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Buquê de flores


Zero Dozer

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Assim Sophia encontrou um lugar para desenvolver suas habilidades, assim como havia encontrado uma nova companhia, que haviam lhe dado um pouco mais de felicidade no seu coração. 

 

 

Muito fofo isso^^

 

Querida Momo, só toma mais cuidado pq alguns deslizes no português passaram desapercebidos.

 

Abraços, Nanyu

Argh, só agora que eu vi +_o, odeio quando erro, e obrigada por me avisar ^^;;;

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Capitulo 9 – Cartas para ninguém.

 

Há dias não via mais a luz do sol, a caverna era úmida, o que fazia seu clima ser um pouco frio, as paredes médias da caverna possuíam tons sombrios, igual as das histórias de terror contadas por senhoras para seus netos. O cheio de característico de peixe era evidente, que chegava a ser irritante para as narinas, o som da água pingando era uma melodia, mas como também um estorvo.

 As suas violetas pupilas haviam se acostumado com a escuridão de Byalan, há dias estava lá com seu amigo de viagem, Shadow Sword, ambos estavam um bom tempo juntos, a dupla ajudava um ao outro em seus treinos, enquanto um atacava diretamente a presa, o outro se concentrava em ataques a longa distância.

 Sophia, apesar do grande trauma com magias de fogo, com o tempo conseguiu controlá-lo, as luvas que lhe foram dadas, eram propositalmente grossas para proteger de eventuais queimaduras ou congelamentos das magias instáveis.

 Com a ajuda do seu amigo espadachim, a jovem maga pôde treinar em lugares em que magos comuns não conseguiriam, Fumacentos e Marinas eram criaturas muito rápidas, fazendo com que a conjuração das magias fossem interrompidas pelos constantes ataques destas criaturas.

 Mas não era só Sophia que evoluía, o jovem espadachim também seguia o mesmo ritmo, não eram raras as vezes que se via Shadow Sword se esquivar de várias investidas das Marinas translúcidas, mas não só de esquivas se fazia este espadachim, ele sabia onde atingir o adversário com precisão, sabia os pontos vitais e como tirar vantagens deles nos inimigos e também apesar de toda esta força ele era uma pessoa gentil de bom coração.

 E mais uma vez estavam lá treinando, mas como toda planta cresce, eles também cresceram em suas habilidades, e a ilha já não era mais um desafio.

 Assim ambos decidiram partir para outra localização, Byalan infelizmente não oferecia mais o desafio que eles buscavam no seu início, agora eles queriam algo mais. Então, a dupla havia decidido que passariam mais uma noite ali, e que sairiam no dia seguinte de manhã.

 

 As estrelas brilhavam intensamente no céu noturno, a ilha apesar de ser noite, havia vários aventureiros acampados perto da entrada da caverna, muitos seguiriam dentro da caverna em busca de novas aventuras, e por que não de tesouros?

 Shadow havia montado uma barraca simples, só de improviso, pois eles só a usariam por uma noite, Sophia fez questão de preparar a refeição daquela noite, era um caldeirão médio, com uma vistosa e cheirosa sopa de cogumelos, o bastante para os dois.

 Assim, depois de um dia exaustivo, Shadow e Sophia se deliciaram com a sopa, que mesmo faltando sabor, estava boa.

 Depois da refeição a dupla ficou observando a fogueira que espalhava pequenas estrelas no ar fresco da noite, foi então que o espadachim soltou um diálogo.

-         Ahh....como estava boa a sopa, mas só faltou um pouco mais de tempero....

Sophia o olhou com desdém.

-         hunf! Faça melhor na próxima. – com uma expressão arrogante.

 Shadow a olhou e soltou um leve sorriso, que foi recebido por outro de Sophia, então ele continuou a falar.

-         Para onde iremos amanhã? Ouvi dizer que as minas de carvão é um bom lugar para treinar, o que você acha? – olhando para Sophia.

 Por um breve momento a maga ficou em silêncio, então ela o olhou com olhos um pouco estranhos e respondeu.

-         Eu...eu não vou poder ir com você – disse receosa.

-         Por que? – retrucou Shadow assustado – aconteceu algo? Me fale.

-         Logo a prova de admissão na Academia dos Sábios vai ser realizada e....- Sophia desviou o olhar com timidez.

-         E?....

-         Eu tenho que estudar, até agora só treinei a parte prática, mas preciso estudar sobre certas coisas que com certeza não sei....

 Por um momento o silêncio perpetuou na cena, Shadow a olhou com expressão de ternura e lhe desejou boa sorte, em seguida se retirou para a barraca para dormir.

 Sophia foi deixada ali na fogueira, ela a olhava com intensidade, não queria deixar o amigo, mas não tinha escolha, aquilo era importante para ela.

 

Na manhã seguinte ambos partiram para Izlude, assim que tocaram os pés no chão da cidade, eles se abraçaram, fizeram promessas de sempre mandarem cartas uns para os outros e desejaram boa sorte.

 Com aquilo Sophia se sentiu um pouco mais aliviada, pelo menos não estaria abandonando o amigo, pelo menos teria um contanto, mesmo que a distância, então dando um profundo suspiro, a jovem maga seguiu para seu próximo destino, Juno.

 

 Infelizmente sem dinheiro, Sophia caminhou até Al De Baran, de lá decidiu pagar pelo serviço de transporte das Kafras, pois sabia que a caminho de Juno havia várias criaturas hostis, e ela não queria arriscar sua segurança.

 Apesar de estar mais rápida, a viajem durou 2 semanas, o que deixaram a jovem paranóica, pois sabia que neste meio tempo poderia estar adiantando a matéria que precisava para o teste.

 Assim finalmente Sophia chegou a Juno, a cidade era exuberante, assim como todos a descreviam, vários prédios ornamentados com detalhes típicos da cidade, na maioria eram todos centros de estudos, a céu azul destacava ainda mais os prédios de cor ocre cinzenta, as folhas vermelhas passavam a impressão que era outono, mesmo sendo primavera agora.

 A cidade de Juno era diferente das outras, não havia o mesmo rebuliço de Prontera, ou pessoas sentadas nos gramados de Al De Baran, mas sim uma serenidade única, que era impossível descrever em palavras.

 A plano de Sophia era justamente estudar na biblioteca que havia nesta cidade, mas antes de mais nada ela tinha de procurar um lugar para ficar, o que seria um pouco complicado. Sem dinheiro e sem nada, a única coisa que ela podia fazer era apelar para um trabalho temporário, talvez ela conseguiria algo na estalagem até juntar dinheiro o suficiente para ter uma casa só dela.

 Assim foi ela, por sorte, a dona da hospedaria era uma pessoa boa, e a deixou ficar ali em troca de serviços prestados na hospedaria, mas a alimentação ficaria por conta dela. Então dia após dia Sophia estudava até a exaustão na biblioteca, tanto que fez amizade com o dono de tanto que freqüentava o local.

 E todos os dias Sophia mandava uma carta para Shadow, nelas ela descrevia como era seu dia, como tudo teve sorte mas as coisas não eram assim tão fáceis, primeiramente as cartas eram respondidas com entusiasmo, por meio delas, a jovem soube que seu amigo virara um honroso cavaleiro, Sophia ficou contente com a noticia, mais e mais ela ficava excitada com a chegada do dia da prova.

  Com o passar do tempo as cartas se tornaram escassas, cada vez mais as cartas que recebia tinham respostas rápidas e sem graças, diferente das que recebia primeiramente.

 Um pouco preocupada, a maga não sabia o que fazer, estava preocupada com o amigo, talvez ele estivesse doente ou pior! Mas ao mesmo tempo não queria sair de Juno, pois o tempo era vital para ela, mas Shadow também era importante. Sophia decidiu ir até Prontera, onde seu amigo espadachim se encontrava, mas o que esperava Sophia não era uma recepção calorosa, muito menos hostil, era algo pior.

