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HISTÓRIAS DO CLÃ VON SHUMER, LIVRO 1: A CONSPIRAÇÃO DE PRONTERA


GUZ

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HISTÓRIAS DO CLÃ VON SHUMER, LIVRO 1: A CONSPIRAÇÃO DE PRONTERA

CAPÍTULO 1 - SURPRESA NA CAVERNA

 

- Você REALMENTE sabe o que está fazendo?

 

 

 

 

 

 

 

 

A pergunta era feita quase em tom de súplica. Partira de um jovem de

aparência absolutamente normal, não fosse o temor de que algo desse errado

obviamente estampado no rosto.

 

Justinian Von Shumer era o tipo de pessoa em quem você não presta

atenção alguma. Um jovem, como já foi dito, absolutamente normal, com estatura

e peso apenas adequados, físico de acordo com a falta de exercícios regulares -

enfim, um rapaz para quem você olharia pelo mais puro acaso. Claro que, por

baixo disso, se escondiam cabelos castanhos um tanto compridos, pele clara e

olhos em um tom escuro contrastante, mas tudo acabava se tornando detalhe

diante da indiferença que o mundo demonstrava pelo rapaz.

 

Entretanto, Justinian possuía um detalhe que, algumas vezes, o destacava

dos demais. Justinian era um Alquimista. O dom de perceber as intrincadas

linhas que delimitam a vida, de compreender seus padrões e moldar suas formas

surgia na mente de poucos, que eram treinados na Escola Alquímica de Al De

Baran antes de ganhar o mundo com suas poções e pergaminhos.

 

Naquele instante, porém, Justinian ganhava não o mundo, mas o prelúdio

de uma grande dor de cabeça...... 

 

 

 

 

 

 

- Claro que sei, Just. Relaxe.

 

 

 

 

O Alquimista não ficou mais aliviado com a resposta. Já a escutara

antes, e sabia bem que quando seu primo dizia que podia relaxar, só o

conseguiria fazer depois de correr - e para longe.

 

Sague Von Shumer não era muito inclinado a ter uma vida tranqüila. Vinha

de um ramo mais pobre da numerosa família Von Shumer, e tendo sido criado em

meio às vielas e à poeira da esquecida cidade de Morroc, acostumou-se desde

cedo a problemas, encrencas e complicações, aprendendo inclusive a atraí-los

como poucos conseguiriam. Era um gatuno de rosto vívido, cabelos claros se

sobressaíam ante à pele morena, cor obtida devido ao sol constante do Deserto

Sograt. O físico era um pouco mais forte do que o do primo, mas nada muito

acima do esperado de um rapaz que teve que aprender a se virar sozinho desde

cedo. 

 

 

 

 

 

 

- É que existem meios mais fáceis de conseguir as ervas de que preciso,

Sague. E mais seguros também. Pelo menos não nos matam.

 

- Sim, mas você precisa de muitas ervas, não? O pedido tinha muitos

zeros antes do Z, não tinha? Então pronto. Os Pés-Grandes  são atraídos pelo cheiro das ervas brancas,

suas tocas são cheias delas. Em um instante entramos, e saímos com mais ervas

do que poderemos carregar! 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os Pés-Grandes eram na verdade grandes ursos de pêlo marrom que viviam

nas florestas próximas à cidade de Alberta. Tinham esse nome pelo óbvio motivo

de possuírem patas longas, cujo couro era usado para forrar sapatos e

aquecedores de orelhas. Eram criaturas até dóceis, desde que aventureiros não

entrassem em suas tocas - ou eles poderiam usar suas carnes para forrar os

próprios estômagos.

 

Justinian e Sague estavam nas florestas que separavam as cidades de

Alberta e Payon. A primeira era uma grande cidade costeira, cuja importância

para o continente era vital. Por fazer ligação com ilhas como Ayothaya, Kunlun

e Louyang, Alberta era porta de entrada e saída de rotas comerciais que se

estendiam até a distante República de Schwartzwald. Já Payon era lar de tradições

milenares, um lugar onde misticismo exalava de cada árvore. Contos sobre uma

"antiga Payon" pairavam, escondida nas profundezas de uma caverna nos

limites da cidade. A Família Imperial sustentava tais boatos, mais para atrair

turistas do que por serem reais, e assim os segredos permaneciam dentro das

mentes dos visitantes, fazendo seus zenys permanecerem fora das carteiras.

 

Naquele instante, Sague pensava nos zenys que poderia dividir com o

primo. O alquimista havia recebido uma grande encomenda de poções brancas -

remédios feitos com ervas que curavam feridas, aliviavam dores e, em alguns

casos, eram fermentadas para se tornar uma excelente bebida alcoólica cuja

principal vantagem era curar a embriaguez que ela mesma causava. Justinian

estranhou o pedido. Não era um alquimista conhecido, fazia suas poções mais

para as pessoas que moravam próximas. Um pedido tão grande poderia ter sido

feito a alquimistas mais famosos e confiáveis. Talvez seus preços tivessem

atraído o cliente... em todo caso, Sague estava lá para impedir que Just

recusasse o pedido. Afinal, não é sempre que se vê tanto zeros em um pedido de

simples poções brancas.

