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Rune Midgard: A História


Bitok

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Hmm...Como o pessoal está demorando muito pra fazer qualquer comentário, vou colocar só algumas coisinhas aqui:

- A estória não segue de modo algum qualquer coisa relacionada à estória publicada pela Gravity. Como vocês talvez possam perceber, retirei tudo que se relacionava à Mitologia Nórdica, preferindo escrever uma estória em meio a uma sociedade dominada por tradições católicas. Por isso, nada de guerras de deuses!

- O objetivo primário de escrever essa Fic não é alcançar a glória, pois tenho certeza que muitos dos usuários do fórum escrevem muito melhor do que eu. Essa Fic é só uma tentativa de entreter todos aqueles com a minha visão de Rune Midgard. Sempre fui um grande admirador de escritores como J.R.R Tolkien, J.K. Rowling e R. Dahl. Desse modo, meus pequenos rascunhos se inclinam para o lado fantasioso. Escrever contos do dia a dia, ou estórias que podem ser consideradas reais estão muito além de todo o meu desejo. Para isso, existem escritores como Graciliano Ramos e Machado de Assis.

- Na minha visão, Rune Midgard inteira é um lugar em que as antigas tradições são resgatadas. Por "antigas tradições" me refiro a épocas em que a magia era temida e todos acreditavam nela, e reis governavam as terras, e grandes palácios eram os marcos de desenvolvimento e tecnologia. O combate de espadas é algo que me fascina. As guerras, como as que tomam lugar no presente, eram provavelmente sem sentido. No entanto, são coisas muito ligadas ao passado, e não poderiam ficar de fora. É claro que minha visão é alimentada pela incessante fonte fonte de imaginação: A juventude. Tendo apenas quinze anos, me considero ainda muito inclinado para os filmes de fantasia de Walt Disney, que, por mais incrível que pareça, me passaram valores como o senso de justiça, a importânia de mizade e muito outros. Por isso, valores como a honra, que antigamente eram muito provavelmente mais considerados do que hoje, são coisas que me atraem.

- Não sou católico. No entanto, reconheço que algumas das construções mais esplêndidas que já vi são as igrejas, de todos os estilos. Sou principalmente atraído pelas igrejas com estilo gótico. Glast Heim foi um lugar que achei incrível desde o primeiro momento em que a vi. Talvez alguns de vocês pensem: "meu Deus...como esse cara é nerd...fica adorando os mapas do jogo". No entanto, repito: Glast Heim é um lugar do qual gosto imensamente. Andar pelas construções já um pouco destruídas pela ação do tempo seria espetacular! Por isso, em minhas estórias, Glast Heim vai quase sempre ser um destaque.

 

É isso...Comentem^^

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@Thiagolink2

 

Puxa...eu realmente não tinha dirigido meus olhos pra isso...vou tentar ser mais cuidadoso...muitas vezes, minhas descrições acabam se alongando um pouco, e eu acabo esquecendo de que não é uma manhã de sol na piscina do clube.

Porém, gostaria de ressaltar um pequeno trecho da estória:

"O restante do grupo tentava acalmar o Cavaleiro, que estava extremamente agitado. Assim que se asseguraram que o aprendiz não corria perigo, começaram a questionar o Cavaleiro para entender o que os tinha atacado."

É isso. Muito obrigado pela dica, vou tentar prestar mais atenção aos meus personagens e tentar deixá-los mais humanos^^

 

@topic

Bom...a próxima parte da estória está quase concluída... Espero que vocês a leiam com o mesmo entusiasmo de antes^^

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Bom...cansei de esperar pessoal...já se passaram algumas horas desde meu post, e ninguém comentou, por isso segue abaixo o real começo da estória...espero que dessa vez vocês comentem^^

 

 

Três milênios depois da Guerra narrada, o mundo corria num ritmo extremamente veloz. Guerreiros chegavam e saiam de Prontera numa velocidade imensa, cuidando de seus próprios negócios. O comércio de Prontera florescia cada vez mais. O Castelo do rei Tristan III era muito visitado por todos os seus súditos, que o amavam e respeitavam como seu líder.

