O que é uma Guerra?

[Coroinha Mor]

Madrugada de sábado, botas limpas, armaduras polidas e armas bem afiadas, estoque de poções no limite do peso. De longe já se escutava o ressoar dos tambores, estava tudo pronto.

 

Em marcha lenta, perfeita sincronia com o som da percussão, blocos de cinquenta recrutas, servem como escudo de carne. Os melhores estão na fileira de trás.

 

Nascia o sol, e o vento soprava contra, nada que atrapalhasse a marcha, mas fazia sentir o cheiro da ansiedade e medo que escorria pelas pernas do front. Temiam a morte.

 

A hora combinada se aproximava. Estavam todos estáticos, a espera do inimigo aparecer, aumentava o nervosismo. Seu líder surge lá do fundo, montando um Grand-Peco circula os blocos, gritando palavras de ordem e inspiração.

 

Os tambores aumentam a frequência, o coração dos soldados dispara, no horizonte avistam a primeira flâmula dos adversários. O sol que nascia em frente dourava a planície, alongava as sombras dos soldados inimigos e por fim ofuscava quem vinha do oeste.

 

Além da percussão, nada mais se ouviu. Empunhavam suas armas com força e acreditaram por um segundo serem invencíveis. O ritmo dos tambores aumenta, e um grito de ordem ecoa por todo o campo, chegou a hora.

 

Com a infantaria correndo para a morte, os arqueiros se ajoelham aguardando a distância mínima para o disparo.

 

A chacina começa, e o céu escurece com as flechas caindo de ambos os lados. Felizmente a aura sagrada favoreceu, e agora a cavalaria poderia avançar para dizimar a infantaria inimiga que sobrara.

 

Ofuscados, não viram que o inimigo usou da mesma estratégia e durante a confusão do embate mandou por fim seus cavaleiros, favorecidos pela montaria decapitavam um a um.

 

Fez-se necessário um recuo, não significava a derrota, porém os arqueiros não conseguiam mirar com o sol naquela posição. Estava clara agora a malícia usada pelo inimigo, e a ordem para recuar e reagrupar foi à tempo.

 

Restavam menos homens, em comparação com os adversários. Estavam desmotivados e feridos, mas agora era vida ou morte. O líder ordenou um reposicionamento estratégico, para que a infantaria caminhasse de lado e a cavalaria acompanhasse por trás, os arqueiros permaneceram posicionados para conter o avanço inimigo.

 

O inimigo surpreendeu novamente, vindo por trás, flanqueou os atiradores um a um. Permitindo agora o avanço, e foi o que aconteceu.

 

Porém, o que os adversários não esperavam, é que a conjuração das magias em área estavam no fim, um arquimago representando cada elemento daria cabo de todos em um único ataque. E foi exatamente o que aconteceu, na falha do avanço inimigo, morre o professor que os protegia e as magias dizimam todos os restantes.

 

Esse embate durou 30 segundos.

[Coroinha Mor]

Com a vitória confirmada, contados os sobreviventes, padres e alquimistas recuperavam-os como podiam. Recolhemos nossos mortos, e a cerimônia da passagem é preparada.

 

Sobre nossos inimigos, identificamos seu general morto, amarramos em um Pecopeco e com um tapa foi mandado como aviso de onde ele veio. Os outros soldados mortos, foram empalados por todo o campo, para que não ousem desafiar-nos novamente.

 

Recuamos para o acampamento, e os líderes se reuniam para determinar o futuro de nossa investida. Não podíamos voltar sem a conquista da pedra dourada, estávamos tão próximos. Porém com poucos homens, e sem qualquer atirador, perderíamos a vantagem da distância e o avanço inimigo seria facilitado.

 

Enviamos um batedor junto com os gravemente feridos de volta a nosso domínio, era preciso um novo recrutamento, ou reforços de aliados. Passaram-se quatro dias.

 

No quinto dia, a marcha rápida vinda do ocidente anunciava nossos reforços. A tenção de um ataque inimigo dava lugar ao alívio de sermos agora mais numerosos.

 

Um dia de preparo foi necessário para saber as condições desse novo exército, e como iríamos agir com aquele contingente. Planejava-mos a grande invasão, e não se chegou a qualquer consenso, de como proceder diante da incrível fortificação inimiga.

 

Nenhum sinal de nossos oponentes, teríamos dizimado toda a população? Avançamos novamente durante a madrugada, era sexta-feira, os corpos putrefatos empalados pelo campo fediam a distância, passamos por eles em direção a fortaleza inimiga.

 

[Finalizo depois, continua]

Editado Junho 2, 2017 por Coroinha Mor

[Coroinha Mor]

Reserva para o possível final.

[Hela]

Adorei o método de escrita, soa quase como um poema, e, acho que todos sabem que eu amo poemas.

 

Isso me lembra que assim deveriam ser as WOE's ='), ainda tenho esperança de que um dia cada classe entre no seu cada qual e cada uma desempenhe com maestria sua função.

 

 

[Karasu]

.... ficou muito bom!! tão bom que consegui imaginar cada cena escrita em minha mente ... quero o final ^^

[Taichi ~]

acho que todos sabem que eu amo poemas.

 

20caractereschatosparaumcaramba

[Hela]

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20caractereschatosparaumcaramba

 

É só clicar na página dois e vai ver que quase todas os posts são meus e quase todas são poemas =P. Além de um dos tópicos fixos **criados por mim** ser "poste um versinho aqui"...

[Kaeus]

Parabéns rapaz, ficou muito bem descrito. O modo como escreveu me fez ficar ansioso a cada parágrafo para saber o que ia acontecer em seguida.

[Jooken]

Isso me lembra que assim deveriam ser as WOE's ='), ainda tenho esperança de que um dia cada classe entre no seu cada qual e cada uma desempenhe com maestria sua função.

 

Deveria experimentar a WOE TE, garanto que é mais próximo desse texto que tu possa imaginar

 

(Primeira vez que uso /quote, acho que n vai funcionar direito :c)

 

Edit1: HAHAHA CONSEGUI!

 

Edit2: Se tiver interesse em experimentar, manda inbox que te faço um convite formal e especial

Editado Junho 7, 2017 por Jooken