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RagnaTale: Leo


Ju Lee

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Nem sempre como ele mas

OMG hsuahsuausausua TJ é poco vai tomar um Thor de uma ves hsuahsuaemotion-76.gif

O.O Que nada ele vai é toma uma Neva amplificada, aí um Trovão de Júpiter amplificado, aí o cadáver dele será petrificado e vai toma uma Lança de Fogo amplificada e depois uma Chuva de Meteoros amplificada.... Sory pelo atraso, bugo o treco de avisa pelo e-mail, aí eu tava achando que ninguém tava postando nada aqui. Mas aí eu estranhei essa falta de movimento e vim checar.MAS, parabéns Leafar, mais uma história cabulosa, e que deixa muitas questões, além das já ditas, como: o que acontece com Essny, já que eu nunca ouvi falar dele em outras histórias? Como ninguém sentiu o cheiro dos Lea-cadáveres? Existe gasolina no Rag? Quando sai o próximo capítulo?Descubram tudo isso no próximo episódio!

 

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Ela vai entreter vocês nos intervalos de Morroc Saga e Garra das Trevas.

O NIORI vai dar uma pausa esse final de semana, pra resolver um pau na placa de vídeo. O PC tá tão lerdo que ele não consegue nem dar alt+tab... :(

Xiiiii,pra ele fase uma nova fic que irá intreter a gente entre MS e GdT e no mesmo post diz que o PC d NIORI deu pau( DE NOVO!) é porque vamos fica sem Gdt e MS por um tempo e ele ta querendo conter a rebelião.

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maldição... POR QUE TODOS NESSE MUNDO ESTÃO INDO PRA RACHEL??  estão tentando dropar os novos punhos que chegaram com nemeless? mas, de qualquer forma, Pd, você realmente acha que eu tomei providências apenas para o fato de você ir a pé até lá? dude, you is realy wrong...

não, pd, eu tambem paguei os capitâes do aeroplano pra te atirar lá de cima se você pisar neles e redigi um contrato com a corporação kafra que torna o teletransporte indisponível. e o túmulo da Ailssin( é assim?) vai disparar se você chegar perto de uma asa de borboleta. bem, acho que posso me garantir umas 2 semanas de vida ainda, enquanto você não arranja outro jeito de transporte[/heh]

ok,flow!

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 Oh My God!Como eu ainda não respondi aqui!?!? Poxa... deixa eu fala... tipo assim... sem palavras!Ótimo capítulo!Fico curto mas ficou bom também. =P Mas ainda acho que você devia manter o Leonard tirando os outros constantemente! Isso é muito engraçado uHAuhahuahuAEu adoro =P  Go Go Go Continuar Leafar!!!!

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Nem sempre como ele mas

OMG hsuahsuausausua TJ é poco vai tomar um Thor de uma ves hsuahsuaemotion-76.gif

O.O Que nada ele vai é toma uma Neva amplificada, aí um Trovão de Júpiter amplificado, aí o cadáver dele será petrificado e vai toma uma Lança de Fogo amplificada e depois uma Chuva de Meteoros amplificada.... 

  Ainda bem que tenho bons amigos: *Joga o Glico na minha frente*Joga as magias nele aeolz!1! *Rindo maléficamente com o Glico pondo a carta Maya* Isso aeolz joga ni mim aeolz!1111!1!
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 RagnaTale: Leoragnatale_leo_capa6.jpg

 Texto: Rafael de Agostini Ferreira

Arte: Daniel "NIORI"  Uires

Artista especialmente convidado: Leonardo Luccas "Leonheart" (capa deste capítulo)

***Seus olhos começaram a se abrir. A visão estava turva. Parecia ter uma

pessoa em sua frente, longe. Moveu devagar o braço, sentindo o fluído

ao seu redor reagir. Os dedos encostaram em algo duro. Era um vidro?

Barulho. Sentiu frio, vindo do topo de sua cabeça. O frio foi descendo.

Abriu a boca e vomitou. O ar o fez engasgar. Expeliu todo o líquido que

estava dentro de seu corpo. O fluído escorreu por uma abertura na

plataforma. Teria caído se não estivesse preso por cabos nas axilas.

Ainda não conseguia enxergar direito, mas o mundo ao seu redor, em

forma de um tubo de vidro, começou a descer. Ouviu então a voz

paternal, carinhosa.

 

- Bom dia, meu filho.

 

Um

choro de alegria de uma mulher foi ouvido, ao lado da voz do homem. Com

todas as forças, esticou os braços. As mãos, trêmulas, buscavam

conforto. Sentiu que cada uma daquelas pessoas pegou uma de suas mãos,

ainda sujas do fluído que o mantivera desacordado por tanto tempo.

