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Fantic - Verdade.


^^aizen^^

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Nome da Fantic: Verdade.Autor da Fantic: Helder Conceição.Personagens Principais: Zulu, Escritor Desconhecido.Categoria: Drama.Sinopse: A Fantic conta a história do jovem Zulu. Mercador que desenvolve-se como soberano em uma sociedade corrupta e devastada pela maldada humana. Traz no decorrer de cada capitulo a perspectiva do personagem que conta a história. Traduzindo os sentimentos de Zulu, porém, claro em sua perspectiva, talvez distante dos reais sentimentos de Zulu. As sensações e vontades do personagem principal serão retratados de modo crú para que o leitor tenha o papel fundamental de tradução de tais características. A intenção é trabalhar as concepções individuais do leitor, sendo o personagem um mero direcionador de tais questionamentos. Será um total de 6 capitulos. Espero que gostem =D ________________________________________________________________________________________

 

Trago até vocês o retrato dos contos ouvidos nas esquinas dos becos inabitáveis. Poderia ocorrer em qualquer cidade, em qualquer época, em qualquer momento, por isso, tais dados não são relevantes. O que trago a vocês é a tradução escrita do que é oralmente passado, ou melhor, do que é oralmente alertado. Ensinando aos pobres, aos excluídos a verdade não dita pelos oradores da igreja, pelas representações do Estado ou pelos recrutadores que travestem a morte em honra e glória. A verdade é mais simples e pura do que nos passam. Zulu, descobriu isto na pele. Sua história é passada de mãe a filho, de amigo a amigo. Para que o povo jamais seja enganado, para que o povo jamais seja envenenado pelas falsas verdades do mundo.

 

 "Tombadas as insustentáveis mentiras, não havia mais porque ou do quê fugir. O que restava era o  presente, nada mais. Deleita-se com a promessa de um futuro incerto, mas afinal, qual não o seria?  Realidades vividas, sentidas em busca da imensurável necessidade do viver apenas e nada além. Haveria  algo além?"

 

                                                                                    Capitulo 1. O ver.

 

  Zulu Autus, assim foi registrado o jovem mercador de Alberta conhecido por "VenhaDiabo". Poucos sabem  ou recordam-se do porque de assim ser chamado. Quando criança sempre que brigava com seus colegas de  rua era assim que os ameaçava. -Venha diabo. Dizia ele. Zulu tinha medo das pessoas. Medo do jeito que a agua se movia, como se estivesse preparando-se para  sugar toda Alberta engolinido-a por inteiro de uma só vez. Medo dos Rockers, dos gelationosos porings  além da grande maioria da fauna de Rune Midgard. Mas Zulu tinha ódio. Um inexplicável e incontrolável  sentimento de raiva o tomava sempre que se sentia ameaçado. Era está sua força. Na maioria das vezes  fatídicamente levava-o ao fracasso. Não havia como não o ser. Ignorando determinados alertas do  ambiente de conflito, VenhaDiabo simplesmente avançava contra seus colegas, contra os rockers, os  porings além da grande maioria da fauna de Rune Midgard. Nestes momentos, Zulu não tinha medo, pois  Zulu desabitava seu corpo, dando lutar ao VenhaDiabo, aquele incontrolável alter-ego que muito  apanhava, porém, não recuava. Os machucados no final das batalhas, o fazia pergunta-se se valia a pena  tanto sofrimento. Não obtinha resposta. Não obteve até hoje.  Enquanto caminhava sentido a praça central de alberta após capturar algumas raizes dos salgueiros,  surge em seu caminho uma pequena armada de mercenários, devidamente formados e no centro, um ferreiro,  montado em um animal desconhecido para ele até então. Aquele ferreiro, transparecia respeito. Assim  como vinham, se foram. Aquele momento durou apenas alguns segundos em seus olhos, mas marcou para  sempre a vida e a mente daquele jovem mercador. Ele seria um ferreiro. Talvez não o mais nobre, talvez  não o mais rico, mas seria como aquele, rodeado de protetores, rodeado de respeito. As raizes talvez não o transformassem no que buscava a partir daquele momento o jovem ZUlu, mas  certamente matariam sua fome se fossem vendidas. Continuou então sua caminhada para o centro da cidade.  Afinal, saco vazio não permanece em pé, tão pouco adquire respeito.

