Ir para conteúdo

Ryu Jr

Members
  • Total de itens

    36
  • Registro em

  • Última visita

Conquistas de Ryu Jr

Newbie

Newbie (1/14)

0

Reputação

  1. Bem, tem a minha, tá incompleta nesse fórum, tô postando aqui de vez em quando... Crônicas de Rune-Midgard - http://sites.levelupgames.com.br/FORUM/RAGNAROK/forums/t/171076.aspx Como já a escrevi por completo, então não em muita chance de eu simplesmente pará-la na metade u.u .
  2. Bem, tem a minha, tá incompleta nesse fórum, tô postando aqui de vez em quando... Crônicas de Rune-Midgard - http://sites.levelupgames.com.br/FORUM/RAGNAROK/forums/t/171076.aspx Como já a escrevi por completo, então não em muita chance de eu simplesmente pará-la na metade u.u .
  3. Capítulo 10 O sol se punha no feudo de Luina. Ellayhm mal conseguia acreditar na coincidência: havia passado no teste de Bruxa no dia de seu aniversário. Admirava as cores do céu, encostada à muralha da frente de Acrux, castelo pertencente à Einheriars, clã do qual agora fazia parte. O líder do clã, Loki Fergulson Junior, era um Algoz jovem, conhecido da família de Seyryu, e aceitou a proposta do garoto de chamá-la para tê-lo no clã. Eles então a ajudaram a ganhar experiência de batalha suficiente para se tornar bruxa e ser de alguma utilidade nas Guerras do Emperium. Estava perdida em pensamentos quando Seyryu chegou ao seu lado, timidamente. -Ah, oi Sey – Disse Ellayhm, um pouco assustada. Não havia percebido-o chegando. – Você também gosta de olhar o céu? Seyryu parecia um tanto encabulado. -Bem, sim… Mas não é por isso que eu estou aqui… Ellayhm o encarou com um olhar interrogativo, o que o deixou ainda mais encabulado. -Bem, é que hoje é seu aniversário… – Continuou ele. – E eu… Err… Comprei um presente para você. Ellayhm ficou enrubrecida, igual seu amigo. -Ahn… Não precisava comprar nada… Você já me ajudou demais me treinando para o teste de bruxa… -Mas é que eu realmente queria comprar um presente pra você… Não é grande coisa, mas… Entregou uma caixa de presente para ela, que o abriu com cuidado. Era um boneco de Bafomé Jr. de pelúcia, extremamente bem trabalhado. Ela o admirava, com interesse. -Que bonequinho engraçadinho! – Ela disse, sorrindo. – Muito obrigada, Sey! Mas este nada respondeu. Estava concentrado, segurando uma caixinha preta na mão. A iluminação do Sol havia desaparecido por completo no céu. -Elly… – Disse Seyryu, muito vermelho. – Bem, também tenho isso para você… Quer dizer, não é bem um presente, é mais um pedido… Ellayhm estava confusa. -Um… Pedido? Seyryu abriu a caixinha. Era um anel de prata. -Elly… Você… Err… Eu… Err… Nós… Você gostaria de namorar comigo? – Gaguejou Seyryu, dizendo a sentença importante o mais rápido possível. Parecia a ponto de entrar em combustão espontânea. Ellayhm ficou vermelha. -Eu… Eu… Eu… Não conseguiu terminar a frase; Abraçou-o e o beijou. A lua cheia surgiu no horizonte. —————————————”————————————– Colado à muralha do castelo, um sacerdote de cabelos brancos, estranhos para sua idade, com um buquê em uma mão e uma caixa de chocolates brancos na outra, observava toda a cena. Quando os dois se beijaram, soltou os objetos, como se lhe faltassem força nas mãos; Apanhou os itens no chão e os jogou no cesto de lixo mais próximo. Passou o resto da noite no bar de Al de Baran. —————————————”————————————– Delong acordou, assustado. Tivera um pesadelo, mas não conseguia recordar-se como era. Estava em algum lugar da floresta de Payon, acampando com Wolfwood. Esqueceu-se de salvar um portal na Marina e voltou por último porque o ferreiro, sob o pretexto de “enterrar os bravos soldados caídos”, resolveu pegar objetos deixados pelos monstros e humanos mortos. Nas palavras do ferreiro, “não vão mais precisar deles”. “É por essas e outras que, às vezes, ele me dá medo…”. Foi quando começou a sentir um cheiro agradável vindo da direção da fogueira, e percebeu que seu amigo estava acordado, assando uma batata doce. -Nicholas, você está… -Shhh! -O que…? -SHHHHH! Quando a batata estava bem assada, ele a tirou do fogo e a colocou no chão, próximo de onde estava. Só então Delong percebeu a movimentação dos arbustos: um bebê fumacento, que estava a algum tempo rondando o acampamento, aproximou-se lentamente da comida. -Vamos garoto… – disse Wolfwood para o Fumacento, com um tom levemente paternal. – Não precisa ter medo… O filhote chegou bem perto e começou a comer da batata doce. O homem moveu a mão cautelosamente e lentamente começou a afagar sua cabeça. Inicialmente, o fumacento recuou, mas o ferreiro manteve-se sorrindo, com a mão estendida. Com o tempo o animalzinho aproximou-se novamente e continuou a comer, dessa vez aceitando os afagos do garoto. Quando acabou a batata, já completamente à vontade, encarou Wolfwood, aparentemente satisfeito. Wolfwood sorriu. -Você é um bichinho fofinho, sabia? – Disse Wolfwood, fazendo cócegas na barriga do fumacento com o dedo. – Vou te levar comigo, se você quiser vir. O bebê olhou para a cara dele com um olhar de interrogação. -Tem mais daquelas batatas… Os olhos do fumacento brilharam, e ele acenou com a cabeça, depois lambeu o rosto de Wolfwood, que riu. Tom simplesmente observava a cena, meio que surpreso. “É, ele consegue ler os pensamentos de qualquer ser vivo mesmo…” -Sim, o que você queria mesmo? – Perguntou Wolfwood. Delong olhou com um ar de interrogação para o amigo. -Você disse “Nicholas, você está…”. -Ah, claro. Queria saber se você estava sem sono, assim a gente podia apresar a caminhada para Izlude. -Sim, sim… De fato, ainda faltam umas boas 4 horas de viagem a pé com o aumento de agilidade. Falando nele… Delong acenou com a cabeça, e conjurou a habilidade em ambos. Wolfwood colocou o fumacento sentado em cima do carrinho que havia feito usando pedaços de madeira das casas destruídas de Payon. Quando interrogado por Delong porque ele não simplesmente alugava um carrinho novo, respondera “800 zenys em uma coisa que eu mesmo posso fazer? Não, obrigado.” -Cuide das minhas coisas e se segure. O Fumacento bateu continência, como um perfeito soldado. -Você não vai por um nome nele? -É, eu acho que sim. Já sei! Tirou do carrinho um Chapéu do Velho Oeste e um Lenço Vermelho, amarrou o lenço no pescoço do Fumacento e colocou-lhe o chapéu na cabeça. -Vai se chamar Billy, The Kid. Billy para abreviar. -… Como aquele Pistoleiro lendário de Einbroch? -É. -… Por quê? -Por que não? Eu gosto de Einbroch. Tem muita gente rica, um dia eu ainda me mudo pra lá e fico mais rico. – Fixou o olhar nos olhos do animalzinho. – Seu nome de hoje em diante é Billy, tudo bem? Se você entendeu, segure-se na borda do carrinho porque eu vou começar a correr. O Fumacento apertou a borda do carrinho. Wolfwood sorriu. Virou-se para o sacerdote. -Aposto 150,000 zenys como consigo manter o pique de corrida por mais tempo que você. -Claro, sonhar faz bem. Saíram em disparada pela trilha na floresta. ————————————————————- Alicia havia decidido treinar sua pontaria. Ellayhm aceitou sua permanência no grupo, depois de muita insistência, com a condição de que a menina treinasse e ficasse logo forte para tornar-se uma Caçadora. Então lá estava ela, matando Pupas e Porings na entrada de Izlude. Enquanto atirava flechas em uma pupa, percebeu ao longe um grupo de três espadachins brincando de quebrar “galhos secos”. Esses galhos, extraídos da árvore Yggdrasil, eram ressecados por servirem de residência a algum espírito incapaz de fazer a ida ao mundo dos mortos. Ao quebrar tais galhos, o espírito era liberado, e alguns aventureiros se uniam para matá-lo. “Isso é perigoso de ser feito…”, pensou Alicia. “Essa área é de aprendizes e o conselho de Administradores do Rei vem avaliando a possibilidade de proibir isso, pois alguns inimigos muito fortes podem aparecer…”. Quase que como para confirmar seus receios, os três quebraram outro galho seco, espalhando uma nuvem de neblina. No interior da névoa, vultos giravam em profusão, e eram audíveis sussurros e cochichos fantasmagóricos, que murmuravam ameaças de tortura e morte. Um vulto colossal e disforme, posicionado exatamente ao centro da nuvem de fumaça, começou a disparar projéteis mágicos para o alto, gerando uma espécie de chuva mágica, atacando todas as criaturas que estavam próximas. Os garotos, assustados, sacaram asas de borboleta do bolso, desenharam rapidamente com o pé um círculo com uma cruz ao centro, murmuraram as palavras de ativação do encantamento e apertaram as asas com a mão, soltando-as. Os restos da asa tocaram o círculo, que emitiu momentaneamente uma luz azul e desapareceu, levando os meninos consigo. Não tendo mais alvos próximos, a nuvem começou a expandir-se, aproximando-se perigosamente da garota. “… Eu devo possuir um magnetismo para atrair monstros fortes…”, pensou, e começou a correr. Desatenta enquanto olhava para trás, prendeu o pé em uma poça do muco pegajoso de uma das pupas que havia destruído momentos antes. Caiu no líquido viscoso, ficando presa. -… É muito azar pra uma pessoa só. – Resmungou, sem conseguir se mexer, pregada ao chão. – Socorro! Alguém me ajuda! A nuvem aproximava-se em sua direção, mas a pressa e o medo dificultavam sua movimentação. Estava quase desistindo quando sentiu uma brisa apressada. Percebeu um vulto pequeno pulando por sobre a poça, a espada reluzente ao sol. A sombra investiu em direção à nuvem. Virando o rosto para enxergar o que se passava, viu o vulto erguendo a espada sobre a cabeça, girando-a e a cravando no chão. Ouviu as palavras finais de conjuração da habilidade. -Impacto Explosivo !! Uma cortina de fogo envolveu a névoa, dissipando-a imediatamente. Os monstros foram revelados: pequenos espíritos redondos embrulhados em retalhos finíssimos de lençol. Eles sussurravam e cochichavam ininterruptamente, mas não assustavam tanto quando era possível vê-los. Ao centro, o espírito de um monstro da raça dos porings, também embrulhado em um lençol. Era bem menor sem a névoa que o envolvia. Em frente ao monstro, um jovem garoto loiro, utilizando o uniforme dos espadachins, removia a própria espada do chão e a apontava em direção ao monstro. O fantasma pareceu se assustar, e teleportou-se junto de seus capachos. O guerreiro, virando-se lentamente, aproximou-se da menina. Seu rosto aparentava não mais de 15 anos. Os cabelos eram curtos, adornados com um topete. Possuía olhos verdes, nariz levemente curvo para o alto, lábios finos. Não utilizava armadura alguma, e a roupa marcava os músculos do braço precocemente desenvolvidos. -Você está bem? – Perguntou, fazendo um círculo com a espada ao redor da garota presa, cortando o muco. A menina, meio envergonhada, acenou que sim com a cabeça. Levantou-se. O cabelo, o rosto e a roupa estavam imundos de gosma verde, e ela se sentiu constrangida. -Ghostring, um monstro fantasma. – Disse o espadachim, tirando um lenço do bolso e limpando a espada distraidamente. – Assusta muito mais do que realmente faz. É possível espantar ele facilmente, bastando apenas um ataque elemental para atingi-lo. Isso, claro, desde que você saiba com o que está lutando. A menina acenava com a cabeça enquanto o garoto falava. Não que realmente estivesse ouvindo, mas não queria parecer desinformada. Sentia-se levemente desconfortável com a possibilidade de passar mais vergonha do que já havia. O menino olhou para os lados, procurando por pessoas próximas. -Você está sozinha? -Bem, mais ou menos… – respondeu a garota. – Eu estou treinando sozinha, mas agora faço parte do grupo de uma arquimaga forte chamada Ellayhm. -Que pena… – Disse, guardando a espada. – Não me sinto confortável em andar sozinho, estava com vontade de arranjar um grupo… Alicia olhou para o semblante do garoto. Apesar da aparência jovem, ele parecia emanar uma aura de confiabilidade e segurança, além de algo mais que não sabia explicar. Sentia uma vontade, quase uma necessidade de conhecer aquele menino. -A gente pode pedir para ela lhe deixar entrar no grupo, ela é super legal e vai entender! – Disse para o garoto, apressadamente, gesticulando com as mãos. -Sério? – Perguntou o garoto, contente. – Que legal! Espero que eles gostem de mim! Pareceu subitamente lembrar-se de algo importante. Abaixou humildemente a cabeça. -Esqueci de me apresentar, que falta de educação da minha parte. – Tornou a erguer o rosto, e estendeu a mão. -Meu nome é John Blaze, Espadachim da Guilda de Izlude. Tenho 15 anos e acabei de ser aceito na guilda. Encantado em conhecê-la. -Eu sou Alicia Dusko, 12 anos, da Guilda dos Arqueiros de Payon. Também me inscrevi recentemente na Guilda – Respondeu a arqueira, um pouco envergonhada com o excesso de formalidade. Apertou a mão do rapaz. -Encantado – O garoto ajoelhou-se e beijou a mão da garota. A face da menina assumiu uma tonalidade avermelhada. – Onde está o seu grupo? -Bem, – Disse Alicia, controlando a respiração e tentando aparentar calma enquanto o menino se levantava. O cumprimento informal do garoto parecia mais um pedido de casamento. – tia Ellayhm está no hotel daqui de Izlude, e o tio Nicholas e o Tio Tom estão a caminho de Payon. -Entendo… Nós precisamos conversar com a senhorita Ellayhm. Então, você já pode soltar minha mão? – Perguntou, rindo. A menina soltou o garoto como se tivesse levado um choque. —————————————–“————————————————– -Ai, ai, tá virando creche… – Disse Ellayhm, coçando a cabeça. – O que é que eu posso fazer? Já aceitei você mesmo, tem tanta opinião como qualquer outro membro. – Virou – se para o espadachim. – Ellayhm Von Houten, é um prazer. -Muito obrigado. – respondeu o menino, polidamente. – John Blaze. Ellayhm ergueu uma sobrancelha. Não se lembrava de já ter ouvido alguém de sobrenome Blaze. -De onde você é? -Sou de Lightalzen, Senhorita Ellayhm. – Respondeu. – Mais exatamente da zona pobre da cidade, você não deve ter ouvido falar da minha família. -Hm… Pensei que os moradores de Lightalzen não tivessem vínculo algum com a magia. -Ah, senhorita… -Dispense as formalidades. Basta Ellayhm. -Desculpe-me. Ellayhm, não é porque a maior parte de nós não tem capacidade de conjurar magias que elas não nos fascinam. Acredite em mim, conheço muitas pessoas que fariam tudo para conseguir o que aqui é feito tão naturalmente. -Entendo. Então… A porta do quarto escancarou-se. Delong e Wolfwood entraram, apressadamente, e encostaram a porta. O sumo sacerdote sacou uma gema azul do bolso, e a soltou no chão. - Ellayhm, estamos de volta! Já se sente melhor? Tem forças para viajar? – Disse Wolfwood, ofegante. Reparou no garoto. -… Quem é ele? - Novo membro do grupo. John Blaze, espadachim, amigo da Alicia. O garoto acenou com a mão. O mestre-ferreiro suspirou. -Ih, tá virando creche… – Coçou a cabeça. Recuperou a linha de raciocínio em instantes. – Precisamos partir agora mesmo. Delong bateu com o cabo da Bardiche na gema azul. Um portal abriu-se. -… Pra que tanta pressa? - Ren mandou uma mensagem. – Disse o sumo sacerdote. -Sério? O que houve? -Loki está convocando todos os membros da Einheriars imediatamente para Geffen. O Feudo está sob ataque. P.S.1: Faz teeempo...P.S.2: ... E eu não sei se eu voltei =P. Mas estou tentando.P.S.3: Comentários são bem-vindos ^^. P.S.4: Para capítulos mais recentes, basta acessar http://ragnafanfics.wordpress.com/ e dar uma checada de vez em quando =P.
