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Lumi


Clay Ashtyer

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Valeu! Fico feliz em ter gostado dela. ^_^

Próximo capítulo 90% pronto, será finalizado em breve e postado na próxima semana, assim que voltar da Expo em SP. ^_^

Afinal, Adriano ou Raonaid? ( alguns devem ter sacado só pelo nome não criativo... x_X ) Ele está morto ou não? Quem era essa "bruxa" que Draco falava? Será ela a pessoa por trás de toda essa confusão? E por que? O que será da Lumi? Não percam o próximo capítulo: O Boneco-de-Neve. ;]

( Ok, foi flood por falta do que fazer... Perdoem-me... =X )

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Depois de ler seus mini contos(de ótima qualidade todos!!), eu resolvi ler aqui e até agora estou achando ótimo também!!

Você realmente é um dos maiores escritores que temos aqui!

 

Ps:Quanto ao flood,liga não pois ate as fics de grandes escritores tem um monte de flood(leafar entom acho que 85% é flood xD)

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Tudo bem! Todo tópico bom tem um pouco de flood. Vai ver o meu (Histórias de um Mercenário Muito Louco) pra ver como tem bem pouquinho flood ^_^' .

 

É. Acabei de ler esse tópico. Deixei um comentário lá.

Pessoal violento até nos floods. Eu hein. =X

Vocês são piores que Hel e Loki juntos, heh... xD

( *esconde-se num cantinho e abraça a cabeça para se proteger*

May the Norns Urd, Verdandi & Skuld bless me with more luck on this one. O_o )

 

 

Depois de ler seus mini contos(de ótima qualidade todos!!), eu resolvi ler aqui e até agora estou achando ótimo também!!

Você realmente é um dos maiores escritores que temos aqui!

 

Ps:Quanto ao flood,liga não pois ate as fics de grandes escritores tem um monte de flood(leafar entom acho que 85% é flood xD)

Fico feliz em ter gostado dela. ^_^

 

Bem, pessoalmente prefiro os minicontos. Esta fic ficou desorganizado demais. Sou mal em diálogos. xD

Em Lumi, os capítulos 1 e 2 são meio que teste e experimentação,

as partes realmente importantes começam no 3o, quando começa o main story.

As que gostei mesmo foram, por exemplo, o conto "A Lunática e o Boneco-de-Neve",

e as conversas com a mãe de Lumi e uma outra pessoa no futuro (spoiler), entre outros.

Seus jeitos de falar, e explicar, guiar e ajudar o Arruaceiro burro por meio de comparações, creio.

Morreram bastante neurônios para tentar escrever essas aí. xP

 

Já o flood, percebi sim. E acho que não é 85% não, viu? xD

Engraçado é que, mesmo sendo flood, dá um estímulo e tanto.

Fico feliz em ver os comentários, em saber que tem gente lendo coisa que criei, etc.

Não sei explicar direito. A sensação de ser reconhecido, I guess. Tanto positivamente como negativamente.

Só pelo fato de ver que o tópico aumentou de tamanho deixa com vontade de escrever mais um pouco. xP

( Ok, maluco aqui. daqui a pouco coloco uma placa WARNING! MAD PERSON! x_X )

 

Bem... era pra ser um reply básico, acabou sendo um pouquinho mais longo... Bah! x]

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É o que acontece quando a gente se inspira, Raquete.

Perdoem-me pela santa ignorância e falta de conhecimento, mas o que quer dizer esse termo que usou?

" Raquete é um instrumento utilizado em substituição à mão do atleta. Utiliza-se raquete para a prática de diversos esportes, dentre eles o tênis de mesa e o de quadra. " ( Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Raquete )

Mesma coisa quando coloco no Google Translate Português/Inglês e Português/Chinês...

Ser noobie em português dá nisso... T__T

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É o que acontece quando a gente se inspira, Raquete.

Perdoem-me pela santa ignorância e falta de conhecimento, mas o que quer dizer esse termo que usou?

" Raquete é um instrumento utilizado em substituição à mão do atleta. Utiliza-se raquete para a prática de diversos esportes, dentre eles o tênis de mesa e o de quadra. " ( Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Raquete )

Mesma coisa quando coloco no Google Translate Português/Inglês e Português/Chinês...

Ser noobie em português dá nisso... T__T

 

Calminha aí, Marrakesh... Não tente compreender o que é imcompreensível... Apenas siga postando... ^_^

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 Rakeshhhh!!! Cara, o capítulo 6 ficou expetacular!

 

O lance dele falar como se fosse o Adriano, a adaga da Boa Ventura salvando ele... Foi muito bem estruturado, meus parabéns.

 

Bati na nuca dela, fazendo-a desmaiar. Mas logo uma luz brilhante rodeava-a e acordou de novo.

 

 

- O que... - estranhei.

 

 

- Rao! Seu maluco! Se não estivesse de Kaizel...

 

 

Dei outro golpe na nuca dela, nocauteando-a novamente. Pelo menos, desta vez não deu para acordar. Cada habilidade esquisita dela... eu hein...

 

Nossa senhora... Minha garganta até doeu! auehaeuhaeuheauhaeuhae. Imaginei a cena de um modo hilário!!

 

Agora estou super curioso... Esperando o próximo capítulo com anciedade. Quanto á raquete... Vou te dar uma dica: Olhe seu nick. xDNão ligue pro Pedro, ele bateu a cabeça quando era criança.

 Parabéns, e continue assim! ^^

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 Rakeshhhh!!! Cara, o capítulo 6 ficou expetacular!

 

O lance dele falar como se fosse o Adriano, a adaga da Boa Ventura salvando ele... Foi muito bem estruturado, meus parabéns.

 

Ainda bem que gostou. Já tava me preocupando se ficou confuso demais. ^_^

( Embora no próximo capítulo a confusão é 3x O_o'' )

 

Bati na nuca dela, fazendo-a desmaiar. Mas logo uma luz brilhante rodeava-a e acordou de novo.

 

 

- O que... - estranhei.

 

 

- Rao! Seu maluco! Se não estivesse de Kaizel...

 

 

Dei outro golpe na nuca dela, nocauteando-a novamente. Pelo menos, desta vez não deu para acordar. Cada habilidade esquisita dela... eu hein...

 

Nossa senhora... Minha garganta até doeu! auehaeuhaeuheauhaeuhae. Imaginei a cena de um modo hilário!!

Na versão anterior, era pra ela participar da briguinha, mas enquanto escrevia, só piorava... O_o

Então... resolvi fazê-la sair já no comecinho pra ficar mais fácil, e essa idéia do Kaizel veio do nada... =X

 

Quanto á raquete... Vou te dar uma dica: Olhe seu nick. xD

Não ligue pro Pedro, ele bateu a cabeça quando era criança.

Affe! Entendi só agora! Que lerdo eu sou! xD

E quanto a bater a cabeça, duvido que ele bateu mais vezes que eu... =X

 

PS:

Estou seriamente pensando em reescrever o próximo capítulo de novo...

Acho que abusei em termos específicos da Mitologia Nórdica...

