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[Concurso] Fanfic e Pedras da Valq!


Dundé

Posts Recomendados

1.png

 

Todos conhecem o sistema de leitura de livros em Ragnarök, certo?

 

Para quem não sabe, certos livros possuem ícones para abrir uma janela de leitura com textos maiores que a descrição.

 

Sistema_de_Livros.png

 

Os livros mais conhecidos são os de receita de culinária e os manuais de alquimia.

 

Mas agora chegou a sua vez de escrever uma história para que ela seja imortalizada no jogo!

 

Chegou o 1º Concurso de Fanfics do bROWiki!

 

 

2.png

 

Regras de participação

 

  1. Usuários deverão enviar uma história de até 1.500 palavras.
  2. A história pode estar relacionada ao mundo de Ragnarök, mas não pode conter nenhuma alteração da história oficial do jogo. Por exemplo, você não pode alterar acontecimentos fixos da história do jogo.
  3. A história deverá ser postada aqui no tópico.
  4. Apenas 1 história por usuário poderá ser enviada.
  5. O participante pode editar seu texto caso tenha encontrado erros.
  6. No final do texto, o participante deverá colocar seu Servidor e o nome do seu Personagem principal.

 

 

Requisitos de escolha

 

  • Criatividade e originalidade;
  • Conhecimento da norma culta da língua portuguesa;
  • Conhecimento do cenário de Ragnarök Online;
  • Histórias interessantes que prendam a atenção do leitor;
  • Histórias que agregam algum valor ao leitor.

 

 

Premiação

 

 

 

Sobre os vencedores

 

  • Serão premiados 4 escritores diferentes.
  • Os itens serão inseridos nas contas dos jogadores em até 90 dias.
  • A fanfic será inserida no jogo de acordo com o tempo, disponibilidade e boa vontade da Gravity.
  • O tempo para enviar sua história é até as 23:59 do dia 14 de Setembro de 2018.

 

 

Por favor, continue acompanhando essa postagem, pois novas informações poderão ser inseridas aqui a qualquer momento.

 

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Editado por Dundé
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Meu caro amigo Dundé, acredito ser um equívoco de sua parte exigir que o login seja informado publicamente no post, repare que houve um caso de um rapaz que teve a conta "Bloqueada" pois pessoas mal intencionadas obtiveram o login do rapaz e, criaram um programa pra logar a conta com senhas erradas até que a mesma fosse travada até a manutencão, por causa do sistema automático, e um loop foi mantido até que um processo (contra a LUG) fosse ganho pelo jogador prejudicado.

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Meu caro amigo Dundé, acredito ser um equívoco de sua parte exigir que o login seja informado publicamente no post, repare que houve um caso de um rapaz que teve a conta "Bloqueada" pois pessoas mal intencionadas obtiveram o login do rapaz e, criaram um programa pra logar a conta com senhas erradas até que a mesma fosse travada até a manutencão, por causa do sistema automático, e um loop foi mantido até que um processo (contra a LUG) fosse ganho pelo jogador prejudicado.

 

Paulo, no meu último concurso a LUG solicitou os nomes de usuário porque as pessoas não estavam escrevendo corretamente o nome do personagem ou em alguns casos outras pessoas com nome parecido eram premiadas.

 

O que eu posso fazer é solicitar o nome de usuário via PM após o anúncio do resultado

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Paulo, no meu último concurso a LUG solicitou os nomes de usuário porque as pessoas não estavam escrevendo corretamente o nome do personagem ou em alguns casos outras pessoas com nome parecido eram premiadas.

 

O que eu posso fazer é solicitar o nome de usuário via PM após o anúncio do resultado

dunde e se vc pedir no lugar do login da conta o endereço do discord já que ele é único

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dunde e se vc pedir no lugar do login da conta o endereço do discord já que ele é único

 

Até porquê o prêmio das pedras da valk/platina/visual/livro tu usa no discord, né?

Gênio.

 

@Topic

Puta merda bixo, parece promissor.

Vai ser interessante ver o povo 'fanfiqueiro' tendo um espacinho. XD

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Até porquê o prêmio das pedras da valk/platina/visual/livro tu usa no discord, né?

Gênio.

 

@Topic

Puta merda bixo, parece promissor.

Vai ser interessante ver o povo 'fanfiqueiro' tendo um espacinho. XD

 

éééééééé bolo de abacaxi,vc tem de sutil o mesmo que possui de intelecto

o dundé pede o numero de cada pessoa do discord com isso ele pode entrar em contato através do discord e aí sim ele pede a conta nick e servidor do player vitorioso de maneira individual e segura

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GENTE

 

vamos lá:

 

1. Vou pedir apenas o nome do personagem, quando anunciar os vencedores entrarei em contato via PM pedindo o nome de usuário CASO SEJA NECESSÁRIO

 

2. Vou estender o prazo do concurso para até o dia 7 de Setembro, para que os participantes do concurso do tutor de arruaceiros possam ter tempo de realizar os dois eventos simultaneamente

 

3. Não tem 3

 

 

Espero que tudo esteja esclarecido agora o/

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O custo do poder

A muito tempo atrás, existiu um nobre e gentil cavaleiro, cuja os dogmas da cavalaria seguia a risca, buscando sempre se tornar o mais forte para proteger todos os seus companheiros. Ao chegar numa certa idade, o cavaleiro vendo que não conseguia entrar mais em combate graças ao seu corpo idoso, decidiu com um grande pesar no olhos, aposentar sua espada, e começou a vagar por rune-midgard em busca de um rumo que teria ouvido anos antes. O rumor dizia que uma valquíria poderia trazer a juventude de todos aqueles nobres e honrados heróis que se fizeram nesta terra. Por messes o idoso vagou sozinho por todo reino em busca da tal valquíria. Foi quando em uma taverna em Juno, ele ouviu alguns sábios da academia da cidade, falando algo sobre viajantes cada vez mais novos indo conhecer a valquíria para poder continuar seu treinamentos sem limites daquele corpo. Dando um pulo da cadeira, o idoso perguntou:

-Desculpe ter ouvido sua conversa, mas como posso conhecer essa tal valquíria?

Assustados, os sábios retrucaram:

-Acalme senhor, poderemos levar o senhor a nossa academia, porém, os aventureiros que buscam a valquíria tem que pagar uma taxa para a manutenção da academia.

Feito isso o idoso foi levado a academia dos sábio, onde pode se encontrar com a valquíria, pedindo assim para que ela pudesse o tornar jovem outra vez, pois o seu desejo de proteger a todos ainda não tinha sido comprido. Vendo a bondade e pureza no seu coração, a valquíria disse para o idoso:

-Se e assim que deseja, assim será feito.

Fazendo todos os rituais de cerimonia, a valquíria invocou uma forte luz branca que descia dos céus, banhando o corpo do idoso. Quando a luz cessou o então Aprendiz T. abriu os olhos, e não se lembrando de quase nada do que tinha ocorrido perguntou a valquíria:

-Onde estou?

-Você esta no meu altar, seu velho corpo foi embora, junto com algumas lembranças, porém, as lembranças mais honrosas e seu desejo de proteger a todos continuam com você, agora vá, se torne o maior protetor dos indefesos desse reino.

Estendendo sua mão e acenando para o Aprendiz T. outra luz o cobriu, levando-o a Izlude, onde sua nova jornada acaba de recomeçar.

Depois de alguns anos de treinamento, agora como Espadachim T. foi chegado o momento onde ele já estava maduro o suficiente para voltar a ser cavaleiro, o pequeno Espadachim T. se dirigiu a sede em Prontera, lá o cavaleiro chefe, vendo algo diferente no jovem, não o aceito como Cavaleiro, porém o encaminhando para a academia dos sábios, onde lá deveria voltar no altar da valquíria, mas não falando com ela, e sim, com o representante dos Lordes, uma cavalaria de alto nível, onde só os mais fortes Espadachins renascidos deveriam ir para seguir seus sonhos. Feito isso, o agora Lorde continuo na sua busca por força para defender os que necessitavam.

