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.:Memórias Póstumas de Isilla & Vanberk.:


Marianne

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Pessoal, minha primeiríssima fic de Ragnarök, espero que gostem.^.=.^ 

Lá vai o capítulo I (são cinco):

Templo de Rachel

Memórias póstumas de Isilla & Vanberk

 

Capítulo i-Isilla

 

            -Rachel. Capital do reino de Arunafeltz. Cidade abençoada pela Deusa Freya, esposa do grande Senhor Odin. Terra a oeste, situada no ermo do deserto e fundada pelos Alquimistas de Midgard, imigrantes em busca de conhecimento. A líder política e espiritual, a papisa, deve guardar estrita semelhança com a Deusa Criadora e manter-se distante de “assuntos terrenos”. Tem por regime político uma monarquia aristocrática, pois a papisa, chefe de Estado, conta com o apoio direto dos Sumos Sacerdotes...

            -Certo, certo, já entendi...

            Meu nome é Isilla, tenho 17 anos e, finalmente, poderei tornar-me uma sacerdotisa do Santuário de Freya. Estou muito honrada, sei que o cargo acarreta responsabilidade e estudo, mas... Bem, sendo franca, toda essa falação dos sacerdotes mais velhos só faz dar voltas em minha cabeça. Por que nada aqui é direto? Por que tudo é cheio de segredos, metade das coisas das quais ouvimos falar a vida inteira são inacessíveis, por que a distância entre teoria e prática é tão grande?

            -Isilla, está prestando atenção?

            -C-Claro, Sumo Sacerdote Zhed, como o senhor ia dizendo...

            -Isilla, se não prestar atenção, como será uma sacerdotisa à altura de sua tarefa?

            Se eu estava mesmo à altura da tarefa era uma pergunta difícil. Não que eu não seja capaz, disso eu não tenho dúvidas. O problema é que sinto algo estranho em todo o processo. Como explicar... Há algo de podre atrás dos portões desse Templo. Pelo menos, eu acho. Espera, mas isso não seria blasfêmia...?

            -Isilla, descreva o sistema de trava dos portões do Templo.

            -Bem, os Alquimistas criaram um sistema de segurança altamente sofisticado, baseado em sensores de voz que trabalham com palavras específicas, uma “senha”.

            -Humpf, muito bem... Por hoje é só, turma, estão dispensados. Para amanhã, quero que pesquisem sobre o Mana e a relação dele com a natureza. Lembrem-se: um sacerdote competente precisa dominar diversas áreas do conhecimento.

            Para falar a verdade, acho que não dominam área alguma. Os primeiros Alquimistas sempre buscaram aperfeiçoar o conhecimento, nunca o deixar “definitivo”. “Se o Universo está em constante mudança, o conhecimento também está”. Parece, contudo, que essa máxima foi esquecida por alguns.

            Dentre as muitas coisas estranhas deste lugar, uma delas é justamente o sistema de segurança dos portões. Alguns sacerdotes e aprendizes mais jovens juraram ter escutado sons estranhos vindo das escadas e corredores, e uma voz semelhante à da sacerdotisa Panno dizer a senha quando o saguão de entrada estava vazio. Além disso, certos temas são absolutamente “proibidos”, como a Terra Sagrada e a manipulação do Mana.

 Ah, se quer saber como eu descobri isso, é que, uma vez, escutei a conversa da Suma Sacerdotisa Niren com o Sumo Sacerdote Zhed e, bem, (não pense que eu estava bisbilhotando a conversa dos outros), acabei escutando umas coisas... Enfim, eles parecem ter-se dado conta de minha presença, pois rapidamente mudaram de assunto.

Eu até pensei em deixar isso de lado, mas, hoje, aconteceu uma coisa que me fez voltar atrás. Depois da aula, ao seguir caminho do corredor à esquerda da sala do Sumo Sacerdote, decidi sentar em um dos degraus da Ala Leste do Templo para relaxar um pouco. Até aí tudo bem, então...

“Pant!”