 

Sague e Justinian se aproximavam de uma caverna. Uma larga entrada se

abria em uma encosta. Musgo se acumulava na pedra, e grandes pegadas

evidenciavam que ali era moradia de Pés-Grandes. A imagem de sua carne forrando

o estômago de um deles atravessou a mente de Justinian como uma flecha.

 

Era comum o primo colocá-lo em problemas. Certa vez, Sague deveria fazer

duas entregas em locais diferentes, a de uma poção do amor para um amante

apaixonado; e um vidro de remédio de estômago para um comerciante que morava

perto. A memória de Sague, entretanto, não foi suficiente pra tanta informação,

e se esvaiu no caminho. Esquecido de qual frasco ia para qual cliente, o gatuno

resolveu arriscar - afinal, eram 50% de chance de acerto. Infelizmente, os

clientes se encontravam dentro da margem de erro, e Justinian precisou arcar

com as reclamações da esposa de um comerciante que havia se apaixonado por sua

privada, e de um amante apaixonado que, digamos, passou por um momento muito

constrangedor que acabou com suas chances de conquista... e que lhe custou um

novo par de calças também.

 

Justinian às vezes se perguntava o que havia feito para que sua tia

mandasse Sague para morar com ele. O rapaz chegou em Alberta apenas um mês

depois de Justinian se formar como Alquimista, carregando consigo uma carta que

dizia: 

 

 

 

"Justinian, meu querido

sobrinho. Soube que se formou. Sua mãe ficaria orgulhosa. Agora que é um homem

e pode cuidar de si, por favor, cuide de meu filho, e ensine-o a ser um pouco

como você. Beijos de sua tia." 

 

 

 

 

 

 

Os pais de Justinian haviam sido ajudados no passado pela mãe de Sague,

em diversos momentos, Agora, era a hora de retribuir o favor, e Justinian

adoraria saber o que a tia havia feito que custasse tanto para retribuir.

 

Com um longo suspiro, Justinian voltou à realidade, encarando a bocarra

aberta na encosta, mas a imagem dos dentes de um Pé-Grande o fez querer que a

realidade fosse, naquele momento, no aconchego de seu laboratório em Alberta. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

- Vamos, Just. Não ouço sons lá dentro, não devem estar aí.

 

- O que me faz imaginar o que aconteceria se eles voltassem e ainda

estivéssemos lá dentro.

 

- Seremos rápidos. Entramos, pegamos as ervas e saímos. Eles nunca

saberão que estivemos aqui.

 

- Adoraria ter sua certeza.

 

 

A escuridão dominou os sentidos dos primos enquanto adentravam a

caverna. Muito pouca luz chegava a atravessar a entrada devido à densa floresta

do lado de fora, e antes que notassem, enxergavam apenas uma gigantesca mancha

negra à sua volta. A caverna, vista de fora, parecia ser longa, perfeita para

que animais selvagens abrigassem a si e seus filhotes sem riscos de que

predadores naturais os atacassem. Também era perfeita para atrair aventureiros

incautos o suficiente para entrar ali sozinhos, sem meios de enxergar no escuro

- ao contrário dos Pés-Grandes, que podiam ver perfeitamente mesmo no mais

completo breu. Os primos, desempenhando muito bem seus papéis de aventureiros

incautos, seguiam adiante, e alcançavam já o meio da caverna.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

- Está sentindo o cheiro das ervas brancas, Just? Eu disse que

acharíamos um monte aqui.

 

- O único cheiro que quero sentir é o da minha casa, Sague. Já entramos

fundo demais nessa caverna, e eu quero muito voltar, vivo de preferência.

 - Agora que estamos aqui, primo? Estamos perto das ervas, é só

seguir um pouco mais! O problema é que aqui é muito escuro, não esperava por

isso...

 

- Não esperava? E você esperava o quê, então? Que os Pés-Grandes

possuíssem alguma avançada fonte mágica de iluminação que de repente.... 

 

 

 

 

De repente, com um som parecido com o de um sopro dado próximo das

orelhas, uma chama iluminada surgiu a alguns metros dos dois primos, criando

luz na caverna que antes não permitia visão alguma, revelando um chão liso,

paredes com musgo em quase toda a extensão, e espantando um grupo de morcegos

que ali dormia e que, em sua fuga, envolveu os dois primos. Estes

encontraram-se atordoados pela luminosidade repentina, e ainda tentavam

acostumar-se a enxergar na luz.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

- Bem avançados esses Pés-Grandes na minha opinião.

 

- Muito engraçado, Sague. De onde veio isso? - Justinian apertava os

olhos, mas já se habituara com a nova fonte de luz - Ali, Sague, tem uma

virada.. essa luz parece ter vindo de lá. Vamos.

