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O Mundo Visto Através de Olhos Vermelhos


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já ouvi falar em coisas que não valem a pena mas essa foi a pior

*Congela* 

 

Gogeta, como seu amigo, vou te dar uma dica valiosa: Corra o mais rápido que puder, para tão longe quanto humanamente possível. É pra correr com vontade porque, na hora que ela descongelar, ela vai te caçar até a sua morte (visualize um guepardo correndo atrás de uma gazela).

oh noes!!1! vc tem razão, ( mas eus empre soube que daria um ótimo bardo...) * corre at´´e o japão e de lá pega um trem bala pro lugar mais longe possivel

e de lá começa a cavar pra se esconder* rá! me ache agora[/mal]

mais uma coisa( que post grande...):

E aproveitando o post, fico feliz de ver que a fic continua com a mesma qualidade de anos atrás. E, embora eu tenha uma leve noção do momento em que parou, continuo eufórico a cada capítulo que é postado. Continue, Tenko. Tem gente aqui esperando por continuações (além do que, caso você demore, essa galera se junta pra te caçar e não vai ter instinto assassino que te salve).

P.S.:

 

Essa foi pior que uma punhalada no pâncreas...

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Double post, Tenko Ó.ó ? Que feio, raposinha [/verg]

Minha fic favorita . Ela foi um dos motivos pelo qual eu quitei da votação p/ tutor \o/

Emocionante, quase nenhum erro e original (foge daquele típico bem vs. mal ou caos vs. ordem e protagonista bonzinho/modesto).

O jeito como a Tenko descreve é tão bom =3

Eu tremi de raiva quando a Freya (a personagem, porque a verdadeira nem conheço) traiu a Tenko >.

Sem falar do yuri [/o.o]

 

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Sua luz se manteve refletida

na palma da monja brilhar azulada por um segundo antes de não haver mais nenhum

sinal de sua existência.

 Posso ser um pouco leigo na escrita, mas creio que a descrição está um pouco errada, não? Enfim, é REALMENTE Mínimo! NUNCA algo assim vai comprometer uma Fic tão boa quanto essa, continue! :3
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Tenko, pelo menos apareça aqui nesse topico pra dizer se a fic continua um dia >.

Se o problema tem solução, não se preocupe, porque tem solução. Se o problema não tem solução, também não se preocupe, porque não tem solução. (Provérbio Chinês)

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Adicionei um índice de no primeiro post do tópico, para facilitar a vida de quem estiver lendo e re-lendo a fanfic. =3 -----------------------------------------------------------------------------  CAPÍTULO 17 - TENKO, A MÚLTIPLA

 

 

 

 

Algo

perturbava a densa floresta de Payon naquela manhã.

 

 

-

Sentido!

 

 

Os

soldados se empertigaram, batendo os calcanhares das botas e sacudindo as

armas, fazendo o máximo de barulho que podiam. Os pássaros saíram voado das

árvores, incomodados com a tropa de barulhentos visitantes em seu território.

Os fumacentos já haviam há muito voltado para suas tocas, e os salgueiros

permaneciam imóveis.

 

 

Eram

trinta ou quarenta guerreiros, todos vestidos com o mesmo uniforme. Cota de

malha leve, com ombreiras metálicas. Calça marrom, de tecido duro, e botas de

couro escuro quase até os joelhos. Nas mãos usavam também luvas de couro até os

cotovelos, com o dorso das mãos e dos antebraços cobertos de placas metálicas.

Por cima de tudo, uma espécie de túnica sem mangas, de tecido negro, e um cinto

largo. Na cabeça, elmos redondos e metálicos, com uma pequena tira de aço

protegendo o nariz. Alguns carregavam azagaias, outros espadas simples e

escudos redondos de madeira, e alguns ainda carregavam arcos e alijavas com

flechas de ponta de ferro. Estes últimos não usavam cota de malha por baixo da

túnica, e sim armadura de couro. No lugar das luvas havia braçadeiras, também

de couro, e o elmo não tinha o protetor de nariz, para não atrapalhar a visão.

Pintado em cada escudo e bordado no peito de cada túnica havia um brasão

representando uma serpente enroscada em uma espada: o brasão da família Primus.

 

 

Junto

com o pequeno batalhão, havia quatro ou cinco cavaleiros, que pareciam ter

acabado de sair do teste para se tornar um. Montavam pecos magros e usavam

armaduras gastas. Alguns mal tinham barba. Apenas um tinha barbatanas em seu

elmo. Tinham o brasão dos Primus em suas capas e escudos. Sentados em um canto,

à sombra de uma árvore, um trio de caçadores observava o soldado. Também eram

bastante jovens, e revezavam goles de uma garrafa de vinho de arroz barato.

 

 

Montado

em um robusto pecopeco dourado, revistando e organizando os soldados, estava

aquele que parecia ser o líder de toda a confusão. Vestia uma armadura metálica

completa, polida e reluzente. Sua capa bege era grossa e bem cuidada, e nela

havia o brasão dos Primus caprichosamente bordado. Atravessada nas costas havia

uma enorme espada bastarda, e as serpentes que decoravam seu cabo, guarda e

bainha mostravam que ela havia sido imbuída com a essência das hidras. Na

cabeça, um pesado elmo feito de osso e chifre, e também um par de barbatanas

esverdeadas na altura das orelhas e um bevor tapando a boca e o nariz, de forma

que tudo que podia se ver do cavaleiro eram seus olhos caídos, de um

azul-profundo, e um rabo-de-cavalo longo e negro escorrendo pelas costas.

 

 

-

Podem descansar! -, disse o cavaleiro, e todos os outros relaxaram. Exceto os

caçadores, que já estavam relaxados desde o começo. O cavaleiro apeou, e ainda

segurando as rédeas do peco, baixou o bevor e retirou o elmo, segurando-o

debaixo do braço livre. Era Sir Secousse Primus, herdeiro da família, mestre da

espada de duas mãos e organizador daquela caçada.

 

 

Porque

toda aquela confusão não passava de uma caçada.

 

 

-

Dividam-se em três grupos e comecem a procurar pela floresta! - , ordenou

Secousse. – um grupo para o norte, um para o sul e um para o leste. Cada um

leve um caçador como guia. -, disse ele, apontando os três homens levemente

embriagados sentados à sombra.

 

 

-

Eu irei pelo oeste e vou ver se acho alguma pista. Se virem qualquer sinal da

mestiça, que os caçadores façam soar a trompa. Vão!

 

 

Rapidamente,

os cavaleiros e soldados se dividiram em três grupos e desapareceram na

floresta, chacoalhando armas e armaduras. Primus passou os dedos pelos cabelos,

desfez o rabo-de-cavalo e prendeu de novo com mais firmeza. Em seguida enfiou o

elmo de osso na cabeça de novo e cruzou os braços, pensativo. Mandar um bando

de soldados rasos, alguns cavaleiros inexperientes e três caçadores bêbados

atrás de uma assassina, em uma floresta onde o que não faltava eram sombras

para que ela se escondesse. Sabendo que esta assassina tinha o suporte de uma

sacerdotisa e a provável ajuda de uma legítima caçadora Aintaurë. Sem falar que

essa assassina era filha de Lady Irina Renard. E isso significava que ela

era...

 

 

Primus

sentiu seus pêlos se eriçarem por baixo da armadura. Não gostava nem de pensar

nisso. Amaldiçoou o momento em que foi se meter com essas... criaturas!

 

 

-

No que está pensando, cavaleiro?

