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[Fanfic] Sagrado


Truuh

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satanas.jpgMaldito assim não da vc ta me deixando mais ansioso para o proximo capitulo :D, Bem legal continua a história maninhu .

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK amei o meme, sério, ri bastante. A intenção é essa, essa ansiedade é proposital, faz parte do meu estilo de escrever (sempre gostei de ler histórias assim, espero que esteja ficando legal a minha história neste estilo). Até sexta posto outro capítulo. Se você ta achando que tem suspense aguarde os próximos capítulo, aí sim vc terá suspense de verdade.
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Cade você meu fio?

Me desculpe kkkkkk É que minhas aulas na faculdade voltaram (acabou a greve aleluia) farei o possível para postar com maior frequência (tô sem internet em casa ainda triste isso...).Bem aí vai o mais novo capítulo, espero que gostem ;)------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Capítulo 6

 

1 ano atrás.

 

Álcool.

 

Delicioso, perigoso. Entre Sograts Tropicais e

Escarlates Praianos, Iohan e Rockfeller se divertiam como nunca, há muitos messes

não tinham tempo para se divertirem. Conversavam, riam e cantavam, porém toda

essa alegria não podia tirar uma preocupação que incomodava os dois: Como o

senhor das trevas conhecia Iohan há 13 anos? Seria uma mentira do demônio? Discutiam

esse assunto em um canto reservado do bar, e entre vinhos e sucos variados e

petiscos como carne de pecopeco assada o assunto fluía.

 

 

 

- Não sei de nada Rock, mas onde tem fumaça tem

fogo. – Falou Iohan em um pensamento alto.

 

 

 

- Amigo nós vamos investigar isso a fundo e por

onde você quer começar isso?

 

 

 

- Acho que pesquisando sobre a criatura e sobre meu

passado, conversar com minha família e ver no que dá. Essa é a ideia a

princípio. Enquanto isso vamos descansar, Garçom outra rodada de vinho de mastela.

 

 

 

No raiar do outro dia os dois amigos cantores foram

embora, Rockfeller estava completamente bêbado, Iohan não bebia bebidas

alcoólicas, ele tinha ódio de bebida por conta do que vivenciou, mas não se

importava em carregar o amigo bêbado.

 

 

 

Os dois foram em direção a Prontera, o

teletransporte parece que não fez muito bem a Rock, a primeira coisa que fez ao

chegar à cidade foi vomitar dentro do carrinho de uma Bioquímica rica. Iohan

teve que comprar todas as poções vomitadas da Bioquímica.

 

 

 

- Que nojo Iohan, você comprou as poções que eu

vomitei em cima?

 

 

 

- É só lavar e é isso que você vai fazer. – Zombou

Iohan.

 

 

 

- Ah Putz!

 

 

 

- E nós estamos atrasados, temos uma reunião com o

padre Bamph.

 

 

 

Os dois correram esbarrando nas pessoas nas ruas

para chegar a tempo. Prontera, estava cheia como sempre, atrapalhando os dois

amigos. O relógio preciso de Iohan já mostrava, 10:45hrs. Estavam atrasados em

quase uma hora!

 

 

 

- Padre Bamph nos desculpe, atrasamos um pouquinho.

 

 

 

- Tudo bem meu filho, mas... Que cheiro de vomito é

esse? – Perguntou padre Bamph.

 

 

 

- Me desculpe senhor, passei mal com o

teletransporte e...

 

 

 

- Não precisa explicar. E o Senhor das Trevas?

 

 

 

- Derrotado. Não nos incomodará por um bom tempo, mas

uma coisa me intrigou padre. O monstro disse que me conhece, disse que sou um

amigo de longa data. - Perguntando Iohan.

 

 

 

- Como ele sabe quem você é? Não faz sentido! –

Disse rápido demais o Padre.

 

 

 

- Bem, padre, isso é que eu gostaria de saber.

Posso ter acesso à parte restrita da biblioteca de Juno sobre os demônios? Gostaria

de dar uma pesquisada e...

 

 

 

- Você não vai pesquisar nada! – Respondeu com

ímpeto o Padre. – Você não deve chegar perto daqueles arquivos. Agora já que

conseguiram derrotar o Senhor das Trevas, é só, podem ir embora.

 

 

 

- Mas Padre Bamp... - Perguntou Rockfeller.

 

 

 

- Fora! Já! – Praguejou o clérigo.

 

 

 

Depois que os dois guerreiros saíram, Bamph discou

um número no velho telefone de seu escritório. Depois de três toques o telefone

foi atendido.

 

 

 

- Nunca queria ter feito essa ligação. – Falou o

padre.

 

 

 

- E eu nunca queria tê-la atendido. – Respondeu a

voz de uma idosa.

 

 

 

Iohan e Rockfeller saíram da catedral e foram para

a casa de Iohan. A casa de Iohan ficava na periferia de Prontera, era uma casa

simples. Seus pais estavam em missão e sua irmã Natalie treinando nos zumbis

prisioneiros, ela era uma excelente templária, dedicada e altiva. Foram para

uma sala reservada. Já conversavam havia uma hora desde que chegaram.

 

 

 

- Aquela desconversada do Bamph não engana ninguém

Iohan, por que será que ele não quer que você vá a Juno? Meu instinto me diz

que tem caroço nesse angu.

 

 

 

- Ele sabe de alguma coisa, minha família não está

aqui, quero ver o que eles sabem. Terei que ir para Juno por minha conta,

conversar com meus contatos para me infiltrar na biblioteca, na ala restrita e tentar

descobrir algo que conecte eu ao Senhor das Trevas há 13 anos. E também... –

Iohan foi interrompido por um barulho estranho vindo da cozinha de sua casa.

 

 

 

Fez sinal para Rockfeller e foram até a cozinha e foram

surpreendidos por uma mina de justiceiro que explodiu na cozinha da casa de

Iohan.

 

 

 

- Corre Rock! Kyrie Eleison!! Busque ajuda! –

Gritou o clérigo, que estavam sendo atingido por muitos tiros, mas sua defesa

brilhante o protegia.

 

 

 

Rockfeller conseguiu sair da casa a tempo e correr

para chamar ajuda. Outros barulhos, tiros destruindo a casa de Iohan. O som das

balas atingindo o piso, os móveis e louças da cozinha era ensurdecedor, Iohan

escondeu-se atrás da geladeira destruída. A casa de Iohan virou uma peneira da

quantidade de tiros que estava sendo atacada. Ele não fora atingido por nenhum projétil

por conta de sua habilidade de proteção. Iohan conseguiu encontrar a origem dos

tiros, o barulho do cano da metralhadora gatling girando freneticamente

denunciou o local de origem, um justiceiro posicionado no telhado do vizinho.

Iohan saiu de casa e foi em direção do justiceiro que acabara de atacá-lo.

 

 

 

- Ei você! – Gritou Iohan saindo de sua casa.

Outros tiros. Iohan invocou uma esfera esverdeada que bloqueou os projéteis e

viu o justiceiro correndo dele, o atirador corria por sobre os telhados das

casas em direção a muralha de Prontera.

 

 

 

Iohan se teleportou para perto do justiceiro que sacou

revólveres e girou rapidamente atirando ao seu redor em um ato de desespero. Em

seguida saltou para a muralha. Iohan bloqueou novamente com seu escudo de mana

e arremessou sua grande cruz nas costas do atirador, atingindo-o fortemente, o

fujão caiu dando tempo de Iohan teleportar novamente para perto dele.

 

 

 

- Diminuir Agilidade!! – Iohan invocou uma brisa que

atrasou o justiceiro, Iohan o capturou a tempo, segurando seus ombros tentou

interrogá-lo.

 

 

 

- Quem é você? Por que tentou me matar? Para quem

você trabalha?

 

 

 

O justiceiro começou a convulsionar e a espumar a

boca logo após que Iohan o capturou, era um mercenário suicida, não adiantava

mais nada. Rockfeller chegou logo depois com ajuda da cavalaria.

 

- Mercenário suicida, ele mordeu uma cápsula antes

que dissesse alguma coisa. Mas por que tentaram me matar?

 

 

 

Olhando para o defunto a sua frente, uma marca lhe

chamou atenção, uma lótus, tatuada na testa do morto. O que diabos era aquela

tatuagem?

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De nada! Gostei porque você é bem periódico *-*. Minha fic nem pode ser assim, porque só posso escrever quando tenho tempo, e ninguém está mais acompanhando mesmo =(

Abraços!

Eu sou periódico por causa de vocês que acompanham. E você! Eu estou acompanhando sua fanfic, estou esperando a semanas capítulos novos e nada? Eu acompanho viu?
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Bem, resolvi postar três caps de uma vez por q não sei qdo vou acessar a internet novamente, provavelmente consiga restabelecê-la logo, espero que gostem, lá vai capítulos 7, 8 e 9 ^^----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Cápitulo 7

 

12 anos atrás.

 

Luz.

 

Branca, espectral. Era o que se via no quarto em um

único instante, somente luz. Vagarosamente a luz diminuía sua intensidade e

revelou-se na forma de um rosário luminoso que prendia fortemente o corpo de

Iohan, que flutuava sobre a cama, impedindo que os demônios se libertassem. O

menino se contorcia inteiro, tentando-se se libertar.

 

 

 

- Solte-nos! Solte-nos! – Gritava a legião

demoníaca desesperada. O rosário feito de luz queimava os demônios.

 

 

 

- Pelo poder antigo dos deuses, eu expulso cada um

de vocês, legião maligna, do corpo desta criança inocente. Eu consagro a vida

desse menino ao sagrado, nunca ao sombrio. Que ele seja selado pelas cinco

virtudes luminosas. Guie-o Odin e não o deixe cair nas armadilhas do mal. –

Gritou Margaretha tirando o véu de cima de um cálice que trazia em suas mãos. –

Que reine a luz, em nome de Odin. - Fazendo o sinal da cruz com o cálice em

mãos, o conteúdo do cálice era uma água cintilante como diamante. – Amém! – O

movimento brusco de sua mão jogou aquela água milagrosa sobre o corpo da

criança.

 

 

 

- Não! – Bradaram fortemente os demônios.

 

 

 

O corpo do menino esticou-se bruscamente, arrebentando

as correntes que o prendiam a cama em milhares de pedaços de ferro

ensanguentado. O rosário luminoso que o envolvia dissipou-se, cintilando no ar.

Depois, surgiu no seu ventre um pentagrama brilhante de cor escarlate. Vultos

malignos saiam de dentro do pentagrama, mil vultos negros.

 

 

 

- Não deixem eles saírem, Magnus Exorcismus!! –

Gritou Margaretha usando sua habilidade exorcística, esmagando a gema azul que

tirou do bolso de sua saia.

 

 

 

A luz do rosário desfez as gavinhas de trevas que

prendiam os clérigos e a mãe de Iohan. Os clérigos rezavam exorcizando os

demônios, cada magia que invocavam surtia efeito poderoso sobre as

manifestações sombrias. À medida que os vultos saiam, o pentagrama sumia e se

formava no chão, em volta da cama, uma chave de Salomão. A chave impedia os

demônios de saírem do redor da cama. Outra chave menor, igual à anterior,

formava-se no ventre de Iohan, o que impedia os demônios de voltarem ao seu

corpo.

 

 

 

Quando a chave se formou completamente todos os

demônios foram atingidos por uma onda luminosa, os mil espíritos demoníacos

foram obliterados por uma luz tão pura que os fez sumir definitivamente dali.

Essa mesma luz envolveu o garoto, curando seus ferimentos, restabelecendo sua

saúde. A luz da chave vagarosamente dissipava-se fazendo o corpo do menino

relaxar e descer até sua cama. Durante a tentativa da legião de se libertar o corpo

do menino flutuava e se debatia, agora jazia calmo sobre seu leito.

 

 

 

- Acabou. – Suspirou Margaretha.

 

 

 

O sorriso de todos que estavam ali refletia o

sucesso, o menino dormia tranquilamente, seu corpo antes castigado agora estava

como antes da possessão, um garoto saudável e corado. As palmas, as risadas e

gritos de alegria surgiam por parte de todos. Os pais do menino estavam

radiantes, Natanael veio o mais rápido que podia com sua filhinha no colo.

 

 

 

- Graças aos deuses! Obrigado a todos! – O pai

chorava de alegria, feliz como nunca. – Aqui Natalie, seu irmãozinho está aqui.

 

 

 

- Papai ele ta bem? – Perguntou à pequena.

 

 

 

- Agora ele está. Fique com ele um pouquinho meu

bem, papai e mamãe vão levar esse povo até a porta ta?

 

 

 

Já na sala da casa da família Cross, Natanael e

Rosa agradeciam a cada clérigo que participou do exorcismo.

 

 

 

- Margaretha, eu não tenho nem palavras para o

tamanho da dívida que esta família tem contigo e todos que estão aqui. – Exclamou

Rosa aliviada.

 

 

 

- Obrigado Rosa, como sumo-sacerdotisa é mais que

minha obrigação. – Disse a exorcista.

 

 

 

- Eu só tenho uma pergunta, ele vai se lembrar do

que ocorreu? – Perguntou sério o pai.

 

 

 

- Nunca se lembrará do que aconteceu, os exorcismos

apagam as memórias dos exorcizados, é como se ele tivesse dormido o tempo todo.

- Afirmou Padre Bamph, exausto do exorcismo.

 

 

 

- E algum dia isso pode vir a acontecer novamente?

Que os deuses livrem e guardem! – Exclamou Rosa.

