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Star Song

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Tudo que Star Song postou

  1. Vou ver o que posso fazer. Enquanto isso peço que mantenha bem guardado o conteúdo da sua fic, afinal não queremos perdê-lo! Além disso, peço paciência aos leitores, pois creio que o tópico ficará bastante ilegível enquanto eu tento arrumar o possível problema. Muito obrigada!
  2. Yukii, realizei uns testes aqui e reparei que o que você falou não procede. Já tentou realizar os reparos pelo computador? Se sim, talvez seja melhor nos contatarmos e eu realizo os ajustes para você!
  3. Fsbiano, tutores poderão participar sim, apenas jurados que não!
  4. Concurso de fanfics de natal E aí pessoal, como vão vocês? O natal está chegando e o espírito natalino já vibra em todos nós, cheio de alegria, fraternidade e paz. E para celebrar ainda mais essa data especial, não há nada melhor que estarmos envoltos pelos mais belos e interessantes contos natalinos. Assim, proponho a vocês um concurso que aspire à esses valores e que celebre todas as maravilhas dessa data tão especial, dando asas a imaginação de todos para que possam escrever sobre o natal neste universo tão importante para nós. Regras As fanfics devem estar, antes de tudo, de acordo com as regras do fórum e da área! As fanfics devem estar estritamente relacionadas ao natal e ao universo Ragnarök. As fanfics devem possuir, no máximo, 5.000 palavras (o número de palavras pode ser visto através do Word na barra de status, na parte inferior do espaço de trabalho). As fanfics inscritas devem ser postadas impreterivelmente até o dia 10/01/15, às 23:59h. Atenção: Visto que o período de inscrição acabou, fanfics postadas de agora em diante não serão avaliadas para fins do concurso. Os vencedores serão contatados em breve para receberem seus prêmios. Para inscrever uma fanfic no concurso, poste-a em um tópico separado nesta área, com o título "[CN15]Título da fanfic". Digamos que o título da minha fanfic seja "Um conto de natal". Para inscrevê-la no concurso deverei criar um tópico cujo título será: "[CN15]Um conto de natal". Das fanfics inscritas, três serão eleitas vencedoras por uma banca composta por 5 jurados, os quais serão mencionados futuramente neste mesmo tópico. Os autores que tiverem suas fanfics escolhidas receberão uma premiação no valor de 6.000 ROPs, e serão contatados por mim no término do evento para que possam receber seus prêmios. Links úteis O compêndio das Narrativas Resultados Após quase um mês do término do período de inscrições, venho finalizar oficialmente o concurso de fanfics de natal, tendo recebido a informação da staff que as premiações foram devidamente enviadas aos vencedores por meio de mensagem particular. No entanto, antes de ovacionar os três participantes, gostaria de dividir alguns de meus pensamentos sobre o concurso. Embora não tendo conquistado a adesão esperada, acredito que o concurso foi uma experiência interessante e válida de diversas maneiras: não apenas como uma forma de distribuição de prêmios, mas como uma promoção do espírito natalino e da imaginação. Dessa forma, acredito que, embora modestos, os resultados obtidos foram positivos e, sendo esta a minha primeira experiência como tutora, ouso considerar-me feliz. Portanto, agradeço aos três participantes, Hinanii, Chuva Acida e Coroinha Mor, por se deixarem envolver com os fundamentos do concurso, proporcionando a todos — e a mim, principalmente — esta experiência incrivelmente enriquecedora à área e a minha formação como tutora. Gostaria de agradecer também aos meus jurados que, infeliz e felizmente, não precisaram ser convocados para fazerem escolhas que provavelmente partiriam seus corações. Opheliac, Yukii ~, Fabiano Alves, Vlad Dracull. Obrigada por apoiarem o concurso e acreditarem em seu potencial! Assim, concluo esta edição do concurso com alegria e expectativas de outros ainda por vir. Meus enormes parabéns aos merecidos vencedores que publicaram suas estórias, cada uma delas fantástica ao seu modo! Espero que tenham gostado. Vencedores Hinanii Coroinha Mor Chuva Acida Abraços auspiciosos, Star Song ♥
  5. Aarchie, acho que a Adilicia está se referindo às artes disponibilizadas pela Nanook para que as pessoas usem em seus trabalhos, que realmente estão em falta!
  6. Confesso que fui mal no COMVEST... Só acertei uma questão a mais que no ano passado );
  7. Hahaha, me desculpe pelos marcadores, vou ver se corrijo em breve. Sobre a parte dois, que bom que gostou, vou ver se consigo terminar o conto com o mais uma ou duas partes, de preferência antes desse domingo que vai ter VUNESP ;3; Obrigada pelo comentário!
  8. Adilicia, obrigada pelo comentário, me deixou muito feliz! Vou tentar trabalhar mais nos parágrafos. @topic: parte dois adicionada. Espero que gostem...
  9. Não esqueça do novo livro do Rick Riordan, A Espada do Verão da sua nova série Magnus Chase e os Deuses de Asgard. Eu ainda não terminei de ler mas o livro é, como esperado, bem humorado, light e divertido. Como cresci lendo os livros dele, sou um pouco suspeita para falar!