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Algumas eu aprendi, Ego amoris Te eu aprendi, já o texto do começo é uma música que existe, foi ele que me mostrou esta música e nunca mais parei de ouvir ela xD.

O nome dela é Lilium, se quiser te passo o link ;), lembre-se que tudo o que eu coloco aqui, nada é por acaso.

   

Me manda plxxx o link ^^

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@Khelek

Sobre meu papi ter ficado nervoso, é só ler o capitulo =3.

Eu já li,ele só não queria que ela se aventura-se por aí...

E o que levaria a essa decisão?Preocupação de perde-la?Se for,eu acredito que dar um tabefe e mandar ela embora é bem pior do que se ela fosse virar Sábia com permissão. [/sono]

Anyway,não precisa me dar satisfações,só foi minha opinião.

P.S:Belo capítulo,esse último [/ok]

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Eu procurei uma música

Para mostrar istoMas aquilo não era meu.  

 Tentei lembrar de um sonho

Para poder sentir teu toque Mas não era o suficiente.  

 Li um texto nosso

Para me lembrar daquele dia Mas aquilo só me apertava o coração.  

 Esta prosa é feita por mim

Por sentimentos e sorrisos Mas também por lágrimas.  

 Você que me ensinou a chorar

A respirar, viver

E principalmente a amar...

  Capítulo 33 – Kerd Draloth 

 

 Dias se passaram desde que Sophia entrou para o Chama Prateada, neste meio tempo além de aprimorar suas habilidades, ela havia também participado de várias aventuras, todos no clã eram pessoas interessantes, mas as vezes de tendências duvidosas. 

 E a sábia não era exceção, Sophia apesar de ter permanecido tempo o suficiente ali para firmar laços de amizade, ela não confiava em ninguém, toda hora em sua mente martelava a idéia de que “algum dia, eles vão me apunhalar”, ela só estava ali para quando precisasse, usar eles como entendesse. 

 O ponto de encontro do clã estava pouco movimentado, fazia calor, o suficiente para deixar os lábios secos, hoje a senhora não se encontrava em frente ao monumento, mas sim embaixo de uma árvore, apesar de ter passado um tempo em Kokomo, ela ainda não agüentava aquela temperatura. 

 Sophia mantia-se com os olhos fechados, estava cansada, pois havia voltado de sua viagem, o que era de certo exaustivo, ela ouvia os passos das pessoas ao longe, vozes animadas conversando sobre trivialidades e alguns Peco-pecos, foi então que ao seu lado ela escutou um som metálico e pesado. 

  A senhora não se moveu, permaneceu parada como uma estátua, então o barulho cessou e um leve vento lhe tocou, uma pessoa havia sentado ao seu lado. 

 Como de costume, Sophia entreolhou a pessoa ao seu lado, ele vestia uma armadura pesada, por baixo dela uma roupa de tecido celeste para proteger a pele, grudada na cintura sua fiel espada, aos pés seu elmo de osso que já estava gasta pelo uso constante e a expressão tranqüila como de costume. 

 Sophia sabia quem era, mas permaneceu em silêncio.

 - Putz, que quente hoje, ainda bem que estou acostumado com o calor senão já teria assado nesta armadura, você tem sorte em usar este uniforme... – Disse Kerd olhando para a sábia. 

 Sophia corou um pouco e novamente fechou sua sobrepeliz para esconder o busto. 

- Ainda não sei por que temos que usar isto... – reclamou baixo. 

O templário somente deu um sorriso descontraído e olhou para o céu. 

- Bastante tempo que não nos vemos não é? Você andou sumida Soph... 

Assim que o jovem disse aquela palavra, a sábia se virou nervosa para ele. 

- Não me chame por este nome!  

- E por que não? – perguntou com certa surpresa. 

Sophia desviou os olhos e falou baixinho. 

- Só minha irmã me chama assim... – Disse um pouco sem graça. 

 Kerd a olhou e deu uma risada animada e logo em seguida comentou de como aquilo era fofo, assim que terminou ele pegou seu elmo do chão, se levantou e lhe fez um convite.

 

 - Gostaria de me acompanhar? 

 Sophia permaneceu em silêncio por alguns momentos, por algum motivo aquilo lhe era muito familiar, mas mesmo assim aceitou o convite, por alguma razão, queria estar ao lado dele. 

  Era algo curioso, não exatamente naquele momento que surgiu aquela vontade, mas algo que fazia um certo tempo, a dama evitava comentar sobre aquilo, pois não sabia quais eram as intenções daquela pessoa. 

 Mas ao mesmo tempo, aquela sensação lhe matava por dentro, estava comprometida, já havia selado seus laços com Sepher, o sacerdote que partiu em uma peregrinação, mas havia um certo tempo que não recebia mais suas cartas, todas que ela mandava, nenhuma ele respondia. 

 Ainda sim amava e muito aquele sacerdote, no entanto, algo lhe chamava a atenção naquele templário, algo diferente de qualquer outra pessoa, enquanto Sophia se perdia em seus pensamentos, repentinamente o jovem lhe parou na rua e colocou sua mão sobre seu peito. 

 A senhora ficou com a face tão rubra quanto uma maçã, realmente seu coração batia rápido, mas não esperava por aquele movimento do templário, eles estavam ali, cara a cara, a dama se apoiava na outra mão que estava nas suas costas, estava congelada. 

 Por um segundo sua respiração parou, seus olhos contemplavam o rosto do jovem, cada batida que seu coração dava, ela podia ouvir e sentir, um aperto que ao mesmo tempo dolorido, era algo que lhe dava um sopro de vida. 

 Sophia rapidamente tentou se livrar das mãos do jovem, mas ele insistiu e eles ficaram assim por alguns segundos. 

- Heh, você está nervosa, consigo sentir seu coração bater forte. 

 Assim que ele falou, Kerd a deixou e seguiu em frente, chamando-a em seguida, talvez a senhora não fosse uma especialista em relacionamentos, mas sabia quando uma pessoa mostrava sinais de interesse, e sabia que aquilo foi um de muitos que ele fazia. 

 O mesmo aposento, a mesma cama e o mesmo armário, nada havia mudado naquele quarto, a não ser pelo espelho quebrado que aparentava estar ali há bastante tempo, a sábia ficou observando o objeto por um certo tempo até uma voz lhe chamar a atenção. 

- Este espelho... eu quebrei ele quando você saiu naquele dia... – Disse em tom sério. 

 Sophia não disse nenhuma palavra, ela seguiu até a janela que tinha um pouco de pó e ficou admirando a estátua de Odin no meio da fonte, novamente a mesma voz lhe chamou a atenção. 

 - Erm... Poderia me ajudar por favor? Estas armaduras são ruins de se manejar. 

 Ela o olhou com certa desconfiança, mas mesmo assim o ajudou, peça por peça ela o ajudava, eram pesadas, Sophia não conseguia se imaginar usando aquilo, muito menos lutar usando alguma daquelas peças. 

 Kerd agora só usava a roupa azul, mas logo tratou de retirar a parte de cima da roupa, deixando a mostra o peito cheio de cicatrizes, a sábia olhou por alguns instantes, mas logo desviou seu olhar para outro ponto, seu rosto novamente estava avermelhado. 

 O jovem havia mudado bastante, ela se lembra quando o viu na mesma situação, sua tez morena não apresentava nenhuma marca, mas hoje, ela estava repleta delas, mas não era somente isto que mudou, seu corpo agora era mais encorpado, mostrando como havia crescido. 

 A senhora não era diferente, seu quadril agora era mais largo, pernas grossas e bustos medianos, isto era amostra de que havia se tornado mulher, o silêncio perpetuou no aposento, nenhum deles sabia o que comentar, até que sorrateiramente o jovem se aproximou e a abraçou por trás. 

