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Como as Luzes do Céu Noturno


Lycaeon

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Capítulo 1 - Traçando Horizontes

 

 

 

 

 

            Através

da pequena janela da casa escondida pelas várias ruas de Alberta, uma garota

observava os pingos de chuva caírem do lado de fora. Pouco antes, sua mãe viera

desejar a ela uma boa noite e teve de conter-se para não deixar sua emoção lhe

trair: seria a última noite que passaria naquela casa. Aquele não era seu

lugar, oprimida por aquelas paredes e vidraças, relegada ao papel de costurar

ou ajudar nas tarefas domésticas. Não nascera para limitar aos muros de uma

casa seu mundo.

 

 

            Desde

criança, encantava-se com as histórias contadas pelos bardos. Não apenas os

contos sobre lugares distantes ou batalhas dos deuses, mas principalmente das

lutas dos humanos contra os monstros. Seu coração se agitava ao ouvir sobre a

antiga capital amaldiçoada pelos demônios, assim como sobre a destruição da

cidade dos elfos. Ansiava por mais ao ouvir histórias de aventureiros que se

uniam para enfrentar monstros poderosos como o Bafomé, mesmo que várias dessas

expedições jamais voltassem.

 

 

            Além

das histórias ouvidas sempre que possível na praça da cidade, era com grande

admiração que observava os guerreiros que de tempos em tempos passavam pelas

ruas em busca de honra e glória ou mesmo fama e fortuna. Era com deleite que

observava as armaduras e armas que empunhavam e seu ar garboso de quem

procurava alcançar os horizontes mais amplos possíveis. Seja das janelas, seja nas

ocasiões em que estava na rua, parava o que quer que estivesse fazendo para

observá-los.

 

 

            Na

medida em que foi crescendo, o deleite foi sendo substituído lentamente pelo

desejo de lançar-se em busca de terras distantes e monstros lendários. Ao

anunciar sua intenção de entrar nas fileiras contra os monstros, recebeu como

resposta de seus pais apenas risadas. Deveria contentar-se com sua casa e

afazeres domésticos, não em empunhar espadas e vestir armaduras! Isso cabia a

seu irmão mais velho, que se tornara recentemente um espadachim, quando fosse

um pouco mais velha, riria da insensatez de seus sonhos. Não adiantava

argumentar – eram aqueles os horizontes que os pais traçaram para ela, mas não

os que desejava ter.

 

 

            Habilmente,

continuou a esgueirar-se pelas sombras e escapar do serviço doméstico para

visitar a praça central e ouvir as histórias dos bardos. Naqueles tempos, as

histórias que mais a encantavam eram sobre uma mercenária chamada Lilith: seus

feitos e habilidades eram espalhados aos quatro ventos, sua elegância e perícia

com armas. As canções sobre suas habilidades, assim como suas lutas e feitos,

percorriam o reino na velocidade da luz. Grande parte das canções era dedicada

a ela, a seus gestos seguros, seu domínio da técnica e também sua beleza

deslumbrante. Ao ouvir essas histórias, a garota ansiava por poder ser como a

lendária mercenária. As histórias sobre grandes magas, amazonas ou caçadoras não

a empolgavam tanto quanto as histórias sobre mercenários, em especial, sobre

Lilith. Caso pudesse pedir um único desejo a Odin, seria tornar-se também uma

mercenária, nem que por apenas um dia.

 

 

            Tais

sonhos, que já eram ridículos aos olhos de seus familiares, poderiam assumir

contornos quase escandalosos caso assumisse suas intenções de viajar a Morroc e

iniciar seus treinamentos para se tornar uma mercenária, ainda mais porque seu

irmão, Pietro, tornara-se um cavaleiro. Mas, ao contrário do que preceituava a

ordem, estava mais interessado em aumentar seu poder. Na mesa de jantar, com a

família, na comemoração de sua investidura, vangloriava-se de seus feitos –

para uma pessoa acostumada a histórias de terras distantes como a jovem, todas

elas soavam artificiais demais – e de como estava estudando juntar-se a um clã

de guerreiros, numa tentativa de juntar mais tesouros e principalmente,

subjugar todos os outros cavaleiros. Era estranho ouvi-lo falar dessa forma,

ainda mais sabendo que a honra deveria ser a primeira meta a ser cumprida por

um cavaleiro em todos os seus dias. Não parecia haver  honra alguma em tais intenções, mas apenas a

cobiça.

