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Adeus às Armas


Godfrey de Ibelin

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Respira um pouco, cara. Você tá postando capítulos muito rápido, não dá tempo de ler e comentar.

 

Desculpa kkk'! É a empolgação, estou adorando voltar ao Rag e voltar a fazer minha fanfic... Espero que esteja gostando. Vou dar um tempinho para que possam ler. Vou dar 2 dias para vcs respirarem.

 

Esse trono do Brynhild tá mais disputado que o trono de ferro, ein...

 

E bota disputado nisso... Já idealizei a batalha quando postava antigamente, mas dei uma revisada e esperarei 2 dias para poder postar... A não ser que alguém me peça pra postar antes (Tomara que tenha mais pessoas lendo também :eek:).

 

E agora ele sabe quem é o pai... Será que ele consegue pelo menos falar um "oi"?

 

Nos próximos capítulos vc verá!

 

Prevejo a Constance fazendo uma grande diferença na vida de Godfrey. xD

 

Vai sim, mas não posso dar spoilers :p !

 

E agora nesse finalzinho que você deu uma de George RR mesmo... Você é cruel!

 

Juro que não foi intencional, esta fic esta "remasterizada", mas ela foi criada (pelo menos o inicio dela - Eu fiz ela até o próximo capítulo +/-) há 4 anos atras.

 

Não vou ter tempo de ler o capítulo 7 agora, depois eu comento. Espero que entenda. =X

 

Entendo demais meu amigo... Eu tbm estou lendo a sua e gostando mto. Vc narra mto bem a sua fic! Não se preocupe quanto a isto. Esta gostando da minha fic?

 

Espero que outros leitores também estejam acompanhando (e gostando)...

 

Bom, vou dormir que mais tarde trabalho (06:00 kkk')!

Editado por Godfrey de Ibelin
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Razac, se assim me permitir, posso plagiar seu sistema de resposta de capítulos? Sendo um Renegado acho que você irá me entender se eu plagiar sua ideia kkk'!

 

Galera, próximo capítulo em 23/04 (provavelmente tem mais gente lendo e não deu tempo de ter comentários)... Adotando o sistema criado pelo Razac, a cada 1 comentário respondido pelo leitor, diminuo o "delay" de envio por 1 dia... Já tenho alguns capítulos preparados. Desculpem-me pela ansiedade :) !

 

Conto com a participação de quem estiver acompanhando :o !

 

Mto mto mto obrigado pelas respostas Razac! Estou quase terminando de ler sua fic!

Editado por Godfrey de Ibelin
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Razac, se assim me permitir, posso plagiar seu sistema de resposta de capítulos? Sendo um Renegado acho que você irá me entender se eu plagiar sua ideia kkk'!

 

Eu já ia te dar a ideia de usar meu sistema. Hhusauhua

 

Avô dele morreu numa grana pra arranjar tudo isso, ein.

 

E agora o avô dele realmente morreu... Vish, cara, tá matando todo mundo. Pelo menos eu posso apostar que o Godfrey sobrevive, já que é ele quem tá contando a história... Eu acho...

 

E agora o Henry é o próximo. Ou não... Veremos.

Bem-vindos ao tópico da semana e espero que estejam preparados para uma grande novidade.
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Eu já ia te dar a ideia de usar meu sistema. Hhusauhua

 

Plagiando habilidade de Renegado kkkk'! Obrigado por me deixar usar!

 

Avô dele morreu numa grana pra arranjar tudo isso, ein.

 

Este é um dos personagens que eu mais gosto... Mas como sou suspeito pra falar sobre os meus gostos, tenho carinho especial por todos os personagens que criei =) !

 

E agora o avô dele realmente morreu... Vish, cara, tá matando todo mundo. Pelo menos eu posso apostar que o Godfrey sobrevive, já que é ele quem tá contando a história... Eu acho...

 

É ele sim. Não se preocupa kkk'!

 

E agora o Henry é o próximo. Ou não... Veremos.

 

Curioso? Veja o desenrolar da trama neste próximo capítulo.

 

 

Capítulo 8 a seguir. Divirtam-se!

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Capítulo 8 – A Batalha pelo Trono de Brynhildr – Parte 1

 

 

 

Joan me fazia correr, e eu queria entender o que acontecia. Chorava desesperado:

 

- Quero minha mamãeeee! Bhwaaaaaaah!

 

Pegou-me no colo e continuou correndo, pedindo para que eu me calasse. O peso do meu Escudo e da minha Espada lhe cobrou tributo. Extenuada, me botou no chão e em tom duro, falou.

 

- Eu e seu pai somos os únicos que podem lhe salvar agora. Sua mãe, sua madrinha e seu avô morreram, e eu estou tentando salvar seu pai agora. Fique em silêncio e lhe contarei o que está acontecendo. Se não se comportar, ficará nesta floresta escura sozinho e deixarei aquele moço malvado fazer o que ele quiser.

 

Me fez engolir o choro, mas se arrependeu do tom duro. Quis golpear ela com minha Lâmina. Ela não sabia lidar com crianças.

 

- Godfrey, eu sou sua tia e nunca nos vimos antes. Por favor, não dificulte tudo. Vou lhe explicar o que aconteceu. Serei breve e lhe contarei mais detalhes depois. Fique quieto e me escute.

 

Chorando, fiz o que disse e escutei sua visão dos fatos que foram explicados resumidamente, desde o momento que começou a espionar minha família, até o momento em que estávamos na floresta, próximo a Abadia de Santa Capitolina.

 


A seguir, exponho alguns diálogos que resgatei a respeito do que ocorreu antes das ações efetuadas nas linhas anteriores. Tudo o que descobri a seguir foi falado pela minha tia, Joan de Ibelin.

 


(Quatro dias antes)

 

- Senhor meu Rei, aqui está um breve relatório dos meus últimos passos. – Joan lhe entregava uma série de pergaminhos, com informações sobre posições de sentinelas nas portas de Brynhildr, bem como pontos vitais de defesa e ataque. - Se tudo findar conforme qualquer plano de Guerra do Emperium, teremos uma tentativa de avanço rápido pela sala do Emperium, porém...

 

- Sim minha irmã, diga.

 

- A data prevista para o ataque não será em dia de Guerra do Emperium, então suponho que o primeiro ataque acontecerá diretamente na sala do trono...

 

- Sim, foi o que eu pensei. O objetivo principal deles é a minha morte. Concluído este plano, não precisarão quebrar a pedra do Emperium pra conquistar este castelo. Posicionaremos alguns aliados nas ante-salas adjacentes ao trono, e esperarei a hora do ataque. Preciso de alguns soldados invisíveis dentro da sala do trono...

 

- Não se preocupe, alguns camaradas mercenários e arruaceiros simpatizantes a sua causa estarão de prontidão. Enviei uma carta particular a alguns velhos amigos e lhe garanto que estes ficarão a espreita.

 

- Bom, e quanto ao restante da minha família, correm riscos?

 

Joan sabia que Henry se referia a mim e aos meus familiares:

 

- Encaminhei alguns mensageiros da responsabilidade de entregarem as cartas confeccionadas por ti, porém eles não conseguem se desvencilhar da permanente vigilância do castelo. Até o momento, apenas um dos três encarregados conseguiu se desvencilhar de qualquer suspeita. Desde sua ultima carta mandada a Isabelle, Frenhild permaneceu vigilante.

 

Henry entrou em preocupação. Eu, a mamãe, o vovô, minha madrinha. Todos nós corríamos serio risco de vida. Respirou resignado e suplicou.

 

- Consegue encaminhar cada carta a eles?

 

- Sinto dizer-lhe irmão. Estou foragida por motivos que o senhor mesmo sabe, e ninguém descobriu minha presença neste castelo. Se eu me expor, perderemos todo o elemento surpresa. Meu segundo plano a respeito deste problema seria me adiantar em algumas horas à procura de todos eles, refugiando-os na Abadia de Santa Capitolina. Meu noivo já esta a par de tudo...

 

- Joan...

 

- Diga meu irmão.

 

- Se tudo der errado... Vocês serão herdeiros do trono. Deixe seu noivo ciente disso. Até Godfrey alcançar a maioridade, vocês herdarão o poder do clã.

 

Joan estremeceu. Desde pequena, detestava os mimos de realeza, e sempre ficava a parte do que acontecia na sua família por opção própria. Para ela, qualquer forma de poder era contra sua natureza. Em sua concepção, o poder significava brutalidade e inconseqüência, além de ser um típico passatempo para homens. Era uma pena que pensasse assim. Já conheci muitas mulheres que eram excepcionais líderes de clãs e ela seria uma líder perfeita. Sempre que falava comigo, Joan citava Henry como um exemplo claro do que pensava acerca disso.

 

- Meu irmão não fale asneiras. Ficará tudo bem! Já falei com Felps a respeito disso. E você não irá morrer...

 


 

No fundo, ela sabia que a morte de meu pai era uma questão de tempo. Ele iria morrer sim, isso era um fato confirmado. Sabia da bravura de meu pai e de sua doença. Sabia que ele lutaria até a ultima gota de seu sangue se fosse preciso. Mas não quis mais se remoer com estes pensamentos. No fundo tinha esperança em passar por cima desta complicada situação.

 

Nos próximos três dias, ela conversou com cada oficial que jurou fidelidade ao meu pai em outrora e lhes informou sobre a situação de Brynhildr. Citou do plano da Rainha discretamente, e falou sobre cada inimigo a ser confrontado. Um destes oficiais, um jovem cavaleiro, havia perguntado a ela:

 

- Joan, você está foragida, estamos correndo um risco muito alto se afiliando ao seu irmão e tenho filhos pra cuidar. Quero muito mesmo lutar ao lado de seu pai, mas neste caso, não seria melhor ele fugir e reorganizar uma nova campanha de reconquista?

