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Asas de Arcanjo Caído: A Origem


Hela

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- Eu não sei ao certo há quanto tempo eu estou carregando esse fardo que me deixa com uma dor sobrenatural nas costas, mas acho que isso não faz diferença, a dor depois de um tempo não é nada comparado aos sussurros do Arcanjo em meus ouvidos. -

 

Capítulo 1 – O Inicio

 

Antes de haver tudo o que conhecemos, e da maneira como conhecemos, o tudo era formado por três forças essenciais: a luz, as trevas e a magia. A magia era a força que ocupava o espaço onde a luz e as trevas não estavam, ou seja, fora dos domínios da normalidade, próximo do futuro ninho dos leviatãs. Já a luz e as trevas dominavam todo o resto do todo, fazendo um ciclo eterno de equilíbrio, diferente da luz e trevas a magia não era estável, eventualmente ela provocava pequenos impulsos de energia que atrapalhavam o equilíbrio, mas que rapidamente era recuperado, não sei como definir quando a instabilidade da magia começou já que isso é de uma era antes da linha do tempo mortal surgir, mas houve um impulso mágico forte o suficiente para derrubar o equilíbrio, o impulso atingiu a luz e arrastou uma célula dela até as trevas formando um circulo, o circulo na verdade era um zero e representava a quarta força essencial o vazio, lugar deprimente onde uma alma que no futuro seria chamada de deus chorava de solidão.

 

Junto da primeira alma surgiram outros elementos poderosos, como o cetro de Kronos e o Bastão da destruição, ambos representavam traços essenciais do que um dia seria chamado de “O Universo”, Kronos era responsável por garantir que a linha do tempo pulsasse incansavelmente pela eternidade, e o bastão da destruição era e ainda é, mesmo nos dias de hoje, o portador do caos, a força que gerou o plano físico.

 

Após décadas vagando pelo vazio o Deus Primordial finalmente encontrou o cetro de Kronos, que até então ainda não havia uma forma plena, era apenas uma ideia abstrata de um poder além da compreensão, a alma do deus penetrou em meio ao Kronos fazendo com que ambos se tornassem apenas um, nesse momento o vazio deixou de existir da maneira como era antes, tornando-se agora o que chamamos de véu, a força do tempo minimizou uma explosão a uma firme película que separava todas as três forças essenciais, o que permitiu que o deus tivesse uma visão do todo que ele jamais tivera antes, assustado com a incerteza que as trevas guardavam em seus misteriosos domínios o deus correu para a luz causando outra mudança drástica na frágil estabilidade dos planos, ao entrar na luz o deus abandonou o seu estado de alma e passou a ser uma das forças essenciais, a luz invadiu a frágil película que sua alma chamava de corpo até a corroer completamente, o deus sentiu uma dor tão intensa que aquele momento pareceu uma eternidade, ele sentiu cada célula do seu corpo se corromper em algo que mudaria completamente quem ele era, mas jamais retiraria o vazio que ele carregava, embora seu plano natal já não existisse mais, ele estava fadado a jamais compreender o seu objetivo, porque na verdade, ele era, e ainda é, assim como nós, uma falha no ciclo da perfeição, e uma falha permanente que jamais poderá ser removida.

 

O Deus sentindo-se sozinho pensou em dar vida a partes do véu, algo que no futuro seria nomeado de arcanjo, mas ao mesmo tempo que ele não queria estar sozinho ele não queria outro igual para viver com ele, ele queria ser servido e venerado, mas havia uma força tão grande quanto a dele, as trevas estavam livres para serem possuídas pela primeira alma que ele gerasse, pensando nisso o deus pensou em ele mesmo possuir as trevas e assim ter controle total do todo, mas apesar de inúmeras tentativas ele jamais conseguiria mergulhar nas trevas, eles eram opostos, as trevas pareciam o mais profundo oceano devorando o deus, que apesar de todo seu poder se perdeu dentro da inimiga, e foi dentro dela que ele viu o Bastão da Destruição, o portador do caos, que nesse tempo ainda era resumido a uma grande fumaça vermelha no meio das trevas.