 

 

 

- A chave manterá Iohan selado, ele não será mais

possuído por nenhuma entidade. – Afirmou Margaretha. – O poder dos deuses o

protegerá por onde quer que ele vá.

 

 -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

Capítulo 8

 

5 anos atrás.

 

Vida.

 

Tênue, frágil. Algo que escapa pelos dedos do

destino e cai no abismo eterno da morte, irrecuperável. Morrer jovem nunca

esteve nos planos de Iohan. Acorrentado e sofrendo inúmeros ataques daqueles

monstros ele emergiu nos pensamentos, por um segundo, um único segundo, sua

vida passou por seus olhos. A alegria e o amor haviam sido tomados pelo ódio a

seu pai, a sede de poder, a vontade de vencer. Tudo que sofreu até ali veio em

sua mente, toda a rejeição paterna, a rejeição da sociedade, o preconceito, as

agressões físicas, tudo veio em rajadas de lembranças. As lágrimas fluíam em

seu rosto. Tudo ficou escuro, como se o mundo fosse só silêncio e escuridão. Paz.

 

 

 

Um borrão de luz em seus olhos o despertou do

desmaio. A luz que desenhava no chão uma cruz entalhada emanava energia e

aumentava a cada instante. No fim três figuras angélicas surgiram sobre o agrupamento

de monstros que cobriam Iohan sendo repelidos fortemente por uma onda mágica

vinda dos céus. A luz libertou Iohan, quebrando as correntes que o aprisionavam

e exterminando os monstros que ali estavam, exorcizado-os completamente. O

garoto sentou-se no chão e começou a pensar, maravilhado. Como fora salvo

daquela sina? Fora interrompido por um Dullahan que o avistara. Enquanto

acertava o monstro com sua arma ele refletia imerso nos pensamentos de como

havia se salvado.

 

 

 

- “Eu nunca conseguiria matar todos aqueles

monstros com uma onda mágica, não tenho poder arcano para isso, nunca

desenvolvi minha inteligência arcana a esse ponto. Nem sou bom para exorcizar,

como isso foi acontecer? Só pode ter sido um milagre.”.

 

 

 

O jovem garoto adentrava a vila, combatendo mais e

mais monstros malignos. Já haviam passado mais de nove horas que havia entrado

na vila e não parara para dormir ou se alimentar, a vila fedia tanto que

embrulhava seu estomago a ponto de não querer comer absolutamente nada. Ao

chegar perto da saída vila, avistou muitos monstros cercando o portão que ia

para Nifflheim. Se lutasse contra eles morreria na certa, não estava disposto a

cometer o mesmo erro duas vezes.

 

 

 

Escondido, sorrateiramente usou magias de proteção

e se preparou. Ao correr todos os monstros ao redor do portão foram em sua

direção, desta vez estava preparado, não seria pego de surpreso. Pelo menos é o

que achava. A cada passo perto do portão sua defesa ameaçava se romper, por

conta dos inúmeros ataques, não poderia desistir, estava chegando.

 

 

 

Cada passo era precioso, atrás dele estavam vários

monstros que tentavam acertá-lo. Mais uma vez o escudo ameaçou quebrar, o

desespero tomou conta de sua mente, lembrou-se da cena da quase morte que

tivera. Quando, como num choque, lembrou-se das gemas azuis em sua sacola e

jogando uma delas no solo, a uns cinco passos do portão, ele criou um santuário

que repeliu aqueles monstros por poucos instantes, suficientes para renovar sua

proteção e passar pelo portão. Fechou o portão rápido o suficiente para prender

seu manto nele. Rasgando parte do manto sacerdotal que estava presa finalmente

sentou-se. Quase. Quase fora pego novamente por um aglomerado de monstros. Não

queria arriscar novamente como havia feito mais cedo.

 

 

 

Iohan atravessara para um local muito mais perigoso

e tortuoso que o anterior, o perigoso Vale de Gyoll, um absimo profundo que

leva a Nifflheim.

 

 

 

Depois de descansar iria procurar o famoso hotel

dos mortos e lá pernoitar enquanto não estivesse forte o suficiente. Não muito

diferente de Skellington, o vale era repleto de demônios e mortos-vivos com

presença de alguns monstros diferentes e mais fortes. Seriais killers,

assassinos que depois de mortos foram jogados no vale com o intuito de afastar

mortais, suas sedes de matar os alimentam. Aventureiros cansados das lutas na

vila sombria garantiam sempre carne fresca para suas facas enferrujadas

cortarem. As Loli Ruris, bruxas demoníacas disfarçadas de meninas inocentes,

montadas em seus astros flutuantes com seus bichos de estimação, uma prole de morcegos

e um gato preto, caçam aventureiros por causa de seu sangue, a fim de

realizarem seus rituais na tentativa de escaparem da prisão eterna em Gyoll. Os Ludes,

espíritos guias, guiam almas recém-chegadas com suas lanternas de abóbora até o

mundo dos mortos, repudiam os vivos na tentativa de proteger o reino fúnebre.

 

 

 

O vale era extenso e só havia um jeito de

atravessá-lo: pelo abismo. Iohan não teve tempo de descansar, os monstros já

haviam sentido sua presença. Iohan lutava, derrotando aos poucos os monstros

que incansavelmente surgiam, seus ataques com sua arma eram ágeis e

esquivando-se dos golpes dos seres das trevas conseguia se manter firme, porém

não conseguia descansar direito. Iohan estava exausto das lutas, sua maça

parecia cada vez mais pesada, não aguentaria muito. Poucos eram os momentos de

descanso e para piorar suas energias já não recuperavam normalmente. Sua mana

estava se esgotando e restavam-lhe três poções brancas, o suficiente para

mantê-lo forte para mais um combate somente.

 

 

 

Já no fim da passagem rumo a Nifflheim, ele

atravessou tranquilamente o portão surpreso por não haver um monte de monstros

a sua espera. Até se alegrou por uns instantes. Só por uns instantes. Na

entrada de Nifflheim, lá estava um dos monstros mais terríveis de Midgard, ao

vê-lo Iohan estremeceu, arrepiou-se. Ele via nitidamente as Trevas brotarem

daquele imortal. Sua imagem branca e assustadora, montado num cavalo tão

sombrio quanto seu cavaleiro, com seu escudo e lança em mãos já pronto para o

que se sucederia instantes depois. Cercado pela aura da morte lá estava o

paladino branco, o Senhor dos Mortos.

 

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Capítulo 9

 

1 ano atrás.

 

Juno.

 

Mágica. Simples assim. Todas as vezes que Iohan ia

àquela cidade ficava maravilhado como na primeira vez que fora. Logo depois do

atentado que sofrera, tratou de ir o mais rápido a Juno. Estava na biblioteca,

enclausurado em meio a pilhas de livros, procurando, pesquisando. Rockfeller

como sempre, estava enfiado em algum bar, com cerveja, música e mulheres. Ele

esticou a coluna e a estralou. Havia quantas horas que estava ali? Dez? Onze? O

que achou foram somente descrições sobre o poder do Senhor das Trevas e como voltava

sempre que morria, alguns desenhos, só. Havia feito cópias de desenhos e marcas

descritos por um grande arcebispo, vários desenhos lhe chamaram a atenção. Resolveu

sair por um instante e avistar o céu iluminado da noite de Juno. Imaginando se

conhecia algum livro que o ajudaria na sua pesquisa sobre o Senhor das Trevas,

ele sentiu o ar tremular levemente ao seu redor. O ar de fato tremulou, mas só

os guerreiros mais experientes teriam percebido.

 

 

 

- Revelação – Disse somente com os lábios sem

pronunciar as palavras e a luz que o rodeou expôs e atingiu a algoz que estava

prestes a lhe matar. Rapidamente sacou sua maça e foi para cima da assassina

treinada. Ela bloqueou seus ataques e perfurou oito vezes seu abdômen com

agilidade impressionante. O sangue jorrou fresco no chão dando tempo somente

dele cair de joelhos antes de sentir sua jugular sendo cortada com a katar. Seu

sangue escorreu em sua batina surrada.

 

 

 

A assassina chutou seu corpo, fazendo ele cair de

bruços, limpou suas armas virando-se por um instante. Um instante. Ela foi

atingida fortemente na nuca, não teve tempo de reagir. Foi pega de surpresa. Segurando

o local das lacerações e prendendo a algoz entre suas pernas e com a mão livre

envolta do pequeno pescoço dela, perguntou:

 

 

 

- Por que você quer me matar? Para quem você

trabalha?

 

 

 

Ela sorriu e convulsionou até morrer, o sorriso de

escárnio fixou-se em seus lábios eternamente, frio, morto. Ele se levantou

curou parcialmente as feridas, ia precisar suturá-las, investigou o corpo da

algoz, havia uma foto sua em sua bolsa de viagem, mantimentos, água... Quando

algo lhe chamou a atenção era a tatuagem no braço esquerdo da morta em sua

frente, era uma lótus complexa, bonita e vermelha. Era muita coincidência ou

aquela lótus era a mesmo desenho que estava na testa daquele outro assassino de

aluguel que ele havia pegado em Prontera?

 

 

 

Claro que não era coincidência, com a katar que

havia cortado seu pescoço, ele arrancou a tira de pele com a tatuagem envolveu

em um lenço que trazia em seu bolso e fugiu.

 

 

 

Os pensamentos foram clareando enquanto tomava uma

longa ducha, o sangue escorria mostrando as lacerações suturadas, ela o havia

cortado feio mesmo. Quando saiu do banho, vestiu suas roupas e pagou a conta do

hotel. Foi até o bar mais próximo, lá estava Rockfeller, deplorável, ao lado de

duas mulheres, gargalhando enquanto bebia cerveja a revelia.

 

 

 

- Rock. Vamos agora.

 

 

 

- E deixar essas *soluço* belas mulheres aqui

esperando? – Perguntou o bêbado.

 

 

 

- Agora. – Jogando uma gema azul no chão, Iohan

puxou o amigo para o vórtex azulado e estavam em Morroc. Rock vomitava

energicamente na areia, furioso por ter sido tirado a força de uma boa farra.

 

 

 

- Escuta aqui você não tinha o direito de me tirar

de lá ouviu bem? *soluço*

 

 

 

- Tentaram me matar de novo. Na biblioteca. – Disse

secamente o sumo-sacerdote. Já caminhando em direção ao bar de Morroc, Iohan ia

na frente deixando seu amigo cambaleante para trás. – Vá para estalagem, chego

lá de manhã. Por hoje chega de bebida para você.

 

 

 

Iohan entrou no bar de Morroc e foi direto ao

barman. O barman de Morroc era conhecido por ser mediador e informante da

guilda dos mercenários. Após pedir um sograt tropical sem álcool, perguntou:

 

 

 

- Pode me ver uma informação?

 

 

 

- Depende do que você precisa e de quanto tem aí. –

Respondeu sorrindo o barman enquanto limpava uma caneca gigante de chopp.

 

 

 

- Primeiro que tatuagem é essa? – Mostrando o

pedaço de pele sobre o lenço, Iohan perguntou mais. – E por que estão atrás de

mim?

 

 

 

O barman deixou a caneca cair sobre o chão calando

por um instante o movimentado e barulhento bar.

 

 

 

- Esconda isso. – Disse ele ofegante enquanto

pegava os cacos da caneca. – Essa lótus é um símbolo maldito.

 

 

 

- Dois que tinham essa tatuagem vieram atrás de

mim, por que?

 

 

 

- Não sei, mas se fosse você arrumava um jeito de

desaparecer da face da terra. Escuta aqui o que eu posso dizer é só uma

palavra, se não amanhã estarei morto por abrir minha boca demais. Essa

informação vai custar-lhe muito dinheiro, rapaz.

 

 

 

- Fale. Dinheiro não é problema.

 

 

 

- Daemonis. – Sussurrou o barman apenas com os

lábios.

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Cara muito boa a sua FANFIC.Muito bom o jeito de você contar a história em três paralelos diferentes. Muito massa mesmo.Estou no aguardo dos próximos capítulos. Eu também estou escrevendo uma FANFIC. Sou novo na comunidade, se você quiser da uma olhadinha depois:http://sites.levelupgames.com.br/Forum/ragnarok/forums/t/566360.aspxBom final de semana a todos! Vlw!!!! \o/

"Me jogaram aos lobos, e eu voltei líder da matilha."

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Cara muito boa a sua FANFIC.Muito bom o jeito de você contar a história em três paralelos diferentes. Muito massa mesmo.Estou no aguardo dos próximos capítulos. Eu também estou escrevendo uma FANFIC. Sou novo na comunidade, se você quiser da uma olhadinha depois

Obrigado pelos elogios. Seja wellcomido na comunidade, não desapareça hein? Seja um usuário participativo, não vai sumir hein? Agradeço você como leitor de minha fanfic e desejo sucesso para sua empreitada também. Continue lendo minha fanfic, muita coisa ainda há de acontecer para Iohan, a história praticamente ainda não começou, muitas emoções ainda virão.No mais, log estarei lendo sua fanfic, estou meio sem tempo no momento, pois estou fazendo as provas finais do primeiro período na minha faculdade (maldita greve), então no momento estou estudando muito mesmo. Lá pela quarta feira, provavelmente estarei lendo e comentando ok? Obrigado, novamente pelos elogios. Um abraço.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Ao pessoal que está acompanhando a fanfic Sagrado, não deixem de comentar/criticar, agradeço de todo meu coração os leitores que vem acompanhado e comentado, vocês são o combustível para eu continuar a escrever. Obrigado mesmo!!Amanhã estarei postando o capítulo dez e quarta o capítulo onze (recesso na faculdade YEAH) No mais aguardem fortes emoções!! Um abraço a todos e muito Obrigado mesmo!!!!