  - Jovens, porque se questionam? Aventuras e Glória lhes aguardam! O Eden recruta jovens para seu  exército auxíliar! Venham, alistem-se!

  Talvez fosse este o seu caminho, se mais ignorante fosse, pensou. Servir a meia dúzia de magnatas que  por poucas moedas, compravam a vida daqueles jovens que alistavam-se em fila rumo a morte. Nunca teve  pretenção de ser heroi, disso Zulu sabia. O olhar determinado daqueles garotos escondia a dura  realidade que viviam em Rune Midgard. A vida é dura quando não se nasce em lares abençoados por Sumos  Sacerdotes e brinca-se em ruas protegidas por Cavaleiros. Disto Zulu sabia bem. Desde muito cedo,  criado a própria sorte, não esperava de ninguém nada além de falsidade, ganância, traição e covardia.  Talvez, algumas migalhas. A este mundo por diversas vezes foi muito bem apresentado.  - Não é corajoso o bastante para se alistar jovem? - Ouviu. Uma mulher, devidamente trajada com a escuderia dos Cavaleiros Da Ordem de Prontera, era a dona da  voz. Olhava atentamente para Zulu.  - Não busco o que oferecem. Respondeu rapidamente o jovem mercador. - O que procuras então? - Riquesas. Coisa que seus mestres a muito acumulam guardados. Não servirei a quem me oferece apenas  agua, pão e a gelada lâmina da morte, esta realidade eu encontro diariamente nas ruas. Deixe-me em paz,  assusta meus fregueses. Disse Zulu. - Quais frequeses? Perguntou a cavaleira que olhava aos lados na tentativa de encontrar alguém que  parecesse sentir-se encomodado com a conversa que tinha com aquele jovem mercador. Não havia. - ... - Zulu se manteve calado e pôs se a recolher suas raizes, colocando-as de volta em seu carrinho. - Não há do que lamentar jovem, pouca diferença faria você nas frentes de batalha, afinal, o que um  reles mercador faria? Venderia maças ao nosso inimigo? - Disse a cavaleira, que virou as costas e foi  em direção a comitiva recrutadora do Grupo Eden, onde outros cavaleiros faziam a segurança do  recrutador. Rapidamente, em um surto de ódio, Zulu lança um punhado de suas raízes na Cavaleira.  - Como ousa? Disse a cavaleira sem ao menos olhar para trás. Sacando lentamente sua espada da cinta.  Antes de terminar a frase Zulu desenfreadamente corria em direção a cavaleira enquanto sacava seu  machado levemente enferrujado pelo tempo. Gritando freneticamente, Zulu estava em frenesi. Quando  aproximou sua espada da cavaleira, rapidamente a afiada Claymore cortou a base de seu machado,  tranformando-o apenas em um pedaço de madeira. Com a lateral da espada, a cavaleira acertou sua nuca  fazendo-o rapidamente entrar em um sono profundo decorrente da pancada. Não havia mais batalha, Zulu, assim como seu sangue que esparramava-se decorrente do corta na cabeça,  estavam no chão. 

