Ir para conteúdo

RagnaTale / Contos de Morroc: Memórias


*_Dark_Shadow_*

Posts Recomendados

  • Replies 72
  • Created
  • Última resposta

Top Posters In This Topic

Popular Days

Top Posters In This Topic

[ON] Quem ainda é namorado da mina? É o Desordeiro aqui, neném. Então, vai chupar flecha até virar pirulito de groselha. E a Marky é uma eterna Arruaceira, como deve ser.[/ON]

 

[ON] O que adianta ta namorando ela se não come[/mal]volta pra kafra volta!![ON]

[OFF]Nun leva pro pessoal não,é so pra te zoar mesmo]

Link para o comentário
Share on other sites

[ON] Quem ainda é namorado da mina? É o Desordeiro aqui, neném. Então, vai chupar flecha até virar pirulito de groselha. E a Marky é uma eterna Arruaceira, como deve ser.[/ON]

 

[ON] O que adianta ta namorando ela se não comevolta pra kafra volta!![ON]

.......................................................................................

3...2...1... já era. melhor começar a correr, Maizena.* se esconde*

flow!

Link para o comentário
Share on other sites

GO GO próximo capítulo! n deu pra comemtar antes que tá meio apertado aqui, mas tá muito serê. lolei Hard na parte do "OLHA PRA CÁ, P****!"

sério, isso sempre funciona![/heh]

muito bom serê...agora manda logo o próximo cap! *rouba máscara do fantasma e ameaça jogar no mar* você tem uma semana no máximo[/mal]

flow!

Link para o comentário
Share on other sites

  

[OFF]Nun leva pro pessoal não,é so pra te zoar mesmo]
 Relaxa, pra que levar pro pessoal??? É só o meu personagem. [/s]

3...2...1... já era. melhor começar a correr, Maizena.* se esconde*

flow!

 [on] É bom correr mesmo. *prerara um supositório tamanho super de duas polegadas de diâmetro* Vem aqui, Maizena, vem tomar o remedinho...
Link para o comentário
Share on other sites

Ae Seraos! Parabéns, conseguiu um artista pra sua fic.

Mas as edições de SS's também estavam legais, agora go, go com o capítulo, quero ver como o Rouge Seraos vai resolver a encrenca que ele começou, tá levando a presilha de estrela? (Era presilha de estrela? Preguiça de ir na outra fic conferir emotion-76.gif)

 É sim, Presilha de Estrela. Mas ela foi entregue em outra fic que foi escrita a três mãos e que moldou o mundo de Contos de Morroc. Em breve lançaremos uma revisão dela, ok? 
Demorou mas postei postei hehe.

Agora posta logo ou eu mato a sua amiga NPC emotion-86.gif

E por que nun em chamo também???Ç.ç

xD

Mata nada, a Marky te detona com os DOIS pés nas costas e uma mão amarrada.E só não te coloquei na fic pq não te encontrei na época para perguntar da personalidade do seu personagem. [/heh] Fica pra próxima, ok?Obrigado pelos comentários e abraços a todos!

 

Link para o comentário
Share on other sites

 Olá! [/lala]Obrigado pelos comentários, Gogeta.Bom, Memórias está chegando ao final. Serão mais dois capítulos, sendo que o 4 é bem grandinho por conta de muitos personagens e inimigos, mas espero que gostem das cenas de ação. Ele está na fase de revisão e em breve estará no ar com uma surpresinha: arte de Ishiro Oninawa!Abraços! [/ok] Seraos.

Link para o comentário
Share on other sites

"Em homenagem a todos os amigos que fiz nesses quatro anos de Brasil Ragnarok Online. Obrigado a todos!"

Everton Soares

capamemorias4.jpg

 

Capítulo 4 - Feridas abertas

***********************************Texto: Everton Soares

Arte: Matheus Escórcio Adriano

***********************************

O grande grupo andava cauteloso e em um bloco só. Alguns ali nunca tiveram a chance de entrar naquele calabouço, um dos mais conhecidos de todo mundo. Era compreensível que, por o local estar vazio, encontrariam vários monstros e em grande quantidade, mas aquilo já era absurdo. Eram pequenos batalhões de Wickenibe Tres, Egnigem Cenia, Kavach Icarus, Laurell Weinder, Errende Ebecee e Armeyer Dinze que davam um bom trabalho aos Arcanos, que evitavam que o grupo inteiro entrasse em um confronto direto com os monstros.

 

 

 

- Não estava assim da primeira vez que vim para cá. - disse Crono calmamente - Tem muito mais monstro que antes.

 

- Vamos ter que arranjar uma forma de chegar mais rapidamente ao Seraos e ao Kyrie. - disse Anci.

 

- Tive uma idéia. Só espero que os Sentimentos não vejam pessoas furtivas.

 

- Então fique tranqüilo. Possivelmente ele deve ser um monstro Humanóide de elemento Sombrio. Só rezemos para que ele não tenha alcançado o status de chefe.

 

 

 

O Elfo correu e chamou os Desordeiros disponíveis. Rogue, Enishi e Barty atenderam prontamente.

 

 

 

- Tenho uma missão para vocês. Escutem atentamente.

 

 

 

***

 

 

 

Perséfonne já estava impaciente. Queria correr pelo calabouço inteiro a procura do Doppelganger e enfrentá-lo apenas com seu marido e filho. Estava tentando bolar uma forma de escapar do grupo, mas Ana Frost sozinha não estava dando conta de dar todo o suporte necessário para Tremere e Moondrake juntos.

 

 

 

- Droga. - Resmungou para si - são só quatro seqüencias de Magnum Exorcismus e nada mais.

 

- Tá bolada, Muié? Que que tá pegando? Pra que esse bico, quer ganhar beijo?

 

- Não, não. Nada.

 

- É por causa du Doppel?

 

- A cara não nega, né? - disse sorrindo, enquanto conjurava Lex Aaeterna sobre um dos noviços inimigos.

 

- Esquenta não. Depois a gente dá um jeito de dar na cara dele.

 

- Pessoal, perigo à frente! - disse Bob, que voltava de um turno de reconhecimento de terreno.

 

 

 

O pequeno exército parou por um instante para olhar o que estava vindo em sua direção. Alguns sorriam enquanto outros ficavam tensos. Crono abandonou seu posto estratégico para saber o que acontecia. Quando viu o que se aproximava começou a passar instruções rápidas.

 

 

 

- Leafar, preciso que a Ordem do Dragão derrote Seiren. Gullwings, Holy Orders, Camarilla, Unidos no Vício e Yudi, ajudem eles. Quero os Pockets, a equipe do Dynamo, Brianna e Pdrk no Doppelganger. A TNT na Egnigem. Desordeiros, vocês seguem o plano.

 

- Guentae, Elfo, não tá esquecendo de nada não? - disse Rogue, segurando Crono pelo braço.

 

- Ah! sim, claro. Leafar, Tremere, um minuto por favor.

 

 

 

***

 

 

 

- Atenção TNT! - gritou Rothers - quero silêncio e concentração a partir de agora. Suportes, aprimoramento em todo mundo. Bordel, reveste, essa p*** quebra equipamento. Pinguino, rende os Arquimagos e Criadores. Algozes, quero que usem Veneno Mortal nela.

 

- Ah! Rooothers. - reclamou Von Az - tá de Erepê comigo né? Veneno Mortal nessa pivetinha nem rola.

 

 

 

O Sumo Sacerdote virou lentamente para o Algoz. Ele devolveu o olhar para seu líder e cruzou os braços.

 

 

 

- Beatrix, desencanta o Von Az.

 

- Tá louco, Rothers? Quer que ele morra? - protestou a professora.

 

- Não, quero que ele se vire. Ninguém aprimora ele. Vamos ver o que vale mais, a vida ou um punhado zeny.

 

 

 

A professora seguiu as ordens de seu líder e afastou-se. Rothers sorriu cínico, ainda passando instruções.

 

 

 

- Lordes, se necessário, usem Frenesi. Varal, sai desequipando Capacete dos Magos para diminuir o ataque mágico deles. Hellboy, você e o Marcelo precisam dar os dois últimos golpes na Egnigem. Cuidado para não me acertar.

 

- Como assim? Você que vai distrair ela? - perguntou o Mestre

 

- Com certeza. - disse rapidamente - Quero a vadia no chão em um minutos, entenderam?

 

 

 

Todos concordaram. Um pequeno show de luzes pôde ser visto, tudo muito organizado com os Sacerdotes próximos a Mark Darcy, que tocava Poema de Bragi divinamente. Rothers tomou a frente e viu que a inimiga estava encantada com Assumptio e presumiu que esse não era o único aprimoramento. Viu a espadachim invocar seus escravos e qual foi a surpresa de todos quando o número de monstros que apareceram foi dez vezes maior do que o normal, totalizando dez inimigos de cada classe. Ela desembaiou a espada e a apontou para frente, fazendo seus subordinados avançarem.

 

 

 

- TNT, ATACAAAAAR! - gritou o Sumo Sacerdote, correndo em direção aos monstros.

 

 

 

***

 

 

 

Todos do pequeno grupo olhavam uns para os outros. Era um grupo misto e Crono havia confiado a eles a tarefa de derrotar o Doppelganger.

 

 

 

- Bem, creio que lutaremos juntos - disse o Paladino, rompendo o silêncio - então teremos que nos apresentar rapidamente. Eu sou Dynamo, Servo de Deus e Redentor.

 

- Me chamo Perséfonne e sou Exorcista. Este é meu marido, Inside e meu filho Frokinhu - disse apontando para o Arruaceiro e o Bardo.

 

- Achron, Bruxo controlador de multidões.

 

- Esqueceu de piadista nato, quase um Bardo. - disse o Mestre Ferreiro - Eu sou Absoluto, sou especializado em forja. Creio não poder ajudar muito em batalhas, mas tenho lá meus truques.

 

- Pepperoni, exorcista de conjuração rápida.

 

- Taí um cara que vai cair do cavalo - sussurrou a Sacerdotisa para seu marido.

 

- Brianna. Especialista em Katar. - disse a Mercenária.

 

- Pedroka. Especialista em pilhagem.

 

- Certo - disse Dynamo - agora temos que bolar uma estratégia rápido.

 

- Ei, Servo de Deus, eu tenho uma pronta há muito tempo, mas incluía apenas meu marido, meu filho e eu.

 

- ô, Froko, sua mãe tá bem atiradinha, tá não? - sussurrou Inside para o filho.

 

- Eu ouvi isso, Senhor Bolseiro. Bem, vou repassar rapidamente, mas eu não esperava ter concorrência. - disse olhando para Pepperoni.

 

 

 

Perséfonne deu um passo a frente e explicou sua estratégia. A princípio, parecia loucura mas com o poder de persuasão que a ruiva tinha e pela falta de idéias, todos concordaram.

 

 

 

***

 

 

 

O grupo era imenso. Não sabiam o porque Crono havia delegado tantas pessoas para derrotar apenas um dos escravos de Ryu. Todos falavam alto enquanto o Lorde Seiren se aproximava lentamente.

 

 

 

- Crianças, Silêncio por favor! - disse o velho Sumo Sacerdote, se entrepondo entre gritarias e falatórios. - Como esse grupo é grande, vocês vão ter que se adaptar rapidamente com seus companheiros. Não há tempo para apresentações e a TNT e o grupo do Dynamo já estão prontos. Logicamente irei lutar, mas ao lado das pessoas que sempre acompanhei - disse olhando para seus amigos - mas não negarei suporte a ninguém e espero que os outros grupos também o façam.

 

- Obrigado, Senhor Owl. - disse Leafar, não entendendo a cara que o velho fez ao ouvir a palavra "senhor".

 

- Leafar, só "você" ou "Anci" já está bom. - disse mostrando a língua - agora observem e verão o porque Crono reuniu tantas pessoas nesse grupo.

 

 

 

O silêncio chegou a ser mórbido. Todos pararam instantaneamente para assistir Seiren estancar a alguns metros a frente deles. Egnigem já havia enviado seus escravos para lutar contra a TNT e Doppelganger encarava o grupo de Dynamo. O tilintar de espadas não incomodava ninguém ali, apenas aguardando o monstro. Repentinamente, cinco sombras tomaram forma ao lado do Lorde e pôde-se ouvir alguns agouros e gemidos. Eram os outros cinco guerreiros transcendentais clonados: Howard, Eremes, Catherine, Margaretha e Cecil.

 

 

 

- Pessoal, dividam-se em grupos! Castor, Bonnie, Paty, Haoko e Barth, venham comigo - disse o louro - vamos encarar o Seiren. Leonhart, lidere um segundo grupo para derrotar Howard.

 

- A Camarilla fica com o Eremes - disse Tremere, olhando para seus companheiros de clã.

 

- Holy Orders com Catherine - Blink se adiantou.

 

- Nós ficamos com a Cecil. - disse Charnel, recebendo a aprovação de seu grupo.

 

- Pode deixar que eu dou um jeito na Margaretha. - disse Yudi tranquilamente, enquanto puxava uma de suas flechas de sua aljave.

 

- Assim que derrotarem seu inimigo, ajudem o grupo seguinte. Trabalho de equipe, senhores, trabalho de equipe! - disse o Sumo Sacerdote de cabelos prata, sorrindo ao ver que a chama da batalha ardia em cada olho de cada guerreiro a sua frente.

 

 

 

Todos já estavam prontos, apenas esperando um sinal para a batalha se iniciar. Murmúrios e orações eram proferidos pelos responsáveis pelo suporte. Alguns guerreiros se posicionavam em locais mais altos para terem uma visão privilegiada enquanto outros se esgueiravam nas sombras, tentando se misturar com ela. Viram que o inimigo levantou sua espada, mantendo-a levantada por um tempo. Leafar também levantou a sua.

 

 

 

- Atenção guerreiros, preparem-se! Ao meu sinal!

 

 

 

Quando Seiren baixou sua espada, quase que instantaneamente Leafar fez o mesmo gesto, gritando a ordem de ataque. O Louro e seu grupo rodearam o Lorde inimigo que sorriu, brilhando duas vezes em dourado e fazendo sua espada ficar translúcida. Leafar fez o mesmo, finalizando com a técnica Aparar Golpe. Olhares e espadas se encontraram, deixando o momento muito mais tenso. O Líder da Ordem do Dragão se assustou ao olhar diretamente para a face de Seiren: os olhos do inimigo eram idênticos ao de Seraos, profundos e sem brilho.

 

 

 

- Castor, segura esse cara aqui! - ordenou Leafar, defendendo um golpe do inimigo - Tive uma idéia, mas vamos ter que distrair ele.

 

 

 

O Mestre consentiu com a cabeça, invocou suas Esferas Espirituais e urrou, fazendo-as tomar a forma de uma fina camada sobre sua pele. Aquilo limitou seus movimentos, em contra partida, o protegia com a melhor armadura que se pode imaginar: energia pura. Castor se aproximou e socou o Lorde inimigo, chamando sua atenção. Agora Seiren fustigava o Mestre, que se mantinha firme, recebendo um dano mínimo.

 

 

 

- Rápido, Leafar. Não tenho muito tempo até a habilidade perder o efeito.

 

 

 

O Lorde correu até Anci, que estava enfrentando Eremes juntamente com o clã Camarilla.

 

 

 

- Anci, preciso de um favor.

 

- Claro. O que vai ser? - respondeu o velho sem olhar para o lado.

 

- Pede para não acabarem com o Eremes.

 

- Bebeu ou a mulher tá te socando muito na cabeça? - protestou - Quer ver um dos meus amigos mortos?

 

- Calma, vou explicar com mais detalhes. - retrucou o Lorde, sorrindo.

 

 

 

***

 

 

 

- Muito bom, galera. - disse Rothers - Vamos acabar com esse lixo para detonar logo essa espadachim ***** ** ****.

 

 

 

Quatro segundos depois não haviam mais inimigos. Egnigem olhou irritada, mas ainda não tinha condições de invocar mais escravos. Sem opções, ela atacou, segurando sua espada com a ponta para frente e girando, utilizando a técnica Perfurar em Espiral, coisa que os Lordes conseguem apenas com uma Lança. O golpe acertou em cheio Pinguino, que gemeu quando sentiu seu corpo ser perfurado. Eber, Alimac e Metalpriest rapidamente curaram o Paladino, levando um pouco de alívio ao homem.

 

 

 

- Afasta, Pinguino ***** ** ****! - gritou Doidinho, já conjurando uma de suas magias.

 

 

 

O monstro voltou sua atenção para o Arquimago, que lançara uma Nevasca na cabeça da espadachim milésimos de segundo depois de ver o Paladino se afastar. A inimiga mesmo sofrendo grandes danos continuava avançando, não se incomodando com a técnica usada. Rapidamente HW conjurou uma Barreira de Gelo, bloqueando o caminho do monstro e salvando o companheiro Arquimago de qualquer perigo.

