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O Meio-Dragão


Ewing

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Resolvi postar a BG que eu já tinha feito do meu char a um século para não ficar mofando aqui no computador.

Bom tá aí:

 

O Meio-Dragão

 

 

Há muito tempo, nos momentos

primórdios de Midgard, reino da humanidade localizada entre o céu e o inferno,

monstros viviam por todo o reino livremente, vivendo e aterrorizando os humanos

enquanto os deuses ficavam observando seus sofrimentos como se fosse uma

diversão para seu passar do tempo. Os humanos escondiam-se nas cidades durante

a noite, dormindo sem saber se o amanhã viria, pois os seres das trevas não

tinham piedade de suas vítimas. O tempo passou mas algumas coisas não pareciam

ter mudado.

 

 

 

Parecia

que uma energia negra se esvoaçava pela noite causando uma densa escuridão

sobre as cidades no céu azul-negro... Isso era o presságio de uma guerra. Era

noite, fria como sempre e escura como as trevas puras. A cidade de Prontera

dormia silenciosamente sobre o céu negro, protegida pelas imensas muralhas e

vigiada por todas as saídas pelos guardas do Rei Tristan III, o castelo

brilhava ao longe com suas luzinhas acesas nas torres, e a Catedral muda. Mas

algo vinha para acabar com esse silêncio... Como um flash, uma luz enorme

partiu a grande escuridão sobre os céus, quebrando o silêncio sobre a cidade

com um enorme barulho. Janelas abrindo-se rapidamente expulsavam para fora

cabeças curiosas olhando ao horizonte sem saber o que acabara de acontecer.

 

 

 

De

repente atrás das luzes ofuscantes no céu surge dois vultos alados cruzando-se

no luar, eram dois dragões gigantescos, um negro com olhos escarlates

brilhantes e um dourado que brilhava sobre a imensa escuridão com suas asas

majestosas. Os dois dragões brigavam sem parar atirando suas magias um contra o

outro sem pensar antes de atacar, a luta era intensa, nenhum dos dois parecia

cansado para se deixar derrotar, Magias do tamanho de uma montanha rachavam as

nuvens negras, era uma luta até a morte... As pessoas assustadas escondiam-se

debaixo da cama fechando a janela afobadamente. Outros continuavam a observar a

luta interminável entre os dragões...

 

 

 

-Hã...q-quem

me acordou?

 

 

 

-Desculpe

interromper sua noite de sono majestade, mas é uma emergência!!!

 

 

 

-Diga,

o que houve soldado? Para me acordar assim que seja um bom motivo!

 

 

 

-Há

dois dragões lutando ao norte sobre o monte Mijolnir, temos que ativar as

defesas das cidades! Eles podem vir para cá a qualquer momento!!!

 

 

 

-O...O...O

QUÊ??? Mas isso é terrível, temos que proteger Prontera, agora!

 

 

 

O

Rei Tristan III levanta de sua cama esplendorosa e veste um casaco.

 

 

 

-Avise

ao ministro de Geffen, precisamos da ajuda dos magos da academia de magia,

acorde Sebantes e peça a ele que chame todos os sacerdotes disponíveis da

Igreja, precisamos criar uma barreira protetora para proteger a cidade dos

ataques desses dragões, magia draconiana é muito mais forte do que

imaginamos... Avise aos cavaleiros para ficarem na guarda caso algo chegue mais

perto...Ah e avise aos soldados para tranqüilizar e coordenar a população, não

quero nenhum caos na cidade... Rápido soldado não fique aí parado, avise à todo

o protetorado do reino, agora!

 

 

 

-S...Sim,

sim Vossa Majestade, agora mesmo!

 

 

 

O

soldado sai correndo empunhando sua lança e bate a porta do quarto do rei. O

Rei Tristan parecia tenso, nunca ele fora assim, o momento era de tensão total,

os dragões poderiam a qualquer momento mirar sem querer uma de suas magias e

acabar acertando a cidade.

 

 

 

Os

guardas corriam apressadamente guiando as pessoas que estavam do lado de fora

das casas, a população não sabia direito como reagir, corriam com afobação

batendo um no outro pelas ruas, sem olhar para trás iam direto para dentro de

alojamentos para se protegerem. E os que ficavam olhando para fora das casas

eram mandados ficarem protegido no interior de seus lares. Enquanto isso os

dragões continuavam imponentes sobre o céu lutando em cima do monte sobre

fachos de luz enormes. Eis então que uma gigantesca sombra surge do outro lado

da cidade, um gigantesco navio voador vem sobrevoando a cidade de Prontera, era

a elite dos bruxos de Geffen que estava chegando em seu navio voador. O navio

acabara de aterrissar sobre a praça central, saindo dele grandes bruxos que

aparentavam ser poderosos feiticeiros. O rei Tristan vinha correndo pela rua de

cima em sua liteira com a guarda real e os sacerdotes de Prontera.

 

 

 

-Pare,

eu vou descer.

 

 

 

Os

soldados param a liteira e a abaixam, assim descendo o Rei Tristan dela. Ele

caminha à frente e para diante dos bruxos (com suas vestimentas mágicas e seus

cetros místicos), e os observa.

 

 

 

-

Muito bem creio que sabem por quê estão aqui.

 

 

 

-Sim

Vossa Majestade, Rei Tristan. Sou Hanzou, líder da elite dos bruxos da academia

de magia de Geffen.

 

 

 

-Prazer,

como podem ver aqueles dois seres bestiais estão travando uma luta perigosa,

não podemos deixar eles chegarem perto da cidade, dragões são seres

extremamente fortes, não podemos dar nenhuma brecha! Quero que bote aqueles

dois monstros no chão agora!!!

 

 

 

-Às

suas ordens majestade!- obedece Hanzou - Homens subam agora no navio,

precisamos chegar mais perto para podermos lançar nossas magias. Rápido!

Vamos!!!

 

 

 

Em

menos de um segundo, os bruxos correm até o navio voador apressadamente e

planam novamente sobre o céu voando ao norte de Prontera.

 

 

 

-Agora

prestem atenção -diz Hanzou -precisamos ter total precisão e destreza no

ataque, o alvo precisa ser atingido em cheio e ao mesmo tempo por todos nós,

isso vai efetivar o dano causado ao alvo, OK homens???

 

 

 

-Sim

Hanzou!!!

 

 

 

Enquanto

isso o Rei Tristan ficava observando lá em baixo da cidade...

 

 

 

-Eles

têm que deter aqueles monstros, não podemos deixar que a população de Prontera

em risco.

 

 

 

-Majestade,

precisamos levar o senhor a um local seguro o senhora não pode ficar aqui a céu

aberto – diz um soldado.

 

 

 

-Sim,

agora deixo com vocês, servos de Deus, protejam a cidade e agüentem o quanto

puderem a barreira protetora.

 

 

 

-Sim

Majestade!!! – gritam os sacerdotes.

 

 

 

Eles

começam a emanar uma aura branca e pura, poderosa e juntos gritando as palavras

mágicas que formam a barreira gigantesca sobre a cidade inteira...Protegendo-a

como uma camada. Eles parecem suportar, mas mesmo mais de 50 sacerdotes não são

o suficiente para agüentar uma barreira sobre a gigantesca cidade de Prontera.

 

 

 

Continuando

ao norte o navio voador dos bruxos segue cada vez mais perto da briga dos

dragões, sem eles perceberem.

 

 

 

-Muito

bem, estamos cada vez mais perto, preparem-se a qualquer hora eles podem

perceber a gente e querer nos destruir, pois se sentirão ameaçados.

 

 

 

Mas

os dragões continuam batalhar sem se cansar lançando magias esplendorosas sobre

a escuridão. O dragão dourado lança repentinamente uma magia sobre o dragão

negro pegando-o de surpresa. Mas rapidamente, com sua agilidade o dragão negro

vira sua gigantesca asa preta e se defende da magia ferindo-se um pouco, ao

mesmo tempo em que lança uma grande rajada de ácido sulfúrico sobre o dragão

dourado, fazendo derreter parte de sua asa. O dragão dourado cambaleia sobre o

céu e começa a cair pra trás em direção a Prontera.

 

 

 

Então

acontece o temido, o dragão negro olha para o horizonte atrás do dragão dourado

e vê o navio dos bruxos vindo na sua direção. Ele propositalmente abre sua

gigantesca boca mostrando garras estraçalhadoras enormes. Uma luz negra começa

a surgir do centro de sua boca até que se formar uma enorme e onipotente esfera

de energia negra a qual ele lança sobre o dragão dourado que sem parte da asa

não tem como desviar acertando-o em cheio! E como planejado pelo dragão negro o

dragão dourado começa a cair em direção alucinante sobre o navio dos bruxos.

 

 

 

-Maldição,

ele nos viu, o dragão vai cair sobre nós temos que pará-lo agora ou iremos

morrer massacrados!!! É agora homens se preparem!!! É AGORAAAAAAAAA!!! IRA DE

THOOOOOOOOOR!!!

 

 

 

Uma

sem-igual energia ofuscante, dotada de poder imperial se formam apartir de

todas Iras evocadas pelos bruxos, a qual é lançada perfeitamente em direção ao

dragão dourado, engolindo o por inteiro. Fazendo seu grito ecoar por toda a

região.

 

 

 

-GROAAAAAAAAAAAAARRRRRRRRR!!!

 

 

 

A

luz da imensa magia parecia não apagar caindo, ao longe após o monte Mijolnir.

O dragão negro sumira, deixando para trás uma cidade salva...

 

 

 

As

florestas sobre o monte, não eram muito densas, poucas árvores de tamanho

grande, dotadas de folhas verdes escuras e gigantescas, jaziam sobre o monte

plano. Mas algo se contorcia por entre as matas e árvores do local, o dragão

dourado jazia ali totalmente ferido no meio do monte, protegido dos céus pelas

poucas árvores que ali existiam. Ele não podia dar brecha, a qualquer momento o

dragão negro poderia achá-lo para terminar com o pouco que restava de sua vida

agora, ele agonizava pelas matas, seu tamanho descomunal o impedia de se

arrastar pelo lugar, as asas (já feridas e sem uma parte de uma delas) gigantes

batiam por tudo o que estava ao seu redor impedindo-o de se mexer.

