Bellatrix~* Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Capítulo 1 - Traçando Horizontes Através da pequena janela da casa escondida pelas várias ruas de Alberta, uma garota observava os pingos de chuva caírem do lado de fora. Pouco antes, sua mãe viera desejar a ela uma boa noite e teve de conter-se para não deixar sua emoção lhe trair: seria a última noite que passaria naquela casa. Aquele não era seu lugar, oprimida por aquelas paredes e vidraças, relegada ao papel de costurar ou ajudar nas tarefas domésticas. Não nascera para limitar aos muros de uma casa seu mundo. Desde criança, encantava-se com as histórias contadas pelos bardos. Não apenas os contos sobre lugares distantes ou batalhas dos deuses, mas principalmente das lutas dos humanos contra os monstros. Seu coração se agitava ao ouvir sobre a antiga capital amaldiçoada pelos demônios, assim como sobre a destruição da cidade dos elfos. Ansiava por mais ao ouvir histórias de aventureiros que se uniam para enfrentar monstros poderosos como o Bafomé, mesmo que várias dessas expedições jamais voltassem. Além das histórias ouvidas sempre que possível na praça da cidade, era com grande admiração que observava os guerreiros que de tempos em tempos passavam pelas ruas em busca de honra e glória ou mesmo fama e fortuna. Era com deleite que observava as armaduras e armas que empunhavam e seu ar garboso de quem procurava alcançar os horizontes mais amplos possíveis. Seja das janelas, seja nas ocasiões em que estava na rua, parava o que quer que estivesse fazendo para observá-los. Na medida em que foi crescendo, o deleite foi sendo substituído lentamente pelo desejo de lançar-se em busca de terras distantes e monstros lendários. Ao anunciar sua intenção de entrar nas fileiras contra os monstros, recebeu como resposta de seus pais apenas risadas. Deveria contentar-se com sua casa e afazeres domésticos, não em empunhar espadas e vestir armaduras! Isso cabia a seu irmão mais velho, que se tornara recentemente um espadachim, quando fosse um pouco mais velha, riria da insensatez de seus sonhos. Não adiantava argumentar – eram aqueles os horizontes que os pais traçaram para ela, mas não os que desejava ter. Habilmente, continuou a esgueirar-se pelas sombras e escapar do serviço doméstico para visitar a praça central e ouvir as histórias dos bardos. Naqueles tempos, as histórias que mais a encantavam eram sobre uma mercenária chamada Lilith: seus feitos e habilidades eram espalhados aos quatro ventos, sua elegância e perícia com armas. As canções sobre suas habilidades, assim como suas lutas e feitos, percorriam o reino na velocidade da luz. Grande parte das canções era dedicada a ela, a seus gestos seguros, seu domínio da técnica e também sua beleza deslumbrante. Ao ouvir essas histórias, a garota ansiava por poder ser como a lendária mercenária. As histórias sobre grandes magas, amazonas ou caçadoras não a empolgavam tanto quanto as histórias sobre mercenários, em especial, sobre Lilith. Caso pudesse pedir um único desejo a Odin, seria tornar-se também uma mercenária, nem que por apenas um dia. Tais sonhos, que já eram ridículos aos olhos de seus familiares, poderiam assumir contornos quase escandalosos caso assumisse suas intenções de viajar a Morroc e iniciar seus treinamentos para se tornar uma mercenária, ainda mais porque seu irmão, Pietro, tornara-se um cavaleiro. Mas, ao contrário do que preceituava a ordem, estava mais interessado em aumentar seu poder. Na mesa de jantar, com a família, na comemoração de sua investidura, vangloriava-se de seus feitos – para uma pessoa acostumada a histórias de terras distantes como a jovem, todas elas soavam artificiais demais – e de como estava estudando juntar-se a um clã de guerreiros, numa tentativa de juntar mais tesouros e principalmente, subjugar todos os outros cavaleiros. Era estranho ouvi-lo falar dessa forma, ainda mais sabendo que a honra deveria ser a primeira meta a ser cumprida por um cavaleiro em todos os seus dias. Não parecia haver honra alguma em tais intenções, mas apenas a cobiça. Ainda, os pais resolveram que já era hora da jovem se casar. Apresentaram-lhe um noivo, um sujeito que trazia a ela muito mais repulsa do que qualquer alegria ou expectativa. Não