 

 Você leitor deste relato pode agora está perguntando-se; Enquanto ao juramento dos Cavaleiros?  Incomodar um inocente trabalhador em sua hora de serviço em busca de pão não é o que faria um nobre  Cavaleiro da Ordem de Prontera. Se verdade o for tais perguntais, poderei facilmente defini-lo como um  bem nascido, um abastado de nossas cidades, distinto da realidade das ruas. Entre os inúmeros soldos de  morte e sangue derramado, uma claymore em nada se distingue de uma Katar. Juramentos são facilmente  esquecidos, o poder e o amor a sí mesmo não. Se olhares para os lados enquanto caminha pelas cidades,  poderá encontrar sorrisos e "bom-dias" porém, é nos becos e vielas onde a humanidade realmente reside.  Lá, subornos, estupros, assassinatos e sequestros são o habitual. O matar é tão facilmente escolhido  quanto o cardápio do café da manhã. Sem culpa, sem perdão. Nossa sociedade está em ruínas. O antigo  profeta nos disse; "Não deve o homem ser tão cego com o patriotismo ao ponto que não seja possível  encarar a realidade. Errado é errado, não importa quem o diz". Abra os olhos, veja, não seja um cego.

 

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                                                                                   Capitulo 2- O sentir.

"Assíduos da necessidade de pensar, todas as vigas que outrora sustentaram em suas mentes crenças oriundas do genérico elemento popular, foram destruidas. Deformadas, deram lugar a descrença, a busca pela verdade, a depressão. Seres tristes, conhecedores da real habilidade do pensar. O questionar. Limitam-se porém a armazenar o conhecimento que adquirem. Ignoraram a busca pelo compartilhar. Afinal, em suas tristes mentes, nada mais faz sentido. É tudo uma vã caminhada pela estrada do tentar. Tentar saber, tentar ver, tentar mudar, tentar viver. falhos ignorantes. Humanos. Pensam os horáculos." 

Dor, saberiamos nós descrevê-la? É apenas uma fração dela o que sente nosso jovem herói. Habituado com o aroma desagradável dos mercados de Alberta, Zulu não havia sentido até então cheiro igual. Era como cheirar a putrefação de uma grande senhora orc bem de perto. Era o cheiro da morte. Seus pulmões ardem sempre que tenta respirar. Resolve manter a respiração limitada, não quer chamar atenção indesejada até saber onde se encontra. Mantem-se com os olhos fechados, tenta localizar-se a partir do contato de sua pele com o chão do ambiente. É frio e molhado. Abre os olhos aos poucos, tentando não chamar atenção. Será que estava morto? Era o pós-vida onde se encontrava? Lamentou sua ultima ação provocada por sua raiva desenfreada. Se tivesse respirado mais um pouco, poderia agora estar comendo uma sopa no Albergue da Odalisca Alin Arti. Não era muito, mas com toda certeza, estaria muito mais agradável do que a situção na qual se encontrava naquele momento. Abre os olhos. A sua frente, um telhado. Movendo apenas a cabeça busca localizar-se no ambiente. É, era uma cela. Diferente porém da que havia ficado em Alberta a alguns anos atrás após agredir aquele "aritocratazinho" como o chamava, do Oliver Austin filho do Vendedor de Utilidades. Seus pensamentos voltam ao mundo atual e as lembranças de felicidade ao relembrar do nariz daquele jovem burguês sangrando dão lugar ao temor do futuro próximo. Afinal, o que fariam com ele? - Te.... - Zulu tentou falar, mas sua cabeça apertava como se seus miolos estivessem soltos dentro da massa crâniana. A agônia dava lugar ao total descontrole. Sua cabeça doia muito. Já não sabia se o que os seus olhos viam eram vislumbres de um pesadelo. Não era. Em breve ele saberia disso.    Zulu tenta se entregar a dor numa tentativa vã de provocar um desmaio. Falho. A dor habitua-se ao seu corpo e aos poucos sua mente volta a razão. Que lugar era aquele? - Tem alguém ai? - Ensaiou um grito, mas a voz saiu baixa. Parecia não haver. Não havia o que fazer. Resolveu dormir.

