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 O TEMPLO ENVOLVIDO EM TEMPESTADES DE AREIA

– SEGUNDA PARTE

 

 

 

 

 

“E isso é para que tenha coragem...” 

 

 

 

 

Tenko ainda podia sentir os lábios quentes e macios de Freya

sobre os seus. Parada na porta do templo, ela se virou para ver a sacerdotisa

mais uma vez. Falar o que estava entalado dentro de seu peito. Finalmente havia

compreendido os sentimentos que a atordoavam e confundiam. Queria gritar.

Queria que Midgard inteira ouvisse sua voz. Mas quando se virou, Freya não

estava mais lá.

 

 

“Eu também amo você”, a gatuna sussurrou para os ventos e

para a areia. Em seguida, atravessou o grande portal de pedra amarelada e

adentrou na Guilda dos Assassinos do Deserto de Sograt. 

 

 

 

 

Assim que penetrou no templo, percebeu que estava em um

corredor longo e escuro. Sem hesitar, andou em frente, deixando para trás a luz

que vinha da porta. Não podia ver o final do caminho. Passado algum tempo, não

podia ver nada. A porta de entrada era uma pequena mancha brilhante às suas

costas. O silêncio era total, exceto pelo eco suave de seus próprios passos. De

repente, a gatuna parou. Suas narinas haviam captado um odor extremamente

familiar. Apurou os ouvidos e, devagar, tentou chegar na origem do cheiro.

Percebeu um vulto em meio à escuridão. Corajosamente indagou:

 

 

“Quem é você, que cheira a sangue?”

 

 

A resposta foi outra pergunta, dita em uma voz grave e

baixa.

 

 

“Quem é você, que entra neste templo como se pisasse no chão

de sua própria casa?”

 

 

“Me chamo Tenko Kitsune”, respondeu a garota. “Sou uma

gatuna”. O vulto se moveu um pouco, aproximando-se de Tenko. “E o que deseja

aqui, Tenko Kitsune?”, perguntou outra vez. “Desejo me tornar uma assassina”,

respondeu a gatuna com firmeza. Assim que o eco das últimas palavras de Tenko

silenciou, uma tocha se acendeu, enchendo o ambiente com uma luminosidade

avermelhada. Tenko agora podia ver o vulto. Era um homem de meia-idade, magro e

um pouco recurvado. Seus cabelos eram de um castanho sujo, permeados de fios

brancos. Tinha um cavanhaque, e não tinha um dos olhos, a órbita esquerda vazia

e cortada verticalmente por uma enorme cicatriz. Estava envolvido em um velho

manto cinza-azulado, rasgado e gasto em várias partes, coberto de manchas

escuras, que a gatuna imaginou ser a origem do cheiro que sentira. Por baixo do

manto podia ver não um, mas dois cabos de adaga apontando para cima. “Muitos

vem até este templo com desejo de se tornarem assassinos. Mas apenas os

melhores serão aceitos”, disse o homem, sondando a gatuna de cima a baixo com

seu único olho castanho. Tenko não se deixou intimidar. Levantou o queixo e

fitou ferozmente o rosto de seu interlocutor. Os lábios ressequidos do homem se

curvaram lentamente em uma espécie de sorriso. “Orgulhosa! Isso é

interessante!”, exclamou ele. “Você deseja ser testada e ver se está apta a se

tornar uma assassina então?”. A gatuna assentiu com a cabeça. “Saiba que não

nos responsabilizaremos por sua integridade física, jovem gatuna. Você

conseguiu passar pelo povo da areia. Esse foi o primeiro teste. Os outros serão

tão ou mais difíceis quanto. Ainda assim quer tentar?”. Tenko assentiu

novamente, sem hesitar por um segundo. O assassino sondou-a mais uma vez com o

olhar. “Certo. Siga-me”. Empurrou uma das pedras na parede e uma porta se

abriu. O homem apagou a tocha e atravessou a porta. Tenko o seguiu, e a

passagem se fechou às suas costas.

 

 

Os olhos de Tenko já haviam se acostumado com a escuridão e

ela ficou ofuscada por alguns instantes ao chegar no salão iluminado. Era feito

de pedra também, da mesma pedra do corredor. Não havia nenhum objeto ou

mobília, apenas uma escada que levava aparentemente a um andar inferior do

templo. Olhou para cima e descobriu que um vão no teto era a fonte da luz que

preenchia o aposento. Notou que o cheiro de sangue havia desaparecido. Estava

sozinha.

 

 

“Heh heh heh... o que faz aqui sozinha, jovem gatuna?”

 

 

Tenko procurou a origem da voz, mas foi inútil. Não ouvia

nem um som, não sentia nem um cheiro. “Quem é você?”, indagou, sem saber para

onde direcionar a voz.

 

 

“Eu sou aquele que já matou tantos... que não importa o

quanto eu limpe, minhas mãos sempre tem o cheiro de sangue. Eu sou a sombra da

morte, minha cara. Sou um assassino. Heh heh heh heh... eu posso te ver, mas

você não sabe onde eu estou. Não sente medo?”

 

 

“Não.”

 

 

“Neste exato momento, eu posso ter uma adaga apontada para

as suas costas. Não sente medo?”

 

 

“Não tenho medo.”

 

 

“Até onde vai a coragem antes de se tornar estupidez? É uma

coisa a se pensar, não... Tenko Kitsune. É este seu nome, não é? Bom, vejo que

Tenko Kitsune é uma gatuna corajosa. Eu serei o responsável por seu teste

teórico. Farei algumas perguntas, e se responder corretamente, poderá fazer o

próximo teste. Caso contrário, boa sorte atravessando de volta as tempestades

de areia. Mas serei gentil, você poderá errar uma vez. Apenas uma. Está

pronta?”

 

 

“Estou”, disse a gatuna, sentando-se tranquilamente no chão

de pedra e jogando o manto de lado no ombro.

 

 

“Primeira pergunta. Porque você não pode me ver?”

 

 

“Porque você é um assassino. Um mestre da furtividade”. Essa

havia sido fácil.

 

 

“Certo. Segunda. Porque o katar é uma das armas de nossa

preferência?”

 

 

“O katar é leve, fácil de carregar e esconder. Além disso, é

bom para ataques críticos por ser uma arma com que se pode acertar o alvo com

muita precisão. Se bem usado é possível quebrar cotas de malha e perfurar

escudos com ele”. A pequena aula com Kuroi Yuri certamente havia rendido. Tenko

fez uma nota mental para agradecer à mercadora mais tarde.

 

 

“Uhhn... boa resposta. Terceira pergunta.”

 

 

O assassino invisível fez mais sete ou oito perguntas, que

Tenko respondeu corretamente. Sempre atenta, seus olhos cor-de-sangue sondavam

a sala procurando qualquer pista da localização do homem. Seus músculos

enrijecidos estavam prontos para saltar, se esquivando a qualquer momento. Após

algumas perguntas sobre armas, venenos, cartas e técnicas, o assassino chegou

ao final de seu teste.

 

 

“Última pergunta. O que tem no seu bolso?”

 

 

Tenko pensou por um momento. “Nada. Havia uma garrafa de

poção, mas você acabou de furtá-la.”

 

 

“Heh heh heh heh... correto! Que

sirva como lição. Esteja sempre atenta ao seu redor, e não esqueça as técnicas

que aprendeu como gatuna! Pode prosseguir para o próximo teste, basta descer a

escada adiante.”

 

 

Tenko levantou-se e acenou com a cabeça, despedindo-se do

seu estranho professor. Em resposta, uma garrafa de poção foi atirada aos seus

pés. Não conseguiu identificar de onde veio. Resolvendo que não valia a pena se

preocupar mais com isso, guardou-a no bolso, deu as costas e desceu a escada.

 

 

Outro corredor escuro, mas mais curto que o da entrada. E

dessa vez ela podia ver uma tênue luz no final. À medida que ia em direção a

ela, começou a ouvir um leve ronronar. Chegou no fim do corredor. A luz vinha

do vão de uma grande porta de pedra. Em um dos cantos do corredor, um par de

olhos amarelados refletiam a luz que vinha da sala ao lado. O ronronar ficou

mais forte. A criatura saltou para frente de Tenko, e para sua surpresa, era

uma jovem e bela assassina. Tinha longos e macios cabelos louros, e sua pele

era amorenada. Tinha a mesma altura de Tenko, e era ainda mais esguia. Vestia

roupas escuras, justas ao corpo esbelto, e seu peito, ventre e coxas estavam

envoltos em faixas.

Tenko notou também um par de ombreiras metálicas em seus

ombros, e um par de katar pendendo de sua cintura.

 

 

“Purrrrrrr... veja só! Esta aqui se parece comigo!”

 

 

A assassina se moveu, deixando seu rosto totalmente

iluminado. Suas feições eram incomuns. Tinha o rosto arredondado, o nariz

pequeno e levemente achatado. A boca grande, com lábios finos que deixavam para

fora a ponta de duas pequenas presas. Seus olhos eram afilados, de íris

amarelo-esverdeadas e pupilas em

fenda. Das pontas dos seus dedos brotavam unhas longas e

pontiagudas. Na cabeça, um par de orelhas negras de gato, que se voltavam para

todos os lados, tentando não deixar escapar nenhum som. Combinando com as

orelhas, a assassina possuía uma longa e felpuda cauda negra, que ondulava

graciosamente quando ela se mexia. Ela aproximou o rosto do de Tenko e sorriu,

deixando a mostra quatro presas afiadas.

 

 

“Bonitos olhos vermelhos! Onde os conseguiu? Será que já viu

tanto sangue que eles ficaram dessa cor?”, disse ela rindo, com uma voz aguda e

levemente nasalada.