adiantava, porém, opor-se aos desígnios familiares: para eles, deveria se casar, o fato de gostar ou não da idéia era apenas um detalhe insignificante. Escapava furtivamente da casa para ouvir mais e mais histórias contadas pelos bardos e viajantes, para ela uma vida de aventuras e viagens era muito mais fascinante do que ficar presa às paredes de uma vida monótona e restrita. Não suportava a idéia de passar toda a sua vida entre costuras, faxinas e agrados a um marido que repudiava. Mesmo que fosse para morrer ainda na juventude, preferia conhecer o mundo, lutar contra monstros, sentir na pele o furor de batalha. Se não fosse um sonho muito grande, até mesmo conhecer Lilith, a guerreira que tanto admirava. Olhava para o mar que se estendia além do porto da cidade. Não podia ver o outro lado, nem mesmo saber o que havia caso seguisse sempre adiante. Era tal liberdade que desejava para si, era aquele horizonte que almejava alcançar e não a prisão de paredes, convenções e conveniências. Naquele momento, tomou a decisão que alteraria para sempre sua vida. Por algumas semanas, juntou algum dinheiro, algumas poucas economias, além de conseguir comprar uma faca simples e fraca mas que já não a deixaria desarmada. Soube que um grupo de jovens iria se inscrever nos campos de treinamento para guerreiros e que sairiam em comitiva na noite do dia de Thor. Naquele dia, munida de suas economias, uma pequena bolsa com seus pertences pessoais e sua faca, esperou que a casa dormisse para, furtivamente, descer pelos corredores sem que ninguém percebesse seus passos. Tinha aprendido a ser silenciosa como uma gata, ou melhor, admirava nos gatos a elegância e furtividade. Mais do que isso, admirava o senso de liberdade dos gatos, o fato de não serem subjugados por paredes ou casas. Ao chegar perto da janela de onde sairia, deparou-se com um espelho. Admirou rapidamente a garota refletida nele: um tanto alta e de porte elegante. Apenas os cabelos ruivos de um tom meio desbotado destoavam de tal elegância, ainda mais presos como estavam. Tinha os olhos negros extremamente profundos e brilhantes e um certo sorriso de excitação percorria sua face. Ao sair da casa, sussurrou levemente: - Adeus... Tinha escolhido traçar seu próprio destino, definir seu próprio horizonte. Molhava-se na chuva enquanto caminhava para se integrar à comitiva de viajantes, mas não se importava com o banho acidental. Era quase uma bênção enviada pelos deuses para celebrar o caminho que tinha escolhido. Não sabia se algum dia voltaria a Alberta, provavelmente alguns anos se passariam antes disso, mas talvez seu nome algum dia atravessasse as terras, bardos comporiam canções e lendas surgiriam ao seu redor. Finalmente tinha orgulho de seu nome, do nome pelo qual desejava ficar conhecida. Anna Karen. Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Lilith Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Uhuul /o/ Ta ótima Bellinha, passa as sensações dela duma forma bem legal. *curiosidade* /o\ Cadê o próximo capitulo? [/pif] *runz* Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Galliun Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Gostei, achei bem narrado. Quero ver mais [/s] Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Draken Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Senti falta de fazer uma boa critica, ultimamente eu to soltando raios pra todo lado... Mas não agora, ótima introdução, parece ter sido bem revisada, não vi nada gritante, e foi bem estruturado. Vamos torcer para manter o padrão de qualidade. Depois da Metra e do GK o OT começou a migrar pra ca... quem vai ser o proximo escritor... Galliun? Maedhros? Ha! Pelo menos se um desses dois escrever algo ruim eu caio com garras e presass sem nenhum remorso... Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Lilith Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Senti falta de fazer uma boa critica, ultimamente eu to soltando raios pra todo lado... Mas não agora, ótima introdução, parece ter sido bem revisada, não vi nada gritante, e foi bem estruturado. Vamos torcer para manter o padrão de qualidade. Depois da Metra e do GK o OT começou a migrar pra ca... quem vai ser o proximo escritor... Galliun? Maedhros? Ha! Pelo menos se um desses dois escrever algo ruim eu caio com garras e presass sem nenhum remorso... Eu acho que sempre estivemos aqui, graças a Tenko eu diria. E você que veio só pelo Gk e pela Metra [/verg] Bellaa, sua fic tem flood já. Bom sinal. Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Casa & Video Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Ahhhh! Ótima gramática, excelente descrição. É a melhor fic que eu já li, (e olha que eu já li ótimas fics) ganha de todas outras, tem muito a prometer. Ganhou seu primeiro "fan número 1". Continua, Continua. Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Draken Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Senti falta de fazer uma boa critica, ultimamente eu to soltando raios pra todo lado... Mas não agora, ótima introdução, parece ter sido bem revisada, não vi nada gritante, e foi bem estruturado. Vamos torcer para manter o padrão de qualidade. Depois da Metra e do GK o OT começou a migrar pra ca... quem vai ser o proximo escritor... Galliun? Maedhros? Ha! Pelo menos se um desses dois escrever algo ruim eu caio com garras e presass sem nenhum remorso... Eu acho que sempre estivemos aqui, graças a Tenko eu diria. E você que veio só pelo Gk e pela Metra [/verg] Bellaa, sua fic tem flood já. Bom sinal. Epa, epa, epa. Eu não vim pra ca só pelos dois não. Esta foi uma das primeiras seções do forum da qual eu participei, só fui pro OT mais tarde, e mesmo assim eu passo a maior parte do meu tempo por aqui. Por sinal antes de começar a postar eu SÓ ficava nesta área. E eu sei que a tenko ficava aqui (você eu nunca prestei atenção) quando eu disse "Pessoal do OT" eu quis dizer gente que dificilmente dava as caras, como a Metra e o GK, não coloque palavras na minha boca está bem. E acreditem ou não o Galliun está mesmo escrevendo um fic. Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Khelek Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Ora, ora, então finalmente a Bella resolveu tomar coragem e fazer a fic dela? [/lala] Até agora não tenho o que reclamar, a história está clara, coesa, o vocabulário é vasto e a gramática invejável, espero que continue assim no futuro. É fato que as fics do fórum mostram as verdadeiras motivações e esperanças dos jogadores, estou ansioso para descobrir as suas. Senti falta de fazer uma boa critica, ultimamente eu to soltando raios pra todo lado... Mas não agora, ótima introdução, parece ter sido bem revisada, não vi nada gritante, e foi bem estruturado. Vamos torcer para manter o padrão de qualidade. Depois da Metra e do GK o OT começou a migrar pra ca... quem vai ser o proximo escritor... Galliun? Maedhros? Ha! Pelo menos se um desses dois escrever algo ruim eu caio com garras e presass sem nenhum remorso... Eu acho que sempre estivemos aqui, graças a Tenko eu diria. E você que veio só pelo Gk e pela Metra [/verg] Bellaa, sua fic tem flood já. Bom sinal. Epa, epa, epa. Eu não vim pra ca só pelos dois não. Esta foi uma das primeiras seções do forum da qual eu participei, só fui pro OT mais tarde, e mesmo assim eu passo a maior parte do meu tempo por aqui. Por sinal antes de começar a postar eu SÓ ficava nesta área. Agreed. O Pessoal do OT só veio aqui bem mais tarde... Não deveriam ter vindo nunca, é tudo culpa da Metra. Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Davlamin Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Gostei, ficou bem legal o/ Agora deixa eu sair de fininho pq tenho que ler a do Magus ainda, se não ele vai brigar comigo. Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
*Akromo* Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Pô Bella, eu curti o começo, realmente foi MUITO bem escrita, e você tem um jeito interessante de narrar os fatos... Espero ler mais dela =D Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Bellatrix~* Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Capítulo 1 - Traçando Horizontes Através da pequena janela da casa escondida pelas várias ruas de Alberta, uma garota observava os pingos de chuva caírem do lado de fora. Pouco antes, sua mãe viera desejar a ela uma boa noite e teve de conter-se para não deixar sua emoção lhe trair: seria a última noite que passaria naquela casa. Aquele não era seu lugar, oprimida por aquelas paredes e vidraças, relegada