Ir para conteúdo

Rakesh

Members
  • Total de itens

    113
  • Registro em

  • Última visita

Tudo que Rakesh postou

  1. Rakesh

    Lumi

    Olá gente! Prazer em conhecê-los! Meu nome é Rakesh. Este é meu primeiro tópico in-fórum e primeiro fanfic que escrevo também. ^^ O nome "Lumi" é, digamos, nome temporário. Não consigo pensar num nome melhor por falta de criatividade... Qualquer outro nome que pensei em colocar cria o famoso e chato efeito spoiler... T__T O fanfic narra a história entre um Arruaceiro e uma Espiritualista. Quanto ao gênero, digamos que seja romance + aventura, sei lá. Não consigo explicar direito. =P Este 1o capítulo é, na verdade, mais um Prólogo, contando como se conheceram. O verdadeiro enredo começa só no final do 2o capítulo e começo do 3o. Estarei postando a continuação dependendo das opiniões do pessoal. Desculpem-me pelo péssimo português ( eu ser noob no idioma T__T ). Qualquer crítica e sugestão é bem vinda. *vê mob de flames vindo* Muito obrigado pela atenção, e espero que gostem. -------------------- Capítulo I: Uma Menina Esquisita Um dia comum qualquer, tempo comum, nuvens comuns, lugar comum, paisagem comum. O vento soprava levemente, avisando a chegada de outono no reino de Rune-Midgard. O sol brilhava fortemente, mas não estava quente. Pela sombra, já devia ser em torno das 14h. Sentava num banco um pouco ao nordeste de Geffen. Apenas descansava tranqüilamente, à espera de algo diferente, algo interessante, acontecer. Enquanto esse alguma coisa não aparecer, pensava no provável próximo destino que irei visitar. Click! - Hã? Escutei alguma coisa...? Olhei para o provável lugar onde saiu o som. Uma menina escondia-se atrás de uma árvore. Ou melhor. Achava que escondia-se. Tinha roupas estranhas, no mínimo excêntricas, e uma pequena mochila cor-de-palha nas costas, daquelas mochilinhas que aprendizes usam. Sua roupa era um vestido branco, com alguns tracinhos avermelhados e marrons, que cobria até as pernas. Parecia um quimono, e aparentava estar flutuando, tanto por causa da brisa como por causa da própria garota: era um pouco grande demais, se levar em conta sua estatura. Porém, dava um ar de mistério, especiais nessas roupas de estilo oriental. Seus longos e lisos cabelos tinham um tom azul-claro, e dançavam livremente ao vento. Nas suas mãos, segurava alguma coisa quadrada. Estava com os olhos fechados. Embora um pouco curioso, olhei para a Torre de Geffen, na direção contrária, fingindo não ver a menina. Click! ...... Pelo jeito o som saiu daquele estranho aparelho nas mãos dela. Virava a cabeça para ela, e ela se escondia atrás da árvore de novo, com os olhos fechados. ...... Peraí. Ela realmente acha que estava perfeitamente escondida? Ainda com essa dúvida um tanto engraçada, levantei-me, caminhei até a árvore, e parei na frente dela. A esquisita ainda estava de olhos fechados. Abriu levemente um dos olhos, e fechou depressa de novo. ...... divertido. Cocei a cabeça, “desorganizando” os cabelos pretos, e, como se a menina não existisse, comecei a andar lentamente nas ruas. E ela ficava me seguindo, atrás, a uns 20m de distância. Sempre que olhava para trás, ela se escondia rapidamente numa árvore, poste, banco, e até mesmo vaso de flor, que, só por acaso, mede no máximo 20cm de largura e 50cm de altura. Seria um... desafio? Dei um leve sorriso, e virei rapidamente numa esquina aparentemente vazia, e... - *Esconderijo* - falei baixinho pra mim mesmo. E esperei em baixo da terra, acostado na parede. Como tinha esperado, ela correu um pouco desesperadamente, e ficou olhando com uma cara engraçada. Começou a olhar em volta, tentando me encontrar. De repente, saí da terra e puxei seus pés com força, gritando bem alto: - Boo! - Aaaaaah!!! A menina ficou caída no chão. Levantei-me e olhei nela. Seus olhos eram incomuns. Tinham um estranho