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A vida de Indis Tasartir


Khelek

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Bem não sei se pode postar histórias sem vinculos a RO ou que contenham certa violência aqui, mas vamos lá.

Estava criando um BG para minha personagem em um jogo e estava tentando criar a personalidade dela, e acabei criando uma pequena passagem da vida dela, nem sei o porque mas acabou saindo.

Espero que gostem, mas gostando ou não, aceito críticas, está é a primeira história que escrevo e sua participação ajuda muito. =3

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Era mais uma noite calma na taverna de Tobias, alguns falando alto como sempre, outros chorando amarguras, brigas há tempos não se via e poucos sorriam até que estivessem bêbados demais.

Eram tempos difíceis, mas Tobias não se queixava. Ele trabalhava duro no campo, onde conheceu a jovem de cabelos dourados Christiana e juntos decidiram tentar a vida na vila. A vila era ainda pequena e não perdeu a oportunidade de abrir montar uma taberna. Juntou suas economias com as de Christiana e construíram a taberna.

Fora feita toda em madeira negra, a entrada feita em arco bem maior que portas comuns, queria que os clientes entrassem tranquilamente, as janelas pequenas e circulares, o pavimento era alto do solo, pois trata-se de uma região úmida e fria, mesas fizeram seis, não caberia mais que isso e um grande balcão de uma lado a outro da taberna, onde havia não menos que doze bancos. Uma pequena adega fez no fundo à direita e como não tinha muito espaço todo estoque ficava junto na adega, não imaginou que cresceria. A cozinha também pequena onde Christiana fazia maravilhas, ficava a esquerda. Fez acima da taberna sua residência dois quartos na esquerda e mais dois à direita, sonhava em ter uma grande família. A placa na entrada foi a única briga que se lembra ter com a esposa. Ele esperava por o nome dos dois, mas Christiana insistiu que apenas colocasse o nome dele, pois nome feminino em locais públicos, não era visto com bons olhos naquela região, Tobias achava bobagem e queria colocar os dois nomes, por mais de um dia não se falaram, mas Christiana como sempre teve a palavra final.

Hoje, os cabelos de Christiana eram prateados, e os de Tobias a muito o havia abandonado, lembrava das dificuldades que passara ao lado da esposa, e tinha orgulho de tudo que fizera, apenas lhe faltava um herdeiro, mas estava a caminho.

Olhava sua esposa perdido nas lembranças e imaginado a felicidade que em breve chegaria, que nem percebeu a entrada de um sujeito estranho completamente oculto sob uma longa capa cinza escura.

Um dos clientes que o trouxera de volta a realidade e o alertou da entrada do estranho, imediatamente Tobias foi atendê-lo.

– Boa noite, senhor. Como tem passado?

– Me traga a refeição mais barata que tiver.

Tobias já acostumado, com clientes de ríspidos imediatamente, foi a sua esposa e em poucos minutos trouxe o prato.

– Com licença.

Colocou o prato na mesa, junto com uma colher.

– Quer algo para beber?

– Me traga outra colher e deixe está aqui.

Tobias nada compreendeu, mas fez o solicitado e ao colocar a colher sobre a mesa indagou:

– Mais alguma coisa?

– Coma.

– O que? - Retrucou Tobias

– Pegue uma colher de minha refeição e coma.

– Mas senhor...

– Faça o que digo.

Tobias mesmo constrangido pegou uma colher e comeu, o estranho aguardou por alguns instantes, imóvel, em seguida puxou o prato e começou a refeição, Tobias assim que pode se afastou. De fato o mundo estava em decadência, pensava Tobias, que voltou ao balcão e relatou a esposa o ocorrido, e precisou de muita força para segurar a esposa que queria tirar satisfações com o estranho, mas se acalmou. Poucos minutos depois o estranho terminou a refeição e foi novamente ao cliente.

– Quer mais alguma coisa senhor? Posso retirar o prato?

– Sente-se.

– O que o senhor está pensando... - disse Tobias aumentando a voz

– Sente-se e se levantar a voz mais uma vez nada mais falará. - disse sem alterar a voz.

– ... – isto jamais ocorrerá com Tobias estava tremendo, não sabia o que fazer.