 

Os outros soldados presentes respeitaram a argumentação deste jovem guerreiro. Joan foi mais enfática:

 

- Todas as saídas do castelo estão sendo vigiadas, e não teremos muito a fazer a não ser lutar ao lado de seu Rei. Teremos uma chance única de acabar com os nossos verdadeiros inimigos se soubermos usar cada palmo de chão deste castelo. Meu irmão provavelmente lutará até a morte e eu ficarei responsável por tudo que acontecer. Vocês têm toda a razão para duvidar de minha idoneidade, ainda mais quando estamos lutando em uma razão de cinco guerreiros para cada um de nós. Mas garanto a vocês que terão a minha palavra, como regente do trono, de que terão a estabilidade necessária para viverem em paz. Posso contar com vocês?

 

Suas palavras encontraram eco. Ela tinha o dom de liderança, e não se dava conta disso. O que ela tanto desprezava, tinha de sobra: o poder da realeza.

 

Um sacerdote falou:

 

- Estou com vocês, precisarão de alguém para curar mesmo.

 

- Eu também estou, quero estrear minha lança que comprei esta semana – disse o cavaleiro.

 

- Eu quero distribuir cavalo-de-pau em todo traidor que atravessar a minha frente... – Um ferreiro comentou, após os dizeres de minha tia.

 

E assim, aproximadamente 30 guerreiros, das mais variadas classes juraram fidelidade a minha irmã, futura herdeira temporária (a contra gosto) dos Guerreiros de Ibelin. Joan finalizou enfatizando alguns dados do seu plano:

 

- Tudo bem, o plano é o seguinte: dividiremo-nos em três grupos e sairemos discretamente horas antes do ataque. Façam isto de madrugada. Mataremos os sentinelas silenciosamente e aguardaremos próximo aos muros do castelo por reforços...

 

 


Horas depois, Joan se encontrava com Felps:

 

- Meu amor, desculpe-me os últimos desencontros. Você sabe que esta é uma situação emergencial...

 

Felps era um Monge bastante peculiar. Adorava passar horas em meditação profunda nos cantos mais profundos da Floresta do Labirinto, algo que assustava os mais austeros amigos que tinha na Abadia. Tinha uma força mediana e os cabelos eram tão espetados quanto à pele de um Caramelo. Era ponderado com as palavras, mas se via algum tipo de bebida a sua frente, pulava de felicidade. Seus pais morreram quando ele era criança, sendo adotado por um velho monge da Abadia de Santa Capitolina, hoje já falecido. Estava a par de toda a situação e, naturalmente, foi o primeiro a ser solidário com a minha tia.

 

- Sim Joan. Já estamos com alguns aposentos separados para o seu sobrinho e a família. Faremos o possível para dar-lhes uma estadia confortável enquanto for necessário...

 

- Não é só isso...

 

Felps olhou em seus olhos. Joan estava claramente abatida e triste.

 

- O que foi?

 

- Falarei algo que não será tão fácil de digerir... Meu irmão está morrendo e sou a única a garantir o trono enquanto o Godfrey não tiver a maioridade...

 

Felps se assustou. Não gostava da idéia de viver enclausurado em um castelo, à custa da vida fácil da realeza e de batalhas. Gostava de sentir a natureza ao seu redor, de viver sem responsabilidades maiores, de ajudar a quem precisasse. Mas neste caso, quem necessitava de seu acolhimento era Joan.

 

- Eu... Tenho que pensar nisso. Não seria um bom Rei. Não sei nem organizar o meu quarto. A madre daqui da Abadia me xingou de tudo por não saber arrumar os lençóis da cama de seus familiares. Ela arrumou tudo sozinha. Eu sou muito desleix...

Joan, pela primeira vez depois de muito tempo, riu e concordou com Felps. Deu-lhe um tapão na cabeça.

- Deixa de ser bobo, quem mandará na sua bagunça sou eu. Só quero que conviva comigo nestes tempos difíceis... Sabe que estou foragida, não sabe?

- Também, pudera! Assassinar seu próprio mestre mercenário é muita loucura, embora eu entenda os motivos que a levou a praticar este ato. Não se preocupe, eu sempre estarei contigo e colocaremos estas histórias a limpo.

- Eu fui obrigada! Ele mesmo pediu para que eu o matasse... – Irritada, ela parou de falar.

- Acalme-se meu amor, eu sei de todo o contexto. Refugie-se aqui enquanto se prepara para as suas próximas ações...

 


(A partir deste ponto, voltamos aos últimos acontecimentos presenciados após a morte de meu avô).

 


Tinha apenas seis anos... Seis anos! Não merecia estar passando por aquilo. Porém estava passando. E ainda descobri que tinha um pai doente, uma tia que havia assassinado seu próprio mestre, e todas as pessoas que eu amava estavam mortos... Chorava e perguntava o que eu tinha feito de errado. Em desespero, me vi sozinho em um mundo de estranhos pela primeira vez. Minha vontade era de cair em um buraco e sumir. Minha tia não tinha tempo a perder, e me deixou na Abadia de Santa Capitolina com a madre local.

Felps pressentiu algo errado:

- Só o garotinho? Cadê os demais membros? O que esta acontecendo?

- Eles morreram... Meu irmão e seus homens serão trucidados. Eu tenho que evitar um massacre!

- Irei com você, não esta em condições psicológicas para enfrentar meio exército...

- NÃO! FIQUE AQUI!

Tentou fazer com que Felps ficasse, mas o mesmo tinha conjurado agilidade em ambos e encaminhou-se imediatamente ao Feudo das Valquírias, apos me deixar aos cuidados de uma monja rechonchuda. Joan, contrariada, fez o mesmo e foi de encontro a ele...

 

 


 

Kat não queria efetuar sua futura ação, mas era obrigado. Improvisou um plano B. Chegou até a atendente kafra e retirou um Galho Sangrento de seu armazém.

- Agora ninguém ficará com este trono... Trucidarei a todos! – Correu até o castelo e se posicionou invisível na sala do trono, chegando a tempo de ver Henry com espada em punho, pronto para defender sua honra. Esperou, invisível, o desenrolar de toda a ação que estava por vir, a fim de usar seu plano improvisado no momento ideal.


Herm, por sua vez, já se concentrava para invadir os aposentos do castelo. Estava louco por uma vingança, e já tinha planos próprios para lidar com Kat.

- Este infeliz também estará morto até o fim do dia... Acabarei com três opositores de uma só vez e serei a mais nova força a comandar as Guerras do Emperium.

Seus colegas bradavam de felicidade. E não tomou nenhum cuidado com sua vigília. Pensou consigo mesmo que seria mais um passeio de fim de semana.

Iludiu-se...


 

Joan e seu pequeno grupo já estavam a postos, a partir de uma entrada, localizado a retaguarda do castelo. Já tinham executados todas às sentinelas de prontidão, e tinham o elemento surpresa. Só não contava com o exercito de Herm entrando pelo lado oposto do castelo.

Após passarem pela primeira sala, Joan sentiu algo estranho no ar. Falou bem baixinho:

- Sacerdote, tem um “vazio” no ar. Tenho quase certeza que é o Kat. Dentro de três segundos, use revelação.

Passou três segundos. Pareciam três anos:

- REVELAÇÃO!

Joan acertou em cheio um dos mercenários de Herm. Ficou confusa, nunca havia visto aquele soldado no castelo antes. Um cavaleiro viu a ação e gritou:

- INIMIGOS NO PRIMEIRO ANDAR! AGRUPEM-SE! BRUXO USA SUA NEVASC...

Morreu, com uma flechada no pescoço. A confusão foi instaurada. Um ferreiro bradou seu machado e foi de encontro ao bruxo, esquartejando-o. Ao mesmo tempo, um cavaleiro inimigo atacou seu flanco, trespassando a espada em seu dorso. Joan gritava:

- Organizem-se! Organizem-se! Cavaleiros montem uma linha! Quero alquimistas fazendo suas armadilhas...

E levou um golpe. Um golpe de maça bem no braço. Urrou de dor e atacou o monge inimigo, esquartejando-o. Felps começou a distribuir Punho Supremo de Azura e beber poções azuis, não necessariamente nesta ordem.

A quantidade de sangue derramando assustou alguns membros do clã inimigo. Joan havia garantido uma vantagem tática, e passou a perseguir os remanescentes do grupo de Herm. Herm havia adentrado o segundo andar com perdas sensíveis. Ordenou uma recuada descuidada, e pensou que Kat já havia planejado tudo. Bradou aos sobreviventes da primeira carga, enquanto avançava para o próximo andar:

- O único plano agora é este. Matem o Kat a qualquer preço!

 

 


- DESCANSAR! CESSAR FLECHAS! PAREM DE ATACAR! - Joan viu Herm e seu grupo correndo para longe da refrega e resolveu contabilizar suas baixas

 

Joan havia perdido cinco companheiros nesta pequena escaramuça, inclusive o jovem Cavaleiro que contestou o plano de ataque e o Ferreiro que quis “...distribuir cavalo-de-pau em todos os inimigos”. Perderam cinco homens à custa de vinte inimigos. Sentiu-se culpada. Um jovem pai de família perdeu a vida em nome do Rei. Ainda assim, ela tinha ciência de que ele sabia o que estava fazendo.

Pisou no rosto de um bardo inimigo agonizante e trespassou sua Katar no pescoço do moribundo:

- Kat... - Disse perceptivelmente confusa. - Dentre todo este sangue derramado, não me faça esquecer quem eu realmente sou e por qual motivo estou aqui...

 

Uma lágrima teimou descer em seu rosto e foi abraçada por seu noivo:

- Venha minha futura Rainha, vamos acabar logo com isso!

Adentrou a Sala do Trono, no momento que meu pai jurou defender sua existência com unhas e dentes.

 

(Continua...)

Editado por Godfrey de Ibelin
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Olá pessoal!

 

Seguindo o sistema criado pelo Razac, a fim de aumentar a participação dos possíveis leitores (Please, manifestem-se :eek:), passarei a postar cada capítulo de 3 em 3 dias, diminuindo 1 dia de "delay" para cada primeiro comentário de um leitor. Como eu estou digitando os capítulos que estão por vir, o próximo Capítulo será enviado até dia 26/06... A não ser que 3 leitores se manifestem, com suas dicas, críticas, sugestões e impressões da fanfic e me forcem a enviar o novo capítulo (com prazer) ainda hoje :D!

 

Como de praxe, irei trabalhar 05:30 e vou capotar em minha cama! Uma ótima noite de sono a todos!