 

 

            Ainda,

os pais resolveram que já era hora da jovem se casar. Apresentaram-lhe um

noivo, um sujeito que trazia a ela muito mais repulsa do que qualquer alegria

ou expectativa. Não adiantava, porém, opor-se aos desígnios familiares: para

eles, deveria se casar, o fato de gostar ou não da idéia era apenas um detalhe

insignificante.

 

 

            Escapava

furtivamente da casa para ouvir mais e mais histórias contadas pelos bardos e

viajantes, para ela uma vida de aventuras e viagens era muito mais fascinante

do que ficar presa às paredes de uma vida monótona e restrita. Não suportava a

idéia de passar toda a sua vida entre costuras, faxinas e agrados a um marido

que repudiava. Mesmo que fosse para morrer ainda na juventude, preferia

conhecer o mundo, lutar contra monstros, sentir na pele o furor de batalha. Se

não fosse um sonho muito grande, até mesmo conhecer Lilith, a guerreira que tanto

admirava.

 

 

            Olhava

para o mar que se estendia além do porto da cidade. Não podia ver o outro lado,

nem mesmo saber o que havia caso seguisse sempre adiante. Era tal liberdade que

desejava para si, era aquele horizonte que almejava alcançar e não a prisão de

paredes, convenções e conveniências. Naquele momento, tomou a decisão que

alteraria para sempre sua vida.

 

 

            Por

algumas semanas, juntou algum dinheiro, algumas poucas economias, além de

conseguir comprar uma faca simples e fraca mas que já não a deixaria desarmada.

Soube que um grupo de jovens iria se inscrever nos campos de treinamento para

guerreiros e que sairiam em comitiva na noite do dia de Thor. Naquele dia,

munida de suas economias, uma pequena bolsa com seus pertences pessoais e sua

faca, esperou que a casa dormisse para, furtivamente, descer pelos corredores

sem que ninguém percebesse seus passos. Tinha aprendido a ser silenciosa como

uma gata, ou melhor, admirava nos gatos a elegância e furtividade. Mais do que

isso, admirava o senso de liberdade dos gatos, o fato de não serem subjugados

por paredes ou casas.

 

 

            Ao

chegar perto da janela de onde sairia, deparou-se com um espelho. Admirou

rapidamente a garota refletida nele: um tanto alta e de porte elegante. Apenas

os cabelos ruivos de um tom meio desbotado destoavam de tal elegância, ainda

mais presos como estavam. Tinha os olhos negros extremamente profundos e

brilhantes e um certo sorriso de excitação percorria sua face.

 

 

            Ao

sair da casa, sussurrou levemente:

 

 

            -

Adeus...

 

 

            Tinha

escolhido traçar seu próprio destino, definir seu próprio horizonte. Molhava-se

na chuva enquanto caminhava para se integrar à comitiva de viajantes, mas não

se importava com o banho acidental. Era quase uma bênção enviada pelos deuses

para celebrar o caminho que tinha escolhido.

 

 

            Não

sabia se algum dia voltaria a Alberta, provavelmente alguns anos se passariam

antes disso, mas talvez seu nome algum dia atravessasse as terras, bardos

comporiam canções e lendas surgiriam ao seu redor. Finalmente tinha orgulho de

seu nome, do nome pelo qual desejava ficar conhecida.

 

 

            Anna

Karen. 

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Senti falta de fazer uma boa critica, ultimamente eu to soltando raios pra todo lado...

Mas não agora, ótima introdução, parece ter sido bem revisada, não vi nada gritante, e foi bem estruturado. Vamos torcer para manter o padrão de qualidade.

 

Depois da Metra e do GK o OT começou a migrar pra ca... quem vai ser o proximo escritor... Galliun? Maedhros? Ha! Pelo menos se um desses dois escrever algo ruim eu caio com garras e presass sem nenhum remorso...

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Senti falta de fazer uma boa critica, ultimamente eu to soltando raios pra todo lado...

