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Uma jornada entre escolhas


Willen

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Em breve:

 

Parte 4 -Capítulo 4

 

 

[...] Kaylani forçava os próprios olhos para enxergar melhor aquela parte, parecia

intacta [...]

 

 

[...] -Snow! –Lavig

tenta segurar a mão de Snow [...]

 

 

[...] -Eu...não

vou agüentar! –Lavig grita [...]

 

 

[...] -Ele

morreu? –Mirela falava nervosa [...]

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Olá pessoal, como prometi, tentarei a cada semana postar uma parte nova, e aqui, está mais uma! Espero que gostem, que comentem (ansiosa), e que sempre estejam aqui comigo!Conto com vocês, sempre.Capítulo 4: Parte 4Ao passo que andavam por entre o caminho

escuro, sendo levemente clareado pela habilidade mágica revelação, o silêncio

tomava conta, os sons de suas respirações e de seu caminhar preponderavam, o ar

ia se tornando mais escasso. Kaylani forçava os próprios olhos para enxergar

melhor aquela parte, parecia intacta, não se viam sinais de Andrés, vitatas,

tudo estava quieto, e uma tensão no ar a incomodava. Mirela olhava atentamente

para todos os lados, seus passos eram contidos, sua expressão era de dúvida, e

até mesmo arrependimento. Seasons caminhava rapidamente, alcançando Snow, Lavig

e Crudes.

 

 

Finalmente, após caminharem do sul ao

norte, chegam a um espaço seco, levemente remexido de grãos e torrões de areia

sob o solo. Lavig olha o local caminhando lentamente, Snow a segue, e todos vão

juntos, havia uma superfície meio oca, que dava a sensação de firmeza, mas logo

cede quando o grupo pisa, era macio, não era firme, e seus pés começaram a

afundar rapidamente dentre a areia. Kaylani olha aflita para os amigos, todos

se encontravam afundando, quanto mais se mexiam, mais a areia ia tomando-os,

ela os puxava, como se fosse sugá-los, a situação era de desespero. Os torrões

de areia arrastavam em sua pele, fazendo arranhões gradativamente.

 

 

-Kaylani! –grita fOrCe.

 

 

-Estamos presos! O que faremos? –grita Seasons.

 

 

-Eu vou morrer sufocada! –grita Mirela olhando ao redor.

 

 

-Calma pessoal! Vamos tentar um jeito de sair- sussura Snow-

não vamos fazer movimentos bruscos.

 

 

-Eu perdi meu cajado! –grita Crudes- ele afundou na

areia.

 

 

-Snow! –Lavig tenta segurar a mão de Snow, e afunda mais

rápido que os outros, ficando da cintura para cima fora da areia, e ia

afundando gradativamente.

 

 

-Lavig! Não, não se mexa, por favor –grita Snow.

 

 

Lavig fica imóvel, lágrimas começavam a rolar de seus

olhos verde escuro, a expressão leve e doce de antes, dava lugar ao medo. Snow

a encara fixamente, ele temia, estava claro, e era por ela.

 

 

-Temos que tentar sair daqui pessoal –diz Mirela.

 

 

-Eu...não vou agüentar! –Lavig grita e começa a se mexer,

tentando levantar na areia.

 

 

-Não Lavig! –Snow grita.

 

 

Lavig começa a afundar rapidamente, seu grito ecoava

no local fechado, Crudes olhava a situação tensamente, fOrCe estende a mão para

Kaylani:

 

 

-Kay...- susurra fOrCe- iremos sair daqui, eu te

prometo, irei dar o meu melhor para ajudar vocês. Não desista de lutar, nós

vamos sair daqui, mantenha a calma!

 

 

A areia começa a ceder com os rápidos movimentos, e um

buraco começa a se formar, Lavig é a primeira a ser puxada, Snow ao tentar segurar

sua mão, também afunda.

 

 

-E agora? –grita Mirela- o que faremos? Isso tudo é culpa

minha.

 

 

-Eu não quero morrer sufocado! Quero voltar para a

floresta! –diz

Seasons desesperado –estou cansado desse lugar, dessas pessoas, desse

formigueiro infernal! E tudo culpa dessa pestinha!

 

 

-Eu não tenho culpa! Ninguém mandou você me seguir! –grita Mirela.

 

 

-Se vocês continuarem eu afundo vocês! –grita Crudes.

 

 

-Você sem seu cajado não é de nada! –revida Mirela.

 

 

-Parem de brigar! Não conseguem ver como está a

situação? Snow e Lavig afundaram, temos que tentar ajudar, parem com isso –diz Kaylani.

 

 

Um forte tremor do desmoronamento sacode

o local, a areia cede por completo, eles começavam a cair, estavam sendo

sufocados, Kaylani sentia-se acorrentada, seu ar ia acabando, a areia arrastava

em seu rosto, todos os sons eram abafados, e ela constantemente dava socos na

areia, estava completamente presa, seu corpo ia caindo lentamente, não parava

de ser puxada. Não estava mais agüentando aquela situação, mas tinha que viver,

precisava achar os outros. Começa a empurrar com sua bota a areia, fazendo-a

ceder bruscamente. Kaylani cai com força no chão, seu corpo doía, sua perna

possuía arranhões leves, seu cabelo estava cheio de areia. Ela se levanta

devagar, sacudindo toda a areia, começa a tossir com força.

 

 

-Kay, você está bem! –fOrCe corre em sua direção-

achei que você não fosse conseguir sair, fiquei preocupado.

 

 

-Eu sabia que ela ia conseguir! –diz Mirela

abraçando Kaylani gentilmente.

 

 

-Kay, que bom que está bem, eu pensei que fôssemos

morrer–diz

Seasons.

 

 

-Obrigada pela preocupação pessoal. Eu fiquei

desesperada dentro da areia. Mas eu não podia morrer. Minha missão não poderia

acabar aqui. –sorri Kaylani, seus dentes claros contrastavam com o corpo sujo de areia.

 

 

fOrCe sacode o cabelo retirando a areia entranhada,

Seasons retira a areia de dentro de sua bota, e Mirela os observava, de forma

comedida, parecia querer poder fazer alguma coisa.

 

 

-Onde estão os outros? –pergunta Mirela sussurando- aqui

só não está mais escuro, por causa da claridade de lá de cima, e nem estava tão

claro assim.

 

 

Mirela começa a caminhar e tropeça em um objeto de

tamanho médio, fino. Ela se abaixa e encontra o cajado mágico de Crudes, sinal

que ele ainda não tinha ido embora.

