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Yann Eda

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Tudo que Yann Eda postou

  1. Olá, Razac! Obrigado pelo comentário e pelas impressões. Baseei-me sim em Game of Thrones (ou Crônicas de Gelo e Fogo, como prefiro chamar), mas apenas na estruturação dos capítulos. Talvez eu tenha tido uma influência de Breaking Bad no subconsciente, mas a história em si surgiu ao redor de algo totalmente diferente. Foi como se eu construísse um pilar para depois construir toda a base. Já Death Note, bom... eu definitivamente não pensei nisso ao escrever. Mas olhando agora, há uma certa semelhança. Abraços e até mais!
  2. Fenômeno Revanche Alberto Um dia os desgraçados estão se drogando em becos de Prontera e no próximo estão caídos mortos, misteriosamente. O destino não está querendo ser bom comigo, de fato. Toda essa atenção para o caso Royk vai me manter ocupado por um bom tempo. Tirar o Donnie da cola do Trevor vai me render mais riscos desnecessários. Além disso, Trevor atrasou meu pagamento. Será então que eu deveria mesmo impedir Donnie de chegar até ele? Afinal de contas, Donnie é um jovem muito promissor, com um olfato para sujeira mais forte do que qualquer detetive que eu já tenha conhecido. Se ele tiver tempo, e não tiver obstáculos, Trevor estará ferrado em menos de uma semana. Ainda mais com toda essa sujeira que o Royk causou. Abro o jornal e descubro que a mídia não perdeu tempo. Já nomearam as mortes múltiplas dos usuários de Royk como “Fenômeno Revanche”. Era o esperado. O povo odeia o Royk e odeia seus usuários. O efeito altamente estimulante deixa aqueles que o usam com uma força descomunal e com agressividade que os faz com que passem de qualquer limite para conseguirem uma próxima dose. Esse aspecto do Royk fez com que a taxa de crimes aumentasse estrondosamente nos últimos tempos. Bem semelhante às outras drogas que a polícia de Prontera já erradicou da nossa querida capital. Mas com Royk é diferente. Donnie, nosso mais novo detetive, chegou e logo se interessou pelo caso. Diversas vezes entrou na trilha correta para chegar a Trevor, o líder da organização, mas nunca conseguiu provas e pistas para realmente algemar o cara. Isso porque eu estou sempre tirando Donnie da trilha correta, e Trevor deve muito a mim, muito mais do que aquilo que ele me paga para fazer isso. Arriscar toda minha carreira policial certamente custa mais caro. Bom... custou caro para chegar na posição de Chefe do Departamento de Narcóticos. Alguém bate na porta. _Pode entrar. – eu digo. E claro, só poderia ser Donnie. Ele com certeza está entusiasmado com o Fenômeno Revanche e o vê como uma forma de pegar Trevor. Essa sede por justiça... adoro ver isso nos novatos. _Ei, chefe, já viu as notícias? _Claro que sim, meu jovem. As vítimas foram achadas mortas essa manhã, mas provavelmente teriam morrido na noite anterior. Sendo assim, a coisa ainda está bem fresca. _Trevor deve ter cometido algum erro. Foram mais de cem usuários mortos em uma noite! E todos sabemos que o Royk não causa morte assim, em uma dose. Temos casos de pessoas que usam há mais de um ano. E lá vamos nós com o brainstorm do Donnie. Ele normalmente vem até mim para mostrar aonde chegou. Isso facilita muito meu trabalho. Faço uma cara de interessado e inclino-me para frente. _O produtor que trabalha para o Smoky – esse é o apelido carinhoso de Trevor para a população, já que poucos podem conhecer o nome real do líder do maior crime organizado da atualidade – provavelmente cometeu um erro. Talvez um ingrediente que ele adicionou, ou algo que ele colocou a mais. Se eu só ouvisse e não desse alguma ajuda, tudo ficaria muito suspeito. É sempre bom falar algumas palavras vazias que, aparentemente, estão cheias de alguma coisa. _Isso não é muito provável, Donnie. Smoky não trabalharia com riscos, logo não usaria um ingrediente com dose letal. _Ok, mas e se o produtor trabalhar