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Vicky '-'

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  1. Vicky '-'

    Rabisco *-*

    aaah que lindo, amei *-*
  2. Vicky '-'

    Fanart de Mestre

    adorei, parabéns *-*
  3. Tá aí o meu lixinho. :~ Morte ao Imperador O sol mal podia ser visto quando finalmente cheguei à Catedral de Prontera. Os pássaros que viviam nos arredores cantavam uma musica triste, como se lamentassem profundamente a perda que todos sofríamos. Eu estava novamente ali para visitar um velho amigo... Mas a musica... Aquela musica fez-me parar por alguns instantes e magicamente eu vi tudo acontecer de novo. Lembrei-me exatamente do dia em que recebi a missão de encontrar Irmã Matilda, em algum ponto do Deserto de Sograt. Era uma penitencia necessária para que eu pudesse me tornar uma Noviça e seguir o meu destino, guiada pelas mãos de Deus. Fui ao encontro do Padre Necrus, o encarregado de testar a fé dos aventureiros de bom coração e nomeá-los Noviços, caso provassem sua vocação. Não me lembro ao certo como cheguei ao deserto e nem por quantas horas eu caminhei com os pés afundando naquela areia incrivelmente quente. Tive a impressão de que morreria ali e jamais seria encontrada. Em questão de segundos eu me lembrei da lenda que há anos assombrava o reino de Rune-Midgard, do demônio selado nas profundezas do deserto e da minha promessa de um dia acabar com esse mal para sempre, devolvendo a paz a todos aqueles que já haviam perdido a esperança de viver em um mundo sem guerras. Depois de quase desistir, eu a encontrei: A Jóia do Deserto. Eu sabia que ali já havia sido o palco de uma das batalhas mais impressionantes de todos os tempos, onde Thanatos selou Morroc, o demônio que cercou o reino de sombras e desespero. A batalha entre os dois durou dez dias e dez noites. Ao cair do céu vermelho,o Imperador Morroc finalmente foi selado. Chegando na cidade mais bela que eu já vira, fui ao encontro da Irmã Matilda. Conversamos um pouco e ela enviou uma mensagem à Catedral, informando que eu havia completado a penitencia. Ao passar pelo Castelo de Morroc, senti um estranho arrepio percorrer meu corpo. Tive a impressão de ouvir um sussurro gélido vindo das profundezas do solo. Naquele momento eu tive certeza de que o Demônio do Deserto não era apenas uma lenda... e soube que ele voltaria um dia. O caminho de volta foi tranqüilo, já estava acostumada com o calor e a poeira. Fui recebida com sorrisos na Catedral, pude me tornar uma Noviça e recebi a bênção dos Sacerdotes. Decidi que usaria minhas habilidades para mandar de volta ao inferno todos aqueles que perturbassem o equilíbrio do reino. Treinei arduamente, então pude me tornar uma Sacerdotisa. Continuei treinando dia e noite, decidida a acabar com o mal que insistia em tomar posse de Rune-Midgard. Em minha jornada, conheci muitos aventureiros com objetivos similares aos meus. Construímos laços fortes. Exploramos lugares incríveis, vivemos momentos inesquecíveis, mas nenhum comparado àquele em que fomos acompanhar nosso amigo Linus até a Guilda dos Mercenários, onde ele se tornaria um deles. Ele passou no teste facilmente, mas algo ali nos chamou a atenção. O chefe da Guilda reuniu um pequeno grupo de mercenários e quase sussurrava uma história sobre uma corporação e crianças supostamente sequestradas por adoradores de Morroc. Intrigados, resolvemos investigar. Visitamos reinos vizinhos procurando por algo que nos levasse a uma explicação. Foi quando recebemos a trágica notícia de que o Imperador Morroc havia finalmente quebrado o selo. Ele estava livre. Em poucos dias, a cidade e suas redondezas estavam em ruínas. Inúmeras pessoas morreram tentando selar o demônio novamente. O ar frio era constantemente cortado por gritos e o chão manchado de sangue. Linus quis ir até lá. Disse que era nosso dever acabar para sempre com aquele que já havia causado tanta dor e sofrimento. Sem pensar, concordamos. Quando encontramos o chamado Imperador, já devíamos saber que era inútil. Éramos fracos demais, tolos demais, ingênuos demais... Linus está morto. Nossa família, como costumávamos chamar, desfeita pela dor e o medo. Morroc ainda está lá, abrindo um buraco cada vez mais profundo e sem volta no que um dia eu chamei de paraíso. Não há mais nada por lá, a não ser a angústia daqueles se perderam nas Sombras de Morroc. Hoje, finalmente me tornei uma Suma-Sacerdotisa. Ainda estou disposta a selar Morroc novamente em horna a Linus, que tenho visitado constantemente em sua morada final ao lado da Catedral. Aprendi que o mal jamais deixará de existir, pois o verdadeiro demonio sempre estará dentro de nós, lutando para quebrar o selo. Acreditamos ter controle sobre ele, assim como acreditávamos ter sobre Morroc. Hoje, aquele selo encontra-se destruído e a Jóia do Deserto, a única e verdadeira, é apenas uma lembrança no coração daqueles que ainda têm esperança de vê-la novamente... um dia.
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