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[FanFic] Vingança


Razac

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eu não abandonei,só tenho preguiça de postar mas continuo lendo e gostando o/

 

Eu sei, seus comentários sempre foram curtos, dava pra perceber que você comentava só pra reduzir o delay. xD

Mas sem problemas, não precisa comentar sempre se você tiver com preguiça ou não se sentir à vontade, mas caso encontre algo do qual você não goste, ou que esteja mal explicado ou com erro de ortografia, por favor, não deixe de comentar. ;D

 

nossa eu li a fic inteira e cara que legal curti muito !!! *o*

 

to curioso pro proximo episodio .. so domingo u-u .. não rola um spoiller não :rolleyes:

 

O/ Um leitor novo. =D

 

Que bom que você curtiu, espero que continue assim.

Já que você pediu, vou dar um spoiler... Teremos a chegada de um personagem "novo", entre aspas...

 

Muito obrigado por terem comentado, espero que continuem por aqui e comentem sempre que desejarem. =D

Bem-vindos ao tópico da semana e espero que estejam preparados para uma grande novidade.
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Nossa, acho que eu levo ainda mais tempo do que você.

Não sei se escrever dois capítulos de uma vez seria possível, eu paro muito enquanto escrevo. As vezes, por não conseguir encontrar uma única palavra que complete bem uma única frase fico dois dias sem escrever.

 

Nossa, tudo isso...? Geralmente só levava alguns minutos. Quando começo à escrever eu não quero parar pra não perder as ideias que surgem.

 

E as coisas que você escreveu, estão no fórum? Se estiverem, pode me mandar um link? xD

 

Não estão não :)

 

É verdade, esse capítulo não tem um "momento" principal que nem os outros. Ficou realmente faltando, mas não teve como, preciso desses acontecimentos menores pra montar a estória. =X

 

Tudo bem quanto à isso, sei bem que são necessários. Foi só comentando o que eu notei :p

Sei que não vou me decepcionar.

 

Daqui a pouco vou tá que nem o povo da lug dando dicas. kkkkk Sim, ela é do fórum. Falando isso escondido que talvez ela fique irritada...

Mando, sim. xD

 

Obrigado pela dica :rolleyes:

Editado por Creater
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Nossa, tudo isso...? Geralmente só levava alguns minutos. Quando começo à escrever eu não quero parar pra não perder as ideias que surgem.

 

Nossa, então você realmente tem "o" dom, porque pra mim demoram milênios pra sair. Eu avoo muito enquanto escrevo...

 

Não estão não :)

 

Como assim não estão? Oras, trate de postar então. Quero ver todo mundo postando fanfics aqui na área. Vamos, vamos, vamos, não postou ainda por quê?

 

Tudo bem quanto à isso, sei bem que são necessários. Foi só comentando o que eu notei :p

Sei que não vou me decepcionar.

 

É, eu sei... Provavelmente terão mais capítulos assim até o fim da estória, mas não serão muitos.

Espero que não decepcione. ;D

 

Obrigado pela dica :rolleyes:

 

Aí, meu Odin, você tirou do /color, ela vai me matar!!! xD

 

Posta pá nóis suas estórias, vai, posta aí...

Bem-vindos ao tópico da semana e espero que estejam preparados para uma grande novidade.
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Teremos a chegada de um personagem "novo", entre aspas...

 

Saem? C'mon, baby!

 

Quando Saem e Rival ( não direi o nome dele porque se aproveita de Saem enquanto estão "brigando"...zafado ¬¬) disseram que "O nosso caminho é diferente do seu" para o grupo de Aprendizes, na hora ascendeu uma lâmpada em minha mente por saber do que se tratava, mas ela precisa voltar e estar na capa do episódio para ver como ela é na cabeça da artista-feminina-usuária-do-fórum-que-será-desmascarada-em-breve.

 

Ainda não achei ninguém FEIO/FEIA na Fic.

 

Que Mundo é esse? Isso é preconceito bro!:p

 

Torço para que as fics do Raz, Lord, Stark e Fabiano incentivem outros usuários a postarem one-shots ou até mesmo fics de 5218952789 episódios. :)

 

Pode ser que eu deixe de comentar as fics por falta de tempo, mas estou lendo todas que consigo. rs'

 

Tu viu como a fic do Lord ( que segundo ele estava guardada no guarda-roupa desde o início de 2012.) está profunda? Se ele conseguir "mergulhar" em todas as personagens como fez com o Paladino o negócio vai ficar doido. hahaha'

 

Amanhã descubro quem está por vir! :) Um bom fds aí Raz.

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Saem? C'mon, baby!

 

Hmm... Peço desculpas, mas ainda não...

 

Quando Saem e Rival ( não direi o nome dele porque se aproveita de Saem enquanto estão "brigando"...zafado ¬¬) disseram que "O nosso caminho é diferente do seu" para o grupo de Aprendizes, na hora ascendeu uma lâmpada em minha mente por saber do que se tratava, mas ela precisa voltar e estar na capa do episódio para ver como ela é na cabeça da artista-feminina-usuária-do-fórum-que-será-desmascarada-em-breve.

 

Bom, eu posso dizer que quando a Saem e o Kenny, o zafadinho voltarem, vai ser pra ficar... Isso te deixa mais feliz?

 

Ainda não achei ninguém FEIO/FEIA na Fic.

 

Que Mundo é esse? Isso é preconceito bro!:p

 

This is Ragnarok!!!

Ah, é que quando você cria um personagem todos eles são bonitinhos, então achei que ficaria preconceituoso fazer os principais bonitos e os secundários não, então todo mundo é bonito. kkkkkk Mas mesmo assim parece que ainda ficou preconceituoso. /gt

 

Torço para que as fics do Raz, Lord, Stark e Fabiano incentivem outros usuários a postarem one-shots ou até mesmo fics de 5218952789 episódios. :)

 

Embora eu esteja feliz com a evolução na área, ainda estou muito decepcionado quanto a isso. Sabe por quê? Porque você ainda não postou nada! Já faz mó tempão que você disse que ia postar, e até agora cadê? Vamos, rapaz, aqui tem moleza não. kkkkkkk

 

Pode ser que eu deixe de comentar as fics por falta de tempo, mas estou lendo todas que consigo. rs'

 

Tudo bem, se você comentar só pra dizer que leu, tipo o Hissis, pra mim já tá ótimo. Só saber que eu não to "falando sozinho" já me deixa feliz.

 

Tu viu como a fic do Lord ( que segundo ele estava guardada no guarda-roupa desde o início de 2012.) está profunda? Se ele conseguir "mergulhar" em todas as personagens como fez com o Paladino o negócio vai ficar doido. hahaha'

 

Verdade, foi um começo bem promissor.

Tem um negócio engraçado sobre a fic do Lord, depois da One-Shot que ele fez, todo mundo está esperando altas reviravoltas nessa estória, e por isso a maior reviravolta que pode acontecer é não ter reviravolta nenhuma. Hue kkkkk

 

Amanhã descubro quem está por vir! :) Um bom fds aí Raz.

