Willen Postado Janeiro 12, 2012 Compartilhar Postado Janeiro 12, 2012 Para que vocês possam entender e apreciar a fanfic da melhor forma possível, recomendo que cliquem nos megafones: , e escutem as trilhas sonoras, pois muitas delas serão "tocadas" na fanfic, conforme o desenrolar da história. Boa leitura. ...Há muito tempo, antes da grande corrida dos aventureiros em busca de poder, anterior até mesmo mesmo as grandes travessias pelo mar e viagens por terras inexploradas, aconteceu uma batalha oculta pela magia. Sociedades secretas duelaram pelo próprio destino. A antiga tradição, ritos e passagens perdidas no tempo que incendeiam os corações dos mais cultos e ambiciosos homens de Midgard em busca de glória. Os mais audaciosos guerreiros com dons mágicos, capazes de sobrepujar até mesmo a natureza de forma impetuosa, manifestavam sua quintessência até o limite em disputas nas sombras. Buscavam um lendário artefato que dizia poder realizar quaisquer desejo de seu merecedor. A luta era considerada profana, e apenas os escolhidos das Nornas poderiam participar e assim chegar a um vencedor. Ele poderia trazer a destruição ou a salvação para o mundo. Vários, dos selecionados, tinham no coração o desejo puro de manifestarem seus talentos para a justiça. Entretanto, como sempre acontece entre os mortais, existiam aqueles que buscavam o caos e a destruição. E diferente de todos, havia também um um homem cuja origem lhe garantiu a participação nessa aventura, mas que não buscava nada além da paz de espírito e a redenção de seus pecados. Atualmente, ele trilha silencioso atrás do seu passado. Buscando o perdão para o coração amargurado, cansado de segurar tantas lágrimas ao lembrar-se do ocorrido. Ninguém mais se lembra da misteriosa luta entre os escolhidos das Nornas. Mas suas marcas profundas ainda permanecem nas almas daqueles que devaneiam em seus momentos mais íntimos em busca da verdade e do desejo de satisfazer-se com o esquecimento. Para alguns, isto veio com o tempo. Porém, para outros, apenas a morte pode lhes tirar a dor. Ou talvez nem isso. por Willen Leolatto Carneiro Revisão: Maria Artes Internas: Heitor Edição Gráfica: Vini "Nightmare" A escuridão se apossava das velhas paredes já gastas pelo tempo e castigadas pelo clima. A chuva caía pesada em cima da enorme construção que se erguia ao norte da cidade, que outrora estava apinhada de pessoas em suas ruas abrindo suas tendas para tentar ganhar a vida. Nuvens cobriam o solo e tornava o que era para ser um dia ensolarado, em uma tempestuosa tarde gélida e escura. Nas muralhas do castelo da capital de Rune-Midgard, Prontera, vultos se destacavam pelas tochas presas nas altas amuradas que davam acesso ao interior, situada após a ponte de madeira que levava à grandiosa construção. Um raio atravessou os céus e clareou o lugar por alguns instantes. Fez a sombra de um homem que entrava no recinto crescer, formando uma criatura grotesca na parede. Sua longa capa negra era chicoteada pelo vento fazendo um barulho alto e estridente, enquanto ele andava lentamente pela passarela depois da entrada principal. Seu olhar era tão frio como as rajadas de ar, que batiam e uivavam como se fossem fantasmas agorentos. Nada disso parecia ser relevante, pois a misteriosa figura continuava observado todo o local com uma tranquilidade inquietante. Algumas mechas brancas escorriam por de baixo de seu capuz e escondiam parte de seu rosto cansado. Ainda caminhava sem pressa. Na pequena multidão de pessoas, que estavam ali dentro em busca de refugio contra o mal tempo, alguns o encaravam desconfiados. Tentando puxar pela memória e entender porque aquele forasteiro parecia de alguma forma familiar. - O maestro... – Um deles parou pouco depois de fitar o sujeito e ficou observando fixo para as suas costas. Era um já experiente e maduro cavaleiro, que ficou inquieto com o visitante. – Ele voltou... - “Chegou o tempo de reviver o meu passado e percorrer novamente esta trilha.” – Foi o único pensamento daquele que estava protegido em sua capa, parando em frente a uma longa escadaria e observando desde o chão até o teto do caminho. Seu olhar determinado e sereno revelava seu objetivo. Quinze anos atrás... Havia o som de passos, dos pássaros em revoada e das pessoas conversando e rindo alegremente. Era a musica que animava aos jovens no meio da Praça de Prontera. O dia ensolarado e a brisa fresca atraíam o publico até a fonte que ficava no centro da praça, e lá um homem tocava entusiasmado um instrumento de madeira, com um braço comprido saindo de sua caixa acústica e com seis cordas afinadas nos tons certos. Ao lado do jovem, uma bela garota