independentemente? Isso é muito pouco provável, conhecendo Trevor e sua desconfiança. Além disso, conheço seu produtor: Dalton, um alquimista muito habilidoso, que não cometeria erros banais como um ingrediente a mais ou em dose exagerada. A não ser que... _E se foi algo relacionado com o fornecimento? – Donnie cogita. Como esperado do Donnie. Ele chega às conclusões antes que eu mesmo chegue. No entanto, eu estou caminhando sobre gelo fino. Não sei nada sobre o que causou as mortes. Dependendo do que eu disser, posso acabar ajudando Donnie. Preciso contatar Trevor ou Dalton. _Não sei dizer, Donnie. Estou tão por fora quanto você. – e dessa vez, eu não estou mentindo, para variar – Mas estou ouvindo, caso você tenha mais alguma ideia. _Não, senhor. Mas vou investigar, talvez essa seja uma chance única. _Então vá, garoto. – dou um sorriso encorajador. Com um aceno, ele sai da sala e fecha a porta. Talvez eu deva comer alguma coisa e depois contatar Trevor... _Ah, só mais uma ideia, chefe... – disse Donnie abrindo a porta repentinamente – Será que o Smoky usa Royk? Sei que é só uma suposição... Quase não consigo esconder minha cara de estupefação. Como é que eu não havia me lembrado desse fato? Trevor é usuário de Royk! O desgraçado pode estar morto agora mesmo. _Bom... certamente seria engraçado. – disse Donnie dando uma risada – Morrer com sua própria mercadoria... Acho que devo levar isso em conta. Que bom que Donnie não esperou uma resposta e foi embora novamente, porque eu não seria capaz de dar nenhuma. Pego um segundo telefone que sempre escondo em minha sala e não possui nenhuma vigilância da polícia, disco o número de Trevor. Uma voz que não é dele atende, e logo reconheço seu guarda pessoal, um atirador de elite conhecido simplesmente como Silêncio: _Telefone pessoal do Trevor. Bom, o nome Silêncio certamente não era por falta de falar, mas sim sobre a reputação de morte rápida e quieta. _Aqui é o Alberto. Trevor usou a última remessa de Royk? _Sim. Temos uma arcebispa mantendo-o vivo. Ele está mais morto do que vivo, no entanto. Droga! Aquele idiota do Trevor, usando sua própria mercadoria. _E Dalton, ele sabe o que foi que aconteceu? – pergunto esperando algo para tirar Donnie do caminho certo. _Não, ele foi contratar um especialista em veneno. _Veneno? _É no que ele acredita. Que bom que Trevor não está consciente, porque senão Dalton já teria perdido algum membro do corpo. Ele precisa resolver isso. Você terá que manter o detetivezinho longe de nós agora mais do que nunca. Aquele tom apático da voz de Silêncio estava me deixando com uma raiva enorme. Ainda mais aquela ordem ridícula. Como vou manter Donnie longe de Trevor sem saber o que está acontecendo? Mas eu precisava manter a calma. _Vou desligar. Ótimo, agora estou numa corrida contra Donnie.
  3. Olá, pessoal! Estou iniciando essa nova Fanfic. Aqui explicarei alguns aspectos dela para que seu entendimento fique mais claro: Ela seguirá um modelo POV, não sei exatamente se é esse o nome, mas enfim, possui vários pontos de vista. Quem leu Crônicas de Gelo e Fogo deverá estar familiarizado com o modelo. (Eu nunca escrevi algo nesse molde, então peço desculpas adiantadas por possíveis problemas de cronologia) Personagens POV: (ordem alfabética) Alberto: Chefe do Departamento de Narcóticos da Polícia de Prontera Alice: Arcebispa da Catedral de Prontera, enviada pelo Arcebispo Adrian para cuidar de Trevor/Smoky. Dalton: Alquimista produtor de Royk e empregado por Trevor. Amigo de Giften. Donnie: Jovem detetive do Departamento de Narcóticos da Polícia de Prontera. Giften: Sicário especialista em venenos. Faz parte da Espinho da Rosa, organização de assassinos com membros altamente qualificados em diversas áreas. Tentarei postar uma parte por semana, porém logo ficarei sem computador por uma semana, então tentarei adiantar o da semana que vem. Não deverá ser uma Fic longa. No post seguinte, já colocarei uma parte. Boa leitura!