 

Com certeza... Ou talvez não, já que é um personagem bem misterioso... Sim, isso foi uma dica. ;D

Bem-vindos ao tópico da semana e espero que estejam preparados para uma grande novidade.
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Capítulo 8

 

Treinamento

Parte ll

 

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22 de setembro, 19:40

Morroc

 

A odalisca caminhava um pouco irritada. Sua amiga, Avareza, havia ficado com todo o dinheiro do golpe que elas deram. O que a fazia se sentir pior era o fato dela não ter ficado sequer com o chapéu de mosqueteiro. Isso não é justo, eu fiz todo o trabalho e não fico com nada?

 

Já havia anoitecido no deserto, e ela não tinha feito nada de proveitoso o dia inteiro. Elas caminhavam lado a lado, indo em direção ao local do encontro. Dava pra perceber que a atmosfera não estava muito boa entre as duas. Pararam um pouco antes da saída leste de Morroc e entraram em uma casa. Lá dentro, as outras quatro as estavam esperando.

 

-Dois minutos atrasadas... – Saudou-as uma monja de cabelos castanhos curtos e brilhosos.

 

O local estava um tanto quanto escuro, mas um lampião acesso iluminava uma mesa bem servida, um sofá virado de costas pra entrada, duas estantes, uma penteadeira e uma escada para um segundo andar.

 

-'Cê sempre consegue ser chata, Orgulho. – Luxúria respondeu.

 

-Só não quero que o atraso nos infecte. Já posso falar o porquê dessa reunião?

 

-Calma, por que a pressa? – Disse lentamente uma voz de mulher, deitada no sofá ao longe.

 

-Verdade, ainda nem terminei de comer meu frango. – Uma sacerdotisa sentada à mesa do outro lado da sala completou.

 

Na mesa eram visíveis restos de diversos tipos de comida. Pernas de gafanhoto e caudas de macaco, ambas fritas, macarrão liso, frutos do mar sortidos e um frango a ser devorado. Suco de uva, de laranja e chá vermelho de outono eram as bebidas que acompanhavam os pratos.

 

-O Juiz quer ver a gente.

 

A reação foi uniforme, todas pararam o que estavam fazendo pra olhar pra Orgulho. Preguiça se levantou do sofá, Gula deixou o frango cair de volta no prato e Inveja começou a descer as escadas.

 

A primeira era uma alquimista com cabelos tão pretos quanto os da odalisca, só que naturais, que seriam muito belos se ela sequer se desse ao trabalho de penteá-los. A segunda era uma sacerdotisa, cabelos roxos combinavam com a roupa de sua classe. Era tão magra que alguns de seus ossos chegavam a ficar visíveis, contradizendo o tanto de comida que ela ingeria. A terceira era uma sábia que, embora não estivesse visível, a odalisca conhecia bem a aparência. Uma ruiva com sardas no rosto.

 

Luxúria sabia que elas eram complicadas, tentar dar ordem nelas era impossível, mas, de alguma forma, o Juiz conseguia passar por cima de todos os problemas e fazer com que elas o seguissem. A odalisca só queria saber quais eram as motivações das outras.

 

-Será que ele encontrou a... – Avareza praticamente sussurrava, meio que desconfiada. – substituta da Ira?

 

-Pode ser, - A monja respondeu. - ele não me disse o porquê, só me disse pra agir depressa.

 

-Onde ele vai encontrar a gente? – Perguntou Inveja, agora descendo as escadas.

 

-Catedral de Prontera, – Mais uma vez Orgulho respondeu. – um encontro num local público, sem levantar suspeitas.

 

-Ótimo, que bom que vai ser em Prontera, - A odalisca tentou quebrar a atmosfera tensa. – já tava cansada dessa cor de cabelo.

 

A arruaceira ao seu lado revirou os olhos antes de perguntar:

 

-Ele não falou um horário, né?- Quando a monja balançou a cabeça negativamente, ela continuou. - Então eu já to indo, não sei vocês. Vem comigo, Luxúria?

 

-Claro.

 

Foi engraçado ver as outras quatro as seguirem. Dar ordens nelas era impossível, mas induzi-las era bem eficiente. Talvez seja assim que ele as comande. Pensou enquanto caminhava olhando para trás. Não, é necessário algo muito mais forte pra conseguir esse nível de obediência de pessoas como elas.

 


 

22 de setembro, 20:15

Payon

 

 

-Posso fazer umas perguntas? – Perguntou Phill.

 

A arruaceira e os dois gatunos andavam pelas ruas de Payon. Ela tinha pagado pelo teletransporte, afinal de contas, todo o dinheiro deles agora a pertencia.

 

-Já me fez uma sem pedir, por que não continuar?

 

-Quem são aqueles dois que você citou, - Ele fez uma pausa, fingindo estar tentando lembrar os nomes, quando na verdade já lembrava. - Jaime e Lunes?

 

-Lunes é o representante da Guilda dos Renegados no CCRM, - Quando percebeu que eles não tinham entendido, ela explicou. – Conselho de Classes de Rune-Midgard, e Jaime representa os Sicários.

 

-E o que eles fazem, eles são donos da guilda? – Indagou Mike, antes que Phill o fizesse.

 

-Não, longe disso. Eles têm bastante influência sim, mas não chegam nem perto de serem donos. Vou explicar pra vocês.

 

Nesse momento os três atravessavam a ponte que os levariam para fora da cidade. Os dois gatunos, ansiosos pela explicação dela, não perceberam para onde estavam indo.

 

Quando vocês vão pra uma guilda, vocês devem respeitá-la e honrá-la, mas não precisam ser subordinados a ela. Vários membros da minha guilda, por exemplo, são subordinados a outros clãs, que por sua vez misturam membros de diversas guildas diferentes, tentando conseguir estratégias melhores para guerra. Alguns outros, por sua vez, são livres. Eles não participam de nenhum clã e nem são subordinados à guilda, por isso podem fazer o que quiserem. – Mike balançou a cabeça positivamente, deixando óbvias suas intenções para o futuro. – Existem outros que, como eu, trabalham para a guilda. Desses três tipos de membros, somente os últimos realmente devem obediência à guilda e, consequentemente, ao Lunes. Entenderam?

 

Ambos acenaram positivamente. A explicação dela fez Phill esquecer quais eram suas outras perguntas, mas uma nova surgiu em sua mente.

 

-Você não deveria continuar em Morroc, já que é você quem faz o teste dos gatunos?

 

-Até deveria, se isso fosse antes. Depois do que aconteceu na fazenda, não terão mais testes pra gatuno. A partir de agora, todo aprendiz que quiser ser um gatuno poderá ser. – Antes que ele pudesse falar mais alguma coisa, ela parou de andar. – Aqui começa a segunda parte do treinamento de vocês.