dançava e acompanhava o ritmo da melodia que resoava no local e trazia espectadores anciosos. Alguns deles puxavam as carteiras e sacolas de moedas para entregar-lhes algum dinheiro, mas a garota graciosamente acenava não ser necessário qualquer tipo de pagamento. Era evidente que se apresentavam apenas por amor a arte. Embora muitos pensassem que o casal fosse uma dupla de artistas querendo ganhar a vida, os dois não se vestiam de forma indigente. Ele tinha em suas mãos um violão de alta qualidade, e trajava vestes limpas, retocadas e suaves, com alguns detalhes engastados em ouro e prata, além do belíssimo chapéu com uma pluma no topo. A bailarina usava uma regata preta e uma saia branca cobrindo suas pernas, sem deixar de exibir sua sensualidade na dança. - Hey, você está no meu ponto... – Um jovem gritou em meio à multidão que se aglomerava para ver o casal. Embora houvesse soado como uma ameaça a música não havia parado, tão pouco a dança. Um homem de aparência jovial passou por entre os ouvintes e parou à frente dos dois. Tinha os cabelos ruivos e bem cuidados balançando ao vento. Carregava um violão com encordamento fino, semelhante ao do insturmentista que ainda tocava. - Você não ouviu? Esse aqui é o meu ponto. Vai tocar em outro lugar. – O ruivo parou à frente do músico. A dançarina finalmente notou a presença do jovem e ficou olhando um tanto preocupada para o seu companheiro. Tinha a íris do olho em um tom verde muito profundo, criando um contraste para seus cabelos castanhos escuros. O músico deixou a sua última nota ressoar e então o público que estava ao redor deles começou a reclamar do recém chegado, culpando-o pela música que não estava mais tocando. Porém, o homem levantou da beirada da fonte onde estava e segurou seu violão, apoiando a base da caixa acústica no chão e usando o braço do instrumento como apoio. Os olhos dele reluziam o azul cristalino da fonte, deixando sua coloração esverdeada mais brilhante. Por baixo do chapéu, a luz rebatia uma fina camada dourada por cima de seus cabelos acinzentados. - Então, esse é o seu lugar? – A voz do homem, embora fosse grossa, era harmoniosa e tranquila. Ele encarava serenamente para o jovem à sua frente, que pareceu se incomodar com a resposta. - É sim! Sou eu que toca nessa parte da cidade. – O ruivo falava com extrema exigência. Algumas pessoas que estavam ao redor murmuravam sobre já terem visto aquele estranho na praça todos os dias. A dançarina se aproximou de seu companheiro, mas ele levantou a mão gentilmente e sorriu para o moço. - Certamente, foi algo deveras deselegante de minha parte. – O músico virou-se e começou a arrumar o violão dentro de uma capa de couro, leve. A garota ao seu lado suspirou e sorriu, acompanhando-o e também abraçando o braço livre do seu companheiro. - Espera aí, como assim? Vai sair sem falar nada? – O ruivo estava apreensivo, percebendo que conseguira demasiadamente fácil a retirada do casal. - Não. Não é de meu interesse competir com outros músicos ou artistas. – O homem falava tranquilamente, pendurando as alças da capa do violão em seu ombro. – Bom músico é aquele que respeita a melodia e o carisma dos outros. Se não gostassem de você, acho que não permitiram sua ilustre presença aqui. O publico olhou boquiaberto para o homem. Suas palavras foram mais do que suficiente para retornarem em elogios, sorrisos e até alguns aplausos para ele. O ruivo percebeu que estava perdendo sua carisma com a multidão e então apontou o violão na direção do músico. - Não. Só sairá daqui depois deles decidirem quem é o melhor dos instrumentistas. – Confiante, o jovem exibia um pequeno sorriso ao seu oponente ao apontar para a platéia formada na frente da fonte. - Como eu disse, não sou alguém que persegue as competições musicais. E não é correto você desafiar alguém sem dizer quem é antes. – Ele falava com uma tranquilidade impressionante. - Eu sou Johann Klaustrus. – O ruivo apontou o dedão para seu rosto, convencido. – E sou o menestrel andarilho que é mais bem vindo em qualquer lugar do que o próprio Mariachi. A menção daquele nome pareceu inquietar as pessoas ao redor deles, inclusive o próprio homem que outrora tocava suas melodias pacificamente. A dançarina arregalou os olhos e observou seu parceiro. Ela era mais baixa que ele, mas podia ver claramente a feição de tensão no rosto do seu companheiro. - Compreendo. Já que você quer tanto, faremos uma pequena demonstração. – Rapidamente, ele abaixou o ombro e a capa caiu. Segurou as alças antes que o instrumento tocasse o solo e então se ajeitou, soltando-se do abraço da garota e retirando o violão novamente. Os dois se entreolharam. Johann