 

 

-Pessoal, o Crudes não foi embora, olha o que eu

achei, o cajado mágico dele, ele nunca o deixaria aqui.

 

 

-Temos que encontrá-lo! –diz Kaylani.

 

 

-Sim, vamos olhar mais próximo de onde a areia caiu,

ele pode estar soterrado. –diz fOrCe.

 

 

Após muito procurarem na areia, que já estava na parte

de baixo, onde eles se encontravam, encontram um pedaço da roupa de bruxo,

fOrCe começa a puxar com rapidez, com a ajuda de Seasons, até que retiram

Crudes de lá, estava desacordado, todo sujo , parecia que a vida havia

exaurido. Os longos cabelos verde claro caíam por sua face, já não mais estavam

presos.

 

 

-O que faremos? –diz Kaylani tristemente, próxima a ele.

 

 

-Ele morreu? –Mirela falava nervosa, seu olhar começava a ficar

marejado de lágrimas.

 

 

fOrCe segura o pulso de Crudes, e seu coração ainda

batia, bem devagar.

 

 

-Ele precisa ser curado, seu corpo está fraco –diz fOrCe.

 

 

-Temos que achar Snow e Lavig. Será que eles estão

bem? –diz

Kaylani.

 

 

-Eles foram os primeiros a cair, vamos procurá-los por

aqui? –pergunta

Seasons

 

 

-Sim, é o que devemos fazer –diz fOrCe encarando Seasons.

 

 

-Vocês podem ir atrás deles, eu fico com o Crudes.

Afinal, graças a mim que vocês estão aqui –Mirela sussurra as últimas palavras.

 

 

-Tem certeza Mirela? Você ficará bem com ele? –pergunta Kaylani

inclinando os joelhos para falar com a pequena menina.

 

 

-Sim, vão! Não percam tempo, a vida dele corre perigo

–diz Mirela

convictamente, ela era apenas uma menina, mas já possuía muita

responsabilidade, e naquele momento, sequer pensou em sua segurança, apenas

sabia que deveria salvar Crudes. A culpa estava assombrando seus pensamentos.

 

 

Kaylani, fOrCe e Seasons começam a andar por aquela

parte, seus olhos já estavam acostumados com a escuridão, Seasons sentia grande

tensão.

 

 

-Como viemos parar aqui? Acho que nunca iremos

conseguir sair –comenta Seasons desanimado.

 

 

-Pelo que eu entendi, passamos para uma área do

formigueiro nunca visitada antes por ninguém, chegamos aqui graças a esse

desmoronamento, que está afetando a estrutura do lugar. Talvez aqui seja algum tipo

de esconderijo dos Andrés e Vitatas. –fOrCe olhava pelo local, que estava

totalmente intacto, não fosse pelo buraco que os fez cair ali.

 

 

-Então devemos ficar tranqüilos. Será que acharemos a

saída daqui? –pergunta Seasons angustiado.

 

 

-Sim, com certeza deve haver algum local que elas

entram para chegar aqui –completa fOrCe.

 

 

 -Nossa

preocupação agora é encontrar a Lavig e o Snow, ela precisa ajudar Crudes, se

não, ele pode correr grande perigo de vida –diz Kaylani.

 

 

Eles caminhavam juntos e o mais rápido

que podiam, apesar de prestarem atenção em cada parte, em cada canto do

formigueiro. Chegam a um local amplo, totalmente fechado, e Seasons pisa em

alguma coisa que estala muito forte e se quebra no chão, liberando um líquido.

 

 

-Eu pisei em alguma coisa, não faço idéia, aqui está

muito escuro! –reclama Seasons.

 

 

-Tenha cuidado Se, não sabemos no que podemos estar

pisando –diz

Kaylani.

 

 

fOrCe pisa também em algo no chão, que logo quebra

liberando um líquido.

 

 

-Eu pisei também, que estranho, o que será que é isso?

–indaga fOrCe.

 

 

-Eu não gosto desses insetinhos –reclama Seasons-

eles são inconvenientes e nojentos.

 

 

Uma luz azul resplandecia levemente mais

a frente, de forma quase tímida. Kaylani a olha, uma esperança brota em seu

coração, ela sai correndo para encontrar Lavig, pisando em várias coisas no

chão as fazendo quebrar. fOrCe tenta segurá-la, mas suas mãos escapam do

macacão azul, e Seasons corre atrás dela.

 

 

Kaylani aproxima-se de Lavig e Snow, eles estavam bem.

Snow enlaçava a cintura dela com apenas um braço, ela parecia cansada, um pouco

fraca:

 

 

-Lavig! Que bom que estão bem!

 

 

-Obrigada Kay, só estou um pouco fraca, mas o Snow me

ajudou.

 

 

-Viemos dar uma olhada para achar como sair, e pelo

que parece...estamos em um ninho.

 

 

-Ninho? –Kaylani diz lentamente.

 

 

-Como assim ninho? –pergunta fOrCe incrédulo alcançando o

grupo.

 

 

-Olhem melhor ao redor- Lavig com seu dom de revelação

iluminava aquela parte do lugar e no chão havia vários ovos, um ao lado do

outro.

 

 

-E-eu não posso acreditar, temos que sair daqui logo,

precisamos que você venha conosco Lavig, o Crudes está muito mal e precisa de

você –diz Kaylani

aflita.

 

 

-O que houve com ele? Não posso acreditar, sim, vamos

logo.

 

 

Um som agudo se perfaz naquele lugar, Kaylani e os

outros se olham assustados. Era um som histérico, quase de dor. Seasons avista

algo se movendo em meio á sombra:

 

 

-Pessoal, eu vi alguma coisa, acho que estamos em

apuros –diz Seasons

gaguejando.

 

 

A presença se aproximava, barulhos se

faziam quando caminhava, até aparecer frente a frente com eles:

 

 

-Maya –Snow grita.

 

 

-Acho que a mamãe inseto está brava conosco! –diz Seasons

aflitamente.

 

 

A Maya era grande, possuía um corpo de inseto, mas com

fortes características humanas, seu rosto era delicado, parte de seu corpo era

humano, despido e mesclado á uma carapaça dura de inseto. Algumas antenas

sensoriais saíam de sua cabeça, umas de tons amarelados, que ficam em cima do

rosto humano. Suas patas articuladas mexiam-se rapidamente naquele imenso

ninho.

 

 

-Pessoal, vamos ficar unidos, teremos que lutar, vamos

defender as nossas vidas –grita Snow.

 

 

-Estou com você Snow! –diz fOrCe.

 

 

-Farei o possível –diz Lavig.