 

 

“Nasceram comigo”, respondeu a gatuna. Não estava com humor

para brincadeiras, e estava intrigada e, porque não, um pouco assustada com os

seus exóticos tutores. Mas isso ela não deixaria transparecer por nada.

 

 

“Desculpe a curiosidade!”, disse a assassina, recuando um

passo e empinando o queixo. “Tenko Kitsune, certo? Fui informada da sua vinda.

Soube que foi bem no teste teórico. Agora é a hora para o seu primeiro teste

prático. Pode tirar a capa e sente-se, fique à vontade. Vou explicar o que deve

fazer”. Sentou-se de pernas cruzadas, apoiando as duas mãos no chão. Recostou

tranquilamente a cauda por cima de uma das coxas.

 

 

“Somos assassinos. Somos parias. Somos odiados por muitos e

temidos por quase todos. Você já deve saber disso, e ainda assim veio nos

procurar e deseja ser uma de nós. É um caminho muito árduo, muito solitário.

Você vai se sujar de sangue todos os dias, e as pessoas vão olhar para você com

um misto de desprezo e terror. Você vai ter de viver escondida, sempre nas

sombras, fugindo da luz e do convívio humano. Você acha que está pronta para

isso, Tenko Kitsune?”

 

 

Tenko apoiou o queixo em uma das mãos, pensativa. Como

gatuna ela já vivia suja de sangue e se escondendo pelas sombras. Sua aparência

por si só já era assustadora para alguns. Olhos cor-de-sangue nunca tiveram boa

reputação. No entanto, tinha pessoas em quem podia confiar. Kuroi, Sethit, e

claro, Freya. O que mudaria como assassina? Seria mais temida? Odiada? Suas

companheiras se afastariam? Freya se afastaria? Fechou os olhos, mastigando

suas dúvidas. Era tarde demais para voltar atrás. Havia uma missão a cumprir.

Uma vingança a se realizar. Um inimigo para derrotar.

 

 

“Estou pronta. Mas discordo de você em alguns pontos. Creio

que existem pessoas que não vão se afastar de mim, mesmo se eu estiver banhada

em sangue e vivendo nas sombras.”

 

 

A assassina sorriu e balançou a cauda suavemente para cima e

para baixo. “Purrr... está certa, Tenko Kitsune! Seus verdadeiros aliados não

se afastarão de você! Por isso, você deve se manter fiel aos que são fiéis a

você. Proteja os seus aliados. Sempre! Deve tomar cuidado, Tenko Kitsune, e

estar sempre atenta. Aliados e inimigos são fáceis de confundir no calor da

batalha. Nossa profissão é matar, e isso é o que fazemos melhor. Nesta

profissão, um erro pode ser irreparável. Por isso, um assassino deve ser capaz

de distinguir perfeitamente aliados de inimigos. Este será seu próximo teste.”

 

 

Colocou a mão dentro das vestes e retirou um pequeno broche.

Uma cruz de prata, com uma pedra vermelha incrustada. “Você entrará na sala ao

lado e encontrará vários monstros. Monstros fracos, como porings e lunáticos.

Em seis deles há broches como esse. Esses seis são suas vítimas. Você terá três

minutos para aniquilar as seis vítimas. Está pronta para o teste?”

 

 

“Parece simples”, pensou a gatuna. “Estou pronta!”

 

 

“Purrrrrr... certo então. Estarei observando. Três minutos,

nem um segundo a mais! Boa sorte, Olhos Vermelhos!”, respondeu a assassina.

Piscou os olhos fendidos algumas vezes, pressionou uma das pedras na parede e a

porta se abriu. Tenko entrou e sua tutora fechou a porta às suas costas. “Três

minutos a partir de agora!”, repetiu pela última vez.

 

 

Seus olhos se acostumaram com a luz mais uma vez. Tenko

tomou um susto ao ver que estava em um salão imenso. Havia tantos porings,

poporings, drops e lunáticos que mal se enxergava o chão. Onde não havia

monstros, havia enormes e negros buracos, tão fundos que não se podia ver onde

terminavam ou o que havia neles.

 

 

“Certo... vai ser um pouco mais difícil que eu imaginei.”

 

 

Desembainhou a adaga e começou a andar tranquilamente entre

as pequenas criaturas, procurando o sinal da cruz de prata. Encontrou a

primeira com certa facilidade, e de um golpe só destroçou o poring que a

carregava. Demorou mais um minuto inteiro para encontrar o segundo e o

terceiro. Estava ficando preocupada com o tempo, e corria velozmente de um lado

para o outro do salão. A tutora avisou que já haviam se passado dois minutos

quando encontrou e assassinou o quarto e o quinto monstro. Não encontrava o

sexto. Trinta segundos. Vislumbrou o brilho da prata em meio ao pelo fofo de um

lunático. Voou até ele, apertando com força o cabo da Damascus. Vinte segundos.

Escorregou para dentro de um dos buracos no chão. Cravou a Damascus na parede

com toda a força que tinha, e acabou pendurada nela. Quinze segundos. Com um

impulso e algumas tentativas, voltou ao chão. A Damascus caiu no fosso. Dez

segundos. Agarrou o lunático. Cinco segundos. Quebrou-lhe o pescoço com as

mãos.

 

 

“Tempo esgotado!”, bradou a assassina. “Você foi aprovada.

As seis vítimas estão mortas. Sinto pela sua adaga, mas o importante é que você

foi bem sucedida no teste. Está pronta para o próximo, Tenko Kitsune?”

 

 

Tenko ainda estava ofegante da corrida. “Não tenho mais

armas”, argumentou. “Tem sim”, rebateu a tutora, “Tem um par de jurs na sua

cintura. E ainda tem suas mãos, que já provaram ser eficientes. Tenha pleno

conhecimento da sua capacidade, Tenko Kitsune! Não se subestime ou se

supervalorize. Um assassino deve conhecer a si mesmo e ao inimigo com

precisão.”

 

 

O corpo da gatuna ainda se ressentia do esforço feito para

sair do alçapão. Não sabia usar as jurs corretamente, suas mãos eram fracas e

estava sem sua garrafa de veneno. Tirou da bolsa outra garrafa de poção do

despertar. Bebeu seu conteúdo de uma vez só, e se sentiu muito melhor. “Qual é

o próximo teste?”, perguntou, limpando a boca com a manga da camisa.

 

 

“Purrrr... cuidado, essa coisa vicia. Bom, o próximo teste

irá testar sua capacidade de esquiva e furtividade. Um assassino deve ser veloz

e passar despercebido, assim você pode atacar o inimigo de surpresa ou escapar

de uma situação onde você não possa vencer uma luta. Sim, é importante morrer

com honra e dignidade, mas você só tem uma vida, então não a desperdice. Você

entrará na próxima sala, e ela estará cheia de monstros. Não tão fracos desta

vez. Você não precisa matá-los, apenas atravesse a sala. Aliás, você não pode

feri-los de modo algum. Apenas se esquive e se esconda quando achar necessário.

Vejo que você é uma gatuna forte, acho que não terá problemas.”

 

 

A assassina apertou outro botão e um alçapão se abriu no

piso. “Abaixo de nós está a sala do seu próximo teste. Desça quando estiver

pronta. Eu estarei esperando do outro lado. Quando você estiver próxima o

bastante para me tocar, o teste acaba.”

 

 

Disse isso e saltou dentro da fenda no chão. Tenko respirou

fundo algumas vezes e logo em seguida saltou atrás dela. A queda foi maior que

o esperado, e o impacto fez com que a gatuna esfolasse os dois joelhos no chão.

Seus tornozelos estalaram de forma dolorosa. Mas ela não teve muito tempo para

pensar na dor. Centenas de múmias vinham lentamente em sua direção. Começou a

correr. Estava cercada. Rapidamente olhou em volta procurando uma saída. Saltou

de lado e se ocultou em uma sombra próxima. Nesse momento, tentáculos agarraram

seu braço. Havia se escondido perto da borda de um imenso tanque de hidras.

Rapidamente agarrou uma das jurs e cortou os tentáculos. Não havia saída, teria

que depender somente da sua capacidade de esquiva. Correu o mais que pode,

abaixou o corpo, jogando as pernas para frente e passando por baixo das pernas

das múmias que vinham em sua direção. Continuou aumentando sua velocidade.

Corria próxima à parede do salão. O caminho era mais longo, mas pelo menos

poderia ficar longe do tanque de hidras. Mais um grupo de múmias vinha em sua

direção. A gatuna não parou de correr. Aumentou a velocidade e foi de encontro

aos monstros. Saltou, e apoiando as mãos na cabeça de uma delas, impulsionou

seu corpo para frente em um longo salto. Voou alguns metros, aterrisou e

recomeçou a correr. Já podia ver sua tutora no final da sala. Mais múmias

vinham pela direita e pela esquerda. Estava cercada! Colou o corpo à parede e

se ocultou nas sombras. Era uma questão de tempo até que os monstros

percebessem sua presença...

 

 

Resolveu arriscar. Lenta e cuidadosamente, começou a se

deslocar junto à parede. Pisava de leve, tentando não fazer nenhum barulho. Com

muita paciência, atravessou a última fileira de múmias. No segundo em que saio

do meio dos monstros, desatou a correr o mais rápido que suas pernas permitiam.

As múmias perceberam e a perseguiram, mas Tenko já estava a poucos centímetros

da assassina.

 

 

“Fim do teste! Você está aprovada!”

 

 

Ronronando amigavelmente, a assassina agachou-se ao lado de

Tenko, que havia se sentado no chão, ofegante e encharcada de suor. “Os testes

físicos acabaram. Seu corpo é apto para a nossa profissão, Tenko Kitsune.

Agora, há apenas mais um teste”.