usava um violão magnificamente detalhado com prata e todo talhado em uma madeira jovem e pintada em preto, dando um ar mais profissional ao seu instrumento. Já o violão do outro era todo em cor natural, um pouco gasto, mas possuía o mesmo encordoamento fino que seu desafiante, e nenhum detalhe exorbitante. - Melody, você vai ficar apenas observando. Tudo bem querida? – O homem virou-se para falar com sua parceira, que assentiu e se afastou um pouco, sentando-se na beirada da fonte. - E você, ainda não disse quem é. – Johann foi apressado ao perguntar. - Perdoe meus modos. – Ele voltou a encarar o ruivo e esboçou um sorriso. Fez uma pequena reverência e então retornou a sua posição normal. – Eu sou conhecido como Tenkisei, o maestro. Alguns viajantes que passavam sem dar importância pararam ao ouvirem aquele nome e título. Muitos dos que já estavam presentes caçoavam, duvidando de como seria uma suposta luta entre dois músicos, e outros olhavam pasmos, aguardando até o momento em que o conflito começasse. Johann ajeitou seu violão, passando a alça ao redor do pescoço e deixando o instrumento suspenso, na altura de sua barriga. Ele então puxou do bolso um pequeno objeto de forma triangular, mas com os cantos curvilíneos, e usando apenas o dedão e o indicador, apoiou a mão direita em cima das cordas, situadas em cima do buraco da caixa acústica do violão. Tenkisei seguiu os mesmos gestos do ruivo, porém ao invés de usar uma “palheta” para tocar, ele apenas colocou a mão aberta com os dedos posicionados levemente em cima das cordas. Cada ponta do dedo em uma corda diferente. Johann olhou surpreso. - Você... não usa palheta?. – Ele olhava impressionado para a posição de mãos de Tenkisei. - Ora, se devemos divagar sobre como nós tocamos, então paramos o duelo e vamos conversar. – Respondeu tranquilo o homem de cabelos prateados. - Não, vamos duelar de uma vez. – Johann urrou ríspido. Os dois se encararam mais uma vez e então começou. Johann bateu sua palheta uma vez em uma das cordas e o som do violão ressoou. Era grave e melodiosa, tocada rapidamente por suas técnicas com a palheta. Porém, Tenkisei seguiu o mesmo ritmo e tocava harmoniosamente, dedilhando os dedos e criando uma sequência e rítmo que se completavam, soando como se houvessem mais instrumentos presentes ao lado de Tenkisei. Ambos mantinham os olhares fixos ou no outro, mas enquanto o maestro exibia serenidade, Johann tinha uma feição de impaciência e tensão. Tanto o dedilhado de Tenkisei quanto as palhetadas do ruivo se complementavam e a música que tocava era uma badalada mistura de notas rápidas e belos arranjos, com um toque sutil de combinações harmoniosas de vários acordes. A velocidade das cordas tocadas aumentava a cada instante, e quanto mais os dois demonstravam seu talento, mais os dedos de Tenkisei pareciam sumir por cima das cortas. Johann já não estava acompanhando mais o ritmo da música do homem de cabelos prateados, e teve de diminuir o compasso até que suas batidas singulares e sincronizadas nas cordas se tornassem um conjunto de acordes tocados para formar um único som de base, deixando os harpejos e notas rápidas de Tenkisei mais altas e em evidência. O publico já estava aplaudindo o desempenho dos dois. Os poucos que haviam se interessado antes já haviam se multiplicado para uma verdadeira plateia. Alguns tentavam criar letras para acompanhar a musica, mas ou eram desafinados de mais para complementar a melodia, ou não tinham fôlego para alcançar uma nota mais aguda. Repentinamente, Johann mudou a posição da nota com sua mão esquerda e quebrou o ritmo, mudando também a nota base. A música parecia parar por causa da mudança brusca, mas então Tenkisei também mudou o posicionamento dos dedos da mão esquerda, acompanhando o mesmo timbre das bases de Johann e recuperando o tempo com um harpejo, uma sequencia de notas singulares tocadas rapidamente na mesma entonação da nota base. Muitos que assistiam aquela apresentação pela tarde gritaram, pediram para que a música não parasse e vários outros imploravam por suas canções favoritas. Mas quando Tenkisei fez uma rápida sequencia de notas solos e Johann apenas encarava com uma feição abalada, a música foi tomando rumo, e o maestro decidia o duelo terminando de forma impressionante aquela melodia. Aplausos, rosas e moedas eram jogados. Gritos e cânticos entoados. Tudo por causa da apresentação breve entre Tenkisei, tido como maestro por onde passava, e o seu desafiante Johann, cuja melodia não foi capaz de superar a do homem de cabelos prateados. Ele ficou de pé, com as mãos em cima do seu violão, e os olhos arregalados. Tenkisei fez uma nova