Ir para conteúdo

Drika_lindinha

Members
  • Total de itens

    17
  • Registro em

  • Última visita

Conquistas de Drika_lindinha

Newbie

Newbie (1/14)

0

Reputação

  1. Gostei da arte, legais os desenhos, parabéns *__*
  2. Também gostei da primeira parte ^^Muito bom os dialogos e começo cotidiano da personagem como realmente as coisas acontecem, simples (como foi dito) dando bastante realismo a fic .
  3. Capitulo 6: O Tabuleiro de Loki (Alguns meses atrás) Outrora seu poder e dominação eram plenos sendo seu nome um dos mais aclamados até que Odin, o supremo, pôs fim ao antigo reinado. Agora em um lugar distante e pouco conhecido o ser ainda poderoso e temido conspira com seu servo. - Ousam alguns proclamar que fui vencido! Ousam outros dizer que não existo mais! A todos esta reservada a fúria de Loki! - pragueava a criatura trajando vestes pretas que se estendiam até o chão. - Sim meu mestre, quando chegar a hora todos serão consumidos pelo seu poder. - dizia Lord Nesfestus . Loki olhou para o imponente Lord diante de si, mas que não passava de um humilde criado para ele. - Você tem sido fiel a mim Nefestus e será recompensado dignamente quando tudo me pertencer novamente. - Obrigado Mestre, vossa excelência é muito justa com este seu servo. O ser poderoso sorriu com a subserviência do homem próximo a ele. Sabia que Lord Nefestus era de sua extrema confiança e daria a vida com a alegria se fosse necessário a pedido do seu Mestre. - Nefestus, confiarei a você meus planos... - começou dizendo Loki enquanto perambulava pelo salão. - Muito me honra Mestre...- interrompia o Lord. - Cale-se e ouça! - ordenou o ser – No passado apesar de ter seguidores fiéis eles falharam. Alguns que caminharam ao meu lado hoje vangloriam a Odin... Enquanto falava Loki caminhou até um trono e sentou-se dando continuidade ao seu discurso: - Hoje sei que não basta ter apenas o poder. Tenho que mostrar ao mundo que o meu poder será pérpetuo! E assim todos me seguirão e seguirão a minha herança pelo infinito!!! - Sua herança Mestre? - ousou perguntar Nefestus sem entender direito o que estava ouvindo. - Sim Nefestus, meu reino deverá perpetuar-se pelos séculos. E todos sempre respeitarão o meu nome. E para isso preciso de um herdeiro!!! Eu terei um FILHO! Ao ouvir tal pronunciamento Lord Nefestus não teve como disfarçar seu espanto. Jamais poderia imaginar que tais assuntos se passassem nos pensamentos do seu amado Mestre. E Nefestus esperou que Loki falasse mais alguma coisa, mas diante do silêncio do Ser ele perguntou audaciosamente: - Mas Mestre, com quem terás um filho? Ao ouvir isso, um fato raro aconteceu. Um ar de preocupação nunca visto se abateu sobre o semblante de Loki. - Pois é meu caro Nefestus...isto é um problema. Pensei em ter um filho com alguma mulher que se encontre no meio do povo, assim também estarei mais próximo a todos e terei mais seguidores. O problema é encontrar alguém digna de gerar um filho meu. - Se o Mestre permitir eu cuidarei deste assunto para o senhor – pediu o Lord. - Fico feliz que se disponha a cuidar disso para mim Nefestus. Como sempre tenho muitos outros assuntos a tratar. Mas não falhe! E que sua escolha me agrade! Use todos os meios que precisar para ter sucesso em sua empreitada! - concluiu Loki. Lord Nefestus estava mais radiante do que nunca com a responsabilidade e a confiança dada pelo seu Mestre. No entanto, sabia das consequências caso o que fizesse não agradasse a Loki. Naquele mesmo dia Nesfestus foi se encontrar com o arquimago Akalantes mestre das magias arcanas. Akalantes passava muitos dos seus dias recluso em sua torre entretido com seus experimentos e estudando pergaminhos ancestrais. Poucas eram as pessoas que procuravam sua companhia, pois além de sua própria aparência sombria os rumores de que ele sempre estava em contato com criaturas de niffelm assustava qualquer um. Mas Lord Nefestus não estava na relação das pessoas que evitavam encontrar-se com Akalantes. - Akalantes! Estas ai velho amigo? - vociferou o Lorde assim que adentrou aos aposentos do bruxo. - Precisa sempre ser tão espalhafatoso? Precisa sempre fazer tanto barulho Nefestus? - reclamou. - Oras, já nos conhecemos a muito tempo, já devias estar acostumado com meu jeito – riu da seriedade do amigo. - Pois bem, a que devo a honra da sua visita? - aproximou-se Akalantes tão logo acabara de fechar um volumoso grimório antigo. Lorde Nefestus acomodou-se em uma poltrona macia e esticou as pernas apoiando suas grevas num banquinho de madeira. Comentou superficialmente sobre seu dialogo com Loki e viu a surpresa no olhar do arquimago. - Então, como eu dizia, preciso da sua ajuda para encontrar as tais moças que terão a honra de desposar nosso mestre. - continuou demonstrando preocupação. - Bom, meu amigo... – sorriu o bruxo – com minha magia orquestrarei para que possamos escolher através de testes a pessoa mais adequada aos nossos propósitos. Alguém que não só agrade ao nosso poderoso mestre, mas que também tenha lealdade para conosco e os nossos interesses. - comemorou pegando um garrafa de vinho de mastela. Nefestus também soltou um grande sorriso ao ouvir isso e os dois brindaram num cálice dourado o acordo firmado entre eles. Depois se dirigiram até uma grande mesa onde uma orbe possibilitou que visualizassem entre uma névoa as formas de três lindas jovens. Em outra mesa de menor tamanho encontrava-se um velho tabuleiro sobre o qual haviam miniaturas de algumas criaturas conhecidas. Akalantes movimentou as figura de um caçador, de um desordeiro e de um mercador.