 

 

Primus

olhou para o lado. E lá estava o pequeno Reiko, o mago. De aparência tão frágil

e tão ameaçadora. Ao lado deste estava seu companheiro, Byakko, o mercador.

Claro que Primus sabia que Reiko e Byakko não eram mago e mercador na

realidade. Eram servos daquela horrenda Irina Renard. Ou qualquer que fosse seu

nome verdadeiro, pois tinha certeza que aquele não era. Irina é um nome humano.

 

 

-

Nada demais. Decidindo que rota tomar. -, disse Primus.

 

 

-

Sugiro então que... – começou a dizer o Mago, mas interrompeu o que dizia ao

ouvir o som de um pecopeco a galope. Passou por eles tão rápido que só puderam

ver que quem o montava usava armadura completa. Primus rapidamente montou em

seu próprio peco e começou uma perseguição. Reiko e Byakko correram atrás. Mas

a perseguição foi curta. Logo o cavaleiro desconhecido parou perto de um

pequeno lago. Apeou e sussurrou qualquer coisa para sua montaria. O peco tranquilamente

se dirigiu ao lago e começou a beber, enquanto o cavaleiro contemplava, imóvel,

o movimento das águas.

 

 

Primus

saltou do peco para o chão. Começou a andar na direção da figura. De repente o

cavaleiro desconhecido voltou-se para ele, e Secousse Primus pode ver

que se tratava de uma amazona de rara beleza. Trajava uma magnífica cota

de malha, um grande elmo com chifres de carneiro e sobre os ombros tinha um

estupendo manto de penas de cisne. Ela andou até Primus e o olhou diretamente

nos olhos.

 

 

Secousse

estremeceu. Seu coração disparou. Queria correr, mas não podia. Queria desviar

o olhar daquelas íris cinzentas, mas estava completamente paralisado. A amazona

tinha exatamente a sua altura, e emanava uma espécie de força que o deixava

completamente apavorado.

 

 

-

Não... não é você que eu procuro.-, disse ela, e se afastou em direção ao lago.

Ajoelhou-se, tirou o elmo da cabeça e colocou-o ao seu lado. O peco terminou de

beber água e veio se sentar ao seu lado. A amazona afagou seu bico o mais

delicadamente que as manoplas lhe permitiam. Em seguida sacou a espada que

trazia na cintura. Encostou a lâmina no próprio ventre.

 

 

-

Ei... não faça isso!!! - , gritou Primus, já livre de seu transe, e se

precipitou para impedi-la. Mas ela se ergueu subitamente, e o cavaleiro sentiu

uma nova onda de terror gelar seus ossos, fazendo-o cambalear para trás. Ela

segurava com firmeza a espada na mão direita, e com a esquerda soltou o nó que

prendia seus cabelos junto à nuca, fazendo-os cair sobre as costas como uma

cascata azul-celeste. Eram sedosos, lisos e longos, caindo até a cintura da

amazona. Ela olhou para o céu e bradou:

 

 

-

Não desistirei, irmãs! Árdua é a tarefa da qual fui incumbida, mas não

desistirei! Nem que tenha que atravessar outra vez os portões de Niflheim!

 

 

Com

a mão livre, a amazona segurou firmemente seus cabelos um pouco acima dos

ombros, como se fosse prendê-los em um rabo-de-cavalo.

 

 

-

Estive procurando no lugar errado. -, disse ela, e apertou os olhos, como se

sentisse alguma dor.

 

 

Se é um guerreiro que procuro...

 

 

A

amazona baixou a mão que segurava os cabelos, esticando-os.

 

 

-...

Devo viver como uma guerreira!

 

 

E

em um movimento rápido, passou a espada por cima da manopla nos cabelos

esticados. Embainhou a espada outra vez, e estendeu à sua frente o braço que

segurava quase meio metro de cabelos azul-celeste. Abriu a mão e soltou-os.

Abaixou-se, pegou o elmo e colocou na cabeça. As pontas esfiapadas dos seus,

agora curtos, cabelos apareciam por baixo dos chifres.

 

 

-

Não me lamentarei de meu destino. Não mais. Lutarei para reconquistar minha

honra, mesmo que me custe a vida.

 

 

Montou

em seu pecopeco cor de fogo e segurou as rédeas com firmeza. – Vamos,

Siegfried. Temos uma longa jornada pela frente. -, sussurrou a amazona, e o

peco disparou e desapareceu na floresta em instantes.

 

 

O

coração de Primus finalmente se acalmou. Sacudiu a cabeça e piscou diversas

vezes para se convencer que a estranha cena havia sido algum tipo de

alucinação. Mas o monte de cabelos cortados ainda estava ali, no lugar onde a

amazona os deixou cair. Olhou para trás e viu Reiko e Byakko. Ambos estavam

tensos, com os cabelos arrepiados. Suas faces eram verdadeiras máscaras de

terror. Primus sabia o que os havia atingido, e chegou a sentir um pouco de

pena. Mas não podia perder a oportunidade de se mostrar superior. Montou no seu

pecopeco, empertigado, levantou o bevor e apenas disse “vamos logo, não temos

tempo a perder” antes de sair trotando tranquilamente pela floresta.

 

 

Byakko,

hesitante, se dirigiu até o monte de cabelos no chão. Pegou uma mecha e

aproximou-a do nariz. Depois entregou a Reiko.

 

 

-

Humana? Não é possível!

 

 

-

Humana. Definitivamente. -, disse o mago, farejando a mecha.

 

 

Muito estranho...

 

 

---------------------------------------------------------------------------------------------

 

 

Brynhildr

cavalgava em silêncio, pensando na grande missão que teria de cumprir.

Sentiu-se observada, e voltou-se na direção em que pensava estar aquele que a

observava.

 

 

-

Pare um pouco, Siegfried.

 

 

O

peco parou. Brynhildr sorriu para seu observador. Este sorriu de volta.

 

 

-

Sou muito grata a você. Creio que seus conselhos me serão úteis.

 

 

Mais

uma troca de sorrisos.

 

 

-

Tenho a impressão de que procuramos a mesma coisa. Estarei correta?

 

 

A

raposa branca apenas sacudiu a cauda felpuda e sorriu outra vez. Depois correu

e desapareceu na floresta. Brynhildr fez o mesmo.

 

 

---------------------------------------------------------------------------------------------

 

 

A

parte sul da floresta de Payon começou a sentir a perturbação. Soldados

barulhentos andavam esmagando ruidosamente a grama, cortando mato, falando alto

e tropeçando o tempo todo. Tanto barulho acabou acordando Tenko Kitsune, que

cochilava nos galhos mais altos de uma das grandes árvores da floresta.

 

 

Tenko

havia saído de Al De Baran há mais de um mês. Comprou portal para Prontera de

um sacerdote e de lá andou até Payon. Não usou o serviço Kafra de transportes.

Seria mais rápido, mas a corporação Kafra faz registro de todos os seus

serviços, e ela não queria ser encontrada. Por isso também, ignorou as confortáveis

estalagens pelo caminho, andando sempre pela floresta e dormindo no topo das

árvores. Depois de uma longa viagem, havia se estabelecido num trecho de

floresta próximo à cidade portuária de Alberta. Costumava sair pela manhã,

atravessar Alberta até o porto e passar o dia todo caçando na Ilha das

Tartarugas.