tom vermelho-escuro. Mas lindos. - Tentando seguir um arruaceiro escondida... Parece até piada... O que você quer? - falei, sem demonstrar nenhum sentimento no rosto. - ...... Ela apenas olhava pra mim. Não falava nada, mas sua cara de boquiaberta demonstrava sua enorme surpresa. Esperei por mais alguns segundos. Nada. Apanhei o estranho aparelho que estava jogado no chão. - ! - Os ombros da menina tremeu um pouco. - O que é isto? - perguntei, apontando para o objeto nas minhas mãos. - ...... m-me dá...... - falava baixinho, e com a voz trêmula. Quase nem dava para ouvi-la direito. - Hã? Tentou pegar de volta, mas simplesmente levantei a mão para cima. Como era bem mais baixinha, não conseguia alcançá-lo. - Hum... - comecei a examinar o objeto. Era preto, quadrado, com um pedaço de vidro redondo na frente, outro pequeno atrás. - ...... me devolve...... - sua voz agora não tremia mais tanto assim, mas continuava falando baixinha. - Só se me dizer por que está me seguindo e o que é isto. - ...... De novo, o silêncio. Voltei a examinar o aparelho, sem dar muita atenção. Tinham uns botõezinhos estranhos nele. Apertei o botão vermelho... Click! Rrrrr... O estranho aparelho começou a vibrar por 2 ou 3 segundos, e parou. De baixo, saiu um pedaço de papel semi-duro com um quadradinho preto no meio. A menina deu um pequeno suspiro, e respondeu: - ...... máquina fotográfica...... - Ah é? Então isto é a “lendária” máquina fotográfica que dizem por aí? Nunca vi uma antes! Mas não era para sair um retrato dele? Saiu apenas um pedaço de papel estranho com uma parte escura nele. Sem nem avisar, a menina de cabelos azuis tentou tirar, novamente, a pequena máquina das minhas mãos, sem sucesso. - E o motivo de estar me seguindo? - continuei perguntando. - ...... Mais alguns minutos de silêncio. Pelo jeito ela não queria falar mesmo. Dei um pequeno suspiro e joguei a máquina para a menina, que pegou-a desesperadamente, com medo de quebrá-lo. Virei de costas e saí dali. - Ei...... - ouvi a voz feminina me chamar. - Hum? Virei para a menina. Ela ficava com os olhos olhando para os lados: - O que você é...? Não seria “quem” é você? - Só se me responder “quem” é você primeiro. - respondi. Ela duvidou um pouco, mas... - Espiritualista... Espiritualista... acho que já ouvi falar dessa palavrinha em algum lugar... Ah sim... que eu sei, são pessoas com poderes especiais para conversar com mortos, ou algo do tipo...? Pensei que estavam tirando sarro comigo quando comentaram disso. Para não parecer muito estranho, respondi: - Sou apenas um Arruaceiro qualquer. - ...... - ela baixou a cabeça, mas logo em seguida olhou pra mim de novo, desta vez mais firmemente - Eu perguntei “o que” você é... não “quem”... - ...... não entendi...... Mais alguns minutos de silêncio. Já estava perdendo a paciência. Ela devia ser uma louca mesmo. Se dizer uma tal Espiritualista, usando roupas estranhas, com uma mochila de aprendiz nas costas, e uma suposta máquina... hã... fotográfica nas mãos. Eu hein...... - Tchau. - levantei e balancei a mão esquerda, e mal levantava a perna pra ir embora... - Hã? Não! Espera! - ...... Que é? Explica logo. - falei, demonstrando extrema impaciência. - ...... Ela olhou pra mim insegura. Fechou os olhos, e respirou fundo. Após um tempinho, abriu novamente os olhos, olhando pra mim. - Você... tem um... cheiro estranho... - falou, meio incerta. - ...... Não tomo banho há um mês. - Hã... não é isso...... hum... você... - fechou os olhos de novo - Você não tem o cheiro de um vivo... mas também não de um morto... Não parece ser algo como um zumbi também... parece mais um... espírito com corpo carnal...? Cheiro de vivo, de morto, negócio de zumbis e espíritos, ... Agora o que? Dando uma de cachorrinho xamã? E uma pessoa qualquer não seria um “espírito com corpo carnal”, não? Eu