Ouvi o som de algo caindo no corredor do segundo andar. Cuidadosamente, subi as escadas, mas estava muito escuro. Não lembro ao certo o caminho, mas acabei parando justamente na sala proibida a pessoas de hierarquia inferior. Subitamente, senti o pé afundar em uma espécie de líquido. O odor ferroso comprovou minhas suspeitas: era sangue.

Sem sequer olhar duas vezes, saí da sala e desci correndo as escadas tentando desesperadamente não deixar pegadas no chão. Ao retornar ao primeiro andar, porém, tudo parecia em ordem e o Templo estava pacífico e iluminado outra vez.

Até agora, não sei se foi um sonho ou algo do tipo, mas minha vontade de descobrir os mistérios desse Santuário está ainda mais intensa. Espero poder investigar melhor quando atingir o sacerdócio.

 

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Hehe, obrigada.^.=.^

Lá vai o segundo, então:

OBS.: Adicionado o terceiro capítulo. 

Capítulo ii-Vanberk

 

            -Santo Odin, não sei como a Isilla sempre acerta! – Murmurei constrangido. Como diabos aquela menina conseguia ser tão brilhante e tão desligada? Tudo bem, ela era legal, mas, ainda assim...

            Quer saber? Deixa para lá, que a pesquisa do Sumo Sacerdote Zhed já encheu minha cabeça o suficiente. Deixe-me ver... O que eu sei sobre o Mana? É a energia intrínseca a toda a matéria do Universo? O sopro divino da vida? A vontade dos Deuses manifestando-se nos planos físico e astral?

            Ah, aconteceu tanta coisa hoje que nem sei por onde começo. A propósito, sou o Vanberk, aprendiz de sacerdote. Em meus 18 anos de vida nunca consegui entender perfeitamente a natureza das coisas nem desta terra. Não que eu me importe com isso. Aprendi desde pequeno que a fé basta para uma vida próspera e feliz, ainda que não entendamos exatamente como essa vida é processada.

            Minha mãe sempre me disse que me esforçasse para ingressar na escola de sacerdotes. Ter um filho servindo diretamente à Deusa, que honra maior? Meu pai foi um Sumo Sacerdote de renome, então as expectativas naturalmente fluíram para mim. Tenho que ser um bom menino, bom aluno, bom “tudo”.

            Não me entenda mal. Eu, de fato, tenho fé nos Deuses e venero a Deusa Freya. Só não consigo entender o porquê de o povo não poder interagir diretamente com os Deuses. Quero dizer, não somos todos feitos da mesma matéria? Por que há segredos reservados apenas aos Sumos Sacerdotes, totalmente fora do entendimento da população?

            É para responder a essas e outras questões que estou aqui, agora, pensando em como terminar essa pesquisa...

            -Oi, Vanberk!!!!! Está fazendo o trabalho de casa?

            Aí está, falando nela... Isilla, minha melhor amiga... E pior inimiga. É incrível como ela consegue ser ambas as coisas, como o reflexo num espelho.

            -Como está sua pesquisa do Mana? – Ela indagou, com os olhos brilhando de interesse. Eu sabia que não ia conseguir responder direito.

            -Hum... Indo, eu acho. As idéias já estão aqui, só precisam ser arrumadas.

            -Ah, mas idéias desorganizadas são como uma jóia sem lapidação, só têm o valor reconhecido após o joalheiro moldá-las.

            -Tem razão. E sua pesquisa, como está?

            Desconversar é a única coisa que consigo fazer nessas horas, o que pode ser bem idiota.

            -Na verdade, queria falar com você a sós, parece que descobri uma coisa interessante...

            “Lá vem”, pensei.

            Isilla conduziu-me a uma sala adjacente que, por alguma razão, nunca era utilizada. Comecei a ficar nervoso.

            -Não se preocupe, vou só contar uma história.