  4. Capítulo 9 -Agrupar! Expandir! – Comandou o velho de cabelos azuis. Os humanos se uniram em uma formação circular compacta, dividida em três camadas: as duas mais externas, compostas de guerreiros; a mais interna composta por sacerdotes, bruxos e arqueiros. Formação pronta, o círculo começou a se expandir. As linhas de frente eliminavam facilmente os esqueletos azuis que avançavam, mas não conseguiam chegar aos esqueletos amarelados. Pouco a pouco, foram ganhando terreno. A Flor do Luar permanecia praticamente imóvel, sorrindo. A única coisa que mexia suavemente era o braço direito, fazendo o sino amarrado no bastão ressoar de leve. Os grupos de esqueletos giravam em pequenos anéis, como em uma ciranda infantil. -Eu não entendo… – Comentou Ichigo a esmo, enquanto esmigalhava um crânio de esqueleto soldado com o punho esquerdo. – Ela está confiante, até demais. Que tipo de plano… Parou um instante e olhou para trás. Viu o círculo dos magos e sacerdotes agrupado, ao centro do anel. E entendeu. -Atenção, todos! Parem de expandir agora! Reagrupar! Apesar da ordem não ter feito muito sentido de início, logo os guerreiros entenderam o problema. O círculo não podia mais se expandir, pois não havia guerreiros suficientes para manter uma linha de frente. A garota, ainda sorrindo, segurou o seu sino com as duas mãos e o apontou para frente, fazendo-o ressoar três vezes. -Generais, invocar Comandados! Os esqueletos amarelados avançaram e conjuraram dezenas de esqueletos soldados e arqueiros nas costas dos guerreiros, que além de flanqueados haviam perdido o contato com o grupo de suporte, agora atacado. ————————————————–“———————————————————– -Opa, que beleza! – Comemorou Delong, apesar do olhar reprovativo de alguns sacerdotes próximos. – A oportunidade de inaugurar a lança! – Desatou a Bardiche das costas e pulou em direção ao primeiro inimigo que viu, desmontando sua coluna com um golpe da lâmina. Sua destreza era invejável: ele conseguia manejar a enorme lança com apenas a mão direita e realizar curas, tanto em aliados quanto em inimigos, com a esquerda. Logo ele havia aberto uma pequena clareira de esqueletos, e chamado suas atenções. -Podem vir! – Disse, girando a arma e a apoiando sobre os ombros. Os esqueletos soldados atacaram por todos os lados ao mesmo tempo. Delong bateu no de trás com o cabo da lança, perfurou o crânio do da frente com a ponta, cravou a arma no chão e chutou o cabo flexível. A arma virou uma espécie de pêndulo, que estraçalhava os esqueletos que entravam em sua área de movimento. Girando ao redor da arma e golpeando-a com as costas da mão, o sacerdote mudava a direção na qual a Bardiche oscilava. Com os pés, utilizando golpes precisos e potentes, destruía outros inimigos. ———————————————“—————————————————————- -Eles não param de vir! Como vamos detê-los?- Exclamou Wolfwood lutando ao lado de Ichigo, que gritava ordens enquanto esmigalhavas três, às vezes mais, monstros com apenas um ataque. -Eu realmente não sei, garoto! – Gritou o comandante. Olhou para trás, para avaliar a situação das forças de suporte. Surpreendeu-se com Delong e sua Bardiche, mas a quantidade de inimigos estava grande demais para apenas um guerreiro. -Seu nome é Wolfwood, não é isso? Você parece razoavelmente capacitado… Preciso de ajuda para manter a formação aqui enquanto eu abro caminho até o suporte. Posso contar com você? -Sim, senhor! – Gritou o mestre ferreiro, girando o machado e abrindo um corte na lateral de uma Nove Caudas. – Farei o possível! Ichigo acenou com a cabeça e recuou, gritando e eliminando os esqueletos azuis a cotoveladas e tapas, quase como se nadasse em um mar de mortos-vivos. Em poucos instantes o mestre-ferreiro estava sozinho. -Mantenham a formação! Avancem lentamente! Girou um de seus machados de duas mãos sobre a cabeça e dividiu uma raposa em duas. Enquanto recuperava-se do movimento, um esqueleto general avançou com uma Gladius, pronto para perfurar seu pescoço. Sacou um machado mais leve com a mão esquerda e bloqueou a adaga. Girando o restante do corpo para remover o machado de duas mãos do chão, destruiu o monstro com facilidade, empunhando as duas armas ao mesmo tempo. -Ha. Eu uso dois machados, trouxa. Foi quando reparou algo estranho. Poucos metros à sua esquerda, em meio a uma multidão de esqueletos de formas, estados e cores diferentes, um arqueiro inimigo desmontou-se sem nenhum motivo aparente. Passou alguns instantes parado, pensando se não passava de uma ilusão. Alguns instantes depois, contudo, um grupo de dois soldados e um arqueiro, todos razoavelmente próximos entre si, também se desfizeram. Olhou para as proximidades: um assassino havia acabado de destacar a cabeça de um dos esqueletos Generais com um golpe de adaga. Parou em pleno campo de batalha, olhando rapidamente ao redor. Vários casos semelhantes aconteciam, geralmente em meio à horda inimiga; destruído um esqueleto amarelado, alguns azuis simplesmente desapareciam. Resolveu testar a teoria. Investiu contra o primeiro general que viu, destruindo-lhe a clavícula com uma machadada. Olhou ao redor: dois esqueletos azuis desmontaram-se. Sorriu. -Atenção, todos! Ataquem os Gene… Argh! Sentiu uma pancada na nuca que o levou ao chão, a visão embaçada. Largou as armas e levou as mãos à cabeça, em parte para esfregar o ponto da pancada, em parte para segurá-la e parar de tremer. Sentiu um segundo ataque nas costas, e teve a sensação de que sua coluna iria partir. -Tio ferreiro malvado, querendo estragar a brincadeira! – Disse a Flor do Luar, girando o sino no ar e investindo em um terceiro ataque. Wolfwood esquivou-se rolando para o lado e levantou-se de um pulo, observando fixamente a inimiga. Os inimigos ao seu redor foram se afastando aos poucos, até abrir um espaço em pleno campo de batalha. -Uma piveta. – Suspirou o mestre-ferreiro. – O monge quebra um pirata zumbi e uma tartaruga gigante, a arquimaga arrebenta um tigre gordo e forte… E eu fico com a piveta de 10 anos. A garotinha cruzou os braços e fez uma cara de birra. -Num me chama de piveta que eu não sou, seu bobão! – Mostrou a língua para o ferreiro. – Além de mais de 1200 anos, eu tenho um sino mágico dourado que manipula os mortos vivos e uma tropa de raposas que se curvam ao meu poder assombroso. E você? -Eu pareço maior de idade – Completou a frase com um sorriso sarcástico e os polegares estendidos para o alto. Uma veia pulsou na testa da garota. -Ora seu… Seu… Não faça pouco de mim! Atacou o ferreiro com um golpe perfurante usando o cabo do sino, que Wolfwood evitou com um único passo para trás. A garota cravou a ponta da arma no chão e a utilizou para realizar uma espécie de salto com vara, completando o movimento com uma voadora que o ferreiro bloqueou utilizando as duas armas. A garota apertou as armas com os pés para prender-se, desencaixou o sino do chão e o girou, desferindo um ataque frontal. Seu inimigo, com as armas imobilizadas pelo pé da garota, não conseguiu desviar-se e o sino maciço o atingiu pela terceira vez, no ombro esquerdo, fazendo-o largar os machados. Antes que pudesse se recuperar, a menina pulava em sua direção, os olhos vermelhos reluzindo de ansiedade e os dentes pontudos como os de uma raposa expostos para o ataque. Wolfwood colocou o braço à frente e foi mordido. Aplicou-lhe um soco no rosto, e a garota saiu girando para trás. Apanhou o sino pelo cabo enquanto girava e agilmente aterrissou em pé. -E aí, ainda sou uma pirralha? – Enxugou os lábios do sangue do ferreiro. -O fato de você lutar bem não muda o fato de que você ainda nem entrou na puberdade, menina. – Ironizou Wolfwood, pegando o machado de duas mãos do chão. - Humano tolo… Investiram um contra o outro, em sincronia. ———————————————————————————————————- Ellayhm estava deitada na cama de pijamas, escrevendo em um caderno róseo com um cadeado na capa, quando alguém bateu à porta. Fechou o livro, trancou-o com uma chave e murmurou palavras apressadas. O lacre sumiu e as páginas diminuíram em quantidade. -Venha, está aberta! – Disse, escondendo a capa embaixo do travesseiro. A menina entrou no quarto, timidamente. Curvou-se levemente, como se pedisse desculpas. -Ah, é você, Alicia. E os garotos? -Quando eu saí, eles estavam falando qualquer coisa sobre as estratégias de combate – Suspirou, chateada. – O pior é que eles não me levaram a sério… - Como assim? - É que a mamãe descobriu que os esqueletos azuis são invocados pelos esqueletos amarelos, e que enquanto você não destruir os amarelos os azuis não param de reaparecer… O problema é que esses esqueletos comandantes ficam em uma linha mais na retaguarda, e você tem meio que abrir caminho até eles, mas eles não sabem disso porque não me deixaram contar. Disseram que guerra era coisa de gente grande. -Quer dizer que se eles ficarem parados vão continuar brigando até cansar e morrer? -Bem, não acho que seja tão difícil para eles repararem nisso. Até porque o tio Delong ficou responsável pelo comando do grupo de suporte já que ele era a pessoa com mais experiência de campo quando terminaram de montar os grupos… Tenho certeza que ele vai notar num instante! Alicia sorriu, relaxada. Ellayhm tentou imaginar Delong notando alguma coisa. Talvez se um dos tais esqueletos usasse lingerie. -Isso pode ser um problema… – Disse Ellayhm, fechando os olhos e se deitando. ——————————————————————————————————————- -Recuem e reagrupem! – Gritavam, em coro, Delong e Ichigo. – Desistam de tentar avançar! Detenham-lhes aqui para proteger os bruxos! O sacerdote ouviu um grito de terror vindo da direita, e viu um ferreiro soterrado por esqueletos. Girando a lança ao redor do corpo enquanto girava, abriu caminho entre os inimigos até alcançar o jovem. Criou rapidamente uma pequena área, arremessou a arma para o alto e ajoelhou-se, recitando o canto memorizado. -Ecce Crucem Domini! Fugite partes adversae! Vicit Leo, Radix Divinum! Alleluia! Magnum Exorcismus !! A terra tornou-se branca como neve e uma coluna de energia sagrada incinerou os esqueletos, deixando apenas o jovem estirado ao chão. O sacerdote curou-o rapidamente e o ajudou a levantar. -Não exagere, eles são muitos. Fique perto do comandante que ele pode lhe proteger. -Obrigado! – Agradeceu o ferreiro, e correu para perto de Zangetsu. Delong ainda acenava quando sentiu que alguém tentava estabelecer uma conexão mental. Concentrou-se. Era Ellayhm. “-Ellayhm, o que você quer? Estou ocupado!” “ -Tom, rápido, avise ao senhor Zangetsu! O ponto fraco das tropas são os Esqueletos Generais! As tropas mais fracas são invocadas e controladas por eles!” “-…Hein?” “-Os esqueletos amarelos, Tom! Não têm um bocado de esqueletos amarelos por aí?” “-Como você sabe disso? Você veio? Onde você tá?” – Ergueu a cabeça e olhou ao redor, procurando pela companheira de grupo. “-Eu não estou aí! Será que você pode se concentrar no problema? Uma horda de esqueletos, lembra?!” Delong abaixou-se novamente, concentrando-se apenas no diálogo. “-Muito obrigado pela informação. Podia ter chegado antes de eu estar morrendo de cansado, mas em todo caso, obrigado. E a menininha?” “Quem?” “-Uma garotinha que usa uma roupa amarela, parece pele de raposa… Ela é bem forte e parece estar no comando dos esqueletos amarelos e das nove caudas.” “-Nove Caudas? As raposas demônio?” “-Sim, e… Ai! Valeu pela informação, falo contigo depois.” – Concluiu Delong, encerrando a conexão e balançando a perna para tentar tirar a raposa que mordia seu pé. O balançar frenético fez o monstro soltar-se, e o sumo sacerdote completou a ação acertando um chute na raposa, jogando-a longe. “Se essas coisas fossem mortos vivos…” -Comandante, o ponto fraco das tropas são os esqueletos generais! – Gritou o sumo sacerdote de onde estava. – Os amarelinhos! - Entendido! – O lorde confirmou que ouvira acenando com a mão, pois havia guardado a espada para evitar que esta perdesse o fio de corte e eliminava os inimigos na base dos socos. -Ataquem os esqueletos amarelos! -Senhor, sim, senhor! – Foi o coro de resposta. E começaram a escavar pelos esqueletos azuis em busca dos amarelos. —————————————————–“——————————————————— A Flor do Luar olhou para trás. Havia bem menos esqueletos do que instantes antes. -Droga, eles descobriram – Resmungou, voltando-se para um Wolfwood ofegante à sua frente. – E é culpa sua! Vou arrancar esse sorrisinho sarcástico da sua cara! -Que chato ser você, ter de utilizar essas frases batidas de vilão de historinha em quadrinhos o tempo todo… – Respondeu o ferreiro, guardando o machado de duas mãos às costas, e recolhendo o machado simples do chão. – Axe Termination! Girou e arremessou o machado na direção da menina, que se esquivou com um salto mortal para trás. Caiu agilmente com os joelhos flexionados, guardou o sino nas costas e começou a correr em direção ao oponente, apoiada nas quatro patas. - Mammonita !! Wolfwood puxou uma sacola de dinheiro e a arremessou para o alto, sacou o machado e a cortou, criando uma chuva de moedas na direção da Flor do Luar. - Mammonita !! Rapidamente ergueu as mãos, sacou a arma e a girou no ar. O sino desprendeu algo que lembrava uma nuvem de ouro em pó, que colidiu com as moedas e cancelou ambos os ataques. O mestre ferreiro saltou do meio da nuvem, machado erguido pronto para o corte. A menina colocou o sino em posição de defesa para segurar o movimento. Seu inimigo sorriu e soltou a arma. -Golpe estilhaçante !! As mãos de Wolfwood assumiram uma tonalidade incandescente, e o ferreiro caiu com uma das mãos no centro do bastão, puxando-o, e outra tentando segurar o rosto da inimiga. Por reflexo, a garota largou a arma e recuou dois passos para evitar a mão incinerante. Seu bastão foi ao chão, partido em dois. -Percebe a vantagem de ser maior de idade? Membros longos. – Acertou um soco no sino dourado, que o despedaçou. -Não! Meu sino! No mesmo instante, os esqueletos generais desapareceram. As raposas, que pareciam sair de um transe, correram e se dispersaram pela floresta. Os outros guerreiros, inicialmente surpresos, começaram a gritar comemorando a vitória. Delong aproximou-se de Wolfwood. -Precisa de ajuda? – Perguntou. -Não, aqui não tem nenhum problema, só uma garotinha mimada… – Respondeu Wolfwood. -Hm, eu ando sem garotinhas ultimamente… Posso levar essa pra casa? -… Doente. Uma veia apareceu na testa da menina. -Eu não sou uma garotinha! – Esbravejou. – Eu tenho mais de… Ah, esqueçam. O mestre não vai ficar nada contente comigo e é culpa de vocês. Mostrou a língua para os garotos e se teletransportou. Wolfwood caiu sentado, ofegante. -Por Odin, o que era aquilo? Demônio forte… -Pelo menos era bonitinha… – Disse Delong. – Melhor que eu, que passei a manhã com um monte de cavaleiros suados e esqueletos mofados. -… -Que foi? -… Esquece. Me ajuda aqui. – Estendeu a mão ao sumo sacerdote, que o ajudou a levantar. – Vamos, precisamos informar o comandante Zangetsu. —————————————————-“——————————————————– -Meu Mestre, eu falhei, me perdoe… – Disse a Flor do Luar a dois vultos: um alto e volumoso, sentado em um trono, e outro menor, em pé, ao seu lado. -Os fracos e malogrados devem perecer, e você não será exceção. – Disse o vulto do trono. -Mas, Senhor… – Implorou a Flor do Luar. -Hmpf. O vulto moveu a mão distraidamente. Quatro colunas de pedra ergueram-se ao redor da menina, aprisionando-a. -Mestre, não…! -Coluna de pedra. – Disse, sem emoção, cerrando a mão. As pedras chocaram-se, silenciando o ambiente. O vulto chamado Mestre abriu a mão, e as colunas de pedra desceram para o subsolo novamente. -Como eu tenho azar com esses demônios recrutas. E você, conselheiro, o que me sugere fazer? -Acho que estamos atacando o alvo errado. Os civis não atrapalharão nossos planos. Temos que destruir suas forças verdadeiras, obliterar seus clãs. – Disse o vulto menor. -Faz sentido, não entendo como tal idéia não me veio antes. Prepare alguns Generais imediatamente, e os envie. -Sim, senhor – disse o vulto menor, enquanto ia se retirando. -E mais uma coisa. -Senhor? – Perguntou o servo, quando saiu das sombras. Era um Lorde, de cabelos ruivos e rabo-de-cavalo, e carregava uma Mystellainn nas costas. -Não sei qual deles você é ao certo… Vocês são essenciais para o objetivo, mas passam o tempo mudando… Quem é você? -Se você precisa tanto de um nome – respondeu o lorde, com um sorriso no rosto. – me chame de Seyryu. Seyryu Renji. P.S.1: Feedback =P.P.S.2: Oi solzinha, quanto tempo ^^. Você postou a fanfic aqui? Aonde?P.S.3: Sim, Guidon, eu gosto de sangue tanto quanto de romance, mas as fanfics de rag que eu faço são mais sangrentas mesmo por natureza =P. Não dá pra falar de nada baseado em mitologia nórdica que não seja bruto.P.S.4: http://ragnafanfics.wordpress.com/ pra quem quiser ver os capítulos mais novos ^^.
