites.levelupgames.com.br/FORUM/RAGNAROK/forums/t/356330.aspx - Status (ativa/em andamento, oneshot/episódio único, parada/abandonada, encerrada/finalizada): Reiniciada... Faz mais de um ano que eu parei com essa fic, por pouco ibope e falta de tempo, parei de jogar rag e agora to retomando ela.
  2. Parte 4 – O Reencontro Guiado pelo pequeno rapaz Sr Rogshminov e o policial chegaram rapidamente à casa esperada. Uhtred não estava tão animado no caminho, apesar da conversa com seu melhor amigo PWolfgang. Na verdade, além da provocação de todos os garotos da favela por quem ele passava (que podiam jurar que Uhtred se encontrava em uma bela enrascada), em sua cabeça ainda pensava que levaria uma bronca, ficaria de castigo ou até levaria uma surra de sua mãe, depois que eles soubessem do que ele havia feito na cidade. Ao se aproximar da porta, Uhtred foi pego de surpresa com sua mãe já o encarando, com a cara de poucos amigos, tentando imaginar que tipo de besteira seu filho havia feito para atrair um sujeito tão engomado com um policial até aquela parte da favela de Lighthalzen. - Deve ter arrumado confusão com algum filho de ricaço na cidade...ai meu Deus! Será que a gente vai ter que pagar algum estrago que ele tenha feito?...Ah mas uma coisa eu tenho certeza...Uhtredzinho vai pagar!!! – Remoia a mãe de Uhtred da sacada da janela da sala de estar de seu pequeno barraco. - A senhora deve ser a Sra mãe do pequeno Uhtred não é? – Disse o engomado Sr Rogshminov ajeitando a postura e pintando uma expressão leve e educada, por cima do nojo em seu rosto. - Sim...e o Sr, o que deseja? Porque se for pra pagar algum dano que t...-Ia dizendo a mãe de Uhtred, quando Sr Rogshminov interrompeu-a. - Não senhora, de forma alguma, a senhora deve ter interpretado mal a minha visita, venho em nome do meu chefe, que prefere permanecer no anonimato, procurar a família deste jovem e virtuoso rapaz, que salvou a vida de uma pequena dama, filha de meu patrão. – disse Rogshminov se curvando educadamente para se apresentar – me chamo Sr Rodvald Rogshminov, E a Sra? - Berta – Balbuciou, ainda aturdida com a notícia que seu filho salvou a vida de alguém, e que aquilo não era encrenca. - Encantado, posso conhecer o pai do rapaz, ou ele não está presente? – Continuou Rogshminov educadamente e em tom de pressa (ele queria terminar logo aquilo e poder descansar do lado de uma lareira limpa, depois de um belo banho). - Ah...sim...claro...Uhtred temos visita! – gritou Dona Berta, sinalizando para que os “convidados” entrassem. Ao entrar no barraco Sr Rogshminov deparou-se com um homem em estado deplorável. Magro, com a barba a fazer e moribundo, Sr Uhtred tentava reunir em um esforço homérico o resto de dignidade que ainda lhe sobrava para receber a ilustre visita. Sua mulher entrou logo em seguida: - Uhtred, esse senhor veio aqui conversar sobre uma confusão que nosso filho se meteu na cidade, parece que ele salvou uma menina, que é filha do chefe dele. - Eu sei Berta, eu ouvi daqui de dentro. Quem diria, Sr Rogshminov, não imaginava reencontrá-lo nessas condições. Ao ouvir seu nome, e aquela voz, seus olhos se arregalaram lentamente, na mesma velocidade que as memórias eram trazidas á tona, não podia reconhecer o grande Uhtred naquelas condições e a postura rígida que tentava manter naquele lugar deplorável não pôde ser mais sustentada.
  3. Já li o livro sim...rs...por sinal esse nome vem de um personagem de outro romance do Cornwell. Se mais uma pessoa comentar nessa fic eu posto a continuação! Já tá pronta!AHA!!
  4. Esse post é só pra fic voltar a primeira página, vou dar um tempo pra quem tiver interesse em lê-la enquanto não posto a próxima parte.Semana q vem eu posto a nova parte. Abraço e espero que alguém leia e goste...rs
  5. Parte 3 - A Recompensa Rogshminov chingou quando pisou em mais uma poça fedida. Não gostava de estar ali, mas a ordem de seu patrão era de que encontrasse o menino. Não demorou a descobrir seu nome, o garoto era conhecido nas ruelas da favela de lighthalzen, ainda mais depois dos últimos acontecimentos. O homem dobrou mais uma esquina, com o rosto se contorcendo em nojo, para ele todas as ruas eram iguais, igualmente sujas e igualmente fedidas. Seu único alívio era o que um homem da polícia concordou em acompanhá-lo, principalmente depois que ficou sabendo que iria procurar o menino que enfrentou o gângster, o garoto que salvou a filha do chefe de Rogshminov. - Uhtred! Uhtred! - Gritava o moleque a plenos pulmões enquanto vinha correndo em direção do casebre. - Ele já vai! - Gritou a mãe de Uhtred, já sabia de qual Uhtred se tratava, a voz do melhor amigo de seu filho já era conhecida. - Tô indo lá mãe, volto a tempo de levar mais uma encomenda. - o menino disparou porta afora feliz com o chamado do amigo. Eles treinavam juntos, além de brincar muito. Ambos tinham um sonho: serem cavaleiros. Por isso treinavam exaustivamente diariamente nos momentos livres que tinham. Diferentemente de Uhtred seu amigo priorizava mais a agilidade á resistência e força bruta. Seu nome era PWolfgang e muita coisa aconteceria com essa amizade ainda. Os dois meninos saíram correndo pelas ruelas, com suas miseráveis espadas de madeiras, feitas pelo Uhtred pai, até o ponto em que se reuniam todo dia para o treinamento. Era a ponta de um morro, um pedaço de rocha lisa, que quando chovia ficava escorregadia, e quanto esquentava irradiava calor, mas lá eles tinham um pouco de paz e espaço para as manobras. - Ali, é aquele, o mais fortinho dos dois. - Apontava um garoto da rua, o magri, e com ele dois homens, um homem bem apessoado com cara de poucos amigos, e um policial, o que lhe cheirava a problema. - Eu sabia seu dedo duro! Eu sabia que você ia contar onde eu tava!! - gritou Uhtred, ele e magri tinham uma velha rixa, e agora ele tinha certeza que espancaria magri até lhe acabarem as forças. Ali naquele local ele não tinha pra onde escapar e se encontrava rendido para seus "perseguidores". - Ei, não é nada disso garoto! Eu vim aqui com o Sr Rogshminov, porque ele quer falar com você, ele veio em nome daquela garotinha que você ajudou outro dia! Uhtred ficou perplexo, não entendia como aquele acontecimento poderia vir ao seu favor, normalmente as pessoas nem reparavam nele. - Rapazinho, como é seu nome? Meu senhor me mandou vir até esse buraco, e isso quer dizer que ele quer fazer alguma coisa pra você. - disse Sr Rogshminov. - Meu nome é Uhtred, filho de Uhtred, descendente dos cavaleiros do norte! - Ele havia ensaiado essa apresentação fazia anos, mas nunca teve a oportunidade de usa-la, visto que ninguém havia perguntado seu nome antes. Isso impressionou o homem da alta roda, então ele sorriu. - Muito bem Uhtred, filho de Uhtred, me mostre sua casa quero conversar com seus pais. Com esse pedido ele novamente ficou apreensivo, pois ele ainda não havia contado o que fez na cidade, e não sabia como eles reagiriam a essa notícia, mas já estavam ali, o homem e o policial, e não tinha como fugir, e mesmo que pudesse alguém poderia leva-los á sua casa. Então dessa forma Uhtred guiou-os até sua casa e seus pais.
  6. Muito bem enéias, graças ao seu pedido aí está! Parte 2 - O Despertar do Guerreiro Era mais um dia, o inverno já havia passado e todos na casa de Uhtred sobreviveram, o que era um milagre, porque estavam em um barraco improvisado e este fora um dos invernos mais duros que já aconteceram em Lighthalzen, outras pessoas na favela infelizmente não haviam suportado, mas aparentemente o que Uhtred pai dizia era verdade, e o sangue guerreiro se mostrava na saúde de todos da família. Uhtred entregava mais uma encomenda que sua mãe mandara, com o término do inverno os pedidos aumentavam, e a sua mãe estava mais ocupada que nunca. Enquanto retornava do local da entrega Uhtred ouve o sinal de rompimento de segurança, mais uma vez as gangues aproveitaram alguma brecha da segurança e invadiram a cidade, ele conhecia bem os meliantes e não os temia, pois também era da favela e seria reconhecido, afinal de contas ele não tinha nada do interesse dos criminosos e passaria desapercebido. As pessoas andavam rapidamente e temerosas, enquanto Uhtred por sua vez, também se apressava, porque não queria demorar a voltar pra casa, alguém poderia estar precisando dele. Quando já estava avistando a entrada para a favela ouviu um grito agudo bem perto de onde estava. Ao se virar deparou-se com uma garota, mais nova que ele próprio caída ao chão, tentando se apoiar em um poste, e se aproximando como um abutre um gângster de expressão maliciosa, girando uma adaga na mão direita. Nesse momento, os ancestrais de Uhtred pularam em sua pulsação. Ele não decidiu, não pensou nas consequências, apenas agiu. Como por instinto correu loucamente numa carga alucinada em direção do gângster, que, distraído, não pôde se desviar. Apesar de ainda ter apenas 10 anos a força da carga foi suficiente para tirar o criminoso de sua trajetória em direção da menina. O gângster surpreso se virou para seu atacante, ficando ainda mais surpreso ao ver quem era. Uhtred se postava ereto, bufando, não sabia se de raiva ou pela corrida, porém com uma postura perfeita, quem visse até pensaria que se tratava de um espadachin á paisana, mas o gângster não gostou nem um pouco e o faria se arrepender de atrapalhá-lo diante de uma presa