  10. Confesso que tenho mania de corrigir erro de português dos outros e depois fico com medo de escrever algo errado.
  11. Oi, pessoal. Tudo bem? Quando eu pensei em escrever essa fic, tinha tinha imaginado que faria uma oneshot, mas, por fim, a estória acabou se alongando um pouco e decidi publicá-la em dois ou três capítulos. Vale lembrar que esse conto é um spin-off de uma outra fic que está nos planos. Espero que gostem! [TABLE=class: outer_border, width: 500, align: center] [TR] [TD=width: 100]Nome[/TD] [TD]O Conto de Sigga e o Espadachim das Valquírias[/TD] [/TR] [TR] [TD]Autor[/TD] [TD]Star Song[/TD] [/TR] [TR] [TD]Gêneros[/TD] [TD]Romance, aventura, AU[/TD] [/TR] [TR] [TD]Sinopse[/TD] [TD]Sobre como Sigga fugiu do sacerdócio e se juntou à Ordem das Valquírias.[/TD] [/TR] [TR] [TD]Avisos[/TD] [TD]—[/TD] [/TR] [/TABLE] parágrafo—Qual é seu nome? — perguntou o menino sujo à sua frente. A espada enferrujada amarrada em sua cintura reluzia sob o sol do meio-dia. — Eu me chamo Vili. Sou um espadachim. parágrafoA mocinha mal pode esconder seu riso. Magricelo, baixo e desengonçado, ele jamais poderia ser um espadachim. parágrafoEla conhecia os espadachins de verdade, visto que muitos deles iam com frequência à catedral ter com o padre. Eram homens maduros, altos e fortes, com espadas de verdade embainhadas em belas peças de couro; elegantes e nobres no belo traje da guilda. parágrafoO menino a encarava de maneira curiosa. parágrafo— Não sabia que noviças eram mudas. parágrafoSeu tom derrisório a fez corar. parágrafo— Não sou muda, criancinha boba. A irmã Ingrid diz que não devo falar com estranhos — mentiu ela, impaciente para ir embora. O calor estava insuportável dentro de sua túnica demasiadamente espessa. O mercado estava cheio. parágrafoEle bufou e fez uma reverência exagerada, encostando o nariz nos joelhos ossudos. parágrafo— Mil perdões milady, que idiotice a minha incomodar a senhorita com minhas palavras amigáveis. Imagino que tamanha santidade não esteja à altura de tão abjeta companhia. Terei que procurar outra pessoa (adequada à minha presença, eu prometo) para brincar comigo. parágrafoE antes que ela pudesse reagir, ele sumiu num piscar de olhos, deixando-a sozinha e enraivecida, vermelha até as orelhas. parágrafoQuando irmã Ingrid finalmente a encontrou, obedientemente parada em frente à loja de tinturas, a garota não conseguiu deixar de perguntar, completamente séria: parágrafo— Irmã, você acha que rogar algumas pragas me fará ir para o inferno? parágrafoA sacerdotisa apenas riu e bagunçou seus cabelos trançados. parágrafoNaquele mesmo dia à tarde, um grupo de espadachins prestou visita à catedral para comparecer a uma importantíssima reunião com os mais altos dirigentes do sacerdócio, os arcebispos do conselho. parágrafoO que eles poderiam estar discutindo nem passava pelas cabeças dos jovens noviços, mas o uniforme e as espadas já eram considerados motivos suficientes para promover o tumulto característico que sempre acompanhava tal ocasião. parágrafoNaquele dia, no entanto, Sigga pouco se atentou às figuras solenes e impecáveis que desfilaram pelo hall. Nem mesmo o lendário Sigmund, um de seus heróis prediletos, foi capaz de segurar seu olhar, com sua beleza particular e envolvente que nunca falhava em lhe arrebatar. Sua mente vagava em outro lugar, bem distante dali. parágrafoApós chegar da visita ao mercado, acabara ouvindo fragmentos de uma conversa aos sussurros que inquietaram seu coração sensível. Sinclair, um dos arcebispos do conselho e o mais jovem a conquistar tal posição, estava desaparecido havia algumas semanas, e as especulações se espalhavam com selvageria. parágrafoEmbora estranho e taciturno, a genialidade de Sinclair era fascinante para a mente deslumbrada da pequena noviça. Após atravessar penosamente as primeiras fronteiras da proximidade e amizade, descobriu no jovem arcebispo um amigo querido no qual podia confiar e desabafar, assim como um tutor capaz que a ensinara diversas coisas interessantes, fossem estas moralmente aprovadas ou não. parágrafoDiferente dos outros iguais a ele, Sinclair portava uma aura quase profana que era incompreensível à maioria das pessoas, envolvendo-o nas mais diversas fofocas e o eternizando como uma figura de ódio e medo públicos, uma mancha negra no manto sagrado do sacerdócio. Porém, Sigga o conhecia bem e conhecera seu verdadeiro caráter gentil e carinhoso, e jamais deixaria de amá-lo. parágrafoQuando seu mestre sumiu, a menina ficara morta de preocupação e horrorizada com as sucessivas acusações que eram atiradas contra ele, mas nada podia fazer para defendê-lo, tamanha era sua impotência. Dessa forma, ela apenas esperou pacientemente os dias passarem, cumprindo suas tarefas e respondendo às interrogações que lhe eram feitas regularmente, esforço este infrutífero visto que a garota nada sabia sobre o sumiço de Sinclair. Seu coraçãozinho teve de aprender a conviver com a saudade e o medo e, mesmo já havendo passado diversas semanas, ele ainda não se tonara insensível. Naquela tarde, pelo contrário, ele ficou anormalmente inquieto. parágrafo— ...não podemos fazer isso, Mathis, pelo amor de Deus! — Sigga parou bruscamente diante da porta entreaberta de um dos quartos do dormitório ao reconhecer a voz desesperada do arcebispo Miguel. As roupas de cama sujas firmemente apertadas contra seu peito tentavam debilmente acalmar sua pulsação. — Tristan está colérico. Ordens claras foram passadas para que nada disso escape por debaixo dos panos. parágrafoPassos impacientes percorriam o cômodo até o momento em que se aquietaram. parágrafo— Se a notícia dos feitos daquele demoniozinho correrem, Mathias... — A ameaça clara suspendeu-se no ar e a garota sentiu seu estômago retorcer. Eles estavam falando de Sinclair. parágrafo— Não se preocupe, mestre. Ninguém saberá, eu juro. — A voz de Mathias estava fraca de medo, mas foi firme. Mathias era um amigo querido e Sigga sempre respeitara sua coragem e Miguel provavelmente fazia o mesmo, uma vez que se dirigiu a porta para sair, provavelmente satisfeito com a resposta do discípulo. parágrafoNão perdendo sua chance, a garota disparou silenciosamente pelo corredor e não conseguiu compreender um último comentário trocado pelos dois homens. Só foi parar quando estava bem longe dali, abordada por irmã Teresa, que virara uma fera ao vê-la pulando os degraus da escada dos fundos e lhe dera uns bons safanões. parágrafoUm tumulto perto dos portões fez Sigga esquecer o pequeno lenço que estava bordando sob o olhar vigilante de irmã Teresa. Era finalzinho de tarde e as duas aproveitavam os últimos resquícios da luz natural — e a brisa fresca que finalmente dera as caras — no vasto jardim frontal. parágrafo— Não preste atenção em nada além de seu bordado, macaquinha — reprendeu a sacerdotisa que, embora carinhosa, ainda estava brava com a menina. — Continue bordando enquanto eu dou uma olhada no que está acontecendo. parágrafoSigga acenou e fingiu voltar a bordar, mas se levantou logo que irmã Teresa se afastou o suficiente para não notá-la. O vozerio no portão era crescente e conforme a garota ia se aproximando, um sentimento escuro passou a pesar em seu peito. Alguém estava gritando. parágrafoPerto o suficiente para enxergar com clareza, a menina processou com crescente horror a cena a sua frente. Dentre o circulo de olhares temerosos e curiosos, erguia-se um homem enorme que nunca vira antes, vestindo uma armadura completa e reluzente, uma espada versada na mão. A figura miserável e encolhida de Mathias prostrava-se indefeso aos seus pés, soluçando e choramingando