 Novamente ela havia sido surpreendida, outra vez não sabia o que fazer, estava tensa e por um pouco que ela não pulava da janela somente para evitar qualquer outro contato mais intimo 

 - Não sou bobo Soph, sei que gosta de mim, você mostra isso pra mim, mas não diz... 

 A senhora disse baixo. 

 - Eu também não sou boba, você também mostra isso pra mim, mas não por palavras... 

 Vagarosamente ela pegou nos braços que lhe laçavam, os dois ficaram parados, sem nenhum saber o que fazer com o outro, a atmosfera era abafada, e o sol fora da janela começava a se esconder, uma luz alaranjada se arrastava nas paredes velhas do quarto, naquele lugar, somente a respiração do casal podia ser ouvida. 

 Sophia se virou, o olhou e tocou o seu rosto com as duas mãos, dalí surgiu um beijo, um tão profundo, nenhum dos dois haviam dito a frase costumeira, o “eu te amo”, mas ainda sim aquele beijo era carregado deste sentimento. 

 A sábia se entregou ao templário, não sabia explicar o por quê, sabia que era errado, de que já era comprometida, mas não tinha a consciência pesada por aquilo, não queria em nenhum momento sair dali, naquela hora ela queria ser somente dele e de mais ninguém. 

----

 

 A costumeira neblina dançava nas ruas de pedra cinza da cidade voadora, era cedo, tanto que ainda se dava para se ver a esplendorosa lua no céu que mesclava um azul sombrio com outro mais claro. 

 Apesar do inconveniente, o carteiro tinha que entregar a carta para onde era endereçada, havia recebido ordens para entregar nas mãos de quem ia receber, sonolento, ele bateu a porta da pequena casa, mais alguns outros toques, mas ninguém atendia. 

 Sem escolha ele a colocou em baixo da porta e a empurrou, a carta de envelope branco colada com uma substância pegajosa ficou ali, no chão sujo pelo tempo, a casa simples agora era moradia de aranhas e de outros insetos, a cama e a estante permaneceram ali, testemunhas do tempo, nada era tocado pelo dono há meses, e nem seria mais. 

 No papel pálido que envolvia a carta havia somente um nome. 

 Para Sepher Engelwurz.

 

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Capitulo 22 – Dança dos Sonhos Despedaçados

 

-Karini? Karini!

-Ahm, sim? - respondeu Karini.

-Vamos lá, temos que pensar em um nome legal, um nome que todos quando virem chamará a atenção. - Disse Digo.

Karini naquele momento estava avoada, por algum motivo lembrou de seu passado, tinha saudades daquela época, um tempo inocente e sem malícia, onde status e beleza não significavam nada.

Onde estaria Erika agora? Se perguntava, a jovem ainda se lembrava daquele dia em que se separaram para sempre, quando seu título de Dália havia sido tirado em um único momento.

 

-Por favor, me deixe fazer parte de seu grupo! - implorou Karini.

Anzu a observou com olhos críticos, o silêncio permaneceu por breves instantes.

-Claro que sim querida, aliás, iremos a uma festa hoje a noite, não quer nos acompanhar? - disse Anzu.

A jovem Dália com os olhos iluminados aceitou o convite sem pensar duas vezes.

 

O som da música era ouvido por todos os lugares, pessoas simples e aventureiros cansados se deliciavam com os aperitivos e bebidas diversas, odaliscas e bardos faziam suas apresentações em palcos de madeira cheirosa, flores faziam parte da decoração, assim como os coqueiros.

Todos se divertiam com as piadas dos bardos ou com as histórias contadas pelas odaliscas, nenhuma alma se sentiria isolada naquele local.

E como sempre Anzu estava naquele local, junto com as suas companheiras, entre elas estava a dama de cabelos rubros. As jovens que formava o grupo não se sentiam bem perto dela, era evidente o nojo que demonstravam a ela, todas mostravam menos Anzu.

A Dália roxa na verdade era a que mais ficava ao lado de Karini, colocando-a nas conversas, dançando, rindo com ela. Karini até aquele momento não entendia o que estava acontecendo, Anzu sempre a tratou mal, a odiava por ser a preferida entre as professoras mesmo não sendo bonita.

A festa havia alcançado seu auge, agora as luzes haviam enfraquecidas e uma música menos movimentada havia sido iniciada. Em meio as sombras, Anzu se aproximou de Karini, ela sussurou algo em seu ouvido e apontou para um aventureiro, um caçador para ser mais preciso.

A jovem corou, ninguém ouviu o que a moça sussurrou em seu ouvido, mas foi algo que mexeu com Karini.

Silenciosamente a jovem Dália foi até o caçador, ambos se cumprimentaram e em seguida uma conversa agradável foi realizada, infelizmente aquela pessoa não estava lá somente para conhecer a moça.

Sem perceber Karini foi levada a um lugar mais isolado, nenhuma alma viva se fazia presente, só ela e o caçador.

Sem nenhum aviso, o jovem a prendeu contra a parede, Karini não ofereceu resistência, mas no fundo queria fazer algo.

Pouco a pouco o jovem avançava mais, a Dália naquele momento só fazia o que lhe fora pedido, uma noite com um homem para ganhar a confiança de Anzu.

E assim se seguiu, uma noite que devia ser de prazer, havia sido de dor, Karini no fundo queria chorar, mas não podia.

O caçador ainda continuava com os movimentos mêcanicos, até que uma pessoa se apresentou.

Era da mesma classe que o homem mas em trajes femininos, um olhar critico e cabelos curtos rigorosamente cortados, era Ellenore e havia flagrado Karini em um ato desprezível.

- O que está olhando homem imundo? Suba estas calças e sai daqui já! - trovejou Ellenore. O jovem sem pensar duas vezes correu mesmo com a roupa solta. - E você jovem, temos que conversar, o que você fez é algo muito grave...

Ellenore levou Karini até uma sala, nesta sala a mesma odalisca que as recebeu no ínicio estava lá sentada e encostada na parede Anzu com o mesmo olhar malicioso.

- Então Ellenore. - disse com calma a odalisca. - era verdade?

-Sim minha senhora, ela infligiu uma das regras de nossa guilda.

A senhorita olhou a Dália vermelha com olhos severos.

-Eu falei que ela não prestava, só foi ela ir para uma festa que correu atrás de um homem como uma gata no cio.- falou Anzu.

Karini a olhou com extrema raiva.

-Mas não foi eu, eu fui mandada a fazer isto, não foi minha culpa!! - gritou Karini.

-Sendo ou não sua culpa, uma regra que se faz clara nesta guilda é que nenhuma Dália pode ser tocada antes de se tornar uma Rosa, nenhuma. - disse a líder secamente.

-O que faremos com ela senhorita? - perguntou Ellenore.

-As regras se fazem claras, Karini, hoje no seu ato, você perderá o status de Dália, não será mais permitido que você retorne a esta guilda e nem mesmo a esta cidade. - disse com firmeza a odalisca.

 

A jovem ainda se lembrava das palavras ásperas que lhe foram dadas, o mundo havia desabado para ela, ter se tornado uma odalisca era algo que mais desejava, e em uma simples noite ela havia perdido tudo. Como queria ter voltado no tempo para corrigir o que fez, mas agora era tarde.

Naquele dia ela havia se dirigido a sua cabana, pegou tudo que lhe pertencia e passou seus dias na caverna ao lado de Comodo, ficou lá até o dia em que as Dálias cresceram em Rosas Brancas, tanto Erika e Anzu estava belas em seus novos trajes de odalisca.

Ela se lembra como olhou com tristeza para elas, Karini tinha certeza que teria sido diferente, mas não foi como queria, agora ela não era nada e não poderia voltar para casa com o que havia feito.