 

 

“Ainda mais um?”, pensou a gatuna, exausta. Mas ergueu-se,

tirou o cabelo do rosto e perguntou qual era o último teste. A tutora

levantou-se também.Pressionou não uma, mas dez pedras em uma ordem certa. Uma

porta se abriu. Dessa vez Tenko viu à sua frente não um salão de pedra, mas um

belo salão atapetado, com armas variadas penduradas na parede, quadros e

estantes com livros. No fundo da sala, via-se uma escrivaninha. Sentado a ela

havia um homem que já parecia beirar os sessenta anos de idade. Vestia trajes

verde-escuros, seu peito e braços estavam enfaixados, e também possuía

ombreiras metálicas. Sobre o encosto da cadeira havia um manto negro pendurado.

Seus cabelos grisalhos eram longos e presos em um rabo de cavalo. Possuía um

bigode fino, e seu rosto e braços estavam cobertos de cicatrizes. Ele se

levantou e fechou o livro, colocando-o em cima da escrivaninha. Fitou a gatuna

e a assassina. Seus olhos eram azul-turquesa, e pareciam ao mesmo tempo serenos

e tristes.

 

 

“Mestre, esta gatuna de nome Tenko Kitsune foi bem sucedida

em todos os testes até agora”, miou a assassina, fazendo uma respeitosa

reverência. Suas orelhas abaixadas e sua cauda imóvel. O velho mestre se

aproximou alguns passos. “Então vamos ao ultimo teste”, respondeu ele com voz

suave. “Obrigado, Bast, pode se retirar”.

 

 

A assassina fez outra reverência. “Simpatizo com você, Tenko

Kitsune. Sinto que somos iguais, de alguma maneira. Desejo-te sorte!”, disse

ela, as últimas palavras mais parecendo um ronronar. Em seguida, deu um salto

felino para fora da sala e desapareceu. A porta se fechou.

 

 

“Tenko Kitsune é o seu nome, então?”, disse o velho mestre.

“Bom, Tenko Kitsune, o último teste é muito simples. Tudo que você tem de fazer

é chegar até mim”.

 

 

Tenko não se fez de rogada. Andou na direção do velho

assassino em passos decididos. Bateu de cara com alguma coisa. Soltou um gemido

de dor, esfregando a testa machucada. Sem se alterar, o velho mestre disse:

 

 

“Uma pessoa como eu não pode ficar se expondo. Por isso foi

construído na minha sala este labirinto invisível. Este é seu último teste.

Atravesse o labirinto e venha até mim.”

 

 

A gatuna estendeu uma das mãos devagar, até tocar na parede.

Era estranho sentir o toque frio da pedra na palma da mão e não enxergar nada.

Seguiu apalpando as paredes. Sentia-se cega. Mais de uma vez trombou em uma

quina ou muro. As horas passavam, e Tenko começou a entrar em desespero. Agora

estava no meio da sala, irremediavelmente perdida em meio às paredes

invisíveis. O líder da guilda continuava em pé, imóvel, olhando fixamente para

ela. A gatuna havia parado de andar. Ofegava, exausta depois de horas de

caminhada infrutífera.

 

 

“Você está perto. Tem uma passagem à sua esquerda. Não

pare”.

 

 

Tenko levantou o olhar. O velho mestre continuava imóvel,

braços cruzados. O rosto impassível parecia esculpido em madeira. A gatuna

apalpou a parede à sua esquerda. Realmente, havia uma passagem. Seguiu por ela

e foi se aproximando cada vez mais da escrivaninha do líder. Chegou em um beco

sem saída.

 

 

“Não desista. Você está muito perto”.

 

 

Ela não desistiu. Foram mais algumas árduas horas de

caminhada, mais alguns encontrões em paredes invisíveis, mas antes do cair da

noite Tenko Kitsune estava ao lado do líder da Guilda dos Assassinos do Deserto

de Sograt. Nunca havia se sentido tão cansada. O velho mestre finalmente saiu

de sua imobilidade, e lhe ofereceu uma cadeira. Tenko desabou. Em seguida, o

mestre puxou uma cadeira para si mesmo e sentou ao lado da gatuna.

Silenciosamente, tirou uma garrafa d’água de baixo da mesa e ofereceu um copo à

gatuna, que engoliu o líquido rapidamente. Sussurrou um agradecimento. “Não

estava envenenada, mas tome mais cuidado da próxima vez. Perdoarei essa falha

porque você não cometeu nenhuma outra durante o teste”, disse o mestre,

olhando-a diretamente nos olhos. Surpresa, Tenko endireitou-se na cadeira.

“Idiota! Como pude cometer um erro tão estúpido?”, pensou ela. O velho mestre,

porém, sorriu gentilmente. “Tudo bem. Você completou o teste com excelência.

Você ainda é jovem, e eu posso perdoar uma pequena falha. Bem vinda à Guilda dos

Assassinos, Tenko Kitsune!”

 

 

Tenko sentiu seu sangue ferver. Mais uma vez, tinha vontade

de gritar. Ela havia passado no teste! Era uma assassina agora, e poderia

seguir com seu plano de vingança! Não pode conter um sorriso. Levantou-se e fez

uma reverência, agradecendo ao líder da guilda. “Sente-se, Tenko Kitsune”, ele

disse, “vamos conversar um pouco. Seus olhos e seu sorriso demonstram uma

intenção clara. Nossa profissão é derramar sangue, mas este não deve ser

derramado sem um bom motivo. O que pretende fazer quando sair daqui, jovem

guerreira?”

 

 

E então, Tenko contou ao velho mestre toda a história.

Contou sobre seu pai, sobre Primus, sobre Shi e sobre seus planos de vingança.

Sem saber a razão, o velho assassino lhe transmitia confiança. Quando terminou,

o mestre parou por um momento, com a mão apoiada no queixo, seus olhos tristes

fixos nos olhos ferozes da gatuna. “Vejo que está pronta para matar, Tenko

Kitsune. Mas está pronta para morrer?”

 

 

“Como?”, perguntou ela.

 

 

“Aquele que está disposto a matar deve estar disposto a

morrer. Um assassino tira vidas, essa é sua profissão. Mas não seria justo

viver para tirar a vida de outros e não aceitar que a sua fosse tirada, não

acha? É a lei básica da reciprocidade. Um assassino tem a morte como

companheira em todos os momentos. Convivemos com ela a cada dia, a cada minuto.

Somos a Sombra da Morte! Alguém que a teme não é digno de fazer parte desta

guilda. Aquele que tem medo de morrer jamais será um bom assassino”.

 

 

Tenko ficou pensativa. “Você tem força e habilidade o

bastante para aniquilar os soldados de seu pai, Tenko Kitsune”, disse o velho

mestre. “Para isso nem precisaria ter vindo até aqui. A sua força vem de você

mesma. O que eu posso lhe oferecer é conhecimento. Técnica. E talvez,

sabedoria. Essa sua vingança seria apenas uma chacina inútil. Não importa

quanto sangue você derrame, seu amigo está morto. Mesmo que mate todos os

soldados dos Renard, um a um, Shi no Toge continuará morto. Não arrisque sua

vida em ações vazias, jovem guerreira. Eu posso perdoar seus erros, mas o mundo

certamente não perdoará”.

 

 

A gatuna baixou a cabeça. Via a razão nas palavras do velho

assassino. Com muito esforço continha as lágrimas que tentavam escapar de seus

olhos. Até que não agüentou mais, e desatou a soluçar, os grossos pingos que

caiam de seus olhos formando uma pequena poça salgada no tampo da escrivaninha.

A quem estava tentando enganar? Shi estava morto. Jamais o veria novamente. A

vingança que planejava seria, além de inútil, injusta. O líder da guilda,

imóvel como uma estátua, observava em silêncio o pranto da gatuna. Quando a

garota começou a se acalmar, o velho assassino disse rispidamente:

 

 

“Se este era o único motivo pelo qual queria se tornar uma

assassina, peço que se retire. Não precisamos de pessoas focadas em vinganças

fúteis”.

 

 

Tenko lentamente começou a se levantar. Cabisbaixa, andava

em direção à porta. De repente, parou. Levantou a cabeça.

 

 

“Não. Tem mais um motivo”.

 

 

“E qual seria?”, perguntou o velho mestre.

 

 

“Tem alguém esperando por mim. Alguém que eu preciso

proteger”. Tenko virou-se bruscamente. Seus olhos mais ferozes que nunca.

 

“Alguém que eu amo!”

 

 

“Entendo. Você quer se tornar uma assassina para proteger

melhor essa pessoa”. O mestre sorriu novamente. “Nunca deixe que seu amado se

vá... o tempo nunca volta atrás! Que seu amor seja eterno!”

 

 

Em seguida, o velho assassino bradou:

 

 

“Todos que estiveram envolvidos no teste de Tenko Kitsune,

por favor, venham até aqui!”

 

 

Imediatamente surgiram das sombras todos os assassinos que

Tenko havia conhecido naquele dia. O assassino que cheirava a sangue e tinha um

olho só, o homem invisível, que ela agora podia ver, a mulher com feições de

gato, e mais alguns outros que ela não havia visto, mas que com certeza

estiveram por perto. “O que acham desta gatuna?”, disse o líder da guilda. “Ela

está apta a ser uma de nós?”

 

 

“Ela é orgulhosa, e o orgulho é importante para um

assassino. Somente ele impede que nos percamos na escuridão das nossas próprias

almas. O orgulho impede que nos tornemos meras sombras de nós mesmos. Eu a aprovo!”,

disse o primeiro assassino.

 

 

“Heh heh heh... ela é destemida e impetuosa. Até demais,

talvez. Mas é melhor do que se fosse uma covarde! Eu a aprovo também!”, disse o

segundo tutor.