  4. Capitulo 5 : Tumulto em Morroc Até hoje muitos ainda não sabem exatamente o que aconteceu. Conta-se que Odin cansado de ver as desavenças entre os domínios de Chaos, de Loki e de Iris resolveu intervir diretamente em Rune-Midgard. Assim Odin tomou para si os três domínios unindo-os. Desde então não se tem ouvido mais falar do destemido Chaos, do ardiloso Loki e da sábia Iris. Quanto ao cotidiano das pessoas do reino muita coisa mudou. Morroc agora era uma cidade muito mais populosa e movimentada. Um grande número de comerciantes resolveram abrir suas lojas na tórrida cidade do deserto. Antigos moradores não gostaram muito deste acontecimento, no entanto, para outros a vida ficou muito mais fácil. Haviam muitas mais pessoas para serem afanadas.Se antes furtar alguém já era algo simples para um habilidoso gatuno, agora, era tão fácil como tirar um jellopy de um poring. Bastava atacar alguém desprevinido e depois sumir em meio a multidão. Tróia ganhava a vida como todos os gatunos. Foi assim que aprendeu a viver com seus amigos da Guilda. Ela não lembrava muito do seu passado, mas isso pouco importava. O que ela sabia era que nas ultimas duas semanas havia aprendido muitas habilidades e se destacava entre os seus. - Socorro!!! Acabei de ser roubado! Alguém viu quem foi? - gritava um nobre assustado e de bolsos vazios. Mal sabia ele que a autora do furto já se encontrava bem longe dali contando os zenys que tinha adquirido. Na verdade, Tróia usava suas habilidades de ladina mais em busca de ação do que para enriquecer. Achava divertido o desespero de suas vítimas que mal viam quem as usurpara de suas riquezas. No entanto, apesar de levar uma vida aparentemente livre ela tinha que prestar contas ao lider da Guilda. Naquela noite, como de costume, Tróia encontrou-se com Smoke vice-líder da Guilda. - Olha só quem apareceu por aqui! Lembrou-se de nos fazer uma visita? Vamos garota aproxime-se – recepcionou o astuto Smoke. - Guarde sua amabilidade para quem acredita nela Smoke – disse a jovem caminhando em direção a ele. Tróia não fazia questão de ser simpática com ninguém, muito menos com Smoke no qual ela não confiava nem um pouco. - Aqui esta o que consegui esta semana, separe logo a parte da Guilda que tenho pressa... - adiantou-se a garota entregando-lhe a sacola cheia de zenys. - Calma pequena fera – retrucou o mercenário enquanto contava e separava os zenys.- Não tenha pressa... temos uma missão especial para você. Tróia não gostava que a chamassem de pequena fera e Smoke sabia disso. Ela não sabia o porquê, mas era um apelido que a deixava com dor de cabeça e fazia ter sonhos com uma realidade que não era sua. Resquícios de lembranças que não deveriam mais incomodá-la. - Missão para mim? Do que esta falando? Já dou mais lucro para a Guilda do que qualquer outro... mereço um descanso. - reclamou ela. - Tem razão...tem razão. Mas precisamos de alguém muito habilidosa e você é a mais indicada. Assim que tiver sucesso poderá ter suas férias – ponderou Smoke enquanto sorria sorrateiramente. - Esta bem. Me diga logo o que tenho que fazer não quero perder mais tempo respirando o mesmo ar que você. - falou a jovem dando-lhe um olhar feroz. - Hahahahaha! Você não tem jeito mesmo garota. – divertiu-se o vice-líder – Pois bem, temos a informação que chegou a nossa calorosa cidade uma jovem portando muitas jóias. E, decidimos que seria bom aliviar um pouco o peso das malas desta visitante. - explicou. - Fale-me sobre ela, onde posso encontra-la – disse Tróia secamente. - Você não terá problemas com ela. É uma destas dançarinas tolas e distraídas. Sabemos que esta alojada na estalagem da cidade. Hum...deixe me ver...ah, sim...Drikinha é o nome dela. - complementou Smoke. Mal o mercenário acabou de falar Tróia pegou sua parte dos zenys e saiu caminhando pelas ruas. Pelo seu semblante sabia-se que ela não estava de bom humor. Realmente não gostava de se encontrar com Smoke. Saia da reunião sempre em um estado de fúria pronta para arrumar alguma encrenca que a distrai-se. Para sua sorte, não demorou a dar de encontro com um caçador cambaleante de tanto beber. - Ei, garota! Venha aqui me dar um beijo hehehehe – berrou o desavisado e azarado caçador. Antes que se desse conta o caçador viu apenas um vulto voraz saltar sobre ele. Sentiu na face vários socos desferidos e que lhe deixaram cheio de hematomas. Quando abriu o olho todo inchado e roxo ainda deu por falta de algo que trazia em sua bolsa. - Garota maldita, roubou o meu brigan! - queixou-se o homem antes de desmaiar. Não tinha muita emoção em atacar um bêbado na rua. Mas aquele caçador fez por merecer e ao menos serviu para acalmar um pouco os nervos de Tróia. E por fim, ainda lhe rendeu um brigan. ............................................................................................................................................................... Drikinha espantou-se com a cidade. Ela não esperava encontrar em Morroc uma cidade tão desenvolvida com o comércio abundante. Sempre ouvira dizer que era uma cidade abandonada no meio do deserto. Felizmente o que ela ouvira não se mostrou como verdade. Lógico que não se comparava a maravilhosa Cômodo, mas viu ali um ótimo lugar para recomeçar a vida. Haviam muitas pessoas, haviam zenys circulando, só faltava a diversão. Dançar na praça da cidade não era bem a sua idéia de trabalho, mas enfim era um começo. Uma multidão, principalmente de homens, aglomerou-se para acompanhar os movimentos da odalisca. Assovios e aplausos faziam-se ouvir de longe e atraia a atenção de todos que circulavam nas proximidades. Mulheres, em menor quantidade, também faziam parte dos expectadores. Mas geralmente seus olhos admiravam mais as joías que ornamentavam a jovem. Esmeraldas e pérolas formando colares dançavam no mesmo ritmo que Drikinha. E ela em sua dança frenética nem se deu conta de alguns olhares cobiçosos que caiam sobre suas jóias. Uma sombra passou rapidamente diante da dançarina fazendo com que ela se assustasse por um instante. E logo que ela deu por falta do seu caríssimo colar encerrou a dança e saiu em disparada. A multidão que acompanhava não entendeu muito a atitude da moça, mas também eles não possuíam a concentração dela que permitia ver tudo com mais clareza por mais rápido que fosse. Assim, ela