Então depois de um tempo, a jovem decidiu se tornar uma barda, ela tinha os conhecimentos ainda consigo, algo que ninguém poderia ter lhe tirado, com tecido amarelos ela costurou uma traje para ela, um pano róseo se prendia a sua cintura e bijuterias de pouco valor.

Com as técnicas de desenho que havia aprimorado, ela conseguiu o dinheiro para sua sustentação e mais tarde realizava apresentações simples. Mesmo tendo sido expulsa da guilda, Karini aprimorava suas técnicas, suas danças agora era mais bonitas, assim como o seu escândalo era mais potente.

Depois daquela época, a jovem não viu mais Erika nem Anzu, mas ela ouviu boatos de que Anzu se tornou uma traficante de mulheres e que Erika não havia sido poupada.

Como eu havia sido ingênua. - falava consigo – ela havia aprendido que não se devia confiar nas pessoas, pois estas sempre atacavam pelas costas, mas ao mesmo tempo que pensava nisto, Karini ainda acreditava que poderia encontrar algo que pudesse preenche-se esta dor.

A jovem jurou pelo punhal que carregava consigo que nunca mais se entregaria a uma pessoa, e que faria as pessoas ao seu redor felizes, algo que não conseguiu com Erika.

 

Karini deu um profundo suspiro e olhou para as pessoas que estavam naquela roda de conversa e disse para si mesma – Sim, tenho certeza que ainda vale a pena...

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Você sabe de onde realmente vem este poder Sophia?Bem todos nós que usamos a magia a temos um pouco dentro de nós, mas existe uma pequena diferença de como nós a usamos, o verdadeiro poder vem da palavra...

 

As palavras são correntes poderosas, elas podem nos prender e ao outros também, uma vez lançadas não podem mais serem recuperadas, elas podem tanto construir quanto destruir.

 

A arte é composta por palavras, mesmo as artes visuais as possuem de forma sutil, prosas, poemas, canções, todos utilizam este poder, o mesmo se impõem a nós usuários de magia, para conjura-lás temos que recita-lás, somos quase um bardo, utilizamos desta corrente para canalizar nosso poder, portanto a magia é uma arte e não algo bruto para ser usado rudemente e sem talento.

 

Capítulo 32 – Twilight Knights

 

- Momo... acorde, Momo! – dizia uma voz preocupada.

 

A jovem aos poucos abriu os olhos, a luz do astro rei lhe cegava levemente, o barulho dos passos furiosos na rua lhe incomodavam, não fazia idéia de quanto tempo permaneceu ali deitada, talvez fossem minutos, horas, mas na verdade haviam sido dias, a jovem de cabelos prateados estava imunda, as roupas sempre limpas agora apresentavam várias manchas de barro e sujeira, os cachos uma vez sedosos e penteados estavam desarrumados e mal cheirosos, aquela pouco se parecia com a Momo que BT conhecia.

 

A jovem recém formada sacerdotisa estava sentada em um beco qualquer, olhava para o céu como se quisesse encontrar algo mas nada surgia, seus olhos antes vívidos agora se mostravam vazios, nada para ela importava, em seu colo ainda estava a roupa de coloração roxa, Momo desprezava tal uniforme, pois se lembrava de seu sonho.

 

Quantas noites ela não desejava aquilo? De se ver com aquela pessoa, com Sepher, o motivo dela estar ali em Prontera, de ter se tornado uma sacerdotisa, havia tudo sido por causa do sacerdote, mas que recompensa ela ganhou por tudo isso? O motivo de sua vida havia vazado de suas mãos, assim como a areia fina do deserto.

 

O mercenário a olhava com tristeza, não sabia que a sua amiga havia retornado tão cedo da peregrinação, não fazia idéia do que havia acontecido, muito menos que Momo estava tão abalada, se sentia culpado por não ter chegado mais cedo para dar apoio àquela pessoa.

 

- Momo, vamos, levante-se, vamos para casa, tenho certeza de que você quer descansar, vamos... – disse enquanto pegava delicadamente sua mão.

 

A jovem por sua vez não respondeu, continuou como estava mas depois de alguns minutos ela começou a soluçar e pesadas lágrimas caiam de seus olhos cinzentos, como uma criança ela gritou e se esperneou no chão.

 

BT sem alternativas a pegou nos braços e a levou para casa.

 

----

 

Novamente de roupas e aparência limpas, a jovem estava sentada em um cadeira próxima a janela, o lugar que sempre ficava nas noites em que acompanhava BT no fogo da lareira, mas desta vez não estavam conversando ou lendo um livro, desta vez ela fitava as nuvens brancas do manto celeste.

 

- Estou... com fome... - Disse Momo virando seu rosto vagarosamente para seu amigo.

 

O Mercenário a fitou com olhos tristes, nem mesmo o seu tom de voz era o mesmo, aquilo o desanimava de tal forma que seu corpo se sentia mais lento, suas mão pesadas e suas pernas como se estivessem presas a grilhões, ele se perguntava se aquilo tudo era por causa daquela pessoa.

 

- Eu... já volto. - disse o jovem enquanto saia do aposento.

 

Sem muitas delongas, o jovem havia retornado para casa, em seus braços uma sacola com vários quitutes, ele sabia como a sua amiga possuía uma fome imensa, e tinha certeza que logo voltaria ao normal com uma boa refeição. Mas não foi assim.

 

Por mais alguns dias a jovem permaneceu sentada ao lado da janela, fitando o mesmo céu, seus olhos pediam algo para aquela imensidão, mas o que era, nem mesmo ela sabia, BT se aproximou dela, se abaixou até ficarem no mesmo tamanho e disse em tom preocupado.

 

- Momo, não quer sair um pouco? Vamos fazer algo diferente, algo que a gente nunca fez, sei que vai se animar, continuar assim não vai adiantar de nada...

 

A jovem o fitou por alguns instantes e desviou seus olhos para o chão, olhando para o vazio, nada saia de seus lábios, somente o silêncio deprimido que perpetuava no cômodo. BT naquele momento não hesitou, seus olhos verteram pesadas lágrimas, não agüentava vê-la assim, cada dia que se passava, aquilo consumia mais e mais seu coração.

 

- O que seria? – surgiu repentinamente a pergunta.

 

BT a olhou rapidamente com esperança nos olhos.

 

- Venha comigo e te mostrarei! – Disse o mercenário mais animado.

 

--

 

- TODOS PARA O PRÉ CAST AGORA!!

 

Comandou uma voz grave e assim todos os bruxos o fizeram, naquele corredor estreito, mal cabiam todos, o chão com azulejos de tom âmbar e barreiras feitas de bambu, aquele era algo comum nos feudos de Payon.

 

Todos estavam tensos, pela primeira vez conseguiram o que muitos cobiçavam, o Palácio do Sol e logo seus antigos donos retornariam para o ter de volta, mas não seria sem luta.

 

Eram em um número menor, ter conseguido invadir e tomar o palácio havia sido quase um milagre, mas que havia acontecido, a atmosfera presente na sala era densa, todos se encontravam nervosos, era quase possível escutar as batidas do coração de cada um que se fazia presente, em uma melodia ritmada inspirada pela guerra.

 

Assim todos em sua formação esperaram pela chegada do inevitável, com o portão fechado para pelo menos atrasar um pouco mais o que era esperado, cada bruxo, templário, sacerdote os aguardavam.

 

E então baques ocos tocaram no portão,

 

Um toque,

 

Dois toques,

 

Três toques,

 

Até que a madeira estourou fazendo com que vários fragmentos voassem, e assim, gritando com toda a vontade que possuíam, eles adentraram a sala.

 

Cavaleiros e Templários tomaram a linha de frente, tentavam de todas as maneiras bloquear a passagem, mas alguns mais astutos conseguiam passar por eles, esguios e sorrateiros, assassinos e arruaceiros conseguiam passar pelos lerdos protetores.

