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Crônicas de Rune Midgard


Lord Thanathos

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Bem, esse foi o único fórum relacionado ao bRO que eu ainda não coloquei. Pesei os prós e contras e, bem, decidi postar aqui também =3 .

 

Bem, essa fanfic eu criei para ser um passatempo, e acabou virando mais que isso para mim ^^. Na verdade, ela acabou virando o grande motivo pelo qual eu ainda jogo ragnarok.

Como é minha primeira história, o começo é insosso (e eu tenho que admitir, insosso em excesso =/ ). Com o tempo, eu meio que fui "pegando o jeito". Não sou uma Tenko da vida (meu sonho de consumo u.u ), mas poxa, dá pra se divertir ^^.

"Crônicas" é a primeira de uma série de três histórias, focadas na vida de um grupo de amigos e suas aventuras. Tem um enredo meia-boca, que poderia ter ficado muito melhor se eu não fosse preguiçoso, mas é a vida.

Atualmente, eu estou escrevendo o segundo livro da trilogia, "Ragnarök Otherside". Acredito que até o final do ano ainda não tenha terminado o segundo livro, até porque simultâneo a ele estou fazendo outros dois trabalhos (um deles terá ligação com a trilogia, e o outro será uma fiction de verdade, e não uma fanfic), além de tentar aprender a desenhar algo além de meros rabiscos para tentar ilustrar meus personagens ( triste, não =/ ?)

 

 

 

Como eu testei em outros foruns, postar todos os capítulos de uma vez

desagrada as pessoas e as desencoraja a ler, portanto eu estarei

postando capítulos toda quinta feira e domingo.

Bem, sem mais demoras, aqui estão os capítulos 1 e 2. Eles são pequenos, por isso serão postados em conjunto. A história completa tem 41 capítulos, e vários e tristes erros ortográficos -_- . Para todos aqueles que tiverem paciência de lê-los até o fim, bem, obrigado =P.

 

 

 

Crônicas de Rune-Midgard

Fanfic de Ryu Jr - Bruxo bRO Chaos

 

Prefácio (capítulo 1)

 

   Seyryu Renji se culpava mentalmente de

todos os infortúnios daquele dia. Primeiro, gastou toda sua fortuna

para comprar uma carta de Besouro-Ladrão Dourado falsificada e inútil,

depois ignorou os conselhos de Ellayhm e Delong de caçar a caravana do

mercador que o enganou pelo planalto de Juno, e finalmente concluiu que

da próxima vez que fosse fugir de um Archangeling, um monstro que

lembrava uma geléia azul com asinhas na cabeça, e que apesar da

aparência angelical é capaz de aniquilar um humano desavisado com

apenas um ataque, ele não deveria entrar na primeira caverna que visse,

considerando que a única caverna de Juno leva ao interior de um vulcão.

Já estava a mais de meia hora fugindo de diaboliks, pequenos demônios

vermelhos carregando tridentes dourados e com a boca na altura da

barriga, e que tendem a rir o tempo todo, como hienas,  o que realmente

o incomodava muito. "Se não tivesse vendido minhas poções brancas...

Nunca mais negocio com mercadores com menos de 1 mês de alistamento".

 

 Então se virou e percebeu que estava em um grande problema. Às suas

costas estavam aproximadamente 20 diaboliks e nenhum deles demonstrava

um aparente cansaço, ao contrário de seu Pecopeco, que parecia a ponto de

desmaiar de exaustão. E, infelizmente, foi o que ele fez.

   -Ótimo, mais despesas e menos velocidade, tudo que eu precisava.

 

 Apesar de ter passado apenas um segundo observando o seu companheiro

galináceo no chão, quando levantou o rosto percebeu que estava com

sérios problemas. Estava cercado agora, no meio de um círculo perfeito

de demônios vermelhos com tridentes e um sorriso nada amigável, para

não dizer sinistro. Contudo, nenhum deles se mexia, nem mesmo ria, o

que só servia para deixá-lo ainda mais tenso."Nenhum deles me ataca",

pensou."O que estarão fazendo?"

Então compreendeu.

   Olhou

para os lados, mas a única direção em que não havia inimigos era o vão

que se abria para o fundo do vulcão, o que, no mínimo, era tão

desagradável quanto aquilo. Ainda teve tempo de se irritar mais uma

vez:

    “Uma Besouro-Ladrão Dourado seria bem útil agora..."

   E a chuva de meteoros começou.

 

-----------------------------------------------"-----------------------------------------------

 

   Ao mesmo tempo, em Alberta, uma bruxa teve sua meditação atrapalhada por uma sensação sobrenatural.

   -Sabia que não ia dar certo... - enquanto arrumava-se apressadamente e se preparava para sair.

 

 

 

Capítulo 2

 

 

 Ellayhm Houten era uma arquimaga, digamos, realmente atraente. Com

seus cabelos azuis-escuros amarrados em 2 tranças que ficavam jogadas

sobre os ombros, olhos azuis-escuros e dotada de todas as

"propriedades" pelas quais as bruxas são respeitadas pelos homens, além

de andar sempre sorridente e fazer questão de passar Blush todos os

dias, tornavam ela uma tentação ambulante. Infelizmente para os

marmanjos, ela já namorava um certo lorde a algum tempo.

Aparentemente, hoje não era seu dia.

 

 Ellayhm irrompeu pela porta da estalagem de Alberta com uma aura de

ódio tão grande que chegava a ser palpável ao seu redor. Coisa que,

logicamente, Tom não percebeu, porque estava ocupado tentando aliciar

uma mercadora recém-alistada.

   O sumo sacerdote Tom Delong se

descrevia como um "admirador da beleza feminina". Seus amigos o

chamavam de "Zumbi Atirador": disparava pra todos os lados e

dificilmente acertava alguma coisa. Usava cabelo curto e que, apesar de

seus 21 anos, eram completamente brancos.

   Quando Tom percebeu a cadeira voando em direção à sua cabeça, já era tarde demais.

 

 - Eu posso saber, agora que você está prestando atenção em mim, onde o

Seyryu foi parar? - Ellayhm perguntou, com uma falsa tranqüilidade de

assustar demônios.

   Delong se levantou.

   - Isso era realmente necessário? Sabe, o negócio da cadeira e tal... Eu estava conversando com essa simpática mer...

 

 Ele se virou para poder indicá-la, mas a mercadora havia aproveitado a

chance e fugido. Ao voltar o olhar para Ellayhm, percebeu uma veia

pulsando em sua têmpora.

   -EledissequeiaatrásdomercadordeJunoevoltavajáporfavornãomemata!!

   -Hein?

   -Eledisseque...

   -Mais devagar, por obséquio...

   Tom sentiu um calafrio.

   -Quebrar, mercador, Besouro-Ladrão, Juno, vinha já. - Concluiu.

   -Eu avisei que ele não fosse... Há quanto tempo ele saiu?

 

 -Em torno de... Que horas são? - Olhou o relógio na parede. -Nossa! 3

da manhã! Mercadoras iniciantes como aquela não deveriam andar sozinhas

a essa hora, algo ruim pode acontecer, acho que vou aju...

   -SERÁ QUE VOCÊ PODE RESPONDER MINHA PERGUNTA?

 

 -Bem, em torno de umas 12 horas. Sabe, sua concentração melhorou

muito, antigamente você só conseguia meditar por no máximo 3 horas,

meus parabéns!

   -Tudo bem então...

   -Só isso?

   -Não, tem mais uma coisa: vá juntar nossos suprimentos e acordar o Wolfwood. Estamos de partida.

   -QUÊ? Mas eu nem tive tempo de dormir esta...

   -Bem, segundo o que você me disse, você teve 12 horas pra dormir. Agora vamos logo.

   -Mas...

   -...

   - Já estou indo...

   "Odeio quando ela entra de bode..." - pensou Tom, enquanto voltava para o quarto.

------------------------------------"---------------------------------------

 

   Ellayhm se encostou no parapeito da hospedaria e começou a se recordar de quando conheceu Renji.

   "Já faz tanto tempo...”

 

 

 Quando se alistou como maga em Geffen, ela entreouvira a conversa de

alguns magos, que comentavam sobre uma invasão de monstros no esgoto de

Prontera, e que eles eram numerosos o suficiente para  um iniciante se

acostumar com suas magias e fracos o suficiente para não lhes oferecer

muito risco.

   Considerando o seu nível, era exatamente o que ela

precisava. Entretanto, ao se alistar para conter a invasão e entrar no

lugar, percebeu que o mundo não era tão fácil. Alguém havia juntado 5

Familiares, que são simples morcegos, mas que se alimentam de sangue

humano, logo na entrada, provavelmente enquanto tentava fugir, e estes

ainda estavam parados ali, esperando uma vítima. A reação dela foi a

esperada de um mago recém-inscrito: correr para não morrer.

   "Mas... Que... Maneira... De... Começar... o... dia!!”- praguejou mentalmente.

Ela não estava bem preparada fisicamente para correr, só lhe restava a segunda opção. Ela parou e se preparou para o impacto.

   -Impacto Explosivo!!

 

 Ela se virou a tempo de ver um espadachim saído do nada cravar sua

espada no chão e espalhar chamas, derrubando os morcegos em apenas um

golpe. Após isso, o espadachim retirou sua espada do chão e se virou

para Houten. Ele tinha cabelo ruivo, longo e com um rabo de cavalo.

Seus olhos eram vermelhos tal qual o cabelo, e ele tinha um sorriso

impecável, que exibiu enquanto dizia:

   -Você não deveria juntar tantos monstros desse jeito, garota...

   Ele a ajudou a levantar-se e se apresentou:

   -Eu sou Seyryu Renji, Espadachim e aspirante a Cavaleiro da Guilda dos Cavaleiros de Prontera. E você, como se chama?

   -Eu... Eu sou Ellayhm Houten, da guilda dos magos de Geffen...

   -Bem, muito prazer. Estamos realmente precisando de um mago no nosso grupo, você gostaria de vir?

   -Mas eu acabei de virar maga, ainda não sei usar nenhuma magia...

   -Não se preocupe, logo você será uma maga poderosa. Vindo conosco será muito mais fácil. O que você acha?

   -Já que você insiste tanto, eu vou então. Muito obrigada!

   -Hehe, sem problemas. Vou te apresentar pro pessoal.

Ele se virou e gritou:

   -TOM! NICH! VENHAM AQUI, POR FAVOR!!

   Um noviço e um mercador que estavam batendo em alguns ovos de besouro-ladrão se viraram e vieram ver o que se tratava.

 

 -Essa aqui é a Ellayhm. A partir de hoje ela faz parte do nosso grupo,

portanto tentem se enturmar. E eu disse enturmar, não atacar, entendeu

Delong?

   Tom, que já estava babando enquanto olhava para as

escassas roupas que a maga vestia, voltou para o mundo da realidade com

um "Ahn?" involuntário.

   -Deixe-me apresentá-los. O noviço se chama Tom Delong. Ele é um pervertido.

   -Err, você realmente sabe queimar o filme de uma pessoa, sabia, Renji? - Tom resmungou.

 

 -E o mercador - disse Renji, ignorando o comentário do amigo - se

chama Nicholas Wolfwood. Ele é bem calado, mas é um ótimo guerreiro e

fantástico fornecedor de suprimentos... Se você tiver como pagá-los.

 

 -Amigos, amigos, negócios à parte. Bem-vinda ao grupo, senhorita. -

Disse Wolfwood, em um tom cordial e pacato. Andava bem elegante, usando

roupas de seda, e com um grande machado de duas mãos. Tinha o cabelo

castanho e olhos da cor do cabelo.

   -Muito obrigada! - Respondeu Ellayhm.

   -Bem, agora que estamos devidamente apresentados, vamos nessa! - Renji disse, já se adiantando.

   E eles se tornaram bons amigos.

----------------------------------"------------------------------------

 

 

 -Já estamos prontos. - disse Wolfwood, que no presente já era um

mestre-ferreiro, trazendo Tom em seu carrinho e despertando Ellayhm de

suas lembranças. - Que direção?

   -Juno.

   -Motivo?

   -Sensação estranha.

   -Você erra pouco. Vamos então.

   -De onde você tira tanta força, Wolf? - Perguntou Tom, enquanto bocejava.

   -Ele me deve 10 milhões. - Ele respondeu.

   -Desconfiava disso...

   E a jornada começou.

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Bem, esse foi o único fórum relacionado ao bRO que eu ainda não coloquei. Pesei os prós e contras e, bem, decidi postar aqui também =3 .

 

Bem, essa fanfic eu criei para ser um passatempo, e acabou virando mais que isso para mim ^^. Na verdade, ela acabou virando o grande motivo pelo qual eu ainda jogo ragnarok.

Como é minha primeira história, o começo é insosso (e eu tenho que admitir, insosso em excesso =/ ). Com o tempo, eu meio que fui "pegando o jeito". Não sou uma Tenko da vida (meu sonho de consumo u.u ), mas poxa, dá pra se divertir ^^.

"Crônicas" é a primeira de uma série de três histórias, focadas na vida de um grupo de amigos e suas aventuras. Tem um enredo meia-boca, que poderia ter ficado muito melhor se eu não fosse preguiçoso, mas é a vida.

Atualmente, eu estou escrevendo o segundo livro da trilogia, "Ragnarök Otherside". Acredito que até o final do ano ainda não tenha terminado o segundo livro, até porque simultâneo a ele estou fazendo outros dois trabalhos (um deles terá ligação com a trilogia, e o outro será uma fiction de verdade, e não uma fanfic), além de tentar aprender a desenhar algo além de meros rabiscos para tentar ilustrar meus personagens ( triste, não =/ ?)

 

 

 

Como eu testei em outros foruns, postar todos os capítulos de uma vez

desagrada as pessoas e as desencoraja a ler, portanto eu estarei

postando capítulos toda quinta feira e domingo.

Bem, sem mais demoras, aqui estão os capítulos 1 e 2. Eles são pequenos, por isso serão postados em conjunto. A história completa tem 41 capítulos, e vários e tristes erros ortográficos -_- . Para todos aqueles que tiverem paciência de lê-los até o fim, bem, obrigado =P.

 

 

 

Crônicas de Rune-Midgard

Fanfic de Ryu Jr - Bruxo bRO Chaos

 

Prefácio (capítulo 1)

 

   Seyryu Renji se culpava mentalmente de

todos os infortúnios daquele dia. Primeiro, gastou toda sua fortuna

para comprar uma carta de Besouro-Ladrão Dourado falsificada e inútil,

depois ignorou os conselhos de Ellayhm e Delong de caçar a caravana do

mercador que o enganou pelo planalto de Juno, e finalmente concluiu que

da próxima vez que fosse fugir de um Archangeling, um monstro que

lembrava uma geléia azul com asinhas na cabeça, e que apesar da

aparência angelical é capaz de aniquilar um humano desavisado com

apenas um ataque, ele não deveria entrar na primeira caverna que visse,

considerando que a única caverna de Juno leva ao interior de um vulcão.

Já estava a mais de meia hora fugindo de diaboliks, pequenos demônios

vermelhos carregando tridentes dourados e com a boca na altura da

barriga, e que tendem a rir o tempo todo, como hienas,  o que realmente

o incomodava muito. "Se não tivesse vendido minhas poções brancas...

Nunca mais negocio com mercadores com menos de 1 mês de alistamento".

 

 Então se virou e percebeu que estava em um grande problema. Às suas

costas estavam aproximadamente 20 diaboliks e nenhum deles demonstrava

um aparente cansaço, ao contrário de seu Pecopeco, que parecia a ponto de

desmaiar de exaustão. E, infelizmente, foi o que ele fez.

   -Ótimo, mais despesas e menos velocidade, tudo que eu precisava.

 

 Apesar de ter passado apenas um segundo observando o seu companheiro

galináceo no chão, quando levantou o rosto percebeu que estava com

sérios problemas. Estava cercado agora, no meio de um círculo perfeito

de demônios vermelhos com tridentes e um sorriso nada amigável, para

não dizer sinistro. Contudo, nenhum deles se mexia, nem mesmo ria, o

que só servia para deixá-lo ainda mais tenso."Nenhum deles me ataca",

pensou."O que estarão fazendo?"

Então compreendeu.

   Olhou

para os lados, mas a única direção em que não havia inimigos era o vão

que se abria para o fundo do vulcão, o que, no mínimo, era tão

desagradável quanto aquilo. Ainda teve tempo de se irritar mais uma

vez:

    “Uma Besouro-Ladrão Dourado seria bem útil agora..."

   E a chuva de meteoros começou.

 

-----------------------------------------------"-----------------------------------------------

 

   Ao mesmo tempo, em Alberta, uma bruxa teve sua meditação atrapalhada por uma sensação sobrenatural.

   -Sabia que não ia dar certo... - enquanto arrumava-se apressadamente e se preparava para sair.

 

 

 

Capítulo 2

 

 

 Ellayhm Houten era uma arquimaga, digamos, realmente atraente. Com

seus cabelos azuis-escuros amarrados em 2 tranças que ficavam jogadas

sobre os ombros, olhos azuis-escuros e dotada de todas as

"propriedades" pelas quais as bruxas são respeitadas pelos homens, além

de andar sempre sorridente e fazer questão de passar Blush todos os

dias, tornavam ela uma tentação ambulante. Infelizmente para os

marmanjos, ela já namorava um certo lorde a algum tempo.

Aparentemente, hoje não era seu dia.

 

 Ellayhm irrompeu pela porta da estalagem de Alberta com uma aura de

ódio tão grande que chegava a ser palpável ao seu redor. Coisa que,

logicamente, Tom não percebeu, porque estava ocupado tentando aliciar

uma mercadora recém-alistada.

   O sumo sacerdote Tom Delong se

descrevia como um "admirador da beleza feminina". Seus amigos o

chamavam de "Zumbi Atirador": disparava pra todos os lados e

dificilmente acertava alguma coisa. Usava cabelo curto e que, apesar de

seus 21 anos, eram completamente brancos.

   Quando Tom percebeu a cadeira voando em direção à sua cabeça, já era tarde demais.

 

 - Eu posso saber, agora que você está prestando atenção em mim, onde o

Seyryu foi parar? - Ellayhm perguntou, com uma falsa tranqüilidade de

assustar demônios.

   Delong se levantou.

   - Isso era realmente necessário? Sabe, o negócio da cadeira e tal... Eu estava conversando com essa simpática mer...

 

 Ele se virou para poder indicá-la, mas a mercadora havia aproveitado a

chance e fugido. Ao voltar o olhar para Ellayhm, percebeu uma veia

pulsando em sua têmpora.

   -EledissequeiaatrásdomercadordeJunoevoltavajáporfavornãomemata!!

   -Hein?

   -Eledisseque...

   -Mais devagar, por obséquio...

   Tom sentiu um calafrio.

   -Quebrar, mercador, Besouro-Ladrão, Juno, vinha já. - Concluiu.

   -Eu avisei que ele não fosse... Há quanto tempo ele saiu?

 

 -Em torno de... Que horas são? - Olhou o relógio na parede. -Nossa! 3

da manhã! Mercadoras iniciantes como aquela não deveriam andar sozinhas

a essa hora, algo ruim pode acontecer, acho que vou aju...

   -SERÁ QUE VOCÊ PODE RESPONDER MINHA PERGUNTA?

 

 -Bem, em torno de umas 12 horas. Sabe, sua concentração melhorou

muito, antigamente você só conseguia meditar por no máximo 3 horas,

meus parabéns!

   -Tudo bem então...

   -Só isso?

   -Não, tem mais uma coisa: vá juntar nossos suprimentos e acordar o Wolfwood. Estamos de partida.

   -QUÊ? Mas eu nem tive tempo de dormir esta...

   -Bem, segundo o que você me disse, você teve 12 horas pra dormir. Agora vamos logo.

   -Mas...

   -...

   - Já estou indo...

   "Odeio quando ela entra de bode..." - pensou Tom, enquanto voltava para o quarto.

------------------------------------"---------------------------------------

 

   Ellayhm se encostou no parapeito da hospedaria e começou a se recordar de quando conheceu Renji.

   "Já faz tanto tempo...”

 

 

 Quando se alistou como maga em Geffen, ela entreouvira a conversa de

alguns magos, que comentavam sobre uma invasão de monstros no esgoto de

Prontera, e que eles eram numerosos o suficiente para  um iniciante se

acostumar com suas magias e fracos o suficiente para não lhes oferecer

muito risco.

   Considerando o seu nível, era exatamente o que ela

precisava. Entretanto, ao se alistar para conter a invasão e entrar no

lugar, percebeu que o mundo não era tão fácil. Alguém havia juntado 5

Familiares, que são simples morcegos, mas que se alimentam de sangue

humano, logo na entrada, provavelmente enquanto tentava fugir, e estes

ainda estavam parados ali, esperando uma vítima. A reação dela foi a

esperada de um mago recém-inscrito: correr para não morrer.

   "Mas... Que... Maneira... De... Começar... o... dia!!”- praguejou mentalmente.

Ela não estava bem preparada fisicamente para correr, só lhe restava a segunda opção. Ela parou e se preparou para o impacto.

   -Impacto Explosivo!!

 

 Ela se virou a tempo de ver um espadachim saído do nada cravar sua

espada no chão e espalhar chamas, derrubando os morcegos em apenas um

golpe. Após isso, o espadachim retirou sua espada do chão e se virou

para Houten. Ele tinha cabelo ruivo, longo e com um rabo de cavalo.

Seus olhos eram vermelhos tal qual o cabelo, e ele tinha um sorriso

impecável, que exibiu enquanto dizia:

   -Você não deveria juntar tantos monstros desse jeito, garota...

   Ele a ajudou a levantar-se e se apresentou:

   -Eu sou Seyryu Renji, Espadachim e aspirante a Cavaleiro da Guilda dos Cavaleiros de Prontera. E você, como se chama?

   -Eu... Eu sou Ellayhm Houten, da guilda dos magos de Geffen...

   -Bem, muito prazer. Estamos realmente precisando de um mago no nosso grupo, você gostaria de vir?

   -Mas eu acabei de virar maga, ainda não sei usar nenhuma magia...

   -Não se preocupe, logo você será uma maga poderosa. Vindo conosco será muito mais fácil. O que você acha?

   -Já que você insiste tanto, eu vou então. Muito obrigada!

   -Hehe, sem problemas. Vou te apresentar pro pessoal.

Ele se virou e gritou:

   -TOM! NICH! VENHAM AQUI, POR FAVOR!!

   Um noviço e um mercador que estavam batendo em alguns ovos de besouro-ladrão se viraram e vieram ver o que se tratava.

 

 -Essa aqui é a Ellayhm. A partir de hoje ela faz parte do nosso grupo,

portanto tentem se enturmar. E eu disse enturmar, não atacar, entendeu

Delong?

   Tom, que já estava babando enquanto olhava para as

escassas roupas que a maga vestia, voltou para o mundo da realidade com

um "Ahn?" involuntário.

   -Deixe-me apresentá-los. O noviço se chama Tom Delong. Ele é um pervertido.

   -Err, você realmente sabe queimar o filme de uma pessoa, sabia, Renji? - Tom resmungou.

 

 -E o mercador - disse Renji, ignorando o comentário do amigo - se

chama Nicholas Wolfwood. Ele é bem calado, mas é um ótimo guerreiro e

fantástico fornecedor de suprimentos... Se você tiver como pagá-los.

 

 -Amigos, amigos, negócios à parte. Bem-vinda ao grupo, senhorita. -

Disse Wolfwood, em um tom cordial e pacato. Andava bem elegante, usando

roupas de seda, e com um grande machado de duas mãos. Tinha o cabelo

castanho e olhos da cor do cabelo.

   -Muito obrigada! - Respondeu Ellayhm.

   -Bem, agora que estamos devidamente apresentados, vamos nessa! - Renji disse, já se adiantando.

   E eles se tornaram bons amigos.

----------------------------------"------------------------------------

 

 

 -Já estamos prontos. - disse Wolfwood, que no presente já era um

mestre-ferreiro, trazendo Tom em seu carrinho e despertando Ellayhm de

suas lembranças. - Que direção?

   -Juno.

   -Motivo?

   -Sensação estranha.

   -Você erra pouco. Vamos então.

   -De onde você tira tanta força, Wolf? - Perguntou Tom, enquanto bocejava.

   -Ele me deve 10 milhões. - Ele respondeu.

   -Desconfiava disso...

   E a jornada começou.

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Capítulo 7

 

 

 

             “Como pode um simples MONGE derrotar aqueles

caras? O Wolfwood mal os arranhou!" - Pensava Ellayhm, enquanto Tiberius

se aproximava. Este, então, se encostou a uma parede, fez um ar de "garoto

descolado" e tentou puxar assunto:

 

            -Uma garota bonita como você

não deveria andar por aí com perdedores como eles... - Disse, apontando a

cabeça para Tom, que tentava curar os machucados de um Wolfwood já acordado e

disposto a pegar os itens que os monstros deixaram cair para apurar alguns

trocados.

 

            -Bem, - disse Delong, enquanto

tentava segurar Wolfwood - antes de tudo a Ellayhm tem um namorado, e depois,

você é só um monge. Wolf, pára quieto!

 

            - “Apenas um monge?” Bem, você

tem razão quanto às palavras, sou apenas um monge, mas não sou um monge

qualquer. Eu assim pareço porque existe um ditado que menciona "Qualquer

força aparentemente desnecessária pode ser transformada em uma força

útil". Permita-me explicar esse assunto um pouco melhor.

 

            O jovem monge sentou-se e

começou há respirar um pouco mais devagar, controlando cada músculo do seu

corpo. Ele foi entrando em uma espécie de transe, até que...

 

            Uma aura azul-clara começou a

surgir ao redor do monge. A aura começou pequena, mas depois foi se expandindo

até cobrir todo seu corpo. Ela era mais ou menos como uma chama que o envolvia,

e estava sempre em constante movimento, como se viesse em ondas.

 

            -Essa - disse Tiberius - é a

aura da Verdade. Significa que para minhas capacidades atuais, este é meu

limite. Em teoria, a aura da Verdade aparece quando o guerreiro está tão forte

que seu corpo não consegue mais manter tanta energia. Entretanto, com os

conhecimentos certos, é possível canalizar esta aura de volta para o corpo, e

assim masterizar todo o poder que ela lhe dá. E é por isso que eu sou o monge

mais poderoso do planeta, enquanto você é apenas um pequeno sumo sacerdote que

correu logo para fazer o teste de classe assim que sentiu que conseguiria

passar. Eu ainda acho que as guildas só deveriam aceitar pessoas com esta aura

para virarem Transclasses... Aquela reforma do Rei Tristan III foi totalmente

sem sentido...

 

            Ellayhm escutava atentamente,

mas Tom havia parado na metade. Ele estava tentando convencer Wolfwood de

alguma coisa.

 

            -Isso custa 85 Milhões no

mercado de Prontera! Eu nunca vou entregá-la a você! Nunca! - Wolfwood dizia,

puxando a Bardiche para perto de si.

 

            -Mas eu quero, eu quero, eu

quero! Eu preciso dessa arma! - Tom dizia, puxando a arma de volta.

 

            -Eu preciso de dinheiro!

 

            -Eu preciso de uma arma!