reverência para a plateia e se virou para olhar a dançarina. Ela sorria de uma forma tão bela que muitos homens babavam ao longe. O maestro pegou a capa de seu violão, guardou novamente seu instrumento e tornou a pendura-lo e seu ombro direito e então sorriu para Melody. - Foi uma bela apresentação, querido. – A dançarina se ergueu na ponta dos pés para beijar suavemente Tenkisei, que retribuiu e então afagou a cabeça dela. - Não teria sido uma apresentação assaz magnífica se não fosse o entusiasmo de um jovem brilhante. – Ele tornou a olhar para o cabisbaixo Johann. Aproximou-se do jovem e então sorriu para ele. - Você é muito melhor do que eu... – O ruivo encarou Tenkisei com uma feição triste. - Não há ruim ou bom entre aqueles que têm amor pela música, meu amigo. – Tenkisei tocou o ombro do jovem, que pareceu sair do transe. – Você é jovem, tem uma centelha que arde em seu âmago, deve a fazer crescer para ser um bom músico... - Eu ainda vou ser o melhor! – O ruivo deu alguns passos para trás e pareceu se irritar. Apontou para Tenkisei. – Pode lembrar-se do meu nome, eu ainda vou ser o melhor. - Não vou esquecer o nome de um rival. – O maestro sorriu delicadamente. Johann pareceu se contentar com aquela declaração e então se virou, dando uma ultima olhada para o homem que chamavam de maestro, o músico que encantou uma multidão, sozinho mesmo que estivesse em um duelo, cujo amor pela música e por sua amavel dançarina era grande e sua serenidade desconcertante. O homem de cabelos prateados fazia reverências para o seu público, que respondia com aplausos e muitos sorrisos. Ele abraçou sua mulher, Melody, deu mais um beijo na jovem e então os dois andaram para o norte, indo até o castelo de Prontera. Agora todos que estavam alí conheciam o verdadeiro caráter de um músico, cujo potencial vem de seu interior. E ele tinha um título. Tenkisei, o maestro! Pos é galera. Eu fiquei um tempão pensando em como postar essa fic, e finalmente postei o primeiro cap. Eu mudei um pouco o estilo de descrição e a forma como se molda a história. Espero que vocês gostem, pois o tema principal dessa fic que sairá mais ao longo dos dias é puramente a música. Apreciem. Abraços. Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Auron! Postado Janeiro 12, 2012 Compartilhar Postado Janeiro 12, 2012 Perdão, sua fanfic deve estár muito boa, porém, só consigo olhar pro desenho da Musa, que está MUITO BOM e.. uau.. O.o Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Willen Postado Janeiro 12, 2012 Compartilhar Postado Janeiro 12, 2012 Fico feliz por quem leu e gostou ^^ Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Willen Postado Janeiro 12, 2012 Compartilhar Postado Janeiro 12, 2012 Atualizado. Primeiro cap com capa, arte interna, revisado e pronto. Aguardem pelos próximos caps. Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
BOOM! Postado Janeiro 12, 2012 Autor Compartilhar Postado Janeiro 12, 2012 Muito boa a fic, achei a trilha sonora muito interessante principalmente a musica do duelo *u*. Continue postando. Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
Willen Postado Janeiro 12, 2012 Compartilhar Postado Janeiro 12, 2012 Para que vocês possam entender e apreciar a fanfic da melhor forma possível, recomendo que cliquem nos megafones: , e escutem as trilhas sonoras, pois muitas delas serão "tocadas" na fanfic, conforme o desenrolar da história. Boa leitura. por Willen Leolatto Carneiro Revisão: Roxie Rocks Artes Internas: Heitor Edições Gráficas: Vini "Nightmare" Eram tantos livros, tantas prateleiras, que mal se podia ver o sol por causa da escuridão gerada pelas cortinas esfarrapadas, que cobriam as janelas e impediam de se encontrar um título específico. Mas não era isso que o homem de manto negro buscava naquela manhã quente. Havia passado a noite em um pequeno quarto de hóspedes do castelo, logo ao lado havia a sala repleta de livros e estantes empoeiradas. O clima estava ameno depois da noite tempestuosa que passou. Mesmo usando uma grossa capa escura e trajando vestes largas, não estava quente para aquele homem que outrora estava no meio da tempestade. Sua feição era de seriedade enquanto passava a mão por cima dos balcões empoeirados, sentindo o cheiro de mofo que o tempo e o clima deixaram se proliferar. Seus olhos percorriam as capas dos livros que eram cobertas por poeira, e outros estavam gastos e velhos, perdendo a cor e desfiando pouco a pouco. Os olhos esverdeados pairaram sobre um livro de capa preta, na parte mais alta da prateleira. Aquela estante era muito mais alta que o homem, mas ele conseguiu alcançar o livro apenas esticando seu braço, deixando revelar