hein... - ...... bebeu? - perguntei. Só bêbada pra imaginar coisas por aí. - Hã? Ela ficou com os olhos mais abertos ainda, olhando-me surpresa. Examinei-a um pouco. Hum... não ficava balançando-se, não estava com cheiro de álcool e nem com a cara vermelha; os olhos estavam claros, não estava babando, e segurava bem suas coisas, ...... aparentava não estar bêbada mesmo...... - Então bateu a cabeça. - tirei minha própria conclusão. - Hã? - ...... *suspiro* - Hã? - ...... esquece... volta logo pra sua casa. - ... Hã? Já é o 4o “hã” dela. Bateu a cabeça e ainda não escuta bem...? Olhei para ela, pensando no que deveria fazer. De repente, ela fechou os olhos e começou a murmurar umas frases estranhas em um idioma desconhecido. Ao redor dela, começou-se a brilhar. O ar fez surgir pés-de-vento estranhamente visíveis a olho nu, fazendo folhas de árvores ao redor levantarem vôo, fazendo círculos, com a menina no centro do mini-ciclone. Não tirava os olhos dela. - ............ *Espírito de Arruaceiro*! Entendi só a última parte. Vi alguma coisa translúcida literalmente sair dela e vir na minha direção. Atravessou-me e desapareceu. - ... O que aconteceu...? - foi tudo que consegui expressar com palavras. Olhava pra ela. Foi tudo muito rápido. Não deu tempo nem pra pensar direito. Ela respirou um pouco e respondeu: - Tentei incorporar um espírito ancestral de arruaceiro em você. Não funcionou. Ele diz que não consegue incorporar em alguém que não esteja vivo... - ...... Queria falar mais alguma coisa, perguntar algo, mas não conseguia. Foi uma situação surreal demais pra mim. Olhei para ela, mas seus olhos não pareciam estar mentindo. Aliás, mesmo que esteja mentindo ou dando um trote em mim, nem entendi o que ela falou mesmo. - ... O que você é...? - a Espiritualista perguntou de novo. - ...... um Arruaceiro ordinário qualquer. E tchau pra você. - Ah! Virei de costas e saí dali. Estava tedioso antes, procurando alguma coisa pra fazer. Certo. Mas também não queria me meter numa confusão estranha que nem essa aí. Infelizmente, ela começou a me seguir de novo, desta vez mais de perto, e sem esconder-se. Click! ...... não resisti. - Que que é agora? - falei, impaciente. - Tirando foto seu. - Hã? Ela sorriu. Era a primeira vez que a via sorrir. - Alguns mortos perdem seu disfarce quando são fotografados. As fotos conseguem apresentar sua verdadeira aparência. - tirou o pequeno pedaço de papel embaixo da maquininha e “chacoalhou” um pouco, até secar. Após alguns poucos segundos, uma imagem foi se formando nela - Hum... a foto saiu normal... estranho... Estranho o que... o que ela queria que saísse? Não tô morto caramba! - Hum... - ficou um pouco pensativa, e logo pegou minha mão esquerda, e ficou segurando-a - Hum... elasticidade da pele normal... temperatura e pulso um pouco acima da média, mas dentro do padrão aceitável... - ... tem nada melhor pra fazer não? - Não. - a reposta dela foi incrivelmente rápida e direta. Ela sorriu de novo. Engraçado... ela parecia um tanto medrosa no comecinho. - ... tem medo de mim não? - perguntei. - Não. Converso com mortos todos os dias mesmo. Hehe. - Sou Arruaceiro. Não vou ser bonzinho com você. Pára de encher. Estou avisando. - Você não parece ser uma pessoa malvada. - ...... - Hehehe. Já vi que vai ser difícil tentar comunicar com ela. Fingindo não dar bola, comecei a andar. De novo, ela seguia-me. - Hã... - ouvi-a me chamar novamente. - ... Que é? - Onde você vai? - E por que tenho que te responder? - Hum... estalagem no centro da cidade? - ... Eu durmo ao ar livre. - Ah é? - e ficou pensativa de novo. Nem sei por que ainda estava dando atenção a ela... Estranho... - Vai sair da cidade agora? - Vou. - É mesmo? Posso ir junto? - E se eu dizer não? - Te persigo escondida. - ...... *suspiro* - Hum? Ela chama isso de escondida? Eu hein. E por que ela fica enchendo ainda? Ah