ao papel de costurar ou ajudar nas tarefas domésticas. Não nascera para limitar aos muros de uma casa seu mundo. Desde criança, encantava-se com as histórias contadas pelos bardos. Não apenas os contos sobre lugares distantes ou batalhas dos deuses, mas principalmente das lutas dos humanos contra os monstros. Seu coração se agitava ao ouvir sobre a antiga capital amaldiçoada pelos demônios, assim como sobre a destruição da cidade dos elfos. Ansiava por mais ao ouvir histórias de aventureiros que se uniam para enfrentar monstros poderosos como o Bafomé, mesmo que várias dessas expedições jamais voltassem. Além das histórias ouvidas sempre que possível na praça da cidade, era com grande admiração que observava os guerreiros que de tempos em tempos passavam pelas ruas em busca de honra e glória ou mesmo fama e fortuna. Era com deleite que observava as armaduras e armas que empunhavam e seu ar garboso de quem procurava alcançar os horizontes mais amplos possíveis. Seja das janelas, seja nas ocasiões em que estava na rua, parava o que quer que estivesse fazendo para observá-los. Na medida em que foi crescendo, o deleite foi sendo substituído lentamente pelo desejo de lançar-se em busca de terras distantes e monstros lendários. Ao anunciar sua intenção de entrar nas fileiras contra os monstros, recebeu como resposta de seus pais apenas risadas. Deveria contentar-se com sua casa e afazeres domésticos, não em empunhar espadas e vestir armaduras! Isso cabia a seu irmão mais velho, que se tornara recentemente um espadachim, quando fosse um pouco mais velha, riria da insensatez de seus sonhos. Não adiantava argumentar – eram aqueles os horizontes que os pais traçaram para ela, mas não os que desejava ter. Habilmente, continuou a esgueirar-se pelas sombras e escapar do serviço doméstico para visitar a praça central e ouvir as histórias dos bardos. Naqueles tempos, as histórias que mais a encantavam eram sobre uma mercenária chamada Lilith: seus feitos e habilidades eram espalhados aos quatro ventos, sua elegância e perícia com armas. As canções sobre suas habilidades, assim como suas lutas e feitos, percorriam o reino na velocidade da luz. Grande parte das canções era dedicada a ela, a seus gestos seguros, seu domínio da técnica e também sua beleza deslumbrante. Ao ouvir essas histórias, a garota ansiava por poder ser como a lendária mercenária. As histórias sobre grandes magas, amazonas ou caçadoras não a empolgavam tanto quanto as histórias sobre mercenários, em especial, sobre Lilith. Caso pudesse pedir um único desejo a Odin, seria tornar-se também uma mercenária, nem que por apenas um dia. Tais sonhos, que já eram ridículos aos olhos de seus familiares, poderiam assumir contornos quase escandalosos caso assumisse suas intenções de viajar a Morroc e iniciar seus treinamentos para se tornar uma mercenária, ainda mais porque seu irmão, Pietro, tornara-se um cavaleiro. Mas, ao contrário do que preceituava a ordem, estava mais interessado em aumentar seu poder. Na mesa de jantar, com a família, na comemoração de sua investidura, vangloriava-se de seus feitos – para uma pessoa acostumada a histórias de terras distantes como a jovem, todas elas soavam artificiais demais – e de como estava estudando juntar-se a um clã de guerreiros, numa tentativa de juntar mais tesouros e principalmente, subjugar todos os outros cavaleiros. Era estranho ouvi-lo falar dessa forma, ainda mais sabendo que a honra deveria ser a primeira meta a ser cumprida por um cavaleiro em todos os seus dias. Não parecia haver honra alguma em tais intenções, mas apenas a cobiça. Ainda, os pais resolveram que já era hora da jovem se casar. Apresentaram-lhe um noivo, um sujeito que trazia a ela muito mais repulsa do que qualquer alegria ou expectativa. Não adiantava, porém, opor-se aos desígnios familiares: para eles, deveria se casar, o fato de gostar ou não da idéia era apenas um detalhe insignificante. Escapava furtivamente da casa para ouvir mais e mais histórias contadas pelos bardos e viajantes, para ela uma vida de aventuras e viagens era muito mais fascinante do que ficar presa às paredes de uma vida monótona e restrita. Não suportava a idéia de passar toda a sua vida entre costuras, faxinas e agrados a um marido