( Só para ter uma idéia, alguns deles são Gylfaginning e Völuspá, por exemplo )

Ou eu posto um "manual" com seus significados e origens? O_o

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Mais um leitor aqui ó! *fica pulando balançando a mão como alguém completamente maluco*Você está de parabéns Raquete! (isso ainda pega) Tirando alguns pequenininhos erros de português, nem parece ser sua 1º Fic cara! Sua história é muito original, e estou doido pra saber o que vai acontecer. Principalmente a forma mirabolante pela qual o personagem principal não morre após ser fatiado pelo vilão. [/heh] (adoro isso)

 P.S.: I like Mitologia Nórdica. Mas Gylfaginning? Völuspá? O.o  Eita nóis ein....

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Valeu! ^_^

 

E... Pois é. Gylfaginning e Völuspá mesmo, fora outros um pouco piores...

Isso que dá tentar fazer a história 100% encaixar na Mitologia Nórdica...

Nunca pensei que fosse tão complicado antes de pesquisar direito... O_o

( Inclusive, tive que pesquisar sobre a história original e suas origens,

lendo as mais antigas Eddas, os poemas da época e suas estruturas, etc... coisa de louco... ¬¬'' )

 

Essas duas palavras estranhas e mais alguns estarei explicando quando postar o próximo capítulo... =P

Para quem não gosta de spoilers, tratem de não fazer Google nesses dois. x]  

Vou organizando o manualzinho com explicações também,

Senão quase ninguém vai entender... O_o''

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Muito bom!

Seu estilo em primeira pessoa aliado ao enredo prende a atenção do leitor muito bem, além de auxiliar ao próprio escritos em transparecer todos os pensamentos do personagem principal.

Só achei que, para alguém que carrega uma Adaga da Boa Ventura, o Adriano/Raonaid (sempre é interessante esse jogo com as letras) é muito azarado, pois com dois golpes ele ficou com sono e cego, e com mais um ele ficou amaldiçoado (chance de cada coisa acontecer por golpe é de 5%). Acho que a adaga só serviu pra ele ter uma sorte de um humano normal!!!!

Espero ansiosamente o próximo capítulo!

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Muito bom!

Seu estilo em primeira pessoa aliado ao enredo prende a atenção do leitor muito bem, além de auxiliar ao próprio escritos em transparecer todos os pensamentos do personagem principal.

Bem... e como seria em primeira pessoa e sem aparecer pensamentos? O_o

Fico feliz em ter gostado. ^_^

Só achei que, para alguém que carrega uma Adaga da Boa Ventura, o Adriano/Raonaid (sempre é interessante esse jogo com as letras) é muito azarado, pois com dois golpes ele ficou com sono e cego, e com mais um ele ficou amaldiçoado (chance de cada coisa acontecer por golpe é de 5%). Acho que a adaga só serviu pra ele ter uma sorte de um humano normal!!!!

Hum... na verdade seria apenas Sono no 2o golpe, e Maldição no 3o.

Já que tem 4 cartas de status na Kataná, seriam 20% de dar qualquer um deles.

Chance bom até. ^_^

Já ele ser azarado, isso não nego. =P 

Mas... pelo menos teve sorte, seja de um humano normal ou não. xD

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o Adriano/Raonaid (sempre é interessante esse jogo com as letras)
OMG!! Só agora que eu percebi a relação Adriano --> Raonaid!! Como eu não vi antes!! Argh!***

Bem... Dexa eu aproveitar o flood pra dizer que gostei muito dos minicontos! (preguiça de ir postar lá...) Principalmente do continho do Bongun. Tadinho dele. Porém eu acho que a "Em Quem Acreditar", embora tenha acabado meio estranhamente, dá uma continuação. Às vezes essas idéias rabiscadas no caderno dão umas coisas legais. Vale a pena tentar. [/ok]

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Hiya! Howdy! 7o capítulo saindo! o/

O capítulo mais longo e chato até agora, sem muita ação,

mas que explica a história e seus "mistérios"... =P

Boa leitura, e espero que gostem! ^_^

 

Capítulo VII: O Boneco-de-Neve

 

 

 

 

Olhei em volta. Estava no meio de uma escuridão. Uma escuridão absoluta. Jamais presenciei uma falta de luminosidade assim. Nem que ficasse de olhos fechados numa caverna à noite seria tão escuro assim. Talvez porque não haja qualquer outra coisa para servir de comparação, nem mesmo uma só fonte de luz, ou algo de cor diferente. E isso a intensificava drasticamente. Passei as mãos na frente dos olhos, mas não as via também. Já estava seriamente pensando que havia perdido a visão.

 

 

O que era esse lugar? O que estava fazendo ali? Não via nada, não escutava nada, não tocava em nada. Como se todos os 5 sentidos foram tirados de mim. Essa sensação deixaria qualquer um enlouquecer em poucas horas. Algumas imagens passaram quase despercebidos pela cabeça: a neve vermelha, a espada coberta de sangue, o rosto de duas pessoas que morreram injustamente, e... uma linda menina desacordada... Ah é... Eu... morri...

 

 

Mas não deveria estar em Niflheim? Ou já estava ali? A morte era bem diferente do que sempre imaginava... Então... onde estará Francis? E Abi...?

 

 

- ... Mesmo chegando lá, não conseguirá reencontrá-la... - ecoou uma voz no nada.

 

 

Então era disso que Draco estava falando? Questionava-me como ele sabia dessas coisas... Pensando bem, até fazia sentido. Afinal, eu não era um morto qualquer. Supostamente, seria a segunda vez que morrera. Não creio que quem conseguisse uma segunda vida e morresse novamente teria o mesmo tratamento das demais almas. Seria injusto. Xingava Forseti dentro da cabeça pelo que recebera, embora sabia que a divindade estava apenas fazendo o seu trabalho.

 

 

Luz. Uma feixe luz apareceu repentinamente, a poucos passos na minha frente. Transmitia uma sensação agradável e até aconchegante, diferente do local onde eu estava, repleto de medo e solidão. Não tinha provas disso. Apenas sentia-se assim. Pelo menos, lá meus olhos conseguiam ver alguma coisa, minha pele conseguia sentir a temperatura. Instintivamente, nadei para lá, como se estivesse na água.

 

 

A paisagem mudou. Estava em Geffen. Leves brisas, sol morno. Abri as mãos, abraçando o ar, tentando gulosamente apreciar cada momento da pequena e simples felicidade ali presente. A bela cidade da magia estava vazia. Não via ninguém. Apenas ouvia e sentia o som do vento beijar nas folhas das árvores, o cantar dos pássaros e insetos; sons da natureza. Não muito longe dali, um Bardo estava sentado num banco. Assim que me vira, levantou uma das mãos e me cumprimentara. Caminhei até ele sem ar de dúvidas.

 

 

Ele era louro, com os cabelos um pouco desarrumados, chegando aos ombros. Embaixo de seu Chapéu com Pluma, via seus olhos azuis, um pouco escuros, que ainda demonstravam seu caráter um pouco brincalhão. Vestia uma roupa tradicional dos Bardos, mas cobria parte de seu corpo com um capuz verde, fino, com desenhos que lembravam a cultura Wootan. O que mais chamava a atenção era a belíssima Harpa em suas mãos, instrumento musical cada vez menos usado, tanto pela dificuldade em tocá-la, como por ser complicado de carregá-la numa viagem. Tocava uma linda melodia, mas não abria a boca. Olhava e sorria para mim.