– Sente-se logo.

Tobias sentou.

– Quero uma informação e sei que você a tem. – disse o estranho

– Não sei do que fala, não sou informante.

– Quero saber onde está Damias Tereblot.

– Não conheço este sujeito.

O estranho puxou um papel e mostrou ao Tobias, era seu velho amigo Vitor.

– Não o conheço. - disse Tobias sacudindo a cabeça.

– Já disse que sei que você sabe. Se mentir novamente para mim não mais terá o herdeiro que sua mulher carrega.

– Quem é você? – disse Tobias obviamente transtornado.

– É sua última chance de responder enquanto sonha com o herdeiro.

– Sim conheço.

– Não foi difícil, mas não foi isso que lhe perguntei... - rapidamente o estranho puxa uma adaga e em um simples movimento faz um corte longitudinal na testa de Tobias.

– Lhe dei mais uma oportunidade, agora responda. - vociferou o estranho.

– O conheço há muito tempo, Vitor é um homem bom jamais fez mal a ninguém - enquanto dizia isso os clientes se aproximaram, pois mais que curiosos eram amigos de Tobias.

– Vitor - disse em tom inaudível.

– Não preciso mais de sua ajuda. - disse o estranho levantando se rapidamente.

Quando levantou, sua mesa já estava cercada.

– Ninguém ataca nossos amigos - berrou um dos clientes ainda sóbrio e avançou sobre o estranho.

Este fez um pequeno movimento para a esquerda, o qual o livrou do golpe, mas a capa fora removida de sua cabeça por outro que atacava pelas costas. Neste instante ambos que atacaram caíram no chão, o que atacou pela frente, segurava sua mão direita fortemente, que sangrava e tinha agora apenas dois dedos, o que atacou pelas costas teve o abdômen perfurado.

Todos, em volta, estavam atônitos jamais haviam presenciado algo assim e ao levantar os olhos viram longos cabelos vermelhos, pele morena, um lenço que cobria a face, mas permitia se ver lindos olhos brilhantes que não conseguiram definir a cor, parecia com um dos elfos e era uma mulher...

– O próximo que se aproximar não terei piedade – disse a estranha.  

– O que queres aqui mulher. – disse um dos clientes

Sem perder tempo respondendo, cobriu novamente a cabeça e saiu da taberna.

Caminhou cerca de trezentos metros contornado as ruas empoeiradas da vila e parou em frente a uma grande casa de madeira, era uma casa imponente em relação as demais tinha dois níveis, um belo jardim na frente, janelas emolduradas no andar superior, porta de aço na entrada com uma pequena cobertura. Sem pensar muito correu em direção a casa em um salto agarrou a cobertura da porta e em um rápido movimento de braços já estava sobre ela, saltou agora em direção a janela, segurou se na moldura, uma pequena tranca mantinha a janela fechada, segurou-se com uma mão e com a outra correu a adaga sobre a fresta da janela rompendo a tranca, guardou a adaga, segurou com as duas mãos a janela e impulsionou seu corpo, estava dentro da casa.

Tobias após a saída da estranha, demorou alguns instantes para raciocinar, mas rapidamente chamou a esposa que ao ver o que de fato ocorreu, correu nos fundos da taberna e pegou pano e algodão e foi socorrer o marido, Tobias disse que estava bem, era melhor socorrer os caídos, foi primeiro ao que mais sangrava e viu que a mão estava gravemente ferida, enrolou o pano e disse ao marido que precisava chamar Samuel, pois ela não sabia atender aquilo. O marido confirmou com a cabeça e pediu ao jovem Thomas que fosse chamá-lo, pois ia avisar Vitor que corria perigo. Thomas correu para a casa de Samuel, e Tobias foi avisar o amigo.

Tobias correu o mais rápido que pode e em poucos minutos chegou a casa do amigo, viu que a janela superior direita estava aberta, temeu pelo pior. Correu a porta e gritando por Vitor, bateu fortemente na porta, deu mais dois gritos e ouvi a voz do amigo em resposta, poucos instantes depois o Vitor abriu a porta com um sorriso no rosto.

– Que bom que você está bem Vitor – disse ofegante.

– Por que isso Tobias?

– Uma mulher estava te procurando.