é. E ela nem respondeu minha maior pergunta até agora. - Tá me seguindo por que? - de novo, fiz a mesma pergunta. - Apenas curiosa. - A curiosidade mata o gato. - Não sou gato. - ...... *suspiro* - já vi que não vou ter um dia tranqüilo hoje. - Você parece ser um ótimo material de observação. Um morto que não tem cheiro de morto e ainda vive normal. E parece que não é zumbi também. Jiangshi, talvez? Hum... creio que não... - Não tô morto! E como é que é o cheiro de um morto?! - Cheiro diferente de um vivo. - ... Já que não cheiro morto, então sou vivo. - Mas você também não tem cheiro de vivo. - ...... - Hehe. - ...... Por quanto tempo vai ficar me seguindo? - Não sei. Uma semana, um mês, um ano, até eu descobrir seu segredo. - Volta pra casa que seus pais devem estar preocupados já. - Viajo sozinha. - ...... Ela começou a correr, passando por mim, e parou na minha frente. Como ainda estava caminhando, quase batia de frente nela. - Lumi. - falou, sorridente. - Hã? - Meu nome. Já que vamos viajar juntos, me chama pelo nome. Peraí. E desde quando disse que deixei ela viajar comigo?! Ela olhava-me alegremente. Seus olhos... hã... brilhavam... - Lumi. Prazer. - disse de novo, meio que acrescentando, e ergueu uma das mãos na minha frente. Hã... ela quis... apertar minha mão? - ...... Raonaid. - embora a respondi, ao invés de cumprimentá-la, bati na mão dela. E continuei andando. Ela, ainda me seguindo. - Rrao...néide...? Nome estranho e difícil de pronunciar. Deixa eu te chamar de Rao mesmo. - ...... - Hum... Ra? Rao? Raon? Néi? Morto? Estranho? Chato? - Raonaid e pronto. E o que você quis dizer com os últimos três?! - Ok, Rao. Hehe. - ...... *suspiro* ...... É. O jeito era tentar se acostumar logo...... - Então? Vamos para...? - perguntou Lumi, entusiasmada. Pensei um pouco, e... Hum... - ...... Prontera. - foi o primeiro nome que passou na cabeça. E assim foi o começo um tanto ridículo da nossa viagem, nossa querida e estranha aventura. Enquanto não me livrar dela, adeus silêncio. Aiai... --------------------
  2. Já eu gostei mais dessa parte e nun gostei da parte das bananas hehe Desculpem-me o português noobie... >_ É que eu escrevo um mais ou menos em versão mandarim pra depois traduzir para português... No resuminho que fiz, era: "???????", e "??" fica algo tipo comer, alimentar, etc; simples e direta. ... Essas coisas de duplo/triplo/seiláquanto sentido estranho... =/ Bungee Jumping. xD Hum... tava querendo escolher um lugar com nativos, pra demonstrar esse raciocínio simples e inocente deles, bem diferente do nosso... O primeiro que veio à mente foi Umbala... >_
  3. Também prefiro os dois primeiros minicontos... =X Na verdade, até tentei escrever outros de monstrinhos, mas não gostei deles. Só postarei se ficarem realmente bons como os anteriores (Sting & BonGun). Paranóia minha, nem ligue. ^_^''
  4. Miniconto: Lições de um Umbaliano Após todos esses anos de trabalho, resolvi dar a mim mesmo umas semanas de folga como presente. Nesse período de tempo, resolvi viajar. Destino: Umbala. Não sabia o que houve comigo, o que estaria pensando. Afinal, qual outro doido abandonaria todo o conforto e luxo de Lighthalzen para ir a um “fim-do-mundo” desses? Os habitantes de Umbala eram muito amigáveis. Parecia que já estavam muito acostumados com turistas como eu. Embora nossas culturas e até mesmo a própria forma física do corpo sejam tão diferentes, estavam sempre dispostos a ajudar. Imediatamente, prepararam para mim uma pequena casinha feita de palha, numa das árvores um pouco ao leste de sua tribo, e convidaram-me a participar da dança à noite, ao redor de uma enorme fogueira. Poucos deles realmente falavam a minha língua, então faziam gestos que pareciam saltitantes Pickys, enquanto eu tentava decifrar o que queriam dizer. Trabalhoso, mas divertido. Um rapaz em particular