 

O deus conhecia esse tipo de poder, não diferia tanto assim do kronos, ao mesmo tempo que era uma força oposta, deus não sabia o que era organização e equilíbrio, mas ele se lembra agora das faiscas azuis que rodavam perfeitamente ao redor das engrenagens dentro daquela fumaça branca. Sedento por mais poder o deus tocou no Caos, mas diferente do que ele esperava o caos não cedeu poder para ele, apenas extraiu, ao tocar no caos a matéria foi gerada separando Kronos de deus e aprisionando-o em um cajado, assim como o próprio caos fora aprisionado em outro semelhante, mas infelizmente para o deus ao se comprimir para dominar as trevas o que ele conseguiu foi ceder espaço para que ela dominasse o tudo, o próprio deus foi atacado pelas forças do caos que tentavam o aprisionar em um corpo físico, mas a energia que ele liberava era grande demais para ser contida em algo físico, mas mesmo para um deus ser atacado por uma das duas maiores forças do futuro plano terreno era doloroso, então para se livrar dos ataques constantes do caos deus o vinculou a zona mágica, fazendo com que maior parte do seu poder fosse enviado para ela, reduzindo o objeto mais poderoso do universo a um artefato digno de ser portado por um mortal, para a surpresa de deus o seu próprio cetro sofreu com isso, sendo que em busca de equilíbrio o tempo foi vinculado à magia cedendo, assim como o caos, maior parte de seu poder para ela.

 

Uma vez fora da escuridão ele percebeu que ela jamais seria domada por ninguém, no pouco tempo em que ficou livre o caos havia criado o que hoje chamamos de matéria com a força das trevas, fazendo com que ela se tornasse a força mais poderosa e ao mesmo tempo indomável, adentrando novamente as trevas deus começou a construir com os restos do caos um ser, para que servisse de corpo físico para si, o nome desse ser é Yggdrasil.

 

Fim do capítulo.

 

- Elas andam pelo meu corpo, crescem e encolhem, elas furam minhas costelas para voar, e quando grito elas me fazem gargalhar, eu não mais um homem, eu não mais um mago, sou um servo, um escravo. -

 

Capítulo 2: Os humanos.

 

Deus finalmente montou seu corpo e em si fez nove mundo palpáveis e no horizonte plantou ilusões, de mundos perfeitos e intocáveis, os nove mundos ainda não estavam povoados quando deus deu a luz a seu primeiro filho, o qual ele chamou de Lúcifer, que era um soldado fiel e o ajudou a povoar todos os outros reinos, em cada reino fora criado um ser diretamente com uma partícula de luz e lama dos pés da Yggdrasil, para que deus tivesse um descendente em cada mundo, nos dias de hoje só conhecemos três: Adão, que morreu há muitos anos, Cernunnos, que após a morte foi presenteado com o direito de viver como o barqueiro das almas, e Odin, o patrono de Asgard.

 