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vou jogar um pouco de confete mas só por que você pediu u.u estou adorando a sua historia, curti que envolveu guerra de clãns de uma forma muito natural, gostei da "guerra dos tronos" kkk e principalmente pelas mortes, acho que uma historia para ser boa tem que ter um perigo real, e na sua historia não da pra saber quem vive e quem morre, com exceção do protagonista claro kk também gostei da época em que se esta passando a historia e de como você esta acompanhando a economia, itens e classes numa linha cronológica genial ! agora a unica coisa que me incomodou e os personagens falar o nome das habilidades xD, acho que quebra um pouco a narrativa, como por exemplo uma luta da Joan em que simplesmente você descreveu a luta sem habilidades só a porradaria acho que isso da mais leveza e fluidez a narrativa, por exemplo no lugar de usar BENÇÂO pode ser "Então com a sua reza e fé uma energia a imundou que deu forças para continuar" claro que não sou escritor e creio que você possa desenvolver isso de forma mais fluida, outra coisa que eu gostei também foi deixar as classes magicas para momentos mais especiais, por que no jogo e uma coisa agora numa narrativa, um cara que coloca armadilhas e flechas contra alguém que pode puxar um meteoro da espaço para destruir uma casa e digamos que e meio desigual xD e no mais e isso gostei muito e são só umas dicas construtivas ! espero que continue a historia e quero ela em 1 dia mais rapido u.u *chicotada" kkkk

"Não existem coincidências somente o inevitável" Yuuko Ichihara :p

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vou jogar um pouco de confete mas só por que você pediu u.u estou adorando a sua historia, curti que envolveu guerra de clãns de uma forma muito natural, gostei da "guerra dos tronos" kkk e principalmente pelas mortes, acho que uma historia para ser boa tem que ter um perigo real, e na sua historia não da pra saber quem vive e quem morre, com exceção do protagonista claro kk também gostei da época em que se esta passando a historia e de como você esta acompanhando a economia, itens e classes numa linha cronológica genial !

 

Zudo, obrigado pela resposta \o/ !!! Fico muitíssimo feliz pela participação! Uma das coisas que eu mais gosto ao escrever é eixar um clima de tensão e incerteza no ar, e espero estar fazendo isso da forma correta :D ! Uma coisa que vc falou e que eu esqueci de colocar na introdução é o contexto e a temporalidade desta história... Vou atualizar esta informação no primeiro post!

 

agora a unica coisa que me incomodou e os personagens falar o nome das habilidades xD, acho que quebra um pouco a narrativa, como por exemplo uma luta da Joan em que simplesmente você descreveu a luta sem habilidades só a porradaria acho que isso da mais leveza e fluidez a narrativa, por exemplo no lugar de usar BENÇÂO pode ser "Então com a sua reza e fé uma energia a imundou que deu forças para continuar" claro que não sou escritor e creio que você possa desenvolver isso de forma mais fluida

 

Eu percebi isto... Estou pensando em bolar alguma técnica que deixe mais fluido ou claro a utilização de habilidades sem quebrar a harmonia da fic... Se alguém souber de uma técnica legal para deixar isto mais claro, por favor me ajudem... Pensei em colocar os diálogos e as habilidades conjuradas em cores diferentes... Vcs acham que ficam legal?

 

outra coisa que eu gostei também foi deixar as classes magicas para momentos mais especiais, por que no jogo e uma coisa agora numa narrativa, um cara que coloca armadilhas e flechas contra alguém que pode puxar um meteoro da espaço para destruir uma casa e digamos que e meio desigual xD e no mais e isso gostei muito e são só umas dicas construtivas !

 

Sim, de fato... Tanto é que classes que conjuram algum tipo de habilidade em área eu estou inserindo de uma forma mais particuar: Por exemplo, magias fortes como Chuva de Meteoros eu insiro como se o personagem tivesse que se concentrar devido do "Delay", e como vc pode ver, não são personagens onipotentes... A mãe de Godfrey conseguiu derrubar um na base da Mammonita... Mas de fato, eu tenho que arranjar alguma forma de harmonizar a conjuração das habilidades para que a história flua de forma legal...

 

E suas críticas foram ótimas, adorei as dicas. Não se preocupe que eu sempre leio com atenção os feedbacks que recebo e adorei saber que tenho leitores dedicados como vc ou o Razac...

 

espero que continue a historia e quero ela em 1 dia mais rapido u.u *chicotada" kkkk

 

Com certeza! O próximo capítulo já está praticamente pronto =D! Se puder me ajude com o merchandising que a cada nova participação eu diminuo o "Delay" :o !

 

E conforme prometido, próximo capítulo será enviado em 25/06, lembrando que quem ler e comentar eu vou diminuindo o delay kkk'!

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Eu percebi isto... Estou pensando em bolar alguma técnica que deixe mais fluido ou claro a utilização de habilidades sem quebrar a harmonia da fic... Se alguém souber de uma técnica legal para deixar isto mais claro, por favor me ajudem... Pensei em colocar os diálogos e as habilidades conjuradas em cores diferentes... Vcs acham que ficam legal?

 

O uso de habilidades na minha fic é falado pelos próprios personagens. Eu gosto desse estilo porque me lembra o jogo, dando a dinamicidade de uma batalha que poderia muito bem ter se passado dentro do próprio Ragnarok.

Mas esse é meu modo de ver, e cada um deve ter sua própria técnica. Faça como achar melhor.

 

Eu acabei tendo que ler muito fragmentadamente e esqueci tudo o que tinha pra comentar... Esperando pela parte 2. xD

Bem-vindos ao tópico da semana e espero que estejam preparados para uma grande novidade.
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O uso de habilidades na minha fic é falado pelos próprios personagens. Eu gosto desse estilo porque me lembra o jogo, dando a dinamicidade de uma batalha que poderia muito bem ter se passado dentro do próprio Ragnarok.

Mas esse é meu modo de ver, e cada um deve ter sua própria técnica. Faça como achar melhor.

 

Eu acabei tendo que ler muito fragmentadamente e esqueci tudo o que tinha pra comentar... Esperando pela parte 2. xD

 

Delay diminuído para as 00:00hrs de amanhã kkk'!

 

Estou pensando em deixar os diálogos em cor azul e as habilidades em cor vermelha... Vcs acham que ficaria bom?

Editado por Godfrey de Ibelin
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Capítulo 9 – A Batalha pelo Trono de Brynhildr – Parte 2.

 

 

“Você pode fazer um trono com baionetas, mas não poderá sentar-se nele por muito tempo” (Boris Yeltsin, Ex-presidente russo - 1931 -2007).

 

 

 

Henry ergueu-se do trono, com sua Espada Bastarda apontada em direção a Frenhild. Embora estivesse tenso, já tinha se preparado para vender bem caro sua possível derrota. Meu pai havia se recuperado parcialmente dos efeitos do veneno, que ingeriu sem saber durante alguns meses como parte do pérfido plano de Frenhild. Mesmo assim, sua presença física em Rune-Midgard estava chegando ao fim. Preparou-se bem, estava bem disposto para uma contenda. Utilizaria suas ultimas forças para acabar com qualquer chance de usurpação do trono.

 

- DESTA LINHA VOCÊS NÃO PASSAM! – Com fúria, Henry gritou e riscou uma grande marca no chão com sua espada.

 

Frenhild riu, com desdém:

 

- Quer se defender sozinho, contra duzentos soldados? Realmente, não é digno a castelo algum! Muahuahuahuahuah!

 

Os soldados de Frenhild riram, pensando mesmo que o Rei era uma figura ingênua e incapaz. Era uma pena, um Rei que outrora era tão brilhante, agora se tornava uma mera sombra de fraqueza e loucura.

 

- Henry! Você não está sozinho mais! – Joan chegou a tempo, com seu diminuto grupo.

 

- Grande coisa! – Frenhild não sabia quem era mais louco: Henry, que aparentava sofrer de overdose com tanta toxina no sangue, ou Joan, uma foragida com a cabeça a prêmio, que se revelou como mais um parasita a ser descartado. Continuou:

 

- Já deveria saber! A irmã de um maluco de pedra não deixaria escapar a chance de derramar mais sangue alheio... Ganharei uma grande recompensa da Guilda dos Mercenários com a sua cabeça!

 

- Então venha buscar sua recompensa! CAÇADORES! JÁ SABEM O QUE FAZER! – Joan gesticulou com seu braço e ordenou – ATIREM!

 

Flechas voaram pelo recinto, chegando com êxito ao destino: pernas e braços foram alvejados. Frenhild gritou:

 

- ATAQUEM! VAMOS CONQUISTAR O QUE É NOSSO!

 

Henry se posicionou a frente de seu grupo, junto com Joan. A primeira linha de cavaleiros inimigos avançou, visando golpear Henry, que propositalmente se colocou em uma posição vulnerável, ainda atrás da linha no chão riscada por ele. Frenhild e o restante de seu novo exército assistiram a grande carga de cavaleiros correndo de encontro ao Henry, que sequer se mexeu.

 

Ultrapassaram a linha no chão. Os Cavaleiros gritavam quase em uníssono:

 

- MORRA, “REI” INVALIDO!

 

De repente, vários destes cavaleiros caíram ao chão, sendo degolados imediatamente por vários mercenários e algozes. Minha tia riu ao ver a Rainha morder a isca de um plano tão fajuto. Henry feria um ultimo cavaleiro mortalmente e se posicionou, ordenando:

 

- CAÇADORES, BARDOS E ODALISCAS, FAÇAM UM PERÍMETRO NO BRUXO!

 

Frenhild gritava a Henry e seu pequeno exército:

 

- DESISTAM, são oito soldados meus para cada um de vocês! Quem se render terá a morte poupada!

 

Templários, arruaceiros e ferreiros ao lado de meu pai, gritavam:

 

- EXISTE UM SÓ REI AQUI! E FICAREMOS AO LADO DELE ATÉ A MORTE SE NECESSÁRIO!

 

Frenhild escutou o que mais queria ouvir. Faria uma grande “faxina”:

 

- TUDO BEM! Este maldito castelo terá uma Rainha de verdade e um novo Rei, não é meu amor?