Sorriu.

 

***

 

Trecho extraído do "Planeta Clarim", periódico de notícias populares de Prontera:

 

Ameaça ou Loucura?

 

O

Rei Tristan III continua sem aparecer oficialmente, desde a ameaça

feita pelo ex-líder da Ordem do Dragão, o criminoso foragido Leafar

Cerridwen Belmont. No dia 19 passado, Leafar, membro do exército real,

declarou que se o rei não interrompesse definitivamente a Guerra do

Emperium, uma pessoa morreria por dia, a começar por ele. O terrorista

foi então expulso de sua guilda, que é liderada por sua agora

ex-esposa, a Caçadora Aislinn.

 

Rumores

dizem que o Rei foi raptado e que seria morto neste domingo, caso o

período da Guerra do Emperium aconteça normalmente. A assessoria do

castelo, entretanto, nega o boato e afirma que nossa majestade está

enferma, sem a possibilidade de dar entrevistas. Leonard Belmont, do

Conselho de Magia de Geffen e pai do criminoso, limitou-se a dizer que

"lugar de bandido é na cadeia ou no cemitério", e que "a lei existe

para ser cumprida por todos". A Paladina Jô Mungandr, General do Rei, e

o armeiro real, o Grão-Mestre Hrymm, foram destacados como guardas

pessoais de Tristan III. A aparição constante da Paladina no caminho

entre Prontera em Al De Baran, porém, só reforçam os boatos de que o

Rei foi raptado e que ela estaria procurando por pistas sobre seu

cativeiro. Fechem as janelas - o Dragão Dourado enlouqueceu.

- Luisa Lane, com foto de Pedro Parker

 

***

 

O

Arquimago jogou o jornal no chão enquanto se dirigia para o Labirinto

da Floresta. O vento estava quente por causa do sol daquela manhã de

verão. Balançou negativamente a cabeça e entrou. O lugar trazia boas

recordações a ele, mas não era hora disso. O breve sorriso morreu e ele

começou a andar pelas trilhas misteriosas, em um caminho sequencial que

poucas pessoas conheciam. Parou ao chegar em uma clareira. Notou Essny

sentado de cabeça baixa. Ao lado dele, uma loura estava parada. Vestia

uma armadura clara e reluzente. Parecia emanar paz e tranquilidade

mesmo que sua dona não abrisse a boca. Os olhos azuis observavam o

Arquimago, curiosos, enquanto suas mãos, cobertas por espessos luvões

metálicos, repousavam em um pesado escudo e uma espada.

 

- Obrigado por ter vindo, Paladina Jô Mungandr.

 

-

Eu é que agradeço, senhor Belmont. Sem as suas informações, não saberia

do real paradeiro do Rei. Não faz idéia de como sua ajuda foi de grande

valia para o reino. E... - ela se levantou, soltando o escudo e levando

a mão até o ombro de Leonard - ... eu sinto muito pelo seu filho.

 

- Não sinta.

 

sentiu-se constrangida. Olhou para o elfo, que continuava calado,

fitando o chão. Parecia concentrado. Ao lado dele, um mangual pesado

estava caído, com a corrente enrolada. Ela voltou então o olhar para o

Arquimago.

 

- Qual o plano?

 

-

Este elfo é Essny Tahllam, mas se passa por um humano chamado Christian

Vallmore. Poucas pessoas sabem de sua real condição e conto com sua

discrição, senhorita.

 

- Certamente a tem. E como faremos? Eu tomo a frente para que vocês dois ataquem e...

 

A

Paladina tinha dificuldades em dizer "matem". Sabia - ou pensava saber

- que Leafar era o único filho de Leonard e imaginava que isso seria

difícil para ele.

 

- ... e, bem, "anulem" ele?

 

- Nós dois somos o plano de emergência, Jô. Essny cuidará sozinho dele.

 

-

Mas eu ouvi falar que o poder de seu filho está além dos níveis

convencionais. Fico me perguntando, inclusive, como ele seria tão

diferente de um ser humano assim.

 

- Não

perca seu tempo pensando nisso, Paladina. Leafar deve morrer. E Essny

vai garantir que isso vai acontecer. Caso meu bom amigo aqui falhe, nós

dois entramos em cena. É que eu realmente não gostaria de aparecer. E

se você for vista em tal batalha, sabe muito bem que todo o serviço da

assessoria do castelo cairá por água abaixo.

 

-

Eu entendo. Bem, eu não tenho razões para questioná-lo. A sua fama o

antecede. Nunca fez nenhum ato maléfico. Se está seguro quanto a isso,

eu confio no senhor.

