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[Prólogo] Onde Cruzam-se os corações


Yukii ~

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Bom, as partes estão ficando realmente grandes então para melhor organização eu decidi criar tópicos diferentes para elas para ficar mais fácil de acompanhar.

 

Partes 1 e 2 podem ser encontradas aqui!

 

A parte 3 também pode ser encontrada lá, só que ainda não está completa pois estou com pendências quanto a imagens ^^ logo logo sai!

 

Sneak Peak - Parte 4 - A determinação de aço.

 

Siga em frente, sem olhar para trás.

 

-Lembro de quando éramos mais jovens.

 

-Não se preocupe. Há um lugar no inferno reservado para você.

 

-Estou feliz.

Parte 5 - Em direção às profundezas do esquecimento.

 

O Galeão, protegido pela densa névoa, respirava de seus ferimentos.

Ele iria afundar, estavam todos certos disso.

A marinha tinha os cercado, os danos eram altos e não podiam esperar por menos.

Melancólicos a tripulação encarava o grande tubarão branco com os ossos cruzados que era sua bandeira hesitar ante o vento uivante.

 

Começou a locomoção em direção aos botes para abandonar a embarcação.

 

-Capitão, o senhor não vem? – Perguntou um de seus marujos o encarando.

 

O capitão do Leviatã, o pirata mais temido de todo o continente, não, de todas às almas, ninguém sequer ousara pronunciar seu nome em auto mar. Superstições diziam que se o fizessem , traria um mau agouro e, com falta de sorte, o mesmo faria com que ele aparecesse para requerer o que era seu de direito: Tudo que toca as águas.

 

Ressoou um barulho de madeira contra madeira por todo o Galeão.

 

- Um bom capitão afunda com seu navio, eu tenho lembranças demais para deixa-lo aqui. – Resmungou o homem enquanto batia sua perna de pau no convés, indo em direção ao timão – Eu irei lutar com o Leviatã até o final.

 

Os dentes eram tão afiados quanto a de um tubarão, sua barriga era grande como uma baleia. O tapa-olho preto estava encharcado da batalha que travaram a pouco, cobria o buraco do olho que perdera em combate enquanto jovem. Sua mão esquerda tinha sido substituída por um lança gancho após ser devorada por algum monstro marinho, ao qual ele usava a pele como veste agora. Seu chapéu azul escuro, um pouco rasgado e furado de tiros disparos e cortes de lâmina permanecia glorioso com a grande pena negra que ele o anexara. Seu sobretudo vermelho com botões negros e detalhado com uma lã dourada, feito pela própria Moby, sua Imediata, usando o uniforme dos marinheiros saqueados.

Seu cabelo negro e comprido estava salgado graças as aguas do mar ao qual vivera, sua grande barba descuidada era a extensão de seu orgulho. A única coisa que podia ser igualmente grande a sua barba era seu nariz que mais parecia um arpão.

Com seus olhos castanhos ele observa Moby que sai do bote e volta ao Leviatã.

Todos a observam indecisos sobre o que fazer.

 

-Capitão Jhones, se não vai abandonar o navio, eu, sua Imediata, não vou lhe abandonar, também tenho várias lembranças em cima deste nosso amigo, vários saques, várias vitórias, batalhas, guerras, assim como vários amigos, risadas e é claro, algo que eu possa considerar um lar que me foi concedido. Eu persistirei aqui, até o fim, seja ele qual for! – Exclamou com firmeza a grande Moby.

 

Não era comum ter mulheres a bordo, os marujos acreditavam que dava azar. Mas tudo dava azar hoje em dia, e Moby não era uma simples mulher, ela estava lá desde o começo, sempre esteve lá, lutava e bebia com os homens, se divertia e falava besteiras com eles, saqueava tão bem quanto qualquer um, até melhor que o próprio capitão! Ela tinha o respeito e a admiração de todos os seus companheiros, todos tinham medo de sequer pensar em fazer uma gracinha com ela.

 

O capitão abriu um sorriso satisfeito ao ver ela retornar, ele sabia que ela não o deixaria.