@edit: esqueci de falar que arrumei meu pc ontem ^^ por isso voltei :DD

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Como prometido: Cap. 10-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Capítulo 10

 

8 anos atrás.

 

Piadas.

 

Engraçadas. Divertidas. Elas não são tão divertidas

e engraçadas quando são sobre você.

 

 

 

- Covarde! Covarde! Covarde! – Esbravejavam o coro

de aprendizes risonhos.

 

 

 

- Você não passa de uma mariquinha! Idiota!

 

 

 

- Ridículo! Some daqui! Como você conseguiu virar

aprendiz? Ridículo! Você não passa de um plebeu nojento, de uma família

nojenta! – Zombou o menino alvo e loiro de olhos claros dando-lhe um chute no

rosto.

 

 

 

Tudo que Iohan conseguia fazer era manter a cabeça

sobre os joelhos para se proteger dos chutes, pontapés e murros que levava de

um pequeno grupo de aprendizes alvoroçados com o ocorrido.

 

 

 

- O que está acontecendo aqui? – Perguntou o

supervisor do campo de treinamento dos aprendizes.

 

 

 

- O idiota do Iohan não tem coragem de matar os

monstros – Disse aos risos um aprendiz gordinho.

 

 

 

- HAHAHAHAHAHAHAHAHA! – A risada geral das crianças

ali reunidas era o combustível das lágrimas do pobre garoto encolhido no centro

do alvoroço.

 

 

 

- Ok, ok sumam daqui crianças deixem o Iohan

quieto. Agora. – Sugeriu calmamente o supervisor.

 

 

 

O supervisor conduziu Iohan até uma sala no castelo

dos aprendizes, e o colocou sentado a sua frente. O garoto estava com os olhos

marejados e inchados por conta do choro.

 

 

 

- Supervisor, aquelas crianças malvadas estavam

tirando sarro da minha cara.

 

 

 

- Bem Iohan, eles são crianças não sabem o que

fazem... O que você acha de voltar lá para brincar com eles?

 

 

 

- Eu não vou, eles vão me machucar de novo.

 

 

 

- É... Como você quer que eles gostem de vocês

pequenino Iohan, você não leva jeito mesmo para as batalhas. Não quer sair do

campo de aprendizes? Ir para casa de seus pais? Se você não tem coragem para

batalhar contra os monstros, é de fato, uma prova de que você não serve para

ser aventureiro. Desista de ser um aventureiro e não sofrerá mais com isso –

Cada palavra dita pelo supervisor foi como uma agulha perfurando a pele de

Iohan.

 

 

 

- Supervisor eu não vou desistir, e eu...

 

 

 

- Você é fraco Iohan, pobre menino, deve ser

difícil ser de uma família de guerreiros e não conseguir lutar, ver todos os

seus coleguinhas se tornando aprendizes e você ficando para trás, você nunca

conseguirá ser um bom aventureiro... – Falou o supervisor interrompendo o

menino.

 

 

 

- Mais uma chance, por favor? Eu não sou bom com

esse negócio de matar, mas eu quero ser um aventureiro como meus pais.

 

 

 

- Você tem o coração bom demais, tem certeza que

quer isso mesmo?

 

 

 

- Sim.

 

 

 

- Então traga para mim dez ferrões de zangão antes

do pôr do sol, essa será a prova que você está pronto. Só mais essa chance.

 

 

 

Iohan decidido a vencer correu até o campo e foi

atrás dos zangões. Ao final do dia o menino voltou ao castelo trazendo consigo

o que lhe foi pedido. O supervisor, surpreso e sem graça com a conquista do

menino teve de promovê-lo conforme prometera.

 

 

 

- Você foi promovido Iohan, pode escolher qual

caminho seguir.

 

 

 

- Finalmente supervisor, depois de dois anos

tentando.

 

 

 

- Não vou lhe dar os parabéns, pois acho que você

não está apto para lutar.

 

 

 

- Não importa. – Respondeu o garoto.

 

 

 

- Já que você não vai desistir, qual caminho você

quer tomar?

 

 

 

- Noviciado.

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Para quem estava no aguardo, aí vai o capítulo 11.Agradeço aos meus leitores, vcs me motivam a escrever cada dia mais!Aproveitem a leitura,                                       - Ítalo----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

Capítulo 11

 

6 anos atrás.

 

Suspirar.

 

Descansar. Relaxar. Foi à primeira coisa que ele

fez ao ver a luz do dia depois de sair daquela escura caverna. Estava muito

cansado. Um mês enfiado na caverna de Payon, treinando sem parar, sem sair para

pegar suprimentos nem nada. Ele estava determinado em aumentar seus poderes e

aprender mais e mais. Na sua mochila de viagem havia somente seu rosário

desgastado, a bíblia azulada que ganhara há dois meses atrás, poções de

concentração e itens para vender.

 

 

 

Há dois meses atrás havia se tornado sacerdote,

pois queria ajudar os outros, ele não iria ver ninguém mais ao seu redor se

machucar, nunca mais. Por isso foi treinar nas sohees, espíritos de mulheres

atormentadas da antiga payon que nunca conseguiram descansar, como sacerdote

sua missão era apaziguá-las levar a paz as suas almas. E foi o que ele fez,

lutou contra elas para que se libertassem das trevas e descansassem.

 

 

 

Voltando para Prontera, foi diretamente em casa,

queria ver sua irmã.

 

 

 

- Olá! Cheg... - Falou o clérigo antes de

ser interrompido.

 

 

 

- Oi filho! – Disse Rosa envolvendo seu filho em um

abraço.

 

 

 

- Oi Io! – Gritou Natalie vindo ao seu encontro,

vestida de espadachim com sua lamina na bainha.

 

 

- Oi, mas vocês está linda de espadachim hein? –

Respondeu ele dando-lhe um beijo. – E o pai?

 

 

 

- Missão. – Disse a mãe suspirando de alívio.

 

 

 

- Só vim dar uma passada mesmo, tenho outra missão

a minha espera, depois do almoço vou para a catedral.

 

 

 

- E como foi derrotar as Sohees? – Perguntou

curiosa a garotinha. Estavam na cozinha esperando o almoço que Rosa estava

fazendo, sentados a pequena mesa no centro da cozinha.

 

 

 

- Foi bom, lutei bastante, aprendi muito, estou

mais forte e cada vez mais rápido para atacar. – Respondeu Iohan

vangloriando-se.

 

 

 

- Então depois vamos lutar e ver quem é melhor! –

Desafiou Natalie.

 

 

 

- Depois do almoço. Está pronto. – Sorriu Rosa.

 

 

 

Durante o almoço Iohan não conseguia tirar os olhos

da fina cicatriz que começava no braço esquerdo de Natalie e se distendia por

seus ombros, costas e pescoço. Como ele havia sido ingênuo! Havia arriscado a

vida de sua irmã! Ele era apenas um recém-formado sacerdote e ela uma

espadachim em treinamento e foram sozinhos para Glast Heim. A lembrança

explodiu em sua cabeça: 

 

 

 

 

 

 

“- Vamos Natalie! – Disse animadamente o garoto.

 

 

 

- Iohan, não sei se é certo agente ir para a prisão

de Glast Heim sozinhos.

 

 

 

- Natalie, eu sou um sacerdote agora, vou te

proteger com minhas habilidades de suporte, meu Kyrie Eleison vai impedir

qualquer monstro de te machucar. – Disse o garoto fazendo cafuné na irmã

enquanto iam em direção ao castelo de Glast Heim. Ele havia se tornado

sacerdote na semana anterior. – Escuta aqui, comigo você vai melhorar suas

habilidades o mais rápido possível e logo poderá avançar de classe, antes que

suas amigas!

 

 

 

Eles atravessaram o castelo até o portão da prisão

sem problemas, não havia nenhum monstro ali, parecia só um castelo abandonado.

Ao abrir o portão da prisão, os dois se depararam com um zumbi prisioneiro, que

avançou sobre Iohan. Tranquilamente o garoto usou seu Kyrie Eleison e abençoou

sua irmã.

 

 

 

- Golpe Fulminante!! – Atacou a menina, acertando o

monstro no abdômen fazendo suas entranhas caírem pelos degraus da escada que

descia até a prisão, porém o monstro se virou contra ela, ela revidou com

ataques de espada, seu irmão a protegia usando seus escudos luminosos, impedindo

o monstro de avançar.

 

 

 

- Falei que iríamos conseguir! – Esbravejou Iohan

após ver sua irmã dando o golpe final no zumbi. – Logo, logo poderá avançar de

classe nesse ritmo.

 

 

 

A menina riu docemente atraindo com suas risadas

infantis um psicopata Rybio, um assassino sádico que anseia por carne fresca e

sofrimento, ao ouvir ele ficou instigado e não descansaria até ver o sangue

dela escorrendo em suas lâminas.

 

 

 

Tudo foi muito rápido, o monstro saiu detrás da

parede onde se escondia e foi para cima dos dois irmãos, Iohan usou seus

escudos luminosos sobre si, bloqueando alguns ataques do monstro, e gritou:

 

 

 

- Natalie, para trás!

 

 

 

O monstro riu de escárnio e sorrindo bestialmente,

atacou Iohan destruindo o escudo que o cercava, cortando-o tão profundamente no

peito que Iohan caiu de joelhos sobre o chão. O monstro lentamente foi se

aproximando da menina que gritava histérica, o medo a dominara. Ela começou a

correr e foi encurralada pelo monstro que avançava lentamente lambendo os

lábios de satisfação com o que faria em seguida. Quando

levantou seu cutelo ele foi interrompido por uma fraca magia de ataque.

 

 

 

- Luz divina! – Conjurou o menino pálido atrás do

monstro. Rybio tinha mais de dois metros, Iohan um metro e meio, não

conseguiria vencê-lo em um combate corpo a corpo, o que poderia fazer era

distraí-lo e abrir um portal, teleportar para Prontera com sua irmã. Esse, pelo

menos, era para ser seu plano de fuga.

 

 

 

Rybio virou-se para o Iohan e o atacou ferozmente,

impedindo o garoto de conjurar sua habilidade de ataque, não o deixando

concentrar-se, só sobrou a Iohan atacar-lhe com o cajado que não lhe fez um

arranhão.

 

 

 

Por mais que atacasse não conseguia proteger sua

irmã daquela besta que avançava mais e mais. Ele era só um sacerdote de suporte

recém-formado e fraco. Não conseguiria derrotá-lo. Por que ele era tão fraco!

Não conseguia nem arranhar o monstro com seus ataques ridículos. E Natalie? Ela

era só uma criança!

 

 

 

O monstro avançou sobre ele com suas lâminas, o

menino tentou se defender com o cajado, enquanto conjurava sua habilidade.

 

 

 

- Kyrie Eleison!! Fuja Nata... – Antes que pudesse

falar, o menino teve seu cajado destruído, o impacto fora forte o suficiente

para fazê-lo cair no chão. Indefeso, cobriu o rosto com os braços e levou um

golpe farto sobre os antebraços.

 

 

 

- Sai de cima do meu irmão! – Berrou a menina

enfiando sua espada nas costas do monstro. Furioso, Rybio usou sua habilidade

mortal sobre a garotinha, lâminas destruidoras. Quando o primeiro golpe atingiu

o Kyrie Eleison posto sobre a menina, os escudos se espatifaram com o ataque e

em seguida a garota foi mutilada por outros sete golpes poderosos no seu lado

esquerdo.

 

 

 

O grito de horror de Iohan ecoou nas paredes

daquela prisão ao ver sua irmãzinha no chão, ensanguentada. Rybio gargalhava

histericamente quando o silêncio lhe tomou conta, roubando sua risada. Ele foi

empalado por uma larga espada escarlate, vomitando seu sangue olhou para trás e

viu o furioso casal. Após o guerreiro irado tirar a espada do torso do monstro,

a mulher o incinerou com uma grande chama mágica que brotou do chão quando ela

levantou seus braços.

 

 

 

- Chamas de Hela!! – Falou furiosamente a arcana,

era Rosa, mãe dos dois irmãos Cross. Natanael decepou a cabeça do monstro

enquanto ele queimava com as chamas do inferno. Rosa caiu de joelhos ao lado de

sua filha pegando-a no colo. Natanael pegou o filho e a família saiu dali com

uma asa de borboleta.

 

 

 

Iohan acordou no hospital, sua mãe estava arrasada,

os olhos estavam muito inchados. Seu pai deu-lhe um tapa no rosto.

 

 

 

- Você! Você quase matou sua irmã! Bastardo! –

Gritou o homem. A verdade tomou conta de Iohan, pondo o sacerdote ferido em

lágrimas.

 

 

 

- E-e-ela ta-ta viva? – Sussurou o menino, em meio

aos soluços.

 

 

 

- Se eu e sua mãe não tivéssemos chegado na hora

certa ela estaria. E isso tudo aconteceu só por culpa sua moleque!

 

 

 

- Perdão! – Berrou o garoto.

 

 

 

- Chega Natanael! Iohan isso não é culpa sua, meu

filho. – As palavras da mãe fizeram o pai perceber a besteira que havia dito.

 

 

 

- Tsc... Me desculpe, Io. Isso não é cul... – Falou

arrependido o pai antes de ser interrompido pelo menino.

 

 

 

- É culpa minha sim. Eu errei como sacerdote, como

filho e como irmão!”