 

- Err... acha mesmo que devemos?

 

- A idéia de entrar aqui foi sua, em primeiro lugar. - o alquimista já

se dirigia para a curva no caminho da caverna, sem desviar a atenção do primo.

- Além disso, quero saber quem ou o que.... hmm? 

 

 

 

 

Justinian sentiu que havia dado um encontrão em alguém.... ou algo.

Levou alguns segundos para que sua mente digerisse o fato de que a fonte de

luz, fosse ela o que fosse, estava ali, com todas as suas prováveis presas e garras

a poucos centímetros dele. Lentamente, Justinian foi virando a cabeça de olhos

fechados. A luz rodopiante continuava a fazer suas voltas e, quando o

alquimista terminou de virar, abriu os olhos... para não ver nada à sua frente,

a não ser a órbita brilhante. Foi quando uma voz, vinda mais de baixo, disse,

em um tom absurdamente humano:

 

 

 

 

 

 

- Oi!

 

- AHHHH! 

 

 

 

 

 

 

Imagine-se andando de costas, descendo uma ladeira e, de repente,

tropeçando em uma pedra no chão. Foi mais ou menos esse o movimento de Justinian,

acompanhado do "AHHHH!" característico de alguém que não esperava por

aquilo. Imagine também que logo atrás de você vinha andando outra pessoa. Foi

assim que Sague se sentiu, ao receber 70 quilos de alquimista sendo jogados em

seu colo. Os dois caíram sentados no chão de pedra fria, em uma cena que ambos,

mais tarde, agradeceriam aos deuses por ter acontecido em uma caverna

abandonada, e não no meio de Alberta.

 

Olhando para a frente, finalmente Justinian viu o dono daquela luz

rodopiante, e para sua surpresa e alívio, ele não possuía presas e garras. Era

um garoto bem novinho, branco, olhos azuis, cabelos curtos, lisos e pretos.

Vestia roupas típicas de aventureiros iniciantes e incautos, e não devia ter

mais que 17, 18 anos. Segurava um broche avermelhado que emitia uma fraca

luminosidade, e na outra mão, uma adaga pequena que, talvez, mal cortasse um

pão se não estivesse fresco. Vendo o alquimista no chão, imóvel, o jovem logo

se desculpou e se apresentou. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

- Pelos Deuses! Me desculpem! Assustei vocês?

 

- Imagine! Não existe coisa mais comum que encontrar crianças e luzes

estranhas em cavernas de ursos. - Justinian se levantou, limpando o manto.

 

- Qual o seu... ai! ... nome, garoto? - Sague se levantou, alisando o

próprio traseiro, que doía após ter amortecido forçadamente a queda do primo.

 

- Matthew, aprendiz de noviço da Igreja de Prontera. Muito prazer em

conhecê-los! - o jovem esticou a mão e abriu um sorriso para Justinian, que

aproveitou para confirmar a não existência de presas ali.

 

- E o que um aprendiz de noviço faz nessa caverna? Prontera fica muito

longe daqui!

 

- Estou visitando Alberta junto de meu mentor. Ele veio à cidade por que

tinha algo a resolver, e me deu essa ordem - e agora, Matthew falava em tom

orgulhoso, engrossando a voz - "enfrentar os perigos de uma caverna cheia

de feras terríveis em nome dos Deuses"!

 

- Seu mentor deve realmente gostar muito de você para lhe dar uma missão

tão.. er... importante.

 

- Ah, sim. Meu mentor é um homem muito justo, bom e generoso. Espero que

você o conheça um dia.

 

- Sim, sim, claro.... hmm.. Sague, o que está fazendo? - fazia algum

tempo que Sague não falava nada, e Justinian notou que o primo estava abaixado

junto à uma parede.

 

- Ervas brancas, primo, um monte delas! Já tem mais do que o suficiente

para fazer as poções!

 

- Que bom! Podemos sair daqui agora? Ficar nesta caverna já me deu mais

surpresas desagradáveis do que o que costumo ter por dia.

 

- Er.... acho que vai ser um pouco difícil sair, senhor alquimista... -

Matthew fraquejava a voz.

 

- Não me chame de "senhor alquimista". E porque vai ser

difícil sair?

 

- Bem... - Matthew olhava para um ponto atrás do alquimista - Lembra da

minha missão? "enfrentar os perigos de uma caverna cheia de feras

terríveis?"

 

- Sim, lembro. O que tem ela?

 

- Ele acabou de achar as feras terríveis, primo. 

 

 

 

 

Um forte rugido ecoou na caverna, vindo de trás de Justinian que, logo

em seguida, viu um borrão passar bem rápido por ele, identificando como sendo o

primo. Incapaz de se virar, Justinian soube, instintivamente, que todas as

presas e garras que imaginara até então finalmente haviam aparecido.