 

 

“Purrrrrrrr... ela ainda é muito jovem, muito imatura. Mas

sinto que esta garota tem algo especial. Ela encontrará o caminho certo, creio

eu. E com o tempo, se tornará uma das melhores assassinas de Midgard. Eu a

aprovo!”, miou Bast, a terceira tutora.

 

 

“Ela é inexperiente, mas tem um coração nobre. Com o tempo,

adquirirá conhecimento e sabedoria. Acredito que ela honrará o nome dos

Assassinos do Deserto de Sograt.”, disse o líder da guilda. “Tenko Kitsune,

jamais nos envergonhe!”

 

 

Todos os assassinos ajoelharam-se, e Tenko os imitou. O

mestre pegou em uma das gavetas de sua escrivaninha uma caixa ricamente

decorada. Abriu-a, e dela retirou um colar com um pequeno pingente, um busto de

mulher com uma adaga cravada no peito. “Este é o Colar do Oblívio, símbolo dos

assassinos. Ele representa o nosso orgulho. Honre sempre este símbolo!”, disse

ele, e colocou o colar no pescoço da gatuna.

 

 

“Levante-se, Tenko Kitsune! E a partir de agora, viva como

uma assassina, uma filha do deus Loki! Não se esqueça de que isso foi uma

escolha sua, e toda escolha representa uma mudança. Você jamais será uma gatuna

novamente! A partir deste momento, você é a Sombra da Morte!”

 

 

Todos os assassinos se levantaram e fizeram uma leve

reverência para o mais novo membro de sua guilda.

 

 

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“Minha filha, já faz uma semana que todos os dias você se

levanta antes do Sol nascer e volta para casa pouco antes dele se por. Sua

busca é nobre, mas tudo me leva a imaginar que sua amiga gatuna pereceu no

deserto.”, disse o patriarca dos Aintaurë. “Devo a Tenko Kitsune minha vida,

meu pai. Peço apenas mais um dia para tentar. Hoje Kuroi e eu sairemos em busca

de Tenko, e se não a encontrarmos, me darei por vencida, e eternamente

lamentarei não ter pagado minha dívida.”

 

 

O caçador concordou. Sethit Aintaurë jogou seu arco ao ombro

e seguiu com Kuroi Yuri para o Deserto de Sograt, em busca de sua amiga

desaparecida. Naquele dia, porém, a arqueira e a mercadora não tiveram sorte.

Já havia algumas horas que estavam presas em cima de uma pedra, cercadas por

uma matilha faminta de Lobos do Deserto. Sethit havia afastado quantos podia

com suas flechas, mas a fome dos lobos era mais forte. Agora a alijava da

arqueira estava tão vazia quanto o estômago dos brutos que a cercavam, e tudo

que restava fazer era esperar e rezar.

 

 

O dia já havia terminado e a Lua já ia alta no céu escuro.

Era uma noite clara, de Lua cheia, e esta parecia um enorme disco de prata

pendurado no firmamento. As duas garotas já haviam se acostumado com os uivos

das feras, quando foram surpreendidas pelo silêncio. Logo em seguida, rosnados

ferozes, e depois deles ganidos apavorados. Kuroi e Sethit olharam para baixo

com a intenção de descobrir o que havia acontecido com seus perseguidores. Não

viram nenhum lobo, exceto os que estavam mortos ou agonizantes no chão,

brutalmente desfigurados. Os corpos retalhados eram apenas massas disformes de

sangue e pelo.

 

 

Em meio à matilha morta, uma figura esguia encontrava-se de

pé, banhada pelo luar, de costas para elas. Calçava botas leves, e tinha os

tornozelos enfaixados. As pernas recobertas quase inteiras por uma malha de

tecido escuro. No quadril, uma espécie de saia curta balançava suavemente com a

brisa noturna. O abdome e o peito envoltos por faixas de tecido, assim como os

tornozelos e pulsos. Um par de ombreiras metálicas brilhava, refletindo a luz

da Lua. Caindo sobre os ombros, até o meio das costas, cabelos ondulados, da

mesma cor do luar. Os antebraços também envoltos em tecido escuro, e em ambas

as mãos, uma jur tinta de vermelho. A figura se virou de frente para as

garotas, e elas puderam ver, com a luz da noite clara, um rosto pálido e

anguloso, uma boca de lábios avermelhados. E no meio do rosto, em destaque, um

par de selvagens, ferozes, furiosos olhos vermelho-sangue. No deserto, à noite,

sob o luar, aquela figura parecia em perfeita harmonia com o ambiente.

Poderia-se dizer até que era bela. Não a beleza requintada dos salões de baile,

mas a beleza aterrorizante e misteriosa dos predadores.

 

 

“Vocês deviam ter me esperado em casa. Não é seguro ficar

passeando à noite pelo meio do deserto”.

 

 

Kuroi sorriu. “Você conseguiu! Você é tão cabeçuda que até

para morrer você é teimosa!”. Tranquilamente, a assassina limpou o sangue das

jurs e guardou-as de volta nas bainhas. Jogou a velha capa de viagem no ombro e

ajeitou o sakkat na cabeça. “Eu acompanho vocês até em casa”.

 

 

No meio do caminho, Tenko sentiu estar sendo observada.

Olhou para trás. Olhos vermelhos encontraram olhos púrpura. Ela sorriu. “Ah, é

você! Tenho que te agradecer. Estou em dívida com você!”

 

 

A raposa branca sorriu de volta, repuxando os lábios e

abanando a longa cauda felpuda. Em seguida, saiu correndo e desapareceu no meio

da noite.

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kkkkkkkkkkkkkk tenho q rir de mim mesmo meow

comecei a ler a historia da tenkou +- meio dia e fui acabar 2 e meia da manha, tinha durmido 4 horas na noit anterior... ow seja... eu tava acabado, so q eu kiria flar ocisa de + as letras tavao embaralhando e td na minha cabeça tb kkkkkkkkkk srry geral galera... eu kiria tentar conseguir leitores pa minha fik e consegui tomar uns bons "pedalas"

por ultimo como foi dito, faça sua fic, apesar que possivelmente não a lerei, não por mal mas você comentou que seu estilo de escrever é igual ao de Tolkien e o unico livro que eu comecei a ler na minha vida e não conseguir ler até o final por ser chato de mais, foi justamente o senhor dos aneis, definitivamente Tolkien não é meu estilo de leitura... mas muitos gostam se for realmente escrever como ele provavelmente fará sucesso no tópico.

 

veja bem.. eu n so bemm 1 tolkien, na verdad minha detalhação eh 1poko acima da tekou, eu tenho é o custume de dar mtas voltas em cima de 1 assunto, + claro q eu n vo continuar com meu estilo normal pq, eu escrevia livros, e livros tem 1 geito um pouco diferent das fics e talz....

eu fikei 1 bom tempo pensando na minha fic, e talz, e acabei escrevendo 1 cap, + dps doq vcs disserão tem certas coisas q eu vou mudar nela

 

sobre o assunto das cenas de sexo...[/aiai] eu n so 1 ninfomaniaco como eu pareceu anteriorment... eu só detalho a cena e talz de 1 modo diferent da maioria das pessoas, e eu n ponho cenas sexuais em 200% dos caps. claro, eu uso elas rarament, oq tentei dizer eh q qdo tiver senas de sexo eu vou tentar dar o melhor possivel, e claro, avisar sobre estas cenas no começo do cap. pa n ter ninguem desavisado... no mais... espero q pelo menos tentem ler uns 2~3 caps. meus,

Tenkou...1kkkk de desculpas... eu kiria so dar meu ponto de vista da historia e cabei flando lixo [/snif]sorry

Tks pelas umilhações(dps doq eu escrevi eu merecia memow ¬¬)[/desc]

by thoyn[/ok]

ja ki eu tomei 1 pedala desses meior eu ir pa otro buraco (e rapido) *corre corre* cava cava*

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já ouvi falar em coisas que não valem a pena mas essa foi a pior
*Congela* 
 Gogeta, como seu amigo, vou te dar uma dica valiosa: Corra o mais rápido que puder, para tão longe quanto humanamente possível. É pra correr com vontade porque, na hora que ela descongelar, ela vai te caçar até a sua morte (visualize um guepardo correndo atrás de uma gazela).E aproveitando o post, fico feliz de ver que a fic continua com a mesma qualidade de anos atrás. E, embora eu tenha uma leve noção do momento em que parou, continuo eufórico a cada capítulo que é postado. Continue, Tenko. Tem gente aqui esperando por continuações (além do que, caso você demore, essa galera se junta pra te caçar e não vai ter instinto assassino que te salve).P.S.:
A Freya mereçeu perder a cabeça [/pif]

 

 Essa foi pior que uma punhalada no pâncreas... [/aiai]

 

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CAPÍTULO 3 - REBELDE 

 

 

 

Durante

a crise, as únicas pessoas tranqüilas eram Irina, Reiko e Byakko. Mas havia uma

quarta pessoa tranqüila, que se esforçava para não atrair olhares. Tenko.

A tal doença não a assustava. De algum modo, ela entendia o que estava

acontecendo e sabia que não seria atingida. Tenko se mostrava calma e pacífica,

como uma dama deve ser. Mas na calada da noite, a garota pegava sua adaga e

sorrateiramente fugia para a floresta. Com o tempo, vendo que seu pai tinha

assuntos mais importantes para cuidar e não se importava se ela se portava como

uma dama ou não, Tenko começou a ficar mais ousada. Saía do castelo antes do

por do sol, e voltava depois do amanhecer. Estava se tornando arisca, ágil,

forte. Mais forte do que grande parte dos aprendizes de cavaleiro do castelo.