 

 

Tenko

achou que seria fácil da primeira vez. Afinal, eram apenas tartarugas. Teve uma

ligeira surpresa a descobrir que as tais tartarugas tinham quase sua altura e

mordiam com força o bastante para quebrar ossos. No entanto, Tenko estava se

saindo muito bem. Tornava-se cada vez mais forte, e estava enriquecendo, apesar

do custo alto de suas caçadas. A Ilha das Tartarugas ficava a alguns

quilômetros da costa, e os habitantes da cidade tinham pavor dela. Acreditavam

que era amaldiçoada, contavam histórias de uma expedição que foi para a ilha e

nenhum dos membros jamais retornou. Diziam também que no subterrâneo da ilha

havia uma vila inteira, habitada apenas por tartarugas, com um imenso palácio onde

vivia seu rei. Muitos já foram ao encontro do senhor das tartarugas, mas nenhum

voltou. Diziam que era uma tartaruga da altura de três homens, que carregava um

par de espadas com mais de dois metros cada, e que era forte o bastante para

estilhaçar as armas dos seus inimigos com um só golpe. Mas isso era apenas

conversa de bêbados na taverna. O fato era que apenas um velho barqueiro tinha

coragem de ir até a Ilha das Tartarugas. Um marinheiro de nome Gotanblue, que

não cobrava pouco pelo serviço.

 

 

Mesmo

assim, Tenko enriquecia. Trazia da ilha os espólios da sua caça. Cascos

inteiros das grandes tartarugas, pedaços de gelo que nunca derretiam, grandes

pedaços de pedra... o fato é que as lendas eram em parte verdadeiras. As

tartarugas da ilha não eram normais. Seus corpos eram feitos de pedra, gelo ou

até mesmo material incandescente. E partes desses corpos alcançavam bom valor,

pois muitos colecionadores estavam dispostos a desembolsar boa quantidade de

zeny para ter consigo uma parte da misteriosa ilha na qual eles jamais teriam

coragem de por os pés.

 

 

Quando

tinha sorte, Tenko encontrava mel e geléia real na ilha, pois as tartarugas

eram tão grandes que as abelhas faziam suas colméias em seus cascos, e tão

sólidas que não podiam ser picadas. Havia restabelecido contato com Kuroi Yuri,

e agora esta cuidava de seus lucros. Tenko achava isso muito bom, pois era

impaciente demais para negociar ou barganhar, enquanto Kuroi sempre conseguia

pechinchar preços mais baixos para poções e asas ou convencer um comprador a

pagar algumas centenas de zeny a mais em um pote de mel. E havia uma última

coisa que fazia Tenko se sentir confortável na Ilha das Tartarugas. O lugar era

um verdadeiro covil de assassinos.

 

 

Tartarugas

têm cascos extremamente sólidos, o que faz delas alvos difíceis para a maioria

daqueles que combatem com lâmina, maça ou flecha. Por sua natureza elemental,

são também resistentes à magia. Mas nada disso era problema para um assassino.

Tenko logo descobriu que um golpe bem dado de katar perfurava até mesmo o casco

sólido das tartarugas-soldado. A única outra classe que conseguia tal feito era

a dos monges, que Tenko viu em ação na ilha pela primeira vez. Eles conseguiam,

com seus poderes psíquicos, explodir o adversário de dentro para fora. E quanto

maior a defesa, maior o dano. Mas essa técnica logo deixava os monges exaustos,

e eles não tinham a facilidade dos assassinos para se esquivar das dolorosas

mordidas das tartarugas. Sem falar de uma pequena criatura que vivia na ilha em

simbiose com as tartarugas de gelo, os chamados “congeladores”. Era uma espécie

de lampreia de pele escura e dentes afiados, que normalmente se alimentava dos

restos deixados pelas tartarugas, mas não perdiam a oportunidade de morder um

pouco de carne humana fresca. Monges tinham uma certa dificuldade com essas

criaturinhas, que tinham o justo apelido de “pestes”. Mas para os assassinos, a

Ilha das Tartarugas era como um segundo lar. E Tenko não se sentia mais tão

solitária e deslocada.

 

 

Tenko

Kitsune seria feliz, se não fosse pela lembrança constante e cruel de Freya.

 

 

Sonhava

com Freya constantemente. Às vezes acordava no meio da noite e tateava a

procura do corpo da sacerdotisa. Mas suas mãos tateavam o vazio. Abria os olhos

quando acordava, só para descobrir que as manchas verdes que sua visão ainda

embaçada pelo sono distinguia eram folhas, e não os cabelos de sua amada.

Sentia saudade absurda do tempo em que se abraçavam nos cantos escondidos da

Vila dos Arqueiros, ou quando caçavam lado a lado nas cavernas de Payon.

 

 

-

Onde foi que eu errei? -, indagava a assassina. O que ela havia feito para

afastar sua amada Freya? O que aquele cavaleiro com cheiro de tabaco possuía e

ela não? As palavras “dinheiro” e “poder” rapidamente passavam por sua mente.

Cada vez mais sentia raiva destes cavaleiros e de sua falsa honra. E agora

havia também esses malditos soldados, incomodando a floresta inteira.

 

 

Olhou

para baixo e viu as tropas. Reconheceu o brasão de Primus, e sua raiva cresceu

ainda mais. Seu inimigo a havia encontrado!

 

 

Analisou

a pequena tropa de seu posto em cima da árvore. Só havia um adversário

realmente perigoso. O caçador, contra quem sua esquiva não valeria muito. Tenko

subestimava suas habilidades. Aquele caçador era novato, e mesmo sóbrio não a

atingiria. Meticulosamente analisou a posição do bando. Um salto seria

suficiente para acabar com o caçador. Acostumados a perfurar cascos de pedra e

gelo, os katares de Tenko não teriam a mínima dificuldade para retalhar aquele

humano macio. O cavaleiro poderia dar trabalho também. O escudo poderia estar

imbuído com a essência do Sapo de Thara, o que atrapalharia bastante sua luta.

Além disso, cavaleiros costumam ser resistentes e demorar a cair. Os outros

soldados não a preocupavam. A julgar pelo que conhecia dos soldados dos Renard,

eram pouco mais hábeis que um aprendiz, e suas armas eram de baixa qualidade.

Mas pensou um pouco melhor e concluiu que seria melhor se manter furtiva em

cima da árvore. Sua experiência de batalha se resumia a monstros. Derramar

sangue humano naquele momento tão sensível não lhe parecia uma boa idéia. Além

disso, havia além do cavaleiro e do caçador, três espadachins e dois lanceiros.

Se não conseguisse aniquilar todos, os sobreviventes pediriam reforço. E mesmo

que não sobrasse nenhum, Primus iria ficar sabendo mais cedo ou mais tarde. De

repente, seus pensamentos foram interrompidos por um pio agudo, seguido por uma

voz masculina.

 

 

-

Ei, o falcão viu alguma coisa! Olhem em cima daquela árvore.

 

 

Maldito

falcão. Rapidamente sua mente treinada avaliou as duas possíveis opções:

enfrentar o bando ou usar asa de mosca. A segunda opção poderia fazê-la cair

bem no meio de outro bando de soldados, então sentiu-se forçada a optar pela

primeira. Agora, Tenko Kitsune, a mulher magoada e ferida saía de cena, e

entrava Tenko Kitsune, a assassina fria.

 

 

Rapidamente

engoliu uma poção do despertar. Sem aviso algum, saltou em cima do caçador.

Este a viu, mas já era tarde demais para tirar o arco do ombro. Tentou alcançar

sua trompa, mas Tenko aterrisou em cima de seu corpo e aproveitou a inércia da

queda para cravar fundo a jur no peito do homem. “Um já foi, mais seis”, pensou

a assassina. Antes que pudessem vê-la com clareza, puxou o katar ensangüentado,

saltou para trás e sumiu nas sombras.