suas mangas vermelhas por baixo da capa. Pegou o livro de capa de couro, escurecido e arranhado. Soprou então a capa para retirar o pó e ler o título, gravado a fogo no couro e tingido de um vermelho escurecido. - “Compendium Alica - Tempus Nigrum” – A voz grave dele resoou ao pronunciar o nome do livro. Seus olhos brilhavam de uma maneira fascinada, mas havia tristeza no fundo. As mechas acinzentadas que recaiam cobrindo parte da face tocaram de leve as suas pontas no livro, empoeirando-se um pouco. Lentamente, se afastou da estante e sentou-se em uma cadeira, próxima à parede onde havia também uma mesa de madeira com uma toalha por cima. Estava marrom de tanta sujeira, mas o homem não se importou de sentar e colocar o livro sobre ela. Abriu-o e começou a folhar, lentamente, buscando algo em suas palavras antigas. Quatroze Anos Atrás... - Querido. Não precisa fica impaciente, ela deve ter achado alguma coisa. – A voz melodiosa da morena trazia uma tranquilidade imensa para o homem alto de cabelos prateados. - Eu sei Melody. Mas faz anos que não a vemos, então talvez tenha mais do que informações. – Tenkisei falava em um tom mais sério, embora sua face esboçasse um sorriso para sua esposa. Depois de passarem pela fervorosa multidão de Prontera, os dois seguiram rumo para o norte, indo até o majestoso castelo real de Prontera. No caminho, poucas pessoas tumultuavam, perto de uma pequena praça que continha uma estátua, desenhada na forma de duas mãos se apertando. A Estátua da Amizade, que figurava o centro da chamada “Praça das Mãos”, era o ponto de encontro de muitos aventureiros e amigos desde que ela foi construída. Passando pela praça, Melody abraça o braço direito de Tenkisei e sorri para o músico, que retribui de forma carinhosa com um largo sorriso e uma carícia no rosto. Quem passava por eles reconhecia-os pelas performances feitas em outras cidades, inclusive o duelo entre o maestro e o menestrel Johann Klaustrus, há pouco tempo. Saindo da rua principal, o casal ficou à frente de um portal de entrada que dava na ponte do castelo. Havia um guarda ao lado da entrada e ficou encarando Tenkisei, admirado, enquanto os dois avançavam para a ponte. A entrada do castelo era imponente, magnífica, talhada nas pedras claras que davam um ar antigo, mas muito refinado à construção. O casal andou até atravessarem o primeiro salão, e então subiram um lance de escadas cobertas por um tapete vermelho com bordados amarelos. Um som suave de piano começou a ecoar conforme eles subiam a escadaria. Era um som doce, fino e bem trabalhado. Ao ouvir a música, Tenkisei olhou para Melody, que respondeu com uma feição animada. - Nada mal. Ela está evoluindo muito. – O músico acelerou o passo e subiu as escadarias mais rapidamente, com a musa logo atrás. - Afinal, você foi o professor dela, Tenki. – Melody falou com um largo sorriso. Os dois subiram e chegaram a uma sala repleta de estantes, atulhada de livros. Estavam limpos, conservados e muito bem organizados, divididos com vários pedaços de papel que notificavam a natureza do conteúdo. Embora o local fosse bem decorado, com mesas cobertas de tecidos caros e as paredes de mármore, não havia ninguém ali. O som vinha de uma antessala, atrás de algumas cortinas de veludo vermelho que escondiam a passagem. Tenkisei olhou para sua esposa, que assentiu positivamente. Eles puxaram a cortina devagar e então entraram na antessala. Ao chegar ao local, se depararam com uma jovem sentada à frente de um enorme instrumento preto, alongado e com várias teclas brancas e pretas. As notas daquele piano ressoavam conforme a jovem tocava rapidamente as teclas, mesclando as notas graves para formar a base, as várias notas mais agudas tocadas singularmente para formar uma sequencia de sons. A jovem de cabelos longos, enquanto tocava o piano, balançava suavemente sua cabeça conforme as notas que tocava. Seu corpo, trajando um vestido longo e negro, exibia sua bela silhueta até a cintura, onde começava a barra da grande volumosa saia. Tenkisei e Melody olhavam encantados para a garota, embora a musa mantivesse um olhar um pouco mais cuidadoso. - Então vieram fazer uma visita? – A garota falava ainda concentrada na música em seu piano. O casal se manteve em silêncio profundo, apenas escutando a melodia das notas que a jovem produzia. Mesmo ela, concentrada na música, parecia exalar uma excitação por conta da melodia. Notas suaves, em escalas menores, criando uma melodia mais dramática e lenta que davam a impressão de que havia mais do que simples partituras lidas para executar aquela melodia. Paixão, drama, sentimentos que eram colocados enquanto a música