 

 

 

Então

com o pouco que restava de sua energia ele usa a curiosa habilidade dos dragões

de se metamorfosear em humanos e se transforma em um rapaz. Agora com seu

tamanho significativamente reduzido ele se arrasta procurando por ajuda, mas

era noite e este era um local demasiado um pouco estranho para se encontrar

alguém a esta hora da noite. Mas brotou um pouco de esperança nele, a alguns

metros não muito distante dali, viu uma luz no meio das árvores, era uma

fogueira. Ele se arrastou o mais rápido que pôde pelo chão verde e úmido com a

esperança de encontrar alguém. Mas ao chegar em frente à fogueira, vê que o

local se encontra vazio... Mas ele pensa: “Como uma fogueira, pode ficar tão

bem acesa sem alguém por perto”. Suas energias estavam se esgotando, os

ferimentos eram gravíssimos, se ele não achá-se ajuda poderia jazer morto

ali... Mas ele houve um barulho e olha para o lado, eis que atrás de uma árvore

surge uma linda jovem suma-sacerdotisa, carregando alguns gravetos de madeira.

 

 

 

-Meu

Deus, quem é você? Você está muito ferido!

 

 

 

A

suma-sacerdotisa chega perto do dragão, sem saber que ele é um, pois estava sob

a forma de um rapaz de longos cabelos dourados. Ela passa mão sob seu corpo

procurando os ferimentos e usando seus poderes divinos para amenizar sua dor.

 

 

 

-Pronto,

agora tome esta capa, cubra seu corpo, você não pode ficar sem roupa neste

frio.

 

 

 

O

rapaz pega a longa capa e enrola ao redor de seu corpo. Mesmo sendo um dragão

(que praticamente não sente frio devido a sua resistência) ele precisa se

proteger pois está numa forma humana e assim não tem a mesma resistência de um

dragão.

 

 

 

A

sacerdotisa ficou observando-o por um certo tempo, até que ele virou para ela

com um olhar desconfiado, fazendo-a corar.

 

 

 

-Err...

Desculpe, não quis deixar você com medo, mas só queria saber como você ficou

assim, foi uma briga violenta não? Ou te pegaram de surpresa? Aqui a noite é um

local muito deserto, geralmente ladrões roubam as pessoas e depois as largam

aqui desmaiadas, ou não foi este o seu caso? Por quê você não fala algo? Ficar

mudo assim não vai resolver nada, pode me contar tudo eu quero te ajudar, não

fique com vergonha, pode contar que eu...

 

 

 

Então

com seus longos cabelos cobrindo seu rosto ele fala sussurrando:

 

 

 

-Você

fala demais.

 

 

 

A

sacerdotisa abriu os olhos olhando e sorrindo para ele.

 

 

 

-Ah,

desculpinha, eu não quis falar demais, mas é que com este silêncio...

 

 

 

Ele

vira ao lado oposto dela e encosta-se sobre o tronco úmido da grande árvore

marrom.

 

 

 

-Arr...

 

 

 

-O

que foi? Machucou-se?

 

 

 

Então

ele olha para o seu braço (para a parte que correspondia a parte da asa que foi

derretida pelo ácido do dragão negro) e vê que ele ainda está muito ferido.

 

 

 

-Meu

Deus, seu braço ainda está muito ferido, por favor, deixe que eu cuide disso.

 

 

 

-Se

afaste de mim.

 

 

 

-O...O

quê? O que houve? Seu braço está em um estado muito crítico – ela estende a mão

em direção ao braço ferido dele -preciso tratar desse ferimento agora ou...

 

 

 

Ele

segura a mão dela rapidamente firme... Os dois ficam uns segundos olhando um

para o olho do outro, sem piscar...

 

 

 

-Nossa

agora que percebi, seus olhos são tão vermelhos, parece até o próprio sangue...

 

 

 

Ele

larga a mão dela para baixo e vira o rosto, fazendo seus longos cabelos

dourados esvoaçarem no ar.

 

 

 

-Anda,

cuide logo do meu braço... Não era isso que você queria?

 

 

 

-Ah

sim, claro, deixe me cuidar dele.

 

 

 

Ela

ergue as mãos sobre o braço fazendo com que uma luz de calor intenso e poder

divino nasça sobre o ferimento, fazendo ele, incrivelmente, ficar curado.

 

 

 

-Prontinho,

está a salvo seu braço, pelo menos agora você vai poder usá-lo por um longo

tempo –diz ela sorrindo para ele.

 

 

 

Ele

não responde nada, fica mudo como sempre... Apenas virou seu rosto e olhou para

o rosto dela.

 

 

 

-Por

quê fez isso por mim? –diz ele com seus olhos sérios um pouco escondidos pelos

lisos fios de seus cabelos longos.

 

 

 

-Bem

eu sou uma suma-sacerdotisa, é meu dever ajudar os outros, ainda mais os que

estão necessitados. Mas você ainda não respondeu, como ficou assim sem roupa e

todo ferido?

 

 

 

-Não

posso dizer.

 

 

 

-Ah...

Entendo, não precisa contar se não quiser.

 

 

 

Ela

se vira e fica olhando para a fogueira acesa, cheia de madeiras queimadas em

seu interior, aparentando ter sido mantida acesa a muito tempo devido a grande

quantidade de gravetos queimados que ali estavam.

 

 

 

-Que

coisa... Estamos aqui falando há quase meia hora e eu ainda nem sei seu nome. Bom

vamos nos apresentar então, prazer, meu nome é Rumiko, e o seu?

 

 

 

Ele

vira devagar e olha para outro lado, como se quisesse olhar para qualquer lado,

menos para os olhos dela.

 

 

 

-Skyller.

 

 

 

-Skyller?

É esse seu nome? Que legal é bem diferente, nunca tinha visto alguém com esse

nome. De onde você vem? Ah!!! Desculpe, devo estar sendo curiosa demais –diz

ela olhando para os lados, meio envergonhada –você não deve estar tendo uma boa

impressão de mim... Ainda mais que sou uma serva de Deus.

 

 

 

-Você

salvou minha vida, eu a agradeço muito, só que na poderei te pagar com

dinheiro, estou sem nada.

 

 

 

-Ah,

nem precisa eu não quero nada, eu já disse que meu dever é ajudar os outros. E

além do que gostei muito de você, esse seu ar de meio fechado é muito

engraçado.

 

 

 

-Errm...-

diz Skyller sem saber o que responder.

 

 

 

-Então,

já que você não tem nada pra vestir eu posso te emprestar essa capa, até você

chegar em casa, pois você deve morar longe não.

 

 

 

-Eu

não tenho casa.

 

 

 

-Ah,

eu sinto muito, deve ser horrível dormir na rua e no meio das florestas. Mas

não tem problema, você pode dormir hoje lá em casa, eu moro em Prontera, nem

precisamos ir andando, podemos ir daqui mesmo.

 

 

 

-D...Dormir

na sua casa?

 

 

 

-Sim,

tem algum problema? Acho que é melhor dormir em um lugar quente d que no frio

da noite, não? –diz ela fechando os olhos e sorrindo para ele.

 

 

 

-S...

Sim.

 

 

 

-Então

levante, vamos agora mesmo, venha segure minha mão.

 

 

 

Ele

se levanta, meio que lentamente, estende o braço e segura a mão de Rumiko.

 

 

 

-Nossa

para um humano bem que sua mão é grandinha hein, não sei como você conseguiu

apanhar para quem te bateu. –diz ela brincando.

 

 

 

E

Skyller fica pensando se deveria dizer a verdade a ela. Afinal, ela o ajudou

sem pedir nada em troca e acabara de pensar se ela o teria ajudado se soubesse

que ele não passava de um dragão.

 

 

 

-Bom

prepare-se, aí vai... PORTAL!!!

 

 

 

Eis

que um facho de luz branca surge do chão, diante deles, até o alto formando um

pilaste de energia, iluminando toda aquela floresta escura.

 

 

 

-Vamos,

entre é um portal para Prontera. Viu? Não disse que chegaríamos rapidinho.

 

 

 

-S...Sim.

–diz ele indo em direção ao portal pisando sobre o solo iluminado por ele.

 

 

 

Ele

sente uma sensação de rapidez e como se tivesse na velocidade da luz começa a

voar em direção ao horizonte onde ao redor só havia luz e mais luz, como

precaução ele fecha os olhos e quando vê seus pés descalços estão sobre um solo

sem matas, e liso feito de ladrilhos. Logo atrás Rumiko acaba de vir também

pelo mesmo facho de luz.

 

 

 

-Pronto

chegamos. Pode ir em frente, esta é minha casa. –diz ela apontando para frente

onde havia uma mansão protegida por portões grandes de ferro e iluminada por

luzes brancas.

 

 

 

Ela

abre o portão e eles entram caminhando pelo caminho ladrilhado até à porta da

casa. Ela gira a maçaneta e abre a porta em direção à dentro da casa.

 

 

 

-Vamos

pode entrar, o que foi? Você é muito acanhado, não tenha vergonha. A casa é sua

também.

 

 

 

-Você

está sendo muito gentil comigo, eu não sei como retribuir isso.

 

 

 

-Err...

Eu já disse que não precisa pagar o que estou fazendo é uma ajuda. Bom venha

vou te levar ao meu quarto. Te emprestarei umas roupas.

 

 

 

Chegando

no quarto ela tira do armário alguns mantos e vestimentas entregando no colo

dele...

 

 

 

-Como

você pode ser uma pessoa de alma tão pura assim? – ele se levanta e fica diante

dela, com seu tamanho sobrepondo a imagem dela – Sabe gostei da sua bondade e

pureza, seu rosto belo e divino emana uma aura de calor que acalma qualquer um.

 

 

 

-Ahn???

– ela fica totalmente envergonhada, corando tanto que a cor da sua pele

refletia à luz do abajur do quarto.

 

 

 

-Não

precisa se envergonhar, você já deveria estar acostumada a ouvir elogios como

esse, pois você é dotada somente de pureza. – diz ele ao mesmo tempo em que

fica pensando... Como um dragão de guerras como ele acabar de se render à

pureza de uma humana.