 

 TRINK. Um barulho metálico foi ouvido. Zulu acordou. Ao abrir os olhos, percebeu que algo ocorria em sua cela. Tentou levantar mas ainda não tinha forças. Camboleou e foi parar no canto contrário a porta. Ainda tonto, enxergou 3 vultos em sua frente, próximos a porta.  - Espero que ele lhe estupre e coma suas entranhas vadia. - Disse uma voz forte masculina.  - Érhh, se a chefe deixasse, fariamos nós mesmos! - Completou outra voz.  Um dos vultos é empurrado para dentro da sela. Zulu tenta enxergar algo. Ouvi alguns risos, a porta se fechando. Dorme. 

 - Você está bem? - Ouve Zulu de uma voz vinda bem próximo ao seu rosto. É uma voz feminina. É, provavelmente estava morto, pensou.  - Ei, você está bem? - Perguntou a voz novamente.  - Errh, estou bem. O q.. - Sua cabeça continua a doer. Zulu leva sua mão a nuca. Uma dor aguda o incomodava profundamente. Estava molhado. - Deixe-me ver. - Pediu a mulher. - É, isso não está bom. Espera. - Falou a jovem enquanto pegava um dos braços de Zulu para que ele a fizesse de apoio. Ele entendeu. Apoiando-se em seu ombro, Zulu foi direcionado a um ensaio do que parecia ser uma cama de pedra. Ela o fez sentar. Segurou uma das mangas da camisa de Zulu e rasgou. Ele não questionou. Continuou a rasgar a roupa em cortes retos, criando assim 3 bandanas que usou como curativo para o ferimento na cabeça de Zulu.  - Deite-se precisa descançar. Falou a jovem.  - Onde estamos? - Perguntou Zulu.  - Estamos na prisão pessoal de Larissa Montes II. A Coordenadora Regional e Lider da 25ª Legião dos Cavaleiros da Ordem de Prontera. Você deve ter feito algo muito ruim para está aqui. - Respondeu.  - Deve ser a vadi.. ARHH - Sua cabeça doia muito.  - Não fale. Tente descançar. Precisaremos de todas as nossas forças em breve. Eu tenho um plano. Tente dormir. Não foi preciso dizer duas vezes. Zulu entrou em um sono profundo sem muitas dificuldades, a dor e o cansaço eram tão fortes, que o difícil era se manter acordado.   TRINK. O mesmo barulho do portão acorda a Jovem. Zulu permanece dormindo profundamente. Ela imediatamente se assusta e em um instinto de auto-defesa enconlhe-se no interior da cela. - HAHAHA, hoje é noite de folga pra gente. Não pra você, Vadia. - Falou um dos homens. Seu corpo repleto de pelos e barba era a imagem transcrita dos antigos vilões dos contos de Liper o Bondoso. Mas diferente da história, Liper não esta por lá. Haviam outros quatro homens tão animalescos e fétidos quanto. O que se passou a seguir foram algumas horas de uma dor indescritível. A pobre jovem morreria naquela noite. Não de corpo, pois este mesmo que muito machucado, permaneceu vivo frente as atrocidades daquela noite. Sua alma porém, forá levada naquele exato momento em que os olhares famintos dos animais cruzaram com o seu.A humanidade é má leitores. Dê ao mais nobre e honrado Lorde ou Duquesa as variantes necessárias e suas atrocidades serão incalculáveis. A dor sentida por aquela jovem naquela noite, fariam muitos entoarem cantigos de escarros, vomitos e lágrimas. Pobre garota. Pobre Mulher. 

 