  5. Estava tudo escuro. Seu estômago doía, e ela sentia o sangue jorrar de seu corpo. Ainda assim, Ellayhm ouvia o som inconfundível de metais chocando-se. -Droga, esse besouro dourado é muito forte! -Disse uma voz. -Bênção! Aumentar Agilidade! Angelus! – disse outra voz. – Alguém tira esse besouro macho daqui? Preciso estancar o ferimento da Elly com uma folha de Yggdrasil antes que ela morra! - Mammonita! – Disse uma terceira voz, seguida de pequenos sons de moedas. – Será que esse bicho não pára de por ovos? Porque diabos a gente provocou esse besouro gigante mesmo? -VOCÊ provocou o besouro quando tentou arrancar a antena dele pensando que era uma barra de ouro! – Reclamou a segunda voz. -Calem a boca, vocês dois! Tom, usa logo a droga da folha na Ellayhm! Ellayhm percebeu alguém se ajoelhando ao seu lado e passando suavemente sobre o machucado um objeto que lembrava uma esponja que estivesse anteriormente imersa em água gelada. Ela sentiu as pálpebras mais leves, e abriu os olhos. Um noviço encarava-a, a expressão visivelmente preocupada. -Você está melhor agora? – Perguntou Delong. Ellayhm acenou que sim com a cabeça. O noviço passou novamente a mão sobre a ferida, agora coberta com uma espécie de pasta verde e cicatrizando-se rapidamente. Murmurou um pequeno encantamento, cochichou “Curar !!” e, ao ver a ferida fechar, levantou-se. -Fique parada, tudo bem? A gente dá conta desse negócio sozinho. – Virou-se para frente e gritou novamente “Curar !!”. Ellayhm desviou o olhar do noviço e olhou ao redor, sua memória da situação voltando aos poucos. Esgotos de Prontera, quarto piso. Wolfwood havia sugerido o último andar depois de um mês aventurando-se em andares superiores, pois as suas fontes mencionavam uma jazida de ouro escondida em algum lugar. A verdade é que o ouro encontrado no andar não passava de antigas carapaças de uma criatura mítica, o Besouro-Ladrão Dourado, uma espécie de inseto gigantesco com o exoesqueleto feito completamente do metal precioso. Encontrar um monstro desses era uma raridade. Derrotá-los era ainda mais difícil, principalmente para aventureiros iniciantes como eles. À sua frente, utilizando a espada para repelir as investidas do besouro assassino, permanecia Seyryu. O besouro investiu com força, e o garoto precisou apoiar a lâmina com a mão e posicionar um pé atrás como apoio para impedir que o monstro o derrubasse. Delong, gritando, sacou uma vareta de dentro da batina e a enfiou com força em um dos olhos do inimigo, os únicos pontos visivelmente vulneráveis. O besouro ficou enfurecido e virou-se para o noviço, deixando o espadachim em paz. “Ele me protegeu de novo…”, pensou ela, ainda sem forças para se levantar. “Seyryu…” —————————————————“—————————————————– -Nicholas! Socorro! Ajuda! – Gritou Delong, enquanto fugia do besouro ensandecido e um exército de besouros-ladrões machos, de carapaça azulada, que apesar de menores eram grandes o suficiente para causar um bom estrago no garoto com uma patada. -O que você quer que eu faça, ora bolas? Perguntou Wolfwood, afastado, observando a lâmina destruída e cega do machado que estava em sua mão. - Sei lá! Que tal ATACAR? – Delong pulou sobre um riacho de dejetos, os besouros também. -Ele já quebrou cinco machados meus com essa carapaça de ouro! Eu não vou gastar mais dinheiro nesse bicho, não vale a pena. -Pois ataca com a droga do carrinho, que é mais barato! – Entocou-se em uma saída de esgoto estreita, e os besouros não conseguiam alcançá-lo. Ainda assim, o maior deles tentava arrancar um pedaço de seu braço, e ele tentava empurrar seu oponente com a vareta. -Sei não, pode danificar a estrutura do carrinho. Já pensou se a minha rodinha fica solta?… -EU PAGO A DROGA DO CARRINHO! AJUDA! -Bem, se você paga… – Wolfwood levantou-se, segurou o carrinho com uma mão e tomou pontaria. Girou e lançou. – Cart Termination !! O objeto voou em direção ao besouro-ladrão maior, que percebeu a manobra e virou-se, o engolindo. As feições de Wolfwood mudaram de confiança para incredulidade, e desta para ódio, em pouco menos de dez segundos. -ELE ENGOLIU MEU CARRINHO! ESSE CARRINHO CUSTOU 800 ZENYS E AINDA POR CIMA TAVA CHEIO DE ITENS! DEVOLVEEEEEEEE! O mercador ergueu o machado sem fio de corte, a única arma próxima, e correu em direção ao oponente gritando incoerências. Os besouros-ladrões machos pularam em sua direção, tentando proteger seu mestre, mas Wolfwood os repelia com chutes, cabeçadas e, no caso especial de um que grudou em seu braço, para o desgosto de Ellayhm, com dentadas. Alcançou o besouro dourado e começou a golpear repetidamente sua cabeça, as pancadas ressoando como os sinos da igreja de Prontera. O besouro até revidava, mas o mercador simplesmente ignorava a dor. Delong, ainda oculto na fenda, trabalhava duro para fechar as feridas de seu aliado. De tanto atingir um mesmo ponto, Wolfwood abriu uma fenda na armadura de seu oponente. Enfiou o machado na rachadura, pulou sobre o besouro e correu puxando a arma, rasgando-o ao meio, de uma ponta à outra. O besouro agonizou e, dividido em dois, cedeu. Não que isso impedisse o mercador de continuar batendo. -Maldito! Devolve! Meu! Carrinho! DROGA! -Nicholas, você precisa se acalmar… – tentou Delong, mas foi ignorado. Seyryu aproximou-se de Wolfwood e segurou seu braço decididamente. -Nicholas, não adianta mais. O carrinho foi destruído. -Mas, mas… -Acontece. Em todo caso, graças ao seguro do carrinho, a Corporação Kafra irá repor seus itens. Wolfwood largou a arma. -Dentro do carrinho tinha um tesouro único para mim… Vocês sabem, a pedra… -Aquela ali? – Delong perguntou, apontando para uma pedra vermelha e brilhante, presa a um pingente a alguns metros do monstro. -Minha Granada da Sorte! – Exclamou Wolfwood, surpreso. Apanhou apressadamente a pedra no chão, como que com medo que outra pessoa aparecesse e a levasse. Guardou-a no bolso. – Você a achou, Tom! Valeu! -Ora, não foi nada! – Respondeu o noviço, com um sorriso. ———————————————-“———————————————— Percebendo que tudo havia acabado bem, Seyryu virou-se e se aproximou de Ellayhm, preocupado. Ajoelhou-se ao seu lado. -Você está bem? Consegue andar? Ellayhm balançou a cabeça, negativamente. -Então deixa que eu te ajudo. Colocou Ellayhm nas costas e chamou os outros membros do grupo para sair do esgoto. Tom resmungou algo como “Eu seguro o dragão e ele salva a princesa, assim é muito fácil…”, e juntou-se a Seyryu. -Agora vai ficar tudo bem. – Disse Seyryu, e sorriu para ela. “Eu acredito em você”, pensou Ellayhm, encostando a cabeça em seu ombro e adormecendo. Ellayhm abriu os olhos e viu um teto. Estava deitada em uma cama e, por algum motivo que não entendia, estava de pijama. Virou-se para o lado e topou com o rosto de Delong, também de pijama, dormindo. Ela o acordou com um grito de susto e com um poderoso soco, que o fez atravessar o quarto e atingir a parede do outro lado. - MUITO boa sua idéia, Nicholas… – chorou o sumo sacerdote para o amigo, que entrava no quarto pela porta localizada na mesma parede contra a qual Delong havia se chocado. -Seu… seu… TARADO! – gritava Ellayhm, em pânico, fazendo amplos movimentos com os braços. -Shh! Vai acordar a Alicia! – sussurrou Wolfwood, apontando para algum lugar nas costas de Ellayhm. -Acordar quem? – perguntou a arquimaga, virando-se. Só então ela percebeu a garota de antes, deitada ao seu lado. Ela tinha longos cabelos loiros, nariz fino e pequeno e lábios rosados. Abriu lentamente seus olhos azuis marinhos, despertando lentamente do sono. A arquimaga lembrou-se da briga com o Tigre da Floresta. As feridas arderam, confirmando que aquilo não havia sido um sonho. Olhando por dentro do pijama, viu algumas ataduras feitas com ervas medicinais de diferentes cores. -O que aconteceu com o Eddga? -Então era esse o nome daquele bicho? – Perguntou Wolfwood, sorrindo. – Não sobrou nem pó, pelo que a Alicia disse. Deve ter sido um baita Trovão, o seu. O que é uma pena – Comentou Delong, interrompendo o amigo enquanto se recompunha. – Dizem que patas de tigre são bons afrodisíacos… – e começou a babar, perdido em pensamentos. Ignorando seu amigo, Ellayhm se voltou para a menina ao lado, com um sorriso que expressava o máximo possível de serenidade. -E então, seu nome é Alicia? -Sim, Alicia Dusko – Confirmou a menina, balançando a cabeça. – Tenho 12 anos. Muito prazer. -Dusko? – Interrogou Wolfwood, atraído pelo nome familiar. – Não é o sobrenome da líder da Guilda dos Arqueiros de Payon, Alesssandra Dusko? -Sim, essa é a minha mãe. -Você é filha da líder da guilda? – Perguntou Delong, surpreso. – E porque você virou uma Arqueira tão cedo? Quer dizer, sua mãe não deve ter problemas com dinheiro, e nem de cuidar de você considerando que ela não pode sair da cidade… Alicia permaneceu em silêncio. Parecia estar segurando o choro. -O que houve, Alicia? – Perguntou Ellayhm, apreensiva. -É que… minha mamãe… Não consigo falar com ela… Desde que a gente se separou quando ela defendia a cidade. Houve um instante de silêncio depois da frase, no qual todos processavam as palavras da garota. O único som da sala era o soluçar baixo da menina. -PAYON FOI ATACADA? – Perguntaram, em uníssono. -Não… Foi destruída. Novo silêncio. -COMO É QUE É? – Novamente, em coro. – E quando isso ocorreu? -Ontem à noite. Mamãe me transformou em Arqueira e me mandou pra cá chamar reforços para resgatarem os sobreviventes que fugiram para a floresta. Ainda têm muitos monstros andando na cidade, e os cidadãos não conseguem se reagrupar. Ellayhm ouviu cuidadosamente a história, ponderou por um instante e por fim, virando-se para os amigos, manifestou-se. -Vamos à Payon? -Você tem certeza disso? – Perguntou Wolfwood. – Você sabe que as chances de Seyryu ficam menores quanto mais tempo nós demoramos… -Sim, eu tenho plena consciência disso. Mas existem mais vidas em risco aqui do que onde quer que o Sey esteja. – Falava decidida, mas apertava com força o lençol da cama. Wolfwood acenou com a cabeça. -Bem, em todo caso precisamos notificar a Guilda dos Espadachins – disse Delong. – Se, como a Alicia disse, houver um exército de mortos vivos, não teremos chance sozinhos. Alguém sabe qual o nome do líder da guilda? - Ichigo Zangetsu. – Disse Alicia. – É um tio muito legal, mas bebeu demais no churrasco dos líderes de Guildas ano passado e passou vexame fazendo alguma coisa que a mamãe tapou meus olhos pra eu não ver… -Ah, eu lembro disso! – Disse Delong, batendo as mãos. – Saiu até no ‘Diário’, parece que ele… Wolfwood aplicou um tapão na nuca do sumo sacerdote, e depois o encarou com um olhar de desaprovação. Delong entendeu. -Bem, então é isso… Deixe-me apenas me trocar – Disse Ellayhm, se levantando. Quando pisou no chão, sentiu como se suas pernas fossem de gelatina, e só não caiu porque Delong a segurou. -Calma lá, menina – disse o sacerdote. – Você não está em condições de se mexer ainda. Eu sobrecarreguei o seu corpo com energia sagrada para curar o ferimento, mas você perdeu sangue demais e ainda deve estar fraca… -Ela teria perdido menos sangue se você não tivesse passado cinco minutos arrastando a Alicia pela feira e oferecendo docinhos, seu padre safado – comentou Wolfwood. -… E ainda menos se você não tivesse perdido quinze minutos tentado negociar um desconto de 50% caso comprasse 150 quilos de banana, seu ferreiro mão-de-vaca – Respondeu Delong, desconversando. – Alicia, você vem também, já que conhece o velho melhor do que a gente. -Tá, tio. – Concordou a menina, pulando da cama, pegando o arco que estava encostado na parede e saindo do quarto, seguida por Wolfwood. Delong estava saindo do quarto quando ouviu a voz levemente envergonhada de Ellayhm o chamando. Parou sobre a soleira. -Tom… Bem, eu queria agradecer por ter cuidado de mim, e pedir desculpas pelo soco. -Somos um grupo, compartilhamos alegrias e tristezas. Só não me bata com tanta força da próxima vez, você tem a mão pesada… – Disse o sumo sacerdote, sorrindo. Saiu sem se virar. Ellayhm permaneceu olhando para a porta algum tempo. Ajeitou-se nas cobertas e voltou a dormir. O som de uma pessoa se engasgando rasgou o ar da floresta de Payon. Amanhecia. -Com esse, já foram 37 humanos eliminados. E o gatinho ainda não voltou… – Disse a menina, tirando a mão de dentro do pescoço do homem que acabara de matar. Como que respondendo à sua reclamação, um portal abriu-se a poucos metros de distância. -Até que enfim, já estava na hora… Então outros 3 portais se abriram ao lado do primeiro. A menina riu. -Gatinho incompetente… Generais, agrupar! Nove Caudas, agrupar! O batalhão de esqueletos e raposas fez um círculo ao redor de onde os portais brilhavam, e esperaram. Não muito tempo depois, guerreiros das mais variadas classes, em especial espadachins, cavaleiros e lordes, começaram a se materializar na região. Iam agrupando-se em pequenos blocos, todos de costas uns para os outros. Os três últimos a sair foram Wolfwood, Delong e um senhor de aproximados 55 anos, cabelos azuis e curtos com muitas mechas brancas, um nariz de batata e orelhas grandes. Portava uma espada clássica da região de Amatsu, conhecida vulgarmente como Kataná, com um pequeno detalhe de customização: Sua lâmina era negra. -Eu sou Ichigo Zangetsu, líder dos Espadachins de Izlude – Anunciou em voz alta, apontando a espada para a menina. – Vim aqui para resgatar os humanos. E você, garotinha, quem é? Os portais se fecharam. - Flor do Luar, a Princesa Raposa, e essa é a minha Ciranda dos Mortos. – Respondeu a menina, sorridente. Entrou em posição de combate com seu sino posicionado às costas, e seu sorriso alegre se transformou num esgar maligno. – Vim aqui para matar os humanos. Temos um impasse, né? P.S.1: Eba, já tenho 3 leitores aqui =P (BTW, eu acho que só umas 2 pessoas leram essa história no prontera. Na verdade, eu tenho quase certeza u.u).P.S.2: Pra quem quiser ler mais na frente, a versão do http://ragnafanfics.wordpress.com já está em seu capítulo 12 (quer dizer, 2/3 do capítulo 12, mas ainda assim no 12) ^^.P.S.3: Feliz dia dos pais, se houver algum aqui xD.
  6. Capítulo 7 O barco partiu cedo da pequena cidade e logo chegou a Izlude. Ellayhm, um tanto nervosa, deixou os homens cuidando do pagamento do barco e das provisões e combinou de encontrá-los na saída da cidade quando estivessem terminados. Enquanto a arquimaga afastava-se, Wolfwood choramingava para o amigo. -Meu dinheiro... -... São apenas 50 zenys, a gente recebeu desconto graças ao ataque – Comentou Delong, virando-se com uma cara de incredulidade diante da reação do mestre-ferreiro. - E quem tá pagando sou eu... -Mas você vai descontar dos meus 85 milhões, eu sei que vai... Agora são apenas 84 milhões, 999 mil e 950 zenys. É muito pouco, eu quero uma revisão de contrato! -... Izlude estava com sua grande, porém organizada, movimentação habitual. O maior destaque da principal cidade-satélite de Prontera era a Guilda dos Espadachins de Izlude, cujo líder, Ichigo Zangetsu, era conhecido por ser um dos mestres de espada do imperador Tristan III. Além disso, a Grande Feira, que acontecia toda manhã na praça principal, valia-se do posicionamento estratégico da cidade e de seu porto para reunir itens dos mais variados cantos do planeta. Não que alguma dessas coisas interessasse à arquimaga, sentada em um banco próximo à entrada da cidade, observando ao longe as muralhas da capital. “Logo estaremos chegando a Juno”, pensou. “Espero que ele esteja apenas ferido, ou alguma coisa do gênero…”. Suspirou. Não lhe agradava a idéia de um Seyryu machucado e inconsciente em algum lugar. As outras opções, entretanto, eram o seu namorado morto ou a traindo e, de certo modo, levariam à mesma tristeza profunda e necessidade de se enterrar um corpo. Perdida em ponderações, demorou a perceber um pequeno ponto ao longe se aproximando em alta velocidade. O ponto foi crescendo e tomando a forma de uma pequena menina de cabelos loiros e longos, que carregava um arco nas costas e balançava freneticamente os braços. Parecia tentar dizer alguma coisa, e Ellayhm levantou-se para ouvi-la. -Soc… o! - A menina gritava, ao longe. -O que? -SOCORRO! Foi quando a arquimaga percebeu o grupo de Pés-Grandes. Essa espécie de urso da floresta, bípede, é usualmente calma e prefere se esconder em seu habitat natural do que atacar humanos incautos. Não que tal definição se encaixasse àqueles, que perseguindo a garota. Pareciam fora de si, como se precisassem realmente agarrar a menina. Acompanhando de uma distância razoável havia um tigre gordo e ofegante. Ele alternava olhares entre a frente e o chão, corria em duas patas, segurava um cachimbo em uma das patas livres e uma cartola na outra. Tentava alcançar o bloco da frente. Ellayhm fechou os olhos e estendeu o braço direito, abrindo a mão. -Moça! Socorro!- A menina implorava, fugindo na direção da maga. Quando abria um pouco de vantagem de distância dos ursos, girava de costas, disparava uma flecha na esperança de reduzir a velocidade dos inimigos e voltava a correr. -Como… Essa… Moleca… Corre! – dizia o tigre para si mesmo, entre uma arfada e outra. Ao erguer a cabeça por um instante, percebeu a mulher no topo da colina. Quando a baixou novamente, pôde ver seu rosto refletido na grama azulada. - O que…? O tigre e os ursos escorregaram e caíram de costas em sincronia na camada de gelo que apareceu sob seus pés, enquanto a menina escapava. A temperatura despencou rapidamente, e havia neve. O tigre ainda tentou levantar-se, mas não conseguiu se equilibrar em pé e despencou de novo. -Nada bom. O gelo enrijeceu-se ao ponto de tornarem a fina lateral dos flocos de neve extremamente cortante. As correntes de ar se intensificaram, a neblina tornou-se mais densa. Ellayhm abriu os olhos. -Nevasca! Os pés-grandes foram caindo um a um, soterrados pelas camadas de neve. O tigre encolheu-se em posição fetal, logo sendo coberto pelo gelo. A garota chegou até Ellayhm e alegremente pendurou-se na mulher. -Obrigada, moça! - Disse a menina, sorridente, abraçada na cintura da arquimaga como um macaquinho apegado ao dono. -Calma, calma… Não foi lá grande coisa... Mas a criança a apertava cada vez mais forte, e a cintura de Ellayhm começava a doer. -Ahn... Garota?... Sério… isso tá incomodando… -Obrigada, obrigada, obrigada! Terminada a tempestade, a neve transformou-se imediatamente em vapor. Tudo o que restava era um grupo de Pés Grandes mortos e um grande tigre congelado, para a estranheza da arquimaga. “Ele congelou, sinal que ainda está vivo… isso quer dizer que…” A arquimaga escaneou a presença do monstro. Percebeu um padrão de energia similar ao de Drake e do General Tartaruga. Estendeu imediatamente as mãos em direção ao oponente e carregou uma esfera de raios, disparando-a contra o monstro. -Trovão de Júpiter !! Antes que o ataque pudesse atingir o inimigo, o gelo rachou-se em duas metades. O tigre saltou com inesperada agilidade de dentro do bloco e, com um tapa, rebateu a esfera de energia para longe. - Maldita… Me pegou desprevenido – Reclamou, enquanto erguia os olhos para observar a oponente. A garotinha sobressaltou-se com a voz. Soltou-se de Ellayhm e escondeu-se atrás de suas pernas. -Bem forte para um tapete de pele! - satirizou Ellayhm, enquanto tentava estabelecer contato mental com Delong e Wolfwood, que ainda estavam na cidade. - Quem é você? -Eu sou Eddga, o Tigre da Floresta, e você está atrapalhando minha refeição. - disse Eddga, voltando a olhar para a garotinha, e também tentando estabelecer contato psíquico. Bruxos lhe davam calafrios. -Ellayhm Houten, arquimaga. - respondeu, impaciente por não receber resposta dos companheiros. - Prepare-se para conhecer seu fim. -O QUÊ? 50 zenys em um pedaço de carne desse tamanho?! Nem em pesadelo! - se exaltava Wolfwood. Os presentes na feira olhavam assustados para o homem. -Acalme-se, meu senhor… - O açougueiro impacientava-se, vendo os possíveis clientes afastando-se de sua loja. -Nunca, não mesmo, nem pensar! -O melhor que eu posso lhe fazer é lhe ceder um desconto… -Pago 38. -Como? -Mais que 38 zenys, sem negócio. -Certo, então. Sem negócio, seu maluco. 