            Então, ela disse a coisa mais horrenda que eu já havia ouvido nestes meus 18 anos. Isilla contou tudo, desde a conversa dos Sumos Sacerdotes até a mancha de sangue no chão. Parte de mim queria acreditar que tinha sido uma ilusão, uma grande besteira, mas meu lado questionador sabia que havia algo mais. Por fim, decidi confessar minhas suspeitas e, juntos, tomamos a pior decisão possível, a decisão que custou nossas vidas.

 

Capítulo iii-Isilla

            “Nossa, não sabia que o Vanberk também alimentava esse tipo de suposição”. Ainda bem que decidimos investigar juntos essa sala e a tal “Terra Sagrada”. Isso vai ser divertido.

            Durante a pequena reunião na salinha escondida, eu e o Vanberk decidimos averiguar os “mistérios” do Santuário de Freya assim que nos graduássemos. Mal podia esperar o momento.

            No dia seguinte, durante a entrega das pesquisas, deixei implícito em meu texto uma referência à Terra Sagrada, relacionando-a à expansão do Mana. Pode ter sido só minha impressão, mas, por um instante, pude jurar que a pálpebra esquerda do Sumo Sacerdote Zhed tremulou um pouco ao ler, o que foi incomum, pois ele costuma manter a expressão fixa quando concentrado.

            Antes que a pergunta seja feita, sim, eu presto atenção aos detalhes. De que outra forma poderia ter reunido tantas suspeitas e informações acerca desse Templo?

            O lado bom disso tudo é que, como já se passaram os seis anos de preparo, amanhã serão anunciados os nomes dos candidatos a sacerdotes aptos à graduação. Mal posso esperar.

            Vanberk tem estado estranhamente nervoso. A agitação dele é visível, tossindo mais, o olhar instável... Mas isso tudo deve ser por conta da pressão psicológica que ele sofre. A mãe dele, coitada, está para ter um colapso de expectativa. Apesar de tudo, acredito que ele dará um excelente sacerdote. No fundo, ele é bem calmo e contido.

             A Suma Sacerdotisa Niren também está diferente. Desde ontem, a postura dela está mais fria e distante, como se ponderando grandes questões. Mais uma vez, pode ser só a minha impressão.

            A noite trouxe o dia e o dia trouxe esperança. Mal sabia eu que a esperança, nem sempre, é a última que morre...

            O Sumo Sacerdote Zhed trouxe uma lista com os nomes dos aprendizes aprovados. Após uma cerimônia de abertura precedida por um discurso escrito pela própria papisa (ela não pode sair de sua câmara, por isso, recomendações e afins são registrados e, depois, transmitidos ao mundo exterior), os futuros sacerdotes foram anunciados em ordem alfabética:

            -Annarwen!

            ...

            -Calcirye!

            ...

            -Isilla!

            Mal pude acreditar, levantei-me, trêmula, para receber a bênção do Sumo Sacerdote e, finalmente, oficializar-me como sacerdotisa de Freya.

            -Radafinwë!

            ...

            -Vanberk!

            Por um momento, pensei seriamente que ele fosse desmaiar. Ainda bem que isso não aconteceu, pois Vanberk, tomado pela emoção, viu seu sonho realizar-se num piscar de olhos, ainda que precedido de um esforço duradouro.

            Bem, assim é a vida, né? Muitas vezes, as pessoas levam anos construindo as bases para um evento que ocorre em segundos, minutos, horas. E, outras vezes, os segundos, minutos e horas perdem o sentido após esse evento.

            E foi o que aconteceu.

 

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HIstória excelente e escrita impecável. Só uma dica: defina os tempos verbais (preferencialmente no passado). Por exemplo:    "A

Suma Sacerdotisa Niren também está diferente. Desde ontem, a postura

dela está mais fria e distante, como se ponderando grandes questões.

Mais uma vez, pode ser só a minha impressão.

            A noite trouxe o dia e o dia trouxe esperança. Mal sabia eu que a esperança, nem sempre, é a última que morre..."O primeiro parágrafo está todo no presente e o segundo no passado e isso confundiu um pouco a narrativa. Não sei se deu pra entender direito o que eu quero dizer :PFora isso, way to go [/ok]

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Gente, muito obrigada!!