 

 

 

 

- Primo, corre! PÉS-GRANDES! - o aviso do primo e mais um rugido foi

suficiente para dar partida nas pernas de Just, que seguiu em disparada, com

Sague e Matthew, caverna adentro.

 

 

 

 

Rune Midgard não possui nossas formas avançadas de medição de tempo,

portanto nunca saberemos a velocidade máxima na qual um alquimista ou um gatuno

podem correr, mas acreditamos que Justinian e Sague tenham alcançado duas ou

três vezes esse valor. Como Just temia, os Pés-Grandes haviam voltado, e não

estavam felizes com seus hóspedes. Agora, os primos e o aprendiz rumavam cada

vez mais fundo na caverna, sem ter como contornar. Escondidos atrás de algumas

rochas mais altas, os três ponderavam rapidamente a situação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

- Vamos virar almoço de urso, vamos virar almoço de urso.... - Justinian

parecia preso à idéia de estar em breve forrando o estômago de um dos bichões.

 

- Não, não vamos. Matthew, me empreste seu broche. Era dele que vinha

aquela luz, não é?

 

- Sim, mas não posso dá-lo dessa forma! Foi um presente importante

que...

 

- Não importa, vou devolvê-lo depois - Sague entregou as ervas para o

primo, e juntava algumas pedras mas mãos. - São apenas dois ursos, podemos

sair.

 

- Como?

 

- Quando eu contar três, comecem a correr de volta para a saída.

Preparados? Um..... dois.... 

 

 

 

 

Antes do "três", Sague arremessou o broche entre os dois

Pés-Grandes, e a pequena peça vermelha disparou sua luz intensa. Os ursos,

mesmo enxergando bem no escuro, não esperavam o clarão repentino, que os

atordoou por alguns segundos.

 

 

 

 

- TRÊS!

 

 

 

 

 

 

E mais uma vez Justinian quebrava seu recorde de velocidade, sendo

seguido de perto por Matthew. Com a disparada dos dois, Sague começou a arremessar

as pedras nas cabeças dos Pés-Grandes, que não conseguiam achar seu atacante

por estarem ainda atordoados pelo clarão do broche. Uma das pedras acertou em

cheio o olho direito de um dos ursos, que fugiu para  fundo da caverna, passando bem perto de Sague. Com o caminho

livre, o gatuno também saiu de seu esconderijo, jogando mais algumas pedras no

pé-grande que restara, afastando-o do broche. Após pegar a jóia, Sague seguiu

os companheiros para a saída da caverna.

 

Justinian só pararia de correr a alguns bons metros da caverna,

desequilibrando-se e caindo em meio a folhas e galhos, espalhando suas ervas e

arranhando um pouco os braços. Matthew veio logo atrás, e olhava para a boca da

caverna. Alguns segundos de espera lhe permitiram ver Sague surgindo na

escuridão parando próximo dos outros dois fugitivos. Ao abrir os olhos,

Justinian viu uma planta, bem perto dele, com belas folhas brancas, muito

semelhantes às ervas que Matthew agora recolhia. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

- ERVAS BRANCAS, SAGUE! Mais Fáceis! Não nos matam!

 

- Calma, primo! Conseguimos muitas ervas! E estamos vivos, não é?

 

- Graças a seu plano, senhor Sague, que....

 

- NÃO AGRADEÇA A ELE, nem teríamos entrado ali se não fosse a

insistência dele! Você ainda nos mata, Sague, escute bem....

 

- Pelo menos não foi hoje. Podemos agora voltar para Alberta, fazer suas

poções e receber aquele zeny todo.

 

- Vocês vão para Alberta? Me levem junto! Preciso me encontrar com meu

mentor!

 

- Desde que você fique com ele quando o encontrar.

 

- Não fale assim, Just. Nossa aventura foi legal. Até fizemos um novo

amigo na caverna!

 

- Os pés-grandes não pareciam querer amizades.

 

- Pare de ver o lado ruim de tudo! Aqui, Matthew, seu broche.

 

- Obrigado, senhor Sague. é muito importante para mim. Com certeza, o

senhor alquimista, se olhar com atenção, vai notar que....

 

- NÃO ME CHAME de "Senhor Alquimista". E chega de conversa,

vamos logo para Alberta. Por hoje minha cota de florestas, cavernas e ursos

gigantes já está preenchida. 

 

 

 

 

E os dois primos saíram dos arredores da caverna, rumando para a cidade

de Alberta, levando consigo um pequeno aprendiz de noviço chamado Matthew.