 

 

 

- Tive uma idéia. - gritou Vacc - Pinguino, redenciona o Estabile, o Kapa, Cyrus, Bordel e eu. Lordes, prepara o Frenesi, Cyrus bebe o esqueminha ae, suportes, cura só o Palada. Ae, chefe, tem como chamar a atenção dessa mocréia?

 

- Pra já. - disse Rothers invocando uma Luz Divina que deu um dano mínimo em Egnigem, mas chamando sua atenção. - Doidinho, sai de trás do Gelo e em ajuda aqui com os Escudos Mágicos.

 

 

 

Usando a habilidade Supernova, o arquimago derreteu todas as pedras de gelo a sua frente, pronto para dar suporte ao seu líder.

 

 

 

- Galera, no três todo mundo ataca ela. - disse Rothers, estimando a chegada da inimiga nesse tempo - Um, dois, três!

 

 

 

Rothers bateu a mão no pulso quando o Escudo mágico o protegeu, habilidade usada por Doidinho. Pinguino se manteve afastado enquanto Vacc, Estabile e Kapa usavam as técnicas Velocidade com Espada de Duas Mãos e Dedicação. Em seguida, suas armas ficaram translúcidas com a técnica Lâmina Aura e o corpo inteiro brilhou, usando a técnica Frenesi. Cyrus tirou de dentro das veste uma garrafa em forma de caveira, tomando-a logo em seguida, fazendo seu corpo se arrepiar e tomar uma coloração arroxeada. Bordel permaneceu afastado, pegando de seu carrinho vários frascos com ácido e arremessando na Espadachim.

 

 

 

Os momentos a seguir foram de sincronia pura. Os lordes cercaram o monstro, que tinha a atenção voltada para Rothers e não se importou com a presença deles, até que os três começaram a golpeá-la. Cyrus usava a técnica Lâminas Destruidoras, que fez a inimiga gemer. Todos os guerreiros usavam suas melhores técnicas, Có Có Ri Có e Playmen com Bombas Ácidas, Ruby e HW com Trovões de Júpiter, Lazeron com Choques do Carrinho, Beatrix prendia Egnigem no lugar com Prisão de Teia, além dos que já estavam castigando a inimiga com golpes corpo a corpo. De repente vários espinhos brotaram da terra, técnica que Von Az é especialista.

 

 

 

- Não usa Veneno Mortal não pra você ver a ****** entrado. - sorriu o Sumo Sacerdote

 

 

 

Todo o grupo batia na espadachim, atingindo-a com todos os golpes e vendo-aela entrar em fúria. Foi necessário que Doidinho e Rothers se revezassem para manter o Escudo Mágico ativo, de tão rápido que ela começou a bater. Repentinamente ouviram dois urros. O primeiro golpe foi dado, fazendo o chão tremer: Marcelo usava o Punho Supremo de Asura e, poucos milésimos depois o segundo, tão forte quanto o primeiro, executado por Hellboy, desestabilizando todos com o pequeno tremor gerado. Rothers bateu no pulso uma segunda vez ao ver que Egnigem Cenia caira.

 

 

 

- Muito bom, TNT. Cinqüenta e nove segundos. - disse o líder puxando a manga, revelando um cronômetro.

 

 

 

***

 

 

 

Dynamo tomara a frente. Viu o espadachim rir cínico e momentos depois, estava acompanhado por Pesadelos Sombrios. Perséfonne e Pepperoni se assustaram, pois os escravos habituais daquele MVP eram apenas Pesadelos, os mesmos que habitam o calabouço em que o Doppelganger fica.

 

 

 

- Ele está mais forte que o normal. - disse Pepperoni - Vamos ter que dar um jeito de acabar com ele rápido.

 

- Apenas sigamos o plano. - disse a Ruiva ajeitando sua cartola - Inside, vai junto com os Mercenários. Depois que o Dynamo render vocês, passem pelo Crepúsculo Sangrento que o Frokinhu vai tocar. O Pepperoni e eu vamos usar Magnum Exorcismus e o Achron vai manter a Nevasca caindo na cabeça do Doppel. Cuidado com os três ali, hein Bruxo.

 

- Eu usarei uma surpresinha. - disse Absoluto, tirando um pergaminho de seu carrinho.

 

- Tem certeza que não vai doer na gente, muié? - disse o Arruaceiro, ainda receoso.

 

- Meu amor, estou planejando isso há meses. Ele nem vai te acertar e quando acertar é o Dynamo que vai sofrer por você.

 

- Eis que Deus acalma o meu sofrimento.

 

- Eita papinho chato. - Disse Pdrk - Vamos logo pra ação.

 

- Certo. Todos prontos? - disse a Sacerdotisa - Froku, abre o Crepúsculo Sangrento.

 

 

 

O pequeno Bardo começou a tocar e os Mercenários e o Arruaceiro ficaram próximos a ele, sentindo seus braços mais leves. Inside deu uma boa golada em uma poção que carregava, ficando com a pele avermelhada por alguns instantes. Brianna e Pdrk seguiram seu exemplo, tomando uma poção de coloração verde. Dynamo estendeu a mão, levando uma linha azulada a cada um dos que estavam a sua frente. Frokinhu parou de tocar aquela canção sombria e iniciou uma mais agitada, porém clássica: Poema de Bragi. Os três correram até ficarem próximos do monstro que também avançou, enviando na frente seus escravos. Instantes depois viram um círculo sagrado se formar, cortesia de Pepperoni, causando um dano alto nos Pesadelos Sombrios. Milésimos depois do primeiro acabar, um segundo círculo se formava, desta vez conjurado por Perséfonne, fazendo os monstros gritarem e por fim relinchar, indicando que foram derrotados.

 

 

 

- Como eu disse a pouco, Peppe, é o dano que importa. Sua conjuração pode ser rápida, mas ter que usar essa técnica mais de uma vez pode significar sua morte.

 

- Querida amiga, você só vai entender isso quando for uma Suma Sacerdotisa. Sua teoria é ultrapassada.

 

- Ô, gente, dá pra prestar atenção na luta? O Doppel tá ali, ó! - disse Inside, apontando enquanto o espadachim invocava novamente seus escravos.

 

- Desta vez ele virá junto. - gritou Perséfonne - preparem-se!

 

 

 

Foi como a mulher disse. O Doppelganger seguiu seus escravos, tentando atacar Inside. Ele se esquivava como podia, mas o número de inimigos era grande e as vezes que recebia um golpe, Dynamo sofria por ele. Os três a frente começaram a castigar o MVP, acertando com suas armas, enquanto Achron, Pepperoni e Perséfonne conjuravam novamente suas habilidades. O Magnum Exorcismus do Sumo Sacerdote foi o primeiro a aparecer no chão, formando um campo sagrado que judiava dos Inimigos. Quando o primeiro perdeu a força, um segundo já estava lá, fazendo os monstros gritarem e sobrando apenas o mais forte, o Espadachim, que ainda era castigado pela Nevasca de Achron.

 

 

 

- Dano maior, monstro morto em menos golpes. - disse Perséfonne.

 

- Dano constante, monstro morto em menos tempo. - disse Pepperoni.

 

- Os dois concentrados, todo mundo vivo no final, menos o monstro. - protestou Dynamo.

 

 

 

Pdrk e Brianna usavam a técnica Lâminas Destruidoras algumas vezes enquanto Inside atacava rápido e certeiro com sua adaga. Absoluto emprestava suas habilidades aos combatentes corpo a corpo, usando Amplificar Poder, ainda segurando um pergaminho. Novamente um círculo sagrado se formou e o Doppel gemeu. Com o fim desse, um segundo campo apareceu e o monstro entrou em fúria. Ele batia insanamente nos três a frente e aquilo assustou Frokinhu, que não agüentava ouvir os gemidos de dor de Dynamo.

 

 

 

- Mamãe, ajuda o moço! Ele tá sangrando muito! - disse o pequeno bardo, quase chorando.

 

- Continua conjurando, Perséfonne. Eu curo o Dynamo. O Achron te ajuda dando Nevasca nas costas dele! - disse o Sumo Sacerdote, vendo o amigo dobrar de dor.

 

 

 

Qual foi a surpresa de todos quando viram um homem de lança tomar o lugar dos outros três. Ele começou a usar a técnica Perfurar, fazendo o monstro gritar. Absoluto sorriu, ainda com as duas partes do pergaminho em sua mão, dando alívio ao amigo paladino, que agora era curado por Pepperoni. A ruiva continuou. Ela invocou mais um círculo sagrado e viu o Doppel se dobrar, caindo de cara no chão ao receber o último dano que a habilidade causara nele.

 

 

 

***

 

 

 

Margaretha permaneceu atrás, curando e encantando seus aliados com Assumptio. Era de se esperar que ela fizesse isso. Sem aviso nenhum, uma flecha atingiu o ombro da Suma Sacerdotisa que tentou gritar, mas sua voz havia sumido. Quando procurou de onde fora atacada, viu um Atirador de Elite bem distante, cercado por armadilhas e com o arco em riste, pronto para atirar novamente. Ela se desesperou, não havia como se defender sem usar suas habilidades e a única alternativa que tinha era em uma batalha corpo a corpo. A medida que tentou se aproximar, foi alvejada várias vezes até que não resistiu e caiu.

 

 

 

- Galera, uma já foi, faltam cinco. - gritou Yudi, correndo em direção a Seiren.

 

 

 

***

 

 

 

Afrodithe olhava receosa para a Atiradora de Elite. Era a primeira vez que iria enfrentá-la e também era a única em seu grupo que não havia transcendido e estava descrente em seu potencial. De repente, sentiu um par de mãos passar por sua cintura, o que lhe assustou por um instante.

 

 

 

- Se acalma. Você é capaz. - disse Charnel, abraçando sua esposa. - Agora vamos acabar com ela.

 

 

 

A sacerdotisa balançou a cabeça e ficou um pouco mais afastada. Cecil se posicionou e, sem aviso algum, começou a alvejar os quatro homem a sua frente. Quase que por reflexo, Afrodithe usou a habilidade Escudo Sagrado, evitando que seu grupo fosse atingido.

 

 

 

- Beleza, vai ser fogo contra fogo. - disse Otacon, armando seu arco - galera, todo mundo atacando a distância! Vamos usar a arma dela contra ela mesma.

 

 

 

O grupo concordou, permanecendo nos limites da pequena bruma azul que a ruiva mantinha ativa. O primeiro a atacar foi Charnel, que invocou suas esferas espirituais e as arremessou, atingindo em cheio a inimiga. T sacou um par de espadas e cortou o ar, formando uma lâmina roxa que também atingiu Cecil. Irritada, ela armou uma armadilha escorregadia e atirou uma Chuva de Flechas nela, fazendo-a escorregar e indo em direção a Charnel quando foi parada por um par de flechas que a estancaram no chão. Otacon e Shark voltavam sua atenção a inimiga, alvejando-a com Rajadas de Flecha e Tiros Precisos, auxiliados por T, que usava constantemente sua habilidade, atingindo-a sem piedade. Ela tentava revidar, mas o Escudo Sagrado estava lá, imponente, protegendo a todos. Quando estava recuando, a loura bateu em alguém e olhou para trás. Charnel havia se posicionado ali com a habilidade Passo Étereo e sorriu, dando um grito e socando com a habilidade Punho Supremo de Asura, atingindo-a em cheio, fazendo o monstro cair inerte.

 

 

 

***

 

 

 

De longe Leafar e Anci viam o Mercenário e o Algoz dar um show a parte. Enquanto Fou-lu era um especialista em venenos, Eremes era especialista em dano massivo. E ambos lutavam com maestria, parecendo que suas katares fossem parte de seus corpos. O homem de longos cabelos prateados parecia não precisar de suporte para aquela luta, mas como era uma emergência e a vida de duas pessoas estava em risco, ele não poderia se dar ao luxo de negar ajuda de ninguém para ter um duelo digno e honroso. A concentração era total e o menor erro poderia resultar na morte de qualquer membro do grupo. Estranhamente os golpes do Mercenário estavam judiando bastante de Eremes, o que levantou desconfiança.

 

 

 

- Tremere! Dá um talento aqui. - gritou Fou-lu sem parar de lutar.

 

- Beleza! - disse Tremere - Moon, tem como travar o cara?

 

- Opa! É pra já.

 

 

 

Quase que instantaneamente, Moondrake conjurou um Pântano dos Mortos onde os Assassinos estavam lutando e percebeu que a velocidade deles diminuiu bastante.

 

 

 

- Fou, vaza agora! - gritou o Arquimago, dando tempo para o amigo recuar e, logo em seguida conjurou a habilidade Campo Gravitacional, fazendo o corpo do Algoz ficar mais pesado e limitando seus movimentos ao máximo. - Tá preso! Sua vez, Trema.

 

 

 

O Líder do grupo se concentrou e momentos depois pareceu entrar em transe. Logo em seguida ele começou a falar algumas palavras que pareciam não ter ter nexo, mas que seriam de grande importância.

 

 

 

- Sombrio, Humanóide, Médio, Não é chefe, Agressivo. - disse pausadamente e logo em seguida pareceu atordoado, voltando a sim.

 

 

 

Leafar sorriu enquanto Anci coçava a cabeça. Quando menos percebeu, o Lorde louro já havia se afastado, não dando tempo para o ancião fazer perguntas.

 

 

 

 

 

***

 

 

 

A Arquimaga Catherine tentava acertar cajadadas em Blink em vão. Ela parecia chorar a cada golpe que Insano, Lavos, Disappers e Enishi davam nela, fora os golpes certeiros do Lorde que estava a sua frente.

 

 

 

- Fácil demais, não acha? - Perguntou Sem Personalidade.

 

- Estou estranhando, Semp. - disse Kaolho enquanto renovava o Escudo Mágico - Nem mesmo no andar de cima ela é tão fácil.

 

- Tá bom, acho que chega de brincar. - disse Lavos puxando uma garrafa em forma de caveira de dentro das vestes - Tá na hora de acabar com a graça.

 

 

 

Quando ia levar a garrafa a boca sentiu o vidro se quebrar em sua mão, se despedaçando. O grupo olhou em volta e viu Leafar com algumas pedras na mão. Ele se aproximou rapidamente de Blink e, sem cerimônias, puxou o Lorde de lá, tomando seu lugar e procurou os olhos de Catherine.

 

 

 

- São iguais. - sussurrou - Senhores, mantenham ela viva, por favor! - e saiu correndo, deixando a Arquimaga a cargo do pequeno grupo que não entendeu nada do que o General de Midgard fizera.

 

- Ele é recém casado, né? - perguntou Insano.

 

- Sim. Foi a maior festança. - disse Disappers.

 

- É, percebe-se... - comentou Kaolho - eu sempre disse que o casamento enlouquece o homem.

 

 

 

***

 

 

 

Leonheart se defendia como podia. Mesmo com a ajuda de Lost Heart e seu Controle de Marionete, o Lorde tinha alguma dificuldade em enfrentar o Mestre-Ferreiro. Repentinamente ouviram um grito insano e Ishiro Oninawa tomava o lugar do Lorde ruivo, atacando o mais rápido que conseguia.

 

 

 

- Jeeeeeeeeeeeesus!! Que virilidade!!! - disse Lost Heart ao ver Ishiro atacar o inimigo com a técnica Frenesi.

 

- Outro comentário desse e eu te esfolo no chão, sua sem moral. - disse Bia Oninawa, olhando torto para a Cigana.

 

- Cruzes! - disse fingindo se espantar - Quem é a gorda?

 

 

 

Bia ameaçou pular quando Leafar se entrepôs entre as duas mulheres.

 

 

 

- Sem tempo para briga, garotas. - disse num fôlego só - Ishiro! Pára de bater nele e me descreve os olhos do Howard.

 

- Tá louco, Leafar? - disse enquanto o inimigo estraçalhava sua armadura na altura do ombro - Ele vai me detonar!

 

- Confia em mim. Ele não é tão forte quanto estamos pensando. Agora me descreve os olhos dele rápido!

 

 

 

Ishiro exitou por um momento. A cada segundo ficava mais fraco decorrente da habilidade que usara até que viu suas forças sumirem. Nesse momento o Mestre Ferreiro aproveitou e puxou um saco de dinheiro e golpeou o Lorde com ele, que caiu aos pés de Leafar.

 

 

 

- Pro-fun-dos e... e... sem... brilho. - disse Ishiro antes de desmaiar.

 

 

 

Não houve tempo de falar nada. O louro correu para onde Crono e Substratae estavam. Ambos observaram os monstros que restavam e não entendiam o porque Leafar não permitiu que eles fossem mortos um a um. Quando Substratae ameaçou falar algo, o General se adiantou levantando a mão, o que fez com que o Guardião de Midgard se calar.

 

 

 

- Substratae, por favor, faça com que todos aqui fiquem ciente do que vou te falar.

 

- Leafar, você sabe que não poss...

 

- É urgente! Dependemos disso para derrotar o Seiren.