 

 

 -Espero que o

Crudes fique bem...- Kaylani fala tristemente- o tempo corre contra nós. E

como iremos enfrentar um monstro deste tipo?

 

 

-Kay, vamos fazer o nosso possível, o que estiver ao

nosso alcance –diz Seasons sorrindo.

 

 

? ? ? ? ? ? 3 dias antes ? ? ? ? ? ?

 

 

A velha senhora encontrava-se sentada em

seu quarto de mobília simples, muitos papéis e cristais de todas as cores

encontravam-se em uma pequena mesa próxima a uma estante talhada em troncos

especiais, e nela, haviam muitos livros de magia, misturas, e seus relatos de

toda uma vida.

 

 

Naquele dia, encontrava-se mais agitada

do que de costume, á noite, havia se perdido em pesadelos cujos a perseguiam.

Ao acordar, não conseguira se acalmar, aquela sensação que a acompanhava por

toda a vida estava mais aguçada que antes. Era um sentido sobrenatural aguçado

que a acompanhava desde menina. Para uns seria um milagre, para ela, era um

fardo.

 

 

Como de costume, em toda a manhã, antes

de encontrar seu escolhido para ensinar magias, teorias mágicas, ela fazia seu

chá com ervas especiais, o seu preferido era o de folha de Hinalle, cujo aroma

fresco inebriava o ar, e acalmava seus pesadelos, fazendo-a recobrar as

energias.

 

 

Quando o dedo enrugado do tempo toca a

xícara e ela fita o seu chá ansiosa e desligada, aquela sensação a toma por

completo, fazendo-a entrar em um transe, seu corpo fica oco, era como se seu

espírito tomasse conta, as informações chegavam com imensa rapidez, fazendo-a

tremer as mãos. A xícara encontrava-se no chão, e o cheiro de hinalle

impregnava o cômodo.

 

 

_____________________________________________________________

 

 

O jovem mago, andava apressadamente

caindo nos próprios pés, os companheiros da escola de magia riam dele, as

meninas nunca o encaravam, apenas se fosse para caçoar. Ninguém enxergava o seu

verdadeiro eu, apenas a senhora Illusen, ela era uma antiga bruxa de Geffen,

muito conceituada na escola de magia, mas que havia parado de dar aulas fazia

anos. Apenas visitava raramente a escola de magia em busca de algo ou alguém.

Todos a conheciam, e a veneravam, sonhavam ser como ela, a magia corria em suas

veias, era quase inato a ela. Falavam que ela havia nascido da magia.

Continua...

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Olá pessoal! Como vão todos? Em breve estarei colocando a parte 5 do Capítulo 4, o que estão achando da fanfic até agora?Em breve:[...] Estava na sala de aula, alguns alunos que haviam

aprendido como fazer bolas de fogo [...][...] A professora havia anunciado que a senhora Illusen

visitaria a escola [...]

Bom pessoal, é isso, conto com vocês,Kay.

Obs: A todos que acompanham a minha fanfic, muito obrigada, o trabalho não seria nada sem vocês.

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Obrigada Nara e Felipe, vocês sempre estão acompanhando e me incentivando. Nara, você é um leitor das antigas ^^, fiquei emocionada com seu comentário, eu iria gostar tanto se virasse anime rsrsrs. A próxima parte está aqui, como pedido. Espero que eu cumpra a expectativa de vocês, e obrigada por sempre estarem aqui.

Capítulo 4:parte 5O dia que ele havia encontrado a senhora

Illusen, era em uma manhã das mais comuns, em meio a risadas de suas péssimas

magias. Aquela era uma rotina para ele, os professores já não tinham mais

paciência. Ele era bom na teoria, mas na prática era horrível, não tinha

confiança e isso só foi piorando com o tempo. Estava na sala de aula, alguns

alunos que haviam aprendido como fazer bolas de fogo, resolveram colocar em

prática nele, lançavam pequenas bolas em cima dele, que rapidamente tentava se

esquivar, apesar de que naquele dia, uma delas ter pego em sua capa, que ficara

parcialmente queimada. O professor havia anunciado que a senhora Illusen

visitaria a escola, e estavam todos contentes e admirados pela ilustre

presença.

 

 

A velha e admirada senhora havia

adentrado a sala, e um burburinho de admiração se instaurou por todos. Possuía

cabelo curto bem ajeitado, de um branco como neve, olhos marcantes de tom mel, como

uma gema amarela, seu rosto possuía pequenas marcas da idade localizadas na

testa e próximas á boca.

 

 

Josh ajeitava sua capa, muito

desconcertado e chateado, como sairia pelas ruas de Geffen daquela forma? Todos

ririam mais dele e toda a escola de magia saberia de seu fracasso. Entrara para

a escola contra a vontade de sua mãe, que era mercadora desde nova, assim como

todos das gerações. Sua mãe dizia que a magia não se encontrava no sangue da

família e muito menos no dele. Josh sentia-se mal com tais afirmações não só

das de sua mãe, como de todas as pessoas. Seu ponto forte sempre foi a

dedicação, lia vários livros que a escola de magia disponibilizava e assim, ele

tinha todas as técnicas e teorias da magia, muitos alunos não tinham paciência

de ler e na hora da prova teórica copiavam as suas respostas. Sua mãe sempre

criticou ele saber tudo e não conseguir colocar em prática, e dizia que era uma

perda de tempo, que ele poderia ajudar nos negócios da família. E esse era o

engano de todos.

 

 

Illusen havia se sentado em uma cadeira

de ferro pintada de dourado que se encontrava no canto da sala, todos a olhavam

curiosos.

 

 

-Alice, é óbvio que a senhora Illusen irá te escolher,

você é a melhor da classe! – falava um aluno mago

para a menina mais bonita e inteligente da escola.

 

 

-Obrigada, tenho me empenhado bastante e posso dizer

que estou pronta para ser aprendiz da senhora Illusen – diz sorrindo de forma simpática e confiante.

 

 

            Josh

estava em silêncio, há dias que se sentia perdido, suas esperanças pareciam

estar no fim, e estava decidido a sair da escola de magia, pelo menos por um

tempo.

 

 

-Senhora Illusen, sinta-se a vontade em minha turma

com sua ilustre presença, estou honrado de tê-la em nossa companhia [...] – o professor bruxo Izack falava agitadamente não contendo

a sua admiração.

 

 

            Josh

resolve tomar um ar fresco e logo sai da sala, chamando a atenção de toda a

turma, uns meneavam a cabeça em desaprovação por ele ter saído, outros apenas

ignoraram e continuavam olhando para a ilustre convidada, alguns riam de sua

capa queimada. O professor não dera atenção; Illusen ficou por um tempo olhando

a porta após a saída do jovem mago, com seu olhar perscrutador.