 

 

-

Rápido! Ela está por aqui! Procurem! -, gritou o cavaleiro.

 

 

Os

soldados olharam assustados para o caçador agonizante. Olharam nervosamente

para o cavaleiro, que virava o pescoço freneticamente para um lado e para o

outro, procurando qualquer sinal da assassina. Enquanto isso, Tenko se

esgueirou silenciosamente e se postou alguns metros à frente do cavaleiro.

Então jogou uma pedra com força, levantando poeira ao longe.

 

 

-

Ela está ali! -, bradou o cavaleiro, erguendo a espada. – Carga!

 

 

Esporeou

o peco e saiu a toda velocidade na direção da pedra. Quando passou por Tenko, a

assassina atacou as pernas da montaria. O animal sentiu a dor do largo corte

aberto em sua pata, e refugou, jogando seu cavaleiro para fora da sela. O homem

caiu de bruços no gramado. Sem perder um segundo, Tenko avançou no cavaleiro

caído e cravou a jur direita em sua nuca, forçando-a para baixo até separar com

a lâmina as vértebras do pescoço do inimigo. O peco fugiu desgovernado.

 

 

Então

Tenko se levantou e encarou os soldados de Primus. E quando fez isso, sentiu

pena. Eram todos jovens, e tremiam tanto que suas armas quase caíam de suas

mãos. Ela era Tenko Kitsune, a Assassina. Tenko Kitsune, a Mestiça. Tenko

Kitsune de Olhos Vermelhos. Tenko Kitsune, o Demônio. E eles haviam acabado de

sair do campo de treinamento. Quando ouviram a história de Secousse Primus

haviam esperado encontrar algo parecido com uma nobre se fingindo de assassina,

nunca aquela mulher selvagem que cheirava a sangue.

 

 

“Garotos

azarados...”, pensou a assassina. Eram tão jovens. Mas ela não poderia

deixá-los viver. “Desculpem-me, pequenos. Minha vida vale mais que a de vocês”,

murmurou para si mesma e avançou para o grupo de soldados. Primeiro os

lanceiros. Lanceiros atacam de longe. E assim fizeram, de acordo com seu

treinamento, mas suas estocadas eram lentas demais para atingir a assassina.

Foram treinados para derrubar pecos em carga, que andavam reto, não assassinas

que saltavam velozmente de um lado para o outro. Em segundos, o primeiro

lanceiro caiu, o grito de dor saindo como um som gorgolejante pela garganta

rasgada. O segundo lanceiro tentou recuar, estava perto demais para usar a

ponta da lança. Se fosse um guerreiro experiente, teria usado o cabo da arma

para atingir sua algoz. Mas não era. Tenko cravou as duas lâminas

horizontalmente no peito do garoto, e então abriu os braços, forçando a saída

das jurs pelos lados.

 

 

Um

dos espadachins tentou atacá-la pelas costas. Mas ele foi barulhento demais.

Tenko se esquivou a tempo, e recebeu apenas um pequeno corte no braço. A

segunda espada foi desviada por uma pancada do antebraço de Tenko na lateral da

lâmina. O terceiro espadachim ergueu a arma alto demais antes de desferir o

golpe. A assassina se equilibrou, levantou a perna até o joelho chegar à altura

do queixo e desferiu um chute alto, o calcanhar atingindo em cheio a boca do

espadachim, que cambaleou para trás, atordoado e cuspindo dentes. Aproveitou o

impulso e abaixou o corpo para cravar as lâminas no ventre de um dos soldados.

O último soldado restante foi abatido com um poderoso soco de Tenko, que fez a

lâmina do katar entrar por baixo de seu queixo e sair pelo topo de sua cabeça.

 

 

Então

a assassina notou que o espadachim atordoado havia se levantado e agora corria

desesperado, abandonando pelo caminho as armas e o capacete. “Desculpe. Não

posso te deixar fugir”, murmurou Tenko. Retirou de dentro de uma das botas uma

pequena faca de arremesso, e a atirou. Não foi um bom tiro. A faca se cravou no

ombro do jovem, que rapidamente a jogou fora. Tenko parecia não se importar.

Virou as costas e foi embora, sacudindo as armas para limpar o sangue. Alguns

metros à frente, o espadachim espumava, caído no chão, revolvendo-se

convulsivamente devido ao efeito da potente neurotoxina que Tenko Kitsune usava

em suas facas de arremesso.

 

 

---------------------------------------------------------------------------------------------

 

 

Tenko

caçou pouco naquele dia. Tenko, a Assassina voltava a dar lugar para Tenko, a

Mulher, que sentia falta da companhia da pessoa amada, e Tenko, a Humana, que

se ressentia do massacre que havia feito algumas horas antes. Primus saberia

que ela havia sido a culpada. Reiko com certeza também saberia. Mas eles não

poderiam fazer nada. O Senhor de Payon não gostaria de saber que havia gente

profanando sua floresta sagrada. Tudo que poderiam fazer seria encobrir as

mortes e redobrar os esforços para caçá-la.

 

 

A

tarde daquele dia conturbado já ia chegando ao fim. Tenko estava sentada no

porto, pena e papel em punho, desenhando. Todos os seus desenhos tinham o mesmo

tema. Freya, Freya e Freya.

 

 

-

Hã... com licença? Tenko Kitsune é você?

 

 

Tenko

se levantou e olhou na direção da voz. Era uma mulher, poucos centímetros mais

baixa que Tenko. Tinha olhos de um verde-azulado suave, e cabelos longos,

prateados, presos em uma trança que caía sobre suas costas. Usava um casaco

comprido, escarlate, do tipo usado pelos ladinos de Morroc. Sobre a cabeça, um

elmo metálico com um par de asas brancas. A assassina a reconheceu. Já a havia

visto caçando na Ilha das Tartarugas. Era a única ladina que caçava por aqueles

lados. Já a havia observado em ação, e sabia que era bastante forte e

absurdamente veloz em

combate. Mas não sabia seu nome.

 

 

-

Tenko Kitsune sou eu. Que deseja? Aliás, quem é você? -, disse a assassina,

olhando diretamente para os olhos esverdeados da ladina. Ela desviou o olhar.

Era tímida.

 

 

-

Ah... desculpe, estou sendo rude! - A ladina corou. – Meu nome é Nhyx... eu já

te vi caçando lá na Ilha algumas vezes, mas você nunca chegou a falar comigo.

Bom... chegou hoje na cidade uma sacerdotisa de cabelos verdes, perguntando

para todo mundo se tinham notícias de uma certa assassina chamada Tenko

Kitsune. Ela parecia desesperada atrás de você... então te vi aqui e resolvi

entregar a mensagem. Freya Dellan está te procurando. Desculpe o incômodo!

 

 

Terminou

a frase e desapareceu rapidamente, o rosto quase da mesma cor do casaco.

 

 

Tenko

sentou-se outra vez. Mas não conseguiu desenhar. Suas mãos tremiam, e as

lágrimas borravam a tinta. Freya conseguia ao mesmo tempo ser absolutamente

adorável e absolutamente cruel.