A propósito, nem tinha reparado essa questão do tempo verbal nos parágrafos, minhas desculpas.^.=.^

Na próxima vez, presto mais atenção *.=.*, lá vai o quarto capítulo:

 

Capítulo iv-Vanberk

 

            “Não acredito!!!! Finalmente, esperei tanto tempo...” – Sim, finalmente, havia-me tornado um verdadeiro sacerdote de Freya. Minha mãe não cabia em si de alegria, correu pelas ruas a gritar “É o meu filho, ele conseguiu!!”. Quem poderia adivinhar que essa glória duraria apenas um efêmero pôr-do-sol?

            Eu e Isilla fomos comemorar e, ao mesmo tempo, planejar o passo seguinte. O pré-requisito da investigação, o sacerdócio, já fora concluído. Restava apenas a oportunidade.

            Esperamos na sala secreta as luzes do Templo apagarem-se. Depois de certificarmo-nos de que a sacerdotisa Panno já se havia recolhido, refizemos com cautela os passos de Isilla até o local onde ela havia descoberto a mancha de sangue.

            A alguns passos da escada, ouvimos um baque. Paramos de súbito. Vozes desciam o corredor, soando próximas às do Sumo Sacerdote Zhed e da Suma Sacerdotisa Niren.

            -Bekento, seja cauteloso! Aposto como pelo menos um de seus recém-formados já suspeita de alguma coisa! Não podemos ser descuidados.

            -Mas Niren, nossas reuniões para tratar “daquele assunto” são extremamente sigilosas. As luzes já se apagaram, a porteira já está recolhida e não há viv’alma nos corredores...

            -Mas e aquela pesquisa do Mana? Tenho certeza de que sua aluna... Como era mesmo o nome? Ah, sim, Isilla, fez uma referência implícita ao problema do vazamento. Bekento, se isso cair nos ouvidos do povo...

            -Niren, minha amiga, você está ficando paranóica. Não havia maneira de a menina ter conhecimento disso, tampouco deixar o fato implícito em um trabalho de escola. Sugiro que vá tomar uma poção calmante ou algo do tipo...

            -Bekento, marque minhas palavras, hoje à noite, a Terra Sagrada será invadida e mais sangue será derramado.

            Após o diálogo terminar, ouvimos passos afastando-se para o sentido oposto do corredor acima. Aliviados, retornamos à salinha para discutir o que havíamos acabado de presenciar.

            -Vanberk, você ouviu aquilo? Há mesmo uma Terra Sagrada! – Sussurrou Isilla.

            -Sim, e também mais sangue a ser derramado! – Respondi, em voz baixa – Do que será que eles estavam falando?

            -Não sei, mas tenho um mau pressentimento a respeito.

            -Eu também.

            Permanecemos alguns minutos em silêncio, até escutarmos o som dos passos do Sumo Sacerdote, enquanto o mesmo retornava à sua sala. Isilla foi a primeira a falar:

            -E então, vamos investigar?

             Eu sabia que não ia dar certo. E sabia que ela sabia também. Contudo, nenhum de nós quis deixar a sala com a dúvida corroendo a mente e a vontade.

            -Erm, primeiro as damas? – Respondi, meio sem jeito.

            -Uau, que sacerdote cavalheiro! – Ela brincou, abrindo a porta e sumindo na escuridão.

 

 

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Olá, pessoal!^.=.^

Muito obrigada pelo apoio! É com a maior das alegrias que posto o último capítulo de Memórias Póstumas de Isilla & Vanberk.^.=.^

Espero que gostem do fim:

Capítulo v-Isilla

 

            Ao sairmos da sala, caminhamos com passos inseguros até a escada, onde paramos para respirar um pouco.

            -Tudo bem até aqui, né?  - Indaguei um pouco insegura.

            -Aparentemente, sim. Nenhuma mancha de sangue macabra, nem vozes, nem luzes ou algo do tipo. – Vanberk respondeu, tentando rir.