            -E o que eu ganho com isso?

 

            -Eu pago parcelado e com

juros!

 

            O simples som da palavra

"juros" ecoando no ouvido de Wolfwood fez com que ele parasse o

movimento de puxar quase que instantaneamente.

 

            -3% ao mês. - Disse Wolfwood.

 

            -1.5 %.

 

            -2.5 % e não se fala mais

nisso.

 

            -Tudo bem, então...

 

            -Como sempre, foi excelente

fazer negócios com você! - Disse Wolfwood, soltando a Bardiche, de volta à sua

aparência normal e civilizada.

 

            Tiberius não entendia a cena.

 

            -Para que um acólito precisa

de uma lança? Os sacerdotes são proibidos pela Igreja de machucar qualquer ser

vivo, portanto eles não ensinam ninguém a usar armas. Você a quer de enfeite ou

o que?

 

            Delong não dizia nada. Estava

tentando se concentrar. Ele então começou a girar a lança rapidamente, a

descrever poderosos arcos no ar com esta, quebrar um barril com apenas um golpe

do cabo da arma e por fim escrever um "D" na altura do peito de

Tiberius com a ponta da lança tão rapidamente que este não teve sequer tempo de

tentar se esquivar.

 

            -Mas o que...

 

            -Tom Delong não é um sacerdote

comum - Explicou Ellayhm. - Ele vinha de uma família pobre, e desde muito cedo,

antes mesmo de se tornar aprendiz, ele já era capaz de matar orcs sem ser

atingido uma única vez. Com apenas 15 anos, ele já possuía perícia assustadora

com qualquer tipo de Lança, Espada de 1 ou 2 mãos, Katar ou Machado, sem contar

o conhecimento de um estilo de luta ainda pouco difundido por aqui chamado

Taek-won-do. Se existe alguma pessoa nesse planeta que merece ser conhecida

como "Mestre de Armas", esta pessoa é Delong.

 

            - E porque uma pessoa desse

nível tornou-se sacerdote?

 

            -Lembre-se - disse Delong,

guardando a Bardiche nas costas. - que tudo que eu fazia era por minha família.

Eles levaram isso em conta no meu Teste de Vocação de aprendiz acima de tudo, e

me mandaram para a guilda dos noviços. Não tenho do que reclamar. - E sorriu.

 

            -Mas eu ainda não entendi:

porque você quer uma lança se você não pode fazer nenhum ser vivo sangrar? -

Tiberius perguntou.

 

            -Existe um detalhe que você se

esqueceu: os mortos-vivos podem até ser considerados vivos, mas eles não

sangram porque o sangue já parou de fluir. - Disse Tom.

 

            -Mas só existem mortos vivos

em cavernas amaldiçoadas, como a da vila dos Orcs, a de Payon e as ruínas da

antiga capital Glast Heim!

 

            -Mas eu tenho uma sensação -

explicou Ellayhm - que os mortos vão invadir nosso reino em breve. E eu não

costumo estar errada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

            Payon estava em chamas.

 

            Os mortos da caverna secreta

abaixo do feudo haviam de alguma forma conseguida quebrar a barreira sagrada

que impedia que eles saíssem e haviam começado a matar as pessoas. Os

camponeses que haviam sobrevivido estavam trancados em suas casas com medo,

exceto um.

 

            Uma garota de 12 anos, loura e

de olhos azuis recém-inscrita da guilda dos aprendizes, circulava entre o campo

de mortos.

 

            -Mãe?

 

            A cena de batalha era como que

saída de um livro de terror: cabeças sem corpos, corpos sem cabeças, feridos

fatais, pessoas agonizantes implorando por socorro, e uma legião cada vez maior

de mortos-vivos adentrando na cidade.

 

            -Mãe!

 

            Uma mulher com algo em torno

de seus 35 anos, portanto um gakkung, atirava para todos os lados com uma

destreza inacreditável. Ao seu redor brilhava uma aura da Verdade.

 

Nesse momento, a mulher virou-se para a garota. Fez então uma face de horror e

correu na direção da menina.

 

            -Alicia!

 

            Um vulto se aproximava da

garota por trás, portando duas grandes adagas. Era um General Esqueleto. Quando

este se preparava para desferir um golpe perfurante na garota, a sua mãe pulou

na frente e acabou sendo atingida na altura do ombro esquerdo, caindo para

trás.

 

            -Mãe! - Gritou Alicia,

desesperada.

 

            A mulher, ainda no chão,

atirou uma única flecha que destruiu o crânio do general, o que derrubou uma

grande horda de inimigos. A mulher então entendeu.

 

            -Então quer dizer que, se

matarmos os generais, as tropas se acabarão... argh! - Ela gemeu, ao colocar a

mão esquerda no chão. Ela não conseguiria lutar com as duas mãos.

 

            -Mãe, a senhora está bem? -

Perguntou a menina, aflita.

 

            -Filha, você deve fugir. Deve

ir até Izlude e pedir socorro. Diga a eles que Payon está sendo atacada, e que

a líder da Guilda dos Arqueiros está pedindo ajuda.

 

            -Mas, e a senhora?

 

            -Uma Atiradora de Elite só sai

de seu posto quando o último de seus inimigos está com uma flecha atravessada

em seu crânio - Pegou uma das adagas do General morto com a mão direita. - Mas,

antes que eu me esqueça, eu devo fazer uma última tarefa.

 

            Tirou do bolso um colar com

uma maçã e uma flecha atravessada nela, e, arfando de dor enquanto mexia o braço

machucado, disse:

 

            -Pelo poder concedido a mim

pelo Rei Tristan III, eu, Alessandra Dusko, líder da Guilda dos Arqueiros,

nomeio você, Alicia Dusko, como a mais nova integrante da guilda. - Colocou

então o colar no pescoço da menina, e lhe entregou um arco que um esqueleto

arqueiro derrubara poucos momentos antes.

 

            -Mãe!

 

            -Minha filha, você é ainda

muito nova para ser uma Arqueira, mas a situação urge que isso aconteça. Você

provavelmente será a última Arqueira da Guilda dos Arqueiros de Payon. Agora corra.

E não olhe para trás.

 

            A menina começou a chorar, e a

mãe a abraçou.

 

            -Sentirei sua falta, minha

filha...

 

            Nesse momento, outro General

se aproximou para esfaqueá-la, mas Alessandra se virou, bloqueou o ataque com a

adaga e com o pé quebrou sua coluna, derrubando assim mais outro pequeno bloco

de inimigos.

 

            -Fuja!

 

            A garota então, com arco em

mãos, saiu em disparada e se embrenhou na floresta. A mãe a acompanhou com o

olhar por um segundo, e quando se voltou para frente percebeu que estava cercado

de esqueletos general, num círculo. Eles estavam imóveis, mas isso só a deixava

mais insegura. Então esferas flamejantes, com uma grande área de impacto,

começaram a cair no meio do círculo. Era a magia das Bolas de Fogo. Ela tentava

se esquivar enquanto raciocinava:

 

            "Esses monstros não sabem

usar Bolas de Fogo, então o que..."

 

            Nesse momento, um dos ataques

caiu ao seu lado, e o impacto foi o suficiente para derrubá-la e deixá-la

inconsciente. Por trás dos Generais, dois vultos se aproximaram.

 

            -Uma guerreira valiosa, a

líder dos arqueiros de Payon. O Mestre certamente ficará muito satisfeito. -

Disse o vulto maior.

 

            -Sabe moço, - disse o vulto

menor - deveríamos ter nos unido bem antes para destruir esta cidade. Eles

atrapalhavam minha diversão...

 

            -De certa forma, você tem

razão, menina - concordou o grande vulto - Mas eu nunca pensaria em me aliar

com uma garotinha se ninguém me dissesse que valia a pena.

 

            O vulto menor deu a língua

para ele.

 

            -Melhor que parecer um

bichinho de pelúcia...

 

            -Chega de brigas, vamos abrir

logo o portal.

 

            Os dois então começaram a

murmurar um encantamento em uma língua desconhecida, e uma seta com um círculo

ao redor apareceu no chão. A seta então começou a girar, até apontar para uma

direção. Então, a seta se transformou em uma estrela de sete pontas, uma das

pontas maior que as outras e apontando para a direção. Após isso, uma luz

branca brilhou, e os dois vultos entraram no portal. Logo após isso, o portal

se fechou, os Generais Soldados se dispersaram pela cidade e tudo que se podia

ouvir era o cricrilar dos grilos na floresta.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

            -Bem, - disse Tiberius,

enquanto descia no porto de uma cidade pequena - nos separamos aqui. Vou seguir

meu caminho e tentar absorver completamente a energia da aura, e depois virarei

um Mestre. Vocês ainda vão ouvir falar de mim. Principalmente você, minha linda

- disse, sorrindo para Ellayhm.

 

            -Eu espero ouvir falar de você

- disse Ellayhm, e depois murmurou para Delong - morto e sepultado.

 

            O sumo sacerdote pensou em

censurá-la, mas entendia seus motivos: o monge era quase tão indecente quanto

ele, passou a viagem toda perturbando sua amiga.

 

Devido à luta o barco estava muito avariado, portanto eles tiveram que parar em

um porto pequeno para passar a noite. Amanhã de manhã partiriam.

 

            “Provavelmente Ellayhm está

sentindo esse poder. Isso deve estar deixando-a cada vez mais preocupada com

Seyryu. Será que isso quer dizer que o Ragnarök começou?" - Pensava Tom

Delong.

 

            -Bem, nada vai acontecer se

ficarmos aqui, parados. Vamos dormir logo para acordarmos cedo, amanhã

chegaremos em Izlude. - Concluiu.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Capítulo 8

 

 

 

 

 

            Cedo do dia seguinte, o barco partiu da pequena cidade

onde o grupo estava e chegou à Izlude. Ellayhm imediatamente rumou em direção à

saída da cidade, deixando os outros dois para trás enquanto pagavam a conta do

barco.

 

            -Meu dinheiro... snif, snif

... -choramingou Wolfwood.

 

            - Do que você está reclamando?

Só foram 50 zenys por causa do incidente com o barco. E sou eu quem está

pagando!

 

            -Mas você vai descontar dos 85

milhões que me deve.

 

            -...

 

            Izlude estava calma como

sempre, com poucos mercadores vendendo seus produtos e poucas pessoas

trafegando na rua. Mulheres agrupadas conversavam e riam alto de assuntos

quaisquer; alguns aventureiros checavam a praça central, que abrigava um

pequeno mercado de carnes e legumes. A maior parte do fluxo de pessoas da

cidade, devido à presença da Guilda dos Espadachins na cidade, era de jovens aprendizes

homens, pois afinal o caminho da espada ainda é a profissão mais famosa entre os

aventureiros. Após pagar a conta, Wolfwood e Delong foram comprar provisões na

feira, e Ellayhm aguardava do lado de fora da marina, sentada. Ela podia ver a

muralha de Prontera, a capital do reino, ao longe.

 

            "Logo estaremos chegando

a Juno", pensou Ellayhm. "Espero que ele esteja apenas ferido, ou

alguma coisa do gênero...".

 

            Ela suspirou. Pensar na

possibilidade de seu namorado estar ferido não era uma idéia que lhe agradasse,

mas com certeza era a melhor das hipóteses a ser considerada, já que não recebiam

noticias a mais de dois dias. Perdida em seus pensamentos, demorou a perceber

um pequeno ponto ao longe se aproximando em alta velocidade. O ponto foi

crescendo e tomando a forma de uma pequena menina de cabelos loiros e longos,

que carregava um arco nas costas e balançava freneticamente os braços. Parecia

tentar dizer alguma coisa, portanto Ellayhm se levantou para ouvir melhor.

 

            -Soc... o! - A menina gritava,

ao longe

 

            -O quê?

 

            -SOCORRO!

 

            Então, a arquimaga percebeu

que a garotinha estava sendo perseguida por uma quantidade considerável de

ursos peludos, que se apoiavam sobre duas patas, também conhecidos vulgarmente

por Pés-Grandes, além de um outro monstro que lembrava um tigre, e fumava um

cachimbo, que emanava uma energia parecida com a de Drake e do General

Tartaruga. Eles estavam chegando muito perto da menina, portanto Ellayhm

decidiu fazer seu movimento, e começou a concentrar-se.

 

            -Moça! Me ajuda!- A menina

implorava, correndo na direção da maga.

 

-Como... Essa... Garotinha... Corre!!! Acho... Que... Preciso... Parar de comer

tanto... - O tigre dizia, entre uma arfada e outra. Ele então percebeu a mulher

no topo da colina. - Mas quem...?

 

            O chão subitamente ficou liso

ao seu redor, e ele escorregou e caiu junto com os Pés-Grandes, deixando a

menininha fugir. Então a temperatura começou a baixar, e flocos de neve

começaram a cair do céu. O tigre ainda tentou se levantar, mas o gelo liso o

impediu de se equilibrar.

 

            -Nada bom...

 

            O vento foi ficando mais

forte, até um ponto em que os flocos de neve tornaram-se afiados como navalhas,

e rumaram em direção aos monstros ali presentes.

 

            -Nevasca !!

 

            Os Pés Grandes caíram instantaneamente,

sendo soterrados pela neve. O tigre se encolheu em posição fetal, para diminuir

a superfície de contato com o ambiente, e tornou-se um grande bloco de gelo. A

garota chegou até Ellayhm, e pulou em cima dela.

 

            -Obrigada, moça! - Disse a

menina, sorridente, abraçada na cintura da bruxa como um macaquinho.

 

            -Calma, menina, calma...

 

            Mas a menina a apertava cada

vez mais forte, e Ellayhm estava ficando dolorida.

 

            -Garota... por favor... isso

está incomodando...

 

            -Obrigada, obrigada, obrigada!

 

 

            A temperatura voltou ao

normal, e tudo o que restava era um grupo de Pés Grandes mortos e um picolé de

tigre.

 

            "Ele está congelado...

isso quer dizer que..."

 

            O gelo se quebrou, e o monstro

caiu no chão, arfando.

 

            -Pego desprevenido... Que

droga...

 

A garota ouviu a voz do monstro, olhou para trás, deu um gritinho de medo e foi

se esconder atrás da capa da bruxa.

 

            -Muito forte para um tapete de

pele! - satirizou Ellayhm, enquanto tentava estabelecer uma conexão mental com

Tom e Wolfwood, que ainda estavam na cidade. - Quem é você?

 

            -Eu sou Eddga, o poderoso

Tigre das Florestas, e você estão atrapalhando minha refeição. - disse Eddga,

voltando a olhar para a garotinha, e tentando estabelecer contato psíquico com

a companheira. Bruxos lhe davam calafrios. - E você, quem é? - Perguntou apenas

para ganhar tempo, pois já sabia a resposta. Notícias de mortos espalham-se rápido.

 

            -Ellayhm Houten, arquimaga. -

respondeu, ainda tentando estabelecer contato com os amigos. - Prepare-se para ser

eliminado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

            A feirinha corria tranqüilamente.

Ou quase.

 

            -O QUÊ? 50 zenys em 1 pedaço

desse tamanho de carne?! Nunca que eu vou pagar isso! - se exaltava Wolfwood.

 

            -Mas, meu senhor... - O

açougueiro implorava.

 

            -Nunca, não mesmo, nem pensar!

 

 

            -Tudo bem, eu posso lhe

oferecer um desconto...

 

            -24%?

 

            -Como?!?

 

            -24% ou sem negócio.

 

            -24% é um absurdo!!

 

            -Tudo bem, eu entendo... -

Virou de costas para a barraca e começou a falar alto e em bom som. -Me cobram

um preço absurdo desses e por uma carne de baixa qualidade, nunca indicaria

essa barraca para ninguém!

 

            -Senhor...

 

            -A carne ainda por cima é uma

porcaria...

 

            -Senhor...

 

            -E o sabor é azedo...

 

            -Tudo bem, tudo bem, eu lhe

dou 24% de desconto. Mas pare de espantar meus fregueses! - Disse o dono da

barraca, com uma vontade de atravessar Wolfwood consecutivas vezes com seu

facão de açougue.

 

            -É sempre bom fazer negócios

com você. - Disse Wolfwood para o vendedor, com um sorriso no rosto.

 

            "... odeio fazer compras

com esse cara", pensava Tom Delong."Ele faz isso em todas as

barracas..."

 

            Então, Delong sentiu que

alguém tentava comunicar-se.

 

            "Hmm, deve ser a Ellayhm

com pressa, melhor eu pedir para o Wolfwood se apressar".

 

            -Vamos logo terminar com essas

compras, Wolf!! - Avisou para o amigo. - A Ellayhm já tá começando a perturbar

aqui...

 

            E continuaram a comprar comida

e poções.

 

 

 

 

 

 

 

            Longe dali,

nas ruínas de Payon, uma garotinha vestida com uma roupa de pele amarela e

carregando um imenso sino recebia um chamado.

 

            "Deve ser o tigrezinho de

pelúcia se vangloriando por ter pegado aquela garotinha", pensou.

"Tenho mais o que fazer do que ouvi-lo contar vantagem."

 

            Completou a conexão mental,

disse um sonoro "Não enche agora, tô ocupada!" encerrou a conexão e

voltou a coordenar a busca por sobreviventes do ataque.

 

 

 

 

 

 

 

            "...

eles me ignoraram...", pensava Ellayhm. " Se ele chamar reforços vou

ter um grande problema..."

 

            "... “Garotinha mimada, pré-adolescente

irritante, se acha muito importante”, amaldiçoava mentalmente Eddga. "Se

essa maga chamar reforços vou ter um grande problema...”

 

            Então tiveram uma idéia.

 

            -Proponho um duelo! - Disseram

em uníssono, e continuaram. - Um contra um, sem reforços. - Perceberam que

estavam se repetindo e mudaram para um tom jocoso, ainda junto. - Quer dizer

que você tem medo de mim? Você realmente é um verme fraco! Eu aceito seu

desafio! Hahahahaha!- A risada dos dois soou tão falsa que a garotinha se assustou

e se afastou de Ellayhm alguns passos.

 

            Então Eddga partiu para cima

de Ellayhm, que começou a se concentrar.

 

            -Rajada congelante !!

 

            Uma trilha de gelo partiu em

direção a Eddga, que pulou para se esquivar. Então ele reparou na esfera de

energia que se concentrava na ponta do cajado de Ellayhm.

 

            -Trovão de Júpiter!!

 

            Eddga jogou seu peso para o

lado, e a esfera atingiu seu braço de raspão. Ele caiu em seus pés, e com um

rápido pulo partiu para cima de Ellayhm.

 

            -Barreira de Gelo!!

 

            Uma imensa muralha de gelo se

materializou na frente de Eddga, e como ele não tocava o chão bateu de cara com

ela e caiu. Levantou-se rapidamente, pois era perigoso ficar parado. Quando recuá-la

para a contornar, já estava sem tempo.

 

            -Pântano dos mortos !!

 

            A grama embaixo dos seus pés

transformou-se em lama, e ele afundou até os joelhos, sem conseguir mais se

mexer direito. Começou a caminhar em direção a terra, mas percebeu que

demoraria demais. A temperatura começou a cair.

 

Ellayhm estava terminando de invocar a magia, quando percebeu alguma coisa

passando por cima da barreira de gelo. Ela ainda olhou para o alto, mas não

teve tempo de se esquivar da bola de fogo, que a atingiu em cheio e a fez voar

para trás e cair de costas no chão. Enquanto tentava levantar-se, Eddga chegou

até ela e a levantou pela cintura, apertando-a, as garras perfurando as vestes

da mulher.

 

            -Ora, ora, parece que eu

venci. - Disse o tigre para a garota.

 

            -Será... Mesmo? - Ellayhm

respondeu, e colocou as mãos na própria cabeça. - Congelar!

 

            Instantaneamente, a área ao

seu redor baixou de temperatura em uma velocidade absurda, e Eddga virou

novamente um bloco de gelo.

 

            -Você errou gatinho, quem

venceu fui eu. -Encostou a ponta do cajado na altura da barriga do tigre. -

Trovão de Júpiter!

 

            Uma esfera de eletricidade

surgiu na ponta do cajado e atingiu o monstro em cheio, eletrocutando-o e

jogando-o longe, sem vida. A menina loira correu na direção de Ellayhm.

 

            -Moça, você venceu! E ainda

foi fácil! Moça, que legal... Moça?

 

            A garota então parou de falar,

e percebeu que a arquimaga estava estática. Ela então reparou a roupa estava

começando a mudar de cor na altura da cintura. Era sangue.

 

            -Ele me pegou de jeito... -

disse Ellayhm, e se virou para a arqueira. - Mas eu até que venci fácil, certo?

 

 

            Sorriu e caiu no chão,

inconsciente.

 

P.S.1: Feedback ^^

P.S.2: Percebam uma minúscula, porém visível melhorada no tipo da escrita. Sim, é minúscula, mas você pode vê-la (se você se esforçar muito u.u).

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Ainda estou formando minha opinião sobre a fic! Mas parece bem interessante!

 

E eu gostei muito da batalha do monge contra o Drake! :)

 

Pelo que entendi, você melhorou a escrita depois desses capítulos (que já estavam prontos antes). Vou deixar pra comentar mais quando você postar algo com o seu estilo atual. :D

 

Abraços e parabéns,

- Rafa

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Capítulo 9

 

 

 

Estava tudo escuro, mas ainda assim Ellayhm conseguia escutar um barulho de

metal se chocando com metal.

 

-Droga, esse besouro dourado é muito forte! -Disse uma voz.

 

-Bênção! Aumentar Agilidade! Angelus! - disse outra voz. - alguém tira esse

besouro macho daqui, preciso passar a folha de yggdrasil no ferimento da Elly

antes que ela morra!

 

- Mammonita! - Disse uma terceira voz. - Será que esse bicho não pára de por

ovos não? Porque diabos a gente provocou o ninho desse besouro irritante?

 

-VOCÊ provocou o besouro quando tentou arrancar a antena dele pensando que era

uma barra de ouro! - Reclamou a segunda voz.

 

-Não importa, usa logo essa folha na Ellayhm!

 

Ellayhm sentiu alguém encostar-se à sua barriga uma folha muito gelada e, ainda

assim, que causava uma sensação agradável. Ela sentiu as pálpebras mais leves,

e abriu os olhos. Estava encarando um noviço de cabelos brancos.

 

-Você está melhor agora? - Perguntou Tom Delong, um olhar preocupado.

 

Ellayhm acenou que sim com a cabeça.

 

Delong então se levantou para voltar a dar suporte, e Ellayhm viu o que se

passava. A alguns passos à sua frente, estava um espadachim, batendo em um

imenso Besouro-Ladrão Dourado e impedindo que ele avançasse em direção a ela.

 

"Ele me protegeu de novo...", pensou ela, sem força para se levantar.

"Seyryu..."

 

-Cavalo-de-pau!

 

Um carrinho voou em direção ao besouro-ladrão, que percebeu a manobra e

virou-se de lado, engolindo o carrinho. O mercador que tinha arremessado o

carrinho, que estava com uma cara de choque, ficou com uma cara de ódio

assustadora.

 

-ELE ENGOLIU MEU CARRINHO! ESSE CARRINHO CUSTOU 800 ZENYS E AINDA POR CIMA TAVA

CHEIO DE ITENS! DEVOLVEEEEEEEE!

 

O mercador então puxou um machado de duas mãos e pulou em cima do besouro, e

batendo desesperadamente. O besouro até que tentava revidar, mas o mercador

aparentemente não sentia dor, e o trabalho que Delong tinha era de curar

apenas. De tanto bater no mesmo lugar, uma hora uma fenda na armadura dourada

se abriu na altura da cabeça, e Wolfwood enfiou o machado no buraco, pulou

sobre o besouro e foi rasgando-o ao meio, de uma ponta à outra. O besouro

agonizou e caiu no chão, dividido em dois. Wolfwood continuou batendo nos

restos do bicho.

 

-Maldito! Devolve! Meu! Carrinho! DROGA!

 

-Nicholas, você precisa se acalmar... - tentou Delong, mas foi ignorado.

 

Seyryu então chegou perto de Wolfwood e segurou seu braço.

 

-Wolf, não adianta mais. O carrinho deve ter sido destruído.

 

-Mas, mas...

 

-É a vida cara... em todo caso, você tem seguro do carrinho, a Kafra vai repor

seus itens.

 

-Eu sei, mas dentro do carrinho tinha um tesouro único para mim...

 

-Esse aqui? - Tom perguntou, apontando para uma pedra preciosa a alguns metros

do monstro.

 

-Minha Granada da Sorte! - Exclamou Wolfwood, surpreso. - Você a achou, Tom!

Valeu!

 

-Ora, não foi nada!

 

Enquanto Wolfwood agradecia, Seyryu se afastou dos dois e correu em direção de

Ellayhm.

 

-Você está bem? Consegue andar?

 

Ellayhm balançou a cabeça, negativamente.

 

-Então temos que sair daqui.

 

Colocou Ellayhm nas costas, e chamou os outros membros do grupo para sair do

esgoto. Tom resmungou algo como "Nessas horas que eu queria poder carregar

mais peso...", e juntou-se a Seyryu.

 

-Agora vai ficar tudo bem. - Disse Seyryu, e sorriu para ela.

 

"Eu acredito em você", pensou Ellayhm com um sorriso e adormeceu.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ellayhm abriu os olhos e viu um teto. Ela estva deitada em uma cama, e por

algum motivo que ela não entendia estava de camisola. Se virou para o lado

direito e deu de cara com Tom Delong, dormindo, de pijama. Ela o acordou com um

grito de susto e com um poderoso soco, que o fez atravessar o quarto e bater na

parede do outro lado.

 

-Realmente, foi MUITO boa sua idéia, Wolf... - chorou o sumo sacerdote para o

amigo, que entrava no quarto nesse exato instante por uma porta ao lado de onde

Delong estava pregado.

 

-Seu... seu... TARADO! - gritava Ellayhm, em pânico.

 

-Shh! Vai acordar a Alicia! - sussurrou Wolfwood, apontando para o lado

esquerdo de sua amiga.

 

-Acordar quem? - perguntou a arquimaga, confusa.

 

Só então ela percebeu uma garota deitada do seu lado. Ela tinha longos cabelos

loiros, e havia acabado de abrir seus olhos azuis lentamente, despertando do

sono. Ellayhm então se lembrou da briga com o Eddga, de manha. Lembrou-se

vagamente de uma ferida na cintura, e levou a mão ao local. Ao encostar

percebeu rapidamente que havia sido uma ferida grave.

 

-O que aconteceu? Eu lembro do Eddga...

 

-Então era esse o nome daquele bicho? - Perguntou Delong, curioso. - Transformamos

a ele em um tapete de pele, e trouxemos a pata dele também. Dizem que patas de

tigre são bons afrodisíacos...- e começou a babar, perdido em pensamentos.

 

Ignorando seu amigo, Ellayhm se voltou para Alicia.

 

-E então, seu nome é Alicia?

 

-Sim, Alicia Dusko.

 

-Dusko? Não é o sobrenome da líder da guilda dos arqueiros de Payon, Alessandra

Dusko?

 

-Sim, essa é a minha mãe.

 

Então as atenções do quarto se voltaram completamente para a menina.