 

 

 

Ele

passa a mão no rosto dela acariciando-a, fazendo a fechar os olhos. Ele a beija

no meio da noite escura e do quarto aquecido, iluminado somente à luz do

abajur.

 

 

 

-Não...Eu

não posso, sou uma sacerdotisa, uma suma-sacerdotisa...Fui treinada para

resistir aos pecados carnais, não posso me render a um deles agora.

 

 

 

-Apaixonar-se

por uma pessoa não é pecado, e sim uma demonstração de um sentimento em que os

humanos mostram seus reais...

 

 

 

-Eu,

nem sei o que eu dizer...

 

 

 

-Não

diga nada apenas fiquemos juntos para que possamos um dia olhar para trás e ver

o quanto o nosso amor durou.

 

 

 

fora no meio da noite negra, voa levemente um pássaro branco, que simbolizava a

paz que eles poderiam viver... Mal sabem eles que o destino que os esperava era

obscuro.

 

 

 

 

 

Era

manhã quente, o sol estava raiando ao horizonte limpo e brilhante sob o céu

azul-celeste, os pássaros voavam calmamente, janelas abriam-se mostrando

pessoas com caras de mortos bocejando, de quem acabara de acordar. A brisa da

manhã fazia as pequenas folhas das árvores balançarem ao vento e voarem para

longe. Mal amanhecia e algumas pessoas já estavam nas ruas de Prontera fazendo

suas compras para a semana que vem nas inúmeras barracas dos milhares de

mercadores ambulantes. O Rei levantava-se passando por uma das janelas do

castelo podendo ser observado a longe. A Igreja também acabara de acordar, com

os sacerdotes e clérigos fazendo suas rotinas e trabalhos matinais, mas havia

algo nesta manhã na porta da Igreja que não estava ali na noite anterior...

 

 

 

-Ah

meu Deus, assim eu não posso, eu sou somente um... Irmãs peguem aquele pano

para mim, por favor, eu preciso de tesoura aqui! – Sebantes cortava um pano

branco com listras douradas e cristais cintilantes, parecia que estava fazendo

várias batinas - Alguém veja se está com a irmã Samiya... Irmã Yoko venha cá,

por favor!

 

 

 

Uma

sacerdotisa de cabelos cor-de-rosa e olhos verdes veio correndo pelo corredor,

banhado pela luz quente do sol da manhã, iluminando todo ele.

 

 

 

-Sim

senhor Sebantes, em que posso ajudá-lo? – perguntou calmamente Yoko se

abaixando.

 

 

 

-Por

favor, veja se chegou alguma encomenda.

 

 

 

-Sim,

pode deixar comigo.

 

 

 

Yoko

se levanta e anda pelo corredor indo em direção à grande porta principal. Yoko

era uma sacerdotisa experiente, tinha apenas 17 anos, mas já dominava

perfeitamente todos os ensinamentos da igreja, em todas as peregrinações e

batalhas em que a igreja foi ela estava lá, era o reforço de elite da igreja de

Prontera. Ela foi abandonada pelos pais e deixada na porta da igreja sem

nenhuma explicação, sendo assim adotada por Sebantes e criada desde pequena na

Igreja, aprendendo assim desde pequena os poderes de um clérigo. Quando

completou 16 anos resolveu se tornar uma sacerdotisa, bem mais cedo que as

demais garotas que queriam se tornar também, mas mesmo assim ela sabia muito

mais que as outras demais que ali estavam.

 

 

 

Quando

chegou à porta, ela ouviu um choro vindo do outro lado da porta, ela tomou um

susto, parecia um choro de bebê, mas estava abafado por alguma coisa. Ela abriu

rapidamente a porta gigantesca e olhando para baixo, logo viu uma pequena cesta

de madeira, parecida com estas que se usava para colher frutas, mas

definitivamente não eram frutas que estava ali dentro... O pano que cobria o

conteúdo da cesta estava se mexendo... Pareciam braços se debatendo.

 

 

 

-Ah

meu Deus!

 

 

 

Yoko

se abaixou e tirou o pano branco que cobria o que ali havia. Quando ela olha

fica assustada. Um pequeno bebê de cabelos dourados jazia ali, chorando,

debatendo os braços e se esperneando... Era um menino. Parecia que não

completara nem um ano ainda, parecia recém-nascido.

 

 

 

-Ah

que lindo um bebezinho. – ela o tira da cesta que era bem maior que ele e o

põem do colo, balançando-o.

 

 

 

 

 

 

 

-O

quêê!!! – acabara de gritar Sebantes depois de Yoko contar que achara o bebê à

porta da Igreja.

 

 

 

-Só

pode ter sido isso, alguma mãe desnaturada o abandonou.

 

 

 

-Não

continha nenhum bilhete? – pergunta Sebantes a Yoko

 

 

 

-Não,

só havia ele e os panos cobrindo-o. Coitado sabe-se lá quantas horas ele ficou

neste frio da noite sem nenhuma coberta. Nem roupas ele estava sequer.

 

 

 

-Como

uma mãe poderia fazer isso com o filho... Elas o trazem ao mundo para quê?

Fazê-los sofre??? Pensa-se antes de criá-lo.

 

 

 

Vamos

ficar com ele não? É tão bonitinho! – pergunta Yoko.

 

 

 

-Bom

é difícil dizer não para um bebê, quem não se apaixona por um? – comenta Sebantes

– Bom, mas já que você sugeriu a idéia, você cuidará dele daqui para frente. É

claro que, poderá contar com a ajuda das outras irmãs de vez em quando.

 

 

 

-O

QUÊ??? Eu?

 

 

 

-Ueh,

foi você quem sugeriu a idéia dele ficar aqui não??? E além do que pelo que

você disse, foi só você colocá-lo no seu colo que ele parou de chorar. Você é a

mais jovem daqui, pode ser sua primeira experiência com crianças, está na hora

de você aprender. E digamos que, vocês dois tem uma coisa em comum, pode ser

triste, mas é em comum. Vocês dois foram abandonados pelos pais na porta da

igreja. Acho que com isso você possa se sentir menos infeliz.

 

 

 

-Bom,

creio que posso ser legal, eu adoro crianças. – diz ela com o bebê no colo,

fazendo-o ninar.

 

 

 

-Então,

já que está de acordo, já pode ir pensando em um nome para ele. Qual você

gostaria de dar para ele?

 

 

 

-Ah,

não sei, acho que isso preciso pensar mais um pouco, é algo muito importante.

 

 

 

-Bom,

então já está tudo decidido, já que está pronta para cuidar dele, pode começar

amamentando ele.

 

 

 

-M...

Mas eu nunca tive um filho, eu não sei como se faz isso.

 

 

 

-Peça

ajuda às outras irmãs, elas poderão te dar dicas. Yoko trate isto como um

treinamento, saber sobreviver e se defender não são as únicas coisas que

devemos aprender nesta vida. Tendo você como mãe, quem sabe um dia ele não se torne

um grande sacerdote?

 

 

 

Yoko

sorri para Sebantes e diz consigo mesma que com este novo ensino ela poderá

aprender mais sobre a vida e saber como é cuidar de alguém que sofreu a mesma

coisa que ela.

 

O

dia passou calmamente, como se as horas estivessem se esticando cada vez mais.

A tarde passou muito clara e ensolarada, coisa que ultimamente não acontecia.

Yoko passou o dia inteiro cuidando do bebê como se realmente fosse seu filho,

parecia que a nova experiência estava sendo ótima para ela. Depois de algumas

longas horas, a noite caiu e como sempre o céu azul-negro residia sob imensas

nuvens negras e acizentadas impedindo das estrelas se mostrarem naquela noite.

No seu quarto na igreja Yoko acabara de cuidar do bebê e o colocava em seu

berço, trazido até o quarto dela. Mal ficou escuro ele já estava dormindo

serenamete sem acordar sob um pio.

 

 

 

parece que você pegou no sono mesmo, nunca pensei que eu tivesse jeito com

crianças... – diz ela cobrindo-o no berço com um lençol – Temos que arranjar um

nome para você. Eu não sei como sua mãe o chamava, se é que ela botou um nome

em você, mas temos que arranjar um.

 

 

 

Ela

ficou olhando para o garoto por um longo tempo, imaginando como teria sido com

ela, se foi assim que ela ficava quando também era criança e fora abandonada

pelos pais, assim como ele, na porta da igreja.

 

 

 

-Que

nome eu lhe dou? Você tem que ter um nome bem bonito.

 

 

 

Mas

de repente ela para de pensar e olha fixamente a cesta em que ele estava quando

encontrado por ela na porta da igreja. Parecia que a ponta de alguma coisa

estava saltando para fora da parte de baixo da cesta... Havia algo ali

escondido que ela não havia percebido anteriormente. Ela se levantou, esticou o

braço até o moveu abrindo a gaveta e pegou uma faca e cortou as laterais da

cesta de modo que pudesse ver o que era aquilo. Quando abre a cesta havia um

embrulho retangular ali dentro, coberto por um pano marrom de couro. Ela corta

o pano e vê que na verdade era um retrato, no qual havia um rapaz e uma garota,

parecia que foi tirado a um ano e pouco. O homem era alto e tinha longos

cabelos dourados que chegavam até o fim de suas costas. A garota deveria ter

uns dezoito ou dezenove anos, era jovem e bonita, era uma suma-sacerdotisa a

julgar pelos trajes. Yoko ficou olhando atenciosamente até perceber que aqueles

ali poderiam ser os pais da criança.

 

 

 

-Nossa,

será que eram seus pais? – diz ela olhando para o bebê, como se estivesse

conversando com ele – sua mãe e seu pai eram realmente bonitos, eles parecem

tão felizes, o que teria acontecido para eles te abandonarem...?

 

 

 

Ela

pensa mil e uma possibilidades, mas não consegue imaginar o que poderia ter

acontecido para que um casal que pela foto parecia tão feliz e saudável

abandonar o filho assim...