 

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a, e se for uma valquíria que o monta... desculpe mas o nome não era brunhilde??
Brunhilde é uma pronúncia alternativa de Brynhildr, assim como Brunhild, Brunhilda, Bruennhilde, Brunhilt, entre outros. Esses nomes mitológicos costumam ter um montão de grafias. Escolhi usar a grafia Brynhildr para a fanfic porque é a usada no nome do castelo central de Prontera.E provavelmente posto outro capítulo domingo ou segunda. Aguardem! =3

 

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Tá todo mundo aproveitando as férias pra calibrar o álcool e relaxar, Gogeta. Eu tô fazendo isso, e acho que você devia fazer o mesmo. Se não bebe bebidas alcóolicas (Buchanan's 18 anos, my precioussss), fique no suco e refrigerante e seja feliz. Até meu flood aqui diminuiu, por causa das férias.

Agora que me fiz presente, vou nessa. Tem uma corrida pra eu vencer, e depois é balada até de manhã. Abraços, galera!!!

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CAPÍTULO 11 - UM CAMINHO PARA TENKO 

 

 

 

E mais uma manhã despontava sobre Rune-Midgard. O Sol tingia

de dourado os cinco castelos do Feudo de Britoniah, e reluzia nas armaduras dos

guerreiros que haviam despertado cedo e agora adentravam nos castelos de seus

clãs para caçar em um dos mais terríveis calabouços de toda Midgard. Refletia

nas águas do rio que descia do Monte Mjolnir e iluminava a Ponte de Geffen, por

onde jovens magos iniciantes saíam para suas primeiras aventuras. Os raios

vermelhos e dourados lambiam as pedras da Torre de Geffen, fazendo-a parecer

envolvida por chamas. Nesta manhã o Sol reluzia com todo o seu fulgor,

anunciando um belo e novo dia.

 

 

Não para Tenko. Oculta nas sombras, ela maldizia o Sol

agourento que vinha lhe tirar o esconderijo. Geffen a havia rejeitado. A Cidade

dos Magos não era lugar para uma gatuna. A luz parecia tentar atingi-la de

propósito e mostrar sua localização para seus perseguidores. Hoje ela partiria

de Geffen o mais cedo e o mais rápido possível. Precisava apenas avisar sua

companheira de viagem, Kuroi Yuri, e agora se dirigia à praça central da cidade

justamente para isso. Por consideração à amiga, deixava a proteção das sombras

e se dirigia à luz. Rosto afundado até o nariz no manto, Sakkat cobrindo os

olhos vermelhos.

 

 

Kuroi já estava na praça, tranquila, sentada em um dos

bancos ao lado de seu inseparável carrinho. Conversava animadamente com uma

bela jovem de cabelos castanhos. Tenko se aproximou e notou que a garota era

uma arqueira, pois estava entretida na fabricação de flechas. Afinava

cuidadosamente pedaços de madeira com uma faca para fazer as hastes, colocava a

ponta de prata ou de pedaços de minérios elementais e a afiava delicadamente

com sua faca. Por fim, prendia na parte de trás de cada uma delas uma pena

branca e a cortava do jeito certo para a flecha ficar aerodinâmica. Fazia tudo

isso com movimentos rápidos, graciosos e precisos. E era exatamente este o

assunto da sua conversa com a mercadora.

 

 

“É interessante como você consegue quebrar os minérios do

jeito certo para fazer pontas de flecha! Quantas você consegue por minério?”

 

 

“Cerca de cinqüenta.”, respondia a arqueira. Sua voz era

doce e melodiosa. “Mas elas não vem no formato certo, tenho que afiar os

fragmentos. Mas creio que o segredo das minhas flechas seja as penas que uso. A

maioria dos arqueiros usa pena de PecoPeco, que é fácil de conseguir e é muito

boa, mas eu prefiro a pena de falcão, que é mais rija e dá mais estabilidade e

sustentação.”

 

 

“Estou vendo! Nunca me interessei muito por flechas e arcos,

sempre preferi espadas ou outras lâminas. Mas vendo deste jeito fica muito

interessante! Me diga, Sethit, onde consegue penas de falcão brancas? Eu

nunca... Ahhhh! Tenko! Não apareça assim de repente, você me deu um susto!”

 

 

A gatuna estava a poucos centímetros de Kuroi. Havia se

aproximado silenciosamente e agora estava postada ao seu lado, de braços

cruzados por baixo do manto. A mercadora logo tratou de fazer as apresentações.

 

 

“Sethit, essa é Tenko Kitsune, minha companheira de viagem.

Ela é um pouco mal humorada e ranzinza, e gosta de aparecer do nada como um

fantasma...” Kuroi deu um leve beliscão na mão de Tenko. “...mas é uma

excelente pessoa e me protegeu no caminho perigoso de Prontera até aqui!”

 

 

“Prazer em conhecê-la, Tenko Kitsune!” A arqueira deixou de

lado a faca e as flechas, levantou-se e agora fazia uma graciosa reverência.

“Sou Sethit Aintaurë, ao seu dispor. Kuroi Yuri me falou bastante sobre você, e

é uma imensa honra conhecê-la pessoalmente!”

 

 

Tenko respondeu com um leve aceno de cabeça. Reverências e

palavras formais a deixavam constrangida. Pensava em uma resposta educada,

quando foi salva por um ruflar de asas. Sethit se voltou na direção do som com

um delicado sorriso no rosto. Uma enorme ave de rapina pousou no encosto do banco,

perto do ombro da arqueira. Era um falcão, mas grande como uma águia e

inteiramente branco, exceto por algumas manchas castanhas no peito e nas pontas

das asas. Tinha ferozes olhos cor de âmbar, e seu bico recurvado era

cinza-chumbo. O falcão saltou mais para perto de Sethit e começou a acariciar a

orelha da garota com seu bico. Sethit ria e devolvia a carícia passando seus

dedos de leve na cabeça da ave.

 

 

“Agora, Kuroi, você pode ver onde eu consigo penas brancas.

Minha família tem um criadouro de falcões. Cuido deste aqui desde que saiu do

ovo. Seu nome é Horus. Ele ainda é jovem demais para me acompanhar em minhas

caçadas, por isso ainda reside com meus pais, no criadouro”. E virando-se para

o falcão, disse. “O que te traz aqui, tão longe de casa, meu pequeno?”. Em

resposta, a ave soltou um pio agudo e estendeu uma das patas. Havia um pedaço

de pergaminho enrolado preso a ela. Sethit desamarrou o nó que o prendia,

desenrolou o papel e começou a ler. Horus empoleirou-se do seu lado e começou a

arrumar as penas com o bico.

 

 

“Família estranha. Costuma-se usar pombos para esse

serviço”, pensou Tenko. Durante sua infância ela havia visto muitas caçadas com

falcões, mas esse certamente era bastante exótico. “A arqueira disse que ainda

é jovem! Imagino o tamanho que esse animal vai atingir!”

 

 

“Más notícias?”, perguntou Kuroi apreensiva quando a

arqueira terminou de ler a carta. “Felizmente não.”, respondeu Sethit. “É uma

carta de meus pais. Um de meus primos irá se tornar caçador em breve, e estou

sendo chamada para assistir a cerimônia. Devo voltar a Payon. Kuroi, convido a

você e à sua companheira a virem comigo! Quero apresentá-las aos meus pais!”

 

 

“Não quero incomodar”, murmurou Tenko. “Ora, deixe de ser

ranzinza, gatuna cabeçuda! Sempre quis conhecer Payon, ouvi dizer que há um

excelente ferreiro por lá!”, retrucou a mercadora, rindo. “Não será incômodo

nenhum, Tenko Kitsune. Sempre há espaço para hóspedes na casa dos Aintaurë. Já

estou levando comigo uma noviça, minha companheira de caça.”

