[CN15] Querido diário....

[Chuva Acida]

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Estou a escrever apenas agora porque há três dias atrás algo simplesmente inimaginável ocorreu. Estava a procurar nas lojas pelo machado perfeito para cortar salgueiros na minha cidade natal,Alberta, quando sem querer esbarrei em um bardo, tropecei na pata de um peco e cai em uma barcaça. Quando acordei, o barco já havia partido do porto, mas não sabia o porquê do estardalhaço da população. Eles gritavam algo como natal, natal, feliz natal... Quando me dei conta, estava em um lugar estranho cheio de mato e praias. Devo admitir que era lindo o local, mas era também muito quente.

Algumas horas após o desembarque, expliquei minha situação a um homem na loja de ferramentas e ele me disse que em breve seria o natal (deve ser algum tipo de ritual de proteção, porque eles colocaram lâmpadas em tudo). Ele também me mandou escrever uma carta para um tal de Noel, que deve ser o embaixador daqui, e se despediu dizendo : -Tudo dá certo no natal.

Logo tratei de escrever a tal carta, pois estava com pressa. Os salgueiros estavam agitados, se escondendo por algum motivo... O pior é que estavam se escondendo justo na minha caverna.

Eu adormeci e quando acordei estava cercado por pessoas assustadas; foi quando decidi correr, mas sem querer esqueci minha carta pro Noel em cima do balcão da hospedaria. Estava desesperado, mas não com medo, pois sou muito forte.

Quando anoiteceu, consegui me infiltrar em um barco e fui parar em Al de Baran. Lá, falei com um velho barbudo, mas acho que ele não me entendeu muito bem e me indicou a direção errada. Passei por uma porta e logo vi que o lugar era muito frio, cheio de porings azuis e tinha um lobo de gelo provocando terríveis nevascas, tanto que o chão ficou branco. Corri pra evitar perigos e acabei na casa do sujeito da barba branca e quando entrei ele estava lendo minha carta, e o pior é que ele não parava de rir.

Depois de alguns momentos, o cara pegou um saco de pano mágico e tirou um gorro vermelho muito belo, feito em veludo, que ajudou a aquecer minhas orelhas, e, logo após, tirou, adivinhe o que, diário?

Isso mesmo, um machado de cortar salgueiros feito com as técnicas do meu povo.

Logo após, ele se apresentou e disse que era o tal de Noel.... Só podia ser bruxaria ou espionagem... Ele possuía minha carta e as coisas que eu necessitava sendo que eu nem estava com frio quando a escrevi.

Quinze minutos antes da meia noite ele me ofereceu uma carona num carrinho estranho e vermelho com uns pesadelos com chifres pequeninos. Prontamente aceitei... Não sabia como me arrependeria... aquilo saiu VOANDO do nada...

Chegando em casa, até que fiquei feliz, pois vivi tantas aventuras e vi pessoas, o que me fez pensar que esse natal deve ser algo bom, no final, pois raramente me sinto feliz. Ps: tirei uma foto mágica para mostrar o gorrinho para o diário.

Assinado, Eu

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Editado Dezembro 27, 2015 por Chuva Acida