mesmo que por um breve momento, pode ver que o vulto na verdade era uma pessoa que arrancou-lhe o colar do pescoço e saiu correndo. Fazia tempo que Drikinha não corria tanto e nunca teve que perseguir uma gatuna. Mas suas jóias eram como se fossem sua vida e ninguém as levaria facilmente. - Ei você pare!!! - gritava a moça sem obter sucesso, pois a gatuna continuava a fugir. E a perseguição continuou por longos minutos até que a odalisca pudesse ver com mais clareza novamente a ladra. E em um gesto rápido lançou seu chicote que agarrou-se a perna da fugitiva fazendo-a cair. Para a surpresa de Drikinha a gatuna não se levantou e continuou a fuga. Ao invés disso colocou-se de pé em uma posição ameaçadora. - Muito bem moça. Foi você quem pediu...agora prepare-se – Falou Tróia empunhando suas adagas. Drikinha não esperava uma reação mais forte da gatuna, no entanto, viu que era forçada a agir também. Atirou novamente o chicote contra sua inimiga mas desta vez a gatuna esquivou-se e avançou sobre ela. Com um golpe derrubou a bela odalisca ao chão e levantou a mão com a adaga para o golpe fatal. - Espere! - intrometeu-se outra jovem - Acho que esta com algo que procuro. - disse Mei olhando em direção a Tróia. Mas a gatuna fez que não ouviu e enquanto sua mão abaixava para cravar a adaga em Drikinha sentiu um poderoso chute que a atirou contra uma parede. Mei olhou para Tróia mais seriamente ainda e disse: - Acho que você esta com o meu brigan...*continua*
  5. Capitulo 4: A sabedoria do Monge. Payon não é uma cidade tradicional do tipo que tem grandes edificações ou muito movimento em suas ruas. Logo pode-se observar isso ao entrar na cidade e se deparar com a bela interação da cidade com a floresta. É como se a mata tivesse invadido a cidade e não o contrário. Verde é a cor predominante em toda a parte. Seus cidadãos são adoradores da natureza e dela sabem todos os segredos. Famosos são os caçadores que tiveram sua origem em Payon. Embora o povo fosse até amistoso, geralmente não viam com bons olhos os forasteiros. Achavam que as pessoas que vinham de outras cidades não respeitavam o modo de vida dos payonienses. Mas quem aceitasse Payon como ela era e se comportasse bem seria bem vindo. Para Mei, Payon era um sonho que se tornava realidade. A primeira cidade grande em que colocava os pés. Tudo a encantava desde as lojas de comerciantes ao grande e suntuoso palácio. Poderia ficar horas, ou até mesmo dias, andando por toda Payon apenas desfrutando de sua beleza. No entanto, ela sabia que havia algum motivo para estar ali. Algo que a fez deixar seu povo para trás. Embora não conhecesse ninguém, ela começou a procurar por um homem. Lembrou que antes de partir da Vila onde morava, o ancião disse que se ela realmente fosse até Payon que procurasse por um monge. Um monge em quem ela poderia confiar. Seu nome Fênix. Não foi dificil achar quem ela procurava. Como a maioria dos habitantes passavam grande parte do dia caçando na floresta a cidade ficava bastante vazia. Assim, foi facil localizar um homem com vestes diferentes e que emanava uma aura de paz e harmonia. Rapidamente Mei foi em direção ao monge: - Olá, Bom dia senhor. Fênix olhou a moça e permaneceu em silêncio sem nem mesmo piscar os olhos. - Bom dia senhor – repetiu a jovem – Vim de muito longe para encontrá-lo...veja esta carta por favor, o ancião da minha vila pediu que a entrega-se. Com um gesto extremamente veloz, quase imperceptível aos olhos humanos, a carta já aparecia nas mãos do monge que a leu atentamente.Fitou novamente a moça para então expressar um timido sorriso. - Hum...então você é Mei. A jovem que tem sonhos com vozes do além e que está em busca do seu destino. Naquele momento a face de Mei ficou corada instantaneamente. Parecia que o misterioso monge já sabia tudo sobre a sua vida, mesmo conhecendo-a somente a alguns minutos. - Bom, menina, descobrir sobre o próprio destino é algo difícil e demorado de se conseguir. Muitos desistem pelo caminho, pois não conseguem interpretar as coisas que acontecem ao seu redor. - Senhor Monge, se dispor do seu tempo para me ensinar irá ver que sou uma dedicada aluna. - falou a jovem transmitindo em seu olhar muita tranquilidade. E isto agradou o monge. - Pois bem. Que assim seja. Vejo em você força e determinação.Aceitarei passar a você ensinamentos a muito esquecidos. Deverás me obedecer sem hesitar e sem perguntas tolas. - Pode confiar em mim Senhor Monge! - interrompeu a jovem radiante. - Ah, primeira coisa, não fique me chamando de senhor monge! Não sou tão velho assim certo? Me chame de Mestre Fênix. - Sim, Mestre Fênix. Por onde começo meu aprendizado? - Hum...vejamos. Vá até a saída leste da cidade e me traga dez troncos de Salgueiros E assim Mei saiu da cidade e o mais rápido possível tratou de conseguir os troncos solicitados. Voltando então para junto do seu mestre. - Aqui está Mestre Fênix. Não tive muito trabalho com os Salgueiros para conseguir estes troncos. - Hum...hum...- murmurava o monge vendo os troncos – Bom trabalho! - disse a seguir enquanto sorria – agora não passarei frio esta noite, estes troncos farão uma bela fogueira. - Fogueira? - estranhou Mei, achando que seu serviço tivesse como finalidade algum motivo mais nobre. - Sim, uma fogueira. Se eu fosse um arqueiro faria algumas flechas com esses troncos, mas como não sou, eles servem pra fazer uma fogueira mesmo. - respondeu abrindo um largo sorriso. - Esta certo mestre, pelo menos não passaremos frio esta noite – concordou a jovem. - Ei, espera um pouco – interrompeu o monge – quem disse que você ficara comigo junto a fogueira? - Hã? Não ficarei? - retrucou Mei arregalando os olhos. - Claro que não. A noite você devera procurar um rio e trazer uns peixes para meu almoço de amanhã. Neste momento Mei pensou em reclamar, mas lembrou que concordara em obedecer o monge. Assim, abaixou a cabeça e saiu novamente em direção a floresta. O dia passou rápido enquanto ela percorria a mata em busca de um rio. Quando ouviu o barulho da água corrente já era inicio da noite. Estava muito escuro para voltar à cidade e poderia perder-se pelo caminho. Então Mei, procurou uns galhos de árvores e fez algumas varas de pesca.Enquanto as horas iam passando o frio ia aumentando noite a dentro. Não havia nada por perto