Após anos de intenso treinamento e viagens por toda midgrad, o Lorde viu que mesmo que treinasse e ficasse muito mais forte do que já é, ainda sim, ele não conseguiria proteger a todos, desolado e deprimido, o Lorde começou a viajar e buscar maneiras de elevar sua força. Foi numa dessas viagens que ele conheceu Lightal Zenit Zerter, fundador da cidade de Lighthalzen e da fundação Venberkr. Trocando algumas palavras, Lightal viu grande potencial no jovem Lorde, foi então que ele fez a seguinte pergunta:

-Como você se chama meu jovem?

-Me chamo Seyren. E o senhor?

-Me chamo Lightal Zenit Zerter, mas pode me chamar de Lightal, vejo que você tem um grande sonho de proteger a todos, porém lhe falta mais poder. Oque você acha de eu e meu cientista chefe Wolfchev, lhe dar esse poder? Minha fundação descobriu um mineral extremamente raro e poderoso chamado Coração de ymir, um minério tão antigo quanto essa Terra.

Sem pensar duas vezes Seyren aceito a proposta de Ligthal, e então eles se dirigiram ao Laboratório de Somatologia, descendo até o terceiro andar, onde Seyren conheceu outros aventureiros com sonhos parecidos com o dele.Feito todos os preparativos para o procedimento, Wolfchev então dentro de uma câmara, diz para os aventureiros entrarem em varias capsulas que estão circulando um pequeno fragmento de um mineral que nunca tinham visto antes. Ao começar o experimento, uma enorme corrente elétrica passa do Coração de Ymir para as capsulas, onde os aventureiros então começam a gritar em meio a dor do poder sendo passado a eles, o processo continua por mais alguns minutos, até que uma enorme explosão começa a acontecer no andar, o poder do fragmento de Coração de Ymir e tão grande, que acabo gerando uma sobrecarga no andar todo.

Foi quando uma explosão acerto as capsulas, as danificando gerando uma grande cortina de fumaça no local. Quando a fumaça abaixo, Wolfchev e seus cientistas olharam perplexos as almas dos aventureiros saindo de seus corpos e se multiplicando em pequenas versões mais fracas.

Assustados, os cientistas começaram a correr em direção a saída, mas o andar todo já estava infestado com os aventureiros fantasmas, ao ponto de praticamente todos os cientistas serem brutalmente mortos, restando somente alguns outros cientistas, e Wolfchev que chegando na saída primeiro, decidiu lacrar o andar, deixando o resto dos cientistas para serem mortos lá dentro. Após lacrar o andar, Wolfchev recupera o folego, pega sua caderneta e caneta e anota a seguinte informações:

Laboratório de Somatologia: Terceiro experimento com aventureiros.

Andar: 3 Andar. Lacrado.

Status do procedimento: Falha total outra vez.

Vitimas: Todos os aventureiros e cientistas ajudantes.

Novas ordens: Procurar novos cientistas ajudantes, e aventureiros ainda mais fortes para suportar a experiência.

 

 

@THOR

CHAR: /RafaelBcelar\

Editado por RafaelBacelar
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Esta é uma fanfic que escrevi para um concurso anterior mas acabei não submetendo. Eu escrevi ela com muito carinho, tive o cuidado com o limite de palavras mas não sei se ela se encaixaria exatamente no critério de não conter alguma alteração na história, espero que sim.

 

A Redenção de Grashnir

 

 

Primeira Noite

 

Acordou cansado, a última coisa que se lembrava era de ter enfrentado um grupo de humanos. Teria mais uma vez sido derrotado?

 

Grashnir nunca se permitiu descansar, pelo menos não após a noite em que a vila tinha sido invadida e saqueada pelos humanos.

 

O Ódio era combustível para o já implacável Senhor dos Orcs, seu dever era combater as incursões humanas à Vila e proteger seu clã.

 

Não conseguia parar de pensar que seu fracasso na última batalha poderia ter causado o sequestro de mais uma criança orc, uma de várias ao longo dos últimos anos.

 

Esta noite estava especialmente fria para Grashnir que não costumava sentir frio. Quase tinha esquecido que a noite seguinte seria de solstício, era de costume do povo orc ter comemorações no dia, hoje não mais.

 

Estava a finalizar sua última patrulha perto da ponte quando notou uma movimentação na superfície do lago.

 

Obstinado como sempre, nunca negou seu dever e ao notar a estranha figura correu ao seu encontro temendo mais um ataque dos magos humanos que por ali costumavam debandar.

 

— A noite está fria, Grashnir. O que estás fazendo na beira do lago tão tarde? — Perguntou o Xamã do Vento.

 

— O Que é você? Mais uma artimanha dos humanos?

 

— Não, vim por outra coisa. É chegada a hora guerreiro, vem comigo.

 

E em desespero Grashnir viu o firmamento sumir e tudo que restava escurecer. Pensando que se este seria seu fim, quem protegeria seu povo?

 

Grashnir acordou numa cabana orc comum, o fogo ainda crepitava no canto do pequeno abrigo. Pareceu confuso pois sua acomodação como líder da tribo não seria tão modesta, porque estaria ali?

 

Uma luz entrou na cabana e a porta se abriu.

 

— Ah, veja só! O Pequeno Dentuço acordou! Vamos, levante-se, está na hora.

 

Não era chamado assim há uma vida. Ainda atordoado, se apoiou na pequena cama de palha e levantou para não encontrar nenhuma das incontáveis cicatrizes a qual tinha ganho ao longo de infinitas batalhas.

 

Olhou em direção à porta e reconheceu um rosto quase esquecido, o sorriso amável do seu avô se abria como um raio de luz. Grashnir não pôde se conter e abraçou o seu avô com toda força que tinha. Isso normalmente quebraria os ossos frágeis do velho mas ele não se importou.

 

— Calma dentuço, nesses dias você irá me esmagar com tamanha força. Venha, vamos. Temos que aprontar você para as comemorações do solstício.

 

E então Grashnir percebeu que estava a reviver um dos dias mais importantes de sua juventude, o dia em que o clã o reconheceria como um guerreiro fiel à vontade. Acontecia nos solstícios como de costume, neste seria a vez do jovem Grashnir ser honrado à vontade já que alcançara seus 17 solstícios de idade.

 

— Você levantou tarde hoje, dentuço! O que houve? Já passa da meia-luz do dia, você precisa se apressar, a cerimônia começa em instantes.

 

Grashnir tentou falar algo mas seu avô lhe pegou pelo braço e o arrastou através da vila. Queria lhe perguntar tantas coisas, mas o velho era implacável e arrastava o jovem orc pelas cabanas buscando os materiais necessários para a cerimônia.

 

— Como pode, o neto do sacerdote estar atrasado para a cerimônia do solstício? Olha dentuço, se seus pais ainda estivessem aqui você estaria bem encrencado. Isso, muito obrigado, ele vai precisar com certeza. Vamos, por favor, ele está atrasado, você sabe como os jovens são estúpidos.

 

— Tome, vista sua armadura e pegue seu machado. Não é hora para conversas dentuço, você está muito atrasado.

 

E assim o levou ao centro da vila onde seus amigos já preparados os esperavam. Podia reconhecer todos, amigos há tanto tempo perdidos, há tanto tempo quase esquecidos. Assim, seu avô lhe deu um tapão e o pôs na fila com os outros.

 

Aos poucos os demais membros da vila chegavam para dar início às comemorações. Tambores formavam um grande círculo ao redor jovens dos orcs que nesta noite receberiam a honra da vontade.

 

Seu avô tinha iniciado a cerimônia onde eles seriam reconhecidos como guerreiros, toda a tribo cantava uma canção de ode à vitória, batendo os pés contra o chão e urrando em uníssono. Um exército orc era uma cena ao mesmo tempo linda e assustadora.

 

Havia chegado a hora. Seu avô marcou o rosto do jovem Grashnir com seu próprio sangue e pediu que repetisse com ele o juramento do guerreiro orc.