chegava ao seu final. A bela jovem diminuiu o ritmo das notas e também a sua tonicidade, indicando o final da música. Tocou um último acorde e então fez uma pausa, esperando até que o último resquício de onda sonora estivesse parado de vibrar, e então suspirou. Tenkisei e Melody aplaudiram levemente para a garota. - Nada mal, minha cara aluna. – Tenkisei sorria para ela. A jovem se virou, mostrando seu rosto jovial e feliz, e então se levantou. Segurou em sua saia e fez uma reverência cordial para ambos. - Gostou Tenki? – Ela perguntou, andando na direção dos dois. - Claro que gostei. Sabe como a música, executada de forma correta, me preenche de alegria. – Respondeu ele, sincero. A garota correu e se jogou nos braços do maestro. Ela era um pouco menor que Melody, fazendo-a parecer uma criança perto de Tenkisei, que avermelhou e ficou sem reação. Melody olhou com uma face desacreditada e bufou. - Elizabeth! – Ela segurou o ar nas bochechas, ficando mais vermelha que seu marido. A jovem virou o rosto e mostrou a língua para ela. - Calma priminha, eu sei que você sente ciúmes de mim com o lindo do Tenkisei. – Elizabeth ergueu a mão e passou-a no rosto do músico, provocando a garota. - Er... que é isso, não precisa fazer assim... – Tenkisei estava sem jeito. - Eu to só brincando, Mel. – A garota se afastou de Tenkisei e abraçou Melody, que ainda bufava. – Você sabe o que sinto, mas você chegou primeiro. - Não tem graça nenhuma... – Melody abraçou sua prima, ainda um pouco irritada, mas o fez de forma carinhosa. As duas se soltaram, enquanto que Tenkisei ria baixo, pensando no constrangimento dos três. Por fim, tirou a capa de seu instrumento das costas e colocou apoiado na mesa. Pegou uma cadeira e se sentou próximo das duas. - Então, Elizabeth, como vai sua vida de investigadora? – O maestro falava tranquilo. A jovem suspirou, puxou duas cadeiras para perto de Tenkisei e ofereceu o lugar para Melody. Quando ela havia se sentado ao lado de seu marido, Elizabeth sentou a frente dos dois, encarando-os. - Ah! A vida de investigadora do reino é uma porcaria. – Disse, em um desabafo. – Ta, eu viajo muito, conheço lugares fantásticos, mas não é sempre mil maravilhas. - Você nunca quis ser algo sério, Eliza. – Melody falou provocando um pouco. - E você me inveja por eu ter seguido o caminho de Desordeira. – A jovem mostrou a língua de novo, mas as duas pararam de se provocar quando Tenkisei pigarreou. - Bem, Eliza. Eu vim na verdade por outros motivos. - Veio dizer que me ama e que não quer mais a minha priminha? – Ela falou enquanto olhava para Melody, com um sorriso de escárnio. - Hey! – Exclamou a musa. - Não! Eu vim aqui por que preciso de certas informações. – Tenkisei suspirou e ficou olhando para Elizabeth. A jovem parou de sorrir e olhou séria para ele. Trocaram olhares por um tempo, e por fim ela assentiu. - Bem, o que posso fazer por vocês? O maestro levantou a mão e puxou a manga de sua camisa para trás, mostrando o antebraço nu para a jovem. Melody ficou tensa, e Elizabeth se sentiu assim depois de ver uma estranha marca pouco abaixo do pulso de Tenkisei. Era uma mancha negra, um símbolo que parecia ter sido marcado à fogo na pele dele. - Por Odin, o que aconteceu? – A jovem se aproximou para ver melhor. - Apareceu tem alguns dias. Não consegui achar referência em nenhum livro, inclusive sobre... – O músico fez uma pausa e suspirou. - Entendo. – A jovem olhava para a marca no braço de Tenkisei, enquanto Melody encarava seu marido, preocupada. – Você acha que pode ser... - Um feitiço? Eu conheço essas coisas, mas não é um. Isso é algo muito mais forte. – Ele falava sereno, mas com um tom mais sério. - Vou procurar aqui... – Elizabeth se levantou e foi até suas estantes com montanhas de livros atulhados e começou a procurar por um. Melody abraçou o braço de Tenkisei e apoiou sua cabeça no ombro dele, preocupada. Porém, o músico sorriu e ficou afagando a cabeça dela, carinhosamente. Embora ele tentasse tranquilizar sua amada e procurasse a ajuda de uma investigadora, ele sabia o que o esperava... Geffen... - Muito bem meus caros alunos, tenham um bom dia! Na torre de Geffen, no mais alto andar, um homem estava atrás de sua mesa, em uma sala lotada de vários alunos em suas carteiras. O local era enorme. Em sua base no centro da sala estava a mesa do professor, a lousa na parede atrás dele e alguns objetos bonecos similares aos humanos, pendurados em pedestais próximos da porta de saída. A frente da mesa do professor, começavam as mesas dos alunos, sendo uma fileira por degrau, que dava a forma de uma arquibancada à sala de aula. O professor, um homem alto e trajado apenas