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VermillionZ

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Tudo que VermillionZ postou

  1. Sei lá, eu gosto. Tipo, fica torto mesmo, mas pelo menos é rapido, você ganha já alguns bonús de atributos que ajudam principalmente quando está começando com um char 2-1/2-2.
  2. Legal mesmo, nunca tinha visto essa estátua. P.s. Sugestão David, pega job 50 nos Gatos Folhas de Ayothaya, lá eles dão mais exp que crocodilo e são mais fáceis de matar. [/ok]
  3. Shift + Ctrl e ai é só usar a barra de rolagem do mouse que ela inclina mais que só segurando o ctrl [/ok]
  4. Tô postando algumas, a maioria é do meu album de viagem de Ayothaya aonde eu estou passando as minhas "férias", pois estou upando meus lvls de job finais aqui. Ok, vamos lá: "Ahhh, nada como férias..." "Alberta, a cidade portuária dos mercadores." "Ooohhhh!" "O pessoal é muito legal por aqui. ^^" "Nada como o cheiro do mar e do ar puro pra animar o espírito!" "Acho que estou meio... perdido... T.T" "Bunda, digo, Buda! xD" "Ooohhhh!"² "Antes do exercício um pouco de descanso. :D" "Então esse essas são as ruinas de Ayothaya?" "Xiiissss" "Não temos uma natureza como essa em Rune-Midgard" "Ooohhhh!"³ "É ainda mais bonito visto de perto!" "Pra um lugar em ruinas a áqua parece bem pura." "Acho melhor parar o turismo e começar a upar alguma coisa, logo vai escurecer... -.-" É, deu pra curtir o sulficiente de Ayothaya. Até a próxima! xD
  5. Sugoi *-*Não sabia que Rune-Midgard era tão bonita assim. Me inspirou a postar algumas imagens também, vou dar uma viajada por ai. Boa iniciativa.P.S. E ainda tem gente que não gosta de rag por que diz que os gráficos são toskos [/verg]
  6. Pros RGs casados, dá pra via dual se buffar com a skill sem ser familiar da SL.É bem simples: Tenha dois SLs, um na conta do RG e um em outra conta. Faça o da conta do RG usar no outro espírito e em seguida mude de char para o RG. Dai basta você pegar o SL da outra conta com espírito e usar seus buffs em sí mesmo.
  7. Err... Eu tinha comentado no outro tópico o por que não da grifo, podia ter pedido mais sugestões de cartas lá mesmo, mas vamos lá. Entendi que você não quer cartas exclusivas para certas funções (Racias, Tamanho etc) e procura algo mais "faz tudo". Bom, sugiro então o seguinte: Esqueleto Soldado: +9% de Crit dependendo do seu valor de crít pode ser melhor que Grifo Papel: +20% de dano com ataque Crit aumentaria consideravelmente qualquer crítico que você acertar, mas consome 1 de Sp por ataque. Zipper: +30 de ataque é a melhor carta existente para arma que dá ataque, mas consome 1 de Sp por ataque.
  8. Acho que carta Grifo vai desvalorizar totalmente sua Lança de Caça. Ataque Vital + Tyr só é útil se você upar com rapidez em mobs (O que eu não recomendo fazer depois de um certo nível). E se você tem interesse no exceder recomendo andar com um Machado do Apocalipse para castar a skill e mudar para uma Foice na hora de bater pois a chance de sair crítico será de no mínimo 60%. Enfim, se você quiser usar a Grifo recomendo uma Bardiche que é barata e fácil de conseguir, mas para a Caça pegue uma carta mais poderosa para seu estilo de jogo. Ex: Hidra para PVP/Woe, Cavaleiro do Abísmo para MVP etc
  9. Excelente livro! =D Muito bom o desfecho, mas é um pena que o Yuris tenha que ter morrido. Em todo caso, merece muitas estrelinhas douradas! Agora que venham os próximos livros e a continuação do Dark Ruins!
  10. Você olhou a sua Mestra antes do reset acabar de novo depois que deixou ela resetada dias antes? Se foi isso pode ser que de alguma forma tenha bugado.Se você não mecheu mais nela depois que deixou pré-resetada ou você usou e esqueceu, ou um conhecido/irmão de confiança entrou e mecheu nela.Em último caso todo dia o reg sofre um rollback de alguns minutos (coisa de 3~5) lá pelas 4~5 da manhã (Não sei a hora certa). Caso você tenha resetado mais ou menos nesse horário você pode ter sofrido isso.
  11. Já existe um evento de reset esporádico chamado "Pedras das Valquírias". Esse reset nunca teve a função de servir pra testar builds, para isso teve o Sakray da vida e quem não pode participar dos testes também não pode chorar, por que vários usuários do fórum postaram testes que fizeram com diferentes builds e classes para todos compararem. Seja aqui ou nos fóruns internacionais. Então isso é desculpa de quem não quer estudar sua classe.O reset só existiu por que muitas builds foram extintas ou modificadas com a nova mecânica da renovação (vide GrandCross) e seria injusto jogadores perderem os chars por que no passado escolheram esse caminho. Só por isso a Gravity permitiu esse reset "barato" por tanto tempo no bRO. Só tenho pena dos jogadores com a conta bloqueada, esses não tiveram a menor chance, diferente dos com quests bugadas que ao menos podiam preparar seus trans 99 para os caminhos que seguiriam como 3-x. Novamente, quem estuda build antes de criar não comete erros. Por tanto não voltará nunca mais.
  12. Aproveite enquanto você está aprendendo sobre a classe e divulgue aqui suas experiências para que essa troca sirva como material para um possível guia. O renewal chegou a poucos meses e ainda tem muita gente se adaptando,sugiro pesquisar mais no iRO, que já tem ele a mais tempo. No começo do bRO ninguém sabia nada sobre os cavaleiros, bruxos, sacerdotes, tudo isso que formou os antigos guias veio de testes, experiências, erros e acertos.Não será diferente com as 3-x! Não vão te dar mastigado o guia de A+B de como fazer, procure informações além do fórum e troque um diálogo com outros Shura Players. (bRO não é formado só por jogadores escrotos) Resumindo: Conhecimento não cai do céu e sua classe não é a única com falta de informação. (tenta pesquisar um pouco sobre trovadores para sentir o drama que é)
  13. Simplesmente, você deve jogar em um servidor paralelo, porque eu vi Royal Guard, Socerer, Warlock tirando dezenas de vezes mais que shura. Por acaso eu jogo no bRO@Thor e de RG. Agora me diga onde eu disse que Shuras são imbatíveis? ;3 O caso é que na "cadeia alimentar" Shura esta no topo (o que não significa que seja invencível), podendo levar várias outras classes sem equipamentos tops ou muita player skill. Só deixando claro que não estou dizendo que todo Shura não tem PS, mas boa parte acha que a classe é só Asura. Acredito que os Shura players concordem comigo nisso. Rag é um jogo onde equips contam muito. Eu já ví GX's ownando no PVP, mas pra isso ele teve que gastas alguns bilhões em equips e mais outros em Oblivion + EDP. O mesmo vale para outras classes que são fantasticos no trabalho de Killers, seja PVM ou PVP. Mas o fato é inegável: Com metade dos recursos do povo que exemplifiquei ai em cima o Shura causa o mesmo estrago. Concorda comigo, Disorder? Isso explica o que eu disse anteriormente. :3
  14. Com tudo que é Nerf que já tem e ainda vão chegar no bRO, os Shuras estão e continuarão no topo da cadeia alimentar.Abaixo deles a outras classes estão equilibradas entre sí. A Gravity só vacilou com os GX e com os Shuras, devia pegar um pouco do que fizeram aos lutadores e colocar nos assassinos, dai teriamos um jogo parcialmente todo equilibrado. /s
