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Buquê de flores


Zero Dozer

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Momo xD

 

vc num me conhece e tals... mas blz^^

leio sua fic toda vez que posso

e num perco uma parte^^

 

ta muuuuito show *-*

 

continua que to ansiosa

 

meu cerebro lerdo só foi organizar as coisas nesse último capítulo [/hmm]

mas enfim

 

boa sorte^^

 

to acompanhando a fic no ragna tales tbm ^^

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Capitulo19 – Trevos, Dálias e Rosas.

 

“Os Trevos são

aquelas que possuem sorte por estarem aqui, as Dálias são aquelas que

desabrocharam suas habilidades e as Rosas são as que possuem graça,

beleza e sensualidade.”

 

-Sejam bem vindas Trevos! Vocês sabem

por que se chamam Trevos? - perguntou a senhorita – pois vocês possuem

muita sorte por estarem aqui!Vocês minhas queridas, um dia

desabrocharão em Dálias e mais tarde amadurecerão em Rosas Brancas. Por

isso desejo muita boa sorte e um ótimo ano letivo.

Assim que

senhorita em cima do palco terminou seu breve discurso ela se retirou,

na pláteia várias meninas jovens começaram a comentar sobre a senhorita

que estava lá e sobre suas vidas até dado momento.

Karini estava

entre elas, depois de conversar com seus pais, estes se convenceram que

aquilo seria melhor para ela, mas ambos deixaram bem claro que ela não

deveria fazer nada de “errado”, mas a verdade é que o casal sabia muito

bem que Karini não faria isto, sem falar que seria um bom número para o

Peixe Dourado.

Todas as aprendizes que estavam lá ainda não

apresentavam traços de maturidade, eram garotas jovens que possuiam um

rosto sem marcas e um corpo ainda inocente. As roupas que vestiam ainda

eram diferentes, pois aquele ainda era o começo de algo maior, mais

tarde elas receberiam o uniforme oficial.

Logo em seguida uma a uma

era chamada ao palco para receber as vestimentas, as roupas eram azuis,

uma cor um pouco mais chamativa dentre as classes iniciantes, botas de

cano alto, um aljave que era segurado por uma proteção que se prendia

no seio e um par de luvas para não machucarem as mãos.

A vestimenta

azul era uma espécie de vestido curto, mas a saia era dividida em

várias faixas que tinham as pontas presas por argolas de ferro, a

composição ainda contava com uma calça preta curta, para esconder as

partes íntimas.

Karini recebeu com muito orgulho as roupas, agora

era um passo mais próximo para o caminho que havia escolhido, apesar de

não ter sido realmente aquele que queria, para ela o que mais se

aproximava era o bastante.

A jovem agora era uma arqueira, o arco

frágil que carregava lhe indicava isso, o mais estranho é o que

arqueiras tinham em comum com odaliscas? Talvez fosse pelo fato de

ambas manusearem linhas, não se sabe.

Com o arco em punhos, a jovem

se dirigiu para a primeira aula, não era em um salão fechado, o que era

óbvio, esta aula seria em campo aberto. Em meio ao manto extenso de

verde, vários alvos estavam montados, assim como a instrutora fazia sua

presença lá.

As garotas ficavam cochichando entre elas, todas viam

que a professora delas era na verdade uma caçadora, uma profissão muito

diferente da que elas pretendiam seguir.

Karini no entanto não se

incomodava, para ela tanto fazia se era diferente ou não, o que

importava era o resultado final do processo.

A caçadora tinha

cabelos curtos e intensamente negros, ela usava uma camisa branca curta

o bastante para deixar o ventre exposto, este possuía mangas de cor

marrom com detalhes dourados, uma saia pequena de cor marrom, uma calça

preta de tamanho igual a saia que mostravam as pernas bem trabalhadas e

um par de botas com cano curto.

Apesar de ser uma caçadora ela

tinha sua graça, alguns ornamentos faziam presente em seu corpo, mas de

nada se parecia com uma odalisca.

-Bem, vejo que temos alunas novas,

sejam bem vindas garotas. - sorriu alegremente. - Sou Ellenore Selene,

sou eu que vou lhes ensinar a arte da caçada. - Ellenore por um momento

observou o rosto de desgosto das presentes. - Hm, vejo que vocês se

surpreenderam comigo não? Hahahah, todo ano é sempre assim! Mas

deixe-me dizer uma coisa, antes de qualquer mulher se tornar odalisca

ou caçadora ambos somos arqueiras, por isso não reclamem!!

As jovens se entreolharam em silêncio.

-Bem, vamos começar...ei você aí! - Apontou Ellenore – venha aqui.

Timidamente uma jovem de cabelos ondulados e loiros se retirou da multidão.

-Quero que atire naquele alvo. - Apontou novamente a caçadora.

A jovem pouco tinha experiência no manuseio do arco, seu primeiro tiro foi falho e somente arrancaram risos das espectadoras.

-Se

riem tanto por que não fazem melhor? - disse Ellenore um pouco nervosa.

- Aqui está a primeira tarefa, acertem aquele alvo em menos de uma

semana, sem mais e sem menos, quero disciplina aqui e não traseiros

moles entenderam?

- Nós somos aprendizes de odalisca, não de bárbaras como você! - Retrucou uma voz no meio das meninas.

-O que você disse? - olhou a caçadora.

 

E do mormaço uma jovem de cabelos curtos que mantinha uma mecha roxa

caída sobre rosto se apresentou, olhos desafiadores chamavam a

professora para uma briga. Ellenore somente virou seu rosto e disse em

voz alta.

-OK, cinco dias.

Logo que Ellenore trovejou tais palavras, as arqueiras começaram a reclamar entre si e com a própria instrutora.

-Não estão satisfeitas? Tudo bem, quatro dias, se querem reclamar façam com esta piralha inconseqüente, não comigo.

 

Karini não estava nem preocupada com a tarefa, ela estava mais

preocupada com a jovem que fora caçoada pelas colegas, ninguém alí

tinha o direito de rir dos outros, principalmente pelo fato de ninguém

saber atirar com um arco.

Timidamente a garota de cabelos rubros se

aproximou da jovem, seus olhos azuis que transmitiam uma paz celestial

expressavam certa tristeza, seus braços finos seguravam com certo

receio o arco e as flechas

-Ainda com medo? - perguntou Karini.

-Ah...sim...- respondeu a jovem.

Karini por um momento a olhou.

-Bem, não quer treinar comigo? Acho que acompanhada é melhor que sozinha não?

A jovem de cabelos dourados moveu a boca no que seria um sorriso, assim ambas começaram a tentar atirar no alvo em sua frente.

-Bem qual é o seu nome?

-Erika, e o seu?

-Me chamo Karini. - disse enquanto acertava a instrutora de longe.