 

Os bruxos acompanhados dos monges faziam o que podiam para detê-los, alguns conseguiam acertar os invasores com seus trovões e nevascas, mas eram poucos, já os guerreiros sagrados corriam para cima deles com tudo, mas eles eram mais rápidos.

 

Um a um foram caindo no chão, o som oco dos corpos era produzido com a queda, o cheiro do sangue que molhava os já amarelos azulejos do Palácio do Sol era visto, sacerdotes rogavam suas preces próximos a pedra brilhante, e os que protegiam o mineral estavam trêmulos, alguns regurgitavam de tão nervosos que estavam, outros no entanto mantiam a cabeça erguida como leões orgulhosos.

 

Momo estava entre eles, diferente de antes, a guerra havia lhe dado um novo sopro de ânimo, apesar daquele ambiente hostil e caótico, ela se sentia bem, gostava da emoção que aquilo lhe proporcionava, da tensão de como seria o fim daquele ato, era uma sensação de Dejá vu que ela não sabia como explicar.

 

Os gritos podiam ser ouvidos de onde ela estava, berros de dor e sofrimento, alguns até choravam mas logo eram silenciados com um golpe, sons de passos se faziam cada vez mais altos, Digo, o líder dos Twilight Knights, estava ali, pronto para qualquer investida ao Emperium.

 

E então eles chegaram, Pitolomeu rapidamente conjurou uma nevasca para congelar os invasores, mas de nada adiantou, eles estavam protegidos pela essência do Cavalo Marinho, o líder se pôs na frente e começou a trocar golpes com um cavaleiro de cabelos ametistas enquanto Rodrigo Marr, um mestre ferreiro, tentava impedir mais pessoas, mas não era o suficiente, um assassino correu como pôde até o minério dourado e ali ele ficou por alguns minutos, o admirando.

 

A sacerdotisa de cabelos prateados não pensou duas vezes, conjurou uma de suas magias mais poderosas, o Santuário, que era capaz de restaurar a pedra, o jovem irritado com sua intervenção caminhou até ela.

 

- Então senhorita, acho que seu poder não é mais necessário aqui, vou ter que te descartar... – disse com um sorriso intimidador.

 

A jovem não sabia o que fazer, não sabia lutar, muito menos se esquivar, passo a passo ela andava para trás, até que foi encurralada na parede, com os olhos cheios de desespero ela se sentou, cada vez mais o inimigo se aproximava dela, com a expressão que misturava prazer e ameaça.

 

Momo procurou por algo no chão, alguma coisa com que pudesse se defender, até que ela sentiu um bastão, ela olhou como a vista cheia de lágrimas e viu uma lança lambuzada de sangue.

 

Por um momento sua respiração parou, seu coração bateu forte, suas pupilas diminuíram e seu corpo se enrijeceu, o som da carne sendo perfurada ecoou na sala e o sangue começou a pingar, um sussurro foi dito.

 

- Mas... como?

 

Disse o jovem com uma lança fincada em seu ventre caindo logo em seguida no solo frio, a sacerdotisa observou o corpo estendido, desviou o olhar para suas mãos que agora estava encharcadas do liquido rubro e gritou.

 

-----

 

- Muito bem meus amigos. – Disse Digo. – Hoje temos um lugar para comemorar nossa vitória, graças a ajuda dos Slayers, hoje mais uma vez vencemos aquela escória estrangeira, os Soul Society!

 

Assim que o monge terminou todos gritaram felizes no salão do Palácio do Sol, mas logo foi interropido pela mesma voz.

 

- Mas bem, hoje estou aqui para fazer um comunicado importante, a Twilight Knights de hoje em diante não existirá mais!

 

Um silêncio perturbador seguido de vários murmúrios ecoou no salão.

 

Digo somente sorriu para todos que estavam lá e lançou um olhar para uma jovem moça de cabelos negros que estava um pouco atrás dele, sem nada a mais para comentar, ele se retirou, levando consigo aquela jovem.

 

- Vai fazer isto mesmo Digo? – perguntou a jovem.

- Vou, não quero mais comandá-los, eu gosto de tudo isso, mas quero aproveitar outras coisas da minha vida. – Falou enquanto pegava a mão de sua amada. – Sem falar que...

 

Digo olhou para trás e viu uma última vez todos juntos, aquela família que sempre estava alí para conversar e lhe fazer companhia, BT, Pitolomeu, Zoom, GrandAura, Morrigan, Silver Moon, ele deu um outro sorriso e olhou para frente.

 

- Infelizmente, o nosso clã já estava condenado Juju, talvez eles não tenham percebido, mas como líder sei de tudo o que se passa na família. – Assim que terminou ele continuou caminhando na companhia daquela Criadora.

 

---

 

- Então Momo, vamos? Me deixe te alegrar um pouco, me deixe eu te mostrar o amor que sinto por você... – insistiu mais uma vez aquele mestre ferreiro. – Eu te amo.

 

A sacerdotisa se deparou novamente com um outro poço sem fundo, a perda de sua nova família a havia lhe dado outro choque, para ela eles eram tudo, sua companhia, seu lar e sua alegria, todos os integrantes se dispersaram, e por mais que quisessem refazê-lo, o líder havia deixado ordens restritas de que não poderiam usar aquele nome novamente.

 

BT ainda continuava ao seu lado, mas agora ele estava mais distante, sempre ocupado com seus trabalhos não sobrava um tempo disponível para ela, o único que ainda a seguia era Rodrigo, um mestre ferreiro de cabelos longos e esverdeados.

 

Ele possuía um nariz largo e um sorriso de mesmo tamanho, chegando a uma certa semelhança de um sapo, sua pele era áspera, como de todo ferreiro, seu ventre molenga evidenciava que estava acima de seu peso, tinha um humor variável e suas promessas as vezes eram duvidosas.

 

Momo permaneceu em silêncio no banco da igreja de Prontera, olhava para o chão, o ferreiro passava sua mão no rosto delicado da sacerdotisa como se estivesse apreciando sua refeição antes de ser consumida.

 

Era como um lobo que lambia seus lábios de tanta fome, a jovem estava deprimida, não sabia o que fazer, não conseguia pensar em nada, foi então ela virou seu rosto para ele e o abraçou repentinamente.

 

- Tudo bem... – Respondeu Momo.

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Mais uma vez Sophia estava em frente ao monumento das mãos em Prontera, com certeza quem não a conhecesse, poderia dizer que ela nunca treinava suas habilidades e que passava os dias ali, sentada observando o céu.

 

A sábia naquele momento escrevia em seu livro, ninguém sabia ao certo o que havia lá, todo que chegavam perto dele era recebido com um forte golpe da dona, então poucos se arriscavam em tocar nele.

 

Sem nenhum cuidado dois jovens se aproximaram da senhora, um era um bruxo de cabelos dourados, de aparência desleixada, tez pálida e um rosto fino, sobrancelhas expressivas e corpo frágil e magrelo, suas roupas destacavam bem a cor clara de sua pele.

 

Já o outro era se vestia de forma extravagante, roupas escarlates e uma calça marrom de couro, uma corrente balançava em sua cintura, cabelos espetados e rubros, ele sempre reclamava destes mas nunca os mudava, um sakkat para esconder o que ele odiava e um óculos escuros, ele era um arruaceiro, bem novo para sua profissão.

 

Sophia olhou para ambos e se perguntou se ninguém do clã arrumava o cabelo, enquanto pensava, o arruaceiro lhe perguntou.

 

- Sophia, quer ir treinar em Al De Baran? – Perguntou Drides.- O Deimos vai conosco, será um time em tanto. – disse animado.

 

A senhora sábia os observou por alguns instantes e afirmou com a cabeça.