  4. Talvez eu seja o Ian jogando com a sua mente, afinal, 13 anos com mentalidade de 19 = psicopatia. SUHsuHAushUAHShUAShuAS, bricadeira. Mas... assim como o Raazac, desconfio que isso seja fruto de tóxicos... Brincadeira². Não pude ler nenhuma, até agora. Divido meu tempo entre trabalho, jogo, vida social (facebook, lamentável) e preparamentos para mudança. Ou seja, pouquíssimo tempo. Mas lerei, com certeza. Nope o.O! Eu disse que, se você se sentiu próximo do personagem, que é um esporo, eu já me sinto satisfeito. Não se preocupe. Adoro um fluxo de consciência. #ClariceLispector
  5. Obrigado, Schultz! Fico feliz que o efeito tenha sido esse (o headshot). Pelo menos era o esperado! E eu com certeza leria um fic com um personagem chamado João Doido of Ceará's Fire Link from Izlude. Tente! sAHAUShAUHSHUAs Sim, em One Shots você tem pouco tempo para criar um vínculo forte através de caracterizações complexas ou apresentação de personagens. Por isso fico feliz que eu tenha conseguido fazer um leitor se sentir próximo de um Esporo aleatório! E por que acha que tenho 13? Haha.
  6. Obrigado, Coyote Starrk e Drakho! Coyote, Sim, era essa Fic sim, mas ao invés de Ponte, é Conexão. Leu inteira? Haha! Razac, Obrigado pelo oferecimento de ajuda. Também acho melhor criar algo entre One Shot e séries longas, pois estas últimas normalmente nos fazem perder o fio da meada. Tanto que não consegui finalizar minha antiga Fic.
  7. Obrigado, LordeDS e Aarchie! Aarchie, Não pensei no mito da caverna quando escrevi, mas relendo o início, realmente percebi a semelhança. Sempre gostei de mudar a perspectiva, e inclusive tento fazer isso no meu dia a dia (sem muito sucesso, claro). LordeDS, Gostei do movimento da área de FanFic. Está relativamente maior! Isso me faz querer voltar a escrever efetivamente. Quem sabe uma série longa. Como o Razac sugeriu, eu poderia (e estou pensando seriamente nisso) repostar minha antiga história. Mas olhando para trás, percebo que, talvez, ela fosse um tanto infantil em certos momentos. O enredo gira em torno de um garoto do "nosso mundo" caindo em Midgard (coisas que são explicadas no decorrer da história). Abraços e até mais!
  8. Reescrevê-la seria até legal... mas são mais de 30 capítulos. Não sei se uma repostagem é permitida, e mesmo assim... meu estilo de escrita mudou muito nesse meio tempo. Bom, no meu caso, tenho que admitir que pareço mais legal na rede do que na vida real. Claro que, nesse caso, eu estou sendo "melhor" do que eu realmente sou, e não abusando da liberdade para fazer coisas que prejudicam os outros, como KS ou bot, por exemplo. E sim, daria uma boa história. Isso me lembra de uma FanFic antiga chamada OverPower (eu acho). É muito engraçada e vale muito a pena ler.
  9. Bom... nesse caso parece mais sério. Até agora a mesma mensagem. Mas o importante é que o principal foi resolvido, acho que essa parte é só com tempo mesmo. Obrigado, Fabiano!