 

Eles olharam em volta e viram que estavam no meio do nada. A floresta em volta era densa, escura e, excluindo os sons que os três faziam, completamente silenciosa. Como eu vim parar aqui?

 

-A tarefa é bem simples: os senhores devem sobreviver. Na sétima noite, contando essa como primeira, eu vou encontrá-los. Tem só três regrinhas. - Ela levantou um dedo. - Primeira: Não tentem voltar pra Payon, se o fizerem, eu mato os senhores. – Ela não parecia estar mentindo. July levantou um segundo dedo – Segunda: Não peçam ajuda para ninguém, isso caso encontrem alguém, claro. Se o fizerem, eu mato os senhores. - A arruaceira levantou um terceiro dedo. - Terceira: Não me sigam. Se o fizeram, eu mato os senhores, lentamente. – Ela começou a voltar pelo caminho que os tinha levado até ali. Antes de desaparecer na mata, ela olhou para trás e gritou acenando: - Não morram!

 


 

22 de setembro, 20:30

Prontera

 

A catedral parecia vazia por fora. Nenhum casamento, nenhuma missa, nenhum tipo de reunião ou celebração estava prevista para aquele horário.

 

Luxúria parou em frente à porta da igreja, fazendo com que as outras a imitassem. Era irônico e parecia errado demais. Como elas, que se denominavam pecados capitais, podiam marcar uma reunião na morada dos Deuses? Ou Deus, dependendo da crença. Pelo menos o Juiz tem senso de humor.

 

Elas entraram na catedral escura. Nenhuma luz estava acesa, nenhum lampião, nenhuma tocha, nada. Era estranho. Como? Juntas, andaram às cegas, rumando ao altar da igreja. Quando passavam pelos bancos, já próximas ao altar, uma luz azul acendeu, vinda do trono no qual o Rei Tristan lll se sentava para realizar cerimônias de casamento.

 

Luxúria virou o rosto e percebeu que as outras também o tinham feito. A luz era forte demais pra quem estava acostumada com a escuridão. Da direção da brilhante luz instável, veio uma voz já conhecida:

 

-Sejam bem-vindas à morada do Pai.Ele sabe fazer uma bela entrada.Fico muito feliz em vê-las aqui tão cedo. Por que não se sentam?

 

Luxúria imaginou ver o homem apontando para os bancos da igreja, mas não tinha como ela saber, não dava pra vê-lo com toda aquela luz emanando do altar.

 

-Por que você nos chamou?! – Perguntou Orgulho com a voz irritada por estar sendo humilhada. Não era do feitio dela abaixar a cabeça pra alguém.

 

-Porque precisarei de vocês, porém vocês precisarão de mim primeiro.

 

Ele “desligou” a luz azul e se levantou. Ainda assim não dava para vê-lo, já que ele sempre usava panos que cobriam seu rosto e também seu corpo. Ela não sabia nem a cor da pele do homem. De dentro das vestes, ele tirou um frasco de vidro e mais alguns objetos. A odalisca não conseguia ver o que era, agora era a escuridão que a cegava.

 

-O que é isso? – Gula perguntou, assim que percebeu que parecia ser algo para beber.

 

-Calma. – Ele pôs o frasco de vidro em cima do altar, e em volta do frasco, seis outros objetos menores. – Venham. – Acenou para elas se aproximarem, e assim elas fizeram. – Preciso que vocês fiquem mais fortes, e depressa.

 

-O que é isso? – Luxúria, com uma voz abafada, repetiu a pergunta da sacerdotisa. Ela havia percebido que aqueles seis objetos eram copinhos de xarope de dez mililitros.

 

-Isso – O Juiz apontou para o frasco, cujo conteúdo era derramado nos copinhos. – se chama medicina milagrosa. É feito através da essência de uma flor muito rara, por isso não quero que haja desperdício. – Terminou de encher o último copo antes de ordenar. – Bebam.

 

-E o que isso faz? – Perguntou Avareza.

 

Não houve tempo para respostas. Enquanto a pergunta estava sendo feita, Gula avançava para pegar a medicina. O copo transparente reluziu de uma forma estranha, a cor do líquido era rosa, mas a concentração no centro era muito mais escura, indo do rosa ao vermelho e do vermelho ao preto. A mistura de tons fazia Luxúria ter a impressão de que sangue era um dos ingredientes.

 

A sacerdotisa levou o copo à boca e o virou, sem perceber essa estranheza de tons. Ela fez uma careta e apertou a barriga na altura do estômago, como quem está passando mal. As seis já se adiantavam para socorrê-la quando algo inesperado aconteceu.

 

Uma explosão de luz vazou do corpo da Gula, ascendo ao teto da catedral enquanto tomava a forma de um anjo efêmero. Depois que o anjo desapareceu, uma fonte de luz continuou a iluminar a igreja, mas de uma forma bem mais fraca. Dos pés da sacerdotisa, vinha um brilho branco gentil. Desse brilho saiam bolhas de energia que flutuavam pelos ares até desaparecerem.

 

Todas entenderam o que tinha acontecido, aquele “remédio” permitiria que elas transcendessem.

 

-Agradeço por ter confiado em mim, Gula. Essa é a recompensa – O juiz apontou para o brilho vindo dos pés da sacerdotisa. – para aqueles que confiam em mim.

 

Luxúria, Inveja, Avareza, Orgulho e Preguiça pegaram cada uma um copo. Sem mais se questionarem, elas beberam a tal medicina. O Juiz abriu os braços quando uma explosão de luz preencheu a igreja, semelhante a uma explosão solar.

 


 

22 de setembro, 20:43

Floresta de Payon

 

-E agora? – Mike perguntou assim que a arruaceira sumiu.

 

-Sei lá, a gente sobrevive. – Respondeu Phill, transparecendo uma calma que não possuía.

 

-Sobreviver como?! – Mike estava irritado. – Ela não ensinou nada pra gente!

 

-Eu sei que não! Mas o que você quer fazer?

 

-Vamos voltar!

 

-Você ouviu ela, não podemos. – Phill se sentou no chão, ao lado de um tronco de árvore seco. – Acho melhor a gente ficar por aqui até amanhecer. – Ele se recostou no tronco para mostrar tranquilidade.

 

O que se seguiu fez Phill demonstrar tudo, menos tranquilidade. O tronco de árvore no qual ele estava escorado se movimentou, atacando o gatuno com braços de madeira. Ele tentou se esquivar, saltando para trás, mas a mão do monstro ainda o atingiu, arremessando-o contra o chão.

 

Ao se levantar, percebeu que Mike enfrentava o monstro. Os golpes do mesmo eram lentos, por isso o gatuno não tinha dificuldades para esquivar, mas a adaga que ele usava não conseguia ferir o Salgueiro.

 

Se eu pelo menos tivesse um machado. Pensou, enquanto via a adaga de Mike fazer leves arranhões na madeira. Não posso pensar assim, minha arma é uma adaga! A ideia surgiu em sua mente como um relâmpago. Phill correu para chegar ao local da batalha, mas ao se aproximar, simplesmente se manteve parado, observando.