 

Capítulo 28 – Sentimentos Involuntários

 

“O nosso coração bate sem nosso consentimento, nossos olhos pousam sobre uma pessoa inocentemente, as vezes pensamos sem pensar e falamos sem imaginar nas conseqüências.

Será que também podemos sentir involuntariamente?”

 

---

 

- O que está fazendo BT? – perguntou curiosa.

 

- Não tá vendo? To pintando o cabelo. – respondeu rapidamente.

 

- Hm, eu gostava dele branco, que cor é essa? – Disse Momo enquanto mexia na substância cheirosa no pote.

 

- É castanho, agora vou ficar legal com esta nova cor. – disse sorridente.

 

Depois de alguns minutos as mechas indisciplinadas que eram alvas ficaram escuras, o aroma da tintura ainda estava impregnada em BT, mesmo depois de as ter lavado.

 

Momo olhou e disse um elogio sincero, o jovem sem reação ficou sem graça e respondeu um agradecimento tímido.

 

 

Fora da onde ambos moravam, o manto estrelado já havia cobrido o céu, as ruas de Juno que já eram frias de manhã, a noite se tornavam congelantes, dentro da casa improvisada, eles nada faziam, um lia um livro de aparência gasta, enquanto a outra olhava para a janela em busca de pontos brilhantes no espaço.

 

Por um momento o silêncio foi cortado por um diálogo.

 

- Você gosta dele não é? – perguntou BT.

 

Momo olhou para seu amigo com a feição levemente rubra.

 

- Dele quem?

 

- Daquele cara lá da estalagem... acho que aquele sacerdote não é?

 

A jovem de olhos cinzas permaneceu em silêncio por alguns instantes.

 

- Sim... – respondeu baixo.

 

Momo não revelaria para qualquer um aquilo, mas BT era o seu amigo mais confiável, ela confiaria sua vida para aquela pessoa.

 

BT se enfiou em seu livro e disse em tom alto.

 

- Ta né, tudo bem.

 

Momo ficou intimidada com a resposta e tentou corrigir.

 

- Ah... mas sem chance de que ele saiba quem eu sou, é só um amor platônico. – falou com um sorriso falso.

 

- Tsc, claro que ele sabe quem você é! Você é a moça da estalagem sua boba!

 

A garota deu uma risada aliviada e o mesmo fez o mercenário, mas logo em

seguida continuou.

 

- Sabe moça, se quiser posso te ajudar, ele é um sacerdote, por que você não se torna uma também? - BT não queria aquilo na verdade, ele gostava e muito dela, ao ponto de querer ver ela feliz, mesmo que fosse com outra pessoa.

 

- Sacerdotisa? – perguntou curiosa.

 

- Yep, podemos ir para Prontera e lá você pode se tornar uma, e quem sabe né?

A jovem não sabia direito se queria ir lá, tudo estava indo bem, sua vida em Juno era boa, e não tinha nada que parecia ameaçar uma distância maior entre ela e o sacerdote.

 

- Eu... eu vou pensar BT, mesmo assim obrigada... – Sorriu a jovem.

 

----

 

- Bom dia, no que posso ajudar?

 

Momo olhou para a pessoa a sua frente, mas ao em vez do costumeiro pedido de quarto, um silêncio irritante permanecia entre as duas.

 

A pessoa a sua frente tinha madeixas verdes, que eram cortados até metade das costas, olhos desafiadores mas que naquele momento expressavam certo desespero, um rosto um pouco arrendodado que era disfarçado pelo corte de cabelo, ela utilizava o uniforme da escola da magia, evidenciando seu quadril grande e pernas volumosas.

 

Vagarosamente a moça fez um pedido.

 

- Hm, por acaso, posso trabalhar aqui senhorita? Eu estou sem dinheiro e não tenho onde ficar, por favor aceito qualquer serviço.

 

A garota não pensou duas vezes, assim que ouviu o pedido ela prometeu achar algo para a senhora a sua frente, Momo sabia que era difícil achar uma moradia e alimento, e a cada ação boa que fazia, sentia seu coração tão leve e alegre, era algo muito bom.

 

Antes que a senhora saísse da construção, ela questionou:

 

- Aliás moça, qual o seu nome?

 

A senhora se virou e olhou para Momo com as íris púrpuras.

 

- Sophia Asagao.

 

- Tudo bem Sophia, assim que tiver noticias eu lhe aviso. – disse com um sorriso estampado no rosto.

 

 

Logo que acabou seu expediente, a garota de cabelos pratas conversou com o dono da estalagem, foi um diálogo complicado, pois ele não queria mais empregados que já tinha, mas com um pouco de lábia Momo havia conseguido o que havia prometido.

 

Assim que saiu do prédio, ela procurou a senhora de olhos violetas, o que foi difícil, já que ela estava em uma das praças de Juno e a cidade era muito grande.

 

Com a boa notícia em mãos, Sophia agora era uma faxineira, não era algo muito bom, mas pelo menos ela teria dinheiro o suficiente para sobreviver.

 

A senhora lhe agradeceu e logo em seguida foi embora, Momo sorria inconscientemente, toda vez que fazia tais ações ela se sentia alegre, era algo quase divino.

 

Alguns dias se passaram, nada havia mudado, somente o fato de haver uma nova empregada na estalagem em que Momo trabalhava, ambas se davam bem, na verdade “bem” não era uma palavra correta, pois Sophia era silenciosa, pouco conversava e sempre se mantia em seu canto, já Momo tinha uma política de “Não atrapalhar as pessoas”, ela desprezava o fato de atrapalhar uma pessoa em seus afazeres, para a jovem, ela era um distúrbio, por isso as vezes ficavam em seu lugar.

 

E como sempre a jovem de olhos acinzentados admirava Sepher de longe, não tinha coragem de se declarar, muito menos por nunca ter tido um diálogo normal com ele, mas em seu interior uma inquietação crescia gradativamente, ao mesmo tempo que não queria lhe incomodar com uma declaração fútil, ela queria lhe beijar e lhe ter somente para ela.

 

Quais não eram os dias que não pensava nele? Ou melhor, os minutos, para Momo era engraçado aquilo, um amor que parecia ter anos de duração nasceu em um simples trocar de olhares.

 

Amor não era algo que surgia com o tempo? Não era algo que se tinha que cultivar? Então por quê o seu peito doída toda vez que se imaginava distante dele? Por que ela desejava tanto aquela pessoa?

 

Pensando nisto que a jovem fechava a estalagem, pela janela ela via a rua que tinha a mesma cor de sua íris, foi então que percebeu que uma pessoa estava parada em frente ao prédio, era Sepher, e o seu rosto era de profunda tristeza.

 

O rosto de Momo ficou quente, naquele momento seus olhos só avistavam aquela pessoa, mesmo com um tom melancólico, Sepher ainda tinha a mesma beleza que ela tanto admirava.

 

Não muito longe, duas pessoas se aproximavam do mesmo local, uma era maga de cabelos esverdeados, e o outro um jovem alto e carismático que aparentava ser um bardo.

 

Momo se escondeu de forma que não perdesse de vista seu amado.

 

O bardo e a maga pararam, Sepher a olhava intensamente, a senhora de cabelos verdes o desafiava com os olhos, um clima tenso entre eles estava se criando.

 

O senhor de cabelos castanhos se afastou e se despediu, o sacerdote abriu a porta da estalagem e convidou a senhora maga para uma conversa, ambos subiram as escadas da construção e ficaram no quarto.

 

Momo não tinha idéia do que estava acontecendo, curiosa ela foi até a porta e grudou o ouvido contra ela.

 

Um diálogo nervoso estava sendo executado, uma revelação, uma declaração e uma afirmação.

 

Assim que a palavras abafadas chegaram até a jovem curiosa, ela entrou em estado de choque.

 

 

“Por que aquela maga? Por que a Sophia?”