 

- É por isso que você é uma das generais do Rei, Jô. - Leonard sorriu brevemente e olhou para o elfo - Está pronto?

 

- Sim. - a resposta foi curta e rápida.

 

- Então faça o que você precisa.

 

Essny

se levantou. Pegou o mangual e o broquel. Estava respirando pesado.

Olhou para os dois, teve uma rápida troca de olhares com Leonard e

partiu. Jô se aproximou do Arquimago.

 

- Posso tirar uma dúvida?

 

- Claro.

 

-

Por que me pediu para não trazer Hrymm? E nem me deixou contar nada a

ele? Não é sempre que alguém convence uma serva de deus a jurar tal

coisa. Posso ter ao menos o direito de saber o motivo?

 

- Pode sim. Seu amigo Hrymm é uma bomba prestes a explodir. É uma questão de tempo até ele revelar sua verdadeira face.

 

- E qual seria ela? O que está ensinuando?

 

- Eu sou Leonard Belmont, Paladina. Eu não faço insinuações.

 

- E o que o senhor quer dizer?

 

-

Só conhecemos verdadeiramente uma pessoa quando ela tem poder. Mas não

é hora para isso. O lugar do seu amigo não é aqui. E você também

enfrentará os seus demônios pessoais, Jô. Mas venha, vamos seguir

Christian.

 

Jô deu de ombros e acompanhou o

louro. Não sabia, mas Leonard estava certo. Dali a alguns meses, Hrymm

se uniria a Surtr. E ela enfrentaria seus demônios, de fato, quando

culminasse se unindo com a Ruína de Rune Midgard. Mas essa história

será contada em outra ocasião.

 

***

 

Abadia de Sta. Capitolina

Meia hora antes da morte de Leafar Cerridwen Belmont

 

A

pesada porta dupla foi derrubada com um chute. As veias nos braços de

Essny estavam saltadas. O elfo observou o jardim posterior da Abadia. A

grama verde e o calor não combinavam nem um pouco com as cenas que

presenciariam nas próximas horas. Foi até um dos túmulos e afastou a

grande pedra para o lado. Viu um acabado Rei Tristan III, deitado

trêmulo. Tinha uma garrafa d'água e pão jogado do lado. O regente

forçou os olhos para ver quem era ali.

 

- Veio me salvar? - perguntou o homem, fraco.

 

- Não. Mas o senhor será resgatado em aproximadamente uma hora. Por favor, aguente firme, majestade.

 

O

elfo fechou o túmulo e virou-se para a construção. Tirou do bolso um

pequeno visor e prendeu-o à orelha. Começou então a rastrear a abadia,

metro por metro, até parar em uma sala do segundo andar. Franziu o

cenho, concentrado. Correu, então. Bateu com o carrinho na base de uma

árvore, que foi arrancada do solo e tombou na direção do prédio. No

momento seguinte, Essny estava correndo por cima de seu tronco. Com o

ombro, estourou a enorme janela, arrancando a cortina junto. Seu

mangual sibilou. O alvo foi atingido com violência, sendo arremessado

contra a parede. As pedras não foram suficientes para barrá-lo, porém;

foi jogado para a sala adjacente, caindo assustado no chão.

 

Foi

então que o Mestre-Ferreiro finalmente surgiu do meio da poeira.

Olhava-o com desprezo, segurando firme o mangual e um broquel. Os

cabelos esverdeados escorriam por cima dos olhos, mexendo

ocasionalmente com o vento que invadia a sala por causa da janela

quebrada.

 

- Quem você pensa que é? - disse o Cavaleiro, levantando-se e limpando o sangue que escorria da boca.

 

- Eu sou Christian Vallmore. E hoje é o dia em que você morre, Leafar.

 

O

nome arrepiou o clone. Levantou-se, olhando com desconfiança. Ajeitou

as Asas de Anjo na cabeça. O tabbard da cavalaria de Prontera estava

sujo e rasgado. Tinha olheiras. Ressabiado, sacou a Muramasa, até então

embainhada em sua cintura. Segurou-a firme com as duas mãos.

 

- Eu não me chamo Leafar.

 

- Não mesmo, acredite. - Essny interrompeu, dando um passo para a frente.

 

-

Eu sou agora o verdadeiro avatar de Odin em Midgard. Meu nome é Justiça

Infinita. Não me interessa se você é o líder original da Ordem do

Dragão; eu não vou me render!

 

Essny sorriu

por dentro. Leonard estava certo, como sempre. Usar o nome Christian

Vallmore para se apresentar para o clone, que conhecia a história da

guilda, ia deixá-lo confuso. Via a tensão no olhar e nas mãos do

Cavaleiro, cuja aura azul resplandecia sem cessar.