 

Ele percebeu que Mike, por mais que atacasse muito forte, acertava somente um pedaço de madeira resistente, enquanto existiam vários outros pedaços podres que ele podia acertar.

 

-Ataca ali! – Gritou Phill, quando percebeu um pedaço especialmente frágil.

 

Mike acertou o salgueiro com um golpe muito forte, batendo exatamente onde Phill havia apontado. A madeira podre caiu no chão com um baque surdo enquanto a criatura se desmontava.

 

-Como você viu isso e eu não?

 

-Simples, – Phill pegou um dos pedaços podres no chão e mostrou ao outro gatuno. – eu pensei.

 

-Não me sinto confortável aqui. – Mike mudou de assunto enquanto olhava em volta, desconfiado.

 

-Nem eu. – Cada árvore na floresta parecia que ia tomar vida e começar a atacá-los. Era perturbador.

 

Os dois se puseram a andar, tentando encontrar um local onde, pelo menos, a floresta não fosse tão fechada. Phill sabia que se fossem atrás da arruaceira encontrariam locais assim, mas July havia deixado bem claro. “Não me sigam. Se o fizerem, eu mato vocês, lentamente.

 

A noite ficava cada vez mais escura conforme as horas passavam. Ambos já estavam exaustos da caminhada, mas nenhum deles queria passar a noite no meio da floresta. Uma clareira, um morro, qualquer coisa!

 

A situação era um tanto desesperadora, pois os dois estavam cansados do treinamento, mas não conseguiriam descansar com medo de serem atacados. Sem falar que ambos estavam mortos de fome, pois o prometido jantar em Payon havia sido uma mentira.

 

-Maldita seja! - Phill pensou alto.

 

Ele logo se arrependeu dessa falta de controle. O som da sua voz pareceu reverberar por toda a floresta em ecos, um grito que, para as criaturas desconhecidas que viviam ali, pareceria o clamor desesperado de uma presa fácil. Eu to desesperado e sou uma presa fácil...

 

Mais algumas horas se passaram enquanto eles andavam sem rumo. Alguns salgueiros foram encontrados durante o caminho, mas logo perceberam que se não esbarrassem neles ou fizessem movimentos bruscos, os monstros de madeira os deixariam em paz. Talvez só estejam assustados. Pensou enquanto passava por mais um salgueiro, agora de uma forma mais calma e tranquila.

 

Mesmo estando mais calmo, ou talvez mais acostumado com a situação, alguma coisa ainda o impedia de realmente ficar tranquilo. Parecia que tinha algo ou alguém os vigiando. Deve ser ela. July deve estar nos seguindo para ver se a obedecemos. Ele queria acreditar nisso.

 

Os gatunos já não mais achavam que encontrariam um local para dormir. As esperanças já tinham morrido quando, de repente, eles avistaram uma clareira. Os dois aumentaram a velocidade da caminhada, quase correndo para chegar ao local.

 

Ao chegarem, perceberam que não estavam numa clareira, mas sim numa trilha, um caminho feito por aventureiros no meio da floresta. Graças a essa trilha eles podiam ver o que estava à frente. O caminho era preenchido por relevos, pequenos morros que os permitiriam observar o que estava em volta com maior facilidade. Um dos relevos ficava encostado em um paredão, sendo assim, era o melhor local para descansar que eles encontrariam.

 

Depois de examinarem os arredores da clareira encostada no paredão, Phill finalmente pôde relaxar. Se encostou na muralha de pedra e adormeceu quase que instantaneamente.

 

.

.

.

 

Uma luz forte invadiu suas pálpebras. Seus olhos se abriram enquanto ele os protegia com o antebraço. O que é isso? Percebeu que era somente o sol, que preguiçosamente se erguia no horizonte. Se eu pelo menos tivesse meus óculos escuros.

 

Mike já estava de pé, por isso Phill se levantou também. O dia havia começado, mas nenhum dos dois parecia ter disposição para enfrentá-lo. Ele estava prestes a comentar sobre o quanto estava com fome, quando sua barriga roncou.

 

-Precisamos encontrar comida. – Mike falou.

 

Phill confirmou com a cabeça e começou a andar. Sua única motivação para fazê-lo era a claridade do dia, que facilitaria muito a tarefa, além de dificultar um possível ataque surpresa. Enquanto caminhavam, ele percebeu que estava cansado, e não só cansado por passar horas andando. Parecia que o sol tinha nascido mais cedo somente para não deixá-lo dormir. Não, não foi o sol quem levantou cedo, fui eu quem dormi muito tarde.

 

Depois de poucos minutos andando, Mike afirmou ter visto algo. Phill rezava para que fosse comida, pois não aguentaria mais tempo caminhando.

 

-Eu não disse?! – Mike exclamou ao chegarem ao local apontado.

 

Aproximadamente vinte morangos se encontravam jogados no chão. Parecia que alguém os tinha colhido e esquecido deles ali. Os dois gatunos correram para pegá-los. A perspectiva de se alimentar dava a eles a força necessária.

 

Um movimento rápido à sua esquerda o assustou. Ele aproveitou da energia que colocaria no próximo passo da corrida pra se afastar saltando. Acabou fazendo um rolamento não intencional, mas não importava, ele havia se esquivado. Levantou com o coração acelerado, sabendo que não teria conseguido desviar antes do treinamento. O movimento repentino trazia lembranças do dia que ele não queria lembrar.

 

Tentando se acalmar, Phill observou os arredores. Uma serpente se encontrava no chão, rastejando enquanto se preparava para uma segunda investida. Ele não sabia dizer se o ataque da cobra tinha vindo de uma árvore ou do chão, mas novamente não importava, ele havia esquivado. Cadê o Mike?

 

Ele olhou em volta e só então percebeu que Mike havia recuado mais, e agora estava um pouco atrás dele. Uma das mãos do outro gatuno firmava seu apoio no chão, enquanto outra segurava a adaga. Droga! Phill pegou sua faca, irritado por ter ficado pra trás nisso.

 

-Deixa ela comigo, – Falou Mike. – você praticamente cuidou do salgueiro, agora é minha vez.

 

-Tá. – Phill se afastou e sentou no chão, transparecendo calma.

 

Parecia que a cobra não ia fazer o primeiro movimento, o que era estranho, considerando que ela havia começado o ataque. Mike logo perdeu a paciência e avançou, tentado acertá-la com um golpe forte e decisivo.

 

Antes de terminar a investida, o gatuno percebeu que iria falhar, a jiboia estava pronta para um contra-ataque. A adaga ainda estava longe de acertar, a quase um metro de distância, quando a cobra deu o bote. Mike sabia que a serpente acertaria primeiro, por isso parou o ataque e saltou pra trás. A jiboia permaneceu parada depois que o gatuno esquivou.

 

-Por que ela te atacou antes? – Phill perguntou, assim que percebeu que o primeiro ataque da jiboia havia sido direcionado ao outro gatuno, e não aos dois.

