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Buquê de flores


Zero Dozer

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Uia, eu era chifrudo faz tempo e eu não sabia!

 Não é não! estes são fatos que aconteceram á muito tempo atrás, assim como na fic, este é o meu passado, o futuro ainda tá pra vir, só coloquei alguns fatos que aconteceram agora pra fazer mais sentido na história, tem muiiiiita coisa adaptada (por exemplo, TODOS estes fatos só aconteceram in-game, e eu não conheci ele em Juno, mas sim em uma arena de PVP).

 No próximo capitulo será o último da Sophia, daí vou partir para outro personagem, mas to sem previsão mesmo de quando vai sair porque eu quero fazer o teste para sábia no jogo primeiro antes de publicar o capitulo (sim, fazem exatamente 4 anos que quero virar sábia) por isso já vou deixar avisado que, vai demorar um pouco o outro (vejamos....lvl 35....três vezes por semana.....hmmmm vai demorar.....).

 Por isso não estranhem se eu só publicar no ano que vem a continuação xD, mas garanto, daqui para frente as coisas vão ficar interessantes......

 Então, até algum outro dia e me desejem sorte o/

Edit : West Wing, a cantora nem sei quem é xD, mas se você gosta de músicas deste tipo procura pela Kajiura Yuuki, ela faz músicas clássicas com toques de Pop, vale a pena ver se você gosta. ^^

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Você sabe de onde realmente vem este poder Sophia?Bem todos nós que usamos a magia a temos um pouco dentro de nós, mas existe uma pequena diferença de como nós a usamos, o verdadeiro poder vem da palavra...

 

As palavras são correntes poderosas, elas podem nos prender e ao outros também, uma vez lançadas não podem mais serem recuperadas, elas podem tanto construir quanto destruir.

 

A arte é composta por palavras, mesmo as artes visuais as possuem de forma sutil, prosas, poemas, canções, todos utilizam este poder, o mesmo se impõem a nós usuários de magia, para conjura-lás temos que recita-lás, somos quase um bardo, utilizamos desta corrente para canalizar nosso poder, portanto a magia é uma arte e não algo bruto para ser usado rudemente e sem talento.

 

Capítulo 32 – Twilight Knights

 

- Momo... acorde, Momo! – dizia uma voz preocupada.

 

A jovem aos poucos abriu os olhos, a luz do astro rei lhe cegava levemente, o barulho dos passos furiosos na rua lhe incomodavam, não fazia idéia de quanto tempo permaneceu ali deitada, talvez fossem minutos, horas, mas na verdade haviam sido dias, a jovem de cabelos prateados estava imunda, as roupas sempre limpas agora apresentavam várias manchas de barro e sujeira, os cachos uma vez sedosos e penteados estavam desarrumados e mal cheirosos, aquela pouco se parecia com a Momo que BT conhecia.

 

A jovem recém formada sacerdotisa estava sentada em um beco qualquer, olhava para o céu como se quisesse encontrar algo mas nada surgia, seus olhos antes vívidos agora se mostravam vazios, nada para ela importava, em seu colo ainda estava a roupa de coloração roxa, Momo desprezava tal uniforme, pois se lembrava de seu sonho.

 

Quantas noites ela não desejava aquilo? De se ver com aquela pessoa, com Sepher, o motivo dela estar ali em Prontera, de ter se tornado uma sacerdotisa, havia tudo sido por causa do sacerdote, mas que recompensa ela ganhou por tudo isso? O motivo de sua vida havia vazado de suas mãos, assim como a areia fina do deserto.

 

O mercenário a olhava com tristeza, não sabia que a sua amiga havia retornado tão cedo da peregrinação, não fazia idéia do que havia acontecido, muito menos que Momo estava tão abalada, se sentia culpado por não ter chegado mais cedo para dar apoio àquela pessoa.

 

- Momo, vamos, levante-se, vamos para casa, tenho certeza de que você quer descansar, vamos... – disse enquanto pegava delicadamente sua mão.

 

A jovem por sua vez não respondeu, continuou como estava mas depois de alguns minutos ela começou a soluçar e pesadas lágrimas caiam de seus olhos cinzentos, como uma criança ela gritou e se esperneou no chão.

 

BT sem alternativas a pegou nos braços e a levou para casa.

 

----

 

Novamente de roupas e aparência limpas, a jovem estava sentada em um cadeira próxima a janela, o lugar que sempre ficava nas noites em que acompanhava BT no fogo da lareira, mas desta vez não estavam conversando ou lendo um livro, desta vez ela fitava as nuvens brancas do manto celeste.

 

- Estou... com fome... - Disse Momo virando seu rosto vagarosamente para seu amigo.

 

O Mercenário a fitou com olhos tristes, nem mesmo o seu tom de voz era o mesmo, aquilo o desanimava de tal forma que seu corpo se sentia mais lento, suas mão pesadas e suas pernas como se estivessem presas a grilhões, ele se perguntava se aquilo tudo era por causa daquela pessoa.

 

- Eu... já volto. - disse o jovem enquanto saia do aposento.

 

Sem muitas delongas, o jovem havia retornado para casa, em seus braços uma sacola com vários quitutes, ele sabia como a sua amiga possuía uma fome imensa, e tinha certeza que logo voltaria ao normal com uma boa refeição. Mas não foi assim.

 

Por mais alguns dias a jovem permaneceu sentada ao lado da janela, fitando o mesmo céu, seus olhos pediam algo para aquela imensidão, mas o que era, nem mesmo ela sabia, BT se aproximou dela, se abaixou até ficarem no mesmo tamanho e disse em tom preocupado.

 

- Momo, não quer sair um pouco? Vamos fazer algo diferente, algo que a gente nunca fez, sei que vai se animar, continuar assim não vai adiantar de nada...

 

A jovem o fitou por alguns instantes e desviou seus olhos para o chão, olhando para o vazio, nada saia de seus lábios, somente o silêncio deprimido que perpetuava no cômodo. BT naquele momento não hesitou, seus olhos verteram pesadas lágrimas, não agüentava vê-la assim, cada dia que se passava, aquilo consumia mais e mais seu coração.

 

- O que seria? – surgiu repentinamente a pergunta.

 

BT a olhou rapidamente com esperança nos olhos.

 

- Venha comigo e te mostrarei! – Disse o mercenário mais animado.

 

--

 

- TODOS PARA O PRÉ CAST AGORA!!

 

Comandou uma voz grave e assim todos os bruxos o fizeram, naquele corredor estreito, mal cabiam todos, o chão com azulejos de tom âmbar e barreiras feitas de bambu, aquele era algo comum nos feudos de Payon.

 

Todos estavam tensos, pela primeira vez conseguiram o que muitos cobiçavam, o Palácio do Sol e logo seus antigos donos retornariam para o ter de volta, mas não seria sem luta.

 

Eram em um número menor, ter conseguido invadir e tomar o palácio havia sido quase um milagre, mas que havia acontecido, a atmosfera presente na sala era densa, todos se encontravam nervosos, era quase possível escutar as batidas do coração de cada um que se fazia presente, em uma melodia ritmada inspirada pela guerra.

 

Assim todos em sua formação esperaram pela chegada do inevitável, com o portão fechado para pelo menos atrasar um pouco mais o que era esperado, cada bruxo, templário, sacerdote os aguardavam.

 

E então baques ocos tocaram no portão,

 

Um toque,

 

Dois toques,

 

Três toques,

 

Até que a madeira estourou fazendo com que vários fragmentos voassem, e assim, gritando com toda a vontade que possuíam, eles adentraram a sala.

 

Cavaleiros e Templários tomaram a linha de frente, tentavam de todas as maneiras bloquear a passagem, mas alguns mais astutos conseguiam passar por eles, esguios e sorrateiros, assassinos e arruaceiros conseguiam passar pelos lerdos protetores.

 

Os bruxos acompanhados dos monges faziam o que podiam para detê-los, alguns conseguiam acertar os invasores com seus trovões e nevascas, mas eram poucos, já os guerreiros sagrados corriam para cima deles com tudo, mas eles eram mais rápidos.

 

Um a um foram caindo no chão, o som oco dos corpos era produzido com a queda, o cheiro do sangue que molhava os já amarelos azulejos do Palácio do Sol era visto, sacerdotes rogavam suas preces próximos a pedra brilhante, e os que protegiam o mineral estavam trêmulos, alguns regurgitavam de tão nervosos que estavam, outros no entanto mantiam a cabeça erguida como leões orgulhosos.

 

Momo estava entre eles, diferente de antes, a guerra havia lhe dado um novo sopro de ânimo, apesar daquele ambiente hostil e caótico, ela se sentia bem, gostava da emoção que aquilo lhe proporcionava, da tensão de como seria o fim daquele ato, era uma sensação de Dejá vu que ela não sabia como explicar.