 

— Serei leal e imbatível. Serei justo e misericordioso. Serei um guerreiro voraz e protegerei os fracos. Serei acima de tudo fiel à vontade e ao meu clã.

 

O juramento tinha sido dito e todos aqueles eram agora sua família, seu dever era protegê-los. Quando seu avô o abraçou, pôde ver o rosto de cada um dos orcs ali presentes. Então lamentou o que estava porvir.

 

Mais uma vez, o firmamento sumira assim como todos ao seu redor.

 

 

 

 

 

Segunda Noite

 

 

 

— Venha Grashnir, sua jornada apenas começou. — Disse novamente o Xamã do Vento.

 

Grashnir estava de volta à vila e o misterioso Xamã do Vento pairava à beira do lago.

 

— O que aconteceu? Onde está meu avô?

 

— Vamos Grashnir, não temos tempo, é noite de solstício de novo e ainda temos duas visitas por fazer.

 

Grashnir seguiu o Xamã ao longo da ponte até encontrar na extremidade um grupo de humanos com uma criança orc no colo.

 

Grashnir rangeu os dentes e correu em direção ao pequeno grupo e então percebeu que não podia se mexer mais.

 

— Calma Grashnir, você não quer mais atacar eles.

 

— Claro que eu quero! Estão levando mais uma criança do meu clã! Não posso permitir isso, solte-me fantasma!

 

E então Grashnir ouviu a voz calma de uma humana acalantando a pobre criança orc.

 

— Não chore pequenino, logo logo chegaremos à capital. Lá você encontrará outros como você, onde poderão crescer longe da maldição. Vamos entrar no portal agora, venha.

 

A sacerdotiza acalentava o bebê orc nos braços e tudo que passava pela cabeça de Grashnir era confusão. Outros como você? Maldição? Então o pequeno grupo sumiu.

 

— Esta terra está condenada, Grashnir, não há mais salvação para mim ou para você — disse o Xamã do Vento — mas talvez tenha para eles. Vou explicar, venha.

 

E então o firmamento sumiu.

 

 

 

 

 

Terceira Noite

 

 

 

— Acorde, é noite de solstício mais uma vez.

 

— Onde estou desta vez, fantasma?

 

— Veja por si só, grande guerreiro.

 

Grashnir esperou seus olhos se acostumarem à falta de luz e então percebeu onde estava.

 

— O que estamos fazendo nas cavernas?

 

— Este é o futuro de nossa espécie Grashnir, comtemple nosso declínio. Vagaremos pela escuridão até o fim dos tempos, a maldição alcançou estes pobres coitados e lá está você.

 

Grashnir podia ver um enorme orc meio morto a vagar pela escuridão, gemendo à procura de um propósito, mas sua dor tornava a realidade turva e tudo que podia fazer era vagar e gemer por toda eternidade. Ele não era o único, centenas vagavam pela escuridão.

 

— Nem o mais poderoso Senhor dos Orcs pôde resistir — continuou o Xamã do Vento.

 

— Meu destino já está traçado, fantasma, mas quanto ao meu povo? Qual o objetivo de ver tudo isso se não posso salvá-los?

 

— A vila está perdida, mas os humanos acreditam que as crianças ainda possam ser salvas, é isso que eles vêm fazendo Grashnir. Eles não acreditam que os adultos possam confiar neles, é por isso que levam as crianças para que ao menos o futuro de nossa espécie esteja a salvo. A invasão foi um ato de desespero mas também de salvação.

 

— Não deixarei meu povo ter um fim tão triste e vagar pela eternidade em agonia, o que devo fazer?

 

— Volte para seu povo. Convença-os e evacue todos nesta noite de solstício, os humanos a conhecem como Noite de Natal. Vá aos portões de Geffen com sinais de paz e seu povo será salvo.

 

— Farei isso fantasma, mas como poderão me receber? Certamente não poderei conviver dentre os humanos depois de décadas de batalhas.

 

— Guie seu povo Grashnir.

 

O fantasma sumiu. Grashnir acordou no dia de solstício e deu início aos preparativos. Bandeiras brancas foram distribuídas para um em cada dez orcs, os machados foram deixados para trás.

 

Já era noite quando puderam ver os portões da cidade mágica de Geffen. Os humanos receberam os orcs com alegria, mas ninguém entendia a melancolia nos olhos do líder orc.

 

Ao fim da evacuação Grashnir se pôs sozinho a caminhar de volta à vila onde tinha vivido sua longa vida de batalhas, sua redenção seria ali, a combater o mal que se abateu sobre sua terra.

 

O último Senhor dos Orcs adentrou a caverna e encarou as trevas que lá existiam. Lembrou-se de sua juventude e de seu povo. Fechou seus punhos, rugiu e correu rumo à escuridão para travar sua última batalha.

 

 

 

Servidor: Valhalla

 

Personagem: Jirak

Editado por Lazarento
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Obs: A historia contém 1500 palavras, mas, se somar com o título ira ultrapassar o limite de palavras! Espero que esse detalhe não desclassifique minha fic.

Obrigado. Boa leitura!


no love, no problems


7 de setembro de XXX, O que deveria ser um dos melhores dias da minha vida, era na verdade o começo da minha ruina! Mas antes de saber o que esta acontecendo, vou contar um pouquinho da minha historia!

 

Tudo começou na minha infância no campo de treinamento quando conheci Cleitinho. Ele era o verdadeiro clichê, melhor aluno da turma, número um nos combates de treinamento, bonito, alto, misterioso e adorado por todos da turma e dos instrutores. Incluindo eu, claro! – Mas o gatilho da minha paixão foi quando ele me salvou de um “monstruoso Picky”. A partir dai comecei a observar tudo que ele fazia, fiz amizade com os amigos dele e pessoas próximas para poder estar-nos mesmos lugares, até o segui até sua casa! Sim. Eu era um stalker! Ah... E por algum motivo ele disse que iria me dar um soco, não sei por que!? Mas esse dia foi irado! – Mas nunca consegui forma uma palavra se quer para falar com ele, fora os micão que eu sempre pagava quando ele estava por perto! Quando conclui o campo de treinamento, era chegada a hora de seguir uma classe. Já que eu tinha uma ótima concentração e controle da mana, eu poderia ser um mago, mas mago é coisa de burguês safado (nada contra!), então optei por estudar arquearia em Payon.

 

Em Payon conheci Munik, que veio a se tornar minha melhor amiga e sócia, e Alice, vulgo melhor pessoa do mundo!, e maid particular da Munik (elas tem um caso, mas acham que me enganam!). Durante nossas aventuras, descobrimos o ofício da dança e da musica e fomos para Comodo aprende-las.

 

Durante esses anos, eu e Munik, formamos uma dupla. Começamos nossos shows em Comodo e logo tínhamos show em toda Rune-Midgard – A uns dois anos compramos o antigo cabaré da Takius, e hoje é o maior casino e casa de show de Comodo, e um dos melhores de Rune-Midgard! Claro, Alice que administrava tudo, se não, não teríamos nada! – Tudo ia bem até eu reencontra Cleitinho há alguns meses atrás. Como em um sonho, começamos a conversar e depois vieram os beijos e a algumas horas atrás ele me trouxe rosas eternas, uma pelúcia e fez o tão esperado pedido de namoro, acompanhado de um anel com diamante! Ah~! Tudo era perfeito. Até agora!!!

 

– OI... Você é o Haney, o bardo!?

 

– Sim, sou eu. É a sua primeira vez no cabaré?

 

– Sim, eu vim de muito longe para ver você! – Ele lançou um sorriso e eu retribui, mas levei minha mão ao queixo para que ele visse o anel. Se ele tiver segundas intenções vou cortar elas agora mesmo! Ele ergueu a sobrancelha quando viu o anel – Hum... Que anel bonito!

 

– Sim, é...

 

– Pena que não é seu! – OI!?

 

– Ahm?... Como assim, “não é meu”?

 

– Isso mesmo, não é seu. Coisas roubadas não te pertencem!

 

– Quem você pensa que é pra chegar falando assim comigo. Você sabe quem sou eu!? Haney Caldeirão!!!