 

 

 

 

 

 

 

 

A partir daquele dia, Iohan jurou nunca mais ficar

sem ação e inutilizado como ficara naquele dia. De algum jeito ele iria

aprender a proteger as pessoas que ele amava. Ele nunca mais se deixaria abater

novamente. Ele morreria para proteger quem ele amava. Não deixaria ninguém mais

se machucar por sua culpa. Nunca Mais!

 

 

 

Depois daquele dia ele decidiu aprender a lutar,

treinar exaustivamente até conseguir proteger a todos e ser mais forte. Ele decidiu

dedicar-se a arte da batalha.

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Incrível, você consegue transportar o leitor a cena de modo que parecemos ver o que acontece em nossa frente, o drama somado ao mistério da narrativa e a riqueza dos detalhes faz dessa fanfic, viciante. não pare de escrever!!

 

P.S.: Minha especulação é que esses demônios e aparente ordem secreta tem alguma relação com Satan Morroc, mais o genocídio que vemos no prólogo parece escapar um pouco a lógica de minha idéia xD

 

P.S.²: Ri da frase no capítulo 6 "Meu instinto me diz que tem caroço nesse angu."

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Incrível, você consegue transportar o leitor a cena de modo que parecemos ver o que acontece em nossa frente, o drama somado ao mistério da narrativa e a riqueza dos detalhes faz dessa fanfic, viciante. não pare de escrever!!

 

P.S.: Minha especulação é que esses demônios e aparente ordem secreta tem alguma relação com Satan Morroc, mais o genocídio que vemos no prólogo parece escapar um pouco a lógica de minha idéia xD

 

P.S.²: Ri da frase no capítulo 6 "Meu instinto me diz que tem caroço nesse angu."

Kkkkkk Obrigado viu? Agradeço de coração que esteja lendo meu trabalho. Eu não irei parar de escrever graças a vocês quem leem a fanfic, vocês me animam cada dia mais! Obrigado. Não deixe de comentar e/ou criticar, sua opinião para mim é fundamentalNão posso dizer nada quanto a sua especulação ;Xkkkkkkkkk Essa expressão "caroço no angu" vem da minha terra (Cezarina, Goiás) e vastamente usada pelos meus familiares. Na minha fanfic, Truuh, eu incorporo várias coisas da minha vida real, por exemplo, o Rockfeller é baseado na personalidade de um amigo e irmão meu, Wadson. Posso dizer com propriedade que Iohan Cross tem muito de mim, Ítalo Ricardo. Na minha fanfic também tem coisas que eu vivi, coisas que me revoltam, coisas que quero mudar no mundo entre outras coisas coisadas. Eu incorporei uma reflexão social de assuntos que acho revoltantes como bullying e violência doméstica. Claro que nem tudo que tem na fanfic é baseado na minha história pessoal, as partes que contém coisas que vivi estão salpicadas de dramaturgia e ragnarok =)Então quando vocês conhecem Iohan Cross, podemos dizer, que vocês conhecem um pouco do autor Ítalo Ricardo =)Hoje, resolvi postar dois capítulos de uma vez, pois não sei se poderei postar capítulos no domingo. Enfim, aí vai capítulo 12 e 13, apreciem a leitura e não deixem de criticar e/ou comentar. Boa leitura!-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

Capítulo 12

 

1 mês atrás.

 

Hugel.

 

Alegre. Sensacional. Era assim que Iohan descrevia

aquela linda cidade. Ele amava o clima de Hugel, sempre que podia visitava

aquela cidade, gostava do povo, das festas e da culinária de lá, mas aquele dia

era especial, único. Ali estavam ele e seus amigos diante a bela igreja de

Hugel, o rio fluía alegremente desembocando no mar calmo e ondulado na praia da

cidade. A luz do luar banhava o local com tons prateados e azulados. Como tudo

parecia mágico! As águas do cálido rio refletiam o luar tremulado pela dança

das águas. As luzes da cidade eram pontos ao longe. Ali diante da igreja,

somente a lua reinava, imperando sua luz cristalina que beijava a terra

majestosamente. Protegidos pelo véu silencioso e obscuro da noite, estavam

Iohan e seus amigos.

 

 

 

Iohan estava em pé dentro do leito do rio, com a

água do rio batendo em seus joelhos, ele sorria alegremente. Em suas mãos ele

trazia um pesado rosário desgastado, envolto em sua mão esquerda como era de

costume, e uma garrafa vazia na outra mão.

 

 

 

- Boa Noite! – Disse cordialmente o jovem arcebispo,

curvando-se perante seus amigos. – É com muito prazer que nesta noite anúncio a

criação do clã a Ordem do Rosário! – Esbravejou o jovem erguendo seu velho

rosário. Todos ali comemoraram alegres, agora era oficial.

 

 

 

- Como o rosário, peço que sejam instrumento da

luz, da bondade e do amor. Não se deixem corromper pelas veredas do mal, lutem

sempre pela luz. Lembrem-se por mais escura que possa parecer às trevas que

lhes cercarem e por mais que a luz de vocês não seja maior que uma fagulha,

sempre essa fagulha esmagará a escuridão das trevas. Não desistam nunca do

caminho certo, por mais estreito e doloroso que ele possa parecer. Que sempre

sejamos unidos como as contas do rosário. Força meus amigos, que os deuses nos

abençoem.

 

 

 

Após o breve discurso, Iohan usou a habilidade

“Aqua Benedicta”, a água do rio fluiu para dentro da garrafa nas mãos de Iohan.

Ele foi até seus amigos e de dentro da mochila que trazia nas costas tirou um

rosário foi até sua irmã Natalie e a benzeu com a água abençoada, entregou a

ela um rosário novo e prateado.

 

 

 

- Você jura seguir o caminho da luz e combater o

mal com todas as suas forças até seu último suspiro? – A voz de Iohan ecoou

como a de um verdadeiro líder.

 

 

 

- Sim.

 

 

 

- Jura proteger a todos os inocentes, combater os

opressores e lutar contra a injustiça?

 

 

 

- Sim, com certeza.

 

 

 

- E por último, jura ser leal a este clã?

 

 

 

- Sim.

 

 

 

Em seguida impondo sua Grande Cruz sobre seus

ombros lhe abençoou fazendo o sinal da cruz com sua arma, depois aspergiu seu

rosário. Foi até seus outros amigos três amigos, os outros três membros

fundadores do clã: Chaos, Rockfeller e Thvry (lê-se “ta-brí). Repetindo o

mesmo juramento, todos disseram seus “sim” com muita força. Suas determinações

eram nítidas.

 

 

 

Depois Iohan foi até seus outros dois amigos, um

ninja de codinome Pão (????) e Arthur um arcebispo tão jovem que era de se

assustar, fizeram o mesmo juramento. Ao terminar, Iohan deu um grande grito de

alegria:

 

 

 

- Glórias e Louvores aos deuses! Viva a Ordem do

Rosário!

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

 

 

Capítulo 13

 

7 anos atrás.

 

Noviço.

 

Inocente. Ingênuo. Assim era Iohan. Fazia um ano

que era noviço, seu pai não se conformava. Seu filho homem, a quem sonhou que

seria um bravo guerreiro agressivo e cheio de namoradas, era um servo da igreja

e vivia a castidade. Iohan era manso como um cordeiro, não reclamava de nada,

vivia lendo livros e mais livros, sempre em oração e como aquele menino rezava!

Mas o pai tinha esperança de que ele seria monge, pelo menos seria um

guerreiro, mas ainda ligado a maldita igreja!

 

 

 

Natanael e Iohan estavam na estalaria de Payon, o

pai levaria o filho para lutar nos monstros da caverna de Payon, depois que o

menino terminasse suas orações e ajudasse os aventureiros. Natanael estava

impaciente e insistiu novamente, já não aguentava esperar mais, o menino rezara

a manhã inteira! Não sobraria tempo para eles dois.

 

 

 

- Filho, vamos caçar alguns monstros agora? Você

tem que aprender a lutar.

 

 

 

- Pai, estou em oração, você sabe como é. –

Respondeu carinhosamente o menino.

 

 

 

- Mas filho, venha comigo.

 

 

 

- Pai, não posso.

 

 

 

- Claro que pode, deixa isso para depois, deixa

essa igreja de lado. – A frase do pai atingiu em cheio o ego do menino.

 

 

 

- Pai, chega. Essa é a minha missão, me deixe

cumpri-la e terei todo tempo para você.

 

 

 

- Você só tem tempo essa igreja! Não se importa

comigo.

 

 

 

- Eu me importo sim, mas nesse momento isto aqui é

mais importante que eu e você.

 

 

 

- Nada é mais importante que eu. Eu sou seu pai e

você me deve o respeito, agora levanta daí ou se não...

 

 

 

- Ou se não o quê? – Desafiou o menino.

 

 

 

- Você não passa de um escravinho dessa igreja,

você não passa de um mariquinha da igrejinha sua. Não serve para ser meu filho.

– Bradou o pai. Iohan era sensível demais, nas suas pequenas bochechas rosadas

escorriam lágrimas tristonhas. – Filho, vem cá, eu não quis dizer isso...

 

 

 

E já era tarde de mais, o menino já estava

correndo. Os dois viajaram juntos para Payon para que Iohan aprendesse a lutar

efetivamente, agora ele era um aventureiro, mas o menino só queria saber de

rezar, ler, ajudar as pessoas e sabe se lá o que mais aquela maldita igreja o

mandava fazer. Natanael odiava a igreja, ele achava que para encontrar-se com

os deuses não precisava de ninguém para intermediar por ele e aquele papo de

dízimo e que o homem tem que se submeter à igreja, para ele era só papo

furado.  Para Iohan a coisa era bem

diferente. Essas diferenças alimentadas pelo temperamento explosivo dos dois só

resultavam nisso: discussões, brigas, confusões.

 

 

 

Iohan corria em direção à caverna de Payon, ele

iria ajudar os aventureiros, essa era a missão dada a ele, tinha de cumpri-la.

Seu pai resolveu deixar o menino pensar e refletir. Natanael queria que Iohan

pensasse ele era mais importante que a igreja. O pai foi em direção ao bar mais

próximo, descontaria suas frustrações nas bebidas.

 

 

 

Ele estava repetindo a história, a história que ele

havia vivido quando seu pai era vivo. Não queria isso. Mas não tinha outro

jeito.

 

 

 

Iohan estava na caverna usando suas habilidades de

suporte no grupo de aventureiros que lutavam juntos. Enquanto isso, ele mesmo

lutava contra as criaturas malignas que ali habitavam, mortos-vivos que não

tinham alma dos quais os corpos não descansavam, Iohan lhes dava a paz, curando

seus corpos. Mas, as curas de Iohan eram tão fracas que ele demorava muito

tempo para extinguir um morto-vivo. Já cansado e esgotado Iohan sentou-se perto

da entrada da caverna e adormeceu devido ao cansaço.

 

 

 

 

 

 

 

No

seu sonho ele estava dentro de um pentagrama escarlate cintilante cercado por

uma escuridão tremenda, onde ele só conseguia enxergar precariamente o

pentagrama e a si mesmo. Nas cinco pontas do pentagrama havia figuras das quais

ele não conseguia enxergar devido à escuridão que as cercava. Ele sentia muita

dor no sonho, como se estivessem arrancando seus órgãos internos. Ao abrir o

sobretudo de noviço ele viu em seu abdômen o mesmo pentagrama desenhado ali,

quando posou a mão sobre ele sua barriga explodiu liberando criaturas malignas

que dali saíram, ele gritava de dor, pedindo, misericórdia aos deuses. Deitado

no chão enquanto via a rajada de sombras malditas saírem de seu abdômen ele

então sentiu um formigamento e a escuridão ao seu redor foi dissipando-se.

 

 

 

Sobrepondo

o pentagrama, um círculo com desenhos intricados surgiu com uma forte luz

prendendo as figuras sombrias que voltaram para dentro de seu corpo. Quando

finalmente a luz cessava, ele se levantava e olhava para sua barriga, perfeita

sem nenhum machucado, porém com uma grande tatuagem preta do mesmo círculo

intrincado que o havia cercado.

 

 

 

 

 

 

 

Iohan acordou e estava diante de uma tremenda

confusão, gritaria e correria para todos os lados. Quando saiu do torpor do

sono percebeu de fato o que estava acontecendo: um Bispo Decadente com sua

legião de Banshees estavam atacando os aventureiros enquanto tentavam fugir. O

caos era geral. Iohan cerrou seus punhos, ele tinha de ajudá-los.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Se tudo der certo, domingo ou segunda ta saindo mais capítulos :3

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Capítulos diferentes, ambos legais!

 

O capítulo 12 é interessante porque a criação de um clã é um ponto inicial de grandes aventuras, e ver Iohan como lider do clã é ainda mais legal por conhecer a história de vida dele xD

 

No capítulo 13 a parte que mais me deixou interessado foi o sonho, este tom obscuro com toque de paranormal , oculto é muito interessante ! vamos ver o que ele vai fazer contra o Bispo o.O

 

P.s.: Quero saber o que aconteceu quando ele estava frente a frente com o senhor dos mortos o.o

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Capítulos diferentes, ambos legais!

 

O capítulo 12 é interessante porque a criação de um clã é um ponto inicial de grandes aventuras, e ver Iohan como lider do clã é ainda mais legal por conhecer a história de vida dele xD

 

No capítulo 13 a parte que mais me deixou interessado foi o sonho, este tom obscuro com toque de paranormal , oculto é muito interessante ! vamos ver o que ele vai fazer contra o Bispo o.O

 

P.s.: Quero saber o que aconteceu quando ele estava frente a frente com o senhor dos mortos o.o

Obrigado novamente Truuh, no capítulo 16 (postado aí em baixo) tem a continuação da história do Iohan quando ele encontra o Senhor dos Mortos. O que será que vai acontecer?! o.OHoje posto aqui capítulos 14, 15 e 16, espero de verdade que vocês gostem!Aproveitem a leitura.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Capítulo 14

 

1 ano atrás.

