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Crônica


Deimos

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Quando acordei, me vi em uma cidade. Em uma praça, grande, ensolarada e cheia de gente, que, pelas roupas, beiravam o limite entre a excentricidade e a insanidade completa. Olhei para mim mesmo. Mas que diabo, o que seria esssa... túnica que estou vestindo?

"Dá licença, pequeno aprendiz."

Olhei para trás, para a voz que me mandava sair do caminho. Nem sabia porque me virei, mas que droga, meu nome não é "pequeno aprendiz". Mas me virei afinal, pronto para dar um fora no imbecil que me chamou de...

Fiquei pequeno em frente ao enorme vulto que se projetava diante de mim. Tinha uma cruz no peito e cota de malha de fazer os olhos pedirem basta, pelo brilho. Para completar o efeito cegante da coisa toda, que incluía dia ensolarado, eu atordoado e armadura metálica refletindo a droga do sol nos meus olhos, o Cruzado exibia uma aura azulada, como poder transbordando. Na verdade, como soube depois, era mesmo poder transbordando.

"C-claro..."

Consegui gaguejar antes de sair de perto do tal Cruzado, que era seguido por um séquito de diversos tipos de gente estranha. Todas pareciam estar babando perto dele, estranhamente.

O dia passou enquanto eu explorava a tal cidade. Conversando com gente aqui e acolá, descobri o nome, a história e até parte da estranha fauna daquele lugar. Ali haviam bruxos, assassinos, cavaleiros, cruzados e sacerdotes, não só ali, mas em todo aquele tal mundo, todo aquele tal "Rune-Midgard".

Os dias passaram. Descobri que para sobreviver, precisava caçar, não pela carne(algumas geléias rosas ambulantes daqui têm um gosto lastimável), mas por certos tesouros que os monstros ali perto deixavam cair. Assim, fui treinando com minha recém-adquirida Espada, conseguida de um mercador com quem fiz amizade.

Meses se foram como que em um piscar de olhos! Me deram roupas e mantimentos quando virei um Espadachim de verdade. Grande. Agora eu também era parte do pessoal excêntrico.

Explorações, excursões, viagens às tais cidades de Rune-Midgard... entre uma e outra, muito aprendi e muito lutei, fiz amizades e me tornei forte. Logo mais e mais monstros caíam quando me encontravam, e iam ficando cada vez mais desafiadores, também! Logo me cansei e pensei aonde tudo aquilo ia dar. Qual era meu objetivo, afinal? Eu gostava, em realidade, de ajudar outros. Mesmo assim não gostaria de abandonar a arte da espada para me especializar nessa tarefa. Então me lembrei do Cruzado e do que meus amigos diziam sobre a Ordem Templária. Sim... talvez lá fosse meu lugar. Me candidatei. Passei no teste. Fora garantida a mim uma armadura como a do Cruzado que vi em meu primeiro dia, quando eu antes era um relativamente distante aprendiz.

Mas meus amigos não me admiravam ou seguiam ainda. É claro que havia reconhecimento, mas quando lembrava do Templário e sua brilhante Aura, não podia deixar de sentir inveja. Eu tinha tudo para continuar. Por que parar? Eu posso conseguir aquela aura. Não posso?

Logo boatos de uma sombra maior que as outras morava em Glast Heim. Dizia-se que o indivíduo que a derrotasse, alcançaria grande poder. Me candidatei de novo, dessa vez para destruir a sombra na Cidade Arruinada, e ganhar por fim o poder supremo concedido àqueles que se provaram dignos. Os sacerdotes de Prontera rezaram, e me deram bênçãos. Meus amigos me deram poções, mantimentos, amuletos, armas, e o mais importante, um "boa sorte". Eu via nos olhos deles uma fração do que seria a admiração que eu conseguiria com a Aura Azul. Isso me impelia a continuar.

Cheguei em Glast Heim, e não é só o peso da armadura que sinto. É o peso da responsabilidade. E ele não é enfraquecido nem um pouco pela arrasadora sensação de adrenalina que eu sentia. Ao sentir, e depois ver, um Cavaleiro negro, com símbolos vermelhos em suas vestes e olhos em que se lia a morte, soube que o dia que justificava toda a minha jornada havia chegado. Corri em direção ao inimigo, espada em punho.

O Cavaleiro Abismal, apesar disso, ergueu sua lança e a direcionou contra mim sem nem ao menos esboçar medo. O choque da arma amaldiçoada contra minha armadura causou tanta dor que não foi possível completar o ataque. O Cavaleiro, então, desembainhou uma espada, negra.

Quando vi a lâmina riscando o ar em direção ao meu rosto, fechei os olhos, uma reação automática.

 

Quando acordei, me vi em uma cidade.

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\o/!

Obrigado por comentarem!

Não vou continuar não, hehe, é só uma historinha sem continuação mesmo. Mas fico imensamente agradecido por terem gostado. ^^

Estou criando coragem para continuar a "ficzona", que deve estar perdida nos confins dessa área de fanfics... vou dar um ress supremo ou criar um novo tópico. Mas desde que descobri o D&D... é tudo ofuscado. [/e2]

 

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