Ir para conteúdo

[Fanfic] O Castelo de Fegefeur


FL@PY

Posts Recomendados

Bom gente,Esta é a primeira Fic que venho postar aqui. Ela

foi feita em comemoração ao clã do qual faço parte: Os Perpétuos.

Alguns aspectos dos Perpetuos do Neil Gaiman aparecem na história, pois

eles apareceram em alguns RPs do clã.

Espero que gostem. E melhor ainda, espero que se gostarem ou não, comentem.

 

 

 

O castelo

de Fegefeuer

 

 

 

 

 

Prólogo

 

 

 

 

 

   

 

O corredor parecia interminável a sua frente. Os

passos, velozes, ecoavam pelo ar unindo-se ao som das arfadas de ar produzidas

pelo cansaço. Parou com as mãos no joelho tentando recuperar o ar. O archote iluminava

um curto espaço do corredor, mergulhando as extremidades em uma escuridão

assustadora.

 

   

 

O espadachim não estava ferido, porém sua armadura

estava parcialmente destruída. Recostou-se na parede e foi deslizando, olhando

para os dois lados. Sentado, começou a soluçar baixinho. Agarrou os próprios

joelhos e os comprimiu junto ao peito.

 

   

 

Começou a escutar passos vindo da direção em que

viera. Levantou-se prontamente e ficou ali parado olhando fixamente para

escuridão como se tentasse enxergar algo. Deu um passo a frente os passos

cessaram e um grito de terror chegou a ele com uma intensidade tão grande que

agachou-se com as mãos no ouvido, olhando para frente esperando que algo

acontecesse, como nada aconteceu levantou-se. Voando da escuridão, algo caiu a

menos de um metro de distancia. A massa disforme deixou um pequeno rastro de um

líquido marrom pelo chão. Mesmo disforme e dilacerada, o espadachim pode

distinguir o que era: um braço.

 

   

 

Um grito ficou preso na garganta do espadachim.

Virou-se para correr mas não foi possível. No mesmo instante o fogo do archote

se apagou. E a luz da vida do espadachim também.

 

 

 

 

 

 

 

Cap I - (Parte A) "Em pouco muito se diz"

 

   

 

De alguma forma, alheio ao fato que ocorria a

alguma distância dali, Dylan Hardgrave apreciava seu sorvete de limão. Da

mesinha onde estava sentado podia claramente observar a ponte sul de Al de

Baran e interceptar a pessoa certa. A pessoa que deveria receber o recado tão

importante que lhe fora confiado.

 

   

 

O jovem mercador de longos cabelos azuis não tinha

muito interesse em se tornar ferreiro ou alquimista, mesmo porque não havia

decidido ainda o que seria. Mas algo sobre ele era inquestionável: a

responsabilidade. Estava a exatamente 8 horas sentado naquela mesma mesa,

olhando para a ponte. Corrompia jovens aprendizes a lhe trazer sorvete de tempos

em tempos.

 

   

 

Avistou o alvo de sua missão e prontamente

levantou-se deixando um olhar triste para o sorvete mal tocado. Eram quase

dezoito horas e muitas guildas começavam a procurar as funcionárias kafras em

busca dos seus equipamentos mais poderosos. Foi uma tarefa árdua para o

mercador não perder de vista o algoz.

 

   

 

_Sr. Reichgeist! Sr. Reichgeist! - gritou

inutilmente. O algoz não ouvira ou pelo menos fingiu não ter ouvido. Puxando

seu carrinho de um modo desengonçado o mercador alcançou Reichgeist. O algoz

deu uma olhada de soslaio para a curiosa figura que usava uma faixa marrom e um

óculos escuro.

 

   

 

_Sr. Reichgeist, preciso falar com o senhor. -

continuou o mercador.

 

   

 

_Você já está falando.

 

   

 

_Sr. Reichgeist, é importante. Tenho um recado para

o senhor. O senhor precisa me escutar.

 

   

 

_Estou escutando mercador.

 

   

 

_Sr. Reichgeist! - O mercador segurou o algoz pelo

braço. Instintivamente, Reichgeist segurou-o pelo pescoço e encostou-o na

parede.

 

   

 

_Escute o rapaz! - A voz de Demonaugen ecoou na

cabeça de Reichgeist. A imagem da katar sorrindo enquanto fazia o pedido,

deixou Reichgeist aturdido. Lentamente o algoz soltou o mercador que saiu

recolhendo as coisas que tombaram do carrinho.

 

   

 

Colocando no carrinho o ultimo conjunto de

cacarecos, Dylan continuou:

 

   

 

_É preciso que o Sr. preste muita atenção. É

necessário que o senhor preste muuuuuuuuuiiiiiiiiiiitttttttttttttaaaaaaaaaa

atenção.