 

Incerto.

 

Impreciso. Inesperado. Que diabos era esse maldito

grupo denominado Daemonis? Que diabos era aquela lótus vermelha? O que ela

significava? Iohan sabia o que significava Daemonis, e com um nome desses,

coisa boa é o que eles não fazem mesmo. Mas por que estavam tentando matá-lo?

Seria um grupo de perseguição aos religiosos? Ele pensava nisso enquanto estava

deitado na cama de um hotel em Morroc, Rock dormia profundamente na outra cama

ao seu lado. Iohan não conseguia dormir.

 

 

 

Ele ficara bem famoso ultimamente devido aos seus

feitos e o seu estilo de luta bem diferenciado, era muito raro encontrar

sacerdotes e evoluções que tivesse o estilo que ele tinha. Ele era um

sumo-sacerdote de batalha, não era focado no suporte e na cura, nem aos rituais

exorcísticos, nem na defesa. Seu estilo de combate era voltado para ataques

físicos com maças.

 

 

 

Sua fama cresceu devido aos diversos lugares que

passou, exterminando o mal de todos os cantos do mundo com sua força. Ele

ficara célebre mesmo após o grande exorcismo que aconteceu na cidade de Morroc,

quando Satan Morroc se libertou Iohan fora convocado a ajudar, ele era muito

novo, um menino de um metro e sessenta em meio a guerreiros feitos. Ele tinha

acabado de fazer quinze anos. O que impressionou de fato a todos foi o embate

que ele travou com o demônio lado a lado aos cavaleiros rúnicos, shuras,

sicários, etc. Um menino, sumo-sacerdote, em meio a uma guerra, lutando como se

fosse um soldado treinado. Depois disso ficou conhecido em toda Rune-Midgard.

Foi convocado a exterminar o mal de vários locais como:

Ayothaya, Payon, Prontera, Geffen, Glast Heim, Amatsu, etc.

 

 

 

Talvez se deva a isso a perseguição a ele. Talvez.

Poderia ser várias coisas. Não tinha como saber. Hoje com dezessete anos, orando

silenciosamente e refletindo os fatos, ele procurou motivos em sua mente para

tentarem matá-lo. Desavenças? Teve somente uma. Seria isso? Mas eles eram só

adolescentes, irresponsáveis, prepotentes.

 

 

 

O primeiro raio de sol imergiu das dunas do frio

deserto além dos muros da cidade em reconstrução, como beijo suave a luz tocou

seu rosto despertando-o do transe de seus pensamentos. Hora de ir. Investigaria

isso a fundo e ele conhecia uma pessoa que entendia de demônios, de

assassinatos e de trevas: Thvry.

 

 

 

 

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

 

Capítulo 15

 

6 anos atrás.

 

Espada.

 

Maça. Embate. Iohan e Natanael se confrontavam como

nunca, suas armas se chocavam com veemência, seus olhares se encontravam, a

pura fúria brotava daquele embate. Natanael bloqueava a maior parte dos golpes

do filho com seu Aparar Golpe bem treinado, mas o garoto era voraz, incansável.

 

 

 

- É, suas habilidades físicas melhoraram

consideravelmente. Mas precisam melhorar! – Gritou Natanael após derrubar o

filho no quintal gramado de sua casa, impondo sua espada na jugular do menino

disse: - E agora? Quem é o melhor?

 

 

 

O menino riu e levantou-se abraçando o pai que baixara

a guarda, tirando-lhe a espada de suas mãos, ele avançou sobre o pai e o

derrubou também com maça apontada para o rosto do cavaleiro, Iohan falou

sarcasticamente:

 

 

 

- Eu claro. Nunca se deve abaixar a guarda para

ninguém.

 

 

 

Os dois riam muito, quando Natalie saiu de casa e

foi até eles com uma bela tsurugi nas mãos.

 

 

 

- Parem de palhaçada e vamos treinar sério, seus

bobos. – Disse entre risadas a doce espadachim.

 

 

 

Naquele momento Iohan sentiu que seu pai havia dito

aquelas coisas para ele logo após o incidente em Glast Heim porque

estava preocupado com Natalie. Ele o havia perdoado! Naquele momento, Iohan

esqueceu quem Natanael era, ele só via seu pai, aquele pai que se mostrava em

raras situações como aquela. Ele esqueceu-se do bêbado, do marido violento de sua

mãe, do impaciente, do explosivo, do repressor, do homem que o humilhava, do

saudosista frustrado, só sobrara seu pai, só ele.

 

 

 

Havia uma semana que Iohan tinha voltado da última

missão, ísis na pirâmide. Depois de treinarem por todo aquele dia, Rosa os

chamou para jantarem, mas Natanael não ficou para o jantar, foi para o bar

próximo a sua casa, jogar cartas e beber com os amigos. A esposa o seguiu para

porta de casa e ali discutiram.

 

 

 

- Você vai para aquele boteco de novo, deixar sua

família, nos trocar pela bebida! Eu sei que seu passado foi difícil, mas não é

desculpa para encher a cara! Que exemplo você quer dar aos seus filhos?

 

 

 

- Tchau. – Falou ele secamente.

 

 

 

Iohan sabia o que provavelmente aconteceria, seus

pais discutiriam e seu pai acabaria perdendo o controle novamente como todas as

vezes. Porém nesse dia foi diferente.

 

 

 

Era tarde da noite, Iohan dormia profundamente,

quando ouviu aquilo que ele não queria ter ouvido.

 

 

 

- Rosa, não consigo esquecer o que ele fez com a

minha filha! – Os dentes de Iohan trincaram ao ouvir aquilo, lágrimas viçosas

surgiram de seus olhos como cachoeiras, ele estava despedaçado ainda com o

acontecido.

 

 

 

- Mas ele é seu filho, não foi culpa dele...

 

 

 

- Foi sim. Ele não devia ter levado ela para aquele

lugar. Ele sabe que ele não passa de um fraco! Nunca conseguiria defendê-la. –

Gritou Natanael.

 

 

 

- Natanael, se perdoe e perdoe seu filho. Me ouça.

 

 

 

As frases do pai foram o suficiente para extinguir

a única de fagulha de amor e esperança que Iohan tinha por ele. Como se já não

bastasse às humilhações que ele fazia com sua família, com o próprio Iohan, as

agressões físicas contra a esposa, o vício da bebida, ele culpava Iohan do

incidente com sua irmã? Acontece que era para ele ter acompanhado os filhos, em

vez disso foi encher a cara!

 

 

 

Ele só fazia isso, fugia de suas culpas,

transferindo-as para outros motivos ou pessoas. Ele nunca mudaria, sempre seria

aquele maldito do inferno!

 

 

 

-“Maldito!” - Pensou o menino. – “Um dia eu vou

acabar com a sua raça! Eu juro! Você vai pagar por tudo que fez com a minha

família, Natanael! E o preço que você vai pagar será tão amargo quanto o que eu

sinto por você, desgraçado. Um dia, você vai estar sozinho, na lama e eu vou

estar lá para ver vocês definhar, para ver você provar do seu pútrido veneno,

para ver você engasgar no seu vomito quando estiver na sarjeta, lá estarei eu

saboreando cada momento!”

 

 

 

Depois daquele dia Iohan só se afastou de seu pai,

seu coração tomado pelo ódio foi se fechando, petrificando-se. A fagulha de luz

em seu coração havia apagado. 

 

 

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Capítulo 16

 

5 anos atrás.

 

Adrenalina.

 

Tensão. Olhar. Iohan e o paladino branco se

encararam, eles eram inimigos mortais a partir daquele momento. Os dentes do

garoto trincavam com a mesma força que ele segurava a sua maça em riste. Por um breve

momento o tempo parou e o que sobrou foi à fúria que emanava dos dois

guerreiros. O choque das duas armas foi tão intenso que empurrou Iohan até

bater com suas costas no portão. A lança gigantesca do Senhor dos Mortos

movia-se tão rápido quanto à maça de Iohan. O embate estava intenso, as armas

se chocavam implodindo poder e ira.

 

 

 

O jovem sacerdote lutava por sua vida e por poder.

O paladino morto pela proteção do reino dos mortos. Com um grande impulso, o

demônio brandiu a lança sobre Iohan despedaçando o escudo do jovem clérigo,

Iohan afastou-se organizando seus pensamentos, seus braços estavam nus, ele

estava fragilizado, cansado, sem suprimentos, mas o que lhe restava era apenas

aquele embate, lutaria como nunca lutou.

 

 

 

- Benção!! Aumentar Agilidade!! Impositio Manus!! Kyrie

Eleison!! Glória!! Magnificat!! Aspersio!! – Usando sua última água benta,

aspergiu sua arma e partiu para cima do demônio níveo.

 

 

 

Acertou um poderoso golpe em seu cavalo parando-o

por instantes, tempo suficiente para acertar o cavaleiro alvo na fronte. Porém,

sua guarda estava aberta e o demônio revidou, na tentativa de se defender o

jovem pôs a mão esquerda na frente do rosto, a fim de protegê-lo. Tarde demais.

 

 

 

A lança perfurou a palma da mão esquerda e adentrou

pela carne do antebraço até sair sua ponta próxima ao cotovelo esquerdo do

religioso. Iohan estava imobilizado. A dor não veio devida tamanha adrenalina

que ele sentia, mas sabia que se não se curasse aquela ferida morreria de

hemorragia. A decisão que tomou não foi das mais fáceis, podia ter ficado

aleijado, mas morrer não era uma opção.

 

 

 

Com sua maça, ele bateu fortemente em cima da lança

e rasgou a própria mão em duas partes, e num segundo golpe atingiu a base do

antebraço, próximo ao cotovelo, rasgando sua carne para que a ponta da lança

saísse do meio de seu cotovelo, e assim poder puxar seu braço perfurado da

lança. O monstro tentou impedir, mas foi bloqueado. Usando uma gema azul, Iohan

criou um santuário que atingiu o monstro, dando-lhe tempo para tirar seu braço

da lança. A dor foi tamanha que ele quase desmaiou, mas não deixaria ser

vencido sem lutar. Ele curou sua mão com suas magias curativas e com a ajuda do

santuário. O ferimento não fechou bem o suficiente, mas bastava para não ficar

sangrando e comprometer sua vida.

 

 

 

O Senhor dos Mortos usou sua habilidade sombria,

espíritos anciões das trevas, atingindo fortemente o sacerdote que gritou, ele

caiu no chão e com a lança apontada para Iohan, brandiu sua lança em sua

direção. O escudo sagrado bem colocado a frente de Iohan bloqueou a onda de

ataque da lança, tempo suficiente para o monstro logo em seguida sua Crux

Magnum das Trevas que atingiu novamente em cheio Iohan. Sua

visão escureceu rapidamente, quase desmaiou, se não fosse santuário teria

morrido ali. Iohan se curou e arremessou uma luz divina no rosto do cavaleiro,

cegando-o por instantes.

 

 

 

O clérigo assaltou o monstro com sua maça em uma

sequência poderosa de pancadas, o monstro tentou se defender, mas teve seu

escudo despedaçado com ímpeto do jovem. Agora estavam os dois sem escudos,

somente com suas armas e seus furores. Levantando uma de suas mãos o ser

maligno invocou os anjos da morte, Julgamento do Inferno.

 

 

 

O sacerdote bloqueara o julgamento do inferno com

seu bem utilizado escudo sagrado. O demônio alvo ficou furioso e aumentou seu

poder e sua velocidade deixando-o mais perigoso que já era. Para o desgosto de

Iohan, a todo momento o Senhor dos Mortos usava seu diminuir agilidade,

atrapalhando muito Iohan, que tinha de aumentar sua agilidade, consumindo muita

mana.

 

 

 

O sacerdote estava na defensiva, procurando se

esquivar, tentando se curar e usar suas habilidades de suporte, o exercito do

demônio avançava sobre Iohan e ele os exterminava enquanto tentava correr. O

monstro teimava em usar suas habilidades malditas, o clérigo se defendia como

podia, com escudos sagrados enquanto corria para dentro da cidade. O sacerdote

então teve uma idéia que mudaria o rumo do combate.

 

 

 

Ele correu em direção ao monstro, lançando escudos

mágicos ao seu redor, impedindo os anjos da morte de terminarem a batalha. O

demônio tentou empalar o garoto, mas foi bloqueado pelo escudo rosado. Quando a

lança foi parada pelo escudo que se quebrou, o sacerdote acertou ela na

lateral, empurrando o braço cadavérico do Senhor do Mortos para o lado por conta

do peso da lança, o resultado não fora outro: o ser maligno cessou o ataque por

segundos. Esse pequeno prazo foi suficiente para Iohan aplicar sua estratégia:

Signum Crucis.

 

 

 

A cruz sagrada emanada de suas mãos brilhou forte,

como Iohan estava bem próximo do monstro e de seu exercito, a luz foi tão forte

que os cegou. Ele se aproveitou da guarda aberta e investiu com tudo que tinha

no paladino alvo antes de ser arremessado pelo brandir lança poderoso que quase

o fez desmaiar.

 

 

 

O monstro invocou a cruz negra novamente e Iohan

esmagou a gema azul com sua mão esquerda conjurando um poderoso santuário atrás

dele. Ele só não morreu ali por conta do santuário.