 

E além disso, ela começou a desenvolver algumas habilidades politicamente

incorretas, mas inegavelmente úteis. De tanto fugir do castelo, Tenko havia se

tornado silenciosa no andar, e sabia se esconder rapidamente e sem deixar

vestígios. E essa habilidade levou a uma outra, que também foi bastante útil

para a jovem rebelde.Foi numa noite em que um dos guardas adoeceu. Com o rebuliço, a porta dos

aposentos do rapaz foi deixada destrancada. Foi a deixa para Tenko se esgueirar

como uma gata para dentro do quarto vazio. Ela abriu o baú do guarda

lentamente, para evitar que as dobradiças rangessem. Tão devagar que pareceu

uma eternidade o tempo que a tampa levou para se levantar. Tenko apanhou uma

vembrassa, e tão lentamente quanto antes fechou a tampa do baú. Depois, voltou

rapidamente para seu próprio quarto. Com a sua Main Gauche, cortou as costuras

do colchão, arrancou parte do enchimento e introduziu o escudo dentro do

acolchoado, virando a parte aberta para baixo, para que ninguém a notasse.A partir deste dia, Tenko passou a visitar regularmente os aposentos dos

guardas. Furtou uma túnica de um guarda franzino, que transportou até seu

quarto amarrada nas suas pernas, por baixo da saia larga do vestido. Furtou uma

capa de viagem de outro guarda, e os resistentes sapatos de couro de outro. O

colchão de Tenko cada dia era menos colchão e mais equipamento. Havia se

tornado desconfortável para dormir, o que deixava a garota sonolenta e

mau-humorada.Quando ja tinha tudo o que queria dos guardas, Tenko resolveu se ajudar

financeiramente. Não seria fácil, ela pensou. Mas tinha seus planos, e

precisava de dinheiro. Então uma noite, a garota escalou o muro de fora do

castelo. Saltou do lado de dentro, caindo com um som macio e quase

imperceptível. Correu até a sala do tesouro. Encontrou apenas um guarda, que

dormia pesadamente. Roncava, e um fio brilhante de baba escorria pelo canto de

sua boca. Cheirava fortemente a álcool. Tenko bufou com desprezo, abriu um dos

baús e encheu um pequeno saco de couro com alguns punhados de moedas. "O

suficiente", ela pensou. Prendeu o saco entre os dentes e escalou de volta

o muro. Quando se preparava para saltar, o guarda roncou alto e se mexeu,

batendo a manopla de ferro no escudo e produzindo um som alto de gongo. Tenko

se assustou e errou o salto, caindo de mau jeito. A jovem aterrisou com um

baque surdo, segurando o impacto todo nos joelhos. Não pôde evitar um gemido de

dor. O saco de Zeny caiu no chão com um som de metal tilintando. Tenko sentou

no chão e começou a massagear os joelhos doloridos. Quando ouviu o som da

corneta de um guarda cortar o silêncio da noite. Ainda sentindo a dor da queda

e ralhando com si mesma por ter feito tanto barulho, Tenko pegou o saco de

couro e saiu correndo o mais rápido que podia em direção à floresta escura.

 

Lucius não conseguia dormir. Mal havia assimilado a traição e fuga de Lady

Irina, lhe vinham agora com um caso de roubo na sala do tesouro. O cavaleiro

andava de um lado para outro no salão do castelo, com a testa franzida, contemplando

os retratos de seus ancestrais. "O que eles fariam no meu lugar?",

Lucius se perguntava. Desesperado, resolveu tomar medidas drásticas.

 

Mandou colocar um arqueiro muito destro em cada uma das torres do castelo, e

que atirassem em qualquer suspeito. Mandou seus guardas caçarem e revistarem

todos os possíveis gatunos, arruaceiros e ladrões de qualquer espécie que

estivessem nas redondezas.

 

Aumentou a carga dos treinos do pequeno Caifás, incluindo agora exercícios que

seriam monitorados por ele, Lucius Renard em pessoa.

 

E quanto a Tenko? Bem, Lucius não entendia de mulheres. A garota estava cada

vez mais rebelde. Não comparecia mais às aulas de bordado e etiqueta, dormia o

dia inteiro, não cortejava as visitas. Vivia olhando para os guardas do palácio

com ar de profundo desprezo, o que os incomodava terrivelmente. Não parecia se

importar com o sumiço da mãe e de seus dois servos, como se de algum modo ja

soubesse o que aconteceria.

 

Para Lucius, só havia uma maneira de aquietar uma mulher rebelde. Decidiu que

era hora de Tenko se casar.

 

O baile era um dos maiores que o castelo ja havia visto. Bardos tocavam seus

instrumentos ininterruptamente. O salão do castelo Renard estava lindamente

decorado, com todos os enfeites polidos, tapetes batidos, almofadas lavadas e

chão encerado. Havia muita comida e muita bebida.

 

Tenko não gostava de festas, e preferia mil vezes fugir para a floresta. Mas a

segurança estava reforçada, então resolveu não arriscar. Sentou-se à sua

escrivaninha e colocou uma folha de pergaminho em branco à sua frente. Tenko

havia recentemente tomado gosto pela arte do desenho, já que raramente

conseguia escapar do castelo. Mergulhou sua pena em um tinteiro e começou a

arranhar displicentemente o papel. Quando uma criada entrou no quarto. "Lady Tenko, venha se arrumar para o baile. Seu banho já está

preparado."Tenko ignorou-a."Lady Ten..."Tenko virou o pescoço para trás e cravou os olhos furiosos na criada."Me deixa em paz, diabo de criada!"A pobre serva recuou dois passos para trás e falou de novo, com voz trêmula:"Teu pai faz questão da tua presença neste baile, Lady Tenko..."Tenko rosnou irritada. Enfiou a pena de volta no tinteiro, espirrando tinta.

Bufou com raiva e se levantou. Acompanhou a criada até o local de seu banho.A garota foi imergida em água limpa e esfregada com ervas perfumadas até sua

pele ficar vermelha. Seus cabelos foram lavados e cuidadosamente

desembaraçados. Suas unhas aparadas e pintadas. Foi vestida com belos trajes de

gala, maquiada e seus cabelos presos de maneira elegante. Depois, se dirigiu ao

salão, onde encontrou seu pai conversando animadamente com um jovem cavaleiro.

 

Tenko analisou cuidadosamente o cavaleiro. Ele era alto e magro, de membros

finos e compridos. Seu rosto era fino também, tinha o nariz reto e grande.

Olhos azul-profundo caídos como se estivessem escorrendo de seu rosto.

Sobrancelhas finas demais. Os cabelos negros e longos estavam presos em um rabo

de cavalo que ia até o meio das costas. Eram muito lisos e tinham aparência de

mal-lavados. A boca era grande, não combinava com aquele rosto fino. Ele

carregava às costas uma espada de duas mãos, e sorria de canto de boca. Tenko

imediatamente antipatizou com o rapaz. Ele olhava pra ela com gula."Ahhh, Sir Primus, esta é minha filha, Tenko!"Lucius Renard a indicou, sorrindo.

 

Durante a festa inteira, Tenko foi perseguida pelo jovem cavaleiro. Sir

Secousse Primus era seu nome, ele havia nascido em Izlude, blá, blá, blá...

Tenko não agüentava mais a conversa monótona e superficial daquele homem, mas

ele a perseguia por todos os cantos. A garota ja estava ficando tonta com

aquele zumbido constante em seus ouvidos, e apenas andava aleatoriamente pelo

salão. Mas o irritante cavaleiro não a deixava. Quando deu por si, Tenko não estava mais no salão. Estava em um dos corredores

vazios do castelo. Mudou de direção para voltar ao salão, mas Primus bloqueou

seu caminho. Então, subitamente, o cavaleiro empurrou-a contra a parede e a

beijou. Segurava-a com força, prendendo seus braços ao longo do corpo e impedindo-a

de empurrá-lo. Com a mão livre, agarrou um dos seios da jovem. Esfregava seu

corpo no dela, apertando-a com mais força cada vez que ela tentava se soltar.

 

Tenko sentia o cheiro de suor do cavaleiro. Sua barba malfeita a arranhava e

seu hálito desagradável lhe dava âncias. Toda aquela situação a deixava

terrivelmente enojada. O cavaleiro começou a deslizar para baixo a mão que

prendia os braços da garota, tocando-a sem nenhum pudor. Apesar do mal-estar que sentia, Tenko percebeu a oportunidade. Enlaçou seus

braços em volta do pescoço do rapaz, passando os dedos pelos cabelos oleosos.

Primus, sentindo-se seguro, apoiou uma das mãos na parede.

 

Imediatamente Tenko enterrou os dentes na língua do cavaleiro, enquanto ao

mesmo tempo seu joelho subiu velozmente, atingindo-o com força entre as pernas.

Primus urrou de dor e soltou a garota, encolhendo-se no chão em posição fetal.

 

Tenko correu de volta aos seus aposentos, ainda enojada. Aquilo ja havia

passado dos limites. Não iria suportar aquilo por mais tempo.

 

Chegando no seu quarto, Tenko abriu sua gaveta e retirou a Main Gauche.

Arrancou-a da bainha e abriu as costuras do colchão da cama. Rasgou com a

lâmina o seu belo vestido, para removê-lo mais rápido, e o substituiu pela

indumentária roubada dos guardas. Jogou ao ombro uma bolsa de couro contendo o

saco de Zeny, alguns rolos de pergaminho, pena e tinta. Ao cinto prendeu a Main

Gauche.Saiu correndo de seu quarto, largando para trás o vestido e o colchão

estraçalhados. Enquanto descia as escadarias que levavam ao andar térreo, Tenko

soltou os cabelos, que caíram como uma cortina prateada sobre seus ombros.

Sempre odiou cabelos presos.