Mas não agora, ótima introdução, parece ter sido bem revisada, não vi nada gritante, e foi bem estruturado. Vamos torcer para manter o padrão de qualidade.

 

Depois da Metra e do GK o OT começou a migrar pra ca... quem vai ser o proximo escritor... Galliun? Maedhros? Ha! Pelo menos se um desses dois escrever algo ruim eu caio com garras e presass sem nenhum remorso...

Eu acho que sempre estivemos aqui, graças a Tenko eu diria.

E você que veio só pelo Gk e pela Metra [/verg]

 

Bellaa, sua fic tem flood já. Bom sinal.

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Senti falta de fazer uma boa critica, ultimamente eu to soltando raios pra todo lado...

Mas não agora, ótima introdução, parece ter sido bem revisada, não vi nada gritante, e foi bem estruturado. Vamos torcer para manter o padrão de qualidade.

 

Depois da Metra e do GK o OT começou a migrar pra ca... quem vai ser o proximo escritor... Galliun? Maedhros? Ha! Pelo menos se um desses dois escrever algo ruim eu caio com garras e presass sem nenhum remorso...

Eu acho que sempre estivemos aqui, graças a Tenko eu diria.

E você que veio só pelo Gk e pela Metra [/verg]

 

Bellaa, sua fic tem flood já. Bom sinal.

Epa, epa, epa. Eu não vim pra ca só pelos dois não. Esta foi uma das primeiras seções do forum da qual eu participei, só fui pro OT mais tarde, e mesmo assim eu passo a maior parte do meu tempo por aqui. Por sinal antes de começar a postar eu SÓ ficava nesta área.

E eu sei que a tenko ficava aqui (você eu nunca prestei atenção) quando eu disse "Pessoal do OT" eu quis dizer gente que dificilmente dava as caras, como a Metra e o GK, não coloque palavras na minha boca está bem.

E acreditem ou não o Galliun está mesmo escrevendo um fic.

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Ora, ora, então finalmente a Bella resolveu tomar coragem e fazer a fic dela? [/lala]

Até agora não tenho o que reclamar, a história está clara, coesa, o vocabulário é vasto e a gramática invejável, espero que continue assim no futuro.

É fato que as fics do fórum mostram as verdadeiras motivações e esperanças dos jogadores, estou ansioso para descobrir as suas.

Senti falta de fazer uma boa critica, ultimamente eu to soltando raios pra todo lado...

Mas não agora, ótima introdução, parece ter sido bem revisada, não vi nada gritante, e foi bem estruturado. Vamos torcer para manter o padrão de qualidade.

 

Depois da Metra e do GK o OT começou a migrar pra ca... quem vai ser o proximo escritor... Galliun? Maedhros? Ha! Pelo menos se um desses dois escrever algo ruim eu caio com garras e presass sem nenhum remorso...

Eu acho que sempre estivemos aqui, graças a Tenko eu diria.

E você que veio só pelo Gk e pela Metra [/verg]

 

Bellaa, sua fic tem flood já. Bom sinal.

Epa, epa, epa. Eu não vim pra ca só pelos dois não. Esta foi uma das primeiras seções do forum da qual eu participei, só fui pro OT mais tarde, e mesmo assim eu passo a maior parte do meu tempo por aqui. Por sinal antes de começar a postar eu SÓ ficava nesta área.

Agreed. O Pessoal do OT só veio aqui bem mais tarde...

Não deveriam ter vindo nunca, é tudo culpa da Metra.

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Capítulo 1 - Traçando Horizontes

 

 

 

 

 

            Através

da pequena janela da casa escondida pelas várias ruas de Alberta, uma garota

observava os pingos de chuva caírem do lado de fora. Pouco antes, sua mãe viera

desejar a ela uma boa noite e teve de conter-se para não deixar sua emoção lhe

trair: seria a última noite que passaria naquela casa. Aquele não era seu

lugar, oprimida por aquelas paredes e vidraças, relegada ao papel de costurar

ou ajudar nas tarefas domésticas. Não nascera para limitar aos muros de uma

casa seu mundo.