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Ahhhhhhh....

ela tinah que bater nele, chingar e outras coisas mais ^^

Muito bom o capitulo ta de parabens !!!

Aliás levei uma surra do site então baixei pelo meu programa mesmo ^^ o Morpheus *Vergonha em falar programa*

Gostei da musica é muito boa mesmo ^^ ja até mandei pra umas pessoas !! será que essa mulher vem no Brasil [:p]

 

Edit: Ela só tem essa musica, tentei procurar mais musicas dela só que não achei [:|]

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Kerd, Kerd, Kerd, você precisa ter finesse com esse tipo de mulher. Ou não resolve problema nenhum. Eu particularmente gosto de uma lamina de gelo bem fina, como uma agulha, que de pra espetar as mãos, pés e o resto em uma parede sem fazer um sangramento mortal.

Lembre-se, mortos não aprendem, mas a muito a se ensinar com o horror. Ensinamentos malignos do Draken, capitulo 5, sendo convincente.

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Muito bom =3

Ortografia impecável. Formatação leve. A narrativa ainda está um pouco confusa, e eu acho que você poderia se alongar mais nas descrições... faça a gente enxergar o que você enxerga enquanto escreve!

Está indo muito bem, Momo. Keep Going ^^

Eu não diria isto... [/mal]

 

**perfeccionista que consegue encontrar piolhos minúsculos**

 

OK, parei.

 

Momo, sua fic tá arrasando! Não é chata de ler e consegue prender. C'mon, show us your powah! \o/

 

*Pelo visto é melhor eu me mexer...*

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Olha, antes de ler isso pensava que ela sempre tinha sido assim, pensava que ela nem tinha piscado ao levar sua própria mestra pra ser cobaia. Hoje entendo tudo o que passa na cabeça dela.

 

Ah sim, Momo, uma vez te inclui na fic do Retorno de Cal Rasen. Leia, tá na primeira página da lista ainda, tô usando todo o cenário ao meu redor pra isso.

PS: Tenho permissão dos donos dos respectivos chars pra isso. Só não o seu, mas o Kerd aprovou o trecho em que você aparece.

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@Nanyu

A precisa expandir a memória da máquina aí, senon vai começar a dar curto e non vai ser muito bom....

 

 

 

[/heh]  [/heh]  [/heh]  [/heh]

 

 

 

Não tava falando do meu pc q s´vê naquelas cores... tava falando era de

mim mesmo^^ Se me perguntar o q é gelo... pra mim é branco... ou

azulblahblahblah... é só azul claro ou escuro...e  por aí vai.

 

 

 

Entendeu? ^^

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Acertou a instrutora de longe? Treinar arqueiros parece ser trabalho perigoso. Mas treinar magos parece ser pior, pelo que você disse, risco de explosões e tudo o mais. Bem, no dia que for professora, meus pesames.

...Mais algum tempo e este topico ia preciar de um Ress of D00m! como o Galliun fez em Guerra Santa (ou foi em Nirvana?).

No mais otima historia, espero que o proximo capitulo nao demore tanto.

Foi em Nirvana mesmo [/heh]

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Capítulo 6 – A dama das neves entre as cerejeiras.

 

Ah que bela dama!

Tão branca como a neve

Mas seus cabelos não eram

negros como a noite.

 

Esta era a verdadeira

Branca de neve.

Entre as cerejeiras,

Lá estava ela.

 

Tão bela,

Tão glamurosa,

Tão sozinha,

Tão triste.

 

Tão bela,

Mas assim como todo gelo

Um dia ela derreteu,

E deste mundo se perdeu.

 

Tão bela,

Entre as cerejeiras,

Tão bela.....

 

Fazia dias que Sophia andava até Payon, para concluir seu treinamento como aprendiz de maga, ela teria que ir até usa terra natal para obter um ingrediente, a parte mais dura da missão.

Não era pelo fato de ser longe ou mesmo ser cansativo, para ela cansaço e dor era coisas mais brandas, mas era por causa da sua família.

Ela sabia que ia encontrá-los lá, sabia que não conseguira se esconder deles até sair de Payon, mas para ser tornar uma maga ela faria de tudo.

 Sophia já havia passado de Prontera, o que tinha levado dois dias de transporte da companhia das Kafras, agora levou uma semana, infelizmente Karini só lhe havia dado um vale, o suficiente para uma única viagem.

 Assim em pouco tempo Sophia já estava no deserto, mesmo que fosse só por um pedaço de terra, ela tinha calafrios daquele lugar, ela preferia seguir rapidamente por aquele lugar.

 Então, em um dia ela chegou novamente naquela ponte, desta vez ela só não se perderia, porque tinha ganhado um mapa na academia, uma coisa muito útil, para Sophia aquela ponte não apresentava a mesma aparência, naquele dia em que ela fugiu tudo estava tão confuso, que agora, com mais calma, conseguia ver mais claramente a ponte.

 Com um pouco de cuidado ela atravessou rapidamente, sem nenhum problema, um pouco mais adiante ela já estava em meio a mesma mata que cercava Payon.

 O ar mesmo perto do deserto, era fresco, nada comparado a Geffen ou Prontera, Payon era uma jóia de beleza única, que somente seus habitantes sabiam apreciá-la.

 O entardecer se aproximava rápido, e o estoque que Sophia tinha reservado para aquela viagem havia se esgotado, um resmungo pôde ser ouvido dos lábios da dama.

 Sem nenhuma outra alternativa, ela foi atrás de algo para caçar, com um pouco de conhecimento em magia, Sophia podia matar algo para seu sustento.

 Rapidamente foi atrás de uma presa, logo avistou um Peco-Peco, que com certeza daria uma ótima refeição.

 Proferindo as palavras mágicas, de repente uma lança saiu de sua mão, mas com a sua inexperiência as chamas se descontrolaram e ao em vez de atacar a presa, acabou atacando os seus braços.

 Uma ardência enorme surgiu em sua pele, toda a extensão de seus braços haviam sido queimados, gritos de dor podiam ser ouvidos por toda a floresta, eu em seu desespero Sophia pegava as folhas dos arbustos próximos e os esfregava na região afetada, mas de nada adiantava, mais e mais sua pele ardia em fogo.

 Sophia em sua dor não havia percebido, mas uma senhora de cabelos brancos como a neve, rapidamente havia ido socorrer-la, ela delicadamente havia pegado seus braços e proferindo rápidas palavras, um ar gélido saiu de suas mãos, refrescando sua dor.

 -Você está bem?- perguntou docemente.