 

Saiu pela porta da cozinha e correu direto para o estábulo. Já podia ouvir o

barulho dos guardas do palácio a perseguindo. Abriu a porta do estábulo com um

chute. Não havia tempo para selar um peco. Montou em pena em um animal

alaranjado, que acordou assustado ao sentir o peso da garota sobre o lombo.

 

Tenko espetou o animal com a sua Main Gauche. O peco, apavorado, saiu galopando

velozmente em direção à floresta. Para o sul, levando consigo a jovem rebelde.

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Bom... Já que estão todos expondo seu ponto de vista, aqui vai o meu:

Estarei falando nos números respectivamente escritos por La Carlotta.

 

1º) Vamos ao conceito de prefácio:

Prefácio: Capacidade de transmitir informação detalhada sobre algo somente por si própria, assim como acontece quando você lê o início de algum livro, você já sabe do que se trata a história, vulgarmente falando, você entende o TEMA. Algo que não foi explícito no prólogo deste fanpic. (Ao meu ver, obviamente)

Traduzindo tudo para os incultos, a introdução deveria dar um 'gostinho' do que está por vir, para trazer empolgação e vontade da leitura, é pela introdução que decidimos o que é válido ou não ler.

2º) Creio que o thoyn não estava se 'gabando'. Mas estava explicando sua forma de trabalho, suas influências e, o que gosta de escrever (Chamaremos isto de prefácio do autor. /ok (já que pelo visto gostam tanto dessa palavra). Já li excelentes "obras" que o próprio thoyn escreveu.

 3º) Leia o último capítulo do livro, As Crônicas de Nárnia volume único, escrito por CS Lewis. Ele faz uma breve menção sobre o 'dom da escrita', citando que, se não houver dom, não haverá paixão, logo, não haverá motivo para que isso seja feito. Prática pode fazer com que saia algo mais aceitável, dom é a alma da pessoa, que faz com que outros sintam tudo o que o autor sentiu ao escrever.

4º) Opa, bem vinda ao Reino de Rune-Midgard, vulgo jogo de espadas, magias, bruxarias, feitiços...

Cada um com seu jeito de escrever, você julgou o thoyn pela escrita?! (fas, nessessário, vc... idioma conhecido também como internetês)

E ainda escreve isso? (Cada um escreve o que gosta e da forma que gosta, e isso deve ser respeitado.)

Sem mais comentários sobre estre item.

 

5) Às crianças de 2 anos de idade que não sabem ler e ainda não sabem o que é sexo.

É uma relação tanto física, quanto emocional entre um homem e uma mulher, que do jeito que o Brasil está, precisa ser feita com uso de preservativos.

Se não tomada as devidas precauções, pode-se ter uma indesejável surpresa. Mas tudo é resolvido quando se tem planejamento familiar.

Para maiores informações assista as novelas à partir das 18 horas.

 

Por último, mas não menos importante:

Thoyn, faça sua Fic, pois existem e sempre existirão leitores para um pouco mais de Lutas, Intrigas, Romances...

Embora eu não tenha costume de postar, sempre é bom deixar meu recado para alguns...

 

Lady ~

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 mwahahahahahahaha! nussa, se eu n fosse prfissional em não fazer escandâlo, tinha estourado de tanto rir com o  vídeo do pd, mwahahahahah, e quanto ao negócio de me enterrar vivo, talvez eu merecesse mesmo, nunca aceite ajuda de um mercenário que usar ^^, é o mesmo que pedir pra ser roubado[/gt] 

*olha o bousa onde guarda os zenis* ufa, ainda tá aqui e... ei! pra onde foi parar meu cofre alternativo de grana??[/snif]

Quanto à passagem das Asas de Anjo e dos 30 Oridecons, só digo uma coisa:

hehecq3zw8-1.gif

(Sério, assim que ela confirmou que foi real, eu fiquei quase nesse estado.) 

mwahahahaha, tai uma coisa que eu nunca vou cansar de ver[/heh] e eu percebi uma coisa, cade o público de antes?? no primeiro tópico , nesse cap já estava na pag 21, agora nem na 10 chegou, será que o povo parou de vez com o rag??

flow!

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A Tenko, raptada por professores alienígenas? Você tem certeza que tá falando da Tenko RENARD Kitsune? Provavelmente deve ter ownado tanto random por aí e tá celebrando o novo recorde. Já, já ela chega...Não me faça te procurar, Tenko RENARD Kitsune.P.S.: Tomara que ela morda a isca, tomara que ela morda a isca, tomara que ela morda a isca...

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Lady, tome um cházinho de camomila que seus nervos vão te matar fofa.Em primeiro lugar, eu não julguei ninguém pelo modo de escrever, eu disse que pelo modo como ele escreve, não parece ser uma pessoa que lê tanto quanto ele diz ler, isso não diz que ele escreve melhor ou pior do que ninguém e muito menos que ele é melhor ou pior do que ninguém, cada um escreve da forma que gosta eu dizia respeito a estilo de história e não a estilo de escrita. Tente fazer um cursinho básico de compreensão de texto antes de querer discutir. Sobre ele estar sendo arrogante, não disse também que foi intencional, mas que pareceu no primeiro post dele pareceu, no segundo já não pareceu.Sobre o prefácio, é a sua opinião, eu respeito, respeite a minha. Acho que o prefácio da história da Tenko está ótimo.Sobre o dom de escrever, eu disse que existem pessoas que nascem com isso sim, mas dizer que não pode ser desenvolvido atraves da prática da escrita é desestimilucar quem gosta e quer escrever, mas não escreve tão bem quanto os outros, dons naturais existem, mas são raros, dons podem sim ser desenvolvidos pela pratica.sobre as lutas de espadas, sim reino de rune midgard tem isso, tem, mas não só isso, eu comentei pois ele sugeriu a tenko prapor mais delas na fic dela, eu acho que a fic da tenko tem a trama muito bem feita da forma que está, e eu não sou fã de lutas de espadas, elas existem sim, eu nunca fiz uma classe no bro que usasse uma espada, logo uma história pode ter muito mais do que isso, não duvido que hajam pessoas que gostem e se ele quiser escrever uma fic completa sobre espadas, tenho certeza que muitas pessoas vão se interessar, mas esse não é o estilo dessa fic, é uma fic muito mais profunda e sentimental do que simpels lutas de espadas.E sobre sexo eu disse isso para o bem do seu namorado fofinha, se ele for falar de sexo nas fics dele é bom ele seguir meus conselhos e falar de forma indireta e séria, para não correr o risco de ter o tópico da fic trancado por um moderador e o acesso ao forum suspensopara maiores informações preste atenção neste tópicohttp://sites.levelupgames.com.br/FORUM/RAGNAROK/forums/p/237391/2222273.aspx#2222273especialmente no artigo 4 do mesmo =)e assim como você disse, Thoyn faça sua fic, não desencorajei no outro post e nem desencorajo ninguém a fazer fics, pelo contrário, mas como a tenko disse são as criticas que fazem crescer...

 pessoal se estressa com cada coisa O.o

  

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Poxa, parabéns pela fic Tenko.

Para ser sincero nunca gostei de ler fics. Eu sempre lia um pouco, achava paia e parava de ler. Mas essa fic sua me prendeu muito a atenção. Eu estou adorando ler isso. Teve uma vez que fui viajar, ai eu pensei: "Mas, como vou ler os capítulos?". Imprimi e fiquei lendo na viagem. XD

Essa fic é baseada na sua história né?

Queria ter esse dom pra escrever também... Eu tenho um mercenário também, com muitas histórias pra contar, ele existe há uns 3 anos...

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-,- Eu sabia ke isso ia virar briga... kkkk melhor eu dar 1 geito de parar isso antes q o principal assunto(fic da tenko) acabe eskecido... galera...vamo td mundo fikar na paiz aew... sem extrex.... eu so keria me apresentar e talz + n press fikar brigando por minha causa [*-)]

vão ler 1 livrinho e acalmem-se

nao to tomando partido de ninguem so kero ke o assunto volte ao q interessa

=D antes q comece 1 discuçao inutil ake

by Thoyn =D

 

*ainda n parei de cavar*

 

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Lady, eu vou ser um pouquinho menos gentil que a La Carlotta:Eu sei que é meio chato ver o namorado da gente ser criticado. Eu mesma fico ferrada quando falam qualquer coisa da minha namorada. Mas lembre-se, críticas são BOAS. Elas te fazem crescer e melhorar. E não há motivo para ser tão agressiva só porque alguém discordou do seu namorado.Em suma: todo mundo é livre pra postar comentários aqui, e críticas construtivas são mais que bem vindas. Mas se isso virar flame e discussão pessoal, eu vou reportar.

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Como eu disse... tomem 1 chá de camomila... 1 limonada... em geral... relaxem e gozem.... vms esperar com entusiasmo o prox cap. da olhos vermelhos, na paz e tranquilidad... e ja q eu to sem nd pa fazer no rag vo ver se escrevo o 2 cap da minha fic, e do 1 melhorada no 1 dps das criticas uteis q eu recebi =D

Sereno~!*

by thoyn [8-|]

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Nem. Meu pet é esse aqui. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- CAPÍTULO 5 - O

DESTINO DE UMA FUGITIVA 

 

 

 

Morroc: único sinal de civilização incrustado no meio do Deserto de Sograt.