que repudiava. Mesmo que fosse para morrer ainda na juventude, preferia conhecer o mundo, lutar contra monstros, sentir na pele o furor de batalha. Se não fosse um sonho muito grande, até mesmo conhecer Lilith, a guerreira que tanto admirava. Olhava para o mar que se estendia além do porto da cidade. Não podia ver o outro lado, nem mesmo saber o que havia caso seguisse sempre adiante. Era tal liberdade que desejava para si, era aquele horizonte que almejava alcançar e não a prisão de paredes, convenções e conveniências. Naquele momento, tomou a decisão que alteraria para sempre sua vida. Por algumas semanas, juntou algum dinheiro, algumas poucas economias, além de conseguir comprar uma faca simples e fraca mas que já não a deixaria desarmada. Soube que um grupo de jovens iria se inscrever nos campos de treinamento para guerreiros e que sairiam em comitiva na noite do dia de Thor. Naquele dia, munida de suas economias, uma pequena bolsa com seus pertences pessoais e sua faca, esperou que a casa dormisse para, furtivamente, descer pelos corredores sem que ninguém percebesse seus passos. Tinha aprendido a ser silenciosa como uma gata, ou melhor, admirava nos gatos a elegância e furtividade. Mais do que isso, admirava o senso de liberdade dos gatos, o fato de não serem subjugados por paredes ou casas. Ao chegar perto da janela de onde sairia, deparou-se com um espelho. Admirou rapidamente a garota refletida nele: um tanto alta e de porte elegante. Apenas os cabelos ruivos de um tom meio desbotado destoavam de tal elegância, ainda mais presos como estavam. Tinha os olhos negros extremamente profundos e brilhantes e um certo sorriso de excitação percorria sua face. Ao sair da casa, sussurrou levemente: - Adeus... Tinha escolhido traçar seu próprio destino, definir seu próprio horizonte. Molhava-se na chuva enquanto caminhava para se integrar à comitiva de viajantes, mas não se importava com o banho acidental. Era quase uma bênção enviada pelos deuses para celebrar o caminho que tinha escolhido. Não sabia se algum dia voltaria a Alberta, provavelmente alguns anos se passariam antes disso, mas talvez seu nome algum dia atravessasse as terras, bardos comporiam canções e lendas surgiriam ao seu redor. Finalmente tinha orgulho de seu nome, do nome pelo qual desejava ficar conhecida. Anna Karen. Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Lilith Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Uhuul /o/ Ta ótima Bellinha, passa as sensações dela duma forma bem legal. *curiosidade* /o\ Cadê o próximo capitulo? [/pif] *runz* Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Galliun Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Gostei, achei bem narrado. Quero ver mais [/s] Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Draken Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Senti falta de fazer uma boa critica, ultimamente eu to soltando raios pra todo lado... Mas não agora, ótima introdução, parece ter sido bem revisada, não vi nada gritante, e foi bem estruturado. Vamos torcer para manter o padrão de qualidade. Depois da Metra e do GK o OT começou a migrar pra ca... quem vai ser o proximo escritor... Galliun? Maedhros? Ha! Pelo menos se um desses dois escrever algo ruim eu caio com garras e presass sem nenhum remorso... Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Lilith Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Senti falta de fazer uma boa critica, ultimamente eu to soltando raios pra todo lado... Mas não agora, ótima introdução, parece ter sido bem revisada, não vi nada gritante, e foi bem estruturado. Vamos torcer para manter o padrão de qualidade. Depois da Metra e do GK o OT começou a migrar pra ca... quem vai ser o proximo escritor... Galliun? Maedhros? Ha! Pelo menos se um desses dois escrever algo ruim eu caio com garras e presass sem nenhum remorso... Eu acho que sempre estivemos aqui, graças a Tenko eu diria. E você que veio só pelo Gk e pela Metra [/verg] Bellaa, sua fic tem flood já. Bom sinal. Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Casa & Video Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Ahhhh! Ótima gramática, excelente descrição. É a melhor fic que eu já li, (e olha que eu já li ótimas fics) ganha de todas outras, tem muito a prometer. Ganhou seu primeiro "fan número 1". Continua, Continua. Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Draken Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Senti falta de fazer uma boa critica, ultimamente eu to soltando raios pra todo lado... Mas não agora, ótima introdução, parece ter sido bem revisada, não vi nada gritante, e foi bem estruturado. Vamos torcer para manter o padrão de qualidade. Depois da Metra e do GK o OT começou a migrar pra ca... quem vai ser o proximo escritor... Galliun? Maedhros? Ha! Pelo menos se um desses dois escrever algo ruim eu caio com garras e presass sem nenhum remorso... Eu acho que sempre estivemos aqui, graças a Tenko eu diria. E você que veio só pelo Gk e pela Metra [/verg] Bellaa, sua fic tem flood já. Bom sinal. Epa, epa, epa. Eu não vim pra ca só pelos dois não. Esta foi uma das primeiras seções do forum da qual eu participei, só fui pro OT mais tarde, e mesmo assim eu passo a maior parte do meu tempo por aqui. Por sinal antes de começar a postar eu SÓ ficava nesta área. E eu sei que a tenko ficava aqui (você eu nunca prestei atenção) quando eu disse "Pessoal do OT" eu quis dizer gente que dificilmente dava as caras, como a Metra e o GK, não coloque palavras na minha boca está bem. E acreditem ou não o Galliun está mesmo escrevendo um fic. Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Khelek Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Ora, ora, então finalmente a Bella resolveu tomar coragem e fazer a fic dela? [/lala] Até agora não tenho o que reclamar, a história está clara, coesa, o vocabulário é vasto e a gramática invejável, espero que continue assim no futuro. É fato que as fics do fórum mostram as verdadeiras motivações e esperanças dos jogadores, estou ansioso para descobrir as suas. Senti falta de fazer uma boa critica, ultimamente eu to soltando raios pra todo lado... Mas não agora, ótima introdução, parece ter sido bem revisada, não vi nada gritante, e foi bem estruturado. Vamos torcer para manter o padrão de qualidade. Depois da Metra e do GK o OT começou a migrar pra ca... quem vai ser o proximo escritor... Galliun? Maedhros? Ha! Pelo menos se um desses dois escrever algo ruim eu caio com garras e presass sem nenhum remorso... Eu acho que sempre estivemos aqui, graças a Tenko eu diria. E você que veio só pelo Gk e pela Metra [/verg] Bellaa, sua fic tem flood já. Bom sinal. Epa, epa, epa. Eu não vim pra ca só pelos dois não. Esta foi uma das primeiras seções do forum da qual eu participei, só fui pro OT mais tarde, e mesmo assim eu passo a maior parte do meu tempo por aqui. Por sinal antes de começar a postar eu SÓ ficava nesta área. Agreed. O Pessoal do OT só veio aqui bem mais tarde... Não deveriam ter vindo nunca, é tudo culpa da Metra. Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Davlamin Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Gostei, ficou bem legal o/ Agora deixa eu sair de fininho pq tenho que ler a do Magus ainda, se não ele vai brigar comigo. Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
*Akromo* Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Pô Bella, eu curti o começo, realmente foi MUITO bem escrita, e você tem um jeito interessante de narrar os fatos... Espero ler mais dela =D Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Sailorcheer Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Muito boa, Bella! Adorei!!! Quando vem o próximo? /e2 Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Bellatrix~* Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Capítulo 2 – Uma Nova Vida - Seu nome é Anna Karen? Lindo nome! Aqui está seu comprovante de inscrição, agora você deve entrar por aquele portão para continuar o curso. A garota sorriu enquanto pegava o comprovante de inscrição enquanto pensava que a recepcionista devia dizer o mesmo sobre os nomes de todos que se inscreviam ali. Tinha dormido por praticamente toda a viagem e não vira o percurso feito, mas certamente só havia estado mais longe de casa em seus sonhos. Foi com muita empolgação que se inscreveu no treinamento, juntamente com mais alguns jovens com espírito de aventura. O curso era até simples. Primeiro, aulas básicas sobre ataque e defesa, passando pelo estudo de