 

 

 

-Acho

que estou querendo saber até demais, melhooooor irmoooos dormir – diz ela

bocejando e abrindo os braços – quer dizer eu ir né, você pelo que parece, já

pegou no sono há muito tempo. Bom, acho que já sei que nome vou te dar, você

vai se chamar Negi! Boa noite Negi... –diz ela fechando os olhos e adormecendo

sobre a cama coberta pelas cortinas.

 

 

 

O

brilho dos raios intensos do sol já refulgia naquela manhã, os pássaros

cantavam e se tinha a leve brisa da manhã sobre as árvores, fazendo suas folhas

levemente voarem. Mas uma coisa aconteceu repentinamente. Um grito ecoou por

toda a igreja acordando todos os que ainda dormiam.

 

 

 

-Aaaaaaaaaahhhhhhhhh!!!

 

 

 

-Mas

o que é isso?

 

 

 

-O

que está acontecendo aqui?

 

 

 

-Que

barulho terrível é esse aqui?

 

 

 

Perguntavam

as inúmeras pessoas com as portas abertas pelos corredores da Igreja, tentando

descobrir o que estava havendo ali para ter soado este imenso grito.

 

 

 

-Hã???

– diz Yoko que acabara de abrir os olhos sobre sua cama, se espreguiçando

lentamente – Mas o que está acontecendo afinal que grito foi esse?

 

 

 

Eis

que ela arregala os olhos e se lembra do bebê, se levantando rapidamente sem

tirar o pijama, indo na direção do berço.

 

 

 

-Ah

não... Não...

 

 

 

O

berço estava vazio, ali havia somente os lençóis que ela usara na noite

anterior para cobri-lo. O coração dela tomou um solavanco de repente e

desesperada saiu correndo pelo corredor gritando:

 

 

 

-Bispo

Sebantes, Bispo Sebantes! O bebê ele su...

 

 

 

Ela

para e vê que há um aglomerado de pessoas no salão principal da Igreja, parece

que, formando uma roda em torno de algo, que havia li no meio. Yoko chega mais

perto e vê ali Sebantes. Na dava para enxergar direito devido ao aglomerado de

pessoas que ali havia. Ela se estende a ponta dos pés e vê que Sebantes estava

com um garoto na sua frente. Parecia que Sebantes estava discutindo com uma

irmã da igreja...

 

 

 

-Eu

já disse foi ELE! Além do que ele ainda roubou um dos meus lenços para se

cobrir! Foi ele quem fez isso, esse... Esse... –diz uma das sacerdotisas, já

idosa apontando para o garoto na frente de Sebantes.

 

 

 

-Você

não tem provas Menélova, como pode crer que foi ele que fez isso, isso é...

 

 

 

-Então

como explica ele estar assim agora? Hein? Mágica? Ta certo que magia hoje em

dia é comum, mas uma magia dessas é fruto do lado das trevas!!!

 

 

 

-O

que está havendo aqui?

 

 

 

Yoko

passa espremida por entre as pessoas que estavam juntas umas às outras,

chegando ao meio da confusão.

 

 

 

-Ah

pronto está aí a babá dele, além de não saber cuidar de crianças ainda deixa o

garoto perambular pela noite nessa igreja escura. Isso é culpa dela também!!! –

grita a irmã Menévola.

 

 

 

-Mas

o que está acontecendo aqui??? O quê que é culpa minha? – pergunta Yoko olhando

para Sebantes.

 

 

 

-Yoko,

o que vou dizer agora pode ser meio estranho, mas é algo realmente

surpreendente...

 

 

 

-Diga

logo, alguém viu o bebê, onde ele está???

 

 

 

-

Na verdade, ele está na sua frente Yoko.

 

 

 

Ela

olha um pouco para baixo e fixa o olhar no garotinho que estava grudado em Sebantes,

parecia que estava chorando. Deveria ter no máximo uns oito anos.

 

 

 

-N...

Não, isso é brincadeira na é, como? Como esse aí pode ser o Negi? – diz ela

gaguejando sem saber o que falar.

 

 

 

-Negi?

Então quer dizer que já botou um nome neste demônio?!?!?! – esbraveja Menévola.

 

 

 

-NÃO

PRONUNCIE ESTE NOME AQUI NA IGREJA, E AINDA MAIS SOB MINHA PRESENÇA!!! - grita

fortemente Sebantes.

 

 

 

Todos

ficam calados e Menévola solta uma esbravejadinha de desgosto, reclamando para

si mesma.

 

 

 

-Yoko,

a irmã Menévola o acusa, bem como você já botou um nome nele, o Negi, de ter

entrado no quarto dela roubado uns lençóis e ainda atiçado fogo na cortina do

seu quarto.

 

 

 

-Mas

isso não é possível... Ontem ele era só um bebê e como ele já sabe lançar

magia? Ele não tem nem dois anos!!!

 

 

 

-Dois

anos? Ele tem mais do que isso basta olhar para ele, veja o tamanho, deve ter

uns oito anos agora. Este garoto foi enviado pelas forças das trevas para nos

destruir, olha só, os olhos vermelhos que nem sangue que ele tem, parece que o

Senhor das Trevas já está velho para nos enfrentar e manda capangas...

 

 

 

Mas

ela atingiu os limites, Sebantes estava espumando e pronto para soltar outro

berro.

 

 

 

-NÃO

FALE O NOME DESTE SER EM PLENO LUGAR DE DIVINO!!! É A ÚLTIMA VEZ QUE AVISO, DA

PRÓXIMA PERDERA SEU CARGO COM SERVA DE DEUS!!!

 

 

 

-Então

como explica este pivete ter crescido de um bebê para um garoto de oito anos em

apenas vinte e quatro horas???

 

 

 

-Eu

não sei, talvez tenha sofrido alguma maldição ou tomado alguma poção por

engano, não sei! Não sei! Temos que averiguar, e você não pode sair acusando

uma criança de tais atos e...

 

 

 

-NÃO

FOI MINHA CULPA!

 

 

 

Todos

ficam de olhos arregalados, o garoto que até agora não soltara um pio abriu a

boca pela primeira vez e em seguida voltava a virar para trás chorando e

derramando suas lágrimas sob a batina de Sebantes.

 

 

 

-Pelo

grande poder divino!

 

 

 

-Meu

deus!

 

 

 

-Inacreditável!

 

 

 

As

outras pessoas da Igreja que ali estavam ao redor começaram a cochichar sobre o

que acabara de acontecer na frente de todos, como um garoto que mal nascera já

sabia falar? Era algo fora de lógica, alguém tinha que ter uma explicação.

 

 

 

-Eu

não disse??? Eu não disse??? Este garoto não é normal, como um bebê que mal

cresceu já sabe falar???

 

 

 

-Você

sabe falar? - pergunta Yoko espantada abaixando-se e chegando perto do garoto.

 

 

 

-Me

tira daqui mamãe, por favor, me tira daqui!!!

 

 

 

Yoko

olha chorando para ele e o abraça apertando-o intensamente.

 

 

 

-Não

se preocupe, eu vou te tirar daqui, anda vamos, vou te levar para o nosso

quarto. –diz ela olhando para Sebantes que dá um sinal de tudo bem e segue

adiante.

 

 

 

-Leve-o,

vou ter uma conversa com Menévola. – diz Sebantes.

 

 

 

Chegando

no quarto agora iluminado pelos raios do sol e a brisa fazendo as cortinas

balançarem suavemente. Ela traz Negi e senta na sua cama macia, colocando a

cabeça dele sobre seu colo.

 

 

 

-Não

se preocupe meu filho, a irmã Menévola só estava assustada, ela não quis dizer

aquelas coisas, você é um ótimo garoto, e ninguém vai mudar isso. –dizia ela

enquanto ele chorava no seu colo, molhando o pijama cor-de-rosa dela – Vamos

agora pare de chorar, você tem que ser ume menino forte! Forte como um

Minorous!

 

 

 

Ele

levanta a cabeça e começa a enxugar as lágrimas no lençol que cobria seu corpo.

 

 

 

-Bom

depois temos que comprar roupas para você, acho que andar coberto só por lençol

não é uma boa idéia, não acha? ^^

 

 

 

-S...

Sim – diz ele soluçando.

 

 

 

-Olha,

– ela levanta colocando as mãos dele par ao lado e pegando um papel em branco e

um pena em cima da escrivaninha ao lado da sua cama – tome, desenhe um pouco,

papel e pena. Assim você se distrai.

 

 

 

-O...

Obrigado mamãe...

 

 

 

Ela

ainda estava meio desnorteada com este novo negócio de “mamãe”, nunca ninguém a

chamaria assim. E de repente parecia que já tinha um filho. E pelo contrário do

que parecia ela estava começando a gostar desta nova vida. Ela ficava olhando

atentamente para o garoto que agora estava escrevendo algo no papel... Mas ela

de repente voltou ao momento, estava desligada demais pensando como seria ter

um filho de agora em diante, aí voltou a pensar. Como isso poderia ter

acontecido, ontem ele era só um bebê e agora já se tornara um garoto. Com

certeza outra pessoa não era, era ele mesmo. Os mesmos cabelos dourados iguais

aos do pai, o mesmo rosto, só os olhos que quando bebê ela não pode reparar

direito, agora percebe que são vermelhos, vermelhos bem cintilantes. Ela pega o

retrato dos pais de Negi, que estava em cima da escrivaninha e observa o pai e

percebe que ele também tinha os mesmos olhos vermelhos de Negi.

 

 

 

-O

que é isso mamãe?

 

 

 

Ela

olha, levantando a cabeça tão rápida que poderia até ter quebrado, para Negi e

sorri para ele.

 

 

 

-Vem

cá meu filho. – diz ela estendendo o braço para ele – Tenho uma coisa que quero

que saiba.

 

 

 

Negi

se levanta e vai andando até ela com o papel em que estava desenhando.

 

 

 

-O

que foi mamãe? – pergunta ele com seus pequenos olhos olhando atentamente para

quem ele julgava ser sua mãe.

 

 

 

-Negi,

o que vou te contar agora é o que eu acho que é certo, na posso ficar

escondendo algo de você, a verdade é melhor do que a mentira.

 

 

 

-Do

que está falando mamãe?

 

 

 

-Olha.