profusamente. parágrafoSigga correu para as saias de Teresa, cujas mãos nervosas apertavam o terço em seu pescoço. parágrafo— Irmã — sussurrou aflita, puxando os panos da batina da sacerdotisa —, o que estão fazendo com Mathias? parágrafoTeresa abraçou a menina apertado e se agachou para olhá-la nos olhos. parágrafo— Sigga... — Teresa estava séria, mas a menina podia ver que estava triste. — Quando eu te ordeno alguma coisa, você tem que obedecer, entende? parágrafoA noviça acenou, olhos no chão. parágrafo — Eu não quero que você fique aqui — continuou a mulher, agora gentil —, volte para o seu quarto. parágrafoMas o que quer que fosse acontecer ali, que Teresa não quis que a menina visse, era tarde demais. Solene como se estivesse perante a corte, o espadachim desconhecido — fosse ele realmente um espadachim — declarou a palavra suprema da lei real, cessando qualquer outro ruído, tamanho era o seu poder: parágrafo— Eu, Lorde Rafael de Prontera, comandante do corvo vermelho, a serviço de vossa majestade, rei Tristan Gaebolg VI, condeno Mathias de Geffen à morte pelos mais altos crimes de traição, feitiçaria e bruxaria; a ser executado em praça pública na fogueira ao anoitecer. As ordens do rei e do Senhor. parágrafoTodos os presentes levaram a mão ao peito em um ato pavoroso. Sigga apertou fortemente a sua saia. “São as ordens do céu e da terra.” parágrafoRafael acenou para um de seus homens que prontamente veio se postar ao seu lado. Trocadas algumas palavras, o espadachim, não mais que um garoto, levantou a figura deplorável de Mathias do chão, e o manteve de pé para que o lorde lhe dirigisse a palavra. parágrafo— Você confessará seus pecados, sacerdote Mathias, redimindo sua alma perante Deus? parágrafoMas Mathias não olhava para a figura imponente a sua frente, e sim para um rosto misturado na multidão cada vez mais crescente, ferido. Arcebispo Miguel encarou-o de volta por alguns instantes — a face dura como pedra —, desviou o olhar e saiu. Sigga quis gritar, mas calou-se e chorou em silêncio nos braços trêmulos da sacerdotisa. parágrafoQuando Mathias finalmente se dirigiu ao lorde, que esperava pacientemente, sua voz estava fria e distante, os soluços e as lágrimas haviam finalmente parado. Ele já estava morto. parágrafo— Eu confesso meus crimes e peço misericórdia à Deus, para que ele me julgue como achar necessário. — E colocando a mão esquerda sobre o peito: — São as ordens do céu. parágrafoRafael acenou e deixou a insolência passar, o burburinho voltou a vida. parágrafo— Eu ouvi o seu pedido, irmão. Que a misericórdia seja concedida, em nome do rei, que não é injusto. Segure-o no chão, procederemos aqui mesmo, rapidamente — ordenou ao espadachim que segurava Mathias firmemente pelos braços. parágrafo— Não é necessário, lorde — interviu o sacerdote —, posso me segurar sozinho. Conceder-me-ia, no entanto, uma última reza? parágrafoO lorde assentiu e os olhos de Mathias caíram sobre Sigga pela primeira vez. parágrafo— Você se importaria, Sigga, de rezar com um condenado como eu? parágrafoNão dando abertura para ser impedida, a menina correu para os braços do amigo e se enterrou em seu peito, chorando descontroladamente. Mathias a envolveu com delicadeza em um abraço e acariciou seus cabelos loiros. parágrafo— Está tudo bem, Sigga. O lorde até mesmo me entregará aos céus rapidamente. Aposto como nem vou sentir dor. parágrafoPalavras vazias. Ela perderia mais um amigo. parágrafo— Veja pelo lado bom, eu — A garota calou-o com as mãos. parágrafo— Pare de falar, Mathias, seu idiota. Apenas conte a verdade. Foi Miguel, não foi? parágrafoMathias pareceu surpreso, mas então suas feições relaxaram em um sorriso triste. parágrafo— Você realmente é uma macaquinha, não é? Falando coisas bobas como essa por aí. parágrafo— Eu sei que estou certa, eu ouvi vocês hoje mais cedo — ela insistiu. parágrafo— Bobagem. — Ele chacoalhou a cabeça. — Agora vamos, as pessoas vão ficar impacientes. Reze comigo. parágrafoRezaram, e, quando terminaram, foram necessários dois homens para retirar a menina desesperada e violenta dos braços do amigo, que apenas observou compassivamente. parágrafoNo entanto, antes de finalmente abaixar a cabeça para sempre, Mathias lhe falou: parágrafo— Não se esqueça de pedir às valquírias para que elas olhem para mim. parágrafoSigga acenou quase imperceptivelmente e finalmente desistiu de lutar, deixando as lágrimas rolarem livres pelo seu rosto. Assim como Sinclair, Mathias matinhas relações estreitas com a religião proibida. Assim como ela. parágrafoAs valquírias olhariam para ele. Ela faria questão disso. parágrafoEm meio ao tumulto de olhares suspeitos e cochichos acusadores (o condenado finalmente mostrara suas verdadeiras cores), a testa de Mathias tocou o chão e a espada de Rafael, a ordem divina, ergueu-se em direção ao céu. Mas, antes que o movimento se conectasse ao golpe final, uma flecha zumbiu, vinda de lugar nenhum, alojando-se com um baque seco nas costas de Mathias que, em um último movimento calculado, segurou a empunhadura de algo escondido dentro de sua batina. parágrafoA voz estridente de uma criança soou por entre a multidão em choque. O sangue maculou o chão sagrado. parágrafo— As valquírias ouviram seu chamado, guerreiro. Morra em paz. parágrafoO coração de Sigga disparou desenfreadamente. Vili, o menino do mercado, deu um passo a frente, a espada velha nas mãos. Ele sorriu. parágrafo— Nos vemos no Ragnarok! parágrafoO Caos mordia como o lobo feroz; hiena louca entre cadáveres; o rato na ratoeira. Diante de seus olhos, Sigga viu o bicho homem virar bicho fera, animal doentio e carmesim, cheio de dentes de aço e gorjeios sem fim. Ela viu o sacrilégio do sangue fervente esparramado em terra sacra, da carne viva e da carne morta. E o sol, que se escondia enfim, envergonhado, despejava sua luz augusta, coroando em dourado as cores quentes daquela selvageria perversa. parágrafoNo meio de tantas dormências, foi Vili quem conquistou suas mãos e seus olhos. Olhos verdes como as libélulas na primavera, respingados com o ouro sujo e brilhante das moedas esquecidas sob o sol. Ele a guiou para longe de seu estupor, para a realidade. parágrafo— Temos que ir, Sigga! — disse o espadachim, insistente, escrutinando os arredores, espada empunhada em uma das mãos. Por entre a melodia de gritos e o tilintar de armas, alguém chamava por ela. A mão de Vili era áspera contra a sua e havia um mosquito irritante que zumbia em seu ouvido. Talvez fossem as flechas... parágrafoEra demais. Cedeu à mão insistente que a segurava de maneira tão segura e se deixou chorar. parágrafoO sol sumiu no horizonte, envolta pela agourenta noite sem fim. parágrafoCorreram pelas vielas escuras de Prontera, entre poças de luz leitosa de lampiões. O clamor do aço serpenteava em seus encalços. parágrafoSigga arfava, soluçando entre gemidos refreados e lágrimas, enquanto Vili apenas segurava firme em sua mão, trilhando o labirinto ilógico que era a capital do reino. Prontera, cidade irrequieta, volátil. Joia graúda da coroa, ninho de vermes. parágrafoDesembocaram em uma grande rua comercial e foram engolidos pelo mar revolto de pessoas e mercadorias. O falatório era um zumbido constante. Comerciantes gritavam e discutiam com seus fregueses, artistas dançavam e piruetavam pelo ar, e odaliscas seminuas se apresentavam para rodas ululantes de soldados da patrulha e homens comuns. Ciganas podiam ler sua sorte ali mesmo, sobre um lençol na calçada, enquanto pequenos gatunos se esbanjavam com os olhares desatentos, esgueirando-se pelas sombras e cortando bolsas recheadas de