     As artes de combate eram ensinadas aos mais jovens apenas para que as tradições não fossem esquecidas, pois não havia necessidade de luta em nenhum dos quatro cantos de Rune Midgard. Guerreiros como Cavaleiros, Bruxos e Caçadores tinham aprendizes aos seus cuidados, e os ensinavam tudo o que sabiam sobre a arte do combate e os valores de cada uma das classes.

     Ferreiros e Alquimistas também possuíam aprendizes aos seus cuidados, mas não os ensinavam técnicas de combate, e sim de forja de armas e preparo de poções.

     Aprendizes que desejavam abrir seus corações e dedicar suas vidas a Deus eram chamados de Noviços, e recebiam aulas de religião na majestosa Catedral de Prontera. Sacerdotes eram seus professores. Monges viviam isolados de todos, buscando a paz espiritual. Aqueles que desejavam se dedicar ao respeito pela natureza e paz e harmonia eram mandados para o Santuário dos Monges, localizado próximo a Prontera.

     Gatunos, Mercenários e Arruaceiros eram cada vez menos vistos pelo mundo, pois medidas tomadas pelo rei haviam reduzido muito o seu número. Ainda assim, existiam aqueles interessados em aprender tudo sobre a arte do roubo e da ação de matar pessoas em troca de pagamento.

     O clã Orodrin era o mais respeitável de todos os clãs que, agora, existiam aos montes em Rune Midgard. Possuíam um castelo grande e confortável, e seu líder era Ermallen, descendente direto de Erindar. Era, assim como todos os seus antepassados, um Templário, e mantinha relações muito boas com a Igreja Católica, e principalmente com a Catedral de Prontera.

     Seu filho, Erester, era um adolescente adorável. Era justo e firme em suas decisões, e trilhava o mesmo caminho de seu pai. Era treinado nas artes de combate e, ao mesmo tempo, recebia aulas na Catedral de Prontera, aonde se destacava por sua enorme fé em Deus e na Igreja, além de conhecer muito sobre toda a História.

     Sua maioridade chegaria em duas semanas, assim como o título de Templário. Desse modo, seu pai arquitetou uma grande festa que duraria uma semana inteira. Todos os habitantes do reino foram convidados, e guerreiros chegavam do Norte, do Sul, do Leste e do Oeste para saudar o descendente de Erindar. Os nobres foram todos, sem exceção, chamados para dar suas graças ao mais novo da linhagem de Orodrin. Prontera se agitava, e por todos os cantos só se falava na festa.

     O primeiro dia de festa começou com um Festival de Máscaras e Fantasias. Muita comida e bebida foram consumidas, e muitas risadas foram ouvidas. O segundo e terceiro dias foram ocupados por uma demonstração de fogos de artifício espetaculares. O quarto e quinto dias foram celebrados com as danas e músicas dos Bardos e Foliões de toro o Reino. O sexto dia foi dedicado aos Arautos, que entreteram o povo com estórias grandiosas e muita música.

     Finalmente, o último dia chegou, com a festa de graduação de Erester. Ele se ajoelhou diante de seu pai e, sobre os aplausos de todos os presentes, recebeu a pequena corrente com a imagem de Jesus Cristo em uma cruz, para ser usada em volta do pescoço, o símbolo dos Templários. O rei Tristan III entregou a Erester a espada Alun, que fora forjada especialmente para a ocasião, e continha runas dos sábios, que conferiam àquela espada o poder divino.

     A Catedral de Prontera o presenteou com um grande escudo, que ia da seus ombros até seus pés, que começava largo e ia se afinando, com o desenho de uma cruz. Simbolizava a defesa dos mais fracos, princípio básico dos Templários e Sacerdotes.

     Depois de toda a comemoração, Ermallen e Erester se prepararam: Desde os seis anos de Erester, o pais havia prometido a ele que fariam uma peregrinação juntos pelo reino de Rune Midgard. Erester sonhava em conhecer os belos campos de Prontera, as vastas florestas da região de Payon, e as grandiosas construções de Juno.