observava-me. Acho que tinha alguma dúvida, mas, embora seja um dos poucos que conseguia falar minha língua, ficava calado. Finalmente, à noite do terceiro dia, veio me procurar: - Por que você come? Achando interessante, resolvi respondê-lo com outra pergunta: - E por que a pergunta? - É que você sempre olha para aquela coisa esquisita na sua mão, para então resolver se vai comer ou não. Ele apontava para meu relógio. Então resolvi explicá-lo sua utilidade, a relação entre o relógio e o tempo. Ao meio-dia, o sol situa-se bem em cima de nós, e os ponteiros apontam para cima; hora do almoço. Às seis da tarde, o sol se põe, e o ponteiro também aponta para baixo; hora do jantar. Tentava fazê-lo compreender essa atitude um tanto estranha para eles. Chegou a hora, então precisava comer. O rapaz, então, deu um enorme sorriso (embora nem conseguia ver seu rosto atrás da grande e exótica máscara), como se finalmente resolvesse seu mistério: “Há! Entendi! Você é um adorador do sol. Você come para honrar o sol.” O conceito do tempo aparentava ser abstrato demais para umbalianos. Descobria que era difícil conversar com ele sobre isso. Resolvi perguntá-lo também: - E você? Por que você come? Mas sua resposta simples e direta me pegou de surpresa: - Deu fome. Após alguns dias observando-os, descobri que realmente eram assim. Numa noite, antes de dormir, quis pegar um cacho de bananas, numa pequena colina perto de onde estava, para servir de café-da-manhã do dia seguinte. Mas o mesmo amiguinho não deixava. - Já que ninguém está faminto, por que não deixar elas em paz, no lugar onde deveriam? Vendo que não adiantava discutir com ele, não falei mais nada. Horas depois, era acordado por um barulho estranho. Saí da toca, somente para encontrá-lo descendo da colina, com o cacho nas mãos. - O que foi? - não sabia se deveria rir ou não. - Deu fome agora. Hum... lógico. No dia seguinte, tinha que partir. Satisfeito, me deu o cacho de presente. Como muitas bananas estavam verdes ainda, resolvi levá-lo comigo, comê-los no caminho à casa, quando amadurecerem. Novamente, o rapaz discordava. Me aconselhava que era trabalhoso demais, visto minha mochila já muito grande e pesada. Resolvi jogar o cacho fora, mas ele balançava a cabeça para os lados mais bruscamente ainda. - A terra-mãe nos deu essas bananas. Não podemos desperdiça-las assim. Então, o que deveria fazer? Eis sua conclusão: - Espera aqui até ficar amarelas. Olhava-o incrédulo, sem saber como reagir, enquanto ele continuava: - E por que não esperar? Esperamos a safra chegar, esperamos os frutos surgir nas árvores. Esperamos nossas esposas dar a luz, esperamos os filhos crescer. Esperamos envelhecer, esperamos morrer. Esperamos por uma vida inteira. Por que não esperar umas bananas amadurecerem? Pra que toda essa pressa? É. Boa pergunta. Talvez já estivéssemos acostumados demais ao ritmo rapidíssimo da nossa civilizada sociedade. Ainda mais numa cidade como o Lighthalzen, onde cada mínimo segundo precisava ser aproveitado ao máximo. Vivemos tão apressados que até esquecemos de pensar de vez em quando, se realmente era assim que a vida deveria ser. O umbaliano pediu para que esperasse as bananas amadurecerem. Talvez seja um pouco difícil demais para mim, pois realmente precisava voltar. Não creio que seja necessário esperar tão lentamente e inocentemente como fazem. Mas frear os passos de vez em quando acho que não prejudica ninguém. Quem sabe, numa tarde de domingo, resolve passear um pouco e desfrutar dessa simples e confortável liberdade que é de meu direito. Obrigado, Umbala. Fim. -------------------- Texto inspirado num dos discursos do doutor Hou. ( http://www.crown.com.tw/book/wenyong/aut.htm Infelizmente, não achei em outra língua... E não. Aqui não tem a palestra que fui ouvir... ) Muito obrigado pela leitura. Não consegui expressar muito bem o que eu queria. Mesmo assim, espero que gostaram. =] Qualquer crítica e sugestão muito bem-vinda. ^_^