 

 

 

Eles se encararam por alguns segundos. Momentos depois foram surpreendidos por um grito alto que logo reconheceram como sendo do Mestre Castor. Ele fora arremessado para longe por Seiren, que havia usado a técnica Impacto de Tyr.

 

 

 

- Tudo bem. - Disse o GM - pode dizer.

 

- Atenção todos os grupos restantes. Aqui é o Leafar e estou falando de dentro da mente de vocês por intermédio do Guardião que aqui está presente. Preciso que os quatro monstros restantes sejam mortos AO MESMO TEMPO. Os outros três não são meros escravos, são cópias dos outros MVPs. Se derrotarmos UM desses quatro teremos grandes problemas. Margaretha e Cecil já foram, agora é sincronia pura.

 

 

 

***

 

 

 

O clima no local era agradável. Um senhor falava pela milhonésima vez sobre a história de um demônio para as paredes enquanto o barman limpava o balcão. Repentinamente um Arquimago entrou no estabelecimento chutando a porta que abriu bruscamente e permaneceu onde ficou, com as dobradiças quebradas.

 

 

 

- O que você pen... Senhor Belmont? O que lhe trás aqui???

 

- Sem tempos para conversas, Roberto. Com licença.

 

 

 

Leonard seguiu para uma sala a esquerda e ao entrar nela sentiu o ar um pouco mais puro. Em um dos cantos da sala estava uma criança que sorriu ao ver o homem.

 

 

 

- É um prazer revê-lo, Senhor Leonard Belmont.

 

- Obrigado. Estou com um pouco de pressa. Pode pedir para sua mestra me receber?

 

- Claro. Só um instante que prepararei a sala para o Senhor. Pode se sentar, por favor?

 

 

 

O louro seguiu o pedido da criança e se acomodou em uma das cadeiras. Logo em seguida sentiu uma pequena mão tocar em sua testa e adormeceu.

 

 

 

***

 

 

 

- Todos entenderam?

 

 

 

Todos balançaram as cabeças positivamente, indicando que haviam entendido como e quando proceder. Para evitar confusões, o próprio Leafar daria os sinais, já que Crono e Substratae estavam aguardando novidades quanto o resgate de Seraos e Kyrie.

 

 

 

- Não teremos outra chance, Leafar, Vai ter que ser só nessa. Os Desordeiros estão contando com a gente.

 

- Isso vai depender do sincronismo, Tremere. Espero que cada um aqui saiba reconhecer os sinais. - disse o Lorde, olhando diretamente para onde as batalhas aconteciam - Juntem os inimigos!

 

 

 

E Blink, Fou-lu, Leonheart e Castor foram se aproximando um dos outros, obrigando os quatro inimigos a seguí-los. Os quatro chegaram ao ponto de encostar nas costas um do outro. Blink mantinha Catherina ocupada enquanto Kolho e Sem Personalidade mantinham ela silenciada. Fou-lu ainda lutava de igual para igual com Eremes, agora recebendo o suporte de Anci. Leonheart tomara novamente o lugar de Ishiro e aparava vários golpes de Howard com sua lança e Castor mantinha o corpo fechado com Seiren batendo freneticamente nele, mas com um dano mínimo.

 

 

 

- Haoko, Moondrake, é com vocês! Vocês quatro, sumam daí!

 

 

 

Os dois Arquimagos se concentraram e lançaram um vórtice exatamente onde seus amigos estavam, atingindo dois dos monstros cada com a habilidade Campo Gravitacional, um pouco depois de ver os companheiros amassarem suas asas de mosca. Bia, Paty, Nadav e Metal Priest mantinham os monstros silenciados, evitando que eles usassem suas habilidades.

 

 

 

- Arquimagos, é com vocês!

 

 

 

Tremere, Doidinho, Mago Rubyo e HW conjuravam Trovões de Júpiter Amplificados enquanto Raasckar usava Congelar a uma distância segura. Foi o tempo exato para eles congelarem e receberem sequências que causavam muito dano, fazendo cada monstro gemer de desespero e dor.

 

 

 

- Monge e Mestres, sua vez!

 

 

 

Marcelo, Hellboy, Castor e Charnel se prepararam. Cada um invocou cinco esferas, que sumiram quando cada um deu um grito de fúria, tornando-as parte de seu corpo. Em seguida invocaram novamente as esferas e se aproximaram cada um de um inimigo. Beatrix e Argus usaram Exalar Alma para que cada um ficasse com sua energia espiritual transbordando. Mark Darcy tocou um Poema de Bragi para aliviar a tensão do golpe e, no momento seguinte, o chão tremeu, derrubando algumas pessoas que estavam desprevenidas. Foram quatro Punho Supremo de Asura, deferidos ao mesmo tempo. Mas o mais incrível não foram as técnicas usadas, mas sim o que se viu depois. Seiren, Catherina, Howard e Eremes estavam ajoelhados, mas ainda vivos.

 

 

 

- Lordes, agora é com a gente! - e dizendo isso, Leafar desembaiou sua Executora, rodando-a em seu punho. - Atenção, cada um escolha um alvo e utilizem Frenesi! Argus, Beatrix, fiquem atentos pois precisaremos de sua ajuda.

 

 

 

Lord Vacc, Estabile, Erunno e o próprio Leafar ficaram cada um frente a um dos monstros. Todos brilharam duas vezes em amarelo e em seguida suas espadas ficaram translúcidas. A próxima técnica, Frenesi, deixou seus corpos translúcidos e eles começaram a bater ao mesmo tempo. Os inimigos gemiam desesperados tentando se mover a todos custo, mas Moondrake e Haoko mantinham o vórtice gravitacional ativo. Viram os quatro tentarem se defender como podiam, mas nem mesmo levantar as mãos era uma coisa fácil de fazer.

 

 

 

- Atenção, Senhores, no três vocês param de bater. Um... dois... TRÊS.

 

 

 

Os Lordes pararam. Os Professores instantaneamente usaram a técnica Desconscentrar e todas as técnicas dos quatro homens foram suprimidas. No momento seguinte, foi a vez de usarem novamente a técnica Exalar Alma em cada um dos Lordes, que tiveram sua energia espiritual transbordando. Seus corpos brilharam novamente enquanto Bonnie, Rothers, Smurfette e Pepperoni curavam-os rapidamente.

 

 

 

- Impacto de Tyr a vontade! Agora!

 

 

 

E, compassadamente, cada um deferia o Impacto de Tyr. Foram varias sequências, até que os monstros pararam de resistir e caíram, todos juntos e ao mesmo tempo.

 

 

 

- Perfeito! - sorriu satisfeito o Lorde louro - Tremere, temos que correr!

 

- É pra já! - disse o Arquimago que começou a correr ao lado de Leafar, sumindo de vista rapidamente.

 

 

 

***

 

 

 

- Por que você não me deixa ver essa parte?

 

 

 

Ryu já estava impaciente. Mesmo ferido, Seraos lutava mentalmente contra o Super Aprendiz que tentava invadir seu pensamento. Uma luta silenciosa que, estranhamente, o Mercenário resistia firme.

 

 

 

- Mantenha a mente limpa, Seraos. Contin...

 

- Obrigado, Tia Margaretha. - disse o garoto ao ver a Suma Sacerdotisa silenciar Kyrie - Onde estávamos... ah! então, amiguinho, deixa eu ver, vai.

 

 

 

Os dois aventureiros estavam presos por correntes com as mãos nas costas e ajoelhados a aproximadamente um metro de distância do outro. O garoto estava sentado na mesa balançando as pernas, nervoso enquanto Seraos apenas o olhava com cara de indiferença. Repentinamente o pequeno saltou rápido para o chão e ouviu-se um som alto e um gemido. A Máscara feliz estava destruída, escondendo apenas um dos olhos de Kyrie e boca do Sumo Sacerdote começou a sangrar com o golpe recebido.

 

 

 

- Que tal agora? É só dar uma olhadinha, coisa rápida. - insistiu.

 

 

 

Os olhos do rapaz brilharam por um instante e uma lágrima caiu. Aproveitando a fraqueza do adversário, Ryu tentou novamente invadir a mente do Mercenário.

 

 

 

- De novo não! Não quero ver ela abraçada com você! Quero ver onde ela está!

 

- Pra que? De que vai adiantar você ver a mamãe?

 

- Eu quero o colo dela e to morrendo de saudades. - disse o garoto, fazendo cara de choro.

 

- Quer dizer que tudo isso é só porque você quer ver a mamãe? Todo esse estardalhaço pra isso?

 

- É! - respondeu Ryu com um sorriso que ia de orelha a orelha.

 

- Ela está morta. - disse em um fôlego só.

 

- Que coisa sem graça. Quer que eu soque o seu amigo de novo?

 

- Eu já disse, ela está morta. Eu deixo você ver.

 

- Agora nem quero mais, brincadeira sem graça. Provavelmente mais uma lembrança alterada.

 

- Então vasculhe minha mente no dia anterior em que Odin nos acolheu nesse novo mundo. Você verá uma conversa entre um Desordeiro e eu.

 

 

 

A curiosidade da criança foi maior. Em uma nova investida, teve acesso ao que o Mercenário disse. Aquela memória não estava alterada, estava completa e seqüencial, sem cortes ou qualquer outra coisa que impedisse de acessá-la. O garoto viu um Desordeiro dando ao Mercenário uma Presilha de Estrela que reconheceu como sendo a que há muito tempo atrás havida dado para sua mãe.

 

 

 

- Eu quero a cabeça desse cara! Eu vou matar ele! - e o Super Aprendiz deu um soco na mesa em sua frente, quebrando-a em vários pedaços.

 

 

 

- Quem, eu? - uma voz debochada - Vem pegar, vem.

 

 

 

O garoto olhou furioso procurando de onde vinha a voz. Viu Rogue em pé olhado fixamente para ele. A criança se atirou na direção do Desordeiro, que sumiu em pleno ar. Instintivamente, o Super Aprendiz usou a habilidade Revelação, mas algumas pegadas foram vistas.

 

 

 

- Ué? - disse espantado - Nunca vi essa habilidade.

 

- Chama-se Espreitar. - respondeu o homem furtivo, afinando a voz para parecer com a de uma criança - Não posso ser revelado por essa habilidade, nem por Chamas reveladoras, Alerta ou Concentração.

 

 

 

O pequeno sorriu. Ele se aproximou de onde Rogue falava e rapidamente conjurou a habilidade Tempestade de Raios próximo de si, atingindo o Desordeiro em cheio, que dobrou de joelhos no chão.

 

 

 

- Mas pode ser revelado por magia em área. E não, não sou burro não. De agora em diante, eu tomaria cuidado com meus pensamentos se fosse você, Desordeiro.

 

- Hehe... como... é... destreinado... hehe.

 

- O quê? - disse o garoto que se surpreendeu ao olhar para trás. Kyrie e Seraos haviam sumido e Margaretha estava presa à parede, com flechas negras encravadas nos braços e pernas.

 

- Quem fez isso? - gritou a criança com fúria nos olhos. Ele olhava de um canto a outro e percebeu várias pegadas em várias direções - Tinham outros Desordeiros? Isso era só pra me distrair?

 

- Dã-ã! - disse Rogue já de pé, jogando fora o talo de um Fruto de Yggdrasil - Conseguiu adivinhar sozinho ou precisou de ajuda?

 

 

 

Ryu entrou em estado de fúria. O homem que acabou com as chances de poder sentir o abraço de sua mãe estava a sua frente, caçoando e fazendo piadinhas. Ele sacou uma adaga e Rogue fez o mesmo. O Super Aprendiz atacou e, estranhamente, viu o Desordeiro se esquivar, quase que por sorte, de seu ataque certeiro. Em contra partida, sentiu um golpe contrário a força do ataque que realizou e foi jogado para trás, batendo em uma parede próxima. Quando levantou a cabeça, viu Rogue de braços cruzados, ofegante.

 

 

 

- Instinto de Sobrevivência. - disse o homem em roupas escuras - devolve parte do dano recebido para o adversário.

 

- Gostei. Pensei que tinha errado o golpe.

 

- E errou. - exibindo sua Adaga da Boa Ventura - Só fiz um esforcinho e consegui me esquivar, mas ela devolve metade da força aplicada, independente se me acertar ou não. Acho que vai ter que fazer melhor que isso, pivete.

 

 

 

Em uma velocidade incrível, Ryu aproximou-se de Rogue, ficando a poucos centímetros dele, assustando o homem de máscara. A criança sorriu e, logo em seguida, olhou raivoso para o Desordeiro e atacou. O som de metal contra metal ecoou e, logo em seguida, o garoto batia novamente de costas na parede. Quando levantou a cabeça, viu que o homem de cabelos espetados não estava mais sozinho, sendo acompanhado por um Lorde louro que se entrepôs entre os dois, ainda em posição de defesa, e um Arquimago de cabelos azulados com um cajado de duas mãos apontado para a criança.

 

 

 

- Pensei que vocês não vinham mais. - brincou Rogue.

 

- Tivemos um pequeno imprevisto. - retrucou Leafar, que agora segurava a espada frente ao corpo.

 

- Nada que um trabalho de equipe não resolvesse. - completou Tremere.

 

 

 

***

 

Salão Espiritual

 

Algum lugar no tempo-espaço

 

 

 

O ambiente era o mais puro possível. O ar leve como do campo e uma paz incrível emanava dali. Sentado em um dos cantos da sala estava o Arquimago, cujo nome não poderia ser dito naquelas dependências. A contragosto, foi lhe conferida a alcunha de "Montanha". Ele já batia o pé impaciente quando uma voz rompeu o silêncio.

 

 

 

- Não se preocupe tanto, Montanha. - disse a mulher - Este é um plano espiritual. O tempo aqui é irrelevante.

 

- Força do hábito. - disse o louro, levantando-se - Maria Rita, quero te pedir um favor, mas você terá de agir rápido.

 

- O rápido para esse plano astral ou para o que você vive?

 

- De preferência nos dois, cara amiga. E depois que eu lhe informar os detalhes, creio que você vá concordar comigo.

 

 

 

***

 

 

 

- Obrigado pela ajuda. - disse Kyrie, removendo da face o que restou de sua máscara e limpando a boca.

 

- Nem esquenta. - disse Enishi - Isso foi plano do Crono. Agradeçam a ele.

 

- Nós apenas fizemos o trabalho, por assim dizer. - completou Barty.

 

- Kyrie! Seraos! Vocês estão bem?

 

- Sim Crono. - respondeu Kyrie - Mas acho que vamos ter problemas maiores que imaginávamos.

 

- Vocês me devem uma explicação. - disse o Mercenário.

 

 

 

O silêncio imperou naquela sala. Ouvia-se apenas o som da luta que acontecia a vários metros dali. Sumo Sacerdote e Atirador de Elite se entreolharam quando uma voz cansada rompeu o gelo.

 

 

 

- Não, Filho. É você quem deve explicações. - disse Anci - Podem nos dar licença, por favor?

 

 

 

Os quatro que estavam ali saíram sem dizer nada. O velho Sumo Sacerdote abraçou o Mercenário que não devolveu o carinho.

 

 

 

- Senta, filho. Tenho muito a falar em pouco tempo. Inclusive sobre a morte da sua mãe que você não me contou.

***

Link para o comentário
Share on other sites

Uerba!!! Ó eu aqui!!! [/heh]Não não... tá ficando pronto, sem contar que tem a arte do nosso amigo Ishiro Oninawa. [/heh] Estou finalizando a pobrezinha... fazer um final adequado para uma fic desse tamanho é cruel =((( .Bom, verei como está a capa com o Ishiro e, se tiver alguma prévia eu posto aqui.Abraços! [/ok]

Link para o comentário
Share on other sites

 

É, não teve

como, tive que ampliar o capítulo, coisa que não me agradou também. Mas

é para um bem maior: é a minha Homenagem a todos que conheço no

joguinho.

 

Eu nun tava lá, nun so seu amigo so por que sempre te ameacei incentivei e sequestrei e matei entrei em contato com seus amigos?

Fica triste não. Tenho planos para uma nova fic que vem por ae. Não vou dar detalhes pois não tem nada certo, mas será um autêntico RagnaTales (não vai seguir a cronologia de Contos de Morroc). 
*Apontando minha Laminas

Sangrentas com 2 Hidras para o cereal*, amigo, c n quiser saber como é

passar a eternidade aprisionado em uma câmara, escondida nas

profundesas dos mundo dos mortos, sofrendo da pior das tortura eu

sugiro que vc me passe a poção magica que vc usa para escrever essas

fics.

cara, suas fics são muito (desculpa o termo) fo***, "tal poder não pode ser atribuido a um ser humano..."

seu eu comparar a minha fic (ta certo que é a primeira) a qualquer

uma das suas, a minha não passa de estoria pra boi dormir. A lenda do

Guerreiro da Armadura Branca apanha feio dos contos de morroc, /snif.

bom, eu ainda vou melhorar, e parabens cereal, fics dignas de nota!

Gogogo Proximo capitulo!