 

 

 

Recobrando a consciência e curando a si mesmo,

Iohan aproveitou o efeito que o Signum Crucis causou no monstro: o furo nas

suas defesas. Seus escravos atacaram novamente, mas o jovem conjurou outro

santuário a sua volta empurrando-os para fora dali, só ficaram ele e o poderoso

demônio. Agora era só ele e o demônio, sem truques, sem escudos, sem magias

defensivas, sem escravos para atrapalhar. Era agora ou nunca.

 

 

 

Senhor dos mortos atacou sem misericórdia rasgando

a carne da lateral da coxa de seu inimigo, Iohan deu um salto para trás curando

sua perna e renovando o santuário. O monstro e o herói chocaram suas armas

várias vezes em poderoso embate. Frente a frente. O monstro atacou e Iohan se

esquivou. Girando o corpo, atingiu fortemente a lança do inimigo de lado e o

desarmou, jogando a lança para fora do santuário. O demônio invocou novamente

lança para si a brandiu a sua frente com toda sua força na direção do

sacerdote. Ataque mortal.

 

 

 

Iohan pulou para trás deixando o monstro enfiar a

sua lança profundamente no solo podre de Nifflheim. Com uma poderosa sequência

de impactos poderosos diretamente no rosto e torso do demônio, o jovem venceu o

Senhor dos Mortos após um embate de quase duas horas. Quando a lança perfurou o

solo, o sacerdote subiu sobre ela e saltou acertando o último golpe na face do

paladino, que quebrou o crânio do demônio enfraquecido em pedaços. Iohan caiu

no chão de Nifflheim e se levantou, estava toda sujo de sangue e terra. Ele

havia derrotado o Senhor dos Mortos.

 

 

 

Como prova de sua vitória, levou consigo a lança e

um pedaço do enorme escudo consigo. Nenhum monstro ousou atacá-lo pelo resto daquela

noite. Ele só ganhou aquela batalha devido aos seus santuários e curas que o

mantiveram em pé lutando e atingindo o paladino maldito. O dano causado a sua

mão esquerdo foi gravíssimo, seus nervos haviam cicatrizado de forma errada,

causando-lhe dor todas as vezes que esforçasse um pouco a mais seu braço

esquerdo. Os nervos haviam se fundido e encurtado, uma cicatriz que carregaria

pelo resto de sua vida. Ele optou por não usar mais escudos, o uso dos mesmos

lhe causava dor extrema, por conta do peso.

 

 

 

Ele hospedou-se no hotel de Nifflheim por três

messes, por três messes treinou no vale de gyoll até conseguir o poder que

tanto queria, a aura de poder, mas ele precisava de mais. Com ajuda de uma

bruxa conseguiu sair daquele local e foi para a cidade mágica de Juno, estava

na hora de renascer. Deixando tudo que tinha para trás, era a hora de

recomeçar, hora de atingir um poder acima do seu. Trazendo consigo somente a

roupa do corpo e sua vontade de vingança foi até o livro de Ymir para retirar

seu conhecimento, necessário para a passagem.

 

 

 

Quando encontrou um dos corações de Ymir, sentiu o

poder que emanava dele, um poder bruto, era esse tipo de poder que ele

precisava! Deixando-se entregar pelo poder entrou no Valhalla. Viu os patronos

de cada classe e andou em direção a uma escada, a cada degrau ele se aproximava

do poder que buscava. A Valquíria branca a sua frente emavana aquele poder, tão

grande quanto o do coração de Ymir. Antes de renascer, a Valquíria lhe fez uma

pergunta:

 

 

 

- Por que todo esse ódio no coração jovem guerreiro?

 

 

 

- Tenho meus

motivos.                  

                                   

 

- O ódio só trás a desunião, o desamor, a desgraça.

Cuidado meu caro sacerdote.

 

 

 

- Só me restou o ódio, o amor não compensa. O que

me interessa é o poder.

 

 

 

- Quando atravessar a linha tênue da realidade para

transcender o que você levará será somente seu coração e essa transcendência te

transformará profundamente, você renascerá. Será uma nova criatura e essa criatura

depende da escolha que você fizer. Iohan, suas escolhas podem influenciar

diretamente o destino daqueles que estão ao seu redor e como também aqueles que

não estão.

 

 

 

- Se essa escolha que está no meu coração me der

poder, é assim que eu desejo ser.

 

 

 

- E ela dará. Mas a um preço que pode ser pesado

demais para pagar.

 

 

 

- Eu aguento. – Falou o sacerdote já envolvido pela

luz da transcendência.

 

 

 

- Nunca se deixe corromper pelo ódio e pela sede de

vingança. – Implorou a Valquíria antes que ele renascesse.

 

 

 

- Tarde demais.

 

 

 

A luz que o cercou lhe cegou por alguns momentos e

ele foi caindo, caindo, caindo...

 

 

 

Quando finalmente a luz cessou, ele recobrou a

consciência. Estava deitado sobre a grama, a paz lhe embriagava deixando-o

alegre. Quando abriu os olhos e sua visão clareou percebeu onde estava: Igreja

de Prontera. Ao levantar viu que estava vestido como aprendiz novamente.

 

 

 

- Seja bem-vindo, Iohan. – Disse a conhecida voz

rouca.

- Padre Bamph, quanto tempo! - Disse o garoto abraçando seu mentor.

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Que capítulos incríveis! como já havia dito antes, conhecer um pouco da história dá muito mais valor ao personagem me surpreendi com o capítulo 15 eu me surpreendi, até agora considerava esse rancor tão grande pelo pai um pouco descabido, considerava que nunca havia tido um esforço por parte de Iohan de considerar o pai um ser humano (acontece muito na vida real, desumanizar pessoas que não gostamos) porém com essa narrativa no capítulo 15 não condeno mais Iohan por seu sentimento o.o e o mais interessante é o fato dele ser um sacerdote que odeia isso quebra o conceito do puro e perfeitinho e o deixa muito mais real !

 

O embate no capítulo 16 foi incrívelmente bem descrito! quando eu achava que Iohan estava na frente o senhor dos mortos contra atacava, grande cena! o.o e após isso renascer! gosto dos seus personagens porque seus modos e suas falas são coerentes com o seu ser, a fala da valquíria foi épica. principalmente a ultima frase dela "suas escolhas podem influenciar diretamente o destino daqueles que estão ao seu redor e como também aqueles que não estão." (uma ótima reflexão também para todo leitor [:)] )

 

enfim... continue escrevendo o.o

 

P.S.: qualquer dia desse podemos marcar de tomar uma no bar de morroc e conversar sobre fics e outras coisas será bem legal!

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Que capítulos incríveis! como já havia dito antes, conhecer um pouco da história dá muito mais valor ao personagem me surpreendi com o capítulo 15 eu me surpreendi, até agora considerava esse rancor tão grande pelo pai um pouco descabido, considerava que nunca havia tido um esforço por parte de Iohan de considerar o pai um ser humano (acontece muito na vida real, desumanizar pessoas que não gostamos) porém com essa narrativa no capítulo 15 não condeno mais Iohan por seu sentimento o.o e o mais interessante é o fato dele ser um sacerdote que odeia isso quebra o conceito do puro e perfeitinho e o deixa muito mais real !

 

O embate no capítulo 16 foi incrívelmente bem descrito! quando eu achava que Iohan estava na frente o senhor dos mortos contra atacava, grande cena! o.o e após isso renascer! gosto dos seus personagens porque seus modos e suas falas são coerentes com o seu ser, a fala da valquíria foi épica. principalmente a ultima frase dela "suas escolhas podem influenciar diretamente o destino daqueles que estão ao seu redor e como também aqueles que não estão." (uma ótima reflexão também para todo leitor emotion-1.gif )

 

enfim... continue escrevendo o.o

 

P.S.: qualquer dia desse podemos marcar de tomar uma no bar de morroc e conversar sobre fics e outras coisas será bem legal!

Obrigado, obrigado novamente pelos elogios! Vc também é ótimo escritor Truuh. Minha fanfic sempre é carregada de reflexão pessoal, acho isso fundamental em qualquer história, seja uma crônica ou um livro.P.S.: Hoje a noite estarei online no ragnarok (feriado YEAAAH) manda pm pra mim "BattlePriest15" sem as aspas (THOR, ok?)
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Bem, eu Ítalo Ricardo finalmente ganhei minha bolsa de iniciação científica na faculdade e isso implica que eu não vou estar acessando a internet tão frequentemente quanto agora, por isso já estou upando três capítulos da fanfic, pois não sei quando vou poder entrar novamente.Nestes três capítulos muitas respostas serão dadas, bem como muitas perguntas serão feitas, no mais é isso. Apreciem a leitura ;)----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Capítulo 17

 

7 anos atrás.

 

Caos.

 

Pânico. Desespero. Eram essas a emoções que

emanavam da caverna de Payon naquele momento, o Bispo Decadente estava matando

muitos aventureiros com seu exercito de banshees, Iohan ainda entorpecido do

sono levantou-se e pegou seu cajado do sobrevivente e foi em direção da

confusão. Sua missão era ajudar os aventureiros independente do que lhe

acontecesse. Impondo as mãos sobre as pessoas que fugiam, ele aumentava suas

agilidades para que corressem mais rápido.

 

 

 

- Vamos fujam daqui!

 

 

 

Alguns aventureiros mais experientes estavam

tentando (sem sucesso) combater o MVP  (Monstro Verdadeiramente Perigoso), Iohan resolveu

lhes dar algum suporte.

 

 

 

- Benção!! Aumentar Agilidade!!

 

 

 

Ele curava aqueles que combatiam o monstro

diretamente, mesmo sendo uma cura fraca, ele sabia que poderia ajudar mesmo

assim. O que veio a seguir foi algo que ele nunca se esqueceu. Um aprendiz

entrou na caverna e passou por ele correndo com um punhal iniciante e atacou o

terrível demônio. O que diabos aquele aprendiz idiota estava fazendo ali?! A

reação do demônio não fora outra: voltou sua atenção para o atrevido aprendiz.

 

 

 

- Saia daí aprendiz! – Gritou Iohan.

 

 

 

- Vamos monstro, me ataca, isso mesmo! – Zombou o

aprendiz.

 

 

 

O monstro levantou os braços e muitos sacerdotes

que ali estavam usaram escudos sagrados. Iohan percebeu que o monstro atacaria

e fez como os sacerdotes. Anjos da morte surgiram em todo local acima das

cabeças dos guerreiros, eles matariam quem não estivesse protegido pelos

escudos!

 

 

 

- Protejam-se todos com os escudos sagrados agora!

– Gritou o Noviço. – Escudo Sagrado!! – Quando projetou sua esfera de mana

esverdeada em direção do aprendiz, o anjo da morte ceifou sua foice sobre ele.

 

 

 

Um único som. O tinir da foice ao se chocar com a

nuvem de mana bem projetada acima do aprendiz. Por sorte, dera tempo de

protegê-lo.

 

 

 

- Aumentar Agilidade!! Sai daí menino, agora! –

Berrou o menino clérigo. O aprendiz retirou seu punhal do abdômen do monstro e

correu até Iohan.

 

 

 

- Obrigado por me salvar. Te devo a minha vida. –

Disse o menino.

 

 

 

- Ta bom, agora com licença tenho que ajudar os

aventureiros.

 

 

 

- Não.

 

 

 

- Como assim não? Você vai morrer se ficar aqui.

 

 

 

- Vou te proteger a partir de agora.

 

 

 

- Menino larga de ser chato, vá embora.

 

 

 

- Não!

 

 

 

- Então fique atrás de mim e não participe dessa

batalha.

 

 

 

Quem aquele aprendiz pensava que era? Um tipo de

herói é? Não importava o demônio soltava várias habilidades e feria muitos. Os

sacerdotes e noviços que curavam os guerreiros não conseguiam acompanhar a

velocidade que o monstro feria as pessoas.

 

 

 

Iohan se assustou ao ver a onda luminosa e

repentina que atravessou a caverna e atingiu em cheio o Bispo Decadente. Um

homem gritou e foi para cima do monstro com tudo. Ele sabia quem entrou na

caverna só de ver a onda de choque projetada.

 

 

 

- Pai, cuidado! Benção!! Aumentar Agilidade!!

Angelus!! – Disse o menino impondo as mãos na direção do pai. Apesar da distância

que ele estava foi suficiente para as habilidades suportivas chegarem até seu

pai.

 

 

 

- Filho! *soluço* Calma... * soluço* Papai chegou

pra te salvar. – Pra variar, seu pai estava bêbado. E para piorar um MVP estava

atrás dele e o atacou com tudo!

 

 

 

- Pai!

 

 

 

Para a sorte de Iohan seu pai aparou o poderoso

golpe e revidou com belo perfurar em espiral. E depois caiu de costas quando tirou a

espada do torso do monstro, terminando de matá-lo... Além de bêbado estava sem

equilíbrio algum. Seu pai só lhe dava trabalho.

 

 

 

- Medicar!! – Tentou ele, sem sucesso, curar a

bebedeira do pai, enquanto se aproximava dele. O Bispo Decadente estava sendo

atacado por mais ou menos vinte aventureiros, mas os dois golpes de seu pai

foram os que mataram de vez o monstro.

 

 

 

- Pai, o senhor está bem?

 

 

 

- *soluço* Claro que *soluço* estou.

 

 

 

- Ele é seu pai? Nossa ele foi demais! – Exclamou o

pequeno aprendiz.

 

 

 

- Você não foi embora não é?

 

 

 

- Não.

 

 

 

- Quem é esse aí? *soluço*

 

 

 

- É um... – Antes que terminasse foi interrompido

pelo aprendiz.