  10. Adoro escrever, escrevi um FanFic aqui há muuuuuito tempo atrás. Está perdido no fundo do baú por aqui. Quando surge uma ideia, vou logo escrever, então acho que depende da minha criatividade. Acho legal isso! O Rag nos instiga a matar loucamente para... evoluir? Mas claro, é um jogo. Só acho interessante analisar como se não fosse.
  11. Olha, deu certo! Mas surgiu outro problema. Ok, por partes: Consegui entrar no Thor, que não é meu server. Consegui efetivamente mudar a senha através da opção Esqueci Minha Senha, que parece ser mais eficiente. E de fato, funcionou. Mas acho que tentei entrar muitas vezes no Asgard, e agora tá dando aquele negócio de reconhecer meu último login. E não sai disso, como normalmente ocorre quando eu erro a senha. Sabe quanto tempo dura?
  12. O antigo, com cores laranjas. MELDELS PODE SER POR ISSO!
  13. Obrigado pelos elogios, Razac! Na minha cabeça. ela era mais triste, mas aí vem a típica dificuldade para passar as emoções completas para o texto. E como é que você saiu do Campo de Aprendizes? Matando Fabres? suAHSuHAShAUHs Eu achava que esse underline era o travessão digital, haha.
  14. Mudei a senha diretamente da janela da conta Level Up. Quando abre a aba de ragnarok, sabe? Tem uma opção de mudar a senha, e muda na hora, sem e-mails.
  15. Sério que conseguiu? Antes eu colocava meu login e senha e dava erro, agora só de entrar na central já dá erro, antes mesmo de tentar fazer o login. E sim, verifiquei o NumLock e o Caps.
  16. Sim, está ligada a uma conta Level Up. Já troquei de senha, mas continua dando senha incorreta. O estranho é que aqui no fórum dá pra logar normal com a nova senha.
  17. Não sei se pode fazer isso, mas tô dando um up porque sou/estou desesperado mesmo.
  18. Qual é a Razão? Sempre gostei de sentir a luz do sol pelo meu corpo. A clareira perto da minha toca era o local perfeito para isso, embora eu raramente pudesse ir até lá. Meus pais diziam que era perigoso sair de perto da toca, algo sobre grandes monstros andarem por aí, armados com coisas brilhantes e mortais. A nossa toca ficava abaixo de uma árvore com grandes raízes e bastante musgo em toda sua extensão. Devia ser a árvore mais velha de toda a floresta de Payon. Era escuro e úmido, coisa que eu repudiava na época. Como eu disse, eu gosto é de sol. Mas minha mãe disse que o nosso ambiente natural era aquele: sem luz. Isso não impedia que eu fugisse para a clareira de vez em quando, mesmo sabendo que depois haveria consequências, como uma bronca do meu pai. No fundo, ele não queria brigar comigo. Acho que ele compreendia a minha ânsia por correr livre. Mas, de novo, surgia o assunto dos monstros. _Você já tentou falar com eles, papai? – perguntei certa vez. _Eles não compreendem nossa língua. Achei isso estranho. Certa vez conhecemos criaturas totalmente diferentes de nós, mas mesmo assim conseguíamos nos comunicar. _Eles são completamente diferentes. – adicionou meu pai. _Queria vê-los, um dia. – eu disse. _Não queira. Jamais. – foi só o que meu pai disse. E os dias continuavam assim. Nada de novo ocorria. Comíamos plantas e só saíamos da toca para emergências. Era tedioso, mas meus pais faziam de tudo para me manter entretido. Mamãe fez um boneco para mim. Papai me obrigava a exercitar o corpo. Não é como se eu precisasse de alguma capacidade física naquela toca, mas ele dizia que eu poderia precisar de força um dia. Supus que era por causa dos monstros. Cheguei num estágio em que não suportava mais viver ali, e via a tristeza de minha mãe, muito embora ela se esforçasse ao máximo para esconder. Meu pai escondia sua frustração com perfeição. Mas eu era criança, agia e depois pensava. Foi assim que saí da toca quando meus pais não estavam olhando. Aquele dia poderia ser como qualquer outro. Mas não foi. Cheguei até a clareira e deitei lá. Sorri com a sensação de calor que o sol me proporcionou. “Faz tanto tempo que não sinto a luz...”