 

– E você sabe quem sou eu?

 

– Um Orc pão com ovo!

 

– C-Cavaleiro Disfarçado!

 

– Ahm... Mentira! Encosta na parede – Quando olho para os lados, vejo um monte de cavaleiro invadindo o cabaré e alguns clientes assustados fugindo.

 

– O-O que tá acontecendo aqui!? – Munik chegou correndo com Alice até mim, mas foi impedida de falar quando outro cavaleiro se aproximou de nós com a pelúcia que Cleitinho tinha me presenteado.

 

– A senhora vai saber agora! – O cavaleiro começa a rasga a pelúcia e começa a cair vários galhos seco – Haney Caldeirão, você esta preso por furto e trafico de galho seco. Reze para não encontrarmos mais coisas! – Meu corpo estava estático com o que estava acontecendo, tudo isso só poderia ser uma brincadeira, mas não era! Fui arrastado para fora do estabelecimento e colocado no Peco-Peco. A rua já estava cheia de gente, com certeza riam e falavam da minha desgraça!

 

– Chama a minha mãããeeee!!! Eu queroo a minha mãããeeee!!! – Só me restava chorar.

 

 

[...]

 

 

Depois de algumas horas na cela, vejo a morena de franja se escorar nas grades.

 

– E aí, Alice. Conseguiu fazer alguma coisa?

 

– Não, bloquearam nossas contas na kafra, nossos bens e interditaram o cabaré. Essa investigação não tem sentido algum e já querem mandar você para Prisão de Glast Heim amanhã! Tem dedo de alguém por traz disso– Além de Maid e Administradora, Alice também era Advogada, Chef de cozinha, médica, bombeira, veterinária e mais mil profissões...

 

– Mas tudo isso é culpa do Cleitinho, cadê aquele miserável?

 

– Ninguém o encontra. Ouvi dizer que ele até saiu da cidade! Você tinha que ter sido mais esperto e não ter caído em uma cilada!

 

– Eu sei – Já estava me afogando em lágrimas – Mas ele era irresistível com aquele cabelo na régua e óculos julieta de quartzo – Só tem uma maneira de resolver isso. Mas preciso sair daqui!

 

– Como!? – Eu contei meu plano, era arriscado, mas era a única opção.

 

No meio da madrugada quando a quantidade de cavaleiros era menos, as meninas explodiram a cela por traz e eu consegui fugir, enquanto isso eu teria que me esconder até elas prepararem tudo e único lugar seguro era o buraco da Medusa. Eles não teriam coragem de invadir sem estar preparados. Quem ousava entrar no buraco da Medusa, só saia com autorização dela. Pra quem não conhecia, achava que a caverna era a porta do inferno, e era, mas só pra quem mexesse com a Medusa ou os protegidos dela. E para minha sorte, a Medusa é minha madrinha no meio artístico!

 

– Medusa! Medusa! Abre a caverna mulher, é o Haney.

 

– I-Isso é hora de tá na caverna dos outros? Que Haney!?

 

– O Haney, mulher. O Bardo.

 

– Ah.. – A pedra que fechava a caverna se abriu e eu pude entrar finalmente! A abracei e contei tudo pra dinda que “ficou de cabelo em pé”. Se ela pegasse Cleitinho, ele viraria pedra com certeza! Depois de uma semana as meninas conseguiram arrumar tudo e o principal, conseguir um ponto de teleporte que não tivesse cavaleiros de prontidão.

 

 

[...]

 

 

Ufa! Finalmente conseguimos chegar a Einbroch e encontrar meu trunfo. Mirella, uma insurgente que se tornou um das minhas melhores amigas e a única que resolveria tudo – Três meses se passaram desde então e eu estava próximo de reencontrar aquele miserável.

 

 

– Clap! Clap! Clap! – Comecei a bater palmas depois que Cleitinho entrou e iluminou o quarto – Esta gostando das férias!?

 

– O que está fazendo aqui!? – Ele engoliu seco e seu corpo estremeceu, mas logo se recompôs – Urgh! Esperava nunca mais ver sua cara!

 

– Snif! É assim que você fala com seu namorado?

 

– Urgh! Você realmente acreditou que eu iria namorar alguém como você!?

 

–Ahn? E o que aqueles meses significaram?

 

– Grr... Você é muito trouxa mesmo! Eu só estava te usando, cavei a sua cova e você nem percebeu! – A raiva pulsava em suas palavras – Eu sempre tive nojo de você, desde criança, sempre foi um verme se rastejando atrás de mim, um simples animal que sente o cheiro do macho alfa e fareja atrás, deve ser por isso que me achou!. Eu poderia ficar horas falando o que eu acho de você, mas eu não estou em Brasilis pra isso!

 

– Clap! Clap! Clap! Gosto de gente sincera, mas eu te achei por que você é um péssimo arruaceiro que não sabe cobrir seus rastr... – Fui interrompido pelo convidado de honra – Ora, Ora! Merlim, estávamos esperando por você! – Merlim era meu único inimigo conhecido, ele me odiava por eu ter me destacado como bardo e subir nos negócios, enquanto ele não conseguia os mesmos resultados. Mas nunca foi uma ameaça, até Mirella descobrir que ele orquestrou todo o plano.

 

– O que esse verme faz aqui!? Vou chamar os cavaleiros agora!

 

– Isso, chama mesmo! Vamos contar como você orquestrou todo o seu planinho sujo. Eu sabia que você era baixo, mas a esse ponto! Haha. Você pode tentar me derrubar, mas esqueceu que Creamy voa!

 

– Que plano? O medo de ser preso te deixou maluco!? Haha. Você não sabe a satisfação de te ver na miséria!

 

– Hahaha! A sua cara é a melhor! Você pode tentar de tudo para me derrubar ou qualquer outra pessoa, mas nunca ira tirar o meu sorriso e as pessoas que me amam do meu lado! Você é só mais um ser sem amor, que para ser feliz tem que tirar dos outros aquilo que você não tem! Mesmo depois de tudo, eu não sinto ódio de vocês, eu tenho pena! Por que sempre serão vazios por dentro!

 

– Grr.... Eu vou te destruir e a todos que você ama. Vou tirar cada bem que você tem. E não vai ser só galho seco que vou usar dessa vez.... – Fez o que eu precisava.

 

– Merlim Gustaf. Você está preso – Estava tudo armado para ter a confissão deles, e a entregaram de bandeja.

 

– O-O que? Isso é mentira! – Um cavaleiro pegou Merlim e o outro tentou pegar Cleitinho, mas ele correu.

 

– Mirella corre aqui!!!,,,,

 

 

Vingança feita, nome limpo, inimigos na prisão e dinheiro na conta...

 

 


Servidor: Thor

Personagem: Haney-B

Editado por Haney-B
Arrumei a fonte do título e o espaço entre as falas!
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Tenho acompanhado o fórum, mas nunca postei nem fui cadastrado. Mas esse tipo de concurso merece ser prestigiado! :)

Parabéns pela iniciativa!!

Segue a minha história. Espero que gostem!

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Os invasores de Prontera

 

Eu ainda me lembro. Na primeira vez que os invasores chegaram, todos ficaram com medo e nos reunimos, afoitos e assustados, em torno de nosso Patriarca para decidir como agiríamos. Chamamos nossos irmãos para tomar a decisão. Era o nosso lar. Sempre estivemos ali. Por gerações, nascemos e vivemos no Sul de Prontera. Terra fértil, alegre, pacífica. Riqueza natural e abundante que, gentil como uma mãe, forneceu tudo de que sempre precisamos, mais do que pedíamos e, por certo, bem mais do que merecíamos. Era o nosso lar. E agora havia um monstro ali. Um ser sobre o qual nada sabíamos. A verdade é que nosso povo sempre foi muito pacífico. Temos como convicção que não devemos atacar ninguém, exceto para nos defender. Assim prosperou por muito tempo a nossa civilização. Não conhecíamos o monstro, nem suas intenções ou pensamentos. Sequer se ele pensava como nós. Parecia-nos fraco, talvez perdido. Decidimos abraça-lo como um irmão. E não fizemos nada.