 

 

-Bolas, porque sou tão ruim com a magia? Minha mãe e

todos tem razão.

 

 

-Não é verdade, você sabe que pode.

 

 

Ele olha assustado de onde vinha a voz,

e avista um bruxo bem magro e alto, sua roupa era diferente, era toda cinza

escuro e sua capa toda rasgada e com furos. Sua pele tinha um tom pálido, seus

olhos eram azuis claros, e seu sorriso era descontraído e leve.

 

 

-É...quem é você? –pergunta

assustado.

 

 

-Sou um bruxo muito experiente e legal! – sacode levemente as mãos sorrindo.

 

 

-Eu não sabia que minha fama tinha alcançado a escola

inteira –diz desanimado.

 

 

-Você é ótimo, apenas confie mais em você, é só

questão de treino, e eu vim com a missão de te ajudar, saí do meu descanso para

isso –sorri docemente.

 

 

-Desculpe fazer o senhor perder o seu descanso, não

gaste o seu tempo comigo.

 

 

Uma jovem maga passava olhando assustada para Josh e

ele a encarou sem nada entender.

 

 

-Cada maluco que eu encontro nessa escola, se não

bastasse uma bruxa ser um cachorro, agora um menino que fala sozinho! –resmunga a menina- esse não é o meu lugar.

 

 

-Do que essa menina estava falando? Não entendi –Josh coça a cabeça.

 

 

-Você vai ser o escolhido.

 

 

-Como assim?

 

 

-A senhora Illusen vai te escolher.

 

 

Josh vira-se de costas para o bruxo, e

começa a caminhar nervoso, raciocinava sobre tudo que estava acontecendo em

apenas um dia, um turbilhão de acontecimentos ocupavam sua mente, e ele nada

entendia. Sua capa estava queimada, todos riam dele, e agora aquele bruxo

esquisito falando coisas sem sentido. Josh vira-se para encarar o bruxo, e para

o seu espanto, ele já não se encontrava mais lá.

 

 

-Ora bolas, onde será que ele foi? Melhor eu voltar

para a sala, antes que o professor Izack perceba.

 

 

            Josh

abre a porta da sala de aula, seu cabelo de tom violeta e rebelde caía até o

início dos olhos, ficando levemente ondulado, sua boca era fina assim como o

seu rosto, seus olhos eram de um verde marcante que demonstravam dúvidas. Todos

da sala pareciam estar em um pesar, o professor se encontrava corado e com a

boca levemente entreaberta. Alice, a menina mais bonita e inteligente da sala

estava com os braços pressionados na mesa, de forma enfurecida, olhando-o com

os olhos cheios de mágoa. Ele nada entende, e fecha a porta.

 

 

-Jo-Josh, a senhora Illusen te escolheu como aprendiz

dela –o professor

gaguejava e parecia desconcertado –parabéns jovem.

 

 

-Como? Vocês tão brincando?

 

 

A senhora Illusen o encara fixamente, seus olhos eram

firmes por trás de faces tão delicadas e de um rosto idoso, aquele olhar

parecia saber dele, seus pensamentos, parecia desvendar a sua alma. Josh por

alguns segundos olha Alice, ela estava tentando prender o choro, mordia

levemente os lábios, como em uma súplica. Ela o olha e a mágoa resplandecia em

sua face.

 

 

-Josh, de agora em diante, irei te ensinar sobre a

magia, você será meu aprendiz. Espero que aceite –diz a senhora Illusen firmemente.

 

 

Josh fica espantado, ainda não podia acreditar, não

entendia o significado daquilo tudo. Sente um braço apoiado em seu ombro e um

riso suave por trás, e nota que lá estava o bruxo de antes.

 

 

-Eu falei, a velhinha te escolheu. Falei que você era

bom, nós temos muito o que trabalhar em você! –sorri o bruxo fechando levemente os

olhos.

 

 

-Q-Quê? Trabalhar em mim o quê?

 

 

-Josh você está bem? –pergunta o professor.

 

 

-Ei bobinho, só você pode me ver! Não percebeu? –mostra um sorriso

largo o bruxo.

 

 

-Fala alguma coisa Josh! –responde o professor rispidamente.

 

 

-Aceito, será um prazer.

 

 

-Agradeço jovem. Talvez as coisas nunca estejam

perdidas afinal –sorri Illusen com aquele olhar perscrutador.

 

 

 

 

Tudo continuava a mesma coisa perante as

pessoas, talvez nunca fosse mudar, mas sua vida nunca mais fora a mesma desde

aquele dia, e sua magia crescia cada vez mais, graças á ela e ao Ryden, seu

amigo bruxo imaginário, era assim que ele o chamava. Termo este que deixava

Ryden bastante chateado, e discutiam com isto. Lembrara da vez que descobrira o

que era o Ryden:

 

 

-Se eu não sou maluco, porque vejo um bruxo esquisito

e ninguém pode ver?

 

 

-Entenda jovem Josh, ele é algo bom, eu sinto sua

presença, mas ele não aparece para mim, você foi o escolhido, tente conhecer

melhor a ele. Você é especial menino. Quando tentar entender o que ele é,

abrirá um canal para liberar sua magia espiritual –falava Illusen gentilmente –te espero

amanhã.

 

 

-Como sabe que vou voltar amanhã?

 

 

-Eu apenas sei.

 

 

 

 

            Naquele

mesmo dia, havia ido correndo para casa pronto para entender o que era o Ryden,

tinha chegado todo molhado da chuva, gotículas de água escorriam lentamente

pela sua face, e o livro que pegara na escola de magia após conversar com Illusen

poderia lhe ajudar. Subira correndo as escadas, sua mãe não se encontrava,

estava trabalhando no mercado de Geffen. O livro possuía feitiços e desenhos, suas

páginas eram novas. Josh coloca o livro no chão:

 

 

-Uma cenoura arco-íris, duas velas brancas, três

plumas... tenho tudo aqui, graças ás mercadorias que a mãe vende. Agora só

falta o feitiço.

 

 

Josh suspira lentamente, acende as duas velas com

pequenas lanças de fogo, queimando parte do tapete de seu quarto, corre e joga

o copo d’água em cima do fogo.

 

 

-Mas que droga. Mais uma coisa queimada.

 

 

Segura o livro com força, concentra-se e começa a sussurrar

todas as palavras contidas no encantamento e fecha os olhos.

 

 

-O que está fazendo? –o bruxo sorria sentado do seu lado.

 

 

-Em? Ah? Funcionou?