– diz ela levantando o retrato e mostrando para ele – Estes aqui são seus pais.

 

 

 

Ela

pensando que o garoto ia ficar espantado ou chorar, ficou surpresa ao ver que

ele somente ficou olhando o retrato calmamente

 

 

 

-Esse

é o meu pai? – ele aponta para o homem de longos cabelos dourados no retrato.

 

 

 

-Sim,

ele é bonito não? Assim como você.

 

 

 

-É,

ele parece ser muito legal. Eu quero ser que nem ele!

 

 

 

Ela

então fica pensando... Que coisa nem conhece o pai e já deseja ser à imagem

dele. Nem sabiam se ele era um homem de boa índole.

 

 

 

-Mas

cadê você mamãe? Por que esta mulher está aqui com o papai?

 

 

 

-Ela

é quem é sua mãe verdadeira Negi.

 

 

 

-O

quê? Então você não é minha mãe?

 

 

 

-Claro

que sim... Bom, não, ou sim... Podemos dizer que ela foi quem trouxe você ao

mundo e agora eu sou sua segunda mãe, sou eu quem cuida de você. ^^

 

 

 

-Mas

eu gosto de você! Você para mim é minha super mãe...

 

 

 

Ele

a abraça e ela o abraça também por uns segundos. Ela então percebe que de agora

em diante tinha a responsabilidade de viver como mãe, já que o próprio garoto a

adorava mais do que a mãe de sangue. Ela continuava abraçando-o e olha o

desenho que ele agora pouco estava fazendo. Prestando atenção ela enxerga em

letras minúsculas uma escrita diferente, sem sentido e indecifrável por ela.

 

 

 

-O

que é isso que você escreveu aqui filho? Parece um tipo de alfabeto diferente.

 

 

 

-Não

sei, eu nem percebi que tinha escrito.

 

 

 

-Ela

pega o papel da mão dele e chega mais perto para observar. Seu coração pára,

seus olhos ficam fixados no papel, ela não se mexe, não consegue olhar para

outra coisa. O que acabara de ver era algo assustador.

 

 

 

-Senhorita

Yoko, precisamos ter uma conversa....

 

 

 

Sebantes

parou de falar no instante que olhou para Yoko que estava com uma cara enorme

de espanto e surpresa, e definitivamente, medo.

 

 

 

-

O que houve Yoko? Você está bem?

 

 

 

-Senhor,

precisamos conversar, urgentemente!

 

 

 

-Ah

sim claro, venha até minha sala.

 

 

 

-Filho

fique aqui quietinho que eu e o Tio Sebantes vamos conversar.

 

 

 

-Sim

mamãe.

 

 

 

Depois

de chegar na sala de Sebantes Yoko coloca o desenho sobre a sua mesa deixando Sebantes

também assustado e surpreendido.

 

 

 

-Meu

Deus, mas isto é... Não vai dizer que foi o garoto Negi que escreveu isto?

 

 

 

-Sim

eu dei um pedaço de papel e uma pena para ele ficar desenhando, e quando vi,

ele tinha escrito tudo isto no papel... Se o senhor conhece bastante os monstros,

sabe que isso é...

 

 

 

-Língua

de dragão.- diz os dois juntos

 

 

 

-Yoko,

você não acha que o garoto seja um... Um...

 

 

 

-Na

verdade acho que ele seja um meio-dragão. Fruto do amor entre um dragão com um

humano. Mas no retrato que veio com ele não parece haver algum indício de que o

pai dele seja realmente um dragão.

 

 

 

-Mas

você sabe muito bem que um dragão pode assumir forma humana, na foto o pai

deveria estar sob uma então. Espere... Posso ver a foto? Quem sabe não

reconhecemos a mãe dele.

 

 

 

-Sim,

aqui. – ela entrega o retrato na mão de Sebantes.

 

 

 

-Meu

Deus, mas é ela, - Sebantes fica assustado ao ver o rosto da mulher que estava

no retrato – a suma-sacerdotisa que trabalhava aqui na igreja à um ano, antes

de desparecer... Rumiko...

 

 

 

-Exatamente

a provável idade que ele tinha quando o achei ontem na porta... – pensa Yoko

que começa a entender as coisas, mas se ela sumiu há um ano, teve Negi, por que

depois desse tempo voltou e o abandonou na porta da igreja?

 

 

 

-Mas

o que a fez abandonar o filho, e porquê ela... Ela teve... Um filho com um

dragão? – se pergunta Sebantes em dúvida.

 

 

 

-Não

sei, mas parece que ela não pôde ficar com o filho, pois creio que ela não

seria tão perversa a abandonar o filho assim, tem que ter uma explicação.

 

 

 

Os

dois ficam pensando e pensando mas não conseguem achar uma solução para aquilo,

parece que teriam que perguntar aos próprios pais, mas onde eles estariam

agora?

 

 

 

-Bem,

acho que agora não temos com o que nos espantar mais, acho que já sabemos tudo...

 

 

 

-E

o que vamos fazer com ele agora senhor Sebantes?

 

 

 

Nada,

vamos cuidar dele como se nada tivesse acontecido, como eu disse ontem, sob

seus cuidados ele poderá se tornar um grande homem, por quê não começam agora?

Você já pode começar os ensinamentos divinos para ele. Acho que isso o fará

bem, se ele não fizer algo que o distraia poderá ficar perguntando sobre os

pais e como não temos respostas e melhor evitarmos isso.

 

 

 

-Sim,

o senhor tem razão! Vou começar a treiná-lo agora mesmo! ^^

 

 

 

Os

dias seguintes se passaram calmamente, Yoko levava Negi todos os dias de manhã

para os arredores de Prontera treiná-lo com os ensinamentos divinos, e parecia

que ele pegava rápido, em poucos dias já aprendera grande parte das técnicas

sagradas. E em tão pouco tempo se tornara um noviço.

 

 

 

-Parabéns

Negi! Agora você pertence à Igreja! Vai se tornar um grande sacerdote!

 

 

 

-Brigado

mamãe!

 

 

 

-Olha

Negi, pode sempre contar com todos aqui da Igreja para o que der e vier – diz Sebantes

se abaixando para ficar na altura do garoto – sua mãe também o ajudará muito,

ela é uma das nossas maiores sacerdotisas, e olha que é uma das mais jovens!

Que sorte ter uma mãe assim não?

 

 

 

-É,

ela é a melhor mãe do mundo! –diz Negi abraçando Yoko.

 

 

 

Yoko

sorri e o abraça também.

 

 

 

-Obrigado!

Você também é um ótimo filho, sabia?

 

 

 

O

resto dos dias foi passando e o treinamento de Negi continuava sem parar, Yoko

estava se saindo muito bem como mãe e mestra também. E era algo que ela

adorava, pois, não por ser uma sacerdotisa, mas ela gostava de ajudar os

outros. Assim seguiu-se o resto das semanas, calmo e claro como a luz do sol.

Mas chegou um dia em que aconteceria o inevitável...

 

 

 

Todos

se reuniram no salão principal da Igreja, o Rei Tristan estava no altar, e ao

lado sua guarda real. Yoko acabara de se trocar e vinha correndo pelo grande

corredor da igreja.

 

 

 

-Bem

presumo que todos que estejam aqui já. O que vou falar é algo terrível uma

coisa está acontecendo neste instante e por causa disso preciso da atenção de

todos vocês. Assim como já disse ao bispo Sebantes, eu recebi um comunicado

agora pouco vindo de Umbala, parece que a cidade está sendo atacada.

 

 

 

Gritos

de espanto ecoaram pelo salão principal da igreja, com todos cochichando uns

para os outros e fazendo perguntas.

 

 

 

-Acalmem-se,

acalmem-se, parece que os moradores estão presos por lá, pois a nossa

comunicação foi cortada e não pudemos tomar conhecimento do que pode estar

havendo lá... E como vocês sabem – diz ele abaixando a cabeça e olhando para

todos que estavam em sua frente, Umbala é a cidade vizinha da imensa e

descomunal, além da misteriosa árvore dos nove mundos, a Yggdrasil. Creio que

todos já devem estar começando a ter uma idéia do que é. Eu conversei com Sebantes

e ele concordou comigo... Bem, – ele se acalma e respira para falar, como se o

que estivesse prestes a dizer era algo imensamente terrível – nós dois

acreditamos que os demônios de Niflheim escaparam e invadiram Umbala.

 

 

 

O

que se esperava aconteceu, pessoas tomaram sustos imediatos, algumas pareciam

que tiveram um ataque do coração, outras desmaiaram, os sacerdotes as acudiam e

outros as deitavam nos bancos.

 

 

 

-Meu

deus o que vamos fazer, se os demônios estão invadindo mesmo lá supostamente

são em número grande para terem tomado a cidade toda. Mas por quê estariam

fazendo isso? Será que há algum mandante? – Sebantes fica em dúvida.

 

 

 

-Senhor

Sebantes! Senhor Sebantes! – vem Yoko gritando por de trás das pessoas indo em

direção ao rei e Sebantes – Ah sim, desculpe... Olá Vossa Majestade.

 

 

 

-Ah,

olá senhorita Yoko, faz tempo que não nos vemos.

 

 

 

-Vo...

Vossa Majestade me conhece???

 

 

 

-Mas

é claro, Sebantes fala muito de você, como não conheceria uma das melhores

sacerdotisas de prontera? – diz o Rei Tristan sorrindo para Yoko que acabara de

ficar vermelha -  Você será um reforço e

tanto nesta missão, com certeza virá conosco, não?

 

 

 

-Ah...

Ah s... Sim claro. Com certeza irei! Senhor Sebantes o que está acontecendo

aqui?

 

 

 

-Ah

sim Yoko eu ia chamá-la agora para se reunir conosco, como você ouviu parece

que Umbala está sendo atacada e o Rei Tristan me acordou dizendo que tinha

recebido um comunicado de Umbala, mas não conseguiu se contatar muito com eles,

pois a comunicação foi cortada por algum tipo de feitiço. Ele disse que só

ouviu alguns gritos dizendo “Demônios!”, “Demônios!”, e sons de pessoas pedindo

ajuda. Então disse que precisaria da ajuda dos nossos sacerdotes.