     Seu pai já havia passado por todos esse lugares, mas esperava ansiosamente pelo dia em que teria como companheiro seu filho. A relação que mantinham era muito mais ampla do que uma relação pai e filho. Eram como velhos amigos. Desse modo, nada agradaria mais Ermallen do que desbravar as terras de Rune Midgard mais uma vez.

     Partiriam dali a uma semana. Em particular, Ermallen dera ao filho uma cota de malha quase indestrutível, que fora abençoada por diversos Sacerdotes por meio de uma oração antiga. Secretamente, planejava fazer uma excursão até a outrora capital de Rune Midgard: Glast Heim.

     Havia se aventurado ali somente uma vez, e era um dos únicos que havia voltado para contar o que vira. Todo o mal que ali residia o mantinha acordado durante a noite, e apenas a promessa de que, um dia, seu filho iria acompanhá-lo numa empreitada para purificar Glast Heim era o sossego para sua mente.

     Mas não iriam sozinhos. Alguns dos jovens mais valorosos haviam sido escolhidos para acompanhá-los na viagem. Eram esses membros do clã Orodrin, e amigos de Ermallen e Erester. Juntos, formariam um grupo de onze pessoas. Todas as classes existentes tinham ali seu representante: Um Caçador, um Bardo, uma Sacerdotisa, um Monge, uma Alquimista, um Ferreiro, um Bruxo, um Sábio, um Cavaleiro e dois Templários. Apenas os Gatunos e Odaliscas não estavam presentes ali, pois suas vidas eram consideradas pagãs e desonrosas.

     Partiram em uma manhã muito bonita de sol, e os pássaros formavam um coro como que para aclamar os guerreiros que, destemidos, deixavam a tranqüilidade das ruas de Prontera para se aventurarem em lugares desconhecidos ou há muito esquecidos pelos homens.

     Inicialmente, contornaram um grande rio que era muito profundo e muito rápido, e que não possuía nenhuma ponte. Encontraram vários mestres em artes de combate instruindo seus aprendizes, e os saudaram alegremente.

     Depois de várias horas de marcha e algumas paradas para descanso, encontraram um grande Cavaleiro que segurava em suas mãos uma criança desacordada. Na lateral direita de seu tronco, um corte profundo se destacava, o sangue já meio ressecado brilhando à luz do sol. O Cavaleiro corria, e chorava. Ao ver o grupo de peregrinos, gritou e correu até eles, deixando cair sua espada, que estava suja de sangue.

     Imediatamente, Ermallen, Erester e Eluia, a Sacerdotisa, socorreram o pobre garoto. Limparam e cobriram a ferida com ataduras, dando-lhe poções para que não sentisse dor. Felizmente, o corto parecia superficial, embora comprido.

     Enquanto isso, o restante do grupo tentava acalmar o Cavaleiro, que estava extremamente agitado. Assim que se asseguraram que o aprendiz não corria perigo, começaram a questionar o Cavaleiro para entender o que os tinha atacado. Este, agora apoiado em sua espada já limpa, começou a contar aos viajantes o que acontecera.

 

- Vejam bem, caros senhores... Sou um Cavaleiro extremamente considerado pelo rei por minha perícia em combate. Há alguns anos, me responsabilizei por esse pequeno garoto, prometendo a mim mesmo ensiná-lo tudo o que há para se saber sobre as artes da luta. No entanto, nenhum treinamento no mundo poderia ter me preparado para o que enfrentei há algumas horas...

 

     Nesse momento, sua voz se tornou falha, e ele teve que tomar um gole de Hidromel, bebida muito saborosa, para tornar a falar.

 

- Enquanto procurávamos maçãs, pois este é o alimento favorito do pobre Lemin, nos deparamos com uma árvore um pouco estranha. Em plena Primavera, estava recoberta de folhas secas e galhos escuros. Como achei que estava morta, resolvi me aproveitar de sua madeira para acender uma pequena fogueira, pois o dia ainda raiava, e a névoa trazia um frio cortante. No entanto, ao me aproximar dela, percebi que algo estava errado. Minha respiração se tornou mais apertada, o ar ficou mais frio... E Lemin soltou um soluço atrás de mim. Ao me virar, me deparei com a cena mais horripilante que meus olhos bem vividos já viram...