. Foi aí que ouvi um barulho. “Devem ser os monstros!”. Senti que deveria correr, mas depois de tanto tempo ouvindo sobre eles, eu precisava vê-los. Precisava tentar entender o porquê de eles nos colocarem em tal situação. Não poder sair, não ter liberdade, medo constante. Eles estavam quase chegando à clareira quando senti uma puxada. Era meu pai que me puxava para trás, de volta para a toca. Seu rosto mostrava pânico. _Vamos, filho, temos que voltar! – ele disse. _Mas, pai... _Ali, tem dois ali! Corre atrás deles! – um dos monstros disse. Eu não podia enxergá-los com clareza. Eram rápidos. A única coisa que eu podia ver era o brilho metálico em suas mãos. “Será que são garras?”. Chegamos à toca e meu pai gritou pela minha mãe. Ela veio rápido, como se já entendesse o que deveria fazer em seguida. Saímos da toca e entramos na densa floresta. Ainda havia passos atrás de nós três. Nunca iríamos conseguir, e meu pai sabia disso. Mamãe e papai se olharam e foi como se entendessem exatamente o que o outro estava pensando. Papai parou e se virou para os nossos perseguidores. Mamãe continuou correndo, puxando-me junto com ela. Achamos uma árvore grande, embora menor do que aquela sobre a nossa toca. Nela havia uma reentrância na qual mamãe se escondeu junto comigo. As raízes eram levemente espaçadas, de modo que eu pude ver, ao longe, meu pai sendo confrontado pelos dois perseguidores. Finalmente consegui vê-los claramente. Seus braços eram longos, assim como suas pernas. Os pelos em suas cabeças eram de cores diferentes e formas diferentes. Usavam roupas, bem diferentes das que minha mãe fazia para mim quando estava muito frio. Um carregava um longo objeto brilhante que eu nunca havia visto, feito de metal, menos na parte que ele segurava. O outro carregava algo que parecia uma miniatura do objeto que o outro carregava. _Você vai por trás e apunhala ele com a adaga. – disse o que carregava o maior objeto. Então o nome daquela coisa que o segundo carregava era adaga. Saber o nome não mudava nada, parecia mortífero. Comecei a sentir algo ruim dentro de mim e quis desesperadamente correr até meu pai. _Não olhe, filho. – disse minha mãe. Fechei os olhos, mas ouvi o som das palavras do papai. Olhei novamente e vi que ele tentava dizer alguma coisa. Por um momento, fiquei esperançoso. Talvez os dois conseguissem entender o que meu pai queria dizer. Mas ele foi interrompido por um golpe de adaga, seguido por outro golpe do objeto maior que o outro carregava. Deram mais uns três golpes até que meu pai estava caído e imóvel. _Nossa, essa sua espada tá afiada. Fez o maior estrago. – disse o que carregava a adaga. _Você viu como ele ficava guinchando antes de a gente matar ele? Acho que esse tava nervoso. – os dois riram. Eu estava em choque. Meu pai estava morto. _Não tinha dois? Vamos achar o outro. Eu já não prestava muita atenção no que eles diziam. Eu queria chorar ali mesmo. Queria ir até lá e, talvez, achar meu pai vivo. Minha mãe me segurou, e vi as lágrimas em seus olhos. Ela mostrou meu boneco, o que ela havia feito para mim. Não tinha visto que ela havia pegado antes de sairmos da toca. Antes que eu pudesse pegá-lo de suas mãos, duas coisas a acertaram. Só pude ver o rastro brilhante, e depois havia duas hastes de madeira cravadas em minha mãe. Ela caiu com seu rosto para o chão, o que foi melhor, porque sei