Dentre todos os descendentes do deus, Adão era o predileto, ele fora feito diferente dos outros, antes de deus criar Adão ele havia feito a linhagem dos vanir e dos aesir, o qual ele presenteou com as Maçãs que lhes cediam vida eterna, após anos admirando os feitos das duas linhagens deus decidiu criar um corpo mortal para criar sua própria prole, certa noite deus fez um hermafrodita para que servisse de portador da criança perfeita, nessa forma o deus tinha uma aparência nórdica frágil, semelhante a que Balder teria alguns milênios depois, uma beleza quase élfica, com cabelos lisos negros que roçavam seus joelhos e uma silhueta quase feminina, apesar de não ter seios, pela sua semelhança com os elfos de Elfheim o deus se disfarçou de um embaixador para adentrar a casa dos vanir onde fora recebido por Freija que estranhou a ausência de roupas do novo visitante, ao mesmo tempo que o desejava, na verdade o deus abusava de seus encantos para que todos o amassem e desejassem, mesmo os guardas do castelo fantasiaram com ele naquela noite e por todas as outras de suas vidas, mas foi com Freyja com quem ele se deitou, diferente do que ocorreria em qualquer outra relação o deus não depositou material genético em Freyja, roubou dois de seus óvulos, ação bruta que a deixou desacordada e mergulhada em sangue, o deus que temia provocar uma guerra entre dois reinos, por isso limpou Freyja e a deixou deitada com um de seus muitos amantes, o qual ele havia enfeitiçado para que se não lembrasse sequer de como chegou no quarto da deusa. No dia seguinte todos em Asgard falavam do misterioso Elfo sem gênero que adentrou a casa dos vanir, Odin com inveja de seus irmãos de escudo exigiu que trouxessem o Elfo para que ele soubesse o que foi tratado com os Vanir, obviamente o deus já conhecia seu filho e já esperava que ele fizesse algo semelhante, próximo a ponte do arco íris Heimdall não permitiu que o deus passasse, esse que por sua vez fingiu surpresa e alegou ter assuntos urgentes para tratar em Elfheim. Não demorou muito para que o mais bravo guerreiro dos Aesir, e escudeiro de Odin chegasse na forma de uma leão para abordar o deus, Loki nesse tempo ainda era uma figura respeitável e de honra inabalável e exigiu esclarecimentos do deus. – Eu sei bem o que você é, e sei o que você não é! – disse Loki em tom sarcastico, o deus estranhou a atitude de loki, e o desprezou – você não faz ideia do que eu sou, na verdade não faz ideia nem do que você próprio é. - Loki assumiu sua forma quase humana e estalou os dedos com ar de desdém, enquanto o fazia o deus percebeu que Loki carregava com sigo um cetro, o próprio bastão da destruição, assustado o deus questionou Loki – Como conseguiu isso, metamorfo? – A surpresa do então elfo só fez com que Loki tivesse mais certeza do que falava – Eu sei que você não é um Elfo, da mesma maneira que não é nem macho nem femea, não sei que criatura é você, mas a magia que eu domino não te encaixa em nenhum dos espectros da criação. – Loki suspirou, ignorou o questionamento do deus e começou a rir loucamente, enquanto tentava se acalmar completou a frase – Não sei o que você é, mas tenho minhas ordens, Odin quer e vai vê-lo, vamos poupar meu tempo e o seu, me acompanhe, vamos ver o senhor dos corvos antes que eu fique louco. – apesar do dialogo complicado Loki já se entregava a mais um de seus devaneios e sussurrava para si mesmo – Não sei porque ele gosta tanto de corvos, não faz sentido... - Após uma longa viagem o deus não entendia porque Loki não havia se apaixonado por ele, visto que até Heimdall e os soldados de Odin estavam se contendo para não o cortejar.

 

Chegando ao castelo dos Aesir o deus foi arrastado pelos soldados até o salão de Odin onde o ele o esperava – Ora ora, então esse é... – Odin gaguejou por um instante – Desculpe minha insolência, mas não sei com tratar alguém como vós. – Odin olhou entre as pernas do deus – Devo tratar-te como o que? – o deus sorriu de maneira simpática e respondeu serenamente – Como preferir, majestade – Odin relaxou em seu trono e começou a falar de maneira menos autoritária com o elfo – Te trouxe aqui pela sua fama, apesar de ter acabado de chegar na cidade, e... – Odin ainda admirava a beleza do elfo, enquanto Loki observava de longe esgueirando-se nas sombras como era de seu costume fazer, sempre portando seu cajado, que apesar dele não saber o mantinha ligado diretamente com uma das forças primordiais constantemente, o que o tornava imune a grande parte dos poderes do deus, Odin continuou falando com dificuldade em se concentrar – Sinto que eu deveria estar ciente dos assuntos que vocês, Elfos, trataram com Freyja. – o elfo interrompeu as falas de Odin, tomando o controle da situação – Também acho que minha majestade deveria estar ciente, e inclusive participar de nossa criação. – O assunto despertou tanto a curiosidade de Odin quanto a de Loki, que fora revelado pelo deus com uma fala sarcástica – Mas deveríamos resolver isso a sós, sem a presença de mais ninguém. Não é mesmo, Loki? – Loki assustado se revelou, mas não teve tempo para se explicar, Odin irado pediu para que ele se retirasse imediatamente, enquanto isso tanto Odin quanto deus foram para os aposentos de Odin onde os dois se serviram um do outro, até que finalmente o deus obteve o que ele precisava de Odin, não apenas o sêmen, mas um de seus olhos, que o deus fez questão de arrancar com suas próprias mãos, Odin que naquela época ainda não era um guerreiro soube apenas gritar, gritos esses que foram abafados pelas mãos do deus que enquanto o acalmava retirava a dor, para compensar a visão perdida o deus deu habilidades de combate invejáveis à Odin e o cedeu o dom das runas, o que lhe dava um vinculo com a magia tão grande quanto o próprio cetro de Loki.