 

     De novo, ele não conseguia continuar. Caiu em prantos dessa vez, e sua espada caiu de suas mãos. Finalmente, depois de uma poção reanimadora, ele se recompôs e tornou a falar:

 

- Uma criatura negra recoberta de retalhos de cor escura segurava o pescoço de Lemin, levantando-o do chão... Aquilo que mais parecia um fantasma retirou uma espada de baixo de sua capa retalhada, cuja lâmina escura como o breu parecia lançar à sua volta uma aura de antigo poder arcano. Com um golpe rápido, fez este corte que vocês podem observar em Lemin... Inclinava-se em direção à ferida com olhos negros enlouquecidos, quando lhe dei um golpe que atravessou o estranho véu que cobria sua face. A lâmina de minha espada pareceu apenas atravessar aquilo, sem fazer danos ao véu. A criatura se virou em minha direção, e fui tomado por um pânico sem precedentes, que me paralisou. Ela sacou novamente sua espada e, quando estava para desferir um golpe, um raio de sol atravessou as folhas mais altas das árvores e a atingiu. Guinchando, a criatura se virou e, flutuando, desapareceu em uma baforada de fumaça cinza escura. Imediatamente comecei a correr, Lemin nos meus braços, para procurar ajuda...E então, depois de algumas horas, vi vocês.

 

     Todos aqueles que faziam parte do grupo saído de Prontera se entreolharam. Decidiram que deviam confabular sobre tudo aquilo que tinham ouvido, e que fariam isso melhor se estivessem descansados. Desse modo, convidaram o Cavaleiro e seu aprendiz a se juntarem a eles, e prepararam a ceia, já que passava das oito horas da noite. Depois de comerem e beberem, finamente se sentaram em volta de uma grande fogueira para debater sobre o acontecimento tão estranho com o qual tinham se deparado.

 

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     Bom...finalmente está ai a próxima parte da estória. Como ficou muito grande, a dividi ao meio. Desse modo, ela é menor que a última parte.

     A outra parte ainda precisa de ajustes. Espero postá-la amanhã. Aproveitem e comentem!

 

 

 

     Inicialmente, as chamas as quais eram emitidas pela fogueira cresciam alto, alcançando as folhas mais baixas das árvores que os envolviam, pois tinham encontrado uma clareira que serviria bem como um lugar para passar a noite.

     A discussão durou muito. Todos falaram e falaram até que as primeiras luzes do sol matinal começaram a aparecer. No entanto, por mais que debatessem, não haviam chegado a uma decisão concreta sobre o que era aquilo o que atacara o Cavaleiro. Alguns deles se preocupavam mais com o lugar de onde viera do que o que era. Outros ainda só pensavam se seria necessário tomar alguma providência, ou se aquilo, o que quer que fosse, havia deixado aquelas terras.

     Por fim, foi decidido que o Cavaleiro, que voltaria a Prontera pela manhã, levasse um comunicado para a Guarda Oficial de Prontera, para que a vigilância por ali fosse reforçada. Ermallen, por sua preocupação com o Cavaleiro e seu Aprendiz, os escoltou até a cidade. Assim, restou aos outros viajantes a tarefa de zelar pelo acampamento e avisar aos possíveis passantes que tomassem cuidado com qualquer coisa anormal por aqueles lados.

     Ermallen voltou no final do que seria o segundo dia de marcha. Até ali, poderiam ter alcançado Izlude, se todo o espisódio da noite anterior não tivesse cruzado seu caminho. Quando questionado sobre a viagem pelos companheiros, disse que tudo correra bem, e que nenhuma sombra fora vista por aqueles campos.

     Decidiram seguir viagem durante a noite, para cobrir a deficiência a qual tinha sido imposta pelo destino. Planejavam chegar até Izlude para se carregarem com as coisas de que precisariam durante sua jornada. Além disso, estavam contando com pelo menos mais um dia de sono em uma cama propriamente dita. Depois de Izlude, seriam raras as vezes em que parariam em algum lugar civilizado o bastante para apresentar uma estalagem ou algo do tipo.