  Zulu acorda. Está bem melhor do que da ultima vez. A dor está controlável. Conseguia mover-se. Levantou-se com sucesso. No canto da sala, viu a jovem que o ajudara outro momento. Estava ali, no canto, imóvel. - Deve está dormindo. Pensou. Imaginou acorda-la para agradecer o curativo feito, mas não foi necessário. A jovem movimentou-se lentamente. Olhou para Zulu sem expressar qualquer feição de felicidade ou tristeza. Era incapaz de tal feito depois do que ocorreu a duas noites atrás. - Quanto tempo eu dormi? Perguntou Zulu. - Dois dias. Respondeu secamente. - Você falou sobre um plano ou eu estava sonhando? - Disse Zulu. - Sim... Uma chave... Ai no canto. - Disse a Jovem enquanto apontava para o canto oposto do qual se encontrava. - Você é louca? Eles podem ver facilmente se passarem por aqui o brilho desta chave! Devemos ter cautela garota - Alertou Zulu. - Qual o seu nome mesmo? - Perguntou.  - Meu nome? - A tempos ela fazia a mesma pergunta. Não por não saber a resposta, mas sim por não identificar-se com aquela jovem que outrora era chamada por tal. - Aline, era assim que me chamavam. Uma lagrima percorre o seu rosto. Zulu não percebe. Ah, se nosso herói tivesse percebebido, teria evitado um mal irremediável. Eufórico demais com a possibilidade de fulga, não enxergava nada além da distância entre a chave e a porta.  - Devemos sair agora! Eu abro caminho, vamos! - Disse eufórico.  Aline balança a cabeça como se concordasse.  Zulu começa um estranho alongamento. Mexe-se para um lado e para o outro da sala. Movimenta os braços de forma circular e realiza algo que parece ser um "estigar de coluna".  - Estou pronto. Vamos! - Diz Zulu. Ao enfiar a chave na fechadura, Zulu pergunta a Aline. - Mas como conseguiu está chave? - ... - Um silêncio de alguns segundos antecede a resposta. - Não importa. Consegui. Está feito. - Responde Aline e completa. - Precisamos pegar uma adaga.  - É. - Diz Zulu - Se eles chegarem a nos alcançar, cortarei suas gargantas!   Ao abrir o portão, Zulu ouve passos. Está correndo, mas não parece haver mais de uma pessoa vindo em sua direção. Estava certo. Um dos homens responsáveis pela segurança das selas vem rápido ao seu encontro. Zulu não pensa duas vezes, corre em direção ao homem enquanto pensa. - Farei este porco sangrar! Os dois se agarram em um forte entroncamento. O barulho é notório. Zulu, usa uma técnica milenar das gangue de rua de Alberta, e de qualquer outra grande cidade na verdade. Morde o pescoço da vítima. Sua mordida forte faz com que o segurança profira um agudo grito de dor. Sua jugular é cortada, o sangue voa para todos os lados e Zulu sorri enquanto o sangue lambuza seu corpo. Não o diferenciariam de uma fera naquele momento. Sua cabeça doi um pouco, mas o frenesi da luta é tão intenso que ignora. Zulu passa a desferir socos no rosto do homem. A carne de sua mão se rompe aos poucos, mas em nada se compara ao nítido esmagar de face do homem. Nem sua mãe o reconheceria daquele jeito. Zulu ficava feliz por isso. - Minha obra. Disse a si mesmo em voz baixa.  - Rápido, venha. - Gritou Zulu a Aline. - Pegue o que tiver de importante no corpo dele! Vou procurar outros prisioneiros. - Disse Zulu enquanto continuava andando. Grande erro. Aline, ainda dentro da sela, caminha lentamente. Seu corpo ainda doi, sua vergonha, muito machucada, ainda sangra. Sangramento que escorre por entre suas pernas. Ao olhar o homem, não o reconhece. Não que não tenha sido ele. Os momentos de itensidade daquela noite foram subtamente em maioria apagados de sua memória. Ela não se importava mais. Buscou alguma ferramenta cortante do corpo do homem morto. Encontrou uma adaga. Não pestanejou. Rapidamente direcionou a afiada lâmina de encontro a sua garganta. Queria sangrar, sangrar e cuspir tudo o que restou deles dentro dela.  - Rapido venham! - Falou Zulu aos outros prisioneiros enquanto voltava de onde havia ido. - Ela está ali na frente! Buscamos ela e caimos fora! - Disse para outras meia duzia de pessoas que o seguiam. Ao entrar no corredor em que Aline estava, congelou. Com a faca na mão, ela sangrava. Sangue escorria de sua boca, de seu pescoço. Misturava-se com o sangue daquele homem morto. Todo aquele sangue fez com que uma das pessoa atrás de Zulu vomitasse. Ele não percebeu. Partiu em direção a Aline.  - Porque você fez isso? PORQUE? - Gritou ele. Ela não responderia. Em um ultimo gofar de sangue, olhou profundamente nos olhos de Zulu como se tivesse algo a mostrar, algo a dizer. Quais segredos marcaram o coração de Aline? Quem era ela? Havia se apaixonado um dia? Havia uma família em algum lugar preocupados com ela? Jamais saberiamos. A voluptuosa mão da corrupção e maldade a tocou. Zulu queria sentir raiva dela. Deixá-la apodrecer naquele chão imundo, onde ela escolheu morrer. Deixar que sua carne apodrecesse ali, junto com aquele homem, naquele ambiente podre. Queria sentir um imenso ódio de Aline. Não conseguiu. Ficou triste. Seus olhos se encheram de lágrimas. Suas mãos tremiam. Tiraria ela de lá, ali não era local para ela descançar.  - Precisamos ir. Disse um dos que o seguiam enquanto tocava-o no ombro. Quardava consigo uma espada na mão ainda suja do sangue de outros homens mortos a alguns segundos atrás. Espada produto do furto de um armário que se encontrava no final de um dos corredores. Foram estes carcereiros tocados por aquilo que trouxeram a sí mesmos. Será?   Zulu não a deixaria ali. Carregou-a nos ombros. Ela teria um enterro digno. Porque Aline fez aquilo? Zulu nunca saberia.