 

 

- Olá. - cumprimentou o Bardo com seus olhos, abaixando levemente a cabeça, sem parar a música. Estava apenas falando, mas parecia cantar, de tão suave e agradável sua voz era. – Prazer em conhecê-lo pessoalmente.

 

 

- Pessoalmente? Desculpe-me, mas você me conhece? - estranhei.

 

 

- Na verdade, sim e não. Sou apenas um curioso intrometido, que busca saber dos outros sem permissão prévia. Posso conversar contigo?

 

 

- Claro. - Não sabia o motivo, mas ele dava uma impressão de alguém já conhecido, e havia uma sensação de calma só de falar com ele.

 

 

Sentei no banco, ao lado dele. O via tocar cada corda da Harpa, apreciando cada pequena vibração que saía dela.

 

 

- Aqui não é Geffen, né? - eu disse – Poderia me dizer onde estou?

 

 

- Você é uma pessoa inteligente. - sorriu. Olhou para cima, aparentemente pensando na resposta – Este lugar não tem nome próprio. Toma uma forma diferente para cada visitante, conforme o que seria o mais apropriado para ele.

 

 

- Mais apropriado...?

 

 

- Isso. Um lugar que muda de forma cada instante. Às vezes assimilando um ponto de parada importante, onde um acontecimento ali marcou a sua vida. Outras vezes simplesmente refletindo um fato através de comparações.

 

 

Não lembrava o que tinha de especial nesse local, a não ser......

 

 

- Todos os mortos passam por aqui? - perguntei. Surpreendia-me com a calma e clareza que minha voz apresentava. Não sentia-me confuso, nem parecia ter medo.

 

 

- Não necessariamente. Olhe-o como um sonho. Apenas um sonho.

 

 

- Um sonho? E o que devo fazer aqui? Quando devo acordar?

 

 

- Um sonho é um sonho, jovem aventureiro. Não precisa ter metas e objetivos claros. Te chamei para cá para guiar-te.

 

 

- Guiar-me?

 

 

- Isso. Vou te mostrar umas coisinhas interessantes.

 

 

Tão logo acabara a frase, seus dedos pararam. A Harpa mexia-se sozinho, e as cordas sumiram, sobrando apenas 3.

 

 

- Vamos entender sua vida vendo estas 3 cordas. - tocou elas suavemente, e o som enchia o ambiente – de esquerda para a direita, os laços de Adriano com as Nornas: Urd, Verdandi e Skuld, respectivamente. Em outras palavras, seu Passado, Presente e Futuro.

 

 

Tudo parecia irreal demais. Nem sabia por que o acreditava. Embora um pouco difícil de entender, o ouvia atentamente e silenciosamente.

 

 

- Primeiro, Urd, Guardiã do Passado. - tocou a corda à esquerda, fazendo-a vibrar.

 

 

Via a paisagem ao redor mudar de forma novamente. Na nossa frente, surgia um singelo Gatuno de cabelos e olhos pretos, que insistia em usar um arco ao invés de adagas, e era ridicularizado por outros por causa disso, exceto uma outra Gatuna, sua amiga de infância e mulher que amava. Os acontecimentos passavam em um ritmo extremamente rápido. Mesmo assim, não perdia cada detalhe. O teste de aprovação da Guilda, a briga entre ele e um espadachim pela garota, o dia em que os dois Gatunos tornam-se Arruaceiros, em que se casam, conseguem uma casa própria, e uma missão em Lutie poucos dias depois. Esse era a última vez em que os dois se viam.

 

 

- Isso foi boa parte da vida de Adriano. Uma caminho tecido pelos seus próprios pensamentos e decisões, obedecendo às verdades de movimento e continuidade. - continuou o belo homem – Porém, 30 anos atrás, um acontecimento lhe fez mudar seu trajeto.

 

 

Uma das pontas da primeira corda arrebentou-se, a do meio se entortou, ficando mais curto e fazendo uma curva bizarra, e a terceira simplesmente desaparecera. A forma da Harpa também ficou esquisita, para melhor ajeitar-se às cordas, e sua cor mudou de dourado para preto.

 

 

O ambiente ao redor também tornou-se uma cela numa prisão desconhecida, branco-e-preto. Nada apresentava cores. Até mesmo a tocha de fogo era preto.

 

 

- Nesse dia, Draco o matou. Fazia sentido, e Adriano seria enviado para Niflheim, de acordo com as leis que regem as realidades dos mundos, se não fosse um detalhe... - fechou os olhos, e falou num tom frio, que não demonstrava sentimentos – O Lorde já devia estar morto.

 

 

Me ofereceu alguns segundos de intervalo para que possa me organizar. “O Lorde já devia estar morto”... Então quem o matara era uma alma penada? Mas e a pessoa com quem batalhara última vez? Peraí... E se...

 

 

“... Vejo que teve ajuda da bruxa também...”......

 

 

- A bruxa... - murmurei.

 

 

- ... de Niflheim. Sim. - respondeu o Bardo, antes que terminasse minha frase – De algum modo, a bruxa conseguiu reviver um cidadão do reino dos mortos, e esse morto interferiu no Destino de uma pessoa, causando um distorce das realidades. - respirou fundo e, após um suspiro, falou com uma certa tristeza nos olhos – E os deuses perderam o controle no Destino do rapaz. Foi quando a bruxa foi procurá-lo, e Adriano reviveu como Raonaid. Mas ninguém sabe por que ela o fizera...

 

 

Ao redor, a paisagem mudava de forma novamente. Quando percebera, já estava numa casa, em Lutie. O Bardo acostava-se num sofá, e sorria satisfeito. Sua harpa voltara ao que era antes: grande e bela, com dezenas de cordas. Ele começara a tocar sua melodia novamente.

 

 

- E...? Acho que a história não acabou. - falei, esperando-o continuar.

 

 

- Não posso falar mais do que isso, ou serei gravemente punido. - fechou os olhos, mas não parou de tocar sua formosa Harpa – Apenas lhe disse o que era de seu direito saber, e minha liberdade falar. Vejo que não tens memórias da sua estadia anterior em Niflheim.

 

 

- Mas...

 

 

- Resolver suas dúvidas não faz parte de meu trabalho. Na verdade, nem deveria estar aqui. Como disse, sou um curioso intrometido, e quis conversar contigo por vontade própria.

 

 

- Como assim?

 

 

- Não posso explicá-lo direito. Se quiser, vá até a terra dos mortos e encontre a bruxa de Niflheim. Você encontrará suas respostas lá. Você é uma das vítimas, e merece sua segunda chance.

 

 

- E como eu chego lá? Já estou morto, mas aqui não é Niflheim.

 

 

- E quem disse que estava morto? - sorriu.

 

 

- Hã?

 

 

Levantei as mãos, observando-os. Olhei em volta, à procura de alguma coisa que pudesse me ajudar a esclarecer minhas dúvidas.

 

 

- Já te disse. Estás num sonho, jovem. - continuava sorrindo suavemente.

 

 

Levantou-se e foi até a porta, e a abriu. Fez um gesto para que eu fosse junto. Assim que a atravessei, estava diante de uma encruzilhada com formato “T”.