fácil. - Corra garota, rápido, não fique aí parada! - Gritou Uhtred para a menina caída, que piscou, como se acordasse de um transe, e prontamente obedeceu as ordens daquele menino que poderia muito bem ter sua idade. - Ahh, maldito seja muleque! Quem mandou você sair do seu buraco imundo e vir aqui na cidade me atrapalhar! Vou fazer você se arrepender, nem a memória do seu pai vai te proteger aqui! - o gângster gritava de ódio da boa chance desperdiçada, brandia sua adaga de forma desafiante. - Meu pai não está aqui agora, e não preciso dele pra me defender! - o desafio soava estranho vindo de uma pessoa tão jovem, uma criança de fato, mas não parecia brincadeira e Uhtred retesava os músculos em desenvolvimento de seu braço e suas costas em antecipação. O gângster se adiantou com a faca em riste, sabia o serviço e queria dar uma lição ao garoto, para nunca mais se intrometer nos negócios dele. Uhtred viu o gume da lâmina se aproximando lentamente, mas estava desarmado e sem defesa alguma. Num reflexo de auto-preservação colocou se braço pra frente, protegendo o abdômem, sentiu a lâmina cortando seu antebraço esquerdo, num talho profundo. Com a mente rodopiando nem sentiu dor no momento, apenas o impulso o conduziu. Deu um passo á frente, deslocando todo o peso do corpo no braço direito, acertando em cheio o estômago desprotegido do criminoso, que o fez arfar, dobrando-se em volta do pequeno punho do garoto. Nos olhos do gângster a perplexidade por ter sentido tanto um soco de alguém tão pequeno, deu dois passos pra trás e começou a controlar a respiração, alterada pelo golpe. Quando se voltou novamente com a adaga preparada, pensava que agora não teria misericórdia, estriparia o garoto ali mesmo, mas surepeendeu-se com um novo golpe, ainda mais poderoso que o primeiro que o acertava nas costelas, cabaleou novamente, impelido pela violência do golpe, o ar fugindo de seus pulmões, percebeu o início da aglomeração de pessoas ao seu redor, e repentinamente uma pedra o acertou ao lado da cabeça, o que o fez cambalear mais para o lado, quase tropeçando. Sentiu o sangue quente escorrendo na cabeça e começava a entender o que acontecia ao seu redor. Muitas pessoas que estavam correndo assustadas pararam para observar a coragem do garoto e vendo que a criança se mantinha desafiando o gângster se encorajaram para ajudá-lo. Quando deu por sí, o gângster percebeu uma pequena multidão que o rodeava com pedras nas mãos gritando chingamentos. Não podia acreditar na reviravolta de sorte, e chingou novamente o menino que o atrapalhou. Em um momento tinha uma presa fácil em sua frente, e no outro estava enfrentando uma turba de cidadãos furiosos. Tudo culpa do pequeno Uhtred. Uhtred se mantinha empertigado com o braço ferido dobrado, com o punho fechado, e o sangue escorrendo e pingando pelo cotovelo. Ignorava a dor, da mesma forma como ignorara o frio no inverno, com a determinação brotando de algum lugar que ele não sabia. As pedras começaram a voar espantando até ele. Quando percebeu estava no meio da turba, junto com o gângster. Sentiu seu ombro ser puxado por alguém que não estava vendo, e por reflexo se desviou. - Calma, homenzinho - dizia uma voz grossa, mas afável - deixe agora o trabalho para alguém do tamanho dele. Ao se virar viu um policial, gentilmente o empurrando de lado e se dirigindo ao gângster, que ciente da ameaça que o cercava se entregou sem resistir, lançando um último olhar assassino para o garoto, que começava a sentir a dor latejando no braço. Uhtred ainda estava meio tonto, seu braço parecia que ia explodir, e ele puxava o ar como se estivesse se afogando. Um outro policial se aproximou falando: - Venha comigo rapaz, vou te levar a alguém pra cuidar do seu braço. - Não, tenho que voltar pra casa, minha mãe deve estar preocupada. - disse Uhtred assustado, apesar de ser corajoso ainda era uma criança, e estav acercada de estranhos que o olhavam com espanto. - Não antes de cuidar do seu braço, imagine só você chegando em casa sangrando desse jeito, espere que não vai demorar muito! - o policial insistiu. Realmente não demorou muito, um sacerdote que passava havia assistido a uma parte da confusão e se aproximou com um gesto ao policial. Após balbuciar algumas palavras sua mão brihou e rapidamente o rasgo no braço de Uhtred fechou sozinho, deixando-o maravilhado. Não consiguia pensar em nada para falar, era a primeira vez que enfrentava um perigo de verdade, e principalmente era a primeira vez que era notado pelos moradores da cidade. Depois que foi curado o policial ainda queria levá-lo para um outro lugar, mas o medo do que poderia acontecer sobressaiu, ele escapou e entrou no labirinto de ruas da favela.
  7. Como prometido anteriormente na minha última fic, aqui está a história do meu outro personagem. Espero que gostem, comentem e estejam acompanhando porque esta terá algumas novidades. mais informações quando eu postar a próxima parte. Att, Andarilho. Capítulo 1 Parte 1 - As noites no barraco No canto escuro do barraco provisório, precário, uma figura estremece. Sem a proteção do fogo o frio é quase insuportável. O inverno em lighthalzen é conhecido como pesadelo nos barracos da favela. Para uma criança o frio era ainda mais cruel, mas Uhtred se mantia consciente pela pura determinação. Próximo á pequena fogueira mal cabiam seus irmãos, sua mãe e seu pai doente. Na mente da criança ainda fervilhavam os últimos acontecimentos. Na favela uma confusão era poderia virar uma guerra entre gangues em um instante. A última havia levado o barraco de sua família, incendiado "acidentalmente" em uma das confusões. Seu pai havia ajudado diversas famílias a saírem de seus lares em chamas, mas acabou aspirando muita fumaça e veio a adoecer pela característica tóxica do ar. Com seu pai á beira da morte ele havia assumido a responsabilidade pelo bem estar da sua família, tinha apenas 10 anos, mas já estava exercendo essa responsabilidade cendendo o valioso espaço próximo à fogueira para seus irmãos mais novos. O mundo se transformava cruelmente á sua frente, para sua família, mas ele não iria se acorvardar. Os dias se passavam nas ruelas fedidas da favela. Quando era pouco mais novo brincava entre as poças e não se preocupava. Pouco tempo tinha passado e parecia que essa lembrança era muito antiga, com a infância roubada pela dureza da realidade pobre. Seu pai não se recuperou totalmente da doença, ficou praticamente inválido, e fazia pouco em casa para ajudar a mãe, que por sua vez teve de aumentar o volume de trabalho, lavando roupas e fazendo pequenos trabalhos domésticos para as classes mais abastadas da cidade. Coube a Uhtred a responsabilidade de entregar as encomendas passadas por sua mãe. Fazia isso tanto que já havia se acostumado com a transição entre os universos, a favela, e a cidade exuberante de lighthalzen, não sobrava nenhum tempo para brincar, enquanto não estava entregando encomendas, estava ajudando o pai em alguma tarefa. O pai de Uhtred, cujo nome também era Uhtred, era um homem vigoroso e corajoso que ganhava a vida como segurança dos grandes casarões de lighthalzen. Ele dizia que os Uhtreds descendiam de uma casta de guerreiros extremamente corajosos e fortes que cavalgavam pelo reino gélido do norte antes da república de Schwartzwald, antes que a tecnologia invadisse e tirasse a necessidade de guerreiros fortes para proteger as pessoas. O tempo passou, a tecnologia se mostrou não confiável para proteger (juperos pagou por isso), mas os cavaleiros nunca mais voltaram a ocupar seu posto. Mas apesar de nunca mais terem voltado a ser valentes cavaleiros, a força ainda continuava na linhagem. Uhtred sabia disso, sentia a força impelindo-o e sustentando-o, de modo que os outros garotos olhavam para ele com respeito, pois tinha vencido várias brigas entre eles, e por muitas vezes os protegeu dos gângsters. Não faltavam ofertas para que ele se subvertesse e fizesse parte dos gângsters, mas a educação dada por seu pai, de nunca se envolver com algo que não lhe desse orgulho em fazer, o impedia disso, poi não havia orgulho em ser gângster, covarde e cruel. A passagem pela "fronteira" entre a favela e a cidade nunca foi um problema, o segurança que faz a ronda entre os mundos fora amigo de seu pai, e permitia que ele passasse com as encomendas, porque sabia que ele não arranjaria encrenca. Assim Uhtred passava os seus dias, entregando encomendas e ajudando seu pai e seus vizinhos, assim como seu pai lhe ensinava. Mas no fundo sabia que podia fazer muito mais, seu pulso saltitava de energia, energia que nem a favela, nem lighthalzen poderiam conter.
  8. Bom entrei pra comentar aqui e primeiramente parabenizar a autora, muito boa a fic (ainda n li toda, mas to chegando lá...rs) e em segundo lugar pra chamar o pessoal pra ler a minha fic, inclusive a autora. Pra fazer comentários e críticas. É a segunda tentativa de escrever e essa é um pouco mais especial. Abraços!
  9. Põe minha fic na lista por favor: Alabis: Capítulo 1 - O caminho http://sites.levelupgames.com.br/FORUM/RAGNAROK/forums/p/349035/3297608.aspx
  10. Não é frustante quando ninguém responde aos seus posts? Sei muito bem como é isso! Li o primeiro capítulo, estou gostando! ainda tenho bastante pra ler...rsrs...mas tenho tempo se vc postar só um por semana. Abraço e continue assim!
  11. Andarilho