 

- Eu não vim aqui pedir sua rendição. Não quero saber de justiça. Vou repetir: hoje é o dia em que você morre.

 

-

Tolo! - Leafar brilhou em dourado com a técnica da Rapidez de Duas Mãos

- Eu venci sozinho a Ordem do Dragão! Derrubei sem ajuda o Bafomé de

Glast Heim! Fiz oitenta soldados reais conhecerem a derrota em menos de

dois minutos! O que acha que pode fazer contra um semideus?

 

Outra

parede da abadia explodiu, com Leafar sendo arremessado para o jardim.

Essny acompanhava a queda de perto, tendo pulado atrás dele. Tão logo

tocaram o chão, o Mestre-Ferreiro segurou o clone pelos calcanhares.

Bateu com ele em uma árvore como se ele fosse um machado, derrubando-a.

 

-

Oito mil... - disse ele, jogando Leafar contra uma grade de ferro do

jardim. Avançou, dando murros com as mãos nuas, rachando sua armadura.

A grade foi entortando com o impacto do corpo levando os golpes.

 

- ... duzentas... - Essny segurou o clone pelo pescoço e correu, batendo-o na parede da abadia, rachando as pedras.

 

-

... e trinta e quatro vezes. - completou, batendo com o mangual de

baixo para cima, no ombro do Cavaleiro, que se contorceu de dor.

 

- Do que está falando? - o clone tentava se levantar, mas não conseguia.

 

- Essa foi a quantidade de vezes que eu já matei você, seu monte de lixo.

 

- Que história é essa?

 

Essny

não respondeu mais. Avançou e bateu sem piedade no ombro ferido do

clone, castigando-o. Fê-lo dobrar-se de joelhos. Ouviu seus berros de

dor enquanto ele escondia o rosto, com medo, mas ignorou todos.

Levantou-o pelo colarinho, vendo-o chorar.

 

- Sabe por quê você nunca será como o verdadeiro?

 

- M-me solta! Quem é você de verdade? Como pode?

 

-

O verdadeiro não desistiria. Ele nunca desistiu. Nem quando entrou em

coma por sua causa. Ele bateu para tentar escapar até o final. Ele

lutou. Seu lixo.

 

O elfo então recolheu as

armas. Olhou para a entrada da abadia, com o olhar cerrado. Sua visão

era ligeiramente privilegiada. Pegou a Muramasa caída e largou-a ao

lado do Cavaleiro.

 

- Ao menos honre o rosto e a forma física que você tem e lute até o fim. Tente tombar como o verdadeiro tombaria.

 

- E-eu... sou... o verdadeiro. O único...

 

O

Mestre-Ferreiro viu os primeiros membros da Ordem do Dragão surgirem.

Afastou-se rapidamente, deixando o clone percebê-los e preocupar-se em

salvar a própria vida. Essny juntou-se a Leonard e Jô, devidamente

escondidos. A Paladina olhou admirada para o elfo. Não estava chocada

com a frieza dele durante a batalha, mas com sua força e facilidade em

ter surrado Leafar. Desejou secretamente nunca ter que enfrentá-lo. Mas

sentia-se curiosa.

 

- Que foi aquele número que você falou para ele? Também não entendi.

 

- Nada. - o elfo foi rápido - Eu estava apenas confundindo ele para aumentar minha vantagem.

 

A

Paladina, acompanhada do Arquimago e do Mestre-Ferreiro, viu então uma

batalha tensa acontecer. A Ordem do Dragão em peso cercou o Cavaleiro.

Após uma breve discussão, começaram a lutar. Mesmo ferido por Essny, o

clone era poderoso. Derrubou muitos dos ex-companheiros. A mão de Jô

apertou várias vezes o cabo da espada, imaginando que teria que

intervir, mas acalmou-se quando viu um Cavaleiro e uma Cavaleira

segurarem o louro. Viu a Caçadora Aislinn mirar uma flecha rara, uma

"Dissipadora do Mal", no peito do homem que tentava se soltar.

 

- Vai, Ais! - foi o que uma sacerdotisa ruiva, conhecida como Miara, gritou.

 

- Não faça isso! - o clone estava desesperado - Eu sou a verdadeira justiça deste mundo! E eu amo você, Aislinn!

 

O

projétil voou certeiro, em sua trajetória inicial ondulada, até

firmar-se em uma linha reta, cortando o ar em espiral. Cravou-se

exatamente no coração dele. O sangue jorrou pelas costas do Cavaleiro,

que deu um berro desumano. Ele tombou de joelhos. Olhava descrente para

a Caçadora. Caiu então, com sua aura azul apagando-se.

