Florette Posted April 7, 2008 Share Posted April 7, 2008 [OFF] Bah, sem mais uma história sobre meu vilão de Rag favorito – Galgaris. Todo o conteúdo dessa fanfic, seus destinos e a situação atual do mundo pertence a uma linha destrutiva da história dos Rúnicos (e não pode ser vendida separadamente). Trata-se de meus experimentos em relação ao futuro descrito na fic do By-Tor - que não será continuada por conter falhas de continuação e porque eu preciso de uma boa inspiração. E eu demoro mesmo a postar então, se alguém ler, comenta que depois eu venho ver. Sem mais: violência / drama / songfic -> Beijo pro namorado que deixou eu brincar com a personagem dele. -> Up The Irons!!!! -> Esses personagens não existem na realidade vigente, existem em otra realidade, portanto não escrevo sobre ninguém do bRO. -> Meus eternos respeitos ao senhor Ludlum que inspirou essa história e esses personagens (para sempre “Muerte A Toda La Autoridad” e “Cain Is For Charlie... And Delta Is For Cain!!!”) -> E sim, Amaya pra sempre \o/ -> As habilidades de Amaya e de James foram modificadas e não obedecem aos padrões do jogo. Então nada de vir "guns não faz isso e mimimimi" que vai falar sozinho > -> Ah sim, obrigada imenso ao Agente Forty-Seven e a corda de piano. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Florette Posted April 7, 2008 Share Posted April 7, 2008 Help me. Help me to find my true Self without seeing the future Save me. Save me from torturing Myself even within my dreams O Jogo de Amaya “Só o bem morre jovem – e todo mal parece viver para sempre...” – Amaya Embora Passadina Jones tivesse um físico invejável, a forma como se comportava só deixava Almart confuso. O paladino jogou o sábio numa cadeira e observou enquanto ele se erguia lentamente e sentava de maneira correta. Sua lentidão não correspondia a sua idade e só indicava falhas nas acusações que Almart tinha contra ele. Era daquela vez que aqueles malditos sábios seriam punidos por suas ações contra o Reino, como deveria ter sido anos antes, mas infelizmente Passadina Jones não correspondia a imagem que tinha dele. - É bom que comece a falar, senhor Jones. Passadina limpou lentamente o sangue que escorria de sua boca e o observou em sua mão, sentindo-se terrivelmente cansado. Ainda assim encarou o paladino em sua imponente armadura e concluiu que assim como todos aqueles que cruzaram seu caminho e portavam uma espada, aquele homem não duraria os suspiros devidos por sua insolência. O Mestre viria. Embora nunca considerasse em público valor de Passadina, durante os setenta anos que o serviu bem, ele entendia o quanto o Mestre dependia de seus valores. A nova situação do Mestre dependia de Passadina e por isso, ele acreditava que logo seria resgatado. - Creio que não entendeu sua posição. Não está em posição de recusar nada, não agora. Será levado a forca em duas horas e nesse meio tempo, é bom que me conte tudo o que sabe. Não houve resposta e o homem bateu furioso com as duas mãos na mesa. Passadina ergueu os olhos e fitou diretamente o paladino. - Pra quem trabalha? E novamente silêncio. - Jesse Tracy está envolvida com o senhor? Acho bom que me responda, antes que eu mande arrancar cada unha sua. - Acha que eu sentiria dor? – perguntou Passadina com sua voz lenta. - Eu vou fazer você sentir dor senão me contar o que quero saber. Os grandes chefes de Prontera estão mortos e creio que o senhor tem parte nisso. - Bobagem, estou velho demais pra participar dessas coisas. - Como explica o fato de estar na cena do crime? - Você não acreditaria se eu te contasse – e deu um sorriso de escárnio, lambendo o sangue da mão. Almart sentou-se na cadeira e olhou para o sábio com atenção. A sala de interrogatório de Prontera não era confortável, mas bastante assustadora para tipos como aquele. E ele sabia que o sábio mentiria, mas tinha que saber o que estava acontecendo. Diziam que se tratava de uma vingança pessoal de Jesse Tracy, a melhor assassina que Rune-Midgard já conhecera. E nessa vingança, o grande amigo de Almart, o Capitão James Carl Elleron sumira