 

 

- Você apenas se perdeu na sua jornada, aventureiro. E aqui lhe ofereço duas opções. - explicava. Apontou para a direita – Deste lado, encontrarás um caminho largo e fácil. Tudo que deverá fazer é esconder-se no fundo deste lugar, deste sonho, e estarás livre de complicações. Viverá aqui, até o dia em que partirá a Niflheim. Simplesmente imagine. Você será o dono de seus sonhos, e poderá realizar qualquer coisa que deseje. Mas sempre vivendo sob uma mentira.

 

 

Esperou mais um pouco, e apontou para a esquerda:

 

 

- Deste lado, encontrarás um caminho menor, difícil, cheio de pedras. Terá que passar por inúmeros obstáculos e desafios ao longo dele. E não lhe garanto um final feliz. Enfrentará seus maiores medos e tristezas, mas conseguirá a verdade que procura.

 

 

O Bardo virou-se para mim, e me olhava sério. Esperava minha resposta.

 

 

- Eu... - duvidava qual escolher. Era uma tentação e tanto. Apenas alguns passos à direita, e estava livre de tudo. Não necessitaria me preocupar com mais nada. Um lugar sem tristezas, em que a morte de íntimos não me perturbaria, e que estaria longe dos planos malignos de uma certa bruxa... mas...

 

 

Virei para a esquerda. Sentia alguém me chamar. Alguma pessoa, no outro lado, precisava de mim, e eu também precisava dela. O Bardo sorriu. Parecia estar muito contente com isso.

 

 

- Tem certeza? - perguntou, mesmo sabendo da minha resposta.

 

 

- Sabe, tem alguns malucos no mundo que preferem o que é pior para eles. E pelo jeito sou um deles. Infelizmente.

 

 

- Mesmo assim, boa escolha. Você tem o meu respeito. Seria tão bom se todos os homens de Midgard tomassem essa mesma atitude.

 

 

- Aí a raça humana seria extinta em poucos anos.

 

 

- E Heimdall morto de tanto trabalhar.

 

 

Nos entreolhamos, e rimos, num ar simples e alegre, como se fôssemos velhos conhecidos, amigos íntimos. O agradeci sinceramente, e comecei a andar pelo caminho escolhido. Mas parei assim que dera alguns poucos passos.

 

 

- Aquela música que você estava tocando... Nunca a tinha ouvido antes. Ela é simplesmente belíssima. Posso saber quem a fez? - o perguntei.

 

 

- Obrigado pelo elogio. Esta canção foi criada por mim mesmo. - o Bardo sorria, um pouco orgulhoso, mas no fundo de seus olhos, via sombras de alguém importante – Seu nome é “A Lunática e o Boneco-de-Neve”.

 

 

Não pude conter minha surpresa, e o olhava, enquanto o Bardo ria da minha expressão na cara, provavelmente muito engraçada. Ao redor dele, uma feixe de luz branca brilhava suavemente. Seu corpo perdia cor aos poucos, ficando semi-transparente.

 

 

- Adeus. Nos encontraremos em breve. - cumprimentou o louro, e piscou o olho esquerdo – E não esqueça seu papel de Boneco-de-Neve, viu?

 

 

 

 

*****

 

 

 

 

Abri os olhos. Estava num pequeno quarto, com decorações simples de madeira. Da janela, a luz do sol um pouco alaranjado entrava por meio das cortinas translúcidas, mas não sabia se era nascer ou pôr-do-sol. O calendário na parede mostrava que já havia passado um período de 5 dias. Observava meu próprio estado. Tinha mais tecido, ligaduras, envolvendo-me, do que o mais gordo das Múmias na Pirâmide de Morroc, com exceção do rosto, que provavelmente teria sido enfaixado também não fosse para deixar eu conseguir respirar.

 

 

Deitado na cama, tentei mexer um pouco, mas imediatamente sentia uma dor intensa percorrer o corpo inteiro. Sentia cócegas na perna esquerda, mas tentei ignorá-lo, pois mexê-lo gerava uma dor alucinante. Somente o corpo cintura acima ainda dava para mover um pouco.

 

 

Sem mexer muito o pescoço, observava em volta, e ver se encontrava algo. Encontrava a Lumi, adormecida ao meu lado. Sentava no chão, com a cabeça acostada num canto da cama. Seus cabelos longos e azuis estavam muito desorganizados. Aparentemente cuidava de mim enquanto permanecia desacordado. Sem motivo, sorri.

 

 

Não sei se foi porque havia mexido um pouco, ou o riso que saiu sem querer, mas a garota abriu os olhos. Ficou com um olhar de surpresa, boquiaberta, encarando-me, silenciosamente. Balancei a mão direita no ar, cumprimentando-a:

 

 

- Olá.

 

 

- ... - Ela não reagia. Ficava parada, ainda com a mesma engraçada cara.

 

 

- Quando é o café-da-manhã? Tô faminto.

 

 

- ... Rao?

 

 

- Não. - respondia enquanto erguia os braços para a frente – Múmia.

 

 

- Rao!

 

 

Mal consegui fazer alguma coisa, e Lumi me abraçava calorosamente.

 

 

Crec...

 

 

- L-Lumi... I-isso dói... - reclamei.

 

 

Mas a menina não me escutava...

 

 

Crec...

 

 

- L-Lumi... É s-sério...

 

 

Sua força só aumentava...

 

 

Crec...

 

 

......

 

 

Não sabia o que aconteceu exatamente. Única coisa que lembrava era ter visto um escuro, e, no próximo instante, estava novamente deitado na cama, olhando para o telhado.

 

 

- Acordou? - perguntou voz feminina, vindo de uma mulher com cabelos azuis, mas, desta vez, era mais alta e as cores dos olhos eram azuis-claros. - Está se sentindo bem?

 

 

- Bem... creio... - enquanto verificava se eu estava com algum osso a menos. - Fui dar mais uma voltinha em Niflheim. Lugar bonito, sabia?

 

 

Do canto da porta, Lumi meio que escondia-se, mostrando apenas metade de sua cara para fora, preocupada.

 

 

- Não vou repetir mais uma vez! Já para o seu quarto, Lumi! - ordenou a mulher numa voz poderosa, enquanto a Espiritualista saía correndo assustada.

 

 

- Fizeram as pazes? Que bom. - comentei.

 

 

- Não exatamente. - sorriu - Veio buscar minha ajuda mesmo. Já fui uma das Suma-Sacerdotisas que tiveram a honra de servir a própria Papisa de Rachel, sabia?

 

 

- Ah é? Servir a Papis... Peraí!! Sacerdotes do Templo de Rachel não tinham um tal voto de castidade?!

 

 

- Pois é. É por isso que estou aqui. Hehe. - sorria e inclinava sua cabeça para o lado, como se não havia falado nada de estranho ou errado.

 

 

A mãe ficava verificando meus ferimentos, em movimentos de tamanha profissionalismo, de fazer qualquer Sacerdote ou médico ordinário sentir-se vergonhoso.

 

 

- Não disse que traria a Lumi de volta para casa? - comentei, brincalhão.

 

 

- Pois é. Mas bem que poderia fazê-lo num jeito menos dolorido.

 

 

- Mas é o mais rápido e eficiente, não acha?

 

 

- Bem, eficiente eu não diria. - respondeu, enquanto beliscava minha perna.