 

Isso, e algo que, mais outra vez, salvaria suas vidas.================================================================================Os Von Shumer são uma estranha família. Com membros espalhados por toda Rune Midgard, nada de normal acontece com eles. Suas vidas são sempre temperadas com confusões e aventuras absurdas, que uma pessoa normal do reino jamais ousaria querer para si. No Livro 1, "A Conspiração de Prontera", os primos Justinian e Sague encontram um aprendiz de noviço numa caverna, e acabam se envolvendo em uma grande conspiração, que pode pôr fim aos alicerces da Igreja de Prontera.Primeira vez que escrevo fan fics de qualquer tipo, então por favor.. se estiver bom, pode falar, se estiver ruim também. Apenas assim posso aprimorar a história. Os Von Shumer realmente existem ingame, são uma brincadeira minha e de vários amigos de clã, que quando criam um personagem novo, sempre colocam esse sobrenome. Várias das situações dos livros terão sido inspiradas em situações de jogo mesmo.Espero que gostem ^^ O capítulo 2 já tá vindo em breve ^^Em tempo: sim, eu sei que é um bloco de texto sinistro. Mas minha intenção é mesmo de criar histórias longas. Respeito a todos que sentirem preguiça de ler devido à quantidade de texto, mas por favor, não façam flames desnecessários por isso, ok? ^^

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*Aplaude*

 

MUITO legal, gostei dos personagens, mesmo. Pronto para mais. A única coisa que estranhei foi um alquimista correndo de pés-grandes, mas se ele fosse um PP, tudo bem, hehe.

Aguardo mais capítulos!

Mas ele É Pure Potter aushauhsua É meu Alquimista, Justinian Von Shumer, do server Loki. TODOS os Von Shumer ali, e dos outros futuros livros, existem. O Sague é Arruaceiro hoje em dia já. Além disso, o Just é medroso por natureza, ele com certeza fugiria dos Pés Grandes rsrsrss

 

Agradeço mesmo os aplausos. Escrevo a história nos intervalos do serviço, e um pouco mais quando chego. Assim que o Capítulo 2 estiver pronto, posto aqui. ^^

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Parabens ^^ Boa fanfic pra sua primeira... A primeira q eu fiz foi um desastre *lembrando* Tah muito boa mesmo, descreve bem as ações e você não se prende: "O Ragnarok não se da pra correr, etc, etc" Não se prende soh as ações do Rag q fica muito boa...

 

*Esperando proximo capitulo*

Agradeço também a você, Sakura. Essa coisa de "se prender às ações do Rag" acho bobeira mesmo. Numa fic, o que conta não é o jogo, é o mundo. E com certeza dá pra correr em Midgard [/heh]

 

Como falei, já iniciei o Capítulo 2. Estou pensando em colocar um capítulo por semana, o que acham? ^^

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Bem, boa meta pra vc, jah q quase nem um por semana consigo postar... Eh muita coisa pra fazer u.u

 

Agora mesmo, eu to indo upar um pouco do GC...

heheeh.. vai ser pelo menos um por semana mesmo. Mas sempre que terminar um Capítulo vou postar aqui, não vou esperar "chegar no dia" não rsrrss.

 

Agradeço a vcs que me deram força pra continuar ^^

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Muito boa!

 

 

 

A escrita é fluída e os personagens, por mais que às vezes pareçam

simples, são bem carismáticos. Acho que só exaltar fics "sérias e

profundas"... me coloco aí. Sei que muitos adoram a Guerra santa e fico

muito feliz por isso, mas vejo muitas fics serem deixadas de lado. A

sua é muito gostosa de se ler^^ Ela se presta a entreter, com graça e

uma aventura rápida, meio bagunça...

 

 

 

Enfim, sua fic é leve e é perfeita no que é! Estou lendo várias fics

atrasadas, estou gostando d emuitas, mas a sua foi bem divertida, me

arrancou sorrisos e agradeço-lhe por isso^^

 

 

 

PS: por favor, não me entendam mal. Não tiro o valor das fics que são

mais lidas, mas todos têm seu lugar ao sol e algumas são meio deixadas

de lado por não fazerem parte de suposto "panteão" (é assim que se

chama, né?). Esse cara começou a primeira fic e está mandando MUITO

bem. Bem, pelo menos pro meu gosto =P

 

 

 

Continue o ótimo trabalho! Aguardo mais capítulos^^

 

 

 

Cyah!

 

 

 

Nanyu

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oO

 

Nossa! Confesso que me emocionei com essa ^^ Quando a fic "caiu" pra segunda página, pensei logo "ah, não devo ter agradado muuuito, mas sem crise... vou escrever pro pessoal do clã mesmo ". Daí, entro aqui sem pretensões e vejo essa. Fico muito, mas muito feliz mesmo que tenha gostado, Nanyu. O Capítulo 3 tá pra sair, está meio atrasado pois tive uns contratempos médicos, mas ainda tá tudim aqui ^^ Espero postar logo esse capítulo novo. Talvez essa semana ainda ^^

 

E a todos que leram, mesmo que sem postar nada, muito obrigado ^^

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Muito boa!

 

 

 

A escrita é fluída e os personagens, por mais que às vezes pareçam

simples, são bem carismáticos. Acho que só exaltar fics "sérias e

profundas"... me coloco aí. Sei que muitos adoram a Guerra santa e fico

muito feliz por isso, mas vejo muitas fics serem deixadas de lado. A

sua é muito gostosa de se ler^^ Ela se presta a entreter, com graça e

uma aventura rápida, meio bagunça...