 

- Bem vinda de volta a bordo Imediata. Não esqueceremos disso.

 

Os outros homens partilhavam do sentimento de Moby, abandonaram os botes e voltaram ao Galeão.

Jogando o cabelo para traz Trevor disse em nome da tripulação.

 

-Nós não somos covardes, vivemos como piratas, morreremos como piratas abraçando o que quer que nos aguarda nas profundezas deste mar estrelado.

 

Em um urro de glória eles tomavam suas posições.

Sacando sua espada e a apontando para frente Capitão Jhones grita para se fazer ouvir em todo o continente:

 

-Avante marujos, atrás desta parede de névoa o oblívio nos aguarda não cantarão sobre nós não seremos lembrados como heróis somos a corja deste mundo somos as rêmoras do mar! Que nossas viúvas lamentem nossa perda!Mas nestas aguas abrasadas nós persistiremos com algo que tem mais valor que todo o ouro que coletamos.

Morreremos sabendo que lutamos até o final exaurindo todas as nossas forças morreremos como pirratas devem morrer. Com água em nossos corações!

 

Se dirigindo a Moby, que estava ao seu lado indo em direção à sala de navegação, o capitão diz em voz baixa enquanto segura o braço dela com a mão que outrora segurava a espada.

 

-Moby... Vá até minha cabine e pegue a flauta. Iremos finalmente usá-la.

 

A Imediata corre até lá e retorna com o baú.

 

-Não encontrei a chave capitão.- diz ela um pouco envergonhada.

 

-Não tenha vergonha – notou Dave Jhones – não há chave. É um ponto sem retorno.

 

Ele joga o baú no chão o estourando. Recolhe o casco de caracol que estava dentro, o limpa com um sopro e se dirige ao timão, onde o insere no meio.

 

O timão engole vorazmente a flauta e começa a baixar, pulsando, até o interior da embarcação.

 

- Segurem-se cães sarnentos! A tempestade irá começar, agora, à verdadeira glória! Icem as velas! Levantem os mastros! Carreguem os canhões! O grande monstro do mar despertou, o Leviatã irá devorar a todos com a misericórdia de uma dama faminta!

 

O casco de madeira podre e coberto de musgo começa a rachar e cair no mar. Uma cartilagem branca e pálida se revela em seu lugar. Nas laterais do Galeão um olho se abre estranhando a escassa luminosidade.

A proa se divide em cima e em baixo. Uma grande boca se abre apartir da bifurcação, produzindo um imponente canto. Da popa sai sua cauda e de seu casco pode-se ver suas nadadeiras.O grandioso Leviatã abre suas barbatanas para respirar de um longo sono.

 

As estrelas reluziam por entre a úmida água negra.

De uma coisa eles estavam certos, as profundezas não esqucem os nomes dos afogados.

 

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Sneak Peak - Parte 6 - Nada a dizer...

 

-Segure minha mão, eu te prometo que tudo acabará bem.

 

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Parte 7 - Hoje, eu sou a caça, mas amanhã, o caçador.

 

- Hã... Olá, senhor, com licença?

 

- Ohoho, o que traz uma senhorita tão delicada como você até aqui? Em que posso ajudar? – Indagou o homem gordo enquanto levantava de sua cadeira, ao som do riso dos companheiros, com tremenda dificuldade.

 

Determinada ela bate com um panfleto na mesa, ele estava rasgado, amassado , velho, sujo e molhado.

As risadas cessaram instantaneamente em toda a taverna. Agora quem ria era o homem gordo enquanto coçava sua barriga com o gancho que outrora foi sua mão.

 

-Você só pode estar louca. – Constatou o mercenário.

 

-Eu pago o dobro mais quatro vezes o seu peso em ouro. – Retrucou a jovem.

 

O Homem gordo, sim, era assim como ele era conhecido na região, olhou para ela com seu único olho bom afim de avalia-la.