 A senhora tinha os cabelos curtos, levemente curvados para o lado, um casaco espesso a cobria até metade de seu corpo, ele era feito de pele de lunático, que poderia agüentar até as mais baixas temperaturas de Lutie, um vestido curto, mas que possuía detalhes que o faziam longo, era uma roupa extremamente estranha, costume das classes mágicas. Sophia não fazia idéia que classe ela era, nunca havia visto tais roupas, mas outra coisa que mais chamava atenção era que ela possuía compridas orelhas, ela era uma elfa.

- Vejo que é aprendiz de maga, você não devia ter conjugado uma magia sem uma proteção apropriada....

 Sophia desviou os olhos chateada.

- Não fique chateada, isso acontece com todos os magos, mas nenhum deles os faz sem uma proteção. – olhando para o braço – bem....vejo que você teve sorte, não foi muito grave, mas sua pele vai ficar assim para sempre, melhor que perder os braços.

Sophia soltou um obrigada sem graça e recolheu os braços que agora estavam frios.

- Bem, imagino que estava caçando não é? Não penso em nenhuma outra hipótese, já que aprendizes não são tão ignorantes para caçar Peco-Pecos. – disse séria.

Sophia se manteve em silêncio, não queria retrucar pois sabia que aquilo foi um erro que poderia ter custado toda sua vida, ela já estava chateada o bastante para esquecer a fome.

 A senhora de cabelos brancos a olhou e deu um sorriso que logo foi seguindo de uma frase.

- Hm, já que você está sem alimento, vou dividir um pouco com você, eu sei que não é muito, mas tenho certeza que será o bastante.....

 Assim em um pano de cor azul bem clara, a senhora colocou um punhado de cogumelos que estava carregando consigo, eles tinham uma aparência vistosa, e assim que os deixou, ela se virou e foi embora.

 Antes que pudesse ir mais distante de Sophia, uma pequena garotinha veio na direção da senhora, ela era uma mercadora, tinha longos cabelos dourados, os olhos eram iguais aos da mãe, um azul tão claro quanto o gelo, o vestido rosa longo que chegam até o calcanhar, longas mangas que eram dobradas em suas extremidades e um elegante colete bege, acompanhado de uma grande bolsa rosa, mas um pouco mais escura.

 Era óbvio que ela era sua filha, ambas faziam uma dupla adorável, no rosto da dama de cabelos brancos, via-se uma extrema ternura, a mesmo com a qual Sophia foi socorrida.

Antes da senhora ir Sophia disse:

- Se você está me dando este pano, tenho que saber seu nome antes que você vá para que eu possa devolver um dia.

 Ela se virou e disse em pouca palavras.

- Anna Kerugeher.  

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Agradecimento ao Akahai Shora que me ajudou e me permitiu escrever esta parte da Fanfic, mais uma vez agradeço.---- - Bom dia. – Disse assim que entrou no cômodo. - Como está

minha menina? Dormiu bem?... Pois hoje teremos um dia cheio...

 

 

 

 A vista ainda

atordoada da pretensa odalisca pouco via naquele quarto escuro e mal iluminado,

havia vários dias que seus olhos não tocavam os raios iluminados do Sol,

sentia-se mal, queria que aquilo tudo fosse mais um de seus constantes

pesadelos. Mas não era.

 

 

 

 Lá estava ela,

acorrentada, parecia um daqueles prisioneiros que permaneciam nas prisões de

Morroc até a morte, quem lhe dera fosse este brando destino, mas não era, a

cada dia a garota de cabelos da cor do fogo era torturada.

 

 

 

 Tapas, socos,

chicotes, nove caudas, se tivesse sorte somente um pouco de sal nas feridas,

que ardiam em fogo até o próximo dia, que logo era refeito se hesitação.

 

 

 

Um sorriso sádico, um sorriso de puro prazer, ele estava

sedento pelo grito da garota, pelo som do sofrimento e dor, mas tudo o que

podia ser ouvido da garganta dela era um som irritante que pouco lembrava um

grito. Noites em claro, ou seria dias? A moça não fazia idéia, tudo o que sabia

é que estava no verdadeiro inferno.

 

 

 

Um salvador? Alguém para escutar as suas súplicas? Ninguém.

Estaria ali para toda a eternidade ou até que seu corpo não agüentasse mais ser

usado como um brinquedo de ego.

 

 

 

Capítulo 38 –

Rekember

 

 

 

Um salão grande com um belo carpete vermelho, várias mesas e

um buffet com vários tipos de pratos deliciosos feitos por cozinheiros

habilidosos, várias pessoas estavam ali, todos em trajes formais ou mesmo um

pouco mais arrumado que o normal.

 

 

 

Dois garçons recebiam a todos na porta do salão, com

sorrisos estampados nos rostos jovens, se portavam com muito pompa, mas não era

o mesmo para os integrantes do salão de festas.

 

 

 

Todos conversavam alegremente, discutiam as suas carreiras e

se gabavam do que haviam feito com o orgulho de um leão, Sophia estava entre

estas pessoas, mas mantia-se quieta em um canto, olhava para as várias pessoas

que haviam no local.

 

 

 

 Com um porte

elegante, a sábia ao mesmo tempo que era tímida, não se mostrava acuada, vez ou

outra cumprimentava ou trocava algum comentário com alguma pessoa aleatória.

Ela não vestia nada muito formal, mas também não tão normal, um simples vestido

negro e sapatos de salto médio, era somente isto que usava.

 

 

 

 Há poucos dias ela havia

recebido uma carta da Corporação Rekember, eles estavam chamando a sábia para

fazer parte da equipe que estavam formando para trabalhar dentro dos

laboratórios, logicamente Kerd foi contra a decisão da senhorita, mas algo

falava mais alto.

 

 

 

Honra, status, orgulho.

 

 

 

Era tudo o que Sophia queria para mostrar de uma vez por

todas à sua família, aqueles que a abandonaram em Payon quando ela voltou de

sua longa viagem e não deixaram pistas para onde foram parar.

 

 

 

Um brilho confiante queimava em seus olhos, um discurso do

próprio presidente da empresa e de alguns pesquisadores importantes, em seguida

um jantar caloroso e delicioso. Nada comparado ao que viria mais tarde na vida

da sábia.

 

 

 

 E assim começou os

dias da sábia na Rekember, localizado em Lightalzen, uma cidade bonita se não

fosse pela favela que sempre assombrava a parte rica da cidade, como uma

sombra, nenhum funcionário tinha coragem de colocar os pés naquela miséria, nem

de dia e muito menos de noite.

 

 

 

 Sophia pouco sabia

sobre anatomia ou mesmo sobre medicina, tudo que sabia até aquele momento era

somente sobre estratégias de batalha, sobre como desferir um ataque potente,

qual arma utilizar ou mesmo sobre os monstros.

 

 

 

Mas não era exatamente um problema, a sábia era ensinada com

bastante paciência por alguns funcionários da Corporação, talvez por pena ou

quem sabe viram algum potencial na mulher de olhos ametistas, não se sabe.