 

 

 

Enfim, sua fic é leve e é perfeita no que é! Estou lendo várias fics

atrasadas, estou gostando d emuitas, mas a sua foi bem divertida, me

arrancou sorrisos e agradeço-lhe por isso^^

 

 

 

PS: por favor, não me entendam mal. Não tiro o valor das fics que são

mais lidas, mas todos têm seu lugar ao sol e algumas são meio deixadas

de lado por não fazerem parte de suposto "panteão" (é assim que se

chama, né?). Esse cara começou a primeira fic e está mandando MUITO

bem. Bem, pelo menos pro meu gosto =P

 

 

 

Continue o ótimo trabalho! Aguardo mais capítulos^^

 

 

 

Cyah!

 

 

 

Nanyu

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oO

 

Nossa! Confesso que me emocionei com essa ^^ Quando a fic "caiu" pra segunda página, pensei logo "ah, não devo ter agradado muuuito, mas sem crise... vou escrever pro pessoal do clã mesmo ". Daí, entro aqui sem pretensões e vejo essa. Fico muito, mas muito feliz mesmo que tenha gostado, Nanyu. O Capítulo 3 tá pra sair, está meio atrasado pois tive uns contratempos médicos, mas ainda tá tudim aqui ^^ Espero postar logo esse capítulo novo. Talvez essa semana ainda ^^

 

E a todos que leram, mesmo que sem postar nada, muito obrigado ^^

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Gostaria primeiro de pedir desculpas pela demora. Estive sem escrever devido a pequeno contratempos médicos, mas já estou de volta. Parece que só tenho inspiração nos intervalo do serviço oO xD De qualquer modo, cá estamos, com o Capítulo 3, e já trabalho no 4. Vejo vocês lá [/ok]

 

 

 

 

 

 

CAPÍTULO 3 - FLECHAS E

PERGAMINHOS  As florestas que isolavam Alberta do resto do continente eram densas e

perigosas. Sua flora possuía plantas das mais diversas, de flores perfumadas e

frutos comestíveis a cogumelos venenosos e plantas carnívoras. A fauna contava

com muito mais do que os inofensivos Lunáticos e Porings que costumavam surgir

nos arredores da cidade. As árvores serviam de abrigo para vários tipos de

predadores naturais perigosos, e dizia-se, inclusive, que uma pantera gigante

rondava pela floresta, mas ninguém jamais tivera coragem de verificar de tal

história era verdadeira. De qualquer modo, as áreas mais profundas das

florestas de Alberta e Payon não eram lugares nos quais papais, mamães e

filhinhos devessem fazer seus piqueniques.

 

 

 

 

Os pensamentos de Justinian fizeram uma pequena pausa na parte da

pantera gigante. O rapaz dedicou alguns segundos imaginando se haveria como

escapar se tal criatura aparecesse - estavam no meio da floresta, e não seriam

broches luminosos e pedradas que os ajudariam, se as histórias fossem

verdadeiras. Apesar de seu instinto de pesquisador ter vontade de ver a tal

pantera cara a cara, seu instinto de sobrevivência se sobressaía com louvor.  Sague parecia alheio ao fato de estarem muito longe de casa, no meio de

uma floresta extremamente perigosa cheia de criaturas prontas para provar carne

de gatuno. Ele andava tranqüilamente à frente do grupo, com Matthew seguindo-o

logo atrás. Mantinham uma animada conversa, cujos assuntos não mudavam muito

além de "zeny" e "quero ser noviço".  - Longe de casa, enfrentando os perigos dessa floresta, sem saber se

chegaremos até Prontera... imagino o quanto falta para que aconteça algo.

 

- Ora primo, já estamos aqui andando a horas e nada aconteceu. Nenhum

monstro, nenhum imprevisto... se continuar assim, chegamos no fim do dia em

Payon.

 

- Isso, senhor Justinian. O senhor Sague está controlando muito bem a

situação.

 

- Sague não consegue controlar um prato de sopa quente, quanto mais uma

situação como a nossa.

 

- Muito obrigado por confiar tanto em mim, primo.

  - "Sempre pronto a dizer a verdade", esse é meu lema.

  - Erm.. os senhores ouviram algo? - um leve farfalhar soava pelas copas

das árvores.

 

- É só o vento, garoto.

 

- Isso, Matthew. Deve ser só o vento. Ninguém além de nós seria burro o

bastante para se aventurar no meio da floresta assim. - Just deu um olhar tão

frio e seco para Sague, que se o gatuno tivesse notado, teria congelado no

mesmo instante. Esse olhar, entretanto, não durou muito, pois novos sons,

vindos do alto, demonstravam que ou o trio não estava sozinho, ou que o vento

havia aprendido algum tipo de ventriloquismo.