 

 

- Ai! Dói! - reclamava, quase pulando da cama de dor.

 

 

- Isso foi um pequeno castigo. Jamais faça isso de novo. - disse, num tom autoritário, mas ainda sorridente.

 

 

- T-tá... - respondi, com as lágrimas quase saindo dos olhos.

 

 

A mulher me observava tranqüilamente, um pouco pensativa. Um pouco mais tarde, continuou, numa voz suave:

 

 

- Acho que consegui entender a historinha. - caminhou até a mesinha do quarto, e pegou o livrinho que estava lá. Na capa estava escrito: “A Lunática e o Boneco-de-Neve”. - Raonaid. Sabe qual a chave deste conto? O ponto mais crucial dele? Em que a narrativa depende dele para que o enredo exista?

 

 

- Quando o Lunático deu o pó mágico à sua filha?

 

 

- Não. A Lunática fez o boneco-de-neve. - respondeu, calmamente – Creio que compreendi isso vendo vocês dois.

 

 

- Hã? - Isso não fazia muito sentido...

 

 

- A Lunática fez o boneco-de-neve, Raonaid. - acrescentou, falando um pouco mais lenta, como se isso ajudasse a entender melhor o que falava – O que seria do boneco-de-neve se a Lunática não o tivesse feito? Se não a conhecesse?

 

 

... O boneco simplesmente não existiria. Conseqüentemente, nada a ver com o título da história. Pensava em cada momento que vivi e presenciei desde que conheci a Lumi. Provavelmente nada teria acontecido. Estaria num canto de Midgard, sem fazer nada de interessante. Não teria demorado tanto para chegar a Prontera, não encontraria o velho e mal-humorado Arruaceiro, não veria o Morroc destruído nem sentiria algo de errado, não teria partido para Lutie, não enfrentaria o Lorde doentio, não saberia a verdade, não voltaria do sonho para reencontrá-la... E, por mais engraçado que seja, não estava regredindo-me por isso...

 

 

A Lunática fez o boneco-de-neve. Em Geffen, através da excêntrica e um tanto ridícula atitude da Espiritualista, a conheci. Um importante momento em que nossas vidas paralelas se cruzaram. E agora não consigo parar de pensar nela...

 

 

- Essa Lunática chata... - murmurei, baixinho, para ninguém ouvir, enquanto sorria, contente, sem motivo. Já estava ficando maluco também... Heh...

 

 

 

 

*****

 

 

 

 

3 semanas passaram-se rápidas e despercebidas. De tão grave estava meu estado, teria demorado pelo menos 2 ou 3 meses para poder ao menos descer da cama e caminhar direito, mas meus ferimentos já estavam praticamente sarados. A “ex-Suma-Sacerdotisa” me impressionava mais a cada dia que passava.

 

 

À noite, depois do jantar. Eu e Lumi passeávamos nas ruas de Lutie. Resolvi contá-la sobre tudo que sabia. Meus pensamentos e decisões desde que nossa aventura começara, o que tivemos que passar no caminho, o por quê do Francis ficar tão furioso, a batalha contra Draco, a vida de Adriano, e eu possivelmente sendo uma estranha reencarnação dele... E a garota me ouvia bem mais calma do que imaginava, até mesmo quando falava da conversa com seu suposto pai Bardo.

 

 

- Como era a Abi? - perguntou.

 

 

- Uma mulher bonita, gentil e doce demais para uma Arruaceira.

 

 

- Sente saudades dela?

 

 

- Sentir, até sinto um pouco. - tirei um anel do bolso, com gravura “A&A”, observando-o, enquanto Lumi me via um pouco triste. - Mas, sinto mais nojo e raiva de mim mesmo do que outras coisas.

 

 

- Como assim?

 

 

- Junto com as lembranças apagadas, o que eu sentia por ela sumiram também. O amor por ela já não é tão forte como deveria ser. Mesmo quando as recordações começaram a voltar. Sinto-me muito mal e irresponsável por isso, e não tenho nem como desculpar-me dela.

 

 

A menina de cabelos azuis ficava calada. Pegou minha mão direita, e continuamos andando, assim, de mãos dadas. E aquele simples ato trazia-me conforto.

 

 

Chegamos a um pequeno morro, mas ainda dentro dos limites do vilarejo de neve. Ficamos parados lá, apreciando a bela paisagem.

 

 

- Sabe, Rao, o que significa meu nome? - Lumi quebrou o silêncio.

 

 

Mexi a cabeça para os lados.

 

 

- Lumi quer dizer neve. - continuou - Não sei por quê, mas muitos dizem que combina comigo.

 

 

- Hum... - olhei para longe, erguendo a mão à frente da boca, pensativo – Combina mesmo, embora não sei explicar bem o motivo...

 

 

- Às vezes eu penso... se for neve, talvez eu seja a neve à noite.

 

 

- Hã...?

 

 

- Não é tão branco, puro e alegre como a neve de dia... – falava a si mesmo, triste nos olhos – Ela é cinza e fria, poucos a percebem, e ainda dá trabalho no dia seguinte.

 

 

Não gostava desse seu ar pessimista. Isso não combinava com ela. Queria animá-la, mas não sabia o que falar. Ficamos lá, calados.

 

 

- Bem... - eu disse, um pouco duvidoso - eu acho linda...

 

 

- Hã? - a Espiritualista parecia surpresa.

 

 

- A neve da noite. - apontei para o céu sempre nevando de Lutie com a cabeça - Linda e misteriosa. ****-se quem não gosta dela.

 

 

Não sabia se isso ajudasse em alguma coisa, mas tentava não olhar para ela, sem motivo. Ela me olhava, boquiaberta, sem saber o que falar.

 

 

- ... Rao...? - sua voz tinha um ar de dúvida...

 

 

- ... O que?

 

 

- Abaixa a cabeça... - disse, muito baixinha. Quase nem dava para ouvi-la. A esquisita olhava para os lados, e sua cara estava um pouco vermelha. - Você é alto demais...

 

 

Fiz como ela pediu, e verificava se tinha alguma coisa presa nos cabelos, mas não achei nada.

 

 

?!

 

 

Não sabia ao certo o que ocorrera. Naquele instante, pensava no por quê da cara de Lumi aparecer, de repente, na minha frente, tão perto. Quando percebia, já estávamos com os lábios colados, um sobre o outro. Mal nos separamos por alguns milímetros, e ela me beijava ainda mais. Tocou um pouco nos dentes, mas não parava. As mãos que me abraçavam desde não sei quando exercia uma força cada vez maior... Não conseguia pensar em mais nada...

 

 

Por quanto tempo ficamos assim...? Pouco a pouco, ela me soltara. Fazia frio, mas sentia-me quente. Nós dois ofegávamos. O clima estava estranho, muito estranho. Não pude fazer nada a não ser olhá-la, incrédulo. O silêncio imperou.

 

 

- Hã... e-eu... er... - a garota de cabelos azuis tentava explicar algo, mas não conseguia. Gaguejava, muito. - ... A-acho que f-f-fiz besteira, n-né...? - disse, insegura.

 

 

A respondi abraçando-a. Duvidou um pouco, mas aceitou. Sentia seu coração bater rapidamente, até finalmente acalmar-se. Ninguém falava nada. Não queríamos estragar esse momento agradável.