 

Os gritos podiam ser ouvidos de onde ela estava, berros de dor e sofrimento, alguns até choravam mas logo eram silenciados com um golpe, sons de passos se faziam cada vez mais altos, Digo, o líder dos Twilight Knights, estava ali, pronto para qualquer investida ao Emperium.

 

E então eles chegaram, Pitolomeu rapidamente conjurou uma nevasca para congelar os invasores, mas de nada adiantou, eles estavam protegidos pela essência do Cavalo Marinho, o líder se pôs na frente e começou a trocar golpes com um cavaleiro de cabelos ametistas enquanto Rodrigo Marr, um mestre ferreiro, tentava impedir mais pessoas, mas não era o suficiente, um assassino correu como pôde até o minério dourado e ali ele ficou por alguns minutos, o admirando.

 

A sacerdotisa de cabelos prateados não pensou duas vezes, conjurou uma de suas magias mais poderosas, o Santuário, que era capaz de restaurar a pedra, o jovem irritado com sua intervenção caminhou até ela.

 

- Então senhorita, acho que seu poder não é mais necessário aqui, vou ter que te descartar... – disse com um sorriso intimidador.

 

A jovem não sabia o que fazer, não sabia lutar, muito menos se esquivar, passo a passo ela andava para trás, até que foi encurralada na parede, com os olhos cheios de desespero ela se sentou, cada vez mais o inimigo se aproximava dela, com a expressão que misturava prazer e ameaça.

 

Momo procurou por algo no chão, alguma coisa com que pudesse se defender, até que ela sentiu um bastão, ela olhou como a vista cheia de lágrimas e viu uma lança lambuzada de sangue.

 

Por um momento sua respiração parou, seu coração bateu forte, suas pupilas diminuíram e seu corpo se enrijeceu, o som da carne sendo perfurada ecoou na sala e o sangue começou a pingar, um sussurro foi dito.

 

- Mas... como?

 

Disse o jovem com uma lança fincada em seu ventre caindo logo em seguida no solo frio, a sacerdotisa observou o corpo estendido, desviou o olhar para suas mãos que agora estava encharcadas do liquido rubro e gritou.

 

-----

 

- Muito bem meus amigos. – Disse Digo. – Hoje temos um lugar para comemorar nossa vitória, graças a ajuda dos Slayers, hoje mais uma vez vencemos aquela escória estrangeira, os Soul Society!

 

Assim que o monge terminou todos gritaram felizes no salão do Palácio do Sol, mas logo foi interropido pela mesma voz.

 

- Mas bem, hoje estou aqui para fazer um comunicado importante, a Twilight Knights de hoje em diante não existirá mais!

 

Um silêncio perturbador seguido de vários murmúrios ecoou no salão.

 

Digo somente sorriu para todos que estavam lá e lançou um olhar para uma jovem moça de cabelos negros que estava um pouco atrás dele, sem nada a mais para comentar, ele se retirou, levando consigo aquela jovem.

 

- Vai fazer isto mesmo Digo? – perguntou a jovem.

- Vou, não quero mais comandá-los, eu gosto de tudo isso, mas quero aproveitar outras coisas da minha vida. – Falou enquanto pegava a mão de sua amada. – Sem falar que...

 

Digo olhou para trás e viu uma última vez todos juntos, aquela família que sempre estava alí para conversar e lhe fazer companhia, BT, Pitolomeu, Zoom, GrandAura, Morrigan, Silver Moon, ele deu um outro sorriso e olhou para frente.

 

- Infelizmente, o nosso clã já estava condenado Juju, talvez eles não tenham percebido, mas como líder sei de tudo o que se passa na família. – Assim que terminou ele continuou caminhando na companhia daquela Criadora.

 

---

 

- Então Momo, vamos? Me deixe te alegrar um pouco, me deixe eu te mostrar o amor que sinto por você... – insistiu mais uma vez aquele mestre ferreiro. – Eu te amo.

 

A sacerdotisa se deparou novamente com um outro poço sem fundo, a perda de sua nova família a havia lhe dado outro choque, para ela eles eram tudo, sua companhia, seu lar e sua alegria, todos os integrantes se dispersaram, e por mais que quisessem refazê-lo, o líder havia deixado ordens restritas de que não poderiam usar aquele nome novamente.

 

BT ainda continuava ao seu lado, mas agora ele estava mais distante, sempre ocupado com seus trabalhos não sobrava um tempo disponível para ela, o único que ainda a seguia era Rodrigo, um mestre ferreiro de cabelos longos e esverdeados.

 

Ele possuía um nariz largo e um sorriso de mesmo tamanho, chegando a uma certa semelhança de um sapo, sua pele era áspera, como de todo ferreiro, seu ventre molenga evidenciava que estava acima de seu peso, tinha um humor variável e suas promessas as vezes eram duvidosas.

 

Momo permaneceu em silêncio no banco da igreja de Prontera, olhava para o chão, o ferreiro passava sua mão no rosto delicado da sacerdotisa como se estivesse apreciando sua refeição antes de ser consumida.

 

Era como um lobo que lambia seus lábios de tanta fome, a jovem estava deprimida, não sabia o que fazer, não conseguia pensar em nada, foi então ela virou seu rosto para ele e o abraçou repentinamente.

 

- Tudo bem... – Respondeu Momo.

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Uia, eu era chifrudo faz tempo e eu não sabia!

 Não é não! estes são fatos que aconteceram á muito tempo atrás, assim como na fic, este é o meu passado, o futuro ainda tá pra vir, só coloquei alguns fatos que aconteceram agora pra fazer mais sentido na história, tem muiiiiita coisa adaptada (por exemplo, TODOS estes fatos só aconteceram in-game, e eu não conheci ele em Juno, mas sim em uma arena de PVP).

 No próximo capitulo será o último da Sophia, daí vou partir para outro personagem, mas to sem previsão mesmo de quando vai sair porque eu quero fazer o teste para sábia no jogo primeiro antes de publicar o capitulo (sim, fazem exatamente 4 anos que quero virar sábia) por isso já vou deixar avisado que, vai demorar um pouco o outro (vejamos....lvl 35....três vezes por semana.....hmmmm vai demorar.....).

 Por isso não estranhem se eu só publicar no ano que vem a continuação xD, mas garanto, daqui para frente as coisas vão ficar interessantes......

 Então, até algum outro dia e me desejem sorte o/

Edit : West Wing, a cantora nem sei quem é xD, mas se você gosta de músicas deste tipo procura pela Kajiura Yuuki, ela faz músicas clássicas com toques de Pop, vale a pena ver se você gosta. ^^

Eu sei, Momo, só tou dizendo que sou chifrudo por antecipação. Antes mesmo de te conhecer eu já era corno.

Foi uma piadeenha.

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Sim ele tem xD, mesmo que tenha sido in game, isso meio que me deixou abatida, eu não tinha tanto tempo para jogar, e com o tempo ele virou um cavaleiro e eu ainda era uma maga, no fim eu ainda queria ser amiga dele, mas ele falava que não tinha tempo para mim e nunca mais nos falamos. Por isso de uns tempos para cá eu queria e muito ser uma segunda classe (coisa que só fiz uns meses atrás), mas depois disso.....nya não vou contar senão é spoiler.

E nossa, não estou reparando nos erros +_o, acho que tenho que reler mais antes de postar >

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Vixe, preocupa não, as vezes tenho ondas de criatividade outras não, por isso não esquenta que cedo ou tarde a continuação aparece ^^

----

 

Todos o olhavam tensos, a prisão de Prontera era como qualquer outra prisão, um lugar imundo com pouca luz, mas naquele momento algo o fazia diferente.

 

Uma sábia, um bruxo e um templário, este último estava de frente para a parede próxima a cela do condenado.

 

Sophia olhava para o bruxo, ele tinha uma expressão descontraída, com a vista um pouco fraca e um caderno em mãos, ele anotava tudo que o templário falava, cabelos desarrumados de um castanho claro, suas roupas apresentavam o mesmo relaxamento que suas madeixas. Broches e presilhas ficavam grudadas na sua longa capa bege, outro detalhe curioso era os símbolos que contia nele, difíceis de identificar, talvez fosse de outra nação.

 

A senhora de olhos ametistas tinha um pouco de nojo de bruxos, seres que usavam seu poder de forma exibicionista e arrogante, eram como bárbaros, atacavam para depois perguntar.

 

O templário se virou e rapidamente veio em direção da dupla, em suas mãos um fogo prateado brilhava intensamente, aparentemente não queimava e nem lhe causava dor, era uma chama fria.

 

Assim que o jovem de cabelos negros se aproximou da dupla, ele disse com pressa.

 

- Esta é a Chama Prateada.

 

 

Capítulo 27 – Lullaby

 

 

- Bom dia, no que posso ajudar?

 

- Gostaria de um quarto, por favor.

 

- Sim claro, aqui está a chave senhor!

 

- Muito obrigado.