 

 

 

-Mas

isso é terrível, temos que ir para lá agora mesmo!

 

 

 

-Sim,

ele está falando agora com Ken-ichi, o líder dos sumo-sacerdotes de alto

escalão. Ele irá comandar a missão. Yoko, teremos que batalhar como nunca nesta

missão, estamos falando de Niflheim, a terra do gelo e do frio, lar dos piores

demônios do universo... Creio que será perigosíssimo.

 

 

 

-Bom

Sebantes acabei de conversar com o capitão e combinamos as coisas, e também precisaremos

de um meio de transporte, pois ir à pé demoraria dias. Creio que poderemos

pedir o navio voador da academia de magia de Geffen. Eles sempre nos ajudaram,

acho que agora poderemos contar com eles novamente.

 

 

 

-Sim

Vossa Majestade! Está perfeito! – diz Sebantes concordando com o Rei.

 

 

 

-Vou

me comunicar com eles agora, em 3 horas vocês partirão daqui, vou avisá-los

para pousarem na praça principal, e é claro, venham soldados! Temos que evacuar

a praça para a chegada do navio.

 

 

 

O

Rei sai andando reto pelo tapete vermelho da igreja rumo à porta de saída pelo

corredor, com sua guarda ao lado dele.

 

 

 

-Bom,

Yoko acho que você deve avisar a Negi aonde você vai, creio que quando você

for, ele vai sentir sua falta e ficar perguntando para onde você foi. Melhor

contar logo agora do que ele ficar sem saber.

 

 

 

-Sim,

eu vou agora mesmo avisá-lo, ele deve estar no quarto agora.

 

 

 

Ela

se vira e passa pela muvuca que estava ali no salão, indo para o corredor em

direção ao seu quarto. Quando estava prestes a abrir a porta ela houve um

estrondo vindo de dentro e parecia alguém caindo no chão. Ela toma um susto e

abre a porta rapidamente, para que levasse um susto novamente. Ela olha para

frente e vê Negi ali ajoelhado no chão com a roupa toda rasgada, mas havia uma

diferença, ele agora não era mais um garotinho de oito anos, ele agora estava

com um corpo de um rapaz de dezenove anos.

 

 

 

-Não

é possível, não é possível! O que está acontecendo comigo? Mãe?!

 

 

 

Ele

olha para a porta e vê Yoko ali parada com cara de assustada.

 

 

 

-Negi...

– ela fica sem saber o que falar – Meu Deus, aconteceu de novo.

 

 

 

-EU

já sabia, eu sempre senti, eu não sou um garoto normal não é? Eu sou... Um

monstro.

 

 

 

-Não

meu filho! – diz ela tentando o reanimar e se ajoelha abraçando-o – Você é mais

humano do que qualquer um, você tem uma alma bondosa que ninguém tem, você é

único e ninguém pode substituí-lo, eu amo você e é isso que importa.

 

 

 

-Não

precisa mentir mãe, eu sei que não sou inteiramente humano. Pode contar a

verdade eu quero saber! Eu preciso saber!

 

 

 

Ela

olha com uma cara de tristeza para ele e segura seu rosto com suas pequenas

mãos.

 

 

 

-Negi,

não sei o que aconteceu para seus pais te abandonarem, mas creio que eles o

amavam muito, pois o amor que sua mãe deu quando você nasceu provavelmente foi

um amor imenso para você ter se tornado um rapaz tão bom e nobre assim. Seu

pai, ele era... Um dragão, mas com certeza um dragão de boa alma, pois sua mãe

se apaixonou por ele e juntos tiveram você, e como já disse o amor deles deve

ter sido muito sincero e pleno para que você tenha nascido assim. O que importa

é que você é um bom garoto e não o que seu passado diz...

 

 

 

-Mãe...

 

 

 

Eles

dois levantam e se abraçam chorando um no ombro do outro.

 

 

 

-Ah

meu Deus!!!

 

 

 

Alguém

abrira a porta do quarto e tomou um susto. Menévola a sacerdotisa de mau

caráter, estava ali parada na porta observando os dois abraçados que tomaram um

susto também com sua chegada repentina.

 

 

 

-Isso

é o maior pecado contra a divina santidade de Deus!!! Isso não vai ficar

assim!!!

 

 

 

Ela

sai correndo do quarto pelo corredor gritando estridentemente:

 

 

 

-Senhor

Sebantes!!! Senhor Sebantes!!! Aconteceu algo extremamente terrííííível!!!

 

 

 

-O

que houve Menévola? E pare de gritar pelo corredor, por favor!

 

 

 

-Sabe...

A sua queridinha sacerdotisa... A sua predileta, a Yoko, eu acabei de

encontrá-la agora no quarto dela abraçada com um homem nu.

 

 

 

-Q...???

– Sebantes leva um baque no peito e arregala os olhos -  Você está brincando né Menévola??? Como pode

dizer uma coisa dessas!!!

 

 

 

a mais pura verdade. Se não acredita venha comigo até o quarto dela agora

mesm...

 

 

 

-CALE

ESSA BOCA MENÉVOLA!

 

 

 

Yoko

vinha caminhando pelo corredor com Negi de mãos dadas, com o corpo coberto por

um manto.

 

 

 

-Este

aqui não é um homem qualquer, é Negi. Ele cresceu novamente.

 

 

 

-Meu

D...- Menévola fica surpresa e leva as mãos à boca.

 

 

 

-Inacreditável,

agora ele se tornou um rapaz. – comenta Sebantes.

 

 

 

-Eu

estava apenas o consolando. Ele estava triste por acontecer essas coisas com

ele, eu... Eu contei a verdade para ele.

 

 

 

Sebantes

fica surpreso e Menévola arregala ainda mais os olhos cheios de rugas e ainda

com as mãos sobre a boca aberta.

 

 

 

-Não

se preocupem, eu já aceitei o meu destino. Só por que sou diferente não quer

dizer que eu tenha que ser de acordo com eu sou, eu tenho que fazer minhas

próprias escolhas. E é isso que vou fazer, devo esses ensinamentos graças à

minha mãe Yoko.

 

 

 

-Bem

acho que se quiser pode me continuar chamando de mãe, mas vai ficar meio

estranho, pois agora você está mais velho que eu. ^^

 

 

 

-Não

se preocupe sempre gostarei de você!

 

 

 

-Bom

agora que já está tudo resolvido pode contar o que ia dizer a ele Yoko, e a

propósito vou arranjar umas roupas novas para você Negi.

 

 

 

-Ah...

Obrigado senhor Sebantes!

 

 

 

-Vamos

venha comigo Menévola. – ela e Sebantes vão para o salão da igreja deixando

Yoko e Negi sozinhos no corredor.

 

 

 

-Bom,

já que estamos aqui deixa eu te contar o que eu ia lhe dizer quando cheguei ao

quarto...

 

 

 

Ela

conta tudo para Negi esperando que ele entenda o acontecido...

 

 

 

-Eu

vou com você!

 

 

 

-Ahn...?

Mas Negi...

 

 

 

-Eu

sei, não tenho todos os ensinamentos divinos que eu deveria ter para ir a uma

batalha dessas, mas eu não posso deixar você ir sozinha, eu não sei o que

aconteceria se eu perdesse você.

 

 

 

-Negi...

– ela começa a chorar e o abraça dizendo – Não se preocupe, você vai vir

comigo. Eu também sentiria muita falta se perdesse você...

 

 

 

As

três horas se passaram e pela noite fria e o céu prestes a ficar negro, o navio

voava rumo à Umbala ao oeste. Negi e Yoko estavam na parte da frente do navio,

olhando para o horizonte e pensando no que poderia estar esperando por eles lá.

 

 

 

-Yoko!

 

 

 

Ela

se vira e vê o capitão dos sacerdotes ali atrás, Ken-ichi o sumo, chamando pelo

seu nome.

 

 

 

-Preciso

conversar algo urgente com você, venha à minha sala agora.

 

 

 

-Sim

senhor!... Negi fique aqui eu já venho.

 

 

 

Ela

vai andando com o capitão, deixando Negi ali olhando para as montanhas abaixo

deles...

 

 

 

-Bem...

– diz Ken-ichi quando ele e Yoko chegam na sua sala – Você sabe que esta é uma

missão de alto risco, não sabemos o que aguarda por nós lá, mas que tentaremos

fazer o possível e dar tudo de nós. Por isso digo que foi um erro você ter

trazido este garoto conosco, tudo bem que ele foi trinado por você, eu louvo

seus poderes. Você é uma ótima sacerdotisa! Mas... Ele ainda nem se tornou um

sacerdote, não conhece todos os dons de Deus. Ele vai acabar atrapalhando mais

do que nos ajudando neste missão.

 

 

 

-Mas

senhor eu não pude deixar ele sozinho na igreja, ele pode já ter um corpo de um

rapaz de 19 anos mas para mim é ainda meu filho eu...

 

 

 

-Eu

já disse o que pretendia, e você sabe muito bem que estou com a razão. Se esse

garoto nos atrapalhar sabe que o problema será de vocês e você poderá sofrer as

conseqüências.

 

 

 

-Sim

senhor eu sei, e é por isso que eu o trouxe, pois sei muito bem o que estou

fazend...

 

 

 

Sua

voz é interrompida por um baque profundo, um solavanco repentino acontece no

navio jogando ela no chão e o capitão cair da cadeira. O navio começa a tremer

e a balançar... Era como se estivessem puxando ele para baixo...

 

 

 

-Mas

que diabos...?!?!?!

 

 

 

-O

que é isso? – Yoko se levanta.

 

 

 

-Rápido

vamos ver o que está acontecendo lá fora. – diz o capitão.

 

 

 

Eles

dois saem da cabine e se deparam com todos caindo e tentando se manter em pé.

 

 

 

-Capitão

são eles!!! Esses demônios estão querendo nos puxar para eles!!!

 

 

 

-Capitão!

Temos que formar uma barreira... Arrrrr!!!

 

 

 

Todos

caiam e eram arremessados para trás e iam deslizando pelo navio.