    Alabis: O relato

    Capítulo VI - Ás Cinzas Foram dias esperando. Luke não podia acreditar, ele não aceitava que as pessoas não se importavam com o destino do mundo. Um deus ancestral retorna se auto-intitulando imperador, e deseja dominar Rune-Midgard e ninguém se mobiliza. Pior que ninguém se mobilizar, algumas pessoas até se mechem, mas seria melhor que não o tivesse feito, pois algumas procuravam destruí-lo para simplesmente coletar tesouros, e outros, e isso o deixava mais atônito, preferiam se unir ao demônio. Os dias passavam e o coração de Luke Alabis se tornava cada vez mais sombrio, cada vez menos acreditava nos seres vivos e no bem. Mas o ódio crescia...lembrava de sua mãe, da morte pré-matura, da dureza que seu pai havia experimentado e de tudo o que já vira em sua vida. Luke já mal dormia, vivia sentado no canto esquerdo do segundo banco da catedral de prontera, e então um dia, enquanto se perguntava o porquê dessas coisas terríveis que aconteciam e que aconteceram, ele adormeceu. E durante seu sono, Morroc apareceu num pesadelo. Seu corpo nefasto dançava ao redor de Luke numa paisagem desértica, fantasmagórica. Vários de seus asseclas acompanhavam seus passos cabriolantes, frenéticos, estonteantes. Luke não conseguia se mover, estava paralisado apesar do esforço que fazia para se mover. Não conseguia falar nada, apenas sentia o fio quente das lágrimas escorrendo pelo seu rosto, como se o ódio tivesse condensado em forma líquida, transbordado e encontrado escape em seus olhos. Num momento da dança, quanto Luke já estava exaurido de assistir o show maldito, viu no reflexo dos olhos de morroc a figura de sua mãe. Morroc ria, e se contorcia na dança com ar zombeteiro, convidando Luke a tirar daqueles olhos o reflexo de quem ele tanto amava. Neste momento Luke acorda no chão da catedral. O local está vazio com exceção de um casal que se aprontava para o casamento e não notava a figura contorcida estirada no chão do outro lado do salão principal, encoberto pelos bancos. Luke se levanta silencioso, maltrapilho. Seu manto sacerdotal mal era notado em baixo da poeira e do suor. Ele não havia percebido, mas havia suado muito durante seu sonho, e também chorado. Seus rosto agora em NADA se parecia com o Luke de outrora, estava menos sorridente, nada sorridente, sombrio e arruinado, facilmente confundível com um moribundo mendigo. Ele se encaminha a passos largos e obstinados á porta da catedral, a cruza, e some entre as barracas da grande cidade. CONTINUA!!!!
  12. Andarilho

    Alabis: O relato

    Como comentado anteriormente, convido a todos a ler minha nova funfic. Do personagem já conhecido de vocês, o Uhtred. Procurem um tópico com o nome "Uhtred: O cavaleiro do inverno". Que terá algumas novidades no que diz respeito a modelo de escrita. Além dessa ser em terceira pessoa ela também será um pouco mais interativa! Abraço a todos!
  13. Andarilho

    Alabis: O relato

    Poxa, valeu Vlad, é uma pena msm, mas se vc tiver interesse pode fazer um pers agora q a gnt ajuda nas repetitíveis, daí vc aparece uma vez na semana pra algum roleplay, se divertir, pq esse é o maior objetivo do clã. O principal do clã não é membros poderosos, mas sim a diversão pelo roleplay, nosso único pré-requisito é prelúdio, ou seja, história do seu personagem. O poder a gnt vai ganhando com o tempo. Abração!
  14. Andarilho