 

 

            Desde

criança, encantava-se com as histórias contadas pelos bardos. Não apenas os

contos sobre lugares distantes ou batalhas dos deuses, mas principalmente das

lutas dos humanos contra os monstros. Seu coração se agitava ao ouvir sobre a

antiga capital amaldiçoada pelos demônios, assim como sobre a destruição da

cidade dos elfos. Ansiava por mais ao ouvir histórias de aventureiros que se

uniam para enfrentar monstros poderosos como o Bafomé, mesmo que várias dessas

expedições jamais voltassem.

 

 

            Além

das histórias ouvidas sempre que possível na praça da cidade, era com grande

admiração que observava os guerreiros que de tempos em tempos passavam pelas

ruas em busca de honra e glória ou mesmo fama e fortuna. Era com deleite que

observava as armaduras e armas que empunhavam e seu ar garboso de quem

procurava alcançar os horizontes mais amplos possíveis. Seja das janelas, seja nas

ocasiões em que estava na rua, parava o que quer que estivesse fazendo para

observá-los.

 

 

            Na

medida em que foi crescendo, o deleite foi sendo substituído lentamente pelo

desejo de lançar-se em busca de terras distantes e monstros lendários. Ao

anunciar sua intenção de entrar nas fileiras contra os monstros, recebeu como

resposta de seus pais apenas risadas. Deveria contentar-se com sua casa e

afazeres domésticos, não em empunhar espadas e vestir armaduras! Isso cabia a

seu irmão mais velho, que se tornara recentemente um espadachim, quando fosse

um pouco mais velha, riria da insensatez de seus sonhos. Não adiantava

argumentar – eram aqueles os horizontes que os pais traçaram para ela, mas não

os que desejava ter.

 

 

            Habilmente,

continuou a esgueirar-se pelas sombras e escapar do serviço doméstico para

visitar a praça central e ouvir as histórias dos bardos. Naqueles tempos, as

histórias que mais a encantavam eram sobre uma mercenária chamada Lilith: seus

feitos e habilidades eram espalhados aos quatro ventos, sua elegância e perícia

com armas. As canções sobre suas habilidades, assim como suas lutas e feitos,

percorriam o reino na velocidade da luz. Grande parte das canções era dedicada

a ela, a seus gestos seguros, seu domínio da técnica e também sua beleza

deslumbrante. Ao ouvir essas histórias, a garota ansiava por poder ser como a

lendária mercenária. As histórias sobre grandes magas, amazonas ou caçadoras não

a empolgavam tanto quanto as histórias sobre mercenários, em especial, sobre

Lilith. Caso pudesse pedir um único desejo a Odin, seria tornar-se também uma

mercenária, nem que por apenas um dia.

 

 

            Tais

sonhos, que já eram ridículos aos olhos de seus familiares, poderiam assumir

contornos quase escandalosos caso assumisse suas intenções de viajar a Morroc e

iniciar seus treinamentos para se tornar uma mercenária, ainda mais porque seu

irmão, Pietro, tornara-se um cavaleiro. Mas, ao contrário do que preceituava a

ordem, estava mais interessado em aumentar seu poder. Na mesa de jantar, com a

família, na comemoração de sua investidura, vangloriava-se de seus feitos –

para uma pessoa acostumada a histórias de terras distantes como a jovem, todas

elas soavam artificiais demais – e de como estava estudando juntar-se a um clã

de guerreiros, numa tentativa de juntar mais tesouros e principalmente,

subjugar todos os outros cavaleiros. Era estranho ouvi-lo falar dessa forma,

ainda mais sabendo que a honra deveria ser a primeira meta a ser cumprida por

um cavaleiro em todos os seus dias. Não parecia haver  honra alguma em tais intenções, mas apenas a

cobiça.

 

 

            Ainda,

os pais resolveram que já era hora da jovem se casar. Apresentaram-lhe um

noivo, um sujeito que trazia a ela muito mais repulsa do que qualquer alegria

ou expectativa. Não adiantava, porém, opor-se aos desígnios familiares: para

eles, deveria se casar, o fato de gostar ou não da idéia era apenas um detalhe

insignificante.