 

Lhes pergunto caros leitores. Raiva, ódio, amor. São estes, assim como todos os demais, sentimentos justos? Valeria a pena armazena-los em nossos corações, os sentimentos que nos traem, que nos humilham, que nos transformam? Zulu não saberia responder. Aline, jovem como era, talvez também não o pudesse. Alguns anos a frente, talvez o fizesse. Treinada para se tornar uma oráculo desde muito cedo, seu único crime foi negar que um ancião fosse humilhado pela 25ª Legião de Cavaleiros da Ordem de Prontera enquanto pedia esmolas. Foi este grande pecado que a fez ser presa e condenada ao seu triste fim. Afinal, não há espaço para boas pessoas nesta terra? Este não é um conto de amor senhores. Volto a frisar, é um relato da verdade de nosso mundo. Um relato de suor, sangue, lágrimas e sonhos perdidos. Adjetivos pouco encontrados nos tempos atuais confesso. Para o bem ou para o mal.

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Que incrível!!!Adorei sua fic e seu jeito rebuscado á lá Tolkien de escrever!!! MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIS! =DAgora, observações:Coloque o título da fic, o gênero, e uma breve descrição dos personagens principais nesse primeiro tópico ok?É uma política de organização e consideração com o leitor:Nome da FanFic:  Autor da FanFic: Personagens Principais: Categoria: (romance, aventura, ação...) Sinopse: E pronto =DNo aguardo de mais capítulos e parabéns pelo trabalho!

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Que incrível!!!Adorei sua fic e seu jeito rebuscado á lá Tolkien de escrever!!! MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIS! =DAgora, observações:Coloque o título da fic, o gênero, e uma breve descrição dos personagens principais nesse primeiro tópico ok?É uma política de organização e consideração com o leitor:

Nome da FanFic:  Autor da FanFic: Personagens Principais: Categoria: (romance, aventura, ação...) Sinopse: E pronto =DNo aguardo de mais capítulos e parabéns pelo trabalho!

Certo, corrigirei. Desculpa =D 
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Muito boa, queria muito saber escrever assim xD.Também tenho uma FANFIC, se quiser dar uma olhada lá também o link é esse:http://sites.levelupgames.com.br/Forum/ragnarok/forums/t/566360.aspxNo aguardo do próximo capítulo. Bom final de semana a todos!!!!

"Me jogaram aos lobos, e eu voltei líder da matilha."

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