Obrigado pelo elogio mas todos os créditos não podem ser dados somente a mim. Tive um ótimo professor e que me dá forças (e puxões de orelha) sempre para continuar escrevendo e dois "corretores ortográficos humanos" se se preocuparam bastante em me ajudar a juntar dois mundos em um. E não desanima não. A dica é sempre ouvir (ou ler) os comentários e trabalhá-los. E não esqueça de riscar as críticas que não te fazem bem, sempre aparece uma ou outra.

Vou confessar que também achei o capítulo meio confuso, mas entendo que é complicado passar e sensação de que está tudo acontecendo ao mesmo tempo.

Mesmo com esse pequeno detalhe gostei muito do capítulo, e me surpreendeu o fato do Rouge e o Seraos já terem se entendido.

Vou ficar curioso até o último capítulo nessa fic. Parabéns Seraos.

  Pois é. O Rogue e o Seraos já se entenderam em uma fic que foi intitulada "O Fim de Rune-Midgard". O grande porém é que ela foi escrita a 3 mãos (Kalie/Perséfonne, Anci e eu) e quando escrevi Perdas e Ganhos e Super Aprendiz de Mercenário acabei "esquecendo" alguns detalhes e por isso ela está sendo re-escrita, mas com a mesma essência. Em breve postaremos aqui no forum. Abraços a todos! [/ok] Seraos
Link para o comentário
Share on other sites

[on] É bom correr mesmo. *prerara um supositório tamanho super de duas polegadas de diâmetro* Vem aqui, Maizena, vem tomar o remedinho...

 

Esse tipo de piadas é de minha autoria e protegidas porcopyright,(como vistos no orc que não deu respaw no meio do flooder de morroc saga)e então vou acionar o meu advogado.

[ON] 

*pega o arco usado no orc*

Serê vem cá!!!!Quero te mostrar porque o orc não deu respaw até hoje...

 

Link para o comentário
Share on other sites

RagnaTale / Contos de Morroc: Memórias

 memriascap1sm3.jpg

********************************************************************************** Roteiro e Arte: Everton Soares

 

**********************************************************************************

 

Esta história acontece na seguinte linha de cronologia:

 

 

 

Eclipse Final

 

Ruína

 

Ruína de Rune-Midgard

 

Contos de Morroc (Não é um RagnaTale)

 

Hora Zero

 

Fim de Rune-Midgard (Também existe um "Contos de Morroc" com esse título)

 

Shirabara

 

Dämmerung

 

Garra das Trevas

 

Morroc Saga

 

>> Memórias

 

Prólogo do Valhalla

 

Einherjar

 

 

 

**********************************************************************************

 

 

RagnaTales/Contos de Morroc – Memórias

 

Capítulo 1 – Acasos

 

 

 

Lighthalzen

 

Indústrias Reberken

 

 

 

O Arquimago andava em meio aos destroços. Calmamente analisava cada porta que estava destruída, uma após a outra. Seu semblante sério não demonstrava dúvida, mas queria confirmar suas expectativas. Um barulho alto soou, vindo de seu laboratório. Os dois guardas que protegiam o local estavam, digamos, por toda a parte. Quando passou pela porta, foi recebido com várias lanças de fogo, lanças de gelo e relâmpagos. Os golpes eram impressionantes e conjurados em uma velocidade em que apenas ele mesmo fazia. Mas não se deixou abalar, encarando seu adversário conjurou várias nevascas amplificadas seguidas de trovões de júpiter amplificados.

 

 

 

A pequena figura recuou em meio a tanto poder, sacou uma gema azul e abriu um portal, fugindo para se sabe lá onde. O louro andou até o local em que seu inimigo se encontrava, na frente ao cofre de segurança do laboratório. Ele o abriu e verificou se o que estava guardado continuava ali, fechando-o logo em seguida.

 

 

 

- Está chegando a hora. - disse Leonard Belmont para si mesmo, saindo calmamente pela porta, puxando do bolso um aparelho cheio de teclas e apertando uma seqüência delas – Limpeza? Geral no meu laboratório agora.

 

 

 

***

 

 

 

Morroc

 

Taverna

 

 

 

- Aí ele disse: E quem se importa? Eu já to morto mesmo!

 

 

 

O clima era de descontração. O velho Sumo Sacerdote conversava com os conhecidos, ria, contava piadas, bebia e tudo mais. Em contrapartida seu filho, um Mercenário que estava no canto da sala, permanecia com sua máscara de sicário, a face séria e olhos vazios, parecendo que sua alma foi tomada por algum demônio. Não importava a piada que seu pai contasse ou a desgraça que acontecesse ele permanecia imparcial. Em seu peito repousava um brasão conhecido, com a letra “O” em Vermelho e a letra “D” em dourado, um entrelaçado com o outro. Seu velho pai ainda carregava o brasão de seu antigo clã, um ankh branco em um retângulo negro , símbolo que tem um elo com a vida e a morte.

 

 

 

- Eu ri demais nessa parte! – e Anci levou o copo à boca, percebendo que estava vazio – Seraos! Pega mais um Sograt pra mim?

 

 

 

O Mercenário assentiu com a cabeça, indo até o balcão. Quando ele pegou a bebida que o barman acabara de lhe servir não pode deixar de ouvir a conversa de um pequeno grupo.

 

 

 

- É sério! O pessoal que treina no Laboratório de Somatologia está inconformado! Dizem que é pra nossa segurança e tudo mais, mas não vejo perigo maior nisso. É só o pessoal menos experiente tomar um pouco mais de cuidado.

 

- Desculpe a intromissão, mas o que aconteceu no Laboratório de Somatologia? – perguntou o rapaz retirando sua máscara do sicário.

 

- Estão querendo interditar o local inteiro porque os MVPs do terceiro andar parecem estar descendo para o segundo. Já encontraram a Margaretha e Seyren andando por lá. Os aventureiros juram que não foi galho sangrento, que eles apareceram sozinhos.

 

- É isso mesmo! – disse um lorde mais afastado – Já os derrotaram, mas eles voltam a aparecer!

 

- Tem alguma suspeita do que esteja acontecendo? – indagou o jovem de cabelos azulados.

 

- Não. – disse o primeiro aventureiro - Parece que alguns estudiosos estão no local para tirar as conclusões, mas não divulgaram nada.

 

- Interessante. Obrigado pela informação, senhores.

 

 

 

Aquilo era intrigante. Os MVPs sempre estiveram presos aos seus mapas pelas leis naturais de Rune-Midgard e as formas de burlar tais leis seriam com uma invocação, seja por um Guardião de Midgard ou por um Sábio com Abracadabra, ou com galhos sangrentos, que assim como os galhos secos, invocam um monstro aleatório e no caso do primeiro, sempre um MVP. Seraos sabia que não conseguiria resolver isso sozinho e não se conformava com a situação. O jovem levou a bebida até seu pai e foi em direção a porta com a mão sobre o brasão, deixando o velho falando sozinho.

 

 

 

- Filho? Eita moleque! – disse Anci levantando-se rapidamente – Volta aqui! Tenha o mínimo de respeito pelo seu pai! Volta aqui!!!

 

 

 

O Sumo Sacerdote correu até o filho e teve de usar a Habilidade Aumentar agilidade para que conseguisse chegar até ele antes que o rapaz usasse os serviços de teleporte da Kafra.

 

 

 

- Ô moleque louco, que você acha que ta fazendo virando as costas pra mim no bar? – disse Anci com cara de poucos amigos.

 

- Desculpe pai, mas você estava se divertindo tanto que achei...

 

- Desde quando você tem que achar ou desachar algo sobre mim? Eu ainda sou o seu pai e pela hierarquia quem manda ainda sou eu!

 

 

 

Seraos tentou esboçar uma reação, mas o velho continuou.

 

 

 

- E não é porque você está na Ordem do Dragão que vai sair por aí fazendo o que quer. Agora senta e me explica o que você pretende fazer indo para o Laboratório de Somatologia.

 

- Como o Senhor sabe?

 

- Primeiro: Senhor uma ova! Segundo: Eu sou velho mas não sou surdo. Desembucha, vai.

 

 

 

***

 

 

 

Subterrâneo da Torre de Geffen

 

Geffenia

 

 

 

O local tinha um ar pesado. Era difícil pensar que a cidade de Geffen estava sob sua cabeça e aquela visão um dia foi uma cidade imponente e viva. O pequeno garoto não se incomodava com os monstros dali que eram derrotados rapidamente antes que o atacassem. Na verdade ele estava ali para encontrar-se com um deles, um ser único, que só habitava aquela região e era um grande desafio aos aventureiros que ousavam enfrentá-lo.

 

 

 

Ao longe ele pode ver um grupo de monstros e no centro um espadachim translúcido. Em sua empolgação, utilizou as técnicas de concentração, benção e aumentar agilidade, tudo muito rapidamente, e correu em direção ao MVP. Quando o Doppelganger pressentiu que não estava sozinho, enviou o seu grupo de Pesadelos para atacarem o garoto. O jovem puxou da bainha uma de suas adagas e continuou a trajetória, dando apenas um golpe e cada monstro, derrotando-os prontamente. A figura misteriosa parou em frente ao Espadachim e sorriu, guardando sua arma.

 

 

 

- Oi moço! Podemos conversar?

 

 

 

O monstro irritou-se, atacando o garoto como podia, tudo em vão, pois a criança se esquivava com maestria, sem que um golpe tocasse nele.

 

 

 

- Poxa, vai ter que ser igual aos outros, né? Então tá – disse sem parar de se esquivar – se eu te vencer, você vem comigo tá bom?

 

 

 

O Doppelganger riu. Era necessário um grupo grande para derrotá-lo e não seria apenas um pirralho que o faria. Continuou investindo e o garoto atacou. MVPs não recuam, mas se o fizesse, seria empurrado por vários metros. O espadachim reparou bem na criança e ela atacara com as mãos nuas e estava com raios em volta de si. Descrente, investiu novamente e o garoto continuou esquivando tranquilamente e socando, fazendo os golpes ecoarem por toda Geffenia. Já com metade de suas forças, o MVP entrou em fúria, usando a habilidade Velocidade com Espada de Duas Mãos e atacava freneticamente. O pequeno não se abalou, esquivando-se mais rápido ainda, sem sofrer um arranhão.

 

 

 

- Tá. Já encheu, moço. Você vem comigo agora! - e dizendo isso sacou sua adaga e utilizou a técnica Golpe Fulminante em um movimento certeiro deixando seu adversário debilitado e logo em seguida cravou a arma no peito do Doppelganger gerando uma luz avermelhada, fazendo-o sumir, e, estranhamente, as letras M,V e P não saltaram sob a cabeça do garoto, que limitou-se a dar um sorriso e teleportar-se.

 

 

 

****

 

 

 

Morroc

 

Casa dos Owl

 

 

 

Anci estava sentado na mesa, tomando um drink, enquanto Seraos estava em um dos cantos, emburrado, batendo o pé impaciente.

 

 

 

- Quem você chamou, filho? - disse após uma golada de sua bebida.

 

- Só consegui contatar duas pessoas, o Capitão Kyrie e um Atirador de elite chamado Crono.

 

- Você deu o endereço certo?

 

- Sim. Eles já estão em Morroc. - Disse o mercenário após olhar para o bracelete que recebera da Ordem do Dragão.

 

- Muito bom. Espero que eles sejam mais ajuizados que você.

 

- O Capitão Kyrie é um fiel escudeiro do Rei, pai. E dizem que o Crono já foi um Guardião de Midgard e que trocou de nome para passar despercebido.

 

 

 

Então ouviram um bater na porta. O velho Sumo Sacerdote gritou um "entre" e tão logo a porta se abriu duas figuras, um Sumo Sacerdote com Máscara Feliz e coroa do líder e um Atirador de Elite com Elmo Angelical e um arco pendurado nas costas, entraram sem cerimônia.

 

 

 

- Obrigado por virem, senhores.

 

- É um prazer conhecê-lo, Senhor Owl. - Disse Kyrie.

 

 

 

Anci fez uma careta e soltou um gemido. Seraos desviou o olhar, sabendo o que aquilo significava. Os visitantes ficaram sem entender.

 

 

 

- Assim você castiga o véio, Capitão. Só "Anci" está bom pra mim. - disse com um largo sorriso na face.

 

 

 

Os recém-chegados se entreolharam e riram. Anci se levantou e apertou a mão de cada um deles. Do seu canto, o mercenário apenas balançou a cabeça. O velho então os convidou a se sentarem e lhes ofereceu uma bebida. Com todos devidamente servidos, o anfitrião iniciou seu discurso.

 

 

 

- Irmãos, estamos reunidos aqui hoje para unir em matrimônio Kyrie e Crono...

 

 

 

Ambos arregalaram os olhos enquanto Seraos dava um tapa em sua testa.

 

 

 

- Opa, errei o discurso, hehe - com um sorriso franco - agora sério, rapazes. Pedi para que Seraos os chamasse aqui para fazerem uma busca em um local um tanto quanto perigoso. Acho que ele informou algo do que planejava.

 

- Sim, Anci - disse Kyrie - pelo que ele nos falou o Laboratório de Somatologia está sendo interditado.

 

- Exato. Mas o cabeça-oca não sabe pesquisar a fundo e queria agir sem planejamento. Acionei alguns contatos e parece que é um garoto que está fazendo todo esse estardalhaço.

 

- Um garoto? - disse Crono perplexo.

 

- Sim. E aposto que sei que garoto é. Pra isso, tenho que explicar um pouco do que aconteceu quando o Seraos tinha uns onze ou doze anos. - falando em um tom lento e cansado.

 

 

 

Seraos perdeu a paciência. Virou-se e seguiu em direção ao seu quarto, batendo a porta às suas costas para aguardar que seu pai contasse a história que ele mesmo vivera.

 

 

 

- Ótimo, rapazes. - disse o velho baixando a voz e rapidamente- Agora que consegui tirar ele da sala, podemos falar mais livremente.

 

- Como assim? - perguntou o Atirador de Elite.

 

- Vou contar rapidamente parte da história. Quando Seraos tinha entre onze e doze anos não agüentava os maus sentimentos que tinha em relação a mãe por tê-lo abandonado. Então o moleque foi até Juno e pediu para a Hipnotizadora retirar todas as lembranças que tinha dela.

 

- Então é por isso que ele tem os olhos daquele jeito? - perguntou Kyrie.

 

- Exato. Só que grande parte das lembranças estavam diretamente ligadas a alguns sentimentos, como ódio, agonia, raiva, alegria...

 

- Compaixão e amor. - terminou Crono.

 

 

 

Anci olhou surpreso para o Atirador de Elite, que agora parecia estar muito interessado em seus pés.

 

 

 

- Isso mesmo. E parte desses sentimentos ficaram fragmentados, surgindo apenas em ocasiões muito especiais. E todos nós conhecemos um monstro que também é a personificação dos sentimentos de um guerreiro do passado, não?

 

- Memória de Thanatos?

 

- Sim, Capitão. Só que o Guerreiro-Arcano tem um diferencial. Ele foi fragmentado em outras quatro partes. Isso faz com que ele seja "controlável".

 

- Onde você quer chegar Anci?

 

- Simples, amigo Sumo Sacerdote, o Thanatos já é poderoso sem que todos os sentimentos estejam unidos a ele. Imaginemos agora se tal monstro não fosse fragmentado em outras partes "menos poderosas", se fosse uma simbiose.

 

- Teríamos um guerreiro quatro vezes mais poderoso. - respondeu Crono confiante - Mas me esclareça uma coisa, Anci. Seraos sempre foi um Mercenário?

 

- Não. Quando criança, ele era um Super Aprendiz e atendia pelo nome de Ryu.

 

- Então - continuou o Atirador de Elite - você acha que ...

 

- São os sentimentos do Seraos que estão fazendo todo esse estrago no Laboratório de Somatologia. - concluiu Kyrie - E o que devemos fazer para reverter isso?

 

- Aí está uma coisa que não sei, Capitão. Creio que conversar com a Hipnotizadora deve ser o primeiro passo.

 

- Ei! A hipnotizadora de Prontera não é a mesma que ficava em Juno?

 

- Sim. Parece que ela passou a atender apenas os iniciantes por uma indicação do Padre Bamph.

 

- Falta descobrir o porque e o como.

 

- E senhores, conto com a discrição de vocês. O garoto é impulsivo demais.

 

- Fique tranqüilo, você já a tem.

 

 

 

****

 

 

 

Prontera

 

Kafra oeste

 

 

 

- Pensei que iríamos para Lighthalzen. - resmungou Seraos.

 

- Exato. - concordou Crono - E vamos, mas depois de tirar algumas conclusões.

 

 

 

Os três seguiram até a praça central onde vários mercadores estavam amontoados. Era difícil saber onde terminava uma loja e começava a outra. Ali ficava também a loja de Utilidades e de armamentos.

 

 

 

- Ela deve estar por aqui. - Disse Kyrie tentando olhar por cima da multidão - Ali, próximo a loja de utilidades.