 

Dentro do corpo do hermafrodita estava sendo gerado dois gêmeos, uma mulher e um homem, ambos iriam ser a descendência direta não apenas dos asgardianos, mas do próprio deus, e o olho de Odin serviu para que deus batizasse ambos em busca de protege-los do mal.

 

Fim do Capítulo

 

- As asas arranham minhas costas e não me deixam dormir, batem a noite toda, eu imploro, mas elas não vão, elas não somem, nunca... Nunca... -

 

Capítulo 3: O Arcanjo

 

Depois de meses com sua consciência aprisionada em uma forma física o deus deu a luz a uma besta chamada Lilith e um verme chamado Adão, ambos nasceram de maneira diferente de humanos comuns, saíram do útero do deus em forma de larvas e rolaram por horas na terra, o solo foi se fundindo a cria do deus e dando à eles forma humana, Lilith se tornou uma mulher linda de formas esculturais e longos cabelos loiros, enquanto Adão se tornou um rapaz forte, de aparência jovem e de olhos claros, mais claros do que os de um humano comum, eram literalmente brancos, apesar de sua pele escura quase negra.

 

A primeira cena vista por Lilith e Adão foi ver o corpo do deus se desfazer em terra na frente de seus olhos e em seguida ambos se admiraram, e naquela noite juntos fizeram Cain.

 

Nove meses mais tarde Lúcifer estava ao lado do tronco da Yggdrasil admirando Lilith, moça a quem ele desejava incansavelmente, aproximou-se dela e sugeriu que ela não deveria se submeter aos caprichos de Adão, algo que não era bem verdade, mas os humanos foram programados por deus para sempre ouvir os conselhos de um arcanjo, sabendo disso Lúcifer plantou a discórdia na relação dos mortais e amaldiçoou Lilith na forma de uma Lamia, dessa maneira os descendentes de deus estariam fadados a extinção.

 

Nesse período a terra não tinha muito mais além do que um homem, o primeiro demônio e um bebê, percebendo a quebra no equilíbrio a Magia oscilou e de Adão um novo humano surgiu, Eva, uma mulher alta, negra de olhos brancos, diferente de Adão e Lilith, Eva não foi batizada com o olho de um asgardiano, por isso ela não seria obrigada a respeitar os conselhos de um arcanjo, sendo a primeira humana com livre arbítrio.

 

Após um tempo Adão e Eva tiveram mais um filho, Abel, um menino loiro e de pele clara que amava brincar com seu irmão Cain nos bosques, um dia desses foi visto nos bosques um anjo em forma de menino que parecia estar colhendo flores, Cain e Abel correram para ver do que se tratava e brincaram com o anjo a tarde inteira, no momento de voltar para casa o anjo se tornou adulto e com uma pedra atacou Abel, matando-o com apenas um golpe, dessa maneira Lúcifer manipulou Eva para que lançasse sua ira contra Cain e o atacasse achando que ele tinha matado seu filho, mas antes que Eva o Atacasse com uma pedra Lilith aparece e ataca dando diversos socos violentos contra o rosto, deixando-a completamente desacordada, quando ela percebe a presença de Lúcifer ela libera sua ira contra o Arcanjo e o arrasta para o chão com sua calda, o arcanjo de forma imponente a levantar pela garganta pretendendo arremessar sua cabeça contra uma pedra, até que o Hermafrodita aparece novamente e acalma a situação, vendo que o arcanjo fora consumido pela inveja o deus pensa em matá-lo, mas demonstra piedade e diferente do que fora dito para nós, em diversas histórias, ele não arrancou as asas do arcanjo, arrancou o arcanjo das asas dando à ambas duas mãos onde se encaixariam os ombros fazendo com que uma cena bizarra fosse presenciada por todos ali presente, as asas tinham vida, mas eram cegas, surdas, mudas, só sentiam o que a ligação com a luz e a magia o permitia, deus disse que cedeu para ele o castigo interno, o inferno, ele estaria eternamente preso, ou era o que o deus pensava...

 

Fim do Capitulo

 

- Eu não me controlo, eu nem lembro meu nome, e essas asas, ó... Essas asas, elas são diabólicas, elas riem de mim e se alegram a cada dia que eu fico mais... – Puderam ser ouvidas várias gargalhadas insanas até que um silêncio total tomou as sombras.

 

Capítulo 4: O Portador

 

As asas do arcanjo foram aprisionadas por Lilith dentro de uma caixa e jogadas no fundo do mar, nem mesmo a autoproclamada princesa do Inferno sabia a localização exata desse artefato.