 

 

Se perguntava a garota, ela estava há mais tempo lá, ela que havia chegado primeiro, então por quê? Sem lutar, seus olhos verteram lágrimas, sem pensar muito ela se levantou e correu para fora da estalagem, uma vez nas ruas de Juno, Momo foi até sua casa onde estava BT, ofegante e com pressa ela gritou.

 

- BT, VAMOS PARA PRONTERA!

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O melhor é por último....

[/snif]

Bom, entao vamos upa-la! Tava querendo negociar uns direitos autorais dela pra aparecer no meu fic, do alchie e acertar um pouco a ordem cronologica quanto aos Chamas. (Lembrar de pegar novamente todos os nomes e idades/personalidade do pessoal do cla).

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Acertou a instrutora de longe? Treinar arqueiros parece ser trabalho perigoso. Mas treinar magos parece ser pior, pelo que você disse, risco de explosões e tudo o mais. Bem, no dia que for professora, meus pesames.

...Mais algum tempo e este topico ia preciar de um Ress of D00m! como o Galliun fez em Guerra Santa (ou foi em Nirvana?).

No mais otima historia, espero que o proximo capitulo nao demore tanto.

Foi em Nirvana mesmo [/heh]

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Capitulo 10 – Baile de Máscaras.

 

Todos os dias

Vejo pessoas

Assim como em um baile

Todos usam máscaras.

 

Máscaras alegres,

Amarelas,

Cinzas e

Obscuras.

 

Sorriso falso,

Felicidade postiça,

Raiva companheira,

Dor verdadeira.

 

Então do âmago

Eu grito

Chega!

 

Mas assim como as máscaras

Cobrem os olhos

Elas cobrem os

Ouvidos.

 

E mais uma vez repito,

Animais

Inimigos

Malditos

Queridos.

 

------------

 

 A diferença entre eles era grande, Prontera o centro de tudo, sempre estava cheia, sempre se via pessoas andando com pressa ou lentamente, barulhos por todos os lados completava o cenário de pura agitação, por outro lado Juno era uma cidade tranqüila e silenciosa, era do tipo de lugar que qualquer um conseguiaria relaxar por mais agitado que estivesse.

 Sophia novamente estava em Prontera, mas ao contrário da última vez, não viu a cidade como queria, só conseguiu ver o portão sul e somente isto, mas desta vez ela conseguiria ver a cidade melhor, não porque estava passeando ociosamente, mas sim porque estava a procura de seu amigo agora cavaleiro, Shadow.

 Por meio das cartas, ela sabia que Shadow havia entrado em um clã, um tipo de associação em que pessoas, com interesses em comum, juntavam forças para lutar por um bem em comum. Na maioria dos clãs que estavam espalhados por Rune Midgard, eram voltados para o poder militar, clãs lutavam contra si mesmos para obter fama, fortuna ou até mesmo só por ganância.

 A procura só não havia sido difícil pelo fato de Sophia ter avisado ao seu amigo que estaria lhe pagando uma visita, logo ele informou onde estava hospedado junto com seus novos amigos de profissão.

 Logo a jovem maga dá de cara com o prédio da estalagem, com tijolos beges, assim como a calçada, a construção era mediana, nada muito caro, mas nada muito miserável, tinha a aparência confortável para qualquer viajante cansado.

 Sem pensar muito ela entrou no prédio. Logo que entrou, um hall com várias pessoas espalhadas pela sala, algumas sentadas no sofá, outras em pé mesmo, todos discutiam suas vidas e suas experiências no mais alto tom, perto da escada que levava para cima da construção, um balcão grande que abrigava uma senhora de cabelos pretos que eram presos em um firme rabo-de-cavalo.

 Sophia perguntou para a senhora se sabia se um rapaz de nome Shadow Sword estava hospedado ali, com educação ela revirou os papéis que possuíam os registros dos hóspedes e confirmou que ele estava ali, mas que no momento não estava presente no seu quarto.

 A jovem maga disse que esperaria por ele, e que o avisasse que estava ali, esperando por ele. Logo em seguida, como Sophia não tinha dinheiro para se hospedar em uma estalagem, ficou esperando no sofá surrado perto na porta.

 

 A noite se aproximava, o céu parecia ter sido pintado por um artista caprichoso, tons de laranja se misturavam no tom róseo, aos poucos estas cores fugiam e o azul claro que aos poucos se tornava escuro tomava lugar. As inúmeras estrelas enfeitavam o céu noturno, que tinha como atriz principal a pálida lua cheia.

 Sophia ainda esperava por seu amigo no sofá surrado, a cada sombra que passava ela tinha a esperança de ver seu amigo novamente, mas nenhum sinal dele.

 A noite cada vez mais ficava escura, e a maga ainda esperava ali por ele, a dona da hospedaria pediu para que se retirasse, pois era hora de fechar o estabelecimento, Sophia aceitou sem ressentimento e ficou ali fora esperando por ele.

 Sonolenta, ela se sentou perto da parede da estalagem e fechou os olhos, não queria dormir, mas o sono era mais forte, ela se perguntava o que teria acontecido com Shadow, sua mente latejava de preocupação com o amigo.

  Após exatamente uma hora depois, um grupo de cavaleiros barulhentos seguiam naquela  direção, todos eles com seus peitos estufados como galos exibicionistas, balbuciavam em tom alto como foi perfeita a vitória contra o castelo inimigo e entre eles estava o que Sophia tanto aguardava.

 Shadow rapidamente reconheceu a amiga que estava ali no chão dormente, com passos rápidos, o cavaleiro acordou a maga com barulhentas exclamações e afirmações de como sentia saudades dela.

 Sophia ainda sonolenta, olhou para ele, não havia nada de errado, na verdade ele estava na sua melhor forma, logo atrás dele um grupo de quatro cavaleiros o seguiam por trás. Shadow ficou inconformado de Sophia ter ficado ali sentada fora da estalagem, ele a ofereceu uma noite de estadia como sinceras desculpas por ter demorado tanto.

  Logo todos entraram para dentro, ainda continuando com a exibição barulhenta dos quatros cavaleiros, que certamente, acordara as pessoas da estalagem.

  Sophia seguiu Shadow até seu quarto, ela queria muito matar um pouco da saudade que tinha. No aposento Sophia propôs um dia de caça, para relembrarem os velhos tempos, mas a idéia de Sophia foi cortada rapidamente.

-  Não posso – disse ele – eu prometi que ia ajudar meu clã amanhã, podemos deixar para o próximo dia? – enquanto retirava o elmo.

 Sophia o olhou com olhos tristes, mas disfarçou, não queria estragar a diversão do amigo.

-  Tudo bem – sorriu falsamente. – então depois de amanhã vamos fazer isso.

 Shadow lhe respondeu com um sorriso amigável, igual ao que ele havia dado quando se conheceram, em seguida Sophia seguiu para seu aposento.

  Então no dia seguinte, ela conheceu Prontera, passeou por entre as várias lojinhas, visitou o monumento das mãos e viu o castelo, onde o próprio rei morava. Após o passeio ela voltou a estalagem e esperou até o dia seguinte.

 

 Na manhã seguinte, Sophia acordou ansiosa igual a uma criança, não via a hora de passar um tempo com seu velho amigo, rapidamente vestiu seu uniforme, aprontou as poções e seu cajado e desceu as escadas, mas o que a esperava não era seu amigo, mas sim o vazio.

 A senhora que ficava no balcão deu-lhe uma mensagem que Shadow pediu para dar assim que a encontra-se, nele dizia que não daria para passar um tempo com ela, pois o clã precisava mais uma vez de sua ajuda.

 Sophia olhou a nota com tristeza, em seguida agradeceu a senhora e pagou o que não tinha, a senhora recusou afirmando que seu amigo cavaleiro já tinha acertado tudo, mas Sophia a olhou e disse friamente que ele não era mais seu amigo.