com um terno um tanto quanto antiquado, observava os vários alunos descendo por uma escadaria que dava acesso às fileiras de carteiras. Seus olhos amarelados lhe davam um aspecto diferente, apesar de parecer um pouco jovem para lecionar. - Até mais professor Dhellor! – Algumas passavam por ele, enquanto arrumava seus papéis em sua mesa. Ele apenas acenava com a cabeça e sorria, voltando ao trabalho. – Tchau professor! – Alguns jovens aprendizes de mágicos também passavam correndo por ele, porém, um deles foi direto à sua mesa, ficando à frente. - A aula já acabou, pode ir para... – O professor não estava olhando, mas quando ergueu a cabeça e se deparou com seu aluno, ficou sério. – Ravnus? - Desculpa lhe interromper, professor Alberich. – O jovem tinha cabelos levemente esbranquiçados, usava óculos de armação redonda e tinha uma feição cansada. - Ora, o que deseja meu caro Ravnus? – Alberich deixou os papéis em cima da mesa e foi até o garoto, ao seu lado. - Professor, eu me sinto estranho sabe, tem acontecido umas coisas estranhas comigo... – O jovem falava olhando para o chão. Alberich sorriu meio sem jeito e se escorou na mesa. - É normal meu jovem. Mas não acha que isso é assunto para seus pais? - Não é isso professor... – Ele esticou o braço e puxou a manga da camisa. – Olha... O professor ficou estranhando a conversa de seu aluno, mas ao ver o braço dele ficou inquieto. Havia uma enorme marca, um símbolo grande e negro desenhado na pele do jovem, tomando conta de quase todo o antebraço dele. - Isso...isso é.. - Professor Dhellor! – Uma voz ecoou atrás dos dois, vindo da porta. Havia um homem alto, de cabelos loiros muito claros e olhos azuis brilhantes. Escorado na entrada da sala, o homem olhava para os dois com um ar superior. - Er... Diretor Lavey! – Alberich fez um aceno forçado com a cabeça, levado pelo susto da presença daquele homem, cobrindo o braço de Ravnus rapidamente. Lavey deixou a entrada e foi na direção dos dois lentamente. O que mais chamava a atenção no diretor, além do ar de superioridade e os olhos azuis estranhamente brilhantes, era o fato de ter orelhas pontudas e finas. – O que o senhor está fazendo aqui? - Vistoria apenas. – Ele se aproximou e estendeu a mão para Ravnus, que cumprimentou tímido. Virou-se para cumprimentar Alberich, mas fixou seu olhar no braço do jovem Ravnus, onde o professor havia mexido rapidamente antes do diretor se aproximar. Alberich rapidamente cumprimentou Lavey, tirando sua atenção do garoto. – Ah sim, um dos nossos mais valorosos alunos. - É muita gentileza sua, senhor Lavey... – O jovem olhou para baixo, envergonhado. - Bem, então... o senhor queria falar comigo? – Alberich interrompeu novamente. - Claro, poderia ir comigo até minha sala? – O diretor acenou para a porta. Alberich ficou olhando para o diretor, então deu um tapinha nas costas de Ravnus, e começou a andar junto de Lavey. Os dois saíram da sala e entraram em um corredor com várias janelas que davam uma visão privilegiada do sul de Geffen. O sol raiava com poucas nuvens no céu, e podiam-se ver várias pessoas transitando por perto da fonte de Geffen. Lavey mantinha os olhos todo o tempo para a fonte, com as mãos nas costas. - Então diretor, do que precisa? – O professor Dhellor parecia um tanto impaciente. Lavey olhou para os lados e confirmou que não havia pessoas nos corredores. - Certamente que você, como um dos mais hábeis mestres da magia, conhece a lenda de um artefato mágico de grande poder, capaz de aumentar o potencial de um usuário de mana, não é? - De fato conheço. Ela não é mais uma história fictícia, visto que muitos fragmentos foram encontrados. – Alberich andava um pouco atrás de Lavey, mas falava sério com ele. - Certo. Mas sabendo disso, não é de se perguntar qual seria o real tamanho deste poderoso objeto, ou sua origem? – Lavey voltou a olhar para o lado de fora, na fonte de Geffen. - Isso ainda é uma questão a ser investigada, diretor. - Não seja tão apressado, meu caro Alberich. – O diretor virou em um corredor mais escuro e adentrou-o. – Isso é o que os cientistas e estudiosos afirmam, mas creio que um homem com tamanho conhecimento como você já deve ter ouvido falar de outras histórias. O Professor Dhellor se sentiu um tanto desconfortável com aquela afirmação. Engoliu em seco e seguiu o diretor até uma porta ao fundo do corredor. Lavey abriu a porta e entrou na sua sala. Um local enorme, cheio de estantes, quadros e várias estátuas. No meio, em cima de ricas tapeçarias, estavam a mesa do diretor, a sua grande poltrona e duas outras cadeiras decoradas logo a frente da mesa. Uma mulher de cabelos longos e muito compridos ocupava