    Alabis: O relato

    Capítulo VI - A resignação A noite se extendeu lenta e tensamente. A lua tremeluzia pálida em seu estandarte alheia á toda ação que acontecia no hotel. As ruas se mostravam estranhamente vazias, ainda sentindo as dores que o dia havia sofrido. Eu estava de costas para a janela, suando e ainda sangrando. Tive tanta pressa para agir que nem notei que deveria me curar. Meu corpo estava sedado pela adrenalina e a dor era apenas uma névoa em meus pensamentos, atrapalhando a visão, mas não impedindo os movimentos do corpo. Corri para o quarto anterior com Uhtred me acompanhando, atento. Ele havia ferido o mercenário que nos emboscou, mas não sabíamos se ele havia desistido de nos atacar. Era perigoso andar por ali, mas eu tinha que agir, não poderia passar muito tempo, ou a alma dos mortos ficaria muito longe, e nem a gema azul poderia trazê-las de volta. Á minha frente estava Pwolfgang, ainda deitado de costas, o covarde não deu tempo nem para ele poder lutar, teve a garganta cortada de ponta á ponta, sem chance de resposta. Graças aos deuses a cabeça não foi separada do corpo. Aproximei-me e senti que ainda havia esperança para ele. Segurei a gema azul e entoei as palavras decoradas na catedral de prontera, á Odin. O risco se fechou no pescoço e com um gemido o cavaleiro acordou, pulando da cama. - O que aconteceu? - Disse Pwolfgang. - Não temos muito tempo, explicaremos depois. Equipe-se. - Eu disse quase como um sussurro. Corri para o quarto anterior a este e vi o pesquisador de igual modo assassinado, parece que aqui o assassino estava com pressa pela morte rápida dos dois. Peguei mais uma gema azul e entoei as palavras, ela sumiu no ar...mas nada aconteceu, o corpo continuou na minha frente, inerte, imóvel e pálido. O ódio começou a crescer no meu peito. Senti-me impotente novamente, e renasceu em minha mente o momento que vi o jazigo de minha mãe, junto com o sentimento. A morte do pesquisador era algo pequeno diante do massacre no primeiro andar. Mas parece que aquilo fez a anestesia no meu coração perder efeito. Novamente me senti inundado de ódio, minha mente se tornou um vulcão de imagens e sentimentos, desde o forte de meu pai, até toda a jornada, o assassino esteve do nosso lado o tempo inteiro, e EU não pude perceber. Culpei a mim por tudo aquilo. Ajoelhei-me e as lágrimas começaram a descer pelo rosto cansado. Amaldiçoei o dia que o deserto se moveu, amaldiçoei o encontro com o Faraó, e acima de tudo amaldiçoei o Imperador Morroc, responsável por toda aquela desgraça. E com determinação brotando dentro de mim virei-me para os cavaleiros. Pwolfgang já estava quase totalmente equipado, os dois estavam num silêncio solene pela morte no quarto. De dentes serrados e quase explodindo de ódio disse: - Vamos encontrá-lo, vamos encontrá-lo e vamos matá-lo. E vamos matar o maldito Morroc que foi o responsável pela morte da minha mãe. Não posso descansar enquanto existir ar nos pulmões desses malditos. - Me levantei e gritei a plenos pulmões. - VOCÊ OUVIU DESGRAÇADO?! SE AINDA ESTIVER AQUI CORRA! CORRA PARA VIVER! NÃO IREI DESCANSAR ATÉ VER O DIA DA SUA MORTE! E DECLARO AOS DEUSES, TODOS ELES! QUE ANTES QUE MINHA CARNE PERCA AS FORÇAS EU VEREI A SUA MORTE! A SUA MORTE E A DO IMPERADOR MORROC, EU JURO! Meus amigos se assustaram com o jorro de ódio que demonstrei naquele momento, e que inundou o quarto como uma névoa espessa. Meus olhos baixaram e se pregaram nos dois cavaleiros assustados que me encaravam. - Estão comigo? - Pwolfgang abaixou a cabeça e assentiu, afirmando. Uhtred se ajoelhou olhando em meus olhos, com um dos joelhos tocando o chão. E jurou. Do nada Exodus apareceu na porta assustado, havia acordado com meus gritos e se assustou mais ainda quando viu o corpo no chão. - Ouviu o que eu disse? - perguntei ao meu amigo. Ele assentiu e eu continuei. - Então vamos continuar com nosso plano, temos que avisar ás autoridades, mas eu irei procurar pessoas que queiram se juntar á minha busca. O que quero não vai ser algo fácil, é grandioso e precisarei de toda pessoa que queira se unir. Exodus confirmou e se preparou, nenhum tempo poderia ser perdido e ele saiu durante a noite ainda, apesar de exausto. Mandei Pwolfgang e Uhtred vasculhar o hotel, mas não acharam mais indícios do assassino, apenas um leve rastro de sangue que levava á uma das janelas, ao final do corredor. Ele escapou áquela noite, mas ainda estou em busca dele. Fiquei em morroc e fiz o sepultamento de todos que morreram no hotel, dando a bênção final áqueles que mais havia passado tempo nos últimos dias. Foi um momento triste, e o pesar daquela noite ainda não havia passado no meu coração. Ao terminar o protocolo me dei conta que vários naquele lugar tinham alguém para sepultar. Ao meu redor percebi milhares de pessoas se unindo com lágrimas nos olhos. Senti a determinação aumentando por dentro. Estava ali para elas, estava sendo compelido á ajudá-las e quando não fosse possível, vingá-las. Meus amigos perceberam o mesmo e se encheram também, com a chama da determinação brotando em seus olhos, se empertigaram mais um pouco percebendo a responsabilidade que tinham, e mais uma fez fizemos o pacto que iríamos proteger e vingar os inocentes, e destruir o mal. Dois dias mais tarde ainda havia muito trabalho á fazer na cidade destruída, Morroc. Havia sepultado um número incrível de pessoas. Como fui aprendendo, sempre que existe o caos o mal tenta se estabelecer, e pequenos delitos aconteceram. Alguns casos eu perseguia, mas entendia que outros eram pessoas inocentes tentando sobreviver, o bem e o mal não são coisas separadas, mas ás vezes misturadas nas pessoas, e precisamos ajudar áquelas que tem menos mal do que bem para que elas saibam deixar o mal, e precisamos destruir áquelas deixaram seu lado bom e escolheram fazer o mal deliberadamente, dessas nós não temos misericórdia. Quando estava terminando meu trabalho para encontrar Exodus recebi uma carta sua, dizia que deveria ir á prontera, não entrava em detalhes, mas disse que seu irmão Tyrael (aquele que era cavaleiro e nos acompanhou no início de nossa jornada) tinha algo que me ajudaria. Apressei-me e fui á prontera. Ao chegar à cidade-capital encontrei-me com Exodus e ele me levou ao seu irmão. Parecia outro homem, mais forte e um pouco mais velho e sério. Ele se adiantou. - Soube o que aconteceu com os seus companheiros. Tem meus sentimentos. E soube também do seu juramento, meu irmão me contou que você está caçando o desgraçado que matou seus amigos e tambem irá destruir a maldade que encontrar. É verdade? - Sim, é verdade, não descansarei enquanto tiverem pessoas inocentes perecendo por interesses malignos. - Eu disse. - Então eu serei seu aliado. Já vi muita desgraça levantada pelo simples prazer de pessoas ou monstros. Eu também não descansarei. - Disse Tyrael, ele estava resoluto e parecia firme no que dizia. Eu então olhei nos olhos dele e disse. - Então levantaremos uma Legião! E varreremos o mundo de toda criatura maligna, seja humano ou monstro. Ela se chamará LEGIÃO DE PRATA. Que destrói o mal como o metal divino. Está comigo? - Estou! - Respondeu Tyrael num jorro de entusiasmo. E você leitor desses pergaminhos, lhe pergunto: ESTÁ COMIGO? ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Espero que tenham gostado, e pra quem não entendeu eu e meu amigo (do char Tyrael) temos um clã que em breve iniciará os roleplay, quem gostou da história e gostaria de participar pm ingame para Luke Alabis, ou Uhtred Senhor do Norte, ou Tyrael Silverblade, ou pra mim aqui no fórum msm. Espero não ter decepcionado ninguém com esse final...rs...em breve começarei a história de Uhtred, fiquem atentos aos tópicos do fórum de funfic.
  15. Andarilho