 

 

 

Eles avistaram uma mulher com roupas brilhantes e um olhar misterioso. Há muito tempo, o Rei decretou que a Hipnotizadora prestaria seus serviços apenas a aventureiros que não haviam escolhido uma segunda classe e que não tivessem muita experiência de vida, mas que não precisariam pagar nada para utilizar os serviços dessa distinta senhorita. Com uma clientela bastante limitada, a jovem estava de papo com a Treinadora de animais quando os três chegaram.

 

 

 

- Com licença - disse o Sumo Sacerdote.

 

- Desculpe, senhor - disse a mulher olhando os três apenas de relance - mas não posso prestar meus serviços a um aventureiro que já escolheu a segunda classe.

 

- Não estamos aqui para utilizar seus serviços, senhorita. Precisamos fazer algumas perguntas. - disse o Atirador de Elite.

 

 

 

A jovem olhou para o grupo e focou sua atenção no Mercenário. Seus olhos se arregalaram e suas pernas tremeram. Perceberam que a calça dela ficou molhada e a face branca.

 

 

 

- A senhorita está bem?

 

- Saiam daqui! Não quero mais nada na minha mente! Saiam!

 

 

 

A moça correu em direção ao norte, como se um Bafomé estivesse em seu encalço, pronto para matá-la em um ataque de fúria.

 

 

 

- O que aconteceu?

 

- Ela me viu. - disse calmamente o Mercenário.

 

- Mas que droga! Me esperem aí! - disse Kyrie e correu para alcançar a Hipnotizadora.

 

 

 

O homem correu mais que pôde, mas o desespero dela parecia ser maior. Toda vez que ele se aproximava, ela parecida tomar uma poção do vento e conseguia uma larga distância. Eles já estavam se aproximando da entrada do castelo quando o Sumo Sacerdote teve uma idéia.

 

 

 

- Guardas! Prendam essa mulher! - ordenou assim que avistou a ponte que dava acesso da cidade à imponente construção.

 

 

 

Quase que instantaneamente inúmeros guardas rodearam e seguraram a Hipnotizadora.

 

 

 

- Hehe, ótima idéia de usar minha autoridade de Capitão. - pensou consigo mesmo.

 

 

 

Ela se debatia como um peixe em uma rede de pesca e foi preciso um número considerável de pessoas para segurá-la. Sem aviso nenhum, Kyrie esbofeteou a face da jovem.

 

 

 

- Acalme-se! Só quero conversar!

 

- Mas... Mas... - protestou a mulher.

 

- Por favor, me acompanhe. - disse em um tom suave - Obrigado Senhores, estão dispensados.

 

 

 

Os guardas prestaram continência e voltaram aos seus postos. Kyrie conduziu a moça até um banco que ficava próximo a uma árvore e sentou-se. Meio sem jeito por estar cheirando a urina, ela se sentou um pouco afastada, obrigando o Sumo Sacerdote a se aproximar.

 

 

 

- Pois bem, Senhorita...

 

- Hildha. Prazer em conhecê-lo, Capitão Kyrie.

 

 

 

Era estranho. Apesar de ter um título militar, Kyrie não usava nada que dissesse qual era sua patente e muito menos havia dito seu nome.

 

 

 

- Muito prazer, Hildha. Estou aqui...

 

- O passado daquele garoto é turbulento, Capitão. Creio que o senhor vá querer um resumo do dia que ele perdeu os sentimentos, certo?

 

- Como? - Kyrie estava surpreso. Percebeu que ela não mexia a boca ao falar e que olhava fixamente para ele. - A senhorita é telepata?

 

- Sim - respondeu mentalmente - e já que o pai do rapaz pediu discrição, conversemos dessa forma, por favor. Apenas limpe sua mente.

 

 

 

Kyrie fechou os olhos rapidamente e se concentrou por um instante. Era complicado não pensar em nada, ainda mais com todos os problemas que ele deveria resolver.

 

 

 

- Tudo bem, Hildha. Então me conte o que aconteceu naquele dia em Juno.

 

- Não prefere ver, capitão?

 

 

 

O Sumo Sacerdote se impressionou. Ela era uma mulher poderosa mesmo não escolhendo uma classe. Imaginou o quão poderosa seria se escolhesse ser uma Bruxa ou Sábia mas logo percebeu a expressão do rosto da Hipnotizadora. Kyrie fez um esforço e livrou-se de seus pensamentos.

 

 

 

- Claro. Creio que ver o que aconteceu explicará melhor e com mais detalhes do que se você me falasse.

 

- Ótimo. Não estranhe, ok? Você vai sentir a cabeça um pouco dormente - e a telepata encostou uma das mãos na testa do Sumo Sacerdote que pareceu entrar em transe.

 

 

 

Kyrie nunca teve uma experiência tão intensa como aquela. Em alguns segundos ele viu várias cenas correndo, como se estivesse assistindo a vida de uma pessoa passar de trás para frente . Repentinamente o tempo parou e ele estava em Juno. Tudo estava estático e ele via próximo à Kafra a Hipnotizadora conversando com um Super Aprendiz ainda criança.

 

 

 

- Vamos para mais perto caso queira ouvir o que falei para o garoto. - disse uma segunda Hipnotizadora que se materializou ao seu lado.

 

 

 

Seguindo a recomendação, ele se aproximou dos dois que ainda estavam parados como uma estátua. O garoto parecia triste e a Hipnotizadora estava compladecente ao sentimento do pequeno. Sem aviso nenhum, tudo criou vida, se movendo normalmente.

 

 

 

- Moça, é você que faz esquecer habilidades? - disse o garoto.

 

- Sim, sou eu. Está procurando meus serviços?

 

- Sim, mas eu quero algo mais. Quero esquecer parte do meu passado.

 

- Eu posso fazer isso, mas não posso garantir que você volte a se lembrar do fato que quer esquecer.

 

- É, fiquei sabendo. É por isso que estou aqui.

 

- Muito bem, então o que você quer esquecer?

 

- Quero esquecer da minha mãe. - disse o Super Aprendiz de forma ríspida.

 

- Fique ciente que, além das lembranças de sua mãe, suas habilidades também vão ser esquecidas. - avisou a mulher.

 

 

 

O garoto balançou a cabeça.

 

 

 

- Tudo que está ligado a sua mãe vai ser apagado. Inclusive habilidades.

 

- É, eu sei. Pode apagar tudo.

 

 

 

Ela baixou-se para ficar na altura da criança, olhou bem para seus olhos e o garoto adormeceu. A mulher sussurrou algumas palavras que puderam ser ouvidas pelos dois ali presentes.

 

 

 

- Agora você vai se livrar do que está te magoando. Tudo que estiver ligado a sua mãe deve ser descartado. Deixe vazar tudo que não lhe está fazendo bem e entregue a mim esses sentimentos.

 

 

 

Um fenômeno estranho aconteceu. Kyrie viu uma fumaça passando do corpo do Super Aprendiz para a mulher que estava abaixada sem que ela notasse. Percebeu agora que Hildha chorava ao seu lado.

 

 

 

- Quando eu estalar os dedos, você acordará e se sentirá bem. Um, dois, três. - E a hipnotizadora que estava baixada estalou os dedos. O menino acordou um tanto quanto atordoado e assustado. Seus olhos, que antes transpareciam tristeza, perderam o brilho, parecendo que sua alma fora tomada por algum demônio.

 

 

 

- Garoto, você sabe onde está?

 

- Aqui é Juno, né? Já estive aqui com meu pai.

 

- Você se lembra do seu nome?

 

- Claro! Meu nome é Seraos!

 

 

 

E a cena se congelou ali. Kyrie tentava entender o acontecido.

 

 

 

- Mas Hildha, o que foi aquela fumaça que vi passando do Seraos para você?

 

- Aquilo eram os sentimentos dele em forma de espectro. É como se fosse um fantasma. - respondeu prontamente, secando as lágrimas.

 

- E você ainda mantém ele no seu corpo?

 

 

 

A mulher se calou. A cena mudara rapidamente e eles estavam na Catedral de Prontera. Tudo se iniciou com uma mulher entrando desesperada pela porta que Kyrie logo identificou como sendo Hildha. Ela segurava a cabeça e dava golpes em si, como se estivesse lutando consigo mesma. Rapidamente o padre Bamph correu e a ajudou, levando-a para uma cama onde a deitou e orou por ela. Viu o sacerdote correr para a escrivaninha e rabiscar um pedaço de papel, gritou por um noviço que assim que chegou deu-lhe instruções rápidas. Logo que o rapaz saiu pela porta ele sumiu de vista rapidamente e quando voltou estava munido de água benta, um balde, vários pedaços de trapo e uma jarra de água límpida. Embebeu um dos panos em água benta e colocou próximo ao peito da mulher, que agora se debatia no leito. Ela gritava frases como "Saia da minha mente!", "Suma daí, criança mimada!" e "me deixe em paz!"

 

 

 

Repentinamente uma Sacerdotisa ruiva com uma cartola entrou no quarto e pela primeira vez que puderam ouvir o padre falar.

 

 

 

- Obrigado por ter vindo.

 

- É um prazer poder ajudar, padre. - respondeu com um sorriso tímido - O que aconteceu?

 

- Esta mulher chegou a pouco e não sei o que acontece com ela.

 

 

 

Hildha continuava gritando sem parar, desesperada. Era visível que não agüentaria por muito tempo.

 

 

 

- Ela parece estar possuída, padre.

 

- Você está preparada, Perséfonne?

 

- Sim, Senhor.

 

- Então é agora! - Ordenou o Sacerdote.

 

 

 

Perséfonne sacou do bolso uma gema azul e iniciou uma conjuração longa. Pouco tempo depois um círculo sagrado se formou, mas Hildha ainda se debatia.

 

 

 

- É, vamos ter que apelar. Chamem a hipnotizadora.

 

 

 

A ruiva então olhou bem para o rosto da mulher e ficou estupefata.

 

 

 

- Senhor, ELA é a hipnotizadora.

 

 

 

O padre se surpreendeu. Ele correu até a estante onde estavam inúmeras caixas, puxou uma delas e a abriu. Dentro tinha um pequeno bastão dourado. Quando ele tocou com o utensílio na cabeça de Hildha algo estranho aconteceu. Ela parecia vomitar o mesmo vapor que Kyrie viu entrar no corpo dela na visão anterior. Quando parou, ela caiu ao chão exausta e uma forma humanóide se solidificou diante dos sacerdotes. Era um garoto em roupas de Super Aprendiz, exatamente como Seraos era no dia que teve o encontro com ela em Juno. Ele estava translúcido e parecia chorar desconsolado. Com apenas um golpe, ele derrubou a porta e correu, saindo do campo de visão de todos.

 

 

 

- Se-senhor? O que era aquilo?

 

- Não sei ao certo, mas parecia ser um garoto. Um garoto bastante nervoso.

 

 

 

Ali a visão se congelou. Repentinamente tudo ficou escuro e o Sumo Sacerdote se viu voltar para o banco em Prontera.

 

 

 

- Satisfeito, Capitão? - perguntou a mulher.

 

- Tenho duas dúvidas. A primeira é saber se existe uma forma de deter esse garoto.

 

- Você tem duas alternativas: Uma delas é convencê-lo de voltar ao corpo de onde saiu, no caso, do seu amigo Mercenário. A segunda é derrotando ele em uma batalha.

 

- Ótimo. Já imaginava isso. E o que ele ficava falando em sua mente?

 

- "Eu quero minha mãe." - Disse a hipnotizadora deixando cair mais uma lágrima.

**********************************************************************************

Link para o comentário
Share on other sites

 Olá! [/lala]

 

Primeiramente, FELIZ ANO NOVO A TODOS! Muita paz e felicidade a todos. [/heh]

 

Parem as ameaças! Desarmem os mais insanos! Olha a distração ali, ó!!!

 

Segue para vocês o Capítulo 2. Espero que gostem.Abraços a todos! [/ok]

 

 

**********************************************************

 

memriascap2nn2.jpg 

 

 

Capítulo 2 - Visões do Passado

 

 

 

Aeroplano

 

Rumo a Lighthalzen

 

 

 

Aquela embarcação era impressionante por si só. "Um barco que navega no ar". Mais do que isso, é um dos meios de transportes mais usados na República de Schwarzwald. Certa vez, para matar sua curiosidade, Kyrie foi até o Capitão da embarcação para perguntar sobre esse meio de transporte pois seus propulsores sozinhos nunca seriam capazes de colocar tanto peso no ar. Fazendo um grande favor ao "homem", já que o comandante desse singular meio de transporte é um alce, o Sumo Sacerdote obteve sua resposta: O que faz ele voar é a mais alta tecnologia que move os guardiões dos castelos aliados aos Corações de Ymir nele "implantados".

 

 

 

- Poderíamos ter ido pela funcionária Kafra até Juno. Seria mais rápido. - resmungou Seraos.

 

- E mais caro também. - completou Crono - Sem contar que perderíamos uma vista maravilhosa!

 

- E que teremos muito tempo para encontrar a causa de tanta confusão. Vão querer repassar o plano?

 

 

 

Era a terceira vez que o Sumo Sacerdote queria rever o combinado. O Mercenário e o Atirador de Elite já estavam cansados de ouvir, mas o homem em vestes brancas não deu ouvidos quando ambos tentaram ensaiar um "não".

 

 

 

- Ótimo. Seraos, você vai à frente em furtividade. Se tiver guardas, tente nocauteá-los ou destraí-los. Assim que a entrada estiver tranqüila você avisa Crono e eu. Pelos comentários que ouvi, parece que o garoto fica a noroeste do segundo andar do laboratório.

 

- Teremos de ser cautelosos! - disseram Crono e Seraos, uníssono e com uma voz melancólica, tirando um grunhido do Capitão e uma bela gargalhada do Falcoeiro.

 

- Kyrie, o que te faz pensar que esse garoto estará disposto a bater um papo?

 

- Porque pelo que vi na visão de Hildha, ele é parecido com um garoto de 11 anos. - disse Kyrie, evitando falar que enfrentariam a contraparte do Mercenário - Você realmente não lembra da sua mãe? - desconversou.

 

- Não e a única lembrança que tenho dela me pareceu um sonho. - disse o Mercenário calmamente, não se importando com a alteração brusca de assunto - Ela me chamava com a habilidade "Filhote vem cá", coisa que nem meu pai consegue mais, e me levava pro meio do deserto. Lá ela me segurou no colo e me fez um afago. O estranho é que quando acordei eu estava no mesmo lugar onde eu tinha sonhado.

 

- Sua mãe te amava muito. - disse Crono - Ela te amava tanto que conseguiu usar uma habilidade já abandonada por você e pelo seu pai.

 

- E em toda nossas vidas, Crono e eu vimos essa habilidade funcionar apenas uma vez. Uma única vez, com Bonnie e Leafar. - completou o Sumo Sacerdote.

 

- Como foi isso?

 

- Deixemos para outra hora, chegamos a Lighthalzen.

 

 

 

****

 

 

 

Calabouço de Geffen

 

Geffenia

 

 

 

- Pô, muié! Tu num cansa de matar essas eguinha pocotó não???

 

- Não enche, Inside! Veio porque quis! - retrucou prontamente a Sacerdotisa.

 

- Nada, vim pela gran..., digo, pra te acompanhar! - disfarçou rapidamente.

 

- Sei. Quem não te conhece que te compre, Senhor Bolseiro.

 

 

 

Perséfonne e Inside Pockets era um casal um pouco fora do comum. Ela, uma poderosa exorcista ruiva, carrega consigo um Deviruchi como mascote que domesticou naquele mesmo calabouço, está sempre com sua cartola e dona de uma sensualidade singular. Ele, um baderneiro que ao contrário de seu irmão, o Sumo Sacerdote Anci, escolheu viver livremente, bebendo e festejando cada dia que passava. Esse casal se apaixonou nos últimos dias das Terras de Loki e é difícil ver uma discussão entre eles, mas tudo sempre acaba bem.

 

 

 

- Manhêêê!!! Paiêêê!!! Crepúsculo ou Bragi? - perguntou o pequeno bardo.

 

 

 

- Frokinhu, meu amor, perto da mamãe é sempre Poema de Bragi, filhinho. - disse a ruiva, virando rapidamente para seu marido - Vai procurar o monstro, homem!

 

- Poxa, Persa, faz mais de oito horas que estamos procurando o Doppelganger e nada! Os outros grupos já até desistiram.

 

- É mãe. Meus dedos tão doendo de tanto tocar. E eu to com fome!

 

- Eu não me conformo! Esse safado sempre estava aqui! - protestou a mulher - Agora que eu tô afim de enfiar a mão na cara do cretino ele some!

 

 

 

Se o local não estivesse deserto, Inside e Frokinhu passariam uma vergonha sem igual, de tamanha birra da Sacerdotisa. Aquele era o lugar em que ela mais gostava de treinar e derrotar o MVP dali sempre foi seu maior objetivo. E, naqueles dias, ela estava mais preparada que nunca, com uma ótima estratégia. Não encontrar o Espadachim era extremamente frustrante para ela.