 

-Você é filha da líder da guilda? - Perguntou Delong, surpreso. - E porque você

virou uma Arqueira tão cedo?

 

-Bem... é porque...

 

A garotinha começou a chorar.

 

-O que houve, Alicia? - Perguntou Ellayhm, apreensiva.

 

-É... snif ... que ... snif ... minha mãe morreu protegendo Payon.

 

Houve um profundo silêncio depois dessa frase, em que a única coisa que se

ouvia era o soluçar baixo da menina.

 

-PAYON FOI ATACADA? - Perguntaram, em uníssono.

 

-Não... Foi destruída.

 

-COMO É QUE É? - Novamente em coro. Depois apenas Ellayhm prosseguiu.- E quando

isso ocorreu?

 

-Foi ontem à noite. Mamãe me transformou em Arqueira e me encarregou de vir à

Izlude chamar reforços para resgatarem os sobreviventes que fugiram para a

floresta. Um exército de mortos-vivos ainda está passeando pelas ruínas, e o

povo não tem como se reagrupar.

 

Ellayhm ouviu cuidadosamente, depois ficou um momento em silêncio e finalmente

se manifestou:

 

-Vamos à Payon?

 

-Você tem certeza disso? - Perguntou Wolfwood. - Você sabe que as chances de

Seyryu ficam menores quanto mais tempo nós demoramos...

 

-Sim, eu tenho plena consciência disso. Mas existem mais vidas em risco aqui do

que onde quer que o Sey esteja. - Falava apertando com força o lençol da cama.

 

Wolfwood acenou com a cabeça.

 

-Bem, em todo caso precisamos notificar a Guilda dos Espadachins - disse Tom. -

Se, como a Alicia disse, houver um exército de mortos vivos, não teremos chance

sozinhos. Alguém sabe qual o nome do líder da guilda?

 

-Se eu me lembro bem, acho que se chama Ichigo Zangetsu. - Disse Alicia. - É um

senhor muito bondoso, mas bebeu demais no churrasco dos líderes de Guildas ano

passado...

 

-Bem, então vamos lá - Disse Ellayhm, se levantando. Quando pisou no chão,

sentiu uma dor muito forte e quase caiu, sendo amparada por Tom.

 

-Calma lá, menina - disse o sacerdote. - Você não está em condições de se mexer

ainda. Eu curei o ferimento, mas você perdeu sangue demais e ainda deve estar

fraca...

 

-Ela teria perdido menos sangue se você não tivesse passado 5 minutos

arrastando a Alicia pela feira tentando seduzi-la e não a deixando falar nada...

- comentou Wolfwood.

 

-... Achei que tínhamos combinado omitir essa parte da história...

 

-Verdade, tinha mesmo. Desculpe minha falha! - E deu um sorriso sarcástico.

 

-... Vamos logo antes que eu desista da minha profissão só pelo prazer de lhe

fazer sofrer... - Disse Delong. - Alicia, você vem com a gente também, você

conhece o velho melhor do que a gente.

 

-Sim, seu moço.

 

E retiraram-se do quarto. Um pouco antes de Tom, contudo, Ellayhm o chamou.

 

-Tom, bem, eu queria agradecer por ter cuidado de mim, e pedir desculpas pelo

soco.

 

O sumo sacerdote sorriu.

 

-Somos um grupo, compartilhamos alegrias e tristezas. Só não me bata com tanta

força da próxima vez, você tem a mão pesada... - E saiu.

 

Ellayhm ainda ficou olhando para há porta algum tempo, depois se ajeitou nas

cobertas e voltou a dormir.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um barulho parecido com o de uma pessoa se engasgando rasgou o ar da floresta

de Payon. O dia estava amanhecendo.

 

-Com esse, já foram 37 humanos eliminados. E o gatinho ainda não voltou... -

Disse a menina. Mal acabou de falar, um portal apareceu poucos metros a sua

frente.

 

-Até que enfim, já estava na hora...

 

Então outros 3 portais se abriram ao lado do primeiro.

 

-O que? Bem, eu já desconfiava que isso ia acontecer... Generais, agrupar! Nove

Caudas, agrupar!

 

O batalhão de esqueletos e raposas fez um círculo ao redor de onde os portais

brilhavam. Então dos portais começaram a sair guerreiros de todas as classes. O

último grupo a aparecer era o de um lorde de cabelo azul e que portava uma

Tsurugi personalizada da cor preta e se chamava...

 

-Eu sou Ichigo Zangetsu, líder dos Espadachins de Izlude. E você, garotinha,

quem é?

 

Os portais se fecharam.

 

-Eu sou conhecida como a Flor do Luar, a Rainha das Raposas, e essa é a minha

Ciranda dos Mortos. - Disse a menina, sorridente. Entrou em posição de combate

com seu sino posicionado às costas, e seu sorriso alegre se transformou num

esgar maligno. - Vocês vieram brincar comigo?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

não tava podendo acessar... -_-

 

Bem, agora vai ser só 1 por dia q eu postar =). Desculpem os erros, não deu tempo de corrigir tudo -.-

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Capítulo 10

 

            A batalha começou.

            Os humanos fizeram um círculo menor, comandados por Ichigo, e começaram a expandir o círculo, de modo que sempre lutavam de frente. Pouco a pouco o círculo foi aumentando, e os mortos-vivos foram diminuindo. A Flor do Luar apenas observava, sem sair de sua posição de luta. A guerra parecia ganha, até que...

            -Parem de expandir agora! - Gritou Ichigo.

            As pessoas de início não entenderam, mas depois perceberam o que se passava. Eles haviam chegado ao limite, se o círculo aumentasse mais os esqueletos poderiam atacar por trás. E a menininha sabia disso.

            -Generais, invocar Comandados!

            Os esqueletos generais avançaram na roda e invocaram esqueletos soldados e arqueiros nas costas dos guerreiros, que agora estavam cercados pelos dois lados.

            -Que MARAVILHA! - Resmungou Delong. - Bem, pelo menos agora eu posso lutar de verdade. - E sacou sua Bardiche, pulando no meio dos esqueletos. Sua destreza era inacreditável, grande até mesmo para alguns lordes: Ele conseguia manejar a poderosa lança com uma mão e curar alguns inimigos com a outra, reduzindo consideravelmente a quantidade de inimigos. Logo havia aberto um pequeno circulo em meio aos esqueletos.

            -Podem vir!

            Os esqueletos soldados atacaram por todos os lados ao mesmo tempo. Delong bateu no de trás com o cabo da lança, perfurou o crânio do da frente com a ponta, cravou a arma no chão e a usou como suporte para "correr" pelos monstros e partir suas colunas em duas.

Ichigo estava completamente impressionado.

            -Aquilo é um SACERDOTE? Que cara violento! - Disse, enquanto cortava tres esqueletos arqueiros com apenas um movimento de espada.

           

-----------------------------------------------------“-----------------------------------------------------

            Do outro lado do círculo, os humanos começavam a ter baixas, devido ao número cada vez maior de esqueletos ao redor.

            -Eles não param de vir! - Exclamou Wolfwood. - Como vamos detê-los? - Estava lutando com um estilo peculiar: usava dois machados para poder atacar tanto na frente como atrás. Empolgado em seu estilo de luta, arremessou um dos machados em um arqueiro inimigo, derrubou um General por acidente, e um pedaço razoável das tropas simplesmente se desmontou. Ele percebeu e então entendeu.

            -Pessoal, ataquem... Argh! - Tentou dizer, mas foi atingido por um pedaço de metal na cabeça que fez sua vista balançar. - Mas o que...?

            -Você descobriu o segredo, né? Não posso mais te deixar viver! - Disse a flor do luar, posicionada atrás dele, com o sino balançando.

            -Fala sério pirralha, eu tenho mais o que fazer...

            -Não me chama de pirralha! Eu já sou crescida! - E fez uma cara de birra.

            -Cada uma... – Comentou virando-se, pronto para voltar a destruir esqueletos.

            -Não faça pouco de mim! - E partiu para cima de Wolfwood com o sino. Wolfwood pulou para trás e se esquivou. A Flor do Luar então prendeu o sino que havia usado como se fosse a ponta de uma lança para apoiar a arma no chão, usou a vara como apoio, pulou e desceu chutando, fazendo o mestre-ferreiro se esquivar para a esquerda. Emendou ao cair no chão com uma rápida girada de bastão, batendo com o lado do sino em Wolfwood, que mesmo usando o machado como bloqueio foi arremessado longe pelo impacto.

-E aí, ainda sou uma pirralha?

            -O fato de você lutar bem não muda o fato de que você ainda nem entrou na puberdade, menina. - Ironizou Wolfwood, guardando o machado que estava e puxando um outro, de duas mãos.

            -Ora seu...

            E partiram um para cima do outro, trocando golpes.

 

 

 

 

Ellayhm Estava deitada na cama, se recuperando, quando alguém bateu na porta.

-Quem é?

Alicia entrou no quarto, timidamente.

-Ah, é você, Alicia. Onde estão os outros?

-Eles já foram para Payon, espero que fiquem bem... ah, droga!

-O que foi?

-Esqueci de dizer o ponto fraco das tropas! - Disse, em pânico.

-É, isso pode ser um problema... ou não. - Disse Ellayhm, e se concentrou.

 

 

 

 

            -Recuem e reagrupem! - Gritava Ichigo, no campo de batalha. - Eles não param de nascer!

            -Socorro! - Gritou um ferreiro, cercado por inimigos.

            -Curar! Bênção! Aumentar Agilidade! - Forneceu o suporte Delong, pulando em cima dos inimigos e empalando-os, tirando o excesso deles de perto do ferreiro.

            -Obrigado! - Agradeceu o ferreiro, e voltou para perto de Zangetsu.

            -Não há de que. - Respondeu Delong. Então sentiu que alguém queria se comunicar com ele mentalmente. Era Ellayhm.

            “Ellayhm, o que você quer? Estou ocupado!” - Pensou Wolfwood, fazendo a conexão.

            -“Wolf, rápido, avise ao senhor Zangetsu! O ponto fraco das tropas são os Generais, os esqueletos amarelos! As tropas são invocadas por eles!”

            -“Muito obrigado pela informação. Podia ter chegado antes de eu estar morrendo de cansado, mas em todo caso, obrigado. E quanto à Flor do Luar?”

            -“Flor do Luar? Quem é essa?”

            -“Uma garotinha de uns 12 anos, bem bonitinha por sinal, mas muito malvada e perversa que bate na gente com um sino pesado!”

            -“Não sei, a Alicia não falou nada sobre ela... Deve ser a comandante dos Generais.”

-“E provavelmente das nove caudas também...”

-“Nossa, o campo está lotado de nove caudas?”

-“Sim, e... Ai! Fui mordido! Valeu pela informação, falo contigo depois”. - Concluiu Delong, encerrando a conexão e metendo um chute de bico na raposa que estava grudada no seu pé. "Malditas raposas, deviam ser mortas-vivas..."

            -Senhor Ichigo! O ponto fraco das tropas são os esqueletos amarelos! Ataque-os!

            -Entendido! - Respondeu o lorde. - Até que enfim algo definitivo, se continuasse assim minha espada ia perder o fio de corte com esse lixo... - estava batendo nos esqueletos com o lado sem lâmina e esmigalhando os ossos destes. Virou-se e gritou. – Não ataquem os azuis, apenas os amarelos!

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            A Flor do Luar olhou para trás.

            -Droga, eles descobriram. - Resmungou, voltando-se para um Wolfwood ofegante à sua frente. - Eu ainda não acabei com você!

            -Que bom, eu já estava ficando entediado! - Respondeu o ferreiro, levantando o machado com uma das mãos. - Cart Termination!

            Girou e arremessou com a outra mão o carrinho na direção da menina, que se esquivou e se distraiu por um momento vendo o carrinho destruir alguns Generais que estavam no caminho dele.

            - Mammonita !!

            Puxou uma sacola de dinheiro e a arremessou para o alto, depois desceu com o machado cortando-a e criando uma chuva de moedas na direção da Flor do Luar.

            -Droga! - Disse a Flor. – Mammonita!

            Puxou também uma sacola de dinheiro, arremessou - a para o alto e a explodiu com o sino, fazendo com que as moedas se chocassem no ar, cancelando o ataque de Wolfwood. Contudo Wolfwood continuava o movimento descendente, e a garota colocou o bastão à frente para se proteger.

            -Era o que eu queria! Mammonita!

            Jogou uma segunda sacola de dinheiro no caminho do machado, que a espatifou e fez moedas voarem na direção da menina. Ela girou o bastão rapidamente para rebater as moedas, contudo não teve tempo para se esquivar do ataque direto. O machado de Wolfwood acertou o Sino na ponta do bastão, partindo-o.

            -Não! Meu sino!

            Instantaneamente os esqueletos e nove caudas desapareceram, e apenas a menina permaneceu no campo de batalha. Os lutadores, que já estavam eliminando os Generais, depois de um momento de confusão começaram a comemorar. Delong chegou perto de Wolfwood.

            -Precisa de ajuda, amigo? - Perguntou o sacerdote.

            -Não, aqui não tem nenhum problema, só uma garotinha mimada... - Respondeu Wolfwood.

            Uma veia apareceu na testa da menina.

            -Já disse que não sou uma garotinha! - Esbravejou. - Bem, parece que eu fracassei... O mestre não vai ficar nada contente comigo e isso é culpa de vocês!!

            Mostrou a língua para os garotos e se teletransportou. Wolfwood caiu para trás, sentado.

            -Meu deus, que menina forte! Deu muito trabalho!

            -Mas pelo menos era bonitinha... - Disse Delong.

            -... Nunca pensei que ia dizer isso, mas você às vezes me dá nojo.

            -Nunca pensei que ia dizer isso, mas você às vezes me dá medo, então estamos quites.

            O sumo sacerdote ajudou o mestre ferreiro a se levantar, com um aperto de mãos, e foram se juntar ao restante do grupo.

 

 

 

 

            -Meu Mestre, eu falhei, me perdoe... - Disse a Flor do Luar a dois vultos: um grande sentado em um trono, e outro menor, em pé, ao seu lado.

            -Os fracos e malogrados devem perecer, e você não será exceção. - Disse o vulto do trono.

            -Mas, Senhor... - Implorou a Flor do Luar, chorando.

            -Chuva de Meteoros!

            Materializados do nada, pedras flamejantes começaram a cair do céu, atingindo a Flor do Luar e soterrando-a.

            -Gravity Field !!

            As pedras sob as quais estava a garotinha foram cercadas por uma esfera de energia e começaram a ser apertadas umas contra as outras, até desaparecer. O vulto chamado Mestre resmungou:

            -Hmpf, malditos fracos. E você, meu conselheiro, o que me sugere fazer?

            -Acho que estamos atacando o alvo errado. Os humanos fracos não atrapalharão nossos planos. Temos que destruir suas forças, temos que atacar seus Clãs. - Disse o vulto menor.

            -Você está sugerindo que eu ataque os Feudos dos Humanos? Brilhante! Como não pensei nisso antes?! Chame o Senhor dos Mortos e o Orc Herói imediatamente!

            -Sim, senhor! - disse o vulto menor, enquanto ia se retirando.

            -E mais uma coisa.

            -Senhor? - Perguntou o servo, quando saiu das sombras. Era um Lorde, de cabelos ruivos e rabo-de-cavalo, que carregava uma espada de lâmina irregular às costas.

            -Não sei o que faria sem seus conselhos, Seyryu.

            -É uma honra ouvir isso do senhor, Mestre. - Respondeu Seyryu, com um sorriso maligno no rosto. - Irei chamar os Generais.

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 Capítulo 11

 

 

 

            O sol se punha no feudo de

Luina. Ellayhm mal conseguia acreditar na coincidência: havia passado no teste

de Bruxa no dia de seu aniversário. Admirava as cores do céu, encostada à

muralha da frente de Acrux, castelo pertencente ao clã do qual fazia parte, a

Einheriars. O líder do clã, Loki Fergulson Junior, era um Assassino e antigo

conhecido de Seyryu, e aceitou chamá-la para tê-lo no clã. Eles então a

ajudaram a ganhar experiência de batalha suficiente para se tornar bruxa e ser

de alguma utilidade nas Guerra.

 

            Estava perdida em pensamentos

quando um cavaleiro chegou ao seu lado. Era Seyryu.

 

            -Ah, oi Sey - Disse Ellayhm,

um pouco assustada. Não havia percebido-o chegando. - Você também gosta de

olhar o céu?

 

            Seyryu parecia um tanto

encabulado.

 

            -Bem, sim, mas não foi por

isso que eu vim...

 

            Ellayhm o encarou com um olhar

interrogativo, o que o deixou ainda mais encabulado.

 

            -Bem, é que hoje é seu

aniversário... - Continuou ele. - E eu... Err... Comprei um presente para você.

 

 

            Ellayhm ficou enrubrecida,

igual seu amigo.

 

            -Ahn... Não precisava comprar

nada... Você já me ajudou demais me treinando para o teste de bruxa...

 

            -Mas é que eu realmente queria

comprar um presente pra você... Não é grande coisa, mas...

 

            Entregou uma caixa de presente

para ela, que o abriu com cuidado. Era um bonequinho de Bafomé Jr. Ela o

admirava, com interesse.

 

            -Que bonequinho engraçadinho!

- Ela disse, sorrindo. - Muito obrigada, Sey!

 

            Mas este nada respondeu. Ele

estava com uma pequena caixinha preta na mão. O sol havia desaparecido por

completo no horizonte.

 

            -Elly... - Disse Seyryu, muito

vermelho. - Bem, também tenho isso para você... Não é bem um presente, é mais

um pedido...

 

            Ellayhm estava confusa.

 

            -Um... Pedido?

 

            Seyryu abriu a caixinha. Era

um anel de prata.

 

            -Elly... Você... Err... Eu...

Err... Nós... Você gostaria de namorar comigo? - Gaguejou Seyryu. Parecia a

ponto de entrar em combustão espontânea.

 

            Ellayhm ficou vermelha.

 

            -Eu... Eu... Eu...

 

            Não conseguiu terminar a

frase; Abraçou-o e o beijou.

 

            E a lua cheia surgiu no

horizonte.

 

 

 

---------------------------------------"--------------------------------------

 

 

 

 

            Colado à muralha do castelo,

perto da entrada, um sacerdote de cabelos brancos, estranhos para sua idade,

com um buquê em uma mão e uma caixa de chocolates brancos na outra observava

toda a cena. Quando os dois se beijaram, soltou os objetos, como se lhe

faltassem força nas mãos; Apanhou os itens no chão e os jogou no cesto de lixo

mais próximo entre soluços, depois se virou e voltou para Al de Baran para

beber e atacar mulheres no bar.

 

 

 

---------------------------------------"--------------------------------------

 

 

 

 

            Delong acordou, assustado.

Tivera um pesadelo, mas não conseguia recordar-se como ele era.

 

            Estava no meio da floresta de

payon, acampando com Wolfwood enquanto voltavam para Izlude. Ele havia

esquecido de salvar um portal na Marina, e voltou por último porque o ferreiro

resolveu pegar objetos que tanto os monstros como os humanos abandonaram quando

estavam morrendo.

 

            "É por essas e outras que

ele me dá medo...", pensou. Percebeu então que seu amigo estava acordado,

assando uma batata doce na fogueira.

 

            -Wolf, você está...

 

            -Shhh!

 

            -O que...?

 

            -SHHHHH!

 

            Quando a batata doce estava

bem assada, ele a tirou do fogo e colocou perto de onde estava. Então, um bebê

fumacento que estava a algum tempo rondando o acampamento foi se aproximando vagarosamente

dele.

 

            -Vamos garoto... - disse

Wolfwood para o Fumacento, meio que falando consigo mesmo. -Não precisa ter

medo...

 

            O monstrinho chegou bem perto

e começou a comer da batata doce. Wolfwood foi lentamente se aproximando dele,

sem movimentos bruscos, e lentamente começou a afagar sua cabeça. De primeiro o

Fumacento recuou um pouco, mas com o tempo foi se deixando levar, e por fim

estava completamente à vontade. Quando acabou a batata, ficou olhando para

Wolfwood, aparentemente satisfeito. Wolfwood sorriu.

 

            -Você é um bichinho fofinho,

sabia? - Disse Wolfwood, fazendo cócegas na barriga dele com o dedo. - Vou te

levar comigo, se você quiser vir.

 

            O bebê olhou para a cara dele

com um olhar de interrogação.

 

            -Tem mais daquelas batatas...

 

            Os olhos do fumacento

brilharam, e ele acenou com a cabeça, depois lambeu o rosto de Wolfwood, que

riu. Tom simplesmente observava a cena, meio que surpreso.

 

            "É, ele é um monstro em

ler os pensamentos dos seres vivos...", pensou.

 

            -Sim, o que você queria mesmo?

- Perguntou Wolfwood.

 

            -Ah, claro, já havia me

esquecido. Vamos andando, já está ainda falta um pedaço para Izlude. Aumentar

Agilidade! Aumentar Agilidade! - Encantou a si mesmo e a Wolfwood.

 

            Wolfwood colocou o fumacento

sentado em cima do carrinho.

 

            -Cuide das minhas coisas e se

segure.

 

            O Fumacento bateu continência,

como um perfeito soldado.

 

            -Você não vai por um nome

nele?

 

            -É, eu acho que sim. Já sei!

 

            Tirou do carrinho um Chapéu do

Velho Oeste e um Lenço Vermelho, amarrou o lenço no pescoço do bichinho e

colocou o chapéu na cabeça.

 

            -Vai se chamar Billy, The Kid.

 

 

            -... Como aquele Pistoleiro

lendário de Einbroch?

 

            -É.

 

            -... Você tem certeza?

 

            -Tenho.

 

            -Então tá...

 

            -Billy, se segura aí! Vamos!

 

            O Fumacento se segurou na

borda do carrinho, e os três saíram disparados pela floresta.

 

 

 

-------------------------------------------------------------

 

 

 

            Alicia havia decidido treinar

sua pontaria. Ellayhm havia aceitado que ela entrasse no grupo deles depois de

muita insistência, com a condição de que a menina treinasse e ficasse logo

forte para tornar-se uma Caçadora. Então lá estava ela, matando Pupas e Porings

na entrada de Izlude. Enquanto atirava flechas em uma pupa, percebeu ao longe

um grupo de 3 pessoas brincando de quebrar Galhos Secos e matar os monstros que

deles saíam.

 

            "Fazer isso por aqui é

perigoso, essa área é de Aprendizes, o Conselho de Administradores do Rei havia

decidido proibir isso, já que alguns inimigos fortes podem sair dele...",

pensou. Mal acabou a linha de raciocínio, os 3 quebraram outro galho seco e

dele saiu um Ghostring com um grupo de Cochichos. O grupo que estava lá se

assustou com o monstro e teleportou, e o monstro e seus capachos veio

rapidamente em direção à Alicia.

 

            "... Eu devo possuir um

magnetismo para atrair monstros fortes...", pensou, e começou a correr.

Entretanto, seu pé ficou preso em uma poça de gosma que havia vazado de dentro

de uma pupa que ela havia matado e caiu de costas no chão.

 

            -Ai! Mas que MARAVILHA, vou

morrer para uma PUPA... - Resmungou, sem conseguir se mexer, pregada ao chão. -

Alguém me ajuda!

 

            Quando conseguiu se levantar,

viu que o Ghostring já estava do seu lado, pronto para atacar. Colocou os

braços em posição de defesa e fechou os olhos, esperando o impacto.

 

            - Impacto Explosivo!

 

            Um espadachim apareceu vindo

do nada, cravou sua espada no chão e disparou bolas de fogo na direção do

fantasma, logo após posicionando - se entre Alicia e o poring fantasma.

 

            -Você está bem, menina? -

Perguntou o guerreiro. Ele tinha cabelos loiros e curtos, com um topete, e

olhos verdes. Alicia meio envergonhada, acenou que sim com a cabeça.

 

            -Esse monstro é muito forte

para pessoas do nosso nível, não vamos conseguir matá-lo! -Disse Alicia.

 

            -Não precisamos, basta

afugentá-lo. Impacto Explosivo!

 

            Novamente, cravou a espada no

chão e disparou bolas de fogo na direção do fantasma. Repetiu o procedimento

até o monstro se assustar e teleportar.

 

            -Viu? - Disse o espadachim à

arqueira. Olhou ao redor, procurando alguém. - Você está sozinha?

 

            -Bem, mais ou menos... -

respondeu a garota. - Eu estou treinando sozinha, mas pertenço ao grupo de uma

moça muito gentil, chamada Ellayhm.

 

            -Puxa, que pena, eu queria

fazer grupo com você...

 

            -Mas a gente pode pedir para

ela lhe deixar entrar no grupo, ela é super legal e vai entender! - Disse

Alicia, apressadamente, gesticulando com as mãos.

 

            -Sério? Que bom! - Disse o

garoto, contente. - Puxa que falta de educação, Nem me apresentei! Meu nome é

Yappel Granger, Espadachim da Guilda de Izlude. Tenho 15 anos e acabei de ser

aceito na guilda. Encantado em conhecê-la.

 

            -Eu sou Alicia Dusko, 12 anos,

da Guilda dos Arqueiros de Payon. Também me inscrevi recentemente na Guilda -

Respondeu a arqueira, um pouco envergonhada com o excesso de formalidade.

 

            -Encantado - Segurou e beijou

a mão da garota, que instantaneamente ficou vermelha como um pimentão. - Bem,

onde está o seu grupo?

 

            -Bem, - Disse Alicia, tentando

aparentar calma. - a líder do grupo está no hotel daqui de Izlude, e os outros

foram para Payon, já devem estar chegando. – Viu uma pequena nuvem de fumaça à

saída da floresta de Payon. - ...Acho que eles vêm ali!

 

            Nesse momento, dois homens

corriam na direção da entrada de Izlude, se encarando.

 

            -Eu... Vou... Vencer! Disse

Tom Delong, a toda velocidade, com um sorriso no rosto.

 

            -Você... Não vai ganhar... De

mim! - Respondeu Wolfwood, também rindo. Billy estava se segurando de todas as

maneiras possíveis no carrinho, e ainda assim parecia prestes a voar.

 

            Eles então viram Alicia e o

espadachim e reduziram a velocidade.

 

            -Opa, olha só quem estava

esperando por nós! - Disse Tom Delong, rindo.

 

            -Ah, oi gente! - Disse Alicia.

- Esse é o Yappel, um amigo meu. Vocês o deixam ir no grupo com a gente? Por

favor? - Perguntou ela, com um olhar de cachorrinho sem dono e com fome.

 

            -Ai, ai, o grupo tá virando

creche... - Disse Delong, coçando a cabeça. - Fazer o que, né? Você já entrou

mesmo, tem tanta opinião como qualquer outro membro do grupo. - Virou - se para

o espadachim. - Eu me chamo Tom Delong, sumo sacerdote. Muito prazer em

conhecê-lo.

 

            -E eu sou Nicholas Wolfwood,

mestre-ferreiro - disse o seu amigo, enquanto acariciava o pelo do Fumacento. -

Bem vindo ao grupo.

 

            -Muito obrigado - respondeu

Yappel, polidamente.