  15. Veja pelo lado bom, amigo: Você poderia ter sido um GX...
  16. É mais fácil pegar 150 de 3-x hoje que pegar 99 Trans no Ragnarok de antes. Fikdik
  17. VII O conto de um templário 2 - Festa! Fogos! Ferus! Por que as pessoas adoram festejar o Ano novo? Sinceramente eu nunca tive boas lembranças dos meus anos novos. Embora esse talvez não tenha sido tão ruim. Aqui em Hugel as pessoas tinham um pequeno festival no primeiro dia do ano, o festival da colheita. Os moradores se reuniam, armavam barraquinhas com diferentes atrações, assistiam aos fogos de artifício e finalmente comemoravam a chegada de mais um ano. Mas, além disso, essa festa tinha um real significado para eles, rezar pelos bons espíritos e garantir mais um ano de colheitas fartas. Junto do Sr. Mc Coill e mais alguns moradores, ajudamos nos preparativos. Logo ao entardecer já tínhamos tudo pronto, foi esperar para a noite cair e a festa começar: - 31 de Dezembro/ Festival da Colheita / 20h00min p. m. - Um pequeno grupo de cinco crianças passou correndo no meio das pessoas pela rua principal que agora estava cheia de barraquinhas. Alguns adultos as olharam e riram, se lembrando de sua própria juventude. Essa noite todos eram como crianças. A praça central de Hugel estava tomada pelas festividades. As calçadas estavam ocupadas por barracas feitas pelos próprios moradores e por alguns visitantes que passavam na cidade nessa época do ano. Haviam atrações para todos os gostos, de comidas típicas até uma barraca do beijo. Os postes de iluminação estavam enfeitados com luzes e piscas de todas as cores. Enquanto as calçadas tinha seu espaço tomado pelas tendas e luzes, as ruas eram dos transeuntes que olhavam curiosos a todo lado procurando diversão. Os moradores da cidadezinha e os forasteiros caminhavam sozinhos ou em grupo, na sua maioria com a família. O festival também era popular entre casais de jovens. Em meio aquele mar de gente curiosa e alegre, uma pessoa parecia estar longe, presa em seu próprio mundo: - Uma moeda por seus pensamentos. - A voz daquele fazendeiro, velho conhecido, despertou o templário de seu transe. - hehehe... - Ele se limitou apenas a rir sem graça. - Isso é uma festa! Deixe seus problemas de lado ao menos essa noite! - O homem lhe deu uns tapinhas no ombro e ofereceu um algodão-doce. Lothar fechou os olhos e inspirou profundamente: - Tem razão! - Pegou o algodão-doce dando uma bela mordida. - Bem melhor! – Ele olhou ao redor e quando encontrou a esposa acenou para ela. - Ei, aqui querida! - Ufa! Esse ano parece que temos o dobro de pessoas. - A mulher recém chegada comentou. - Verdade! Isso é um bom sinal, parece até que nosso filho aqui atraiu todos eles! - Deu uma gargalhada. - Na verdade espero que não... – Um “flash” sobre a organização veio em sua cabeça lembrando de todos os inimigos que tinha. - Não seja modesto, filho! – Sebastian o segurou pelos ombros. - Errr... Eu vou dar uma olhada por ai. Encontro vocês mais tarde, certo? – Discretamente ele se afastou do velho. Ainda era difícil pra ele se acostumar com isso de “pai e filho“. - Claro! Lembre-se que a queima de fogos será a meia noite em ponto na praça, nos encontramos lá! - Divirta-se no festival, filho. – A mulher tirou um lenço do bolso e passou limpando a bochecha do templário, depois arrumou seu cabelo. - Soube que tem muitas garotas da sua idade e solteiras por ai. - Deu uma risada em tom de brincadeira. O magistrado se limitou a responder com um sorriso e enquanto se afastava pensou para si: “Mães serão sempre mães....”. Assim que conseguiu sumir da vista dos dois sentou num banco da praça central. Não podia negar que depois da conversa com Sebastian os estava evitando, com medo de se arrepender de sua decisão. Mau se deu conta que novamente entrou em um mar de pensamentos. Seu algodão doce continuou em sua mão esquerda enquanto a direita esfregava os olhos. Um toque no ombro foi o que lhe trouxe de volta dessa vez: - L, “ocê” tá passando mal? – Ele reconhecia a voz como sendo de Billy, o filho dos vizinhos. Tirou a mão dos olhos e os abriu olhando o garoto. Billy era aproximadamente dois anos mais novo que Lothar, tinha o rosto cheio de pintinhas e um cabelo crespo ruivo. Era razoavelmente acima do peso – embora alegasse que tinha ossos grandes – e usava a mesma roupa que a maioria dos homens naquela cidade: Camisa listrada com suspensórios. Embora um pouco imaturo ele era uma pessoa muito carismática. - Fale comigo, “sô”! – Tinha um olhar levemente preocupado. - Estou ótimo, Billy. – Forçou um sorriso. - Certeza? - Absoluta. - Então o que “cê” tá fazendo aqui “homi”? Vamos nos divertir! – Lhe deu um puxão no braço, sem sucesso em tirar o templário do lugar. - Eu comi um pouco demais, preciso de uns minutos. – Falou a primeira desculpa que veio a cabeça. - Hehe! Tá com diarréia, “sô”? Lothar se arrependeu quase que imediatamente da desculpa que inventou. O ruivo não havia sido abençoado com a capacidade de falar palavras bonitas. - Tá ok, “tendi”! – O garoto falou ao ver a cara de reprovação do outro. – Eu vou na barraca de beijos da Sofia. – Ele pareceu muito animado enquanto falava o nome da garota e dava cotoveladas de leve no braço do magistrado. - Boa sorte, Billy... de novo. – Respondeu. Já não era segredo pra ninguém na cidade que o ruivo vivia atrás de Sofia. Suas tentativas frustradas de cortejar a garota já eram bem conhecidas. O templário sabia que essa seria mais uma. Novamente sozinho, o homem se levantou e começou a andar antes que se perdesse na sua cabeça de novo. Passou pela ponte que ligava a praça central com a parte leste da cidade. No caminho ele pensou em parar em algumas barraquinhas de comida, mas as palavras “Billy” e “diarréia” pularam juntas em sua mente, com isso preferiu não arriscar. Já próximo do aeroporto de Hugel, ele fez uma parada na guilda dos caçadores. Os mesmos estavam fazendo apresentações de tiro ao alvo na frente do prédio para os visitantes do festival. Alguns dos membros da guilda mais habilidosos atiravam em maçãs na cabeça dos corajosos da platéia enquanto outros preferiam atirar em alvos lançados para eles no ar. Aquela cena