 

 

 

- Num estressa não, muié. Vamo fazê assim: - disse aproximando-se da esposa e baixando a voz - Bora pra casa, 'cê faz aquelas patas de gafanhoto que só você sabe fazer e umas panquecas pro fiotinho e depois a gente namora, que tal? - completou acariciando sua face.

 

- PANQUECAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!! - gritou feliz Frokinhu.

 

 

 

Nesse instante, Perséfonne sentiu um puxão em sua indumentária de sacerdotisa. Era Hades, seu Deviruchi de estimação, que apontava para a boca, sinalizando que também estava com fome.

 

 

 

- TÁ BOM! TÁ BOM!!!! VOCÊS GANHARAM! - gritou a ruiva - Vamos pra casa que eu vou alimentar vocês, bando de esfomeados sem causa!

 

- Tá querendo agradar? Olha que assim eu gamo, hein? - respondeu o Arruaceiro.

 

- Affffff. Entra no portal logo.

 

 

 

Perséfonne sacou uma gema do bolso e, dizendo "Juno" em voz alta, formando uma coluna de luz que Inside e Frokinhu entraram, sendo seguidos pela emburrada Sacerdotisa.

 

 

 

****

 

 

 

Lighthalzen

 

Favela

 

 

 

Lighthalzen, uma cidade com dois universos paralelos mas completamente diferentes. Em grande parte do seu território um local agradável, civilizados, com ótima infra-estrutura e organização impecável. No seu extremo leste um guarda assegura que as pessoas não passem para o local que era a vergonha para o governante dali: a Favela.

 

 

 

- Incrível! Mesmo com todo o equipamento que o presidente de Lighthalzen dispõe para suas tropas, os caras não conseguem guardar um simples portão! - disse Crono indignado - O guarda tava dormindo! Não acredito!

 

- Para você ver como são as coisas. - respondeu Kyrie - E o presidente daqui criticando o Rei Tristan III, dizendo que trata seus guardas como escravos. Acho que o Excelentíssimo Presidente não conhece a palavra "turnos".

 

- Creio que essa vai ser nossa menor preocupação agora, Kyrie. Olhe. - disse Seraos apontando para onde ficava a entrada dos esgotos e acesso ao Laboratório de Somatologia.

 

 

 

Dois homem que mais pareciam Golens guardavam a entrada. Estavam usando equipamentos sofisticadíssimos, cortesia das Indústrias Rebenker.

 

 

 

- Vejamos; - disse o Sumo Sacerdote em uma rápida análise aos brutamontes - Acho que esses caras não são muito rápidos e tão pouco inteligentes. Vamos seguir o plano.

 

 

 

O Mercenário assentiu com a cabeça, sumindo logo em seguida. Passou tranquilamente pelos guardas, se posicionando atrás deles. Como eles não se mexeram, presumiu que não tinham uma carta Maya Macho. Deu então um forte tapa na nuca de um dos dois, saindo de perto logo em seguida.

 

 

 

- Ei! Tá ficanu locu, manu?

 

- Qui foi, ô?

 

- Cê mi deu um tapão na nuca!

 

- Afff! Cê Bebeu foi?

 

 

 

Kyrie e Crono riam da forma que os dois discutiam. O Sumo Sacerdote estava certo mas com uma pequena correção: os dois não eram NADA inteligentes.

 

 

 

A discussão seguiu por alguns segundos até ambos se acalmarem. Um olhava torto para o outro quando Seraos deu um outro tapa, desta vez mais forte, no mesmo homem. Sem dar aviso nenhum o troglodita pulou sobre o amigo, socando-lhe o mais forte que conseguia. O jovem de cabelos azulados saiu então de seu estado furtivo e acenou com a mão. Rapidamente o outros dois correram fazendo o mínimo de barulho e entraram pelos esgotos.

 

 

 

- Gostei do improviso.

 

- Obrigado, Crono. - disse o Mercenário - Meu pai diz que quando eu era criança sempre fui bom em me esconder. - finalizou com um pequeno sorriso.

 

- Percebemos. - completou Kyrie ainda rindo. - Certo, agora vamos ver se achamos o garoto. Preparem-se para lutar.

 

 

 

Após passarem por uma tubulação fétida e adentrarem por um buraco em uma parede, chegaram a um corredor estreito que se alargou assim que dobraram a primeira direita. Um pouco mais a frente encontraram uma sala com algums móveis cobertos de pó e seu primeiro adversário: um pequeno mago.

 

 

 

- Eu cuido dele - disse o Mercenário, que correu em direção ao monstro, sacando uma katar chamada Infiltrador.

 

- Não! - disse Kyrie atônito - Ele é do elemento...

 

 

 

Não houve muito tempo. Seraos usou a habilidade Lâminas Destruidoras, crente que derrotaria seu inimigo apenas com esse movimento. Qual foi a surpresa quando viu que seus golpes não surtiram o efeito desejado e, pior ainda, quase não causaram dano ao inimigo.

 

 

 

- ...Fantasma - completou o Sumo Sacerdote.

 

 

 

O Contra-ataque foi instantâneo. O mago conjurou rapidamente a habilidade Espíritos Anciões e Tempestade de Raios, ambas acertando Seraos em cheio. Kyrie o curava como podia, mas o adversário continuava, usando suas técnicas o mais rápido que podia. Repentinamente os ataques cessaram e, ao olhar para o atacante, viram uma flecha translúcida atravessada no crânio dele.

 

 

 

- Cautela e canja é bom pra todo mundo. - disse Crono com um sorriso, ainda com o arco levantado.

 

 

 

***

 

 

 

Juno

 

Casa dos Pockets

 

 

 

Perséfonne e Inside estavam sentados no sofá, curtindo um ao outro, olhando para o nada. Frokinhu estava treinando com uma harpa em seu quarto, distraído. Mesmo sendo um exercício, o garoto tocava divinamente, relaxando ainda mais seus pais.

 

 

 

- Ele melhora a cada dia, né? - disse a Sacerdotisa.

 

- Ô. Esse é o meu fiote! Esforçado que nem o pai.

 

- Sei... sei... mas querido, você não acha estranho ficarmos tanto tempo procurando o Doppelganger e não o acharmos? Pelo que os outros grupos falaram eles também não o encontraram.

 

- Rá! - o Arruaceiro riu forçadamente - Você acha que eles iam falar se tivessem encontrado? Aquele monstro é disputado.

 

- Não sei. Todos os grupos estavam inconformados. Tem algo errado aí. Só não sei o que.

 

- Ah! Deixa isso pra outra hora. Vamos curtir, vai. - disse Inside, deslizando a mão para a coxa de sua esposa.

 

- Querido, o Frokinhu tá acordado.

 

- Vai dizer que você não gosta de se sentir vigiada...

 

- Bobo. - Disse Persefonne, se rendendo aos desejos do marido.

 

 

 

***

 

 

 

Kyrie se mantinha sempre a frente, segurando os monstros que encontrava, Crono a uma distância confortável, atirando flechas a vontade e Seraos, a contragosto, ficava em furtividade.

 

 

 

- Acho que eu poderia ajudar mais.

 

- Calma que isso aqui não é nada se comparado com o que vamos encontrar pela frente. - disse Crono.

 

- Pois é. Mas se você quiser, pode usar Tocaia. Mas não recomendo, vai gastar sua energia espiritual.

 

- Tá certo. - disse o Mercenário - Então eu fico em Furtividade mesmo.

 

 

 

O grupo estava avançando bem, encontrando poucos monstros e derrotando rapidamente os que atravessavam o seu caminho. Alguns Removedores e as classes primárias de guerreiros clonados eram os mais encontrados. Algumas vezes Seraos se atrevia a usar a habilidade Tocaia nos inimigos, o que obrigava o grupo a parar por alguns instantes para descansarem. A medida que se aproximavam do local onde queriam chegar, o número de monstros aumentava.

 

 

 

- Está começando a ficar difícil. - disse Kyrie - Acho melhor dobrarmos o cuidado.

 

- Acho melhor triplicar. Olha. - disse Crono, apontando para frente, onde Egnigem Cenia, a MVP daquele calabouço estava esperando por algum aventureiro desavisado.

 

- Acho melhor contornar. Apenas nós três não podemos com ela.

 

- Kyrie, acho que por aquilo ali nós não esperávamos. - disse Seraos, apontando para o outro lado.

 

 

 

O Doppelganger estava vigiando a outra entrada que dava acesso a uma sala no canto nordeste do calabouço. Isso era muito estranho, porque ele não era um monstro nativo daquele mapa e um galho sangrento pode invocar qualquer MVP, sendo uma chance de um para trinta. O mais estranho era que tanto o Doppelganger como a Egnigem estavam encantados com Assumptio, habilidade que apenas um monstro possui: Margaretha Sorin.

 

 

 

- Acho que nosso pequeno amigo não quer visitas. - disse Kyrie.

 

- Pelo contrário. - disse uma voz misteriosa - Eu estava esperando por vocês.

 

 

 

Repentinamente o grupo se viu cercado: a sua frente, Egnigem e Doppelganger. As suas costas, Margaretha e Seiren.

 

 

 

- Mas como...

 

- Previsível, graças ao seu amigo Mercenário, Capitão Kyrie.

 

- Quem?

 

 

 

Os passos lentos ecoaram por todo salão. Os três amigos ficaram atônitos ao verem a quantidade de monstros que seguiam um pequeno garoto translúcido. Eram Gatunas, Espadachins, Mercadoras, Arqueiros, Magos e Noviços, além dos quatro MVPs já presentes.

 

 

 

- Quem é você? - perguntou o Mercenário.

 

- Pergunte aos seus amigos, oras. Eles tem a resposta.

 

 

 

Seraos olhava do garoto para Kyrie e Crono. Estava confuso.

 

 

 

- Calma rapaz. Respira. É exatamente o que ele quer. - Disse Crono em um tom calmo.

 

- Confundir? Não não, senhor Crono.

 

- Você é Ryu Seraos? - disse Kyrie, tomando a frente e surpreendendo o rapaz de cabelos azuis ao seu lado. - Preciso conversar com você.

 

- Pra que? Posso não aparentar idade, mas sou bem espertinho, tá?. Aprendi bastante na cabeça daquela moça, "Capitão". Sei porque vieram e a resposta é não. Agora é hora de vocês pagarem pela sua ousadia.

 

 

 

O pequeno grupo estava acuado diante tantos inimigos. Não havia por onde sair. Crono e Seraos estavam com suas armas em punho enquanto Kyrie aprimovarava seus companheiros e a ele mesmo. De repente puderam ouvir gemidos e alguns dos inimigos próximos ao garoto estavam caindo rapidamente. Foi a distração perfeita. Crono atirou uma Rajada de Flechas na Suma Sacerdotisa inimiga, que rapidamente conjurou um Escudo Sagrado, impedindo de ser atingida. Seraos puxou das vestes uma pequena garrafa com água amaldiçoada e a quebrou com a katar, banhando a lâmina com um misto de vidro e do líquido. A inimiga tentou conjurar um Escudo Mágico, mas a habilidade usada antes a impedia. O Mercenário utilizou a técnica Lâminas Destruidoras, ferindo-a, dando tempo para os amigos passarem pela Suma Sacerdotisa. O rapaz recuou rapidamente tentando alcançar seu grupo mas acabou acertado por um golpe certeiro de Seiren.

 

 

 

- Seraos! Temos que voltar, Kyrie! - disse Crono.

 

- Fica aqui! Eu volto!

 

 

 

A visão foi aterrorizante. Enquanto Kyrie corria em direção ao amigo desfalecido, Egnigem e o Doppelganger correram em direção a ele e, sem recentimento algum, acertaram no Sumo Sacerdote um Perfurar em Espiral cada um. Ele tentou se curar, mas viu Margaretha suprir suas habilidades e, instantes depois, cair inerte com um golpe de Seiren.

 

 

 

- Droga! Eu vou...

 

- Não vai não. - disse um Algoz, puxando Crono pela vestimenta.

 

- Mas você é...

 

- Não temos tempo. Use isso. - disse o homem de cabelos prata, entregando uma Asa de Borboleta ao Atirador de Elite.

 

- Mas...

 

 

 

Não houve tempo para Crono pensar. O homem misterioso segurou sua mão e fez com que ele apertasse o item, esfarelando-o e fazendo com que ele sumisse, voltando a Morroc.

 

 

 

- NÃO! - gritou o Atirador de Elite, caindo de joelhos e socando o chão de areia.

 

 

 

***

 

 

 

Perséfonne dormia. Frokinhu ainda estava tocando harpa, num tom compassado e agitado, música que seu pai mais gostava. Inside afagava os cabelos ruivos de sua esposa que havia se aconchegado em seu peito. Ele a tomou nos braços e levou-a para a cama. Olhou para fora pela janela e percebeu ao longe uma pequena multidão no local onde fica o ponto de desembarque do aeroplano. Curioso, ele resolveu se vestir e, no caminho do bar, pegar algumas informações. O louro voltou até a sala e pegou sua indumentária de Arruaceiro, vestiu-se rapidamente e colocou em seu bolso zeny suficiente para algumas bebidas.

 

 

 

Saindo tranquilamente, assoviou a canção Crepúsculo Sangrento que ouvia seu filho tocar. Andou apressado até a pequena multidão e desacelerou assim que ficou próximo a ela. Ouviu alguns comentário com as palavras "Lighthalzen", "Bio três" e "MVPs". Resolveu então deixar de ouvir palavras pela metade e se escondeu. Usando a habilidade Túnel de Fuga, parou próximo a um grupo muito exaltado.

 

 

 

- Presidente do c******! Acha que a gente é o que? - dizia um monge muito arrogante - A gente mata esse tal de Seiren "MVP" fácil.

 

- É um imbecil, isso sim. Acha que só porque aparece um Doppel lá no meio é motivo de alarme. - continuava um Paladino, no mesmo tom do monge - Poderia vir todos os MVPs juntos que a gente se virava.

 

- Só poderia ser um bando de egoistas mesmo! - disse uma Suma Sacerdotisa - Que tal pensar na segurança de todos? O Segundo andar do Laboratório não é lugar para transcendentais "bolados". Tem outras pessoas que treinam lá.

 

 

 

- Doppel. - pensou Inside em seu esconderijo. Ele resolveu então sair e procurar a moça que criticou os membros de seu grupo.

 

 

 

- Ei! Gatinha! Chegaê. Tá sabendo alguma coisa du Doppel?

 

- Não ficou sabendo? - disse a moça - Ele apareceu no segundo andar do Laboratório de Somatologia.

 

- Estranho. Ele sumiu dos Calabouços de Geffen e aparece lá em Bio dois?

 

- Sumiu? Como assim? - perguntou a garota atônita.

 

- Simplesmente sumiu, evaporou, erradicou-se, tomou doril, já era, é passado, foi pro bebeléu, sacou?

 

- Isso eu entendi, moço.

 

- Bem, muito obrigado pela informação. - disse com um sorriso - A gente se vê.

 

- Até mais.- disse a moça, fazendo uma careta - Que cara estranho. - Pensou.

 

 

 

Inside não resistiu e voltou correndo para casa, acordou sua esposa e contou-lhe as novidades.

 

 

 

***

 

 

 

Morroc

 

Casa dos Owl

 

 

 

Crono estava sentado em uma das cadeiras, explicando com detalhes o que havia acontecido em sua jornada. Kidd estava em pé, próximo ao Sumo Sacerdote, e não falara um palavra desde que chegara. O velho homem ouvia antentamente, analisando cada fato.

 

 

 

- E foi isso que aconteceu, Anci. Se não fosse por Kidd, eu também não estaria aqui.

 

- Agradeça ao Mestre da Guilda, Crono. Ele que pediu para seguir Seraos onde fosse. - disse o Algoz.

 

- Bem, minha maior preocupação agora é que os Sentimentos do Seraos não querem papo. Precisamos descobrir o que ele quer com tudo isso.

 

- Tem idéia do que fazer? - indagou Crono.

 

- Acho que vou ter que procurar um velho amigo, um certo rato de biblioteca. Creio que você também o conheça, amigo Atirador de Elite.

 

- Rato de biblioteca? Está se referindo a Biblioteca de Juno?

 

- De certo. - e o velho Sumo Sacerdote sacou do bolso uma gema azul e virou-se para o Algoz ali presente - Obrigado pela ajuda, Kidd. Manterei a guilda informada.

 

- Tenham cuidado. - disse o homem, sumindo logo em seguida.

 

- Pois então vamos? - animou-se Crono.

 

- Vamos não. Preciso de um favor seu. Quero que contate o maior número possível de pessoas.

 

 

 

Crono murchou. Estava ansioso para visitar seu antigo amigo, mas o momento era tenso e precisavam agir rápido, pois Seraos e Kyrie corriam perigo. Anci abriu um portal e o ofereceu para Crono, dando instruções rápidas.