 

olhou para Leonard. Ele, surpreendetemente, limitava-se a fazer

anotações em um bloco de notas que tinha tirado do bolso. O

Mestre-Ferreiro também ignorava solenemente o acontecido, sentado,

esperando.

 

- Seu filho está morto, senhor Belmont.

 

- Ótimo. Precisa de uma Asa de Borboleta, Jô?

 

A

Paladina ficou chocada. Apenas murmurou um "não", ouviu um "Parabéns e

escolte eles de longe para que ninguém veja que levam o Rei de volta

para o castelo. Até mais." e viu os dois sumirem. Ficou pensando que

tipo de pai tratava assim um filho.

 

***

 

- Estou impressionado, senhor Belmont.

 

O

padre Bamph e o Arquimago observavam um Sacerdote louro ajoelhado,

orando. Do seu lado, uma Máscara de Fantasma estava caída. Leonard, de

braços cruzados, olhou para o padre, com o ar orgulhoso.

 

-

Essa história que contou já era fantástica por si só. Mas ele acordou

há quanto tempo? Vinte dias? Ele não foi Noviço por mais que doze

horas! E agora é um Sacedote Exorcista formado, pronto para rezar sua

primeira missa! E em memória DELE!

 

- O que esperava, padre? - Leonard olhou para o Sacerdote sem esconder o sorriso - Afinal, ele é meu filho.

 

- Estou pronto, pai.

 

O Arquimago se aproximou dele. Pegou a máscara no chão e entregou para Leafar. Olhou para a batina preta e vermelha.

 

-

Lembre-se de tomar cuidado com o que disser, "Irmão Valmont". Seu clone

fundou a Ordem do Dragão. Por algum tempo, ele foi quase como você.

Inspirou pessoas. Gerou amizades. Casou-se. Dê um pouco de paz para

essa gente.

 

- Sim senhor.

 

Leafar

foi então para o salão da igreja. Engoliu seco ao ver todos os heróis

da lendária Ordem do Dragão sentados. Logo na primeira fileira, viu a

viúva Aislinn, acompanhada de sua filha, Elizabeth Sarah Belmont, e a

Bruxa Visolela. O Cavaleiro ruivo, Tarcon, estava de mão dada com

Miara, com os generais Nekrunn e Dëenar. Nos outros bancos, algumas

dezenas de pessoas estavam com os olhos cheios de lágrimas.

Companheiros de outras guildas, como os Guerreiros Rúnicos, Primus

Divinae e aliados, assim como a Ordem do Dragão, usavam faixas pretas

amarradas nos braços. Os brasões de suas guildas estavam negros,

guardando luto pela morte do líder e amigo. Ao lado do altar, uma

espada de duas mãos estava fincada em uma base de madeira. Uma Asa de

Anjo estava pendurada em sua guarda. Logo atrás dela, um quadro enorme

mostrava o líder da Ordem do Dragão em sua postura típica de início de

ataque, com a espada abaixada e um dos braços para a frente, apontando

firme. Era quase possível ouvir ele gritando "Avante, Dragões!".

 

Tão

logo o Sacerdote mascarado surgiu, os presentes ficaram de pé. Ele

andou até o altar e fez um sinal para que todos se sentassem. Engoliu

uma das pastilhas que o pai lhe deu, para disfarçar sua voz, deixando-a

um pouco rouca. E nas duas horas que se seguiram, rezou uma missa que

daria tranquilidade e conforto para os ouvintes. Lembrou a todos que a

imortalidade não é uma lenda, e que "se todos guardassem no coração os

bons momentos que tiveram com Leafar, ele viveria para sempre".

Terminou recebendo abraços sinceros da viúva, da pequena Elizabeth e

das duas generais, Visolela e Miara.

 

Algumas

semanas mais tarde, Leafar teria visitado Aislinn. Contou toda a

verdade sobre o que aconteceu, sobre sua clonagem. A garota, como

contado em outra história, ficou chocada em ter matado o marido e tinha

abandonado o arco e flecha, seguindo a profissão de Sábia. Elizabeth

deixara de ser uma Aprendiz, para começar o caminho do sacerdócio. E a

revelação, feita em um lugar sem paredes ou proteções mágicas, chegou

aos ouvidos de Odin.

 

***

 

 

- Dona Margareth?

 

 

 

A mulher estava sentada, tricotando. Olhou com calma para o elfo.

 

 

 

- Diga, meu bom amigo.

 

 

 

- Eu não encontro mais o Leo.