 

 

-Por que trouxe um lunático? –pergunta sorrindo.

 

 

-Que lunático? Era você que eu estava chamando.

 

 

-Então olha ali...- ri alto.

 

 

-M-Mas o que esse lunático faz aqui? –olha o lunático

pulando e balançando as orelhas em cima de sua cama.

 

 

-Você o chamou, ele não é fofinho? –ri.

 

 

-Mas este livro ensina a trazer um ser! Olha, peguei

na biblioteca.

 

 

-Você acha mesmo que sua biblioteca teria um livro

para trazer alguém como eu? E olhe o índice antes de utilizar uma magia –aponta o índice

indicando “Invocando lunáticos”.

 

 

-Argh! Eu sou péssimo! –coloca as mãos no rosto- o que

vou fazer agora com o lunático?

 

 

-Que tal ficarmos com ele? Ele é um ser bem versátil!

Olha como pula –sorri.

 

 

-Argh, tudo bem, eu o trouxe, nada melhor que cuidar

dele, mas não sei se terei muito tempo para isto –dá de ombros.

 

 

O lunático dá um salto quase flutuando em cima da

cabeça de Josh e se encolhe para dormir.

 

 

-O quê? Ah, deixa para lá.

 

 

-O que queria comigo jovem Josh –deitando-se na

cama do menino.

 

 

-Ryden, preciso saber mais de você, a senhora Illusen

disse...- interrompido.

 

 

-O que ela disse?

 

 

-Que eu estou ligado a você, aliás, minha magia. E

para liberar ela, eu preciso saber quem é você.

 

 

-Eu vim para te ajudar, já te disse.

 

 

-Para com essa baboseira que eu te acordei, e me diga

logo o que você é.

 

 

-Ok Josh. A verdade é que em meu sono, ouvi uma

súplica, que penetrou em mim fazendo-me despertar, ouvi seu chamado, e estou

aqui para te ajudar, recebi uma missão. Assim como acredito que estou aqui,

pois você também tem uma. Estou em todos os lugares, mas ao mesmo tempo não.

Estou com você, basta chamar. Sou um espírito ancião.

 

 

-Um espírito ancião...? Mas é impossível!

 

 

-Agora, de momento somos um, nossas missões, nossos

caminhos estão entrelaçados pela linha do tempo.

 

 

-Bem, me sinto estranho, um espírito ancião. Por que

tem essa forma de bruxo?

 

 

-Talvez, seja porque você se vê assim, uma mistura do

que você quer ser, com as suas decepções, seus medos, sua felicidade e espírito

livre – Ryden

sorri encarando-o.

 

 

 

 

As lembranças de como sua vida mudou,

mexiam com sua alma, agora tinha esperança que tudo poderia ser diferente,

tinha seus dois amigos, a senhora Illusen e Ryden. Ela mostrara o caminho para

ele se conhecer e ver que tinha potencial, já Ryden, veio para lhe mostrar que ele

era forte e especial. Deveria encontrar a senhora Illusen para mais um dia de

treino, utilizar a magia e ler as teorias. Sua companhia o engrandecia e ele

não se sentia só. Esperava o dia que poderia provar á todos que ele fazeria o

bem, ajudar as pessoas. Ser útil em alguma coisa.

 

 

Caminhava apressadamente pelas ruas de

Geffen, já estava próximo á casa da senhora Illusen, que possuída várias flores

ao redor. Josh se aproxima da porta que se encontrava entreaberta:

 

 

-Senhora Illusen? Está aí?

 

 

Josh não ouve respostas, e acredita que

ela deveria ter regado as flores e deixado a porta aberta para ele entrar como

de costume, e ter ido fazer seu chá preferido. Ao adentrar na sala, sente um

cheiro forte no ar de hinalle, e a velha senhora desmaiada no sofá, e sob seus

pés, encontrava-se a xícara quebrada. Seus olhos estavam levemente virados para

trás mostrando uma parte esbranquiçada, suas mãos enrugadas pendiam de lado.

Josh corre para ajudar Illusen, segurando em sua mão e a chamando

freneticamente. Ela parecia ter entrado em um transe. Ele fica nervoso, e

abaixa a cabeça. Illusen aos poucos foi recuperando a consciência, seus olhos

cor de mel intensos o fitaram, e ele encarou aquele olhar. Havia pânico.

 

 

-S-senhora Illusen, está tudo bem?

 

 

-Meu jovem, estou bem, não se preocupe, apenas foi um mal

estar.

 

 

Suas palavras eram distantes e

carregadas de agonia. Josh ficara curioso para saber o que sua mentora tinha

visto. Após alguns anos sendo treinado por ela, aprendera não só como fazer

magias, mas também, o valor da amizade.

 

 

-Senhora Illusen, qual foi a visão desta vez? Parece

pálida.

 

 

-Tenho uma missão, algo ruim vai começar a acontecer.

 

 

-Não se preocupe, estou aqui, irei cumprir esta

missão.

 

 

-Há grande risco, preciso de alguém bem preparado, não

sei se poderei...-é interrompida.

 

 

-Eu sou a pessoa indicada, a senhora me ensinou muitas

magias, e tenho o Ryden, eu quero encontrar a minha missão, o porquê vivo. Por

favor, me dê essa chance.

 

 

- Josh, saiba que há vários caminhos, mas eles podem

ser muito arriscados. Eu não posso interferir neles.

 

 

-Sim eu sei disso. E digo que estou pronto, apenas me

dê o norte -falava

convictamente.

 

 

-Sua missão é ir para Morroc, na pirâmide, lá

acontecerá o início e você encontrará o iniciador da catástrofe. Você deve

contar o que viu. Deseja mesmo ir nesta missão?

 

 

-É por isto que estou aqui, é a minha missão e eu

farei o melhor que puder.

 

 

A senhora Illusen o fita e nota a determinação naquele

jovem mago aprendiz:

 

 

-Então, parta hoje, imediatamente. E todo cuidado é

pouco.

 

 

-Farei o possível, e parto agora, vou recolher algumas

coisas em minha casa. Em breve nos veremos senhora Illusen e obrigado por

confiar em mim.

 

 

Uma jovem ouvira atentamente por trás da porta a

conversa desde o início e saíra correndo. As mãos da velha senhora tremiam ao

tocar á xícara quebrada, seus olhos fitam a porta que o jovem Josh acabara de

sair.

 

 

-Está quase...

 

 

Josh saíra correndo pela rua de Geffen,

esbarrava em vários magos, estava feliz afinal finalmente sua missão seria

iniciada. Correu em sua casa e colocou várias coisas em uma pequena mochila. Deixara

um bilhete anotado para sua mãe, dizendo que logo estaria de volta, iria á

Morroc.