 

 

 

-Maldição

como vamos deter isso se nem conseguem ficar de pé!!! – grita o capitão.

 

 

 

-Negi!!!

– Yoko toma um susto no coração e vê que tinha se esquecido de Negi. – Negi

cadê você? Negi!!!

 

 

 

Ela

vai correndo pelos lados do navio para achá-lo quando de repente ela toma um

escorrego desequilibrando-se na borda do navio...

 

 

 

-Aaahhhhh!!!

Socorro, eu não vou agüentar! – sua mão estava quase soltando os últimos dedos

que a seguravam no navio.

 

 

 

-Senhorita

Yoko!!!

 

 

 

Eis

que sua mão se solta e ela começa a despencar do navio. Era o fim ninguém

conseguira alcançar ela. Estava prestes a dizer adeus à todos quando um mão

surge por cima dela e segura seu braço.

 

 

 

-Negi...

 

 

 

Negi

segurando-a puxa ela pelos seus braços e a traz para dentro do navio.

 

 

 

-Ahh...

Obrigado Negi você salvou minha vida!

 

 

 

-Eu

me sacrificaria por você... Jamais deixarei que você morra.

 

 

 

Mas

o navio estava prestes a bater nas florestas abaixo deles, a força que os

puxava era muito forte.

 

 

 

-Ahhhhhhhhh!!!

Não vamos agüentar o navio vai cair, estamos neste instante sobre a

Yggdrasil!!!

 

 

 

Enfim

o navio despenca rapidamente e cai sobre as árvores trespassando os imensos e gigantescos

galhos das inúmeras árvores havia ali.

 

 

 

Levantam-se,

alguns com força retiram os escombros que estavam sobre si, e olham ao redor

para se situar onde estavam.

 

 

 

-Yoko

você está bem? – pergunta Negi segurando seu braço.

 

 

 

-Sim,

por sorte não me machuquei.

 

 

 

-Capitão

o que eu devemos fazer agora? – pergunta um sacerdote.

 

 

 

-Yggdrasil

deve ser para lá, – aponta para direita – então devemos seguir para esta

direção para que cheguemos em Umbala. – diz ele apontando para o norte.

 

 

 

-Sim

senhor! Rápido! Vamos todos!!!

 

 

 

Eles

saem correndo e alguns vão mais atrás para cuidar da retaguarda. Yoko também

sai andando quando Negi puxa seu braço.

 

 

 

-Yoko,

siga em frente eu vou até Yggdrasil.

 

 

 

-O

quêêêêêê??? Você ficou louco??? É lá que está o caminho para Niflheim, se for

para lá poderá ser destruído pelos demônios.

 

 

 

-Mas

se é lá que está a chave de tudo alguém tem que ver o que está acontecendo.

Todos foram para Umbala!

 

 

 

-Todos

foram, pois é lá que está acontecendo o ataque, temos que salvar as pessoas,

essa é nossa prioridade!!!

 

 

 

-Vá

então. Eu vou ver o que está acontecendo na Yggdrasil.

 

 

 

-Não

Negi!!! Volte aqui agora!!! Não vá, por favor!!!

 

 

 

Mas

já era tarde ele já tinha corrido e estava longe. Yoko vendo que não pode fazer

mais nada, segue rumo à Umbala.

 

 

 

Negi

para de correr, ele estava chegando perto da Yggdrasil. Sentia o gigantesco

poder espiritual que rondava aquele lugar. Quando ele para de correr levanta a

cabeça e abre a boca de espanto. Ele acabara de chegar em frente à Yggdrasil a

gigantesca árvore de carvalho que sustentava os nove mundos.

 

 

 

Ela

era realmente imensa e descomunal e abrigava uma sem-tamanho energia espiritual

que podia ser sentido ao longe. Talvez fosse maior que cem árvores juntas. Era

realmente a maior árvore do universo. Em suas raízes havia o poço que continha

os mundos do subsolo: Helheim, Niflheim, Jotunheim, Nidavellir e Svartalfheim.

 

 

 

Então

ele observava que na raiz que abrigava Niflheim havia uma sombra obscura

gigantesca. Algo acontecia ali. Eis que vários monstros surgem do poço indo

como luzes para cima.

 

 

 

-Meu

Deus. – Negi toma um susto e olha para cima.

 

 

 

O

ser que os comandava então parou, era um gigantesco dragão negro com asas

descomunais, que começa a formar uma aura roxa ao seu redor transformando-se em

humano. Ele para com vários demônios ao seu redor e olha para baixo, mais

certamente para Negi.

 

 

 

-Eu

sabia que você estaria por aqui. Enfim encontrei o filho de Skyller.

 

 

 

-Skyller???

Esse é o nome do meu pai??? Você conhecia meu pai??? Você sabe onde ele está???

Diga-me, por favor!!!

 

 

 

-Hahahahahahahaha...

Que garoto ingênuo, por que diria isso? Eu odeio e sempre odiarei seu pai. Ele

é um covarde, sumiu do mapa à um ano e nunca mais ousou a mostrar as caras

novamente. Ele sujou meu orgulho me rebaixou, jamais perdoarei seu pai!... Admito

que ele era um grande dragão, mas os poderes dele nunca foram o suficiente para

me matar. Ele era apenas mais um dragão dourado como qualquer outro.

 

 

 

-Miserável

você vai me dizer agora ou eu...

 

 

 

-O

quê? Vai me ousar me enfrentar? Não seja tolo moleque! Você morreria com um

golpe meu apenas! Não seria excitante lutar com você agora, ainda está fraco.

Espero que chegue pelo menos à metade do poder de seu pai. Assim valerá a pena

esta batalha. Agora tenho de ir... Meus demônios estão esperando por mim em

Umbala.

 

 

 

-Então

foi você!!! Você mandou os demônios atacarem Umbala!!! Desgraçado!

 

 

 

-Mas

é claro... Eu soube que lá vive alguém que tem o conhecimento de como chegar à

Svartalfheim, a terra dos elfos negros. Como você deve saber os elfos tem um

conhecimento totalmente superior ao dos humanos, e lá eu sei que com este

conhecimento poderei ser muito mais poderoso!

 

 

 

-VOCÊ!

NÃO VAI! CONSEGUIR!!! – diz Negi com uma fúria que nunca tinha sentido antes

 

 

 

-Cale

a boca, moleque.

 

 

 

Ele

abre a mão e estica os dedos apontando-os para Negi, eis que uma luz negra

surge de sua mão atingido os olhos de Negi fazendo ele cair para trás e

desmaiar.

 

 

 

-Pif...

Mas que idiota. Rápido! Vamos!!! – diz ele voando para o norte com os demônios

atrás dele.

 

 

 

Passado

algum tempo, Negi levanta-se num solavanco e percebe que estava ali caído no

meio da floresta todo sujo e machucado. Ele arregala os olhos e percebe...

 

 

 

-Yoko!

 

 

 

Ele

lembra e sai correndo em direção à Umbala.

 

 

 

-Eu

não posso deixá-la morrer! Eu tenho que protegê-la! Por tudo o que ela me fez!

 

 

 

Quase

chegando à cidade ele vê faíscas e luzes por todos os lados, chegando nela, vê

a enorme batalha que estava ocorrendo ali. Os Sacerdotes lutando bravamente

contra os demônios. Uns conjurando magias de exorcismo contra eles e outros os ajudando.

Ele sai passando no meio das magias e tenta avistar Yoko e a acha ali um pouco

ao lado resistindo contra um Dullahan. O Dullahan a joga longe no chão e ela

dura, resiste e se levanta rapidamente pronta para deter o monstro, eis que

Negi pega um pedaço de madeira e taca nele.

 

 

 

-Aqui

seu monstro idiota! Deixe-a em PAZ!!!

 

 

 

-Negi

não! – grita Yoko vendo que Negi acabara de chegar.

 

 

 

O

Dullahan começa a andar na direção de Negi pronta para estraçalha-lo. Negi

levanta as mãos e mira no Dullahan gritando:

 

 

 

-Luz

Divina!!!

 

 

 

Uma

luz branca surge por cima do Dullahan e o acerta em cheio, mas parecendo não

surtir muito efeito, fazendo o Dullahan apenas parar por um segundo e volta a

ir em direção de Negi.

 

 

 

-Droga!!!

– ele começa a ver que não ia detê-lo mas de repente...

 

 

 

-MAGNUS

EXORCISMUS!!!

 

 

 

O

líder dos sacerdotes, o sumo Ken-ichi chega por trás conjurando rapidamente a

magia sobre o Dullahan. Destruindo-o imediatamente.

 

 

 

-Preste

atenção rapaz. Na próxima não terá tanta sorte.

 

 

 

-S...

Sim senhor, me desculpe.

 

 

 

-Negi!

O que pensa que está fazendo! Você quase morreu.

 

 

 

-Eu

só queria protegê-la...

 

 

 

-Não

se preocupe, eu sei me virar, mas o que houve você descobriu algo lá na

Yggdrasil?

 

 

 

-Sim!

Um dragão negro. É ele quem está comandando isso tudo! Ele quer achar alguém

que saiba como levá-lo a Svartalfheim.

 

 

 

-

Svartalfheim? A terra dos elfos negros? – pergunta o capitão.

 

 

 

-Sim

ele disse que alguém aqui...

 

 

 

-AAAAAAAAAAAAAAAhhhhhhhh.

 

 

 

Um

sacerdote acabava de vir voando lá da frente e indo cair de cima da árvore em

que eles estavam lá em baixo no lago.

 

 

 

-Hahahahahahaha,

como os humanos são fracos!

 

 

 

Era

ele, o dragão negro que acabara de aparecer, ele estava ali sob sua forma

humana sobrevoando a luta entre os sacerdotes e os demônios.

 

 

 

-Vocês

são patéticos!

 

 

 

ele. – diz Negi.

 

 

 

-

O quê? Está dizendo que aquele homem flutuando ali é o dragão de quem falou? –

pergunta o capitão.

 

 

 

-Sim,

mas ele está sob sua forma humana. É melhor determos ele logo, ele é poderoso.

 

 

 

-Olhe

se não é o filho de Skyller, você não desiste não é mesm...