 

   

 

_Tem certeza de que devo ouvir esse cara? Ele

parece não ter muito o que falar. - disse o algoz para a Katar. Contudo ela se

manteve calada. O mercador continuou:

 

   

 

_Senhor Reichgeist, é de suma importância que o

senhor forme uma comitiva e se encaminhe para Veins. Lá serão recebidos por um

paladino que lhes levará até o castelo que meu amo está construindo nas

proximidades da cidade. É necessário que o senhor seja líder dessa comitiva.

 

   

 

O algoz olhou firme para Dylan.

 

   

 

_Não vou a lugar algum. E se terminou... - Reichgeist

se virou, mas foi impedido novamente pela mão do mirrado mercador. Curioso pela

coragem do rapaz, resolveu escutá-lo novamente.

 

   

 

_O senhor não entende que é de extrema NECESSIDADE

que o senhor e sua guilda siga para Veins? O senhor PRE-CI-SA fazer isso!

 

   

 

_Não preciso.

 

   

 

_O senhor não compreende. Nem tão pouco

compreenderá. Tentei fazer isso sem que tocasse em assuntos que não me

pertecem.- o mercador enfiou a mão na bolsa que trazia a tira-colo. Dela surgiu

um envelope. - Antes de entregar este envelope ao senhor, é necessário que o

entenda que não sei o que há aqui dentro. Portanto, no momento que o senhor o

abrir, não pense em me perguntar nada, pois não terei a resposta de nada.

 

   

 

Dylan estendeu a mão para Reichgeist. Este titubeou

em abrir o envelope. Olhou profundamente para o mercador, tentando entender o

que motivava um aventureiro tão inexperiente a ser tão obstinado em passar um

recado.

 

   

 

_Espero que o senhor compreenda a urgência. O

paladinho Petram Urodin esperará o senhor e seus amigos amanhã em Veins, neste

mesmo horário.

 

   

 

Reich olhou o envelope onde estava escrito:

"Reichgeist - Os Perpétuos". Abriu o envelope puxando com cuidado a fotografia

que havia ali.

 

   

 

O algoz sentiu toda a pele de seu corpo se

arrepiar. Foi como se o mundo exterior tivesse deixado de existir. O barulho

das guildas se preparando para a Guerra sumiu. O olhos azuis fixos na

fotografia, vidrados para dizer bem a verdade.

 

   

 

_Acorda, Sohee!!!! - era a katar amaldiçoada em seu

habitual tom jocoso.

 

Reichgeist se libertou do transe que a foto o colocara, e imediatamente o

barulho, o vento, a água, tudo voltara a estar ali. Menos o pequeno mercador

Dylan Hardgrave.

 

   

 

_Ele já foi.

 

   

 

_Notei - disse o algoz sem entonação alguma.

 

   

 

_O que vai fazer agora? - A katar usava um tom

obviamente superior.

 

   

 

_Preciso voltar para Alberta. Reunir-me com Malk e

os outros.

 

    Foi até a funcionaria Kafra de Al de Baran. Algum

tempo depois estava em Alberta.

 

 

 

 

userba88.jpg

@Odin---------OVOS DIRETO DA GRANJA!!! - Zhênix - Faça sua encomenda!

Link para o comentário
Share on other sites

Cap I

 

 

Parte B

 

O lorde

olhava pela janela, mas com certeza não admirava a paisagem. Estava absorto,

suspenso em possíveis pensamentos... ou não. Talvez só esperasse o momento

certo de beber mais um gole de seu hidromel favorito. Sem a armadura era só

mais alguem no meio da multidão, talvez fosse notado pela condição física acima

da média. Mas dificilmente o boêmio seria tido como um cavaleiro.

 

Timo

Malkavian Falk não era de falar muito, contudo era propenso a tomar atitudes, e

Reichgeist gostava de poder dialogar com alguem que quase fosse seu oposto.

Malkavian depositou o copo que segurava em uma peça que ficava ao lado da janela.

Virou-se para Reichgeist:

 

_Veins é

quente?

 

Os olhos do

azuis fitaram o lorde por um tempo. Reichgeist não compreendia bem o que se

passava na cabeça do amigo. Contara-lhe toda a história assim que chegou a

estalagem em Alberta. Malkavian não moveu um músculo. Escutou imparcial toda a

história. Pegou a fotografia, olhou para ela com semblante sério, sorveu um

gole de hidromel, deixou a fotografia sobre a cama. Desde então, estava

prostado em frente a janela. Voltara do semi transe com uma frase que deixou

Reichgeist, desconfortável.

 

O algoz

precisava de elucidações, mas achava que o lorde da Ordem de Tyr tinha se

abalado também.

 

A fotografia era em preto e branco, mas certamente qualquer um poderia definir

as cores e os materiais usados para deixar bem nitida a mensagem: “Eu

PERPETUO!!!!!”.