 

 

 

Meses se passaram, meses que não via a Chama Prateada e seu

líder, meses que ficava ali, estudando e aprendendo tudo que lhe ensinavam,

mais e mais mostrava seu potencial como uma pesquisadora da vida, e com isto

aumentava ainda mais sua importância naquele lugar.

 

 

 

-----

 

 

 

Mais uma vez o Sol invadia o quarto da sábia, era cedo,

podia-se ouvir os pássaros cantarolando de fora, mas algo era diferente naquela

cidade, Sophia se apoiou na janela e olhou novamente a cidade, tudo era bonito,

as casas, árvores, pessoas, mas algo era artificial, uma sensação de que tudo o

que via era somente uma fachada ou talvez uma ilusão.

 

 

 

Uma interrupção.

 

 

 

Alguém a chamava na porta, mas antes que a senhora pudesse

recebe-lo, ele se vai deixando somente uma carta por baixo da porta, um

envelope branco com o brasão da Corporação Rekember.

 

 

 

Sophia por um momento estranhou, ela era uma das cientistas

da corporação, não havia motivos para deixarem uma carta, pois ela sempre

esteve ali, vivendo sobre o teto da corporação.

 

 

 

A sábia pegou o envelope despreocupadamente e o abriu, leu o

conteúdo e se surpreendeu.

 

 

 

Senhorita

Sophia Asagao

 

 

 

Venho

por intermédio deste informativo comentar sobre seu desempenho em Regenschrim.

É fato que sua dedicação impressionou-me. Deveras um exemplo para tantos outros

que não merecem o jaleco que usam. Não pude deixar de notar também que você

está sendo considerada uma grande cientista e, como chefe do “Projeto

Guardiões” e do “Projeto A Vida Começa Aqui”, quero convidá-la para integrar

nossa equipe.

 

 

 

Peço

humildemente que, caso aceite meu convite, apareça na Loja de Utilidades. Seria

uma pena desperdiçar seu talento.

 

 

 

Atenciosamente

 

 

 

Dr. Shag Linthol

 

 

 

A senhorita se assustou, não sabia que havia chegado tão

longe para ser chamada para fazer parte de uma outra ala, e aparentemente, mais

importante na qual estava no momento, ela aproximou a carta ao peito, fechou os

olhos e deu um sorriso sincero.

 

 

 

Sem mais delongas, a sábia se arrumou, colocou seu velho

jaleco branco e se dirigiu até onde lhe esperavam.

 

 

 

-------

 

 

 

O sol iluminava as ruas de pedras pálidas da cidade

cientifica, vários arbustos e árvores de tom verde vívido enfeitavam vários

locais das calçadas, construções feitas com capricho e cidadões que se vestiam

de forma elegante.

 

 

 

A cidade naquele momento estava calma, geralmente vários

gangsters sempre arrumavam confusão em qualquer rua de Lightalzen, mas logo

eram detidos ora por aventureiros de passagem ora pela polícia local.

 

 

 

A loja de utilidades se localizava em uma esquina, era uma

construção bem diferente se comparado com Prontera ou mesmo com Payon, havia

uma vitrine que mostrava o que havia ali e ao mesmo tempo chamava mais o

cliente para dentro da loja.

 

 

 

Sophia já havia chegado ao estabelecimento, olhava para os

lados a procura da pessoa, mas sem sinal de algo, somente pessoas indo e vindo

despreocupadas com a vida alheira.

 

 

 

A sábia entrou na loja, estava tensa, ainda não acreditava

que havia sido chamada para algo tão importante, olhava para os lados para

tentar se acalmar um pouco mas era em vão.

 

 

 

 A loja de utilidades

de Lightalzen era diferente de todas as outras que Sophia já visitara, era

enorme e tinha praticamente de tudo, de flores com seu perfume fresco à poções

para aventureiros prevenidos.

 

 

 

 O local possuía três

andares, em cada andar uma loja especifica, no primeiro haviam lojas que

vendiam verduras, frutas e flores, no segundo, poções e outras utilidades, no

terceiro, vestuário e acessórios.

 

 

 

Sophia olhava para as flores na loja, tinham as cores belas,

mas ainda sim faltava algo nelas, como se a verdadeira cor da rosa não fosse o

vermelho vívido, mas sim um rubro opaco.

 

 

 

A sábia mais uma vez olha em volta a procura, até que ela

reparou em uma pessoa que aparentemente esperava por algo, vestido em trajes

negros, ele olhava para os lados com um rosto calmo sem demonstrar nenhuma

preocupação, hora ou outra ele retirava do bolso um relógio dourado, olhava as

horas e o guardava.

 

 

 

Aquela pessoa estava impecável, cabelos grisalhos bem

arrumados, barba bem feita, roupas passadas e um óculos que se adequava ao

tamanho do rosto daquele senhor. “Talvez seja ele” pensou Sophia.

 

 

 

Em passos tímidos ela caminhou até ele, seu coração batia

rápido e quase hesitava em se aproximar e perguntar sobre seu nome, ela

segurava com força a alça de sua velha bolsa, com a voz quase muda, ela chamou

a atenção dele.

 

 

 

- Pois não senhorita, o que deseja? – Disse ele se virando

para ela em um tom sério e quase repreensor.

 

 

 

- O senhor seria o Dr. Shag Linthol? – Perguntou quase que

desajeitadamente.

 

 

 

- Sim,

eu sou o Dr. Linthol. Por que? – Pousando calmamente as mãos nos bolsos e

apoiando-se em uma perna.

 

 

 

A

senhorita ao em vez de lhe responder somente apresentou a carta que lhe foi

enviada, Shag observou a carta e reconheceu sua letra, sem esboçar um sorriso,

ele continuou o diálogo com o semblante sério.

 

 

 

- Ah

sim, minha letra. É um prazer conhecê-la, Drª. Asagao...

 

 

 

- O

prazer é todo meu em trabalhar em um projeto de grande importância quanto a

sua! – Disse ela emocionada.

 

 

 

-

Obrigado doutora. A Rekember Corp. realmente admira meu trabalho. E o seu,

tanto  que fui encarregado de convida-la

pessoalmente ao projeto.

 

 

 

De um

sorriso emocionado, Sophia mudou para um rosto sério e tenso, ela não

acreditava que havia chegado tão longe e que aquele era o momento que mais

esperava, se tornar algo e finalmente, trazer honra à sua família na forma de

se redimir dos erros que cometeu à eles.

 

 

 

- Já

teve sua decisão?

 

 

 

Shag

era alto, assim como Kerd, mas a semelhança acabava aí. Linthol nunca abaixava

a cabeça quando se dirigia a sábia apesar da grande diferença de altura. Na

verdade, ele até mantinha uma certa distância dela.