lhe lembrou de Link e de algumas aventuras que havia tido com o caçador durante o tempo que passou na VII. Quando estava satisfeito de ver a exibição de destreza, caminhou pela próxima rua em direção a igreja da cidade, mas no trajeto sua atenção se voltou para uma barraca de tiro ao alvo. Ficou olhando os alvos e as armas de chumbinho por um tempo até o dono lhe dar atenção: - Vai uma? – Ofereceu uma espingarda de chumbinho para ele. - Só estou olhando... – Respondeu meio desconcertado. - A primeira é por conta da casa. – Ele lhe deu um sorriso duvidoso. Ele olhou para a arma e para o homem, então por fim decidiu jogar. Segurando a espingarda de mau jeito ele mirou no maior alvo que viu e atirou, errando feio. - Haha! Não é o seu forte, né? – O sujeito riu. - Não é isso. É que essa arma é um pouco grande demais... - Quer uma menor? - Se tiver. - Aqui. – Ofereceu um revolver de chumbinho a ele. - Obri... – Ao tentar pegar o dono da barraca a afastou dele. - Três tiros por cinco zenys cada. Lothar o olhou com um pouco de desaprovação. - Eu tenho que ganhar o meu, né? – Riu de novo. - Me dá. – Tirou do bolso algumas moedas e colocou no balcão da barraca. Logo que o homem lhe deu a arma ele a experimentou nas mãos, se acostumando com seu peso e prendendo ela bem entre os dedos. Quando terminou ele a segurou com calma mirando cada um dos alvos. - Se importa de atirar antes do ano novo? – O dono da barraca o provocou brincando. - Como quiser. Com precisão e agilidade, Lothar deus os 3 tiros seguidos sem perder o ritmo e acertou todos. O sujeito ficou de boca aberta. - Acho que isso quer dizer que eu ganhei. – O templário sorriu satisfeito. Um pouco emburrado o homem lhe deu seu prêmio, um fofo boneco de Yoyo. O magistrado o colocou na cabeça e saiu de lá, seguindo a rua principal até o lado de fora da cidade. O céu estava estrelado e muito bonito, ele podia ver da entrada da cidade a pequena colina que diziam ter uma bela vista das luzes do festival. Puxou seu relógio de bolso e o olhou, tinha tempo até a queima de fogos. Assim fez um pequeno passeio para fora da cidade. Ao chegar à famosa colina, ele teve a visão mais bonita que já havia visto da cidade. Com todas aquelas luzes e o céu estrelado acima dele, o cenário de uma noite quase perfeita estava completa. Pegou uma palha do chão e a colocou no canto da boca imitando um perfeito caipira. Depois se deitou sentindo a grama levemente gelada e agradável. Admirou o céu por um bom tempo até que se perdeu em pensamentos e teve o mesmo sonho acordado de novo. Aquele em que ele se via como o filho dos fazendeiros. Uma coisa tinha que admitir, esse clima quase o fazia querer mudar de idéia. Largar tudo e viver lá pelo resto de sua vida. Quase. O tempo voou e o magistrado por pouco não cochilou sobre a colina. Entretanto o estouro de um fogo de artifício no céu foi o que chamou sua atenção. Quase num pulo ele se sentou, desesperado achando que perdeu à hora. Conferiu em seu relógio, mas estranhamente ainda eram dez e meia. Na dúvida entre ter ouvido errado a hora em que Sebastian lhe falou ou se haviam adiantando o evento ele procurou olhar para a cidade e a visão que teve o aterrorizou. Um nuvem grossa de fumaça escura saia de cima dela, vindo das chamas que consumiam algumas barracas. As mesmas chamas acidentalmente haviam acendido alguns fogos que estouraram antes da hora. Ele via também as pessoas correndo em pânico para salvar suas vidas enquanto eram perseguidas pelos seus atacantes. Dragões. Dezenas deles, atraídos do lago do abismo provavelmente pelo barulho e a comoção causados pelo festival. Desesperado, Lothar correu na direção da cidade o mais rápido que suas pernas o deixaram. No caminho, por puro instinto ele pegou o comunicador da VII e berrou nele pedindo a presença de todos os agentes na cidade, mas só depois se lembrou que era inútil. Não havia sinal a mais de um mês e continuava assim. Ele não sabia por que essa era uma das únicas coisas de seu passado que ainda carregava consigo, talvez por mania. Logo que pisou na entrada da cidade, o templário ofegante chamou aos gritos pelos dois: - Sr. Mc Coill! Sra. Mc Coill! - Ele gritou na esperança de ver os dois em meio a correria. Com o caos instaurado naquele festival era difícil encontrar alguém. O magistrado corria por entre as pessoas que tentavam se salvar dos monstros e por entre o que restava das barracas destruídas chamando incansavelmente pelo casal. Na sua busca frenética ele acabou de frente com um Ferus verde que o olhou no fundo dos olhos e flexionou os joelhos. Ele conhecia aquela posição de ataque e buscou por sua espada que geralmente ficava presa a cintura, mas foi em vão, pois não estava com ela. Praguejou então por andar com o comunicador inútil e ter deixando sua arma em casa. Completamente indefeso, limitou-se a correr do monstro que o seguiu. O dragão que era bem mais rápido que o homem em poucos segundos já o havia alcançado dando um bote sobre ele. Por muito pouco a criatura não cravou suas garras sobre as costas do magistrado e os dentes sobre seu ombro, pois este se jogou no chão a tempo, fazendo o réptil errar a mira e cair em cima de um monte de barracas destruídas se atrapalhando e lhe dando tempo para fugir. Rapidamente levantou e correu para longe ainda procurando os dois. Em meio à interminável corrida pela cidade ele via as pessoas sendo atacadas e fazendo tudo que podiam para salvar suas vidas e as de seus familiares e amigos. Pela primeira vez em muito tempo ele se sentiu completamente indefeso olhando as vítimas caírem sem poder fazer absolutamente nada. Com essas imagens na cabeça ele não se deu conta do Ferus que se aproximava furtivamente por suas costas. Felizmente para Lothar, quando a criatura estava para atacá-lo uma flecha o acertou derrubando seu corpo. O magistrado olhou o monstro caído e a pessoa que atirou o projétil. Era uma mulher da guilda dos caçadores: - Sai daqui logo e vai se abrigar! – Ela lhe gritou. - Estou procurando alguém! - Procure abrigo, depois você encontra essa pessoa. – Ela atirou uma flecha contra um dragão a uma certa distância. - Eu posso ajudar! – Falou sem