 

 

 

- Fique tranquilo. Ele deve demorar um pouco para voltar.

 

 

 

- E onde ele está?

 

 

 

Margareth sorriu. Largou seu tricô e fez o elfo sentar. Foi até a cozinha e voltou com um copo de chá de pêssego.

 

 

 

- Beba. Como falei, ele vai demorar para voltar. - falou, com um sorriso.

 

 

 

***

 

 

 

As paredes eram magníficas. O chão era de uma pedra

polida sem igual. Os ornamentos da sala rivalizavam com pensamentos

belos de deus. E literalmente, assim o eram; Leonard Belmont estava

diante do trono de Odin. E era observado há longos momentos pelo

descomunal todo-poderoso, sentado, olhando com uma das mãos apoiadas no

queixo para o Arquimago.

 

- Você é apenas um ser humano. - disse a voz poderosa, olhando inconformado para o louro.

 

Olhou

então para o homem ao lado de Leonard - um moreno de olhos dourados,

vestido apenas com uma tanga e sandálias. Aquela pessoa, aparentemente

insignificante, era a forma escolhida por Oparg, o deus dragão, para a

audiência com o senhor do Valhalla.

 

Odin

voltou sua atenção então para a Valquíria Hildr, ajoelhada e calada

desde que chegara. Ao lado dela, no chão, estavam seu elmo e sua lança.

Logo atrás dela, outra valquíria, Brünhilde, estava na mesma pose, de

roupas leves, aguardando.

 

- Então - falou

ele, olhando a mulher alada - é assim que acaba a história? A Brünhilde

que morreu há algumas semanas era a mulher que tomei para fingir que

era a Lineth do passado, a que amei?

 

- Sim, meu senhor. - Hildr respondeu rapidamente.

 

- E essa Brünhilde é a verdadeira, eleita pelo meu conselho?

 

Novamente Hildr assentiu. Odin olhava indignado para Leonard.

 

-

Diga, mortal. Você conquistou a confiança de uma das minhas mais nobres

servas, que o ajudou a me ludibriar apenas para salvar-me de um ataque

traiçoeiro. Você renovou a vida do deus dragão que eu venci com minhas

próprias mãos, fazendo com que seu nome fosse esquecido por séculos.

Enganou a mim, deus dos deuses. Como se sente?

 

-

Nada de especial. Qualquer ser que ame, sinta frio, fome ou medo pode

ser enganado. Tudo é uma questão de oportunidade e recursos.

 

- Poucos homens têm o meu respeito. E você é um deles, Leonard Belmont, de Geffen.

 

Leonard abaixou a cabeça, respeitosamente, de olhos fechados.

 

-

Isso muito me honra, todo-poderoso Odin. Um dia eu morrerei e serei

esquecido. Meu nome será varrido da história e jamais lembrarão que eu

sequer existi. Mas nesse breve momento que chamo de "vida", ter o

respeito do senhor supremo do Valhalla faz com que eu sinta que cada

passo que já dei valeu a pena. Agradeço.

 

Odin

assentiu com a cabeça. Não tinha raiva do Arquimago. De fato, em um

mundo onde diversos panteões existiam, estava feliz por estar em paz

com um homem tão preparado e inteligente quando Leonard Belmont.

Voltou-se então para o moreno Oparg.

 

- E

quanto a você, deus dragão, - disse, descendo de seu trono e andando,

tendo o tamanho diminuído a cada passo, até ficar da mesma altura de

Oparg - creio que não preciso repetir meu pedido de desculpas. Preciso?

 

-

De modo algum, Odin. Os séculos dos seres humanos passam como se fossem

meros palpitares de nossos corações. Não guardo rancor e creio que

estamos em paz.

 

Odin apertou com vigor a mão de Oparg, sorridente.

 

- Se você crê, então eu creio. - disse, dando momentaneamente as costas para voltar a seu trono - Estamos todos acertados então?

 

- Na verdade, não.

 

A voz de Leonard fez o salão ficar no mais completo e absoluto silêncio. Odin virou-se devagar, encarando o Arquimago.

 

- Ainda tem alguma pendência comigo, mortal?

 

O

"mortal" soou arrogante, numa tentativa de Odin de lembrar ao Arquimago

qual o seu lugar. Mas isso não intimidou o louro, que sorriu de canto

de boca.

 

- De fato, a pendência é sua, todo-poderoso.

 

Um

jovem com longos cabelos louros, dotado de músculos poderosos, até

então calado no canto da sala, ergueu-se. Apontou o dedo com fúria para

Leonard.

 

- Pai! Dá a autorização e eu esmago este ser humano prepotente que ousa faltar-lhe com o respeito.