zenys. parágrafoAndando meio aos tropeços e empurrões, venceram a multidão e adentraram uma pequena rua lateral e vazia, onde pararam em frente de uma estalagem estreita e obsoleta, cuja porta mal se enxergava. O nome “O Lobo Risonho” grafava porcamente uma tabuleta sobre o portal, em letras de um azul e dourado descascados. Vili entrou sem bater. parágrafoA primeira coisa que se notava ao entrar no Lobo era que, embora ordinário, tratava-se de um estabelecimento aconchegante e arrumado. Das diversas mesas e poltronas na sala comum, apenas as melhores estavam ocupadas, mais próximas do crepitar alegre e quente da lareira. O burburinho era moderado e silencioso, a não ser por uma ou outra risada aguda da garota da casa — que flertava astutamente no colo do mercador mais rico do salão — ou o tinido usual de canecas de cerveja e baixelas de metal. parágrafoNão pararam na sala comum, no entanto, e continuaram andando por um longo corredor escuro que terminava na cozinha. Sigga, que já havia parado de chorar tinha algum tempo, fungava baixinho e seguia Vili com passos descompassados, ainda de mãos dadas. parágrafoParando pela primeira vez, Vili se virou e encarou a pequena noviça desgrenhada e assustada que o olhava com esbugalhados olhos azuis, quase pretos na escuridão. parágrafo— Você confia em mim? — perguntou. parágrafoEra uma pergunta fácil. Ela apertou levemente a mão dele e ambos entraram na cozinha iluminada. O cheiro apetitoso de batatas assadas e carne pairava no ar. parágrafoA estalajadeira, uma matrona de uns trinta anos de idade, ralhava com uma pobre cozinheira perigosamente acuada entre uma ameaçadora colher de pau e o fogaréu onde se assavam as carnes, e não percebeu a entrada dos pequenos elementos. Vili parecia querer continuar desse jeito e sinalizou para Sigga ser cautelosa. Andaram pé ante pé, grudados às sombras nas paredes e provavelmente teriam sucesso se não fosse pelo olhar rapineiro de Jess, a caçula. parágrafo— Gato, você voltou! parágrafoA cozinha parou por uma fração de segundo e tudo que aconteceu depois se resumiu em diversos abraços sufocantes, safanões altamente doídos e uma tétrica colher de pau. parágrafo— Azazel falou pra você ficar, Gato — urrou a estalajadeira, Mamãe Ursa, gesticulando de maneira perigosa, a colher de pau na mão. Jess, que se agarrara a Vili e parecia não querer soltar mais, tomou uma grande bordoada na testa e desatou a chorar. — Ficamos morrendo de preocupação, pensando que algo de mal fosse acontecer com esse seu traseiro imundo. parágrafoCada palavra equivalia a uma colherada mortal desferida contra o ar. Vili sorriu (“Mas quanta coragem,” pensou Jess, que provavelmente molharia as calças mediante tamanha iminência de morte. Chorou ainda mais alto.), desviando facilmente do perigo, quando necessário. Mamãe Ursa tinha uma maneira peculiarmente física de demonstrar afeto. parágrafo— É culpa do Caim, Mamãe. Ele quem disse que eu podia ir — mentiu. parágrafo— Eu vou matar aquele traste — prometeu a mulher, empunhando colossalmente sua arma, fazendo com que todos no aposento diminuíssem alguns centímetros em sua estatura. — E saia daqui, antes que faça o mesmo com você e sua amiga que veste a batina. Isso me cheira ao canalha do seu tio. parágrafoRindo, Vili disparou porta afora, arrastando uma noviça atordoada e desorientada por um pequeno jardim iluminado pela luz do luar. parágrafoE correram mais uma vez. parágrafoO jardim era estranhamente grande — estreito, mas comprido — e inóspito. O matagal os cobria até a cintura e entulhos dos mais variados tipos, desde uma carruagem destroçada à armas quebradas, pontilhavam todo o lugar. parágrafo— Vili — sussurrou a noviça por fim, após vários minutos de caminhada —, onde estamos indo? parágrafoO menino apertou sua mão de maneira reconfortante. — Você verá. Já estamos chegando. parágrafoE chegaram. Por entre o mato denso surgiu um grande poço abandonado que se despedaçara com o tempo e fora coberto pela hera. Conforme se aproximaram, um zumbido engraçado passou a pulsar na cabeça de Sigga, e uma eletricidade nada ordinária fez todos os pelos de seu corpo se eriçarem. parágrafoEla olhou para Vili, que a observava misteriosamente. parágrafo— Nós teremos que pular. — Não era uma pergunta. parágrafo— Teremos. — Vili respondeu mesmo assim. Continua...
  12. Yukii a nova parte ficou bem mais "limpa", por assim dizer. Posso ver que você andou estudando maneiras de melhorar a sua escrita. Não pare de fazer isso! Enquanto não acho que alguns erros ocasionais atrapalhem a fluidez da estória, estou notando uma quantidade excessiva deles (na maioria erros de formatação) que estão incomodando um pouco. Fique atenta! No mais, o universo que você está construindo parece ser bastante interessante. Bom trabalho!
  13. Parabéns a todos os participantes pelo esforço e dedicação. Os desenhos ficaram lindos!
  14. Star Song

    Liberdade

    Que estória delicada, Oheliac, realmente delicada! Acho interessantíssimas as estórias cheias de nuances, que conseguem apresentar diversas coisas em poucas palavras. Gostei da independência dos trechos apresentados e de como não existe uma sequência determinada para lê-los, e da maneira que esta característica influência na assimilação dos eventos. Achei que a leitura um pouco triste e saudosa devido a interpretação que tive, mas a concepção do amor apresentada foi realmente bonita! 4.5/5 Apareça mais pela área ;3;
  15. Isso pegou mau! Confesso que achei a primeira temporada um pouco sofrida, mas a segunda realmente foi interessante! Them feels though...
  16. Hmm, além de sambar na cara do machismo, não fiz nada de mais. Brincadeiras à parte, vocês não imaginam o bem que essa redação me fez... A semana já começou linda, com uma prova básica de concordância que foram só alegrias (eita, acertei isso aí?) e o tempinho extra fora dos fóruns e do Rag fez maravilhas aos livros que estou lendo. No geral, foi tudo ótimo. Nem consigo acreditar!
  17. Star Song

    Enem 2014!

    Aquele momento que eu chego em química e molho o gabarito com minhas lágrimas!
  18. Esses dias estava andando por aí com a minha sábia quando lembrei que, por jogar no Odin, eu poderia ter acesso aos tão falados benefícios dos jogadores "VIP". Óbvio que os buffs foram o que mais me chamaram a atenção, mas acabei ficando em dúvida sobre uma coisa: é realmente necessário comprar um dos itens que o o NPC vende para poder requisitar os buffs ou sou eu que estou fazendo algo errado?Muito obrigada pela atenção ;3;
  19. Star Song

    Enem 2014!

    Passando pra desejar boa sorte pra concorrência tomara que vocês não consigam ir, e agradecer pelos votos de boa sorte! Espero que façamos uma ótimo prova, com concentrarão e desempenho Aarchie, química é a única matéria que eu não entendo nada sobre, hahaha! Tomara que eu não me ferre, já que esse ano é pra valer ;3;
  20. Muito obrigada pelos comentários meninas, me deixam muito feliz! Machado é realmente fantástico, preciso ler mais livros dele! Concordo que fui radical, e isso não foi muito adequado, mas é que acredito ser muito tênue a linha entre uma mistura verbal boa e uma ruim. Na verdade, é um recurso que nem eu sei usar muito bem, mas que eu aprecio muito quando bem feito. Optei por ser incisiva para não acabar confundindo aqueles que estão apenas começando a escrever. Sobre o uso de pronomes, você quer dizer colocação pronominal, certo? Quem me dera ser corajosa como Mario e peitar as normas opressoras desse jeito, mas prometo fazer vista grossa. Também espero, sinceramente! Hahaha. Justo, hífen eu perdoo. Agora, underline...