 

Chegou um grande adversário de meu pai, o príncipe Sigebert, herdeiro de um grande clã com o nome “Flagelo dos Deuses”. Sigebert e sua família real haviam conquistado o Castelo de Hrist meses antes, quando este ainda era um ponto avançado de defesa dos “Guerreiros de Ibelin”.

 

Meu pai olhava abismado. Sabia que Frenhild era uma pessoa degenerada, mas não sabia que estava sendo traído em seu casamento. Caiu em si:

 

- O que mais eu poderia esperar de uma mulher ardilosa como você? Pensei que Sigebert ainda era um homem honrado. Bem vindo ao seu futuro túmulo, Sigebert!

 

Sigebert, um grandalhão, barbudo e impiedoso Ferreiro. Adorava usar buchas de canhão em batalha. Castigava soldados se valendo pela força e gratificava com poderosos equipamentos seus mais valorosos guerreiros. Havia construído uma relação por debaixo dos panos com Frenhild, e não via a hora de se tornar o príncipe mais poderoso do Feudo das Valquírias.

 

- Pois bem, Sir Henry! Que tal se eu aumentar a proporção de soldados de quinze para um? – Sigebert ordenou a entrada de um seleto grupo de guerreiros altamente treinados.

 

Gritos de consternação atravessaram as fileiras de Henry. Felps viu um jovem Templário tremer:

 

- Sente-se mal, meu jovem? – Falou Felps, ao destampar uma pequena garrafa de vinho, feito com cogumelos vermelhos...

 

- É a primeira vez que luto, e não quero ser trucidado. Está louco? Não vê o que acontece?

 

- Relaxe e concentre-se, lhe garanto que quinze deles não vale sua força. Tome um gole e prepare-se – Estendeu sua garrafa ao templário e começou a se concentrar em sua força interior.

 

Frenhild ficou invisível e tentou apunhalar Henry, que aparou o golpe com sua espada bastarda:

 

- Vamos “nos divertir” um pouco, meu “amorzinho”!

 

Henry tentou revidar o golpe, ao passo que Frenhild já havia ultrapassado a linha de volta. Não controlava mais a raiva:

 

- MALDITA, VÍBORA NOJENTA! MORRERÁ HOJE, AO LADO DESTE PRÍNCIPE DE QUINTA CATEGORIA!

 

Ergueu seu braço:

 

- ATAQUEM! RENDIÇAÕ ESTÁ FORA DE QUESTÃO, LUTEM ATÉ O ULTIMO ALENTO! LUTEM ATÉ A ULTIMA FLECHA! DEIXEMO-NOS ENTERRAR PELOS ESCOMBROS DESTE CASTELO, SE FOR PRECISO!

 

As primeiras espadas se cruzaram. Golpes, gritos, sangue e dor. Repentinamente, a confusão estava instaurada. A situação para o meu pai e minha tia não poderia estar pior até este ponto. Mas ficaria...

 

 


Kat, que assistia a tudo, invisível como sempre, ria de toda a situação:

 

- Isto está melhor do que qualquer conto de Bardo mentiroso! Todos aqui são medíocres.

 

Pegou seu Galho Sangrento.

 

- Esta na hora de botar meu plano em prática! Toda sorte do mundo pra mim agora!

 

Beijou seu Galho Sangrento e o quebrou. Ao ver o que conjurou, exclamou de surpresa e raiva:

 

- EITA P0R#@ DO k@#$%&0! EU DEVERIA TER DESCONFIADO QUANDO COMPREI ESTE GALHO NAQUELA LOJA MALDITA. MALDITOS MERCADORES QUE VENDEM TUDO DENTRO DO CUSTO! Mais um condenado para a minha lista...

 

Kat desapareceu imediatamente para não ser pego pela criatura e ainda frustado, começou a selecionar seus alvos:

 

- Derrubarei um por um, enquanto este inseto derruba o resto destas buchas de canhão. – Disse, por fim, após envenenar suas lâminas...

 

 


Herm demorou preciosos minutos para avançar pelo segundo andar, com medo de novas armadilhas. Finalmente chegou a sala do trono, no momento que Henry e Frenhild começaram a lutar. Encontrou uma cena quase que abstrata, de luta, confusão, gritos e sangue.

 

Ao ver Frenhild, emitiu ordens ao seu oficial:

 

- Cavaleiro, lidere um ataque ao flanco daquela Arruaceira, leve vinte dos nossos, enquanto levo o restante para matar Kat e Henry. AGORA!

 

- As Ordens, Marechal! – Correu um cavaleiro com expressão de impetuosidade. Herm adorava sua alcunha ao qual se auto-intitulou. Sem querer, havia se tornado aliado de meu pai temporariamente, pois sua raiva estava canalizada em um único alvo. Sua única ambição naquele momento era de encontrar Kat e vingar-se de tamanha traição. O meu pai poderia esperar sua vez, por enquanto...

 

Avistou Kat retalhando um alquimista e seguiu seus passos no meio da confusão, apunhalando cada oponente que cruzava seu restrito caminho.

 

 


Henry lutava com fúria. Atacava qualquer coisa que se mexesse, tinha um furor excepcional. Meu pai batia com sua Espada Bastarda a uma velocidade impressionante. Joan e Felps acompanhavam seus movimentos. Haviam derrubados vários soldados, quando viram Herm entrar no recinto atacando o grupo de Frenhild.

 

- Joan, o que raios são aquilo? Chamou algum aliado? – Meu pai expressava seu espanto ao mesmo tempo em que derrubava uma Sábia.

 

- Não sei o que é meu irmão! Provavelmente é mais um candidato ao trono ou algum amigo de Kat... AAAARGH! – Joan levou um corte profundo no braço.

 

- IMPACTO PSÍQUICO!

 

Felps derrubou o ferreiro atacante e curou Joan.

 

- VAMOS, CONCENTREM-SE NA LUTA E APROVEITEM ESTA LEVE VANTAGEM! – Para quem não gostava de lutas, Felps até que levava jeito.

 

Alguns homens de meu pai comemoraram intimamente, ao ver um atrapalhado arruaceiro barrigudo atacar Frenhild e Sigebert. Ambos tiveram que dividir seu grupo em dois, diminuindo a chance de esmagar Henry. Frenhild praguejou incessantemente.

 

- QUEM FOI O RESPONSAVEL POR DEIXAR A #%#%@ DO KAT VIVO?

 

 


A batalha estava muitíssimo equilibrada, e ninguém cedia um palmo de chão sequer. Um bruxo inimigo se adiantou em uma posição e preparou-se pra conjurar Chuva de Meteoros. Minha tia gritou:

 

- TODO MUNDO DE COTA COM PASANA! RÁPIDO!

 

O Bruxo inimigo de repente ficou lívido, e sua pele ganhou uma tonalidade vermelho sangue, ao mesmo tempo que suas duas pernas desapareciam. Se debateu em grito desesperado de dor e agonia, e depois morreu. Sua morte foi tão impressionante e rápida que nenhum dos três lados beligerantes entenderam o que aconteceu...

 

- AAAAEGH!GAHHHHHH!IIIIIGH! – Sangue e dor borrifaram paredes, chão e tapeçaria da sala do trono. Henry recuou alguns passos e viu algo que não esperava ver nem mesmo em pesadelo. Gritou com todas as forças de seus pulmões:

 

- BRUXO! BRUXO! NEVASCA IMEDIATAMENTE A MINHA FRENTE! TEM UM BESOURO LADRÃO DOURADO NESTA SALA! – E partiu para refrear o ataque do temível inseto, dividindo golpes contra os inimigos que recuavam em desespero no meio de grotesca confusão escarlate de vísceras e membros desfigurados.

 

 

 

 

(Continua...)

Editado por Godfrey de Ibelin
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Conforme prometido, Capítulo 9 postado acima... Espero que tenha ficado legal! Seguindo a regra, próximo capítulo será enviado em 27/04 (Isto se não tiver comentários, pois a cada comentário de leitores, diminuirei o delay em 1 dia :D). Como de praxe vou dormir para evitar a fadiga, pois as 5 da manhã eu trabalho.

 

Desejo-lhes uma ótima leitura e uma noite de sono abençoada pelo panteão nórdico!

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Estou pensando em deixar os diálogos em cor azul e as habilidades em cor vermelha... Vcs acham que ficaria bom?

 

Eu acho que ficaria bem igual ao que eu faço, né...?

 

Por que ninguém cai nas armadilhas óbvias, mas na de um rei caem? Ah, que vacilo...

 

kkkkkkkkkkkkkkkk

Um GTB

kkkkkkkkkkk

Que ameaça terrível, corram para as colinas!

Acho que a estratégia desse cara não vai dar certo com essa sorte dele...

 

Tá, eu sei que o GTB não é um Poring, mas podia ser bem pior.

 

E eu comentar sobre o besourinho não ser agressivo, mas como no próprio anime ele não agia da mesma forma que in game acho que tá válido.

Bem-vindos ao tópico da semana e espero que estejam preparados para uma grande novidade.
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Eu acho que ficaria bem igual ao que eu faço, né...?

 

Kkkkk'! Eu vi alguns autores fazendo... Pensei: "porquê não?"...

 

 

Por que ninguém cai nas armadilhas óbvias, mas na de um rei caem? Ah, que vacilo...

 

Meio clichê... Mas alguns clichês não fazem mal kkkk'!

 

kkkkkkkkkkkkkkkk

Um GTB

kkkkkkkkkkk

Que ameaça terrível, corram para as colinas!

Acho que a estratégia desse cara não vai dar certo com essa sorte dele...

 

Vou colocar um adendo nesta parte, pq tirar GTB em um Galho Sangrento e um cúmulo do azar ahuehuaheu!

 

Tá, eu sei que o GTB não é um Poring, mas podia ser bem pior.

 

Foi mais para salientar um pouco de "azar" kkkkk'!

 

E eu comentar sobre o besourinho não ser agressivo, mas como no próprio anime ele não agia da mesma forma que in game acho que tá válido.

 

 

Aqui eu explico: Todo MvP de um Galho Sangrento já sai com status agressivo... Embora seja uma GTB...