 

            -Bem, vamos entrar na cidade?

- convidou Alicia.

 

            Quando iam passar pelo portão,

viram Ellayhm correndo para a porta rapidamente.

 

            -Ah, olá Ellayhm, estamos de

volta! - Disse Delong. - Já se sente melhor?

 

            -Não temos tempo para

formalidades! - Respondeu Ellayhm, ofegante. - Temos um problema.

 

            -O que se passa? - Perguntou

Yappel, curioso.

 

            -Quem é ele? - Perguntou

Ellayhm.

 

            -Um amigo da Alicia que quer

entrar no grupo. - Falou Delong.

 

            -Bem vindo, então - Disse

Ellayhm, apressada. - Pessoal, recebi uma mensagem. Era da Ren.

 

            -Da Whisperwind? - Perguntou

Wolfwood, curioso. - O que ela quer?

 

            -O Feudo de Geffen está sobre

ataque. A Einheriars está com problemas.

 

 

 

P.S.1: Feedback ^^

 

P.S.2: Eu admito que não foi dos meus dias mais

inspirados... Mas há explicações perfeitamente lógicas para isso =P. 

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 Capítulo 12

 

 

 

-... Vocês conhecem a Einheriars? - Perguntou Alicia.

 

-Sim, somos do clã. Saímos por um tempo para treinar, mas sempre que o Loki

chama a gente vai... - Respondeu Ellayhm.

 

-Que legal! Eu sou fã deles!! Eu tinha um pôster do Leo "Lord"

Regulus no quarto, e colecionava os bonequinhos de ação dos líderes de grupo!

Inclusive eu estou com o da Ren Whisperwind aqui, olha só! E ela fala!

 

Alicia tirou uma bonequinha de mestra-ferreira de um dos bolsos da roupa. Ela

tinha os cabelos ruivos amarrados em um rabo de cavalo, os olhos verdes e

carregava um machadinho nas mãos. Alicia apertou um botãozinho nas costas dela

e saiu uma voz da bonequinha, dizendo: "Eu vou acabar com você, fofuxo!

Mammonita!!"

 

Tom Delong olhou para o boneco sem saber que tipo de comentário fazer. Olhou

para Wolfwood, que não parecia nem um pouco feliz enquanto olhava para a

boneca. Decidiu que o melhor realmente seria ficar calado.

 

"Me pergunto como é que esses dois chegaram a passar algum tempo

juntos...", disse Delong. "Eu até tento, mas não consigo vizualizar o

relacionamento de um cara calado com uma armadora de barraco..."

 

 

 

 

 

 

 

 

Whisperwind: Você viu a desorganização do clã no cerco de ontem? A gente quase

perdeu o castelo!!

 

Wolfwood : Sim Ren, eu estava lá...

 

Whisperwind: E o Loki? Ele me tira a paciência com aquelas ordens confusas

dele!! "Entra! Sai! Sai entrando pela lateral direita!!" Ai, que

ódio!!

 

Wolfwood : É Ren, eu estava lá...

 

Whisperwind: Sem contar aquela confusão dos membros pulando em cima das

armadilhas dos nossos caçadores! Quando será que eles vão aprender a olhar onde

pisam???

 

Wolfwood : Eu sei Ren, eu estava lá...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"Não é à toa que ela deu um fora nele... Acho que devia faltar

comunicação...", pensou Delong, rindo sozinho.

 

O sumo sacerdote estava entretido em seus próprios pensamentos quando levou uma

pancada forte na cabeça com o cabo de um machado.

 

-Ai! Pra que isso?

 

-Eu sei que você estava pensando besteiras sobre meu namoro com a Whisper. -

Respondeu Wolfwood, sereno.

 

-E como você sabe disso?

 

-Você é previsível.

 

-Ah, é? E o que eu estou pensando agora?

 

-Mulheres nuas.

 

-Não vale! De novo!

 

-Armas.

 

-...E agora?

 

-Mulheres nuas com armas.

 

-...

 

-Meninos, parem com isso, temos coisas mais urgentes para fazer! - Disse

Ellayhm, apartando o princípio de briga. - Vamos logo para Geffen com a Kafra!

 

E entraram na cidade novamente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cavaleiros do Abismo, Lolis Ruris, Guerreiros Orcs e Grand Orcs enfileirados

estavam às portas de Trapesac, o único castelo ainda de pé no feudo. Os outros

estavam em chamas.

 

Enquanto isso, na sala do trono, um Algoz de cabelos azuis e curtos, parecidos

com os de Delong, estava sentado imponente, pensando. Um Arruaceiro de cabelos

tingidos de branco e espetados, e olhos castanho-escuros adentrou à sala e se

ajoelhou diante do outro guerreiro.

 

-Cronox Fastshadow se reportando, senhor. - Disse o arruaceiro.

 

-Eu já lhe disse que formalidades são desnecessárias entre amigos, Cronox... -

Respondeu o algoz, calmamente.

 

-Mas estamos no meio de um ataque...

 

-Não importa, não é porque estamos sob ataque que meu nome vai deixar de ser

Loki.

 

-Tudo bem, Loki - Disse Cronox com um sorriso, mas depois fazendo uma expressão

séria. - A situação não está tão ruim. O precast organizado pelo Leo e pelo Ryu

no segundo andar está impedindo que a maioria dos inimigos avance, e meu grupo

e o da Whisper estão aniquilando os que passam. Mas os monges, bruxos e

sacerdotes estão ficando sem suprimento de poções azuis, e os cavaleiros já

gastaram todas suas poções brancas. Além disso o único bardo que conseguiu

furar o cerco está muito machucado e não tem como fornecer o suporte, portanto

não sei quanto tempo ainda agüentaremos. Acho que a nossa sorte foi de nosso

castelo ter sido o último a ser atacado, não fosse isso já estaríamos mortos...

 

 

-O que importa é que estamos vivos. Não vamos morrer apenas para um punhado de

monstros. Já encontrou o General deles?

 

-Na verdade, são dois, segundo a nossa Atiradora de Elite. Aparentemente, um

Orc estranho com um chapéu emplumado e um grande escudo comanda os Orcs, e um

cavaleiro com uma armadura completamente branca e um cavalo da mesma cor

comanda os Cavaleiros e Lolis Ruris.

 

-Já pesquisou suas identidades?

 

-Sim, encontramos nas bibliotecas antigas do castelo. Eles se encaixam nas

descrições do Orc Herói e do Senhor dos Mortos. Mas esses monstros eram

mitológicos, ninguém havia comprovado sua existência. O que quer que os

comande, certamente é forte...

 

-E qual o status da Eternity?

 

-Não conseguimos entrar em contato com a Anime Blade, nem com a FreeDon. Tudo

indica que o Feudo das Valquírias também está sobre ataque.

 

-Entendo... Alguma notícia do Seyryu?

 

-Infelizmente Seyryu está desaparecido, segundo Ellayhm. O restante do grupo já

está a caminho.

 

-Pelo menos algum reforço... Bem, é hora.

 

-Do que, Loki?

 

-Ora, que pergunta. - Loki se levantou da cadeira, e com um rápido balançar de

braços colocou os katares para fora. - É hora de lutar.

 

-Mas Loki, é muito arriscado! Sem você não poderemos organizar nossa defesa!

 

-Ora, você ainda é o sublíder desse clã. Se algo acontecer a mim, você está

encarregado de cuidar de tudo. Bem, vou indo. - E sorriu. - Encantar com Veneno

Mortal !!

 

Loki bateu os pulsos, e o som de vidro se quebrando foi ouvido. Ele então

abaixou os braços por um momento para os cacos caírem, e seus katares ficaram

embanhados em um líquido roxo de aparência estranha e cheiro forte.

 

"Ele vai usar veneno mortal?", pensou Cronox, surpreso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

-Senhor... - disse Cronox.

 

-Pela última vez, basta Loki... Esse seu vício às vezes me estressa... -

respondeu Loki, enquanto procurava um livro na biblioteca.

 

-Que seja... Loki, eu reparei que você nunca usa os Venenos Mortais que

fabrica. Porque isso?

 

Loki parou de procurar o livro.

 

-Tenho dois motivos: o primeiro e maior é que o Veneno Mortal é algo

extremamente terrível de se usar contra qualquer ser vivo. Mesmo sendo um

Algoz, a sua brutalidade às vezes me dá medo.

 

Depois se virou: estava sorrindo.

 

-E depois, eu nunca tive necessidade. Se algum dia eu usar, é uma questão de

vida ou morte: minha ou de vocês.

 

E voltou a procurar o seu livro.

 

-Eu sempre esqueço onde guardo aquela porcaria de "Os Três Porquinhos

versus Chapeuzinho Vermelho"...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Loki saiu correndo pelo portal.

 

"É, estamos com problemas aqui..." pensou Fastshadow, correndo junto

com ele.

 

 

 

 

 

Parem as magias AGORA!! - Gritou Loki. - Cavaleiros, Assassinos e Sacerdotes do

grupo da Whisper, Preparem-se para sair no momento que as magias sumirem!

Caçadores e Bruxos subam para as torres e ataquem os inimigos do lado de fora

do castelo. Monges, sábios e ferreiros, quero um de cada em cada torre para fornecer

suporte e proteção aos bruxos e caçadores!

 

-Entendido, Senhor! - Foi o coro dos soldados.

 

-Leo, Ryu e Whisper, vocês vem comigo! Vamos abrir caminho!

 

-Entendido, senhor! - Responderam os três, de prontidão.

 

-Porque eles podem te chamar de senhor e eu não posso? - perguntou Cronox.

 

-Porque você é minha biba. - Respondeu Loki, rindo.

 

-...

 

-Que mal me pergunte, mas para que abrir caminho? - Perguntou Whisperwind.

 

-Para alcançarmos reforço.

 

-Que reforço?

 

-Wolfwood e os outros - Disse Loki. Mencionou o nome de Wolfwood apenas para

fazer raiva a ferreira, que percebeu a manobra e ficou calada.

 

"Esse senso de humor dele não presta...", pensou a garota, enquanto

as magias ainda caíam, com menor intensidade. -O precast está enfraquecendo!

Preparem-se para o ataque! Suporte agora!

 

-Bênção !! Aumentar Agilidade !! Angelus !! - O grupo de sacerdotes atendeu ao

pedido, em uníssono.

 

As magias pararam.

 

-Avançar! À vitória! - Gritou o Algoz.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O grupo de Ellayhm chegou ao feudo de Britoniah. Ou o que havia sobrado dele.

Centenas de corpos estavam estendidos no chão, tanto de humanos quanto de

monstros. Aparentemente os humanos estavam perdendo.

 

-Rápido, vamos para Trapesac! - Disse Ellayhm

 

-Err... talvez não seja uma boa idéia... - Comentou Yappel. - Olhem ali...

 

Um verdadeiro exército de inimigos estava na entrada de Trapesac. Então, de

repente, os monstros começaram a cair.

 

-Eles estão contra-atacando! Vamos aproveitar a distração deles e atacar pelas

costas! - Disse Delong. - Algum morto-vivo? Não? Bem, de volta ao suporte...

Benção !! Aumentar Agilidade !! Angelus !! Assumptio !!

 

Chegaram e começaram a atacar tudo que viam pela frente, na direção do castelo.

Ellayhm estava preparando sua quarta nevasca quando algumas Lolis Ruris

perceberam a presença dela e foram em sua direção.

 

"Nada bom, nada bom, nada bom!!", pensava Ellayhm. "Droga! ainda

falta muito!!"

 

Quando as Lolis estavam quase em seu encalço, subitamente pararam. Depois seus

corpos se encheram de bolhas e elas se desmancharam. Aquilo era realmente

nojento, mesmo para uma pessoa que estava acostumada a enfrentar a morte todo

dia.

 

"Veneno Mortal... Loki!", pensou. –Certo, chega de gracinhas, já sei

que você está aí.

 

Sentiu uma mão em seu ombro e deu um pulo para a frente.

 

-Hahaha, você se assusta muito fácil! Eu me divirto muito com isso! - Disse

Loki.

 

-Seu trapaceiro... - Disse Ellayhm, com um sorriso no rosto.

 

-Não, trapaceiro era meu pai, eu sou Junior. Cadê o resto do pessoal?

 

-Já devem ter entrado no meio da horda.

 

-De fato. Bem, vejo você mais tarde quando a gente limpar o lixo... Só um

aviso: o do cavalo branco é meu, e o Orc que anda com um chapéu de galinha é do

Cronox. Divirta-se! - disse, e desapareceu no grupo de monstros, que diminuía. P.S.1: Feedback. Blah -.-  

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Capítulo 13

 

 

 

-Exercícios assim fazem bem para a saúde, sabiam? - Dizia Whisperwind para os

companheiros, enquanto segurava três espadas de Cavaleiros do Abismo com sua

Cruz Impiedosa. - Mammonita !!

 

-Só... Se... For... Pra sua... - Ofegava Ryu Harima Jr, um bruxo de cabelos

azuis com uma franja em forma de vírgula, e olhos azuis escuros. - Eu esqueci

meu cajado na cabeceira da cama... mas também, vocês vem me chamar para guerra

às 9:30 da madrugada!! Nevasca !!

 

-Não temos culpa que você passa a noite lendo revistinhas pornográficas, Ryu...

- Disse Leo Regulus, um Arquimago de cabelos brancos e olhos azuis muito

claros. - Chuva de Meteoros !! Gravity Field !!

 

-Eu não fico... Chuva de Meteoros !!

 

-Sei... Por isso que eu digo que você não arranja uma namorada... Rajada

Congelante !! Trovão de Júpiter !!

 

-...

 

-Pessoal, menos conversa e mais ação! - Reclamou Cronox, enquanto se esquivava

de duas Lolis Ruris particularmente persistentes. Desapareceu por um momento, e

reapareceu atrás das duas. - Apunhalar !!

 

-Ah Cro, não enche, já tem o Loki pra isso... - Resmungou Whisperwind. -

Mammonita !! Por falar nisso, cadê ele?

 

-Deve ter ido atrás do Senhor dos mortos... - Respondeu Cronox. -Ei,

alguém viu um Orc com um chapéu bonito por aí? -

 

-Haha, você acha aquele chapéu bonito? Parece que ele anda com uma galinha

montada na cabeça... - Disse Ryu. - Pântano dos Mortos !! Chuva de Meteoros !!

 

-... Você nasceu pra ser Bardo, sabia? - Cronox pulou, pisou na cabeça de um

Grand Orc, pegou impulso e subiu para ficar na altura de um cavaleiro do

Abismo. - Técnica Plágio: Lâminas Destruidoras !!

 

-É um dom inerente de minha pessoa, sabe... Olha só um improviso: Rajada

Congelante !! Lanças de Fogo !! - Congelou um pedaço do chão e derreteu um

pouco do gelo, transformando-o em água. Um Grand Orc que estava ali escorregou

no gelo e caiu de cabeça na água barrenta. - Viram? Essa é uma piada pesada e

suja: O Grand Orc caiu na lama !!

 

Como que sincronizados, todos os outros líderes olharam para ele ao mesmo

tempo, esquecendo completamente da briga.

 

-Tá bom, tá bom, foi fraca... eu paro... - Disse Ryu, rindo. - Argh! - Foi

cortado pela espada de um Cavaleiro do Abismo nas costas, e voou para frente,

caindo de cara no chão.

 

-Ryu!

 

Whisperwind correu em sua direção e o pegou. Segundos depois uma lança se

cravou no local onde a cabeça dele estava.

 

-Você está bem? Consegue se levantar? - Perguntou a Mestra-Ferreira.

 

-Acho... Que... Eu me... Dei mal...né? - Ofegou Ryu, ainda com um sorriso no

rosto, e desmaiou.

 

-Ah, que maravilha! E eu fiquei sem poções... - Jogou Ryu no carrinho. -

Segurem as pontas aqui, vou voltar pro castelo... Pra que lado fica o castelo?

 

Então perceberam que estavam cercados.

 

-Nada bom... - Disse Cronox.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Yappel estava se divertindo muito assustando Alicia. Eles seguiram a

recomendação de Ellayhm e ficaram recuados com relação à horda, e Yappel

brincava dizendo que ia correr para matar alguns monstros.

 

-Você está louco? Vai acabar morto! Eles são fortes demais para você! - Dizia a

garota, em pânico.

 

-Nah, que nada, eles são fracos! - Ele respondia, gargalhando, depois corria um

pouquinho para frente e recuava novamente.

 

-Ah, você é terrível! Para com isso!

 

-você que se preocupa demais... -Disse Yappel, se virando para falar com ela

 

-Cuidado! Atrás de você!

 

Um Cavaleiro do Abismo havia percebido as duas crianças, e estava cavalgando a

toda velocidade na direção deles, lança em riste. Yappel pulou sobre Alicia e

caíram no chão, fazendo com que o cavaleiro errasse o ataque.

 

-Só me faltava essa... -resmungou o espadachim.

 

Levantou-se e ficou em posição de combate com sua kataná, enquanto o monstro

fazia a volta e see preparava para atacar.

 

-Você só pode estar BRINCANDO que realmente vai atacar esse monstro... - Disse

Alicia, incrédula.

 

-Observe e aprenda.

 

O Cavaleiro voltou em disparada na direção dele, novamente com a lança apontada

para o peito do garoto. Quando a ponta da lança estava a aproximadamente 1

metro do menino, a menina gritou e fechou os olhos. Isso o distraiu por 1

segundo, e quando olhou para frente viu que o garoto não estava na ponta da sua

lança. Estava sobre ela.

 

Yappel foi correndo em cima da lança do cavaleiro negro. Quando chegou na

metade do comprimento da lança, pulou na direção do monstro. Desferiu um golpe

tão violento que estraçalhou a armadura da criatura e a cortou no meio. Alicia,

que havia aberto os olhos para ver o que tinha acontecido, não acreditava na

cena.

 

"Ele derrotou um Cavaleiro do Abismo com 1 golpe?!?!?", pensou,

completamente assombrada.

 

-Como se diz na gíria dos clãs, OWNED! - Disse Yappel, voltando para perto da

garota e guardando a espada na bainha. Então sentiu a perna direita fraquejar e

pendeu para a direita. Olhou para ela e percebeu um corte razoável na vertical.

"Ah cara, fala sério, eu fui atingido?"

 

Alicia correu na direção do menino.

 

-Você está bem? O que houve? - Olhou para a perna do garoto, coberta de sangue.

-Xi...

 

Pegou uma tábua que estava nos destroços ali perto, Rasgou um pedaço da blusa e

fez uma tipóia.

 

-Não precisa disso... Você nem me conhece direito, como pode se preocupar tanto

com um estranho? - Perguntou o espadachim, enquanto ela amarrava as tábuas.

 

Alicia corou levemente.

 

-Ah... acho que eu fui com a sua cara. - E sorriu. Yappel também corou de leve,

e, não achando palavras, preferiu ficar calado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

-A gente não chega na entrada desse castelo não? - Perguntou Delong. - você

sabe pra onde está indo?

 

-Eu? Eu estava te seguindo! - Respondeu Wolfwood, enquanto retalhava alguns

orcs que apareceram no caminho.

 

-Ah, não... - disse Delong, desanimado. Então uma flecha atingiu a cabeça do

Grand Orc no qual Wolfwood estava indo bater, e ele caiu no chão morto. havia

um papelzinho amarrado na flecha.

 

-Que diabos é isso...? - Disse Delong , abrindo o papelzinho. Tinha uma

caligrafia bonita.

 

-"Vocês não chegam nunca não?" - Leu alto Delong, para Wolfwood. -

"O castelo fica aqui pra direita, mas eu acho que o grupo do Loki precisa

de suporte, então sigam em frente. Eu vou começar a abrir o caminho para vocês.

Beijos, Phy." Eu sabia que essa garota gostava de mim!! - Disse Delong,

cheio de si.

 

-Até parece... bem, então é só seguir o caminho das flechas, né? Onde elas

estão?

 

Mal acabou de falar, uma verdadeira chuva de flechas começou a cair a frente de

onde estavam, dizimando pelo menos 30 Orcs e Grand Orcs.

 

-Ela é tão atenciosa... - Disse Wolfwood.

 

-Mais do que a Whisper, Wolf? - falou Delong, em tom jocoso.

 

-... Eu não brincaria desse com alguém que está segurando um machado de duas

mãos todo ensangüentado na minha frente...

 

-Já parei...

 

E foram correndo pelo caminho aberto, matando os inimigos que porventura passavam

no meio. Quando chegaram ao final encontraram o grupo dos sublíderes. E eles

não estavam nada bem. Cronox era o único que ainda estava propriamente de pé,

brigando contra um Orc com um chapéu grande, uma espada quebrada e um escudo.

Os outros já estavam bem machucados. Ryu estava em uma poça de sangue.

 

-Até que enfim, suporte!! - Gritou Whisperwind, ao ver Delong. Então viu

Wolfwood. - Praga...

 

-Delong, será que você pode curar todo mundo menos ela? Por favor, eu quero

vê-la sofrendo!!

 

Delong ignorou os apelos do amigo e curou todos os guerreiros. Ryu, contudo,

não se levantou.

 

-Delong, acho que o Ryu está em coma, traz ele de volta rápido! - Disse

Regulus. - Eu não tenho mais energia pra impedir que esses orcs ataquem o

Cronox! Precisamos de um bruxo agora!

 

-Entendido. Kyrie, Ignus Divine, Eleison! Ressuscitar!

 

Um anjo apareceu sobre o bruxo, e o ferimento em suas costas fechou

instantaneamente. Ele se levantou.

 

-Oi gente... perdi alguma coisa?

 

Regulus recuou e jogou o próprio cajado para ele.

 

-Assume aí, tô morto...

 

-Entendido. Nevasca !!

 

 

 

 

 

Cronox estava alheio ao que se passava ao seu redor. Tudo que estava em sua

mente era aquele Herói Orc, que estava bufando na sua frente.

 

-Humano não morrer, Herói demorar para esmagar. Herói ficar irritado com humano

que não morrer.

 

-Bla bla bla, menos conversa e mais ação! - Respondeu o Arruaceiro, arfando, e

foi correndo na direção do monstro. - técnica Plágio: Lanças de Gelo !!

 

Várias lanças flamejantes apareceram ao redor de Cronox. Ele apontou para o

guerreiro e as lanças partiram visando o coração do monstro.

 

-Tempestade de Raios !!

 

Uma nuvem apareceu acima do Orc, e vários trovões caíram ao seu redor,

destruindo as lanças de Cronox.

 

-Era isso que eu queria! - E pulou. - Técnica Plágio: Tempestade de Raios !!

 

Uma nuvem de raios apareceu sobre o Herói, mas dessa vez os raios vieram em

direção a ele. O monstro arremessou seu escudo de ferro na direção de Cronox, e

os raios foram redirecionados para o escudo. Cronox rebateu o escudo com sua

main gauche, mas tomou um choque e largou a arma no reflexo.

 

"Nada bom... o jeito é improvisar...", pensou. -Técnica Plágio:

Roundhouse Kick !!

 

Acertou um chute com o pé direito no rosto do Orc Herói, e ainda no ar

rotacionou o corpo e o acertou com o pé esquerdo na mesma face, fazendo o

monstro voar longe. Delong ficou surpreso.

 

-Então você plagiou meu golpe de Taek-won-do?

 

-Faço o que posso...

 

Pegou sua adaga de volta do chão enquanto o Orc se recuperava.

 

-você incomodar Orc. Orc matar você.

 

-Você fala muito para alguém que pensa tão pouco...

 

Os outros orcs iam se adiantando, tentando entrar no círculo de luta.

 

-Deixar! - Gritou o Orc Herói. - Humano com calça estranha ser minha presa.

 

Leo não pôde evitar uma risada.

 

-Eu sempre disse que essa tua calça era de brocha... tá vendo a prova aí né? -

Disse o Arquimago, quase sem fôlego de rir.

 

-... Eu curto minha calça de couro... você tem é inveja de mim...

 

-Ô! E que inveja! Agora acaba com isso logo que já está anoitecendo e eu estou

ficando com sono...

 

De fato, o sol já estava se pondo no feudo de Britoniah.

 

-Hm, então eu vou acabar logo com isso.

 

E desapareceu. O General se assustou com o movimento, mas depois parou e

começou a cheirar o ar. Parou de farejar e deu uma cotovelada para trás,

acertando em cheio a boca do estômago de Cronox, que ficou sem ar. depois

movimentou rapidamente o outro braço com o objetivo de decapitar o Arruaceiro,

mas este se esquivou no último instante recuando, entretanto ainda sofreu um

corte na face. O sangue correu pelo seu rosto.

 

-Precisa de suporte? - Perguntou Delong.

 

-Não! Ele pediu um duelo, e eu aceitei.

 

Posicionou a sua Main Gauche à sua frente.

 

-Humano ficar assustado? - Provocou o Herói.

 

-Quem vai se assustar aqui é você!! - E correu na direção do monstro, que fez o

mesmo. Na metade do caminho, Cronox percebeu a maneira de vencer. Desapareceu,

o que fez o Orc parar para farejar. Nesse momento, uma adaga sibilou no ar, e o

Orc Herói se esquivou dela. Quando voltou a olhar para frente, o Arruaceiro

estava de frente com o monstro.

 

-Técnica Plágio: Roundhouse Kick !!

 

Chutou duas vezes o rosto do Herói, fazendo-o voar.

 

-Técnica Plágio: Lanças de Gelo !!

 

Atirou lanças que atravessaram os membros do Orc e o prenderam ao chão. Este ,

de barriga para o alto, ainda tentava algum movimento quando o rosto de Cronox

apareceu no seu campo de visão.

 

-Cronox Boladão Lifestyle! Joga Bonito Aewlz!!

 

E Cortou a garganta do Orc Herói, fazendo todos os orcs ao seu redor

desaparecerem instantâneamente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Loki estava com problemas. Aquele Senhor dos Mortos realmente merecia o título.

 

 

-Hmpf, humano insolente. O que mais me impressiona de você é o fato de ainda

estar vivo!

 

-E o que mais me impressiona em você é como você consegue deixar sua roupa tão

branca! Tá um luxo, fofa!!

 

-Alguém na sua situação não deveria fazer pouco de mim!

 

-Realmente, você é mais alto que eu. vamos igualar as coisas.

 

Saiu correndo em direção ao inimigo, que se preparava para perfurá-lo, mas

desapareceu repentinamente. O Senhor dos Mortos ficou confuso olhando para os

lados, tentando encontrá-lo, quando de repente seu cavalo começou a balançar.

 

-Mas o que diabos...?

 

Na frente do cavalo existia uma nuvem com uma poeira de cor roxa, e ele havia

inalado dessa poeira. O guerreiro das trevas praguejou e pulou do cavalo, e ao

mesmo tempo o animal caiu no chão, morto. Loki apareceu atrás de seu inimigo.

 

-Névoa Tóxica, realmente muito útil para esse tipo de coisas, sabe? O único

problema é usar perto de móveis, eles ficam cobertos de mofo e demora para tirar...

 

 

-Ora seu... Brandir Lança !!

 

Virou-se batendo com sua lança com toda força, mas o guerreiro não estava mais

lá. Loki riu alto, e sua voz parecia vir de todos os lados.