 Enquanto saia da estalagem, Sophia viu Shadow se aproximar do prédio, a maga rapidamente se escondeu em uma sombra qualquer e ficou observando o cavaleiro. Ela viu como estava alegre com o novo grupo de amigos, como se orgulhava em estar com eles, de como dava muito mais importância aos cavaleiros que à uma maga chinfrim como ela. Ela se virou e vagarosamente andou pelas ruas de Prontera, seus olhos não derramavam nenhuma lágrima, mas por dentro ela chorava de profunda tristeza, mais uma vez foi deixada de lado, e agora mais um motivo de virar sábia havia surgido, de ser uma segunda classe.

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O melhor é por último....

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Bom, entao vamos upa-la! Tava querendo negociar uns direitos autorais dela pra aparecer no meu fic, do alchie e acertar um pouco a ordem cronologica quanto aos Chamas. (Lembrar de pegar novamente todos os nomes e idades/personalidade do pessoal do cla).

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Capitulo 3 – E das lágrimas, ela cresceu.

 

Uma jovem dama tinha cinco sementes.

Cada semente tão pequena e inocente.

Uma o vento soprou e voou.

Voou e voou

Até chegar em um deserto.

 

E na clareira ali, ela brotou.

Ao redor dos espinhos.

E das lágrimas, ela cresceu.

Uma flor tão roxa.

De cor tão rara.

Uma flor roxa.

 

 

- Eu quero me tornar um Sábia! – disse com expectativa.

 Seu pai somente lhe olhou com surpresa e logo foi seguida de uma pergunta.

- O que você disse? – com a voz um pouco tensa.

- Sabe pai, o bardo que estava na vila nos falou sobre as classes, e ele havia falado sobre os sábios, achei tão legal, tão legal que quero me tornar uma! – falou Sophia com entusiasmo.

 Takashi somente olhou nos olhos da filha, encarou-os por um momento e se virou, timidamente aquelas palavras saíram de sua boca.

- Você não vai ser uma sábia....- disse em tom baixo.

-  O que papai? – buscando os olhos do pai.

-  EU DISSE QUE VOCÊ NÃO VAI SER UMA SÁBIA! – Berrou Takashi. – nenhuma filha minha vai ficar se aventurando por aí, nenhuma!

 

 Os olhos de Takashi se encontraram com o de Sophia, estava claro que em sua expressão que estava furioso, mas Sophia não se intimidou e logo revidou.

 

- MAS EU QUERO! – berrou Sophia – E nada vai me impedir de fazer isso!! – gritando furiosamente.

 

Cecília estava tensa com a cena, assim como sua irmã, mas assim que terminou a frase, a jovem somente sentiu uma ardência em sua face, quando percebeu estava caída no chão.

 

- Não, não faça isso Takashi! – gritou a esposa – Não bata nela!! Ela não fez nada, por favor pare!. – abraçando carinhosamente a filha.

 

 Takashi se virou novamente, e disse com fúria em suas palavras.

 

- Se quiser tornar-se uma sábia, torne-se, mas aqui você nunca mais voltará, nunca mais te receberei com os braços abertos, lembre-se disso.

 

Assim que Sophia ouviu tais palavras, lágrimas rolaram de seus olhos, e rapidamente correu do abraço carinhoso de sua mãe e saiu noite adentro.

 

 

 

Sophia corria alucinadamente, naquele momento não importava para que lugar estava indo ou o que ia fazer, tudo o que queria era se ver longe daquele lugar. Os arbustos cortavam sem piedade sua pele, e a cada passo que dava, pedaços de sua roupa ficavam para trás.

 

  Seu rosto ainda ardia em chamas, aquele golpe que recebeu ainda tinha seu efeito em sua face, seus olhos somente derramavam lágrimas. A jovem não sabia que caminho estava tomando, mas naquele momento pouco importava para onde estava indo.

  Tudo estava confuso, as imagens que via da floresta eram meros vultos, os sons dos animais eram nulos aos seu ouvidos, foi então que percebeu que havia uma ponte na sua frente.

 Sophia recuou rapidamente e com o impulso tomado caiu sentada para trás. Não tinha percebido como estava escuro, mas o luar lhe dava uma claridade opaca, a ponte era visível, mas o outro lado não.

 Por um momento a dama parou de chorar, mas seus olhos ainda lacrimejavam. Sem pensar muito, Sophia se levantou e tentou partir para o outro lado da ponte, a lua lhe dava a luz o suficiente para tal feito, que em noites escuras não teria a mesma sorte.

 Lentamente agarrou as cordas que pendiam a ponte e deu um passo a frente. Sophia sentiu que a ponte não era muito nova, a tábua em que Sophia pisou emitiu um rangido congelante.Será que atravesso? Perguntava a jovem confusa.

 Sophia se virou, retirou suas mãos da ponte, procurou por um arbusto próximo, “Amanhã eu faço isso...” disse para si mesma e deitou-se ali, observando a ponte opaca.

 

 

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Era uma vez cinco flores, todas dançavam alegres embaixo dos raios solares.

 

  Uma era roxa, a mais orgulhosa.

                     Outra vermelha, tão feliz.

                           Uma branca, que na verdade era preta.

                                          Outra azul, sempre calma, mas agressiva.

                                                                      E uma amarela, sempre triste.....

 

Um dia uma dama as pegou, e as colocou em um vaso.

 

 Uma morreu.

           Outra se arrependeu.

                              Uma reviveu.

                                        Outra viu a verdade.

                                                          E uma se lembrou.

 

 

 

Prólogo

 

O vento uivava ferozmente fora da janela, a paisagem que antes demonstrava uma serenidade branca agora era hostil.

 A vela timidamente iluminava o aposento, mal dava-se para escutar seu choro, era uma voz perdida no meio daquela noite, em uma cama lá estava ela, uma dama de cabelos tão frios quanto a chuva cristalina daquela noite, em seus braços está uma pequena menina.

 Seu rosto corado lhe faziam ainda mais adorável, a senhora sorria sem parar com o acontecimento, a pequena havia acabado de chegar ao mundo.

-  Então querida..... – dizia calmamente o jovem – que nome você dará a ela?

 Anna ainda ofegante disse em poucas e roucas palavras:

- Melissa.....

 

 

 

Capítulo 1 - A Flor orgulhosa da sabedoria.

 

Mal havia nascido o dia e Prontera já estava agitada, mercadores de todas as partes chegavam para vender seus tesouros, já dava-se para ouvir o barulho forte das martelas dos ferreiros, muitos forjavam na rua mesmo, atraindo a atenção de curiosos.

 Toda a economia girava em torno desta metrópole, pessoas de várias nações, classes, cidades se encontravam aqui em busca de algo, o mesmo era para os aventureiros.

 Mesmo com a movimentação, Sophia não parecia incomodada com isso, como sempre estava concentrada em sua leitura.

 A água que era despejada pela fonte, fazia com que seus cabelos verdes ficassem destacados, apesar de vestir as poucas roupas das sábias, ela tentava timidamente esconder seu busto com a pequena capa que o uniforme possuía.

 Assim que Sophia terminou de ler o capitulo longo daquele livro, ela se retirou do local.

 Enquanto andava, a sábia reparou em uma pequena aglomeração, curiosa foi lá ver o que havia, foi então que viu uma odalisca. Ela dançava graciosamente, apesar do seu físico ser mais parecido com o de uma monja do que uma odalisca em si, ainda sim algo a fazia exuberante.

 Sophia a encarava muito admirada, foi que percebeu que uma piscadela virera da dançarina, Sophia achou o fato estranho, pensou que aquilo fosse mais uma alucinação de sua mente, mas novamente a jovem piscou.

 A senhorita sábia ficou parada e esperou até o show terminar.

 

 

 

 

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