para que pudesse proteger a jovem da baixa temperatura. Então, fazendo uso de uma pedra afiada cavou um buraco. E se acomodou junto a terra procurando se esconder do vento gelado. Nunca a jovem tinha passado uma noite dormindo no chão de terra pura. De inicio sentiu muito desconforto, mas aos poucos sua pele foi se acostumando ao contato com a terra. E ela sentiu seu corpo aquecido e dormiu.E Mei e a terra tornaram-se um só. Muito tempo se passou até que o debater de peixes na água fez Mei acordar. Rapidamente ela levantou-se do seu ninho de terra e segurou uma das varas o mais forte que conseguiu. Mas o peixe do outro lado também tinha sua força e lutava por sua vida. Assim, ainda meio zonza pelo sono Mei perdeu a luta e o peixe a atirou no rio. A água gelada endureceu todo seu corpo. A respiração tornou-se dificil e mais uma vez a jovem viu sua vida em perigo. A escuridão era tanta que ela não conseguia ver aonde ficava a margem do rio. Nadou até seus braços e pernas não terem mais forças. Debateu-se por algum tempo. Então, vendo que seria vencida pelo cansaço e não tinha como vencer a água ela relaxou. Deixou que seu corpo flutuasse junto a água. Aos poucos seu corpo foi se acostumando a água e o frio já não a incomodava. Apenas o movimento calmo e tranquilo das águas levava seu corpo boiando. E neste momento ela percebeu que não sentia mais o seu próprio corpo. E Mei e a água tornaram-se um só. Quando abriu os olhos ela se deu conta que dormira sobre as águas, mas agora seu corpo já se encontrava junto a margem do rio. Estava de volta a terra.Assim que colocou-se em pé, viu o quanto podia ser terrível a sensação de frio quando o vento forte veio de encontro ao seu corpo molhado. E o vento não teve piedade de Mei. Ela correu e buscou abrigo junto ás arvores. Mas o vento esperto mudava de direção e aparecia de todos os lados. Não tinha como se esconder dele. A jovem estava no limite de suas forças. Agora era o vento que soprava cada vez mais forte querendo levanta-la do chão. Mas, naquela noite o corpo de Mei já aprendera que era inútil lutar contra as forças da natureza. Então ela resolveu deixar-se levar pelo vento. E este a levou para onde quisesse voando de um lado pro outro em meio a floresta. E Mei e o vento tornaram-se um só. Quando abriu os olhos novamente, a jovem estava junto ao rio, com um lindo peixe ao seus pés. A noite já não estava mais tão escura pois logo o sol iria nascer. Então, ela apoderou-se do peixe e pegou a estrada voltando a Payon.Logo na entrada da cidade Mei se deparou com a luz de uma fogueira que ainda estava acessa e ao seu lado o monge dormia profundamente.Ela até pensou em acordá-lo. Mostrar a sua irritação depois daquela noite horrível. Tudo por causa de um peixe. Mas ela estava cansada demais para discutir com o monge. Por isso ao invés de iniciar uma briga, atravessou o peixe com uma galho e colocou sobre a fogueira. Nisto o Mestre Fênix acordou assustado e deu um sobressalto o que fez a moça também assustar-se e derrubar o peixe no meio da fogueira. Instintivamente, sem pensar, Mei colocou sua mão em meio ao fogo e agarrou o peixe em fervura. Ao se dar conta do que estava fazendo ela sentiu um calor insuportável em seu braço, mas ao invés de gritar e se desesperar ela relaxou. E Mei e o fogo tornaram-se um só. Vendo o ocorrido diante de si o monge surpreendentemente soltou uma gargalhada. - Hahahahahaha! Vejam só, em uma única noite você aprendeu os caminhos da terra, da água, do vento e do fogo. O espirito da Brisa Leve está em você menina. - Eu? Aprendi foi? - ela perguntou já sabendo a resposta porque se dera conta de tudo o que acontecera naquela noite e o quanto havia evoluído ao obedecer seu mestre. Aprendeu que tudo era importante por mais simples que fosse, desde buscar um peixe a pegar lenha para uma fogueira. - Sim jovem Mei, em todos esses anos nunca encontrei alguém que conseguisse dominar a Brisa Leve em uma só noite. Agora, não me resta mais nada a te ensinar – disse o mestre sorrindo e com os olhos reluzentes. Mestre Fênix hospedou Mei por alguns dias em sua casa e ela contou-lhe sobre tudo que vivera até ali. Falou principalmente do seu encontro com o Guardião da Floresta e que estava em dívida com ele. O monge lembrou-se de um caçador que gabava de ter conseguido um brigan há algumas semanas atras. Lembrou também que ele tinha ido embora para Morroc a cerca de três dias. Assim, a jovem soube qual seria seu próximo destino. - Boa sorte em sua jornada minha jovem taekwon! - despediu-se o mestre. - Obrigada, e até algum dia Mestre Fênix! – acenou Mei e partiu para Morroc sem olhar para trás.
  6. Obrigada pelos comentários ^__^ Sei que é minha primeira fic e tenho muito que aprender, mas eu adoro escrever. E com vcs me incentivando vou me dedicar cada vez mais a história ok ^^ Bom, a trama ainda esta apenas no começo e tem muita coisa para acontecer na vida dessas garotas rsrs...espero que continuem gostando. Beijos
  7. Capítulo 3: Quer casar comigo? Os fogos explodiam no céu azulado alegrando o olhar de todos que estavam ali presenciando a festa. Festas não eram coisas raras de se acontecer. Sempre havia algum motivo para comemorar e festejar. Se havia um paraíso da diversão em Rune-Midgard este lugar era Cômodo.Era dificil não contagiar-se pelo clima, pelas bebidas, pelas músicas e pela alegria que se espalhava em cada beco. O bar estava sempre lotado de pessoas que vinham de todos os lugares. Bebidas para todos os gostos nunca faltava. Mas, o momento mais esperado, pelo menos para os homens, era a hora do show das dançarinas. Famosas pela sua graça e beleza enfeitiçavam o mais insensível dos homens. Muitas foram as dançarinas que pisaram nos palcos de Comodo. Muitas fizeram sucesso e alegraram as mais tristes das almas. Mas atualmente, nenhuma conseguia chamar mais atenção, nenhuma conseguia atrair mais olhares, aplausos e admiração do que a adorável Drikinha. Com certeza a mais bela criatura que caminhava pelo mundo. Dizem que o seu olhar acalmaria o mais furioso orc e que por ela Odin cortaria a barba .Não havia como achar defeitos em formas tão bem desenhadas do seu corpo de mulher. Seus longos cabelos loiros brilhavam como o próprio sol. Seu olhar doce e cativante emudecia o mais atrevido dos bardos e arrancava suspiros