 

-Poxa, você não consegue me enxergar? Um monstro forte como você? Que vergonha...

Shame, shame on you!!

 

O cavaleiro de armadura branca parou para se concentrar. Ele não podia

desaparecer por completo, tinha que deixar uma pista. Escutou então os passos

do Algoz na grama.

 

-Brandir Lança !!

 

O golpe acertou em cheio na lateral do corpo de Loki, e o som de uma costela se

partindo foi ouvido. O guerreiro voou longe e caiu de costas, gemendo de dor.

 

-Você fala demais para alguém que vai passar a eternidade comigo.

 

-Argh... essa droga... machuca! - disse Loki, se levantando com esforço. - Bem,

o jeito é eu acabar com isso aqui antes que eu quebre mais alguns ossos...

 

Correu na direção do inimigo. O Senhor dos mortos, agora que estava no chão,

não via sentido em usar uma lança, então sacou seu Machado de Combate. O

inimigo desapareceu na sua frente, mas ele ainda podia ouvir seus passos.

Então, de repente, não podia mais.

 

-Mas o que...? Ele parou?

 

-Ei, panaca! Aqui em cima!

 

-??

 

O cavaleiro olhou para cima. Loki vinha descendo à toda velocidade.

 

-Perdeu, Preiboy! Lâminas Destruidoras !!

 

Acertou sucessivos golpes no inimigo, perfurando a armadura dele e o coração.

Depois pulou para trás enquanto observava o monstro, que, incrivelmente, ainda

estava em pé.

 

-Argh... Tolo... acha que você pode derrotar a essência da Morte apenas perfurando

seu coração?

 

-Não, provavelmente isso não faria efeito com uma lâmina comum. Mas eu tenho

certeza que perfurando seu coração com uma lâmina cheia de veneno mortal deve

ser suficiente.

 

-O que? Argh! - O monstro sentiu uma dor terrível no peito, que foi se

espalhando pelo corpo à medida que este se enchia de bolhas. -Eu... perdi...!

 

E desintegrou-se. Loki ficou olhando para a poça de veneno que agora a pouco

era um monstro, e pensando em como esse veneno era uma arma terrível, quando

sentiu uma dor lacinante na lateral do peito e caiu de joelhos no chão.

 

-Puxa... eu tinha me esquecido da costela quebrada... Argh, não é algo saudável

de se fazer.

 

O exército inimigo se dissipou completamente. Algum tempo depois, Cronox veio

correndo em sua direção.

 

-Loki, Loki! Nós vencemos! - Gritava o Arruaceiro. Nesse momento uma pedra

passou chiando ao lado de sua cabeça, da qual ele se esquivou por pouco. - O

que houve com você, ficou louco? - Perguntou Cronox, incrédulo.

 

-Quem é você? - Perguntou Loki, sem se virar.

 

-Sou eu, Cronox Fastshadow, seu amigo e sublíder!

 

-Quem é você? Diga!

 

Cronox ficou calado. Então sua expressão de incredulidade mudou para um sorriso

maligno, que ao mesmo tempo desdenhava e expressava divertimento com a

situação.

 

-Você foi rápido assim para perceber? Nem olhou para mim!

 

-Cronox nunca me chama pelo nome.

 

-Tsc, entendo... Você realmente é um guerreiro perspicaz.

 

-Você ainda não me respondeu quem você é. Disse Loki se virando para olhar para

seu inimigo, que julgava estar a pelo menos 15 metros. Quando se virou, sentiu

o hálito de Cronox, ou alguém muito parecido com ele.

 

"Muito rápido! Não Consegui nem ouvir ele se mexendo!", pensou,

assustado.

 

-Bem, já que não vai me fazer diferença, eu vou lhe dizer: eu sou o Perfeito

Assassino Infiltrador, o Príncipe dos Pesadelos!

 

-Dois títulos bem possantes, hein? - Desdenhou Loki, sem forças para se mexer.

- Você deve ser o Doppelganger, considerando toda a situação.

 

-Estou impressionado com tamanho conhecimento. Até um pouco de pena de ter que

fazer isso. Mas ordens são ordens. Apunhalar !!

 

 

 

 

 

Cronox vinha chegando ao local onde Loki estava quando se deparou com uma cena

aturdente: Ele estava abraçado com Loki.

 

"Acho que estou vendo coisas...", pensou.

 

-Vem cá, Cronox, aquele não é você não? - Perguntou Regulus, intrigado.

 

Então Loki soltou um urro de dor.

 

-Senhor!

 

-Realmente, você tinha razão, ele é muito formal - disse o Doppelganger para o

Algoz em suas mãos. - Bem, - gritou para os guerreiros que estavam por perto -

desculpem matar seu líder e fugir, mas eu tenho negócios pendentes a resolver.

Vejo vocês!

 

Murmurou algumas palavras em uma língua desconhecida, e um círculo apareceu ao

seu redor. Uma seta começou a girar até apontar um local específico. Cronox

correu na direção dos dois.

 

-Loki!!

 

O Algoz levantou a cabeça.

 

-Legal... Você... Chamou-me... Pelo nome. - Cuspia sangue, mas ainda assim

conseguiu sorrir. - Cronox, Cuida bem... Do... Meu clã... - E a sua cabeça

pendeu.

 

-Não!! LOKI!!

 

Uma estrela de sete pontas apareceu no chão.

 

-Nos veremos de novo, tenham certeza disso! - Disse o sorridente Príncipe dos

Pesadelos. - Por enquanto, este aqui será o suficiente para mim.

 

E desapareceram no portal. Os lutadores que estavam presentes, e que

comemoravam a vitória, sentiram como se tivessem sido completamente

aniquilados. Cronox caiu de joelhos e começou a esmurrar o chão.

 

-Droga!! Droga!! DROGA!!!   

 

P.S.1: Feedback pl0x ^^P.S.2: eu pretendia esperar até colocarem o contador de posts novamente, mas como aparentemente nada vai mudar, então vou continuar postando assim mesmo... 

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 Capítulo 14

 

 

 

            Todos estavam ansiosos. Cronox

e o conselho da Einheriars estavam trancados no Salão de Conferências de

Trapesac há dias, e não ouviram nenhum comentário sobre o destino do clã.

Enquanto isso, do lado de fora, algumas grandes mudanças aconteciam em Rune-Midgard.

 

 

            -"O Rei Tristan III

decidiu cancelar o evento Guerra do Emperium, que selecionava os clãs mais

fortes para possuir um castelo e assim poder defender o reino. Sua Majestade

afirma que 'não é tempo de discórdia entre as pessoas, e sim de união. Essa

ameaça é maior do que poderíamos algum dia ter previsto, portanto precisamos da

força de todos os guerreiros do reino para determos esse crescente mal. Para

evitarmos conflitos, portanto, as Guerras estão desativadas e os castelos serão

fechados em 48 horas'. O comunicado foi feito 1 dia após o ataque devastador

das tropas de monstros aos 20 castelos. Desses, apenas 8 ainda estão de pé:

Trapesac, Acrux, Astrum e todo o feudo das valquírias, que demonstrou a defesa

mais eficiente do reino. O feudo do Bosque Celestial, que ainda existia apesar

do recente ataque que destruiu a cidade, foi completamente aniquilado. Não se

tem notícia de sobreviventes. Mais notícias nas páginas 2,3 e 4." - Leu

Delong em voz alta para os seus amigos. Depois fechou o Diário de Rune-Midgard

e colocou-o sobre a mesa. - A Guerra acabou, então isso quer dizer que a

Einheriars também vai desaparecer?

 

            -Muito improvável - Disse

Wolfwood. - Provavelmente Cronox vai colocar o clã em espera, e vai espalhar os

membros em grupos para treinarmos. Você sabe como o conselho costuma agir.

 

            Enquanto isso, Ellayhm observava

o feudo pela janela. A maioria dos corpos já havia sido enterrada, mas as

marcas do ataque ainda eram bem evidenciadas pelos destroços de castelos no

meio do campo. Se não fosse a chuva pesada que já caía há um dia, provavelmente

ainda existiriam focos de incêndio nas ruínas de alguns. Alicia se aproximou,

devagar.

 

            -Tia Ellayhm, você está

preocupada com alguma coisa?

 

            -Ahn...? Ah, é você, Alicia.

Na verdade estava pensando no Seyryu, acho que já lhe falei dele, mas não posso

sair agora. A situação é muito delicada para o clã, portanto eu devo ficar aqui

até que o Cronox decida o que fazer. Mas logo após nós partiremos para Juno

para encontrá-lo e quando nós o acharmos vamos dar um bom puxão de orelha nele,

certo? - E sorriu para Alicia. Ela não estava nem um pouco confiante, mas não

queria deixar a garotinha preocupada com seus pensamentos. -Agora porque você

não vai brincar ou qualquer coisa assim enquanto os adultos trabalham aqui?

 

            -Bem, eu já tinha chamado o

Yappel para matar poporings ali fora...

 

            -Você está realmente levando o

treino a sério, dedicada até na chuva, né? Estou muito satisfeita. Mas não se

afaste muito, podem ainda haver monstros por aí.

 

            -Sem problemas, o Yappel me

protege - e subitamente ficou corada.

 

            -Hmm... Você gosta um bocado

dele né?

 

            -Nã... Não é isso, é que ele é

muito forte e... Você tinha que ter visto ele brigando com o cavaleiro do

abismo, e... –Agitava os braços freneticamente.

 

            -Tem alguma outra coisa que

você queira fazer com ele na chuva, é? Já deu um beijinho nele?

 

            -Ah, pára!! – Alicia cruzou os

braços e abaixou a cabeça, envergonhada. Estava vermelha como um pimentão.

 

            -Tudo bem, tudo bem... - Disse

Ellayhm, rindo. - Pode ir, então. Boa sorte e tome cuidado. - Afagou a cabeça

da menina. Elas mal se conheciam e Ellayhm já a tratava como se fosse uma irmã

mais nova. Parecia que, como fala o dito popular, a tragédia une as pessoas.

 

            Alicia agradeceu e saiu da

sala, chamando pelo amigo espadachim. A arquimaga observou-a enquanto ela saía,

e depois se levantou.

 

            -Vai sair? - Perguntou Delong.

 

 

            -Não, vou à biblioteca. Por

sinal, não entendo porque ainda não fui até lá.

 

            -Como assim? - Wolfwood perguntou,

aproximando-se dos outros dois.

 

            -Vocês não estavam, não é?

Quando nós nos separamos, o Loki apareceu e me deu uma ajudinha, e depois saiu

para procurar um inimigo específico, e disse que o outro era do Cronox. Eles já

sabiam quem eram os líderes do ataque. Isso quer dizer...

 

            -... Que Loki deve ter deixado

algo anotado sobre o que está acontecendo. - Completou Wolfwood. – É, faz

bastante sentido.

 

            -Exato. Vocês ficam aqui e

esperam a decisão do Conselho, eu estarei na biblioteca. - E saiu da sala.

 

 

 

----------------------------------------------"---------------------------------------

 

 

 

 

            Havia um corpo no chão. Era o

de Loki.

 

            -Então, esse era o líder da

Einheriars. Considerando o fato de eles não terem sido completamente destruídos

mesmo quando todo o resto do feudo e até mesmo o líder deles caiu, acho que

eles merecem algum respeito. - Disse o Mestre. - A Pérola das Trevas está

pronta?

 

            -Sim, senhor - Disse Seyryu,

de um canto da sala. Segurava uma almofada vermelha em formato de coração, com

uma pérola negra apoiada ao centro.

 

            -Espero que esse líder seja

mais forte do que aqueles outros... - a cabeça do Mestre moveu-se levemente

para o lado: pedaços de corpos ensangüentados estavam espalhados pelo chão. -

Fracos, insuficientes, não suportaram todo o poder. Bem, vamos começar logo com

isso.

 

            Levantou-se do Trono e ergueu

as mãos.

 

            -Lucifer, Domine Malus ab

aeterno, audita suum Iudex!

 

            Um círculo vermelho, com

estranhos símbolos inscritos, apareceu ao redor do corpo do morto. Loki então

ergueu-se no ar, e ficou em posição vertical.

 

            -Ele está pronto. - Disse o

Mestre.

 

            Seyryu entrou no círculo

mágico e colocou a pérola próxima às costas do homem,fazendo com que ela fosse

absorvida pelo corpo do Algoz, que começou a gritar de dor.

 

            -Agora é esperar... - Disse

Seyryu.

 

            Descargas de energia azul desprendiam-se

do guerreiro que estava à sua frente e passeavam sobre seu corpo, e o rosto do

cadáver se contorceu, aparentando uma dor sem igual. Quando os raios pararam, e

o guerreiro caiu no chão, apoiado em um joelho, algo semelhante a uma fumaça

negra saindo por todos seus poros. O Mestre riu.

 

            -Enfim, um guerreiro forte o

suficiente! Diga-me, quem é você?

 

            Loki abriu os olhos e ergueu a

cabeça.

 

            -Eu sou Loki Fergulson Junior,

servo do Juiz do Anticristo, e membro eterno da Família das Trevas. Aguardo seu

comando, Mestre. - E novamente abaixou a cabeça.

 

Mestre deu uma gargalhada diabólica.

 

 

 

---------------------------------------------"-----------------------------------------

 

 

 

 

            Ellayhm estava checando as

anotações de Loki. Muitas coisas estavam incompreensíveis.

 

            "A caligrafia daquele

cara era horrível! Meu Deus!!", resmungou Ellayhm. Ela então bateu o olho

em um parágrafo promissor.

 

            -"O Juiz do Anticristo

trará os Generais de volta à vida, e a Grande Guerra recomeçará. E então caberá

aos eleitos dos humanos o destino de todo o Universo."- Abaixo da frase,

havia a descrição dos Generais. Entre eles Ellayhm reconheceu uma delas.

 

            -Eddga! Isso quer dizer que

aqueles monstros que se destacam mais são os Generais! Preciso saber mais sobre

eles...

 

            Os 3 últimos nomes de generais

estavam circulados. Ellayhm resolveu ler suas descrições.

 

            "Doppelganger, o Príncipe

dos Pesadelos. Não se sabe muito sobre a forma verdadeira desse demônio, nem

sua origem exata. Pode se disfarçar assumindo a forma de qualquer pessoa ou

monstro, e até mesmo copiar suas habilidades. Um assassino perfeito. Aquele

Cronox devia ser o Doppelganger, então...", pensou Ellayhm, e continuou

lendo. "Bafomé, o Rei dos Demônios. Fisicamente o mais forte dos

guerreiros da Família das Trevas, tem a aparência de um bode, mas anda sobre

duas patas e carrega uma grande foice. Possui velocidade de ataque assombrosa e

força sobrenatural. Comanda um exército de bafomés Jrs. ." O terceiro

estava marcado de todas as maneiras possíveis. "Berzebub, o Juiz do

Anticristo. Líder da Família das Trevas. Originalmente um dos mais poderosos

bruxos da história, sucumbiu à força das trevas. Comanda todos os outros

Generais, e possui habilidades de Necromancia avançadas."

 

            Ellayhm lia a descrição dos

outros generais quando um Fumacento apareceu em cima da sua cabeça. Depois de

Ellayhm cair de costas do susto, Wolfwood bateu à porta.

 

-Vamos logo, Cronox vai anunciar a decisão do conselho!

 

            -Certo, vamos. - Disse

Ellayhm, olhando para o Fumacento em cima da mesa, que estava rindo dela. - E

quando você vai ensinar bom modos para esse bicho?

 

            -Logo. A personalidade dele é

parecida com a do Delong, ele passou os últimos dois dias pulando em cima das

mulheres do clã que passavam desprevenidas nos corredores.

 

            Billy fez uma pose de

pistoleiro malvado olhando para a Arquimaga no chão.

 

            -Que seja então...

 

            E saíram da sala.

 

 

 

 

 

            Quando chegaram, todo o

restante do grupo já estava reunido, e Cronox estava começando a declaração.

 

            -A partir de hoje, venho aqui

declarar a vocês que a Einheriars não mais existe como clã de guerras. Somos um

clã for fun, como muitos de vocês já deveriam imaginar, o que quer dizer que

somos basicamente como uma grande família. Eu agora serei o Líder da

Einheriars. Para todos aqueles que desejam se retirar do clã, a porta é de

utilidade da casa. Para todos os outros, meu comando será bem simples:

espalhem-se pelo mundo e treinem. Dentro de seis meses haverá um encontro em

Prontera, portanto espero ver todos aqueles que saíram daqui hoje chegarem lá

ainda vivos. Tomem cuidado, andem sempre em grupos e evitem locais muito

desertos. A Família das Trevas está de volta e, portanto, todo cuidado é pouco.

Bem, é isso. – Retirou-se na direção de Ellayhm, ignorando as perguntas dos

guerreiros. Whisperwind e Regulus se adiantaram e subiram no palco para tirar

as dúvidas.

 

            -Ellayhm, eu decidi que vou

com vocês. -Disse Cronox.

 

            -Err... Como assim? -

perguntou Ellayhm.

 

            -Você vai negar grupo ao seu

próprio amigo de tempos? Você seria assim tão cruel? - Perguntou o arruaceiro,

com um olhar de cãozinho sem dono.

 

            -Ahn... Tá, tá, que seja

então...

 

            -Ótimo. Vocês devem estar indo

para Juno agora, atrás do Seyryu, se eu estiver certo. Eu também tenho um

assunto por lá para resolver.

 

            -Sim, senhor.

 

            -Me chame de Cronox, não

precisamos de tanta formalidade entre amigos. - Disse Cronox, com um sorriso

que, estranhamente, expressava ao mesmo tempo felicidade e tristeza. - Bem,

vamos indo. - E partiu na direção oposta à saída.

 

            -Peraí, aonde você vai? -

Perguntou Delong.

 

            -Ah, não contei a vocês do

Contrato da Kafra? Temos uma garota da companhia aqui, e pagamos um adicional

mensal pra ela nos disponibilizar o serviço de teleporte global.

 

            -Global, quer dizer que...

 

            -Sim, expresso para Juno.

Vamos logo! - E voltou a andar pelo corredor.

 

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 Capítulo 15

 

 

 

O grupo chegou em Juno. A cidade estava superlotada.

 

-Hmm... Como eu imaginei... - Comentou Cronox. - As pessoas

estão fugindo de Rune-Midgard e vindo para cá. Bem, eu vou dar uma volta pela

cidade, a gente se encontra na praça central daqui a duas horas.

 

-Bem, se é assim... Também vou dar uma volta - Disse Delong.

- Todos aqui daqui duas horas, então.

 

-Vou abrir minha lojinha, a algum tempo eu não faço isso...

- Comentou Wolfwood. - Tem muita gente aqui, provavelmente vou vender bem. Sem

contar que o Billy é muito talentoso, vai chamar a atenção dos fregueses. - E

apontou o Fumacento, que fazia malabarismos com 4 maçãs.

 

-Vou treinar um pouco com o Yappel, me falaram algo sobre

Bodes e plantas carnívoras, acredito que sejamos capazes de derrotá-los - Disse

alicia, checando a elasticidade da corda do seu Gakkung.

 

-Você não cansa de treinar não? - Perguntou Yappel, meio

desanimado. - não prefere ir tomar um sorvete ou comer alguma coisa? - disse,

corando de leve.

 

Alicia também corou um pouco.

 

-Já que você prefere... Então vamos! - E sorriu para o

amigo, afastando-se do grupo junto com ele. Delong observava a cena em

silêncio. Parecia indignado.

 

-Sabe, é nessas horas que eu me pergunto porque diabos eu

resolvi virar um noviço... devia ter virado espadachim mesmo... - Comentou, e

depois se separou do grupo.

 

-... Parece que só eu vou procurar informações, então... -

Disse Ellayhm, cabisbaixa. - Puxa vida, e os amigos nessas horas...

 

E o grupo se separou.

 

 

 

--------------------------------------"---------------------------------------------

 

 

 

 

Delong estava passando entre as lojas quando viu um grande

anúncio com os dizeres "Carta Besouro-Ladrão Dourado APENAS 100kk!!".

 

 

"Eu já ouvi isso em algum lugar... melhor ir

checar", pensou, e se aproximou da barraca. Um mercador muito empolgado

anunciava para todos:

 

-Venham todos ver! A melhor carta de todas, Besouro-Ladrão

Dourado!! Apenas 100 milhões de zenys!! Nunca mais Você terá que se preocupar

com magias!! Corram, que só tem uma!!

 

Um pequeno montinho de pessoas se aglomerava na porta da

barraca, e Delong foi passando espremido por entre os aventureiros. Se

aproximou do marcador.

 

-Pois não, o que deseja? - Perguntou o menino.

 

-Bem, eu queria saber se você viu um Lorde há uns 5 dias

mais ou menos, cabelos ruivos com um rabo-de-cavalo...

 

Quando Delong deu a descrição dele, o mercador se assustou e

começou a correr.

 

-Droga! Volta aqui! - Gritou Delong. - Aumentar Agilidade !!

 

 

Foi correndo atrás do mercador pelo meio das lojas,

empurrando as pessoas para o lado. Quando chegou suficientemente perto dele,

pulou e agarrou suas pernas, derrubando-o. O mercador estava assustado.

 

-Tudo bem, tudo bem, eu devolvo o dinheiro, mas não me

machuque, por favor!! - Implorava o menino, gritando.

 

Delong se levantou e ergueu-o no ar, pela gola da camisa.

 

-Diga o que você sabe sobre o Seyryu, AGORA!!

 

-Sim, senhor, por favor, tenha piedade!!

 

-Fale!!

 

-Eu vi esse Lorde. Ele veio até minha loja e comprou uma das

minhas Besouro-Ladrão Dourado...

 

-Como assim, você não disse que só tinha uma?

 

-Eu menti! Eu falsifico as cartas e vendo para os

aventureiros mais burros!

 

-Vou ignorar o fato de que você chamou meu amigo de burro e

deixar você continuar sem quebrar tua cara, moleque.

 

-Certo, certo!! Bem, o fato é que ele descobriu e ficou fulo

da vida, e veio correndo atrás de mim, e eu fugi pelo Planalto de Juno. Quando

ele estava me alcançando, eu usei minha presilha do Esconderijo e desapareci.

Algum tempo depois, ele passou correndo na minha frente com um grande grupo de

monstros correndo atrás dele e entrou na Caverna de Magma para se abrigar. Eu

aproveitei e fugi, então depois disso não vi mais ele. Me solta agora, por

favor!

 

-Primeiro me devolva o dinheiro do meu amigo.

 

-Tudo bem, tudo bem! Pegue! Todo seu! - Tirou uma sacola de

dinheiro do bolso e entregou para o sumo sacerdote. - Esse é todo o dinheiro que

eu tenho. Eu prometo nunca mais fazer isso! Me desculpe por favor!!

 

-Bem, eu acho que você aprendeu sua lição... mas vou

aproveitar e lhe dar mais uma.

 

Levou o garoto até um poste.

 

-Ei! Você disse que ia me soltar!!

 

-Disse mesmo. Mas não disse onde.- Arremessou o mercador

para o alto, e sua blusa ficou presa no poste. Ele chingava Delong de todas as

maneiras possíveis. - Agora você sabe como seus clientes se sentem. Fique aí e

tente aprender alguma coisa.

 

Olhou para o relógio de uma das vendinhas.

 

"Já está tarde, melhor voltar para o ponto de

encontro."

 

 

 

------------------------------------"-------------------------------------------------

 

 

 

 

Quando Delong ia chegando, viu que Ellayhm já estava

esperando-os num canto mais isolado da praça. Parecia desanimada.

 

-Não tive sorte hoje... Onde você conseguiu todo esse

dinheiro? - Indagou Ellayhm, intrigada.

 

-Bem, mais importante do que a origem desse dinheiro é a

informação que eu consegui - Disse o sacerdote, separando o dinheiro em dois

bolos e colocando em bolsos diferentes. - Tive informações do Seyryu, um

mercador afirmou ter visto entrando na caverna de Magma há alguns dias. Talvez

achemos alguma pista dele lá dentro.

 

-Mesmo?? - Disse a Arquimaga, esperançosa. Finalmente

estavam chegando a algum resultado. - Bem, então vamos esperar o resto do

pessoal chegar. Eles estão demorando tanto! Mas o que...

 

Nesse momento, Ellayhm percebeu uma oscilação nas alças de

seu colete. Subitamente, ele caiu pra frente, deixando um pedaço de seus seios

à mostra. Ela deu um grito e se cobriu, morrendo de vergonha. Delong chorava de

tanta felicidade. "Agora eu posso dizer que meu dia foi perfeito!",

pensava, contente da vida. Uma risada de divertimento ecoava ao redor deles.

 

-Porcaria... - Disse ellayhm, vermelha. - Chama Reveladora

!!

 

Cronox apareceu à sua frente, dando gargalhadas. Estava com

um casaco azul, e parecia mais imponente do que antes.

 

-Desculpe...hahaha... eu não consegui evitar... hahaha... -

Disse o Líder da Einheriars.

 

Ellayhm se aproximou dele e apertou sua mão.

 

-Ahn...?

 

-Meus parabéns! Você virou um Desordeiro!! Estou feliz por

você! - Disse Ellayhm.

 

-Sério? Que bom, achei que você ficaria chateada...

 

Não pôde terminar a frase; ainda segurando sua mão, Ellayhm

pulou e chutou a face esquerda de Cronox com o pé direito, depois rodou no ar e

chutou a mesma face com o outro pé. soltou a mão deste, que voou longe.

 

-E fiquei. - Respondeu, limpando as mãos uma na outra.

 

-Nossa... - Disse Delong, impressionado. - Ela nunca deixa

de me surpreender, aprendeu o Roundhouse Kick sem um mestre nem Plágio. É

forte, Cronox?

 

-Argh... muito... - Respondeu o Desordeiro, alisando o

queixo.

 

Pouco tempo depois, Wolfwood chegou junto com as crianças,

que estavam brincando com o Fumacento do Mestre-Ferreiro.

 

-Oi gente, ganhei uma bela grana hoje... - Sua frase foi

interrompida porque Delong agarrou sua mão, tirou uma sacola de dinheiro do

bolso e colocou sobre ela.

 

-Minha Bardiche está paga.

 

-SÉRIO? TEM 85 MILHÕES MAIS JUROS NESSA BOLSA? - Perguntou

Wolfwood, surpreso. Ao ver Delong confirmar com a cabeça, ficou tão feliz que

começou a cantarolar e dar pulinhos. Ellayhm se levantou.

 

-Bem, estamos todos aqui, vamos logo para a caverna de

magma!

 

 

 

------------------------------------"---------------------------------------------------

 

 

 

 

Já estavam andando a aproximadamente meia hora dentro da

caverna flamejante, e o calor começava a incomodar. Billy rodava a cauda para

que esta funcionasse como um ventilador e refrescasse um pouco os guerreiros,

mas não estava adiantando muito.

 

-Sabe, não é das melhores idéias fazer uma visita demorada

ao CENTRO de um vulcão sem pelo menos uns 100 litros de água... - Resmungou

Delong.

 

-De fato... - Concordou Cronox, enxugando o suor da testa.

Ao seu lado, Alicia tropeçou e caiu, ficando ali no chão. Yappel se aproximou

da menina.