 

Nos primeiros dias, ficava sentado. De vez em quando, se mexia. Andava de um lado para o outro, como se estivesse esperando algo ou alguém. Talvez estivesse nos estudando todo aquele tempo, mas nós ingenuamente pensávamos que estava a se adaptar a nossa civilização. Passaram-se os dias, surgiram mais. Novamente os abraçamos como irmãos. E não fizemos nada.

 

Toda a civilização que se instala em meio da natureza deve saber conviver com a caça. A utopia de uma vida autossustentável sem qualquer vestígio de violência ainda é um ideal que, sem êxito, continuamos a buscar. Conforme o número dos monstros subia, começou a violência. Inicialmente para a caça, para sobrevivência, para fortalecimento de cada um de seus integrantes. É o ciclo natural da vida, não? Alguns de nós se preocupavam com o futuro de seus filhos. Nos reunimos. E não fizemos nada.

 

E, então, aconteceu o que meus irmãos temiam. Chegou o dia em que, conhecendo a nossa compaixão (ou talvez, fosse o nosso medo), enfim os monstros finalmente assumiram suas intenções. Roubaram-nos nossas riquezas naturais, nos mataram para conseguir nossos bens, subjugaram nosso povo, arrancando nossas vozes. E já não podíamos fazer mais nada. O medo faz com que nossas decisões sejam feitas, não pelo racional, mas pelo instinto de sobrevivência. Poderíamos ter nos unidos, mostrando a força da grande nação que éramos. Mas cada um preferiu sobreviver. Sozinhos. Enquanto éramos saqueados e ceifados, pelas armas dos inimigos, em uma brutalidade que até hoje não consigo entender o motivo, cada um dos meus irmãos tentou sobreviver como podia. Passamos a recolher tudo que estava no chão, pois era apenas isso que tínhamos. Tínhamos tudo e, agora, não temos mais nada. O Sul de Prontera não é mais meu lar, nem a terra do meu povo. Os rios e lagos nas proximidades de Prontera não é de Rune Midgard, mas dos invasores. Não eram nossos irmãos (e nem queriam ser!). Eram invasores; nós, evictos.

 

E assim perdemos tudo. Alguns de nós fugiram para outros campos. Os que ficaram, como eu, tentaram continuar sua vida, como se nada tivesse acontecido. Esperança – vã e pueril esperança – de que tudo pudesse continuar como um dia fora. Eu me agarrei a ela para sobreviver. Todos nós precisávamos dela. Sem a esperança, nada mais nos resta. E consegui mantê-la, até que, um dia, um dos invasores, montados em uma besta penosa amarela que não parecia ser desta região, matou minha família.

 

Cheguei tarde demais. Restos mortais pelo chão. Cacos de garrafas vazias da coleção de meu irmão. Resto de maçãs – outrora vermelhas escarlate – destruídas e esmagadas como a esperança de meu povo de se reerguer e viver em harmonia com nossos invasores. Uma faca[4] que minha mãe deve ter usado para, num ato desesperado, defender sua família. Da minha irmãzinha, apenas uma jellopy, uma pequena cristalização formada por alguns de nós e que representa o nosso espírito. Nossa alma. Meu povo costuma a deixar uma jellopy quando morre, como símbolo daquilo que sempre acreditamos. Uma mensagem de que todos nós, não importa sua aparência, tem um cristal bom e puro. Não é a nossa alma. É a essência dela. E de minha irmãzinha, sobrou apenas a jellopy mais pura; de mim, lembranças tormentosas de minha promessa de que eu a protegeria. É engraçado como nossos sentimentos são difíceis de entender. A lembrança de nosso último carinho, de nosso último momento juntos enchem meu coração de alegria, mas de uma tristeza e de um vazio que consomem a minha essência, me tornando, eu mesmo, um vazio. Um grande e gelatinoso vazio.

 

Logo peguei desesperadamente todos esses itens do chão. Talvez com medo de que, sem eles, eu perdesse a essência de meu próprio ser. De eu me tornar um corpo gelatinoso sem uma jellopy. Nunca entendi o que significa ser um poring ou o que nos distingue dos outros animais, dos nossos irmãos? Segurar a jellopy de minha irmã fez com que eu entendesse, contudo, qual seria nosso destino se continuássemos passivo, convivendo com o invasor. O que já fora nosso lar, hoje é uma cidade amuralhada do invasor, com um imenso mercado a céu aberto (ouvi dizer que uma tal de Mell que comanda esse mercado) e outras instituições de uma sociedade gananciosa e egoísta, da qual eu não entendo. Somente sei que matam – por diversão – nossos irmãos. Segurar a jellopy de minha irmã talvez não tenha me esclarecido o que é ser um poring, mas me lembrou o que não é ser um. O que é o oposto do nosso meio de vida.

 

Era hora de reagir. Juntei alguns poucos irmãos para expulsar nosso inimigo e fazer com que o Sul de Prontera volte a ser o nosso lar. Avançamos com determinação e, pela primeira vez, surpreendemos nosso inimigo com um ataque ativo. Era uma o final da tarde de outono. Brisa fria que empurra as folhas secas, para que uma nova folhagem possa ter espaço. Conforme fomos massacrados por um inimigo implacável e nossos corpos se despedaçavam, soltei uma única jellopy. Não era a minha, eu mesmo não consegui formar uma. Era de minha irmã. Meu povo sempre gostou de pegar as coisas que achava no chão. Odiamos desperdícios e dividimos o que achávamos com os outros. Lembro uma vez que achei um trevo de quatro folhas e dei para minha irmãzinha. Me lembro de seu rosto sorridente e de ela ter me dito que naquele momento teria certeza de que tudo daria certo. Agora eu entendi o que é ser um poring. Como fui tolo esse tempo todo. Espero que um irmão pegue essa jellopy no chão antes que ela suma, e, junto com ela, toda a esperança, todo a tradição de nosso povo, e saiba que, não importa o quão forte é o inimigo, continue a viver. Sorria. Seja quem você é. E tudo dará certo.

Eis o valor de uma jellopy. É, antes de tudo, quem nós somos.

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Servidor: Thor

 

Personagem: ~Avacyn~

 

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Tragicomédia só para variar :rolleyes:

 


Contos do Bardo Cansado - Boteco de Quinta Categoria

 

O Bardo Cansado era sua alcunha, não passava de mais um frustrado com seu oficio, conhecido pela melancolia de sua música anacrônica, que misturava a dor de cotovelo do brega e sertanejo, com a métrica infeliz do passado, resultado? Era um musico fracassado. Depois de vagar Midgard inteira sem ninguém o aguentar, achou-se entre uma dúzia de aventureiros descontentes amontoados em um bar, fediam ao álcool barato, que a pouco tempo havia sido dropado:

 

- Indigentes como eu! - Pensou o Bardo Cansado, ao empunhar sua viola ensaiou os primeiros acordes do Crepúsculo Sangrento, e como um raio veio a inspiração na forma de metalinguagem e vagaroso alento:

 

Garçom dê-me mais um Sograt Tropical

Pois já não aguento mais o fardo

Eu estou ao relento, sou mais um Bardo

Sirva este bebum sua dose final

 

Já que sem emprego algum eu aguardo

Alguém que aprecie meu talento natural

Peço que silencie meu sofrer marginal

Só suplico arrego, pois nesta dor tardo

 

...

 

E antes que pudesse terminar sua triste canção, fora interrompido por ampla comoção: Os descontentes aventureiros ali apinhados, soluçavam em sintonia tal qual um coro, decerto a música os afetou, pois com sua velocidade aumentada, depressa bebiam e depressa enriqueciam o dono daquele boteco. Apenas dois pareciam estar inabalados pela melodia: O proprietário de tal taberna, de nome Namrab, estava ocupado servindo as mesas e contendo sua alegria com os lucros, e uma misteriosa figura, sentada no canto escuro do estabelecimento.