 

 

            Escapava

furtivamente da casa para ouvir mais e mais histórias contadas pelos bardos e

viajantes, para ela uma vida de aventuras e viagens era muito mais fascinante

do que ficar presa às paredes de uma vida monótona e restrita. Não suportava a

idéia de passar toda a sua vida entre costuras, faxinas e agrados a um marido

que repudiava. Mesmo que fosse para morrer ainda na juventude, preferia

conhecer o mundo, lutar contra monstros, sentir na pele o furor de batalha. Se

não fosse um sonho muito grande, até mesmo conhecer Lilith, a guerreira que tanto

admirava.

 

 

            Olhava

para o mar que se estendia além do porto da cidade. Não podia ver o outro lado,

nem mesmo saber o que havia caso seguisse sempre adiante. Era tal liberdade que

desejava para si, era aquele horizonte que almejava alcançar e não a prisão de

paredes, convenções e conveniências. Naquele momento, tomou a decisão que

alteraria para sempre sua vida.

 

 

            Por

algumas semanas, juntou algum dinheiro, algumas poucas economias, além de

conseguir comprar uma faca simples e fraca mas que já não a deixaria desarmada.

Soube que um grupo de jovens iria se inscrever nos campos de treinamento para

guerreiros e que sairiam em comitiva na noite do dia de Thor. Naquele dia,

munida de suas economias, uma pequena bolsa com seus pertences pessoais e sua

faca, esperou que a casa dormisse para, furtivamente, descer pelos corredores

sem que ninguém percebesse seus passos. Tinha aprendido a ser silenciosa como

uma gata, ou melhor, admirava nos gatos a elegância e furtividade. Mais do que

isso, admirava o senso de liberdade dos gatos, o fato de não serem subjugados

por paredes ou casas.

 

 

            Ao

chegar perto da janela de onde sairia, deparou-se com um espelho. Admirou

rapidamente a garota refletida nele: um tanto alta e de porte elegante. Apenas

os cabelos ruivos de um tom meio desbotado destoavam de tal elegância, ainda

mais presos como estavam. Tinha os olhos negros extremamente profundos e

brilhantes e um certo sorriso de excitação percorria sua face.

 

 

            Ao

sair da casa, sussurrou levemente:

 

 

            -

Adeus...

 

 

            Tinha

escolhido traçar seu próprio destino, definir seu próprio horizonte. Molhava-se

na chuva enquanto caminhava para se integrar à comitiva de viajantes, mas não

se importava com o banho acidental. Era quase uma bênção enviada pelos deuses

para celebrar o caminho que tinha escolhido.

 

 

            Não

sabia se algum dia voltaria a Alberta, provavelmente alguns anos se passariam

antes disso, mas talvez seu nome algum dia atravessasse as terras, bardos

comporiam canções e lendas surgiriam ao seu redor. Finalmente tinha orgulho de

seu nome, do nome pelo qual desejava ficar conhecida.

 

 

            Anna

Karen. 

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Senti falta de fazer uma boa critica, ultimamente eu to soltando raios pra todo lado...

Mas não agora, ótima introdução, parece ter sido bem revisada, não vi nada gritante, e foi bem estruturado. Vamos torcer para manter o padrão de qualidade.

 

Depois da Metra e do GK o OT começou a migrar pra ca... quem vai ser o proximo escritor... Galliun? Maedhros? Ha! Pelo menos se um desses dois escrever algo ruim eu caio com garras e presass sem nenhum remorso...

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Senti falta de fazer uma boa critica, ultimamente eu to soltando raios pra todo lado...

Mas não agora, ótima introdução, parece ter sido bem revisada, não vi nada gritante, e foi bem estruturado. Vamos torcer para manter o padrão de qualidade.

 

Depois da Metra e do GK o OT começou a migrar pra ca... quem vai ser o proximo escritor... Galliun? Maedhros? Ha! Pelo menos se um desses dois escrever algo ruim eu caio com garras e presass sem nenhum remorso...

Eu acho que sempre estivemos aqui, graças a Tenko eu diria.

E você que veio só pelo Gk e pela Metra [/verg]

 

Bellaa, sua fic tem flood já. Bom sinal.

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Senti falta de fazer uma boa critica, ultimamente eu to soltando raios pra todo lado...

Mas não agora, ótima introdução, parece ter sido bem revisada, não vi nada gritante, e foi bem estruturado. Vamos torcer para manter o padrão de qualidade.