 

 

-Ei, onde vai com tanta pressa? –sorri Ryden.

 

 

-Vamos á Morroc, estou tão animado, apesar de ser uma

missão arriscada, teremos nossa primeira missão Ryden!

 

 

-Morroc...isso não me inspira coisa boa, mas temos

nossa missão, irei te ajudar no que puder –sorri levemente.

 

 

-Vamos, não temos tempo, iremos de Kafra!

 

 

-E vamos deixar o saltitante aqui? –pergunta triste.

 

 

O animalzinho abaixara as orelhas e o olhava com os

olhinhos cheios de tristeza:

 

 

-Sinto muito amigo, mas o deserto não é lugar para

você, e além do mais, ficará para cuidar da mamãe. Cuidado para não cair no

carrinho dela e assim, acabar te vendendo em! Cuide da casa!

 

 

Josh desce correndo as escadas e o pequeno animal fica

olhando a porta sem nada entender.

 

 

_____________________________________________________________

 

 

Josh utiliza os serviços da Kafra e

chega á Morroc, a cidade era muito diferente da sua, estava encantado. Grãos de

areia eram levados com o vento e arrastavam em seu rosto levemente. O comércio

ali era mais forte e agitado do que o de Geffen.

 

 

-Cidade legal! Que tal olharmos o mercado? –pergunta Ryden

animado.

 

 

-Não podemos, temos que nos ater á nossa missão. Vamos

para á pirâmide, devemos ficar lá e perceber alguma anormalidade.

 

 

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Uhuuuuuuuuuuuu!! * Quase morrendo de curiosidade! *Kaylani, ta mt divertido ler sua fic *só a ansiedade que ta matando msm =P *Que bom que curtiu os comentários, mais é sério! Td a história ta mt bem feita e bem detalhada. Lembra quando li os livros do Senhor do Anéis, pela quantidade de detalhes *da pra imaginar as cenas* .Enfim...Magnífico!!

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Olá pessoal! Quanto tempo! Tive que dar uma sumidinha para poder estudar melhor, a faculdade está me deixando doida (:-:). No máximo essa semana, estarei colocando mais uma parte, com toda a certeza ninguém deve lembrar dos acontecimentos pelo lapso temporal que eu fiquei sem aparecer...sorry sorry (mais uma vez). Bom, o fato é que estou de volta, não vou abandonar a fic por mais que esteja difícil para mim, mas estou tentando melhorar isso.Até mais!Beijos!Kay

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Olá pessoal! Estou aqui para mostrar o que em breve estarei postando, e deixar um tempo para vocês lembrarem o que escrevi até aqui!O que vimos até aqui? Capítulo 4-parte 4 (antes da parte 5):[...]Chegam a um espaço seco, levemente remexido de grãos e torrões de areia sob o solo. Lavig olha o local caminhando lentamente, Snow a segue, e todos vão juntos, havia uma superfície meio oca, que dava a sensação de firmeza, mas logo cede quando o grupo pisa, era macio, não era firme, e seus pés começaram a afundar rapidamente dentre a areia. Kaylani olha aflita para os amigos, todos se encontravam afundando, quanto mais se mexiam, mais a areia ia tomando-os, ela os puxava, como se fosse sugá-los, a situação era de desespero. Os torrões de areia arrastavam em sua pele, fazendo arranhões gradativamente.

-Kaylani! –grita fOrCe.

-Estamos presos! O que faremos? –grita Seasons. [...]Um forte tremor do desmoronamento sacode o local, a areia cede por completo, eles começavam a cair, estavam sendo sufocados, Kaylani sentia-se acorrentada, seu ar ia acabando, a areia arrastava em seu rosto, todos os sons eram abafados, e ela constantemente dava socos na areia, estava completamente presa, seu corpo ia caindo lentamente, não parava de ser puxada. Não estava mais agüentando aquela situação, mas tinha que viver, precisava achar os outros. Começa a empurrar com sua bota a areia, fazendo-a ceder bruscamente. Kaylani cai com força no chão, seu corpo doía, sua perna possuía arranhões leves, seu cabelo estava cheio de areia. Ela se levanta devagar, sacudindo toda a areia, começa a tossir com força. [...]Após muito procurarem na areia, que já estava na parte de baixo, onde eles se encontravam, encontram um pedaço da roupa de bruxo, fOrCe começa a puxar com rapidez, com a ajuda de Seasons, até que retiram Crudes de lá, estava desacordado, todo sujo , parecia que a vida havia exaurido. Os longos cabelos verde claro caíam por sua face, já não mais estavam presos.

-O que faremos? –diz Kaylani tristemente, próxima a ele.

-Ele morreu? –Mirela falava nervosa, seu olhar começava a ficar marejado de lágrimas.

[...]-Pelo que eu entendi, passamos para uma área do formigueiro nunca visitada antes por ninguém, chegamos aqui graças a esse desmoronamento, que está afetando a estrutura do lugar. Talvez aqui seja algum tipo de esconderijo dos Andrés e Vitatas. –fOrCe olhava pelo local, que estava totalmente intacto, não fosse pelo buraco que os fez cair ali.

 

-Então devemos ficar tranqüilos. Será que acharemos a saída daqui? –pergunta Seasons angustiado.

[...]-Como assim ninho? –pergunta fOrCe incrédulo alcançando o grupo.

-Olhem melhor ao redor- Lavig com seu dom de revelação iluminava aquela parte do lugar e no chão havia vários ovos, um ao lado do outro.

[...]-Maya –Snow grita.

-Acho que a mamãe inseto está brava conosco! –diz Seasons aflitamente.

A Maya era grande, possuía um corpo de inseto, mas com fortes características humanas, seu rosto era delicado, parte de seu corpo era humano, despido e mesclado á uma carapaça dura de inseto. Algumas antenas sensoriais saíam de sua cabeça, umas de tons amarelados, que ficam em cima do rosto humano. Suas patas articuladas mexiam-se rapidamente naquele imenso ninho.

 

 

Em breve: Capitulo 4: parte 6A Maya era grande, parecia desesperada, os encarava

fixamente [...][...]Sabia que suas flechas não seriam nada para aquele

monstro enorme e forte, mas não poderia deixar de tentar[...][...]-Só ataquem quando eu mandar, a Maya é poderosa,

devemos agir em grupo –grita Snow.[...]ela gritava, era um grito de dor e ódio[...]