 

 

 

- Entre e vá até a Guilda dos Arruaceiros, fale com Marky, dê esse espinho a ela e peça para te ajudar a arrumar reforços. Eles nunca nos negaram ajuda.

 

- Mas e você?

 

- Vou buscar informações que serão valiosas para essa empreitada. Nos encontramos na saída norte de Morroc hoje logo após o anoitecer. Agora entra.

 

 

 

Crono seguiu a ordem do ancião, pisando no centro da coluna de luz que levava até a Ilha de Pharos. Em seguida ele abriu um segundo portal e dirigiu-se ao centro deste, seguindo para a cidade de Juno.

 

 

 

***

Link para o comentário
Share on other sites

memriascap3vb0.jpg 

Capítulo 3 - O Chamado*********************************Texto: Everton Soares

Arte: Rafael Dutra

 

*********************************

 

Crono chegara rapidamente à Guilda dos Arruaceiros. Mesmo com vários gatunos olhando torto para ele, o Atirador de Elite seguiu até o segundo sub-solo. Ao descer a longa escadaria, viu uma Arruaceira de cabelos espetados avermelhados fazendo várias perguntas para um gatuno.

 

 

 

- Certo. Última pergunta: Quanto de energia espiritual é gasta ao usar a Habilidade Ataque Duplo?

 

- Nada! - respondeu o gatuno de pronto - Ela é uma habilidade passiva.

 

- Correto. Nota, hummm... dez! Agora vá para o andar de cima e fale com Smithrato, ele lhe dará as próximas instruções.

 

- Com licensa, você é...

 

- Marky, Bonitão, ao seu dispor.

 

 

 

O homem ruborizou. Não estava acostumado com mulheres tão diretas.

 

 

 

- É que... eu... sabe...

 

- Deixa eu tentar adivinhar: Tá procurando o Seraos.

 

- Como a senhorita sabe sobre o filho do Anci?

 

- Vou te ensinar uma coisa que é costume de quem viveu em Morroc: Senhorita uma ova. Me chama de "você" ou "Marky". Outra: não estava falando do filho do Sumo Sacerdote. Aqui ele é conhecido como "Garoto".

 

 

 

Era estranho, mas agora que Marky havia falado, ele realmente conhecia dois Seraos. O rapaz que estava preso no Laboratório de Somatologia, dono de olhos profundos e sem brilho e um Desordeiro, que lutara ao seu lado contra uma cópia de um demônio milenar. Timidamente ele tirou o espinho de uma pequena mochila e entregou à Arruaceira. Ela olhou com pavor para o artefato, como se aquilo fosse o final dos tempos.

 

 

 

- Sera! Corre aqui!

 

 

 

Rapidamente apareceu um Desordeiro em traje típico da classe com uma máscara do fantasma. Veio com um arco na mão e ignorou a presença do Atirador de Elite a sua frente.

 

 

 

- Algum problema, gostosa?

 

 

 

A mulher apenas apontou para o homem a sua frente. Ele parecia estar um pouco atordoado com a visão e ambos estavam pasmos.

 

 

 

- Raijen? É você?

 

- Não mais. Agora me chame de Crono. E Seraos, preciso de sua ajuda.

 

 

 

***

 

 

 

Fazia muito tempo que Anci não visitava a Biblioteca de Juno. Para ser mais exato, o Sumo Sacerdote nunca foi um acadêmico, muitas vezes usando a frase "a prática leva a perfeição". Mas, algumas vezes, os livros tiveram de ser seus companheiros, mesmo que a contragosto. Já que era para ler, ele preferia ir à Juno, que era o local mais calmo que conhecia. Mas isso foi a muito tempo atrás. Hoje a cidade é movimentada e, com a globalização, o reino de Rune-Midgard, as Repúblicas de Schwarzwald e Arunafeltz e os Países Orientais estão interligados, sendo Juno o principal porto de embarque para o Aeroplano, meio de transporte mais usado onde a Corporação Kafra não tem jurisdição, já que sua concorrente, a Corporação de Eventos Incríveis, não tem a tecnologia necessária para teleportar seus clientes de forma confiável.

 

 

 

O velho Sumo Sacerdote caminhava calmamente pela cidade, cumprimentando alguns rostos conhecidos, negando alguns convites para tomar um café e se dirigindo ao leste da cidade. Parou na frente da biblioteca e recordou alguns fatos passados, quando conheceu pessoas importantes, o que o fez sorrir. Entrou, cumprimentou a recepcionista e dirigiu-se para uma sala onde havia um mesanino. Subiu as escadas e sentou-se em uma cadeira, fixando o olhar em um livro aberto na mesa.

 

 

 

- Pensei que no Valhalla tivesse livros mais interessantes que esses. - disse o velho homem, rompendo o silêncio do local.

 

 

 

Não houve resposta. Estranhamente o livro virou a página sozinho, como se o vento o tivesse feito. Anci deu uma olhada no topo do livro para ver seu título. Era "Monstros Extintos", um exemplar grosso, com várias figuras pintadas a mão.

 

 

 

- Um pouco ultrapassado. Poderia perguntar quais os monstros foram extintos que eu mesmo poderia citar um a um.

 

 

 

Novamente não houve resposta. O Sumo Sacerdote colocou sua mão embaixo da grossa capa e bateu o livro. A cadeira a frente deste caiu e um barulho alto soou, como se uma pessoa tivesse caído.

 

 

 

- Dá pra parar de ler um pouco? Onde estão os seus modos, Subs?

 

- Desculpe, estava concentrado. - disse uma voz grave e rouca - só um momento.

 

- Básico de Guardiões. Sorte sua eu ter todo o tempo do mundo. - disse Anci rindo.

 

 

 

Repentinamente apareceu a frente do Sumo Sacerdote um Professor alto de olhos esverdeados. O pince-nez frente a face escondia olheiras, parecendo que o estudioso não dormia a noites.

 

 

 

- Como vai, Anci?

 

- Bem. Mas preciso de uma ajudinha sua. Pelo que vejo, o Valhala também está interessado no Super Aprendiz, certo?

 

- Sim. Pelas minhas pesquisas, isso nunca aconteceu antes. - respondeu Substratae - Só com Thanatos, mas ele morreu, que é um caso diferente. Era de se esperar que um espírito forte como o dele voltasse.

 

- Pois é, né. Eu bem que avisei.

 

- Não reclame comigo. Sou Guardião a pouco tempo. Sem contar que você é muito mais velho que eu. - disse o GM em um fôlego só.

 

- Tá bom, vai, tudo muito bonito, mas ainda preciso de sua ajuda.

 

- E o que vai ser?

 

- O básico. Parece que a primeira parte você já está fazendo.

 

- Deixa eu adivinhar: Você quer saber como anular ele. - disse o Professor sério - Você já sabe que o garoto é cabeça dura, certo?

 

- Tal qual "o original".

 

- Em uma batalha fica complicado?

 

- Ele conseguiu alguns subordinados, Subs. O incrível é que ele não os criou, ele simplesmente escravizou alguns MVPs.

 

- Então teremos que descobrir uma terceira forma.

 

- É aí que você entra.

 

 

 

O GM suspirou. Não é fácil descobrir como destruir por completo uma nova variação de monstro, ainda mais sem saber do que ele é capaz. Substratae pensou por um momento e sumiu por um instante. Quando voltou estava usando roupas brancas, típicas dos Guardiões de Midgard.

 

 

 

- Iremos ajudar no que for possível. - disse o GM.

 

 

 

***

 

 

 

- Aí, Seraos, o Seraos atacou a Suma Sacerdotisa, mas o Seiren pegou ele.

 

- Pera... Pera... Pera... Tá muito complicado. - disse o Desordeiro - Que tal você mudar o nome de alguém? Tem muito "Seraos" no que você tá falando, Crono.

 

- Que tal usar o seu primeiro nome, "Rogue"? - disse Marky, gargalhando.

 

- Fazer o que, né? Já que a outra parte não está aqui para escolher como vai ser chamada.

 

 

 

Crono olhou para o homem de cabelos espetados segurando o riso.

 

 

 

- Seu primeiro nome é "Rogue"?

 

- Tá, eu sei que é ridículo, mas é como me chamavam em Morroc quando eu era criança. "Seraos" eu criei depois de muito tempo. - disse o Desordeiro emburrado.

 

- Como se fosse um nome bonito - disse entre os dentes - Certo, Rogue. Então o Seraos e o Kyrie estão presos no segundo andar do Laboratório de Somatologia. O monstro são os Sentimentos do Mercenário quando ele era criança, personificados em um Super Aprendiz.

 

- Tá. - disse Rogue seco - E o que você precisa?

 

- De uma tropa. Preciso dos melhores guerreiros de Rune-Midgard.

 

- Crono, você me decepcionou. - reprovou o Desordeiro com desdém - Você sabe o peso que esse brasão em seu peito tem? Sabe o quão importante o seu lider é para Rune-Midgard? Nem parece que você...

 

 

 

Um som seco e rápido pôde ser ouvido das escadarias. A máscara que cobria o rosto do Desordeiro arrastou pelo chão, revelando olhos roxos. Sua expressão demonstrava descrença no que ele via. O punho de Crono cerrado, frente a seu corpo, que acabara de socar Rogue do lado esquerdo da face.

 

 

 

- Escuta aqui - disse Crono um tanto quanto nervoso, apontando o indicador - você querendo ou não é um herói. Quem foi que tirou os equipamentos daquele monstro grotesco? Quem sempre se prontificou a ajudar os amigos? QUEM? Até um velho Sumo Sacerdote parece saber que você está aqui pra ajudar. Não se menospreze, Rogue Seraos, você é mais importante que pode imaginar.

 

 

 

O homem de roupas escuras estava procurando sua máscara desesperado quando sentiu ser puxado pelo colarinho.

 

 

 

- Por que está preocupado em cobrir o rosto? - disse Crono, olhando nos olhos do Desordeiro a poucos centímetros que agora ficavam cinza - eu SEI o que aconteceu com você! Esqueceu do meu passado? - e completando a frase, soltou o homem.

 

 

 

O Atirador de Elite andou até onde a Máscara do Fantasma estava, a recolheu e entregou nas mãos de Rogue. Ele pode ouvir um "obrigado" tímido, assim que o homem pôs o equipamento fronte a face.

 

 

 

- Certo. Que tipo de tropa você precisa?

 

- Preciso que recrute o maior número de guerreiros possível. Não importa a classe, idade ou qualquer outra coisa, mas devem ser guerreiros talentosos.

 

- Beleza. Me encontra no final da tarde ao norte de Morroc. Farei alguns contatos.

 

- Obrigado. Desculpe pelo soco.

 

- Eu precisava. - disse Rogue massageando sua face.

 

 

 

***

 

 

 

República de Arunafeltz

 

Rachel - Mansão Belmont

 

 

 

- Correspondência para o Senhor Belmont - disse Albert ao entrar na sala de estar - se é que posso chamar isso de correspondência, Senhor.

 

 

 

O louro levantou-se de sua poltrona, dirigindo-se ao mordomo. Pegou o pedaço de papel que estava dobrado em dois, um tanto quanto amassado e sujo, com uma caligrafia redonda e grande.

 

 

 

- De quem é, Lea? - disse Bonnie.

 

- A julgar pela letra e pelo tipo de papel, só pode ser do Seraos.

 

 

 

A carta dizia:

 

 

 

"Amigo Pavão,

 

 

 

Não tenho muito tempo para explicar, mas preciso de sua ajuda. Não tenho autoridade na Ordem do Dragão, por isso não recrutei nenhum dos seus subordinados, mas espero que você o faça. Apenas Crono está sabendo do que aconteceu mas ele te explica assim que você chegar. Iremos para o Laboratório de Somatologia. Traga todo o reforço que puder.

 

 

 

Me encontre na Kafra Norte de Morroc hoje ao anoitecer.

 

 

 

Rogue Seraos"

 

 

 

- Ué? Por que ele usou o primeiro nome?

 

- Vai saber. Deve ser fetiche da namorada dele. - repondeu a elfa.

 

- Já que irão outros membros da Ordem do Dragão, vou usar a armadura de Lorde com a Executora. Pode preparar meus equipamentos, Albert?

 

- Sim, Senhor. - disse o mordomo.

 

- Bonnie, quero que você fique aqui.

 

- Nem em sonho! Aquele Desordeiro é louco! - disse a Suma Sacerdotisa - Sem contar que pode aparecer alguma atiradinha pra se engraçar pro seu lado.

 

- Devo trazer os equipamentos da Senhorita Heart também, patrão Belmont?

 

- Sim, Albert. - disse Leafar olhando receoso para a elfa - Mas primeiro traga o meu brasão.

 

 

 

***

 

 

República de Schwarzwald

 

Lighthalzen

 

 

 

Anci andava apressado. Fazia muito tempo que não visitava o local e teve de puxar da memória para lembrar-se onde pretendia ir. Ao ver os grande muros da Indústria Rebenker não teve dúvidas, seguiu até encontrar os grandes portões da construção, passou por uma longa ponte e chegou até a porta de madeira macissa. O Sumo Sacerdote foi até o balcão, mas quando ensaiou dizer algo para a recepcionista, foi pego pelo braço e arrastado.

 

 

 

- Olá pra você também, Leo.

 

- Sem tempo para formalidades, Anci. - disse soltando o Sumo Sacerdote - Me acompanhe.

 

- Nem preciso falar o porque estou aqui, certo?

 

- Completamente desnecessário. Tenho tudo que você precisa no meu laboratório.

 

- Porta nova? Não me lembro dela ser de aço. O que aconteceu com a de carvalho, os cupins comeram?

 

- Tive um imprevisto.

 

 

 

Com um movimento de mão, a porta se abriu, revelando o local mais limpo que o velho Sumo Sacerdote havia visto em toda sua vida. Se tivesse um prato de comida, certamente jogaria no chão e comeria lá, que teria menos bactérias que o próprio prato.

 

 

 

- Aquele garoto ficou forte depois de sair do corpo da Hipnotizadora. Parece que ele aprendeu muito na cabeça de Hildha. - disse o Arquimago enquanto abria seu cofre.

 

- Era de se esperar. Os sentimentos de uma pessoa é algo muito poderoso.

 

- Não começa, Anci. Da ultima vez discutimos isso por dias e não chegamos num consenso. Certamente aquilo foi totalmente improdutivo.

 

- Tudo bem, como sempre eu tenho tempo, todo tempo do mundo, pra ser mais exato. Margareth está bem? - desconversou.

 

- Sim. Ela está ao meu lado, não há como estar melhor.

 

- Daqui a pouco vai ser uma "Montanha" de satisfação estar ao seu lado. - brincou.

 

- Rá-rá. - riu forçadamente - Aqui está. - disse entregando um amontoado de papéis para o amigo - Esse é o dossiê que fiz sobre os Sentimentos do seu garoto. Creio que a página trezentos e cinquenta e nove é a que mais lhe vai interessar.

 

 

 

Anci abriu exatamente na página indicada por Leonard, quase no final da papelada. O louro olhava sério para ele e não se espantou ao ver uma lágrima correr pelo rosto do amigo.

 

 

 

***

 

 

 

Favela

 

 

 

O grupo parecia estar preparado para a Guerra do Emperium. Eram poucos, em torno de nove pessoas, mas era o suficiente para conquistar e manter uma das vinte fortalezas por algum tempo. A sua frente, diferente do esperado, estava uma mulher ruiva que dava instruções enquanto andavam.

 

 

 

- E vocês controlam ou exterminem qualquer outro monstro que esteja em volta, mas o Doppel é meu! - disse Perséfonne.

 

- Isso já entendemos - disse Tremere - mas pra que tanto ódio nesse seu coraçãozinho? - ironizou o Arquimago.

 

- Sem essa, Trema. Chega de correr daquele monstro. Ele não é páreo para minha estratégia.

 

 

 

O Arcano abriu a boca para responder, mas foi puxado por Inside Pockets, marido de Perséfonne, o que fez com que Tremere engolisse o que ia dizer.

 

 

 

- Mano, não dificulta meu lado não. - disse o Arruaceiro - Dexa a patroa de boa com os brinquedinhos novos dela. O Froku já num vai fazer faculdade de música por conta dos gastos que tivemos com eles.

 

 

 

O pequeno grupo chegou até a porta da entrada do Laboratório de Somatologia e foram duramente recebidos por cinco trogloditas.

 

 

 

- Ceis num podi passá daqui naum! - disse um dos homens.

 

- Como assim? Eu exigo que vocês saiam da frente. - disse a sacerdotisa um tanto quanto irritada.

 

- Mamãe, esses caras tão me dando medo. - disse Frokinhu - Vamos embora.

 

 

 

Os homens a frente do pequeno grupo do clã Camarilla não cederam. Permaneceram em fila, empunhando suas maças que mais pareciam adagas em suas grandes mãos.

 

 

 

- Vamos Persa. Outra hora voltamos.