 

 

“Bom, Payon é bem longe daqui. Ir para lá pode não ser uma

má idéia. Primus e Reiko não pensarão em me procurar lá”, pensou Tenko consigo

mesma. Perguntou então: “Payon é muito longe, no extremo sul de Midgard. Por

que rota viajaremos?”. Definitivamente, Tenko não queria passar por Prontera. E

havia jurado não passar por Morroc enquanto não se tornasse forte o bastante

para enfrentar os soldados dos Renard. “Não se preocupe com isso! Minha

companheira noviça abrirá um portal para nós. Ela estará de volta em alguns

minutos, apenas foi comprar algumas gemas azuis na loja de utilidades.”

 

 

“Portal?”. O que diabos era um portal? “Sim Tenko, portal!”,

respondeu Kuroi, sorrindo. “É uma técnica dos noviços. Se eles conseguirem

memorizar perfeitamente um lugar, podem criar uma passagem que leva diretamente

a este lugar! É muito prático! Precisam apenas de uma gema azul para realizar a

magia!”

 

 

“Ah, lá vem ela!”, exclamou Sethit. “Espero que estejam

prontas, pois partiremos imediatamente!”. Uma noviça se aproximava, descendo a

rua. Tenko acompanhou o andar paciente da jovem serva dos Deuses, até o momento

em que ela chegou em distância suficiente para que a gatuna reconhecesse suas

feições. Quando isso aconteceu, o primeiro pensamento de Tenko foi se esconder.

O segundo foi ir em direção à noviça. Os dois eram conflitantes, e Tenko acabou

por não seguir nenhum deles. Sentiu o sangue subir ao rosto. Sabia que estava

corando, e isso a fez corar mais ainda. Sobrancelhas arqueadas, nariz empinado,

olhos castanho-esverdeados, boca rosada...

 

 

“Deixe-me apresentar a vocês minha companheira! Esta é Freya

Dellan, noviça da Catedral de Prontera. Há muito tempo caçamos juntas. Freya me

ajudou a recolher os troncos dos salgueiros para que eu fosse aceita pela

Guilda dos Arqueiros e recebesse meu primeiro arco, e eu a ajudei a encontrar o

caminho até a ermida de Irmã Matilde, para que ela se tornasse uma noviça!”

 

 

Kuroi, sempre alegre e cordial, cumprimentou a noviça e

começaram a falar amenidades, enquanto Sethit pegava alguns suprimentos em seu

armazém. Tenko permaneceu muda. Outra vez, ela se sentia imensamente tola e

ridícula. Dor e raiva a moviam para a batalha. Medo nunca a impediu de agir.

Então que sensação era essa que ela sentia na presença de Freya Dellan, que a

paralisava completamente? Que seria isso, que a fazia se sentir tão boba e se

perder em seus próprios pensamentos? Que poder tinha essa noviça, que a impedia

de desgrudar os olhos de seu belo rosto moreno?

 

 

“Ora, se não é minha brava salvadora! Quase não a reconheço

com esse manto cobrindo o rosto, mas é impossível não se lembrar de seus olhos!

Como está,

Tenko Kitsune?”

 

 

“Ela falou comigo e está vindo na minha direção! O que eu

faço?”, pensou a confusa gatuna, à beira do desespero. A reação foi quase

automática. Tenko tirou o chapéu e, jogando o manto para trás de um dos ombros,

encostou um dos joelhos no chão, fazendo uma reverência à moda dos cavaleiros.

“É uma honra encontrá-la novamente, Lady Dellan!”. Quando se deu conta do que

havia feito, a gatuna corou tanto que suas bochechas ficaram quase da mesma cor

de seus olhos. Freya colocou a mão na frente da boca, escondendo um leve riso.

Kuroi, por outro lado, gargalhou até ficar sem ar. “Senhorita Tenko, você

parece um daqueles cavaleiros de Prontera quando nos tiram para dançar! Só

falta beijar a mão da senhorita Freya!”, disse a mercante, quase sem fôlego.

Envergonhada, Tenko se levantou e desviou o olhar. Afundou o nariz nas dobras

da capa e ficou em

silêncio. Sethit voltou, carregando ao ombro um Gakkung e uma

alijava cheia de flechas novas. Tinha colocado também uma braçadeira de couro

grosso, para que Horus pousasse em seu braço sem que suas garras a ferissem.

“Se estão todas prontas, vamos partir. Freya, faça a gentileza de abrir o

portal.”

 

 

“Pela graça dos Deuses a mim concedida, que se abra diante

de nossos pés a mais segura e veloz das estradas!”, disse a noviça, em tom de

oração, enquanto tocava com dois dedos certos pontos de uma das gemas azuis que

havia comprado. Em seguida, atirou a pedra ao chão. No lugar onde ocorreu o

impacto, abriu-se uma espécie de buraco no chão. Mas ao invés de ter fundo

escuro, o buraco irradiava uma luz azulada. “Payon!”, exclamou a noviça. “Podem

entrar”. Sethit foi a primeira. Quando pisou no círculo iluminado, houve um

clarão e a arqueira desapareceu. Logo em seguida foi Horus, o falcão. Depois

deles, Kuroi, que desapareceu com carrinho e tudo. Depois Tenko, um pouco

hesitante, e por último Freya, e o portal se fechou.

 

 

A gatuna viu apenas um clarão que a obrigou a fechar os

olhos. Quando abriu de volta, estava pisando em relva. Casas de

arquitetura peculiar, de telhados de linhas curvas, se espalhavam aqui e ali.

Ao longe, um suntuoso palácio, no alto de uma escadaria de pedra. Na frente do

palácio, cinco flâmulas com emblemas de clãs balançavam ao vento. Vários

mercadores se espalhavam pelas ruas. Muito menos que em Prontera, mas mesmo

assim uma boa quantidade. A maioria oferecia flechas e poções. Muitas pessoas

com arcos ao ombro transitavam entre as lojas. Aquela era Payon, a Cidade dos

Arqueiros, no sudeste de Midgard e envolvida por densas e verdes florestas. Ao

oeste da cidade ficava o Feudo do Bosque Celestial, onde havia cinco castelos

disponíveis para quem quisesse participar do torneio sangrento chamado de

Guerra do Emperium. E além do Bosque Celestial ficava a morada dos Aintaurë.

“Fica um pouco longe, então é melhor irmos andando”, disse a arqueira. “Horus

irá na frente e avisará meus pais da nossa chegada.”

 

 

Enquanto caminhavam, Sethit as entretinha contando que vinha

de uma antiga família de caçadores. Por isso mesmo criavam falcões de caça há

muitas gerações. Quando ela, Sethit, se tornasse uma caçadora, Horus seria seu

companheiro. Contou que seu sobrenome, Aintaurë, significa “Bosque Sagrado” na

antiga língua morta de Geffenia, e que seus ancestrais haviam construído os

cinco castelos do Feudo do Bosque Celestial. “Mas muitas guerras aconteceram

entre aquele tempo e este tempo. Hoje em dia, o clã Aintaurë não participa mais

das Guerras do Emperium. Vivemos em paz, cuidando dos falcões e da arte da

arquearia”. Tenko mal ouviu. Milhares de pensamentos passavam por sua cabeça

naquele momento. Deixar os pensamentos voarem enquanto caminhava já estava se

tornando um hábito.

 

 

“Sethit também sabe que caminho tomar. Quer ser uma

caçadora. Freya quer ser sacerdotisa, e Kuroi quer ser ferreira. Será que não

existe caminho para mim?”