 

 

 

-Cale

a boca agora dragão das trevas! – grita o capitão - Nós vamos por um fim agora

em você e nos seus demônios miseráveis.

 

 

 

-Não

me faça rir, como um mísero sumo-sacerdote vai me deter?

 

 

 

-Eu

sozinho não posso, mas nós todos sim.

 

 

 

Eis

que cinco sacerdotes aparecem e se juntam ao capitão prontos às suas ordens.

 

 

 

-Muito

bem AGORA! MAGNUS EXORCISMUS!!!

 

 

 

Os

seis disparam a magia divina mais poderosa sobre o dragão e os demônios que

estavam ao lado dele, provocando uma imensa explosão de intensa luz.

 

 

 

-Arrr....

Não enxergo nada.

 

 

 

-Humhumhumhum...

 

 

 

A

luz some revelando o dragão ali em pé sem nenhum arranhão, com apenas alguns

demônios caídos.

 

 

 

-Vocês

jamais me deterão. Morraaaam!!!

 

 

 

Booooooom...

Uma imensa explosão é provocada em cima dos sacerdotes fazendo-os voar longe.

 

 

 

-Nãããão!!!

– grita Yoko.

 

 

 

-Miserável!!!!!!!

– grita Negi que sai correndo na direção dele pronto para acabar com ele, mesmo

que custasse a vida própria.

 

 

 

-Não

Negi. Volte!!! – Yoko grita e sai correndo junto com ele.

 

 

 

-Você

é teimoso mesmo não é garoto? Não tem medo de morrer? Pois então lhe darei uma

morte rápida.

 

 

 

Uma

lança surge em volta do braço dele formando uma ponta afinadíssima que parecia

poder perfurar qualquer coisa.

 

 

 

-Morraaaaa!!!

 

 

 

A

lança é atirada na direção de Negi, era tarde ele não ia conseguir desviar. Mas

ele é empurrado e caia para o lado derrapando no chão. Yoko chegara e empurrara

Negi para que ele não fosse atingido. Mas aconteceu o pior... A lança acertou

Yoko em cheio trespassando seu peito, jorrando sangue para todo os lados.

 

 

 

-Nããããããããããããooooooooo!!!

Nããããããããooooooooooooooooo!!! – Negi grita intensamente rasgando sua garganta –

Yoko nããããão!!!

 

 

 

Ela

cai no chão derramando sangue para os lados.

 

 

 

-Yoko...

Por quê??? Não, não. Você não pode morrer!!! Mas que droga!!!! Eu disse que ia

protegê-la e eu não pude fazer nada!!! Sou um fraco, um fraco!!!

 

 

 

-Não

se culpe... e Ne... Negi, você não teve culpe de nada, eu que decide fazer

isto. EU amo você eu não poderia deixar você morrer. Com você vivi os melhores

momentos da minha vida, acho que morrerei feliz. Você ainda não. Você ainda tem

que viver muito.. Há muita coisa esperando por você lá fora... É você quem tem

que viver e não eu.

 

 

 

-Não!

Não diga isso! Você também ainda têm muito o que viver! Eu não vou deixar que

você morra aqui. CURA!!! CURA!!! CURAAAA!!! – ele tentava de todas as maneiras

restaurá-la mas parecia que não havia jeito. Era o Fim.

 

 

 

-N...

N... N... Na... Não, hic- diz ele chorando como nunca derramando as lágrimas no

colo de Yoko -  por quê isto foi acontecer???

 

 

 

-Não

chore Negi, eu nunca te abandonarei. Meu corpo carnal não estará mais aqui

porém minha alma estará sempre com você. Saiba disso... Negi, eu nunca deixarei

de te amar...

 

 

 

-Yoko?

YOKO??? NÃÃÃÃÃÃÃÃO!!!

 

 

 

Acabou

a cabeça de Yoko caíra, ela estava morta.

 

 

 

-Oh

que comovente, vou chorar.

 

 

 

Negi

fica imóvel por uns instantes e de repente vira com a maior raiva que já sentiu

em toda sua vida.

 

 

 

-Vai

pagar desgraçado. Eu jamais vou te perdoar. DESGRAÇADOOOO!!! LUZ DIVINAAAAA!!!

 

 

 

Negi

mira novamente a magia contra ele, como se fosse surtir um efeito.

 

 

 

-Há,

você é um idiota, como vai me derrotar ass... Arrrr.!!!

 

 

 

A

magia acertou o seu braço provocando um pequeno arranhão.

 

 

 

-Como,

como ele conseguiu me machucar com uma magia dessas?

 

 

 

Um

uivo ecoou pelas montanhas ao norte como se fosse um aviso de que algo acabara

de acontecer.

 

 

 

-Droga,

está na hora, temos que ir! Vamos embora! AGORA!!! – o dragão grita e de

repente os demônios que estavam lutando contra os sacerdotes voam na direção

dele e seguem para o céu junto com ele desaparecendo no horizonte.

 

 

 

-Droga!

Fugiram... Maldição!!!

 

 

 

-O

senhor está bem capitão?

 

 

 

-Sim,

ferido bastante, mas consigo resistir... O que terá acontecido para eles terem

fugido?

 

 

 

Ele

se levanta e observa ali ao lado Negi debruçado no cadáver de Yoko.

 

 

 

-Eu

sinto muito Negi, eu como capitão tenho uma parcela de culpa nisso, não pude

proteger a todos.

 

 

 

Mas

ele não respondeu. Apenas continuou ali chorando silenciosamente sobre o colo

de Yoko, no meio da noite escura e fria...

 

 

 

 

 

Dois

meses passados, e o dia amanhecia novamente. As pessoas de Prontera acordando,

abrindo as janelas se espreguiçando e dando bom dia aos vizinhos sob o sol

forte.

 

 

 

-Negi!

Negi!

 

 

 

Um

garoto vinha correndo pelo salão principal da Igreja até chegar em Negi que

estava ali no meio do corredor conversando com outros sacerdotes.

 

 

 

-Ah

olá Dimmy, - fala Negi se abaixando para ficar na altura do garoto – pode falar

o que foi?

 

 

 

-Eu

soube que o senhor vai embora. É verdade?

 

 

 

-Bom,

eu tomei esta decisão por quê acho que ainda tenho muitas perguntas que sei que

não encontrarei as respostas aqui. Por isso resolvi ir embora e seguir por aí

para descobrir o que preciso, e, além disso, ajudar a quem eu encontrar no

caminho. ^^

 

 

 

-Aaaaaahhh,

mas e agora quem vai continuar ajudando no meu treino? Eu mal acabei de me

tornar um noviço e já vou perder meu tutor...

 

 

 

-Não

se preocupe Dimmy, eu voltarei algum dia para vê-los novamente. Eu prometo!

 

 

 

-Ah...

 

 

 

-E

eu sei que você tem potencial para continuar sem mim, você se tornará um grande

homem!

 

 

 

-Obrigado

Negi! Eu também prometo uma coisa! Que quando você voltar já estarei bem forte!

 

 

 

isso aí!

 

 

 

-Negi...

 

 

 

Sebantes

vinha pelo corredor na direção deles...

 

 

 

-Olá

senhor Sebantes, eu já vou lá ajudar no cemitério!

 

 

 

-Ah

sim, claro Dimmy, muito obrigado pode ir. Eu vou conversar com o Negi.

 

 

 

Dimmy

sai pela porta da Igreja e some por trás dela.

 

 

 

-Bem

Negi, acho que eu já sabia que você tomaria esta decisão. Afinal seu passado

não foi totalmente esclarecido, há muitas coisas que creio que você ainda quer

descobrir. E eu sei que foi muito difícil depois da morte dela não?

 

 

 

-Sim...

Eu jamais esquecerei dela, jamais esquecerei do que ela fez por mim, e do amor

que ela teve por mim. Viver sem ela foi a pior coisa que pôde ter acontecido à

mim.

 

 

 

-Mas

o esforço que ela teve todo esse tempo cuidando e ensinando a você não foi em

vão. Você se tornou um grande sacerdote, e um grande homem. Creio que se ela

estivesse aqui estaria orgulhosa.

 

 

 

-Eu

queria estar forte assim como estou agora quando ela morreu. Talvez eu poderia

ter evitado a morte dela...

 

 

 

-Você

não teve culpa Negi... Quando o destino firma uma coisa, nada pode impedi-lo.

Quero só dizer que desejo boa sorte para você na sua demanda. Que encontre as

respostas que procura e resolva os mistérios que encontrar...

 

 

 

-Obrigado

senhor Sebantes, eu também agradeço tudo o que o senhor fez por mim...

 

 

 

 

 

No

dia seguinte Negi se despede de todos da Igreja e segue rumo ao desconhecido

pelo grande mundo de Rune Midgard. Em busca de respostas sobre seu passado e

que um dia ele pudesse encontrar o pai e as respostas do por quê ter acontecido

isso tudo com ele. Talvez ele encontra-se pessoas pelo caminho que também

estivessem passando pelas mesmas coisas que ele, ou talvez que tivessem o mesmo

objetivo que ele. Seja o que for, ele continuaria seguindo em frente...

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Eu li faz um tempinho (pouco depois de você postar), e gostei, achei muito bom. Só não deu vontade de comentar mesmo...

Mas tinha historia ai pra uns quatro capitulos, no minimo, foi muita pressa por tudo de uma vez, é tão grande que chega desanima a ler, e se vc parar fica ruim de reencontrar o ponto de onde parou.

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Eu li faz um tempinho (pouco depois de você postar), e gostei, achei muito bom. Só não deu vontade de comentar mesmo...

Mas tinha historia ai pra uns quatro capitulos, no minimo, foi muita pressa por tudo de uma vez, é tão grande que chega desanima a ler, e se vc parar fica ruim de reencontrar o ponto de onde parou.

Valeu. É mesmo que tinha pensado, quem tá lendo ainda não deve ter acabado de ler...

Realmente cansa ler isso tudo, eu mesmo digo xD, mas postei tudo junto pois eu já tinha feito essa história faz mais de 1 mês, só que ainda não tinha tido a idéia de postar aqui. Mas de qualquer jeito, valeu pelo comentário [/ok]

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