24% de desconto eu não faço nem pra minha mulher. -Tudo bem, eu entendo… - Virou de costas para a barraca e começou a falar alto, para quem quisesse ouvir. – Cobrar um preço absurdo desses por uma carne de baixa qualidade! -Senhor… -A variedade de carnes limitadíssima, a carne moída feita de carne de minhocas Hodes… -Senhor… -O cheiro de podre é mais azedo que o do esgoto de Glast Heim… -BASTA! – Exaltou-se o açougueiro, erguendo a faca ensangüentada que utilizava para cortar a carne. As pessoas ao redor assustaram-se, algumas mães cobriram os olhos dos filhos. O vendedor envergonhou-se. - Tudo bem, eu lhe dou seu maldito desconto! Mas pare de espantar meus fregueses! -É sempre bom fazer negócios com você. - Disse Wolfwood para o vendedor, com um sorriso tão natural quanto o ódio estampado no rosto de seu interlocutor. “… odeio fazer compras com esse cara”, pensava Tom Delong, caminhando ao lado de Wolfwood, que puxava seu carrinho cheio de compras. “Ele faz isso em todos os cantos… Qualquer dia desses alguém ataca.” Percebeu então que alguém tentava comunicar-se em conexão mental. “Hmm, deve ser a Ellayhm com pressa...”. – Ignorou a chamada. Cutucou o ombro do amigo. - Vamos terminar logo com essas compras, Nicholas, a Ellayhm já começou a pertubar… Sem problemas! – Respondeu o mestre ferreiro. – Só faltam o leite e as poções brancas. Em meia hora a gente resolve tudo. Continuaram a caminhar por entre as barracas. Longe dali, nas ruínas de Payon, uma garotinha vestida com uma roupa de pele de raposa amarela e carregando um imenso sino farejava o ar, concentrava-se por alguns instantes e apontava para algum arbusto ou árvore na floresta. As raposas de nove caudas que dançavam ao seu redor corriam com destreza, pulavam e invariavelmente abatiam um humano escondido. A menina comemorava discretamente a cada novo morto. Percebeu a tentativa de conexão mental, mas não quis receber. Pouco tempo depois, outro pedido, e outro, e mais outro. Uma veia pulsou em sua testa. Aceitou a conexão mental, resmungou um sonoro “Não enche agora, tô ocupada!”, encerrou a conexão e voltou a coordenar a busca. “… eles me ignoraram…”, pensava Ellayhm. “Se esse bichano chamar reforços vou ter um grande problema…” “…Raposa mimada, projeto de pré-adolescente irritante, se acha muito importante...”, amaldiçoava mentalmente Eddga. “Se essa maguinha chamar reforços vou ter um grande problema…” Tiveram a mesma idéia, ao mesmo tempo. -Proponho um duelo! - Disseram em uníssono, apontando o dedo um para o outro, e continuaram. - Um contra um, sem reforços. - Perceberam que estavam dizendo as mesmas coisas, e mudaram para um tom jocoso, ainda em sincronia. – O que lhe faz pensar que eu chamaria reforços? Para enfrentar um verme fraco como você? Eu aceito seu desafio! Hahahahaha!- A risada dos dois soou tão falsa que a garotinha se assustou e afastou-se de Ellayhm alguns passos. Eddga silenciou-se subitamente, começando a correr em direção a Ellayhm, que, cerrando o punho direito, fechou os olhos e pisou com força no chão à sua frente. -Rajada congelante! Erguendo-se do chão logo em frente ao pé da arquimaga, uma trilha de pequenos espinhos de gelo saiu em direção a Eddga, que pulou para se esquivar. Os espinhos se expandiram subitamente até ultrapassar sua altura, tentando perfurá-lo e o imobilizar, mas o tigre esquivou-se agilmente dos objetos. Aterrissou e reparou na esfera de energia que se concentrava em frente das mãos de Ellayhm. -Trovão de Júpiter !! Eddga jogou seu peso para o lado, e a esfera atingiu seu braço de raspão. Ele caiu apoiado nas quatro patas, e com um rápido pulo partiu para cima de Ellayhm. A arquimaga fez uma espécie de gancho com a mão direita aberta, como um bardo pedindo apoio do público em uma música particularmente empolgante. -Barreira de Gelo! Uma imensa muralha de espinhos de gelo compacta ergueu-se logo em frente a Eddga, que chocou-se violentamente e caiu, levemente machucado pelo impacto. Levantou-se rapidamente, mas sentiu as patas afundarem na terra. Era tarde demais. -Pântano dos mortos! A grama embaixo dos seus pés transformou-se em lama, e ele afundou até os joelhos, sem conseguir mais se mexer direito. Andava vagarosamente, tentando sair da poça, mas percebeu que não havia como fugir quando a temperatura começou a cair. ----------------------------------------------“----------------------------------------------------- Ellayhm murmurava as palavras mágicas de invocação da nevasca, quando detectou uma magia se aproximando em velocidade e desconcentrou-se. Ainda teve tempo de ver a bola de fogo descendente, mas não de esquivar-se. Atingida, foi arremessada para trás com a força do impacto, aterrissando em um ângulo estranho. Ergueu-se com dificuldade, apenas a tempo de ver o Tigre da Floresta pulando em sua direção. Tentou girar para trás, mas sentiu as garras afiadas perfurarem seu ombro direito e o sangue escorrer pelo braço. O monstro não parou a investida, e com a outra garra lacerou a barriga da arquimaga, que recuou mais dois passos. Desferiu um terceiro ataque, diretamente em seu peito, utilizando a palma da pata, ato que fez Ellayhm sair voando alguns metros, e rolando outros. A mulher, contorcendo-se de dor, não levantou-se; Eddga aproximou-se e ergueu-a pelo tronco utilizando as duas patas, observando seu rosto enquanto tentava esmagá-la. -Mais fácil que eu pensei. Acho que assim eu provo quem é o verme, não? -É... - Ellayhm respondeu, erguendo os olhos para observá-lo. Com esforço, levou a mão direita à testa. – Congelar !! Como uma explosão, uma onda de gelo saiu do corpo da arquimaga, congelando tudo em um raio de dez metros dela, incluindo o tigre. Bateu com o cotovelo na mão do oponente, que se despedaçou e libertou-a. Caiu apoiada nas mãos e joelhos. -E é assim que EU provo... Quem é o verme. -Encostou as palmas das mãos na altura da barriga do tigre. - Trovão de Júpiter !! Uma esfera de eletricidade explodiu o monstro congelado, transformando-o em uma fina nuvem de neblina. A menininha aproximou-se novamente de Ellayhm, preocupada com seu estado. Ajoelhou-se ao seu lado, apoiando a mão em suas costas e a chamando. -Moça, você tá bem? Moça? -Ele me pegou de jeito… - disse Ellayhm, e virou o rosto sorridente para a arqueira. - Mas eu venci, certo? A força sumiu de seus braços, e ela cedeu à dor. Caiu inconsciente. P.S.1: Comentários são bem-vindos, mesmo os da Whisper =P (Brincadeira linda, você mora no meu
  7. Capítulo 6 “Como pode um MONGE derrotar aqueles caras? O Nicholas mal os arranhou!” – Pensou Ellayhm, enquanto Tiberius aproximava-se, praticamente desfilando pelo convés, enquanto era aplaudido pelos sobreviventes. O monge deteve-se próximo à arquimaga, lançou-lhe um sorriso de “eu sou perfeito, você não acha?” e decidiu contar vantagem. -Uma garotinha frágil como você não deveria andar por aí com pessoas tão fracas… – Disse, apontando a cabeça para Delong, que tentava curar os machucados de um Wolfwood já acordado e disposto a pegar os itens que os monstros deixaram cair para apurar alguns trocados. -Vai acabar se machucando, qualquer dia desses. -Ei, tio, a moça aí já tem namorado – Comentou Wolfwood, enquanto juntava mais pedaços de tecido derrubados pelas aparições. – Além disso, o que ela iria querer com um cara que, nessa idade, ainda não conseguiu passar no teste de Mestre? Tiberius sorriu. - É verdade, eu atrasei um pouco o meu treinamento do ponto de vista da profissão. Mas a verdade é que foi por uma boa causa. Uma aura azul-clara surgiu ao redor do monge. Era mais ou menos como uma chama que o envolvia, sempre em constante movimento e no formato de ondas. Wolfwood e Delong imobilizaram-se temporariamente, o observando. Não era sempre que viam alguém que já havia atingido o estado da aura azul, especialmente fora de combates. -Essa – disse Tiberius – é a Aura da Verdade. Como vocês sabem, todo inimigo que derrotamos nos dá uma parte de sua “energia vital”, chamada pela população em geral de “Experiência”, ou “XP” em abreviado. A Aura da Verdade aparece no momento em que o guerreiro atinge o limite de energia vital que sua alma suporta, e essa energia transborda. Pouco tempo depois o espírito organiza a energia e o excedente se dispersa, sendo esse o motivo pelo qual vocês não vêem pessoas “brilhando” por aí fora de campos de batalha. A aura emitia pequenas fagulhas de energia, que se dispersavam no ar. Uma das fagulhas moldou-se no formato de uma esfera de energia, e passou a circular ao redor da cabeça do monge. Fechou os olhos e sorriu, com um ar de superioridade. -Entretanto, existe uma maneira de driblar esse limite, através do controle do chi. É claro, trata-se de um método complicado, que exige anos de dedicação e prática. É necessário fazer o corpo, ao invés do espírito, absorver e estocar diretamente essas partículas de Experiência, de modo que o espírito não as liberte ao chegar a seu estado limite. O sorriso sumiu do rosto de Tiberius por alguns instantes, enquanto ele se concentrava. A aura da Verdade foi aos poucos se dispersando, até desaparecer completamente. O monge estendeu a mão para frente, a palma voltada para cima. A esfera de energia que circulava ao redor de sua cabeça desceu até a palma, e depois desapareceu. -Por causa desse treinamento, eu passei 3 anos no templo de Prontera, sem contato com o mundo exterior. Pelo que fiquei sabendo, nesse meio período Sua Majestade o Imperador Tristan III, autorizou as guildas das Transclasses a aceitar membros que não tivessem nem mesmo atingido o nível da aura da Verdade, que era um dos pré-requisitos básicos para a entrada de um membro. Aparentemente, qualquer tipo de frangote hoje pode tornar-se transclasse e ainda por cima acreditar que é forte… Patético, tsc, tsc… Finalmente tornou a abrir os olhos e encarar o trio. Ellayhm escutava atentamente, mas Delong e Wolfwood nem lá estavam. Discutiam sobre alguma coisa, do outro lado do convés. -Isso custa mais de 85 milhões no mercado de Prontera! Porque eu daria algo como isso para você? – Wolfwood dizia, puxando a Bardiche para perto de si. -Porque eu quero, eu quero, eu quero! Por favor, Nicholas! – Delong dizia, puxando a arma de volta. -Eu preciso de dinheiro! -Eu preciso de uma arma! -E o que eu ganho com isso? -Eu pago com juros! O som da palavra “juros” ecoou no ouvido de Wolfwood. Ele parou o movimento de puxar a lança, e apenas segurava-a próxima ao corpo. -3% ao mês. – Disse Wolfwood. -1.5 %. -2.5 % e não se fala mais nisso. -Tudo bem, então… -Como sempre, foi excelente fazer negócios com você! – Disse Wolfwood com um grande sorriso no rosto. Soltou a Bardiche e voltou à sua aparência normal e civilizada. Tiberius não entendia a cena. -Para que um acólito precisa de uma lança? Nós todos fizemos um juramento que nos proíbe de fazer qualquer ser vivo sangrar, e por causa disso a Guilda dos Noviços nem mesmo ensina os noviços a manipular armas. Você a quer de enfeite ou o que? Delong não dizia nada. Estava tentando se concentrar. Girou a lança com rapidez, descrevendo poderosos arcos no ar com esta. Girou-a pelas costas, errou propositalmente, com o lado da lâmina, a costela e o pescoço de Wolfwood, quebrou um barril com apenas um golpe do cabo da arma e por fim escreveu um “D” na altura do peito de Tiberius com a ponta da lança tão rapidamente que este não teve sequer tempo de tentar se esquivar. A arma não chegou a tocar na pele do monge. -Mas o que… -Eu não sou um sacerdote comum – Explicou Delong, guardando a lança nas costas. – Sou de uma família bem pobre e matava orcs pra viver, isso quando nem aprendiz eu era, uns 10 anos atrás. Com 15 anos eu já sabia manipular qualquer tipo de Lança, Espada de 1 ou 2 mãos, Katar ou Machado, e de uns tempos pra cá comecei a praticar Taek-won-do nas horas vagas. Se existe alguma pessoa nesse planeta que merece ser conhecida como “Mestre de Armas”, – Disse Wolfwood, sorrindo. – Esta pessoa é Delong. - …E porque diabos uma pessoa como você virou acólito? Wolfwood riu baixinho e escondido. “Essa é a melhor parte…”, cochichou para si mesmo. -Meu teste de vocação disse que eu gostava de ajudar as pessoas, e eu vi que era verdade. Aí resolvi virar um acólito. – Delong sorriu. Tiberius ficou petrificado. Era a primeira vez que via alguém não só fazer o teste de vocação do centro de aprendizes sem manipulá-lo, mas ainda por cima ouvir a sugestão que foi dada. “-A melhor parte é que, por ser de uma família muito pobre que não tinha dinheiro para sustentar os filhos na escola, ele não sabe ler muito bem.” – Tiberius ouviu a voz de Wolfwood em sua cabeça, o que queria dizer que ele estava discretamente utilizando a Conexão Mental. Esse encantamento, baseado em uma runa mágica que é tatuada na pele de todo aprendiz, permite que ele possa se comunicar diretamente com outra pessoa que ele a conheça e esta deseje estabelecer contato. – “Logo, ele ainda não terminou de ler a Bíblia cristã, nem conhece fatos e lendas do mundo, nem é muito bom com qualquer coisa que necessite pensar. Em poucas palavras, ele é um sumo sacerdote aculturado.” “- Um sumo sacerdote…?” Tiberius olhou novamente o rosto de Delong. Os poucos instantes em que haviam parado de conversar haviam sido o suficiente para o sumo sacerdote virar-se para a água e se distrair com “peixinhos bonitos”. Wolfwood riu alto, e Ellayhm o encarou com um olhar de reprovação que foi sumariamente ignorado. O monge balançou a cabeça, tentando apagar tudo aquilo do cérebro. Retomou a conversa. -Você ainda não me explicou porque precisa de uma arma com lâmina… -Contudo, mesmo que consideremos os mortos-vivos como vivos, eles não sangram porque o sangue já parou de fluir. – Disse Delong, virando-se novamente para Tiberius. -Mas só existem mortos vivos em cavernas amaldiçoadas, como a da vila dos Orcs, a de Payon e as ruínas da antiga capital, Glast Heim… -Mas eu tenho uma sensação – explicou Ellayhm, intrometendo-se de leve na conversa. – que os mortos vão invadir nosso reino em breve. E, por algum motivo, eu não costumo estar errada. —————————————————“————————————————- Payon estava em chamas. Os monstros da caverna que se localizava abaixo do feudo haviam, de alguma forma, quebrado a barreira sagrada que os impedia de sair e começaram a matar pessoas. A cena era assustadora: corpos decapitados, fragmentos de braços e pernas, feridos implorando por socorro e uma legião cada vez maior de mortos-vivos avançando sobre a cidade. Em meio ao caos, a única voz que parecia calma era o chamado compassado de uma menina. -Mãe? A pequena menina, de cabelos longos e loiros, olhos azuis claríssimos, nariz delicado e pequeno, não parecia ter mais de doze anos. A face, suja das cinzas, trazia pequenos arranhões; um rasgo na blusa, na altura do ombro, revelava a tatuagem de uma palavra em tinta negra: oro. -Mãe! Uma mulher com algo em torno de seus 40 anos, de cabelos loiros, olhos verdes, queixo arredondado e nariz fino, atirava para todos os lados com uma destreza inacreditável, utilizando um arco adornado, conhecido popularmente como Gakkung. Cada vez que atirava uma flecha, um monstro caía; para cada monstro que caía, seu corpo emitia um brilho azul da Aura da Verdade. -Alicia! Um general esqueleto, uma espécie de esqueleto morto-vivo que, de tão antigo, possui os ossos amarelados, surgiu atrás da menina, uma adaga enferrujada em cada mão. Desferiu um golpe na menina, que a mãe bloqueou pulando sobre a arma e utilizando o próprio ombro esquerdo. -Mãe! – Gritou Alicia, desesperada. A mulher, antes de tocar o chão, atirou uma única flecha que destruiu o crânio do general. Alguns dos inimigos próximos se desmontaram, sem motivo aparente. Parecia satisfeita consigo mesma. -Tese confirmada. Se matarmos os generais, as tropas mais fracas se desmontam… Argh! – Ao tentar erguer-se, colocando o peso do corpo sobre a mão esquerda, resmungou. Não conseguiria mais lutar com as duas mãos. -Mãe, a senhora está bem? – Perguntou a menina, aflita. -Filha, você deve sair daqui. Deve ir até Izlude e pedir socorro. Avise a Ichigo Zangetsu que Payon está sendo atacada, e que a líder da Guilda dos Arqueiros está pedindo ajuda. -E a senhora? -Uma Atiradora de Elite só sai de seu posto quando não há mais inimigos – Pegou uma das adagas do General morto com a mão boa. Fitou profundamente a filha. Suspirou. – Eu suponho, então, que isso seja necessário… Tirou do bolso um colar com uma maçã e uma flecha atravessada nela, e, arfando de dor enquanto mexia o braço machucado, disse: -Pelo poder concedido a mim pelo Rei Tristan III, eu, Alessandra Dusko, líder da Guilda dos Arqueiros de Payon, nomeio você, Alicia Dusko, a mais nova integrante de nossa fraternidade. – Colocou então o colar no pescoço da menina, e lhe entregou um arco que um esqueleto arqueiro derrubara poucos momentos antes. -Mãe! -Minha filha, eu ainda considero você ainda muito nova para ser uma Arqueira, mas a situação torna isso necessário. O futuro das pessoas de nossa vila está em suas mãos. Corra, e não olhe para trás. A menina começou a chorar, e a mãe a abraçou. -Sentirei sua falta, minha filha… Outro general se aproximou para esfaquear a atiradora de elite, mas Alessandra se virou, bloqueou o ataque com a adaga e com o pé quebrou sua coluna. Outro pequeno bloco de inimigos desmontou-se. -Fuja! A garota então, com arco em mãos, se embrenhou na floresta. A mãe a acompanhou com o olhar. Ao virar-se novamente para frente, percebeu que uma pequena fileira de generais começava a lhe fazer frente. A linha expandiu-se e, quando percebeu que seria cercada, já era tarde demais. Eles não faziam menção de atacar, mas isso só a deixava mais insegura. Foi quando grandes esferas flamejantes começaram a chover ao seu redor. “Bolas de fogo? Mortos – vivos mal sabem atacar! O que em nome de Odin…” – Seu pensamento foi interrompido quando um dos ataques caiu ao seu lado, a área de dano do impacto forte o suficiente para deixá-la inconsciente. A chuva de magias cessou. O círculo dos esqueletos se abriu, e dois vultos adentraram a formação: um deles era grande e gordo, o outro era pequeno e magro. Ambos tinham orelhas pontudas no topo da cabeça. -Uma guerreira valiosa, a líder dos arqueiros de Payon. O Mestre certamente ficará muito satisfeito. – Disse o vulto maior, uma voz grossa. -Sabe moço, – disse o vulto menor, com uma voz de menina. – deveríamos ter nos unido bem antes para destruir esta cidade. Eles atrapalhavam minha diversão… -De certa forma, você tem razão – concordou o outro.. – Mas eu nunca pensaria em me aliar com uma garotinha se ninguém me dissesse que valia a pena. O vulto menor cerrou a mão em punho. -Melhor que parecer um bichinho de pelúcia gordo… Os dois começaram a murmurar um encantamento em uma língua estranha, e um ponteiro com um círculo ao redor apareceu no chão. A seta girava como uma bússola que, depois de balançada, procura o norte. Após fixar-se em uma direção, transformou-se em uma estrela de sete pontas. O símbolo emitiu uma forte luz branca, e os vultos desapareceram, junto com a atiradora de elite. O brilho apagou-se, os Generais Soldados se dispersaram pela cidade e tudo que se podia ouvir era o cricrilar dos grilos na floresta. —————————————–“———————————————– -Bem, – disse Tiberius, enquanto descia no porto de uma cidade pequena – nos separamos aqui. Vou seguir meu caminho e tentar absorver mais um pouco de energia, então farei meu teste para Mestre, coisa que não deve ser tão difícil considerando o tipo de pessoa que anda sendo aprovado nele. Mandarei notícias. -Eu espero ouvir falar de você – disse Ellayhm, e depois murmurou para Delong. – morto e sepultado. O sumo sacerdote pensou em censurá-la, mas entendia seus motivos: o monge era, sendo muito suave com o adjetivo, um boçal. - É, parece que vamos ter de passar o restante da noite por aqui… – Comentou vagamente Ellayhm, observando a embarcação que agora caía aos pedaços. “Provavelmente Ellayhm está sentindo esse poder. Isso deve estar deixando-a cada vez mais preocupada com Seyryu.” – Pensava Tom Delong, enquanto olhava para a arquimaga. Imaginou como ela ficaria se o amigo morresse. Essas idéias se misturaram com muitas outras associações estranhas e lembranças desagradáveis, e ele não sabia mais o que estava pensando. Balançou a cabeça, apagando tudo. -É a vida. – Suspirou a arquimaga. – Vamos arranjar um canto pra dormir, amanhã continuamos a viagem. P.S.1: Obrigado pelo comment, andarilho '-'. Desculpa não ter dito nada antes, mas é que eu venho aqui com pouca frequência, pois ninguém nunca comenta mesmo...P.S.2: Pra quem estiver lendo, no http://ragnafanfics.wordpress.com eu já estou no capítulo 10. Atualizações quinta e domingo =P.P.S.3: Em todo caso, continuarei postando aqui uma vez longe da outra '-'. Afinal, acho que aqui ainda é a maior seção de fanfics de rag em português.