 

 

 

- Eu

aceito o convite, por isso estou aqui. – Balançou positivamente uma vez a

cabeça.

 

-

Perfeito, uma sábia decisão em trabalhar com a melhor  equipe de Regenschirm. Gostaria de me

acompanhar até lá?

 

 

 

-

Claro. – Respondeu em tom mais calmo.

 

 

 

E

assim ele a guiou até onde seria a futuro local de trabalho da sábia, Sophia

sempre andava um ou dois passos atrás dele, o que sempre fazia de costume com

todo mundo, nenhum dos dois falava algo. A senhorita nem se arriscava, estava

totalmente concentrada na caminhada até a sede.

 

 

 

Shag

chegou até os portões da Rekember, parou um pouco e respirou fundo, o cientista

então começou a falar, quebrando o silêncio e a concentração da sábia, ouvindo

sem dizer uma palavra.

 

 

 

-

Sabe... eu estou profundamente insatisfeito com um colega do Regenschirm.

Recentemente eu tive de parar um projeto por causa de um aparvalhado que

provocou um acidente, então, não estranhe a bagunça.

 

 

 

-

Claro – foi somente o que ela respondeu, no entanto Shag continuou a comentar

sobre seu projeto enquanto caminhavam até a Sede da Rekember.

 

 

 

- Era

um grande projeto...estávamos estudando o funcionamento do sistema nervoso e

tenho comigo que a perna da cobaia se perdeu totalmente...uma lástima... –

Praguejava Linthol enquanto caminhava.

 

 

 

-

Bem, há a outra. – Comentou Sophia como se fosse a coisa mais comum do mundo.

 

 

 

-

Infelizmente não podemos usar. Precisamos expandir para a sociedade e avaliar

respostas contralaterais a estímulos nos nervos...

 

 

 

Ambos

chegaram até a recepcionista que ficava na balcão da construção, Shag pedia um

crachá de nível de segurança ômega para ela, a senhorita de cabelos esmeralda

não fazia idéia do que seria aquilo, mas no momento não tratou de saber, ficou

somente olhando para o salão que a recepcionou no dia que veio à Rekember, no

entanto, ela não se cansava de observar seus detalhes novamente.

 

 

 

-

Aqui doutora. – Disse estendendo um crachá e um cartão de segurança.

 

 

 

Sophia

o pegou sem hesitar, estava mais do que animada para começar a trabalhar na

equipe, aquilo era praticamente um sonho mas que talvez fosse em seguida virar

seu pior pesadelo.

 

 

 

Novamente

eles andaram, desta vez chegando até Regenschirm, o doutor pegou um estojo onde

havia um bigode branco e um óculos estranho, semelhante ao que a Sophia usava,

virou e lhe deu um kit com os mesmo objetos.

 

 

 

- Eu

não gosto da política daqui, por isso sempre marco reuniões fora de

Regenschrim...mas aqui dentro deve usar isso.

 

 

 

A

sábia olhou para ele e quase soltou uma risada, mas se segurou e vestiu os

acessórios, era curioso do por que terem que usar aquilo para entrarem ali, mas

rapidamente se livrou desta pergunta.

 

 

 

Assim

que adentraram o laboratório, rapidamente ele seguiu até onde ficava o

laboratório de Somatologia, de onde urros terríveis de dor ecoavam, a cada

passo que ela dava, mais dava a impressão que estava indo para Niffhelm, ou

para um lugar pior.

 

 

 

A sábia por um momento sentiu um calafrio

pela espinha, até aquele momento onde ela trabalhava, não havia este tipo de

sonoridade no prédio mas o desejo de obter aquilo que mais desejava era maior

que as suas limitações e tratou logo de ignorar os sinais de medo do próprio

corpo

 

 

 

O

local era um verdadeiro açougue ou pior, o chão cinza contrastava com a cor

vívida do líquido rubro que se arrastava nas pedras do solo, pode-se dizer que

a única cor verdadeira do local era aquela, vermelho.

 

 

 

Sophia

evitava olhar por muito tempo aquilo, ela seguia com pressa o Doutor Shag que

andava de forma calma sem se incomodar com o lugar.

 

 

 

-

Hoje você vai testemunhar até onde vai a dor humana quando um familiar está em risco. Dizem que é o

maior momento de resistência de uma pessoa. – Comentou Linthol.

 

 

 

-

Erm... como assim? – Disse ela curiosa e assustada.

 

 

 

-

Venha comigo. – Respondeu.

 

 

 

Seu

corpo estava tenso, seu coração batia rápido, suas pernas se mexiam de forma

automática, sua cabeça estava pesada como se carregasse um cesto pesadíssimo,

em suas costas dava a impressão que algo estava ali, se apoiando, esperando,

para que a qualquer momento a puxasse para as sombras, no entanto, ela

continuou a segui-lo sem hesitar.

 

 

 

 Shag se dirigiu até um corredor, nele havia um

maquinário estranho de onde duas pessoas coordenavam a tal máquina, à frente

delas havia uma janela para um outro corredor, mas este mais abaixo, o criador

pegou uma prancheta, observou as folhas nela presa e fez algumas anotações.

 

 

 

 O corredor que eles observavam era curioso, no

chão havia várias partes dividas, no primeiro era repleto de cacos de vidro, no

outro vários arames espalhados pelo chão e teto, no próximo, lâminas reluzente

apontavam para o teto do lugar, no último no entanto aparentemente não havia

nada.

 

 

 

No

fim do corredor, havia um compartimento onde duas crianças estavam, ambos

meninos, um mais velho que o outro, seus rostos somente expressavam profundo

medo e o desejo de sair de tal lugar.

 

 

 

Sophia

olhou para as duas crianças, nada passava na sua cabeça, então, no outro

extremo do corredor, uma porta foi aberta e de lá, um jovem de cabelos brancos

saiu, ele não trajava nada de especial, nenhum calçado e nem se quer uma

camisa, somente calças para esconder suas vergonhas.

 

 

 

Seu

rosto mudou de nervoso para em pânico quando avistou as crianças, o

compartimento onde estavam elas lentamente começou a se encher de água, o rosto

de desespero se esboçou no rosto delas e batiam na parede transparente na

tentativa de pedir ajuda ao senhor do começo do corredor.

 

 

 

Sem

pensar duas vezes, ele correu até onde as crianças estavam, seus pés se

cortaram com os vidros manchando-os de sangue, mas ele não desistiu, continuou

correndo até o campo de arames, onde eles se prendiam na sua carne e rasgavam,

ele gritava, não de dor, mas de fúria.

 

 

 

A

água estava cobrindo parcialmente a boca do mais jovem, fazendo-o engolir mais

e mais a água, o mais velho, na tentativa de salva-lo, o colocou nas costas,

eles gritavam, mas suas súplicas não iam tão longe.