do mais tímido sacerdote. Sua pele branca e macia acendia nos homens o desejo de tocar e sentir sua suave textura. Mas é quando ela dançava que os homens sentiam que estavam no paraíso. Conta-se que depois de vê-la dançar os homens poderiam morrer até felizes nas mãos do Bafomé. No entanto nem tudo eram flores na vida da bela jovem. A beleza muitas vezes pode ser um problema. Não foram poucos os apaixonados que tramaram visando colher esta bela flor e te-la exclusivamente no seu jardim. Há cerca de uma semana chegara em Comodo um famoso comerciante. Augusto Richer, o gordo, um homem rico e influente. Sempre teve tudo o que o dinheiro podia comprar. Desde os itens mais cobiçados aos desejos mais obscuros. Como muitos não demorou para que se encontrasse enfeitiçado pelas estonteante Drikinha. E como tantos outros não ficou nada feliz em ouvir um não como resposta ao seu pedido de casamento. - Quem ela pensa que é? Ousa negar um pedido meu! Eu o grande Augusto Richer! - reclamava em frente a um criado. - Esta jovem não deve saber o que esta fazendo meu senhor. Não deve ter o juizo perfeito. - complementava seu servo Pagun. - Ah, mas isso não vai ficar assim não. Ou eu não me chamo Augusto o grande! - reclamou o volumoso comerciante antes de chamar novamente seu criado. - Pagun! Quero que descubra tudo sobre ela. O que ela faz e aonde esta a cada minuto do dia. - Pode deixar meu senhor, Pagun cuidara disso. ................................................................................................................................................................ O sol havia despertado a muito tempo. O período da manhã chegou ao término o que significava que era hora de acordar. - Drikinha, ta na hora de acordar senhorita – apareceu a velha senhora Lombardo junto a porta querendo tirar da cama a jovem dançarina. - Mas já? Ai, deixa eu dormir só mais um pouquinho vai. - resmungou ainda sonolenta. - Se eu deixar você dormir mais um pouquinho o dia passará e você ficara ai na cama, te conheço menina. - sorriu de forma simpática a velha. -Hunf...tá bom...tá bom...sei que não vai deixar eu dormir mais mesmo. - levantou-se Drikinha indo banhar-se se preparando para o novo dia. Assim que saiu do banho e olhou rapidamente viu que de novidade ali no quarto destacava-se um glamouroso arranjo de flores em cima da mesa. - Quem mandou essas flores? - perguntou ela curiosa - Bom, tem um bilhete aqui...foi o nobre Senhor Richer...Agusto Richer. - Ah, droga! Aquele velho chato e gordo. Agora vai ficar no meu pé...não sei como me livro dele viu... - Ora menina, você devia agradecer por ter um admirador tão generoso como o Senhor Augusto. - retrucou a senhora. - Bom, já que a senhora gosta tanto dele...pode casar com ele então – disse Drikinha abrindo um sorriso maroto. Acostumada com o jeito despojado e atrevido da dançaria, a velha senhora Lombardo resmungou mais alguma coisa e deixou o quarto. Logo em seguida, a moça estando sozinha, sentou-se junto a penteadeira e começou a se maquiar. Foi quando ouviu um estranho barulho vindo de uma das janelas. Assustada, se armou de uma vassoura e foi verificar. Quando afastou as cortinas deu de cara com um homem magro e olhar sofrido que parecia preocupado. - Quem é você? O que quer aqui? Fale logo antes que eu chame algum segurança. - Calma...calma senhorita...não é preciso. Só vim aqui ajudar. - Ajudar? Ajudar quem? Eu? Por que eu precisaria da sua ajuda? O estranho homem entrou para dentro do quarto e sentou em uma cadeira perto da cama - Meu nome é Pagun. Trabalho pro senhor Augusto Richer... - O que?!! Não acredito nisto! Que atrevimento! Mandar me espionar! - interrompeu Drikinha. - Não...não é isso, espere. Eu vim por minha escolha para avisar a senhorita. A senhorita corre perigo. Meu patrão é um homem muito poderoso que sempre consegue o quer. Se não consegue ele faz coisas terríveis... - Você esta me ameaçando? Eu não acredito nisto...era só o que faltava! - começou a esbravejar cada vez mais irritada. - Não..não é isso. Eu vim avisar a senhorita do perigo. A senhorita tem que ir embora. Tem que sumir. Meu patrão esta armando algo. Ele vai levar a senhorita a força...eu conheço ele. - Hum...mas ele não pode fazer isso não. Não aqui na minha cidade. - Sua cidade? - sorriu Pagun – o senhor Augusto pode comprar todo mundo aqui. Aliás ele já esta se associando ao senhor Lombardo. A senhorita não tem escolha pode acreditar. - Mas...mas...- ela ficou sem saber o que dizer por um momento – por que você esta me dizendo isso? - Ah, porque a senhorita é tão bonita, tão jovem...estou apaixonado pela senhorita, sei que não tenho chances, mas não quero ver a senhorita nas mãos dele. Ao ouvir isso Drikinha sorriu. Mas sabia que era também um momento de tristeza. Que teria que abandonar a vida que adorava. Abandonar as festas e tudo o que tinha ali. E tinha que fazer isso o mais rápido possível. Rapidamente, pegou seus pertences mais preciosos, os quais não abandonaria por nada e acompanhou Pagun saindo pela janela. Pagun, a levou por um caminho que ela não estava acostumada. Passaram por um local com cheiro fétido e cheio de sapos. - Ah, eu odeio esses sapos de thara, são horriveis!!! Vou ficar uma semana sem conseguir dormir sonhando com essas coisas! E preciso tomar outro banho urgente! Pagun sorria enquanto ouvia as reclamações da moça. Depois de um bom tempo de caminhada chegaram a um barco aonde um jovem barqueiro a esperava. - Bom senhorita, eu tenho que ficar aqui – disse Pagun – desejo boa sorte e que seja feliz na sua nova vida. - Obrigada senhor Pagun, não sei como vai ser a minha vida agora, mas agradeço por ter me avisado. Logo em seguida, ela acomodou-se no barco e este foi afastando, deixando para trás a adorada e festiva Comodo. Drikinha não conseguiu conter algumas lágrimas. Só depois de algumas horas de viajem é que lembrou de pergutar ao barqueiro para onde ele a estava levando. - Estamos indo para a cidade de Morroc senhorita. É para onde da pra ir com este simples barco. - Ah, droga só faltava essa...to indo pro deserto...pra longe da civilização...o que será de mim? - resmungou. - Bom senhorita, se me permite dizer, você é muito bonita...não gostaria de casar comigo? - sorriu o barqueiro revelando a falta de alguns dentes. - Ai, essa não...