  21. Obrigada pelos comentários. Sobre a leitura, Yukii, ela é realmente muito importante e provavelmente a melhor professora de todas! Espero que aproveitem!
  22. O Compêndio das Narrativas Sejam todos bem vindos ao compêndio da Fanfictions. Fiz este tópico com intuito de melhorar a organização e o acesso às informações dá área e ajudar os escritores no geral. Não teria conseguido fazer isso se não fosse pela ajuda de todas as pessoas, ativas ou não, que contribuíram para a área durante os anos (Sublimis, Rafa, Goku-kun, etc), e que disponibilizaram muitas das informações que estarão presentes neste guia. Como reuni as informações de todos os guias neste aqui (assim como adicionei mais conteúdo), optei por deixar somente ele fixado. Em decorrência dos diversos assuntos que serão abordados, o tópico ficou um pouco grande. Sinta-se livre para usar o índice. Bom estudo! Índice O que é uma fanfiction? Por onde devo começar? Modos narrativos Escrevendo diálogos Erros comuns ao escrever fanfics Considerações finais O que é uma Fanfiction? "Fanfiction", "fanfic" ou "fic", são, basicamente, ficções produzidas por fãs, baseadas nas obras de terceiros. Existem infinitas razões para se criar uma fanfic: escrever um final diferente para um livro, desenvolver certos personagens à sua própria maneira, mudar elementos de uma estória original ou até mesmo criar sua própria aventura dentro de um universo já existente. Não há regras ou parâmetros, o limite é a sua imaginação. Você pode escrever fanfics de livros, séries, filmes, jogos, músicas (por que não?), poesias e pode até mesmo inventar seus próprios universos (apesar de isso não contar muito como fanfic). Ou seja, escrever fanfics é dar asas à sua imaginação, é liberdade de pensamento e invenção. O que está esperando? Por onde devo começar? Sim meu caro gafanhoto, mal entrou nessa onda e já se sente impotente, sem saber o que fazer. Mas não se preocupe! Iniciar uma história é difícil para todos. Faça um rascunho Montar a estória na sua cabeça é sempre um bom começo. Estórias não planejadas tendem a ser abandonadas por falta de estímulo ou criatividade. Porém, não vá achando que criar uma personagem e ambientação é rascunho o suficiente, porque não é! Tente pensar nas diversas cenas que você quer que sua estória tenha, escreva-as e depois monte-as como um quebra-cabeça. Inventou apenas uma personagem? não é o suficiente. Crie todas as outras e faça fichas para cada uma delas, com suas características psicológicas e físicas, e as histórias de suas vidas. Sua estória tem que se passar em algum lugar, certo? Quais são as características desse lugar? Uma grande cidade, ou uma pequena vila? Quem são as figuras de influência que nele atuam? Ele está perto de onde e de quem? Escreva um roteiro Depois de criar os elementos que participarão da trama, comece a organizá-los em uma sequência de eventos. Faça um roteiro. Não tenha medo, nem pressa, de colocar as ideias no papel. Escreva com calma, mas com disciplina Respeite seu tempo e seus limites, mas seja metódico. Se perceber que está com algum bloqueio, procure encontrar e solucionar seus motivos. Organize seus horários para ter um tempo para escrever. Às vezes a falta de disciplina e a preguiça são os fatores que separam uma ideia de sua realização prática. >> Lembre-se: estórias montadas e organizadas desde o princípio geralmente são mais detalhadas e completas. << Eu, por exemplo, adoro fazer mapas conceituais e também abuso das fichas. Eles me deixam motivada, pois sei exatamente o que vai acontecer e quando. O ato de escrever se torna algo confortável e intuitivo como ele deve ser, e não algo excruciante e cansativo. Modos narrativos Então você tem sua história montada; começo, meio e fim; cada cena e ação. Você já organizou seus horários e não vê a hora de começar a escrever, mas está perdido entre as infinitas maneiras de narrar sua estória. Realmente são muitos, mas cada um deles propõe uma experiência diferente. O modo narrativo deve ser compatível com a estória assim como deve ser confortável ao escritor. No fim, trata-se muito mais de uma questão de gosto do que de qualquer outra coisa. Procure conhecer suas opções e busque aquela que mais se encaixa com você. Antes de qualquer coisa, atente-se a dois elementos que serão cruciais ao escrever uma narrativa: o tempo cronológico e o narrador. Existem outros, mas esses dois serão aqueles que determinarão a maior parte dos fatores de sua estória. Tempo cronológico O tempo cronológico, ou tempo da história, é o tempo em que a ação acontece, que a história se desenrola. A maioria das narrativas geralmente usa o tempo cronológico no pretérito (passado), e algumas no presente (apesar desta última não ser tão comum). Se você escolheu usar o pretérito, então os verbos de sua estória terão que estar no pretérito, por exemplo: Percebe como os verbos são flexionados no pretérito? O tempo cronológico dessa história se passa no passado. Um outro exemplo, dessa vez com o tempo cronológico se passando no presente: Repare no verbo sublinhado, "comeu". Diferente dos outros verbos da frase, ele se encontra no pretérito, mas isso não significa que ele está dissonante ao tempo cronológico, que se passa no presente. O que acontece é que a ação exprimida pelo verbo aconteceu no passado, em relação ao tempo presente da estória. Se estivesse escrevendo com o tempo cronológico no pretérito, esse verbo seria conjugado no pretérito mais-que-perfeito. Observe: Narrador O narrador é aquele que narra a estória (duh) e ele pode se apresentar de diversas maneiras diferentes: pode ser a personagem principal, pode ser personagem secundário, pode até não ser personagem. Ligado ao papel do narrador existe a sua focalização, que é a perspectiva tomada pelo narrador em relação ao universo narrado. Focalização omnisciente Nesta focalização o narrador adota uma posição de transcendência e mostra conhecer toda a estória e seus elementos. Consegue manipular o tempo e observar o interior de seus personagens. Desventuras em Série, de Lemony Snicket, tem essa focalização. O narrador sabe tudo que aconteceu e acontecerá com as crianças, sabe como a estória começa e termina, etc. Focalização interna O narrador adota o ponto de vista de uma ou mais personagens, limitando, consequentemente, seu conhecimento da estória, que passa a bater com aquele da personagem. A saga Harry Potter, por exemplo, tem esse tipo de narrador, que adota o ponto de vista do personagem principal, Harry. Focalização restritiva O narrador assume a posição de alguma personagem da trama, e narra a estória a partir dos acontecimentos vivenciados por esta personagem. A saga Percy Jackson e os Olimpianos tem essa focalização, sendo Percy o personagem que narra a estória. [*]No que diz respeito às pessoas verbais Definir a pessoa na qual você irá escrever sua narrativa é algo bastante pessoal (puns intended). Enquanto as pessoas mais comuns são a primeira e a segunda pessoas do singular, eu já vi texto escritos na segunda pessoa e eles são bastante interessantes de se ler. Focalização omnisciente geralmente caminha de mãos dadas com a terceira pessoa, mas