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Conforme combinado, delay diminuído para dia 26/04... Mas tenho certeza que ficarei atrasado pq acho que terei mais respostas, e ficarei com saldo negativo em dias :D'!

 

Alguns ups:

 

- Estou formatando os diálogos de forma que fique bem agradável de ler...

- Falei com um amigo meu que é desenhista profissional e eu ACHO que da pra colocar desenhos em cada capítulo.

 

Participem! Cada comentário ou crítica construtiva é muito importante para sua leitura!

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Bom dia senhores!

 

Desculpem-me pela demora no post. Tive ue viajar as pressas nestes ultimos dois dias, e voltei só agora... O Capítulo já está pronto, só falta editar... Estou mto cansado da viagem e farei isto durante o Domingo... Para compensar este atraso, postarei 2 capítulos! Até logo!

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Cara sinceramente!

Essa é uma das melhores fic do fórum, junto com a Aos Corvos e Trovões!

 

 

Dukhe!

 

Mto obrigado pela participação! E muitíssimo obrigado pelo elogio. Espero que eu esteja fazendo minha parte e esteja entregando uma ótima leitura para vcs!

 

Abaixo, a continuação prometida com dois capítulos novos!

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Capítulo 10: Henry, a Águia de Prontera.

 

 

- CORRAM, RECUEM, PROTEJAM-SE! – O desespero tomou conta dos homens de Frenhild. Sigebert e Frenhild ainda não se deram conta do que ocorreu, e tentavam, desesperadamente, consertar aquela situação confusa:

 

- NÃO QUEBREM A LINHA DE ATAQUE! COLOQUEM-SE EM SEUS LUGARES, QUEM RECUAR MORRERÁ! MEXAM-SE...

 

Acabaram se separando no meio do tumulto. Sigebert ficou de frente ao mortífero inseto e procurou abrigo usando seus próprios soldados como escudos humanos.

 

Frenhild ficou perdida ante a tamanha confusão. Pegou sua Rondel e com os olhos vermelhos de raiva, foi à procura de seus alvos principais, travando sua guerra particular contra Kat, Joan, Herm e Henry.

 

 


Com a chegada do temível inseto, a sala do trono virou uma confusão de pernas, braços e vísceras. Meu pai, que estava lutando contra dezenas de soldados, de repente se viu sozinho, frente a frente contra o Besouro Ladrão Dourado. Pegou uma Poção da Fúria Selvagem, mas Joan já havia lhe advertido sobre a não utilização pois isso iria acelerar o processo de intoxicação e, por conseguinte, a sua morte. Em meio à confusão, lembrou-se deste conselho e prendeu a poção em seu cinto.

 

Resolveu utilizar de sua própria experiência para lidar com a situação. Enquanto o Besouro Ladrão Dourado se esbaldava nos soldados em agonia, meu pai virou-se para Joan e disse:

 

- Joan, vá atrás de Kat e Frenhild e mate-os. Tentarei acabar com este monstro. Estamos em vantagem, e temos que levar isto em conta.

Joan, que fez menção de ficar e lutar repensou melhor e partiu. Minha tia sabia que meu pai era um excelente destruidor de MvPs e resolveu não contrariar sua vontade. Apenas pediu para que Felps protegesse a integridade dele. Joan se misturou em meio aos soldados que corriam por suas vidas.

Enquanto isso, meu pai organizava seu grupo. Ordenou que o inexperiente Templário, que há pouco havia reclamado com o Felps, lhe desse Redenção, se posicionou ao lado dele e ordenou aos demais:

 

- Irei atacar o Besouro. Quero que curem o Templário. Bruxo, no momento que este monstro entrar na esquiva, use nevasca. Felps, você finaliza com Azura, ok?

 

- As Ordens, meu cunhado e Rei!

 

Riram um para o outro e começaram o procedimento planejado.

 

 


Enquanto isso Kat, que já vinha visando Frenhild como alvo, deu-se de cara com Herm:

 

- Você está perdido Kat! Vou lhe mandar pra Nifflheim sem passagem de volta...

 

Kat virou-se e viu uma veloz adaga indo a sua direção. Agarrou-se a uma cavaleira utilizando-a como escudo humano. Herm havia atingido a cabeça da cavaleira em cheio, que caiu ao chão em convulsão e agonia.

 

- Covarde até o fim! Venha e lute como um homem... – Herm falou aterrorizado, mal contendo a raiva.

 

Avançou novamente contra Kat e ele se desviou exatamente no momento que Frenhild ia lhe apunhalar. Com este movimento, a adaga de Herm feriu gravemente a perna de Frenhild, que se contorceu de dor caindo ao chão.

 

- AAAAGH! DESGRAÇADO, GORDO @#$#$, VOU TE DESTRUIR...

 

- Agora vai ter graça de lutar! Dois fracotes contra eu... Quem quer ser o primeiro a morrer? – Kat falava, deliciando-se da situação.

 

- Que tal se eu for à primeira? LÂMINAS DESTRUIDORAS! – Joan sabia que não poderia errar este ataque.

E não errou. Kat desviou-se do primeiro, do segundo e do terceiro golpe, mas não se livrou do quarto e do quinto. Levou um corte na perna e perdeu um olho neste processo. Retorceu-se em uma dor desesperante.

- MALDITA, TE MATO SUA #$%$#$%! – Kat, atordoado pela dor, tentou revidar ao dano sofrido.

 

Joan, meticulosamente, desviou-se de todos os golpes, menos de um. Herm havia apunhalado suas costas. Joan caiu e, se retorcendo de dor, olhou pra Herm com expressão de horror:

- Então você era a vadia que estava me atacando na sala anterior? Contemple a sua mor... GHH...

Frenhild se refez brevemente de sua dor e atacou Herm, com um golpe certeiro de Rondel na nuca deste arruaceiro. Procurou por seus outros oponentes, mas Joan já havia desaparecido. Kat também se esvaiu do local. Teve que se contentar com a morte de Herm, e jurou perseguir todos os membros de sua família quando esta batalha terminasse:

- Achou que iria sobreviver? Sua família inteira será extinta! Pendurarei todos os corpos de seus familiares no parapeito deste castelo.

Herm chorava em dor e agonia. Sentiu seu ventre ser aberto. Frenhild começou a torturá-lo, finalizando este ritual macabro cortando-lhe o pescoço. Agora Herm era uma massa de carne irreconhecível.

Mancando e xingando, a megera Rainha saiu em busca de Sigebert, matando cada soldado inimigo que se posicionasse a sua frente.

 

 


Henry finalizava, com êxito, seu plano para matar o Besouro Ladrão Dourado. Deu seu golpe final no inseto e após este ultimo ato, sentiu seu corpo irradiar energia. Percebeu que em sua volta flutuava uma essência azul, subindo graciosamente em seu corpo e desaparecendo logo em seguida. Sim, ainda havia esperança naquele caos, e reconheceu que chegou ao seu mais alto grau de experiência.

 

Do Besouro Ladrão Dourado havia caído uma maça dourada, e meu pai jogou esta arma de presente a Felps como forma de recompensá-lo pelo esforço. Mal havia se virado, viu o exército inimigo aterrorizado, tentando se reorganizar para um novo ataque.

 

- ATACAR! – Meu pai correu de encontro a contenda, com os remanescentes de seu grupo seguindo-lhe, agora com a moral elevada pela aura azul de seu lider.

 

O Rei se tornou um verdadeiro gigante neste ponto da batalha. Aqui, ali, em todos os pontos onde os ataques dos homens de Sigebert se intensificavam, ele estava presente. Meu pai matou muitos inimigos pela sua Espada Bastarda, que reluzia como um relâmpago. Alguns de seus opositores foram partidos ao meio, outros encontraram seus elmos quebrados até os dentes, enquanto haviam os perdiam a cabeça, os braços ou as pernas, removidos com um só golpe. Levou trinta soldados inimigos de varias classes, ao preço de quatro companheiros. De tantos golpes, sua Espada Bastarda havia quebrado. Já havia pensado nisso e desembainhou sua Kataná altamente refinada e carteada, tão poderosa quanto à espada anterior.

 

Henry correu com tanto ímpeto, que traçou umanova linha no chão. Andou de um lado ao outro tranquilamente,desafiando a todos os inimigos, e nenhum soldado de Sigebert ousou atacá-lo:

 

- VENHAM, QUERO VER QUEM É O PROXIMO! – Henry gritava, e quebrava qualquer flecha vinda em sua direção com golpes rápidos de sua Kataná.

 

Ninguém se atrevia. O medo era muito grande. Henry era diferente de qualquer outro cavaleiro, qualquer outro guerreiro, qualquer outro Rei. Ele era um dos maiores líderes que aquele feudo já viu, um Rei que, diferente dos outros Reis, justificava sua alcunha: ele era a grande Águia de Prontera.

 

 


Frenhild, que se locomovia com dificuldades, estava junto ao seu grupo, matando os últimos remanescentes da tropa de Herm, que se retirava em desespero e total desorganização. Viu a quantidade de soldados aliados mortos e viu que o preço de uma possível vitória estava alto demais. Pela primeira vez percebeu que Henry não deveria ter sido menosprezado. Encaminhou seu diminuto grupo ao front de Sigebert, que por sua vez estava louco de raiva:

 

- Imprestáveis, estão paralisados de medo. Vou ensiná-los a lutar de verdade. – encarnou em seu ser um exército de um homem só, e correu de encontro a Henry, dilacerando um bruxo e um caçador de seu grupo no meio do caminho, culpando-os por covardia.

 

 


Joan rastejava-se com muita dor, de encontro ao seu irmão. Felps apressou-se a ajudá-la e curou o ferimento em suas costas.

 

Henry, em posição defensiva, aproveitou-se da vantagem obtida pelo medo inimigo e perguntou a minha tia:

 

- Joan, Isabelle morreu, não é mesmo?

- Sim, meu Rei. Porém, Godfrey está vivo e a salvo. Como sabe disso?

- Isabelle veio me buscar... Cuide de Godfrey por mim. – Henry tomou a Poção de Fúria Selvagem e correu de encontro a Sigebert, que bradava seu machado. Ainda gritou enquanto corria: - SAÚDEM SUA NOVA RAINHA!