misteriosamente. - Me conte tudo o que sabe, sábio. - Posso contar. Ao final, você estará morto de qualquer forma. E ainda temos tempo pra isso. - Não ouse me ameaçar! - E não estou – Passadina colocou as mãos atadas em cima da mesa e o sorriso sumiu de seus lábios. – Conhece as tribos nômades de Morroc? Claro que não conhece, não posso supor que uma pessoa como você possa conhecer, mas é um pequeno fato importante em muitos que contarei até a sua morte. Não me olhe assim, estamos apenas tratando de algo que é certo e se quer saber o que aconteceu ao Capitão James, é bom que preste atenção no que estou falando e peça pro mercenário sair da escuridão dessa sala porque eu sei que ele está ai. Uma sombra moveu-se e um assassino apareceu, as katares em punho, seus olhos fixos em Passadina. O sábio não se importou, matar pessoas era a especialidade do Mestre. E muitos já o haviam ameaçado e nenhum deles obtivera sucesso... Bem, Jesse Tracy tinha a mira perfeita como afirmavam sobre ela e ele tinha sentido sua precisão em sua perna, algumas horas antes de ter sido preso pelos Justicars de Prontera. - Deixem de cerimônia e escutem o que tenho a dizer antes do seu fim. Tudo começa com essas tribos nômades do deserto e no fato que o governo de Morroc mandou assassinar aquele povo. Devem ao menos se lembrar dessa vergonha do seu Reino e o porque de todas as revoltas. As pessoas têm motivos para odiarem os Tristan e tudo começou quando deixaram duas crianças vivas em meio ao massacre. Uma delas jurou que faria toda e qualquer autoridade se curvar a sua vontade, assim como fizera com seus pais na sua frente. Eu sei bem disso... Eu estava lá quando Amaya Ameerah despertou para as trevas. - Jesse Tracy? - Não, isso foi antes dela se tornar Jesse Tracy... - Por que não fala logo o que queremos saber? Quem se importa com a vida daquela vagabunda? Assim que a virem, será morta. Passadina olhou para o assassino e voltou a ter certeza de que todos que portavam espadas eram, de fato, ignorantes. - Tudo bem, falarei do que importa. A quatro dias atrás, eu seqüestrei o Capitão James e o sacerdote conhecido como Rafe e deixei um bilhete para uma certa mulher, que nessa ocasião se chamava... Dominique... Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Florette Posted April 7, 2008 Share Posted April 7, 2008 1 – Carta Para Uma Assassina Songfic – Afraid To Shoot Strangers – Iron Maiden Lying awake at night I wipe the sweat from my brow But it’s not the fear ‘cos I’d rather go now À noite, acordado em minha cama, enxugo o suor de meu rosto Porém não é pelo medo que eu prefira ir Deitada na cama estava uma mulher que era conhecida com o simples nome de Dominique. De fato, aquele não era seu nome verdadeiro, e o nome de batismo era pouco utilizado. Tentava conciliar o sono, mas acabara por desistir e passara parte da tarde olhando pro teto, visualizando imagens que poderiam confundir suas intenções. O silêncio da casa era perturbador, ouvia o estalido dos gravetos na lareira e o uivo do vento gelado nas janelas. Passou a mão na testa e fechou os olhos por alguns segundos. Não havia medo dentro dela. O medo, como as pessoas conheciam, era desafiado por ela a todo o momento que tinha que fazer o que ela fazia. Aprendera a lidar com ele, mas não ficar tentada a senti-lo. Ela tinha medo de outras coisas, coisas essas que ela não tinha nenhuma facilidade para lidar. Abriu os olhos e virou lentamente a cabeça, pegando novamente o pergaminho que recebera naquela manhã, assim que chegou em Morroc – na parte não sitiada da cidade. Não sabia quantas vezes o tinha lido, embora uma só bastasse para que ela entendesse a mensagem impressa. Era a letra de Rafe, sua própria caligrafia, para lhe contar a terrível notícia. Ela odiava o presunçoso sacerdote Rafe, mas passou a despreza-lo. Deixou o pergaminho cair e segurou a adaga que dera a seu marido, sua lâmina afiada, o detalhado cabo. Deu um sorriso curto, lembrando da surpresa de James ao ver o presente. A adaga estava junto com o pergaminho, um aviso que o recado era sério, uma vez que James nunca se separava