 

Depois da Metra e do GK o OT começou a migrar pra ca... quem vai ser o proximo escritor... Galliun? Maedhros? Ha! Pelo menos se um desses dois escrever algo ruim eu caio com garras e presass sem nenhum remorso...

Eu acho que sempre estivemos aqui, graças a Tenko eu diria.

E você que veio só pelo Gk e pela Metra [/verg]

 

Bellaa, sua fic tem flood já. Bom sinal.

Epa, epa, epa. Eu não vim pra ca só pelos dois não. Esta foi uma das primeiras seções do forum da qual eu participei, só fui pro OT mais tarde, e mesmo assim eu passo a maior parte do meu tempo por aqui. Por sinal antes de começar a postar eu SÓ ficava nesta área.

E eu sei que a tenko ficava aqui (você eu nunca prestei atenção) quando eu disse "Pessoal do OT" eu quis dizer gente que dificilmente dava as caras, como a Metra e o GK, não coloque palavras na minha boca está bem.

E acreditem ou não o Galliun está mesmo escrevendo um fic.

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Ora, ora, então finalmente a Bella resolveu tomar coragem e fazer a fic dela? [/lala]

Até agora não tenho o que reclamar, a história está clara, coesa, o vocabulário é vasto e a gramática invejável, espero que continue assim no futuro.

É fato que as fics do fórum mostram as verdadeiras motivações e esperanças dos jogadores, estou ansioso para descobrir as suas.

Senti falta de fazer uma boa critica, ultimamente eu to soltando raios pra todo lado...

Mas não agora, ótima introdução, parece ter sido bem revisada, não vi nada gritante, e foi bem estruturado. Vamos torcer para manter o padrão de qualidade.

 

Depois da Metra e do GK o OT começou a migrar pra ca... quem vai ser o proximo escritor... Galliun? Maedhros? Ha! Pelo menos se um desses dois escrever algo ruim eu caio com garras e presass sem nenhum remorso...

Eu acho que sempre estivemos aqui, graças a Tenko eu diria.

E você que veio só pelo Gk e pela Metra [/verg]

 

Bellaa, sua fic tem flood já. Bom sinal.

Epa, epa, epa. Eu não vim pra ca só pelos dois não. Esta foi uma das primeiras seções do forum da qual eu participei, só fui pro OT mais tarde, e mesmo assim eu passo a maior parte do meu tempo por aqui. Por sinal antes de começar a postar eu SÓ ficava nesta área.

Agreed. O Pessoal do OT só veio aqui bem mais tarde...

Não deveriam ter vindo nunca, é tudo culpa da Metra.

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Capítulo 2 – Uma Nova Vida

 

 

 

 

 

            -

Seu nome é Anna Karen? Lindo nome! Aqui está seu comprovante de inscrição,

agora você deve entrar por aquele portão para continuar o curso.

 

 

            A

garota sorriu enquanto pegava o comprovante de inscrição enquanto pensava que a

recepcionista devia dizer o mesmo sobre os nomes de todos que se inscreviam ali.

Tinha dormido por praticamente toda a viagem e não vira o percurso feito, mas

certamente só havia estado mais longe de casa em seus sonhos. Foi com muita

empolgação que se inscreveu no treinamento, juntamente com mais alguns jovens

com espírito de aventura.

 

 

            O

curso era até simples. Primeiro, aulas básicas sobre ataque e defesa, passando

pelo estudo de monstros, de armas e armaduras, de itens que a auxiliariam em batalha. Aprendeu

sobre habilidades e, como um prêmio por seu sucesso em cada aula, já estava

muito melhor equipada do que suas roupas caseiras e uma faca. Já tinha uma

roupa de batalha, assim como uma adaga e um escudo, mesmo que apenas para

treinamento. Não que fossem as melhores armas disponíveis, mas já seriam de

grande ajuda caso quisesse enfrentar algum monstro.

 

 

            Anna

podia notar o quanto já aprendera, mesmo não entrando em algum combate real.

Conhecendo a teoria, tinha certeza de que já se sairia muito melhor em uma

situação de batalha do que quando entrara ali. Sua última lição tinha sido uma

técnica especial de cura de ferimentos leves, apenas os primeiros socorros

antes de procurar pelos serviços de um sacerdote para tratamento mais adequado.