 

 

Mais uma vez Momo estava trabalhando na estalagem, era um emprego agradável, recebia almoço de graça e ainda era calmo, talvez fosse tudo que queria, mas algo estava errado.

 

Por algum motivo, algo faltava, mesmo vivendo em paz em Juno, tendo uma família, uma casa e um emprego bom, para ela aquilo não era o bastante, uma voz de dentro lhe dizia para encontrar algo, mas não sabia exatamente o que era.

 

Esta sensação lhe comia por dentro, a cada dia que passava, mais e mais este desejo de possuir algo lhe incomodava, seu peito lhe pesava, sua respiração ficava cada vez mais tensa, uma excitação sem tamanho crescia em seu coração.

 

Momo resolveu não dizer isso a BT, não queria lhe deixar preocupado, para ela, só o fato de estar lá morando com ele era uma preocupação a mais para seu amigo.

 

---

 

Os crepúsculos de Juno era o principal espetáculo silencioso da cidade, as nuvens que rodeavam a cidade se transformavam de algodões brancos em um alaranjado delicado, esta cor por sua vez se misturava em um rosa claro.

 

As torres que vigiavam a cidade se mesclavam ao show de cores, despindo as matizes acinzentadas para se vestirem com as belas cores do céu da tarde. As árvores por sua vez apresentavam uma cabeleira de escarlate intenso que dançavam com a brisa fria em meio as ruas de Juno.

 

Momo ficaria na estalagem até ela encerrar sua atividades, a construção em que estava era simples, as paredes eram da mesma cor que as de fora, o mesmo era o chão daquele lugar.

 

Um balcão feito de madeira barata mas resistente, em frente ao mesmo, uma pequena sala de espera, sofás marrons um pouco gastos, em cima da pequena mesa que ficava em frente aos acentos, um vaso de flores vermelhas.

 

Um tapete para enfeitar, este ficava defronte a uma escadaria que levava aos aposentos, em uma das paredes um brasão se mostrava com pompa.

 

As luzes douradas da tarde invadiam a estalagem, até uma sombra interferir na luz.

 

Um rapaz alto, aparentava ser jovem, por volta de dezoito invernos, cabelos negros arrumados, cortados até a nuca, olhos com a mesma tonalidade de suas madeixas, estes expressavam bondade.

 

O peito nu, mas que era timidamente escondida pela cruz em seu pescoço, um sobretudo negro com detalhes vermelhos e dourados, uma calça simples de mesma cor, sapatos lustrados e bem cuidados.

 

Momo olhou para ele, seu rosto ficou quente, por um momento havia ficado nervosa e com o coração apertado, era estranho aquilo, não sabia o que estava acontecendo, toda vez que uma pessoa lhe pedia um quarto, não acontecia o que havia agora.

 

O jovem se aproximou da bancada, a encarou nos olhos por um momento e lhe deu um sorriso.

 

- Por favor, gostaria de um quarto senhorita.

 

A jovem de cabelos prateados pela primeira vez não sabia o que responder, sua voz não saia de sua garganta e suas mãos que deviam pegar a pena, não se mexiam.

 

- Senhorita? Algo errado?

 

Com um pouco de força ela falou.

 

- A.. ah, sim claro, por favor seu nome! – disse tensa.

 

- Claro, meu nome é Sepher Engelwurz.

 

Quando Momo ouviu o nome, seu rosto corou ainda mais, escreveu com cuidado no livro de registro e lhe deu a chave.

 

Enquanto Sepher andava até a escadaria, a garota não parava de olhar para ele, não sabia o que havia acontecido e nem por que fazia aquilo, era algo involuntário, mas que por alguma razão, gostava muito.

 

----

 

Momo estava parada em frente ao aposento do sacerdote, outra vez ela havia sido guiada por seus impulsos, queria abrir a porta, mas toda vez que seus dedos tocavam a maçaneta um calafrio lhe percorria a espinha.

 

A lua já havia se revelado no céu noturno e as estrelas formavam suas constelações, já era tarde e ela devia ter retornado para sua casa há muito tempo.

 

Foi então que a garota criou coragem e abriu a porta, vagarosamente para não causar nenhum ruído. Dentro do aposento, tudo estava arrumado, na pequena escrivaninha que havia lá, o sobretudo estava jogado e na cama o corpo do jovem.

 

Ele estava em um sono profundo, devia estar cansado, pensou Momo, furtivamente ela chegou perto da cama, o admirou por alguns momentos e delicadamente passou a mão no rosto do jovem adormecido.

 

A garota esboçou um sorriso, se aproximou do ouvido de Sepher e sussurou.

 

- Sonhe com os anjos, querido...

 

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Sophia olhava para a estátua de Odin de longe, sentada em frente do monumento das mãos, naquele momento nada passava em sua mente.

 

Mesmo tendo um certo movimento, aquela era uma das áreas mais calmas de Prontera, agradavél para a senhora sábia.

 

O monumento das mãos era o ponto de encontro de vários clãs, mas naquele momento só havia os membros da Chama Prateada, que novamente só estavam trocando informações e objetos que cada um necessitasse.

 

Sem se importar, um jovem se sentou ao lado de Sophia, ele possuía mechas loiras, cortadas bem curtas, uma parte da franja pendia sobre seu rosto, que apresentava uma expressão de relaxamento.

 

Um sobretudo branco e marrom, atrás da cabeça tinha uma capuz que fazia parte da peça, seu peito nú se fazia amostra, um cinturão mostrando sua graduação como lutador e uma calça marrom surrada.

 

Suas mãos estavam sem nenhuma arma naquele momento, o que mostravam suas mãos mal tratadas de seu treino.

 

Sophia não desviou o olhar, ainda continuava na mesma posição pomposa como uma orgulhosa leoa, mas algo havia chamado a sua atenção.

 

Um cheiro adocicado invadiu suas narinas, não era algo que poderia identificar, já que nunca sentiu aquilo, ao mesmo tempo que era doce tinha um ar ácido, dificil de distinguir.

 

Sophia abandonou sua pose e olhou para o lado, o jovem monge segurava um frasco com um líquido escuro e que soltava pequenas bolhas.

 

A sábia olhou intrigada para o frasco que ele bebia e em seguida perguntou.

 

- Kamus, o que é isso que está bebendo?

 

Kamus olhou para Sophia e sorriu.

 

- É uma iguaria que achei, é bem gostosa, eu a chamei de refrigerante! Quer um pouco?

 

Sophia curiosa aceitou um gole.

 

Capítulo 24 – A flor pálida e a cruz envenenada.

Um bandido, um herói e uma mocinha

Qual era o herói e qual era o bandido?

O que segurava o livro ou o que segurava a adaga?

Qual machuca mais?

Um golpe ou uma palavra?

 

E qual era a insana e qual era a vítima?

A roxa ou a branca?

Quem na verdade matou?

A mulher ou a humanidade?

----

 

- Artie, Artie! – chamava alegremente

 

- Sim, o que foi Momo?

 

- Olha isso que achei. – Mostrando uma flor reluzente.

 

- Hm, que interessante Momo, você achou uma flor das ilusões! Sabia que são bem raras?

 

- Hehehehe, e não é para menos, ela tem uma luz misteriosa, faz como que fique ainda mais bonita. – dando um belo sorriso.

 

Momo havia crescido, quando Artie havia encontrado a jovem pela primeira vez, ela aparentava em torno de quinze primaveras, com o tempo que passou cuidando dela, seu corpo havia amadurecido, mas ainda tinha seu tom delicado da infância.

 

O que o sábio mais estranhava, era que nestes anos ninguém nunca apareceu perguntando pela garota, era como se ela havia simplesmente brotado do chão no meio daquela floresta fria.

 

Mas por mais que o senhor estivesse preocupado com os pais de Momo, ele na verdade gostava da presença da jovem, antes os dias eram somente estudos e mais estudos, era tão obcecado por isto que nem sabia se era noite ou dia do lado de fora de sua casa.

 

Com a vinda da jovem, pelo menos tinha outra coisa para se preocupar além dos estudos, alguém para cuidar e divertir, ter uma responsabilidade na sua vida até então solitária.

 

---

 

A sopa de batata já estava acabando, o jantar que Momo havia preparado já estava no fim, mesmo sem nenhum talento culinário, a refeição ainda era tragável pelo fato da jovem ter seguido a receita no livro.

 

Mas ainda sim aquilo ainda não a intimidava, todos os dias tentava cozinhar algo, uma salada, um cozido, nem que fosse só um bolinho, suas tentativas frustradas não a afastavam da cozinha. Artie não reclamava, pois sabia que era o único entretenimento naquela casa simples.

 

Após de retirarem a mesa, ambos desejam boa noite e seguiram para suas camas, como Momo ficou um tempo considerável na casa, Artie com esforço comprou uma cama extra, não seria confortável dormir no chão, principalmente depois de tantos anos.