pensar. Ela o olhou de cima a baixo com uma expressão irritada: - Escuta aqui cara, a guilda tá tentando proteger vocês civis e a cidade. Vê se não atrapalha! – Irritada ela o deixou se unindo a outros caçadores que estavam patrulhando as ruas. Sozinho ali no meio daquela bagunça o templário se olhou. Ele sabia o motivo de ter irritado a caçadora e ela tinha razão. Independente do que ele era por dentro, nesse momento não passava de um homem simples e comum. Não tinha qualquer arma ou equipamento consigo. Mesmo com toda a sua experiência em combate o que ele podia fazer agora? Nada. Sabia disso. Essa onda da revolta e pensamentos o deixou tonto e com dor de cabeça, apoiou-se numa viga de madeira presa ao chão proveniente de uma barraca destruída enquanto massageava as têmporas tentando colocar a cabeça no lugar. Porém, um rosnado o trouxe de volta a realidade. A alguns metros de distancia o primeiro Ferus que o atacou estava o encarando em posição de ataque novamente. Parecia determinado a fazer do templário seu jantar de hoje. Por sua vez, o homem não correu. Não porque não conseguia, mas sim por que simplesmente não queria. Ele sentiu a viga ao seu lado estando frouxa no chão e levantou o olhar para o dragão, um olhar furioso como nunca encarou outro inimigo antes. E por alguns segundos os dois esperaram, até o monstro tomar a iniciativa de fazer o primeiro movimento se jogando com seus dentes afiados contra o templário. Um misto de emoções passou pelo corpo de Lothar em apenas um segundo e movido por todos esses sentimentos ele puxou a madeira do chão e a usou para acertar a cabeça do Ferus com tanta força que a viga se partiu ao meio, deixando o lagarto caído inconsciente no chão. Largou a madeira e respirou fundo fechando os olhos, mas teve pouco tempo para se recompor, pois outros três dragões o cercaram. Sozinho e nessas condições sabia que suas chances eram nenhuma. Ele tentou se afastar alguns passos lentamente, mas viu que os Ferus iam atacá-lo, então ficou parado no lugar esperando um milagre acontecer. E o milagre veio. Um fogo de artifício acertou de surpresa uma das criaturas, fazendo ela cair no chão aos berros com o material explosivo lhe queimando a pele. O magistrado no susto caiu para trás protegendo o rosto, enquanto tentava achar de onde veio o disparo. - Deixem o meu filho em paz, suas salamandras super crescidas! - Sebastian estava próximo com alguns fogos nas mãos. - Sr. Mc Coill, vá embora! – Ele gritou com medo de ver aquela pessoa ali. - Sem essa! Eu não vou deixar você virar ração de dragão! O fazendeiro se distraiu, mas Lothar percebeu os dois monstros mudarem suas posições de ataque para o homem: - Cuidado! Era tarde, o velho não tinha reflexos rápidos o suficiente para se proteger e foi atacado por ambos os Ferus, que lhe cravaram os dentes em sua perna e braço: - AAAAARGGGG!! - A mordida foi profunda e o sangue começou a sair rapiramente. - Não! PPPPPAAAAAAIIIIII!!!! – O terror que fluiu pelo corpo do templário foi tão forte que pela primeira vez essa palavra saiu de forma natural e sincera, podendo fazer quem quer que os visem agora pensar que se tratava de pai e filho de verdade. A criatura que o mordera o fazendeiro no braço provavelmente nunca imaginou que um humano pudesse socar tão forte. Completamente enfurecido o templário se jogou em cima dele dando um soco que fez com que este soltasse Sebastian. E antes de lhe dar chance de reação, pulou sobre o dragão e o socou ainda mais, como se fosse um animal selvagem. Os outros Ferus ficaram assustados com aquele homem que acabou de matar um deles apenas de mãos nuas, mas ainda sim confiavam em seus números. Dois contra um. Levantando, o magistrado caminhou até ficar entre o fazendeiro e os dois. - Pai... - Ele permanecia de cabeça baixa enquanto lágrimas escorriam por seu rosto. Para Lothar foi como se o tempo tivesse ficado em câmera lenta, ele não ouvia mais nada ao redor, não sentia mais nada e quase não via mais nada. Sua atenção estava apenas focada em uma coisa: Salvar a vida daquele homem de qualquer jeito. O movimento dos dois dragões o atacando foi rápido para o mundo, mas lento na visão do templário. Abriu seus braços e então bateu a palma de suas mãos juntas abrindo sua boca como se estivesse pronto para rezar: - Crux Magnun! - Um brilho prateado em forma de cruz sob os pés dele não só iluminaram aquele lugar como também acertaram as criaturas que assustadas fugiram, deixando apenas os dois para trás. Imóvel, o templário deixou seus braços caírem e continuou de cabeça baixa. Alguns pingos rápidos em cima de sí anunciaram a chuva que em poucos segundos começou a cair mais forte. Exausto ele cedeu os joelhos ao peso do corpo, caído no chão. Queria ver como o Sr. Mc Coill estava. Queria salvá-lo. Mas não podia, a exaustão era grande demais. Acordou no dia seguinte em sua cama, na fazenda dos Mc Coill. A luz que entrou pela janela fez ele abrir os olhos assustado. Estava tendo um pesadelo com a noite anterior - um flashback do que havia feito na verdade - que terminava com o clarão branco de seu ultimo ataque contra os monstros. Limpou o suor da testa com as costas de sua mão enquanto se levantava da cama e ia para fora do quarto. O corredor do segundo andar onde estava dava para seu dormitório e o do casal. Ele viu a porta semi-aberta deles e observou por ela em silêncio. Viu o velho deitado, aparentemente de repouso e muito enfaixado. Sua mulher do lado da cama conversava com o médico. - Doutor, meu marido vai ficar bem? – Sua voz estava carregada de tristeza. - Ele vai precisar de muito repouso e no mínimo de um mês de cama. Na idade dele essas feridas são muito perigosas, mas pode se dizer que ele teve sorte. - E nosso filho? Lothar engoliu seco ao ouvir a mulher se mostrar preocupada com ele, apesar do marido estar muito mal. - Ele tem ainda mais sorte, não está com nenhum ferimento físico alem de arranhões e cortes. Alem de ter a saúde a favor. - Graças ao bom Odin. Sem dizer nenhuma palavra, Lothar se afastou e encostou na parede oposta a porta. A mesma dor de cabeça e emoções descontroladas o atacaram. Apertou os olhos com força e massageou