Morroc com suas casas de pedra amarelada, suas torres, suas fontes. Seus

vendedores de rua, oferecendo todo tipo de mercadoria, suas misteriosas e

antigas pirâmides e sua imponente esfinge, que alguns guerreiros se atrevem a

desbravar em busca de tesouros e experiência de batalha. Mas, principalmente,

Morroc e seus gatunos, ágeis e sorrateiros, sempre em busca de uma oportunidade

para tomar emprestada a carteira de algum desavisado. Por tempo indeterminado,

claro.A cidade de Morroc era, sabidamente, uma fábrica de gatunos. A exótica cidade,

com lojas a céu aberto, grande quantidade de construções vazias e abandonadas e

maior ainda de estrangeiros incautos, atraídos pela aventura de se meter nos

labirintos das pirâmides e da esfinge, era um cenário propício para o

aparecimento destes rufiões. Mas não pense que os gatunos de Morroc apenas furtavam

e se escondiam. Mestres da esquiva e da luta com adaga,eles não eram

adversários desprezíveis em uma luta. Por todos estes motivos, não é

acontecimento raro ira à Morroc e voltar sem alguns de seus pertences.

 

O vento quente e seco do deserto soprava pelas ruas de Morroc. As ruas estavam

cheias. Guerreiros voltando da caça, mercadores negociando o que traziam em

seus carrinhos, mendigos implorando por alguns zeny. E no meio da multidão de

rostos queimados de sol, destacava-se um rosto pálido, coroado por ondas de

cabelo cor-de-luar e incrustado de dois olhos vermelho-sangue. Era Tenko.

 

A jovem estava totalmente adaptada à vida no deserto. Havia conseguido algum

dinheiro caçando monstros nos arredores da cidade. Saía bem cedo pelos portões

da cidade, com algumas dezenas de poções vermelhas na bolsa, e voltava

carregada de jellopies, felpa, plumas, casca de insetos e outras coisas mais,

que negociava com os mercadores que tinham suas lojas nas ruas. Estava agora

mais forte e hábil com a adaga, mas por algum motivo sua pele não bronzeava.

Tampouco ficava vermelha e descascava, como seria esperado para alguém tão de

pele tão clara que ficasse horas debaixo do sol. Misteriosamente, a pele de

Tenko permanecia sempre igual.

Um dia, entrando na cidade para vender seus despojos e almoçar alguma coisa,

ouviu alguém chamar por ela."Eeeh, Olhos Vermelhos!"Era Shi no Toge, o Arruaceiro. Tenko e Shi haviam se encontrado mais algumas

vezes depois da primeira, e a relação entre os dois era bem amigável. Tanto que

Shi havia tentado devolver o dinheiro que havia furtado da garota quando se

conheceram, mas ela recusou. "Se me furtou, foi por desatenção minha. É

justo que fique com o dinheiro.", respondeu ela. Esta era a lei de Morroc,

e Tenko aprendeu rápido.Shi e Tenko costumavam conversar por horas. Ele mostrava a ela os cantos

escondidos na cidade, ensinava sobre monstros e armas, contava histórias de

batalhas e aventuras nos sombrios labirintos das pirâmides e da esfinge. Mas

naquele dia, Shi tinha um assunto diferente sobre o qual queria conversar.

Naquele dia, Shi no Toge falou sobre si mesmo.

 

Contou como havia deixado sua casa há alguns anos para se tornar um gatuno e

como treinou incansavelmente para ser aceito entre os Arruaceiros do Farol de

Comodo."Sabe, Olhos Vermelhos, eu queria ser livre. Um "arruaceiro",

como aquele povo dos castelos chama a gente, é livre. A gente não se prende a

regras, faz o que quer, mas não somos maus como eles pensam. Nós só queremos

aproveitar o máximo da vida. Claro, as vezes a gente gosta de um pouco de

bagunça, mas não vivemos pra isso. Não somos arruaceiros. Entre nós, usamos mil

nomes. Ladinos, Bandidos, Renegados, Ladinos... mas arruaceiros não somos. Se

nos chamam assim, é por inveja, porque a gente tem coragem de seguir nossa verdadeira

vontade."Tenko ouviu atentamente as palavras do amigo. Shi olhou-a nos olhos e tocou uma

de suas mãos."Tenko", ele disse, e era a primeira vez que ele a chamava pelo nome.

"Você fugiu da prisão que era sua casa, e se veio parar em Morroc, acho

que não foi por acaso. Você é como eu, um espírito livre. E é muito forte. Eu

ja te vi lutando, menina, você é mais forte e rápida que muitos desses

espadachins almofadinhas que vem aqui pra tentar arranjar dinheiro!"Tenko sorriu, mas quando ia agradecer o elogio Shi tocou seus lábios, indicando

que ficasse em silêncio. E

continuou a falar."Você é muito forte... mas ficar caçando picky não vai te levar a lugar

nenhum. Você pode mais que isso! Você é ágil e leva jeito com a adaga. O que

acha de ser minha aprendiz? Quer ser uma gatuna, Tenko?"A garota ficou em silêncio por um longo tempo. Em seus pensamentos, revia seu

passado no castelo de seu pai. Lembrou-se de quando se esgueirou nas sombras

para afanar equipamento dos soldados. Viu-se de novo pulando o muro para encher

sua bolsa de zeny. Mas, principalmente, sentiu seu desejo por liberdade arder

ainda mais forte. Chegou à conclusão que não se tornaria uma gatuna. De algum

modo, ja era uma. Assim, Tenko se tornou aprendiz de Shi no Toge.O ladino era um bom mestre. Era rígido na medida certa e sabia ensinar bem.

Assim, Tenko se tornou ainda mais ágil, ainda mais hábil com a adaga, e

desenvolveu um pouco mais sua ja inerente habilidade para furtos. Seu corpo

leve, esguio e flexível facilitava esse tipo de "trabalho". Com o

tempo, a aprendiz se tornou capaz de bater uma carteira ou afanar alguma coisa

do carrinho de um mercador sem dar qualquer sinal de sua presença. E se por

acaso fosse vista, escapava habilmente se esgueirando por espaços apertados,

escalando muros e telhados ou simplesmente desaparecendo nas sombras. Logo

criou certa fama nas ruas de Morroc. Sua aparência singular contribuía para

isso. Mas não era certo reclamar de volta o que foi furtado.Era o jeito de

Morroc. E Tenko continuou praticando a arte de tomar emprestado por tempo

indeterminado. Por sua astúcia e agilidade, começou a ser chamada de

"raposa" tanto entre os mercadores da cidade quanto entre os próprios

gatunos. E assim, começou a ser conhecida Como Tenko Kitsune, nome que manteve até

o fim de seus dias.

 

Pouco tempo depois, Tenko Kitsune foi aceita pela Guilda dos Gatunos de Morroc,

se tornando oficialmente uma dos seus, e passando a usar seu uniforme. Sob a

orientação de seu mestre aprendeu a técnica do ataque duplo com a adaga, se

tornou uma verdadeira perita na arte da esquiva e podia desaparecer nas sombras

sem deixar vestígios. Shi no Toge estava realmente orgulhoso de sua aprendiz.

 

"Tenko, vem cá um instante", disse ele para a garota uma certa noite.

Ela se aproximou e ele colocou algo em suas mãos. Era uma adaga. Uma Stiletto,

reforçada seis vezes com emveretacon."Eu usei essa arma nos meus tempos de gatuno. Acho que agora vai servir

muito bem pra você. Bem melhor que essa Main Gauche ridícula que você insiste

em continuar usando!"E riu daquele jeito muito próprio dele, alto e espalhafatosamente. Tenko não se

irritou. Havia aprendido a lidar com aquele rapaz, e sabia que aquele ele era

bem intencionado, mas nunca perderia uma piada. Tenko passou a usar a Stiletto,

mas a Main Gauche está guardada em seu armazém até hoje."Bom, vou caçar lá nas Pirâmides, ver se encontro algo que valha algum

zeny. Cuide-se, Olhos Vermelhos!"

 

Shi abraçou a gatuna e beijou seu rosto carinhosamente. Logo depois desapareceu

sob o céu noturno de Morroc.Na manhã seguinte Tenko percebeu uma aglomeração de gente pouco usual na praça

central da cidade. Havia uma forca instalada, e um arauto lia um documento.

Algo sobre "arruaceiros insolentes que profanaram a sala do tesouro de um

mui nobre castelão". Atrás dele havia pouco mais de uma dúzia de soldados,

que carregavam no escudo o brasão da família Renard. Acorrentado junto a eles

estava Shi no Toge.Nunca os monstros dos arredores de Morroc haviam encontrado adversário que

lutasse com tamanha fúria. A Stiletto de Tenko vibrava incansavelmente, e suas

roupas estavam manchadas de sangue e lágrimas. Ela era a culpada. E não poderia

fazer nada para mudar isso. Ela havia começado uma cadeia de acontecimentos que

ela nunca poderia ter previsto. E agora ela remoía amargamente sua culpa, sua

impotência e sua raiva.

 

Passou o dia inteiro aniquilando ferozmente monstro após monstro. Não saqueava

os corpos, não limpava o sangue da adaga. Quando por fim não conseguiu mais

ficar de pé e se jogou na areia. Estava exausta. As lágrimas haviam secado. Ela

só então percebeu todos seus ferimentos. Mas a dor física naquele dia era

insignificante. Longo tempo ela passou sentada na areia, mastigando lentamente

sua culpa.

 

 

Prometeu a si mesma que se tornaria forte o bastante para enfrentar uma

situação como aquela no futuro. Até este dia, Tenko Kitsune não voltaria a

Morroc. 