 

 

- ... Acho que acabei de abandonar papai também... - ouvi-a murmurar para si mesma.

 

 

A lua mostrou sua bela face por entre as finas camadas de nuvens, iluminando melhor o ambiente. Nos entreolhamos. Sua expressão estava esquisita, mas não disse nada. Nos beijamos novamente, tendo Arrak como nossa única testemunha...

 

 

 

 

*****

 

 

 

 

Partimos para Niflheim uma semana depois. Decidimos que isso era melhor para nós. Precisávamos saber o que estava passando, e o que poderia acontecer depois. Afinal, uma hora ou outra, tínhamos que enfrentar a bruxa de qualquer jeito.

 

 

A viagem até lá foi simples e rápida. Em Al De Baran, compramos alguns Passes, e umas Asas de Mosca e de Borboleta para casos de emergência. Não tivemos maiores problemas em atravessar o Tronco de Yggdrasil e Skellington. A garota de olhos de rubi era muito mais habilidosa do que sempre imaginei.

 

 

Quando chegamos na Vale de Gyoll, alguns Ludes e Quves estavam aguardando-nos. Era estranho. Não nos atacavam. Apenas faziam sinal para que os seguissem. Nenhum monstro no caminho foi agressivo conosco também. Quando percebíamos, já estávamos frente a um enorme mansão, no alto de um estranho e sombrio morro.

 

 

- Bem-vindos ao meu humilde castelo. - ecoou uma voz feminina, fina e rouca ao mesmo tempo, mas alta.

 

 

Em nossa frente, surgira uma mulher. Pele roxa, cabelos cinzas. Seus olhos eram simplesmente brancas, brancas por completo. Vestia uma roupa semelhante à das Magas de Geffen, mas estava coberta de sangue fresco... Lumi quase gritara de espanto. Minha cabeça doía. Parecia quase lembrar de umas coisas, por sinal não muito agradáveis.

 

 

- O que você quer de mim? - falei, baixo e frio.

 

 

- Calma, mortal. Vamos por partes. - sorria a bruxa de Niflheim, maliciosamente. - Hoje estou aqui para esclarecer suas dúvidas. Assim parece ser mais interessante.

 

 

- O que você quer de mim? Apenas responda isso.

 

 

Apanhei o Arco Composto que pegara emprestado da mãe de Lumi. Mas logo a bruxa ergueu uma das mãos, e meu corpo ficava endurecido. Estava petrificado. A Espiritualista, por sua vez, apenas ficava ao meu lado, abraçando meu braço.

 

 

- Calma. Apenas fique calado e me ouça. Estou aqui para contar histórias.

 

 

Não sabia o que ela pretendia. Não conseguia fazer nada a não ser ficar quieto.

 

 

- Por séculos, andei estudando a origem e o funcionamento dos mundos, e ver se ganhava alguma coisa com isso. No princípio, meus estudos baseavam-se basicamente no Gylfaginning e a Edda Saemundi Multiscii, mas havia um sério problema. Essas obras de meros mortais não tinham o que eu queria. - disse frio – Até o dia em que descobri a existência de um tal Völuspá. - sorriu, macabra e satisfeita, ao mesmo tempo.

 

 

- Völuspá...? Mas... - a Espiritualista parecia ter lembrado d'algo.

 

 

- Tola! Não falo do Völuspá ou Völuspá Hin Skamma de Juno! Essas são meras cópias mal-feitas, lixos, que apenas vocês, humanos, vêem como tesouros. Falo do Vösluspá Primordial.

 

 

- Völuspá... Primordial...?

 

 

- Isso. Aquilo, sim, é escrito direto pelos deuses, e narra a história completa, inclusive, do processo detalhado da ressurreição da Völva. - deu um riso fino, de doer os ouvidos. - Estava sob proteção de Hoenir. Deu um enorme trabalho para roubá-lo, mas valeu a pena.

 

 

“Ressurreição”... Essa palavra fez meu coração bater forte, talvez de terror.

 

 

- Com ele, conseguiria poderes nunca antes imagináveis! O próximo passo era escolher alguém que servisse para meus planos. Tinha que tirar algum tolo das mãos do Destino, e que me ajude a tirar outros também. - abria os olhos, agora redondos, de tão entusiasmada – E um certo Lorde servia direitinho. Ele praticamente nasceu pra isso. Seu ódio, sua personalidade distorcida, tudo isso o fazia o candidato perfeito. O matei e ressuscitei de uma maneira especial, e, em Midgard, ele trazia mortos para mim.

 

 

- Impossível... - murmurei. Minha cabeça doía. Muito.

 

 

- Claro que é possível. Não sou tão poderosa que nem os Aesir, mas só precisava impôr alguns limites para que isso seja resolvido. - olhou direto nos meus olhos, sorrindo – como, por exemplo, uma “data de validade”. No seu caso, é menos de 2 meses. Até o dia da sua morte da vida passada.

 

 

- Não! Eu lembro de meu passado! Meus anos como Gatuno, meus companheiros...

 

 

- Tudo não passa de coisas falsas. Inventar memórias para colocar na sua cabeça é simples e fácil.

 

 

Olhava-a espantado, enquanto a bruxa simplesmente apreciava cada expressão de medo ou confusão que apresentava. Era difícil aceitar que, o mundo que conhecia, as pessoas, os acontecimentos, tudo não passavam de meras imaginações, mentiras. E que ia morrer daqui a alguns dias. Não queria acreditá-la, mas a cena do Morroc destruído veio na minha mente, reforçando o que falava.

 

 

- Mas... Draco... - tentei argumentar.

 

 

- Viveu por 30 anos. Isso porque ele conseguiu o que eu queria, então está livre de mim. Assim que conseguiu alguém para substitui-lo, ele passou de um corpo falso para um segundo corpo carnal.

 

 

- ......

 

 

- Ah! Você foi um caso especial. - a amaldiçoada mostrou os dentes, de tão “agitada”, digamos assim – Quando fui procurar você...

 

 

- ... prometeu que eu poderia voltar a Midgard para procurar meus conhecidos e amados... - terminei a frase. Cenas do passado penetravam e furavam a última linha de defesa do cérebro. - ... mas você não cumpriu... - continuei, sem esconder minha raiva.

 

 

- Claro que cumpri. Ninguém disse que não ia tirar sua memória, nem que lhe ressuscitaria somente 30 anos depois, disse?

 

 

- Você... por... que... - minhas mãos tremiam.

 

 

- Porque assim é mais divertido, não é? - respondeu, sorrindo e com cara de óbvio. - Estou cheio desse mundo tedioso e sem novidades, então eu crio algumas.

 

 

Quando percebera, uma Flecha de Prata já tinha sido disparado das minhas mãos. A flecha percorreu um trajeto em espiral, até parar no meio do caminho, como se batesse em uma barreira invisível ali presente; quebrou-se ao meio e caiu no chão. Imediatamente, via uma bola branca um pouco azulada de pura energia na minha frente, e era eletrocutado, jogado para a parede atrás. Sentia dor aguda e paralisia pelo corpo inteiro, como se perfurassem milhares de agulhas na minha pele. O coração parecia receber punhaladas, quase saindo pela boca. Queria contra-atacar, mas já estava petrificado novamente.