 

Namrab, não fora afetado pela música, mas não por desatenção, pelo contrário ele desde o início não tirou os olhos do Bardo Cansado, esperou que os bêbados o deixassem por um momento e foi corteja-lo:

 

- Bela canção, já toca em bares a muito tempo?

 

- Sim sou o musico mais requisitado de Payon à Comodo! - Mentiu o Bardo Cansado.

 

- Pois nunca ouvi falar... - Resmungou Namrab desconfiado, encheu o copo do musico.

 

- Agradeço a hospitalidade, até acho que ficarei mais uns dias por essas bandas.

 

- Por acaso não lhe interessa um trabalho provisório? Minha taberna tem um aconchegante quartinho e comida quente!

 

- Estou mais interessado em Zenys na verdade... - Trabalho análogo à escravidão? O Bardo Cansado era frustrado, não ingênuo.

 

- Bem, é lógico que você iria receber uma parte dos lucros. - Continuou a discutir Namrab o possível contrato...

 

Longe de tal conversa, estava a estranha figura sentada no canto escuro do bar, com o rosto oculto por um capote e até então ninguém a reparou, se não fosse um dos descontentes aventureiros, agora ébrio e descontrolado, começou a encara-la e foi sentar-se à sua mesa, sem qualquer cautela caiu da cadeira e buscando algum apoio, segurou-se na toalha derrubando a água que a figura bebia.

 

- Você está bem? - Falou com calma, a pessoa misteriosa.

 

- Oi? Mas é claro que sim! Com quem você acha que está falando? Matei novecentos e oitenta e um mil setecentos e quarenta e seis Arclouses, só nesta manhã! Sou o mais temido Renegado de toda a República de Schwartzwald, sou mundialmente conhecido por ter dado o golpe de misericórdia no Deus Morroc, [...] enfrentei todos os senhores dos castelos do feudo de Britoniah, que agora me obedecem! E quem ousa cruzar o meu caminho terá só um destino! Sete palmos abaixo da terra. – Gutinho da Quebrada tagarelou suas mentiras por mais de quarenta minutos, e só parou de falar quando percebeu que estava muito ofegante e conversando sozinho.

 

A figura misteriosa já havia partido do bar, durante os primeiros dois minutos do discurso, mas deixou um bilhete em um lenço: - Boa sorte com o veneno. Assinado: G.X. Cirrose

 

Todos sentiram o coração apertar, e por um segundo temiam o mesmo fim, entreolharam-se e correram quase todos pela porta da frente em debandada, no salão restaram três: O Bardo Cansado e Namrab que estavam quase que petrificados pela situação, além é claro do defunto no canto escuro do bar. O Bardo Cansado, dirigiu-se a porta devagar, suspenso por um grito de Namrab:

 

- Aonde pensa que vai? Você trabalha aqui agora, vá ver se ele está bem!

 

Engoliu a saliva, respirou fundo e com as pernas tremendo foi se aproximar de quem ele já sabia que estava morto. O Bardo Cansado sequer espreitou o falecido, mas pelo canto dos olhos reparou no lenço com a mensagem, ainda em choque clamou por Odin, levando o lenço escrito para Namrab, que já desconfiava da identidade da assassina:

 

- Então, a Sicária Cirrose ataca novamente? No fim estamos todos fadados a isso, esses bioquímicos incompetentes não inventam qualquer cura para tal veneno, temos que esperar quase seis ciclos lunares para sermos atendidos por um alquimista despreparado e ainda por cima... – Namrab foi calado por um grito do Bardo Cansado:

 

- Fique quieto! Não vê que ainda podemos estar em perigo?

 

- É óbvio que estamos! Essa maldita Cirrose vem envenenando minhas bebidas desde quando perdeu uma aposta para mim, na corrida de monstros de Hugel, ah nós éramos tão jovens e eu sempre gostei da maneira que ela me olhava... – Novamente interrompido, agora por um tapa do Bardo Cansado:

 

- Você só pode estar louco! Sabe dos riscos e ainda assim envenena seus clientes sem qualquer remorso? Eu vou embora, não compactuo com tal insanidade!

 

O Bardo cansado, novamente sem emprego e frustrado, ainda alcoolizado retirou-se do bar apressado e empunhando sua viola, ensaiou os primeiros acordes de Maçãs de Idun, fechou os olhos e enquanto caminhava foi atropelado por um Grand Peco desgovernado. Passa bem na estalagem oeste de Prontera, “foi só um susto” pelo que disseram.

 


Servidor: Thor

Nick: Repente Doente

Editado por Rpnt
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Olá!

Em meio a tantas fanfics excelentes, gostaria de postar a minha. Espero que se divirtam com a minha fanfic da mesma maneira que eu me diverti (e me emocionei) com as que foram postadas!

Fiz uma nota de rodapé para traduzir um dos trechos e infelizmente acabou passando um pouco do limite máximo de caracteres. Espero que não prejudique minha participação no concurso!

 

 

A Maldição do Navio Itinerante

1. Claridade

 

“Obrigada...” Foram as primeiras palavras que ecoaram em minha cabeça, assim que recuperei a consciência depois de receber um balde de água fria.

– Meu filho, você está horrível! – disse meu chefe Jim, que reconheci pelo seu forte sotaque, típico de um velho lobo do mar.

E estava horrível mesmo. Senti um gosto terrível de sal, como se tivesse tomado litros de água do mar. A claridade do sol escaldante me impedia de olhar como eu estava de verdade, mas senti que minhas roupas estavam completamente molhadas, parte por conta da “baldada” que levei.

Desmaiei.

Ao acordar pela segunda vez, percebi que estava dentro da estalagem – lugar onde trabalho – e logo que recobrei meus sentidos me ofereceram um bolinho de carne, o qual comi com avidez. Sentia como se não comesse há anos!

– Filho, o que te aconteceu? – Perguntou Jim, enquanto eu comia.

Não consegui responder. Fechei os olhos, tonto, e comecei a relembrar o que tinha acontecido aquela manhã.

 

--

 

Como de costume, acordei bem cedo, antes mesmo dos primeiros raios de sol baterem em minha janela, e iniciei meu ritual de asseio. Fitei-me no espelho por um tempo e vi meus cabelos castanhos, um pouco ondulados por conta do sol e do mar de Alberta e meus olhos castanho-escuros herdados de minha mãe. Olhei despretensiosamente para meu aposento simples, para o qual me mudei logo após minha mãe ter partido.

Minha mãe, senhora de uma beleza ímpar, outrora esquecida e cansada por ter que criar um filho sozinha, sempre fez de tudo para que eu pudesse ter um mínimo de conforto em minha vida. Ela me ensinou a ter coragem, sempre me motivando a ajudar aqueles que precisam de amparo. Devido a vida difícil que levava em seu trabalho servindo bebidas em um cabaré, sempre andava com uma arma, uma bela pistola com uma rosa negra insculpida em seu cabo. “Uma mulher deve sempre andar protegida!” dizia ela enquanto prendia a arma, dando dois tapinhas no coldre e me dando uma piscadela. Ela sempre foi muito amável e corajosa.

Viver sozinho nos faz ter alguns hábitos curiosos. Antes de sair, sempre verifico se a janela de meu aposento está devidamente trancada, giro a maçaneta da porta de entrada duas vezes antes de sair de casa e, por fim, verifico se o “trabuco” de minha mãe está preso em meu cinto. Andar com a arma que minha mãe usava me trazia conforto e segurança. Me fazia sentir que eu não estava sozinho.

 

 

2. Meia-luz

 

Dirigindo-me ao meu trabalho, seguindo meu caminho habitual, deparei-me com a via obstruída. Tive que seguir outro caminho, pelo qual seguiria pela orla para chegar até a estalagem.

 

Enquanto caminhava, repassava mentalmente o que teria que fazer no meu trabalho. A estalagem era um lugar tranquilo. Precisava fazer a limpeza diária do estabelecimento e bem servir os frequentadores. Tinha direito a duas refeições por dia, e o chefe era gente fina. Lembrei-me de que, entre as várias histórias que ouvíamos na estalagem, sobre butins, piratarias e mulheres metade peixe, uma delas me chamou muito a atenção. Era sobre um navio itinerante, que carregava consigo uma terrível maldição, mas que poucos sobreviveram para contar.