  5. Quando olhei pra capa, pensei algo do tipo: "WTF?! Quem é esse aí?!" xD Enfim, capítulo ótimo. Parabéns. ^_^ PS1: Eu não esperava essa piada antiga do "It's over nine thousand!!!" aqui! xD PS2: Primeiro a comentar! \o/
  6. Finalmente resolvi ler o tópico... ( Afinal 15 páginas assusta um pouco... =X ) Após horas lendo sem parar, fiquei até com dor de cabeça... e por motivos diversos... Ótimas histórias, embora não sejam do meu tipo... >_ ( fora os guias nas primeiras páginas... bem... "úteis"... xD ) Você realmente desafia os limites da crueldade... eu hein... O_o ( O mais violento que eu conseguiria seria que nem Lumi Cap 6, no Arruaceiro x Lorde, creio... e isso é canção de ninar para um bebê com traumas comparado aos seus... ^_^'' ) Eu já tinha medo de ti, agora tenho pavor. xD A história do SuperAprendiz com certeza foi a mais pesada. Me incomodou bastante... Quase parei quando estava no meio dela... Só continuei porque a curiosidade foi maior, digamos... O_o'' Numa cena de batalha e tortura, vejo alguém se machucar e penso: " Ui! Isso deve doer! " Neste caso, pensei: " Ai! Doeu! ". E isso fez toda a diferença... Eu lia e tentava me envolver com a história, e quando percebia, meus lábios gemiam de dor, inconscientemente... ( Ok, eu sou maluco. Perdoem-me os modos... x_X ) Depois de lê-la, fui obrigado a fechar os olhos por alguns segundos, para dar um tempinho de "digestão", e rezar pelo coitado, mesmo sendo praticamente ateus. Que o infeliz pelo menos ainda tenha uma mente sadia em Niflheim, se é que restou alguma coisa de sua pobre alma... x_Ç Também fico surpreso com a grande quantidade de maníacos e pessoas loucas sedentas de sangue no fórum... xD ( Desculpem-me se ofendi. =X *vê um forumeiro furioso* Oh Hell, Please No! For Odin's Sake! Help! ) Enfim, excelente narrativa! Parabéns! Tens uma habilidade em contar histórias admirável. Não é à toa que o tópico é tão bem recebido pelo público. ^_^ Aprendi muitas coisinhas "úteis" também, creio... Mas espero nunca ter que usá-los... O_o''
  7. Er... não vou falar muito sobre os erros gramaticais, pois eu próprio sou mal em português. xD Mas... tome cuidado com pontuações. ^_^ A ausência ou excesso de um simples pontinho ou vírgula pode prejudicar bastante, mudando o sentido da frase, e dificulta o leitor na hora de lê-la e interpretá-la. =] E... ao invés de simplesmente diálogos, poderia descrever um pouco mais o tom de voz dos personagens, suas expressões, seus gestos, o que eles sentem nesse momento, etc. Isso dá mais vida a eles. Por último, descreva o ambiente em volta. Ele é um dos elementos imprescindíveis numa ficção. Algumas simples frases mostrando onde eles estão pode ajudar muito. Poderiam estar simplesmente conversando nas ruas de Prontera. Poderiam estar nos arredores e acabado de matar um Poring. Poderiam estar deitados no chão por causa de um mob de Fabres. Descreva a cena. Isso prende o leitor. ^_^ Enfim... Boa sorte na sua fic. Estarei acompanhando suas continuações. ^_^
  8. Não participei... Nem vi ela passando... T__T Pensei que concurso era só de LoadScreen, Mascote e Banner... =X Parabéns Sakurazukamori e São Muel ! ^_^ Hmm... Quando será o próximo concurso? =] *procura calendário de feriados*
  9. Primeiro de tudo, valeu pelo comentário. ^_^ Er... nem era para ser explicado ou descoberto mesmo... O_o O objetivo era justamente essa: deixar o leitor intrigado, mas sem saber a verdade. Como disse num post anterior, era para deixar dúvidas em ambos os lados. Talvez o homem esteja morto, talvez os 12 da expedição, talvez todos. E mais: deixar o mistério sem ser resolvido, sem passar por um desfecho padrão. Quis terminar o conto no clímax. E foi um Fim ali. Desculpem-me a inconveniência se não gostaram da idéia. Vou tentar melhorar na próxima. =/ Quanto a o que pode ser feito em relação ao conto... vou tratar de reescrevê-la de jeito diferente, e ver se melhora alguma coisa... se é possível deixá-lo mais "completo"... Postarei aqui se realmente conseguir aprimorá-lo, mas não tenham muitas esperanças nisso... =X Mas isso só depois de terminar umas aqui pendentes também. Falta pouco para Lumi acabar, e tenho mais outros 2 Minicontos em andamento... ^_^''