monstros, de armas e armaduras, de itens que a auxiliariam em batalha. Aprendeu sobre habilidades e, como um prêmio por seu sucesso em cada aula, já estava muito melhor equipada do que suas roupas caseiras e uma faca. Já tinha uma roupa de batalha, assim como uma adaga e um escudo, mesmo que apenas para treinamento. Não que fossem as melhores armas disponíveis, mas já seriam de grande ajuda caso quisesse enfrentar algum monstro. Anna podia notar o quanto já aprendera, mesmo não entrando em algum combate real. Conhecendo a teoria, tinha certeza de que já se sairia muito melhor em uma situação de batalha do que quando entrara ali. Sua última lição tinha sido uma técnica especial de cura de ferimentos leves, apenas os primeiros socorros antes de procurar pelos serviços de um sacerdote para tratamento mais adequado. Estava no meio da exposição do último instrutor antes de seus testes de campo, sobre maneiras mais efetivas de treinar. Após ouvi-lo com atenção, foi autorizada a ir para o campo de treinamentos práticos, caso não quisesse retomar alguma das lições anteriores. A garota sentiu uma certa pontada de insegurança, afinal nunca tinha visto um monstro em sua frente! No máximo alguns porings e lunáticos usados como animais de estimação, mas jamais em sua vida natural no campo. Talvez deveria dar mais uma volta pelo centro de treinamento, reunir um pouco de segurança. Passeando pelo grande hall que conduzia aos instrutores, viu em um canto uma garota limpando suas mãos no avental de seu uniforme marrom, enquanto sorria simpaticamente. Anna se lembrava de já ter visto outras moças com o mesmo uniforme pelas ruas de Alberta, mas jamais se aproximara de alguma delas. Não tinham utilidade para os simples aldeões, cabia a elas o atendimento de um público bem diferente – e, podia dizer assim, especial. Aproximou-se dela com curiosidade: - Quem é você? - Sou uma funcionária da Empresa Kafra, que sempre estará a seu lado em suas aventuras! Se precisar de nossos serviços, poderá contar com uma de nossas funcionárias em qualquer ponto de Rune-Midgard! - Serviços? - Oferecemos o armazém de seus itens. É um bolso dimensional – não me peça para explicar esses termos agora, por favor! -, seu item fica guardado em perfeita segurança e você poderá pegá-lo em qualquer parte do mundo! Para isso cobramos uma pequena taxa de administração, nada muito caro. Também oferecemos serviços de teleporte. - Teleporte? - Sim, como as estradas são muito perigosas, ou mesmo há grande distâncias a serem percorridas, oferecemos um serviço de teleporte entre cidades, onde você fará a viagem instantaneamente com conforto e segurança. Gostaria de testar? - Como assim testar? – Anna ainda tentava absorver todas as informações adquiridas durante sua estadia ali. - Você pode ser enviada para alguma cidade agora. – Havia alguma outra informação que a Kafra deveria fornecer, mas ela não se lembrava qual era. – Gostaria de ir para Prontera? Prontera? A capital? Mas é claro que Anna gostaria, conforme ela respondeu. - Então faça uma boa viagem! Após a partida da jovem, a funcionária Kafra arregalou os olhos depressa e pôs a mão sobre os lábios devagar. Uma vez deixado o campo de treinamento, pelo motivo que fosse, não havia retorno. Bom, que a aprendiz tivesse sorte em Prontera e não descobrisse o erro para fazer uma reclamação na Central Kafra depois... A jovem aprendiz ainda estava meio tonta com a viagem quando abriu os olhos e se viu diante da rua principal da cidade, lotada de pessoas, sons e confusão! Podia ver mercadores gritando preços em suas pequenas lojas pelas ruas, assim como cavaleiros que passavam imponentemente em seus peco-pecos, caçadores alimentando seus falcões, sacerdotes com suas batinas características, além de vários aprendizes. Ao checar os bolsos, deu-se conta de que não tinha muito dinheiro e umas poucas provisões que trouxera do campo dos aprendizes. Não dava para comprar muita coisa, além disso nem sabia o que lhe seria útil ou não. Podia ver alguns passantes examinando capas e armas nas lojas dos mercadores ambulantes, mas não conhecia muito de suas propriedades. Não sabia nem ao certo para onde ir ou o que poderia fazer. Ou melhor, havia dentro de si uma vontade que trouxera desde os dias em que