também combina com a segunda pessoa. A focalização interna é sempre na terceira pessoa, pois se fosse na primeira, a focalização passaria a ser restritiva. A focalização restritiva é sempre em primeira pessoa, já que a estória é narrada por um personagem que faz parte da mesma. [*] Alguns exemplos Tempo cronológico: pretérito. Focalização: restritiva, primeira pessoa. Tempo cronológico: pretérito. Focalização: interna, terceira pessoa. Tempo cronológico: presente. Focalização: onisciente, terceira pessoa. Tempo cronológico: presente. Focalização: onisciente, segunda pessoa. Escrevendo diálogos Escrever diálogos pode ser uma tarefa complicada, principalmente para aqueles que não possuem muita prática. Eles são uma ferramenta muito importante e darão dinâmica à história onde forem propriamente utilizados. Com relação à estrutura Diálogos podem ser representados por meio de dois sinais diferentes: o travessão ou as aspas. Eu gosto de usar o travessão, mas a tendência que venho observando é que cada vez mais livros vem apresentando diálogos marcados por aspas. Veja alguns exemplos: Tenha em mente que apenas jogar um monte de frases após um travessão não caracterizará um bom diálogo. Procure dar emoção e vida à conversa. Caracterize cada maneira de falar e identifique o locutor. Não, não e não. Isso não é uma conversa que se preze. Veja como é possível melhorá-la: Repare como a conversa está dinamizada e como fica claro as emoções e sensações das personagens participantes. Diálogos bem escritos podem dizer muito mais que meras palavras, e sua importância tem peso em qualquer narrativa com qualidade. Com relação à pontuação Pontuar diálogos pode parecer estranho e não natural, mas se torna algo casual com o tempo e a prática. Existem diversas regrinhas que, infelizmente, variam de acordo com o sinal que você usa para representar o diálogo, então vamos por partes. Sem mistérios a pontuação dessas duas frases, eu espero. Basicamente escrevemos a frase e indicamos o diálogo por meio das aspas travessão. O problema é que com uma construção dessas não conseguimos identificar quem falou, ou a maneira como a fala foi dita, o que é importante para dinamizar o diálogo. Vamos ver como fazer isso: Agora compare com o as seguintes frases: Percebeu o maiúsculo no segundo exemplo? Consegue dizer o que há de diferente entre uma frase e outra? Após o a fala do primeiro exemplo, há um verbo dicendi. O verbo dicendi é aquele que exprime alguma coisa relacionada ao ato de falar, como "perguntar", "dizer", "berrar", "afirmar", "questionar", mesmo através de metáforas: Quando um verbo dicendi segue a fala, usa-se a letra minúscula para indicar que a fala "continua" na narração. O mesmo se aplica para a pontuação. Se o verbo que seguir a fala for um verbo dicendi, não se usa ponto final. Caso contrário, emprega-se o ponto final para evidenciar o fato de que a fala acabou e que a próxima ação não está ligada a ela. No entanto, vale lembrar que ponto de exclamação e interrogação não se aplicam a essa regra, pois eles tem função de exprimir um estado diretamente relacionado à fala, uma entonação, diferente do ponto final que indica que a frase acabou. Veja alguns exemplos: "mandou" e "chutou" referem-se ao ato de falar (mesmo que "chutou" seja uma metáfora), por isso não se usa maiúscula nem ponto final, diferente dos outros dois casos nos quais os verbos "brilharam" e "coçava" em nada se relacionam com o ato de falar. Infelizmente, nem tudo são flores, e é óbvio que uma hora ou outra haveria alguma diferença entre as falas marcadas por aspas e as marcadas por travessão. Tudo bem, é bem simples: A diferença é tão minúscula que se eu não tivesse destacado você provavelmente nem teria percebido. Nas aspas, se o verbo que seguir for dicendi, usa-se a vírgula para indicar a mudança de fala para narração, mas não precisa usá-la caso você tiver usado um sinal de entonação, tipo o ponto de exclamação ou interrogação. Resumindo Verbos dicendi são verbos que representam ações ligadas ao ato de falar. Se o verbo subsequente a fala for dicendi, usa-se letra minúscula e não se usa o ponto final. Caso o verbo não seja dicendi (ou seja, não relacionado à fala), usa-se letra maiúscula e o uso do ponto final é permitido. Não esquecer: Ao usar aspas, é necessário uma vírgula para representar a transição da fala para um verbo dicendi Vamos explorar mais algumas particularidades da vírgula. Observe a frase: Colocando em um diálogo: Bastante diferente né? Vamos falar primeiro da frase com o travessão, pois ela não tem muitos segredos. "disse" é com letra minúscula porque é dicendi e exatamente por isso não se usa ponto final. Agora, o motivo de usarmos a vírgula é porque a própria frase do diálogo ("Eu gosto de bolo, mas a Elizabeth não.") pede uma vírgula, entende? O motivo de a vírgula se encontrar nesta posição em específico — após o segundo travessão — e não em qualquer outro lugar é porque não se deve usar vírgulas antes de travessão. Vejas as seguintes construções: Está errada, pois a vírgula existe e tem que estar em algum lugar. Não podemos simplesmente sumir com ela. Está errada, pois vírgula nunca vem antes de travessão. Está errada, pois a vírgula é um elemento da frase, e não da narração. Deve, portanto, acompanhar a primeira. Mesmo motivo das frases dois e três. A frase correta é, portanto: Os casos em que se usa as aspas, no entanto, realmente são diferentes, pois as aspas são bem mais flexíveis e pedem mais pontuação. Veja a frase: Aplicando-a em um diálogo com aspas teremos: Temos três coisas a se notar nesse diálogo: O verbo é dicendi = letra minúscula e vírgula para marcar a transição para a narrativa, como já aprendemos; A frase pede uma vírgula, que tem que estar incluída; É necessário mais uma vírgula para marcar a transição da narrativa para a fala, assim como foi necessário uma para marcar a transição da fala para a narrativa. Pelos itens, subentende-se que seriam necessárias três vírgulas, certo? O que acontece é que a vírgula do item um e a do item dois se mesclam em uma só, fazendo com que a frase fique perfeitamente pontuada. Vamos ver outros casos, dessa vez com duas frases em uma fala só: Temos duas frases diferentes separadas por um ponto final. Essa é a maneira correta de colocarmos um verbo dicendi entre elas quando se usar as aspas. Verbo dicendi = vírgula de transição e letra misnúscula; Como o diálogo possui duas frases distintas, separadas, usa-se ponto final. Agora para o travessão: Sim, não há muitos segredos. Só é preciso lembrar do ponto final. Dessa forma demonstramos que o verbo dicendi está ligado somente a primeira frase, já que, afinal, as frases realmente são separadas. Caso o a ação entre elas não seja relacionada ao ato de falar, a pontuação ficará assim: Agora veja exemplos de como podemos juntar verbos dicendi com ações não relacionadas à fala, de uma única vez: Juro que está acabando. Só é preciso atenção a mais uma coisa: como fazer para intercalar orações dependentes com verbos que não estejam relacionados à fala? Um exemplo: Já aprendemos a encaixar essa frase em um diálogo sem problemas: Poderíamos até mesmo relacionar