    Alabis: O relato

    É Vlad, parece que é só você que tá acompanhando minha fic mesmo. Obrigado pela atenção e em breve estarei postando o Grand Finalle! Se mais alguém estiver acompanhando, por favor, comente, faça uma crítica ou uma pergunta. Isso traz muito incentivo pro autor! Estou pensando em escrever a história do Uhtred também, e a crítica de vocês pode me encorajar a gastar meu precioso tempo ocioso no trabalho para isso! hehehe...
  16. Andarilho

    Alabis: O relato

    Pois eh neh rapaz...hehehe...acho que vou demorar um pouco mais pra colocar a última parte, pra aumentar a ansiedade...hehehe
  17. Andarilho

    Alabis: O relato

    Capítulo V - A grande traição e a busca da vingança. Era noite e as últimas notícias da invasão dos monstros ainda chegavam ao hotel. Pelo que parecia, todos já sabiam que alguém ou alguma coisa possibilitou o aparecimento das criaturas. Mas nem todos sabiam do perigo real que isso era. Estava calmo o suficiente para baixarmos a guarda, e Uhtred foi o primeiro a cair no sono, seguido de Pwolfgang. Acordados agora só estávamos eu e Exodus, conversando com o pesquisador chefe. - Exodus, acho melhor que você vá dar as notícias, procure os chefes das guardas daqui de morroc e depois vá á prontera, avisar ás autoridades. Você é o mais indicado porque tem mais chances de sobreviver sozinho se outro ataque desses vier. Nós iremos escoltar os pesquisadores até o forte do meu pai e depois nos encontramos em prontera. - Exodus acentiu com a cabeça confirmando. Ainda estávamos abatidos com os últimos acontecimentos, mas esse momento não podíamos fraquejar. O pesquisador chefe estava sombrio aquela noite, mais do que nas noites anteriores. Enquanto ele exultava á qualquer indício que a pesquisa levava, agora que já sabíamos tudo ele parecia plácido e triste. Como se a notícia da descoberta fosse forte demais, até pra ele. - Bem senhores, agora devemos dormir um pouco, já deve se passar da meia noite, e amanhã bem cedo sairemos, e que os deuses ajudem a todos nós. - Com isso o pesquisador chefe saiu, se arrastando para seu quarto. - Vou dar boa noite pro pessoal lá em baixo, e também vou dormir, boa noite Exodus. - Disse, e meu amigo acenou, também se levantando e se dirigindo ao seu quarto. A noite estava quieta, estranhamente quieta. Depois do dia cheio de novidades, medo, pavor e pânico, parecia que meus sentidos iam se esvaindo, exaustos. A carga que carregamos foi muito maior do que se juntássemos todo o equipamento que usamos até agora. Minhas pernas me levaram até as escadas, e então eu parei. Era bem tarde, é verdade, mais naquele lugar a noite era simplesmente mais escura que o dia, já que a vida noturna de morroc era sempre ativa. Ao chegar à escada não ouvi som algum e irracionalmente temi por aquele silêncio. Parecia que estava surdo, e apenas o meu coração dava o compasso sincronizado com os degraus que descia. Duas batidas e um degrau, duas batidas e um degrau. A madeira gemeu enquanto eu descia, meus batimentos aumentavam de ritmo enquanto eu tentava dar desculpas pelo silêncio. - Talvez todos estejam dormindo, afinal de contas o dia foi cheio e muitos devem estar cansados, e exaustos. - Eu dizia pra mim mesmo, mas meu espírito não acreditava, a desculpa até fazia sentido mas meu coração não acreditava, depois daquele dia estava sempre esperando o pior. Quando desci o último degrau o breu dominava a entrada do hotel. A iluminação da cidade estava precária devido ás destruições do dia, e o pouco de luz do luar davam uma impressão de mortalha no local, e eu sentia algo maligno no ar. Aos poucos meus olhos foram se acostumando com a escuridão e pude ver uma silhueta em cima da mesa central. Era alguém debruçado, com a cabeça para baixo, pensei que fosse um bêbado e me aproximei com o intuito de ajudar. No caminho tropecei em algo e quase caí, ao me virar vi uma cabeça, que com o impacto rolou solta, mostrando o branco dos olhos girando como fantasmas, então eu percebi o ambiente, meus sentidos se tornaram instantaneamente mais apurados e me vi no meio de uma carnificina. O bêbado na verdade era um dos pesquisadores, provavelmente foi o primeiro, pois nem se moveu de onde estava sentado, a cabeça estacionou no pé de uma cadeira, me ajoelhei e vi que era a hoteleira, uma gentil senhora, levou dois cortes profundos para atravessar o largo pescoço. Não, não foi um monstro que fez aquilo, pra que dar o segundo corte se o primeiro já era suficiente para matar. Aquilo foi silencioso, mortal e declaradamente sádico. Surpreendeu a todos, matou e saiu...ou será que não saiu? Do andar de cima ouvi sons, sons de luta e corri. No caminho conjurei aumentar agilidade e bênção, diferente dos outros lá em baixo u estaria preparado. Num jorro de vitalidade subi as escadas num pulo algumas portas já estavam abertas, PWolfgang e o chefe das pesquisas foram outras vítimas e no quarto seguinte ouvi Uhtred gritando. - Apareça! Me enfrente como homem, desgraçado! Não terá uma chance sequer seu merdinha! - A voz de Uhtred soava como um trovão, cheia de ódio. Aproximei-me com cautela e vislumbrei Uhtred empunhando uma enorme lança, como se fosse brinquedo, brandindo-a para alguma ameaça invisível, estava sem armadura o que o deixava extremamente vulnerável e seu corpo já demonstrava vários pequenos cortes, banhando-o de sangue. Ao se virar pra mim, com a expressão de fúria seus olhos se clarearam me reconhecendo. - Cuidado Luke, ele pode estar em qualquer lugar, o bastardo se esconde como se fsse um maldito camaleão. Os ladinos tinham essa incrível habilidade de se ocultar, mesmo se não tivessem nenhuma cobertura eles cavavam um buraco invisível e se ocultavam nele. Meus sentidos ficaram todos alertas e me aproximei lentamente de Uhtred, para poder curá-lo. - Cuidado Luke, é melhor sair daqui, eu seguro ele. - Não meu amigo estivemos juntos por todo esse tempo e não vou te abandonar agora. - Ele aceitou por não ter mais argumentos, e fez uma careta enquanto eu me aproximava. Subitamente uma figura se formou atrás de mim, com uma lâmina em prontidão para me empalar. Desviei centímetros para o lado e isso me salvou de sua adaga, se não tivesse me preparado certamente teria perecido diante daquele ataque. Virei-me e pude vislumbrar o rosto distorcido do atacante. Xingou por ter errado e se escondeu novamente nas sombras. Era um mercenário e me perguntei por que ele estava ali. Não tínhamos muitas posses, e ao mesmo tempo em que me perguntava uma imagem brotou em minha cabeça. Recordações das escavações no deserto, e depois entre as paredes das pirâmides e da esfinge. Me lembrei de um ajudante dos pesquisadores, quieto, somente respondia ás perguntas de forma rápida e superficial e atendia ás necessidades. Será que era ele? As feições eram bem parecidas, mas agora a expressão era totalmente diferente, selvagem, louca, cheia de ódio. Tentava repuxar a memória daquele rapaz quando novamente ele apareceu. Tomei uma posição defensiva ao lado de Uhtred, e ele não teve a chance de me pegar desprevenido. - Lâminas destruidoras! - O mercenário gritou em minha direção, e então vi uma dança de lâminas apavorante, elas cortavam meu corpo em velocidade estonteante, mas ao terminar seus olhos estavam esbugalhados, perplexos. - Se esqueceu de mim não é idiota?! - Uhtred segurava a lança cravada no corpo do mercenário, ele parecia pasmo pelo simples fato de ter se ferido, escapou da ponta da lança soltando ar, com os dentes cerrados de dor e sumiu novamente. Desaparecendo na escuridão.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Tudo bem, eu prometi que ia terminar na parte cinco, mas tem muita coisa pra contar ainda e eu quis deixar o suspense no ar...heheheTé mais!