  8. Capítulo 2: O sol como testemunha. Morroc. Não era fácil a vida nas areias escaldantes do deserto. O ar seco e quente dificultava a respiração de qualquer ser vivo. Apenas o povo nômade acostumado a tais condições conseguia realmente sobreviver ali. A água sempre escassa. A pouca comida era obtida com muita dificuldade através de longas viagens ou caçando feras no deserto. As dunas se moviam com o vento apagando qualquer trilha fazendo com que muitos se perdessem na vastidão amarela. Terra amaldiçoada? Ou simplesmente o cemitério do ser mais poderoso e temido que já existiu? Mas para os habitantes do deserto pouco importava as lendas antigas. Eram sobreviventes. Embora detinham consigo segredos e histórias ancestrais, passados de geração em geração, os nômades se preocupavam mais em manter-se vivos nos dias atuais. Entre eles, alguns buscavam fazer sua própria história ou até mesmo se tonar uma lenda. Mas as lendas fazem-se por si só. Ser uma lenda não é para quem simplesmente deseja, as vezes, simplesmente acontece. A garota de olhar feroz e gênio irritavel não planejava ser lenda alguma. Queria apenas levar a sua vida fazendo o que bem entendesse sem se preocupar com nada nem dar satisfação a ninguém. Mas mesmo sem ter intenção seu nome ia ficando cada vez mais famoso junto ao seu povo. Era uma pessoa polêmica. Sempre envolvia-se em alguma confusão, pois não levava desaforo para casa. E sinceramente não era preciso um grande motivo para irritá-la. Isto somado a sua perícia com adagas a faziam ser temida e respeitada. Todos procuravam medir bem as palavras quando iam falar com Tróia. A pequena estatura e aparente fragilidade física realmente enganava. Alguns a chamavam de a pequena fera. Foi acolhida pela aldeia quando surgiu nos arredores ainda muito nova. Ninguém soube quem eram seus pais. Como de costume, em tais casos, acreditava-se que ela fora criada até então pelos lobos do deserto. E que estes a deixaram quando completara cinco anos para que vive-se com os humanos e aprendesse os costumes deles. Dizem outros, que até hoje ela tenta aprender e agir como uma pessoa civilizada. Mas Tróia não se importa com que as pessoas dizem. Certa noite, cinco dos mais ambiciosos da aldeia nômade se reuniram para tratar da sucessão do líder. O velho Malaqueb havia governado sabiamente de modo justo a tribo nômade. Mas a idade chegara e a vida avançava para o seu final. Tinha como descendente apenas o seu neto Kalil de apenas treze anos de idade. Imaturo para governar e liderar a comunidade. Mas Kalil era o único amigo de Tróia e todos temiam que ela não entendesse ou não aceitaria outro para substituir Malaqueb que não fosse Kalil. Assim, a reunião teve ínicio: - Temos que tomar uma decisão urgente! - proclamava Voltan – Malaqueb não vai durar muitos dias e todos aqui sabem que podemos ter problemas com a garota! - Tem razão! Aquela fera não pensa com a cabeça, somente com os punhos...temos que dar um jeito nisso – concordava Almut. - Ela já causou muita confusão aqui na aldeia! Todo mundo tem medo dela...meu filhos tem medo dela! Deviamos expulsa-la daqui. - idealizava Queops - E você tem coragem para expulsa-la daqui Queops? Até parece fácil mandar aquela fera para o exilio.Temos que pensar em algum outro jeito. - ponderou Anak De todos os cinco, apenas Jeofren permanecia em silêncio. Escutando e analisando toda a discussão. E todos sabiam que quando ele falasse alguma solução havia de vir, pois ele sempre foi o mais ponderado , mas não menos ambicioso. - E então você não tem nada a dizer Jeofren? - indagou Voltan Jeofren levantou-se e caminhou alguns minutos em circulos pensando e finalmente se pronunciou: - Sim, tenho um plano. - os olhos de todos brilharam ao ouvir isso – realmente temos que nos livrar de Tróia. Mas não é tão simples. Quero que confiem em mim, amanha daremos um fim ao nosso problema. E assim a reunião deu-se por encerrada e com uma certa comemoração a base de vinho e assado de Selvagem. ................................................................................................................................................................ Na manhã seguinte, pouco depois dos primeiros raios do sol, um garoto entrou na cabana de Tróia com um ar de desespero. - Tróia! Ah...des-desculpe te acordar. Mas aconteceu algo... Assim que notou alguem entrando sem ser convidado em seu recanto Tróia saltou colocando-se de pé e empunhando suas adagas: - Diga logo garoto! O que foi? Porque me acordou desta maneira?! - Ka-Kalil...ele é seu amigo não é? - continuou trêmulo o rapaz - Nesta manhã nós saimos em direção as dunas do oeste. Estavamos explorando quando apareceu uma matilha de lobos. Eu consegui fugir, mas ele ficou lá... Mal o garoto terminara de falar Tróia saiu em disparada para ir buscar seu único amigo. Mesmo na areia macia e fofa ela conseguia correr velozmente como que se flutuasse. Ela não temia enfrentar os lobos, alias acreditava que nem seria necessário pois sempre tivera um bom relacionamento com eles. Se não fosse pela pressa em salvar Kalil, talvez tivesse pensando e estranhasse este ataque de lobos que dificilmente saiam do seu território. Mas como sempre, agir e depois pensar era o que Tróia fazia de melhor. Quando chegou ao local aparentemente indicado, onde ocorrera o ataque dos lobos ela circulou em busca de rastros. E nada encontrava. Desceu por duas dunas e então ouviu ruídos de várias patas caminhando rapidamente em sua direção. E da areia começaram a surgir vários escorpiões. Em poucos segundos ela estava cercada. Colocou a mão num bolso e viu que devido a pressa não pegara o antídoto para se desentoxicar do veneno daquelas criaturas. De qualquer forma, não havia mais como exitar. Tróia se lançou em meio aos escorpiões e com golpes rápidos e precisos ia dilacerando um a um. No entanto, foi inevitável que ela sofresse várias ferroadas, e quanto mais o tempo passava mais o veneno espalhava-se por suas veias. Depois de algum tempo já havia dado fim aos monstros, mas o veneno foi fazendo sua visão desaparecer. Suas pernas começaram a perder as forças. Suas mãos deixaram cair as adagas. Seu corpo finalmente despencou de encontro a areia quente. Quando seus olhos já se despediam de ultima espiada para o sol de Morroc ela ainda pode notar a presença de alguém se aproximando...e foi a ultima coisa que viu. - Hum...interessante. - falava em voz alta embora ninguém pudesse ouvi-lo pois tinha somente a garota desacordada caída aos seus pés – Então aqui esta a tal fera que me contrataram para exterminar.. - sorria o desordeiro. O homem de face maléfica tocou em Tróia certificando-se que o corpo estava imóvel. Olhou atentamente por alguns instantes para a face da jovem. Embora fosse castigada pela vida difícil do deserto, ela era bonita. Parecia uma linda e rara flor que brotara milagrosamente da areia. Seus cabelos curtos eram castanhos igual aos seus olhos. Seu nariz fino e sua boca estreita se encaixavam perfeitamente na forma do seu rosto. Tinha os braços e as pernas fortes, embora magra seu corpo era rígido e tonificado provavelmente devido a muitos exercícios. - Então você é a famosa Tróia. Sei que não pode me ouvir. Hum...me contrataram para matá-la, mas acho que posso ter um lucro a mais com você. Não vou deixar você morrer aqui.Vou levar você para a cidade de Morroc garota...conheço alguém da Guilda dos Gatunos que pagaria bem por uma jovem talentosa como você hahahahaha. Dito isso, o desordeiro, usou sua habilidade em rapto e os dois desapareceram das areias do deserto sem deixar sinal de tudo o que acontecera ali.