 

A mensagem

estava escrita na parede de um corredor com baixa iluminação. As letras foram

feitas com precisão minuciosa, todas proporcionalmente dispostas na parede de

pedras. O material usado para fazer a obra é que assustava. Mesmo com a

qualidade da fotografia era possivel afirmar com certeza que eram pessoas... Ou

melhor, pedaços de pessoas. Cada letra era formada por braços, pernas e outras

miudezas indefiniveis. Poças escuras estavam abaixo de toda a frase.

 

_Devemos ir

então Malk? - Reichgeist estava sem jeito, por ter pergutado algo tão obvio.

Pode ouvir a katar sibilando sua irônia: “Não, ele pergunta pois quer passar

férias lá!”

 

_Lógico. Pelo

menos para saber do que se trata. Afinal, podemos ganhar algo com isso. -

Malkavian já estava parado diante da porta. - Falo como Lorde, Reich. O clã

precisa de coisas que os ensine a agir juntos. A batalhar. Pode ser uma

oportunidade excelente. Sem contar que, vendo a foto, esta galera também está

precisando de ajuda. Vamos lá, batemos em alguns monstros e voltamos mais

fortes, ricos e com um monte de histórias para contar por ai. Vou arrumar

minhas coisas. Fechou a porta quando saiu.

 

_Acha que a

palavra “Perpetuo” tem a ver com Os Perpétuos? - Disse para a Katar

 

_Não seja

ridículo. É apenas uma palavra. Se prepare. Sinto que teremos sangue. E isso é

muito bom!

 

Demonaugen fechou o olho. O algoz levantou-se e dirigiu-se a porta. Tinha que

mandar uma mensagem.

 

 

 

 

 

 

***

 

 

 

 

 

A praça de

Juno estava lotada. Milhares de garotas se reuniam para ver o show de um astro

de Rune-Midgard. O famoso menestrel estava prestes a pisar, pela primeira vez

em um palco da República. Havia conseguido isso depois de muitas negociação com

as autoridades locais e principalmente o Reitor da Universidade de Juno.

 

 “Entretenimento aos Jovens estudantes?! Isso é

absurdo!!!”Era a resposta para todas as investidas..

 

Contudo os

agentes de Dygus foram bem convicente em seus argumentos. E agora ele estaria

ali.

 

Ouviu as batidas na porta, mas preferiu ficar sentado. Sua fiel companheira, a

mercadora Velma Kelly, estava ali para essas coisas. Ao abrir a porta a

mercadora de 1, 67 metros, ficou sem jeito. Um cavaleiro parado diante da

porta. Ele era tão alto que Velma certamente pareceria uma criança perto dele.

O cavaleiro estendeu a mão, entregando um envelope que Velma bruscamente

arrancou de sua mão. Bateu a porta com força. Estava profundamente irritada com

o tamanho do cavaleiro. Parou emburrada em frente ao menestrel.

 

 

 

 

 

_Já lhe disse

para não ficar irritada. Talvez você ainda cresça uns 2 centimetros. - Com a

frase do menestrel a mercadora terminou de se enfurecer. Jogou o envelope de

qualquer jeito e foi para perto do seu poporing de estimação, com cara de

poucos amigos.

 

O menestrel

pegou o envelope. Era pesado demais para ser uma carta. E realmente não era.

Era uma asa. A Asa Perpétua. Levantou-se abruptamente.

 

_Velma.

 

O tom grave

transformou a feição do rosto de Velma. De irritada que estava, seu rosto

mostrava agora uma preocupação latente. Poucas as vezes havia escutado seu

ídolo falar com tanta severidade.

 

_Junte todas

as minhas coisas. Estamos partindo.

 

_Partindo? E

o show, e a “dificuldade em se fazer um show em solo estrangeiro”? Você ficou

maluco né!!! Tá pensando que é assim... Você deu duro para chegar até aqui. Não

vou permitir...

 

_Junte as

coisas Velma! - a voz dura assustou a mercadora que parou com a boca aberta,

interrompida no meio da fala. - Por favor junte as coisas. Dygus não mede

esforços para cumprir sua palavra. Preciso de sua ajuda para que eu possa

continuar cumprindo.

 

_Mas e o

show? E as músicas? Quero ouvir aquele mundaréu de gente cantando “O Orc que me

amava.” - Velma estava verdadeiramente entristecida

 

._Você terá

outras oportunidades. Pegue tudo que é meu. Deixe só o violino que está

encantando quatro vezes com o poder dos drops. Vou tocar uma unica música, e

quero que saia perfeita.

 

_E eu? -

Disse Velma, notando que seria inutil discutir.