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    Parte IV - O início das dores A terra se movia de baixo de nossos pés enquanto os titãs de gelo formavam o caos a nossa frente. Muitos heróis de todo o reino e além apareciam por entre as casas para enfrentar esse desafio. A glória estava exposta nos rostos, e muitos estavam ali simplesmente para demonstrar seu poder, outros para enfrentar um bom desafio, e poucos para defender os cidadãos inocentes, que morriam como se fossem gafanhotos pegos num incêndio. De início minha primeira impulsão foi para ajudar os necessitados. Mas Exodus alertou que deveríamos nos proteger. Não valeríamos nada se morrêssemos ali, e a informação que carregamos era importante demais para ser desperdiçada. Fizemos uma rota para alcançarmos o hotel onde havíamos nos hospedado. Cada centrímetro deveria ser batalhado para alcançarmos nosso objetivo, mas nosso grupo já estava bem treinado, com a experiência ganhada entre as paredes das pirâmides e da esfinge. O que mais dificultava nossa passagem era o povo, o pânico havia se instaurado na cidade e todos corriam sem destino, procurando fugir de uma ameaça que eles nem conseguiam ver no meio do tumulto. Com muito cuidado avançamos, tentando não machucar o povo que nos pressionava, mas acidentes eram inevitáveis. Um homem tropeçou e caiu em baixo do peco peco de Uhtred, não percebemos quando o animal pisoteou o homem, mas ouvimos seus gritos de terror, o ajudei a se levantar e administrei a graça de Odin, curando suas feridas, rapidamente. Não paramos e nem pude ouvir os agradecimentos do homem. Precisávamos ser rápidos se queríamos chegar ao hotel. Já havíamos passado da metade do caminho quando a laje de uma casa próxima de nós ruiu. Uma pequena menina gritava de dentro, não coseguia abrir a porta, pois os escombros a bloquearam. Já íamos passando sem perceber quando percebi o motivo do desmoronamento. Um dos titãs apareceu por cima do teto da casa, trazendo terror áquela família. Então meus sentidos se aguçaram e pude ouvir os gritos de todos. Parei imediatamente. Aquela família seria trucidada em instantes se alguem não intervisse, olhei em volta e apenas nós estávamos à distância suficiente para poder ajudar a tempo. A essa altura meus colegas já perceberam que eu estava parado. E Uhtred foi o primeiro a perceber o perigo. Cheio de segurança ele pulou com sua montaria e arremessou a lança que carregava, a lança tocou o monstro sem fazer muito estrago, mas foi o suficiente para chama sua atenção e então o monstro recuou na direção do nosso cavaleiro. Uhtred gritou alguma provocação e esperou o monstro se aproximar, vagarosamente. - Pwolfgang! Ajude Uhtred. - gritei ao nosso cavaleiro ágil, enquanto invocava os poderes divinos - Exodus salve a família enquanto eles distraem o titã. - Exodus instigou sua montaria em plena velocidade, saltando por entre os escombros que seguiam o rastro do titã. Uhtred recebia uma dolorosa pancada, integralmente na armadura, muito morreriam com apenas aquela pancada, mas o cavaleiro se mantinha inteiro e sorrindo diante do desafio, Pwolfgang atacava repetidamente nas laterais do monstro, tendo pouco resultado. Apressei-me para curá-los, apesar da resistência que eles demonstravam, não durariam muito sem auxílio. Lentamente e apavorado um dos pesquisadores se aproximou, tremendo: - Luke, não podemos nos deter por muito tempo, é muito perig... - Antes que pudesse terminar meu olhar o fulminava e o interrompi com um jorro de raiva e aversão: - Não vamos nos recusar a salvar vidas aqui! Nada vale esse preço e eu NUNCA IREI PERMITIR ISSO! - Só meu olhar já foi suficiente para lhe calar, mas agora sentia minha cabeça quente de raiva e meu pescoço latejava com as veias se projetando. Liberei um olhar ainda incrédulo e fiz cara de nojo, não acreditando na covardia daquele homem. Quando me virei percebi que Exodus estava carregando a última pessoa para um local seguro, e mais heróis saíram á nossa ajuda, percebendo a situação ao redor. Um mago se adiantou e conjurou uma magia, trovão de júpiter, o que acabou com o titã a nossa frente. Assenti para ele agradecendo, e ele retornou meu cumprimento se apressando para outra área onde aparecera mais um titã. Continuamos nosso trajeto e chegamos ao hotel sem muitos problemas. Fizemos guarda e ajudamos a todos por perto, mas parecia que á medida que os monstros paravam de aparecer, a ordem ia sendo restaurada. Pouco depois ouvimos dizer que a guilda dos mercenários havia sido destruída, o que causou espanto de todos. A guilda era tão sólida quanto qualquer outra coisa, e a notícia de sua destruição bastou para que muitos perdessem a esperança de que alguma coisa restaria no final. Para mim sempre haveria esperança, mas com certeza no final, tudo o que conhecíamos estaria mudado para sempre.
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    Parte III - A revelação Estávamos em um canto estranhamente tranquilo. Nossos sentidos todos voltados para o menor movimento que aparecesse nos corredores escuros da esfinge. Naquele lugar os pesquisadores armaram seus apetrechos, escrevendo e discutindo sobre algum ponto que discordavam das traduções. Parecia que estavam alheios aos perigos daqueles corredores, mesmo depois de quase terem morrido momentos antes. O calor era quase insuportável e eu dava graças á Odin por ter trazido tanta água, sem aquilo já teria desmaiado. Depois de um tempo alguns de nós já estava começando a relaxar, com a tranquilidade aparente. Somente eu e Exodus não relaxávamos, sabíamos que não tínhamos visto o maior dos desafios da esfinge e não queríamos ver, mas estaríamos prontos se viesse. Então ouvimos um barulho. A princípio não entendi quem ouviu primeiro, se eu ou exodus, mas nos olhamos ao mesmo tempo com os olhos arregalados pela antecipação. Pedi que o cavaleiro mais ágil se apressasse á frente, ele era o mais rápido de nós e lhe foi ordenado que voltasse o mais rápido possível se visse alguma criatura. Logo ao virar a esquina ouvimos um barulho, e um muro de fogo se formou logo atrás dele. Só podíamos ver a luz que o fogo fazia na parede, e nos apressamos para socorrê-lo. Quando viramos a esquina nos deparamos com uma confusão de chamas, penas chamuscadas e sangue. O pobre cavaleiro teve pouco tempo, e á sua frente um pequeno exército de druidas demoníacos, conhecidos como Marduk, e Pasanas se apersentavam, mostrando os dentes. Exodus tomou a iniciativa, se colocando á minha frente, ele tomou a primeira avalanche de golpes, eu me agitei para curá-lo antes que fosse tarde, e logo estava inteiro e segurando os monstros. Enquanto o curava nosso cavaleiro também se adiantou, retendo alguns que circundavam nosso templário. Os dois fizeram uma parede impenetrável, e eu auxiliavá-los com meu poder divino, tornando-os mais excelente. Da minha visão conseguia enxergar os cientistas, mas eles não conseguiam ver o que acontecia a minha frente, e nem se arriscavam a se aproximar. Quando percebemos que o número de oponentes havia diminuído drasticamente estávamos exaustos, e não nos perguntamos por que os Marduk estavam ali, já que os havíamos deixado pra trás há alguns andares. E então uma voz grave e maligna ressoou nas paredes do labirinto: - Então, finalmente vocês chegaram. Estava perdendo as esperanças. Todos nós pulamos de susto ao ouvir a voz, e lentamente o gigante se apresentou por entre as sombras. Passo a passo, demonstrando tremenda segurança o faraó saiu para a luz das precárias tochas, que iluminavam os corredores. - Pelo olhar de vocês acredito que me conheçam. E devem estar se perguntando por que eu não os destruí a todos. - Estávamos mesmo com essa pergunta na cabeça, ao menos eu estava. Mas antes que qualquer reação fosse respondida ele continuou. - Estou aqui, gastando meu tempo falando com seres inferiores que vocês são porque tenho uma notícia a dar a vocês. Sei que vocês procuram respostas e sei o que aqueles homens segurando papéis querem na minha moradia. Nada passa entre essas paredes que eu não saiba. Mas é o que acontece fora dela que me faz falar com vocês. - Então ele fez uma pequena pausa, talvez refletindo se valia mesmo á pena revelar o que ele tinha a dizer. E nós suávamos como se estivéssemos numa sauna, nós três. Nesse momento os pesquisadores perceberam que paramos de batalhar e estávamos parados olhando para algo. A curiosidade brotou nos olhos do pesquisador principal e ele se adiantou para ver o que olhávamos com tanto medo. Ao se aproximar, igualmente a nós, o pesquisador mais velho paralisou. - Vocês devem saber que, enquanto aqui dentro sou um deus, lá fora viro pó e cinzas. Mas mesmo aqui dentro tenho um temor, e não posso fazer nada além de esperar. Mas quando soube que vocês viriam decidi contar o que sei, pois é de interesse de todos nós. Juntei toda a força que eu tinha para responder áquela criatura. - Você está nos pedindo ajuda? - Nesse momento ele se inflou inspirando uma quantidade enorme de ar, e começou a gargalhar tão intensamente que as paredes pareciam tremer. - Você é patético! - Disse o faró, divertido. - Eu não estou pedindo ajuda. Eu estou dando uma oportunidade a vocês de sairem daqui vivos, e o que estou pedindo em troca é pouca coisa. Espalhem a notícia que irei lhes dar. Nada mais. Exodus apontou pro corpo do cavaleiro morto á nossa frente. - Mas ele não teve essa mesma sorte! - A criatura se curvou para se aproximar mais de nós, o que fez todos os nossos músculos se retesar em resposta. - Não teste minha paciência criatura! - Sua expressão era de puro ódio, e depois disso não ousamos nem desviar o olho do Faraó. - Agora que tenho sua atenção, ouçam. Um perigo ancestral, que