  10. Sim. Entendi. Muito obrigado pela opinião. Mas não pretendo continuá-la. ^_^ Peço desculpas por ser chato e um tanto ignorante nesse aspecto. orz Para mim, o objetivo da história foi atingido (embora um pouco tosco), a mensagem foi dada, o leitor entendeu (espero), então recebe um Fim ali mesmo. Seja preguiça, seja só paranóia minha. O máximo que faria, creio, seria reescrevê-la um dia, seguindo os conselhos da sábia Metra, (heh =P) com o mesmo enredo, mesma narrativa, apenas um pouco mais de mindf'king, e vejo se o conto sai melhor... Quem sabe o conto fica um pouco mais "completo" assim também. Enfim, obrigado pela compreensão. ^_^
  11. Opa! Estarei aguardando! =] LOL! Eu já tava procurando essa palavra no Google. =X Jurava que era uma abreviação de Mind + F-algo + King xD ( sei lá esses termos novos e estranhos na net... inventam cada coisa... =P ) É... descobri isso alguns minutinhos atrás... A foto da garotinha realmente assustou... xD ( Me Number One Coward LOL... nem filmes de suspense mal-feitos vejo direito, ainda mais terror puro... =X ) Claro! Vou te chamar quando resolver escrever outro desses... mas não tão cedo... heh ^_^''
  12. Nossa, muitíssimo obrigado pelo comentário... O_o Ajudou bastante. Bastante mesmo. Como disse, esta história foi mais um "fast writing" e nem fui ver direito os detalhes... E... pois é... acabei esquecendo de muitas coisas que poderiam passar na cabeça da mulher... Foi do tipo... Paf! Recebe uma palmada no rosto e a idéia vem de repente. A idéia era de deixar dúvidas nos dois lados mesmo, de não saber se o homem ou os 12 eram mortos, ou talvez todos. " mindf'king ", primeira vez que ouço esse termo... Irei fazer umas pesquisas a respeito. Valeu. Já a narrativa, fui escrever em 1a pessoa por ser mais fácil pra mim mesmo, sou melhor em descrever o que a pessoa vê e sente, ao invés de tentar fazer entender tudo ao mesmo tempo, como ocorre em 3a pessoa. Mas um dia desses vou tentar fazer uma em 3a, e vejo como sai. ( hum... tenho em mente umas historinhas para escrever, mas não acho que sejam depressivos... x_X ) De novo, muito obrigado. ^_^ PS: Esse "Tolos de Abril" gostei bastante! Tinha lido ele dias atrás. Só não deixei comentários lá porque vira ress topic. xP
  13. Bem... primeiro de tudo, obrigado pelos replys. ^_^ Deve ser meu jeito de escrever mesmo, gosto de terminar algumas histórias em aberto, porque, se as acabasse, ficaria meio... óbvio... clichê... certinho... não sei explicar direito... Tipo... quando o final não é exatamente um final, o leitor é forçado a imaginar seu próprio, seja feliz, triste, etc... e eu gosto disso... ( ok, preguiça de terminar? sem criatividade para fazer conclusões? xP ) Já esta aqui... sei não... sem idéia de como continuar a história... prefiro acabar por aqui mesmo... =P Se bem que, a maioria dos filmes e histórias de terror que conheço, eles deixam em aberto, não? (corrijam-me se estiver errado, afinal não sou de ver muito este tipo de coisa...) Tente citar uma história de terror que tenha um final 100% feliz... difícil... Eles tendem a fazer um desfecho do tipo: O personagem principal, embora apavorado, consegue fugir são e salvo, e acha que a maldição acabara. Na próxima cena, volta para o local dos acontecimentos horríveis e mostra, por exemplo, a tumba mexer-se um pouquinho. Ou seja, aquele monstro não foi aniquilado, e provavelmente no futuro tudo será revivido... =x Ok, exemplo nada a ver, viajei demais. Nem entendi direito o que queria dizer mesmo. Desculpem-me. Enfim, obrigado de novo pelos replys. ^_^