 

-

Não faltei com o respeito, poderoso Thor. - Leonard virou seu olhar

para o filho de Odin - E não se sinta especial. Conheço todos os seus

poderes, limitações e fraquezas. Não creio que o deus do trovão aguente

mais do que dez minutos de combate comigo. E estou considerando meus

equipamentos atuais, sem precisar ir para a minha casa.

 

- Blasfêmia! - Thor avançou com os punhos cerrados, sendo segurado por Brünhilde. Mas Odin intercedeu.

 

-

Basta, filho! Não pedi para que falasse ou que interrompesse o

Arquimago. Ele é nosso convidado e deve ser tratado com todas as

honrarias. Eu perguntei e ele, em seu direito, respondeu. Quero saber

que tipo de barganha ele me pede.

 

- Não é

barganha alguma, todo-poderoso. Apenas quero o que é justo. Em sua

contenda com Oparg, a minha família foi diretamente envolvida. Eu perdi

décadas de minha vida que, bem, me são muito preciosas, uma vez que não

vivo eternamente. Pelo menos não ainda. Perdi meu primeiro filho. Meu

segundo filho perdeu alguns anos de sua vida para ficar escondido

enquanto, secretamente ajudei Hildr a salvar-lhe, senhor do Valhalla.

 

- Eu entendo, Arquimago. E o que quer em troca? Poder? Dinheiro? Fama?

 

- Quero que ele tenha uma chance. Apenas isso.

 

- Do quê?

 

- De ouvir o chamado do espírito dele. Ele não é um Sacerdote.

 

- E o que ele é?

 

- Ele é um Belmont.

 

***

 

As

pessoas corriam na Vila Orc. O Orc Herói tentava desesperadamente matar

os humanos que insistiam em atacar seus irmãos azuis. Mas ele estava

indignado. Em sua frente, um Sacerdote louro barrava sua passagem. Seus

soldados orcs batiam nele, mas ele aguentava com firmeza cada ataque.

 

- Maldito humano! É uma questão de tempo até você morrer!

 

- Posso aguentar isso o dia inteiro!

 

Leafar

estava certo. Usava equipamentos específicos para aquela batalha. Tinha

poções que manteriam seu poder mágico sempre alto. E não sentia medo.

Seu olhar determinado fez o Orc Herói bufar. Com um berro, fez seus

soldados se afastarem do Sacerdote. Apontou então a espada para ele.

 

- Quem é você e o que você quer?

 

- Eu sou Leafar. Um de vocês matou meu irmão! Prepare-se para morrer*!

 

Com as mãos espalmadas, Leafar conjurou uma esfera de Luz Divina. Arremessou-a na imensa criatura. O orc riu.

 

- Acredita mesmo que isso vai fazer algo? Acredita que mesmo que por acaso me mate, seu irmão voltará à vida?

 

- Não interessa! Vou garantir que pelo menos você não causará mais mal a nenhuma família!

 

O

Orc Herói ficou parado, recebendo os ataques de Leafar, curioso. Seus

soldados riam, até que um deles caiu, cravejado de flechas. Leafar e o

Orc viraram-se na mesma hora.

 

- Já tem um sacer tankando ele! - um Caçador, acompanhado de um Bruxo e outro Sacerdote, berrou - Vai que é nosso!

 

O

MVP passou por Leafar, que limitou-se a colocar a Máscara de Fantasma.

Viu então o trio começar a atacar seu inimigo. Fora completamente

ignorado enquanto a batalha acontecia. Mas não se deu por vencido. Deu

a volta por trás do grupo e conjurou a Lex Divina, deixando o Bruxo

mudo. Invocou sobre o Orc então o Escudo Sagrado, impedindo o Orc Herói

de ser atingido pelas flechas do Caçador.

 

- Ei! Você está louco? - o Sacerdote foi para cima de Leafar, indignado - Isso é abuso de habilidade, sabia? É crime?

 

Leafar

não abriu a boca. Deu um murro na cara do Sacerdote, que caiu

desmaiado, pego de surpresa. Virou-se então para o Orc Herói.

 

- Por que me ajudou, rapaz?

 

- Não ajudei você. Eu disse que EU vou te matar. E ninguém vai atrapalhar a minha vingança.

 

O Orc Herói balançou negativamente a cabeça e riu. Embainhou a espada e se aproximou de Leafar.

 

-

Darei um desconto hoje porque sua ajuda foi realmente inusitada. E nós

não vamos sair daqui com você perturbando a minha paciência. Eu não sei

quem é o seu irmão, não sei qual dos meus irmãos o matou e não me

importo com isso. Mas se você prometer parar de me incomodar, eu te dou

isso - o MVP passou a mão na cabeça e tirou o próprio elmo.