 

 

 

O

homem no entanto não desistia, porém seu corpo não parecia resistir por mais

tempo, ele cambaleava para os lados vez ou outra, pisando em mais arames, após

este campo, ele foi para o de lâminas, desta vez ainda mais difícil, era impossível

não pisar nelas.

 

 

 

A

lâminas que reluziam como a lua agora eram banhadas em carmesim, o jovem caiu

sobre elas ainda com um pouco do que lhe sobrara de consciência e olhou para o

compartimento, viu seus filhos em baixo da água, o pouco do oxigênio que lhes

sobrara, agora corria de suas gargantas.

 

 

 

Ele

chorou, gritou e desmaiou.

 

 

 

Shag

olhava para aquilo e anotava, sem mostrar um pingo de compaixão, remorso ou

piedade. Sophia no entanto estava chocada, pelo físico podia-se deduzir que não

era um civil comum, mas sim um guerreiro, e naquele momento, ele estava sendo

usado como um animal sujo e imundo, que era usado até a exaustão e jogado como

lixo, Sophia não sabia onde se metera, até aquele momento.

 

 

 

-

Bom, esse é o tipo de experiência que você fará comigo em algumas

vezes...estamos estudando a evolução da gravidez numa jovem... – Comentou ele.

 

 

 

A

senhorita não o escutava, ainda olhava para a cena à sua frente.

 

 

 

-

Continue com esse tipo de atitude, senhorita Asagao, e não estará mais em

nenhuma equipe da Rekember em pouco tempo... – Disse rispidamente.

 

 

 

A

sábia acordou de seu coma momentâneo, olhou para ele e disse a primeira coisa

que lhe veio à sua mente.

 

 

 

-

Sinto muito.

 

 

 

Pausou

por um momento, respirou e continuou.

 

 

 

-  Eu quero lhe ajudar neste projeto, quero lhe

ser útil! – Disse com determinação.

 

 

 

- Na

verdade, senhorita Asagao, você começará me ajudando na pesquisa de magia. Eu

sou um Criador, não lido com esse tipo de força, então a senhorita e a

senhorita Sohho irão me ajudar.

 

 

 

- Com todo o prazer - Sophia se curvou

levemente mostrando respeito à Shag.

 

 

 

-

Assim é melhor. Essas pessoas só tem uma utilidade nesse mundo: Servir para

nossas pesquisas. São gado que é abatido para alimentar uma família... – Disse

ele com determinação e certa glória nas palavras.

 

 

 

- Sacrifícios tem que ser feitos para o

beneficio de outros... – Respondeu automaticamente a sábia.

 

  

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Não se preocupe, aqui está a continuação xD

----

Capítulo 26 – BT

 

 Você se lembra da primeira vez que conversamos? Sim, não é a primeira vez que nos encontramos, pois havia feito isso há muito tempo.

 Se lembra quando fiquei triste e fui para Amatsu? E você veio me consolar? E de quando no reencontramos em Kunlun?Naquele dia você usava uma casca de ovo colorida e um pince-nez.

 

----

 

 Momo olhava assustada para o carrasco, não era preciso dizer nada a cena já contava tudo, Artie havia sido assassino por aquela pessoa, pelo homem de cabelos esbranquiçados.

 - Ah? Quem raios é você? – perguntou assustado. – Pensei que o Artie morava sozinho... Tsc, isso vai ser um sério problema...

 - Por que você matou ele? – Disse Momo em lágrimas.

 - Olha moça, ele não me deu escolha, se eu soubesse que ele tinha uma menina ou sei lá, eu teria tomado mais cuidado.

 O jovem não sabia o que fazer, ele havia matado a única pessoa que parecia ser o responsável pela garota e agora teria que arcar com as conseqüências.

 Sem gastar mais uma única palavra, o assassino se aproximou do cadáver e lhe cortou uma mecha, amarrou firmemente e a guardou dentro do saco, o mesmo fez com um enorme livro.

 - Olha, erm... qual o seu nome?

 - Momo

 - Sim, Momo, como o Artie era seu mentor, vou ter que cuidar de você até ver-mos no que dá.

 - E POR QUE eu devo confiar em alguém que matou o Artie? – disse Momo em fúria.

 - Ah moça, não quero te deixar sozinha, me sinto responsável pelo meu erro, por favor entenda...

  Momo não sabia se aceitava o pacto, pois ele poderia fazer o mesmo que fez com seu pai, por mais que ele insistisse, a garota não aceitaria o seu convite.

 - Ah quer saber? – disse aproximando-se da jovem. – Você vai vir a força.

 O jovem a pegou nos braços e saiu da casa, mesmo sendo contra a decisão da moça, o assassino a levou para noite a dentro.

 - Aliás, pode me chamar de Beterraba. – disse o jovem.

 

--

 

 Monte Myjonir, um lugar onde magos e arqueiros iniciantes treinam suas habilidades, isso se dá ao fato das criaturas imóveis que habitavam aquelas regiões, mandrágoras e floras davam bons espólios tanto para os novos quanto para os experientes aventureiros.

 Beterraba andou bastante, considerando que carregava uma jovem irritada, mas se não fizesse isso ela ficaria a deriva de criaturas famintas, e ele havia prometido que a levaria até Juno.

  - Bem, estamos quase chegando. – disse o jovem. – finalmente vou ganhar um dinheiro para poder comer algo decente.

  - Por que você me trouxe aqui? Por que não me matou? – disse Momo triste.

  Beterraba olhou para a garota por uns instantes e virou o rosto.

 - Pois sou responsável pela morte do seu mentor, e fui ordenado para matar somente ele, nada mais.

 - Então você é um mercenário?

 - Sim, sou, porque eu também preciso comer oras!

 

  E mais um dia de caminhada, ambos chegaram na cidade flutuante, Juno apresentava os prédios cinzas e a mesma tranqüilidade, uma brisa fria dançava nas ruas de pedra enquanto as árvores exibiam sua folhagem rubra.

  Momo olhava com certo interesse na cidade, nunca havia saído de Geffen, para ela, a cidade da névoa era seu mundo, e fora dele era um terreno totalmente desconhecido.

 - Venha aqui Momo. – acenando de longe.

  Após alguns passos, a dupla chegou em uma residência, era igual como todas as outras que haviam lá, paredes acinzentadas e pedras largas, nada muito chamativo.

 - Pode entrar moça. – disse o jovem.

 Com um pouco de desconfiança ela entrou no casa, nada de surpreendente também, somente uma mesa com uma pessoa sentada no lado contrário dela. O mercenário entrou rapidamente e foi até a mesa, rudemente colocou a saco onde contia o livro e a mecha.