 

 

 

            Estava

no meio da exposição do último instrutor antes de seus testes de campo, sobre

maneiras mais efetivas de treinar. Após ouvi-lo com atenção, foi autorizada a

ir para o campo de treinamentos práticos, caso não quisesse retomar alguma das

lições anteriores. A garota sentiu uma certa pontada de insegurança, afinal

nunca tinha visto um monstro em sua frente! No máximo alguns porings e lunáticos

usados como animais de estimação, mas jamais em sua vida natural no campo. Talvez

deveria dar mais uma volta pelo centro de treinamento, reunir um pouco de

segurança.

 

 

            Passeando

pelo grande hall que conduzia aos instrutores, viu em um canto uma garota limpando

suas mãos no avental de seu uniforme marrom, enquanto sorria simpaticamente.

Anna se lembrava de já ter visto outras moças com o mesmo uniforme pelas ruas

de Alberta, mas jamais se aproximara de alguma delas. Não tinham utilidade para

os simples aldeões, cabia a elas o atendimento de um público bem diferente – e,

podia dizer assim, especial. Aproximou-se dela com curiosidade:

 

 

            -

Quem é você?

 

 

            -

Sou uma funcionária da Empresa Kafra, que sempre estará a seu lado em suas

aventuras! Se precisar de nossos serviços, poderá contar com uma de nossas funcionárias

em qualquer ponto de Rune-Midgard!

 

 

            -

Serviços?

 

 

            -

Oferecemos o armazém de seus itens. É um bolso dimensional – não me peça para

explicar esses termos agora, por favor! -, seu item fica guardado em perfeita

segurança e você poderá pegá-lo em qualquer parte do mundo! Para isso cobramos

uma pequena taxa de administração, nada muito caro. Também oferecemos serviços

de teleporte.

 

 

            -

Teleporte?

 

 

            -

Sim, como as estradas são muito perigosas, ou mesmo há grande distâncias a

serem percorridas, oferecemos um serviço de teleporte entre cidades, onde você

fará a viagem instantaneamente com conforto e segurança. Gostaria de testar?

 

 

            -

Como assim testar? – Anna ainda tentava absorver todas as informações

adquiridas durante sua estadia ali.

 

 

            -

Você pode ser enviada para alguma cidade agora. – Havia alguma outra informação

que a Kafra deveria fornecer, mas ela não se lembrava qual era. – Gostaria de

ir para Prontera?

 

 

            Prontera?

A capital? Mas é claro que Anna gostaria, conforme ela respondeu.

 

 

            -

Então faça uma boa viagem!

 

 

            Após

a partida da jovem, a funcionária Kafra arregalou os olhos depressa e pôs a mão

sobre os lábios devagar. Uma vez deixado o campo de treinamento, pelo motivo

que fosse, não havia retorno. Bom, que a aprendiz tivesse sorte em Prontera e não

descobrisse o erro para fazer uma reclamação na Central Kafra depois...

 

 

 

 

 

            A

jovem aprendiz ainda estava meio tonta com a viagem quando abriu os olhos e se

viu diante da rua principal da cidade, lotada de pessoas, sons e confusão! Podia

ver mercadores gritando preços em suas pequenas lojas pelas ruas, assim como

cavaleiros que passavam imponentemente em seus peco-pecos, caçadores

alimentando seus falcões, sacerdotes com suas batinas características, além de

vários aprendizes.

 

 

            Ao

checar os bolsos, deu-se conta de que não tinha muito dinheiro e umas poucas

provisões que trouxera do campo dos aprendizes. Não dava para comprar muita

coisa, além disso nem sabia o que lhe seria útil ou não. Podia ver alguns

passantes examinando capas e armas nas lojas dos mercadores ambulantes, mas não

conhecia muito de suas propriedades. Não sabia nem ao certo para onde ir ou o

que poderia fazer. Ou melhor, havia dentro de si uma vontade que trouxera desde

os dias em que ouvira as primeiras histórias de sua infância.