 

- Esperem. - disse a ruiva, voltando a atenção para os guardas - o que preciso para entrar?

 

- Pricisa autorizaçaum du presidenti.

 

- Me aguardem, eu volto. - disse a mulher, dando as costas para seu grupo e sumindo de vista.

 

 

 

***

 

 

 

Morroc

 

Saída Norte

 

 

 

Crono estava surpreso com a quantidade de pessoas que chegava. E não se limitavam a Arruaceiros e Desordeiros mas sim a todas as classes.

 

 

 

- Não sabia que você era tão influente assim. - disse o Falcoeiro.

 

- E não sou. Só tenho muitos amigos e prezo por todos eles. - disse o Desordeiro enquanto cumprimentava outro conhecido.

 

- E quem vai liderar tanta gente? - perguntou o Atirador de Elite.

 

- Você, oras! Quem mais poderia? Você só me pediu para reunir guerreiros e eles estão chegando. Não me falou nada sobre liderá-los.

 

 

 

As pernas do rapaz tremeram. Não era uma coisa muito confortável ter que liderar pessoas que nem mesmo conhecia direito. Não sabia como agir, como falar, como explicar. Foi quando recebeu um tapão na nuca.

 

 

 

- Relaxa, eu ajudo. Primeiro vou te apresentar a cada um.

 

 

 

O homem de cabelos espetados empurrou Crono, ficando logo a frente onde todos conversavam.

 

 

 

- Pessoal! - disse o Desordeiro - um momento da sua atenção.

 

 

 

Poucos pararam de falar enquanto o homem olhava para os presentes.

 

 

 

- OLHA PRA CÁ, P****!

 

 

 

O silêncio foi instantâneo. Pôde-se ouvir alguns risos no meio da multidão.

 

 

 

- Valeus. - disse fazendo um sinal de OK para todos - Galera, agradeço a vinda de todos e vejo que já estão equipados para a missão. Quero apresentar a vocês o cara que vai liderar a budega. - e empurrou o Atirador de Elite para frente - Esse é o Crono. Ele que vai nos levar até o local da empreitada. Peço um pouco de paciência pois passarei de um em um para apresentá-los. Lembrando que por hoje me chamem de "Rogue". Obrigado pela atenção.

 

 

 

- Um a um? Cara pra que tudo isso?

 

- Para você saber quem é melhor para o que. Na hora não tem como gritar "Ei! quem é especializado em bloquear monstros?"

 

- Tá certo. - disse caminhando em direção a uma mulher quieta e um homem com olhar fulminante.

 

- Essa é a Brianna e aquele é Pedroca - disse se aproximando de um casal de Mercenários - Eles são especialistas em Katares e pilhagem.

 

- Muito prazer. - Disse a moça com um sorriso um tanto quanto sinistro.

 

- Não esquece que você me prometeu sangue, Rogue. - disse o rapaz sentado em seu canto.

 

- Beleza, Pedê. - disse já se afastando - Esses aqui são Enishi, Sem Personalidade e Blink Boy da Holy Orders. São ótimos em reconhecimento de terreno. - apontou enquanto o Desordeiro, o Sumo Sacerdote e o Lorde, respectivamente, cumprimentavam Crono. - os mais afastados são Kaolho, Disappers, Lavos e Insano, que são bons em limpar qualquer caminho - disse indicando um Sumo Sacerdote, um Atirador de Elite e dois Algozes.

 

 

 

Eles se aproximaram de um Bruxo, um Mestre Ferreiro, um Sumo Sacerdote e um Paladino. Eles conversavam intensamente, mas focaram sua atenção nos dois que estavam chegando.

 

 

 

- Creio que o Paladino dispense apresentações, certo Dynamo? - disse enquanto o rapaz exibia seu singular sorriso - O Bruxo é o Achron. O negócio dele é congelar. O Sumo é o Pepperoni, ótimo contra monstros sombrios e mortos-vivos e é também um bom suporte, apesar das micagens. O Mestre Ferreiro é o Absoluto. Ele forja armas incríveis e tem um ótimo olhar crítico.

 

- Não sou bardo, mas também solto minhas "Piadas Infames". - disse o arcano ruivo, segurando um risinho, enquanto recebia um olhar de poucos amigos dos outros três.

 

 

 

Os dois foram de encontro a um grupo de cinco pessoas. Crono viu que Rogue sorriu ao se aproximar deles, ficando um tanto eufórico.

 

 

 

- Esse são os Unidos no Vício. O Mestre é o Charnel, ele bloqueia e destrói alvos como ninguém, a Sacerdotisa é a Afrodithe, especialista em suporte, o Algoz é o "T", assassino rápido e eficaz e os Atiradores de Elite são Otacon e Shark, que são os mais rápidos que eu conheço.

 

 

 

Todos acenaram para Crono, que correpondeu cada um com um aperto de mão. Viu o Desordeiro cumprimentá-los com um abraço e o sorriso estampado na face. Após vários "obrigados", a dupla continuou, encontrando outro Atirador de Elite com a aura do nível máximo.

 

 

 

- Esse é o Yudi. Se precisar acertar qualquer coisa em um raio de quinhentos metros, esse é o cara. Agora prepara os ouvidos porque a galera que vou te apresentar é meio barra pesada.

 

 

 

Um pouco mais afastado estavam pelo menos vinte pessoas, todas usando o mesmo emblema na altura do peito, uma bomba prestes a explodir. Haviam muitos transcendentais no nível máximo ali, todos muito sorridentes e descontraídos.

 

 

 

- Crono, te apresento a Trinitrotolueno, vulga TNT e esses caras pegam pesado. Os Sumos são o Rothers, MetalPriest, Smurfette, Alimac e Éber, Algozes Lord Von Az e Mr. Cyrus, Desordeiro Barty, Arruaceiro Varal, Menestrel Mark Darcy, Cigana Liskha, Criadores Bordel, Co Có Ri Có e Playmen, Lordes Vacc, Metalxeroso, Kapa e Estabile, Paladino Pinguino, Professora Beatrix, Arquimagos Doidinho, Mago Rubyo e HW, Mestre Ferreiro Lazeron, Mestre Hellboy e Monge Marcelo. Eles são um mini-exercito especializado em Guerra do Emperium. Só aponta e fala "quero no chão" que um segundo depois estará feito.

 

 

 

Crono se surpreendeu com o linguajar que ouviu ali. Todos o cumprimentaram com gírias e toques que não estava acostumado. Ouviu um dos Algozes um pouco irritado com uma das Suma Sacerdotisas, perguntando "se ela estava de errepê".

 

 

 

Repentinamente ouviu um som conhecido e uma coluna de luz se formou. De dentro dela começaram a sair vários rostos conhecidos. Mestre Castor, Arquimagos Raasckar, Miriel e Haoko, Paladino Barth, Lordes Erunno, Leonheart e Ishiro, Sumo Sacerdotes Nadav, Paty e Bia, Cigana Lost Heart, Professor Argus e Atirador de Elite Ice Bird.

 

 

 

- Creio que esse pessoal que está chegando agora dispensa apresentações. - brincou o Desordeiro enquanto vários membros da Ordem do Dragão e Gullwings chegavam, liderados por Leafar e Bonnie, os generais do Reino de Rune-Midgard.

 

 

 

Todos então ouviram algumas palmas e viraram para um velho Sumo Sacerdote que aparecera. Ele sorria e estava acompanhado por um homem vestido de branco.

 

 

 

- Você me impressionou, Crono. Sabia que poderia confiar em você.

 

- Não me agradeça. Se não fosse pelo Rogue nenhuma dessas pessoas estaria aqui. - disse apontando para o Desordeiro.

 

 

 

O Ancião olhou para o Desordeiro de baixo a cima e sorriu. Ele respirou profundamente e olhou para o homem ao seu lado.

 

 

 

- Creio que agora precisemos partir, certo? Subs, pode nos fazer a gentileza?

 

 

 

Substratae tomou a frente e levantou uma das mãos. Um a um, todos foram teleportados dali.

 

 

 

***

 

 

 

Lighthalzen

 

Favela

 

 

 

- Poxa, ela está demorando. - disse a Sacerdotisa.

 

- Esquenta não, Ana, ela volta rápido. Mas bem que eu poderia entrar furtivo aqui. - protestou Inside.

 

- Prefiro que não faça isso. - alertou Tremere Chaos, o lider do clã Camarilla - Temos uma reputação a zelar.

 

 

 

Repentinamente viram Perséfonne correr em direção ao grupo. Todos se levantaram, aguardando uma resposta quando, sem explicação nenhuma, ela passou correndo por eles e atacou com a habilidade Luz Divina os guardas do local. Como era de se esperar, houve uma resposta. Um dos homens agarrou a Sacerdotisa, impedindo-a de se movimentar. Ele a apertava com os braços, pressionando seus pulmões e fazendo a mulher perder a respiração. O troglodita sorria quando olhou para trás e viu seus companheiros caídos e sem consciência.

 

 

 

- Cara, só vô falá uma vez. Solta. - disse o Bolseiro.

 

 

 

O segurança se viu cercado pelos outros oito ali presentes. Ele começou a relaxar o braço e acabou por soltar a Exorcista.

 

 

 

- Ae, soltei mais daqui cêis num passa. - disse o homem com certa dificuldade.

 

- De acordo. - disse Tremere, se dirigindo a Perséfonne que agora era amparada pelo marido. - O que foi aquilo, Persa?

 

- Eu não acredito. O presidente não quis me atender. A assistente dele me disse que é só com hora marcada.

 

- E você conseguiu marcar um horário?

 

- Sim, para daqui trinta dias! - disse a mulher atônita - E tudo que eu queria era provar minha teoria, mostrar para o Conselho dos Sacerdotes de Prontera que para o exorcismo o importante é o dano e não a velocidade de conjuração - disse triste - mas acho que é hora de desist...

 

 

 

Perséfonne se calou quando ouviu passos, muitos passos. Qual foi a surpresa do grupo ao verem Anci seguido por muitas pessoas. A sua direita Crono e Rogue, a sua esquerda uma pessoa em vestimentas brancas e a suas costas inúmeros rostos, alguns conhecidos e outros não. Ele passou por seus amigos e estancou frente ao guarda. Ele retirou um papel de dentro das vestes e o leu em voz alta.

 

 

 

- Eu, Presidente de Lighthalzen, autorizo a busca liderada pelo Sumo Sacerdote Anci Owl e pelo Atirador de Elite Crono nas dependências do calabouço conhecido como Laboratório de Somatologia. - e colocou a carta a poucos centímetros do nariz do homem, mostrando-lhe um carimbo do governante máximo dali e o brasão da República de Schwarzwald.

 

- Podi passá. - disse prontamente - Você i todu u seu grupu.

 

 

 

O velho Sumo Sacerdote piscou para os membros do clã Camarilla, tirando de cada um imenso sorriso.

 

 

 

- Pessoal, preciso de reforços. - disse o velho sorrindo.

 

 

 

Anci explicou rapidamente o que acontecera para o pequeno grupo, que se surpreenderam. Todos ali, principalmente Inside, irmão do Velhote, estavam ligados a história que Seraos vivera.

 

 

 

- Então o pivete tá lá dentro? - perguntou Inside.

 

- Sim. Quem vai nos levar até ele é esse Atirador de Elite, o Crono. - disse o velho homem, puxando para frente de si o elfo, que cumprimentou cada um. - Bem, creio que você precise conhecer esse pessoal, certo? Os Arquimagos são Tremere Chaos e Moondrake. Conjuração rápida e magia dolorida é com eles. O Paladino é o Bob. Eita "GC" doído. O Mercenário com aura é o Fou-lu, especialista em venenos. O Lorde é o Mal, ágil com espada de duas mãos e tem um Impacto de Tyr bem fortinho. A Sacerdotisa é a Ana Frost, especialista em encantar com a propriedade Sagrada, a com cartola, o Arruaceiro e o pequeno Bardo são os Pockets. Perséfonne é exorcista, Inside é baderneiro nato e Frokinhu é ótimo em qualquer instrumento e é especialista em Poema de Bragi e Crepúsculo Sangrento. Tem aquele outro garoto ali, o Ryu-Kaishyn. Ele é novato, mas dá conta do recado.

 

- Prazer. - disse Crono, recebendo o cumprimento de cada um.

 

- Anci, sei que não é momento para pressa, mas precisamos ser ágeis. - interrompeu Substratae.

 

- Sim, sim. Crono, você disse que eles estão a nordeste do mapa, certo?

 

- Exato. Aproximadamente às duas horas em relação à entrada.

 

- Certo. Separe os grupos, você é o único que sabe quantos monstros vamos enfrentar.

 

 

 

Sem pestanejar, o Atirador de Elite formou grupos pelas especialidades de cada um, identificando cada um por bloco e colocando um líder entre eles. Quando finalizou, aproximou-se do Sumo Sacerdote, que conversava com um dos GMs.

 

 

 

- Substratae, já tem noção de como derrotar os Sentimentos?

 

- Como todos sabem, não posso interferir em assuntos dos mortais, mas preciso analisar de perto os fatos para tomarmos uma providência com mais exatidão. Então podemos contar apenas com uma das formas de neutralizar ele que terá de ser em batalha.

 

- Vai ser complicado. - disse Crono.

 

- Mas, momentaneamente, terá de ser assim. - disse Anci, fechando a cara enquanto virava para entrar nos esgotos, acompanhando o grande grupo de pessoas.

 

 

 

A noite estava calma e, apesar do tumulto pelo grande número de pessoas, todos adentraram pelas tubulações fétidas. De longe, um homem olhava por cima de seu pince-nez e aprovou quando percebeu que Rogue olhara diretamente para ele e fez um sinal de OK. No mesmo instante, ele sumiu.

Link para o comentário
Share on other sites

[on]

(comentando com Crono)-Devo adimitir que o cheiro de "mijo" me incomodou um pouco... *pigarreia* -Mas agora já sabemos o que fazer... eu acho.[off]Muito Bom, so agora tive chance de ler a Fic, mas achei muito legal ver o Kyrie usando e abusando da INT [/lala]Espero o proximo capitulo!

Link para o comentário
Share on other sites

uhu! finalmente saiu o capítulo 2! *faz sinal e todos os dragões voltam pro Lago do Abismo* finalmente, mas antes tarde do que nunca! e tenho que falar ( ou escrever) o cap tá MTO BOM! e só eu notei que é sempre o Kidd que vai ajudar? caraca, qualquer dia eu me arrependo de ter escolhido servir de guarda-costas T_T mas dexa. mto bom cereal, agora os quotes...

O Mercenário assentiu com a cabeça, sumindo logo em seguida. Passou tranquilamente pelos guardas, se posicionando atrás deles. Como eles não se mexeram, presumiu que não tinham uma carta Maya Macho. Deu então um forte tapa na nuca de um dos dois, saindo de perto logo em seguida.

 

- Ei! Tá ficanu locu, manu?

- Qui foi, ô?

- Cê mi deu um tapão na nuca!

- Afff! Cê Bebeu foi?

 

Kyrie e Crono riam da forma que os dois discutiam. O Sumo Sacerdote estava certo mas com uma pequena correção: os dois não eram NADA inteligentes.

 

[/heh][/heh] isso SEMPRE funciona, com quem quer que seja. aprenda essa lição: se é um troglodita, carrega equipamentos de ponta, é um guarda e tem uma cara de brutamontes, é um segurança absurdamente burro ou um inteligente muito feio...mas ainda assim meio burro [/heh]

continue serê, assim tá muito bom, e feliz ano-novo atrasado[/heh]

- Pra que? Posso não aparentar idade, mas sou bem espertinho, tá?. Aprendi bastante na cabeça daquela moça, "Capitão". Sei porque vieram e a resposta é não. Agora é hora de vocês pagarem pela sua ousadia.

típico. porque todo santo cara-espírito- sempre tem que falar " agora você vai pagar/morrer pela sua ousadia!"? pro vilão ficar ainda mais "vilanesco" só tava faltando o "MORRA SEYA, AVENTUREIRO! MWAHAHAHAHA!"

100+, mto bom sere, continue postando aí[/ok]

flow!

Link para o comentário
Share on other sites

Esse garoto que tão falando... quem será?

Já leu "Contos de Morroc: Super Aprendiz de Mercenário"?

Serê, agora você me deixou feliz, já estava começando a pensar que você ia fazer segredo do que aconteceu quando encarou os dois moleques.

Vamos caçar o Leafar pra você poder continuar logo essa história /mal

Link para o comentário
Share on other sites

Participe da conversa

Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.

Visitante
Responder este tópico...

×   Você colou conteúdo com formatação.   Remover formatação

  Apenas 75 emojis são permitidos.

×   Seu link foi automaticamente incorporado.   Mostrar como link

×   Seu conteúdo anterior foi restaurado.   Limpar o editor

×   Não é possível colar imagens diretamente. Carregar ou inserir imagens do URL.


×
×
  • Criar Novo...