 

A noite como sempre estava fria, a famosa neblina que cobria Geffen se fazia presente na cidade, as ruas vazias davam um ar fantasmagórico a cidade e uma camada fina de gelo se formava nos telhados.

 

O jovem sábio olhava para o teto do aposento na tentativa de pegar no sono, mas foi em vão.

 

Vez ou outra o sábio olhava para a cama ao lado, Momo dormia profundamente, seu rosto não havia nenhuma preocupação somente uma expressão serena e tranqüila.

 

E em sua nova tentativa de dormir, o jovem ouviu um som do outro quarto.

 

O que teria sido? Se perguntou Artie, não poderia ser um ladrão, pois em sua casa não havia nada de valor, a não ser claro seus livros.

 

Curioso, o jovem se retirou da cama sorrateiramente e se dirigiu até a porta, a abriu sem fazer ruído e a atravessou.

 

A sala naquele momento estava escura, a única fonte de luz era a lua, mas esta ainda dificultava a visão fraca do sábio, mas que foi o suficiente para ver o que causava o barulho.

 

Um jovem esguio se encontrava no meio da sala que agora se via em caos, a mesa estava virada no chão junto com vários livros mal tratados, as cadeiras também se encontravam caídas, era visível que o local foi revirado.

 

A luz tênue que saia da janela iluminava parte do invasor, assim como a sombra, suas vestes eram escuras, faixas serpenteavam ao redor do ventre e dos braços, um par de lâminas brilhavam em suas mãos.

 

Seus cabelos parcialmente cobertos por um chapéu de palha com formado afunilado, se mostravam pálidos, olhos malandros se escondiam atrás de um pince-nez.

 

Quando Artie conseguiu vê-lo se surpreendeu por um momento, mas logo em seguida voltou a sua posição de guarda.

 

- Finalmente vou ter algo para comer! – disse alegremente. – Você não sabe que trabalho deu pra te achar cara, mas você sabe, uma vez que somos roubados, não perdoamos.

 

O sábio não respondeu, ainda com um olhar sério fitava o assassino.

 

- Bem, então o que me diz? Vai se entregar ou vai ser no jeito mais difícil?

 

Por um momento o silêncio tomou conta do local, ambos olhavam-se nos olhos, o assassino e o sábio.

 

- Pelo visto acho que você já deu sua resposta... – sacando seu katar.

 

Rapidamente o jovem de cabelos brancos avançou contra o sábio, segurando firmemente sua arma, ele o impulsionou para frente na tentativa de um ataque direto, mas acabou atingido um livro.

 

Artie se protegeu com o que havia pegado no chão, ele não estava acostumado com este tipo de luta corpo-a-corpo, mas naquele momento teria que dar tudo de si para sair daquela situação.

 

Na distração do assassino, Artie se desviou para o lado e forçou suas pernas para correr para trás da mesa tombada.

 

- Não complique Artie, você não sabe o quanto estou cansado, o contrário de você que passou os dias nesta casa, sentando ociosamente sem saber se era dia ou noite fora de sua casa!

 

- Não necessito dar explicações mercenário... – retrucou o sábio.

 

Como um chute, o assassino tornou a mesa para cima, o jovem sábio agora estava sem proteção, mas ainda poderia escapar dos ataques.

 

Abaixando com rapidez, o assassino avançou contra o sábio, com um golpe horizontal ele conseguiu abrir uma ferida no ventre do jovem de cabelos azuis, este fazendo uma expressão de dor.

 

Sem pensar muito, Artie inclinou seu corpo para trás e tentou sair de baixo da mesa, com a mão em cima da ferida, ele tentou novamente escapar das investidas.

 

Mas tão rápido quanto ele saiu, o perseguidor o segue e continuou a revidar na chance de dar um golpe fatal no peito da vítima.

 

Sem perceber no que Artie estava preparando, o sábio murmurou palavras mágicas enquanto se esquivava, e do chão uma coluna flamejante brotou, queimando parte do braço do predador.

 

Enquanto o assassino amaldiçoava o sábio, Artie conjurava outra magia, e do teto da casa lanças reluzentes caíram em cima do jovem de cabelos brancos.

 

E novamente ele amaldiçoava o jovem e desta vez tentava apagar o fogo de seu corpo.

 

Mas ainda sim ele não hesitou, assim como um animal em busca de sua vítima, ele saltou em cima da parede de fogo e a atravessou, surpreendido, o sábio ficou sem reação, o que assinara seu testamento.

 

Assim, tão rápido quanto entrou, o assassino fincou sua lâmina no peito de Artie, o jovem sábio olhou para a arma que iluminava seu rosto assustado e depois para o rosto de seu executor.

 

O corpo agora sem vida desprendeu da katar e caiu no chão, o sangue que ainda escorria encharcou as várias folhas beges do chão, um olhar vazio agora fazia parte da expressão antes aflita do sábio.

 

- Me desculpe... mas você não me deu escolha... – Disse o jovem olhando tristemente para o corpo.

 

Se acalmando e segurando um saco de pano gasto, antes que pudesse realizar sua próxima ação, a porta do outro aposento se abriu, deixando o assassino tenso novamente.

 

E da porta uma garota de madeixas brancas saiu sonolenta, por um momento ela não repara o que havia na cena mas logo percebe, Artie estava estendido no chão morto e seu feitor estava ao lado.

 

Momo trêmula não conseguiu se sustentar em suas pernas, com a voz tremida e um rosto assustado, ela questionou.

 

- O que você fez com o Artie??

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 O silêncio perpetuava novamente naquele quarto, somente a dama aleijada estava ali, observando a mesma paisagem que lhe puseram, seus lábios não diziam nada, mas sua mente dizia várias coisas. 

 Capítulo 36 – Sacrifício. 

Nós nos olhávamos 

Uma valsa? 

Um duelo? 

Uma poesia talvez.

  

Princesas e príncipes 

Ela sempre se sacrificava 

Ele sempre se sacrificava 

Sabiam o peso disso?  

Uma espada no coração 

Uma bala no peito 

Não havia comparação Com aquele tipo.  

Não havia 

Como serem iguais 

Um sacrifício físico Com o do coração.  

---- 

  O tempo havia passado como uma andorinha no céu de verão, mas ainda sim aquela casa se mantia a mesma, simples e com uma das paredes ocupada pelos trabalhos do senhor, mas uma coisa fazia diferente. 

 Um machado de lâmina vermelha se destacava entre as brancas, aquela não era dele mas sim de outra pessoa, ela riu-se e sorriu ao ver que havia feito algo tão belo, o senhor se aproximou e perguntou com calma. 

- Que nome vai dar a ela? 

 Ciel a admirou por um breve momento, pensou em algo mas nada lhe veio a cabeça. 

- Ainda darei um nome a ela. – sorriu para ele. 

 A jovenzinha havia crescido com uma árvore, de uma pequena e frágil muda, agora era uma alta e robusta planta, sua pele apresentava a mesma coloração de um tronco, moreno escuro, ela trajava as roupas de uma ferreira, uma camisa branca que destacava bem seus fartos seios e uma calça bem curta de tecido grosso azulado. 

 Um par de meias três quartos e polainas nas canelas que escondiam parte das pernas grossas da jovem, os braços musculosos eram vestidos por luvas de couro com pequenas placas de metal, serviam de proteção para algumas horas, mas Ciel era forjadora e não uma guerreira, fazendo-se inúteis estas placas, na cabeça uma faixa azul prendia parte da franja e em frente de seus olhos um pequeno óculos, Ciel não tinha uma miopia forte, nada que incomodasse, mas era necessário usá-lo para trabalhar. 

  O senhor ao seu lado usava seu velho uniforme de mestre ferreiro, uma calça feita do mesmo tecido grosso, um colete que deixavam a mostra seu ventre e peito, pelo qual muitas mulheres suspiravam. 

 Heinz sempre apresentava uma expressão calma e sorridente, pouco o irritava ou o surpreendia, ele tinha o mesmo tom de pele que sua filha, madeixas negras forravam sua cabeça, algumas poucas ficavam penduradas em frente de seus olhos pequenos. 

 Ciel naquele momento o entreolhava, ela poderia muito bem não mostrar, mas seu corpo falava por si mesma, sua face estava rubra, sua boca seca, no momento que seu pai havia coloca a mão em seu ombro, seu corpo parecia ter recebido uma pequena voltagem por toda a sua extensão.

 

 Depois daquele acontecido, ele nunca mais a tocou, nem com um abraço, nem com um beijo no rosto, uma espécie de barreira havia sido criada entre ambos, uma parede transparente onde cada um poderia ver o outro, mas nunca se tocarem, algo que a incomodava um pouco. 

- Ah me desculpe... – Disse Heinz em tom triste retirando rapidamente a mão do ombro da filha. 