  8. Capítulo 5 Enquanto Delong adiantava-se para checar a ferida de Wolfwood, Drake guardou as armas. -Hmpf, é você. – Disse Drake para o General. – Eu lhe disse que não precisava de ajuda. -E eu lhe disse que, se você sumisse, eu não ia ter com quem conversar, portanto vim para cá. Vamos lá colega, os ossos estão ficando pesados, você não consegue dar conta nem dessas três coisas patéticas. Eu vim apenas lhe dar uma força. -Faça como bem entender, então. Quando o General Tartaruga ordenou que seus batedores matassem o restante dos humanos, o caos voltou a reinar a bordo. Wolfwood levantou-se, arrancou a shuriken de seu braço, pegou um machado de duas mãos das costas e entrou em posição de combate. Só em esforçar-se para segurar a arma, a ferida já começou a jorrar sangue. -Eu preciso de suporte, Tom. – Pediu, sem tirar os olhos do oponente. -Tá maluco?! – Perguntou Tom, assustado. Encostou a mão na ferida de Wolfwood, que resmungou de dor, e começou a regenerá-la. – Você não pode lutar na sua condição atual! O músculo foi lesionado, eu não consigo curar isso tão rápido! -Você não percebeu que, se não lutarmos, vamos morrer? Eu prefiro arriscar sobreviver; se eu perder, morro um pouco antes de vocês. Só então encarou o sacerdote, uma face tenebrosa. -Além disso, eles quebraram meu carrinho. Não posso perdoar uma coisa dessas. Delong manteve-se calado. Se tinha uma coisa que ele sabia, era que contra fatos e idiotas não existem argumentos. Reforçou o suporte já anteriormente conjurado sobre o amigo. -Bem -Disse Wolfwood, encarando o general com um olhar penetrante -, vamos ver se você é metade do que fala. Wolfwood correu em direção ao General, golpeando-o frontalmente com a arma. O monstro segurou o ataque com dois dedos. Wolfwood não desanimou; soltou o machado e realizou movimento semelhante ao que executou contra Drake. Tartaruga bloqueou o segundo machado com o cotovelo. Largou a arma novamente, sacou um terceiro machado e tentou cortar o inimigo lateralmente pela direita, mas seu oponente inclinou o corpo de leve para o lado. O golpe parou no resistente casco de tartaruga. O general sacou a bardiche com a mão esquerda. Wolfwood soltou o machado e pegou outro, recuando para se defender. Tartaruga girou a arma no ar e bateu, com o cabo, na ferida do ombro de Wolfwood. O mestre ferreiro abriu a guarda por causa da dor, e a ponta da lança do general atravessou sua coxa. Wolfwood caiu ajoelhado, segurando o cabo da arma do oponente enquanto tentava arrancá-la da perna. -Nicholas! – Gritaram Ellayhm e Delong juntos. Tentaram socorrer o companheiro, mas tartarugas apareceram na frente dos dois bloqueando a passagem. O general olhou de uma maneira intrigada para o garoto que jazia à sua frente. -Não se ataca um oponente enquanto se está com as vulnerabilidades expostas. É suicídio. Girou a arma no ar, mirando o pescoço do adversário. Foi quando uma segunda shuriken gigante atravessou o convés, dessa vez cravando-se na arma do monstro e a arrancando de sua mão. A arma cravou-se na madeira do barco. Preso a shuriken estava o sub-general Ephram, morto. -Mas o que…? Um vulto pulou, vindo de cima das cabines. O guerreiro tinha cabelos ruivos amarrados em um rabo-de-cavalo, parcialmente encobertos por um chapéu chinês, porte físico esguio, com músculos levemente definidos. “Seyryu?” Pensou Ellayhm. “Não, não é ele. As roupas, ele é um monge.” O monge atirou seu chapéu de palha e, despreocupadamente, começou a falar. -Então eram vocês que estavam fazendo tanto barulho aqui, não é isso? Vocês sabiam que estavam atrapalhando meu sono? Você nunca deve despertar um monge do seu sono, principalmente se esse monge for eu, Tiberius Glorio! Os monstros e pessoas no barco encararam o monge, atônitos. Quem aquele louco achava que era, ninguém sabia, mas certamente pensava ser muita coisa. -Bem, acho que vou ter que dar um jeito em vocês, agora que já estou acordado… – disse, estalando os dedos e o pescoço. O General Tartaruga chutou Wolfwood para o lado, como se fosse algo detestável. Encarou o monge. -Você se acha muita coisa, não? O que você pensa que é? Mal terminou de falar, uma sensação horrível de insegurança atravessou seu corpo. Alguma coisa sobre aquele monge não estava certa, havia uma espécie de aura ao seu redor que lhe trazia muito medo. Não conseguia sequer decidir-se em uma estratégia de ataque. Tiberius pulou em direção ao monstro, encarando-o profundamente. O general estava assustado demais, até mesmo para fugir. Tiberius acertou-lhe o primeiro soco na barriga, e continuou a seqüência. O general nem mesmo tentava se defender, afugentado pelo olhar penetrante. “Porque, porque não consigo desviar desse olhar… !” Tremendo de medo e sendo atacado, moveu lentamente o braço às costas. Sacou uma das espadas que trazia e colocou em frente aos próprios olhos. Tiberius viu o próprio rosto refletido pela lâmina da espada, instantes antes de ser atingido por uma joelhada e recuar alguns passos. Cuspiu um pouco de saliva. -Dilema, não foi isso? Uma habilidade interessante, imobilizar seu oponente apenas com o olhar. -… Você realmente foi muito rápido para perceber… – Enxugou o canto da boca com as costas da mão. Sorriu.- Meus parabéns, mas agora vamos ver o que você consegue fazer quando eu luto sério. Fúria !! Invocar esferas espirituais !! Cinco bolas de energia surgiram, uma a uma, e começaram a rodar em volta do monge, que correu de encontro ao general. A tartaruga gigante tentou contra-atacar, mas não conseguia encontrar brechas na seqüência de ataques do inimigo, defendendo-as como podia com a espada que estava à mão. Sabia também que se tentasse utilizar o casco para defesa o monge o eliminaria com um único golpe, a famosa técnica do Punho Supremo de Asura. “Maldição, se pelo menos eu estivesse com a minha lança, poderia bloqueá-lo e contra atacar…” Começou a recuar lentamente em direção à arma, uma passada por vez. Via a lâmina aproximar-se cada vez mais, conseguia sentir o cabo da arma em sua mão. Os ataques do oponente eram previsíveis, bastaria bloquear um deles para cancelar toda a cadeia. Estendeu a mão em direção ao objeto. “Só mais um pouco… AGORA!” Tiberius sorriu. A dupla alcançar a arma era a distração que estava esperando. -Combo triplo !! O primeiro golpe atingiu o braço do General e o fez girar sobre um dos pés de apoio. O segundo foi desferido quando o monstro terminou o giro e o atingiu diretamente no rosto, fazendo-o se curvar para trás. O terceiro acertou-lhe o estômago, fazendo-o se curvar para a frente. -Combo quádruplo !! Uma joelhada no rosto, dois socos no estômago e um gancho, que de tão forte o jogou para o alto, girando. - O Último Dragão !! Com um pulo, Tiberius seguiu seu oponente. Tocou uma das esferas com o punho fechado: esta assumiu uma tonalidade negra e grudou-se ao braço do monge. Atingiu o oponente com essa mesma mão e a explosão gerada foi o suficiente para abrir-lhe um rombo na carapaça e o arremessar de volta ao chão. Tiberius aproveitou o impulso extra para o alto gerado pelo próprio ataque para conjurar mais uma esfera espiritual. Desceu em direção ao General, que estava no chão, tentando mexer-se. Começou então a fazer selos com as mãos. -Punho… – Fazendo 2 selos. -… Supremo… – Outros dois. – … de… – Representando mais 2 selos, retraiu o braço, pronto para o ataque. -… ASURA !! A força do golpe foi tão grande que abriu um buraco no convés, e tanto o monge como sua presa caíram para dentro do casco. A silêncio reinou por alguns instantes, até que o corpo sem vida do General foi arremessado por Tiberius de volta para o convés. O Monge seguiu logo atrás, enxugando o suor da testa. -Alguém tem uma poção azul sobrando por aí? Alguns inimigos me cansam um pouco… – Disse ele, com um sorriso desdenhoso e arfando um pouco. -B-bem, você pode usar umas minhas… – Ofereceu um mercador que havia sobrevivido ao ataque, apresentando o estoque em seu carrinho. Tiberius tomou uma poção e virou-se para Drake e as tartarugas sobreviventes. -Alguém aí ainda tem coragem de me enfrentar? As tartarugas encararam-se apreensivas e fugiram, deixando Drake sozinho no navio, acuado na popa . Este, percebendo que estava cercado, acendeu seu cachimbo e os encarou. -É, parece que eu não tenho escolha… – Disse, resignado. – Não vou conseguir escapar dessa. Bem, então o jeito é levar vocês comigo! Abriu um lado do seu casaco e revelou um grande estoque de Esferas Marinhas, uma espécie de água viva vermelha que habita no fundo do oceano cujo mecanismo de defesa consiste em romper sua membrana externa, fazendo com que seu interior rico em fósforo e sódio exploda. Como seu sistema nervoso é bem resistente a impactos e altas temperaturas, o monstro aproveita para fugir. -Acho que vocês sabem o estrago que essas esferas vão causar, certo? Preparem-se para… -Passo Etéreo !! Tiberius se teleportou do local que estava para frente do monstro. -Bem, seu pequeno show termina aqui. – Disse ele, posicionando as mãos em forma concha. – Impacto Psíquico !! Posicionou suas mãos em forma de concha, à frente de seu corpo. Uma espécie de disparo de energia saiu de suas mãos e atingiu Drake em cheio, jogando-o para fora do navio. O pirata, levemente atordoado, ainda conseguiu enxergar o monge acenando da popa enquanto apontava dois dedos em sua direção. -Disparo de Esfera Espiritual. A esfera de energia acertou em cheio uma das águas vivas, rompendo sua membrana, e o líquido prendeu-se em Drake. O pirata explodiu ao encostar na água. P.S: feedback plz =P.P.S.2: Com passos de formiga eu vou u.u, um dia eu chego lá.
  9. Capítulo 4 -Você… Quebrou… Meu carrinho? Tu tem noção do que tinha no meu carrinho? TU TEM NOÇÃO DISSO, SEU TOSCO?! TU TÁ FERRADO, CARA!! – Wolfwood gritou, apontando para Drake com ferocidade. -Você acha que… – Tom começou o raciocínio, mais foi interrompido pela arquimaga, que escondia o rosto com a mão, como se envergonhada pelo amigo. -É, ele tá revoltado. Isso não é saudável nem pra ele nem pro monstro. Lembra quando aquele Besouro-Ladrão Dourado engoliu o carrinho, no esgoto? Ele bateu tanto na carcaça que quase não sobrou pedaço pra provar que tínhamos matado. -Por outro lado, ele quase perdeu um duelo contra um mestre ferreiro especialista em forjas e recém graduado porque o cara quebrou o machado de estimação dele, não faz nem dois meses. Basicamente, ele fica forte pra burro, rápido pra burro e burro pra burro. Drake fitava Wolfwood, aparentemente se divertindo com a raiva do garoto. -Você tem prioridades estranhas… Wolfwood sacou um dos machados de duas mãos que carregava nas costas, colocou-se em posição de ataque e começou a gritar as conhecidas habilidades de ferreiro. -Adrenalina Pura !! Manejo Perfeito !! Força Violenta !! Maximizar Poder !! ROARRRRR!! – Os músculos de Wolfwood aumentaram de tamanho e a pele do Mestre-Ferreiro assumiu uma tonalidade vermelha, tamanha a velocidade com a qual o sangue circulava em seu corpo. -Benção !! Aumentar Agilidade !! Angelus !! Assumptio !!– Tom forneceu o suporte. Uma aura de energia branca cobriu todo o seu corpo, gerando uma proteção quase palpável. – É o melhor que eu posso fazer por você, Nicholas… Wolfwood correu em direção ao pirata. Drake assumiu posição de defesa, analisando o oponente. Wolfwood atacou por cima e ele defendeu com o sabre. O mestre ferreiro então largou o machado que segurava, puxou outro machado de duas mãos das costas e cortou na direção oposta. Drake não esperava por esse ataque, e só teve tempo de defender-se. O machado destruiu a arma. Drake recuou de um pulo, olhou para a arma destruída, jogou-a para o lado e puxou um alfanje, parecendo não acreditar que um mortal fosse capaz de tanta força. -O que foi, ficou com medo agora? Vem, mané, vem! Vai apanhar muito! – Disse o Wolfwood, enquanto trocava o machado entre as mãos como se fosse um gângster brincando com uma faca. O pirata percebeu que, nas costas do ferreiro, havia uma aljava de ferro carregada de machados de duas mãos. Imaginou que apenas um mestre-ferreiro treinado para o combate teria força o suficiente para carregar um objeto daqueles e não se incomodar. Também percebeu um segundo detalhe, dessa vez da linha de trás. -Entendo… Afinal, vocês também o estão ajudando. – E olhou para Tom e Ellayhm. – Mas infelizmente para vocês eu não gosto de ficar parado. Um círculo mágico surgiu ao redor da arquimaga. A temperatura do convés começou a baixar. O chão cobriu-se de neve, e o vento começou a soprar cada vez mais forte. A força dos ventos acelerava-se cada vez mais, até que cada floco de neve parecia cortante como uma navalha. -Nevasca !! Drake pulou para alcançar a única região não congelada do convés, o local onde estavam seus oponentes. Ao aterrissar, dezenas de esferas d’água surgiram do oceano, circulando-o. -Esferas D’Água !! Drake murmurou um encantamento. -Aqua Ballista. Water Balls !! Um bloco do tamanho de uma piscina ergueu-se do oceano e desmanchou-se em inúmeras esferas d’água para surpresa de Ellayhm, que nunca havia ouvido aquela conjuração ou visto aquela quantidade de esferas. Alguns dos projéteis de Drake colidiram com os da arquimaga, varrendo-os. Ao perceber que Wolfwood se aproximava rapidamente com um machado em mãos, gritando, disparou o restante contra o mestre-ferreiro. -Martelo de Thor !! Wolfwood bateu com muita força o cabo da arma no chão, levantando uma parede de tábuas que bloquearam o ataque do oponente. O chão sob os pés de Drake ficou frouxo, e o pirata zumbi acabou prendendo a perna de pau em uma das frestas que haviam se aberto. Wolfwood aproveitou o desequilíbrio do oponente e aproximou-se, puxando a bolsa de dinheiro da cintura. -Mammo… Argh! Uma shuriken gigante atravessou o navio e fincou-se no ombro esquerdo de Wolfwood, fazendo-o largar o machado. Ele recuou e Drake removeu a perna de pau da fenda, afastando-se dos inimigos com cuidado. À esquerda do grupo, um esquadrão de aproximadamente 20 tartarugas havia acabado de chegar ao convés. Estavam posicionados de forma a proteger uma tartaruga maior, que tinha uma grande barba branca e sobrancelhas tão volumosas a ponto de esconder-lhe os olhos, com braços e cintura enfaixados. Trazia às costas duas espadas guardadas e uma lança à mão. -Três contra um é uma batalha desleal. Vamos igualar as coisas. – Disse o General Tartatuga. P.S.1: Comments plz '-'.P.S.2: Muito tempo sem net,tava de mudança x_x.P.S.3: O cabeçalho tá bugando, deve ser culpa do meu office 2007 tosco -_-.
  10. Capítulo 2 -Bem, o serviço de Kafra para Juno só funciona de Al de Baran, certo? Como a Kafra daqui está de folga hoje, temos que ir de barco até Izlude. De lá vamos para Prontera e então pegaremos o serviço de teletransporte Prontera – Geffen - Al De Baran - Juno. - Planejou Ellayhm. -Não sabia que as Kafras tiravam folga... - Delong comentou, surpreso com a informação. -Eternamente parado no mesmo lugar vendendo produtos. Eu não faria isso por nada. - Wolfwood opinou. -Err... E a sua loja? -Eu não sou assalariado, recebo pelo que vendo. -... Você é bem mercenário, sabia? -Sim. -... - O que vocês dois estão esperando? Vamos, o barco já está saindo! - Ellayhm chamou. ---------------------------------------"------------------------------------ Em uma ilha, à distância, alguém os vigiava. Ou algo. Dois vultos olhavam o barco dos aventureiros deslizando calmamente pelo oceano, e debatiam sobre o que fazer: -Você tem certeza de que aquele é o grupo? Eles não parecem grande coisa... - Um dos vultos comentou. -Segundo as informações do Mestre, sim. Aparentemente todos naquele grupo tem um nível de luta tão elevado quando o do Lorde que nós capturamos. E além disso, eles tem algum laço de envolvimento com ele. Farão de tudo para tentar resgatá-lo. - O outro vulto respondeu. -Hmpf. Humanos e seus laços de "amor"... depois não sabem porque morrem. -Todos nós morremos, Drake. Eles simplesmente tentam arranjar uma razão para fazê-lo. -Você e suas pérolas de conhecimento, General. -Faço o que posso. Então, vamos? -Eu posso dar conta disso sozinho. -Você sabe que não pode... -Estás tu duvidando de minha força? Lembre-se que já fui o mais Poderoso dos piratas! - Drake disse, enquanto apontava para seu corsário surrado. -Bem, já que você insiste tanto... Tente pelo menos não morrer. Preciso de um companheiro de conversas, não posso discutir com subordinados assuntos complexos. Mas agora que parei pra pensar, você é um morto-vivo. Como pode um morto-vivo morrer? -Nós renascemos. -Faz sentido... Na sua próxima encarnação, o que você será? Um poring? -Deixe de me distrair, estou ocupado... -Chonchon? -General... -Bongun? Espera um instante, Bonguns também são mortos vivos... Você pode morrer e ressuscitar morto? -Você pode parar com isso, Bozo? -Tudo bem, tudo bem. Boa sorte então. Drake então invocou um grupo de espíritos. Eles eram compostos por um crânio humano e um grande amontoado de farrapos negros flutuantes, e na altura da barriga existia uma imensa boca, capaz de engolir uma pessoa inteira em uma só mordida. Eram as Aparições. -Vocês irão assustar as pessoas no barco e matar o máximo possível. Evitem o grupo da arquimaga, eles são muito poderosos. Principalmente aquele sumo sacerdote, segundo Mestre ele tem uma especialização fora do comum. -Siiiim, senhoooor... E se teletransportaram na direção do barco. Drake estava entrando na água, quando o General chamou sua atenção: -Só mais uma dúvida. -Diga. -O que você pretende fazer se falhar em seu ataque? Você sabe que Mestre não perdoa falhas... -Não se esqueça que eu já fui um Capitão. Eu afundarei com meu navio. E mergulhou. O General observou as bolhas afastando-se até desaparecer, e balançou a cabeça negativamente. -... Ele falhará sozinho. Não posso permitir. - Virou-se. - Ephram! Ephram era uma tartaruga da raça Agressora, que são vulgarmente apelidadas entre os aventureiros como as “Tartarugas Ninjas”: Apesar de parecidas com tartarugas normais, andavam sobre duas patas e carregavam um imenso shuriken verde às costas. Essa, em especial, era marcada de cicatrizes por toda a face. Apareceu das sombras, e se ajoelhou diante do General Tartaruga. -Senhor, diga, senhor. -Reúna as tropas, subgeneral. Estamos atacando humanos hoje. -Senhor, entendido, senhor. Ephram já ia saindo quando foi chamado novamente. -Senhor, diga, senhor. -Traga minha Bardiche também. Acho que hoje é um belo dia para sentir cheiro de sangue. -Senhor, sim, senhor! E desapareceu. "Então, após 500 anos, a guerra recomeça..." - Pensou. - Tropas, ATACAR! Capítulo 3 A viagem de barco prosseguia alegremente, principalmente no saguão, onde ficavam as mesas de jogos e o balcão de bebidas. Por sair de Alberta, o barco estava cheio de mercadores recém-inscritos na guilda, o que transformava a diversão oficial do barco em pôquer e o principal assunto, negócios. -Essa armadura metálica custa 50 mil... -Comprei essa Sapo de Thara de um espadachim desinformado... -O comércio formal de Morroc anda em franca expansão, colega... Ellayhm, entretanto, estava muito irritada. Além de estar muito preocupada com Seyryu, 4 grupos de mercadores já haviam lhe convidado para jogar strip poker, deixando-a ainda em pior humor. Após expulsar mais um grupo de mercadores ameaçando transformá-los em picolé no formato de Oridecon e usá-los para forjar armas, sentou-se em uma das cadeiras no canto do bar e começou a olhar através da janela. ------------------------------------ “----------------------------------- -Uma carta de Besouro-Ladrão Dourado por 100 milhões? Deve ser falsa... - Disse Ellayhm. -Realmente, a chance de ser verdadeira é bem pequena...- acrescentou Delong. -Que nada! Essa é a oportunidade de uma vida! - Exclamou Renji, extasiado. - Você não concorda comigo, Nicholas? -Bem, se é verdade, é realmente a chance de uma vida - Comentou Wolfwood, limpando sua bigorna - E se for mentira, é só encher o elemento de porrada até ele não conseguir se mexer mais e pegar o dinheiro de volta - Completou, um sorriso macabro no rosto enquanto afiava a lâmina de seu machado. Todos ficaram em silêncio, fitando-o. -Às vezes ele me assusta... - Cochichou o sumo sacerdote para os outros dois. -É... - Concordou Seyryu. - Bem, vou descansar um pouco, depois decido o que fazer. - Disse, se retirando. Ellayhm o observou enquanto se retirava, decidiu que não tinha o que fazer e convidou Delong para ele lhe tutorizar sobre concentração. Mas ele já flertava com a dona da pousada. "Eu deveria avisar pra ele que ela é casada com um algoz...", ela pensou. “Pensando bem, ele é capaz de descobrir isso sozinho", e se retirou. --------------------------------"--------------------------------------- A arquimaga foi despertada de seus pensamentos quando o barco balançou com muita força, derrubando os copos que estavam sobre a bancada. Algumas pessoas se desequilibraram e caíram; as mesas moveram-se e as fichas se misturaram. -O que está acontecendo por aqui? - Perguntou, confusa. Como que para respondê-la, no mesmo momento uma bala de canhão atravessou a parede esquerda do saguão, passou a menos de um palmo de distância de seu nariz e atravessou o bar, abrindo dois enormes furos. Era um ataque. Ellayhm saiu pela passagem aberta primeiro e se deparou com um bucaneiro em estado deplorável. As velas rasgadas, partes do mastro quebradas, a madeira coberta de limo e esburacada. As únicas coisas que estavam em seu devido estado de conservação, infelizmente, eram os canhões. A bandeira no topo da embarcação, entretanto, não era a tradicional caveira dos navios piratas. -É o navio fantasma da Eventos Legais... - Respondeu Wolfwood, aproximando-se de Ellayhm e observando pelo mesmo buraco. - Ele estava sendo utilizado em eventos no porto de Alberta já vinha algum tempo, mas desapareceu da ilha onde estava encalhado duas semanas atrás. Disseram que a maré o havia levado e que ele estava perdido no oceano. Acho que nós o encontramos. -Ele tem uma aura estranha... - Acrescentou Delong, juntando-se aos outros dois. - Maior do que qualquer outra que já senti. Lembra um tanto aquelas dos líderes de Goblins e Kobolds no formato, o que quer dizer que a embarcação tem um monstro que se destaca. Imagino se ele consegue comandá-los... Como que para comprovar seus medos, mal terminou a sentença, um grupo de monstros voou do navio agressor. As manchas vieram voando em alta velocidade, gerando pequenas ondas sobre a superfície da água. O grupo afastou-se da quebra e sacou as armas, preparando-se para a invasão. Os inimigos entraram e voaram pela sala, como que coordenados. Desceram sincronizadamente. O pânico se instalou. -... Se ele se destaca entre aparições, acho que estamos com problemas. - Ellayhm resmungou. --------------------------------------"------------------------------------- Poucos instantes após o início do ataque, a situação no barco já era desalentadora:: algumas pessoas pulando no mar, várias lutando e muitas morrendo. Wolfwood comentou, sorrindo: -Bem, parece que vamos ter que lutar... -Não me diga que... -Sim, o mesmo sistema de sempre. -Mas é um caso de vida ou morte... -Lembre-se de que quem carrega as asas de borboleta do grupo sou eu, portanto eu fujo se for necessário e deixo vocês aqui. -Você é um mercenário. -Não, sou um mestre-ferreiro. Temos um acordo? -Certo, certo. Nós lhe pagaremos 1/3 do dinheiro que você gastar com suas habilidades, que apesar de super eficientes, danificam seu carrinho alugado e isso faz com que você tenha de pagar o conserto. Você está satisfeito? - Cedeu Ellayhm, suspirando. -É sempre um prazer negociar com vocês! Com licença- Disse Wolfwood, puxando um papel, uma pluma de ave e tinta de polvo do bolso. Disparou em direção aos inimigos. -Não sei qual o motivo que vocês tiveram para deixar ele entrar no grupo... -Parecia uma boa idéia ter alguém pra carregar nosso peso extra. Pelo menos ele é um bom lutador. Só queria saber porque quando ele ataca ele não grita "Impacto com o Carrinho"... -Cart Termination !! Girava o carrinho rapidamente, e o arremessava tanta força que abria rombos nos tecidos que compunham os monstros. Cada ataque seu eliminava uma Aparição, e fazia com que ele marcasse um traço no papel. -1500 zenys, 3000 zenys, 4500 zenys... Para supresa geral, em poucos instantes a sala estava limpa. -Bem, acho que cada um de vocês me deve 30 mil... Coloco na conta ou vocês vão pagar agora? - ele perguntou. Antes que pudessem responder, uma comoção tomou conta do convés. Saindo da sala, perceberam que se tratava de apenas um monstro. Em alguma era passada, aquilo deveria ter sido um grande capitão. Agora, era apenas um grande esqueleto de casaco, perna de pau e corsário, fumando um cachimbo e com um corvo dependurado no ombro. A comoção era devido ao fato do homem ter atravessado três mercadores com o mesmo golpe de Cutelo, erguido-os no ar, rido e arremessado os corpos no mar. Guardou a arma na cintura. -Ar, ar, ar, humanos no espeto! Tão ridículos quanto eu achei que seriam... -Quem é você? O que quer de nós? - O capitão do navio perguntou. -Hmpf, meu nome e Drake, o Capitão dos Piratas, e de vocês só quero as vidas. - Disse o zumbi. Drake desembainhou o Cutelo, partiu em velocidade para cima dos tripulantes e começou a retalhá-los como se fossem papel. Quando perceberam o que estava ocorrendo, pelo menos cinco já jaziam no chão, mortos. Wolfwood então correu para cima de Drake. -Será que você aguenta mais de um ataque? Quero mais dinheiro... Cart Termina... !?!?! Drake sacou um sabre com a mão livre e aparou o golpe. Ato contínuo, ergueu o braço do cutelo e gritou. -GOLPE FULMINANTE !! A força do golpe foi tamanha que não fosse o escudo mágico que o Kyrie Eleison de Delong materializou no momento exato, provavelmente Wolfwood teria sido partido em dois. Ainda assim a força do golpe foi suficiente para fazer o mestre-ferreiro voar metade do convés e cair sentado. -Porcaria... muito forte...! Mas... Percebeu que estava sem seu carrinho. -Procurando por isso? Drake apontou com o cutelo para o objeto preso em seu sabre. A arma havia perfurado a madeira, e o mantido próximo do monstro. Quebrou o carrinho ao meio e o jogou no oceano. -Vamos cantar e dançar, marujo! - provocou Drake, com as duas espadas em punho.