 

-Acho que pisei muito perto dela. – Mike coçou a cabeça.

 

-Então é isso. - Phill tinha entendido. – Essa é a forma de agir dela, ela não vai nos atacar, mas também não vai nos deixar atacá-la.

 

-Então a gente para de atacar.

 

Não, seu idiota!Você não vê o quanto essa é uma oportunidade perfeita? – Mike parecia realmente não entender. – Essa cobra é um oponente superior, ela é muito mais rápida e você não pode negar, mas ela também não vai partir pra atacar a gente. – O outro gatuno continuava sem entender. – É uma oportunidade perfeita pra melhorar nossa velocidade!

 

-Parece meio errado atacar alguém que não vai revidar.

 

-Mas ela vai revidar, essa é a dificuldade, ela só não vir atrás da gente quando não estivermos atacando.

 

-Mesmo assim.

 

-Você vai ser um mercenário, não vai? – A principio Mike ficou um pouco confuso com a pergunta, mas depois confirmou com a cabeça. Então não venha com moralismo idiota!Então não tenha pena da sua vítima!

 

Ele não deu resposta, somente se preparou para retomar a investida. Seus olhos ainda relutavam em atacar um ser que ele havia julgado inocente, mas correu na direção da cobra. Ao se aproximar o resultado foi o mesmo. A jiboia armou o bote e Mike percebeu que ela, inevitavelmente, seria mais rápida, por isso ele recuou.

 

-Deixa eu tentar. – Phill disse.

 

-Toda sua. – Mike sentou no chão enquanto o outro gatuno se levantava.

 

Phill investiu, pondo toda sua velocidade no movimento. A faca em riste brilhava, refletindo a luz do sol. Não vou recuar! A cobra armou o bote, se ele continuasse, ela iria revidar e seria mais rápida. Droga! Ele parou e recuou, assim como o outro gatuno havia feito.

 

-Tá vendo, melhor deixar isso pra lá. – Falou Mike.

 

-Se quando ela sente que vai ser atacada, ela revida... Não posso fugir de uma simples cobra.O que ela faria se eu não atacasse?

 

-É exatamente o que to dizendo, vamos embo...

 

-Não foi isso que eu disse! – Phill se preparou pra mais uma investida. – Presta atenção.

 

O gatuno avançou. A faca mais uma vez brilhava enquanto ele se aproximava da serpente que, mais uma vez, armou o bote. Phill não recuou, parou em frente à cobra e movimentou a adaga, como quem tem intenção de desferir um golpe, mas não pondo muita energia nele.

A cobra deu o bote, passando com a mandíbula aberta por cima da adaga do gatuno. Conforme as presas da jiboia se aproximavam do seu rosto Phill mudou a direção da faca, numa espécie de adaptação do movimento de golpe duplo, dando assim um segundo ataque. A adaga atravessou a serpente com um pouco de dificuldade, separando a cabeça do restante do corpo.

 

-C******, eu pensei que tu ia morrer! – Mike exclamou, se levantando.

 

-É disso que eu to falando, p****! – Phill gritou, apontando com as duas mãos para o corpo da cobra estirado no chão.

 

Mike estendeu a mão direita, e Phill segurou no antebraço do outro gatuno. Os dois começaram a rir durante o aperto de mãos, e Mike o encerrou falando:

 

-Agora vamos dividir os morangos, ou melhor, os louros da vitória!

 

Os dois riram novamente. Enquanto os dois passavam pelo corpo da jiboia, Phill percebeu o quanto aquilo era estranho. Seus braços doíam, sua perna doía, ele estava com fome e não havia dormido direito, mas, de alguma forma, ele se sentia feliz.

 

------------------------------------------------------------------------> FIM

 

Para o Capítulo 9

 

Espero que gostem desse capítulo. Fiquei sabendo que tem muitas pessoas acompanhando (diversas mensagens em outros tópicos e PMs me fizeram descobrir), mas não são muitas que comentam (é uma quantidade muito boa, mas como disse, sempre quero mais), por isso peço para que tirem cinco minutos do seu tempo pra comentar, opinar sobre a estória ou ajudar a corrigir erros de ortografia/digitação.

 

Gostaria de agradecer a todos os leitores por essas mais de 2000 visualizações, saibam que a presença e o apoio de vocês é o que me faz escrever cada vez mais. Obrigado.

 

Não deixe de acompanhar as outras fanfics do fórum:

 

O Oráculo da Morte por Coyote Starrk

 

Relíquia por Lorde DS

 

História de Menestrel por Lorde DS

 

Confissões e Reminiscências por Fabiano Alves

Editado por Razac
Bem-vindos ao tópico da semana e espero que estejam preparados para uma grande novidade.
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Finalmente a fic chegou onde eu parei de ler! *fogos de artifício* - aplausos para Razc -

 

Gostei muito da ilustração, mas a do Seyren continua minha favorita, agora eu jurava que a ilustração seria sobre a Medicina Milagrosa, que a propósito foi uma jogada muito boa. Sendo bem sincero, quero entender todas as pontas soltas dessa história, acho que o que mais me chama a atenção são os pecados. Aparentemente, elas tem pouca moral e fazem o que querem, mas ao mesmo tempo são "submissas" a alguém mais forte...

 

Mais uma vez, parabéns pelo capítulo, ri muito quando eles matam a Jiboia, ri da primeira vez que li e ri de novo agora. É bem essa a sensação quando você mata aquele monstro nojento que você (quase)morreu tantas vezes.

 

eu fico pensando, eu sou uma pessoa muito legal mesmo, podia ter dado spoiler esse tempo todo, mas fiquei caladinho... mal sabem vocês que o Razac já me mostrou tudo até o capítulo 10! Phill morre :o - mentira, parei de ler nesse capítulo 8 mesmo huehuebr

 

Sobre a discussão da demora pra escrever, eu também geralmente demoro pra colocar as ideias no papel, costumo devanear muito, sento pra escrever e depois me vejo procurando sobre física quântica de portais interdimensionais no google kkkk

Na verdade, duas coisas me atrapalham pra escrever: essa falta de atenção que só parar pra escrever me proporciona, e uma coisinha chamada whatsapp.

Nada aqui~

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Gostei dos Pecados capitais,ótima ideia !

 

Sendo bem sincero, quero entender todas as pontas soltas dessa história, acho que o que mais me chama a atenção são os pecados. Aparentemente, elas tem pouca moral e fazem o que querem, mas ao mesmo tempo são "submissas" a alguém mais forte...

 

Vou responder esses dois aqui juntos...

 

Fico feliz que tenha agrado e que tenha sido intrigante. Embora muitas considerações eu não possa fazer, me permito dizer que elas não estão aí à toa e, particularmente, a explicação da existência desse grupo seleto foi uma das ideias que mais me agradou na estória. Não é nada complexo, é só uma analogia que fará todo o sentido quando a hora chegar. =D Talvez eu tenha falado demais...