uma das cadeiras, e ela virou-se para olhar a dupla. - Ora, o nosso campeão chegou. – Disse ela com um pouco de arrogância. - Boa tarde para você também, Eva. – Alberich cumprimentou de longe a mulher. Ela levantou-se e mostrou sua grande estatura, além de sua pele pálida. - Eva, como você sabe, é minha assistente e grande ajudante nos meus trabalhos. – Lavey se dirigiu até o lado dela, ficando frente à Alberich. – Mas bem, vamos continuar o assunto que nos interessa. - Não sei aonde o senhor quer chegar, Ephilas. – Alberich retrucou rapidamente. - Aposto que sabe. – Eva comentou. - Dhellor, não é uma questão de saber ou não onde eu quero chegar. – Ele ergueu o braço e tirou a luva, revelando um círculo negro desenhado em sua mão direita, assustando um pouco Alberich. – Creio que já deve ter ouvido falar de Geffenia, claro, e de que há ligações entre tal artefato e aquela terra... - E sei que o senhor é um Elfo, descendente de lá. Mas ainda não sei o que quer dizer com tudo isso. - A questão é bem simples, meu caro Alberich. – Lavey se escorou na mesa. – Há anos, acredita-se que o nosso "graal" está escondida nas profundezas de Geffenia, mas nem eu, nem outros elfos conseguimos encontrar. E depois da queda da minha antiga terra, ninguém mais conseguiu entrar lá para procurar... - Não está sugerindo que odeia os humanos ou que quer tentar achar uma entrada para lá né? – Alberich olhou mais sério para o elfo, que apenas deu um sorriso e fitou-o. - Não. Não tenho ódio dos humanos, pois não ligo para as mentes fechadas que muitos têm. Mas acertou sobre a entrada de Geffenia, meu caro. – Lavey saiu de perto da mesa e de Eva e foi até a janela, olhando para o lado de fora. – Dizem que muito antes dos humanos perambularem por Midgard, as Nornas estavam procurando um meio de defender esta poderosa relíquia realizadora de desejos que residia em Geffenia... Tanto Alberich quanto Eva olhavam atônitos para Lavey, que observava o lado de fora da janela, olhando para o oeste da cidade. Por fim, continuou. - Ele tem um poder tão grandioso quanto os dos deuses que o criaram, que dizem que pode até mesmo conceder um desejo para seu possuidor. Os fragmentos que foram encontrados são apenas lascas perto do grande pedaço que as Nornas esconderam. E para manter a salvo, elas criaram um pequeno evento que se concretiza de tempos em tempos... - Eu sei dessa história, Lavey! – Alberich interrompeu. Sabia onde o diretor queria chegar, mas ao lembrar-se de Ravnus, resolveu cortar o assunto. Lavey se virou e encarou seriamente o professor. - Você viu esta marca. Sabe que as Nornas escolhem algumas pessoas com capacidades superiores para serem detentoras da relíquia. - Mas isso significa que tem que matar seus rivais. – Concluiu Alberich, indignado. - O que é pouco, considerando o tanto de lixo que existe nesse mundo. – Eva comentou arrogante. Lavey voltou até perto deles e voltou a fitar o professor com mais serenidade. - Como poderosos mestres da magia que somos, nosso dever é obter esse poder e tomarmos conta de Midgard, não concorda? O professor abaixou a cabeça e suspirou. - Você também deve saber que alguns mestres também despertaram o sinal, inclusive aquela aberração de Juno. – Lavey comentou. - Sim, da para sentir cada um deles despertando. – Alberich falou baixo, mas Lavey e Eva escutaram muito bem. - Então, Alberich, vai se unir a nós? Vai conosco atrás de uma chance de conseguir realizar o seu sonho? O nosso sonho? – Lavey enfatizou as palavras, fazendo com que Alberich estremecesse um pouco. – Posso dar um tempo para pensar... - Eu vou pensar um pouco... – Alberich falou rapidamente. Levantou a cabeça e vislumbrou o sorriso de escárnio que Eva dava e a face serena de Lavey. - Muito bem. Pode ir professor. – O diretor apontou para a porta e, cordialmente, Alberich se despediu e partiu. - Ele é muito dedicado. Realmente seria um problema ter ele como inimigo. – Lavey ficou olhando o professor andar pelo corredor. - Você acha que ele vai nos ajudar? – Eva parecia curiosa. Era tão alta quanto seu consorte, apenas alguns centímetros mais baixa. - Vai sim. O que mais movimenta ele é o desejo de rever sua falecida esposa. Ele tentaria tudo por ela... Prontera... - Não acredito nisso! – Tenkisei olhava um tanto abismado para o livro que estava aberto em cima da mesa. Elizabeth havia encontrado um antigo livro de capa negra, de couro. Abriu-o e mostrou o seu conteúdo para o casal. Melody cobria a boca, demonstrando sua preocupação com o que havia no livro. Citar Link para o comentário Share on other sites Mais opções de compartilhamento...
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