- Não... foi nada... – Respondeu em tom baixo olhando para um outro canto qualquer. 

 Algo dentro dela a incomodava, mas era algo que ela não sabia bem dizer, ou na verdade tinha medo de dizer, ela o amava, mas sabia que era errado, que era algo que a sociedade considerava animalesco ou profano demais para fazer. 

 Mas como ela poderia impedir algo assim? Mais do que ela já fazia, ela escondia com todas as forças dentro de si tal sentimento, a cada dia que ela o via na mesma casa, toda vez que conversavam, para ela era quase como se estivessem casados, mas não poderia ser assim. 

 Qual não eram as vezes que ela queria poder ler mentes, saber o que Heinz pensava dela, saber se ele ainda tinha o mesmo sentimento que os daquela noite, mas na verdade quais sentimentos? Aquilo foi somente um ato carnal bestial, mas para ela, qualquer contato assim já lhe saciaria aquela sede, nem que fosse somente por sexo. 

 Ciel mais uma vez estava na velha taverna do Peixe Dourado, um lugar confortável e que recebiam bastante pessoas, nas decorações um misto de oriental com o mar, algo que era vulgar, pelo contrário, belo. 

 A ferreira tomava um copo de uma bebida alcoólica, olhava para o nada, talvez pensando ou somente escutando o barulho ritmado das pessoas do local, do outro lado da bancada, uma mulher já senhora e um homem de aparência frágil, ambos atendiam com animação. 

 Sua degustação havia sido interrompida por um chamado, ao seu lado um Lorde, ele havia babulciado algo parecido com um nome, mas para ela não interessava quem era, pois sabia que era mais um atrás de conforto na sua aparência. 

 Ciel fechou os olhos e engoliu seu último gole, deixou o copo em cima da bancada e deixou o que devia, saiu sem nem ao menos trocar uma palavra com o Lorde, este irritado a agarrou no pulso e gritou cuspindo em seu rosto. 

 A ferreira sentiu uma ponta de irritação, o encarou com olhos sérios e disse uma única vez “Me solte”. 

 Ao em vez de obedecer, ele se atreveu mais, a puxou para mais perto e pousou uma mão em sua cintura, Ciel não gostava que a tocassem, qualquer um que não fosse seu próprio pai. 

 - Me solte – Pediu uma segunda vez. 

 O Lorde não a escutava e se atrevia mais e mais, desta vez ele se aproximava dos lábios da moça, Ciel neste momento entrou em pânico, não era forte o suficiente para pelo menos parar o tarado, tudo o que fez foi gritar por socorro. 

 O dono do bar se intrometeu entre eles, pediu para que parasse com calma e elegância de um bardo, o Lorde no entanto já irritado, o socou no rosto, jogando-o contra a estante cheia de garrafas de bebidas que estava atrás da bancada. 

 Naquele momento todos se silenciaram, todos os olhares se direcionaram para a cena, o bardo agora estava ensangüentado, sua esposa ao seu lado ficou chocada, olhou na direção do seu inimigo com raiva e cerrou os punhos fortemente. 

 Mas antes que ela pudesse dar um golpe, a cabeça do Lorde havia voado, os pingos que caiam da arma eram ecoados no salão, pingo por pingo, o corpo do robusto homem havia caído com o som seco no chão, ao lado do corpo uma jovem, uma ferreira. 

 Em suas mãos estava empunhado um machado de lâmina vermelha, a mesma cor do sangue que escorria por suas extremidades, em seguida ela correu para sua próxima vitima, estava insana, sem controle, era como uma besta selvagem, que atacava a todos na sua frente. 

 Uma chuva fina caia fora da estalagem, passos calmos seguiam até a porta da taverna, a placa com um peixe balançava ao sabor do vento da chuva, o mestre ferreiro parou na porta, um fio de sangue escorria de dentro da taverna que logo se transformou em um rio. 

 O senhor entrou na taverna e viu a cena, o teto do local estava aberto, as poucas gotas caiam como um véu branco no chão rubro, pessoas e mais pessoas todas mortas, algumas com o rosto desfigurado, outras com membros do corpo perdidos em algum canto do que foi uma taverna, as que tinha uma face ainda expressavam desespero e dor, uma profunda dor. 

 Ciel olhava para o chão de madeira cara, seu corpo estava molhado pela chuva, mas suas roupas a denunciavam, tingidas de vermelhos e em punho um machado de lâmina vermelha, as lágrimas que brotaram de seus olhos eram maiores que a chuva. 

- Papai. – Falou Ciel 

Heinz somente olhou na direção da filha. 

- Eu já escolhi um nome... ... Sorrow

 

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 O silêncio perpetuava novamente naquele quarto, somente a dama aleijada estava ali, observando a mesma paisagem que lhe puseram, seus lábios não diziam nada, mas sua mente dizia várias coisas. 

 Capítulo 36 – Sacrifício. 

Nós nos olhávamos 

Uma valsa? 

Um duelo? 

Uma poesia talvez.

  

Princesas e príncipes 

Ela sempre se sacrificava 

Ele sempre se sacrificava 

Sabiam o peso disso?  

Uma espada no coração 

Uma bala no peito 

Não havia comparação Com aquele tipo.  

Não havia 

Como serem iguais 

Um sacrifício físico Com o do coração.  

---- 

  O tempo havia passado como uma andorinha no céu de verão, mas ainda sim aquela casa se mantia a mesma, simples e com uma das paredes ocupada pelos trabalhos do senhor, mas uma coisa fazia diferente. 

 Um machado de lâmina vermelha se destacava entre as brancas, aquela não era dele mas sim de outra pessoa, ela riu-se e sorriu ao ver que havia feito algo tão belo, o senhor se aproximou e perguntou com calma. 

- Que nome vai dar a ela? 

 Ciel a admirou por um breve momento, pensou em algo mas nada lhe veio a cabeça. 

- Ainda darei um nome a ela. – sorriu para ele. 

 A jovenzinha havia crescido com uma árvore, de uma pequena e frágil muda, agora era uma alta e robusta planta, sua pele apresentava a mesma coloração de um tronco, moreno escuro, ela trajava as roupas de uma ferreira, uma camisa branca que destacava bem seus fartos seios e uma calça bem curta de tecido grosso azulado. 

 Um par de meias três quartos e polainas nas canelas que escondiam parte das pernas grossas da jovem, os braços musculosos eram vestidos por luvas de couro com pequenas placas de metal, serviam de proteção para algumas horas, mas Ciel era forjadora e não uma guerreira, fazendo-se inúteis estas placas, na cabeça uma faixa azul prendia parte da franja e em frente de seus olhos um pequeno óculos, Ciel não tinha uma miopia forte, nada que incomodasse, mas era necessário usá-lo para trabalhar. 

  O senhor ao seu lado usava seu velho uniforme de mestre ferreiro, uma calça feita do mesmo tecido grosso, um colete que deixavam a mostra seu ventre e peito, pelo qual muitas mulheres suspiravam. 

 Heinz sempre apresentava uma expressão calma e sorridente, pouco o irritava ou o surpreendia, ele tinha o mesmo tom de pele que sua filha, madeixas negras forravam sua cabeça, algumas poucas ficavam penduradas em frente de seus olhos pequenos. 

 Ciel naquele momento o entreolhava, ela poderia muito bem não mostrar, mas seu corpo falava por si mesma, sua face estava rubra, sua boca seca, no momento que seu pai havia coloca a mão em seu ombro, seu corpo parecia ter recebido uma pequena voltagem por toda a sua extensão.

 

 Depois daquele acontecido, ele nunca mais a tocou, nem com um abraço, nem com um beijo no rosto, uma espécie de barreira havia sido criada entre ambos, uma parede transparente onde cada um poderia ver o outro, mas nunca se tocarem, algo que a incomodava um pouco. 

- Ah me desculpe... – Disse Heinz em tom triste retirando rapidamente a mão do ombro da filha. 

- Não... foi nada... – Respondeu em tom baixo olhando para um outro canto qualquer. 

 Algo dentro dela a incomodava, mas era algo que ela não sabia bem dizer, ou na verdade tinha medo de dizer, ela o amava, mas sabia que era errado, que era algo que a sociedade considerava animalesco ou profano demais para fazer. 

 Mas como ela poderia impedir algo assim? Mais do que ela já fazia, ela escondia com todas as forças dentro de si tal sentimento, a cada dia que ela o via na mesma casa, toda vez que conversavam, para ela era quase como se estivessem casados, mas não poderia ser assim. 

 Qual não eram as vezes que ela queria poder ler mentes, saber o que Heinz pensava dela, saber se ele ainda tinha o mesmo sentimento que os daquela noite, mas na verdade quais sentimentos? Aquilo foi somente um ato carnal bestial, mas para ela, qualquer contato assim já lhe saciaria aquela sede, nem que fosse somente por sexo. 