 

Um grandioso grito de urra se fez presente entre os parcos sobreviventes do grupo de Henry, que saudavam sua nova Rainha: Joan, a Mercenária de Brynhildr.

 

 


A batalha ainda não havia acabado. Homens e mulheres lutavam. De um lado, Sigebert e Frenhild com um cambaleante grupo, e do lado oposto, Henry e Joan, também com um grupo a beira do esgotamento.

 

Soldados tropeçavam em corpos que já começavam a se decompor. Joan havia caído em cima a uma barriga dilacerada de um bardo morto, que ainda tinha os dedos grudados as cordas de seu violino. Felps movia-se quase em câmera lenta, tirando proveito de todo terreno possível, usando corpos mortos como cobertura.

 

Um duelo mortal formou uma mini-arena em meio a tanta destruição. Henry trocava furiosos golpes contra Sigebert, e pesadas faíscas saíam do tilintar de suas armas. A força e a velocidade dos golpes eram tamanhas, que nenhum outro soldado inferior quis tomar parte da luta. Ambos atacaram e contra-atacaram um ao outro, em uma sucessão quase infinita de golpes. Frenhild tentou alcançar seu par, mas se via perseguida por Joan.

 

De repente meu pai começou a sentir-se mal. Sua visão, quase turva, só lhe possibilitava trocar golpes na base do reflexo. Devido a Poção de Fúria Selvagem as toxinas dizimavam o seu corpo. Escutou minha mãe lhe chamando ao ouvido.

 

Em poucos segundos, pensou em sua vida. Pensou nos seus falecidos pais e no castelo que foi criado, nos antigos tempos de caçadas, e nas grandes batalhas que havia travado na vida. Viu-se ao lado de Isabelle ainda quando era jovem, e sentiu uma enorme culpa por ter-la abandonado. Teria sido tudo diferente se fosse contra a opinião dos finados patriarcas de seu clã...

 

Perdeu momentaneamente o controle de suas mãos. Sigebert aproveitou sua guarda baixa e o golpeou, cortando-lhe profundamente as costas. Meu pai gritou e se dobrou ao chão.

 

- ACABOU, HENRY! – Sigebert ergueu seu machado acima de suas costas.

 

O inexperiente Templário do grupo de meu pai viu a cena.

 

- SALVE O REI! REDENÇÃO!

 

Conjurou Redenção em meu pai e morreu quase instantaneamente, murmurando em seu gemido “... até a morte Ibelins...”.

 

Sigebert, ansioso por ver o resultado do golpe olhou para o meu pai, pensando que havia partido seu corpo em dois. Henry desfechou seu ultimo golpe, revidando instantaneamente ao ataque barrado pela Redenção. Acertou as costelas de Sigebert, quebrando-lhe alguns ossos de seu corpo e destruindo sua armadura:

 

- ACABOU, SIGEBERT!

 

Henry cambaleou. A sala do trono já estava quase vazia... Frenhild, que havia ferido Joan no braço em seu ultimo ato, correu até Sigebert e arrastou seu corpo para a ante-sala, a fim de reorganizar um ultimo contra ataque com o restante diminuto de seus soldados. Ela já sabia que o Rei estava morrendo.

 

Meu pai chorava. Pedia desculpas aos céus e implorava por perdão após tantas perdas. Gritava o meu nome, e se arrependia por não ter convivido comigo. Enquanto vagava pela sala, sentindo as complicações das toxinas, um templário inimigo o agarrou pelo colarinho...

 

-Morra! CRUX MAG...

 

Felps não deixaria aquilo acontecer. Estava em seu espírito, e seu ataque foi um processo quase mecanizado em sua alma. Morreria se fosse preciso, para defender meu pai. Foi tudo muito rápido. Joan tentou adverti-lo, mas já era tarde:

 

- Felps, o Templário está com Escudo Reflet... NÃOOOOOO!

 

- PUNHO SUPREMO DE AZURA!

 

Felps caiu de volta ao mesmo lugar de onde tinha partido para o ataque sem o seu braço, mas cumpriu sua missão pessoal. Não demonstrou arrependimento e mesmo morrendo, em tom de brincadeira virou-se pra Joan e disse:

 

- Minha linda. Olha a dro... ga que eu fiz... eu não serviria como Rei. Eu... faço arte... demais... Amo-te para todo o sempre... – Expirou, com uma lagrima em seu rosto e morreu...

 

Joan batia furiosamente em seu corpo e chorava muito:

 

- Felps! Idiota! Como vou viver sem ti? Acorde! Viva... Acorde!

 

 


O sacerdote do grupo olhou para Henry, que estava sentado em seu trono com a cabeça tombado para o lado, com os olhos ainda abertos.

 

- Eu... Não sou mais o Rei... Joan agora é a... Rainha de vocês. Protejam-na a todo custo... Vejo vocês... Em Valhala... Cuidem de meu filho... – Tirou sua coroa. Estava morto.

 

Sete soldados, sete únicos soldados sobreviventes assistiram meu pai exalar seu ultimo suspiro. Joan, que carregava o corpo de Felps, chorava ao pegar a coroa:

 

- Meu irmão amado e meu noivo! Pra vocês, o que Brynhildr vale? O que o clã vale? – Joan estava desconsolada.

 

O sacerdote pegou o corpo de meu pai e disse:

 

- Minha Rainha, temos que sair, em breve Frenhild retornará a esta sala com o restante de suas tropas...

 


Frenhild caminhava por uma sala do trono tingido de vermelho-sangue. Sigebert, embora gravemente ferido, sobreviveu ao ataque de meu pai, e já estava recebendo o devido socorro.

 

A megera mancava, com vários ferimentos em seu corpo, mas se sentia, enfim, realizada. Era a mais nova força de Prontera. Já não tinha mais opositores à altura. Reparou que Henry já não estava mais nos aposentos, mas deduziu que o Rei morreu miseravelmente, já que havia passado tempo suficiente para que o seu veneno corroesse o interior de seu corpo.

 

Fez uma pilha de cadáveres na ante-sala, e ordenou que perseguissem o restante dos inimigos em fuga ao portão principal.

 

- Agora, uma nova ordem senhorial começa! – Disse por fim...

 

 


O sacerdote dava agilidade e benção aos soldados remanescentes, mas viu que não daria tempo de minha tia fugir a tempo. Parou de correr e entregou o corpo de meu pai a Joan:

 

- Rainha, viva para guerrear outro dia, e faça valer à pena o nosso sacrifício. Corra. Iremos cobrir a senhora!

 

Joan sabia que este era o ultimo ato do clã naquele castelo. Olhou para o sacerdote e perguntou:

 

- Qual o seu nome, sacerdote?

 

- Summon, minha Rainha! ​- E deu agilidade a Joan.

 

Correu, e viu estes sete soldados restantes do grupo de meu pai mergulharem para seu próprio Armageddon. Sete soldados contra trinta soldados inimigos. Minha tia conseguiu sair do castelo, sabendo do destino deles. Este era o preço do clã para eles: o sacrifício de suas vidas.

 

 

(Continua...)

Editado por Godfrey de Ibelin
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Capítulo 11: O Enterro.

 

 

 

Havia um pequeno filete de sangue em cada pegada de Joan. Passos pesados, lentos, ritmavam sua tristeza e desespero. Minha tia, pela primeira vez, sentiu medo e pessimismo em relação ao futuro. Em cada um de seus ombros, jaziam os homens de sua vida: Henry, meu pai, que morreu bravamente como Rei e entregou sua coroa para ela, e Felps, que honrou a grande força dos monges ao se entregar de corpo e alma no campo de batalha. De seu corpo, o braço esquerdo e a vida já haviam lhe abandonado. Meu pai estava com varias manchas pretas e roxas pelo corpo, obra das fortes toxinas que deterioraram seus órgãos vitais, uma morte lenta, dolorosa e cruel.

 

Minha tia, minha corajosa tia... A pessoa que ao mesmo tempo amei e odiei. Amei pelos ensinamentos prestados no exílio, que eu estava prestes a conhecer. Odiei pelas penúrias de seu treinamento e pela sua frieza excessiva. Mas quem não se tornaria frio com o mundo caindo em sua cabeça? Quem não se tornaria pessimista vendo que toda a solidez de sua vida, em uma simples tarde, se desmancharia no ar? Este também foi o meu caso, e algo me uniu a minha tia: a desolação.

 

Joan, desde o ultimo sacrifício dos Ibelins, havia cambaleado por 12 horas seguidas até avistar os portões da Abadia de Santa Capitolina. Logo após a saída de Brynhildr, seus pensamentos alcançavam os mais absurdos devaneios. Seu rosto, durante a mais longa marcha de sua vida, estava banhado de lágrimas. O corpo, coberto de ferimentos, parecia ter sido atacado por violentas picadas da Abelha Rainha. Ao iniciar seus dolorosos passos, viu seu pingente brilhando em dourado, ao qual era possível perceber que era uma das únicas integrantes e a lider dos "Guerreiros de Ibelin". Havia apenas um único nome pertencente também ao moribundo clã: Frenhild.

 

Frenhild ainda não era Rainha, e isso dava a Joan pistas de sua existência. Enquanto estivesse com o pingente brilhando em dourado, ainda compartilharia de informações pertinentes aos últimos membros vivos do clã. Sua vontade abrasiva era de gritar “Chamado Urgente”, se teleportar para o lado de Frenhild e executar seu ultimo ajuste de contas. Porém não podia executar este ato: Estava fora de seu castelo, e excedeu sua resistência bem além do limite de suas forças.

 

Com a visão turva, Joan tomou uma dolorosa, mas decisiva ação. Pegou o pingente e, com o salto de sua bota, quebrou o valioso amuleto. Desta forma, estaria supostamente morta para Frenhild e por conseguinte, estaria também salvando a minha vida.