dela, dizendo sempre que aquela adaga lhe dera sorte – algo que ela nunca poderia entender. Sentou-se na cama e embainhou a adaga com agilidade. Olhou para a janela, percebendo que o horário se aproximava. Fitara depois a parede do quarto, o cabide onde estava o longo casaco do marido e seu velho chapéu. Aquelas lembranças poderiam cortar o coração de qualquer mulher apaixonada que soubera da morte do marido, mas em Dominique, apenas alimentavam seu desejo de vingança. Havia jurado a si mesma que faria todos eles pagarem com seus sangues por sua infelicidade, e uma vez dada a sua palavra, ela nunca retornaria. Só os bons morrem jovens. Levantou-se e abriu a gaveta onde estavam os seus chamados “brinquedos”. Escondida num espaço falso entre o armário e a parede, Dominique sabia que James nunca soubera da existência daquela gaveta. Tanto melhor. Sempre pensara que se talvez James soubesse o que ela era ou o que fazia, nunca teria lhe dedicado tanto amor. Tanto porque nem mesmo ela se dedicara a isso. Ela era horrível a seus próprios olhos, mas estava acostumada a seus próprios julgamentos e os considerava práticos e muitas vezes sombrios. Ele acreditava que Dominique era uma alquimista, e embora realmente vendesse poções, nenhuma venda poderia manter aquele estilo luxuoso de vida que levavam. Na verdadeira profissão, Dominique havia se “aposentado” quando resolvera casar com James, mas ao que parecia, aqueles desafetos do passado estavam sempre a sua procura e sempre a rodeando. Fora considerada a melhor assassina em muitos anos e mesmo com uma concorrência que poderia a vir supera-la, tinha elogios por toda a parte, cobrava um valor alto e justo por sua precisão e sua frieza, e não se incomodava nem um pouco com a pessoa que mataria. A grande verdade era que Dominique não tinha mesmo com o que se preocupar. Grandes tentaram descobrir quem era a identidade conhecida como Jesse Tracy e frustravam-se em suas buscas por uma pessoa que não existia. Era verdade. Ela nunca existiu. Havia morrido há muito tempo e tudo o que lhe restara fora James... E agora, nada mais. Agora, ali sozinha, Dominique entendia que não era amor que sentia por James e sim uma imensa gratidão, pois alguém a fizera olhar-se de maneira menos odiosa e quase humana. Seria eternamente grata a tanto amor e talvez se tivesse se esforçado mais, poderia vir a gostar dele mais do que gostava. Talvez o amasse em algum nível, sabia, por exemplo, que nunca seria capaz de machucá-lo. Tirou da gaveta tudo o que precisaria, verificou o estado de suas pistolas e de sua munição. Passou o cinto com os coldres pela cintura e os prendeu com força. Girou a adaga embainhada nos dedos e a colocou nas costas. Passou as demais cintas onde portava munição e pegou seu longo casaco de couro da gaveta. A recordação de que Jesse estava viva e novamente ativa. Já que desejavam por isso, que arcassem com seus desejos. Ela não tinha mais nada a perder, se é que alguma vez na vida teve algo de valor que não fosse James. Colocou o sobrepeliz carteado por cima, fechou a gaveta e saiu do quarto em completo silêncio. Passou pelo cabide da porta e alcançou seu chapéu. Quando saiu da casa, já não era mais a doce e obediente Dominique, era a assassina de nome Jesse Tracy. Suas feições haviam mudado e seus olhos voltaram a adquirir aquele brilho insano e sem vida, que tanto a caracterizava. Caminhou até o estábulo que James estivera pintando, ocupando-se de coisas caseiras pra descansar do que ele havia deixado pra trás para ficar com ela. O peco a olhou e bateu com o bico na madeira do cercado. Ela o tirou pra fora, selou e montou em seguida, partindo num galope rápido para o deserto de Morroc.Os pensamentos dela seguiam-se com números e com o tempo que levaria para encontrar Rafe. Ela não se importava com as pessoas que viriam antes, do modo que estava, nenhum deles poderia detê-la. Se não o fizeram antes não seria agora seu fim. Sua memória ainda guardava as informações a respeito da instalação e uma vez lá dentro, Jesse saberia se guiar como se o lugar fosse conhecido. Trying to visualize