 Ciel mais uma vez estava na velha taverna do Peixe Dourado, um lugar confortável e que recebiam bastante pessoas, nas decorações um misto de oriental com o mar, algo que era vulgar, pelo contrário, belo. 

 A ferreira tomava um copo de uma bebida alcoólica, olhava para o nada, talvez pensando ou somente escutando o barulho ritmado das pessoas do local, do outro lado da bancada, uma mulher já senhora e um homem de aparência frágil, ambos atendiam com animação. 

 Sua degustação havia sido interrompida por um chamado, ao seu lado um Lorde, ele havia babulciado algo parecido com um nome, mas para ela não interessava quem era, pois sabia que era mais um atrás de conforto na sua aparência. 

 Ciel fechou os olhos e engoliu seu último gole, deixou o copo em cima da bancada e deixou o que devia, saiu sem nem ao menos trocar uma palavra com o Lorde, este irritado a agarrou no pulso e gritou cuspindo em seu rosto. 

 A ferreira sentiu uma ponta de irritação, o encarou com olhos sérios e disse uma única vez “Me solte”. 

 Ao em vez de obedecer, ele se atreveu mais, a puxou para mais perto e pousou uma mão em sua cintura, Ciel não gostava que a tocassem, qualquer um que não fosse seu próprio pai. 

 - Me solte – Pediu uma segunda vez. 

 O Lorde não a escutava e se atrevia mais e mais, desta vez ele se aproximava dos lábios da moça, Ciel neste momento entrou em pânico, não era forte o suficiente para pelo menos parar o tarado, tudo o que fez foi gritar por socorro. 

 O dono do bar se intrometeu entre eles, pediu para que parasse com calma e elegância de um bardo, o Lorde no entanto já irritado, o socou no rosto, jogando-o contra a estante cheia de garrafas de bebidas que estava atrás da bancada. 

 Naquele momento todos se silenciaram, todos os olhares se direcionaram para a cena, o bardo agora estava ensangüentado, sua esposa ao seu lado ficou chocada, olhou na direção do seu inimigo com raiva e cerrou os punhos fortemente. 

 Mas antes que ela pudesse dar um golpe, a cabeça do Lorde havia voado, os pingos que caiam da arma eram ecoados no salão, pingo por pingo, o corpo do robusto homem havia caído com o som seco no chão, ao lado do corpo uma jovem, uma ferreira. 

 Em suas mãos estava empunhado um machado de lâmina vermelha, a mesma cor do sangue que escorria por suas extremidades, em seguida ela correu para sua próxima vitima, estava insana, sem controle, era como uma besta selvagem, que atacava a todos na sua frente. 

 Uma chuva fina caia fora da estalagem, passos calmos seguiam até a porta da taverna, a placa com um peixe balançava ao sabor do vento da chuva, o mestre ferreiro parou na porta, um fio de sangue escorria de dentro da taverna que logo se transformou em um rio. 

 O senhor entrou na taverna e viu a cena, o teto do local estava aberto, as poucas gotas caiam como um véu branco no chão rubro, pessoas e mais pessoas todas mortas, algumas com o rosto desfigurado, outras com membros do corpo perdidos em algum canto do que foi uma taverna, as que tinha uma face ainda expressavam desespero e dor, uma profunda dor. 

 Ciel olhava para o chão de madeira cara, seu corpo estava molhado pela chuva, mas suas roupas a denunciavam, tingidas de vermelhos e em punho um machado de lâmina vermelha, as lágrimas que brotaram de seus olhos eram maiores que a chuva. 

- Papai. – Falou Ciel 

Heinz somente olhou na direção da filha. 

- Eu já escolhi um nome... ... Sorrow

 

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@Sakura

Nyai, isso que disse foi o Deja Vu, não eu ;).

@Florette

Que bom que gostou, estarei esperando pela sua crítica.

@West Wing

Aqui está o Link : http://gendou.com/amusic/?filter=Lilium&match=0 , Pega só a versão normal (Lilium mesmo), neste site tem que cadastrar pra baixar, usa meu login : Momo_noguiko senha : buquedeflores. Espero que goste. ;)

(Aqui vai mais um capitulo, é curtinho, mas nem tenho muito que falar nele mesmo, espero que gostem o/).

 

 

Capítulo 14 – Versos Invertidos.

 

Me fizeram uma pergunta

Eu respondi que sim,

Simplesmente que sim.

 

Ele me perguntou

Se eu o amava.

Eu respondi que sim,

Simplesmente que sim.

 

Naqueles versos invertidos

Não sabia o que eram

Minhas prosas.

 

Não sabia

O que eram

Meus verdadeiros sentimentos,

Não sabia dizer uma negação.

 

Naqueles versos,

Nada era meu.

Nenhuma lágrima,

Nenhum sorriso.

 

 

 

- E mais uma vez encerro meu espetáculo – fazendo uma reverencia – Espero que todos tenham gostado! – disse Deja Vu confiante.

 Sophia ficou assistindo tudo nos mínimos detalhes, não havia saído nem se distraído em nenhum momento do show, para ela, quando Deja Vu se apresentava era algo imperdível e que era merecedor de horas e mais horas de atenção.

 - Então senhorita. – disse o bardo. – gostou do meu show? Ele foi feito somente para você! – disse com um sorriso. – espero que tenha te alegrado um pouco, afinal, nós bardos somos feitos para isso! – com uma piscada.

 A maga ficou um pouco sem graça, mas realmente se sentia melhor após a apresentação, aquelas notas realmente carregavam algo de especial nelas, eram como se fossem mágica.

 - Bem, vejo que já é tarde não? Posso acompanhar-lá até onde descansas?

 A jovem somente afirmou com a cabeça. Então o senhor aguardou cuidadosamente seu instrumento no estojo, assim que terminou ele seguiu Sophia até a hospedaria em que estava.

 Na frente da hospedaria estava Sepher, era óbvio que esperava pela senhorita, em sua feição era visível como estava abatido, assim que a maga se aproxima da construção ambos ficam em silêncio, encarando um ao outro.

 - Bem jovem dama, vejo que seu acompanhante a estava esperando. – Disse Deja Vu. – Vejo que minha parte já foi feita, aqui eu me despeço de vossa senhorita. – Novamente fazendo uma reverencia.

 O senhor bardo sorri para Sophia, aquele sorriso por algum motivo, estava recheado de significados, algo nele trazia uma força que nem ela sabia expressar, realmente Deja Vu era uma pessoa que não se podia traduzir em uma única frase. Antes de partir, o bardo dá um leve afago na cabeça da maga e lhe deixa o que estava em sua cabeça, o fone.

 - Toda vez que se sentir desanimada, ouça-o, ele vai lhe trazer de volta a força que precisa. – com um belo sorriso.

 Assim que termina a ação, Deja Vu caminha em direção ao breu da noite, até não ser mais visto.

 Agora Sophia tinha um problema á sua frente, tinha que enfrentar Sepher, não havia meios de evitar este encontro, era como se ambos estivessem para começar um duelo.

 Ambos se entreolharam, no rosto do sacerdote via-se uma clara tristeza, já nos da maga eram olhos que expressavam desafio, por mais que estivesse abalada, ela nunca se mostraria fraca, não em uma segunda chance.

 - Sophia....- disse Sepher em tom baixo. – queria conversar com você.

 Sophia aceitou o convite sem relutância.

 

 

No pequeno aposento estavam os dois, a atmosfera se mostrava tensa entre eles e o silêncio que permeava no ar piorava ainda mais a situação.

 - Queria lhe esclarecer algo. – disse o jovem. – Aquela carta, aquela pessoa....fazia exatamente três meses que não tinha respostas dela.

 Sophia somente escutava.

- Pensei que ela não queria mais nada comigo, até esta carta foi uma surpresa para mim...- assim que Sepher terminou a frase ele encarou a moça com seriedade. – Saiba que aqueles sentimentos eram verdadeiros e que nunca quis te fazer algum mal!

 A maga somente o observou surpresa.

- Sophia. – aproximando-se. – Eu terminei tudo com ela, eu quero realmente ficar com você! – com seriedade.

 A jovem naquele momento não sabia o que sentia, não sabia se era indiferença ou realmente algo importante, nada saia de seus lábios, nada surgia em sua mente.

- Sophia....você quer namorar comigo? – perguntou com o rosto corado.

 Quando ela ouviu tais palavras serem proferidas, seu rosto corou, mas algo estava diferente, seu coração não palpitou intensamente como da última vez, nada foi como antes.

 Inocentemente ela aceitou o pedido, algo pesava em sua mente, mas decidiu não pensar muito o que era.

Sepher a observou com um belo sorriso no rosto e em seguida perguntou.

- Você está feliz?

 Sophia olhou para baixo, por um momento ficou em silêncio, mas aquelas palavras saíram sem sua vontade.

- Sim estou. – com um sorriso.