 

*esperando aparecer as expandidas *

 

O que eu posso dizer é: Capítulo 10, baby, capítulo 10...

 

Finalmente a fic chegou onde eu parei de ler! *fogos de artifício* - aplausos para Razc -

 

Uhul, fogos de artifício e aplausos! o/ Brigado. xD

 

Gostei muito da ilustração, mas a do Seyren continua minha favorita, agora eu jurava que a ilustração seria sobre a Medicina Milagrosa, que a propósito foi uma jogada muito boa.

 

Verdade, também daria uma capa muito boa, mas esse cenário místico e inesperado da floresta ficou tão perfeito com a situação que acho que foi a melhor opção mesmo. /heh

 

Mais uma vez, parabéns pelo capítulo, ri muito quando eles matam a Jiboia, ri da primeira vez que li e ri de novo agora. É bem essa a sensação quando você mata aquele monstro nojento que você (quase)morreu tantas vezes.

 

Hahaha Essa sensação era exatamente a que eu queria passar. Aquela euforia de quando se derrota, pela primeira vez ou não, aquele maldito bichinho que vinha atrapalhando sua jornada. É uma coisa tão divertida, tão nostálgica e tão "noob" que eu não pude deixar de relatar.

 

eu fico pensando, eu sou uma pessoa muito legal mesmo, podia ter dado spoiler esse tempo todo, mas fiquei caladinho... mal sabem vocês que o Razac já me mostrou tudo até o capítulo 10! Phill morre :o - mentira, parei de ler nesse capítulo 8 mesmo huehuebr

 

Poxa, cara, sacanagem, por que você contou que o Phill morre e o Mike vira o personagem principal? Mó vacilo isso... Ops, você não contou... kkkkkkkkkk

 

Sobre a discussão da demora pra escrever, eu também geralmente demoro pra colocar as ideias no papel, costumo devanear muito, sento pra escrever e depois me vejo procurando sobre física quântica de portais interdimensionais no google kkkk

Na verdade, duas coisas me atrapalham pra escrever: essa falta de atenção que só parar pra escrever me proporciona, e uma coisinha chamada whatsapp.

 

Eu sou tipo o senhor dos devaneios quando eu to escrevendo, a única maneira pra eu conseguir fazê-lo sem distração alguma é puxar o cabo da internet, e mesmo assim campo minado ainda me chama. kkkkkkk

Bem-vindos ao tópico da semana e espero que estejam preparados para uma grande novidade.
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-C******, eu pensei que tu ia morrer! – Mike exclamou, se levantando.

 

-É disso que eu to falando, p****! – Phill gritou, apontando com as duas mãos para o corpo da cobra estirado no chão.

 

Mike estendeu a mão direita, e Phill segurou no antebraço do outro gatuno. Os dois começaram a rir durante o aperto de mãos

 

O que foi isso, cara????! Masoqe???

 

kkkkkkkkkkk

 

Gostei muito dos pecados capitais, acho que vai gerar polêmica. (MAMÎLOS) Gostei muito de todas, menos da inveja que não sei quase nada sobre ela, somente a aparência. Alquimista eu gosto sempre e preguiça vem de berço, então né...

 

Esse juiz tá suspeito :rolleyes:. Ninguém da medicina milagrosa de graça por aí, quero só ver :rolleyes:

 

Ótimo capítulo., July mais perversa a cada dia.

 

Edit: A capa só tá aparecendo até a metade pra mim... Só comigo?

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O que foi isso, cara????! Masoqe???

 

kkkkkkkkkkk

 

kkkkkk Dorgas, manolo.

Brincadeiras à parte, essa foi uma forma de mostrar outra faceta da personalidade do nosso protagonista, uma que até mesmo ele já havia esquecido. Amizade, alegria, companheirismo... Será que Phill voltará à "normalidade"? Sexta, no Globo Repórter. HueHueHue

 

Gostei muito dos pecados capitais, acho que vai gerar polêmica. (MAMÎLOS) Gostei muito de todas, menos da inveja que não sei quase nada sobre ela, somente a aparência. Alquimista eu gosto sempre e preguiça vem de berço, então né...

 

Não mais polêmica do que sua sign. kkkkkkk

A Inveja ainda não teve muita oportunidade de se destacar, acho que mais por culpa minha mesmo, que não consegui, de jeito nenhum, encaixar uma situação na qual ela se apresentasse. =X

Uhul, #partiu bonde da preguiça! Mas como o bonde é da preguiça acho que ele não vai chegar a partir...

 

Esse juiz tá suspeito :rolleyes:. Ninguém da medicina milagrosa de graça por aí, quero só ver :rolleyes:

 

Né, por que ele daria presentes pra seis mulheres? Não é o que você tá pensando...

 

Ótimo capítulo., July mais perversa a cada dia.

 

Soltar eles sozinhos na floresta e com fome é crueldade demais. Não tem como ser pior do que isso, né...?

 

Edit: A capa só tá aparecendo até a metade pra mim... Só comigo?

 

A capa tem tipo um corte, como se fosse só uma foto de um ângulo em específico. Não é isso, não?

Bem-vindos ao tópico da semana e espero que estejam preparados para uma grande novidade.
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A capa tem tipo um corte, como se fosse só uma foto de um ângulo em específico. Não é isso, não?

 

Oooh, agora tá aparecendo normal. Você arrumou ou eu estava drogado? :p

Realmente só mostrava a metade, não dava nem pra ver o Mike :D

 

Enfim... Galho sangrento no Asgard por 3kk? Masoque? Eu tava fazendo uma quest pra conseguir um e vender por 30kk D: Estou frustrado.

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Oooh, agora tá aparecendo normal. Você arrumou ou eu estava drogado? :p

Realmente só mostrava a metade, não dava nem pra ver o Mike :D

 

Eu não fiz nada não, mas se ajeitou no automático pra mim tá bom. Se mais alguém tiver com um problema parecido avisa aí.

 

Enfim... Galho sangrento no Asgard por 3kk? Masoque? Eu tava fazendo uma quest pra conseguir um e vender por 30kk D: Estou frustrado.

 

Peço licença poética pra usar o avatar do Hissis aqui...

 

image.php?u=34637&dateline=1375392444

 

Wat? Hue

 

Acho que eu esqueci de dizer que o próximo capítulo sai domingo, exatamente as 21 horas (ou pelo horário doido do fórum, 19:5X, tal que X é um natural aleatório menor que 10), mas acho que o povo já sabe, né?

Editado por Razac
Bem-vindos ao tópico da semana e espero que estejam preparados para uma grande novidade.
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Consegui ler o/'

 

Whoa!

 

Tive uma experiência parecida com uma jibóia também! Mesmo estando no lv30, mas senti a mesma sensação, embora não tenha falado essas palavras feias censuradas. hahah'

 

Muito bom... Muito bom mesmo xD'

 

Estou extremamente curioso com o que leva os pecados capitais a seguirem esse super aprendiz extendido... Tomara que seja um super aprendiz, acho que daria um ótimo vilão/anti-hero o/'

 

Poxa! Eu que não queria uma professora dessa! Embora ela soe um pouco sexy com esses negócios perigosos... essa arruaceira!