– Mas isso não é bom?

– Não, creio que ela quer lhe fazer mal.

– Você está imaginando coisas Tobias.

– Não, vamos a minha taberna que lhe explico. - disse puxando o amigo pelo braço.

Percebeu um vulto, o amigo estava estático, estranhou e largou do braço do amigo, o amigo caiu para fora da casa quase sobre Tobias, foi levantar o amigo, mas sua cabeça não estava onde deveria, olhou para o jardim e a viu dois metros a frente. Estava apavorado, chocado, sem reação, sentiu um forte golpe no abdômen. Caiu de joelhos, a estranha estava na sua frente.

– Adoro esse medo no olhar - disse a estranha

– Você é louca! Ele era um bom homem.

– Não me interessa.

– Por que o matou, mulher?

A estranha puxou um embrulho de dentro da capa e atirou entre as pernas de Tobias.

– Ai tem cinqüenta peças de ouro, meu contratante pediu que lhe entregasse isso.

– Você o matou por dinheiro, mulher?

– Não me chame de mulher tenho nome, Indis Tasartir. E na realidade você que está vivo por dinheiro.

– Como assim quem a contratou, por que não me matou?

– Quem não importa, o contratante me solicitou que apenas respondesse algumas perguntas, e não se ache importante ele pagou pela vida de todos da vila, acha que aqueles idiotas na taberna ainda estariam vivos? Acha que conversaria com um inútil como você?

– Me diga quem foi?

– Apenas lhe digo que ele lhe mandará mais 500 peças de ouro. Meu tempo para resposta acabou.

– Você não tem remorso em matar alguém inocente! - gritou Tobias

– Neste mundo não existem inocentes.

Indis Tasartir sai caminhando calmamente até sumir da vista de Tobias em meio à escuridão.

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Parabéns pela história, o roteiro é realmente interessante e a ortografia me parece impecável, a protagonista da história Indis Tasartir deixou muitas perguntas no fim do capítulo, que espero serem respondidas no próximo, mas fiquei por perguntar, sua história não vai ter nenhuma relação ao Ragnarok?Seria literalmente um outro mundo?

E sobre o sangue e a violência, não se preocupe, não é nada que a sessão de fics já não tenha visto, e além do mais seria ridículo insinuar que em um mundo de armas, não exista sangue nem morte, é uma sequência natural.

Khelek

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Obrigado Khelek. =)

Quanto a pergunta, não terá relação com Ragnarok. O mundo é outro mesmo é Faerun.

Quanto a violência ia até detalhar mais, mas achei que poderia ter problema, se não tem na próxima pego pesado. =P

 

Faerun! Forgotten Realms! *-*

Quantas lembranças! *-*

Ei, muito legal! Minha única sugestão é atenção nas vírgulas e no tempo verbal! Parabéns!

 

Abraços,

- Rafa

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Obrigado Khelek. =)

Quanto a pergunta, não terá relação com Ragnarok. O mundo é outro mesmo é Faerun.

Quanto a violência ia até detalhar mais, mas achei que poderia ter problema, se não tem na próxima pego pesado. =P

 

Faerun! Forgotten Realms! *-*

Quantas lembranças! *-*

Ei, muito legal! Minha única sugestão é atenção nas vírgulas e no tempo verbal! Parabéns!

 

Abraços,

- Rafa

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Obrigado Khelek. =)

Quanto a pergunta, não terá relação com Ragnarok. O mundo é outro mesmo é Faerun.

Quanto a violência ia até detalhar mais, mas achei que poderia ter problema, se não tem na próxima pego pesado. =P

 

Faerun! Forgotten Realms! *-*

Quantas lembranças! *-*

Ei, muito legal! Minha única sugestão é atenção nas vírgulas e no tempo verbal! Parabéns!

 

Abraços,

- Rafa

[shameless Plug]

Tá rolando um RP via fórum (Play by Forum) no Off-Topic Revolution, RP esse que eu e a Lilith estamos mestrando. D&D normal, baseado em Forgotten. Ainda tá nos estágios iniciais (campanha 'exemplo'), mas depois disso esperamos abrir mais janelas. A Indis é uma personagem da nossa campanha ^^

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