 

 

 

 

 

 

Enquanto os primos e o aprendiz se juntavam em círculo, de costas uns

pros outros, olhando para cima e procurando a fonte dos sons, uma flecha desceu

por entre as folhas, enterrando sua ponta no chão, a poucos centímetros dos pés

de Justinian. Logo vieram outras duas, próximo dos outros dois aventureiros.

 

 

 

 

 

 

- Q.. q.. quem está aí?

 

- Eu não me importaria se fossem embora sem que se apresentassem, Just.

 

- Sague, Justinian, vejam ali! - Matthew apontava para um local nas

copas, onde uma mancha vermelha se sobressaía entre as folhas. Um olhar mais

atento faria com que notassem que a mancha, na verdade, era um sapato

avermelhado. Parecia que haviam achado seu arqueiro misterioso. Sague,

lentamente, abaixou-se e pegou uma pedra, a qual arremessou com precisão absoluta.

Ela bateu a alguns centímetros acima do sapato, fazendo seu dono se

desequilibrar e cair ruidosamente entre os arbustos no chão. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

- AHÁ! Minha impecável pontaria nos salva de novo!

 

- Porque não fico surpreso em saber que seu único talento é um ato de

vandalismo?

 

- Você tem é inveja do resultado de meus treinos incessantes!

 

- Não, não tenho! Ainda mais que seus "treinos incessantes" me

fizeram pagar o conserto de metade das vidraças da Guilda de Mercadores de

Alberta!

 

- Poderíamos ter essa conversa depois, senhores? Nosso atacante

misterioso está se levantando.

 

 

 

 

 

Deixando a amigável discussão familiar de lado, Just e Sague se

aproximaram do local onde o sapato e seu dono caíram. Ambos, entretanto,

ficaram boquiabertos ao ver, no lugar de um selvagem arqueiro, do tipo que vive

nas florestas desde criança e que ataca quem entra em seu território, um jovem

vestido com os conhecidos robes dos magos de Geffen... e ele aparentava ser o

tipo de mago que NÃO deveria estar naquela floresta atacando a quem entrasse em

seu território - ainda mais pelo fato de que ele parecia não possuir território

algum.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

- Awww minha cabeça! O que pensam que estão fazendo?

 

- Podemos lhe fazer a mesma pergunta. - Just se adiantava. - Por que

atirou aquelas flechas em nós?

 

- EU? Por acaso está me vendo com algum arco ou flecha aqui, amigo?

 

- Então - Sague ajudava o mago a se levantar - se não era você, quem

era?

 

- BRIS!!!! Você está bem?

 

 

 

 

Todos se voltaram, para trás, procurando a nova voz ouvida na floresta. Encontraram

uma jovem ruiva, de cabelo curto e olhos castanhos. A garota apontava um arco

para Matthew, e mudou de alvo, escolhendo Justinian enquanto dizia em tom de

ordem:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

- Soltem meu amigo!

 

- Er.. bem.. calma, mocinha... - Justinian nuca teve muito jeito para

falar com garotas, ainda mais quando elas empunhavam arcos preparados em sua

direção.

 

- Não me chame de "mocinha"! E já disse, soltem meu amigo! Se

não estão atrás de Eddga, vão embora!

 

- Eddga??? 

 

 

 

 

 

=================================================================

 

- Suzette era minha melhor amiga. Desde pequena brincávamos juntas.

Sempre estivemos próximas uma da outra. 

 

 

 

 

 

"Um dia, viemos juntas à floresta, e acabamos indo longe demais,

Foi quando Eddga apareceu. a pantera gigante nos atacou, e levou Suzette.

Tentei gritar.. mas foi em vão. Desde então, treinei na Guilda de Arqueiros,

esperando o momento de enfrentar a floresta novamente e desafiar Eddga. Ele vai

devolver Suzette, ou não me chamo Sylvia!"

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

- Bom, eu acho que, depois de tanto tempo, essa pantera pedófila só vai

te devolver o que restou da tal Suzette....

 

- Senhor Justinian! Que coisa horrível de se dizer!

 

- "A verdade é para ser ouvida, mesmo que seja doída" -

Justinian fazia um ar de pouco caso, o qual parecia ter levado anos treinando

para aperfeiçoar - E você, Bris? Era amigo dessa Suzette também?

 - Não, não. Cheguei em Payon fazem umas duas semanas... vim aqui

completar meus treinamentos. Foi quando conheci Sylvia e soube de sua história.

 

- E aí resolveu procurar uma pantera gigante homicida para reencontrar

alguém que nunca viu?

 

- Bem.. é que... sabe.. a Sylvia... eu.... - Bris quase sussurrava para

Justinia, que apesar de nunca ter se apaixonado, entendeu perfeitamente o

significado da cara de bobo que o mago fez ao dizer o nome da arqueira.

 

- Sei que é loucura, - disse Sylvia, interrompendo o flerte de Bris -

mas eu preciso encontrar Suzette. Mesmo que já não exista mais...