estava adormecido, tem demonstrado sinais de vida. Um mal que é tão grande que consegue me preocupar. - Seu olhar se elevou como se tivesse uma memória brotando em sua mente. Não se preocupando com a nossa presença. - Quando eu ainda andava entre os vivos, Epitus era a mais linda pérola cravada nesse deserto. Nós vivíamos em paz e éramos excelentes em tudo, desde arquitetura á agropecuária. Mas num dia, tudo isso ruiu. Um gigante caiu do céu e destruiu tudo de lindo que nós criamos, ou quase tudo. Mas depois de sua batalha pouca coisa de nossa glória restava, e meu povo nunca mais pôde se unir novamente. Ficamos espalhados e destruídos, e até hoje me culpo por não estar mais lá. Nesse momento quase senti pena dele, sua expressão era de tristeza genuína. - Mas então esse gigante foi derrotado por um dos seus guerreiros, e selado para nunca mais voltar. Mas agora ele dá sinais de volta. Algum de vocês idiotas está querendo ressucitá-lo, e temo que não haja mais volta. Ele vai retornar. - Morroc. - Escapou do cientista atrás de mim, o que atraiu o olhar do Faraó. - Exato. Imperador Satã Morroc. Ele é uma ameaça á toda Rune-Midgard. - Faraó disse. -Então você está tentando se redimir, já que não pôde salvar Epitus de Morroc da primeira vez, está tentando salvar a cidade Morroc. - Eu disse. E novamente nos encolhemos diante de uma longa gargalhada, dessa vez mais alta que a primeira. - Como já falei vocês são PATÉTICOS. Morroc é MINHA e não deixarei que NINGUÉM a pegue, até eu ter a chance de poder fazê-lo! Agora vão, já tem a informação que eu queria os dar, e não testem minha paciência. - E nos fulminando com olhar de ódio, sumiu nas sombras novamente. Antes que qualquer um falasse algo me ajoelhei ao lado do corpo de nosso cavaleiro ágil, retirei uma pequena gema azul, e sussurrei algumas palavras á Odin. Não entendia direito essa mecânica dos milagres, mas alguma coisa deveria ser dada para pedir de volta uma alma, ainda bem que gemas azuis eram tão fáceis de encontrar. Luzes piscavam em volta dele e pouco a pouco suas feridas foram fechando e seus olhos começaram a demonstrar novamente a vida. - Espero que não o tenha deixado esperando tempo demais. - Falei pro recém ressucitado. Ele ainda estava espantado, com a imagem dos últimos momentos de vida. Mas logo entendeu o que aconteceu e me agradeceu, rindo. - Vamos, vamos logo antes que o Faraó mude de idéia. - Disse Exodus, apressando os outros. Quando saímos fomos direto pra Morroc e encontramos a cidade em pandemonio. Monstros haviam aparecido do nada e diziam que aquilo era sinal do fim dos tempos. Mas nós sabíamos que era a volta do Imperador.
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    Desculpem, ontem não pude postar...hoje só postarei uma pq as proximas são um pouco grandes...pra compensar essa primeira parte pequenina...rs Parte II - Sangue e papel Exodus levantou seu escudo, aparando um forte golpe que esmagaria sua cabeça, Sua habilidade o havia salvado desse destino inúmeras vezes aquele dia. A múmia bufava enquanto recebia sua espada do pescoço até a virilha, caindo inerte no chão. Eu esconjurava qualquer coisa que fedia a podridão, e o suor despencava de minha testa, colando meu cabelo ao crânio. Nós fazíamos um perímetro de segurança para que os pesquisadores estudassem alguns escritos antigos numa parede, eu, meu amigo e mais dois cavaleiros garantíamos isso sem muito esforço, mas estávamos muito dentro da pirâmide e temíamos o que poderia aparecer. - Rápido homens, não temos o dia inteiro! - Disse Uhtred, um cavaleiro que veio do norte gelado, forte e resistente como um touro. Seu comentário fez um dos pesquisadores se levantar ajeitando o macacão, irritado. - Esse não é um trabalho fácil, os hierogrifos são frágeis e esse trabalho deve ser feito meticulosamente. - Quero saber a fragilidade dele quando uma múmia anciã cutucar seu ombro! - Fique quieto e faça seu trabalho, foi muito bem pago e sabia dos riscos que ia correr. Não me encha! - Depois de proferir as últimas palavras curvou-se novamente sobre os pergaminhos e papiros inúmeros, onde anotavam as traduções. Uhtred ria, ele fazia os comentários por puro prazer de perturbar os pesquisadores, que sempre caiam nessa armadilha. Já haviam passado horas dentro da estrutura ancestral e ele era o único que não mostrava nenhum ponto de cansaço. - Achei! Sabia que aqui encontraríamos alguma coisa! Vamos rapazes, recolham o material, façam uma transcrição do resto, pois o principal já pegamos. - assim que o pesquisador principal ordenou, d forma disciplinada todo o material espalhado foi rapidamente para dentro de sacos e bolsas, e em segundos estavam todos prontos para sair. - Agora só faltam mais algumas peças no quebra cabeça, acredito que em um mês ou dois já podemos vislumbrar o que estamos enfrentando. Espero que tenhamos todo esse tempo! Dessa vez não tivemos de acampar na areia, acordando com a boca cheia dela. Estávamos pertos o suficiente da cidade de Morroc, e lá teríamos uma boa estalagem, comida fresca e uma cama quente e macia. Forçar a marcha foi fácil até chegar à cidade. - Precisamos de mais algumas informações, e acredito que estejam na esfinge. Passaremos a noite na cidade e ao amanhecer vamos pra lá. - O pesquisador dizia isso segurando uma grande caneca de chá quente. Eu bebia vinho, depois de vários dias com água racionada para beber aquilo era como um passeio nas planícies de Asgard, a terra dos deuses. Exodus me acompanhava virando a caneca em altos goles. Os outros dois cavaleiros não estavam conosco, preferiram gastar o pouco dinheiro que tinham na taverna, o onde poderiam se divertir com confusões. - Uhtred não se cansa, eu estou á beira de desmoronar e ele ainda têm energia para entrar numa briga! - Disse o pesquisador, vivia falando mal do cavaleiro, mas não conseguia parar de falar dele. No fundo ele também gostava do orgulho do rapaz. Naquela norte dormimos um sono tranquilo, sem preocupação de alguma cobra entrando nos nossos cobertores, ou qualquer outro perigo do deserto. O morto-vivo gigante caminhava a passos lentos, havia nos farejado por corredores tortuosos, como um labirinto. Lá éramos nós a caça, mas enquanto se aproximava nosso cavaleiro, Uhtred, gritava ameaças. Encolhi-me quando vi o monstro, o Anubis era um dos maiores perigos daquela área, só era suplantado pelo próprio faraó, que tivemos a sorte de não encontrar. A primeira pancada passou resvalando, tirando fino do elmo do outro cavaleiro, diferente do Uhtred esse era muito mais ágil, usava espada, mas era bem menos resistente, de modo que se aquele ataque o acertasse ele seria reduzido á uma massa de carne e sangue no chão. A cabeça da criatura ficava acima da luz das tochas, de modo que só podíamos ver o brilho vermelho de seus olhos. Eu me ocupava curando os pesquisadores, eles mesmo estavam enfrentando um pequeno grupo de pasanas, e nossa força estava dividida em dois. Encantei o máximo que podia os cavaleiros e exodus, mas me focava nos pesquisadores, acreditando na habilidade dos espadachins para se defender. Exodus se esforçava com os outros dois cavaleiros quando chamei Uhtred para ajudar os pesquisadores, deixando-o com apenas um cavaleiro. Quando o jovem e feroz Uhtred pulou na frente dos pasanas pude tirar um pouco da atenção aos pesquisadores, fechei meus olhos e fiz uma leve prece á Odin, ao os abrir senti o poder divino subindo e martelando no meu pescoço, ávido por ser liberado. Passaram alguns rápidos segundos e eu gritei: - Monstro das profundezas eu te ESCONJURO. - A última palavra saiu letra por letra, ao terminar senti meu pulmão se esvaziar depois á minha frente um punhado de pano deslizava no ar, onde havia um gigante passou a ter apenas pó e tecido podre, Exodus se prostou em cima de um dos joelhos e soltou um suspiro: - Esse não incomoda mais. - Disse, aliviado. - Vamos rápido, temos pouco tempo antes que outro venha. - Os pesquisadores estavam nervosos, não eram acostumados a enfrentar criaturas, e dessa vez viram quão perigoso era aquele labirinto. Depois daquele acontecimento ordenei que Uhtred ficasse na retaguarda para evitar sermos cobertos pelos dois lados sem uma proteção. Ele assentiu e tomou sua posição, satisfeito por estar mais perto dos pesquisadores, e poder importuná-los sem o olhar de reprovação de Exodus. Achamos o local pretendido depois de algumas horas. A preocupação dos problemas para sairmos podia ser lida nos rostos dos cavaleiros. Mas pra mim e Exodus a preocupação era outra. Sabíamos que naqueles corredores um rei antigo perambulava, uma criatura temível que poderia nos consumir todos com apenas um movimento, e o suor na nossa testa pingava com o pensamento.
  21. Andarilho