 

- Marujos, chegaremos em Alberta em breve, preparem as ancoras! – Gritava meu capitão da proa. Estávamos viajando há dias, eu precisava viajar muito ainda para chegar a Juno, haviam mais uma parada do Navio e algumas horas de aeroplano para eu finalmente adentrar a universidade dos Sábios.

 

A tarde era quieta e eu estava aproveitando que o Navio estava ancorado para estudar as espécies marinhas daquela região, confesso também que aproveitei a chance para bisbilhotar as pegadas enormes do lado de fora dos muros da cidade, dizem ser de um urso, mas para mim há grandes chances de serem do próprio pé grande. Cansado de tanto de tanto andar decidi voltar para junto de meus colegas de quarto do navio, mas a beira da praia avistei uma caixa dourada reluzente com escrituras em uma língua tão antiga que eu só cheguei a ver algo parecido nas fotos dos relatórios dos pesquisadores de Explendor, mas nem de longe o idioma dos esplêndidos era tão complexo quanto o gravado na caixa.

 

Pensei por horas como levaria aquela caixa para dentro do navio, mas era grande demais, estava quase chamando algum de meus colegas para me ajudar quando a caixa começa a se debater de maneira violenta, primeiro eu corri e tropecei em uma pedra até que pude perceber um som de arranhão vindo de dentro, imediatamente pensei que algum ser doentio havia prendido um cachorro e o atirado ao mar, estranhamente a caixa agora parecia mais frágil, pude quebrá-la como se fosse feita de papelão molhado, dentro dela pude ver apenas penas, muitas penas negras que cheiravam a mofo, quando coloquei minha mão sobre elas uma batida de asas mais forte do que um grito de banshee me cegou por uns instantes quando dei por mim elas estavam cravadas em meus ombros, as garras que se pareciam com as de um abutre furavam e cutucavam fundo em minha carne, mal podia me mover de tanta dor, as asas corriam pelas minhas costas até minhas pernas e alisavam meu corpo, rasgando minha roupa até chegar em rosto novamente onde ficaram tentadas a furar meus olhos, sei disso, mas desistiram, voltaram para os meus ombros onde continuaram a me fazer sangrar como um carneiro no abate.

 

Depois de horas gritando, sem estranhamente ninguém me ouvir eu fecho meus olhos e vejo um anjo dentro de minha cabeça, ele se apresenta a mim como uma fonte de poder e sabedoria, dizendo que se eu dissesse sim, eu teria todas suas habilidades, e infelizmente no momento eu acabei por fazer um pacto com o diabo sem perceber, quando seduzido pela oferta de poder e pelos olhos doces do arcanjo eu consenti e me tornei o portador das asas que me fazem enlouquecer e gritar, mas sim, ele cumpriu sua parte no trato, hoje eu sou Balthazar, o mago mais poderoso do plano físico, portador das asas do arcanjo, do Kronos e do Bastão da destruição.

 

Fim do Capítulo

 

Gargalhadas loucas podiam ser ouvidas no fundo de uma caverna em Aldebaran – Balthazar, Balthazar, Balthazar – em meio as risadas e gritos de dor só era possível ouvir – Balthazar, Balthazar, Balthazar – e por fim um grito final e uma serenidade aguardava no final daquela caverna, o nome que estava sendo cantado como em uma mansão de ninar mudou – Morroc, Morroc, Morroc -

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Quer desdenhar de meus eventos? Fique a vontade. Mas tente manter O SEU TRABALHO bem feito, porque diferente de você, o meu é voluntário.

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Lilith Morningstar.

Eva, Monah do Pah

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Acho que é a primeira fic sua que eu leio.

Curti muito o jogo de ideias, fiquei meio perdido no capítulo 2 e no início do 3, mas do 3 pro 4 a coisa fluiu. O 1 ficou muito bom, o que é importante pois é o que faz as pessoas lerem o resto, tem que caprichar rs.

Eu sempre fico inspirado lendo qualquer coisa, e é meio aleatório (tipo agora que deu vontade de continuar um romance que eu tinha tentado a um tempo atrás).

Vou mimir, postei no tópico sem sua permissão (você aparentemente não leu minha última MP). Continue com isso, criar é maravilhoso (que brega eu, eca).

bjaum

Faz muito tempo que já não respondo mais pelos meus atos.

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