     A viagem até a pequena cidade foi extremamente monótona. A vegetação ficava cada vez mais rasteira a medida que se aproximavam de Izlude, pois o deserto de Morroc cobria grande parte das terras além de Izlude, até que as árvores começassem a aparecer de novo, mais para o Leste, para os lados de Payon e Alberta.

     O fato de que as únicas coisas que se mexiam naquelas terras eram Porings e Lunáticos não contribuíam muito para o humor do grupo. De certa forma, muitos deles preferiam batalhas e riscos. Os únicos que não ansiavam por combate eram os Templários e Sacerdotes. Estes, diferentes dos outros, gostavam do contato com a natureza. De fato, Eluia passara grande parte de sua vida estudando botânica e biologia. Desse modo, estar em contato direto com a natureza era um privilégio para ela.

     Chegaram a Izlude em poucas horas de viagem, sem nenhum imprevisto. Foram recebidos muito bem, como era de costume por aquelas partes do reino. Os habitantes de Izlude eram, em sua maioria, muito amigáveis. Alguns deles gostavam de se juntar aos viajantes para descobrirem notícias de lugares longínquos, aos quais não tinham acesso. Eram estes, é claro, os mais jovens.

     Os viajantes aproveitaram o conforto do qual dispunham para arquitetar mais cuidadosamente seu plano de viagem, e para conversar melhor sobre o acontecido da noite em que saíram de Prontera.

     Por mais que tentassem, não conseguiam se lembrar de nada parecido com a criatura. Pela descrição, parecia ser uma criatura das trevas, pois apenas elas eram capazes de promover mudanças tão intensas no cenário dos arredores de Prontera, pois aquele era um território muito iluminado pela Luz Divina. Afinal, Prontera era a secreta sede da Academia da Luz, aquela que formava Sacerdotes e ensinava, a todos que quisessem, os caminhos do bem.

     A questão era como ela conseguira se aproximar tanto da cidade, e quais eram seus objetivos. Essas perguntas ecoaram nas cabeças dos membros do clã Orodrin por muito tempo enquanto eles se reviravam nas camas da estalagem da cidade de Izlude.

     No dia seguinte, todos estavam prontos para começar realmente a jornada. Como atravessariam o deserto escaldante de Morroc, se preocuparam principalmente com a quantidade de água que carregariam. Conseguiram dois Peco-Pecos, o que facilitaria o transporte da carga. Depois de checarem suas armas, e se tinham provisões o bastante para que não precisassem racionar nada, finalmente partiram.

     Foram interrompidos ainda nos limites da cidade por um mensageiro de Prontera. Suava, o que indicava que havia corrido muito para alcançá-los antes de entrarem na região do deserto. Com um rápido “bom dia”, entregou-lhes um pedaço de pergaminho carimbado com o símbolo da Catedral de Prontera e da Guarda Oficial de Prontera.

     Curiosos, os guerreiros se juntaram em volta de Ermallen, que abriu o pergaminho. Era um comunicado demarcado com as cores vermelha e prata, o que indicava máxima urgência. O bilhete dizia, em letras escritas muito rapidamente:

 

“É com urgência que comunicamos, por este bilhete, a exigência da presença imediata de Ermallen, filho de Serveres, descendente direto de Erindar e líder do clã Orodrin perante o rei Tristan III, O Alto Clero da Catedral Regencial de Prontera e da Suprema Corte de Inquisição de Rune Midgard. A presença do referido guerreiro é considerada urgente e de suma importância. Por meio deste comunicado, fica estabelecido um encontro na próxima lua nova, quando as referidas entidades poderão debater sobre recentes acontecimentos que se abateram sobre o Estado.                Atenciosamente,

                                             Cormini Patro, Escrivão da Corte Real do Reino de Rune Midgard.”

 

 

     Erester ficou surpreso e frustrado ao ler a mensagem. Seu pai não poderia faltar a uma convocação como essa. Isso significava que todos os planos que haviam feito não seriam concluídos.

     O restante do grupo se entreolhou com um misto de tristeza e curiosidade. Ermallen manifestou preocupação, embora não tivesse dito nada. Sua face o traía quando dizia que provavelmente uma esquadra de Orcs havia invadido terras de Prontera, e que não havia de demorar a voltar.