 

*Quero um gole dessa parada que as mulheres tomaram! Aposto ser feita de yggdrasil, castanha do Pará, morangos e cachaça.*

 

btw: Quantas pessoas morreram para que essas seis "renascessem"? hehehe'

 

Desculpe não ter postado antes. Fazendo uns projetos onde uma variação de 0,81 mata uma pessoa, então tá complicado!

 

obs: quando disse "palavras feias", não foi criticando. Foi uma brincadeira. Na verdade eu gostei porque traz a personagem para próximo de nós, pois a grande maioria fala palavrões, embora eu tente não fazê-lo ( mas falho... xD)

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So cool!!!

 

Gamei no grupo das "Diabinhas Capitais" u.u

Minha preferida é a Ira (ou a ex-Ira). Acho que ela vai interferir nos planos do Pai, seja já qual for.

 

E o "impeachment" dos gatunos e evoluções? Alguma noticia nova? /heh

 

Que arruaceira filha da p*** essa kkkkkkkkk. Sete dias é muita coisa... Espero que nesse treinamento eles consigam dropar uma carta. Uma carta Lobo, quem sabe né?

 

Muilto bom, mesmo... Fiquei curioso pra saber o que tem no capítulo X... Será que terá expandidas mesmo? o.O

 

"Me jogaram aos lobos, e eu voltei líder da matilha."

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Consegui ler o/'

 

Whoa!

 

Tive uma experiência parecida com uma jibóia também! Mesmo estando no lv30, mas senti a mesma sensação, embora não tenha falado essas palavras feias censuradas. hahah'

 

Muito bom... Muito bom mesmo xD'

 

Muito obrigado. o/

Haha, você matou a primeira jiboia no level 30? Hhsua, deve ter sido uma experiência e tanto.

 

Estou extremamente curioso com o que leva os pecados capitais a seguirem esse super aprendiz extendido... Tomara que seja um super aprendiz, acho que daria um ótimo vilão/anti-hero o/'

 

O que eu posso dizer é que cada uma delas tem um motivo em separado para seguirem o Juiz.

Será se ele é um super aprendiz? Será? Hehe.

 

Poxa! Eu que não queria uma professora dessa! Embora ela soe um pouco sexy com esses negócios perigosos... essa arruaceira!

 

Poxa, mas ela é tão boazinha, ela até curou nosso protagonista e deu o prato de comida dela pra ele... Mas em compensação... kkkkkk

 

*Quero um gole dessa parada que as mulheres tomaram! Aposto ser feita de yggdrasil, castanha do Pará, morangos e cachaça.*

 

Você pode consegui-los in game por uma bagatela de 297218765762167 de rops investidos em tickets sazonais...

Sobre os ingredientes, acho que você esqueceu das "dorgas, manolo". Hue

 

btw: Quantas pessoas morreram para que essas seis "renascessem"? hehehe'

 

Hmm... Com sinceridade? Não tenho ideia... kkkkkkk Aquilo foi a discrição do item "Medicina Milagrosa", e por causa da aparência misteriosa e dessa mistura de tonalidades sinistra que eu adicionei à estória um questionamento que eu mesmo me faço: "Do que diabos isso é feito?" O pior é que eu nem cheguei a pensar na resposta...

 

Desculpe não ter postado antes. Fazendo uns projetos onde uma variação de 0,81 mata uma pessoa, então tá complicado!

 

Sem problemas, não precisa comentar assim que o capítulo for lançado, só postar já me deixa feliz.

 

obs: quando disse "palavras feias", não foi criticando. Foi uma brincadeira. Na verdade eu gostei porque traz a personagem para próximo de nós, pois a grande maioria fala palavrões, embora eu tente não fazê-lo ( mas falho... xD)

 

Tudo bem também, eu entendi. xD

Eu até tento não falar palavrões por causa do meu irmão, mas longe dele eu sou quase como a Debra Morgan (irmã do Dexter, não sei se você já viu a série, mas se já vai entender.) /heh

 

So cool!!!

 

Gamei no grupo das "Diabinhas Capitais" u.u

Minha preferida é a Ira (ou a ex-Ira). Acho que ela vai interferir nos planos do Pai, seja já qual for.

 

Feliz que você curtiu.

A Ira tem uma treta sinistra, mas acho que posso adiantar que ela não irá aparecer. =X Pelo menos não em "Vingança"...

 

E o "impeachment" dos gatunos e evoluções? Alguma noticia nova? /heh

 

Não, nenhuma atualização de status da proibição. xD Por enquanto...

 

Que arruaceira filha da p*** essa kkkkkkkkk. Sete dias é muita coisa... Espero que nesse treinamento eles consigam dropar uma carta. Uma carta Lobo, quem sabe né?

 

Tadinha da July, ela é tão boazinha. Huehuhueheu

Só uma semaninha numa floresta desconhecida, sem poder voltar pra cidade e com fome, nada demais...

Talvez uma cartinha possa compensar, né?

 

Muilto bom, mesmo... Fiquei curioso pra saber o que tem no capítulo X... Será que terá expandidas mesmo? o.O

 

Vai ser o aparecimento da primeira expandida da estória, mas ainda vai ficar longe de ser o capítulo mais maneiro relacionado à expandidas...

Editado por Razac
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Capítulo 9

 

Treinamento

Parte lll

 

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29 de setembro, ??:??

Floresta de Payon

 

O gatuno corria o mais rápido que podia. Era difícil alcançar altas velocidades no meio da floresta, com tantos obstáculos atrapalhando, mas como sua vida dependia disso, ele estava se saindo bem.

 

Um lobo emparelhou com ele pela esquerda, saltando logo em seguida. As mandíbulas do animal cresceram em direção ao seu rosto, obrigando-o a parar de correr e se desviar. Ele fez um rolamento para frente, deixando o monstro passar por cima de sua cabeça.

 

A aproximação de um segundo lobo, pelas costas, foi facilmente percebida. Ele havia parado de correr, é claro que os monstros iriam alcançá-lo. O gatuno se virou e enfiou a adaga no céu da boca do animal, no exato momento em que o bicho a abria, pensando tê-lo surpreendido.

 

Os dentes do monstro arranharam seu braço direito, mas ele não ligava. Na verdade, ele estava até gostando dessa dor. Os outros dois lobos agora se encontravam à sua frente, trincando os dentes e ameaçando-o com rangidos.

 

Phill correu contra os dois, sem demonstrar medo, embora ele sentisse uma ansiedade incontrolável. O primeiro lobo que o atacara saltou de novo, tentando abocanhá-lo pela frente. O gatuno aproveitou da energia da corrida para deslizar pelo chão, passando por baixo do animal com a adaga em riste, cortando a barriga da criatura.