que não gostaria de ver sua feição de dor. O boneco caiu de suas mãos e rolou na grama macia que cobria o chão. _Matei outro aqui, pessoal! – disse outro monstro, dessa vez tinha a voz mais aguda, acho que era uma fêmea. Ela se aproximou com uma arma que supus servir para atirar aquelas coisas que mataram minha mãe. Eu estava imóvel, sem reação, como minha mãe e meu pai, caídos tão longe um do outro. A única coisa que me diferenciava dos dois era minha respiração ainda existente e rápida, assim como os meus olhos abertos. O monstro fêmea chegou perto do corpo de minha mãe e arrancou as hastes de madeira, e só então pude ver as pontas metálicas responsáveis pelo brilho rápido. Dos orifícios que a arma causou, saíram esporos que se espalharam pelo ar. Eu nunca havia visto tantos. Só um pouco quando caí fiquei com um leve machucado. Mas uma torrente de esporos saiu do corpo de minha mãe e flutuou pelo ar. Para mim eles pareciam brilhar. Aquele era o fenômeno da morte. _Há! Achei um boneco de Esporo! – disse a fêmea para os dois responsáveis pela morte de meu pai. _Aff, nós que íamos matar esse! – disse o que carregava a espada. _Mas eu cheguei primeiro. Beijos. – ela disse. Os sons pareciam disformes para mim, de forma que eu não compreendia completamente tudo o que diziam. Comecei a chorar, mas sabia que não havia ninguém para me ajudar. Meus pais estavam mortos. Os três olharam para mim. _Olha, um Esporozinho. Que fofo. – disse a fêmea. Hoje penso no quão estranho é eles nos chamarem de Esporo. Aquilo que sai de nós quando morremos... _Ele guincha alto. Enfia uma flecha nele logo e vamos embora. – disse o que carregava a adaga. _Não. Ele é tão bonitinho... Ela tentou encostar a mão em mim, mas me arrastei mais para dentro das raízes. Ela pareceu não se importar e deu um risinho. Levantou-se e começou a caminhar com os outros. “Eu estou vivo”. Quis que eles voltassem e terminassem o que começaram. _Por quê? – gritei para eles – Por que vocês fazem isso com a gente? Eles nem sequer se viraram. Continuaram andando e sorrindo, conversando uns com os outros. _Por favor, respondam pelo menos isso! – tentei novamente, e até comecei a ir atrás deles, mas desisti. Fiquei parado ouvindo o som dos pássaros nas copas das árvores. “O que eu faço agora?”. Voltei até onde papai estava caído e vi que ele tinha cortes em todo o corpo, além de perfurações feitas pelas lâminas. Fora isso, estava inteiro. Puxei-o até para onde mamãe estava caída. Com muito esforço, consegui. Os dois deveriam ficar juntos. “Mas e eu?”. Eu não queria ir para a floresta sozinho. Voltar para a toca e viver sozinho. Tudo sozinho. Deitei entre mamãe e papai, da mesma forma como fiz todos os outros dias em nossa toca escura e úmida. Fiquei um tempo lá, chorando. Em um certo momento eu dormi, esperando que, quando eu acordasse, estaria de volta à toca e meus pais estariam vivos. Ainda vivo no mesmo local em que vivi com meus pais. Hoje, sei dos cuidados que tenho que tomar, sei como ser furtivo e sei detectar ao longe a presença de um monstro. Nunca saberei, no entanto, qual é a razão dessa matança.
  19. Olá! Estou com problemas para entrar em uma conta do Rag recém criada. Tentei entrar pela primeira vez e deu senha incorreta (e eu estava bastante certo de que aquela era a senha), então mudei a senha, e deu incorreta de novo. O sistema de tickets não está abrindo e não achei um telefone para o qual eu possa ligar. Não crio outra conta porque já creditei essa... sem tentar entrar nela antes (ok, talvez isso tenha sido um pouco inconsequente). Agradeço se puderem dar uma ajuda.
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