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 AOIEUAOIUAEOIEUE, a parte do chá de camomila me fez rir :DLa Carlotta desceu do salto alto, cuida pra não tropicar fia ;) @TenkoGostaria da citação da parte a qual fui agressiva por alguém ter discordado? Mas se eu fui, o que sobra pro resto que criticou a opinião do thoyn? Seriam eles Seriais Killer do fórum o_o  Sobre discussão, não tenho o que discutir, tenho minha opinião e, não são idéias ou atitudes de quem se ofende por levar um reply que vão me mudar minha opinião :D Boa sorte com os fics.E pra Carlotta fofa: Maracujina é para os nervos. Como alguém disse certa vez, "Cultura é vida". PS: Não pretendo entrar mais no fórum ou postar, pois pra mim não tem utilidade.Criei a conta aqui só pra ver Quests, portanto, xinguem e briguem a vontade, pois nem vou ler ou responder. Só postei agora porque meu namorado pediu e, também seria ruim para ele, pelo fato dele freqüentar este site. Se alguém se ofendeu muito, por favor... Se "desofenda" /ok  Beijos mil :* 

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ahnn, olha oque escreve em raposinha, a netrunner tá lendo a fic...
 Neeem. A NetRunner é safadeenya também. =3
é só pergunta, mas a irina é humana? se não for, ela é oque?
E que graça tem se eu te contar? 
vc realmente dropou 3 esqueletos soldados?
Comprei.
vc colocou todas na sua jur? @.@
 Sim, naquela época (meados de 2005) eu era meio newba.
eu estou fazendo perguntas demais?
Eu não ligo! Podem fazer perguntas à vontade! ^^
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 CAPÍTULO 2 - DESONRA PARA SUA FAMÍLIA   Logo

que nasceu, Tenko teve tudo do bom e do melhor. Tinha servas, tinha bons

vestidos de tecido fino, tinha mestres para ensiná-la a se portar como uma

dama. Mas ela não se interessava por servas, nem por vestidos, e muito menos

por aulas de postura, bordado e etiqueta.

 

Quando tinha cinco anos, Tenko ganhou um irmão. Caifás era seu nome. Ele era

troncudo e forte como o pai, tinha cabelos muito claros e olhos que puxavam

mais para o castanho do pai que para o vermelho da mãe. Como todos os homens da

família, Caifás foi treinado para ser um bravo cavaleiro. Mas o jovem Caifás

tinha tanto interesse na cavalaria quanto Tenko em vestidos de seda. Ele

brandia a espada como se fosse um pedaço de pau, não se dava bem com escudos

grandes e definitivamente era incapaz de arriar e muito menos de montar um

PecoPeco.

 

Lucius se remoia de vergonha. Veladamente, os outros nobres se riam da desgraça

do cavaleiro, com dois filhos tão fora do comum. Sua esposa também, a bela

Irina, não parecia se importar se Tenko sentava de pernas abertas ou se Caifás

caía do Peco. Mas a maior preocupação de Lucius, a que mais o incomodava

intimamente, era não ter um bom guerreiro na família.

 

Se o cavaleiro não fosse tão ligado às suas antiquadas tradições, se tivesse

prestado mais atenção, talvez o final dessa história fosse outro. Mas Lucius

era antiquado e retrógrado, e não chegou a perceber que o sangue guerreiro da

família não estava no filho. Estava na filha.

 

Aos 10 anos Tenko afanou de um dos guardas do palácio a chave do baú de armas

do castelo. O guarda estava bêbado, mas mesmo que não estivesse, Tenko era

silenciosa e tinha mãos leves.

 

Desde então, todas as noites a garota abria silenciosamente o baú de armas,

tirava uma de sua escolha e corria para a floresta. Tenko experimentou lanças

("pesadas e lentas demais para meu gosto"), espadas de duas mãos ("difíceis de

controlar"), machados (l"entos e grosseiros, não gostei"), espadas de uma mão

("estas são boas, mas um pouco lentas"), e por ultimo descobriu as adagas. Mais

leves e fáceis de manusear que as espadas, as adagas eram as armas preferidas

da filha de Lucius nos seus treinos proibidos. Tomou especial gosto por uma

bela Main Gauche de cabo trabalhado e lâmina nove vezes reforçada com fracon.

Não resistiu e tomou-a para si, escondendo a preciosa arma em uma gaveta do seu

quarto.

 

E assim os anos se passaram. Tenko estava cada vez mais forte, e estava se

tornando esguia e suas curvas despontando. Seu rosto havia se tornado mais

anguloso com a idade. Os sedosos e ondulados cabelos cor-de-luar ela mantinha

sempre soltos, caindo sobre os ombros até o meio de suas costas. Os olhos se

tornaram mais agudos e penetrantes. E ela havia se tornado um bom projeto de

guerreira. Com uma diferença marcante em relação aos seus familiares: Tenko

preferia a velocidade e a esquiva a suportar todos os golpes. Assim, também se

tornou veloz, tanto para se desviar quanto para bater.

 

Seu irmão por outro lado, apesar de estar se tornando forte e resistente, não

mostrava aptidão nenhuma para a cavalaria. E Lucius, ainda cego pelas antigas

tradições, não percebia o progresso da filha. E assim se passaram mais alguns

anos.

 

 

 

Começou com um cozinheiro. Ele foi visto andando descoordenadamente pelo

castelo, murmurando coisas sem sentido. Ignorava as pessoas a sua volta, não

respondia mais quando seu nome era chamado e seus olhos estavam sempre muito

abertos e vidrados. Estava empalidecendo e emagrecendo a olhos vistos.

 

Os melhores médicos de toda Rune-Midgard vieram ver o rapaz, mas não puderam

descobrir qual era a razão de sua estranha condição. Enquanto o cozinheiro era

tratado pelos médicos, apareceu um jardineiro nas mesmas condições. E depois um

copeiro, e um tratador de Pecos. Os quatro homens foram postos em quarentena

para impedir contaminação, mas já era tarde. Logo os guardas também

apresentavam sintomas da estranha doença. E quando os médicos concluíram que

apenas homens eram afetados, uma arrumadeira apareceu jogada nas escadarias do

castelo, babando e dizendo palavras desconexas.

 

Os médicos corriam de um lado pro outro, atordoados, sem saber o que fazer.

Tratamentos tradicionais para loucura não funcionavam. Tentaram tratamentos

alternativos criados pelos sábios de Juno, mas nada adiantava. O cozinheiro

faleceu durante a madrugada. Os empregados estavam todos em alvoroço,

desesperados e com medo uns dos outros. Uma semana depois, o tratador de Pecos

faleceu também. O caos tomou o palácio. Médicos corriam de um lado para o

outro, empregados não queriam trabalhar com medo de contaminação, guardas se

recusavam a ficar de sentinela com medo que o ar da noite os fizesse adoecer.

No palácio inteiro parecia haver apenas três pessoas que não estavam em

polvorosa: Reiko, Byakko e Lady Irina Renard. Os três riam a toa,

despreocupados. Irina parecia a mais alegre de todos, andando despreocupada

pelo palácio, sorrindo.

 

Um mês depois, um dos médicos adoeceu também. Os restantes desistiram de tentar

curar a doença e saíram do castelo o mais rápido que puderam. 

 

Lucius estava muito contrariado. As veias do seu pescoço pulsavam no esforço de

encontrar uma solução para o problema. Depois de muito esforço mental, concluiu

que se o problema não era de ordem física, era de ordem espiritual. Chamou dois

especialistas no assunto.

 

O primeiro era um sacerdote exorcista magro e com jeito sério. O outro era um

monge espiritualista parrudo e mal humorado. Os dois trouxeram rosários, água

benta, gemas azuis e outros artefatos do tipo.

 

Logo que entraram no castelo, acusaram a presença de espíritos malignos, e a

visão dos doentes só confirmou o pressentimento.

 

Como guiados pelo faro, os dois exorcistas andavam pelo castelo procurando algo

fora do comum. Abriam todas as portas, todos os armários e todas as gavetas,

jogando roupas pelo chão, desarrumando camas, em suma, fazendo uma tremenda

bagunça. De tempos em tempos o sacerdote supunha que o fogão da cozinha ou o

tapete da sala estavam possuídos, e começava a invocar magias divinas

enlouquecido, terminando com um teatral Magnus Exorcismus em cima do pobre

tapete. Mas pior ainda era quando o monge pensava ter visto um quadro antigo

mover os olhos, e disparava sem demora uma esfera espiritual em cima dele,

abrindo um rombo na parede.

 

Quando Lucius já estava vermelho de raiva e prestes a mandar os dois saírem da

casa dele e nunca mais aparecerem, o sacerdote disse sentir uma forte presença

demoníaca atrás de uma porta. Ele se aproximou da porta em questão, acompanhado

pelo monge e por Lucius. Lentamente, silenciosamente, forçou a maçaneta. Estava

trancada.

 

Acenou com a cabeça para o monge, que socou a porta com força. Nenhum dano

causado. A porta estava selada. Resolveram tomar medidas drásticas.

 

O sacerdote abençoou o monge, enquanto este invocava esferas espirituais. O

berro de "PUNHO SUPREMO DE ASURA!!" ecoou no castelo inteiro. A porta

caiu.

 

Atrás dela, os três homens encontraram Irina. Na cama. Com um soldado.

 

 

 

Antes do por do sol, Irina havia desaparecido do castelo. Não levou nenhum

pertence. Reiko e Byakko também desapareceram do mesmo jeito. Não levaram Pecos

nem deixaram pegadas que pudessem ser seguidas.

 

 

 

Estranhamente, depois da partida dos três, não houve mais casos de doença no

castelo dos Renard.  --------------------------------------------------------------------------------- Affe, esse fórum estupra a formatação dos meus textos!Não tenham pudor de postar. Estou aqui para ouvir as críticas e responder às perguntas. 

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Hey! Legal a Kuroi encontrar alguém, os opostos realmente se atrem, é uma pena mas parece que não vai durar.

Agora imagina se a Irina estava procurando a Tenko querendo usá-la pra se libertar, ou pior, pra ensinar alguns truques a filha! Como seria uma Tenko Kitsune capaz de seduzir qualquer ser vivo?

Mais uma vez parabéns pela história Tenko.

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