as têmporas, mas nada disso adiantou. Do mesmo modo discreto como havia saído ele retornou para seu quarto e fechou a porta ao entrar. Sentou na cama e balançou a cabeça de olhos fechados de novo, tentando limpar ela. Convencido que não ia dar certo ele se abaixou e puxou de baixo da cama um baú que estava usando para guardar alguns pertences especiais. Ele girou a trava numérica colocando sua combinação: “007”. Com um “click” o mesmo se abriu. Pôs a mão pra dentro dele e puxou um objeto grande e plano coberto por um manto vermelho. Olhou por um instante até tomar coragem e tirar o pano de cima, revelando seu escudo espelhado. Usando o mesmo manto ele esfregou sua superfície e então olhou seu reflexo nele. Em seguida o pôs ao lado e voltou a mexer dentro do baú, tirando as peças que compunham sua armadura uma a uma. Ao final removeu sua vingadora sagrada com cuidado examinando o fio. Estava como ele havia deixado. Suspirou profundamente colocando todos os seus equipamentos em cima da cama e foi tomar um banho. Quando voltou, minutos depois, com a toalha enrolada em sua cintura ele olhou sua armadura ali, o esperando e viu a si mesmo usando ela de novo. Sorriu e começou a se vestir. As férias haviam acabado. Hoje, quando me lembro de tudo que senti quando vi aquelas pobres pessoas sendo mortas, o Sr. Mc Coill ferido e eu como um inútil, penso que fiz a escolha certa. Nunca me arrependi das minhas decisões e continuo assim. Enquanto eu puder lutar, lutarei. Mas minha luta não é pela justiça ou pelo bem. Eu luto pelo que me interessa e no momento o meu interesse era de proteger os meus pais.
  18. Verdade, já postei essa fic em outros foruns, mas essa versão daqui é nova e muito melhor, pode comparar com as outras que em breve eu vou editar.
  19. Agradeço pelos comentários e aproveito pra avisar que a fic é bem curtinha, coisa de 4 capítulos mais o prólogo. Ela está quase toda pronta, só falta o ultimo. E agora vamos com o capítulo 1: VII O conto de um templário 1 – Paz momentânea Já foram duas semanas desde o Protocolo Omega e a destruição do escritório central da VII. Não recebi qualquer contato da organização nesse meio tempo, tentei inclusive o comunicador várias vezes, mas não tive qualquer sucesso. Imagino onde os outros estão. Enfim, agora eu sou um andarilho sem passado. Andei para o leste de Juno e no caminho encontrei um casal de fazendeiros. O marido e mulher me ofereceram carona até a cidade deles, Hugel. Aceitei: - 15 de Dezembro/ Estrada para Hugel/ 10h36min a. m. - Durante alguns dias o forasteiro já andava seguindo a estrada debaixo do Sol e acampando sob a Lua. Estava sem armadura, ela chamaria muita atenção. Usava sobre a cabeça um capuz fino que protegia o rosto do Sol forte e roupas comuns bem diferentes e menos chamativas que as vestes de templário. Jogada sobre o ombro direito carregava a grande mochila com seus pertences. A estrada era de terra e mato. Durante os dias que estava seguindo ela tudo que vira foram árvores e pedras. Não havia visto nenhuma alma viva passar. Quando aquela carroça pequena e bem arrumada apareceu puxada por 2 cavalos, pegou o magistrado de surpresa ao passar por ele indo à mesma direção. O homem no comando das rédeas falou com ele: - Como vai amigo! Perdido? - Ele abriu um largo sorriso ao falar. - Não... Estou de passagem, só isso... - Retribuiu com um sorriso. - Quer uma carona? - Eu não quero incomodar. Só estou andando e vendo até aonde meus pés me levam. - Hmm. Essa estrada leva até Hugel, o caminho ainda é longo. É pra lá que estamos indo, não seria incomodo algum. - Outro sorriso. - Tem certeza que não vou atrapalhar? - De forma alguma. - Se insiste... - Subiu na pequena carroça e o homem lhe deu boas vindas Dentro dela pode notar que o senhor estava acompanhado da esposa. O homem guiando a carroça aparentava ter cinqüenta e poucos anos. Tinha estatura mediana e vestia uma calça marrom com suspensório por cima da camisa listrada branca. Na cabeça usava um chapéu de palha por cima dos cabelos grisalhos, possuía algumas rugas pelo rosto e uma barba espessa que já começava a ficar branca. A mulher era uma senhora aproximadamente da mesma idade, que usava com um vestido vermelho simples e um avental de cozinha por cima. Seus cabelos longos e presos por uma trança eram castanho escuro e combinavam com seu carinhoso olhar cheio de pés de galinha que lhe entregavam os anos. - Esta é minha esposa, Dolly. - Ele gesticulou em sua direção. - E meu nome é Sebastian Mc Coill, prazer! - Ele ofereceu um sorriso e um aperto de mão. - Prazer. - Apertou a mão do fazendeiro. - Eu me chamo Lothar. Lothar Mustang... - É muito incomum vermos viajantes por esses lados... - O fazendeiro deu um largo sorriso. - Você parece da cidade, acertei? - Mais ou menos. Eu levo uma vida agitada, sempre estou indo a diferentes lugares. - Respondia o templário meio sem jeito. - Você deve ser um desses aventureiros que lutam contra monstros, não é senhor? - A pergunta veio da senhora que tinha um sorriso maternal. - Mais ou menos. Quer dizer, isso é o que eu mais faço, acho... - Ele se sentia um pouco desconfortável com essas pessoas tão generosas com um desconhecido. - Espero não ter o incomodado. - A senhora falou ao notar a expressão tímida do homem. - Claro que não... - O andarilho sorriu. – É que faz dias que não vejo ninguém. - Normal. Depois que construíram aquele aeroporto em Hugel ninguém mais usa a trilha. – O velho resmungou. - Então eu realmente tive sorte de encontrar vocês passando? - E como teve! – Gargalhou. Lothar deu um riso sincero após a gargalhada contagiante do homem. Aos poucos pela viagem ele ia se soltando mais. Afinal, nem tudo eram as lutas, missões e trabalhos que tinha constantemente na organização. Só uma hora de viagem com os dois bastou para que o templário se sentisse bem com eles. - Estão sentindo um cheiro estranho... – Puxou um pouco de ar. – Enxofre? - Não fui eu. – O fazendeiro riu. – Só brincando. O templário riu apenas por educação, mas ainda mantinha o rosto preocupado com o cheiro no ar. Por instinto ele correu a mão até a cintura, aonde geralmente carregava sua espada. Mas