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Olá pessoal! Mais uma parte da história, espero que gostem, logo darei notícias da próxima parte. Fiquem á vontade para comentar, criticar e etc. Conto sempre com vocês, e obrigada por lerem a fic.

Capítulo 4 - Parte 6

A Maya era grande, parecia desesperada,

os encarava fixamente movimentando levemente o corpo inseto-humano. Suas

antenas sensoriais, posicionadas acima de sua cabeça de inseto, mexiam-se

rapidamente, como se quisessem captar movimentos e identificar seus inimigos.

Kaylani segura fortemente seu arco, tocando com uma das mãos a haste, e com a

outra, a corda, deixando-a retesada. O local, que demonstrava estar intacto,

jamais visitado por presença humana, ia deixando essa característica de lado,

parte da estrutura acima começava a rachar, deixando pequenas quantidades de

areia caírem por sob suas cabeças, sabia que suas flechas não seriam nada para

aquele monstro enorme e forte, mas não poderia deixar de tentar, lutar para

conseguirem sair do formigueiro. Kaylani sentia que algo estranho estava

acontecendo, e pensava que Crudes estava mal, isso a deixava mais confiante

para lutar.

 

 

fOrCe posiciona seu escudo em sua

fronte, olhava fixamente para a Maya; Seasons segurava o arco com os olhos

arregalados, não acreditando naquela visão. Lavig faz uma prece fechando os

olhos, e começa a conceder seus dons de agilidade e benção a cada um deles, com

movimentos rápidos, e sempre orando. Snow estava em posição de batalha, seu

olhar fulminava aquele ser que estava á sua frente, segurava sua espada

fortemente com as duas mãos.

 

 

-Só ataquem quando eu mandar, a Maya é poderosa,

devemos agir em grupo –grita Snow.

 

 

A Maya aproxima-se rapidamente atacando

Snow com suas patas articuladas, empurrando-o rapidamente para longe, o golpe o

deixa caído. Lavig rapidamente une suas mãos em uma prece, quase uma súplica,

fazendo-o ser curado. Snow levanta-se rapidamente e contra ataca a Maya,

possuía rapidez com suas mãos empunhando espada, ele embanhava uma espada larga

e bem pesada, contudo seus ataques eram ligeiros e precisos; a lâmina afiada

rasga superficialmente parte do corpo humano, atiçando a fúria do grande animal,

que logo em seguida, se cura.

 

 

-Não pode ser! Ela se curou! –grita

Seasons.

 

 

-Snow, tenta distraí-la, para todos nós atacarmos ela

–diz fOrCe.

 

 

Snow corre segurando sua espada e pula arrastando-a

em um golpe contínuo no corpo da Maya, contudo, não surtindo efeito pois atinge

sua carapaça de inseto. Lavig rapidamente usa seu dom de impor as mãos em Snow,

fazendo-o ter um dano maior com sua espada.

 

 

-Ataquem! –grita Snow, que

bloqueava com a espada as investidas da Maya.

 

 

-Snow, aproveite agora, seu ataque vai ficar melhor

com a espada! –grita Lavig.

 

 

Kaylani e Seasons usavam rajadas de

flechas na Maya, ela gritava, era um grito de dor e ódio. fOrCe corre brandindo

sua espada e utiliza um impacto explosivo, fazendo a Maya ser empurrada um

pouco para trás, ela o fita fundo nos olhos, e rapidamente o empurra longe;

contudo fOrCe em um lapso temporal pequeno posiciona o escudo sobre si,

bloqueando o ataque em sua frente, contudo a pressão do golpe faz faíscas

soltarem do escudo.

 

 

-fOrCe! –grita Kaylani

olhando-o.

 

 

O impacto fora tão forte que ele é arremessado na

parede.

 

 

fOrCe segurava seu escudo, e estava com um dos joelhos

no chão, seu rosto estava ferido, próximo á boca.

 

 

-Lavig! Ajude-o! –grita

Kaylani.

 

 

Lavig rapidamente posiciona as mãos e

cura fOrCe, em seguida, pronuncia alto as palavras “Kyrie Eleison”, criando uma

barreira divina ao redor dele, deixando-o sustentar alguns ataques.

 

 

A Maya descontroladamente começava a

quebrar seus ovos, jogando-os longe com sua mão humana, a areia da superfície

continuava cedendo, deixando o local mais difícil de enxergar devido a nuvem de

poeira.

 

 

-Por que ela está fazendo isso? São seus filhos –diz Kaylani assustada.

 

 

-Ela está totalmente descontrolada, nunca ouvimos relatos

de que ela poderia fazer isso, algo está errado! –diz

Snow.

 

 

fOrCe corre e começa a atacar o animal

juntamente com Snow, de ambos os lados, a Maya faz com que suas mãos humanas

tomassem a forma de foices, bloqueando os ataques investidos. Kaylani coloca

várias flechas unidas no seu arco deixando a corda retesada e soltando, fazendo

uma chuva atingir a Maya, Seasons a acompanha, reforçando o ataque com chuva de

flechas também.

 

 

Lavig sussurra as palavras “Lex aeterna”

impondo uma das mãos na direção da Maya, do alto, por sobre a Maya, surge uma

luz emitindo três feixes divinos que prendem o animal.

 

 

-Essa é a hora de atacar! Ela está mais fraca! –grita Lavig.

 

 

Kaylani olha o mostro á sua frente,

todos a atacavam, contudo ela continuava irredutível, resolve se concentrar

olhando detalhadamente as partes do corpo de inseto, muitos dos golpes de Snow

e fOrCe atingiam a carapaça dura, e nada acontecia, contudo, a parte humana

estava com poucos arranhões, essa era a chave, sua parte humana. Kaylani mira o

imponente animal, puxando a corda de seu arco ao máximo, soltando rapidamente,

a flecha corta a nuvem de poeira e atinge a Maya em sua perna humana, ela emite

um grito lancinante.

 

 

-Seu ataque surtiu efeito Kay! Devemos atacá-la na

parte humana! –grita Seasons.

 

 

fOrCe empunha seu escudo próximo á Snow,

fazendo com que este estivesse protegido, podendo atacar sem se preocupar com

represálias, Lavig, por sua vez, concentrava-se na batalha, sua cura estava

ficando mais fraca, ela se esforçara muito.

 

 

Maya reage de uma forma inesperada,

ataca com suas foices formadas por suas mãos em toda a área, Snow e fOrCe são

arremessados com a força do golpe.

 

 

-fOrCe! Snow! –grita

Kaylani correndo para perto deles.

 

 

-Lavig, cure-os, eles estão muito fracos! –grita Seasons.