ouvira as primeiras histórias de sua infância. Andando pela rua, ainda observando a confusão diária que desconhecia, pôde ver um bardo com seu alaúde deixando uma loja, com uma expressão de quem tinha feito um grande negócio. Abordou-o rapidamente: - Com licença, senhor bardo. - Sim? - Onde posso me tornar um bardo também? O bardo observou-a de alto a baixo e não pôde conter as risadas antes de responder: - Mas mulheres não podem se tornar bardos! Anna arregalou os olhos, profundamente decepcionada. Não poderia então cantar sobre terras distantes, batalhas, viajar por todo o mundo espalhando os grandes feitos de guerreiros? Não poderia visitar calabouços ou mesmo incentivar um grupo de aventureiros com suas canções? - Mas você pode se tornar uma odalisca se assim o desejar... – O bardo disse, penalizado pela expressão de desapontamento da aprendiz. - E como consigo isso? - Primeiro, terá de se tornar uma arqueira em Payon e, quando estiver hábil com arcos e flechas, tentar os testes de dança em Comodo. - Obrigada. Anna saiu compenetrada naquela possibilidade. Odalisca? Tinha agilidade o suficiente em seu corpo para dançar, assim como destreza para executar corretamente os movimentos. Era uma opção, mas como viajar para Payon para começar seu treinamento como arqueira? Nem sabia para qual direção seguir! Poderia perguntar para algum dos passantes como prosseguir... - Com licença... – disse para uma sacerdotisa que passava por ali, mas foi solenemente ignorada. - Ei... – Perguntou para um templário, que respondeu-lhe rispidamente. - Saia daqui agora, não tenho dinheiro para te dar! - Por favor... – abordou uma mercadora, que apertou o passo rapidamente. Será que não havia solidariedade entre as pessoas da cidade, que não poderiam dar a ela uma única informação? Que era um desaforo muito grande fazer uma simples pergunta? Não era obrigada a conhecer várias das coisas que lhe eram apresentadas, estava ali para tentar descobri-las... Sua última esperança residia em um último transeunte que lhe chamara a atenção pela cor prateada dos cabelos e pelas roupas um tanto diferentes daquelas que já tinha visto: calças de um tom verde-escuro, com uma camisa de um tom amarelo um pouco forte. Olhava para as lojas com atenção, procurando alguma oferta, parecia levemente distraído... Aproximou-se, receosa de novamente não ser respondida, e perguntou: - Por favor... Onde fica Payon? - Para o sul. Mas para chegar lá terá de passar pelo deserto, depois por uma floresta fechada. - Mas... eu... – a voz desaparecia em sua garganta. Não se acreditava forte o suficiente para atravessar um deserto e uma floresta, nunca tinha ao menos visto um monstro em sua frente! Certamente seria morta por alguma criatura agressiva antes de sequer cogitar chegar a algum lugar. - Posso te acompanhar até lá se quiser. Tenho assuntos a resolver em Payon de qualquer forma. Anna então sorriu aliviada. Sua viagem parecia ter começado de uma boa forma! Era hora então de ir a Payon e treinar bastante para tornar-se uma aventureira! *** Talvez meio confuso, mas de qualquer modo... Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Metra Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Agreed. O Pessoal do OT só veio aqui bem mais tarde... Não deveriam ter vindo nunca, é tudo culpa da Metra. Ha ha ha How are you gentlemen !! All your base are belong to us. You are on the way to destruction. There is no chance to survive make your time. *Desaparece* Eu só acelerei algo que já iria acontecer. VIVA LA REVOLUTION. Hm. Anna Karen. Dois dos meus nomes favoritos. Ponto comigo. Como já disseram, poucas coisas gritantes. Estou gostando bastante da fic - Sua narrativa é muito boa. E não me culpem pela invasão do OT! *Le point* Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Galliun Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 Vou ser puxa-saco e postar mais uma vez. Gostei. O cavalheiro de camisa amarela é quem eu penso que é? [/heh] Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Khelek Postado Março 12, 2007 Compartilhar Postado Março 12, 2007 E não me culpem pela invasão do OT! *Le point* Quer que agente culpe quem? Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
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