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Airy

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  1. @Flaner A diferenciação entre pátria e nação é muito importante e é bem-vinda. Com nações, eu me identifico... com comunidades, eu me identifico. Somos assim, procuramos pertencer a algo em comum, talvez precisemos até. Mas não me identifico com a nação brasileira apresentada por você, apesar de achar que compreendo seus argumentos.Na base dessa idéia de Brasil-nação eu vejo apenas a pátria, que se firma com opressões das mais atenuadas (propaganda, projeção do Brasil no mundo, patriotismo bom) às mais violentas (disputa de fronteiras, religião no espaço do Estado laico, patriotismo mau). Exemplo concreto de opressão violenta é a opressão a nações indígenas... vem à cabeça a tensão sem fim da disputa de fronteiras na Terra Raposa Serra do Sol. Está aí uma nação, como você disse, de pessoas dificilmente manipuláveis, porém o Brasil não se importa com esse fato. O Brasil-nação exclui indígenas tanto quanto o Brasil-pátria, afinal, não há identificação... índios pra nós são índios "no Brasil"... e não na casa deles. Se o Brasil-nação não é o Brasil _de fato_, e sim uma espécie de comunidade dominante, então é pátria travestida, é isso. Qual a importância de um senso de Brasil-nação para atingir um estado justo das coisas nessa situação? No meu entendimento, as pessoas querem acreditar que estão fortemente ligadas tal qual numa nação e todas as suas características fortes e admiráveis, mas o _único_ elo verdadeiro que vejo se formar é quando se compete, ex., se torce pelo futebol, ou se compara o Brasil à Itália, aos EUA, à França. Parece que temos que vencer os outros. Opressão atenuada concreta é o descaso da educação pública, já citada, ou a tolerância gritante com a existência de comunidades pobres crescentes como câncer. No nosso "Brasil-nação" deve existir também o senso comum de que existe alguma favela em algum lugar, não? Brasil, impossível não haver isso, e por aí vai.Claro, nada disso é exclusivo ao Brasil. Mas aos defensores da pátria, eu falo mal é do Patriotismo e do que ele ajuda a agenciar em qualquer lugar do mundo, e não de um palhaço Brasil vilão do circo...Numa coisa penso que você está certo: existe o senso de um Brasil em comum a todos forte e crescente, mas a esse senso eu ainda chamo de patriotismo. Eu sou meio viajado mesmo, tá no nome, desculpe se ainda não ficou claro o que digo.
  2. Está longe de ser idealismo, mais uma vez, imploro pelos fatos. O amor à pátria, sim, é uma ideia bem bonitinha a ser eternamente e persistentemente difundida, amplamente manejada de acordo com o "espírito do tempo", um dia pode fazer todo mundo se abraçar na final da Copa, outro dia pode fazer cabeças rolarem em silêncio. Patriotismo bom e amigo, patriotismo mau e exagerado, a raiz é a mesma. O único ismo presente aqui é esse, o mesmo ismo que se cega para qualquer diferencinha de visão de mundo.Não é saudável seguir a discussão com quem já chega me depreciando ao invés de debater, claramente nossos objetivos são diferentes aqui, então agora eu me retiro mesmo desse diálogo.
  3. Concordo. Afinal, isso é uma competição?... Pois é. (não encerrei [*-)])
  4. E eu encerro dizendo: o MUNDO é maravilhoso, pessoal. O MUNDO. Brasil? Fronteiras Políticas. Beleza não há nelas. Separatismo imprudente, orgulho, pobreza e atraso, há.
  5. Pra mim a questão foi precisamente essa, trata-se do imaginário, seja daqui ou da Europa, e não poderia haver exemplo melhor do que o de Hitler indicando como não devemos pautar nosso "amor" (paixão) por esse imaginário braZileiro ou qualquer outro. O resultado tende a ser o "Brasil: ame-o ou deixe-o", isso até já foi usado num post atrás. Daí pra frente, quem sabe? Alguém arrisca? (não estou associando nada a quem usou a frase aqui, aliás)É fato que essas imagens pouco me interessam... não dizem respeito a mim, nem a você, nem a outro, e sim ao palhaço Brazil no circo do mundo.Boa intenção, a da escritora. Como disse no meu primeiro post, concordo em partes com a mensagem. Mas a mensagem é dela. A nossa, na minha opinião, precisa ser outra, a dos fatos.
  6. ...e a rede pública continua ruim, pessoal.
  7. Colega, a crise econômica é real, porém, também um baita boom jornalístico mais do que outra coisa. O Brasil está em crise real não-boom desde muito antes de nós nascermos... só não dá pra vê-la tão bem daqui do topo dos nossos apertamentos metropolitanos. E a Amazônia está sendo devastada. E eu sou da postura de que não é bom amar quando o amor não é recíproco... mas esse sou eu, aquele é vc Amor delimitado por fronteiras também me soa bem estranho.
  8. Muitos exageros e mentiras sobre alguns "contras" europeus... concordo em partes com a mensagem geral que quis passar, mas no fim das contas o que acho ridículo é tanto o patriotismo quanto o anti-patriotismo de qualquer nação. Somos quem somos, não precisa meter orgulho fálico ou vergonha submissa nisso. O Brasil seria um lixo tanto quanto o planeta todo o seria.
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