o verbo dicendi a uma ação que não diz respeito à fala. Como por exemplo: O que não podemos é simplesmente tirar o verbo dicendi, pois ele é o responsável por estender a fala até a narrativa. Se não houvesse um dicendi, a fala seria quebrada e não haveria nexo em continuá-la depois. Portanto a seguinte frase está errada: Isso não faz sentido algum! A segunda oração está ligada à primeira e não pode vir ligada ao verbo entre elas, pois este (que não é dicendi) representa uma ação desconectada da fala. Qualquer verbo que não seja dicendi, sozinho, tem por consequência a quebra da fala. A única maneira de você fazer esse tipo de estrutura funcionar(frases dependentes e intercaladas, sem o verbo dicendi), é se você modificar, de alguma forma, a estrutura da frase original, interrompendo-a. Veja: Neste exemplo o usado foi as reticências, mas um ponto final, ao invés, também estaria correto. Pronto, no que diz respeito a pontuação, isso é tudo. Nem foi tanta coisa, vai. Continue lendo, sim? Erros comuns ao escrever fanfics Esta seção busca focar alguns dos erros mais comuns encontrados em fanfics e narrativas em geral. Enquanto a maior parte deles são erros de português, há outros que não passam de vícios de escrita, mas que prejudicam muito a qualidade do texto. Alguns deles nem são tão sérios, mas outros...que mico, né? Vocativos Vocativos são elementos de uma oração que não possuem nenhuma conexão sintática com qualquer outro termo dentro da oração, e servem para chamar, invocar ou interpelar a um ouvinte real ou hipotético. Como "Gente" tem função de chamar os ouvintes de Genevive, ele é considerado vocativo. A norma culta do português diz que vocativos sempre devem vir entre vírgulas. Isso acontece porque os vocativos não podem estabelecer conexão com os outros termos da oração, já que não possuem nenhuma relação com eles. Deixo alguns exemplos: Colocação pronominal Colocação pronominal é um detalhe bem chatinho que dá trabalho para bastante gente. Infelizmente ela não tem truques nem segredos. O negócio é ir com calma e atenção. Existem três tipos de colocação pronominal: próclise, mesóclise e ênclise. Sinceramente? Esqueça a mesóclise, pois ela é desnecessariamente formal e rara. Eu mesmo nunca uso. Atenção: A próclise não pode ocorrer no início de uma frase. Nesses casos, é necessário o uso da ênclise ou da mesóclise, porque, na língua culta, não se abre frases com pronomes oblíquos. [*]Mesóclise Mesmo eu te aconselhando a não usar, você quer mesmo assim, né? Tudo bem, eu entendo, até porque haverá vezes nas quais você não terá opção, pois a mesóclise será obrigatória. Na mesóclise, o pronome se encontra (por alguma razão que eu não sei dizer) no meio do verbo. Não, você não entendeu errado, é no meio mesmo. Você vai trucidar o verbo e tacar um pronome oblíquo átono entre suas partes. Que horror. A mesóclise é obrigatória quando não se justifica a próclise (início de frases) e só ocorre em dois cenários: [*]Ênclise A ênclise é é a colocação pronominal mais bacaninha de todas e nela o pronome se encontra depois do verbo. Casos onde a ênclise é obrigatória: [*]Em locuções verbais Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio Caso a frase tenha algum pronome, este precisa seguir algumas regras: Próclise Na próclise, o pronome se encontra antes do verbo. Casos onde a próclise é obrigatória: Palavras ou expressões negativas: não, nunca, ninguém, jamais, de modo algum, nem, nada... Conjunções subordinativas: Quando, embora, logo, que, porque, se, conforme... Advérbios: aqui, à tarde, ali, sempre, talvez, certamente, assim, apenas... Em frases interrogativas. Pronomes relativos, indefinidos e demonstrativos: Quem, que, isso, aquilo, aquele, alguém... Frases exclamativas ou que exprimem desejo: Verbo no gerúndio e antecedido pela preposição "em". Formas verbais proparoxítonas. Verbos conjugados no futuro do presente. Verbos conjugados no futuro do pretérito. Início de frase. Verbo no infinitivo. Verbo no gerúndio (sem preposição "em"). Orações imperativas afirmativas. Verbo auxiliar + particípio: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa (atrativos que geram a próclise), o pronome fica antes do verbo auxiliar. Verbo auxiliar + gerúndio ou infinitivo: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar ou do verbo principal. Se houver palavra atrativa, o pronome fica antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. Atenção: nos casos que não possuem nenhum tipo de atrativo que obrigue o uso de uma determinada posição pronominal, é liberado o uso de ambos próclise e ênclise. [*]Porque, por que, por quê e porquê A grafia correta do "porquê" é um pesadelo para muita gente. Confesso que que era por volta do sexto ano quando decidi desistir de vez dessa bagaça. Por mais de seis anos escrevi isso errado e bati o pé, teimando que não conseguia entender, que era muito complicado. Hoje, escrevendo esse guia, tomei vergonha na cara e resolvi pesquisar...Ralei a cara no asfalto. Em menos de cinco minutos já tinha decorado tudo. Sério, eu do passado? Isso é o melhor que você pode fazer? Gente (olha aí o vocativo), é muito simples. O negócio é ir com calma, cada um no seu tempo. Tenho certeza que vão aprender rapidinho. Por que É empregado em frases interrogativas ou substituem o termo "pelo qual" e suas variações. Porque É empregado como conjunção e tem função explicativa. Pode substituir os termos pois, já que, uma vez que e como. Por quê Tem a mesma função que "Por que", mas, por ser localizado no final de frases (imediatamente antes de um ponto ou reticências), deve possuir o acento circunflexo. Porquê Empregado como substantivo. [*]Crase Ah, a crase. Um outro pesadelo da juventude. Dominar esta coisinha realmente não é fácil, mas se você souber as regras e for paciente, não terá muitos problemas. É comum cometer alguns deslizes, todo mundo erra de vez em quando. A crase é, basicamente, a fusão de duas vogais iguais que ocorre quando há uso simultâneo de uma preposição e um artigo, ou pronome. Ela é sinalizada pelo acento grave " ` " e só ocorre com substantivos femininos. Alguns macetes que eu uso para descobrir se ocorre a crase ou não: Procuro no google. Troco o substantivo por um outro que é masculino. Se surgir o termo "ao", ocorre a crase. Digamos que estamos em dúvida se a seguinte frase tem ou não tem crase: Escola é um substantivo feminino. Vamos trocá-lo por um outro substantivo, dessa vez masculino. Reparou no surgimento do termo "ao"? "ao" é a mesma coisa que "à", mas ocorre em substantivos masculinos, já que é a fusão da preposição "a", que é requisitada pelo verbo "fui", e o artigo masculino "o". Portanto, nossa primeira frase ficaria: Preposição + Artigo Tento trocar a preposição "a" por outra diferente. Se não houver contração, ocorre crase. A frase que estamos em dúvida é: Vamos dizer que você já usou a regra número dois e mesmo assim está em dúvida (não sei como) se ocorre crase ou não. Tente trocar a preposição, veja: Quando trocamos a preposição "a" por "para", fica mais claro a visualização dos dois elementos: preposição + artigo. Portanto, a frase original ficará: Troco o verbo