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Flecha de Visco


Hela

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À beira de um lago qualquer, em Asgard, estavam sentados Balder e Sigrund, uma serva da casa dos Aesir, Balder era conhecido por ser muito educado, e por vezes era visto jogando conversa fora com a criadagem, era de beleza encantadora e sobrenatural, Balder era alto, atlético, pele clara, seus olhos reluziam uma luz intensa e branca, era difícil encará-lo nos olhos por mais que alguns segundos. Enquanto conversava, Balder passava sua mão sobre algumas plantas, que pareciam reagir a sua pureza.

 

- De certo modo, não sei se o que os deuses fizeram a ti foram uma boa ação. – Comentou Sigrund, ela parecia admirada com a meneira a qual as flores reagiam ao toque de Balder.

 

- Por que diz isso, minha amiga? – Balder sempre falava calma e pausadamente, ninguém jamais havia o visto irritado.

 

- Você é muito inocente, Balder. Vejo a maneira a qual alguns deuses, em especial Loki, te tratam, não parecem ser bons com o senhor, e mesmo assim você sempre o ajuda. – Loki era conhecido por ser falso, mesmo entre os servos do salão.

 

- Eu sei que as intenções de Loki não são as melhores, mas eu não devo me preocupar com isso, meu único dever é cuidar de minhas ações, se ele me fizer mal algum dia é de inteira responsabilidade dele. – Balder continuava passando a mão sobre as flores, que pareciam florescer à sua vontade.

 

- Você não percebe... – Sigrund parecia se estressar com a calma do deus – Quanto mais próximo de Loki estiver, mais perigo passa.

 

- Com a benção de minha mãe eu ganhei mais do que beleza e resistência, ninguém me engana, sei das intenções de Loki. – As flores todas floresceram e Balder colheu várias.

 

- Desculpe mudar de assunto, mas que flores são essas? – Sigrund já estava distraída com as flores há alguns minutos.

 

- São viscos, Loki me pediu para germinar alguns para ele. – Uma partícula luminosa escorreu sobre o rosto de Balder.

 

- Está tudo bem? – Perguntou Sigrund preocupada.

 

- Sim, mas agora creio que eu deva voltar ao salão dos Aesir, e você ao trabalho. Creio que não nos veremos novamente. – Balder transparecia força, apesar da tristeza que mostrou há poucos segundos.

 

No salão dos Aesir, assim que Balder entrou foi saudado por todos os deuses, ele era famoso por ser um grande mediador e um dos grandes empecilhos para o Ragnarok, as sombras jamais poderiam adentrar Asgard enquanto alguém tão puro quanto Balder vivesse.

 

- Loki, meu amigo, trouxe as flores que me pediu. - Balder parecia, estranhamente feliz com a presença de Loki.

 

- Agradeço pelos viscos, meu irmão de escudo. – Loki sempre tentava parecer mais intimo do que realmente era, chegou em Balder abraçando-o pelo ombro.

 

Loki estava saindo do salão dos Aesir, com um copo de vinho quente em suas mãos, mas Heimdall interveio.

 

- Essas flores não são permitidas em Asgard, você sabe do pacto envolvendo... – Balder interrompe Heimdall.

 

- Deixe que ele leve as flores, fora eu mesmo quem colheu, foi um presente. – A calma na voz de Balder não era suficiente para acabar com a desconfiança de Heimdall, mas o guardião do portal não poderia questionar um dos herdeiros do salão.

 

- Agradeço mais uma vez Balder. – Loki falou sorrindo enquanto fazia uma rápida reverencia.

 

Naquela noite Balder ficou a beira da cachoeira olhando o brilho da lua sobre a água, olhando também os brotos de visco que estavam amaldiçoados a nunca florescer.

 

- Está preparado, Balder? – Balder podia ouvir o som da cachoeira falando com ele.

 

- Desde o dia em que nasci saberia o que me aguardava, desde criança soube que morreria nas mãos de alguém a quem amo. – Balder falava palavras dolorosas, mas não demonstrava dor ou remorso.

 

- Ele está vindo. - Algo ou alguém sussurrou.

 

Loki chegou e sentou-se ao lado de Balder. – Bela noite essa, não? – Loki estava em forma de um Sátiro, ele costumava assumir essa forma para descansar da vida de deus em meio às ninfas.

 

- Linda, a noite sempre é cativante, ainda mais quando estamos no verão, o céu nítido é a mais belo que qualquer pintura. – Balder sorria enquanto admirava.

 

- Sempre lindo, quase tanto quanto você, mas de certa maneira são irmãos, ambos foram esculpidos por algo maior... Maior que os deuses... Maior que eu. – Ambos estavam com um tom de voz desgostoso.

 

- Acha possível que alguém possa conversar com a Yggdrasil? – Perguntou Balder.

 

- Não, isso é coisa que alguns mortais inventaram... – Respondeu Loki com deboche.

 

- Você deve ter razão... – Balder se calou por um instante. – Judas – Sussurrou.

 

- Disse algo? – Loki não havia entendido a última palavra que Balder dissera.

 

- Nada. – Balder foi direto.

 

- Preciso ir agora, tenha uma boa noite. – Loki se levantou e cumprimentou Balder com um abraço e um beijo.

 

Balder ficou deitado no chão alguns minutos depois que Loki saiu, finalmente se levantou e virou levemente a cabeça, o suficiente para que visse Loki e Magni atrás de um arbusto com um arco e uma flecha, Balder poderia ter saído dali, mas não, a única coisa que ele fez foi despir-se de sua malha de ferro e virar de frente para Loki que com o susto soltou a mão de Magni que acabou disparando a flecha de visco e acertando seu peito.

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Editado por Hela

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Lilith Morningstar.

Eva, Monah do Pah

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