 

_Você partirá

para Prontera. Na estalagem encontrará o algoz líder d'Os Perpétuos. Avise-lhe

que chegarei em breve.

 

A pequena

mercadora olhou firme e idngnada para o menestrel. Mas ele não mexeu um

musculo. Sua face continuava impassível. Sem ter alternativa, A mercadora

começou a juntar as coisas do camarim enquanto praguejava.

 

 

 

***

 

Cleryn olhou

a foto com atenção. Na sala estavam outros integrantes do clã, mas Cleryn se

importava unicamente com a foto. Estava pesaroso. Como parte do sacerdócio

havia prometido zelar pela vida, e sentia quando uma barbárie como aquelas

acontecia. Sentiu a mão de Xu encontar em seu ombro, e despertou do susto.

 

 

 

 

 

_Quem fez

isso terá o que merece.

 

 

 

 

 

 

 

_Tenho

certeza irmão. - Cleryn respondeu deixando a fotografia na escrivaninha.

 

 

 

 

 

Xu era um

sacerdote, sem sombra de dúvidas. Sua aparência era de um sacerdote, usava

capote escuro, um grande e pesado rosário feito de prata adornava o pescoço. No

entanto as comparações acabam por ai. Parecia um cavaleiro que pegou o unifomre

errado. O semblante sério e firme lhe atribuiam uma idade que não tinha. O

corpo era forte, resultado do intenso treinamento para ser um guerreiro

habilidoso, e a fé inabalável, resultado de um otimismo e confiança exacebados,

obtidos ainda enquanto noviço.

 

Reichgeist levantou-se e olhou para a mercadora que estava a um canto e

perguntou-lhe se queria algo. Ela respondeu negativamente. Estava agarrada ao

poporing desde que havia visto a foto. Reich fez um sinal para Cleryn, e este

rapidamente tomou a mercadora pela mão. Ela não apresentou resistencia.

Levantou-se e saiu junto com sumo-sacerdote.

 

 

 

_Bom, quase

todos estão aqui. Acho que é hora de falar no plano. - Reichgeist não falava

alto, mas seu tom era firme. - Não sabemos o que nos espera lá. Mas devemos

verificar o porque esta mensagem chegou até nós. E mais ainda, devemos

verificar o que tem acontecido, o por que estas pessoas morreram...

 

 

 

 

 

_Você tem

alguma idéia do por quê? - A voz saiu alta e meio engraçada devido ao medo

crescente que tomava conta do Espiritualista. Marques, havia se juntado a

guilda há muito tempo, mas essa era a primeira vez que se reunia em uma missão

com um grande grupo de pessoas. Estava com medo, pois os espiritos lhe diziam

para que fosse cauteloso pois algo estava realmente fora de lugar no mundo

espiritual.

 

 

 

 

 

_Só

descobriremos quando chegarmos lá. Acho que antes disso todas as informações

que teremos serão pela metade. Pedi para Goof ir na nossa frente e tentasse

descobrir algo. Saberemos como está a situação, mas isso só quando encontrarmos

Goof.

 

O algoz pegou

suas katares, pronto para sair, mas o caçador parado a porta começou a falar.

 

 

 

 

 

_É muito

importante lembrar que fomo chamados como uma guilda. Devemos agir como uma.

Não sabemos o que enfrentaremos lá, ou como enfrentaremos. Precisamos de união.

 

O lorde

assentiu com a cabeça dizendo:

 

_Teremos

tempo para saber o que fazer. Afinal, não adianta planejar, pois nem sabemos o

que enfrentaremos. Nosso primeiro objetivo é chegar em Veins, e encontrarmos

com o paladino. Depois veremos...

 

Todos

assentiram. Malkaviam saiu na frente, seguido por Reichgeist e assim a sala foi

se esvaziando. Sobraram Marques, e o sacerdote Xu.

 

_Acho que não

deveremos ir. Há algo muito ruim lá. - o espiritualista falva baixo.

 

_Você treinou

para livrar o mundo das coisas ruins Marques. E é o que vamos fazer. Compreendo

que você ainda não se sinta preparado. Mas somos uma família. Vamos saber nos

virar. - pela primeira vez, Marques observou que Xu sorria. - Vamos mandar

alguns monstros para Niff.

userba88.jpg

@Odin---------OVOS DIRETO DA GRANJA!!! - Zhênix - Faça sua encomenda!

Link para o comentário
Share on other sites

Participe da conversa

Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.

Visitante
Responder este tópico...

×   Você colou conteúdo com formatação.   Remover formatação

  Apenas 75 emojis são permitidos.

×   Seu link foi automaticamente incorporado.   Mostrar como link

×   Seu conteúdo anterior foi restaurado.   Limpar o editor

×   Não é possível colar imagens diretamente. Carregar ou inserir imagens do URL.

×
×
  • Criar Novo...