 O senhor da mesa usava uma roupa simples, feitas de algodão barato, em cima de sua cabeça um chapéu de aparência gasta lhe enfeitavam, olhos caídos e cansados, mas que tinham seu tom ambicioso, um espesso bigode lhe escondia o rosto.

 Ele abriu o saco com cuidado, seus olhos quando tocaram no livro expressaram grande gratidão, logo em seguida olhou para a mecha, o senhor deu seu tom de aprovação e jogou um farto saco de moedas na mão do jovem.

 - Um ótimo trabalho BT, vejo que minha escolha não foi em vão, aquele ladrãozinho cretino realmente me deu muita dor de cabeça, sua recompensa é proporcional  ao seu belo trabalho.

 - Por nada senhor, mas antes, Artie mantia uma jovem sobre os cuidados dele, o que farei com ela agora que o ladrão está morto?

  O senhor o observou com desgosto.

 - E eu lá sei? Faça o que quiser com ela, não me importo.

 - Sim, senhor.

   BT saiu silenciosamente do aposento, Momo o seguiu em dizer uma palavra.

 

--

 

 O jovem andou até uma das muitas praças de Juno, no meio dela uma estátua de alguma celebridade, de deuses era difícil de encontrar naquela cidade, uma vez que ciência fazia parte do dicionário de muitos lá.

 BT se sentou em um dos bancos da praça, a jovem fez o mesmo que ele, o rapaz olhou para Momo preocupado, não sabia o que faria com ela, pois ele mal conseguia sustentar ele, imagina mais uma pessoa.

 - Poizé, estamos com sérios problemas... – murmurou.

  A garota olhou para o jovem de olhos marrons e logo voltou a olhar a estátua.

 - O Artie... ele era um ladrão, não era? – perguntou com um tom triste.

 O mercenário olhou apreensivo para ela, não sabia o que dizer.

 - Eu nunca pensaria que ele fosse mentir para mim assim... todos os dias ele me ensinava tudo, dizia que mentir era feio, dizia que roubar era feio... então por que ele fez isso?

 BT deu um breve suspiro e logo questionou.

   - Hm, olha moça... você não conhece nenhum parente dele ou algo do tipo?

 A jovem de cabelos prateados negou com a cabeça.

 - Hm... então né... acho que vou ter que cuidar de você! – sorriu o jovem. – a não ser claro que você queira ir embora, a decisão é toda sua.

 Momo permaneceu em silêncio por alguns instantes.

 - Acho que não tenho escolha, aceito sua proposta senhor BT. – sorriu docemente a jovem de olhos cinzas.

 

 Então ambos decidiram viver juntos, apesar de não ter muito dinheiro, o jovem mercenário havia escolhido cuidar de Momo, esta no entanto, sabia do peso que lhe causaria e tratou de arrumar um emprego.

 Recepcionista de uma estalagem não era nada mal, o salário que recebia era o bastante para comprarem suprimentos, e com o tempo ambos arranjaram uma moradia em Juno, e os laços de amizade entre BT e Momo se formaram.

 Um jovem tímido mas cabeça fria, este era o que definia aquela pessoa, as vezes ele tinha vergonha de dizer algumas coisas e se irritava facilmente, mas ainda sim uma pessoa de bom coração.

  Para Momo tudo estava ótimo, um lar, uma família, nada lhe faltaria, até encontrar uma pessoa.

 

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Muito obrigada pelos elogios, e fico feliz que estejam acompanhando minha fic ^^, me desculpe se este capitulo ficou longo, mas é que não me controlei xD, aqui vai um outro capitulo /o/.

@Nanyu

A precisa expandir a memória da máquina aí, senon vai começar a dar curto e non vai ser muito bom....

Capitulo 5 –  O primeiro passo, ou seria o último?

Prontera era a capital de Rune-Midgard, por isso todos os dias e noites eram cheias de pessoas zanzando nas ruas, várias casas contornavam as ruas de pedra bege, mas este detalhe era pouco percebido pelo fato de muitas pessoas armarem suas lojas nas ruas, mas assim como toda grande metrópole havia seus mendigos, muitos pediam ajuda de aventureiros mais experientes, se eles ajudavam ou não, Sophia não reparava, ela só estava concentrada em seus pensamentos.

Ela ainda lembrava de Karini, como foi gentil com ela, lhe deu roupas novas, um vale transporte e uma refeição, ela havia ficado surpresa com tamanha gentileza da jovem arqueira, as únicas pessoas que lhe tratam assim da última vez foi sua familia.

Ela ainda se lembrava da época em que vivia em Payon, quando ainda era uma criança e nem sua irmã havia nascido, naquela época Sophia era sempre marginalizada, as garotas com quem sempre tentava acompanhar a deixavam para trás, a jovem de olhos roxos sempre tentava ganhar a companhia daquelas pessoas, mas o resultado sempre era o mesmo. Assim mesmo Sophia continuou a tentar, até que decidiu seguir o caminho da própria solidão, até agora Sophia tentava pensar no por quê daquelas pessoas terem feito isso, sempre pensava o que teria feito para lhe tratarem assim.

Por um tempo ficou pensando o que teria acontecido se tudo fosse diferente, se tivesse elas como amigas naquela época como seria agora, pensava nisto enquanto observava a grande fonte no meio de Prontera.

- Talvez eu nem teria vindo aqui....- murmurou baixinho e deu uma pequena risada.

Tirando sua mente de seus pensamentos, logo foi procurar uma Kafra, Karini lhe havia dito para usar o vale transporte para ir até Geffen, o que seria muito útil, facilmente Sophia achou uma das jovens da companhia.

A jovem usava uma vestido marrom, que possuiam curtas e bufantes mangas, ela usava um avental branco com detalhes em vermelho, que não servia para muita coisa, mas que usavam só por questão de higiene, um par de luvas que utilizava para o mesmo motivo, a curta barra do vestido deixava exposto o par de sapatos marrons.

Esta Kafra possuia os cabelos longos e negros, que escorriam até o fim das costas, na sua cabeça havia um pequeno enfeite que era muito raro de se encontrar.

Assim que Sophia se aproximou a jovem lhe recebeu com um belo sorriso, rapidamente Sophia lhe deu o vale, logo que lhe foi dado a Kafra lhe instruiu para esperar próximo ao posto fora de Prontera, era perto, por isso ficava fácil sua localização.

Sophia ficou esperando por alguns minutos, ela viu que outras pessoas também se encontravam alí no mesmo local, talvez eles também estariam indo para Geffen. Logo uma enorme carroça estacionou próximo ao posto, dois robustos Pecos-Pecos piavam alto, mostrando que estavam prontos para a viagem. O senhor na carroça logo gritou uma recepção e que estava a caminho a Geffen.

A jovem lhe mostrou o vale e logo se adentrou na carroça, assim como os outros que havia lá, depois de 2 dias de viagem, Sophia estava em Geffen.