the horrors that will lay ahead The desert sand mound, a burial ground Tentando visualizar os horrores que virão lá na frente O monte de areia do deserto, um cemitério Se bem conhecia aqueles que protegiam Rafe e consideravam o chefe, era bem capaz do corpo de James ainda estar pendurado na cerca. O pergaminho dizia claramente que ele fora capturado e seria enforcado por não querer colaborar para que aquela organização tomasse Morroc, cedendo suas terras e bens a eles. Obviamente que o nobre James não poderia conceituar com isso, ficara surpresa quando ele havia lhe dito a respeito. Era um atrevimento, sendo que James era um dos proprietários de terras mais ricos e prósperos daquela parte esquecida de Morroc, que ganhava uma pensão por prestar bons serviços a Monarquia. Seria um horror ver o corpo dele pendurado. Mas sabia que somente assim serviria de exemplo aos demais proprietários de terra das redondezas. Jesse não tinha opinião sobre esses assuntos e nunca se meteria neles se não tivessem escolhido justamente seu esposo para ser o exemplo. Ela, agora, daria exemplos a todos, para que fossem cuidadosos na escolha de suas vítimas ou poderiam encontrar pessoas como ela – não iguais, pois sabia que era a melhor assassina que ainda estava viva – que não ligavam em derramar sangue para mostrar o quanto os primeiros estavam errados. A corrida com peco seguiu por mais quarenta minutos até que ela visse o monte de areia e as primeiras ruínas da antiga muralha do cemitério. Ali ela incitou o peco a entrar por uma elevação de areia e a correr o quanto agüentasse. Era um lugar maldito, uma vez que a areia do deserto jamais o conseguia cobrir e as lápides eram visíveis a todos os olhos. Evitava ler os nomes e inscrições mágicas, procurando apenas cortar caminho por aquele lugar e chegar o quanto antes em seu destino. Os mortos não a incomodavam, mas o que eles ainda poderiam fazer estando naquele estado que preocupava. Gemidos e lamúrias eram parte do pacote. A caminhada pelo ar frio de Morroc fizera com que Jesse corasse um pouco e quando finalmente atravessou o cemitério, já podia ver as muralhas da fortificação que protegia Rafe. Desmontou com rapidez e puxou o animal pela rédea em direção a uma ruína de um antigo mausoléu. De lá, ela observou a muralha e esquadrinhou um jovem casal. Pelas roupas da mulher, ela concluiu sem muito esforço que se tratava de uma das moças da cidade de Morroc que estava se vendendo para manter a família. As revoltas e revoluções contra o governo de sede em Prontera estavam trazendo prejuízos e destruições, as pessoas que não queriam tomar partido no que estava acontecendo. Haviam tirado o poder dos sacerdotes, concedendo a eles somente a cura pela palavra rúnica e pelo o que Jesse soubera de sua última viagem, os altos bruxos de Geffen estavam assinando um tratado para que a magia arcana fosse tratada em rúnico, assim eliminariam os magos, bruxos e sábios que estavam ou viriam a se envolver nas revoltas. Queriam poupar vidas, era o que explicavam a todos, mas ela bem sabia que tomar e concentrar o poder contra aquele inimigo invisível, que tramava as revoltas, era a única maneira de vir a derrota-lo. Um sorriso maldoso apossou-se de seus lábios, quando depois de amarrar o peco e certificar-se de sua munição, a assassina correu pela escuridão do deserto em direção ao casal puxando uma pequena tira de couro do cinturão de balas que levava na cintura. Eram gemidos e abraços e não viram quando ela se aproximou com sua precisão mortal e passou a tira de couro pelo pescoço do homem. Um instante ou dois. O guarda do portão tentou impedir o ataque, mas a posição de Jesse não permitia que ele pudesse fazer algo que não fosse morrer. A mulher observou, boquiaberta, apavorada demais pra fazer qualquer movimento. Fora rápido e silencioso. E ela mal podia acreditar que o homem que estava abraçado a ela agora estava caído morto a seus pés. Um grito estava prestes a explodir, mas sua boca fora calada com uma mão enluvada e o cano frio de uma pistola encostou em sua testa. A mulher só notou que havia