  9. Prólogo: Três jovens moças que não tem nada em comum acabam tendo suas vidas ligadas uma a outra. Obra do acaso ou uma trama do destino? Sempre os deuses interferiram na vida dos humanos ousariam os humanos interferir nos planos dos deuses? E poderiam simples garotas interferir no futuro de Rune-Midgard? Estas e outras perguntas serão respondidas no decorrer desta história. Capitulo 1: A árvore que não era árvore. Um vento frio soprava entre as arvores da floresta fazendo as folhas dançarem num ritmo desenfreado. Acompanhando esta dança ouvia-se um assovio assustador se espalhando por todos os cantos como um prenúncio de mau agouro.Na noite escura pouco podia ser visto, tão altos eram os carvalhos e tão frondosa suas copas que pouco deixavam passar a luz do luar. Ainda assim, um ou outro vulto insistia em mostrar sua presença apenas para gelar a alma de algum viajante desavisado que tivera o infortúnio de se perder por ali. Realmente a Floresta de Payon não era um lugar convidativo para nenhum humano depois que o sol se escondia. Mas isso não impediu a jovem corajosa de embrenhar-se naquele labirinto selvagem, não deixando em nenhum momento fugir da sua face um ar de serenidade.Seu nome era Mei Urameshi, uma moça que completara suas dezoito primaveras vivendo numa comunidade pacífica formada por camponeses. Entre as mulheres da sua vila, ela se destacava por nunca se desesperar por maior que fosse o problema apresentado. Por isso desde cedo, quando ela ainda era uma garotinha, toda a comunidade passou a ter o costume de buscar conselhos e ouvir o que tinha a dizer não importasse o assunto. E isso era algo natural para ela. Mas em seus sonhos ouvia uma voz a dizer que chegaria o dia onde suas responsabilidades seriam bem maiores do que tratar das questões da aldeia. E este dia chegou. A moça de cabelos escuros e tom azulado fez uma pequena trouxa de roupas e foi despedir-se dos pais. O velho casal que sempre trazia nos olhos um brilho de orgulho pela filha agora demonstravam tristeza, pois sabiam que era a hora da despedida. E os olhos amendoados e castanhos de Mei se encontraram com o dos seus pais. Ela procurava transmitir um pouco de alegria tentando trazer a sua face clara um singelo sorriso tentando fazer sorrir também aqueles que sempre estiveram com ela. Mas não foi possível impedir que as lágrimas brotassem nos olhos de todos ali. Então depois de um abraço acalorado seguiu-se um enorme silêncio enquanto a figura da jovem ia desaparecendo aos poucos rumo ao interior da floresta. Foram vários dias ouvindo sua voz interior dizendo que ela deveria partir. Ela adiou o máximo possível a decisão de abandonar todos que conhecia e seguir em busca de sua missão. Não que ela soubesse realmente o que seria esta missão, apenas tinha certeza que algo a esperava em algum lugar que não era mais a sua vila. E a voz insistente em sua cabeça não a deixava esquecer. Assim, Mei resolveu atender a este enigmático chamado. Neste momento lá estava a simples camponesa em plena Floresta de Payon. Lutando contra o frio e contra os medos que sua imaginação pudesse criar. Foi quando um som, um zumbido alto e constante, e nada imaginário, foi aumentando em sua direção. Mei ficou imóvel e em silêncio, mas aquele estranho ruído ia se aproximando cada vez mais. E uma luz de cor roxa brilhou a poucos metros da jovem. Por um instante, ela ficou hipnotizada pela chama que dançava a sua frente. Um calor crescente foi se espalhando pelo seu corpo desejando consumir sua vida. De repente, num piscar de olhos Mei voltou a si. E se deu conta do monstro que estava diante dela. - Um Horong!!!! - gritou a jovem assustada, sentindo seu coração disparar como nunca acontecera antes. Sem titubear saiu correndo por entre as arvores enquanto o tal ser a perseguia. Um cheiro de folhagem queimada era deixado por onde a chama passava. Mei nem olhava para trás apenas corria em disparada procurando se afastar da morte certa. Galhos e pequenas plantas cheias de espinhos deixavam marcas em sua pele ao atravessar a floresta sem saber exatamente que caminho devia seguir. A escuridão do interior da mata mal deixava ver direito o que estava a quatro metros a sua frente. Várias eram as vezes que tropeçava em galhos ao longo do caminho. E tamanha era sua velocidade, como a de uma presa fugindo do seu predador, que foi impossível evitar que logo após um tropeção trombasse de frente com uma velha árvore. Uma árvore que não era árvore .Assim, que caiu ao chão, antes que pudesse recobrar completamente os sentidos, uma voz rouca e envelhecida ecoou: - Quem ousa despertar-me do meu sono!!!! - ecoou a voz rouca aos quatro ventos. Mei, ficou sem palavras naquele momento. Seus olhos apenas tentavam se certificar de que realmente estava vendo aquilo que se encontrava diante dela. Que não era apenas um sonhou ou um pesadelo. Muitas histórias ela já ouvira sobre as criaturas que habitavam longe do seu lar tranquilo. Sabia os seus nomes, imaginava como elas eram devido as descrições dos mais antigos. Mas ter uma experiência real com algo assim era bem mais assustador. Mal escapara do Horong encontrou-se agora com o Guardião da Floresta. Estava exausta, sabia que não haveria mais como fugir, sabia do poder mágico daquele ser que com um único gesto poderia por fim a tudo. Sua vida agora dependia da vontade da imponente criatura. - Ah!!! Um humano! Tinha que ser um humano! Como se atreve a incomodar-me em minha floresta?!!! - esbravejava o Guardião. Mei abaixou a cabeça e olhando pro chão em sinal de respeito falou baixinho. - Perdão senhor Guardião, não quis acordá-lo... - Hã? Você disse alguma coisa? Fale mais alto! Diga quem é você e o que queria em meus dominios antes que eu acabe com sua vida! - Eu me desculpei por atrapalhar seu sono. Sou