 

 


Frenhild ainda observava os últimos centeios pertencentes aos inimigos reminiscentes do clã “Guerreiros de Ibelin”. Um a um, viu que cada relação de pingentes extinguia seu brilho, dando um claro sinal de que os últimos defensores de meu pai morriam na peleja. Ao tocar o pingente, sentiu um sacerdote efetuando defesas que aos poucos se tornariam irrelevantes. Apenas um único pingente brilhou por poucos minutos. Estava claro que Joan ainda era a Rainha e que estava à beira da morte. Após alguns minutos, seu próprio pingente brilhou em tom dourado. Estava feito. Joan, na visão da maquiavélica usurpadora, possivelmente foi trucidada. Agora Frenhild era, de uma vez por todas, a nova Rainha.

 

Um sorriso maquiavélico tomou conta de seu rosto. De encontro a Sigebert, que se contorcia de dor devido aos graves ferimentos, bradou com extrema alegria.

 

- Pronto meu amor! Temos dois castelos e neste exato momento anexo este maldito clã ao “Flagelo dos Deuses”.

 

Sigebert, ao ouvir tais palavras, anestesiou brevemente suas dores com um breve entusiasmo:

 

- Me diga qual será seu primeiro ato “Majestade”?

 

Frenhild riu deliciosamente e disse com determinação:

 

- Quero mover parte de nosso exército contra Comodo. Quero que passem a fio da espada cada descendente do clã de Herm.

 

- Seu desejo é uma ordem, meu amor... – Sigebert sorriu de orelha a orelha, mudando a expressão imediatamente, lembrando-se de suas costelas quebradas.

 

 


Joan foi avistada pela madre da Abadia de Santa Capitolina. A madre não parecia em nada com uma monja: era rechonchuda, idosa e desajeitada, mas de um grande coração. Havia cuidado de Felps como se fosse um verdadeiro filho, ensinando tudo o que estivera ao seu alcance. Magbeth era seu nome.

 

Minha tia desmaiou, extenuada após um martírio ao qual se prestou durante toda a madrugada. Em queda, os corpos que havia carregado foram lançados ao chão. Joan estava com suas vestes rasgadas, com ferimentos dolorosos, e seus pés estavam severamente machucados, devido à sobrecarga de peso.

 

Magbeth, ao prestar-lhe socorro, entrou em desesperoao ver o estado de Felps e foi acudida pelos noviços aspirantes a monges, que não tardou em correr de encontro aos gritos da velha madre.

 

Poucos minutos depois, Magbeth se refez de seu próprio desmaio, e foi inquirir Joan, chorando copiosamente pelo destino trágico de seu filho adotivo. Secou seus olhos e perguntou a minha tia sobre o que aconteceu no dia anterior:

 

- Minha filha... O que aconteceu? Explica-me o que aconteceu...

Joan, que estava em uma maca, parcialmente despida, recebendo cura dos noviços, esboçou uma resposta:

 

- Magbeth... Minha sogra... Foi... Horrível. Eu perdi meu irmão e meu noivo... Centenas de corpos... Eu não queria... Perdoe-me...

 

Joan começou a soluçar e abraçou com força a velha madre. Respirou após incontido choro, e explicou resumidamente o que aconteceu, desde os planos de Frenhild, até o colapso do clã.

 

Magbeth amparou Joan. Minha tia perguntou por mim:

 

- E meu sobrinho? Como ele está?

- Esta dormindo faz um bom tempo. Depois de tanto chorar, adormeceu. Sua alma esta quebrada em vários pedaços. Ele perdeu muitas pessoas importantes para a vida dele e logo estará compreendendo a amplitude de suas perdas. O que será dele, minha Rainha?

Joan, que ainda não havia pensado nisso, respondeu:

 

- Madre, já não sou mais a Rainha. Eu consegui despistar a minha existência quebrando meu único elo com o clã. Godfrey estará protegido por enquanto. Ensinarei tudo que estiver ao meu alcance antes dele ir para o Campo de Aprendizes. Agora terá que ser somente ele e eu lá fora...

 

 


Na tarde daquele mesmo dia, eu havia acordado. Sai do modesto quarto e corri de encontro a minha mãe. Não a encontrei. Perguntei pelo meu avô, e lembrei-me de uma flechada no coração dele. Não escutaria mais as alegres risadas de minha madrinha. Estava sozinho no mundo.

 

Joan me olhava em tom de tristeza e ficou calada. Sabia que eu estava reconhecendo as minhas perdas e não sabia como lidar com isso. Andei ao seu encontro:

 

- Eu... Não encontro minha família... Quero minha mamãe de volta...

 

Joan sentiu uma forte dor na alma ao escutar o que eu disse. Pegou-me na mão e tentou explicar:

 

- Godfrey, me escuta. Eu sou sua tia, irmã de seu pai. Eu tentei salvar todos os seus amados e falhei nesta missão. Eu quero lhe explicar com calma tudo o que aconteceu. Garanto-lhe que a sua mamãe esta descansando em um lugar muito bonito ao lado de seu vovô e de sua madrinha. Um dia, você voltará a ver todo mundo, inclusive seu pai. Quero que conte comigo a partir de agora...

Obviamente, entendi a partir daquele momento, o que aconteceu. O chão desmoronou abaixo de meus pés, e senti um grande abismo me engolindo. 6 anos de idade, 6 anos de minha vida jogado ao lixo por causa da ambição de uma víbora. Lagrimas desciam a minha face. Joan me pegou no colo.

 

 


Ao fim daquela tarde, uma dolorosa e triste cerimônia acompanhava dois caixões simples ate o fundo da Abadia de Santa Capitolina. Joan prestava as ultimas homenagens ao meu pai, e beijava levemente os lábios de Felps, que se encaminhava ao seu descanso final.

 

O enterro durou poucos minutos. Compreendi quem era meu pai pela primeira vez, e o culpava por muita coisa. Ainda assim, admoestava sua postura heróica em suas ultimas horas. Henry nada mais foi do que um homem de seu tempo e de sua posição social, que cometeu erros crassos, mas que ainda assim, tentou conserta-los da melhor forma.

 

Joan falava com Magbeth em tom de despedida:

 

- Minha madre. Não sei nem como lhe dirigir a palavra,sinto vergonha...

- Shh! – Fez sinal com os lábios. – Joan, garanto-lhe que Felps conheceu a mulher da vida dele, e que te esperará até o fim dos dias, até o Ragnarok... Ficarei de guarda em seu túmulo esperando meu destino se concretizar. Já estou velha e logo estarei partindo...

Joan suspirou e deu um longo abraço na velha monja, que continuou:

- O que irá fazer agora?

Joan respondeu firmemente:

- Levarei o Godfrey para conhecer todos os cantos deste reino. O mínimo que eu posso fazer é lhe ensinar as minhas táticas de luta para que possamos reintegrar tudo o que nos foi usurpado.

- Falou como uma verdadeira Ibelin, Joan. Rezarei por cada passo seu. Tenho certeza que este garotinho será uma importante pessoa, um dia...

Entregou a mochila de campanha a Joan, que pegou em minha mão. Partimos sem olhar pra trás...

 

 

 

 

(Continua...)

Editado por Godfrey de Ibelin
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Galera, próximo capítulo até amanhã! Tive alguns probleminhas de conexão nos dois últimos dias... Estão gostando da fanfic?

Editado por Godfrey de Ibelin
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Malz ae, cara, mas saiba que quando eu não responder é porque eu ainda não tive tempo de ler ou de terminar de ler. Eu nunca vou ficar sem comentar.

 

Quanto sangue... e braços, pernas, vísceras e dilacerações...

 

E agora quase o "bonde todo" morreu... Tem certeza que o Godfrey sobrevive pra contar a história? Sei lá, pode ser algo tipo memórias póstumas...

 

Nossa, eu teria chamado o recall e descido a facada na arruaceira.

 

E agora a jornada de Godfrey começa!

 

Gostei de ver sua evolução nesses dois últimos capítulos. Aquele erro de vírgula desapareceu completamente. =D

 

Espero poder ler o próximo capítulo amanhã, mas caso não, saiba que eu o lerei depois e não deixarei de comentar. ;D

Bem-vindos ao tópico da semana e espero que estejam preparados para uma grande novidade.
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  • 2 months later...
  • 11 months later...

Estou de volta à ativa!

 

Passei por um tempo parado (1 ano :( - término de faculdade e inicio de namoro), mas tenho capítulos novos para enviar!

 

Alguém aqui tem acompanhado a leitura da minha fic?

 

Saudações pessoal! A seguir, capítulo 12!

Editado por Godfrey de Ibelin
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Capítulo 12: O Exílio – Parte 1.

 

Anoiteceu. Estávamos a meio caminho de Prontera e não tínhamos pressa alguma. Pela primeira vez comecei a perceber que Joan era realmente de minha família. Embora estivesse deprimida e triste, ainda apresentava em suas feições a força e a impetuosidade de um membro da família Ibelin. Seu rosto belamente esculpido enganaria qualquer cavaleiro que ousasse exceder em suas condolências. Suas feições, esculpidas com o tempo a tornaram uma bela e letal guerreira. De suas memórias, Joan se rendeu apenas aos gracejos de Felps, e cada lembrança dele lhe doía profundamente à alma, que buscava a felicidade no amor de uma pessoa que se foi tragicamente.

 

Fizemos uma fogueira. Ficamos em silencio por um bom tempo. Eu não sabia o que falar, e não tinha vontade nenhuma de viver, de sentir o terrível presente. Minha tia pouco se aprestaria a isso, se não fosse o fato de eu estar vivo. Eu sentia uma raiva surda de tudo o que aconteceu. Queria gritar, esmurrar, quebrar alguma coisa, qualquer coisa. Joan percebeu minha justificada revolta e quebrou o silencio:

 

- Godfrey, gostaria de ter voltado no tempo, mas isso não justificaria tudo o que aconteceu agora... O máximo que poderemos fazer é fazer cada um de nossos inimigos pagar pelo que fez...

Irado, apontei o dedo pra minha tia e falei:

 

- Engraçado você falar isso agora! Minha família morreu e tudo foi culpa de nosso “Grande Rei”! Onde ele estava quando minha mamãe mais precisou dele? Cadê o papai que eu esperei todos os dias abrir a porta da minha casa? Eu nem conheci meu papai... Poxa... Que droga de vid...