Vestes de seda, fragrância agradável, joias de família, tinha todos os dentes, suas mãos eram delicadas e livres da calos, seus cabelos estavam uniformemente cortados, mas estranhou que ela não possuía nenhum tipo de maquiagem á qual as jovens nobres usam.

 

-O triplo e dez vezes meu peso em ouro, oras, não é qualquer uma que vamos caçar se não a própria dama da morte, Black Hood... Essa mulher, vai dar muito trabalho, então acho o triplo no mínimo razoável. – Contrapropôs fungando enquanto colocava a mão em cima da mesa e do panfleto.

 

-Eu aceito seu preço. – Afirmou com convicção a senhorita.

 

Os risos tomaram conta novamente da taverna. Felizes com a proposta e a promessa de uma grande quantia, até pediram mais uma rodada de vinho e cevada para a taverna toda!

 

O homem gordo pegou o cartaz da mesa com a sua mão esquerda, a que lhe restou, e começou a encarar aquele pedaço de papel pensando consigo mesmo...

O triplo de novecentos milhões... Novecentos milhões era o prêmio que o governo ofereceu à quem trouxesse a cabeça do alvo... e ainda dez vezes seu peso em ouro.

Neste momento ele agradeceu cada uma das saborosas coxas de arkagul que tivera devorado.

Aquelas coisas eram tão fedorentas quanto deliciosas.

Enrolou o papel e o guardou dentro de suas vestes, próximo ao seu peito.

 

-Sabe garota, uma coisa me perturba um pouco, mãe sempre dizia que quando a cenoura era muito laranja é porque o lobo morderia, e a mãe era uma mulher que sabia o que falava.

Me diga, vejo que é nobre, isso não posso negar, mas como conseguiu tudo isso? – Indagou o Gordo enquanto se aproximava dela e a segurava no rosto com sua mão esquerda imunda.

 

Todos na taverna se aquietaram novamente para prestar atenção na resposta da garota.

Ela abriu a boca para responder mas foi bruscamente interrompida por ele.

 

-Não me importa, não me importa o motivo de você querer essa mulher, mas se você tem tudo isso, quanto pagariam pela sua pele e por esse seu rostinho tão meigo e inocente?

 

Com um sorriso no rosto ele levanta seu gancho e leva até o rosto da senhorita, removendo cuidadosamente os cabelos de frente do seu rosto e os colocando atrás da orelha.

 

Ela abriu um sorriso satisfeito e levou a mão até o gancho dele, acariciando-o sutilmente.

 

-Não é óbvio? Se eles pagam novecentos milhões pela minha cabeça, é natural que eu tenha mais do que isso.

 

O homem gordo assustado, de olhos arregalados se afastou rapidamente, achando graça e debochando da expressão não tão inocente da moça a sua frente.

Não durou muito, fechou a cara e, correu desesperadamente em direção a porta.

 

-Pe ...peguem ela, planejam ficar parados até quando? – disse gaguejando aos tropeços se dirigindo à porta.

 

Ela não se importou.

Invés disso, ela agarrou sua saia e saudou cordialmente os que ficaram assim como fazem as damas da alta corte.

 

-Senhores.

 

Ela coloca as mãos dentro de suas mangas e retira um bastão metálico, ela o estica nas pontas e em sua parte superior ela abre e remove a lâmina de dentro a firmando.

 

O assustado continuou correndo, saindo da taverna em direção ao seus homens na carruagem que estava de vigia.

 

-Estamos todos mortos, mortos! É o fim, ela está aqui, ela nos achou antes de acharmos ela.

O que diziam era real, eu não quero morrer ainda! – Desesperado o homem gordo agarra seu sócio pela gola da malha e começa escorregar sem ter força nas pernas.

 

Morreu. Constatou o Sócio do homem gordo enquanto removia o punhal que estava em suas costas. O sangue jorrou e espirrou nele.

 

-Porco imundo, espalhando a sua sujeira até depois da morte.

 

Escarrando no cadáver do ex-sócio, ele segue em direção a taverna.

Ao abrir a porta ele olha ao redor, todos estava mortos com uma adaga nas costas na altura do coração.