 

--

 

– Desculpe, mas o senhor poderia me ajudar? – Perguntou uma jovem arcebispa, com olhos grandes e penetrantes, que me fizeram interromper meus pensamentos sobre a história do misterioso navio.

– S-sim, desculpe. Não esperava encontrar ninguém por aqui a esta hora. Como posso te ajudar?

– Eu perdi uma joia dentro daquele navio. Ela é muito importante para mim. O senhor poderia me ajudar a encontrá-la?

Olhando para o horizonte, há alguns metros de distância, estava um navio estranhamente próximo à orla. Próximo até demais. Não havia nenhum sinal ou bandeira de identificação naquele navio.

– Claro, pois não. – Meu coração era bondoso demais para recusar ajuda.

 

 

3. Penumbra

 

Ao subir a rampa que levava ao convés, fui invadido por uma canção antiga que minha mãe cantava para mim, como um aviso:

 

“Aserrín, Aserrán,

Los Maderos de San Juan

Los obreros piden pan

No se lo dan

Piden queso, les dan un hueso

Piden vino

Se les dan

Se marean y se van.”*.

Olhei de súbito para a jovem que me acompanhava, e ela me mostrou um sorriso estranho, não totalmente honesto. Senti que deveria voltar, mas era tarde demais. O lugar me puxava para dentro, me envolvia, me dominava.

Seguindo pelo convés principal, a jovem me apontou para uma escada:

– Deve estar lá embaixo. Foi lá que eu estive da última vez.

Deveria ter-lhe perguntado que diabos estaria fazendo em um lugar como esse. Perguntado de quem era o navio, ou o motivo de seu adorno ser tão importante. Mas, em meu íntimo, havia outra questão mais relevante, que era saber o que havia lá embaixo, quais mistérios estariam envoltos nesse velho navio.

As escadas eram convidativas, me tragavam para dentro dela.

Ao primeiro passo que dei para descer, senti que a escada cedia. O barulho que ela fazia era de (ossos) galhos secos se partindo, um som sobrenatural.

De repente, na metade do caminho senti um agarrão em meu pé direito, o que fez com que eu caísse escadaria abaixo. Meio atordoado, olhei para meu tornozelo e vi uma alga presa. “Devo ter mais cuidado” pensei comigo mesmo.

Seguindo no escuro cômodo, após me reerguer, acendi meu isqueiro para ter uma melhor visão do que lá havia. Dentre várias algas, pude ver algo que brilhava.

– Deve ser minha joia! – Disse a jovem, em um tom alegre e apreensivo.

Ao seguir em direção à joia, vi um vulto. Ao invés de ignorá-lo, decidi ver o que era, pois poderia ser o dono do navio, certamente zangado por termos entrado sem sermos convidados. Ao fixar no ponto escuro, minha face desfigurou-se em uma expressão de pleno terror: vi uma criatura humanoide, vestindo uma roupa de corsário azulada, desbotada e carcomida pelo tempo, acompanhada de outros seres que não existem em nosso mundo. No ombro da criatura jazia um corvo, cujo crocitar era o toque final daquela obra-prima do diabo.

Quando nossos olhares cruzaram, senti uma fraqueza enorme, como se algo me dominasse. Senti como se de dentro de meu estômago pequenos caranguejos deslizassem para minhas extremidades, pinicando minha pele com suas pequenas patinhas. Passei a me sentir sufocado, como se estivesse afogando, envolto em água. Senti um cheiro assustador de mar, rum e podridão. A criatura sorria para mim, com aquele olhar macabro, inumano. Vinha em minha direção. Seus passos eram arrastados, faziam um “Shhshh Shhshh”, como se fossem ondas do mar quebrando em profundo desespero. Aquilo não era humano. Era pura maldade. Seus olhos traziam promiscuidade, que corromperiam o coração e a sanidade de qualquer homem.

Estava perdendo as forças. Era meu fim.

Subitamente, senti um calor e um clarão iluminou a sala. A criatura recuou um pouco e eu caí de joelhos no chão. Vi que o chão se iluminara. Olhei ao redor e vi a jovem arcebisba me olhando fixamente, com olhos de súplica, implorando por ajuda.

 

“Piden queso, les dan hueso...”

Lembrei do “trabuco” de minha mãe. Tentei retirá-lo de meu cinto. A criatura maldita percebeu e voltou-se em minha direção. Tentei desesperadamente retirar, só que um dos fantasmas que acompanhava o ser demoníaco me atacou, me jogando contra a parede daquele apertado cômodo.

 

“Piden vino se les dan...”

 

Por algum milagre, senti a arma se soltando. Era como se alguém a tivesse soltado. Alguém familiar. Eu apontei a arma em direção à criatura, que sorria para mim. Ela encostou sua mão macabra em minha arma, e ficamos frente a frente. Senti seu hálito nauseabundo, etílico e pestilento e por um instante achei que enlouqueceria.

 

"Se marean y se van..."

 

A jovem já não mais podia ajudar. Era eu e minha arma, empunhada em direção à criatura. Era minha última tentativa, a última contorcida de um animal que está prestes a ser abocanhado por seu predador.

 

 

Então, só os deuses sabem como, disparei.

 

Logo veio uma luz intensa. Depois, escuridão.

 

 

4. Escuridão

 

Tão logo me recordei de toda a história absurda, senti algo quente no bolso de minha camisa. Era uma ametista, tão bonita quanto irreal. A história foi real! Tudo foi absurdamente real! Dei um sorriso insano que fez Jim me encarar com um olhar preocupado. Me certifiquei de que a arma de minha mãe estava comigo, mas ela estava totalmente corroída, como se estivesse sido encontrada no fundo do mar, após anos lá ter sido lançada.

Contudo, um pensamento invadiu minha mente de forma arrebatadora:

 

“Você acredita mesmo que quem está morto pode morrer?”

 

Levei minhas mãos à boca para conter um grito de horror. Segurei-a firme, pois senti que o que comi queria sair do meu estômago. Era terrível demais, era insuportável demais. Imaginar quantos homens mais presenciariam o que presenciei, que vivenciariam o que nenhum homem neste mundo deveria viver. O horror, o medo, a morte de perto. Era insuportável.

Até hoje, em meus sonhos, consigo ouvir seus passos arrastados.

 

* A música é uma canção infantil tradicional chilena, semelhante à nossa canção "Serra, serra, serrador". Em uma tradução livre, seria: "Serra, serragem / as madeiras de São João / os trabalhadores pedem pão / não lhes dão / pedem queijo / lhes dão osso / pedem vinho / se lhes dão / se enjoam e se vão"

 

______________

 

Servidor: Thor

Personagem: Multi ~*

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Let's go to see the stars and the moon

I'll fly far into space as long as I am with you

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Me chamo Vicktória, sou uma feiticeira de alto nível, e o que estou prestes a narrar para vocês...é a história da minha vida.

Era um domingo e a noite estava se aproximando, aos poucos a penumbra tomava conta da cidade de Prontera e eu estava retornando de uma visita a famosa feira. Sem ter para onde ir,e querendo arrumar algum tipo de diversão, acabei me dirigindo ao grupo Éden...na esperança de encontrar um grupo para caçar monstros.

Chego no local e vou em direção ao balcão, puxo uma cadeira de madeira e me sento. Rapidamente o garçom vem ao meu destino com uma bandeia embaixo de seu braço e com um gentil sorriso no rosto.

“ Em que posso ajudar essa noite, senhorita? ” Ele me fita,e eu o respondo com o tom de voz normal.