Comecei a chorar. Joan foi simples e dura:

 

- Eu também perdi pessoas queridas e isso não lhe torna melhor ou pior do que eu. Pode não parecer, mas eu sou sua tia e estou a seu lado para lhe proteger de todo mal que possa acontecer a partir de agora. Quero que represe esta raiva para pensar no que falou. Precisaremos muito um do outro agora...

Levantou-se e retirou-se para a escuridão. Para mim, em um primeiro momento, não faria diferença alguma o que ela me disse: eu queria morrer, queria ver minha mãe, meu avô, minha madrinha. Fiquei em meus pensamentos por um bom tempo e, cansado, dormi. De um pesadelo, acordei em pouco tempo. Vi que estava sozinho, e o som dos yoyos em caça noturna começaram a me assustar.

 

Procurei pela minha tia. Eu mal sabia o nome dela ainda. Andei uns cinqüenta metros para além da fogueira, em seus últimos centeios, e vi a sombra de minha tia. Corri até ela e percebi o que estava acontecendo: suas katares estavam encravadas em uma arvore que ela derrubou a golpes, com as mãos todas machucadas e com o corpo extenuado. Estava estendida ao chão, com um choro silencioso e com o rosto cheio de lágrimas.

 

- Titia, me desculpa titia. Eu não a conheço direito. Desculpa-me titia... – Balancei o corpo dela, que pesadamente se entregou ao cansaço. Olhou para mim e falou baixinho:

 

- Você esta certo meu pequeno. A culpa foi toda minha... – Começou a soluçar – Se eu tivesse sido dez minutos mais rápida nas ações, se eu tivesse me atentado mais a família, se eu não tivesse feito o que eu fiz no passado...

 

Peguei na mão dela:

 

- Não conheço a senhora, mas sei que está sofrendo também. Levanta, vai? Temos que fazer alguma coisa...

Tirei a mochila e dei-lhe um agasalho. Retirei as botas dela e ela me deu um cobertor. Joan me falou:

 

- Devemos dormir. Amanhã começaremos a agir bem cedo... – Parecia melhor, embora a voz estivesse embargada em uma inebriante tristeza.

 

 


Munidos com uma longa capa e capuz, adentramos em Prontera um pouco após o amanhecer. Começamos a agir de acordo com uma idéia estranha, porém sensata de minha tia:

 

- Vou lhe ensinar uma primeira lição: No exílio, o ultimo lugar que um inimigo irá nos procurar será embaixo do próprio nariz deles. Essas roupas não entregam o nosso rosto ou as nossas feições físicas se formos discretos. Portanto, não faça nada que chame a atenção, entendeu?

Fiz um “sim” com a cabeça. Chegamos ao mural da cidade, ao mesmo tempo em que as primeiras lojas abriam. Vimos que ainda não havia sido atualizado.

 

De repente, um dos membros da cavalaria de Prontera veio correndo com seu peco de encontro ao seu Sargento. Estávamos posicionados a poucos metros deles:

 

- Senhor, precisa ver isso!

Fiquei na taverna enquanto Joan foi averiguar o ocorrido. Chegando ao Feudo, já havia uma quantidade imensa de pessoas horrorizadas com a visão infernal a sua frente...

 

Do portão de Brynhildr, jaziam enforcados os últimos defensores dos Ibelin. Joan reparou em Summon e os demais defensores que esteve com ela três dias antes e percebeu marcas brutais em cada corpo dependurado.

 

Já na parte oeste do castelo, haviam vários corpos mutilados espetados em estacas. Via-se claramente que os infelizes que tiveram terrível destino pertenciam ao clã de Herm. Essa cena chocante provocou desmaios e horror aos curiosos presentes. Prontera nunca mais seria a mesma com tal cena vista.

 

Ao topo do castelo, Joan viu tremular a bandeira do clã “Flagelo dos Deuses”.

 

- “Então a megera vai se casar?”. Joan logo imaginou.

 

Houve intensa discussão entre a Cavalaria de Prontera sobre o que fazer com tais crimes. Aos poucos, souberam do que aconteceu: O falecido Rei Henry havia morrido após uma breve batalha. Dentre os fatos escutados por Joan, houve muita mentira e especulação: Um dos capitães de Sigebert havia informado que a Rainha corria risco de vida, pois o Rei havia enlouquecido e tentou atacar com os seus fiéis companheiros e aliados para se tornar único no trono. Sigebert viu o risco iminente que a Rainha corria e foi ao socorro dela.

 

Durante a semana, houve julgamentos públicos, com presença de falsos testemunhos, possivelmente comprados a alguns milhares de zenys por Frenhild. Discutiram sobre a saúde mental de meu pai, sobre as agressões presentes no corpo da Rainha, e sobre os corpos exibidos nos parapeitos do castelo. Joan sentia-se enojada e estava louca de vontade em subir ao palanque para matar a maléfica Rainha. Olhou para mim e manteve-se no anonimato, pois ela sabia que estava sendo procurada a um bom tempo por assassinato e a Rainha, enfim, achava que ela tinha morrido.

 

Quanto a isso, ocorreu um fato engraçado: Frenhild exigia o resgate de recompensa por ter matado a minha tia em combate, já que Joan estava sendo procurada viva ou morta devido as ações realizadas em um passado distante. Dez milhões de zenys seria uma fantástica quantia a esta altura do campeonato...

 

- E o que tem pra provar o assassinato de Joan? – Perguntou um dos juízes a mando de Tristam II.

 

- Basta ver meu antigo pingente, que pertencia a meu amado clã dos Ibelins. Todos os membros têm seu brilho apagado com os dizeres: Morto em Ação... Que descansem no Valhala...

Joan teve uma crise de riso raivoso e se controlou. Até o antigo pingente ela falsificou...

 

Uma semana depois, Frenhild recebeu sua recompensa. O caso dos corpos foram arquivados com os dizeres “Caso encerrado: Sobre as ações de vândalos ao mando do saltimbanco Herm” e “Caso encerrado: Sobre a queda dos Ibelin e a morte de seus membros”.

 

 


Passou algum tempo, pelo menos o mínimo de tempo até que a poeira baixasse um pouco. Joan procurou sondar o máximo de informações possíveis a respeito do “Flagelo dos Deuses”. Soube de um grande ataque de Cavaleiros em Comodo, com vários corpos enterrados em valas comuns e escravizações de membros da antiga família de Herm. O serviço sujo foi feito.

 

Soube também de uma grande onda de soldados aliados se alistando ao “Flagelo dos Deuses”, muitos vindos de Morroc, com os mais variados graus de parentesco por parte de Frenhild. Sigebert viu que não conseguiria acomodar tantos membros em um clã só e entregou a seu irmão mais novo uma pedra de Emperium. Shilderik agora se tornaria líder do castelo Hrist e aliado de seu irmão. Para simbolizar o novo ato de vassalagem, foi realizada uma grande cerimônia na Igreja de Prontera. Um grande casamento duplo, de Frenhild e Sigebert, e de Shilderik e Gonilda, irmã de Frenhild.

 

Gonilda era tão bela quanto um bafomé irritado depois de tomar uma surra, e Shilderic só tomou tal ato com uma pessoa de aparência tão horrível por ser tão ambicioso quanto seu irmão mais velho. Logo ele se cansaria desta mulher.

 

Shilderic também era uma pessoa controversa. Era bem versado em varias línguas de Rune-Midgarg, e se orgulhava de seu harém repleto de odaliscas. Por mais que escutasse sobre o erro da luxuria, ainda assim não via problema algum em tais excessos. Gostava de ser opulento, de se ver acima de qualquer mortal, e dizia-se ser descendente direto de Thor. Ele era um nobre devotado à destruição e as bebidas. Tinha uma mente bem estruturada e perversa. Por vezes já foi visto em alguma situação que repercutisse diretamente em seu irmão. Sigebert lhe concedeu a vassalagem com a esperança de ganhar mais força. Com esta brecha, Shilderik aumentou a fidelidade de sua própria tropa oferecendo diversos presentes, pois já antevia uma situação favorável para um possível regicídio em um futuro próximo.

 

Só faltaria um estopim. Sigebert havia conquistado todo o feudo em semanas, e gozava de uma superioridade invejável. Até o Rei Tristam II o respeitava. Poucos meses depois porém, Hrist presenciou em suas paredes uma cena de completa infâmia. Shilderik nunca escondeu seu amor por uma odalisca de Comodo, chamada Brunilda. Brunilda tinha uma origem obscura e sempre procurou subir seus degraus de forma ambiciosa e inconseqüente. Gonilda, ao adentrar em seus aposentos, sentiu seu ar se esvair: estava sendo enforcada por um Chicote de Cenoura, segurado pelas belas mãos de Brunilda. Sentiu um objeto perfurante lhe pungir em diversos golpes. Com tremenda dor, viu com seus olhos em lagrimas uma ultima visão:

 

- Não é nada pessoal meu “amor”. Agora quem será o grande líder deste clã sou eu, e eu preciso limpar todo o lixo pelo caminho. Seu azar foi ter sido a primeira... – Em suas mãos, Shilderic segurava uma Adaga ensangüentada.

 

Invisível e escondida, minha tia observava todo o ocorrido.

 

 


Sigebert recebeu uma declaração de guerra de seu irmão mais novo. Frenhild estava enlouquecendo de raiva e rancor: sua irmã mais nova foi morta nas mais terríveis condições. Queria fazer justiça com as próprias mãos e mal poderia esperar pela próxima guerra do Emperium. Sigebert, por sua vez, se sentiu ultrajado e estava louco para castigar o seu irmão. Assim, Prontera dava adeus aos tempos de estabilidade e segurança.

 

O Rei Tristam II recebeu uma copia da declaração de guerra entre as partes por um juiz de seu gabinete, e por medida de segurança instituiu o toque de recolher as 21:00 horas. Não queria comprometer a Cavalaria de Prontera em um assunto doméstico, e ordenou qualquer prisão após o horário instituído para evitar assassinatos e bandidagem. Não seria suficiente: a instabilidade alcançou outros feudos, outras cidades.

 

Joan e eu assistimos a tudo e, após seis meses em Prontera, resolvemos sair da cidade. Nenhum lugar mais era seguro, mas pelo menos esqueceram de nossa existência...

 

 

(Continua...)

Editado por Godfrey de Ibelin
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