---------------

Assim que saiu o ar estava fresco, era uma atmosfera totalmente diferente de Prontera, em Geffen, por causa da constante neblina que permeava na cidade, o ar era um pouco mais gelado, um clima bastante agradável para a dama.

As casas apresentavam uma cor pálida e delicada, todos organizados em um grande circulo, no meio deste circulo havia uma torre em forma de chifre que brotava do chão, esta era a torre onde muitos magos se formavam em Bruxos, Sophia teve um pouco de dificuldade em encontrar o prédio da escola de magia, mas o encontrou em alguns minutos.

A jovem ficou um pouco surpresa, ela pensava que o prédio fosse algo mais grandioso, afinal, estavamos falando de magos, de magia e coisas do tipo, mas a construção não passava de uma pequena arquitetura.

Mesmo com um pouco de receio, Sophia adentrou o prédio, assim que entrou viu uma enorme pedra no centro da sala, que foi lapidada cuidadosamente, em todos os lados se via magos e aprendizes.

Timidamente a dama tentou procurar um responsável, logo o encontrou, assim como todo mago, a instrutora se vestia de uma maneira muito diferente, acostumada com a costura de Payon, Sophia estranhou um pouco a senhora.

A instrutora lhe olhou com entusiasmo:

-Ah, acho que você está aqui para se inscrever para a academia certo? – com um sorriso simpático.

-Sim, estou aqui para me tornar uma maga.

-Que bom, vejo que tem muita força de vontade, mas saiba que não é assim de uma hora para outra, você deve primeiro estudar a teoria para depois ir para a prática, por isso não tenha tanta expectativa assim.

-Tudo bem, eu aceito qualquer coisa para alcançar meu objetivo.

A senhora lhe olhou com um brilho nos olhos, assim em pouco tempo Sophia estava na academia de magos.

----------

O primeiro dia de aula, como estava entusiasmada, para sorte sua sorte, Sophia não precisaria procurar por outro lugar ou por uma refeição, a academia lhe daria tudo o que necessitaria, para eles, os iniciantes precisavam de todo apoio e isso incluía habitação e refeições.

A sala em que Sophia estava não era grande, era de um tamanho exato para caber todos os alunos, algumas carteiras e uma lousa na frente, uma sala mais que normal. Havia várias pessoas na sala, todos aprendizes, nenhum mago se fazia presente, o que era lógico.

Logo o professor entrou na sala, era um jovem alto, com uma expressão dura que passava rigidez para qualquer um que lhe olha-se, os pequenos olhos eram escondidos atrás de um pince-nez, tinha cabelos castanhos escuros, que eram curtos, cuidadosamente cortados nesta altura. Ele trajava uma capa enorme e pesada, mal dava-se para ver sua roupa em baixo, a capa lhe cobria tudo, inclusive o seu pescoço, a única coisa mais visível era as luvas que usava, ele era um mago, mas apesar de ser uma primeira classe, este mostrava uma certa diferença entre muitos magos novatos.

Assim que entrou pediu silêncio e começou seu monólogo.

-Imagino que muitos aqui estão para um único propósito, mas não pensem que será fácil. Mesmo que este seja um primeiro passo para algo maior, não significa que não devemos dar importância, aqui aprenderemos como usar as magias principais, como manusear e usar a nosso favor esta poderosa força. Para ser um mago deve-se Ter determinação, pois manusear a magia não é algo fácil e também não é para qualquer um, muitos desistem no caminho por ser muito duro para eles. E também devemos Ter paciência, pois controlar estes elementos não será de uma hora para outra, alguém aqui ainda quer seguir em frente?

Um breve silêncio perpetuou sobre a sala, que logo foi quebrada pela voz do mago.

-Então, que comecemos nossas aulas, queridos alunos!

Assim dia após dia, Sophia tinha aulas, nestas aulas ela aprendia somente a teoria, sobre como deve-se agir em batalhas, como usar as magias, sobre como tirar o máximo proveito das magias, todas as aulas eram exaustivas, mas que para ela era a melhor coisa do mundo, cada vez mais Sophia aprendia e cada vez mais se via apaixonada pela profissão.

Após exatamente um ano, chegou o momento dos alunos fazerem sua prova final, a prova que finalmente os tornaria magos. Todos foram instruídos para seguirem as instruções que lhes fossem dadas, cada um pegaria uma missão que deveriam retornar com a prova de sua conclusão.

A instrutora com que Sophia falou á um ano atrás, novamente sorria para ela, com um pergaminho em mãos ela lhe passou delicadamente, e assim que fez isto lhe deu uma boa sorte.

Sophia abriu o pergaminho esperançosa, logo leu as palavras que seria sua missão:

"Faça a poção número 1, a lista de ingredientes se encontra no livro da estante da sala. Com a poção em mãos, vá até a instrutora de magia e lhe entregue a poção."

Ansiosa, Sophia correu até a estante para procurar o livro, com um pouco de dificuldade, a jovem achou o livro, e rapidamente leu as instruções.

-Hm....2 Jellopys, sem problemas, 3 Felpas, ok, 1 leite, certo......código da centrifuga, 8472......catalisador, gema amarela, solução de..... Payon? – disse em seco.

Sophia continuou lendo.

"Para fazer a solução, vá até um a guilda dos arqueiros, localizada em Payon, nosso ajudante de magia estará lá para lhe entregar a solução, lembre-se de levar o tubo de ensaio e 10 Zennys"

Sophia olhou para a folha piscando alucinadamente, não acreditava nas palavras do livro, para seu azar ela teria que voltar até Payon.

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@Nanyu

A precisa expandir a memória da máquina aí, senon vai começar a dar curto e non vai ser muito bom....

 

[/heh]  [/heh]  [/heh]  [/heh]

 

Não tava falando do meu pc q s´vê naquelas cores... tava falando era de mim mesmo^^ Se me perguntar o q é gelo... pra mim é branco... ou azulblahblahblah... é só azul claro ou escuro...e  por aí vai.

 

Entendeu? ^^

Eu entendi sim, mas me referia a sua massa cinzenta como um pc xD desculpa se ofendi.

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Muito bom =3

Ortografia impecável. Formatação leve. A narrativa ainda está um pouco confusa, e eu acho que você poderia se alongar mais nas descrições... faça a gente enxergar o que você enxerga enquanto escreve!

Está indo muito bem, Momo. Keep Going ^^

Eu não diria isto... [/mal]

 

**perfeccionista que consegue encontrar piolhos minúsculos**

 

OK, parei.

 

Momo, sua fic tá arrasando! Não é chata de ler e consegue prender. C'mon, show us your powah! \o/

 

*Pelo visto é melhor eu me mexer...*

faço de minhas palavras as suas
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