“ O seu melhor drink, por favor ” Dito isso, ele se retira de minha presença e vai em direção a cozinha...Fico perdida em meus pensamentos, olhando para os casais presentes no local. Penso comigo mesma, um tanto aflita “ Onde será que está meu príncipe? " Por que ele demora tanto ?” quando de repente, sou retirada de meus pensamentos pelo garçom, “ Aqui está madame ” diz ele me entregando uma bebida rosa com chantili e uma cereja em cima. Após saborear a deliciosa bebida, fico brincando com o talo da cereja rodeando o copo...até que vejo uma figura misteriosa entrar no estabelecimento. Ela tem aproximadamente 1.70 de altura,corpo musculoso, cabelos de um tom escarlate vivo, um olhar penetrante e sedutor...espere, eu disse sedutor ?

A figura misteriosa vira seus olhos para mim, instintivamente fico corada quando nossos olhares se encontram. Ela vira o corpo e caminha em minha direção,estou sem reação e um pouco nervosa... por quê ?

“ Boa noite ” Ela me diz, puxando uma cadeira ao meu lado e se sentando. “ Me chamo Vitória, é um prazer conhecer você...” “ Eu me chamo Vicktória, mas pode me chamar de Vick ”. Conversa vai, conversa vem e finalmente a Vitória começa a soltar seu lado brincalhão, ela parecia séria e aparentemente uma pessoa fria...o que era de se esperar de uma assassina. Após algumas bebidas, ela começa a tocar em um assunto um tanto normal. “ Então Vick, o que você tem feito de bom ?” Ela me lança um sorriso tímido, porem acolhedor. “ Eu estou meio deslocada a um tempo, sem muitas coisas para fazer... acabo ficando por aqui ou fazendo compras na feira ”. “ Eu trabalho caçando monstro considerados chefes de masmorras, e vendo os itens que consigo deles...é um trabalho solitário, porem é bem eficiente rsrs ” Ela me olha, agora com suas bochechas coradas, “ Você não gostaria de se juntar a mim ? Poderiamos dividir as coisas que conseguirmos " Eu apenas balancei um “ sim ” com a cabeça, ela me disse que estava hospedada na pousada de Prontera, e me convidou para passar a noite ao seu lado. Estava receosa com o convite, mas algo me dizia que eu poderia confiar nela.

São 22:00, vou ao encontro de Vitória na pousada localizada ao centro da cidade. Era uma estalação luxuosa, lembro de passar uma noite ou duas por aqui...a famosa pousada “ Poporing de ouro ” rsrs que nome peculiar, porém não dou muita atenção e continuo em frente. Chegando ao quarto, percebo que a porta está destrancada e entro com cautela, analisando com cuidado cada objeto no comodo e procurando a mistériosa ruiva.

“Boa noite, minha querida dos cabelos cor de avelã” me viro rápidamente e vejo que a mesma está me fitando,sentada na janela do quarto e com o prateado do luar a banhar sua face... “Fico feliz que tenha aceitado o meu convite, agora...vamos aos négocios” Ela salta, e aparece rapidamente na minha frente, a distância entre nossos rostos é pertubadora e ao mesmo tempo excitante. “Então? Vamos ficar fazendo esse joguinho a noite inteira? Rsrs” Pergunto com um tom de deboche, ela dá um sorriso meio malicioso e responde: “Apenas se você quiser”. Sem reação e corando violentamente, ela se aproxima de mim e por fim me beija...um beijo calmo, uma espécie de teste para saber até onde iriamos. Alguns segundos depois, nos afastamos e ela me encara com um certo olhar timido,ela vira e retorna para a janela, se apoiando na mesma e levantando a cabeça para admirar o luar e me diz: “Me desculpe... me deixei levar pelo momento”. “ Está tudo bem...” Ela muda inesperadamente de assunto, nos falando da missão de amanhã, uma viagem até o cemitério de Glast Heim, para destruir a encarnação do Senhor das Trevas.

Após discutirmos todos as informações para a missão, arrumar os itens e consumiveis e pegar todos os equipamentos necessarios, marcamos de sair as 6:00 para caçar o monstro. Com tudo feito, nos deitamos na cama, ela era de casal e Vitória fez questão de eu dormir por lá. Era tarde da noite, estavamos nós duas deitadas encarando o teto do quarto, ela se vira para mim e com o rosto rubro me pergunta: “Está chateada comigo ?” Diz com a voz em um tom timido.

“Não, está tudo bem” Na verdade...eu estou um pouco confusa, estou tendo pensamentos estranhos por ela...que vão de afeto até a mais torturante luxuria, o que é isso ?

“Me desculpe Vick, eu não pretendia faze!?” Interrompo sua fala com um beijo, ela me encara espantada mas não me para. Ela segura minhas mãos e me puxa mais perto para sí, então...eu tive certeza do que queria naquela noite.

São 5:00 em ponto, Vitória e eu despertamos juntas com o som dos passaros e vamos nos arrumar para a viagem. Após o ocorrido, não falamos mais nada sobre a noite anterior, e isso me deixa um tanto preocupada.

“Será que eu devia ter feito aquilo ?” “Será que ela está zangada ? Ou até mesmo chateada ?”

Pegamos o teleporte e finalmente chegamos a Glast heim. Os monstros aqui são considerados fracos para nós duas, eu preciso apenas de uma “Onda psiquica” para derrota-los e Vitória com uma simples batida de suas adagas. Vamos derrotando todos eles, um a um, até chegarmos ao nosso destino... Ela puxa alguma coisa de sua mochila, era um espelho e nele mostrava exatamente o local onde o Senhor das Trevas nos aguardava.

Nos dirigimos vagarosamente até o centro do local, e lá estava ele, com os olhos queimando em chamas negras e seus lacaios ao redor.

“Vick, está na hora!” Ela me diz tirando suas adagas.

“Sim, estou pronta!” Me viro para Vitória e começo a conjurar meus feitiços: “ Encantar com chama!” “Encanto de Órion!”

Após isso, Vitória pega um frasco vermelho de sua bolsa e molha suas adagas na substância. “O veneno mortal dos assassinos” Penso comigo mesma.

“ Vick, por favor me dê cobertura!” Eu faço um “sim com a cabeça e nos dirigimos ao encontro do monstro.

Com uma agilidade tremenda, Vitória atravessa os lacaios da criatura sem nem precisar toca-lás e indo direto na direção do monstro. Quando os servos tentam ajudar seu mestre, eles cometem o erro que é me ignorar...

Pó de diamante! ” Lanço uma rajada de vento congelante nas criaturas, as fazendo morrer por hipotermia e seguindo em frente o mais rápido que posso. Chegando mais a frente, vejo Vitória a toda velocidade atacando o Senhor das Trevas, com movimentos ágeis ela pula e o corta como papel e isso o deixa enfurecido. Uma aura perturbadora começa a tomar conta de seu corpo e noto um aumento de força e velocidade em seus movimentos. Ele a empurra no chão e está prestes a lhe dar um golpe destrutivo, mas consigo chegar a tempo para lhe socorrer: “Escudo mágico! ” Crio uma barreira que a protege do ataque, porém me fazendo virar seu alvo. Ele vem a toda velocida em minha direção, porem consigo prendê-lo com apenas uma magia: “Tornado! ” e por fim retiro todos os seus poderes de uma vez com um “Desencantar! ”.

“Ele é todo seu agora!” Dito isso, Vitória avança sem dó, acertando um golpe certeiro no peito da criatura e o fazendo ficar de joelhos no chão.

“Hora de terminar o serviço” Ela prepara as adagas e vai correndo na direção do monstro, acertando mais uma vez seu peito...porem em seus últimos suspiros ele conjura uma mortal “Chuva de meteoros! ”. Eu corro na direção da Vitória, a puxando para meu lado e gastando o resto de mana que me tinha “ Proteger Terreno! ” Crio uma barreira que impede a entrada do ataque, e sem mais forças o Senhor das trevas cai no chão derrotado. De seu peito cai uma espécie de papel e quando chego perto era a sua carta!

“Conseguimos Vick, nós conseguimos!” Ela corre em minha direção, me abraça e diz : “Você quer casar comigo?” e a única coisa que consigo dizer é “Sim”. Hoje somos ricas e felizes juntas.

 

Servidor: Thor

Personagem: .Pablo do Arrocha.

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