 

-você está bem? Consegue continuar? - Perguntou o

espadachim.

 

-Está tudo bem, eu apenas escorreguei... - Disse a menina,

se levantando. Contudo, faltaram forças nos braços, e ela caiu novamente no

chão.

 

-você não está bem, deixe que eu te levo... - Colocou a

amiga nas costas e foi carregando-a. Ellayhm Apenas observava a cena.

 

"Esse menino é muito gentil, me lembra o Seyryu. Espero

que ele esteja bem...", pensou.

 

Chegaram em um grupo particularmente grande de Diaboliks,

que se alimentavam de alguma coisa.

 

-Eu seguro eles! - Disse Wolfwood, se adiantando. - Acabe

com todos eles em um ataque, Ellayhm.

 

-Entendido! - Disse a bruxa, e a temperatura começou a

baixar na região onde Wolfwood estava. No momento que o chão ficou liso, o

Mestre ferreiro pulou para trás, e os Diaboliks, que tentaram correr em sua

direção, escorregaram e caíram. Começou a nevar, e o vento ficou tão forte que

cada floco de neve era como uma lâmina.

 

-Nevasca !!

 

Os diaboliks foram congelando um a um. Cronox arremessava

pedras para que eles descongelassem e sofressem mais dano. Ao fim da nevasca,

não havia nenhum demônio vivo; Contudo, havia um pequeno montinho de neve sobre

alguma coisa.

 

-O que é aquilo? - perguntou Cronox.

 

-Não sei... Geralmente só se forma um montinho de neve sobre

alvos que já estejam mortos...

 

A temperatura tratou de descongelar rapidamente a camada de

neve. Abaixo dela havia a ossada de um pecopeco, ainda protegida por algumas

partes de armadura. Ellayhm sentiu a garganta fechar.

 

-Aquilo... era um pecopeco de Lorde, não era?

 

-A julgar pela armadura, é bem provável... - Disse Cronox. -

entretanto, não podemos julgar a situação apenas pela aparência...

 

-Pessoal, olha isso aqui!! - Chamou Wolfwood, interrompendo

Cronox. Eles correram na direção do Mestre-Ferreiro, e quando chegaram viram o

motivo de tanta apreensão. Era uma Katzbalger. Ellayhm pegou a arma do chão e

olhou a lâmina, vendo algumas palavras escritas:

 

PROPRIEDADE DE SEYRYU RENJI

 

WINDSWORD

 

-... É a espada dele... - disse a Arquimaga, trêmula.

 

 

 

------------------------------------"-----------------------------------------------------

 

 

 

 

Era uma data duplamente feliz para Ellayhm. Ela estava

aniversariando, e seu namoro com Seyryu também. Ele a chamou então para um

jantar romântico sobre a ponte norte de Geffen.

 

-Bem - perguntou Seyryu - O que você acha? Sou um bom

cozinheiro?

 

Ellayhm devorava vorazmente um camarão.

 

-Munch... Sim... Munch... muito bom... Munch...

 

-Que bom que você está gostando - Disse o Cavaleiro,

sorrindo. - Bem, já que é seu aniversário, eu comprei um presente para você...

 

Pegou uma caixa empacotada e entregou a Ellayhm, que parou

de comer.

 

-Você não precisava... - Disse ela, feliz.

 

-Vamos, abra!

 

Ela abriu. Era uma Sapatilha de Cristal.

 

-Nossa, Sey, elas são lindas! - Disse Ellayhm, admirando os

calçados. - Falando nisso, eu também tenho um presente para você, do nosso

aniversário de namoro - E pegou um pacote longo e fino.

 

Seyryu abriu em silêncio. Era uma espada, mais exatamente

uma Katzbalger.

 

-Nossa, ela é incrível, Ellayhm! - disse Seyryu, feliz.

Levantou-se e testou alguns ataques com ela. - É muito leve e fácil de

manusear, como o vento. Vou colocar o nome dela de "Windsword", e

usar ela até o fim da vida.

 

Ellayhm olhou para ele, incrédula.

 

-Você vai usar ela até morrer?

 

-Até morrer.

 

-Jura?

 

-Com certeza.

 

-Olha que eu vou cobrar... - Disse a bruxa, rindo.

 

-Se essa espada não estiver comigo, é porque eu morri.

 

-Você só diz isso pra me agradar!

 

-É verdade! - Disse ele, rindo, e beijou a namorada. - É uma

promessa.

 

-Eu acredito em você, Seyryu... - Disse ela, e o beijou.

 

 

 

-----------------------------------"-------------------------------------------------------

 

 

 

 

"Se essa espada não estiver comigo é porque eu morri..."

 

 

A voz de Seyryu ecoava na cabeça de Ellayhm. Suas pernas

ficaram trêmulas. Então Alicia chamou os outros.

 

-Err... pessoal...

 

Mais uma vez, o grupo avançou um pouco. No chão, num

desnível, estava uma estrela de sete pontas, com uma circunferência em volta.

Era a marca de teleporte da Família das Trevas, e a confirmação que faltava.

Ellayhm olhava a marca no chão, sem conseguir acreditar.

 

"Se isso está aqui, então quer dizer que o Sey..."

 

 

-Seyryu está morto - Disse Cronox, com um aperto no peito. -

Essa é a verdade.

 

Ellayhm caiu de joelhos no chão, e fez algo que Delong nunca

a havia visto fazer, nos 3 anos em que andavam juntos: ela começou a chorar.

Primeiro baixinho, depois aumentando, e finalmente tão alto quanto era a

tristeza que eles sentiam.

 

"Ellayhm..."

 

Ele pensou em várias coisas para dizer, mas nenhuma delas

parecia boa o suficiente. Decidiu apenas ficar calado e abraçá-la, encostando a

cabeça da Arquimaga no ombro.

 

-Tom... Tom... Ele... m-morreu... Tom!! O que... O que

eu fa-faço agora, Tom??!!! - Soluçava Ellayhm. P.S.1: Feedback ^^.P.S.2: Resolvi retomar o projeto aqui... Já tenho escrito o primeiro livro completo e metade do segundo, então vou postar com intervalos pequenos de tempo até chegar onde eu estou...

 

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Capítulo 16

 

 

 

Delong saiu do quarto da pousada. O restante do grupo o aguardava do lado de

fora. Ele balançou negativamente a cabeça.

 

-Ela não quis comer de novo... - Disse o sacerdote, sério. - Há uma semana ela

não come nada, eu já estou muito preocupado...

 

Ellayhm estava dentro do quarto, deitada, chorando. Havia passado a última

semana sem sair da cama. Toda vez que lembrava de Seyryu, entristecia-se

novamente.

 

"Tenho que me controlar... os outros estão ficando preocupados

comigo...", pensava, mas não conseguia. A imagem do namorado sendo morto

aparecia em sua mente, de diversas maneiras diferentes e brutais. Havia perdido

completamente a vontade de viver. Acabou caindo no sono novamente, exausta de

tanto chorar.

 

 

 

-Sabe, a tendência é piorar... - Disse Delong para Cronox, ambos encostados no

parapeito da varanda enquanto olhavam o céu.

 

-É, eu entendo... O aniversário dela está chegando, né?

 

-Sim, é semana que vem. E acho que você se lembra que eles começaram a namorar.

 

 

-Verdade... será que não tem nada que nós possamos fazer?

 

-Acho difícil... Bem, o espírito dela vai se curar com o tempo. Só espero que o

corpo dela agüente até lá - Cerrou o punho.

 

-Você ainda gosta dela, não, seu sacerdote safado?

 

Tom corou de leve.

 

-Bem, ela é uma mulher, então é claro que eu gosto dela...

 

-Ah cara, para com isso, você sabe do que eu estou falando... - Disse o

Desordeiro, dando um tapinha em suas costas.

 

-Certo, certo, eu admito... Eu ainda gosto dela, mas ela gosta do Seyryu...

 

-Mas ele está morto...

 

-E ela ainda está fragilizada com isso, não posso me aproveitar disso...

 

-Que nada, só vai dar uma forcinha na recuperação...

 

Tom Delong olhou para Cronox Fastshadow, que estava rindo.

 

-Alguém já te disse que às vezes você parece o lado ruim da mente das pessoas?

Sabe, aquele diabinho com tridente que aparece quando a gente tem que tomar uma

decisão...

 

-Digamos que causar desordem é minha profissão, sacou? - Disse Cronox, rindo

alto. - Desordem, desordeiro, eu sou demais!! Devia ser bardo!!

 

Delong já ia se retirando do aposento.

 

"Acho que o senso de humor ruim é uma maldição passada de líder pra

líder...", pensou.

 

 

 

---------------------------------------"----------------------------------------------

 

 

 

 

Alicia e Yappel estavam treinando nos arredores de Al de Baran. O espadachim

parecia preocupado, e a arqueira reparou nisso.

 

-Yappel, você está bem? Tem alguma coisa te incomodando?

 

-Ahn...? Não, nada... É só uma sensação estranha...

 

-Bem... Quando eu tenho sensações estranhas é sinal de que estou com fome. Quer

comer algo? - Perguntou, abrindo a cestinha de comidas que trazia consigo. -

Tem algumas batatas doces, bananas, maçãs, carnes...

 

Yappel olhava para a menina. Então começou a rir.

 

-Haha... você é tão certinha e cuidadosa, é muito divertido andar com você!

 

Alicia corou. Não sabia se deveria ficar feliz ou ofendida, mas pelo menos a

presença dela o agradava. Sentaram-se e Yappel começou a comer, enquanto Alicia

apenas olhava para ele, sorrindo. Então um pensamento louco passou por sua

cabeça.

 

-Yappel... - Disse, ficando muito vermelha.

 

-Hm? - Disse o garoto, engolindo um pedaço particularmente grande de carne.

 

-Bem, é que você disse que gostava da minha companhia, e eu gosto da sua,

então... - Parou. Estava vermelha como pimenta.

 

-Então...?

 

-Bem... o que eu quero dizer é que...

 

O menino, que estava olhando fixamente para ela, olhou de repente para a

esquerda, como que assustado. Então, seu rosto tomou uma feição de

incredulidade, e ele pulou em cima da arqueira à sua frente.

 

-Cuidado!

 

Por cima deles passou uma horda monstruosa de abelhas em alta velocidade,

lideradas por uma abelha especial, que ostentava uma coroa. Quando a horda se

afastou, rumando para Al de Baran, Yappel se levantou.

 

-O que DIABOS é aquilo? -Perguntou, confuso.

 

-Não faço a menor idéia, mas não deve ser bom...

 

 

 

--------------------------------------"------------------------------------------------

 

 

 

 

Delong estava passeando pela cidade, pensando em mulheres. Mais

especificamente, em uma certa arquimaga.

 

"Maldito Cronox, fica me dando idéias erradas sabendo que a carne é

fraca... Ah, eu odeio aquele cara!!", pensava, irritado. Então percebeu a

tentativa de alguém de se conectar mentalmente com ele.

 

"-Tio Tom, tem um exército de abelhas indo pra Al de Baran!", disse

Alicia, tão logo Cronox iniciou a conexão.

 

"-Um O QUE?"

 

"-Exército de abelhas!! E tinha uma abelha que se destacava entre as

outras, ela lembrava uma mulher e tinha uma coroa na cabeça!"

 

"-Droga, mais um General! Fique fora de Al de Baran, é mais seguro!

Entrarei em contato assim que fugirmos!"

 

"-Mas a tia Ellayhm não sai do hotel, então ela também é um alvo fácil

como nós!"

 

Tom não havia levado em consideração esse detalhe.

 

"Ah, droga". "- Não importa, não saia daí, eu vou cuidar de

tudo". Encerrou a conexão e voltou correndo para o hotel.

 

 

 

 

 

Cronox estava esperando na porta, junto com Wolfwood.

 

- Você também sentiu a presença, Delong? - Perguntou o Desordeiro.

 

-Eu comecei a sentir agora há pouco, mas havia sido informado disso antes, a

Alicia me contou. Ela disse que esse General lidera as abelhas.

 

-Então deve ser a Rainha dos Insetos, a Abelha Rainha. Ela não é tão

preocupante, podemos... - Parou a frase na metade; uma terrível sensação

percorreu seu corpo. Delong também sentiu a vibração, e até mesmo Wolfwood, que

não tinha tanto treinamento quanto os outros dois, sentiu o ar mais pesado. -

Não é só um, são dois! E o segundo é muito poderoso! - Completou o desordeiro

assustado.

 

Os guardas e alguns guerreiros começaram a correr para a porta da cidade, e

logo uma grande quantidade de pessoas estava agrupada em frente ao portão

principal.

 

-Essa Força... É absurda! - Disse Delong para os colegas. - O que poderá ser

isso?

 

-Não faço a menor idéia - Disse Cronox. - Só sei que vai chegar... Agora!

 

Assim que a palavra terminou de sair de sua boca, a muralha frontal de Al de

Baran explodiu, atingida por uma esfera de energia amarela, levantando muita

poeira. Atrás da poeira surgiram dois vultos. Um deles lembrava uma abelha

Super-Crescida,mas o outro era muito estranho: parecia humano, mas com a cabeça

muito longa, sem contar que aproximadamente três vezes maior que uma pessoa

comum.

 

-Você gosta de aparecer, não é, Rainha? - Disse o vulto alto, uma voz

diabólica.

 

-Bem, é da minha personalidade chamar a atenção -Respondeu o outro vulto. -

Permita-me começar o caos. Zangões Gigantes, ataquem! - E a legião de abelhas

começou a entrar na cidade e atacar os guerreiros mais próximos à porta.

 

-Sem dúvida, minha cara. Meus guerreiros, AVANÇAR E DESTRUIR! - Nesse momento,

uma segunda horda, essa de Ilusões das Trevas começou a entrar na cidade pela

muralha destruída e a aniquilar guerreiros que estavam sem suporte com poucos

ataques. Cronox ficou chocado.

 

"Ilusões das Trevas? Não pode ser possível... Berzebub ressuscitou

ELE?"

 

 

 

-------------------------------------"---------------------------------------------------

 

 

 

 

Cronox e Loki estavas na biblioteca de Trapesac pesquisando sobre a Família das

Trevas. Cronox encontrou um trecho muito interessante em um dos livros antigos.

 

 

-"A Família das Trevas foi originalmente criada por um demônio

extremamente poderoso, o Filho do Anticristo, também conhecido como Senhor das

Trevas, que exercia controle sobre todos os outros Generais, e juntos espalhavam

o caos pelo reino de Rune-Midgard. Então um dia, Berzebub, o Mago Branco,

apareceu, desafiando-o para um duelo. Depois de uma longa batalha, Berzebub foi

capaz de subjugar seu oponente. Contudo, antes de conseguir desferir o golpe de

misericórdia, o poderoso Arquimago foi perfurado pela última cartada do Senhor

dos Mortos, a Adaga Sinistra. Essa adaga contaminou o coração de Berzebub com

cobiça e desejo por poder, e o herói da justiça se transformou seu maior

inimigo, o Juiz do Anticristo. O Senhor dos Mortos, julgando estar seguro,

levantou-se, apenas para ter sua cabeça decepada pelo bruxo negro, que não

queria concorrentes em sua nova busca pelo controle total do planeta. E foi

assim que Berzebub transformou-se no líder da Família das Trevas." - Leu Cronox,

em voz alta, para que Loki também ouvisse. - Bem, acho que não adiantou de

muita coisa converter o bruxo, não é?

 

-É... - Concordou Loki, sem escutá-lo; Havia encontrado uma versão antiga do

Kama Sutra, e estava totalmente concentrado em sua nova leitura.

 

 

 

-------------------------------------"---------------------------------------------------

 

 

 

 

-Delong, esse cara não é comum! Ele é o Senhor das Trevas! - Gritou Cronox para

o amigo.

 

-Ele é QUEM? - Perguntou o sacerdote, que já avançava em direção à cortina de

fumaça. O vulto riu.

 

-Então, temos um humano que me conhece por aqui, muito interessante - O vulto

avançou a cortina de fumaça. - Permita que eu me apresente: Eu sou o Filho do

Anticristo e ex-líder da Família das Trevas, o Senhor das Trevas. Permitam-me

conduzi-los pessoalmente para Nilfheim! - E soltou uma risada diabólica.

 

 

 

 P.S.: Bem, vocês podem até não ler, nem comentar... Mas eu continuarei postando ^^. Sou um chato =P.

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 Capítulo 16

 

Delong saiu do quarto da pousada. O restante do grupo o aguardava do lado de fora. Ele balançou negativamente a cabeça.

-Ela não quis comer de novo... - Disse o sacerdote, sério. - Há uma semana ela não come nada, eu já estou muito preocupado...

Ellayhm

estava dentro do quarto, deitada, chorando. Havia passado a última

semana sem sair da cama. Toda vez que lembrava de Seyryu,

entristecia-se novamente.

"Tenho que me controlar... os outros

estão ficando preocupados comigo...", pensava, mas não conseguia. A

imagem do namorado sendo morto aparecia em sua mente, de diversas

maneiras diferentes e brutais. Havia perdido completamente a vontade de

viver. Acabou caindo no sono novamente, exausta de tanto chorar.

 

-Sabe, a tendência é piorar... - Disse Delong para Cronox, ambos encostados no parapeito da varanda enquanto olhavam o céu.

-É, eu entendo... O aniversário dela está chegando, né?

-Sim, é semana que vem. E acho que você se lembra que eles começaram a namorar.

-Verdade... será que não tem nada que nós possamos fazer?

-Acho difícil... Bem, o espírito dela vai se curar com o tempo. Só espero que o corpo dela agüente até lá - Cerrou o punho.

-Você ainda gosta dela, não, seu sacerdote safado?

Tom corou de leve.

-Bem, ela é uma mulher, então é claro que eu gosto dela...

-Ah cara, para com isso, você sabe do que eu estou falando... - Disse o Desordeiro, dando um tapinha em suas costas.

-Certo, certo, eu admito... Eu ainda gosto dela, mas ela gosta do Seyryu...

-Mas ele está morto...

-E ela ainda está fragilizada com isso, não posso me aproveitar disso...

-Que nada, só vai dar uma forcinha na recuperação...

Tom Delong olhou para Cronox Fastshadow, que estava rindo.

-Alguém

já te disse que às vezes você parece o lado ruim da mente das pessoas?

Sabe, aquele diabinho com tridente que aparece quando a gente tem que

tomar uma decisão...

-Digamos que causar desordem é minha

profissão, sacou? - Disse Cronox, rindo alto. - Desordem, desordeiro,

eu sou demais!! Devia ser bardo!!

Delong já ia se retirando do aposento.

"Acho que o senso de humor ruim é uma maldição passada de líder pra líder...", pensou.

 

---------------------------------------"----------------------------------------------

 

Alicia e Yappel estavam treinando nos arredores de Al de Baran. O espadachim parecia preocupado, e a arqueira reparou nisso.

-Yappel, você está bem? Tem alguma coisa te incomodando?

-Ahn...? Não, nada... É só uma sensação estranha...

-Bem...

Quando eu tenho sensações estranhas é sinal de que estou com fome. Quer

comer algo? - Perguntou, abrindo a cestinha de comidas que trazia

consigo. - Tem algumas batatas doces, bananas, maçãs, carnes...

Yappel olhava para a menina. Então começou a rir.

-Haha... você é tão certinha e cuidadosa, é muito divertido andar com você!

Alicia

corou. Não sabia se deveria ficar feliz ou ofendida, mas pelo menos a

presença dela o agradava. Sentaram-se e Yappel começou a comer,

enquanto Alicia apenas olhava para ele, sorrindo. Então um pensamento

louco passou por sua cabeça.

-Yappel... - Disse, ficando muito vermelha.

-Hm? - Disse o garoto, engolindo um pedaço particularmente grande de carne.

-Bem, é que você disse que gostava da minha companhia, e eu gosto da sua, então... - Parou. Estava vermelha como pimenta.

-Então...?

-Bem... o que eu quero dizer é que...

O

menino, que estava olhando fixamente para ela, olhou de repente para a

esquerda, como que assustado. Então, seu rosto tomou uma feição de

incredulidade, e ele pulou em cima da arqueira à sua frente.

-Cuidado!

Por

cima deles passou uma horda monstruosa de abelhas em alta velocidade,

lideradas por uma abelha especial, que ostentava uma coroa. Quando a

horda se afastou, rumando para Al de Baran, Yappel se levantou.

-O que DIABOS é aquilo? -Perguntou, confuso.

-Não faço a menor idéia, mas não deve ser bom...

 

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Delong estava passeando pela cidade, pensando em mulheres. Mais especificamente, em uma certa arquimaga.

"Maldito

Cronox, fica me dando idéias erradas sabendo que a carne é fraca... Ah,

eu odeio aquele cara!!", pensava, irritado. Então percebeu a tentativa

de alguém de se conectar mentalmente com ele.

"-Tio Tom, tem um exército de abelhas indo pra Al de Baran!", disse Alicia, tão logo Cronox iniciou a conexão.

"-Um O QUE?"

"-Exército

de abelhas!! E tinha uma abelha que se destacava entre as outras, ela

lembrava uma mulher e tinha uma coroa na cabeça!"

"-Droga, mais um General! Fique fora de Al de Baran, é mais seguro! Entrarei em contato assim que fugirmos!"

"-Mas a tia Ellayhm não sai do hotel, então ela também é um alvo fácil como nós!"

Tom não havia levado em consideração esse detalhe.

"Ah, droga". "- Não importa, não saia daí, eu vou cuidar de tudo". Encerrou a conexão e voltou correndo para o hotel.

 

 

Cronox estava esperando na porta, junto com Wolfwood.

- Você também sentiu a presença, Delong? - Perguntou o Desordeiro.

-Eu

comecei a sentir agora há pouco, mas havia sido informado disso antes,

a Alicia me contou. Ela disse que esse General lidera as abelhas.

-Então

deve ser a Rainha dos Insetos, a Abelha Rainha. Ela não é tão

preocupante, podemos... - Parou a frase na metade; uma terrível

sensação percorreu seu corpo. Delong também sentiu a vibração, e até

mesmo Wolfwood, que não tinha tanto treinamento quanto os outros dois,

sentiu o ar mais pesado. - Não é só um, são dois! E o segundo é muito

poderoso! - Completou o desordeiro assustado.

Os guardas e alguns

guerreiros começaram a correr para a porta da cidade, e logo uma grande

quantidade de pessoas estava agrupada em frente ao portão principal.

-Essa Força... É absurda! - Disse Delong para os colegas. - O que poderá ser isso?

-Não faço a menor idéia - Disse Cronox. - Só sei que vai chegar... Agora!

Assim

que a palavra terminou de sair de sua boca, a muralha frontal de Al de

Baran explodiu, atingida por uma esfera de energia amarela, levantando

muita poeira. Atrás da poeira surgiram dois vultos. Um deles lembrava

uma abelha Super-Crescida,mas o outro era muito estranho: parecia

humano, mas com a cabeça muito longa, sem contar que aproximadamente

três vezes maior que uma pessoa comum.

-Você gosta de aparecer, não é, Rainha? - Disse o vulto alto, uma voz diabólica.

-Bem,

é da minha personalidade chamar a atenção -Respondeu o outro vulto. -

Permita-me começar o caos. Zangões Gigantes, ataquem! - E a legião de

abelhas começou a entrar na cidade e atacar os guerreiros mais próximos

à porta.

-Sem dúvida, minha cara. Meus guerreiros, AVANÇAR E

DESTRUIR! - Nesse momento, uma segunda horda, essa de Ilusões das

Trevas começou a entrar na cidade pela muralha destruída e a aniquilar

guerreiros que estavam sem suporte com poucos ataques. Cronox ficou

chocado.

"Ilusões das Trevas? Não pode ser possível... Berzebub ressuscitou ELE?"

 

-------------------------------------"---------------------------------------------------

 

Cronox

e Loki estavas na biblioteca de Trapesac pesquisando sobre a Família

das Trevas. Cronox encontrou um trecho muito interessante em um dos

livros antigos.

-"A Família das Trevas foi originalmente criada

por um demônio extremamente poderoso, o Filho do Anticristo, também

conhecido como Senhor das Trevas, que exercia controle sobre todos os

outros Generais, e juntos espalhavam o caos pelo reino de Rune-Midgard.

Então um dia, Berzebub, o Mago Branco, apareceu, desafiando-o para um

duelo. Depois de uma longa batalha, Berzebub foi capaz de subjugar seu

oponente. Contudo, antes de conseguir desferir o golpe de misericórdia,

o poderoso Arquimago foi perfurado pela última cartada do Senhor dos

Mortos, a Adaga Sinistra. Essa adaga contaminou o coração de Berzebub

com cobiça e desejo por poder, e o herói da justiça se transformou seu

maior inimigo, o Juiz do Anticristo. O Senhor dos Mortos, julgando

estar seguro, levantou-se, apenas para ter sua cabeça decepada pelo

bruxo negro, que não queria concorrentes em sua nova busca pelo

controle total do planeta. E foi assim que Berzebub transformou-se no

líder da Família das Trevas." - Leu Cronox, em voz alta, para que Loki

também ouvisse. - Bem, acho que não adiantou de muita coisa converter o

bruxo, não é?

-É... - Concordou Loki, sem escutá-lo; Havia

encontrado uma versão antiga do Kama Sutra, e estava totalmente

concentrado em sua nova leitura.

 

-------------------------------------"---------------------------------------------------

 

-Delong, esse cara não é comum! Ele é o Senhor das Trevas! - Gritou Cronox para o amigo.

-Ele é QUEM? - Perguntou o sacerdote, que já avançava em direção à cortina de fumaça. O vulto riu.

-Então,

temos um humano que me conhece por aqui, muito interessante - O vulto

avançou a cortina de fumaça. - Permita que eu me apresente: Eu sou o

Filho do Anticristo e ex-líder da Família das Trevas, o Senhor das

Trevas. Permitam-me conduzi-los pessoalmente para Nilfheim! - E soltou

uma risada diabólica.

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 Capítulo 17

 

Delong encarava o monstro gigante sem saber o que pensar. Virou-se para Cronox e cochichou:

-Foi impressão minha ou ele soltou uma daquelas risadas diabólicas?

-Não, ele realmente tem uma gargalhada diabólica.

-Sabe, monstros com gargalhadas diabólicas geralmente são fortes...

O

Senhor das Trevas encarava os dois aventureiros, que conversavam entre

si e o ignoravam. Cansado de ser desprezado, correu na direção de

Delong com uma velocidade assustadora.

-Delong, atrás de você! - gritou Cronox. - Recuar !!

O

arruaceiro se afastou de um pulo, e Delong se virou para ver o que se

passava, apenas a tempo de receber um soco direto na boca do estômago.

Tom arqueou para a frente, e o Senhor das Trevas deu-lhe um chute na

face, que o jogou para o alto. Enquanto o sacerdote ainda estava no ar,

o demônio ergueu a mão na direção dele, e uma nuvem de energia negra

começou a se avolumar em sua palma. Cronox parou por uma fração de

segundo, depois foi correndo para cima de seu inimigo.

-Destructum corpus, excludendum anima. De... - O Senhor das Trevas conjurava, mas foi interrompido por Cronox.