     Desse modo, partiu imediatamente em direção a Prontera. Ficou decidido que o restante do grupo o esperaria em Izlude, preparando-se para a viagem. Cada um procurou não manifestar nenhum sinal de desânimo, mas nenhum deles podia deixar de pensar que algo grave relacionado à criatura negra havia acontecido.

     Esperavam sair de Izlude em direção a Morroc já no dia seguinte, mas não apresentavam muita convicção de que isso realmente aconteceria. Todas as esperanças de Erester e dos outros foram destroçadas por um bilhete que veio na mesma noite, enviado por Ermallen, que dizia:

 

 

“Voltem ao primeiro raio de sol. Recentes acontecimentos transformaram nosso caminho em uma jornada diferente. NÃO VIAJEM DURANTE A NOITE”

 

 

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Desencane com esse "esperar comentários". Eu postei minha história ha uma semana e não recebi um feedback sequer, mas não me importo, continuo a escrever, com o tempo os comentários vão aparecer com mais frequência...

Wellz, só escrevi isso para lhe dizer: não se apresse e nem desista de escrever soh porque ninguem respondeu ^^ E você escreve bem para tão pouca idade, queria eu escrever assim ^^

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Por enquanto so li o primeiro capitulo e o seu comentario, mas ja posso dizer que ADOREI! mtu boa fic.

*pekeno vicio em mitologia nordica ^^'' *

E realmente desencane de receber comentarios, a maioria das pessoas que le não comenta isso é normal. E ka entre nos melhor so vc postar dq encher de comentarios do tipo : "Afewls ke lixo para de posta isso tio ¬¬"

Não desanime o/

=**

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Olá pessoal!

Esse é um dos meus primeiros posts....se não for o primeiro xD

Há muito tempo acompanho a fórum, mas quase nunca posto nada... Mas de uns tempos pra cá, fiquei com vontade de escrever algo bem fantasioso pra essa seção do fórum^^

Bom...é isso....segue abaixo o prólogo da estória...leiam(se quiserem)e comentem(se tiverem saco)^^

 

 

PRÓLOGO

 

     Antes do começo da História conhecida pelos grandes Menestréis de Rune Midgard, agradáveis conhecedores e contadores de coisas antigas e ancestrais, os Arautos do Rei contam que houve uma grande guerra entre os maiores guerreiros, considerados quase deuses.

     De um lado, os Orodrin, comandados por Erindar, um grande Templário que marchava a serviço de seu país e sua Igreja. Seguidor da religião conhecida como Católica, era um homem vigoroso, forte e fechado. No entanto, o que regia sua vida era o respeito pelo próximo, a justiça e a honestidade. Aqueles que o acompanhavam eram homens de todos os tipos. Alguns grandes e fortes, outros pequenos e mirrados. A palavra que melhor descreveria aqueles homens que o acompanhavam para todos os lugares é “amigo”.

     De fato, eram homens por ele escolhidos muito minuciosamente. Viviam como uma família, em um único grande castelo. Desse modo, formavam o primeiro clã dos dias antigos. O nome, Orodrin, era uma homenagem ao pai de Erindar. Fora um homem extremamente honrado e conhecido por seu grande apego à justiça e à honra. Desse modo, os homens que faziam parte do clã se orgulhavam de seguir o filho do grande guerreiro.

     Do outro lado da grande batalha, estavam os monstros de toda a província de Priman. Os únicos que eram exceção eram os monstros que, assim como Erindar, seguiam as doutrinas impostas pelo catolicismo.

     Os monstros restantes não possuíam nenhuma religião, não seguiam nenhuma bandeira, e não formavam nenhuma aliança. Seu único objetivo, naquela ocasião, era destruir tudo o que estivesse pela frente.

    No vigésimo terceiro dia do mês de fevereiro, os grupos se encontraram e se confrontaram, na região do estremo norte do deserto de Morroc. A batalha durou oito dias, pois seus protagonistas eram muito numerosos. Os monstros estavam em maior número. Na frente, marchavam os mais fracos, seguidos de perto por um grande séqüito de Orcs de todos os tipos. Logo depois, vinham aqueles com grande poder mágico, mas pouca resistência. E finalmente, na última fileira, vinham os monstros mais fortes de Rune Midgard.