            Eu sabia que aquela era a reação dele quando sentia medo. O riso sempre o ajudou a pensar melhor.

            -Então, vamos em frente?  - Ele completou, subindo os primeiros degraus.

            Tão logo chegamos ao segundo andar, ouvimos um terrível barulho de algo sendo despedaçado, seguido por um grito agudo.

            Paramos de chofre.

            Mais gritos.

            “Bam”.

            Silêncio absoluto. Eu e Vanberk entreolhamo-nos, inseguros se devíamos tentar ajudar ou não. Demos mais alguns passos hesitantes e paramos em frente à sala proibida.

            Lentamente, levei a mão ao ferrolho da porta, pronta para o que quer que estivesse do outro lado.

            ...

            A escuridão envolvia a tudo e a todos. Apesar de não poder enxergar um palmo à frente do nariz, consegui guiar-me até a escada onde havia encontrado a mancha. O pior: ela ainda estava lá... E, desta vez, maior.

            Vanberk sufocou um grito. Ele havia tropeçado em algo que, segundos depois, identificamos pelo formato como aparentemente humanóide. Mas havia algo estranho na posição do ser, ou talvez...

            “Crec”.

            A porta fechou-se rangendo, aumentando ainda mais a escuridão. Uma voz familiar constatou:

            -Ora, ora. Bem que eu avisei ao Bekento que algumas criancinhas intrometidas pudessem ter descoberto mais do que faria bem a elas...

            Congelamos. Aquela era a Suma Sacerdotisa Niren. No entanto, não era a Suma Sacerdotisa Niren. Alguma coisa no tom de voz ou nas palavras sugeria que estávamos lidando com uma pessoa extremamente perigosa.

            Hesitando um pouco, disse:

            -Senhora, não é o que está pensando, só achamos melhor averiguar uns fatos estranhos...

            Vanberk fitava o vazio, emudecido.

            -Não precisam justificar coisa alguma para mim, justifiquem a si mesmos. Se tiverem um pingo da inteligência necessária a um verdadeiro sacerdote, já devem ter percebido que não posso deixá-los partir tão facilmente. Vocês sabem demais.

            Subitamente, senti um movimento à minha direita. Vanberk havia-se lançado em sentido à porta. Durante todo o tempo, ele estivera analisando o som da voz da Suma Sacerdotisa, esperando o momento em que baixaria a guarda e o ferrolho da porta ficasse desprotegido.

            Niren, por sua vez, havia-se mantido alerta. Com um movimento do manto, desviou a corrente de ar, confundindo Vanberk no escuro. Eu tentei tomar a dianteira nesse momento de “distração”, mas ela também previu meu movimento. Em poucos instantes, a situação encontrava-se perdida.

            “Vamos morrer. O sangue derramado a que ela se referira desde o início era o nosso. Como não percebemos antes? Os sacerdotes desaparecidos misteriosamente, os baques, os gritos, tudo isso deve ter sido fruto do segredo, da necessidade de manter as pessoas alheias à Terra Sagrada”.

            -Parece que descobriram também o fim que os aguarda. Mas não se preocupem, cuidarei para que seja algo especial. O Mana vazado é instável e, quando entra em contato com matéria viva, pode gerar resultados... Interessantes. Vamos ver o que acontece quando jogo dois sacerdotes imprudentes numa fonte de energia tão grande!

            O mundo sumiu. Sem som, cheiro, cores, nada. Vazio. A última coisa de que me lembro é de uma claridade intensa quando a Suma Sacerdotisa abriu a porta. Eu morri. Vanberk também. Pelo menos, nossas consciências morreram. Não somos mais os mesmos e isto aqui é apenas o eco de nossas memórias, gravados pela energia, como impressões dos últimos momentos de nossa existência prévia. Não sei o que somos agora, mas sei o que fomos e, se for da vontade da Deusa, que um dia descubram esse segredo e sobrevivam para transmiti-lo a outras pessoas, pois um mundo verdadeiro não pode ser esse mundo de véus e ilusões. Adeus.

 

 

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