algo errado quando seu companheiro caiu no chão e a sombra que surgira atrás dele fechou sua boca com uma mão enluvada. Sua respiração ficou suspensa quando sentiu o cano gelado da arma na sua cabeça. Ela ergueu os olhos e apenas viu a parca luz do luar um queixo que julgou feminino já que o rosto estava mergulhado nas sombras do chapéu de cowboy. - Quantos? – o atacante perguntou e a jovem não conseguia parar de tremer. Sentiu a arma dançando na sua cabeça e o atacante olhou em volta e depois pareceu fixar o olhar nela. – Quantos? – voltou a perguntar como se não pudesse imaginar o estado que ela se encontrava, talvez soubesse, talvez não desse a mínima. Grande Odin, ele estava morto! – Morrer não é sua única opção, portanto fale de uma vez quantos tem lá dentro! - Eu... Não me mate, por favor! Não houve nenhuma resposta verbal, mas Jesse segurou uma mecha dos cabelos da mulher com força e esfregou a pistola no rosto dela. - Quantos? E não vou perguntar novamente. - Doze... Talvez quinze. - E vocês são quantas? - Oito... Olha por favor, não me... A velocidade com a qual Jesse acertou a mulher com a arma não deixou que ela terminasse a frase. Também, não importava mais o que ela diria. Ela caiu a seus pés, sangrando e sem sentidos. Isso também pouco importava, que sangrasse até a morte. Jesse abaixou-se e revistou o corpo morto, buscando chaves. Depois deu a costas ao casal e seguiu para a pequena porta da muralha. [OFF]E continua depois... Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Florette Posted April 7, 2008 Share Posted April 7, 2008 2 – Sala de Interrogatório - Espere! – a voz imperiosa de Almart interrompeu as divagações de Passadina. – Espere um pouco! Está dizendo que Dominique Elleron é Jesse Tracy? Essa é a coisa mais absurda que já ouvi em minha vida! Passadina não respondeu de imediato. Se aquela era a coisa mais absurda que o paladino tinha escutado, então o pobre coitado tinha vivido pouco. Comparado a ele, qualquer outro tinha vivido pouco. Olhou para o assassino e ele sorria de lado, como se o que Passadina estivesse contando fosse a maior piada do mundo. - Acredita nisso, Mark? Dominique é Jesse Tracy! Os dois membros da Justicar de Prontera começaram a rir e Passadina bufou, resignado. O que era aquilo de rir do que ele estava falando? Falava a verdade. Dominique era Jesse Tracy, somente um imbecil não saberia. Mas o que estava esperando de homens que portavam espadas? Só podia esperar essa atitude infame e ignorante. - Devo supor que acham que estou mentindo? Pois pensem bem, por que eu mentiria? Eu sei mais do que vocês dois podem pensar em toda a extensão de suas vidas medíocres. - É realmente um homem engraçado, senhor Jones – disse Almart, estendendo-se na cadeira e olhando pra ele ainda com um sorriso de divertimento – Eu mesmo apresentei Dominique ao Capitão James. Crer no que está falando é, sem duvida, um grande absurdo. Então por que não nos conta a verdade? - Estou falando a verdade, mas em sua mediocridade estão ousando questionar o que falo. Como posso falar a verdade para pessoas como vocês? - Sejamos justos, senhor Jones... Talvez eu e meu amigo estejamos, de fato, achando que o senhor é o maior mentiroso que já interrogamos e estamos quase sendo levados a utilizar métodos cruéis para que diga o que queremos saber. Se continuar com essa bobagem, não poderemos dizer que isso foi um interrogatório. Não temos o que queremos e estamos aqui ouvindo você contar uma história absurda. Agora, seu maldito, diga de uma vez tudo o que sabe e sem essa de vir falar mal dos meus amigos. - Amigos? – uma sombra cruzou os olhos de Passadina e ele encarou o paladino com firmeza. – Jesse Tracy não tem amigos. E a doce Dominique creio que também não... Porque se tivesse, ela teria feito mais do que ela fez. - Estou cansando de ouvi-lo falar mal da minha amiga. Passadina sorriu. - Ora, a amiga que você conheceu acidentalmente? Eu posso descrever como e como estava o dia em que ela se jogou habilmente debaixo de seu cavalo e simulou aquele atropelamento. Não acredita você que na velocidade que