     Do lado do clã Orodrin, uma linha de ataque extremamente poderosa foi formada. Os homens mais fortes e vigorosos permaneciam ali. Grandes Cavaleiros, temíveis Ferreiros e Monges impassíveis. Um pouco recuados, se encontravam os maiores e mais grandiosos Bruxos e Caçadores de toda a Rune Midgard. Noviços e Sacerdotes se agrupavam nas encostas de uma grande montanha, prontos para socorrer qualquer um. Alquimistas preparavam grandes ampolas de fogo grego para serem usadas contra os inimigos. Os Bardos davam força aos guerreiros da linha de frente.

     Os Sábios, por sua fragilidade, permaneciam na última das grandes fileiras do exército dos Orodrin. Lançavam encantamentos pelos ares, fazendo com que as armas de seus aliados brilhassem como fogo ou se tornassem duras como gelo.

     Erindar era o único Templário do campo de batalha. Se encontrava exatamente no meio da primeira fileira, aquela que receberia o maior impacto. Segurava sua grande e larga espada Mergil de modo a tentar oferecer proteção àqueles próximos a ele. Em seus olhos estava estampada a tristeza da necessidade do combate.

     O exército dos monstros atacou primeiro. Atiradores mandaram uma saraivada de flechas contra seus oponentes, que se protegeram como podiam com seus escudos. Sacerdotes e Noviços trabalharam de forma a moldarem escudos sagrados à volta dos guerreiros, que impediriam as flechas de acertarem seus alvos, desviadas por um lampejo de luz branca.

     Depois de repetirem o ataque diversas vezes, os monstros decidiram que era hora do combate corpo-a-corpo. Sacaram suas espadas e correram em direção ao clã Orodrin. No entanto, em seu descuido e sede por sangue, se esqueceram dos atiradores e Bruxos inimigos. Estes dispararam flechas e magias que atingiram grande parte das primeiras fileiras, mas o ataque era muito grande para ser repelido apenas com ataques à longa distância.

     Desse modo, ao entardecer do primeiro dia de batalha, as primeiras espadas se encontraram e o clangor das lâminas se chocando contra os escudos e os gritos de comando e dor foram ouvidos.

     Erindar se movia com a desenvoltura que seu próprio Deus lhe concedia. Matou uma quantidade considerável de inimigos, muitas vezes frustrando as tentativas dos monstros de atacarem os Caçadores e Bruxos, que eram sem dúvida os que mais causavam dano às forças inimigas.

     Depois de alguns dias e grandes perdas para ambos os lados, o clã Orodrin se encontrava em uma situação deplorável. Apenas trezentos homens restavam, de todo o exército. Os monstros, embora em número extremamente reduzido, ainda estavam em vantagem numérica de, no mínimo, cinco para um. Desse modo, os guerreiros remanescentes do clã de Orodrin juntaram suas espadas e escudos numa resistência desesperada, se defendendo como podiam às bordas de um grande penhasco. Recuavam, e perdiam cada vez mais homens, até que no fim, apenas vinte homens restaram, Erindar entre eles. Os monstros, que agora se amontoavam em volta dos guerreiros, se divertiam com a sorte de seus inimigos. Os únicos que haviam restado eram três dos monstros mais poderosos que já haviam andado pela terra. Com muito esforço, os homens conseguiram derrubar mais dois, mas agora apenas Erindar e seus dois amigos, Arome e Elindor, resistiam ao poderoso inimigo.

     Tomado pelo cansaço, Erindar caiu de joelhos, enquanto os outros dois pereciam com mais um golpe devastador da espada do último monstro. Era o mais poderoso deles, o mais temível de todos eles. Se auto-intitulava Senhor das Trevas. Sua face era escura, e seus olhos vermelhos brilhavam da cor do sangue de suas vítimas. Num último esforço, Erindar se levantou, ergueu sua espada o mais alto que pode e, pedindo força a Deus, fincou a lâmina no flanco de seu inimigo.