-Técnica plágio: Lanças de Gelo !!

-Hmpf,

lixo. - E destruiu as lanças apenas balançando a capa à sua frente. O

desordeiro ficou estupefato, mas havia atingido seu objetivo. Delong

havia aterrissado e deslizado por causa da força do chute, mas ainda

estava vivo.

-Cof, cof... que cara forte! -Disse o sumo sacerdote, levantando novamente.

-Humano

ridículo, fica impressionado com muito pouco. Não entendo porque

Berzebub tem tanto medo de vocês, são apenas vermes. Bem, vocês não são

meu alvo principal, portanto apenas agradeçam o fato de continuarem

vivos por enquanto, quando eu matar a mulher eu volto pra acabar com

vocês. - E teleportou.

Cronox correu para ajudar o amigo machucado.

-Você está bem? Consegue andar?

-Hah, ele não chuta tão forte assim! - Disse Tom. Um filete de sangue escorria pelo canto de sua boca.

-Bem, pelo menos ele deixou a gente em paz...

-Verdade...

mas eu acho que a gente devia sentir pena da mulher que ele vai

atacar... - subitamente parou e pensou um pouco. - Um instante, você

reparou como ele falava de nós como se nos conhecesse?

-Realmente... Você está querendo dizer que...

-Ellayhm!! - Gritaram os dois, e saíram correndo em direção à pousada.

 

Ellayhm havia sido acordada pelo barulho da multidão apavorada. Contudo, não se sentia capaz de mover um músculo.

Nesse

momento, o telhado da pousada começou a vibrar. A arquimaga ficou

olhando para o teto, que tremia cada vez mais violentamente.

"Mas

o que...?", pensava, quando o teto foi removido e o rosto de um demônio

apareceu no céu nublado. Ela soltou um grito de pavor.

-Hah, que

trabalho simples! Não acredito que precisaram de meu poder para isso! -

Agarrou a menina na cama como se fosse uma boneca e a ergueu no ar,

apertando-a. A arquimaga agora gemia de dor.

Nesse momento, um

guerreiro vindo do nada decepou o braço do Senhor das Trevas que

segurava a garota. Era Cronox, com uma Gladius. O Senhor das Trevas

olhou para o braço decepado e reconstituiu-o do nada, depois encarou o

desordeiro.

-Como você conseguiu isso, verme?

O Filho do

Anticristo sentiu algo batendo em suas costas, que instantaneamente

começaram a arder como se estivessem em chamas. Se virou e viu Delong,

com seu Bardiche em uma mão, e na outra uma taça dourada.

-Eu não

seria um sacerdote de verdade se não soubesse transformar água comum em

Água Benta - Apontou para o sistema de canais atrás dele com o polegar.

Depois banhou sua arma com a água sagrada. - Bem, agora vamos começar a

verdadeira briga. - E correu na direção do gigante.

 

 

Wolfwood estava tendo problemas com a Abelha Rainha.

-Você não se cansa de teleportar não, seu inseto super crescido? - Perguntou o mestre ferreiro, arfando um pouco.

-Sabe, agora que você mencionou... não mesmo, hehe - Respondeu a Rainha, sarcasticamente.

Wolfwood

correu em direção à ela, com o machado na posição de golpear. Quando

foi atacá-la, ela se teleportou para trás dele. Num ato contínuo,

Wolfwood girou o machado como se ele fosse um peão, cortando atrás, mas

a Rainha não estava mais lá, e sim voando alto sobre ele. Ainda com o

impulso do giro, atirou o machado para cima, mas novamente a abelha

teleportou-se. Contudo dessa vez Wolfwood não conseguia detectá-la.

Sentiu então um par de mãos no seu pescoço, que escorregaram pelas suas

costas, e uma voz sussurrou em seu ouvido:

-Procurando por mim?

Wolfwood ainda tentou pular para a frente, mas não teve tempo de se esquivar da bola de eletricidade criada por sua oponente.

-Trovão de Júpiter !!

O

mestre ferreiro foi atingido em cheio pela esfera de energia e voou

longe, as costas completamente fulminadas. Esforçava-se para se

levantar, enquanto a Abelha Rainha ria de seu esforço.

-Quer dizer

que uma fofura como você conseguiu vencer a Flor do Luar? Acho que ela

perdeu a manha... sabe como é, alguns séculos aprisionada numa dimensão

paralela é o suficiente para tirar a habilidade de qualquer guerreiro.

Bem, desculpa querido, mas vou ter que matá-lo. Trovão de Júpiter !!

Wolfwood já havia aceitado a derrota quando ouviu a voz de alguém:

-Corpo Fechado !!

Um

braço então apareceu no caminho da esfera da energia. Ela atingiu o

braço e dissipou-se, sem lhe causar um único arranhão. A Rainha dos

Insetos olhou, assustada, para a figura de um mestre de cabelos ruivos

e rabo-de-cavalo que a havia impedido de matar o mestre ferreiro.

-Quem é você, que se intromete nos meus negócios? - Perguntou a Rainha.

O mestre sorriu, virou-se de costas para seu inimigo e ajudou Wolfwood a se levantar. O guerreiro também estava surpreso.

-Meu

nome? Eu me chamo Tiberius Glorio, e você vai cair agora. - Virou-se

para a rainha de volta. - Ah, Wolfwood, só pra te lembrar: com essa

você me deve duas.

-Alguém já te chamou de arrogante alguma vez na vida?

-Muitos.

Mas eu não me importo com a opinião dos outros. - Partiu na direção da

Abelha Rainha, que começou a concentrar outras esferas de energia.

-Trovão de Júpiter !! Trovão de Júpiter !! Trovão de Júpiter !!

Tiberius simplesmente ignorava os ataques, rebatendo-os com os braços.

-Só pra lhe avisar, minha senhora, ninguém estraga o dia do meu casamento e escapa para contar a história.

-Ui

ui ui, que medo, o mestre malvado vai me pegar!! - Zombava a Rainha,

aparentando um pouco de nervosismo. - Trovão de Júpiter !! Trovão de

Júpiter !! Trovão de Júpiter !!

Os dois primeiros trovões foram novamente rebatidos, mas o mestre se esquivou do terceiro apenas correndo para o lado.

-Sua

habilidade já se esgotou? Poxa, e eu que estava começando a achar que

ia ser uma boa briga... - e desapareceu, visando aparecer atrás do

mestre. Quando reapareceu, contudo, o monge transcendente havia

desaparecido. Sentiu então uma mão segurando sua cabeça.

-Sabe, -

disse o monge, quebrando selos com a outra mão. - foi divertido brincar

com você, mas agora acabou. Punho supremo de ASURA !!

Ia golpear a Rainha, mas esta desapareceu das suas mãos e reapareceu acima dele, zombeteira.

-Nossa, você quase me pegou! Surpreendente! Mas agora que você gastou toda sua energia, será um alvo fácil.

Tiberius,

que estava com um joelho apoiado no chão, se levantou e olhou para seu

inimigo, com um sorriso de desdém no rosto. então vindo de trás de uma

casa, um raio de energia verde atingiu-o pelas costas, e logo ele

estava completamente recuperado de sua energia. Uma voz feminina então

saiu de trás do prédio:

-Mudança de Alma !!

Então, uma mulher

muito bonita, de cabelos castanhos e olhos de mesma cor, segurando um

cajado cabalístico, saiu de trás do prédio e abraçou Tiberius.

-Você ainda está perdendo tempo com ela, amor? - Perguntou a mulher.

-Só um momentinho, querida. É que eu queria introduzir você na luta, sabe, então eu precisava parecer derrotado...

-Ah, você é tão gentil!! - E beijou o Mestre. - Agora volte lá e acabe com ela, que eu já estou ficando sem paciência.

A

mulher misteriosa se afastou do mestre e encostou-se na parede de uma

casa, sentando-se e apenas se divertindo com a confusão da Rainha.

-Sabe...

- Disse Tiberius. - Você até que tinha razão. Eu realmente ficaria

exausto se não tivesse lhe derrotado naquele golpe. Mas isso só

aconteceria se minha noiva não fosse uma Professora da Universidade de

Juno. Enfim, vamos recomeçar a batalha - Completou, e reassumiu a

posição de ataque.

 

 

A cidade já estava um caos. Casas

em chamas, pessoas mortas, e Ilusões das Trevas e Zangões Gigantes

transitando pelas ruas, atacando os guerreiros que estavam na cidade e

tentavam se defender de toda forma. Afastado do epicentro da guerra,

estavam Delong e Cronox, enfrentando o Senhor das Trevas. Ellayhm

estava encostada na parede da estalagem, ou o que havia sobrado dela,

acuada de medo.

-Enfim, vocês são realmente irritantes, sabiam? -

Disse o Senhor das Trevas, fazendo crescer uma nova perna. - Contudo,

ainda são apenas humanos, e humanos cansam. Não estou certo?

Delong não respondeu. Estava sem fôlego. Inciou uma conexão mental com Cronox.

"-Ele

nunca abre a guarda!", disse Cronox para Delong. "Não temos como

destruí-lo se não cortarmos sua cabeça, e ele sempre arranja uma

maneira de se defender!"

"-É, eu reparei. Nós precisamos da

Ellayhm...", e olhou para trás. "-Mas ela está completamente fora de

combate, é quase como se ela não se importasse com o que pode acontecer

se perdermos..."

"-Meu palpite é que ela não se importa, sabe... Cuidado! À sua direita!"

Delong

virou-se e viu o Filho do Anticristo preparado para golpear-lhe.

Colocou o Bardiche no meio e segurou. O soco do Senhor foi tão forte

que empurrou-o para trás. Quando parou de empurrar o oponente, o

demônio tentou chutar o rosto do sacerdote, mas teve seu pé bloqueado

pelo cabo da lança. Girou o corpo e chutou novamente o sacerdote, agora

com o outro pé. Atingiu-o em cheio na face, fazendo-o voar para o alto.

Novamente concentrou uma nuvem de energia negra na palma da mão.

"Droga,

estou muito longe! Não vou conseguir chegar a tempo!", pensou Cronox,

correndo mesmo assim na direção do Senhor das Trevas.

-Destructum corpus, excludendum anima. Death.

Um

raio de energia negra saiu da palma de sua mão na direção do sacerdote,

que estava imóvel. Quando estava para atingi-lo, o sacerdote

desapareceu no ar, e o raio prosseguiu. Atingiu uma Ilusão das Trevas

que voava por perto da Torre do Relógio no centro da cidade. O monstro

ao fundo se contorceu todo, como se fosse um boneco de borracha sendo

espremido por uma criança. Foi sendo comprimido, até desaparecer no

vazio.

"Death... Aniquila qualquer inimigo em um único ataque. Uma

magia tão poderosa que não deveria nem existir. Essa Família das Trevas

é assustadora.", pensou Cronox. "Mas, onde está Delong?"

Era a mesma pergunta que se fazia o Senhor das Trevas.

-Bem, o sacerdote desapareceu - Virou-se para Ellayhm e foi caminhando em sua direção. - Vou terminar o que já havia começado.

 

 

Tom Delong materializou-se na entrada da cidade.

-Porcaria!!! Errei o Teleporte!!! - Ia se teleportar novamente quando ouviu uma criança do seu lado.

-Me dá suporte, tio? - Era Alicia, junto com Yappel.

-O que VOCÊS estão fazendo aqui? Achei que havia mandado vocês ficarem fora da cidade!

-Bem,

é que a gente queria saber se o treinamento da última semana vinha

fazendo efeito, então viemos testar... - Disse Yappel, brincando com a

espada.

-... Ai ai, o que é que eu posso fazer... Bênção !!

Aumentar Agilidade !! Angelus !! Assumptio !! Aspersio !! - Encantou os

dois. - Procurem o Wolfwood aí pela esquerda, ele vai cuidar de vocês.

Até logo! Teleporte !!

E desapareceu.

 

 

-Não vou

deixar! - Gritou o desordeiro, pulando em cima do Senhor das Trevas.

Este simplesmente repeliu-o batendo nele com sua capa.

-Quieto, humano! Você não tem força suficiente para me enfrentar!

"Ele

tem razão, não tenho como ganhar dele dessa maneira, mas não posso

deixá-lo matar a Ellayhm...", pensou Cronox, enquanto se levantava.

Quando sentou-se, percebeu que já era tarde demais. O Senhor das Trevas

estava a poucos metros da Arquimaga, concentrando uma energia negra na

mão.

-Destructum corpus, excludendum anima. Death.

Cronox

fechou os olhos, não aguentaria ver aquilo. Escutou um grito de

Ellayhm, depois silêncio. Então um urro de ódio cortou o ar.

-VOCÊ DE NOVO, SACERDOTE DESGRAÇADO? MINHA PACIÊNCIA TEM LIMITES! - Berrou o Senhor das Trevas. Cronox abriu os olhos.

Delong

estava segurando Ellayhm nos braços, olhando para seu inimigo. No local

onde antes havia uma estalagem, agora existia apenas uma cratera no

chão. Delong colocou a amiga no chão.

-Ellayhm, você está bem? - Perguntou o sumo sacerdote.

-... porque?

-?

-Porque você não deixou ele me matar? Porque, Tom?

Tom estava confuso.

-Err... porque morrer é algo ruim, até onde eu sei...

-Não, seu idiota! Eu quero morrer!

-!!

-Eu

não tenho mais vontade de viver! A vida não presta! Ela tirou tudo que

eu tinha! Eu não quero mais viver!! - E começou a chorar.

Tom

ficou olhando a amiga que estava chorando no chão. Então desferiu-lhe

um tapa forte na face, fazendo-a instantaneamente parar de chorar. Ela

olhou assustada para o sumo sacerdote, que estava muito sério.

-Ellayhm,

eu não sei quando você virou tão emotiva, tão pouco me importa. Por

mim, você pode cortar seus pulsos, pular de uma ponte de cabeça no

chão, fazer o que você quiser. A questão aqui é que eu amo você. Eu sou

capaz de dar minha vida por você, eu quero o seu bem acima do meu,

desde que eu te conheci. Portanto, se você quiser se matar, primeiro

vai ter que sair de perto de mim, porque eu gosto demais de você pra

deixar que qualquer coisa aconteça contigo na minha presença. Agora

espera um pouquinho, que eu tenho que exorcizar um demônio.

Virou as

costas para a arquimaga e saiu andando, depois acelerou e rumou em

direção ao Senhor das Trevas, tirando uma Cruz impiedosa que estava

escondida embaixo de seu casaco, e jogando para Cronox uma Adaga

Exorcista. Ellayhm estava paralisada, apenas olhando para o amigo.

Cronox olhou para o sacerdote, que estava de cara amarrada.

"Melhor eu ficar calado...", pensou o Desordeiro.

-Você tem razão, melhor ficar calado. - Disse o sumo sacerdote.

-Err... mas eu não falei nada...

-Pensamento previsível.

-... Agora você pareceu o Wolfwood...

E pularam em cima do Senhor das Trevas.----------------------------------------------------"--------------------------------------Punho Supremo de Asura !!

-Huhuhu, essa passou perto...

-Conversão vital !! Mudança de Alma !! Argh!

Tiberius

estava tendo problemas para acabar com a Abelha Rainha. Ela era muito

rápida, e estava começando a incomodar a ele, e sua noiva já havia

transformado muito de sua vida em energia para ele. Provavelmente este

seria seu último asura, e depois estariam acabados. A Rainha ria.

-Nossa,

que forte... assim eu me assusto!! - Satirizava. Percebeu então duas

crianças se aproximando. - Que bom, vítimas novas! - E teleportou-se.

Wolfwood olhou na direção que a Abelha olhou. Eram Alicia e Yappel.

-Alicia! Cuidado! - Gritou o mestre ferreiro.

-O

que? - Perguntou a arqueira. Então a Abelha Rainha apareceu na sua

frente, assustando-a e fazendo com que caísse para trás. O monstro

concentrou a esfera de energia.

-Trovão de Júpiter !!

Então

Yappel pulou na frente da amiga, com a espada em posição de defesa. Com

um rápido movimento de espada, cortou o Trovão ao meio, dispersando a

energia. A Abelha Rainha olhou novamente, assustada. Não acreditava que

havia visto aquilo.

-Mas que diabos...

Observou o rosto do menino, e abriu a guarda.

-Ah, então...

-Idiota! Impacto Explosivo !!

Uma rajada de chamas atingiu a rainha, que foi jogada para trás, assustada.

-Mas o que...

-Punho Supremo de Asura !!

O ataque de Tiberius acertou em cheio a abelha, que voou com o ataque e caiu aos pés de Yappel. Ela encarou o menino.

-Doppel, mas porque...

-IDIOTA! NÃO! - E cortou a cabeça do inseto. Todos olharam para ele.

-...Ela...

te chamou de Doppel... não foi? - Perguntou Alicia, recuando alguns

passos. Yappel olhou para a menina, com um esgar maligno no rosto.

-General

imprestável... além de ser incapaz de cumprir sua missão, ainda

estragou meu disfarce. - Disse o garoto. - Bem, não há mais sentido em

ocultar: Eu sou o Assassino perfeito, e Príncipe dos Pesadelos.

Doppelganger, ao seu dispor. - E fez uma reverência sarcástica.

-Mas... você... não... - Alicia não conseguia entender.

-Bem,

vou lhes explicar. Minha função era espionar vocês para o Juiz do

Anticristo, Berzebub. Infelizmente, a idiota ali estragou todo meu

disfarce - E apontou para o corpo decapitado da Abelha.

-Como você teve coragem de matar sua própria companheira? - Perguntou Wolfwood.

-Os fracos e malogrados devem perecer. Esse é o lema da Família das Trevas. E ela foi fraca, assim como todos vocês são.

-Como

ousa me chamar de fraco, seu... - Tiberius estava falando e se

preparando para atacar em um momento, e no outro estava cuspindo sangue

com uma espada atravessada em seu peito. A professora observou-o, em

choque.

-Mas... Cof, Cof... eu não... eu nem... vi você... se mexer... - Disse o monge, cuspindo sangue.

-Como

era de se esperar de um verme... você peca na arrogância, não se

concentra o tempo todo. Descobri isso conversando com a tia Ellayhm. E

é por isso que você está morto - E tirou a espada de dentro do mestre,

que caiu no chão. - Certo, quem é o próximo?

Wolfwood deu um urro e foi correndo em direção ao espadachim.

-Seu desgraçado!! Você nos traiu!!

-O

que é isso, tio Wolfy? Eu nunca traí ninguém! Nunca estive do lado de

vocês... - Desapareceu e reapareceu na frente de Wolfwood. - Você é

forte, mas se confia demais no seu machado, e é nisso que você peca. -

Chutou Wolfwood na altura do peito, empurrando-o para trás e abrindo

sua guarda, e com a espada abriu um corte profundo no mestre-ferreiro,

que caiu de costas no chão, agonizando. Doppelganger preparava-se para

desferir o golpe de misericórdia, quando alguém pulou no meio do

caminho entre ele e o mestre-ferreiro. Era Alicia, com os braços

abertos.

-Sai do meio, Alicia!

-Não, se você for matar o tio Wolfy vai ter que me matar também! - Estava com os olhos cheios de lágrimas.

-Bem,

que seja... - ergueu a espada e preparou-se para cortar a menina em

duas. Contudo, quando foi cortá-la, algumas lembranças das últimas duas

semanas com ela passaram em sua mente, e, inexplicavelmente para ele,

não conseguiu criar coragem para cortá-la. Guardou a kataná na bainha.

-Tsc...

que seja, já consegui o que vim fazer. Até breve! - Sorriu para a

arqueira e segurou o corpo do guerreiro morto, murmurando algumas

palavras. O círculo e a seta apareceram, depois a estrela de sete

pontas, e então os dois desapareceram. Alicia, que até esse momento

estava em pé, encarando o seu agora ex-amigo, caiu sentada e

choramingou um pouco. Olhou então para a moça que estava encostada em

um muro, chorando baixinho, e se aproximou.

-Oi... você conhecia o senhor monge?

-Conhecer?

Ele era... meu noivo!... Estávamos... casando quan... quando isso

começou!! - Soluçava a mulher, tentando se conter. - Isso é culpa... de

vocês... Vocês que trouxeram... o assassino dele! - E voltou a soluçar

baixinho. Alicia ficou olhando para ela, sem saber o que dizer, quando

ouviu um gemido vindo de trás dela. Lembrou-se então de Wolfwood e do

corte.

-Tio Wolfy!

O Mestre Ferreiro estava em uma poça de

sangue. Billy, que estava escondido até agora, reapareceu carregando

folhas de yggdrasil que havia pego na loja de utilidades, e as entregou

para a menina.

-Tio Wolfy, não morre!! Eu vou fechar a ferida!! -

Disse, posicionando as folhas sobre o ferimento e passando lentamente.

A ferida foi aos poucos se fechando, até se lacrar completamente.

Wolfwood, contudo, havia perdido sangue demais e estava desmaiado.

Alicia olhou para os lados: estava sozinha no meio de uma cidade

destruída, com um homem desmaiado e uma mulher em estado de choque.

"Que maravilha... o que eu faço agora?"

 

-----------------------------"------------------------------------

 

Delong

estava golpeando com vontade o Senhor das Trevas, ao contrário de Cronox,

que de tão cansado mal conseguia atacar. O monstro não

abria a guarda na área da cabeça, e podia regenerar os membros que eles

cortavam, permanecendo intacto às investidas dos oponentes. Apesar disso, o demônio também estava cansando.

-Que...

vermes... cansativos... - Disse o Senhor das trevas, arfando. Delong

então voltou a golpeá-lo, e este foi se esquivando e atacando ao mesmo

tempo. Os dois permaneceram neste duelo por algum tempo, até que foi

atingido por um soco poderoso e voou, batendo de costas na muralha da

cidade e caindo depois. Foi tentar se levantar, mas estava quase sem

forças, e ficou ali mesmo.

-Hu...Hu...Hu... eu venci... - Disse o Senhor das Trevas. Ergueu a mão em direção ao sacerdote -Destructum corp...

-Rajada Congelante !!

Uma

trilha de gelo foi se deslocando pelo chão e atingiu o gigante, que

congelou instantaneamente. Delong ouviu sons de passos, e alguém lhe

levantou pela mão. Era Ellayhm, que o estava olhando fixamente.

-Ellayhm, você... - Foi interrompido por um soco na testa que o jogou de volta no chão.

-Isso

é pelo tapa. - Levantou o sacerdote pela gola da camisa. - E isso é

pelo resto. - O beijou. Quando o largou, estavam ambos muito vermelhos,

então ficaram calados, simplesmente olhando uma para o outro, até que

escutaram o barulho de gelo rachando.

-Bem, já chega disso. Vamos acabar logo com esse mané! - Disse a arquimaga, correndo na direção do monstro.

 

P.S.1: Feedback plz ^^.P.S.2: A pedidos, aproveitei pra colocar dois capítulos ^^. 

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 Capítulo 18

 

O Senhor das Trevas estava irritado. Muito.

-Pirralhos

insolentes, vocês me tiraram do sério e agora vão sofrer as

consequências! - Estendeu a mão e fez surgir um Bastão Arcano.

-Rajada Congelante !! - Gritou Ellayhm.

Uma trilha de gelo partiu em direção ao Senhor das Trevas. Este simplesmente bateu na trilha com o bastão e cancelou a magia.

-Mas o que...?

O

demônio foi correndo rapidamente na direção dos dois. Então, atacou com

sua arma, acertando ambos com apenas um ataque e fazendo-os voar longe.

Ellayhm caiu de pé, mas Delong não teve essa sorte.

-Tom, você está bem? - Perguntou a arquimaga, socorrendo-o.

-Eu... Já...Estou... Sem forças... - Respondeu o sumo sacerdote, e apagou. Ellayhm chacoalhou-o, mas não conseguiu acordá-lo.

"Ah, que maravilha! Agora estamos com problemas sérios!", pensou, se virando para o monstro.

 

O

que foi, garota, vai desistir? Até que enfim uma humana inteligente,

como reconpensa lhe matarei causando pouca dor. - Golpeou frontalmente

com seu bastão, movimento que Ellayhm bloqueou com seu cajado, mas

devido à força do monstro a arma da garota partiu-se em duas e ela foi

atingida em cheio. Preparava-se para desferir o golpe final quando uma

chuva de flechas o atingiu, incomodando-o. Ele se virou para ver do que

se tratava, e viu um grupo de quatro pessoas: um Bruxo, um Arquimago,

uma mestre-ferreira e um bardo, esse último com um arco na mão. O bardo

acenou para Cronox.

-E aí, chefia, tudo em cima? Luigi Leatherface, bardo furador de precasts, se apresentando para o controle de pragas!

-Já estava passando da hora, sabia? - Respondeu Cronox, sem se levantar.

-Ora, a culpa não é minha, eu reuni o resto do pessoal, esses bruxos que se arrumam que nem moças...

-Que

nem moças? - Resmungou Ryu. - Olha aqui, o único problema que eu tive

foi esquecer o cajado na borda da cama de novo, quem passou 2 horas se

arrumando foi a Whisper ali...

-Eu? - Reclamou a mestra-ferreira.

-É, você! - Regulus entrou na conversa. Ficaram todos brigando entre si até o Senhor das Trevas se cansar de ouvir e reclamar.

-JÁ

CHEGA! Vocês estão tomando demais do meu tempo! Vou acabar logo com

isso. - Mirou no bardo. - Destructum corpus, excludendum anima. Death.

Um raio de energia negra saiu de sua mão na direção de Luigi. Ryu se adiantou.

-Barreira de Gelo !!

Uma

muralha apareceu entre ele e a magia, e foi atingida em seu lugar,

desintegrando-se no mesmo instante. Quando a muralha sumiu, o Senhor

das Trevas percebeu que o bardo não mais segurava um arco, e sim um

violino.

-Bem, vamos começar a brincadeira. Poema de bragi !!

Começou a tocar uma música clássica, e os bruxos sentiram seu poder aumentar. Ryu novamente se adiantou.

-Nevasca !!

A

temperatura baixou rapidamente na área ao redor do Senhor das Trevas,

que pulou para trás para esquivar-se. Enquanto ainda estava no ar, foi

a vez de Regulus.

-Nevasca !!

A temperatura caiu bruscamente na

área atrás do demônio, que nem bem aterrissou, foi golpeado pelas

lâminas de neve até congelar. Whisperwind correu em sua direção e

pulou. Enquanto a mestra-ferreira estava no ar, Ryu se adiantou

novamente.

-Trovão de Júpiter !!

O bruxo disparou uma esfera de

energia na direção do senhor das trevas, que quebrou o gelo e,

aparentemente, lhe machucou um bocado. Whisperwind descia de seu ataque.

-Mammonita !!

Arremessou

um saco de dinheiro para o alto e o cortou com o machado, criando uma

chuva de moedas que golpearam fortemente o Senhor das Trevas,

derrubando-o de costas. A guerreira focalizou seu ataque no pescoço do

inimigo.

-Vai morrer agora, fofuxo! Whisper free for all!

Contudo, o demônio teve tempo de colocar o bastão na frente de seu pescoço, bloqueando o ataque da mulher.