 

 

- Não me interrompa. Não acabei a história ainda. - disse a maligna, enquanto deixava os olhos meio-abertos e ria. Um riso desconfortável.

 

 

- M-mas... - embora horrorizada, Lumi tentava argumentar com a bruxa, determinada – Rao já matou alguém no seu lugar! Ele já está livre de sua maldição!

 

 

- Não, tola. O trabalho dele era matar alguém em particular: - parou um pouco, propositalmente aumentando a tensão que sentíamos, vendo-nos num ar estranho – Matar o primeiro possuidor do que eu chamo de Olho de Valquíria que encontrar.

 

 

Olhos de Valquíria...? Assim que ouvira esse nome, meu coração bateu forte, e a cabeça doía. Estava com maus pressentimentos...

 

 

- São pessoas com olhos especiais, e ao mesmo tempo descendentes de linhagens especiais. - continuou – Yngvi, Sindri, Völund, Siegfried, Saemund, Svanild, Signy, entre outros. Como até mesmo vocês, mortais insignificantes, já devem ter percebido, linhagens onde saíram notáveis influentes dos mundos.

 

 

Lumi tremia. Olhava para o chão. Eu não estava sentindo-me bem por isso. Algo estava errado. Muito errado.

 

 

- E como é que vou saber quem é uma dessas pessoas? A chance de encontrar alguém assim é mínima! - eu tentava reclamar.

 

 

A bruxa deu um riso quase orgásmico. Virou-se para mim:

 

 

- Que nada. Até te ajudei a achar uma. Se não me engano, revivi você 45 dias atrás, em Geffen. - virou-se para a Espiritualista – Qual é o seu nome completo, querida?

 

 

...... Silêncio...

 

 

- A partir desse dia... a cor de seus olhos mudaram... - ecoou uma voz feminina dentro de minha cabeça, como se tentassem me relembrar d'algo - ... tinha olhos azuis, um pouco mais escuros, como os de seu pai, mas agora, estão vermelhas...

 

 

O batimento cardíaco disparava-se a mil. Olhava para a garota ao meu lado, que continuava tremendo, cheio de pavor nos olhos. Abriu a boca:

 

 

- ... Lumi... Selene...... - falava lento e baixinho, mas com clareza. Sua voz tremia.

 

 

Dei um breve suspiro de alívio. Apertei suas mãos, tentando acalmá-la. Mas logo dera conta que sua frase ainda não terminara.

 

 

- ...... Yngvi...

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E, como falei, um "guia" para entender melhor o capítulo. O_o''

 

Observação: Algumas referências usadas neste capítulo:

- Forseti: Era o Deus da Justiça e Verdade, o Pacificador que possui um palácio no céu chamado Glitnir. Ele é o filho de Balder e Nanna que jamais disse uma mentira. Os deuses recorrem a ele para a solução de disputas, já que é imparcial.

- Nornas: Clã de 3 deusas cuja função é controlar a sorte, o azar e a providência, quer dos homens quer dos deuses, e zelar pelo cumprimento e conservação das leis que regem as realidades dos homens, deuses, elfos, anões, dragões, etc.

- Urd: Norna Guardiã do Passado. Dentro de suas obrigações está guardar os mistérios do passado e não metaforicamente não fornecer as chaves dos segredos antigos.

- Verdandi: Norna Vigia do Presente. Representa o movimento, a continuidade.

- Skuld: Norna Guardiã do Futuro. Detém o controle de uma das maiores forças do universo: o Destino.

- Heimdall: Guardião da Ponte de Bifrost, o grande arco-íris que leva a Asgard, morada dos deuses. Essa ponte será destruída durante o Ragnarök, batalha que levará ao fim do mundo.

- Arrak: Um dos irmãos, Arrak (Lua) e Asvid (Sol), que foram tirados de Midgard por Odin pela sua beleza e colocados em carruagens, a rodar pelo céu perseguidos pelos lobos Skoll e Hati até o dia do Ragnarok, quando então serão devorados. (Inveja de um deus é impressionante, não? O_o) OBS: eles não são divindades. Nanna era a verdadeira Deusa da Lua, e seu esposo, Balder, Deus do Sol.

- Gylfaginning: Primeira parte da manual de poesia Edda Menor. Descreve a criação do mundo, dos deuses e de suas vidas.

- Edda Saemundi Multiscii: Edda de Saemund, o Sábio, também chamada de Edda Poética ou em Verso. É a mais antiga das Eddas.

- Völuspá: A Profecia da Vidente. Narra a criação dos mundos. Odin ressuscita uma Völva (vidente) e esta lhe conta sobre o início e fim do mundo.

- Völuspá hin skamma: A Profecia Curta da Vidente. Versão menor da Völuspá.

- Hoenir: Deus da Profecia.

- Aesir: Clã de deuses que residem em Asgard. Formam o panteão principal dos deuses, incluindo figuras principais, tais como Odin, Frigg, Thor, Balder e Tyr.

 

Curiosidades:

- Não. Que eu saiba não existe um Völuspá Primordial. Eu inventei isso. =X

- Referências usados nos nomes citados pela bruxa: Yngvi e Sindri, derivações de nome de deuses; Völund, o rei; Siegfried, o herói; Saemund, o sábio que escreveu a Edda mais antiga; Svanild e Signy, valquírias.

- O sobrenome de Lumi, Yngvi, é um derivado de Ing, um nome da mitologia nórdica, o famoso Lord Ing. Na Escandinávia, ele é chamado de Yngvi Freyr, irmão de Freya. No fanfic, a mãe de Lumi veio do Templo de Rachel, então...

- Sobre os Olhos de Valquíria, tirei a idéia das imagens e retratos das valquírias. Vejam com atenção, todos os fanarts de Ragnarok Online e até mesmo algumas poucas artes sobre a própria mitologia nórdica apresentam uma valquíria com cor de olhos diferentes. Engraçado é que, um dos olhos é sempre vermelha (azul e vermelha, verde e vermelha, etc...). Não estarei escrevendo e explicando muito sobre eles, inclusive o por quê dos olhos de Lumi serem ambas vermelhas. Provavelmente explicarei num possível fanfic no futuro, se é que vai existir. =P

 

Fico novamente agradecido pela atenção. Críticas e sugestões muito bem-vindos. ^_^

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Parabens Raquete!! Não sei porque você disse "longo e chato", porque esse capítulo está longe (MUITO longe) de ser chato. E realmente, deixa muita vontade de saber o que vai acontecer no próximo....O único problema continua sendo uns errinhos de português... x_x  Mas isso não atrapalha a história. Eu é que sou muito chato. ¬¬.....

- O sobrenome de Lumi, Yngvi, é um derivado de Ing, um nome da mitologia nórdica, o famoso Lord Ing.
 OMG!! Não sei se você já jogou Metroid, mas no Metroid Prime 2, o nome da raça de monstros inimigos é Ing. Será só coincidência? (nossa nada a ver... -.-')
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Aeeeeeeeeeeeee!! Rao e Lumi finalmente pombinhos!! Tava torcendo por isso. [/heh] Conseguiu denovo Raquete, ficou bom demais! Realmente, de chato não teve nada!Em algumas partes me lembrou Matrix (xD) e adorei a cena do beijo... ficou bem leve e muito boa.