 

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Capítulo 40 – De

mestra para aprendiz

 

 

 

- POR QUE?? – gritou Sophia 

- Por que me segurou? Por que deixou ela ir?

 

 

 

 A sábia olhava para

Helena em fúria, nunca em toda a sua vida ela havia ficado tão irritada como

agora, Sophia tinha a chance de ter parado tudo e de ter feito algo para sua

mestra.

 

 

 

 Mas não era

exatamente isso.

 

 

 

 A senhora de cabelos

esmeradas sabia que não podia ter feito nada, suas pernas naquela hora era tão

pesadas quanto pedras, seu corpo estava paralisado, tudo aquilo havia sido uma

fração de segundos mas para ela era como se tivesse tudo se movido em câmera

lenta.

 

 

 

Mesmo assim, Sophia descontava sua ira em Helena, não

somente pelo fato de Shag usar Katheryne como experimento mas também por ela

não ter feito nada na hora que ela precisava mais dela.

 

 

 

 Helena somente a

assistia em silêncio, a cientista olhava fixamente para o chão sem dizer uma

palavra, aquilo irritava profundamente a sábia que estava descontrolada, em um

impulso, Sophia levantou sua mão e bateu no rosto da cientista.

 

 

 

 A mulher de cabelos

negros levantou seus olhos na direção da sábia e revidou com um soco na face da

sábia, esta cambaleou para trás com a mão na face.

 

 

 

- Pare de dizer asneiras! E ainda se acha digna em trabalhar

aqui? Olhe para você, só uma emoção forte foi o suficiente para que perdesse o

controle. – Disse Helena em tom bravio.

 

 

 

A cientista se aproximou e pegou o rosto da sábia com as

suas mãos, olhou em seus olhos e disse.

 

 

 

- Sophia Asagao, se quer realmente alcançar o que quer, se

quer ser o que quer, deve abdicar tudo que possui, amizades, família, sua vida

e inclusive suas emoções, aqui não há espaço para elas, entendeu?

 

 

 

Sophia olhava para o rosto de Helena com raiva, seus olhos

lacrimejavam não de tristeza mas de fúria, com um impulso a sábia se livrou das

mãos da senhora e saiu correndo para o seu próprio dormitório.

 

 

 

“Como ela pode me dizer isso? Quem ela pensa que é?”

 

 

 

Sophia pensou sentada na cadeira próxima a escrivaninha,

tudo o que queria era trazer honra ao nome da família, fazer sua família feliz

onde quer que eles estivessem.

 

 

 

Amigos, Família e emoções.

 

 

 

Em certa parte ela já havia deixado para trás seus amigos e

família, estava ali naquele laboratório ajudando um criador que nem se quer

sabia direito quem era ou o que fazia, sabia somente que era uma pessoa

importante com um projeto a ser realizado.

 

 

 

 Honra e orgulho.

 

 

 

Um preço alto para se pagar, Sophia olhou para suas mãos,

olhou para o teto e se lembrou por tudo o que passou e caminhou até ali, desde

de Payon sua terra natal até Lightalzen.

 

 

 

- Não há um caminho de volta... – Falou para si mesma.

 

 

 

Sophia se levantou de sua cadeira e começou a socar a parede

do quarto, a cada golpe executado ela gritava para si mesma “Não sinto dor!”, a

sábia o fez até que suas mãos ficassem encharcadas do líquido rubro que corre

pelas suas veias.

 

 

 

- Não sinto dor... não sinto dor...

 

 

 

Ela se abraçou e chorou por uma última vez.

 

 

 

---

 

 

 

Três toques na porta, mais um trabalho para ser feito, a

sábia abriu a porta e caminhou atrás de Helena, nenhuma delas falavam algo.

Sophia andava com o rosto sempre voltado para baixo, talvez um sinal de

rendição ou de respeito.

 

 

 

Uma nova sala foi apresentada a Sophia, nela tubos de

contenção estavam enfileirados, na frente deles mesas onde dois deles estavam

ocupados, um por uma mulher de roupas vermelhas e outra por Katheryne que

estavam acompanhadas por uma outra cientista.

 

 

 

 Sophia recebeu suas

ordens e sinalizou positivamente, ela olhou para os dois corpos, naquele

momento a sábia se sentia a própria Hel que estava para levar ambas para o

mundo dos mortos.

 

 

 

Pouco a pouco ela tirava a roupa de sua instrutora como lhe

fora mandado, a pele delicada e branca estava a mostra, seu corpo ainda se

apresentava quente sinalizando que estava com vida, Sophia naquele momento pensou

em mil planos de como sair dalí com a sua mestra.

 

 

 

 Ambas nuas e

colocadas nos tubos, a sábia observava ambas, tanto a Sumo Sacerdotisa e a

Arquimaga, naquele momento nenhum som era ouvido pela senhora de cabelos

esmeralda, nenhuma respiração, nenhum batimento cardíaco, ela somente as

observava.

 

 

 

 Sophia estendeu seu

braço e tocou no tubo de sua mestra com os dedos, seus olhos por um momento

mudou a intensidade do brilho, aquele não era um olhar de uma sábia ponderada,

mas sim de uma cientista fria e calculista.

 

 

 

 - Que comecem a

pesquisa... – Sussurrou para si mesma com um sorriso entre seus lábios.

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Acertou a instrutora de longe? Treinar arqueiros parece ser trabalho perigoso. Mas treinar magos parece ser pior, pelo que você disse, risco de explosões e tudo o mais. Bem, no dia que for professora, meus pesames.

...Mais algum tempo e este topico ia preciar de um Ress of D00m! como o Galliun fez em Guerra Santa (ou foi em Nirvana?).

No mais otima historia, espero que o proximo capitulo nao demore tanto.

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Capítulo 2 – E na clareira ali, que ela brotou.

 

 

 O sol do meio-dia já brilhava no céu, o calor cada vez mais forte chagava aos poucos, logo seria a estação das chuvas e muitos se preparavam para o início da semeadura.

 Payon era uma jóia em meio ao verde, esta cidade, diferente das outras, sobrevivia especialmente da colheita anual, apesar de ser uma cidade localizada em meio as planícies, muitos viajavam lá em busca de frutas e verduras frescas. Mas outra coisa que movia sua economia era os trabalhos oferecidos pelos caçadores em troca de recompensas.

 Sophia mais uma vez estava ajudando nos afazeres da casa, enquanto seu pai ficava o dia inteiro na lavoura, a garota e sua irmã ficavam em casa ajudando sua mãe.

 Enquanto Cecília lavava as roupas, Sophia e sua irmã Himiko preparavam o almoço, ambas gostavam de fazer aquilo, para elas era o mesmo que brincar de casinha, mas com ingredientes de verdade.

 

-Himiko, você poderia mexer aqui enquanto descasco as batatas? – perguntava para sua irmã.

-Claro, afinal estou aqui para isso! – respondendo com um sorriso.

 

 Ambas possuíam um forte laço afetivo, uma sempre completava a outra, quando uma ficava triste a outra estava lá para consolá-la, Himiko era a irmã caçula, tinha os cabelos curtos e negros, que se mantia em um charmoso chanel que a fazia adorável.

 Apesar de ser a mais nova, ela estava crescendo, já estava quase alcançando a altura da irmã, esta no entanto não cresceria mais, pois já havia alcançado sua maturidade. Sophia nos seus pequenos um metro e cinqüenta e cinco, ainda dava leves batidas na cabeça da irmã, sempre alegando que logo não poderia mais fazer isso.

  Sophia tinha as madeixas com a mesma cor das folhas, eles pendiam até a metade de suas costas, seus olhos possuíam um tom violeta bem intenso, que davam um ar de mistério para aqueles olhos, diferente da irmã que tinham os olhos ocres da mãe.

  Sophia não se importava muito com as vestimentas, sempre vestia algo simples, que não chama-se a atenção das pessoas, Himiko no entanto adorava vestir roupas diferentes, até mesmo para limpar a casa se vestia com estilo.

 

 A refeição para o almoço já estava anunciada, logo Cecília estaria chegando para servir a mesa com as garotas e Takashi logo também estaria presente.

 Assim que a mãe de ambas adentrou o aposento, via-se que não seria mais necessário sua ajuda, tudo já estava certo nos seus devidos lugares, Takashi também já estava dando sua presença.

 

- Mas vejam só! – dizia o pai com entusiasmo – Cecília, acho que você já perdeu seu posto na cozinha – olhando para ela.

- Heh, acho que sim querido – sorrindo Cecília.

- Bem, acho que só olhar não basta, vamos logo nos servir! – sentando-se na mesa.

  

 Assim todos se serviram, como sempre o cozido de batatas com carne de lunático estava deliciosa, assim como tudo sobre a mesa. Durante a refeição Takashi comentou sobre um bardo que estava visitando Payon, mas que não ficaria muito tempo, logicamente as meninas ficaram interessadas em fazer uma visita até ele.