-Mas

o que... - Foi o que a mestra-ferreira teve tempo de dizer antes de ter

uma costela partida pela violência do contra-ataque do monstro.

Levantou-se, sentindo muita dor. - Argh, acho que quebrei alguma coisa,

preciso de suporte...

Luigi olhou para ela.

-Err... Suporte como, por exemplo, o que aquele sumo sacerdote dá? - Apontou para Tom Delong, inconsciente no chão.

-Ah, droga...

O Senhor das Trevas se levantou.

-Vocês não podem me derrotar! Eu sou invencível!

Luigi olhou para seu inimigo.

-Ah, é mesmo? Quero testar isso... Pessoal, vamos de novo! Poema de Bragi !!

-Nevasca !!

-Trovão de Júpiter !!

O Filho do Anticristo observou as nuvens de gelo que se formavam no céu, e a esfera de energia que vinha em sua direção.

-Barreira de Fogo !!

Criando

um círculo de fogo ao seu redor, dispersou as nuvens geladas, e rebateu

a bola de energia, usando o bastão, na direção da ferreira, que vinha

correndo em sua direção. Esta parou, preparou-se e rebateu a esfera de

volta para o Senhor das Trevas, e continuou avançando. O demônio, por

sua vez, rebateu novamente a esfera, jogando-a de volta para a

mestra-ferreira, que fez a mesma coisa, e ficaram nesta disputa.

 

Cronox apenas observava a cena, quando percebeu que alguém tentava conversar com ele mentalmente.

"-Diga... eu estou meio ocupado agora..."

"-Calma

chefia, sou eu!", respondeu a voz de Luigi em sua cabeça. "-Bem Cronox,

é que eu acho que a gente precisa de um favor seu...”.

 

O Senhor das Trevas rebatia tranquilamente o poder, mas Ren Whisperwind já estava ficando cansada.

-Hah! É como eu digo, vocês, humanos, são ridiculamente fracos!

Whisperwind arfava.

-É... você tem razão... que somos fracos... mas também... somos muitos!

Neste

momento, o Senhor das Trevas rebateu a esfera de raios de volta para a

mestra-ferreira. Quando esta a rebateu novamente, e ele foi se preparar

para contra-atacar, percebeu que sua mão estava mais leve. Olhou para o

braço e viu que estava sem seu bastão. Uma voz vinda de trás dele

chamou sua atenção.

-Procurando por isso?

O demônio virou-se, e viu Cronox Fastshadow em cima do telhado de uma casa, com o Bastão Arcano que lhe pertencia.

-Au

au au, pela um pela geral. - Disse Cronox, calmamente, um sorriso no

rosto. - Ah, e se eu fosse você eu olharia para a frente.

-O que...

A

esfera de raios então atingiu o demônio secamente nas costas, abrindo

completamente sua guarda. Quando se recuperou, Whisperwind já descia

cortando. O monstro ainda tentou contra-atacar.

-Excluden...

-Força Violenta !!

A

mestra-ferreira subitamente ficou vermelha, como se o sangue em seu

corpo fluísse mais rápido, e com uma força enorme, cravou seu machado

na jugular do Senhor das Trevas. Whisperwind removeu o machado e

afastou-se, sem tirar os olhos do alvo, imóvel. Então o demônio começou

a se desmanchar pelas pernas.

-Eu... Fui... Derrotado...?

Pode apostar que sim, fofuxo!! - Respondeu a mestra-ferreira.

-Não,

eu... Não... Posso... Ser... Derrotado... - Disse o monstro agonizante.

Então sorriu. - Se... Eu... Perco, todos... Perdem... hah!

Ergueu os

braços para o céu nublado, que súbitamente ficou negro. Raios imensos

começaram a cair das nuvens. Então, um vórtice foi gerado no meio

dessas nuvens negras, e uma enorme rocha, junto com outras rochas

menores, começaram a sair desse vórtice.

-Essa... Cidade... Vai...

Cair... Comigo!! - Disse o demônio, restando agora apenas a cabeça. -

Chuva de Meteroros !! - Com esse último esforço, desfez-se em fumaça

negra, e as Ilusões das Trevas desapareceram. A mulltidão, porém,

gritava descontrolada, já que as primeiras pedras já começavam a

atingir as edificações. Os 7 guerreiros olharam para o alto.

-Nada bom... - Disse Cronox. - Vamos fugir!

O

grupo de reforço então ajudou o primeiro a se apoiar e correr. Ao seu

redor, pessoas desesperadas correndo em direção à saída. Na entrada da

cidade, encontraram Alicia, carregando Wolfwood e uma mulher de cabelos

castanhos com uma aparência digna de pena dentro do carrinho do

mestre-ferreiro, Billy atrás ajudando a empurrar o objeto.

-Tia Ellayhm! - Disse a menina, assutada com a situação. Cronox interrompeu a conversa.

-Perguntas depois! Agora a gente corre!

 

-----------------------------------"--------------------------------------

 

Dos

pés do monte Mjolnir, os guerreiros que haviam sobrevivido ao ataque

observavam as pedras menores caindo sobre a cidade. Então a pedra maior

chegou. A Torre do Relógio, no centro da cidade, ia aos poucos se

desmaterializando, enquanto o meteoro abria seu caminho em direção ao

solo. Quando tocou o solo, uma cortina de poeira levantou, seguido por

um estrondo assustador, uma imensa onda de choque e uma pressurização

do ar ao redor das pessoas que ali estavam. Depois de algum tempo, a

poeira foi baixando, até sumir, e mostrar o local da queda do meteoro.

Al de Baran não existia mais, era apenas uma imensa e profunda cratera

no planeta. Alguns guerreiros que viam a cena choraram.

-Al de

Baran... Desapareceu... Completamente... - Dizia Cronox, completamente

abismado. - Se essa é a força de um Grande General, teremos nós chance

contra Berzebub...? P.S.: Comentários? Alguém? =~P.S.2: Puxa, relendo partes antigas da história... Que nostalgia.P.S.3: Ainda bem que eu não relia a história depois de escrever, ou eu não teria publicado u.u . Muitos erros de ortografia, de sintaxe, linguagem corrida demais... Mas faz parte. A gente só aprende a escrever se começar, né '-' ?

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 Capítulo 18

 

O Senhor das Trevas estava irritado. Muito.

-Pirralhos

insolentes, vocês me tiraram do sério e agora vão sofrer as

consequências! - Estendeu a mão e fez surgir um Bastão Arcano.

-Rajada Congelante !! - Gritou Ellayhm.

Uma trilha de gelo partiu em direção ao Senhor das Trevas. Este simplesmente bateu na trilha com o bastão e cancelou a magia.

-Mas o que...?

O

demônio foi correndo rapidamente na direção dos dois. Então, atacou com

sua arma, acertando ambos com apenas um ataque e fazendo-os voar longe.

Ellayhm caiu de pé, mas Delong não teve essa sorte.

-Tom, você está bem? - Perguntou a arquimaga, socorrendo-o.

-Eu... Já...Estou... Sem forças... - Respondeu o sumo sacerdote, e apagou. Ellayhm chacoalhou-o, mas não conseguiu acordá-lo.

"Ah, que maravilha! Agora estamos com problemas sérios!", pensou, se virando para o monstro.

 

O

que foi, garota, vai desistir? Até que enfim uma humana inteligente,

como reconpensa lhe matarei causando pouca dor. - Golpeou frontalmente

com seu bastão, movimento que Ellayhm bloqueou com seu cajado, mas

devido à força do monstro a arma da garota partiu-se em duas e ela foi

atingida em cheio. Preparava-se para desferir o golpe final quando uma

chuva de flechas o atingiu, incomodando-o. Ele se virou para ver do que

se tratava, e viu um grupo de quatro pessoas: um Bruxo, um Arquimago,

uma mestre-ferreira e um bardo, esse último com um arco na mão. O bardo

acenou para Cronox.

-E aí, chefia, tudo em cima? Luigi Leatherface, bardo furador de precasts, se apresentando para o controle de pragas!

-Já estava passando da hora, sabia? - Respondeu Cronox, sem se levantar.

-Ora, a culpa não é minha, eu reuni o resto do pessoal, esses bruxos que se arrumam que nem moças...

-Que

nem moças? - Resmungou Ryu. - Olha aqui, o único problema que eu tive

foi esquecer o cajado na borda da cama de novo, quem passou 2 horas se

arrumando foi a Whisper ali...

-Eu? - Reclamou a mestra-ferreira.

-É, você! - Regulus entrou na conversa. Ficaram todos brigando entre si até o Senhor das Trevas se cansar de ouvir e reclamar.

-JÁ

CHEGA! Vocês estão tomando demais do meu tempo! Vou acabar logo com

isso. - Mirou no bardo. - Destructum corpus, excludendum anima. Death.

Um raio de energia negra saiu de sua mão na direção de Luigi. Ryu se adiantou.

-Barreira de Gelo !!

Uma

muralha apareceu entre ele e a magia, e foi atingida em seu lugar,

desintegrando-se no mesmo instante. Quando a muralha sumiu, o Senhor

das Trevas percebeu que o bardo não mais segurava um arco, e sim um

violino.

-Bem, vamos começar a brincadeira. Poema de bragi !!

Começou a tocar uma música clássica, e os bruxos sentiram seu poder aumentar. Ryu novamente se adiantou.

-Nevasca !!

A

temperatura baixou rapidamente na área ao redor do Senhor das Trevas,

que pulou para trás para esquivar-se. Enquanto ainda estava no ar, foi

a vez de Regulus.

-Nevasca !!

A temperatura caiu bruscamente na

área atrás do demônio, que nem bem aterrissou, foi golpeado pelas

lâminas de neve até congelar. Whisperwind correu em sua direção e

pulou. Enquanto a mestra-ferreira estava no ar, Ryu se adiantou

novamente.

-Trovão de Júpiter !!

O bruxo disparou uma esfera de

energia na direção do senhor das trevas, que quebrou o gelo e,

aparentemente, lhe machucou um bocado. Whisperwind descia de seu ataque.

-Mammonita !!

Arremessou

um saco de dinheiro para o alto e o cortou com o machado, criando uma

chuva de moedas que golpearam fortemente o Senhor das Trevas,

derrubando-o de costas. A guerreira focalizou seu ataque no pescoço do

inimigo.

-Vai morrer agora, fofuxo! Whisper free for all!

Contudo, o demônio teve tempo de colocar o bastão na frente de seu pescoço, bloqueando o ataque da mulher.

-Mas

o que... - Foi o que a mestra-ferreira teve tempo de dizer antes de ter

uma costela partida pela violência do contra-ataque do monstro.

Levantou-se, sentindo muita dor. - Argh, acho que quebrei alguma coisa,

preciso de suporte...

Luigi olhou para ela.

-Err... Suporte como, por exemplo, o que aquele sumo sacerdote dá? - Apontou para Tom Delong, inconsciente no chão.

-Ah, droga...

O Senhor das Trevas se levantou.

-Vocês não podem me derrotar! Eu sou invencível!

Luigi olhou para seu inimigo.

-Ah, é mesmo? Quero testar isso... Pessoal, vamos de novo! Poema de Bragi !!

-Nevasca !!

-Trovão de Júpiter !!

O Filho do Anticristo observou as nuvens de gelo que se formavam no céu, e a esfera de energia que vinha em sua direção.

-Barreira de Fogo !!

Criando

um círculo de fogo ao seu redor, dispersou as nuvens geladas, e rebateu

a bola de energia, usando o bastão, na direção da ferreira, que vinha

correndo em sua direção. Esta parou, preparou-se e rebateu a esfera de

volta para o Senhor das Trevas, e continuou avançando. O demônio, por

sua vez, rebateu novamente a esfera, jogando-a de volta para a

mestra-ferreira, que fez a mesma coisa, e ficaram nesta disputa.

 

Cronox apenas observava a cena, quando percebeu que alguém tentava conversar com ele mentalmente.

"-Diga... eu estou meio ocupado agora..."

"-Calma

chefia, sou eu!", respondeu a voz de Luigi em sua cabeça. "-Bem Cronox,

é que eu acho que a gente precisa de um favor seu...”.

 

O Senhor das Trevas rebatia tranquilamente o poder, mas Ren Whisperwind já estava ficando cansada.

-Hah! É como eu digo, vocês, humanos, são ridiculamente fracos!

Whisperwind arfava.

-É... você tem razão... que somos fracos... mas também... somos muitos!

Neste

momento, o Senhor das Trevas rebateu a esfera de raios de volta para a

mestra-ferreira. Quando esta a rebateu novamente, e ele foi se preparar

para contra-atacar, percebeu que sua mão estava mais leve. Olhou para o

braço e viu que estava sem seu bastão. Uma voz vinda de trás dele

chamou sua atenção.

-Procurando por isso?

O demônio virou-se, e viu Cronox Fastshadow em cima do telhado de uma casa, com o Bastão Arcano que lhe pertencia.

-Au

au au, pela um pela geral. - Disse Cronox, calmamente, um sorriso no

rosto. - Ah, e se eu fosse você eu olharia para a frente.

-O que...

A

esfera de raios então atingiu o demônio secamente nas costas, abrindo

completamente sua guarda. Quando se recuperou, Whisperwind já descia

cortando. O monstro ainda tentou contra-atacar.

-Excluden...

-Força Violenta !!

A

mestra-ferreira subitamente ficou vermelha, como se o sangue em seu

corpo fluísse mais rápido, e com uma força enorme, cravou seu machado

na jugular do Senhor das Trevas. Whisperwind removeu o machado e

afastou-se, sem tirar os olhos do alvo, imóvel. Então o demônio começou

a se desmanchar pelas pernas.

-Eu... Fui... Derrotado...?

Pode apostar que sim, fofuxo!! - Respondeu a mestra-ferreira.

-Não,

eu... Não... Posso... Ser... Derrotado... - Disse o monstro agonizante.

Então sorriu. - Se... Eu... Perco, todos... Perdem... hah!

Ergueu os

braços para o céu nublado, que súbitamente ficou negro. Raios imensos

começaram a cair das nuvens. Então, um vórtice foi gerado no meio

dessas nuvens negras, e uma enorme rocha, junto com outras rochas

menores, começaram a sair desse vórtice.

-Essa... Cidade... Vai...

Cair... Comigo!! - Disse o demônio, restando agora apenas a cabeça. -

Chuva de Meteroros !! - Com esse último esforço, desfez-se em fumaça

negra, e as Ilusões das Trevas desapareceram. A mulltidão, porém,

gritava descontrolada, já que as primeiras pedras já começavam a

atingir as edificações. Os 7 guerreiros olharam para o alto.

-Nada bom... - Disse Cronox. - Vamos fugir!

O

grupo de reforço então ajudou o primeiro a se apoiar e correr. Ao seu

redor, pessoas desesperadas correndo em direção à saída. Na entrada da

cidade, encontraram Alicia, carregando Wolfwood e uma mulher de cabelos

castanhos com uma aparência digna de pena dentro do carrinho do

mestre-ferreiro, Billy atrás ajudando a empurrar o objeto.

-Tia Ellayhm! - Disse a menina, assutada com a situação. Cronox interrompeu a conversa.

-Perguntas depois! Agora a gente corre!

 

-----------------------------------"--------------------------------------

 

Dos

pés do monte Mjolnir, os guerreiros que haviam sobrevivido ao ataque

observavam as pedras menores caindo sobre a cidade. Então a pedra maior

chegou. A Torre do Relógio, no centro da cidade, ia aos poucos se

desmaterializando, enquanto o meteoro abria seu caminho em direção ao

solo. Quando tocou o solo, uma cortina de poeira levantou, seguido por

um estrondo assustador, uma imensa onda de choque e uma pressurização

do ar ao redor das pessoas que ali estavam. Depois de algum tempo, a

poeira foi baixando, até sumir, e mostrar o local da queda do meteoro.

Al de Baran não existia mais, era apenas uma imensa e profunda cratera

no planeta. Alguns guerreiros que viam a cena choraram.

-Al de

Baran... Desapareceu... Completamente... - Dizia Cronox, completamente

abismado. - Se essa é a força de um Grande General, teremos nós chance

contra Berzebub...? P.S.: Comentários? Alguém? =~P.S.2: Puxa, relendo partes antigas da história... Que nostalgia.P.S.3: Ainda bem que eu não relia a história depois de escrever, ou eu não teria publicado u.u . Muitos erros de ortografia, de sintaxe, linguagem corrida demais... Mas faz parte. A gente só aprende a escrever se começar, né '-' ?

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 Capítulo 21

 

Ellayhm e Cronox chegaram em Prontera,

esperando encontrar um exército de monstros no meio da cidade.

Estranharam quando só viram pessoas. Delong e os demais se aproximaram.

 

-Bem vindos de volta. - Disse o sumo sacerdote.

-Onde estão os monstros? - Perguntou Cronox.

-Bem,

como você pode ver, aqui não estão... - disse Anna, calmamente. Seu

excesso de tranquilidade em qualquer situação, mesmo nas mais

estressantes, era sua maior qualidade. A maior prova disso foi o fato

de em 1 dia já estar conformada com a morte do noivo. Entretanto,

muitas vezes essa serenidade era interpretada como arrogância, como por

exemplo agora.

-... Se não tem monstros aqui dentro, porque ficaram nos pertubando? - Perguntou o desordeiro, visívelmente chateado.

-Bem...

veja você mesmo... - A professora apontou uma escada na muralha norte

de Prontera. Cronox subiu para ver do que se tratava. Deixou escapar

uma exclamação obscena.

-Ah... eu consigo vê-los, agora...

A

floresta, que ficava ao norte da capital, havia sido completamente

devastada. No lugar das árvores, agora existiam inimigos, de todas as

raças, tamanhos e forças, e tão numerosos quanto os vegetais eram. À

frente deles, Generais coordenavam os grupos, calmos como se atacassem

capitais de reinos todos os dias.

-É, agora eu vejo todos os inimigos... - Gritou Cronox para os amigos embaixo da muralha.

-Mesmo? Tente olhar ao redor! - Respondeu Anna.

Cronox

olhou para as outras muralhas. Todas estavam na mesma situação. A

floresta ao redor de Prontera havia desaparecido completamente, e um

mar de monstros ocupava seu lugar, e vários Generais estavam lá: Tao

Gunka, Senhor dos Orcs, Osiris, Faraó, entre outros. Cronox deixou

escapar mais algumas exclamações obscenas.

-É, agora lascou...

-Não fique aí parado! - Reclamou Delong. - Precisamos de ordens!

Cronox acordou de sua estupefação.

-Entendido! - Concentrou-se.

Nesse momento, todos os membros do grupo tiveram uma conexão mental aberta à força. A voz de Cronox ecoou em suas cabeças.

"-Todos

os membros da Einheriars, agrupar no centro agora. Prontera estará logo

sobre ataque da horda da Família das Trevas. Dessa vez o ataque será

com força total." - A transmissão subitamente ficou em silêncio. "-Não

pode ser..."

Cronox ainda estava olhando para a multidão ao redor

da cidade, quando um ponto em especial na muralha Oeste lhe chamou a

atenção. Havia um monstro que lembrava um humano, cabelos longos e

prateados, roupa azul, com uma coroa e um cetro de prata, e dois

grandes chifres. Cronox logo reconheceu a descrição do arquimago pelos

livros. Era Berzebub. Subitamente lhe faltou força nas pernas.

"Estamos

perdidos...", pensou. "-Pessoal, esqueçam o reagrupar! Berzebub veio ao

ataque! Preparar defesa urgente em todas as muralhas! Chamem todos

aqueles que vocês conhecem, sejam eles do clã ou não! Não temos tempo

para frivolidades! Encerrando mensagem!", e a conexão acabou.

Delong olhou assustado para o líder que estava sobre a muralha.

-Berzebub veio atacar? - Não conseguia acreditar.

-Sim, ele veio. Temos problemas.

-Você confia muito pouco nas defesas sagradas, não é? - Perguntou Anna.

-Na verdade, elas funcionaram bem no cerco de Geffen, até Berzebub descobrir como anulá-la...

-Bem, dessa vez vai ser mais difícil. O Paladino com redenção será o Rei Tristan III.

-Como é que é? - A declaração surpreendeu o arruaceiro.

-Bem, vou indo. Eu estou no grupo dos professores. - E foi na direção do centro da cidade.

 

Ao

chegarem no centro, encontraram muitos curiosos ao redor de um círculo.

No centro do círculo, o Rei Tristan III estava sobre uma estrela que

lembrava uma rosa-dos-ventos. Arquimagos estavam posicionados nos

pontos Norte, Sul, Leste e Oeste, e professores nos pontos Nordeste,

Noroeste, Sudoeste e Sudeste. Anna estava nesta última posição. Alguns

sacerdotes estavam por perto, apenas esperando algo acontecer.

-Começar

Ritual! - Disse o Rei. - Senhor, Protege teus filhos. Redenção !! -Oito

raios de energia saíram do Rei simultâneamente, e se ligaram aos

guerreiros posicionados nas extremidades da rosa-dos-ventos.

-Concentração

e poder são a chave da vitória. Concede-me essa força. Amplificação

Mística !! - Os 4 arquimagos disseram em coro, e os fios de energia que

saiam de Tristan III expandiram-se, criando um campo de força azul

escuro ao redor da cidade.

-Protege-me contra qualquer mal

profano, para que assim eu possa vencer esta batalha. Desconcentrar !!

- O campo de força azul escuro foi tornando-se claro, até tornar-se

branco. O ritual estava completo.

-Isso deve impedir um ataque

massivo - Disse Tristan III, fincando sua espada no chão e apoiando-se

nela. - Agora, meus súditos, eu confio a minha vida e o reino a vocês.

 

 

Do lado de fora, Berzebub apenas observava a barreira de energia em volta de Prontera.

-Hmpf,

então eles conseguiram terminar o ritual a tempo. - Sorriu,

sarcasticamente. - Vejamos o quanto eles conseguem suportar. -Estendeu

a mão para o alto.

O céu, que estava claro, foi tornando-se

avermelhado. Raios começaram a cair ao redor da capital, incendiando

alguns arbustos e vegetação rasteira. A intensidade dos raios foi

aumentando, assim como sua frequência de queda, e a área onde eles

caiam foi se reduzindo. Então, subitamente, pararam de cair. Neste

momento, um grande raio caiu muito perto da muralha Norte. Logo em

seguida, um segundo raio de mesma intensidade caiu perto da muralha

Sul, depois outro ao lado da Leste e outro na Oeste. As nuvens se

concentraram em um único ponto, sobre o centro do campo de energia.

-Ira de Thor !!

Um

raio de proporções colossais desceu da nuvem central e acertou o campo

de energia bem no centro. O raio foi dissipado, mas descargas de

energia ficaram circulando pelo campo de força, como se este estivesse

carregado com pura energia.

- Interessante... o campo de força nem

oscilou... - disse Berzebub. - É, certamente o Paladino do Campo é

Tristan III. Isso vai ser realmente divertido... - E soltou uma risada

diabólica.

 

 

As pessoas que viram o poderoso raio caindo

sobre suas cabeças se assustaram, mais ainda quando o raio foi

dissipado pelo escudo de energia. Tristan III gritou de dor, e os

sacerdotes que estavam ao redor dele o curaram. Ellayhm olhava,

impressionada.

-Que magia é essa? Nunca a vi na escola, nem em nenhum livro...

-Se

chama Campo de Redenção. - Respondeu Cronox. - É a magia suprema de

defesa. Requer o poder de um paladino, 4 arquimagos e 4 professores.

Ele cria um campo de força ao redor de uma cidade, que a torna

impenetrável a qualquer ser demoníaco ou ofensiva. A desvantagem é que

ele também impede a saída de ataques, portanto temos que sair dele para

atacar os inimigos. Portanto, agora vamos fazer nossa parte, e limpar

esses monstros.

-Certo, mas só uma dúvida: Se esse campo é impenetrável, como foi que Geffen caiu? - Perguntou Alicia.

-Apesar

de ser um campo amplificado, ainda é uma Redenção. Eles forçaram a

entrada batendo no escudo até o Paladino morrer, então o escudo caiu e

eles destruíram a cidade.

-Você quer dizer que, se eles atacarem muito a parede...

-Sim. Nosso rei irá morrer. Bem, acho que agora nós nos separamos. Alicia, você vem comigo. Ellayhm e Wolfwood, vão com Delong.

-Entendido, Cronox.

O desordeiro sorriu.

-Pro caso de não nos vermos novamente, foi uma honra lutar ao lado de vocês. - Estendeu a mão. Os outros imitaram o ato.

-À vitória. - Disse Delong.

-À vitória. - Os outros completaram em coro. Desfizeram a roda e correram para as muralhas.

 

Na

muralha Oeste, Delong aguardava ansioso a ordem de ataque. Sentiu então

uma pesada mão em seu ombro. Virou-se e viu Ichigo Zangetsu.

-Há quanto tempo, garoto. - Disse o Líder da Guilda dos Espadachins.

-Que coincidência, servir com o senhor.

-Não fique tão tenso. Você tem muita capacidade.

-Obrigado, senhor.

-Não há de quê. - Ichigo sorriu. Depois ergueu a espada. - Homens, ATACAR!

 

na muralha Norte, Cronox havia sido eleito o comandante das tropas. Ele

organizava os grupos, enquanto Alicia arrumava seu arco.

-Pronta para a guerra de verdade, menina?

-Nasci pronta, comandante. - Respondeu a garota.

-Você sabe que terá que enfrentar ele, não sabe?

A

garota abaixou a cabeça um momento e ficou em silêncio. Depois levantou

a cabeça, olhando para o comandante, os olhos demonstrando força de

vontade.

-Ele irá morrer para minhas flechas.

-Veremos. Tropas, AVANCEM!

 

 

Do

lado de fora, Berzebub olhava os humanos, que se amontoavam na porta do

castelo. Sorria, cheio de felicidade. Bafomé chegou ao seu lado.

-Você está muito feliz hoje, mestre...

-Eu

adoro o cheiro de morte. Logo estarei sentindo muito dele, isso me

deixa feliz. Por sinal, você não deveria estar aqui. Volte logo para a

entrada norte para ajudar o Doppelganger.

-Mas, e o senhor, vai cuidar dessa área toda sozinho?

-Você

acha? Olhe para o céu: está anoitecendo. E você sabe que a noite é dos

mortos-vivos. - Deu uma risada. Um heptagrama de Teleporte estava

desenhado perto dele. Do outro lado, Seyryu e os outros que foram

trazidos de volta esperavam, ansiosos, o por do sol. Seyryu tinha um

sorriso maligno no rosto.

-Tropas, preparar. - Disse Berzebub. Os humanos começaram a sair da cidade. - ATAQUEM!

A

horda de demônios partiu de todos os lados em direção à cidade,

correndo em direção aos humanos. Os blocos se chocaram, e a batalha

começou.

 

  

P.S.1: Feedback ^^P.S.2: Perdão ter morrido, é que tinha um tempinho que eu não escrevia, aí acabei um tempinho longe das minhas fics mesmo =_=. Como eu não acesso muito o fórum da LUG, então fico até um pouco sem vontade de vir... Tentarei postar em dias específicos da semana, ou em fases lunares tipo quarto crescente ou coisas do gênero =P.

 

 

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