Gostei também da idéia dos Olhos de Valquíria e a Lumi ser portadora... Quero ver como o Rao vai se livrar da maldição agora. x__x' Abração. o/

 

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10/10 ?

 

Perfeito *-*.

 

Realmente, capítulo grande, mas maravilhoso.

Diferente do que acontece hoje em dia, quando a história perde a graça depois que sabemos o que está acontecendo, eu fiquei ainda mais interessado.

Parabéns pelo trabalho de pesquisa e pela trama muito bem feita.

 

Parabens Raquete!! Não sei porque você disse "longo e chato", porque esse capítulo está longe (MUITO longe) de ser chato. E realmente, deixa muita vontade de saber o que vai acontecer no próximo....

Obrigado pelos comentários! =D

 

O único problema continua sendo uns errinhos de português... x_x  Mas isso não atrapalha a história. Eu é que sou muito chato. ¬¬

É, eu sei. Você não é chato não, eu que sou ruim em gramática. xD

Vou tentar melhorar nisso, mas pelo jeito vai demorar mais um pouquinho... x_X

 

 

- O sobrenome de Lumi, Yngvi, é um derivado de Ing, um nome da mitologia nórdica, o famoso Lord Ing.
 

OMG!! Não sei se você já jogou Metroid, mas no Metroid Prime 2, o nome da raça de monstros inimigos é Ing. Será só coincidência? (nossa nada a ver... -.-')

 

Não. Nunca joguei Metroid. Malz a ignorância. xD

Os velhos nórdicos passaram a chamar seu Deus da Paz e Fertilidade de Lord Ing, um jeito mais respeituoso para não falar seu nome direto. Há relatos de que a palavra Ing possa ter origens no Ingwaz, na língua germana antiga, que possivelmente significa "Ele, o principal/tudo" ( "He who was the formost" ). Como disse anteriormente, na Escandinávia, ele é chamado de Yngvi Freyr. Curiosamente, a palavra Freyr também tem seu significado semelhante a "Lorde". Porém, Frey (Freyr) só foi usada pela primeira vez em 1843, numa literatura inglesa. Antes disso, somente histórias e poesias passadas contados com a boca. (Aí o importante papel dos Bardos, não? =])

 

 

Aproveitando o post, fazendo aqui um mini-enquete / pesquisa de opiniões:

1. Nos próximos poucos capítulos, vocês preferem o estilo com uso "abusivo" de termos específicos, acompanhado por um "mini-guia", que nem eu fiz no capítulo 7, ou simplesmente o mais "light" possível?

2. Críticas e sugestões em relação a como é contado a história? Algum lugar ficou confuso demais? complicado demais? Repeti palavras demais?

Aguardo respostas. ^_^ 

 

 

Já tenho uma idéia de como terminar a fic, só estou meio duvidoso na sua "transição", digamos.

Vou demorar um pouquinho para acabar o próximo capítulo.

Muito obrigado pelo apoio e atenção. ^_^

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Aeeeeeeeeeeeee!! Rao e Lumi finalmente pombinhos!! Tava torcendo por isso.

 

Conseguiu denovo Raquete, ficou bom demais! Realmente, de chato não teve nada!

Em algumas partes me lembrou Matrix (xD) e adorei a cena do beijo... ficou bem leve e muito boa.

 

Gostei também da idéia dos Olhos de Valquíria e a Lumi ser portadora... Quero ver como o Rao vai se livrar da maldição agora. x__x'

 

Abração. o/

 

 

 

 

 

Opa, tava escrevendo o reply aqui e você postou. xD

Já Matrix... não tive essa intenção, mas parece que lembrou mesmo. lol O_o

Hum... será que ele se livra dessa maldição mesmo? E como? ( barra mal =P )

Valeu! ^_^

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Não. Nunca joguei Metroid. Malz a ignorância. xD
 Hmmm... Vejamos....
Os velhos nórdicos passaram a chamar seu Deus da Paz e Fertilidade de Lord Ing, um jeito mais respeituoso para não falar seu nome direto. Há relatos de que a palavra Ing possa ter origens no Ingwaz, na língua germana antiga, que possivelmente significa "Ele, o principal/tudo" ( "He who was the formost" ). Como disse anteriormente, na Escandinávia, ele é chamado de Yngvi Freyr. Curiosamente, a palavra Freyr também tem seu significado semelhante a "Lorde". Porém, Frey (Freyr) só foi usada pela primeira vez em 1843, numa literatura inglesa. Antes disso, somente histórias e poesias passadas contados com a boca. (Aí o importante papel dos Bardos, não? =])
 Seria isso ignorância? O.o Eu não acho. ^_^ [/heh]Agora às suas perguntas:
1. Nos próximos poucos capítulos, vocês preferem o estilo com uso "abusivo" de termos específicos, acompanhado por um "mini-guia", que nem eu fiz no capítulo 7, ou simplesmente o mais "light" possível?
Eu até gosto muito do "abuso" de termos, como o (não tão abusivo) que aconteceu no capítulo 7. Mas acho que se for assim em todos os capítulos, pode se tornar algo enjoativo. Tipo... Excesso de informação? Bem, eu acho que você deveria continuar a colocar as referências aos Nórdicos na história, já que isso é algo que (pelo menos para mim) é muito interessante. Mas elas deveriam ser usadas apenas com mais moderação. De forma de que não seja nescessário um guia no final da história. Na verdade, até é bom a aparição do guia, mas ele seria menor e menos frequente entende? Essa é a minha humilde opinião. =)
2. Críticas e sugestões em relação a como a história é contada? Algum lugar ficou confuso demais? Complicado demais? Repeti palavras demais?
Acho que nenhuma né? ^_^ Seu trabalho está ótimo mesmo! Ah se eu criasse coragem pra fazer a minha Fic...
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Não. Nunca joguei Metroid. Malz a ignorância. xD
 

Hmmm... Vejamos....

Os velhos nórdicos passaram a chamar seu Deus da Paz e Fertilidade de Lord Ing, um jeito mais respeituoso para não falar seu nome direto. Há relatos de que a palavra Ing possa ter origens no Ingwaz, na língua germana antiga, que possivelmente significa "Ele, o principal/tudo" ( "He who was the formost" ). Como disse anteriormente, na Escandinávia, ele é chamado de Yngvi Freyr. Curiosamente, a palavra Freyr também tem seu significado semelhante a "Lorde". Porém, Frey (Freyr) só foi usada pela primeira vez em 1843, numa literatura inglesa. Antes disso, somente histórias e poesias passadas contados com a boca. (Aí o importante papel dos Bardos, não? =])
 

Seria isso ignorância? O.o Eu não acho. ^_^ >
Eu até gosto muito do "abuso

Okies. Se bem que nos próximos capítulos nem dão pra colocar taaantos nomes estranhos assim. xD

O resto... hum... nem vou comentar... almost-spoiler detected. =X 

 

Ah se eu criasse coragem pra fazer a minha Fic... 

Faz aí. Quero ler. =D

 

 

Aproveitando o post, alguns avisos: 

Vou demorar um pouco mais do que o previsto para o próximo (penúltimo) capítulo, quem sabe outras 2 ou 3 semanas. 

Testando umas coisinhas novas, nem sei se vai dar certo. Aguardem.  ^_^

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