 

 Após a refeição Cecília levou a dupla até o bardo, como de costume, ao seu redor havia uma pequena platéia, o bardo tinha uma aparência interessante o que era outro costume para os bardos.

 Uma pequena franja pendia sobre seu rosto, cobrindo seu olho esquerdo, estas mechas eram castanhas como o de um forte carvalho, seus olhos pequenos mas afiados lembravam os mesmo olhos dos desenhos das nove caudas que havia em Payon.

 Com uma folha em sua boca e um fone em sua cabeça, lá estava ele contando histórias e mais histórias sobre Rune-Midgard. Sophia e Himiko se sentaram timidamente em um canto da multidão.

 -Então?! – gritou o bardo – quem será que vou escolher para me dar um tema? Vamos veeer.....hmm.....você! – apontando para Sophia – me dê um tema para eu, Deja Vu, conte para vocês.

 Sophia por um momento corou, então sem pensar muito escolheu sobre as classes de Rune-Midgard.

-Aaaah siiim – disse Deja Vu descontraído – Então a pequena dama quer ouvir sobre as classes? Bem se assim deseja madame, lhes direi sobre as classes.

 

 Assim Sophia ouviu sobre as várias classes que habitam aquele mundo, ela ouviu sobre classes que não quiseram mudar, sobre alguns que defendem a honra com a lâmina da espada, aqueles que vivem nas sombras, sobre aqueles que criam tudo apartir do nada e sobre aqueles que vivem da arte.

 Cada vez que o ouvia, mais ficava fascinada, queria saber mais sobre eles, mas ela se conteve em uma única classe, os Sábios.

 

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Heh, em um mundo onde podemos explodir tudo com as mãos, treinar novatos não é uma tarefa fácil, e quem disse que vou dar aulas quando for catedrática?

E desculpe pela demora deste capitulo, você sabe né? Férias, ficar longe do pc por um tempo é bom, mas a partir de fevereiro vou tentar publicar com mais frequência os capitulos ^^;;;

E obrigada pelo elogio ^^

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Heh, em um mundo onde podemos explodir tudo com as mãos, treinar novatos não é uma tarefa fácil, e quem disse que vou dar aulas quando for catedrática?

E desculpe pela demora deste capitulo, você sabe né? Férias, ficar longe do pc por um tempo é bom, mas a partir de fevereiro vou tentar publicar com mais frequência os capitulos ^^;;;

E obrigada pelo elogio ^^

E manter nosso bate-papo por PM, rola?

No mais gostei sim, especialmente por mostrar que ninguem nasce sabendo atirar com arcos

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Os  Pássaros cantavam

fora da catedral, uma tarde quente e confortável agraciava a capital naquele

dia, raios de luz se tingiam de várias cores assim que atravessavam os vitrais

daquela sala, um tapete vermelho gasto com a idade se estendia pelo salão.

 

 

 

  O salão onde ficava

o altar estava vazio, exceto por uma figura de cabelos prateados e vestes roxas

se sentava em um dos bancos da catedral, seus olhos estavam fixados no nada,

como se sua mente estivesse no mais completo vazio mas não era exatamente isso

que ela fazia.

 

 

 

 Morte, desespero,

tristeza e o mundo.

 

 

 

Era isso que passava na sua mente, sobre como era o mundo

real.

 

 

 

 

 

Capítulo 39 – Apresentação

 

 

 

- Sophia Asagao?

 

 

 

A sábia olhou para quem lhe chamava.

 

 

 

- É a nova Doutora aqui certo? Eu irei lhe ajudar enquanto

trabalhar aqui, sou Helena. – Disse com tom forte.

 

 

 

Sophia estava em uma sala de parede escuras sem nenhum

capricho, estava aguardando as suas tarefas no laboratório, ou pelo menos ela

achava isso.

 

 

 

 - Irei lhe levar até

seu dormitório, por favor me siga.

 

 

 

A mulher de cabelos negros como a noite e firmemente presos

em um coque andava com certa pressa, a sábia a seguia sem lhe questionar e no

mesmo ritmo. A senhora que estava seguindo tinha expressões fortes no rosto,

como aquelas professoras rígidas, um pouco maior que Sophia ou diga-se de

passagem o tamanho normal para uma mulher.

 

 

 

Ela aparentava já certa idade, talvez trinta ou mais, era

certamente mais velha que a sábia com seus trinta anos, um jaleco branco que

cobria uma blusa de gola alta vinho e uma saia que ia até os joelhos tão pretos

quanto seus cabelos.

 

 

 

Meias escuras e sapatilhas, um kit completo de professora,

era como se ela fosse um estereótipo ambulante se não fosse pelo lugar e

situação.

 

 

 

No laboratório de Somatologia haviam lugares que podiam ser

facilmente confundidos, nenhuma decoração para lembrar de pontos específicos do

prédio, todas as paredes eram iguais, piso, máquinas, lustres, era fácil se

perder.

 

 

 

 Sophia foi

apresentada a um quarto de duas camas, um armário, uma escrivaninha e  nada mais, ela seria a única que ocuparia o

dormitório, a senhorita acomodou sua bagagem no chão próximo a cama e se sentou,

não era muito confortável mas era o suficiente.

 

 

 

 A mulher de jaleco a

olhou com severança, disse para se arrumar que em breve ela começaria a

trabalhar, e assim fez a sábia.

 

 

 

Apesar de assustada, a sábia tentava se controlar das

melhores maneiras possíveis, enquanto vestia sua roupa de trabalho repetia toda

hora pra si mesma que logo estaria com sua família e que poderia viver uma vida

tranqüila ao lado deles, mostrar até onde chegaste e ganhar a honra e mérito de

seu pai.

 

 

 

De vestes padrão, um jaleco impecável, uma camisa branca de

gola alta e uma legging preta, aparentemente se vestir daquele modo era

realmente o uniforme, sendo que não era necessariamente exigido um, somente o

jaleco.

 

 

 

Do lado de fora da porta uma voz a chamou, com um suspiro

longo ela se levantou e caminhou para fora do dormitório.

 

 

 

Novamente Sophia seguia Helena sem questionar nada, a

doutora a guiou até uma outra porta, curiosamente a mulher de cabelos negros

segurava um casaco azul em suas mãos, só pela cor dava para saber que era

encantado com cavalo, a sábia estava curiosa mas não fez questão de perguntar.

 

 

 

Helena parou na frente da porta e lhe entregou, pediu para

que entrasse e que não falasse nada e assim ela o fez.

 

 

 

Sophia abriu lentamente a porta mas que foi empurrada com

força por uma forte corrente de vento, na sala uma forte ventania assoprava,

pequenos flocos de neve se misturavam ao vento fazendo-o ficar tão frio quanto

o inverno de Lutie, a nevasca que caia era capaz de congelar até mesmo o mais

quente dos golens de magma mas ele não o fazia.

 

 

 

Sophia fechou ainda mais o casaco no seu corpo, como um

fenômeno da natureza com tal força estaria sendo formado em uma sala fechada

como aquela? Se perguntou a senhorita.

 

 

 

 Ela forçou mais a

vista e tentou adentrar mais na sala quando repentinamente a nevasca se sessou,

Sophia olhou rapidamente para os lados e viu Katheryne, a mesma que lhe ensinou

a ser mais forte e que encontrou na praia de Kokomo.

 

 

 

 A senhorita sorriu e

se sentiu feliz, não esperava que um rosto familiar estivesse em um lugar como

aquele, mas antes mesmo que ela pudesse falar algo, um dardo voou na direção da

nuca da arquimaga e a fez desmaiar.

 

 

 

 Sophia olhou para os

lados e viu Shag e mais uma doutora se retirarem do local, Sophia tentou

perguntar algo, mas foi impedida por Helena que lhe fechou a boca e a segurou,

a sábia em completo desespero lhe mordeu a mão que com a dor a libertou.

 

 

 

- Doutor Shag!! Por que fizeram isso com ela? – gritou

Sophia.

 

 

 

 Mas ela não obteve

respostas, o criador somente continuou seu caminho, a senhorita olhou para os

lados e viu um outro corpo que jazia no chão, este estava congelado pela nevasca

que a sua mestra fez, uma sumo sacerdotisa de cabelos dourados.

 

 A sábia não sabia o

que fazer, tomada pela adrenalina do momento sua vista estava embaçada, sua

respiração difícil, seu corpo estava paralisado mas ao mesmo tempo queria fazer

algo que era fugir dali.

 

 

 

 De um lugar estratégico,

um dos ajudantes do doutor Shag se revelou, caminhou até ambos os corpos e

levou na mesma direção que o criador havia saído.

 

 

 

A senhorita não teve tempo de dizer uma palavra, de sua

garganta nada saia, ela ficou ali, olhando sua mestra ser levada e sem nenhuma resposta

do que estava acontecendo.

 

 

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