seguia, ela deveria ter sido esmagada? Como me explica que tenha apenas ferido o braço de uma forma impossível para aquele tipo de acidente? E não fora impressionante como estava recuperada a noite, para aquele infame baile dos Justicars em homenagem a aquele idiota do Rei? Almart não deveria deixar que o sábio lesse seus pensamentos, mas foi inevitável. Sua expressão tornou-se duvidosa, da mesma forma que ele sempre questionara aquele acidente no qual conhecera Dominique. A explicação nada razoável para o evento sempre estivera em sua mente e com as palavras do sábio... Como ele poderia saber disso? - Você deve saber, Jesse Tracy é dissimulada e escorregadia. Mas isso você sabe muito bem, pois em um momento ela estava com você e quando menos esperou, a viu nos braços do Capitão, o objetivo dela. - Agora chega! – gritou Almart. - Por quê? Eu estou apenas começando... - Eu não sei como sabe tudo isso, mas vai se calar agora e falar o que queremos ouvir. Qual é sua ligação com a terrorista de nome Jesse Tracy? - A mais próxima possível – ele sorriu maliciosamente – Pelo menos, eu dormi com ela. O ato violento do paladino foi inevitável. Passadina voltou a cuspir sangue, mas agora se divertia com o estado do homem. O assassino segurou o paladino e impediu que ele matasse o sábio. Olhou para Passadina e apontou a afiada katar. - Senhor Jones é bom com as palavras. Deveríamos saber disso, não? Passadina moveu os olhos pra ele e estendeu o sorriso. - Será que todo mundo aqui dormiu com ela, menos ele? - Eu não sei do que está falando! - Claro que sabe. Jesse Tracy nunca ficou bêbada de verdade. Ela finge tão bem que eu fico impressionado. Ela fingiu outras coisas pra você? Mark pulou a mesa e apertou a ponta da katar no pescoço do sábio. Olhou de soslaio para o paladino e Almart estava com um olhar incrédulo com o que escutara. Mas dentro dele, sabia que era verdade. Mark tinha dormido com Dominique inúmeras vezes, talvez como agradecimento por tudo o que ele ensinou a ela. Sim, Almart sabia, os tinha visto juntos inúmeras vezes. Balançou a cabeça depois e saiu da sala, deixando o assassino com o sábio. - Parece que tive autorização para arrancar a verdade de você, meu velho – Mark sorriu. - Você pode tentar. Lentamente a lâmina perfurou suavemente o pescoço de Passadina e quando Mark pensou em aprofundar a dor, a porta foi aberta com rapidez e uma mulher surgiu. - Afaste-se dele, Mark. Sou Julie Lamark e... - Eu sei quem você é – murmurou Passadina, observando o assassino se afastar. - O senhor por acaso está enfeitiçando meus homens, senhor Jones? - Se estivesse, poderia fazer algo a respeito? – ele olhou diretamente pra ela. - Realmente é bastante atrevido. Julie estalou os dedos e uma maleta fora trazida pra dentro da sala e a porta foi fechada. Almart voltara agora e parecia ter recuperado a consciência. Passadina sorriu, adorava causar a desordem, coisas que o Mestre havia lhe ensinado tão bem. Observou Julie encostar-se à parede e acender um cigarro, enquanto Almart e Mark serviam-se dos instrumentos de tortura dentro da caixa, parecendo indecisos quanto a qual escolher. - Antes de começarmos, deixa ver se eu entendi – começou Julie – está dizendo que Dominique Elleron é Jesse Tracy e que se casou com James Elleron por conveniência? É que o fato dele ser quem é e de estar atrás dela, não a assustou? - Você parece bem mais esperta do que eles. - Ficou observando ela durante uma semana, enquanto ela tratava de seus negócios em seu disfarce de alquimista e então deixou uma carta a ela, dizendo que seu marido estava morto? - Exatamente. - Façam com que ele sinta dor – ordenou Julie, olhando seriamente pra ele – Quem sabe assim ele não nos conta onde aquela vagabunda se meteu. [OFF] E continua. Adoro o Passadina, ele passa mal! Ficou velho e caduco... O original era a Jesse direto, mas achei que intercalar poderia melhorar na configuração da fic.Obrigada pelo comentário ^^ Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Recommended Posts
Join the conversation
You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.