  14. Miniconto criado hoje, na sala de aula, por falta do que fazer... Escrito em menos de uma hora, sem passar por revisão detalhada... Só um mais ou menos mesmo... Uma tentativa meio mal-sucedida de historinha de terror, mas lá vai... -_-'' Em Quem Acreditar Dia de sol, céu azul, límpido e sem nuvens. Mas isso não importava. Estava partindo para Niflheim. Meu marido tinha participado de uma expedição ao reino dos mortos, uma semana atrás, e não voltara ainda. Simplesmente desaparecera. Consegui contatar seus companheiros da viagem, e eles estarão esperando-me na fronteira entre a Fonte de Hvergelmir e Skellington. A pequena aventura da aldeia da tribo Wootan até a entrada de Niflheim, passando pelo Tronco de Yggdrasil, foi curta e rápida. Queria encontrar logo meu amado, e verificar se estava são e salvo. E isso fazia-me apressar os passos, inconscientemente. Porém, ao chegar, tive que me contentar com mais uma má notícia. Dos treze membros que faziam parte do grupo, restou doze. Ou seja, faltou um, e, não sabia se era por azar ou alguma outra coisa, quem faltara era justamente ele. Segundo o líder do grupo, já no primeiro dia, receberam ataques de inimigos desconhecidos. Durante a batalha, meu marido voluntariou-se a fazer um contra-ataque praticamente suicida. Todos tentaram fazê-lo mudar de idéia, mas não conseguiram. O feito foi um sucesso, e conseguiram sobreviver, com a exceção de uma única pessoa, desaparecida até então. Ficava espantada com a frieza no tom dos aventureiros, quando narravam a história, mas não os culpo. Deviam ter passado por muita coisa estes dias. Mesmo assim, juntei-me a eles, com esperanças de encontrá-lo. Porém, essas mínimas esperanças sumiam pouco a pouco, assim que íamos atravessando a terra de rochas e gelo. Era quase impossível sobreviver a essas condições naturais tão extremas, ainda mais sem nenhum colega para ajudá-lo. Acampamos num canto da Vale de Gyoll. Não quiseram acender uma só fogueira, mesmo num ambiente tão frio. Justificavam de que os monstros daqui eram diferentes das bestas usuais que conhecíamos, e que o fogo, além de não espantá-los, os atraem, expondo o grupo inteiro em perigo. Simplesmente arrumavam seus próprios sacos-para-dormir, e cada um acostava-se num lugar, seja numa rocha ou árvores secas e mortas. Meu sono era interrompido várias vezes por barulhos estranhos. Não sei se era paranóia ou problema só minha, mas, algumas vezes, abria os olhos e via algum membro observando-me. Mas não quis incomodá-los com perguntas desnecessárias. Algum tempinho depois, levantei-me, pois não conseguia dormir direito. Andei algumas dezenas de passos, ainda a uma distância mais ou menos segura, e olhava para o abismo sem fundo característico no local. Foi quando... - Vamos! Corre! Alguém segurava meu braço. Sua mão estava gelado. Virei a cabeça e vi o rosto que tanto conhecia, mas desconhecia ao mesmo tempo. O homem que tanto amava estava lá, com ferimentos, terra e sangue cobrindo o corpo inteiro. Estava um pouco mais magro, e seus olhos estavam muito vermelhos. Mas o que mais me assustara era sua expressão na cara nunca antes vista, repleta de terror, cansaço e nervosismo. Não pude conter meu espanto e gritei. - Corre! Vamos fugir daqui! - ele insistia. Mas eu simplesmente não sabia como reagir àquilo. - Não estou morto! Fomos atacados no primeiro dia da expedição, e, fora eu, todos morreram! Corre! Antes que descubram! E agora. Em quem devo acreditar? Fim ***** Primeira vez que escrevo uma história desse gênero, fanfic ou não... Alguém experiente me dá umas dicas? =] Enfim, muito obrigado pela atenção. Qualquer crítica ou sugestão é bem-vinda. ^_^
×
×
  • Criar Novo...