 

Ouviu uma garota sussurrar uma melodia enquanto estava sentada na mesa balançando as pernas.

 

-Entendo, você é realmente é tão boa quanto falam.

 

-Você não teria me procurado se fosse de outra forma, teria? Mas enfim, ande logo com o pagamento, o show já vai começar, não gosto de deixar meus fãns esperando, hoje tem uma atuação de assassinato, uma jovem e inocente donzela surpreende os bandidos com sua perícia quando abordada rudemente na taverna! Irônico não? – Riu a garota.

 

- Ser uma atriz não deve ser algo fácil, mas deve ser um bom disfarce, sente-se irei lhe passar as informações o mais breve possível.

 

Guardando a foice em sua manga, não sabia porque sempre trazia isto, se nunca realmente a usava. Ela da de costas para o homem e segue rumo à saída.

 

-Este é o disfarce. Eu volto amanhã para cobrar o que me deve, mas agora eu tenho algo a fazer e como eu disse, eles não podem esperar. – Disse ela mandando uma piscadela em direção ao nada.

 

As cortinas se abaixam, assim como a multidão que era sua plateia se levanta, urrando assobiando e gritando.

 

-Ela é ótima, até faz parecer real! – Disse alguém da plateia

 

-É, é como se ela realmente fizesse isso! – Respondeu a pessoa que estava ao lado.

 

-Alexis eu te aaamoo! – Gritou alguém histérica no meio da mutidão

 

-Vocês tem que ver ela cantando, parece que meus ouvidos são beijados pela própria Etrhas! - Afirmou roucamente mais alguém em meio aos milhares de urros e gritos do aglomerado excitado

 

As luzes se apagavam uma a uma.

 

- Você foi realmente excelente, não esperava que se saísse tão bem em um papel diferente, você é realmente tão boa quanto dizem. – Disse o homem gordo indo cumprimenta-la esticando sua mão direita.

 

- Não foi nada demais para mim, afinal eu sou Alexis não sou? E Ajudar no festival da cidade, senhor prefeito, é um enorme prazer! Amanhã é o ultimo dia não é? Temos que fazer uma noite inesquecível! Despois disso eu volto para as minhas atividades normais, não há com o que você precise se preocupar. – Disse a ídolo apertando a mão do homem com um sorriso meigo no rosto- se me permite, eu irei aos meus aposentos, estou exausta da viagem!.

 

-Não se preocupe minha querida, nós providenciaremos o que for necessário para assegurar o seu conforto enquanto estiver aqui, afinal de contas não é sempre que temos uma estrela em nossa cidade ohohohoho! – Assegurou-lhe o prefeito com uma gargalhada fraternal.

 

-O senhor também atuou maravilhosamente bem caro prefeito.- saudou em despedida.

 

Ela ia em direção a um carro a vapor estacionado em sua espera quando um assobio vindo das sombras chamou sua atenção.

 

-Ei, psiu, venha cá por gentileza, posso trocar uma palavrinha com você

Editado por Yukii ~

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O barco viro um bichão maluco, piratas do vodu 'o'

 

Jack-Sparrow-GIF-johnny-depp-22453635-500-200.gif

 

 

No começo eu achei que a menina era mulher maluca, já ia soltar um dos ensinamentos do meu tio: nunca de as costas pra mulher maluca, você pode levar uma pedrada!

 

Mas parece que no fim a moça vai ganhar uns doces diferenciados.

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O barco viro um bichão maluco, piratas do vodu 'o'

 

Jack-Sparrow-GIF-johnny-depp-22453635-500-200.gif

 

No começo eu achei que a menina era mulher maluca, já ia soltar um dos ensinamentos do meu tio: nunca de as costas pra mulher maluca, você pode levar uma pedrada!

 

Mas parece que no fim a moça vai ganhar uns doces diferenciados.

 

Esse gif xD engraçado o.o

E não tem nada a ver com... Doces diferenciados e.e

 

Enfim erros de formatação quase todos arrumados

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