 

 

-Seasons, meu poder espiritual foi sobrecarregado, não

consigo, eu...estou muito fraca. Preciso descansar. Eu sinto muito –Lavig sussurra derrotada, não acreditava mais que

poderiam sair dali.

 

 

fOrCe e Snow estavam muito feridos, suas

roupas rasgadas, gotas de suor desciam de suas faces, suas feições eram de

cansaço. Seasons estava desesperado, e Lavig havia se aproximado de Snow.

 

 

-Eu vou morrer aqui, por quê? –Seasons grita.

 

 

A Maya aproximava-se deles, matando

todos os ovos pelo caminho, era uma máquina de morte, não parava. Kaylani pensa

em tudo que viveu até ali, e não poderia ser o fim, afinal, nem havia começado

a realizar seus sonhos, e sentia, aquela não era a sua destinação.

 

 

-Pessoal, ainda há esperança, vamos correr, devemos

encontrar o Crudes.

 

 

-Crudes? Com toda a certeza estamos pior que ele! É o

fim Kay! –choraminga Seasons.

 

 

-Lavig, me perdoe, eu havia prometido te salvar,

falhei em minha missão. –Snow a olha.

 

 

-Acho que não podemos nos entregar, estamos fracos,

mas devemos lutar até o fim, não vou esperar a morte. Quem vem comigo? –pergunta fOrCe.

 

 

-fOrCe, aceite a derrota, um garoto como você não é

páreo para a Maya –diz Snow.

 

 

-Um garoto só não, mas que tal o grupo inteiro? –grita mais ao longe Crudes, apoiado em Mirela, sua roupa

estava toda suja, um de seus braços ferido, e seu cabelo verde caí por sob a

face, que carregava um leve sorriso desafiador.

 

 

-Crudes! Que bom que está bem! –grita Kaylani feliz ao ver ele e Mirela.

 

 

-Minhas mãos doem, não tenho mais energia, minhas

flechas não pegam nela mais, e quando elas a atingem, apenas rasgam sua pele,

acho que vou morrer aqui –sussurra Seasons.

 

 

-Seu arqueirinho vesgo! Dê o melhor de si, quem é o

bebê chorão agora? –Mirela mostra a língua.

 

 

-Vamos atacar e sairemos daqui! –brada Crudes.

 

 

-Lavig, tente dar um suporte ao Crudes, ele precisa

mais do que nós, vamos retornar ás nossas posições! –diz

Snow.

 

 

-Meu braço está quebrado, mas com o outro posso

invocar magias, que Odin nos proteja! –brada Crudes.

 

 

            O

grupo se une novamente, contando a com fé, e vontade de viver, não seria fácil.

A Maya aproxima-se enfurecidamente, atingindo tudo que se encontrava ao seu

redor, fazendo parte da superfície cair em cima dela, que momentaneamente fica

parada pelo baque. Crudes movimentando uma única mão conjura o poder da

nevasca, fazendo uma tempestade de gelo cair por sobre a área. Mirela se

enconlhe com o frio. Kaylani se concentrava em sua mira, e projetava suas

flechas no corpo humano do ser.

 

 

Snow atravessava a lâmina de sua espada

larga no corpo da Maya, ela estava ficando fraca, já não mais atacava como

antes. A nevasca penetrava em seu corpo ferindo-o, deixando-a furiosa, em um

grito estrondoso ela invoca seres insetos chamados arclouses, que saíam  debaixo da areia para a superfície.

 

 

-Insetos! –grita Mirela.

 

 

-Protejam Crudes dos arclouses! –fala Lavig.

 

 

           

 

fOrCe e Snow cortavam aqueles seres de

tamanho médio e ágeis, com a proteção das bênçãos de Lavig e seu kyrie Eleison.

Mirela pega pedras no chão e as arremessa no rosto humano da Maya. A Maya

agilmente parte em sua direção, Mirela não tem nenhuma reação, sua boca fica

entreaberta e se mantém paralisada.

 

 

-Mirela sai dái! –grita

lavig.

 

 

Seasons corre o mais rápido que pode e empurra Mirela

retirando-a da direção do monstro, e ambos caem no chão, ele em cima dela. Seus

olhos se encontram, ela parecia surpresa e sem palavras.

 

 

-Obrigada Se-Seasons.

 

 

-Quem é o bebezinho agora? –Seasons

sorri de forma amável e matreira, em seguida levantando-se e ajudando-a.

 

 

-Agora, estamos quase! –diz Snow.

 

 

Crudes com uma de suas mãos cria um

pântano ao redor da Maya, que emitia a essência dos mortos, deixando-a mais

devagar, as almas tentavam prendê-la, naquele abismo sem fim. A Maya estava

cedendo, suas patas não tinham mais força. Lavig faz uma prece e cura Crudes,

em seguida, grita bem alto “Lex aeterna”.

 

 

Crudes conjurava uma nevasca muito

poderosa, pronunciava palavras baixas, não se podendo ouvi-las. Snow e fOrCe

atacavam-na com toda a força que ainda possuíam, Mirela com um movimento suave

e ligeiro arremessa grande quantidade de areia nos olhos da Maya, deixando-a

momentaneamente sem nenhuma visão.

 

 

A nevasca de crudes deixou a Maya

completamente desnorteada, e Kaylani pegou uma flecha, colocando-a no arco,

retesou-o ao máximo:

 

 

-Kay, mire no coração dela, é a única forma –grita Lavig.

 

 

-E-eu não sei...se posso –sussurra

Kaylani.

 

 

Snow em um golpe fatal perfura a barriga

da Maya, abrindo-a, fazendo o monstro cair no chão, sua face parecia serena,

como se tivesse se livrado de um pesadelo, seus olhos pareciam perdidos.

Kaylani não conseguia parar de olhar para ela, suas mãos tremiam.

 

 

-Conseguimos! Estamos vivos! –grita

Snow abraçando Lavig, levantando-a e girando.

 

 

-Temos que sair daqui o mais rápido possível, esse

lugar ainda está desmoronando aos poucos –diz

Crudes.

 

 

-Kay, você está bem? –pergunta

fOrCe, expressando preocupação.

 

 

-Estou, apenas, não sei explicar, mas estou triste por

ela. Sei que ela queria nos matar. Deixe para lá –diz

Kaylani.

 

 

-Kay, você deve entender, não havia outro modo, e você

deu o seu melhor. Ela é um monstro agressivo, estávamos em perigo. Não foi

feito nada de errado. Fique tranqüila. –fOrCe

segura suas mãos acariciando suavemente.

 

 

-O que é aquilo brilhando na barriga dela? –pergunta Mirela impressionada.

Continua...

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