     A grande imagem do senhor da escuridão se contorceu: Fora ferido por uma lâmina abençoada pelo poder divino: Estava condenado.

     Nesse derradeiro momento, em que a vitória dos homens estava assegurada, o Senhor das Trevas tentou desferir um último golpe traiçoeiro contra Erindar. Sua espada desceu em direção ao peito do último guerreiro dos homens em um átimo de segundo. Erindar, como que alertado pelas forças divinas, levantou seu escudo, que ao contato com a lâmina amaldiçoada, despedaçou-se. A lâmina, que também se quebrara, atingiu um local um pouco abaixo do ombro esquerdo do herói.

     Com isso, o Senhor das Trevas caiu. Erindar, ao seu lado, foi tomado por uma dor e agonia sem precedentes. Contam que ele vagou pelo deserto, e que por fim enlouqueceu. Seu corpo não parecia sentir as necessidades mais mundanas, como a fome e a sede.

     Os últimos relatos da Igreja de Prontera contam que, depois de três meses de viagem, Erindar deu seu último suspiro sozinho, encostado em uma pedra, no Santuário da cidade de Heroes Helm, a capital do mundo civilizado da época. Após a sua morte, os céus daquela região se tornaram escuros, e a cidade foi aos poucos tomada pelo esquecimento. Sombras começaram a mover-se por entre os altos pilares que sustentavam as construções góticas da cidade.

     Desse modo, a cidade foi rebatizada com o nome de Glast Heim, a Cidade Maldita. Pois todos aqueles que entraram lá depois da morte do grande herói daquele tempo, nunca mais foram vistos, e suas existências foram esquecidas por todos aqueles a quem eram próximos.

     O rei Omen IV se estabeleceu então na crescente cidade de prontera. Bruxos e Sábios estreitaram seus contatos, Caçadores se tornaram muito raros pelas regiões habitadas pelos nobres, e os Sacerdotes foram rareando cada vez mais, agora apenas vistos em Prontera ou em missões urgentes em Geffen ou Morroc.

     O final da batalha dos dois exércitos marcou o final da Primeira Era de Rune Midgard, e deu início à Segunda Era. Os avanços na tecnologia de produção de armas e armaduras foram enormes, e os humanos pareceram prosperar por um longo tempo. A cidade de Glast Heim, embora causasse terror nos corações de todos os habitantes de Rune Midgard, não oferecia ameaças à sociedade civilizada. Assim, as forças que se reuniam na Cidade Maldita foram deixadas em paz para se multiplicarem.

 

 

 

 

 

Pra começar, é isso. Se alguém se interessar por ela, eu continuo...se o pessoal me bombardear com coisas do tipo: ""AFF mano vai te catá, coloca essas coisa no fórum!1!!", eu paro xD

 

Obrigado pelo saco de ler esse trechinho da minha estória =D 

 

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Posso criticar? ^^"

Nham a fic tá ótima sim, porém achei estranho quando o cavaleiro que estava com o menino que foi ferido (e viajaram pra China ancestral para provar especiarías em escorpiões)  encontrou o grupo de viajantes e foi explicar pra o que havia acontecido.

No mínimo ele deveria estar super desesperado. Porém..

_Uma criatura com trages negros de mesma tonalidade que a magnífica noite silenciosa de domingo do mês passado, quando a lua pairava sobre o céu enquanto eu bebia um vinho delícioso de teor incorporado com minha esposa...

_E depois?

_Então.. ela estava empunhando uma lamina com desenhos que mais pareciam círculos de transmutação do full metal alchemist, possuía cor vinho n°1269. Fora fabricada em tempos primórdios onde o homem ainda não andava sobre as pernas e oque havia sobrado dos dinossauros eram simples seres rastejantes comedores de insetos, então... de que mesmo que eu estava falando?

*Hehe, tudo bem que não estava escrito assim.. mas voce entendeu o que eu quiz dizer né?*

 Ou seja, voce não conseguiu passar a emoção do personagem. Ficou perdido entre palavras e descrições.

A ÚNICA coisa que eu achei de ruim foi isso, de resto sua fic está excelente. Aguardo por novos cápítulos.

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