logo que chegou até aonde ela deveria estar se lembrou que a levava escondida na mochila, se passando por um mochileiro comum. - Não fique tenso, Lothar. É só o Lago do Abismo. – A senhora Dolly lhe tocou o ombro e de certo modo isso o acalmou um pouco. - O Lago do Abismo? - Você nunca ouviu falar? É uma caverna subterrânea no meio de um lago, aonde vivem uma colônia inteira de monstros dragões. Alguns deles às vezes andam por esses arredores, mas não atacaram se ficarmos longe. – O senhor Mc Coill lhe explicou. - Ah sim, me lembro agora. Ela é guardada pelos dragões e contem um enorme tesouro, não é? - É o que dizem. Só sei que eu nunca fui lá pra ver com meus próprios olhos. - Mas e quanto aos dragões, é mesmo seguro estarmos passando por aqui? – Mantinha os olhos na estrada, até aonde podia alcançar. - É só ficarmos na estrada. Não precisa ser paranóico, fizemos muitas vezes esse trajeto e nunca corremos perigo nem uma vez. – O fazendeiro o tranqüilizou. – Se bem que... Ultimamente essas salamandras andam esquisitas. - Esquisitas como? - Tem gente na cidade falando que eles andam muito agressivos sem motivo e estão se afastando mais do lago e chegando bem próximos de nós. - E vocês estão fazendo o que quanto a isso? - Nada. - Nada!? – Lothar se espantou com a calma do homem. - O povo de Hugel respeita os dragões. Tem sido assim por anos e pretendemos continuar. - Mas e se acontecer alguma coisa de ruim? - Por exemplo? - Eu sei lá, um ataque? O velho riu da resposta do templário. - Falo sério, Sr. Mc Coill! – Lothar falou firme. - Vocês jovens se preocupam demais. – Ele continuou a falar logo que viu a cara de protesto que o andarilho fez. – Mas enfim, se isso te faz sentir melhor, temos a guilda dos caçadores na cidade. Eles são nossos protetores. O templário até pensou em falar, mas desistiu quando olhou a cara do velho, pronto para dar mais uma resposta despreocupada e um sorriso. Assim, durante mais uma hora a viagem seguiu, enquanto as constantes perguntas de Sebastian foram o que mantiveram os pensamentos sobre o lago do abismo e os dragões afastados na cabeça de Lothar. Finalmente a pequena carroça chegou a Hugel. Foram três semanas. Três curtas, porém, ótimas semanas que passei naquela pequena cidade. O casal tinha uma fazendinha lá, eles foram muito gentis em me convidar a passar uns dias ali. Como não queria decepcioná-los, aceitei a oferta e fiquei como hospede durante esse tempo. Essas “férias” foram muito boas para relaxar a cabeça, conheci em pouco tempo todos daquela cidadezinha rústica, eram boas pessoas. Porém, toda essa gentileza e companhia não mudavam o fato de como eu me sentia por dentro. Estava com muitas saudades de todos os meus amigos e vejo agora como fui burro em não me despedir. Alex, Sarah, Kuro, Dopell, Cabrial, Dy, Link, Tarian, Ville, Jacques e a mais importante para mim, Debi... Será que eles também estão com saudades? Eu não tenho essa resposta, mas onde cada um deles estiver eu desejo do fundo do meu coração que estejam bem. E mais ainda, que eu veja todos eles de novo algum dia... Voltando a minha estadia em Hugel. O ar era puro, as frutas frescas e a água muito saborosa. A vida na fazenda era sem dúvida muito natural e diferente das grandes cidades. Parece que tudo aqui tem um gosto melhor. Eu me adaptei até que fácil nos trabalhos diários: pegar ovos, ordenhar vacas, cuidar na plantação, fazer a colheita, limpar os estábulos. Em pouco tempo também eu aprendi muito sobre eles. Tivemos conversas sobre os mais variados temas, contei a eles histórias de minhas aventuras e fiquei intimo dos dois. Foram bons momentos, pescando com o Senhor Sebastian e ajudando a Senhora Dolly na cozinha. Tenho a impressão que aquela pequena família gostava muito de mim e eu estava começando a gostar deles, me sentindo em casa, com a família que nunca tive. E isso é mal... Certa noite após o jantar, precisamente na véspera do Natal, o Sr. Sebastian me chamou para uma conversa na sala de estar, não sabia do que se tratava, mas ele parecia sério. Foi um assunto que me pegou desprevenido: - 24 de Dezembro/ Fazenda dos Mc Coill/ 23h06min p. m. - A sala de estar era toda feita de madeira, como o resto da casa. Os móveis também eram do mesmo material. Na parede oposta à entrada ficava um grande lareira que estava acesa. Na parede direita tinha uma estante com poucos livros e ao lado uma escrivaninha. Do lado oposto, havia na parede um relógio cuco que parecia estar na família a um bom tempo, julgando pela idade da madeira. Perto a ele, na mesma parede ficava a janela – agora fechada – e que dava para a vista da horta. Bem no centro, ficava o enorme tapete redondo com uma mesinha e em cima dela um vaso azul com umas flores. Em torno dela e ainda em cima do tapete estavam as poltronas voltadas para a lareira. O velho fazendeiro estava de pé junto da lareira, abastecendo o fogo com mais lenha quando o templário entrou na sala: - Sente-se. - O fazendeiro apontou com a mão segurando um cachimbo para a poltrona a sua frente. O magistrado se sentou meio desconfortável e preocupado que tivesse feito algo de rude. Sebastian que terminava com a madeira ainda não lhe olhara de frente. Quando acabou, se sentou na outra poltrona, acendeu seu cachimbo e o levou a boca. Finalmente ele encarou o templário nos olhos. - Errr... Bem, Sr. Mc Coill, por que me chamou para uma conversa aqui? – O suor na palma das mãos e o estomago cheio de borboletas indicava claramente o quanto ele estava nervoso. - Feliz Natal adiantado! - O homem deu seu sorriso característico quebrando a tensão e o rosto sério que tinha até um segundo atrás. - Era só isso...? – Lothar não sabia se sentia alívio ou se ficava ainda mais nervoso. O homem deu uma gargalhada da cara que ele fez. - Relaxe. - Ele ainda sorria. - Não é nada grave. Só queria lhe perguntar, o que tem achado desse lugar? - Ótimo. Na verdade, já faz anos que não me sinto bem assim... - A resposta saiu de forma mais tranqüila. - Mas por que a pergunta de repente, senhor? - Por favor, pare com essas formalidades. Chame-me de pai. - Pai?! - Agora o templário realmente estava desconfortável. - Sabe