  11. Oi, meu nome é Henrique, muito prazer ^^.Há um bom tempo atrás eu escrevi uma fanfic baseada em Rag, chamada Crônicas de Rune-Midgard. Eu postei alguns capítulos dela aqui, mas desisti depois de um tempo pois a) ninguém mais comentava e b) eu já a postava em outro lugar, e acabava ficando com preguiça de colocar aqui.Bem, o outro lugar no qual eu postava fechou, e eu passei um tempo sem escrever nada. Resolvi, então, recomeçar: reli os capítulos mais antigos e corrigi erros ortográficos mais grotescos; organizei melhor as idéias; redefini a personalidade dos personagens.Resolvi, então, fazer um blog para postar a história, cujo link é http://ragnafanfics.wordpress.com/ . Nele eu postarei os capítulos, conforme for lançando.Também virei aqui postá-los de vez em quando, provavelmente aos domingos (a partir da próxima semana). Em todo caso, já que estou por aqui...Prefácio (capítulo 1) Seyryu Renji se culpava mentalmente de todos os infortúnios daquele dia. Primeiro, gastou toda sua fortuna para comprar uma carta de Besouro-Ladrão Dourado falsificada e inútil, depois ignorou os conselhos de Ellayhm e Delong de caçar a caravana do mercador que o enganou pelo planalto de Juno, e finalmente concluiu que da próxima vez que fosse fugir de um Archangeling, um monstro que lembrava uma geléia azul com asinhas na cabeça, e que apesar da aparência angelical é capaz de aniquilar um humano desavisado com apenas um ataque, ele não deveria entrar na primeira caverna que visse, considerando que a única caverna de Juno leva ao interior de um vulcão. Já estava a mais de meia hora fugindo de diaboliks, pequenos demônios vermelhos carregando tridentes dourados e com a boca na altura da barriga, e que tendem a rir o tempo todo, como hienas, o que realmente o incomodava muito. “Se não tivesse vendido minhas poções brancas… Nunca mais negocio com mercadores com menos de 1 mês de alistamento”. Então se virou e percebeu que estava em um grande problema. Às suas costas estavam aproximadamente 20 diaboliks e nenhum deles demonstrava um aparente cansaço, ao contrário de seu Pecopeco, que parecia a ponto de desmaiar de exaustão. E, infelizmente, foi o que ele fez. -Ótimo, mais despesas e menos velocidade, tudo que eu precisava. Apesar de ter passado apenas um segundo observando o seu companheiro galináceo no chão, quando levantou o rosto percebeu que estava com sérios problemas. Estava cercado agora, no meio de um círculo perfeito de demônios vermelhos com tridentes e um sorriso nada amigável, para não dizer sinistro. Contudo, nenhum deles se mexia, nem mesmo ria, o que só servia para deixá-lo ainda mais tenso.”Nenhum deles me ataca”, pensou.”O que estarão fazendo?” Então compreendeu. Olhou para os lados, mas a única direção em que não havia inimigos era o vão que se abria para o fundo do vulcão, o que, no mínimo, era tão desagradável quanto aquilo. Ainda teve tempo de se irritar mais uma vez: “Uma Besouro-Ladrão Dourado seria bem útil agora…” E a chuva de meteoros começou. ———————————————–”———————————————– Ao mesmo tempo, em Alberta, uma bruxa teve sua meditação atrapalhada por uma sensação sobrenatural. -Sabia que não ia dar certo… - enquanto arrumava-se apressadamente e se preparava para sair. ——————————————————–“—————————————————– Ellayhm V. Houten era uma arquimaga, no palavreado dos cavalheiros, realmente atraente. Com seus cabelos azuis-escuros amarrados em 2 tranças que ficavam jogadas sobre os ombros, olhos azuis-escuros e dotada de todas as “propriedades” pelas quais as bruxas são respeitadas pelos homens, além de andar sempre sorridente e fazer questão de passar Blush todos os dias, tornavam ela uma tentação ambulante. Infelizmente para os marmanjos, ela já namorava um certo lorde a algum tempo. Aparentemente, hoje não era seu dia. Ellayhm irrompeu pela porta da estalagem de Alberta com uma aura de ódio tão grande que chegava a ser palpável ao seu redor. Coisa que, logicamente, Delong não percebeu, porque estava ocupado tentando aliciar uma mercadora recém-alistada. O sumo sacerdote Thomas H. Delong se descrevia como um “admirador da beleza feminina”. Seus amigos o chamavam de “Zumbi Atirador”: atirava pra todos os lados, nada acertava. Usava um cabelo curto e, apesar de seus 21 anos, completamente branco. Quando Delong percebeu a cadeira voando em direção à sua cabeça, já era tarde demais. - Eu posso saber, agora que você está prestando atenção em mim, onde o Seyryu foi parar? - Ellayhm perguntou, com uma falsa tranqüilidade de assustar demônios. Delong se levantou. - Isso era realmente necessário? Sabe, o negócio da cadeira e tal… Eu estava conversando com essa simpática mer… Ele se virou para poder indicá-la, mas a mercadora havia aproveitado a chance e fugido. Ao voltar o olhar para Ellayhm, percebeu uma veia pulsando em sua têmpora. -EledissequeiaatrásdomercadordeJunoevoltavajáporfavornãomemata!! -Hein? -Eledisseque… -Mais devagar. Delong sentiu um calafrio. -Quebrar, mercador, Besouro-Ladrão dourado, Juno, vinha já. - Concluiu. -Eu avisei que ele não fosse… Há quanto tempo ele saiu? -Em torno de… Que horas são? - Olhou o relógio na parede. -Nossa! 3 da manhã! Mercadoras iniciantes como aquela não deveriam andar sozinhas a essa hora, algo ruim pode acontecer, acho que vou aju… -SERÁ QUE VOCÊ PODE RESPONDER MINHA PERGUNTA? -Bem, em torno de umas 12 horas. Sabe, sua concentração melhorou muito, antigamente você só conseguia meditar por no máximo 3 horas, meus parabéns! -Tudo bem então… -Só isso? -Não, tem mais uma coisa: vá juntar nossos suprimentos e acordar o Nicholas. Estamos de partida. -QUÊ? Mas eu nem tive tempo de dormir esta… -Bem, segundo o que você me disse, você teve 12 horas pra dormir. Agora vamos logo. -Mas… -… - Já estou indo… “Odeio quando ela tá naqueles dias…” - pensou Tom, enquanto passava pela porta. -E pare de pensar besteira, que eu não estou naqueles dias! – Resmungou Ellayhm, arremessando uma pedra e atingindo a nuca do sumo sacerdote. ——————————————————–“—————————————————– Ellayhm se encostou no parapeito da hospedaria e começou a se recordar de quando conheceu Renji. “Já faz tanto tempo…” ——————————————————–“—————————————————– Enquanto se alistava como maga em Geffen, Ellayhm entreouviu a conversa de alguns magos, que comentavam sobre uma invasão de monstros no esgoto de Prontera, e que eles eram numerosos o suficiente para um iniciante se acostumar com suas magias e fracos o suficiente para não lhes oferecer muito risco. Considerando o seu nível, era exatamente o que ela precisava. Entretanto, ao se alistar para conter a invasão e entrar no lugar, percebeu que o mundo não era tão fácil. Havia um pequeno grupo de familiares, uma raça de morcegos que se alimenta de sangue humano, presos ao teto logo na entrada, esperando uma vítima. Ao ver a cortina de inimigos voando em sua direção, sua reação foi a esperada de um mago recém-inscrito: correr para não morrer. “Mas… Que… Maneira… De… Começar… o… dia!!”- praguejou mentalmente, enquanto tentava fugir dos monstros. Após pouco mais de 2 minutos fugindo, entretanto, a falta de condicionamento físico começou a pesar. A arquimaga parou, ofegante. Os morcegos não. Ellayhm colocou os braços em frente ao rosto e se preparou para o impacto. -Impacto Explosivo!! Ela se virou a tempo de ver um espadachim pulando à sua frente e cravando sua espada no chão. O atrito da arma com o chão de tijolos liberou uma cortina de fagulhas amplificadas espiritualmente pelo próprio espadachim, derrubando os morcegos em apenas um golpe. Após isso, o espadachim retirou sua espada do chão e se virou para Ellayhm. Ele tinha cabelo ruivo, longo e com um rabo de cavalo. Seus olhos eram vermelhos tais quais o cabelo e havia algo de cativante em seu sorriso que fez a maga corar de leve. -Você não deveria juntar tantos monstros desse jeito, garota… Ele a ajudou a levantar-se e se apresentou, com um tom de linguagem levemente formal. -Eu sou Seyryu Renji, Espadachim e aspirante a Cavaleiro da Guilda dos Cavaleiros de Prontera. E você, como se chama? -Eu… Eu sou Ellayhm Houten, da guilda dos magos de Geffen… -Muito prazer, senhorita Ellayhm. Estamos realmente precisando de um mago no nosso grupo, você gostaria de vir? -Mas eu acabei de entrar para a guilda, ainda não sei usar nenhuma magia… -Não se preocupe, em pouco tempo conosco você logo será uma maga poderosa. E visitar calabouços em grupo é sempre mais fácil. O que você acha? -Já que você insiste tanto, eu vou então. Muito obrigada! -Eu que agradeço. Permita-me lhe apresentar o restante do grupo. Ele virou-se e gritou. -TOM! NICHOLAS! AQUI, POR FAVOR!! Um noviço e um mercador que estavam batendo em alguns ovos de besouro-ladrão viraram-se e se aproximaram. -Essa aqui é a Ellayhm. A partir de hoje ela faz parte do nosso grupo, portanto tentem se enturmar. E eu disse enturmar, não atacar, entendeu Delong? Tom, que já estava babando enquanto olhava para as escassas roupas que a maga vestia, voltou para o mundo da realidade com um “Ahn?” involuntário. -Deixe-me apresentá-los. O noviço se chama Tom Delong. Ele é um pervertido. -Err, você realmente sabe queimar o filme de uma pessoa, sabia, Renji? - Tom resmungou. -Nem preciso, você faz isso sozinho. E o mercador - disse Renji, ignorando os resmungos subseqüentes do amigo. - se chama Nicholas Wolfwood. Ele é bem calado, mas é um ótimo guerreiro e fantástico fornecedor de suprimentos… Se você tiver como pagá-los. -Amigos, amigos, negócios à parte. Bem-vinda ao grupo, senhorita. - Disse Wolfwood, em um tom cordial e pacato. Andava bem elegante, usando roupas de seda, e com um grande machado de duas mãos. Tinha o cabelo castanho e olhos pequenos, indicando sua origem oriental, da cor do cabelo. -Muito obrigada! - Respondeu Ellayhm, sorrindo. -Bem, agora que estamos devidamente apresentados… O que vocês acham de irmos atrás dos esporos no segundo andar? – Disse o espadachim, já se adiantando. E eles se tornaram bons amigos. ———————————-”———————————— -Já estamos prontos. - disse Wolfwood, já um mestre-ferreiro, trazendo Delong em seu carrinho e despertando Ellayhm de suas lembranças. - Que direção? -Juno. -Motivo? -Sensação estranha. -Você erra pouco. Vamos então. -De onde você tira tanta força, Nicholas? - Perguntou Tom, enquanto bocejava. -Ele me deve 10 milhões. - Ele respondeu. -Desconfiava disso… E a jornada começou.