 

- Muito comovente. - Just novamente demonstrava como era perito na arte

de não se importar com nada que não fosse sua pele - Bom, temos que ir, Payon

está logo ali, certo, Sague?.. Sague? Ah, não. 

 

 

 

 

Sague estava de pé, a mão esquerda levantada perto do rosto e fechada,

tremendo.Matthew, ao lado dele, fazia o mesmo gesto com a mão oposta, parecendo

uma pequena miniatura do gatuno. Os olhos dos dois pareciam estar entorpecidos

de lágrimas. De repente, Sague quebra seu silêncio, em um tom de profunda

admiração, sendo intercalado em suas frases pelas declarações do Aprendiz:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

- Jamais vi tanta dedicação a uma amizade! Mesmo depois de tanto tempo,

ainda procura sua amiga!

 

- E alguém que mal chegou, mal a conheceu, já se propôs a ajudar!

 

- Que sentimento nobre! Que coragem!

 

- Mesmo sabendo que podem encontrar a morte mais violenta e dolorosa,

não recuam nem se entregam!

 

- Ow, ow, ow, podem ir parando os dois!!!! - Justinian tentou impedir,

mas a decisão óbvia chegou antes que pudesse fazer algo.

 

- Podem contar conosco! Iremos com vocês e encontraremos essa Suzette!

Palavra de Sague Von Shumer!

 

- Isso! E Matthew, aprendiz de Noviço da Igreja de Prontera, irá com

vocês! 

 

 

 

 

Um silêncio se fez ouvir na floresta, enqaunto Sague e Matthew esperavam

uma reação de Justinia. Quando percebeu que era uma resposta SUA que esperavam,

o alquimista se levantou, com ar decidido, apertou as alças de sua mochila e

disse:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

- Muito bem. Que seja então.

 

- Primo!!!

 

- Senhor Justinian!

 

- Uma pena que, enquanto eu estiver em Payon, vocês estarão no meio da

floresta procurando um monstro gigante devorador de criancinhas. Mas não se

preocupem, eu compro uma lembrança para vocês e entrego. SE vocês voltarem,

claro. Até mais! Boa sorte!

 

- Primo Just! Como pode falar isso? Eles precisam de ajuda!

 

- E vocês dois precisam de cérebros novos! Eu não vou me embrenhar nesta

floresta mais do que já estou por causa de nenhum desconhecido, ainda menos se

um monstro assassino está palitando os dentes com ele.

 

- Senhor Justinian, o senhor não tem coração?

 

- Claro que tenho. É por isso que quero continuar com ele.

 

- Podem deixar, Sague, Matthew. Eu e Bris continuaremos nossa busca,

certo, amigo? - Sylvia se voltou para Bris, que acenou afirmativamente de

maneira enérgica, escondendo a frustração de ter sido chamado de amigo

("Amigo? SÓ amigo?")

 

- De forma alguma! Iremos com vocês! Matthew, deixe esse alquimista

desalmado aí e vamos com eles. Vamos! Vamos!!! 

 

 

 

 

Justinian permanecia calado, como se esperasse uma súbita mudança de

planos, enquanto os quatro seguiam por um caminho lateral. Quando sumiram entre

as árvores, o alquimista gritou:

 

 

 

 

- Isso mesmo! Me deixem aqui e vão atrás do monstro! E mandem lembranças

minhas para a tal Suzette quando estiverem com ela dentro da barriga dele!!! -

e, voltando-se para o lado contrário ao qual Sague e os outros foram, recomeçou

sua ida em direção a Payon, resmungando. - Ora, onde já se viu, eu nem conheço

esse Suzette, vou arriscar minha pele assim? Ainda mais nessa floresta

perigosa... só mesmo meu primo e aquele garoto com cara de bobo... 

 

 

 

 

 

"E ainda por cima, nem sabemos se essa pantera existe ou não."

 

 

 

 

Alguns metros acima, em uma encosta próxima, uma bela dama, cujo corpo,

protegido por uma armadura prateada, ostentava no peito um brasão conhecido em

todo o reino, dizia para si mesma:

 

 

 

 

- Não sabem... mas descobrirão em breve. Senhor Justinian Von Shumer.

 

 

E sorriu de leve, enquanto alisava nas mãos o que poderia ser um galho

de árvore totalmente comum... não fosse pelo fato de que ele, algumas vezes,

gotejava um líquido vermelho como sangue.=====================================================================================Notas do Autor #02: Sempre fui muito fã de Terry Pratchet. Sua obra "Discworld" me arranca gargalhadas a cada título lançado, principalmente se seu mais ilustre personagem, o "quase-mago" Rincewind, estiver na história. Ele também escreveu, junto de Neil Gaiman, a hilariante versão do apocalipse conhecida como "Belas Maldições". Quem já leu algum dos livros de Terry deve ter notado semelhanças no meu jeito de escrever com o dele. Sendo fã de carteirinha, não havia como evitar a influência, não é?

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