Mei Urameshi, um camponesa e nada quero do seu lar, apenas estou indo para a cidade de Payon e este é o caminho. - Falou a jovem enquanto se levantava corajosamente encarando o velho Guardião. Se fosse chegada a hora de morrer então ela morreria com a cabeça erguida. - Payon?! Eu odeio todos que são de Payon! Os humanos vem de lá matar as criaturas da minha floresta e derrubar as árvores! Será um prazer exterminar um humano que vem ou que vai para Payon hahahahaha!!! - Faça como quiser senhor Guardião, mas saiba que nem todos os humanos são iguais... - retrucou a moça demonstrando tranquilidade diante da situação. Por uns minutos o Guardião ficou em silêncio. Talvez ficasse surpreso pela atitude destemida da jovem e pela sabedoria em suas palavras. - Hum...pois bem. Se você pequena humana diz que é diferente dos outros terá que provar. Um habitante de Payon roubou de mim um brigan. Deixarei que vá até Payon com vida, mas vc deverá trazer o que me pertence! - sentenciou a criatura. - Assim será feito senhor Guardião, quando estiver em Payon procurarei pelo seu brigan e o trarei de volta. Ouviu-se então uma gargalhada do velho Guardião. E ele apontou a direção que levaria de volta a estrada. Nisto o sol começou a despontar no leste fazendo desaparecer as sombras e iluminando o caminho de Mei até Payon.
  10. Epílogo: Ao redor da fogueira o velho shaman reune as crianças todas as noites para ouvir suas histórias. Em Umbala divertir os menores através de contos é uma tradição que ensina a todos sobre os reinos, os personagens e a história do nosso mundo. São histórias curtas sobre casos que aconteceram ou foram inventados e acabam servindo no mínimo para entreter as crianças de Umbala. Essas histórias são conhecidas como Contos de Rune-Midgard. ................................................................................................................................................................................................................................................... O Mistério da Catedral. O dia amanhecera ensolarado na magnifica Prontera. A guarda real marchava pelas ruas em um desfile pomposo acompanhada pelo olhar encantado do povo. Muita música e aplausos ecoavam pelas ruas despertando o interesse de quem desse a sorte de estar na cidade naquele dia. Rei Tristan III adorava ver todos comemorarem o Dia da Alegria. Logo atrás da tropa real vinha o desfile dos cidadãos todos com suas faces escondidas pela máscara feliz e sendo guiados pela madrinha da festa Dona Risadinha. Como de costume era previsto que seria um dia onde apenas a alegria havia de ser encontrada em Prontera. No entanto, para estranheza geral, assim que a marcha passava em frente a catedral um grito os deteve: - Ajudem! Por favor! Ajudem! - berrava o bispo Tomas mostrando uma exaltação nunca vista antes. A guarda desfez rapidamente seu alinhamento e os oficiais adentraram ao prédio preocupados. - Vossa eminência, o que aconteceu? - aproximou-se o capitão da guarda tentando acalmar o bispo. - Eu..eu...vi novamente! Há dias não consigo dormir estou sendo perseguido por um fantasma! - Fantasma? - estranhou o capitão Trevor ao mesmo tempo que chamava a atenção dos outros oficiais para não rirem. - Isso mesmo...um fantasma. Já tentei esconjura-lo, mandar ele de volta pro além mas todas as minhas habilidades sempre falham. - Hum...muito estranho isso. Mas não se preocupe bispo deixarei dois guardas para protege-lo enquanto pessoalmente investigarei o caso. Dito isso, o bispo voltou ao seus aposentos e dois guardas ficaram de prontidão junto a porta. Trevor fez uma revista por toda a catedral e nem sinal do tal fantasma. E assim prosseguiu por mais dois dias. Quando todos acreditavam que tudo não passava de uma imaginação do bispo Tomas, foi a vez do irmão Bartolomeu que fazia uma visita encontra-se com a misteriosa assombração. - Soldados! Rápido! Me ajudem! - apareceu correndo irmão Bartolomeu – na cozinha há um fantasma e minhas habilidades falharam contra ele! - reclamou enquanto recuperava o fôlego. Os homens da guarda foram averiguar mas novamente nada encontraram. Mais dois dias se passaram e o capitão Trevor gastava todo seu tempo tentando resolver o mistério. Nunca os religiosos tiveram dificuldades para enfrentar alguma criatura que fosse do tipo fantasma ou morto-vivo. No amanhecer do quinto dia o capitão deu por encerrada as investigações e retirou seus homens que ficavam de guarda. O bispo e outros irmãos queixaram-se, pois nenhum fantasma fora capturado, mas o esperto capitão apenas disse que o problema já estava para ser solucionado e partiu. Ao cair da noite, bispo Tomas recolheu-se aos aposentos buscando um pouco de descanso. Mas mal ajeitou-se na cama ouviu um tremendo barulho no corredor que fez ele e todos os outros irmãos correrem para verificar. - Capitão Trevor?! O que o senhor faz aqui a esta hora? - estranhou o bispo vendo o capitão e mais dois soltados juntos com ele - Aqui esta o seu fantasma, vossa eminencia – disse o capitão apontando para um fantasma não tão assustador, caído no chão e todo enrolado numa rede. - Você pegou o fantasma? Mas como? - ingadou o bispo não acreditando. - Bem, na verdade não é um fantasma – continuou o capitão enquanto os homens livravam o ser da rede e de sua fantasia – veja bem, na verdade é um homem, por isso suas habilidades não funcionavam com ele. - gabou-se o capitão. Assim, que foi revelado o suposto fantasma, bispo Tomás reconheceu quem ele era. Jaques Ateu, um pretendente a noviço que foi recusado pela ordem devido a sua má conduta e que agora tentava se vingar assustando a todos. Finalmente o bispo pode dormir sossegado e a paz voltou a catedral. Quanto ao suposto fantasma colocaram ele para assombrar a prisão.Fim.
×
×
  • Criar Novo...