 

 

 

- Rockfeller, senhor. Eu devo a minha vida ao seu

filho.

 

 

 

- Pai, vamos embora. – Falou o noviço que carregava

seu pai. Atrás deles ia o curioso aprendiz. – “E esse aprendiz? Vai sair da

minha aba não? Quando vai parar de me seguir” – Pensou ele enquanto ia até a

funcionária Kafra em Payon.

 

 

 

A partir daquele dia Rockfeller não saiu da vida de

Iohan, sempre o acompanhou, sempre. No começo Iohan queria que o menino parasse

com aquilo de defendê-lo, mas ele não desistiria, em vez de brigar com ele,

não, ele fez o contrario.

 

 

 

Iohan começou a treinar com ele, o aprendiz se

tornou um espadachim briguento, e em meio a tantas confusões e aventuras, uma

bela amizade surgiu. Uma irmandade.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

 

Capítulo 18

 

6 anos atrás.

 

Sacerdócio.

 

Compromisso. Fé. Saindo da igreja de Prontera já

vestido como tal, Iohan estava completamente feliz, se tornou um sacerdote,

desafiou a si mesmo e venceu suas fraquezas. Deixou de ser ele mesmo para ser

um sacerdote, um porto seguro, um homem de fé que protegerá os fracos, ajudará

os necessitados e exterminará o mal do mundo. Estralou pescoço como sempre

fazia, olhou para o céu encantado com aquilo tudo, admirando cada detalhe. Seu

amigo e fiel escudeiro Rock estava treinando nos Hodes, para logo virar

cavaleiro. A amizade dos dois tornou-se uma irmandade para Iohan. O sacerdote

passaria seis messes com sua família, ajudando a irmã a se aventurar dando-lhe

o suporte necessário.

 

 

 

- Mãe, consegui! – Disse o garoto entrando em sua

casa pela sala de estar.

 

 

 

- Parabéns filho! Natalie também conseguiu, fico

orgulhosa de vocês dois!

 

 

 

- Natalie parabéns! – Falou o sacerdote abraçando a

menininha de dez anos. - “Como ela está lindinha de espadachim” – Pensou ele.

Fazia três messes que começara o treinamento de aprendiz e já era espadachim,

sua irmã era incrível, excepcional.

 

 

 

- Iohan? – A voz familiar que vinha da cozinha o

embargou de felicidade, lágrimas brotaram de seus olhos instantaneamente.

 

 

 

- Luna!

 

 

 

O abraço foi demorado, haviam meses que não via

Luna. Sua meia-irmã, mas para ele uma irmã inteira, era uma excelente arquimaga

como Rosa fora um dia. Ela sempre estava em missões, era filha somente de seu

pai Natanael, porém sempre participou da vida de seus irmãos sendo uma irmã

presente. Iohan a amava muito e estava com muitas saudades.

 

 

 

- Ah Luna, que saudade que eu estava de você.

 

 

 

- Vim aqui pra ver meus dois incríveis irmãozinhos

que agora também são aventureiros, Iohan você está lindo de sacerdote e você

Natalie é a menininha mais fofa do mundo – Disse ela ainda abraçada ao irmão e

pousando a mão no rosto de sua irmã.

 

 

 

Esse definitivamente era um dos dias mais felizes

na vida de Iohan.

 

 

 

 

 

 

15 anos atrás

 

Escuridão.

 

Sombras. Vozes. Um saco tampava-lhe a cabeça, suas

lágrimas haviam secado de tanto chorar, queria seus pais, queria sair dali.

Estava com os pulsos e tornozelos amarrados, estava nu e desesperado. Não se

lembrava de como havia parado lá, lembrava-se de estar indo para casa, pois

tinha ido até o mercado da esquina comprar um quilo de carne de pecopeco para

sua mãe fazer o almoço. Quando algo terrível aconteceu, tudo sumiu e lá estava

ele amarrado com o saco sua cabeça, só de lembrar disso lhe fazia querer chorar

mais.

 

 

 

- O ritual está pronto? – Falou um homem de voz

grave.

 

 

 

- Só a espera do pequeno cordeirinho. – Respondeu

aos risos a mulher de voz sensual, vulgar.

 

 

 

Pegaram ele pelos braços e pernas e o puseram em

cima de uma superfície gelada. No ambiente em que estava muitas vozes

sussurravam constantemente, mas quando o colocaram naquele lugar todos se

calaram. O silêncio foi total até que a mulher o irrompeu com sua risada

vulgar.

 

 

 

- Vamos começar o ritual.

 

 

 

 

 

 

 

6 anos atrás.

 

Treino.

 

Exaustivo. Cansativo. Depois que voltara da caverna

de Payon e visitara sua família, Iohan começara a treinar em diversos locais,

seu amigo Rock tornou-se cavaleiro, porém Iohan pediu-lhe para treinar sozinho,

precisava refletir consigo mesmo, encontrar-se com os deuses e seguir seu

caminho. O sacerdote treinou em diversos locais amaldiçoados livrando o mal

deles, mas no momento estava em

Juno. A cidade mágica era alvo das malditas harpias, demônios

do vento que infernizavam a vida do povo na cidade. Ele treinava seu estilo de

batalha usando sua maça, procurava cada dia ficar mais forte, mais rápido.

 

 

 

Estava na cidade de Juno indo em direção à

funcionária Kafra pegar mais poções para seus treinos diários quando viu uma

pessoa que o desconcertou.

 

 

 

- Ora, ora. Olha quem vem lá, Iohanzinho há quanto

tempo. – Falou o burguês que estava sentado em um trono de três metros de

altura por dois metros de comprimento e um e meio de largura, em meio a Juno,

carregado por seus servos. Devia pesar muita coisa. Era cheio de pedras

preciosas e parecia ser de ouro maciço, o apoio de braços era de marfim puro e

esculpido. O trono era todo entalhado. O nobre trazia uma corte para carregá-lo

e auxiliá-lo.

 

 

 

- Se-senhor, o senhor deseja mais algo, senhor? –

Disse a funcionária kafra curvada ao rico.

 

 

 

- Suma plebéia nojenta. E quando voltar traga vinho

de mastelas e suma novamente. – O burguês estava vestindo uma armadura de

Brynhildr, uma longa capa Asfrika, botas Sleipnir, uma Coroa do Deus Sol. Ostentava

anéis de Ifrit, um colar de Brisingamen, um cinto de Megingjard, usava brincos

de bradium e nas mãos trazia uma Mjolnir legítima. Nas costas trazia uma espada

enorme com uma bainha adornada de jóias. Só o que ele vestia poderia alimentar

Prontera inteira por anos, três refeições para cada cidadão e visitante, com o

valor dos itens ostentados. Nobres...

 

 

 

- Olá Victor. – Respondeu cordialmente o clérigo.

 

 

 

- E não é que você conseguiu se tornar um

aventureiro? Mas ainda assim continua sendo um lixo e sempre será. Eu odeio

lixos como você. – Zombou Victor, o cavaleiro nobre e arrogante. Ele foi uma

das crianças que humilhavam a Iohan quando estavam no campo dos aprendizes.

Desde criança o cavaleiro pensava que era superior a plebe de Rune-Midgard.

 

 

 

Iohan lembrava bem dele. Fora um dos que mais lhe

batera por conta que Iohan sempre fora plebeu e vinha de uma família pobre e simples,

mas tradicional de Prontera. Já Victor, descendente direto da família real, com

traços bem característicos, a pele alva e os olhos claros. E claro, podre de

rico.

 

 

 

- Victor, eu não quero confusão, eu sou contra a

violência, sempre fui, então, por favor, me deixe ir embora em paz. – Implorou

o sacerdote relutante.

 

 

 

- Te deixar em paz? Paz é o que você nunca vai ter.

Quando eu for rei, escória como você irá lamber o chão que eu piso. Por isso já

começa a fazer isso, ajoelhe-se diante seu senhor e implore por misericórdia,

escória, ou se não te mato aqui mesmo. – Proclamou o burguês sorridente. Como

ele podia ser tão desgraçado? Quem ele pensava que era?

 

 

 

- Não.

 

 

 

- HAHAHAHA! – A gargalhada espalhafatosa do

cavaleiro fez todos na praça olharem surpresos com sua implosão momentânea. –

Então você vai morrer... Sempre quis acabar com você, chegou a hora. – O cavaleiro

abusado levantou-se do trono que estava sentado, seus empregados foram até a

base do trono e se prostraram para que seu senhor descesse do trono enorme,

pisando em cima deles.

 

 

 

O sacerdote odiou ver aquilo, ele humilhando as

pessoas. O nobre sacou sua arma da bainha nas costas, uma bela executora, e foi

com tudo sobre Iohan. O ataque poderoso foi bloqueado pela veloz defesa de

Iohan com seu atordoador.

 

 

 

- Bem, minha paciência acabou com você. Não é por

que você tem sangue real que você tem o direito de humilhar as pessoas, seu

arrogante. – Iohan ricocheteou três ataques, um na arma do nobre, outro em sua

barriga e o último em sua fuça. O susto foi geral em todos da praça. Iohan pôs

em posição de defesa novamente e continuou.

 

 

 

- E nunca se esqueça do que eu vou lhe falar: eu

não sou servo seu, assim como nenhuma pessoa de Rune-Midgard. Você sim, que é

nosso servo, o povo tem poder sobre seus governantes, somos o gigante que se

deixa ser guiado por babacas como você e sua família. – Falou o sacerdote

encarando profundamente seu inimigo.

 

 

 

- Como ousa falar com seu senhor assim, seu verme. Impacto

de Tyr!! – O cavaleiro levantou sua espada e atacou Iohan, mas fora bloqueado

pelo bem conjurado Kyrie Eleison.

 

 

 

- Arrogante como sempre, vou te ensinar a nunca

mais falar assim de seu povo. Moleque mimado! – O grito de fúria do sacerdote

foi traduzido em golpes certeiros e poderosos para cima do tirano.

 

 

 

Victor podia ser arrogante, porém sua habilidade de

luta era amadora, já Iohan treinava arduamente todos os dias pelo menos doze

horas ao dia. Os ataques do cavaleiro eram facilmente bloqueados pelo Kyrie

Eleison ou pela arma de Iohan. A cada guarda aberta que o nobre deixava o

clérigo acertava dois, três, quatro golpes certeiros, ele era ágil como um

esgrimista e forte como um batedor. O desajeitado tirano tropeçou em sua próprios

pés caindo de quatro diante de Iohan, ele estava tonto de tanto tomar golpes do

atordoador do sacerdote.

 

 

 

- Suma daqui seu arrogante, saiba que você não

manda nesse povo de Rune-Midgard, você não manda em mim. E você como oponente

não passa de um amador. Saia daqui. – Disse Iohan ameaçando-o.

 

 

 

- Você... Você verá, Iohan Cross! – Falou o tirando

levantando-se, estava dizimado, havia tomado uma baita surra, chamou seus

empregados e saiu dali indo em direção a um portal projetado no chão. – Você

irá se arrepender. – Finalizou o nobre encarando Iohan.

 

 

 

O povo de Juno? Estavam pasmos. O sacerdote guardou

sua maça, foi até a kafra, trouxe algumas poções brancas, pegou seu rosário e

foi em direção às harpias treinar como sempre fazia. A notícia em Rune-Midgard

não fora outra: Filho de herdeiro direto do trono foi agredido por sacerdote

fanático. Quem estava na cena da luta vira que a verdade era outra. Cinqüenta milhões

de zennys pela cabeça do sacerdote numa bandeja de prata.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

 

 

 

 

Capítulo 19

 

3 anos atrás

 

Gandaia.

 

Bebedeira. Farra. Iohan ria, gargalhava

histericamente com as piadas de seus amigos. Ele estava completamente bêbado.

Estavam no bar de Morroc. Seus novos “amigos” bebiam e riam compulsivamente

também, era um grupo de quatro pessoas, duas mulheres e dois homens, contando

com Iohan.

 

 

 

- E eu disse para ele *soluço* sumir da minha

frente por que ele não passava *soluço* de uma escória, de um abandonado. Lixo!

– Disse entre risos o sumo-sacerdote bêbado.

 

 

 

- Não acredito que você disse isso para o

Rockfeller? – Perguntou incrédula Anastásia. – Amei! – Terminou ela entre

risos.

 

 

 

- Mais uma rodada de hidromel agora. – Disse

Victor, o nobre, batendo a mão na mesa. – Toma, Iohan, prove do que há de bom

na vida. – Sugeriu o nobre passando a Iohan um grosso charuto.

 

 

 

Há um ano Iohan havia se tornado sumo-sacerdote.

Como a Valquíria o havia avisado, suas escolhas podem influenciar a todos que

estão ao seu redor, assim como aqueles que não estão. Ele escolheu o mal, a

ganância, o poder. Como consequência seu eu interior sofreu uma bruta

transformação.

 

 

 

Agora era amigo de Victor e não mais de Rockfeller.

Victor tinha dinheiro, influência e poder, Rockfeller não. Iohan aproveitaria

de Victor para alcançar o poder antigo, o poder dos primórdios, guardado e

selado com as magias primordiais. Geffênia e Glast Heim haviam provado deste.

Todo aventureiro tinha conhecimento de tal poder e para provar o quanto este

era perigoso os estilhaços das duas cidades existiam até hoje para mostrar no

que gerava a ganância dos homens.