Lothar, você é como um filho que eu e Dolly nunca tivemos... - Ele deu uma tragada no cachimbo. – Ainda não te contamos o motivo de não termos filhos, não é? - N... Não. - Dolly é estéril, não pode engravidar. O modo como o fazendeiro falou foi direto, mas carregado com pesar, o que fez o templário engolir seco. - É por isso que estávamos conversando e gostaríamos de saber, se você gostaria de viver conosco. Seria como nosso “filho”. – Continuou. - Senhor Mc Coill.... Isso é muito repentino... - Não esperava por isso, o suor na palma das mãos e as borboletas no estômago retornaram. - Desde que conhecemos você, as coisas ficaram melhores. Você é útil no campo, uma boa companhia, todos na cidade gostam de você... – O peso sobre as costas do homem parecia que ia esmagá-lo a qualquer momento. O templário estava totalmente sem palavras. - Eu sei que isso é totalmente repentino, por isso que estou lhe dando tempo para pensar. Não responda hoje. - Deu uma nova tragada. - Sr. Mc Coill... - Finalmente recuperava as palavras. - Pai... - Corrigiu o fazendeiro. - Certo... Pai. - Essa última palavra saiu falhada. - Eu devo admitir que também gosto da idéia, vocês são para mim a família que nunca tive. Eu gosto da vida no campo e desse lugar. - Isso quer dizer que você vai ficar? - Infelizmente, não. - Não? - Ele estava claramente desapontado. - Se eu não tivesse todo o meu passado eu responderia que sim imediatamente, mas eu não posso, tem pessoas que eu preciso ajudar, meus companheiros precisam de mim. A oferta é tentadora, porém não posso, ao menos não hoje. - Eu entendo... – Com um suspiro desapontado, terminou de fumar o cachimbo e o apagou. - Espero que não fique muito triste... - É claro que não, você tem os seus motivos, eu respeito isso. - Ele se levantou e foi até Lothar. Colocou a mão em seu ombro. - Vamos sentir a sua falta quando for, filho... - O homem subiu as escadas e foi para o quarto se deitar. O magistrado permaneceu sentado na poltrona sozinho na sala iluminada apenas pela lareira, enquanto os minutos se arrastavam. Encarou o chão todo esse tempo, apoiando a cabeça com as mãos e fechando os olhos. As imagens corriam descontroladas por sua mente. Ainda não sabia como teve coragem de negar o pedido, afinal, Sebastian usou um golpe baixo. Apelou para o psicológico. Mas ainda assim, Lothar foi curto e direto. A idéia de culpa passou pela sua cabeça quando ele imaginou a cena do casal no quarto, com os olhos cheios de lágrimas de tristeza. Depois viu a mesma cena em sua cabeça de uma forma nova. O casal dessa vez observava orgulhoso seu filho recém-nascido no berço, o viam crescer, ajudar na fazenda, se casar e constituir família. Em seu leito de morte, os dois se despediam do filho e sua família com a tranqüilidade de saber que deram a ele o melhor que podiam. Então, esse filho se olha no espelho e Lothar vê a si mesmo nele. A última cena assustou o templário e o fez pular da poltrona. Notou que havia adormecido e tudo aquilo era um sonho. Dolorosamente real, mas ainda assim era só um sonho. O excesso de informação o deixou com dor de cabeça e fez com que se arrastasse para cima até seu quarto. No caminho, o som do relógio cuco foi que o tirou de seu transe. Era Natal. Até hoje não sei se fiz a escolha certa, seja como for, o que está feito está feito. Eu pertencia a VII, não podia abandoná-los. Como não queria mudar de idéia, então resolvi partir daquela cidade o mais breve possível. Infelizmente não pude dizer não mais uma vez ao Sr. Mc Coill quando me pediu para esperar até o ano novo. Precisamente após o festival da colheita - quando eu partiria - que estaria para acontecer em uma semana. É claro que não seria uma despedida tranqüila.
  20. Essa é uma mini-fic antiga que tinha escrito desde o início do ano e recentemente retomei a escrita. Ela se passa durante o tempo que a VII ficou 2 meses off, compreendendo entre o final do ano passado e o começo do ano na chegada do evento de Satan Morroc. Ela relata alguns acontecimentos do meu personagem durante esse período e propositalmente utilizo a escrita em primeira e terceira pessoa do passado, com a intenção de parecer um registro (diário), mas com as cenas na forma de "flashbacks". Sem mais esperas, aqui começa: VII O conto de um templário Prólogo - Madeira e Cinzas “Toda história começa pelo início. Essa, no entanto, começa pelo fim...” Meu nome é Lothar S. Mustang, eu sou um templário e sétimo magistrado da Organização VII. Naquele dia no começo de Dezembro eu e meus companheiros nunca soubemos direito o que aconteceu, mas o protocolo Omega estava ativo. A ordem era clara, devíamos sumir... Na mesma noite eu fui direto ao escritório central da VII, na época, um pequeno prédio abandonado no centro de Juno. O edifício era só uma fachada para o que se escondia abaixo dele, um escritório razoavelmente grande aonde guardávamos todos os documentos e arquivos importantes referentes à organização. Para que a segurança do lugar fosse mantida, apenas um número limitado de membros da VII sabiam sua localização - dentre esses eu, é claro - que estava encarregado de uma missão especial pós-protocolo: - 1º de Dezembro/ Escritório Central da VII/ Horário desconhecido - O homem de armadura chegou em silencio e permaneceu encarando o lugar. Era uma sala só, nem muito pequena e nem muito grande, de aparência oval com uma larga escrivaninha no centro e apenas duas cadeiras. O piso estava revestido com carpete azul escuro e as paredes estavam lotadas de estantes contendo diferentes tipos de livros, pastas, documentos, cartas e envelopes. Em algumas áreas livres nas paredes havia poucos quadros e um deles em particular chamava atenção, era de um Paladino de barba e aparência imponente, sobre o roda-pé da pintura lia-se: Alexander Eisenheim I. A iluminação vinha do lustre solitário no teto. A mesa tinha documentos espalhados, um daqueles cubos mágicos e algumas estátuas estranhas que davam a decoração. Poeira podia ser notada por todo o lugar, o cheiro no local vinha do ar carregado e dos móveis velhos, feitos com a mais fina madeira de carvalho - que agora já começava a desgastar. No canto esquerdo