 

O Sacerdote pegou o elmo rústico e olhou para o monstro, confuso. O Orc sacou novamente a espada e apoiou ela no ombro.

 

-

Escute: o dia inteiro eu me defendo de vocês, humanos. Vocês insistem

em invadir nossa terra para praticar, se fortalecer e coletar espólios

de nossa vitória. Eu não vou até sua cidade atacar vocês. Mas vocês

insistem em vir aqui. E eu achei honrado da sua parte me defender,

mesmo eu sendo o alvo de seu ódio. Você foi fiel a seus credos. Então,

em respeito a isso, aceite este Elmo de Orc Herói. É uma honraria dada

a poucos humanos.

 

Leafar segurou o elmo. O

Orc Herói estava certo. Matá-lo não traria seu irmão de volta. E nem

tinha sido aquele o algoz dele. Ficou olhando a proteção enquanto o MVP

se afastava a passos pesados, em direção ao leste. Não percebeu que o

grupo que ele tinha atrapalhado tinha acordado. Tinha se esquecido

deles. E não notou que alguém tinha atacado eles novamente, fazendo com

que ficassem desacordados por um longo tempo. Sequer notou o par de

olhos que o observava das sombras.

 

- Seu

filho continua em segurança, Leo. - disse Essny para si mesmo, olhando

o louro. Mas pela primeira vez em anos o elfo não teve resposta do

Arquimago - Por favor, volte logo.

 

***

 

* referência

ao livro "O noivo da princesa", onde Inigo Montoya repete

incessantemente na batalha contra o Conde Rouen "Olá! Eu sou Inigo

Montoya! Você matou meu pai! Prepare-se para morrer!"

***Ir para o último capítulo 

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- Pai! Dá a autorização e eu esmago este ser humano prepotente que ousa faltar-lhe com o respeito.

 

-

Não faltei com o respeito, poderoso Thor. - Leonard virou seu olhar

para o filho de Odin - E não se sinta especial. Conheço todos os seus

poderes, limitações e fraquezas. Não creio que o deus do trovão aguente

mais do que dez minutos de combate comigo. E estou considerando meus

equipamentos atuais, sem precisar ir para a minha casa.

 M-M-M-M-M-M-M-M-M-M-M-M-M-M-ONNNNSSSSTERRR KIIILLLLLL ILLLL IILLLLL ILLLL ILLLLPode esfregar, Thor, a gente sabe que doeu. Ninguém vai rir não. ^^  No mais, todas as observações são retóricas. Um "parabéns", embora simples, engloba tudo. Mas tudo mesmo.
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Nossa, Leafar. Seu pai todo-poderoso OWNASTE o deus que o meu clã serve. Será que o Thor vai me mandar caçar seu pai um dia? Brincadeirinha....... Acho que o Thor entende o seu pai. Até porque o filho dele já deteve umas três vezes o Hrymm (e a terceira contou com trabalho em equipe com a VII, hehehehe...........(menciono porque no Thor foi o Eisenheim quem acabou com o Hrymm, nussa, ele era 6x ainda)), e mais tarde quero reviver o Hrymm pra que o Cal Rasen tenha a chance de enfrentar este titã.............

Resumindo: parabéns, cara. Ownou master.

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Pra explicar a parada do Hrymm:

 No Odin, durante o Dämmerung, foi o Leafar quem deu o golpe final no ferreiro. Mas aqui no Thor, essa proeza foi do Alexander Eisenheim II, líder da Organização VII.

Vale lembrar que eu faço crossover total no mundo perante meus olhos. Pra mim, tanto faz se o personagem é do Odin ou do Thor, Rune-Midgard é a mesma nos dois servers, então eu coloco gente dos dois servers nas minhas histórias.

E repito o que disse ao Leafar sobre a fic: ele ownou master.

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 Leo... Tenho certeza que não é imprensão... Mas você se supera a cada segundo!!!Arrasador sinceramente, gostei demais em ver "velhos conhecidos", Gostei muito mais ainda da Jô!Agora a parte mais mais mais mais....!!!!! Leo ~ OdinE o filho saindo atacando em defesa pelo pai? Excelente mesmo, as palavras.. Tudo!!!!Valeu Rafa!

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Droga, se eu tivesse esperado mais meia hora tinha sido o primeiro >.>Bom, sem comentários desnecessários (tudo esta ótimo como sempre), acho que ja sei com quem o Panelão aprendeu a Ownar os outros (OH MY DOG! Ele ownou um Deus!)

Parabens Leafar, muito bom o texto ! 

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