 

 

A caminhada seguia tranquila. Além do já familiar rangido

das rodas do carrinho da mercadora, havia os passos suaves de Freya, e a

consciência de que a noviça caminhava ao seu lado a perturbava. Sethit não

fazia barulho algum ao andar, era uma perfeita dama dos bosques. Tenko sondou a

arqueira. Tinha cabelos lisos e macios, de um lindo tom castanho. Seus olhos

amendoados e da cor do mel. A boca era de um rosa pálido. Seu corpo era

delicado, suas mãos esguias e ágeis. Sethit era muito graciosa. Naquele

momento, a arqueira e a noviça conversavam e riam. Tenko sentiu que invejava

Sethit. Não sabia explicar o porquê. Não havia motivo. “Não há motivo para

inveja. Sou tão forte quanto Sethit, e meus pés são ainda mais silenciosos que

os dela!” Inconscientemente, a gatuna desejava a admiração de Freya. Não sabia

o porque de sua inveja. A palavra “ciúme” não lhe ocorreu.

 

 

Cruzou o caminho do grupo uma matilha de lobos. “Ah, não se

preocupem. Vamos deixá-los em

paz. Os lobos aqui só atacam se forem provocados”, disse

Sethit. Mas a matilha interrompeu o caminho do grupo. Um dos lobos, que parecia

ser o líder, enorme, com olhos injetados e pêlo todo arrepiado, saltou

ferozmente em cima da arqueira, mordendo furiosamente seu braço. Felizmente o

dano foi reduzido pela braçadeira de couro. O resto da matilha voou para cima

de Sethit. Com o braço preso, ela não podia usar o arco! Tenko foi ao resgate.

Pegou uma pedra do chão e atirou com força na cabeça do líder da matilha. Antes

que este se recuperasse do impacto, se interpôs entre a fera e a arqueira,

sacando a Damascus da bainha. O lobo saltou em cima de Tenko. A gatuna não se

esquivou. Deu o braço esquerdo para a fera morder. Depois, cravou a adaga entre

as costelas do animal. O lobo soltou seu braço e uivou em dor e fúria. A

matilha veio acudir. Mas antes que eles a atingissem, Tenko atingiu o lobo alfa

mais uma vez. Um ataque certeiro na garganta da fera, quebrando todas as suas

defesas e rápido demais para se esquivar. O lobo caiu, e o resto da matilha

fugiu, ganindo em pânico.

Mas foram abatidos um a um pelas flechas de Sethit.

 

 

“Tenko! Deixe-me ver seu braço!”. Freya correu até a gatuna

e começou a examinar seu braço esquerdo. Retalhado pelos dentes da fera, o

braço estava em carne viva e sangrava bastante. “Estou em dívida com você,

Tenko Kitsune! Que falha a minha não perceber que era um Lobo Errante! Pus

todas nós em perigo! Kuroi estava certa sobre suas habilidades!”, disse Sethit,

aproximando-se e murmurando com uma certa tristeza na voz. “Creio que isto

prova que ainda não estou pronta para me tornar uma caçadora...” Kuroi Yuri

exaltava-se. “Tenko! Aquele último golpe foi perfeito! “Ataque Crítico”, como

meu ancestral descreveu em seu caderno. Impossível de defender ou esquivar. Não

sabia que você tinha o dom para esse tipo de golpe! Foi incrível!”

 

 

Mas Tenko mal ouvia. Freya estava ao seu lado, usando sua

magia divina para fechar os ferimentos em seu braço. “Dói muito?”, ela

sussurrava em seu ouvido. “Não. Só um pouco mais que uma machadada de Orc.”,

respondeu a gatuna, também sussurrando. Era mentira, o braço doía

horrivelmente. Mas Tenko Kitsune estava feliz. Freya Dellan estava ao seu lado,

cuidado de seus ferimentos. Freya Dellan havia sido a primeira a correr para

seu lado! Somente seu imenso e tolo orgulho a impedia de abrir naquele momento

um sorriso ainda maior que o de Kuroi Yuri. 

 

 O resto da viagem seguiu sem mais problemas. Chegaram um

pouco antes do cair da noite, e os Aintaurë já estavam à espera. Sethit mostrou

a casa de sua família e a área do viveiro dos falcões, onde voavam algumas

dúzias de falcões brancos. Alguns puramente brancos, outros com manchas

castanhas, avermelhadas ou douradas nas asas. “Mas Horus pra mim é o mais lindo

de todos!”, disse a arqueira. Foi servido um jantar com o melhor da culinária

típica de Payon. Comeram muito bem, e durante a refeição Sethit falou de suas

caçadas, de Kuroi e sua ambição de se tornar ferreira e da luta de Tenko com o

Lobo Errante. 

 

 

 

 

A gatuna estava em sua cama esperando o sono vir. Aquele

tinha sido um bom dia, mas Tenko é uma pessoa que não consegue ficar alegre por

muito tempo. As suas preocupações voltaram a atormentá-la. Estava sendo

perseguida! Primus com certeza devia ter posto seu séquito de cavaleiros atrás

dela. E sua mãe queria encontrá-la para alguma coisa. Não sabia o que era, mas

tinha um mau pressentimento. Temia que, por sua causa, Kuroi, ou Sethit, ou até

mesmo Freya, fossem feridas ou capturadas para servir de isca. Temia estar

sendo espionada. Sabia que era irracional, mas tinha medo até que seus

pensamentos estivessem sendo lidos. Ouviu uma voz.

 

 

“Com licença... está acordada, senhorita Tenko?”. 

 

 “Sim. Pode entrar, Kuroi.”, respondeu a gatuna.

 

 

“Não encontro meu caderno, acho que deixei na sua bolsa.

Sabe se está com você?”. Tenko sentia preguiça de se levantar da cama. Apontou

a bolsa em um canto do quarto. “Pode procurar. Fique à vontade.”

 

 

Kuroi começou a procurar. “Ei, não sabia que você desenhava,

Tenko! Olhe isso, é um retrato da senhorita Freya! Você que fez?”. Tenko sentiu

o rosto corar mais uma vez. “Não é para ficar fuçando nas minhas coisas!”.

Kuroi ria. “É que sua bolsa é uma bagunça! Se meu carrinho fosse bagunçado

desse jeito eu levaria três horas para achar o que quero! E isso aqui, o que

é?”

 

 

Kuroi tinha um embrulho nas mãos. Era o presente de seu

irmão, Caifás. “Não sei. Encontrei meu irmão na Vila dos Orcs e ele me deu

isso. É uma adaga esquisita, disseram para ele que era boa para gatunos.”,

respondeu Tenko. Kuroi cuidadosamente desfez o embrulho. “Ora, mas é um

presente e tanto!”, exclamou. “Isto é uma adaga de soco, ou katar. Aliás, tem

um par delas aqui! Se segura assim no punho, e a lâmina fica sobre seus dedos,

então se dá socos com ela. Pode-se usar nas costas das mãos ou nos braços

também. É mais leve e mais precisa que a adaga comum, mas bem mais difícil de

usar.”

 

 

Tenko se levantou e postou-se ao lado da mercadora. “Como

sabe tudo isso, Kuroi? Nunca vi ninguém usando uma arma assim!”

 

 

“E nem vai ver!”, respondeu a mercadora. “Lí sobre essas

armas nas anotações de meu ancestral. Usar o katar é uma arte difícil, e os

únicos que a dominam são os Assassinos do Deserto de Sograt.”

 

 

“Assassinos? Percorri o Sograt inteiro e nunca ouvi falar

nada sobre assassinos.”