 

 

 

As únicas famílias que ainda guardava o segredo

deste poder eram as famílias reais de Rune-Midgard, Iohan sabia disso por conta

de suas conversas com Victor. Iohan estava usando ele para alcançar o que

queria. Estava morando no palácio real por tempo indefinido. Ele havia se

afastado de sua própria família. Iohan agora não queria poder só para livrar

sua família das garras de seu pai, queria também acabar com a tirania das setes

famílias reais, ele queria comandar o país. Um plano grandioso e arriscado. Seu

objetivo era tomar o trono que era de direito de sua família.

 

 

 

Ele era da família Cross. Eles tinham sua parte de

direito no trono de Rune-Midgard, mas foram tirados do jogo pelas outras

famílias, na época que fora deflagrada a guerra contra Geffenia.  Mesmo assim seus ancestrais nunca se

esqueceram disso e sempre fomentaram o ódio das outras famílias nos seus

filhos. Com Iohan não fora diferente, o ódio era passado de pai para filho, o

Iohan de antes não se importava com isso. O de agora era bem diferente. Ele

recordou de seu avô que quase conseguira reivindicar o trono verdadeiramente.

Por apenas um dia ele fora rei, no outro, envenenado pelo veneno da serpente

mais mortal de todas: Jormungand. O povo nem ficara sabendo da revolta dos

Cross. Novamente a família Cross foi dizimada, mas desta vez sobrou somente um

descendente direto, Natanael.

 

 

 

Iohan fora despertado de sua imersão de pensamentos

pela alquimista de nome Anastásia que posou a mão no meio das pernas de Iohan (sim,

na onde você está pensando mesmo). Ela sussurrou em seu ouvido:

 

 

 

- Vamos embora daqui, tenho algo pra você fazer

muito interessante do que ficar aqui bebendo e fumando charutos caros. – Falou

a luxuriosa garota. O bêbado Iohan na mesma hora apagou o charuto no cinzeiro,

levantou-se da mesa e puxou sua amante pelo pulso.

 

 

 

- Até mais, amigos. Eu e Anastásia temos coisas

para fazer.

 

 

 

- Vocês transam mais que coelhos, HAHAHAHA! – Riu a

descontrolada odalisca sentada no colo de Victor que também fumava um grosso

charuto.

 

 

 

- Iohan volte logo, temos assuntos sérios a tratar.

– Falou Victor, calando instantaneamente a barulhenta e risonha odalisca em seu

colo.

 

 

 

- Como quiser, meu senhor. – Falou o sumo-sacerdote

curvando-se ao Gaebolg.

 

 

 

Enquanto transava com a sua amante luxuriosa no sujo

banheiro do bar. Iohan pensava em como ele a fizera de boba. Ela era prima de

Victor e a usara para se aproximar-se dos Gaebolg. Flores, chocolates, cartas

de amor, promessas de amor eterno e cinco encontros. O suficiente para deixar a

insegura garota de cartoze anos de quatro por ele. O sumo-sacerdote abdicara de

seus votos de castidade, que iam até seu casamento, para poder se aproximar de

seus inimigos. Fizera papel de Romeu e Julieta com Anastásia, enganando eles

facilmente. O jovem apaixonado que se arrependera de ter-se levantado contra a

família real Gaebolg. Idiotas.

 

 

 

Depois da rápida transa safada, Iohan e Anastásia

voltaram a mesa. Victor e Melissa estavam tão chapados que nem perceberam que

eles chegaram, havia várias seringas usadas em cima da mesa e duas seringas não

usadas, cheias.

 

 

 

- Essas são de vocês, casal de coelhos. Hihihi! –

Disse a odalisca drogada.

 

 

 

- É pra já, seus drogados. – Disse Iohan injetando

em si mesmo o conteúdo da seringa. Iohan era bêbado, fumante, drogado,

promíscuo, vingativo, manipulador, falso e cheio de ódio. E a situação só piorava.

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Nossa cara, como sempre surpreendendo a todos.Muito bom mesmo! Iohan agora um vilão? (motherofgod). Continue escrevendo, estarei esperando...Qual será o destino do vingativo Sumo...

Se tiver tempo, dê uma lida na minha FANFIC O Oráculo da Morte. xD

 

PS: Pô cara, você plagiou um nome de uma personagem da minha FANFIC '-'.   /brinks.  Ela ainda não apareceu na história xD.

"Me jogaram aos lobos, e eu voltei líder da matilha."

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Nossa cara, como sempre surpreendendo a todos.Muito bom mesmo! Iohan agora um vilão? (motherofgod). Continue escrevendo, estarei esperando...Qual será o destino do vingativo Sumo...

Se tiver tempo, dê uma lida na minha FANFIC O Oráculo da Morte. xD

 

PS: Pô cara, você plagiou um nome de uma personagem da minha FANFIC '-'.   /brinks.  Ela ainda não apareceu na história xD.

Será que Iohan agora é vilão? Quais são as verdadeiras intenções dele? o.O perguntas e mais perguntas, mas relaxa, todas elas serão respondidas mais na frente. No mais, aguarde novos capítulos rsrsrsPS.: UASUHAUHSHUSA sinto dizer amigo, mas quem plagiou aqui foi você AUHSUHSAHUSAUH Minha fanfic já existe desde 2008, entendeu champz? UHASUHSAHUHUSAUHASUHSAUH /brinks hehe
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Nossa cara, como sempre surpreendendo a todos.Muito bom mesmo! Iohan agora um vilão? (motherofgod). Continue escrevendo, estarei esperando...Qual será o destino do vingativo Sumo...

Se tiver tempo, dê uma lida na minha FANFIC O Oráculo da Morte. xD

 

PS: Pô cara, você plagiou um nome de uma personagem da minha FANFIC '-'.   /brinks.  Ela ainda não apareceu na história xD.

Será que Iohan agora é vilão? Quais são as verdadeiras intenções dele? o.O perguntas e mais perguntas, mas relaxa, todas elas serão respondidas mais na frente. No mais, aguarde novos capítulos rsrsrsPS.: UASUHAUHSHUSA sinto dizer amigo, mas quem plagiou aqui foi você AUHSUHSAHUSAUH Minha fanfic já existe desde 2008, entendeu champz? UHASUHSAHUHUSAUHASUHSAUH /brinks hehe

 

 

kkkkkkkkkkk /okayBrincadeiras à parte mas eu estou com problemas na minha FIC.Alguém pode me ajudar.Fui postar uma mensagem na minha FIC avisando a postagem do capítulo IX e na mesma hora acho que o fórum caiu (foi o fórum pq a net tava de boa).Quando voltou tinha duplicado minha mensagem "n" vezes. Eu tô com medo de levar ban por FLOOD, então alguém ae pode me ajudar?Vlw!!!

"Me jogaram aos lobos, e eu voltei líder da matilha."

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kkkkkkkkkkk /okayBrincadeiras à parte mas eu estou com problemas na minha FIC.

Alguém pode me ajudar.Fui postar uma mensagem na minha FIC avisando a postagem do capítulo IX e na mesma hora acho que o fórum caiu (foi o fórum pq a net tava de boa).Quando voltou tinha duplicado minha mensagem "n" vezes. Eu tô com medo de levar ban por FLOOD, então alguém ae pode me ajudar?Vlw!!!

 

Relaxa foi bug, eles vão apagar depois lá fica de boa.
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Taê capítulo 20 :D Comentem/critiquem até mais

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Capítulo 20

 

1 ano atrás.

 

Reencontro.

 

Amizade. Saudade. O sumo-sacerdote estava tomando

um chá na casa de seu amigo Thvry que morava em Umbala, em uma daquelas casas em

cima das árvores, estranho, mas o lugar era bem aconchegante.

 

 

 

- Que saudade meu amigo, faz tanto tempo que não o

vejo! – Esbravejou o anfitrião.

 

 

 

- Bem, também estava com saudade e, aliás, que

lugar diferente que você arrumou para morar. Mas é muito aconchegante. E o chá

de ervas brancas, uma delícia.

 

 

 

- Obrigado meu amigo, logo depois que treinamos em

Nifflheim decidi ficar por aqui. Apaixonei-me pelo povo, pelo lugar e

principalmente pela natureza do lugar. – Disse o arcebispo encantado. – Fora

que fica perto da praia e você sabe que eu não vivo longe do mar.

 

 

 

- Sim me recordo bem. – Falou entre risos o

sumo-sacerdote. – E também me recordo que você é um especialista em demônios. –

Sua expressão mudou de um sorriso para uma expressão extremamente séria e fria.

– Estou com problemas com um grupo chamado Daemonis. Tentaram me matar. Duas

vezes.

 

 

 

A xícara e o pires de Thvry espatifaram no chão de

madeira da sua sala. Depois de suspirar profundamente, ele disse:

 

 

 

- Me desculpe, é que eu me assustei. Iohan, esse nome

tem grande poder, não por se tratar somente dos demônios, mas sim por ser

latim, língua antiga e mágica, associada aos rituais de exorcismo, aos rituais

de magia antiga. Magia da poderosa.

 

 

 

- Então estou correndo perigo.

 

 

 

- Se um grupo que se alto intitula Daemonis, um

nome de poder, e tentaram te matar...

 

 

 

- Duas vezes. – Disse o sumo-sacerdote

interrompendo-o.

 

 

 

- Sim, duas vezes, com certeza são perigosos e

querem te ver morto, motivos? Acho que nós dois sabemos que eles não faltam.

 

 

 

- Falta de merecimento nunca foi. Eu devia estar

morto há muitos anos. – Disse ele desgostoso, como se a lembrança amargasse sua

boca. - Quero saber qual é o intuito deles em me matar, por que querem isso. Eu

ainda pago pelos meus pecados Thvry, você sabe disso, eu destruí muitas vidas

com a minha busca louca de poder. Preciso de sua ajuda.

 

 

 

- Iohan, você sabe que pode contar comigo.

 

 

 

Os dois foram em direção a Abadia de Santa

Capitolina, atrás da mestra de Iohan. Ela entendia tanto de demônios quanto

Thvry e duas cabeças pensam melhor do que uma, quem dirá três.

 

 

 

- Irmã Asthe, quero lhe agradecer novamente pelo

sigilo. – Falou o sumo-sacerdote que deu um beijo na mão da velha senhora.

 

 

 

- Ah, meu querido, não precisa agradecer. Você sabe

que pode contar comigo. Mas por que a visita inesperada?

 

 

 

- Irmã, a senhora já ouviu falar de algum grupo

denominado Daemonis?

 

 

 

- Por Odin! Venham para dentro crianças. – Disse a

freira apartando os dois clérigos para dentro da abadia. Em sua sala puderam

conversar.

 

 

 

- Bem Iohan, lembra-se quando eu lhe preparava para

ser um sacerdote?

 

 

 

- Sim me lembro.

 

 

 

- Você lembra o que eu expliquei sobre demônios?

 

 

 

- Sim, que eram anjos que caíram por irem contra a

vontade dos deuses, seres de maldade e trevas imensas, capazes de matar pelo

simples prazer.

 

 

 

- Sim, você se lembra. Como você disse, demônios

são anjos caídos. Daemonis, do latim, significa demônio, e vocês dois como

sacerdotes sabem que é a língua do exorcismo e das magias sagradas sim?

 

 

 

- Sim sabemos – Respondeu Thvry.

 

 

 

- O latim é a língua mais antiga do mundo humano. É

a língua usada nas primeiras magias, as magias antigas, magias essas que nos

protegem até hoje com o poder das runas escritas pelo poder divino, as cidades

são seladas com essas magias. O termo Daemonis vindo de uma língua antiga de

poder como o latim descreve a todos os demônios e seu significado vai além

disso, ele traduz o poder e o mal que os demônios carregam consigo, seu ódio e

desgraça. É uma palavra de muito poder.

 

 

 

- Entendo, Thvry por onde começamos a investigar

isso?

 

 

 

- Complicado, são um grupo secreto do qual nem

sabíamos da sua existência, inacessível, o jeito é esperar o próximo passo

deles e tentar coletar informações.

 

 

 

- Irmã, recordo-me de muitos pergaminhos e escritos

antigos, podemos usá-los? – Perguntou Iohan.

 

 

 

- Claro que sim.

 

 

 

- Obrigado, irmã tenho uma pergunta: que símbolo é

este? – Falou o sumo-sacerdote enquanto desenrolava a tira de pele tatuada do

lenço manchado de sangue.

 

 

 

- Por Odin! É um símbolo maldito! – Exclamou a

freira, suspirando profundamente. Depois de um pigarro continuou: – A lótus é a

flor do renascimento ela surge da lama e desabrocha acima da desgraça que a

cerca, exibindo sua beleza e sua perfeição, sempre em busca da luz. A lótus de

sangue ou a lótus sanguinária – Falou ela apontando para a tatuagem - É o símbolo

que representa o ressurgimento dos demônios, seu renascimento a partir do

sangue de todos os humanos. Assim como a lótus de sangue se nutre do sangue,

eles se nutrem da morte e do sofrimento dos humanos, é a flor que busca a

escuridão.

 

 

 

- Mas por que Iohan tem que morrer? – Perguntou

Thvry, surpreso com a revelação da freira, nunca em anos de estudo sequer

ouvira falar da lótus sanguinária e de seu significado. – E como a senhora

conhece a lótus sanguinária?

 

 

 

- Isso eu não posso dizer. Pelo menos não agora, é

perigoso demais.

 

 

 

- Mas irmã! Eu preciso entender o que está

acontecendo! – Disse o sumo-sacerdote levantando-se repentinamente da cadeira.

 

 

 

- Primeiro você precisa entender o que lhe

aconteceu, Iohan. Agora sente-se que irei lhe contar a verdade que eu, sua

família, padre Bamph e outras pessoas lhe esconderam.

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