 

 

            Andando

pela rua, ainda observando a confusão diária que desconhecia, pôde ver um bardo

com seu alaúde deixando uma loja, com uma expressão de quem tinha feito um

grande negócio. Abordou-o rapidamente:

 

 

            -

Com licença, senhor bardo.

 

 

            -

Sim?

 

 

            -

Onde posso me tornar um bardo também?

 

 

            O

bardo observou-a de alto a baixo e não pôde conter as risadas antes de

responder:

 

 

            -

Mas mulheres não podem se tornar bardos!

 

 

            Anna

arregalou os olhos, profundamente decepcionada. Não poderia então cantar sobre

terras distantes, batalhas, viajar por todo o mundo espalhando os grandes

feitos de guerreiros? Não poderia visitar calabouços ou mesmo incentivar um

grupo de aventureiros com suas canções?

 

 

            -

Mas você pode se tornar uma odalisca se assim o desejar... – O bardo disse,

penalizado pela expressão de desapontamento da aprendiz.

 

 

            -

E como consigo isso?

 

 

            -

Primeiro, terá de se tornar uma arqueira em Payon e, quando estiver hábil com

arcos e flechas, tentar os testes de dança em Comodo.

 

 

            -

Obrigada.

 

 

            Anna

saiu compenetrada naquela possibilidade. Odalisca? Tinha agilidade o suficiente

em seu corpo para dançar, assim como destreza para executar corretamente os

movimentos. Era uma opção, mas como viajar para Payon para começar seu

treinamento como arqueira? Nem sabia para qual direção seguir! Poderia

perguntar para algum dos passantes como prosseguir...

 

 

            -

Com licença... – disse para uma sacerdotisa que passava por ali, mas foi

solenemente ignorada.

 

 

            -

Ei... – Perguntou para um templário, que respondeu-lhe rispidamente.

 

 

            -

Saia daqui agora, não tenho dinheiro para te dar!

 

 

            -

Por favor... – abordou uma mercadora, que apertou o passo rapidamente.

 

 

            Será

que não havia solidariedade entre as pessoas da cidade, que não poderiam dar a

ela uma única informação? Que era um desaforo muito grande fazer uma simples

pergunta? Não era obrigada a conhecer várias das coisas que lhe eram

apresentadas, estava ali para tentar descobri-las...

 

 

            Sua

última esperança residia em um último transeunte que lhe chamara a atenção pela

cor prateada dos cabelos e pelas roupas um tanto diferentes daquelas que já

tinha visto: calças de um tom verde-escuro, com uma camisa de um tom amarelo um

pouco forte. Olhava para as lojas com atenção, procurando alguma oferta,

parecia levemente distraído... Aproximou-se, receosa de novamente não ser

respondida, e perguntou:

 

 

            -

Por favor... Onde fica Payon?

 

 

            -

Para o sul. Mas para chegar lá terá de passar pelo deserto, depois por uma

floresta fechada.

 

 

            -

Mas... eu... – a voz desaparecia em sua garganta. Não se acreditava forte o

suficiente para atravessar um deserto e uma floresta, nunca tinha ao menos

visto um monstro em sua frente! Certamente seria morta por alguma criatura

agressiva antes de sequer cogitar chegar a algum lugar.

 

 

            -

Posso te acompanhar até lá se quiser. Tenho assuntos a resolver em Payon de

qualquer forma.

 

 

            Anna

então sorriu aliviada. Sua viagem parecia ter começado de uma boa forma! Era

hora então de ir a Payon e treinar bastante para tornar-se uma aventureira!

 

 

 

***

 

 

 

Talvez meio confuso, mas de qualquer modo...

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Agreed. O Pessoal do OT só veio aqui bem mais tarde...

Não deveriam ter vindo nunca, é tudo culpa da Metra.

Ha ha ha

How are you gentlemen !!

All your base are belong to us.

You are on the way to destruction.

There is no chance to survive make your time.

*Desaparece*

Eu só acelerei algo que já iria acontecer. VIVA LA REVOLUTION.

 

Hm.

Anna Karen. Dois dos meus nomes favoritos. Ponto comigo.

Como já disseram, poucas coisas gritantes. Estou gostando bastante da fic - Sua narrativa é muito boa.

E não me culpem pela invasão do OT! *Le point*

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