 

 

“É certo que não. Eles não costumam se mostrar. São mestres

da furtividade e do veneno. Algumas famílias nobres e clãs de guerra contratam

seus serviços. São guerreiros orgulhosos e leais, mas não ficam se pavoneando

pelas ruas da cidade como certos cavaleiros...”

 

 

Tenko ficou pensativa por alguns segundos. “Me fale mais

sobre essa arma”. Kuroi examinou o katar cuidadosamente. “Bom, essa aqui me

parece ser um katar leve e de lâmina curta, que se chama Jur. E é uma boa Jur,

deve aguentar umas três cartas. Não é fácil ver uma dessas por aí...”

 

 

“Cartas?”. Tenko havia perdido o sono. Estava cada vez mais

intrigada.

 

 

Kuroi começou a explicar. “Às vezes, quando um monstro

morre, sua essência pode permanecer em Midgard, em forma parecida com a de um

pedaço de pergaminho. Isso é muito raro de acontecer, pois é difícil a essência

de alguém que foi morto não ser imediatamente despachada para Niflheim ou o

Valhalla. Ninguém sabe porque isso acontece, na verdade. Alguns acham que é um

antigo encantamento lançado sobre Midgard, outros que é uma benção dos Deuses

para os guerreiros mais corajosos... estes pergaminhos são chamados vulgarmente

de ‘cartas’, pois a imagem do monstro fica impressa neles. Mas vamos ao

assunto: algumas armas ou armaduras tem capacidade de ser alteradas por magia.

Elas podem ser encantadas com a magia destes pergaminhos, e então assumem parte

dos poderes do monstro cuja essência foi usada. Depois do encantamento, a

essência do monstro passa a habitar a arma, e a carta desaparece. O

encantamento é permanente, por isso deve-se pensar muito bem antes de fazê-lo.

Esse seu par de Jurs parece ter capacidade pra abrigar umas três essências. É

uma arma muito boa!”

 

 

Tenko empunhou as armas. Uma em cada mão. Desferiu alguns

golpes contra o ar, experimentando o peso das adagas. Sua mão esquerda,

destreinada, era difícil de controlar. Testou mais algumas vezes e o resultado

começou a ficar melhor. “Ficam bem em você, Tenko!”, disse Kuroi, rindo. “Já

pensou em se tornar uma assassina? Ouvi dizer que o katar é uma boa arma para

desferir ataques críticos. E você tem o talento natural! Tem tudo a ver com

você. Você já é sombria e aparece e some do nada!”

 

 

A gatuna voltou-se para Kuroi. “Onde fica a Guilda dos

Assassinos?”. Kuroi riu mais alto. “Ehhh Tenko, eu estava brincando! Você levou

a sério?”. Tenko fechou a cara, não gostava que a fizessem de tola. “Não se

ofenda, senhorita Tenko! Não se trata do seu potencial. Mas a verdade é que

ninguém sabe a localização exata da Guilda dos Assassinos. Dizem as lendas que

é um templo no meio do Deserto de Sograt, e que está eternamente envolvido por

terríveis tempestades de areia. Quem sai para procurar o templo se perde e

morre no deserto. Acho que por isso também que não se vêem muitos assassinos

por aí...”

 

 

“São fortes, os assassinos?”, perguntou a gatuna.

 

 

“Que há com você essa noite, Tenko? Nunca te vi falar tanto

de uma vez só! Sim, são muito fortes. Os melhores pelo menos, são. Nunca

conheci um. Ah, achei meu caderno! Bom... vou dormir, que estou cansada! Boa

noite, Tenko!”

 

 

E saiu em direção ao seu próprio quarto. Tenko permaneceu de

pé, com as Jurs nas mãos. Não viu Kuroi saindo do quarto. Estava, mais uma vez,

perdida em pensamentos. 

 

 

 

 

Os primeiros raios da manhã tocaram o rosto de Kuroi Yuri,

que bocejou, se espreguiçou e sentou na cama. Esfregou os olhos, e ia se

levantar quando notou um pedaço de pergaminho em cima de seu criado mudo. Era

um bilhete.

 

 

“Desculpe-me sair deste jeito, sem me despedir. Tenho

problemas pessoais, e, no momento, é arriscado para vocês ficarem próximas de

mim. Parto em direção ao Deserto de Sograt, em busca do Templo Envolvido em

Tempestades de Areia. Vocês todas tem seus caminhos, e eu estou indo atrás do

meu. Peça desculpas a Sethit por não assistir à Cerimônia de Caçador do primo

dela. Cuide de Freya por mim. 

 

 

 

 

Tenko Kitsune”. 

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Nossaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...Consegui ver perfeitamente a luta...Pensei que a Nhyx que ia ajudar Tenko na hora da batalha...E acabei tendo uma surpresa...História muito boa...Não tenho palavras pra descrever de como essa Fic está boa!Espero que você poste o proximo capitulo logo! :D*Esperando ansiosamente o proximo Capitulo* *o*  

 

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Garotas,

 

Tenho certeza de que nenhuma de vocês gostaria de ver o tópico de sua fanfic sendo desvirtuado por um motivo tão banal.

Não quero ver flames. Por favor, respeitem a autora da fanfic e a história que está publicada aqui.

 não, o meu post para o thoyn foi totalmente sério e sem a intenção de ofender, eu disse que meu modo direto demais de falar acaba sendo confundido com ofensas, só que a namorada dele ficou nervosa e veio aqui soltar os cachorros >.

 

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mas talvez ainda tenha alguém de antigamente aqui? até o flood da nhyx diminuiu! acho que o povo foi abduzido aliens mutantes da oitava dimensãoemotion-76.gif.

ok, flow!

  Aikiinjustiça!!! Eu nem sou flooder!! Flamer com certeza, mas não flooder! [/heh] E com certeza eu sou a fã nº 1 da fic!!!! hihiihhihihihih  Eu fico enchendo a paciencia dela toda hora p/ escrever capitulos ineditos!!! Deixa só ele postar tudo q ela já escreveu, ai sim vou ficar no pé dela o tempo todo até ela acabar de escrever a historia inteira.

 

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nooooooooooooooooooooooo, maldito seraos, eu era pra ser o primeiro!

omg! o cap tá mto bom e, porque os monges são barulhentos? só porque dão um pouco de drama? e acho que descobri: a irina é uma dessas raposas!pwned!agora o próximo capítulo vai ser OMG! prbns pelo ótimo cap tenko, gogogog up!

flow!

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espero que nenhum dos dois se sinta ofendido com nada do que eu disse pois não é essa minha intenção, reforço isso pois tenho mania de dizer diretamente o que penso, e como em palavras escritas é muito dificil reconhecer intenções e emoções, logo um texto muito direto pode parecer provocação ou maldoso.

Não se preocupa, não fiquei ofendido não... tenho um certo problema com essa palavra, "acreditar", mas a respeito... uma vez entrei em uma discussão (conversa) sobre ela, na parte de religião, e deu muito pano pra manga... eu, não me ofendo, apenas sou curioso... apenas mencionei essa questão do início da relação, pois tudo nessa história é tão bem descrito, tão detalhado.... que é um pouco supreendente a forma direta como iniciam os 2 relacionamentos...

 Enfim.... que a Tenko continue com a obra brilhante...

 

(Essa parte dos Falcões Brancos eu não conhecia... parece que a história contém um conteúdo muito mais profundo do que um mero leitor do fórum possa enxergar...)

 Dessa vez... beijos... XD

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