Prologo da Lua Sombria Oº

[Zeroh]

O sol despontava a leste de Runi Midigard, o vento soprava, leve como o prelúdio de uma tempestade, na extensa planície um cenário pouco comum naqueles dias de paz podia ser visto a distancia.

Corpos muitos corpos, não só o de guerreiros, os de mulheres e crianças também podiam ser vistas ali, o gramado manchado de sangue tornava a visão terrível, o cheiro de morte podia ser sentido a quilômetros.

O silencio era interrompido pelo brandir das espadas que se chocavam, ataque após ataque cada vês com menos velocidade e com mais fúria.

A batalha havia durado muito tempo, no campo de batalha tomado pela névoa que ainda persistia da madrugada era possível ver a sombra de três guerreiros lutando, uma seqüência de ataque desferida por dois dos combatentes destruía tudo o que tocava, arvores, rochas, o chão, tudo menos o verdadeiro alvo que com uma  inigualável esquiva e com bloqueios precisos, zombava e indiferente contra-atacava com combos que os arremessava para longe.

-         Não percebem, é inútil continuar o combate, todos cairão não resta nada de seu pequeno vilarejo.

-         A Lenda do Moon Shadow termina aqui e agora!

E em um momento de descuido ao observar as palavras vindas do homem que empunhava a temida espada amaldiçoada Telefing, um golpe acerta em cheio o Cavaleiro que é arremessado para traz, com a armadura despedaçada ele cai, a visão turva somente observa o amigo com uma expressão de desespero, e a gargalhada diabólica de quem derrubava mais um como tantos outros guerreiros que já tinhão tombado diante dele.

-         Vê caro Byung!  

-         Todo um povo sofrendo por sua culpa, o seu amado clan reduzido a corpos sem vida, simplesmente por que você resolveu intervir nos meus planos. Agora só resta você!

O homem de longos cabelos nefros e olhos avermelhados ergue o Impérium na direção  do sol que a aquela hora já estava forte nos céus de Runi Midigard, ele então a joga para o alto e com um feroz ataque a golpeia, o golpe desencadeia um deslocamento de ar que acerta o Monje e o arremessa para traz. O Golpe causa um ferimento profundo no ombro do Monje que agora já não poderia usar um dos braços, a hemorragia e o cansaço tornavam sua visão turva e quase desfalecendo ele escuta algo que o chama a atenção:

-         Pai...

-         Paaaaai

A voz infantil vinha do campo de batalha, um garoto de cabelos dourados, olhos negos e a feição que mais parecia a de uma garotinha, gritava em direção ao monje que agora se encontrava de joelhos.

O garoto seca as lagrimas, da um suspiro profundo como se tomasse coragem pega uma espada e a levanta com certa dificuldade, olha em direção ao Agressor e cambaleando, desequilibrado corre em direção ao ponto da luta.

-         Hahahaha...

-         O Grande Byung tem um filhinho, que fofo !

-         Veja seu Monje de merda, antes de acabar de vez com sua existência insignificante eu vou dar cabo do seu filho. E com um golpe que não vai deixar nenhum vestígio da existência desse muleque.

A criança corria em direção ao Agressor, o Monje somente observa sem forças para reagir, o Agressor dando gargalhadas posiciona-se para dar o golpe que daria fim a vida do garoto.

No estante seguinte um enorme estrondo é ouvido em toda a Runi Midigard, no campo de batalha um enorme clarão cobre, uma grande quantidade de energia é desencadeada formando uma enorme redoma, nada podia ser visto por fora, o garoto que antes corria em direção ao Agressor de seu pai agora estava caído desacordado. Um enorme silencio se seguiu.

 

Continua ...