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    Capítulo 2 - O despertar Parte I - O avanço das pesquisas A rotina do forte era intensa, sempre havia algo para se fazer. Meu pai se ocupava com os hóspedes, e sempre que eu podia escapava para alguma aventura acompanhando os pesquisadores ou um grupo de aventureiros que necessitasse de apoio divino. Os dias se passavam e cresceu certa amizade entre eu e um grupo de sérios pesquisadores, vendo minha presteza e utilidade eles nunca recusavam a possibilidade de me ter em seu grupo. Conversávamos por longo tempo nas campanhas cada vez mais para dentro do deserto. Estudando cada palmo de areia procurando por indícios que nem eu entendia. Diferentemente da maioria eles não atribuíam o avanço do deserto á algum evento natural. Para eles aquilo escondia algo mais tenebroso, e quando isso ficou claro atraiu outro tipo de aventureiro praquelas terras, homens santos e seguidores dos deuses apareciam a cada dia. Até meu amigo Exodus nos acompava algumas vezes, na esperança de combater a algum mal ancestral que estivesse por trás daquilo tudo. Ultimamente ele estivera ocupado acompanhando seu irmão, Tyrael, recém promovido a cavaleiro em prontera e extremamente animado com o clima no forte. O rapaz era cheio de energia, uma figura espalhafatosa que animava as pessoas ao seu redor, ele havia atraído até a simpatia de meu pai. E de vez em quando tinha autorização do irmão para nos acompanhar. Quando isso acontecia, ele se revestia de uma seriedade que não combinava com seu temperamento, tentando não decepcionar o irmão mais velho, mas a seriedade não o acompanhava por muito tempo e logo estava conversando e alegrando a todos com suas histórias de bravura e vitória, sempre contando vantagem, mas todos sabiam que ele era, em parte, tudo aquilo que contava de sí mesmo. A cada dia sentíamos que estávamos mais perto de alguma resposta. Uma sensação nova se apresentava nos animais, mais acuados que o normal, meu pai sempre dizia que o mal era sentido primeiro pelos animais, que tem sentidos mais fortes que os nossos. Ele podia prever uma tempestade apenas observando o vôo de algum pássaro. E pelo que podíamos ver algum tormento estava próximo. No horizonte começaram a apontar as primeiras pirâmides, e parecia que veríamos mais ação do que matar cachorros na areia.
  22. Andarilho

    Alabis: O relato

    Não dá para mudar o nome do próprio tópico não? Se não der crie um novo e copie o capítulo 1 ali. E peça que deletem esta. Creio que um tópico por capítulo vai ficar muito bagunçado. Surgiu tantas fics novas estes dias... Melhor deixar já "unificado", mesmo que fale de pessoas diferentes, já que vai narrar da mesma trama, creio. Rakesh. Boa idéia, mudarei o nome do tópico e vou continuar aqui mesmo. A seguir a primeira parte do segundo capítulo, espero que continuem gostando! Agente G.
  23. Andarilho

    Alabis: O relato

    Muito obrigado a todos que escreveram palavras de incentivo! É muito bom saber que estou agradando!A pedidos estarei postando o capítulo 2, por toda semana colocarei uma parte por dia, no total de 5, e depois vou começar a contar a história de outro personagem. Procurem outro tópico com o capítulo 2, pois já que esse tem no nome capítulo 1, não ficaria bom postar o 2 no mesmo tópico.Um abraço a todos e mais uma vez MUITO OBRIGADO!!
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