  12. Capítulo 22 Humanos e demîonios se degladiavam nas entradas de Prontera. Não demorou muito para começarem as baixas de ambos os lados. Berzebub comandvava suas tropas. -Arqueiros, preparar e apontar! - Uma legião de goblins, kobolds e orcs arqueiros, entre outros monstros, prepararam suas armas e apontaram para a capital. - Atirem! Uma chuva feita por milhares de flechas despencou sobre o escudo de energia, e todas elas se partiram. Do lado de dentro da muralha, Tristan III soltou um urro de dor. Delong quase sentiu a dor do Rei. -Ai, isso deve machucar... - Disse para Ichigo, para quem estava dando suporte. -Talvez nem tanto. Sua Majestade foi um de meus melhores alunos. - Respondeu o Lorde, cheio de orgulho, ao mesmo instante em que destruía a armadura de um Raydric. A sua força era tamanha que, se ele usasse uma maça ao invés de uma espada, provavelmente o efeito no inimigo seria o mesmo. -Agora que você mencionou isso, eu queria perguntar a você: o Rei não é Lorde? - Perguntou o sacerdote, enquanto esquivava-se de um Grand Orc. Aproveitou para chutá-lo na nuca com força, derrubando-o. -Claro! O Rei tem sempre que ser um Lorde! - Respondeu o lider dos espadachins, cortando rapidamente um grupo de 5 Lolis Ruris. - Contudo, Sua Majestade forçou-se a aprender a habilidade Redenção, mesmo que não exista relação com sua classe, devido ao ataque de Geffen. Ele realmente é um grande homem... - Disse, os olhos brilhando, enquanto abria um rasgo em um kobold particularmente irritante. -Entendo...- Disse Delong, no momento em que um Diabinho tentou perfurá-lo com um tridente. O sumo sacerdote segurou a ponta da arma com as duas palmas da mão, depois girou-a, fazendo o monstro rodar como um pião. Jogou-o para o alto, pulou e chutou o inimigo para longe, voltando para o chão próximo ao comandante. Haviam monstros por todos os lados. - Senhor Zangetsu, eu sei que não é algo que eu devesse pedir, mas se o senhor pudesse me proteger um tempinho... -Sem problemas, garoto. Faça o que deve ser feito. Delong acenou com a cabeça e se ajoelhou. Alguns inimigos pularam sobre ele, e Ichigo apenas foi rebatendo-os de volta, impedindo-o que atacassem o sacerdote de cabelos brancos. Entretanto, o número de inimigos foi aumentando pouco a pouco, e Delong não demonstrava nenhuma reação. -Ei, garoto, eu sei que eu disse 'sem problemas', mas acho que os monstros não concordaram comigo... - Olhou para a boca de Delong. Ele estava fazendo uma oração. - Mas o que... -Senhor, elimina dessa existência todos os subprodutos das Trevas. Magnus Exorcismus !! Uma colossal cruz luminosa apareceu no chão, e todos os demônios que estavam ao redor dos dois desapareceram instantâneamente, deixando perto dos mesmos apenas alguns kobolds, goblins e Grands Orcs, que ficaram confusos com a grande quantidade de aliados que havia desaparecido. Delong levantou-se. -Desculpe a demora. - Disse, com um sorriso confiante no rosto. -Impressionante, garoto... Bem, você já levou sua cota: se não se importar, o resto é meu. - E pulou no meio dos inimigos restantes, derrubando-os um a um. Alicia se embrenhava em meio aos inimigos. Qualquer um que tentasse chegar mais perto da menina logo era atravessado por uma flecha. Cronox a acompanhava com o olhar, mas não conseguia acompanhar sua velocidade. "Ela certamente ficou muito mais forte... E pensar que quando a conhecemos ela não passava de uma garotinha..." Um Grand Orc pulou por trás da menina. Ela pulou para frente e virou-se, disparando uma flecha certeira no monstro, que caiu morto. enquanto caia, colocou o braço esquerdo no chão para pegar apoio, fez uma cambalhota com o apoio da mão e subiu para procurar na multidão. "Onde ele está...", pensava fixamente a menina, olhando para os lados. Enquanto caía, sacou uma flecha e energizou-a. -Chuva de Flechas !! Atingiu uma área pequena de monstros, que caíram, e aterrissou no meio do círculo. Olhou para os lados e voltou a correr na multidão. Cronox havia parado para ordenar o ataque das tropas, e quando procurou novamente, a caçadora havia sumido. -Mas que diabos, a perdi de vista... - disse, coçando a cabeça. Um Andarilho veio atacá-lo por trás. Quando tentou cortá-lo, ele desapareceu. O demônio procurou ao redor, mas não o encontrou. Então uma adaga apareceu em frente ao seu pescoço de ossos. -Surpresa! - Disse um sorridente desordeiro que estava pendurado em suas costas, e degolou o monstro. "Aquela menina apressada... No fim das contas, ela ainda é apenas uma garotinha..." pensou o comandante, levando a mão à testa e balançando a cabeça. "Bem, eu fiz o que me foi possível, agora é rezar para o Senhor...". Wolfwood e Ellayhm estavam andando junto com o ataque principal. Já que estavam se sacerdote, o jeito era andar junto com as outras pessoas e torcer para não ser atingido por uma flecha perdida. Delong havia desaparecido completamente do campo de vista deles. -Engraçado... você reparou como não existem mortos vivos nesse campo de batalha? - Perguntou Ellayhm, subitamente reparando nesse fato. - Trovão de Júpiter !! Dois guerreiros Wootan pularam em sua direção ao mesmo tempo. Ele cortou o da esquerda, mas o da direita continuava vindo. O mestre-ferreiro assobiou, e Billy the Kid pulou de dentro do carrinho direto na cara do monstro, fazendo com que esse caísse de costas no chão. O Fumacento apoiou o pé sobre a barriga do monstro, e ficou batendo no peito com as mãos. Wolfwood lançou-lhe um olhar de leve desprezo, e Billy voltou para dentro do carrinho. - Sem comentários... - Disse o mestre-ferreiro. - Quanto ao que você disse, será que... -É o que eu estou pensando. O verdadeiro motivo dos mortos-vivos comuns não saírem das cavernas é que eles não suportam a luz do sol. - Rajada Congelante !! - O Batedor que vinha pulando atrás da arquimaga virou um grande bloco de gelo. - Por isso que eles só atacaram Payon: as árvores impedem a maior parte da luz do sol! -Mas então isso quer dizer que a guerra ainda não começou? - Perguntou Wolfwood; Sacou outro machado de duas mãos, e,rodando rapidamente, começou a golpear vários inimigos, enquanto executava movimentos que lembravam uma dança. -Provavelmente. - Ellayhm olhou para o céu; o sol estava se pondo. - E infelizmente, vai começar logo. Então, um grande barulho vindo do céu chamou a atenção dos dois, que olharam para ver o que se passava. Subitamente, apareceram nuvens escuras no céu, como que carregadas. Então um vórtice abriu no meio delas. De dentro deste, vários meteoros saíram, seguidos finalmente por um meteoro de proporções colossais. Os meteoros menores começaram a cair sobre o campo de batalha, matando tanto monstros quanto humanos. O grande foi em direção à cidade. Uma voz macabra fez-se ouvir no campo. -CHUVA DE METEOROS !! A rocha flamejante atingiu o escudo e desfez-se. O escudo continuou intacto. Do lado de dentro, Tristan III gritou de dor novamente, e os sacerdotes o curaram. Ellayhm estava assombrada. -Sua Majestade realmente é um homem muito poderoso... Lanças de Gelo !! - Perfurou um Grand Orc que ia atacar um cavaleiro pelas costas. O guerreiro agradeceu e voltou a avançar. -Ô. - Arremessou um dos machados, que cortou a vassoura de uma Bathory no meio, fazendo a velha bruxa cair no chão. Berzebub estava se divertindo. As chamas, os gritos, a morte, tudo isso apenas o entretia. -Ah, esses seres desprezíveis, que mudam a natureza e destróem tudo que tocam, até que têm sua utilidade... - Dizia. - Mas eu já me diverti o suficiente na última cidade. Esta aqui vai cair em uma noite. Olhou para o Oeste; O sol já estava quase desaparecendo. -Minhas crianças, esperem apenas mais um instante. Logo vocês estarão se banhando em sangue, e a vitória dos monstros será incontestável! - Riu alto. - Gravity Field !! - Pegou um grupo de cavaleiros que se aproximava, e começou a brincar com os mesmos, erguendo-os no ar e depois arremessando-os no chão. Quando se cansou, começou a apertar o campo de energia, espremendo-os uns contra os outros, num espaço cada vez menor, até fazê-los desaparecer em pleno ar. -Só há um detalhe que não gosto nesta magia, falta sangue... - Comentou para si mesmo, enquanto procurava algo mais violento em um livro de magias que trazia consigo. Estendeu o braço em direção a um bruxo incauto. -Vamos testar essa... Destructum corpus, excludendum anima. Death. - Um raio negro de energia saiu de sua mão e atingiu o bruxo. O guerreiro começou a se contorcer de dor: sangue saía pelos seus poros, e todos seus ossos pareciam estar quebrando ao mesmo tempo. O corpo foi se compactando, até desaparecer completamente no ar, como fumaça. Berzebub gargalhou. -Essa sim, me agrada. - E começou a matar as pessoas que se aproximavam demais dele. Doppelganger se divertia perfurando pessoas com sua kataná. Os olhares assustados delas quando ele aparecia em sua frente só eram superiores ao olhar que lhe davam quando ele as cortava. O demônio estava coberto de sangue, mas ainda assim algo estava errado. Ele já havia percebido que as pessoas que ele cortava não morriam; estava deixando-as vivas involuntariamente, mesmo que seu desejo fosse matá-las. "Porcaria... isso é culpa daquela arqueira maldita, nunca mais fui capaz de matar ninguém... Como é que eu posso me considerar um Grande General se eu não consigo nem matar meus inimigos?", pensava, enquanto decepava o braço de um assassino. Foi cercado por guerreiros, e simplesmente ficou observando as pessoas, com um esgar maligno. -você é o Grande General Doppelganger, certo? - Disse um Lorde do grupo. - Então, você irá perecer diante de nossa força! -Oh really? É mesmo? Pois então venham me pegar! - Disse o demônio, abrindo a guarda. O Lorde pulou em cima do espadachim. -Golpe Fulminante !! O menino jogou a espada para o alto, segurou a lâmina da espada do Lorde com as mãos e torceu a arma, quebrando-a. Aproveitando a inércia, chutou a face do guerreiro, que voou longe. De trás dele, veio um Algoz, com as lâminas encharcadas de Veneno Mortal. Quando este tentou perfurar o garoto, ele se curvou para trás, esquivando-se do ataque, e amputou os braços do segundo guerreiro com o pedaço de espada que estava em suas mãos. O Algoz caiu no chão, e por cima dele, um Mestre pulou, fazendo selos com as mãos. O Doppelganger ergueu a mão e pegou sua kataná no ar. Ainda com o braço levantado, transformou a espada em um katar, depois posicionando-o perto de sua costela esquerda. -Destruidor de Almas !! Cortou rapidamente o ar da direita para a esquerda, lançando uma onda de veneno no inimigo, que foi atingido em cheio, e caiu longe. O Princípe dos Pesadelos transformou sua arma de volta ao normal, e ficou olhando os guerreiros caídos. -Patético... Mais patético ainda sou eu, que não consigo matá-los... - Então, uma flecha veio sibilando ao lado de sua cabeça, e ele se esquivou em cima da hora. A flecha, contudo, ainda fez um pequeno corte em sua face. O demônio, mesmo em uma passagem fugaz, foi capaz de sentir o cheiro da flecha. Sorriu, sem olhar para trás. -Ora, ora, ora... Parece que nos encontramos de novo... - Virou-se e encarou uma caçadora com longos cabelos loiros e olhos azuis, com o arco erguido, e uma flecha já posicionada, pronta para ser disparada. - Não é mesmo, Alicia? A garota encarou o ex-amigo, uma expressão séria no rosto. -Você me usou para chegar aos meus amigos. Eu confiei em você, e você me traiu. -Eu, trair você? Não seja ingênua, garotinha. Foi como eu disse para seu amigo: eu nunca estive do seu lado! - Olhou para a kataná em sua mão. - Mas foi uma troca pesarosa para mim também: depois de duas semanas com vocês, eu me tornei incapaz de matar pessoas. Algo que não é muito do feitio de um assassino profissional, se é que você me compreende. Alicia sorriu, desdenhando do inimigo. -Então sua convivência com minha pessoa lhe deixou mais fraco? Muito bom saber disso... - Disparou a flecha na direção do Doppelganger, que desapareceu e reapareceu à sua frente. -Acho que minha arma não quer matar mais ninguém enquanto você estiver viva. - Disse face a face com a menina, seu hálito diretamente no nariz da caçadora. - Vamos aparar essa ponta. - E voltou a espada para cortá-la em dois. Entretanto, ao invés de fazer o barulho usual de carne sendo cortada, o choque fez um barulho metálico. O menino olhou para ver o que havia acontecido: a caçadora havia bloqueado seu ataque usando uma adaga que estava guardada no bolso esquerdo, e que ela sacou logo após disparar a flecha. Ele ergueu o rosto novamente. Alicia estava sorrindo. -Bem, para você que gosta de analisar os erros das pessoas, este é seu erro: achar que ninguém aprende com o tempo. Seus ataques são rápidos e precisos, mas não são fortes. Portanto basta-me ver de onde você vem para bloquear seu corte. - chutou o garoto na barriga, que voou para trás, mas ao invés de cair, deu duas cambalhotas e caiu em pé, arma em punho. Estava aparentemente surpreso. -Então essa luta não vai ser tão fácil... Que maravilha, já estava começando a achar que tudo aqui era perda de tempo. Bem, então vamos nos divertir! - Colocou a espada em posição de ataque e correu na direção da menina.
  13. Capítulo 21 Ellayhm e Cronox chegaram em Prontera, esperando encontrar um exército de monstros no meio da cidade. Estranharam quando só viram pessoas. Delong e os demais se aproximaram. -Bem vindos de volta. - Disse o sumo sacerdote. -Onde estão os monstros? - Perguntou Cronox. -Bem, como você pode ver, aqui não estão... - disse Anna, calmamente. Seu excesso de tranquilidade em qualquer situação, mesmo nas mais estressantes, era sua maior qualidade. A maior prova disso foi o fato de em 1 dia já estar conformada com a morte do noivo. Entretanto, muitas vezes essa serenidade era interpretada como arrogância, como por exemplo agora. -... Se não tem monstros aqui dentro, porque ficaram nos pertubando? - Perguntou o desordeiro, visívelmente chateado. -Bem... veja você mesmo... - A professora apontou uma escada na muralha norte de Prontera. Cronox subiu para ver do que se tratava. Deixou escapar uma exclamação obscena. -Ah... eu consigo vê-los, agora... A floresta, que ficava ao norte da capital, havia sido completamente devastada. No lugar das árvores, agora existiam inimigos, de todas as raças, tamanhos e forças, e tão numerosos quanto os vegetais eram. À frente deles, Generais coordenavam os grupos, calmos como se atacassem capitais de reinos todos os dias. -É, agora eu vejo todos os inimigos... - Gritou Cronox para os amigos embaixo da muralha. -Mesmo? Tente olhar ao redor! - Respondeu Anna. Cronox olhou para as outras muralhas. Todas estavam na mesma situação. A floresta ao redor de Prontera havia desaparecido completamente, e um mar de monstros ocupava seu lugar, e vários Generais estavam lá: Tao Gunka, Senhor dos Orcs, Osiris, Faraó, entre outros. Cronox deixou escapar mais algumas exclamações obscenas. -É, agora lascou... -Não fique aí parado! - Reclamou Delong. - Precisamos de ordens! Cronox acordou de sua estupefação. -Entendido! - Concentrou-se. Nesse momento, todos os membros do grupo tiveram uma conexão mental aberta à força. A voz de Cronox ecoou em suas cabeças. "-Todos os membros da Einheriars, agrupar no centro agora. Prontera estará logo sobre ataque da horda da Família das Trevas. Dessa vez o ataque será com força total." - A transmissão subitamente ficou em silêncio. "-Não pode ser..." Cronox ainda estava olhando para a multidão ao redor da cidade, quando um ponto em especial na muralha Oeste lhe chamou a atenção. Havia um monstro que lembrava um humano, cabelos longos e prateados, roupa azul, com uma coroa e um cetro de prata, e dois grandes chifres. Cronox logo reconheceu a descrição do arquimago pelos livros. Era Berzebub. Subitamente lhe faltou força nas pernas. "Estamos perdidos...", pensou. "-Pessoal, esqueçam o reagrupar! Berzebub veio ao ataque! Preparar defesa urgente em todas as muralhas! Chamem todos aqueles que vocês conhecem, sejam eles do clã ou não! Não temos tempo para frivolidades! Encerrando mensagem!", e a conexão acabou. Delong olhou assustado para o líder que estava sobre a muralha. -Berzebub veio atacar? - Não conseguia acreditar. -Sim, ele veio. Temos problemas. -Você confia muito pouco nas defesas sagradas, não é? - Perguntou Anna. -Na verdade, elas funcionaram bem no cerco de Geffen, até Berzebub descobrir como anulá-la... -Bem, dessa vez vai ser mais difícil. O Paladino com redenção será o Rei Tristan III. -Como é que é? - A declaração surpreendeu o arruaceiro. -Bem, vou indo. Eu estou no grupo dos professores. - E foi na direção do centro da cidade. Ao chegarem no centro, encontraram muitos curiosos ao redor de um círculo. No centro do círculo, o Rei Tristan III estava sobre uma estrela que lembrava uma rosa-dos-ventos. Arquimagos estavam posicionados nos pontos Norte, Sul, Leste e Oeste, e professores nos pontos Nordeste, Noroeste, Sudoeste e Sudeste. Anna estava nesta última posição. Alguns sacerdotes estavam por perto, apenas esperando algo acontecer. -Começar Ritual! - Disse o Rei. - Senhor, Protege teus filhos. Redenção !! -Oito raios de energia saíram do Rei simultâneamente, e se ligaram aos guerreiros posicionados nas extremidades da rosa-dos-ventos. -Concentração e poder são a chave da vitória. Concede-me essa força. Amplificação Mística !! - Os 4 arquimagos disseram em coro, e os fios de energia que saiam de Tristan III expandiram-se, criando um campo de força azul escuro ao redor da cidade. -Protege-me contra qualquer mal profano, para que assim eu possa vencer esta batalha. Desconcentrar !! - O campo de força azul escuro foi tornando-se claro, até tornar-se branco. O ritual estava completo. -Isso deve impedir um ataque massivo - Disse Tristan III, fincando sua espada no chão e apoiando-se nela. - Agora, meus súditos, eu confio a minha vida e o reino a vocês. Do lado de fora, Berzebub apenas observava a barreira de energia em volta de Prontera. -Hmpf, então eles conseguiram terminar o ritual a tempo. - Sorriu, sarcasticamente. - Vejamos o quanto eles conseguem suportar. -Estendeu a mão para o alto. O céu, que estava claro, foi tornando-se avermelhado. Raios começaram a cair ao redor da capital, incendiando alguns arbustos e vegetação rasteira. A intensidade dos raios foi aumentando, assim como sua frequência de queda, e a área onde eles caiam foi se reduzindo. Então, subitamente, pararam de cair. Neste momento, um grande raio caiu muito perto da muralha Norte. Logo em seguida, um segundo raio de mesma intensidade caiu perto da muralha Sul, depois outro ao lado da Leste e outro na Oeste. As nuvens se concentraram em um único ponto, sobre o centro do campo de energia. -Ira de Thor !! Um raio de proporções colossais desceu da nuvem central e acertou o campo de energia bem no centro. O raio foi dissipado, mas descargas de energia ficaram circulando pelo campo de força, como se este estivesse carregado com pura energia. - Interessante... o campo de força nem oscilou... - disse Berzebub. - É, certamente o Paladino do Campo é Tristan III. Isso vai ser realmente divertido... - E soltou uma risada diabólica. As pessoas que viram o poderoso raio caindo sobre suas cabeças se assustaram, mais ainda quando o raio foi dissipado pelo escudo de energia. Tristan III gritou de dor, e os sacerdotes que estavam ao redor dele o curaram. Ellayhm olhava, impressionada. -Que magia é essa? Nunca a vi na escola, nem em nenhum livro... -Se chama Campo de Redenção. - Respondeu Cronox. - É a magia suprema de defesa. Requer o poder de um paladino, 4 arquimagos e 4 professores. Ele cria um campo de força ao redor de uma cidade, que a torna impenetrável a qualquer ser demoníaco ou ofensiva. A desvantagem é que ele também impede a saída de ataques, portanto temos que sair dele para atacar os inimigos. Portanto, agora vamos fazer nossa parte, e limpar esses monstros. -Certo, mas só uma dúvida: Se esse campo é impenetrável, como foi que Geffen caiu? - Perguntou Alicia. -Apesar de ser um campo amplificado, ainda é uma Redenção. Eles forçaram a entrada batendo no escudo até o Paladino morrer, então o escudo caiu e eles destruíram a cidade. -Você quer dizer que, se eles atacarem muito a parede... -Sim. Nosso rei irá morrer. Bem, acho que agora nós nos separamos. Alicia, você vem comigo. Ellayhm e Wolfwood, vão com Delong. -Entendido, Cronox. O desordeiro sorriu. -Pro caso de não nos vermos novamente, foi uma honra lutar ao lado de vocês. - Estendeu a mão. Os outros imitaram o ato. -À vitória. - Disse Delong. -À vitória. - Os outros completaram em coro. Desfizeram a roda e correram para as muralhas. Na muralha Oeste, Delong aguardava ansioso a ordem de ataque. Sentiu então uma pesada mão em seu ombro. Virou-se e viu Ichigo Zangetsu. -Há quanto tempo, garoto. - Disse o Líder da Guilda dos Espadachins. -Que coincidência, servir com o senhor. -Não fique tão tenso. Você tem muita capacidade. -Obrigado, senhor. -Não há de quê. - Ichigo sorriu. Depois ergueu a espada. - Homens, ATACAR! Já na muralha Norte, Cronox havia sido eleito o comandante das tropas. Ele organizava os grupos, enquanto Alicia arrumava seu arco. -Pronta para a guerra de verdade, menina? -Nasci pronta, comandante. - Respondeu a garota. -Você sabe que terá que enfrentar ele, não sabe? A garota abaixou a cabeça um momento e ficou em silêncio. Depois levantou a cabeça, olhando para o comandante, os olhos demonstrando força de vontade. -Ele irá morrer para minhas flechas. -Veremos. Tropas, AVANCEM! Do lado de fora, Berzebub olhava os humanos, que se amontoavam na porta do castelo. Sorria, cheio de felicidade. Bafomé chegou ao seu lado. -Você está muito feliz hoje, mestre... -Eu adoro o cheiro de morte. Logo estarei sentindo muito dele, isso me deixa feliz. Por sinal, você não deveria estar aqui. Volte logo para a entrada norte para ajudar o Doppelganger. -Mas, e o senhor, vai cuidar dessa área toda sozinho? -Você acha? Olhe para o céu: está anoitecendo. E você sabe que a noite é dos mortos-vivos. - Deu uma risada. Um heptagrama de Teleporte estava desenhado perto dele. Do outro lado, Seyryu e os outros que foram trazidos de volta esperavam, ansiosos, o por do sol. Seyryu tinha um sorriso maligno no rosto. -Tropas, preparar. - Disse Berzebub. Os humanos começaram a sair da cidade. - ATAQUEM! A horda de demônios partiu de todos os lados em direção à cidade, correndo em direção aos humanos. Os blocos se chocaram, e a batalha começou. P.S.1: Feedback ^^P.S.2: Perdão ter morrido, é que tinha um tempinho que eu não escrevia, aí acabei um tempinho longe das minhas fics mesmo =_=. Como eu não acesso muito o fórum da LUG, então fico até um pouco sem vontade de vir... Tentarei postar em dias específicos da semana, ou em fases lunares tipo quarto crescente ou coisas do gênero =P.