para saber se a palavra pede artigo. Essa daqui é um bom macete para saber se ocorre crase quando estamos nos referindo a nome de cidades, lugares,países, etc. Estamos em dúvida se ocorre crase na frase: Podemos identificar sem problema a existência da preposição, até porque já sabemos que o verbo "ir" requisita a mesma. Mas e o artigo, ele está aí? Se trocarmos o verbo por outro, fica mais fácil descobrir: "da" é a fusão da preposição "de" + artigo "a". Assim, concluímos que o nome próprio "Suiça" pede artigo. A frase original ficaria: Vamos ver outro exemplo: Como "São Paulo" não pede artigo, não ocorre a crase. No entanto, se haver especificação do substantivo, a crase ocorre sempre, sem sem exceções. Normalmente a frase não teria crase, mas, devido a especificação ("dos meninos de rua") do substantivo "São Paulo", ela ocorre. Na indicação de horas sempre ocorre a crase. Em locuções adverbiais sempre ocorre a crase. Quando há preposição mais pronome demonstrativo ou relativo também ocorre a crase. [*]Pontuação Pontuação é uma coisa extremamente pessoal e flexível que não serve somente para deixar o seu texto de acordo com a norma culta da língua. Pontuação pode estar relacionada com o estilo do seu texto, pode ser uma mensagem, e pode ser seu trunfo. Também pode ser seu fracasso. Tente encontrar um equilíbrio no qual você se sinta confortável. Eu gosto de pontuar bastante, mas tem gente que gosta de pontuar de menos. Não há nada de errado nisso. O que não pode é pontuar errado, entende? Não adianta insistir, essa frase está errada e pronto. No português, não se separa sujeito do predicado com vírgula! A maneira certa é assim: Vamos ver mais exemplos. Repare como há uma grande quantidade de pontos finais nessas frases. Isso não as torna mal pontuadas, mas as impregnam de significado e estilo. Essa frases, por outro lado, estão horríveis, pois a pontuação não está servindo para nada além de atrapalhar a fluidez do texto. Agora veja as seguintes: A primeira frase está perfeitamente bem pontuada, enquanto a segunda, não. Tem vezes que a pontuação é necessária e tem outras em que ela é opcional. Devemos ficar atentos a esse tipo de coisa. Só mais um detalhe: não use sinais de entonação em excesso, como "!!!!" e "??!". Apenas um, ou um de cada, basta. [*]Verbos "haver" e "fazer" Lembre-se: Verbos "haver" e "fazer" com sentido de existir são impessoais e são sempre conjugados na terceira pessoas do singular. Essas frases, portanto, estão erradas: O correto é: [*]Emoticons Pelo amor de deus, pare! Emoticons são muito legais e ótimas maneiras de se expressar em textos casuais e na internet. Eu mesmo adoro usá-los aqui no fórum. No entanto, ao escrevermos nossa narrativa, estamos buscando algo sério e de qualidade, no qual emoticons são extremamente "extraterrestres" e estranhos. Você deveria evitá-los. [*]Palavras repetidas Sim, é feio e é comum. Repetir palavras demais é sinal de despreparo. Procure escrever de forma dinâmica, com palavras variadas e sem exageros. Muitos desses pronomes nem ao menos eram necessários: poderiam ter sido trocados ou omitidos. [*]Usar cor de cabelo para se referir à personagem (em excesso) Nossa, broxante. Enquanto isso realmente pode ajudar algumas vezes, procure evitar esses tipos de adjetivo ("o mais velho", "o mais novo", "o branco", "o negro", etc), pois, em excesso, eles são péssimos, convenhamos. Na dúvida, sempre opte por usar o nome da personagem. [*]Internetês Não precisa nem comentar né? Obrigada. Hahahaha. Não, não pode. Brincadeiras à parte, não é como seu eu pudesse te obrigar a nada, mas fala sério. Internetês em narrativas é vulgar e feio! Se quiser usar mesmo assim... [*]Falta de descrição e descrição em excesso Outro tópico delicado que é bastante pessoal. Como a pontuação, se usado corretamente pode fazer milagres. Evite coisas como: [*]Mistura de tempos verbais Ai, esse aqui é um problema. Já estudamos anteriormente o que é tempo cronológico e lá aprendemos que cada narrativa tem um tempo definido no qual acontece suas ações. Se o tempo cronológico se passa no pretérito, os verbos são conjugados no pretérito; caso se passe no presente, os verbos são conjugados no presente e assim vai. Vimos também que até podíamos ter exceções, por exemplo quando o tempo cronológico era no presente e estávamos narrando coisas que aconteceram no passado com relação ao presente da estória. O que chamo de mistura de tempo verbal é a troca aleatória da conjugação de verbos randômicos dentro de um texto, sem motivo algum. Vou ser sincera. Pode misturar tempo verbal? Pode! Mas da maneira certa, por favor. Mudar o tempo verbal da narrativa é um recurso. Esse recurso tem propósito, início e fim e não deve ser usado levianamente. Assim como a pontuação, pode ser uma ferramenta poderosíssima, que tem por objetivo presentificar e dar vivacidade a uma cena, aproximar o leitor do que está acontecendo. Compare os trechos: Percebe que no primeiro trecho não há motivo nenhum para a mudança verbal? A ação não ocorre no passado com relação ao presente da estória e nem possui alguma relevância significativa. Devido a isso, ela não passa de um erro. Agora repare no segundo trecho, na maneira como a mudança para o tempo presente deixa tudo mais vivo e real, com um impacto positivo e relevante. Neste exemplo a mistura foi adequada. Sinceramente, eu evitaria usar esse recurso, a não ser que você esteja muito seguro do que está fazendo ou acredite que o efeito é necessário e relevante para sua estória. Nos demais casos, simplesmente não existe razão para tal. [*]Usar underline no lugar de travessão Insta-delete, depois não chora. Não, né pessoal? Não! Eu disse que não. Considerações finais Parabéns por ter chego vivo até aqui, jovem gafanhoto, pois a estrada realmente foi longa e cansativa (eu que o diga). Espero que não tenha achado tudo muito chato e que tenha conseguido adquirir ao menos um resquício de entendimento. Peço que perdoe minhas piadas infames e meus possíveis erros e que faça bom uso do conhecimento que absorveu deste tópico. Sinta-se livre para comentar, perguntar e me corrigir. Eu não mordo. Última coisa (prometo): alt + 0151 = "—". Fica a dica! PS.: Caso queira aprofundar seus estudos em diálogos, essa é uma ótima matéria que explica mais na íntegra o assunto, me ajudou bastante e pode ajudar você. O blog em si é bem legal e posta um monta de matérias interessantes para escritores no geral. Dê uma olhada caso tiver um tempinho. Boa escrita!
  23. Ao fazer o repost, lembrem-se de dar os devidos créditos e faça questão de que a fic esteja de acordo com as regras da área! Acho bacana essa iniciativa de vocês e fico feliz por ter pessoas que se importam com as boas histórias que acabaram perdidas no tempo. Muito obrigada
  24. Vejo que você tem ideias muito interessantes e elaboradas, dignas de uma boa fanfic. No entanto, você precisa prestar atenção na pontuação do seu texto, que se encontra bastante desajustada, e na rapidez com a qual a estória está se desenrolando; procure escrevê-la sem pressa. Mais uma coisa: atenção à mistura dos tempos verbais!
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