da sala, quase despercebida havia uma pequena planta tropical, seca e morta a meses pela falta de água e luz do sol. Aquele era um ambiente quase claustrofóbico. O cenário parecia bem nostálgico para o templário parado em frente à mesa com o olhar triste e perdido. Seu cabelo estava desarrumado e molhado pelo suor que escorria da sua testa. A armadura templária que usava era polida e tinha a capa tingida de vermelho, uma pequena customização que ele mesmo fez e a princípio não agradou os companheiros de clero. O escudo estava preso as costas e tinha a “Vingadora Sagrada” embainhada em sua cintura. Suas mãos estavam ocupadas carregando um grande galão de metal que trazia consigo. - Eu admito... Nunca pensei que veria esse dia chegar... - Falou aos móveis silenciosos. Após um tempo admirando o escritório ele enfim começou a despejar o líquido que estava dentro do barril por todo o lugar. O odor claro de gasolina rapidamente invadiu a pequena sala fechada e de pouca ventilação. O homem parou, observou ao redor, olhou a pasta em baixo do braço e finalmente puxou do bolso um cigarro. Ele o pôs entre os lábios e sem pressa alguma pegou o isqueiro. Acendeu, dando uma tragada, mas tão logo tirou ele da boca e o encarou com cara de nojo: - Bleargh! Ainda bem que eu não fumo... Ao terminar a frase, atirou o cigarro em direção aos móveis encharcados de gasolina e deu as costas. A combustão começou instantaneamente. De pé na escada que levava para a superfície ele deu uma última olhada para trás, o retrato do paladino o encarava enquanto o fogo começava a queimar sua parte de baixo. Ele não resistiu e soltou o comentário antes de sair do lugar: - Não deixe que isso esquete sua cabeça, senhor Eisenheim... - Sorriu e acenou vendo a pintura se perder em cinzas. Rapidamente o magistrado subiu de volta a cidade e sumiu na noite deserta de Juno, apenas carregando uma pasta com documentos e deixando o controle do prédio em chamas nas mãos dos sábios que chegaram minutos depois. A perda havia sido total, qualquer evidencia daquele lugar secreto desapareceu com o fogo... E foi assim. Naquela noite eu apenas levei os documentos indispensáveis do escritório, todo o resto foi apagado para não ser descoberto e usado contra nós algum dia. Eu andei por toda noite indo para muito longe de Juno e antes do dia amanhecer eu já havia escondido os arquivos em um lugar seguro. E lá eles permaneceriam, até a hora que eles forem necessários de novo...
  21. Bom, o Maizena sofreu um acidente como alguns sabem (Hack). E por tanto não está mais jogando, assim ele não tem mais conta aqui no forum. Eis que então o infeliz vem no MSN me falar que vai dar continuidade a fic e pede para que eu poste. Então ai vai a continuação depois de meses: (*usa folha de ygg*) Capítulo 4 – Sádico 02 de Janeiro de 2009 Estava amanhecendo naquele lugar frio, o Sol erguia-se lentamente na paisagem e naquele momento, um jovem cavaleiro acordava de seu acidente. Biscoito estava muito confuso e não reconhecia onde estava,até que uma bela enfermeira com um lindo par de peitos um lindo sorriso chegou perto dele e então lhe dirigiu a palavra com uma expressão de muita felicidade. – Você é uma dos guerreiros que vieram nos livras daqueles piratas não é? – S-sim – respondeu o jovem enquanto admirava aquela deusa em forma de gente. – Sou muito agradecida pelos seus feitos e os de seus amigos, me permita ir pegar seus equipamentos. A enferneira estava indo na direção dos equipamentos do guerreiro da Chama quando tropeçou em uma tábua solta e caiu de bruços no chão, no mesmo momento Biscoito levou sua mão até o peito e cai inconsciente na cama. 2 Horas mais Tarde O membro da cavalaria acordou pela segunda vez naquele dia e na mesma cama de hospital.E só o que lembrava era da linda enfermeira. Sem perder tempo o jovem tarado levantou rapidamente da cama e foi procurar a enfermeira,porém só encontrou um sujeito enorme(de lado e de altura) se perguntando onde estava o termômetro anal que deveria ser usado no paciente da cama 15. O adolescente de cabelos vermelhos se virou lentamente para a sua cama e pode constatar o número “15” nela. Como um raio, ela pego seus pertences e pulou a janela para fugir de seu doloroso destino.Pena que a janela ficava no segundo andar ainda dava de frente para o morro que o cavaleiro acabou rolando abaixo. Mas nem tudo estava perdido para o nosso jovem atrapalhado amigo.Qual não foi a sua surpresa ao notar que estava diante de uma mansão com o sobrenome Lion Heart na entrada.Esta era a casa de Hexion – Hexion... pessoal...tem alguém aí? – gritava Biscoito sem resposta. Lentamente o jovem cavaleiro subiu as escadas se deparando com uma das cenas mais aterrorizantes de sua vida... _____________________________________________________________________ Algum Tempo Antes em Izlude Um Arruaceiro corria desesperadamente em direção a funcionária Kafra no sul da cidade seguido por vários templários. – Alberta!Rápido! – disse o desesperadamente o homem perseguido. – Sinto Muito senhor, estamos em greve. – respondeu gentilmente a mulher. – Te dou 50 mil zenis. – Faça um boa viajem. Ao chegar em Alberta o jovem de cabelos castanhos pegou o primeiro barco que viu sem nem saber que estava indo para Moscovia.
  22. Malditos! Por que ressaram a fic? Agora terei que ler o maldito capitúlo 4 e pior, ajudar! x.x' *medo eterno*
  23. *Cabra voadora aparece voando a milm etros de altura do solo* *Na cabra havia alguem montado* *"Alguem" pula da cabra* *Cai,quebra clavícula* Haáááááááááááááaá´ Voltei do inferno para o rag novamente \o/ Maizena seu infeliz lerdo, ainda ta no capt 3? >. O 4 é triste, o exercito bolchevique de protetores de cabras ta ali fora *Aponta para porta imaginaria* Preparado apra lhe pegar dps do capt 4 [/mal] Bom vou indo... *Vai concertar clavicula* ps. Cabrial akew \o/
  24. Lembre-se do que ele disse, quem escreveu esse cap fui eu xDMas foi o único e eu não tava muito inspirado. Pelo menos você pegou bem o tipo de narrativa que eu usei xD De agora em diante tudo será escrito pelo Maizena, eu só vou corrigir erros =p
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