  14. Capítulo 18 O Senhor das Trevas estava irritado. Muito. -Pirralhos insolentes, vocês me tiraram do sério e agora vão sofrer as consequências! - Estendeu a mão e fez surgir um Bastão Arcano. -Rajada Congelante !! - Gritou Ellayhm. Uma trilha de gelo partiu em direção ao Senhor das Trevas. Este simplesmente bateu na trilha com o bastão e cancelou a magia. -Mas o que...? O demônio foi correndo rapidamente na direção dos dois. Então, atacou com sua arma, acertando ambos com apenas um ataque e fazendo-os voar longe. Ellayhm caiu de pé, mas Delong não teve essa sorte. -Tom, você está bem? - Perguntou a arquimaga, socorrendo-o. -Eu... Já...Estou... Sem forças... - Respondeu o sumo sacerdote, e apagou. Ellayhm chacoalhou-o, mas não conseguiu acordá-lo. "Ah, que maravilha! Agora estamos com problemas sérios!", pensou, se virando para o monstro. O que foi, garota, vai desistir? Até que enfim uma humana inteligente, como reconpensa lhe matarei causando pouca dor. - Golpeou frontalmente com seu bastão, movimento que Ellayhm bloqueou com seu cajado, mas devido à força do monstro a arma da garota partiu-se em duas e ela foi atingida em cheio. Preparava-se para desferir o golpe final quando uma chuva de flechas o atingiu, incomodando-o. Ele se virou para ver do que se tratava, e viu um grupo de quatro pessoas: um Bruxo, um Arquimago, uma mestre-ferreira e um bardo, esse último com um arco na mão. O bardo acenou para Cronox. -E aí, chefia, tudo em cima? Luigi Leatherface, bardo furador de precasts, se apresentando para o controle de pragas! -Já estava passando da hora, sabia? - Respondeu Cronox, sem se levantar. -Ora, a culpa não é minha, eu reuni o resto do pessoal, esses bruxos que se arrumam que nem moças... -Que nem moças? - Resmungou Ryu. - Olha aqui, o único problema que eu tive foi esquecer o cajado na borda da cama de novo, quem passou 2 horas se arrumando foi a Whisper ali... -Eu? - Reclamou a mestra-ferreira. -É, você! - Regulus entrou na conversa. Ficaram todos brigando entre si até o Senhor das Trevas se cansar de ouvir e reclamar. -JÁ CHEGA! Vocês estão tomando demais do meu tempo! Vou acabar logo com isso. - Mirou no bardo. - Destructum corpus, excludendum anima. Death. Um raio de energia negra saiu de sua mão na direção de Luigi. Ryu se adiantou. -Barreira de Gelo !! Uma muralha apareceu entre ele e a magia, e foi atingida em seu lugar, desintegrando-se no mesmo instante. Quando a muralha sumiu, o Senhor das Trevas percebeu que o bardo não mais segurava um arco, e sim um violino. -Bem, vamos começar a brincadeira. Poema de bragi !! Começou a tocar uma música clássica, e os bruxos sentiram seu poder aumentar. Ryu novamente se adiantou. -Nevasca !! A temperatura baixou rapidamente na área ao redor do Senhor das Trevas, que pulou para trás para esquivar-se. Enquanto ainda estava no ar, foi a vez de Regulus. -Nevasca !! A temperatura caiu bruscamente na área atrás do demônio, que nem bem aterrissou, foi golpeado pelas lâminas de neve até congelar. Whisperwind correu em sua direção e pulou. Enquanto a mestra-ferreira estava no ar, Ryu se adiantou novamente. -Trovão de Júpiter !! O bruxo disparou uma esfera de energia na direção do senhor das trevas, que quebrou o gelo e, aparentemente, lhe machucou um bocado. Whisperwind descia de seu ataque. -Mammonita !! Arremessou um saco de dinheiro para o alto e o cortou com o machado, criando uma chuva de moedas que golpearam fortemente o Senhor das Trevas, derrubando-o de costas. A guerreira focalizou seu ataque no pescoço do inimigo. -Vai morrer agora, fofuxo! Whisper free for all! Contudo, o demônio teve tempo de colocar o bastão na frente de seu pescoço, bloqueando o ataque da mulher. -Mas o que... - Foi o que a mestra-ferreira teve tempo de dizer antes de ter uma costela partida pela violência do contra-ataque do monstro. Levantou-se, sentindo muita dor. - Argh, acho que quebrei alguma coisa, preciso de suporte... Luigi olhou para ela. -Err... Suporte como, por exemplo, o que aquele sumo sacerdote dá? - Apontou para Tom Delong, inconsciente no chão. -Ah, droga... O Senhor das Trevas se levantou. -Vocês não podem me derrotar! Eu sou invencível! Luigi olhou para seu inimigo. -Ah, é mesmo? Quero testar isso... Pessoal, vamos de novo! Poema de Bragi !! -Nevasca !! -Trovão de Júpiter !! O Filho do Anticristo observou as nuvens de gelo que se formavam no céu, e a esfera de energia que vinha em sua direção. -Barreira de Fogo !! Criando um círculo de fogo ao seu redor, dispersou as nuvens geladas, e rebateu a bola de energia, usando o bastão, na direção da ferreira, que vinha correndo em sua direção. Esta parou, preparou-se e rebateu a esfera de volta para o Senhor das Trevas, e continuou avançando. O demônio, por sua vez, rebateu novamente a esfera, jogando-a de volta para a mestra-ferreira, que fez a mesma coisa, e ficaram nesta disputa. Cronox apenas observava a cena, quando percebeu que alguém tentava conversar com ele mentalmente. "-Diga... eu estou meio ocupado agora..." "-Calma chefia, sou eu!", respondeu a voz de Luigi em sua cabeça. "-Bem Cronox, é que eu acho que a gente precisa de um favor seu...”. O Senhor das Trevas rebatia tranquilamente o poder, mas Ren Whisperwind já estava ficando cansada. -Hah! É como eu digo, vocês, humanos, são ridiculamente fracos! Whisperwind arfava. -É... você tem razão... que somos fracos... mas também... somos muitos! Neste momento, o Senhor das Trevas rebateu a esfera de raios de volta para a mestra-ferreira. Quando esta a rebateu novamente, e ele foi se preparar para contra-atacar, percebeu que sua mão estava mais leve. Olhou para o braço e viu que estava sem seu bastão. Uma voz vinda de trás dele chamou sua atenção. -Procurando por isso? O demônio virou-se, e viu Cronox Fastshadow em cima do telhado de uma casa, com o Bastão Arcano que lhe pertencia. -Au au au, pela um pela geral. - Disse Cronox, calmamente, um sorriso no rosto. - Ah, e se eu fosse você eu olharia para a frente. -O que... A esfera de raios então atingiu o demônio secamente nas costas, abrindo completamente sua guarda. Quando se recuperou, Whisperwind já descia cortando. O monstro ainda tentou contra-atacar. -Excluden... -Força Violenta !! A mestra-ferreira subitamente ficou vermelha, como se o sangue em seu corpo fluísse mais rápido, e com uma força enorme, cravou seu machado na jugular do Senhor das Trevas. Whisperwind removeu o machado e afastou-se, sem tirar os olhos do alvo, imóvel. Então o demônio começou a se desmanchar pelas pernas. -Eu... Fui... Derrotado...? Pode apostar que sim, fofuxo!! - Respondeu a mestra-ferreira. -Não, eu... Não... Posso... Ser... Derrotado... - Disse o monstro agonizante. Então sorriu. - Se... Eu... Perco, todos... Perdem... hah! Ergueu os braços para o céu nublado, que súbitamente ficou negro. Raios imensos começaram a cair das nuvens. Então, um vórtice foi gerado no meio dessas nuvens negras, e uma enorme rocha, junto com outras rochas menores, começaram a sair desse vórtice. -Essa... Cidade... Vai... Cair... Comigo!! - Disse o demônio, restando agora apenas a cabeça. - Chuva de Meteroros !! - Com esse último esforço, desfez-se em fumaça negra, e as Ilusões das Trevas desapareceram. A mulltidão, porém, gritava descontrolada, já que as primeiras pedras já começavam a atingir as edificações. Os 7 guerreiros olharam para o alto. -Nada bom... - Disse Cronox. - Vamos fugir! O grupo de reforço então ajudou o primeiro a se apoiar e correr. Ao seu redor, pessoas desesperadas correndo em direção à saída. Na entrada da cidade, encontraram Alicia, carregando Wolfwood e uma mulher de cabelos castanhos com uma aparência digna de pena dentro do carrinho do mestre-ferreiro, Billy atrás ajudando a empurrar o objeto. -Tia Ellayhm! - Disse a menina, assutada com a situação. Cronox interrompeu a conversa. -Perguntas depois! Agora a gente corre! -----------------------------------"-------------------------------------- Dos pés do monte Mjolnir, os guerreiros que haviam sobrevivido ao ataque observavam as pedras menores caindo sobre a cidade. Então a pedra maior chegou. A Torre do Relógio, no centro da cidade, ia aos poucos se desmaterializando, enquanto o meteoro abria seu caminho em direção ao solo. Quando tocou o solo, uma cortina de poeira levantou, seguido por um estrondo assustador, uma imensa onda de choque e uma pressurização do ar ao redor das pessoas que ali estavam. Depois de algum tempo, a poeira foi baixando, até sumir, e mostrar o local da queda do meteoro. Al de Baran não existia mais, era apenas uma imensa e profunda cratera no planeta. Alguns guerreiros que viam a cena choraram. -Al de Baran... Desapareceu... Completamente... - Dizia Cronox, completamente abismado. - Se essa é a força de um Grande General, teremos nós chance contra Berzebub...? P.S.: Comentários? Alguém? =~P.S.2: Puxa, relendo partes antigas da história... Que nostalgia.P.S.3: Ainda bem que eu não relia a história depois de escrever, ou eu não teria publicado u.u . Muitos erros de ortografia, de sintaxe, linguagem corrida demais... Mas faz parte. A gente só aprende a escrever se começar, né '-' ?
  15. Capítulo 18 O Senhor das Trevas estava irritado. Muito. -Pirralhos insolentes, vocês me tiraram do sério e agora vão sofrer as consequências! - Estendeu a mão e fez surgir um Bastão Arcano. -Rajada Congelante !! - Gritou Ellayhm. Uma trilha de gelo partiu em direção ao Senhor das Trevas. Este simplesmente bateu na trilha com o bastão e cancelou a magia. -Mas o que...? O demônio foi correndo rapidamente na direção dos dois. Então, atacou com sua arma, acertando ambos com apenas um ataque e fazendo-os voar longe. Ellayhm caiu de pé, mas Delong não teve essa sorte. -Tom, você está bem? - Perguntou a arquimaga, socorrendo-o. -Eu... Já...Estou... Sem forças... - Respondeu o sumo sacerdote, e apagou. Ellayhm chacoalhou-o, mas não conseguiu acordá-lo. "Ah, que maravilha! Agora estamos com problemas sérios!", pensou, se virando para o monstro. O que foi, garota, vai desistir? Até que enfim uma humana inteligente, como reconpensa lhe matarei causando pouca dor. - Golpeou frontalmente com seu bastão, movimento que Ellayhm bloqueou com seu cajado, mas devido à força do monstro a arma da garota partiu-se em duas e ela foi atingida em cheio. Preparava-se para desferir o golpe final quando uma chuva de flechas o atingiu, incomodando-o. Ele se virou para ver do que se tratava, e viu um grupo de quatro pessoas: um Bruxo, um Arquimago, uma mestre-ferreira e um bardo, esse último com um arco na mão. O bardo acenou para Cronox. -E aí, chefia, tudo em cima? Luigi Leatherface, bardo furador de precasts, se apresentando para o controle de pragas! -Já estava passando da hora, sabia? - Respondeu Cronox, sem se levantar. -Ora, a culpa não é minha, eu reuni o resto do pessoal, esses bruxos que se arrumam que nem moças... -Que nem moças? - Resmungou Ryu. - Olha aqui, o único problema que eu tive foi esquecer o cajado na borda da cama de novo, quem passou 2 horas se arrumando foi a Whisper ali... -Eu? - Reclamou a mestra-ferreira. -É, você! - Regulus entrou na conversa. Ficaram todos brigando entre si até o Senhor das Trevas se cansar de ouvir e reclamar. -JÁ CHEGA! Vocês estão tomando demais do meu tempo! Vou acabar logo com isso. - Mirou no bardo. - Destructum corpus, excludendum anima. Death. Um raio de energia negra saiu de sua mão na direção de Luigi. Ryu se adiantou. -Barreira de Gelo !! Uma muralha apareceu entre ele e a magia, e foi atingida em seu lugar, desintegrando-se no mesmo instante. Quando a muralha sumiu, o Senhor das Trevas percebeu que o bardo não mais segurava um arco, e sim um violino. -Bem, vamos começar a brincadeira. Poema de bragi !! Começou a tocar uma música clássica, e os bruxos sentiram seu poder aumentar. Ryu novamente se adiantou. -Nevasca !! A temperatura baixou rapidamente na área ao redor do Senhor das Trevas, que pulou para trás para esquivar-se. Enquanto ainda estava no ar, foi a vez de Regulus. -Nevasca !! A temperatura caiu bruscamente na área atrás do demônio, que nem bem aterrissou, foi golpeado pelas lâminas de neve até congelar. Whisperwind correu em sua direção e pulou. Enquanto a mestra-ferreira estava no ar, Ryu se adiantou novamente. -Trovão de Júpiter !! O bruxo disparou uma esfera de energia na direção do senhor das trevas, que quebrou o gelo e, aparentemente, lhe machucou um bocado. Whisperwind descia de seu ataque. -Mammonita !! Arremessou um saco de dinheiro para o alto e o cortou com o machado, criando uma chuva de moedas que golpearam fortemente o Senhor das Trevas, derrubando-o de costas. A guerreira focalizou seu ataque no pescoço do inimigo. -Vai morrer agora, fofuxo! Whisper free for all! Contudo, o demônio teve tempo de colocar o bastão na frente de seu pescoço, bloqueando o ataque da mulher. -Mas o que... - Foi o que a mestra-ferreira teve tempo de dizer antes de ter uma costela partida pela violência do contra-ataque do monstro. Levantou-se, sentindo muita dor. - Argh, acho que quebrei alguma coisa, preciso de suporte... Luigi olhou para ela. -Err... Suporte como, por exemplo, o que aquele sumo sacerdote dá? - Apontou para Tom Delong, inconsciente no chão. -Ah, droga... O Senhor das Trevas se levantou. -Vocês não podem me derrotar! Eu sou invencível! Luigi olhou para seu inimigo. -Ah, é mesmo? Quero testar isso... Pessoal, vamos de novo! Poema de Bragi !! -Nevasca !! -Trovão de Júpiter !! O Filho do Anticristo observou as nuvens de gelo que se formavam no céu, e a esfera de energia que vinha em sua direção. -Barreira de Fogo !! Criando um círculo de fogo ao seu redor, dispersou as nuvens geladas, e rebateu a bola de energia, usando o bastão, na direção da ferreira, que vinha correndo em sua direção. Esta parou, preparou-se e rebateu a esfera de volta para o Senhor das Trevas, e continuou avançando. O demônio, por sua vez, rebateu novamente a esfera, jogando-a de volta para a mestra-ferreira, que fez a mesma coisa, e ficaram nesta disputa. Cronox apenas observava a cena, quando percebeu que alguém tentava conversar com ele mentalmente. "-Diga... eu estou meio ocupado agora..." "-Calma chefia, sou eu!", respondeu a voz de Luigi em sua cabeça. "-Bem Cronox, é que eu acho que a gente precisa de um favor seu...”. O Senhor das Trevas rebatia tranquilamente o poder, mas Ren Whisperwind já estava ficando cansada. -Hah! É como eu digo, vocês, humanos, são ridiculamente fracos! Whisperwind arfava. -É... você tem razão... que somos fracos... mas também... somos muitos! Neste momento, o Senhor das Trevas rebateu a esfera de raios de volta para a mestra-ferreira. Quando esta a rebateu novamente, e ele foi se preparar para contra-atacar, percebeu que sua mão estava mais leve. Olhou para o braço e viu que estava sem seu bastão. Uma voz vinda de trás dele chamou sua atenção. -Procurando por isso? O demônio virou-se, e viu Cronox Fastshadow em cima do telhado de uma casa, com o Bastão Arcano que lhe pertencia. -Au au au, pela um pela geral. - Disse Cronox, calmamente, um sorriso no rosto. - Ah, e se eu fosse você eu olharia para a frente. -O que... A esfera de raios então atingiu o demônio secamente nas costas, abrindo completamente sua guarda. Quando se recuperou, Whisperwind já descia cortando. O monstro ainda tentou contra-atacar. -Excluden... -Força Violenta !! A mestra-ferreira subitamente ficou vermelha, como se o sangue em seu corpo fluísse mais rápido, e com uma força enorme, cravou seu machado na jugular do Senhor das Trevas. Whisperwind removeu o machado e afastou-se, sem tirar os olhos do alvo, imóvel. Então o demônio começou a se desmanchar pelas pernas. -Eu... Fui... Derrotado...? Pode apostar que sim, fofuxo!! - Respondeu a mestra-ferreira. -Não, eu... Não... Posso... Ser... Derrotado... - Disse o monstro agonizante. Então sorriu. - Se... Eu... Perco, todos... Perdem... hah! Ergueu os braços para o céu nublado, que súbitamente ficou negro. Raios imensos começaram a cair das nuvens. Então, um vórtice foi gerado no meio dessas nuvens negras, e uma enorme rocha, junto com outras rochas menores, começaram a sair desse vórtice. -Essa... Cidade... Vai... Cair... Comigo!! - Disse o demônio, restando agora apenas a cabeça. - Chuva de Meteroros !! - Com esse último esforço, desfez-se em fumaça negra, e as Ilusões das Trevas desapareceram. A mulltidão, porém, gritava descontrolada, já que as primeiras pedras já começavam a atingir as edificações. Os 7 guerreiros olharam para o alto. -Nada bom... - Disse Cronox. - Vamos fugir! O grupo de reforço então ajudou o primeiro a se apoiar e correr. Ao seu redor, pessoas desesperadas correndo em direção à saída. Na entrada da cidade, encontraram Alicia, carregando Wolfwood e uma mulher de cabelos castanhos com uma aparência digna de pena dentro do carrinho do mestre-ferreiro, Billy atrás ajudando a empurrar o objeto. -Tia Ellayhm! - Disse a menina, assutada com a situação. Cronox interrompeu a conversa. -Perguntas depois! Agora a gente corre! -----------------------------------"-------------------------------------- Dos pés do monte Mjolnir, os guerreiros que haviam sobrevivido ao ataque observavam as pedras menores caindo sobre a cidade. Então a pedra maior chegou. A Torre do Relógio, no centro da cidade, ia aos poucos se desmaterializando, enquanto o meteoro abria seu caminho em direção ao solo. Quando tocou o solo, uma cortina de poeira levantou, seguido por um estrondo assustador, uma imensa onda de choque e uma pressurização do ar ao redor das pessoas que ali estavam. Depois de algum tempo, a poeira foi baixando, até sumir, e mostrar o local da queda do meteoro. Al de Baran não existia mais, era apenas uma imensa e profunda cratera no planeta. Alguns guerreiros que viam a cena choraram. -Al de Baran... Desapareceu... Completamente... - Dizia Cronox, completamente abismado. - Se essa é a força de um Grande General, teremos nós chance contra Berzebub...? P.S.: Comentários? Alguém? =~P.S.2: Puxa, relendo partes antigas da história... Que nostalgia.P.S.3: Ainda bem que eu não relia a história depois de escrever, ou eu não teria publicado u.u . Muitos erros de ortografia, de sintaxe, linguagem corrida demais... Mas faz parte. A gente só aprende a escrever se começar, né '-' ?
×
×
  • Criar Novo...