 

O segundo lobo, agora com a mandíbula a poucos centímetros dele, tentou abocanhá-lo com a cabeça na diagonal. Phill havia errado ao deslizar daquele jeito, pois agora estava perto demais do monstro, e numa posição que não o permitiria esquivar.

 

A solução era atacar. O gatuno usou toda a sua força para movimentar a adaga o mais rápido possível, cravando-a no pescoço exposto do animal. A lua prateada brilhou enquanto Phill apurava os ouvidos para escutar o doce uivo de morte do monstro. Infelizmente, o uivo foi muito baixo e curto, já que o pescoço da criatura havia sido ferido.

 

Ele estava removendo a adaga quando, de repente, seu ombro esquerdo começou a arder. Um forte movimento tentava sacudir seu corpo, e ao se virar assustado, o gatuno percebeu que um lobo mordia seu ombro. O barulho havia atraído um monstro a mais do que os três que ele inicialmente juntara.

 

Sangue escorria da ferida enquanto a criatura sacudia a cabeça, provavelmente tentando arrancar seu braço. Phill não perdeu mais tempo, enfiou a adaga com o braço livre na lateral esquerda exposta do animal, e continuou o fazendo cada vez mais rápido e mais forte. O lobo soltou seu ombro e caiu ao chão, mas Phill não parou de desferir os golpes.

 

Somente depois de ver o monstro completamente desfigurado que o gatuno percebeu que já havia acabado. Bastante sangue manchava sua camiseta, principalmente o seu prório no ombro esquerdo e o dos lobos no braço direito.

 

A dor era forte, mas algo nela era extremamente provocante. Ele estava gostando do quanto doía, fazia ele se sentir vivo. Phill se levantou e começou a andar. Manchas de sangue marcavam uma trilha por onde ele passava.

 

O gatuno encontrou um pequeno lago e se sentou na beira do mesmo. Sua adaga caiu na água, desmanchando o reflexo da lua cheia, que voltou a surgir poucos segundos depois. Um pensamento subitamente invadiu sua cabeça.

 

Por que eu sou tão fraco? Ele olhava seu reflexo na água, e começava a pensar em todos os sucessos e fracassos que preenchiam sua vida. Se lembrou do primeiro monstro que matou, a felicidade que sentiu ao decapitar a serpente. Evocou o nojo de quando Mike, depois de terminados os morangos, sugeriu que eles assassem aquela cobra para comer. Relembrou de como Mike fora chato na hora de conseguirem madeira, insistindo para que eles não matassem um salgueiro, somente roubassem a madeira excedente que todos tinham.

 

Lembrou do sentimento de euforia de quando, ele e o outro gatuno, descobriram um urso cuja carne rendia um alimento muito melhor do que o ensopado de jiboia com esporo, o qual os mantinha vivos. Pensou na alegria de quando, numa noite fria, os dois descobriram um salgueiro cuja madeira queimava de forma mais fácil e mais forte, pois, aparentemente, aquele salgueiro possuía o elemento fogo.

 

Sua mente foi voltando no tempo enquanto o sangue praticamente jorrava do seu ombro. Lembrou de quando July o salvou de ser morto por um lorde, arremessando uma asa de borboleta para ele. Lembrou de como uma desconhecida havia ajudado-o, dando a ele uma bala que o permitiu fugir do mestre ferreiro.

 

Lembrou do bispo dizendo que foram necessários esforços de toda a igreja para mantê-lo vivo. E, por último, lembrou de sua mãe chorando enquanto abria um portal para tirá-lo do perigo. Por que eu sou tão fraco?

 

Seu reflexo na água começou a mudar de forma. O rosto, aos poucos, se transmutou, ao mesmo tempo em que a tonalidade do cabelo mudava de branco para amarelo. Seu reflexo não era mais dele, era do outro Phill.

 

"-Porque você é só um lixo, vivo à custa dos outros." - Afirmou o reflexo.

 

Era verdade, mas ele queria negar. Ele queria arranjar uma forma de provar que não precisava de ninguém, mas o mais recente acontecimento mostrava o contrário. Ele havia enfrentado os lobos sozinho, e agora estava sangrando até a morte.

 

"-Por que você não deixa de viver?" - O reflexo perguntou. - "Você sabe que devia estar morto. Morra logo."

 

Ele começou a se perguntar o que deveria fazer.

 

"-Morra, lixo."

 

Ele não queria que tudo acabasse ali.

 

"-Lixo..."

 

A voz do templário reçoava em sua cabeça.

 

"-Morra..."

 

Seria mesmo a voz do templário? Ou seria sua própria voz?

 

"-Morra, lixo!" - O templário começou a rir de uma forma assustadora.

 

-NÃÃÃÃÃÃÃO!!!!

 

Phill deu um soco na água com seu braço bom, espalhando o reflexo em todas as direções. Mesmo depois da imagem ter sido desfeita, o riso não cessou. O gatuno continuou disparando golpes contra a água, batendo com toda a força que conseguia, mas a risada não parava.

 

Ele pegou a adaga de volta e começou a esfaquear a água. Aquela risada estava enlouquecendo ele. Ela entrava na sua mente e perturbava seus sentimentos. O que é isso? Ele enfiou a adaga na água com mais força. Pare. Sua roupa já estava completamente ensopada, tanto de sangue quanto de água. Pare, por favor. Ele parou de atacar e começou a chorar, e só então a risada cessou.

 

-Phill? - Ele ouviu uma voz conhecida chamar. - Você tá bem, cara? Por que você tá rindo?

 

Ele se virou. O sangue brilhou à luz do luar, assim como as lágrimas que escorriam de seu rosto. Eu to rindo?

 

-Ah, droga! - Mike percebeu que ele não estava bem e avançou para ajudar. - Fica calmo, cara, - Exclamou enquanto o apoiava para que ele se levantasse. - a gente vai encontrar ajuda.

 

Sua visão começou a ficar turva, provavelmente ele estava perto de desmaiar. Depois de pouco tempo caminhando pela floresta com Mike o apoiando, uma pessoa apareceu.

 

-Ei, vocês tão bem? - Perguntou o estranho enquanto se aproximava com cuidado. Ele usava roupas de sacerdote. - Querem ajuda?

 

-Sim, nós precisamos de aju...

 

-Não! - Phill usou suas forças para gritar. - Não! Não quero ajuda!

 

A ideia de sobreviver graças a ajuda de um estranho era a pior situação possível para ele no momento. Phill não ia admitir isso, ele não ia ser só mais um lixo dependente. Só então percebeu que Mike já estava salvando-o. Ele empurrou o outro gatuno, caindo no chão logo em seguida devido a falta de apoio.

 

-Eu não quero ajuda... - Reafirmou.

 

-Ótimo, não queria matar vocês. - Disse o sacerdote. - July, pode aparecer.

 

A arruaceira despencou de cima de uma árvore, caindo de pé ao lado de Phill. A adaga dourada cravejada de jóias repousava em sua mão direita, o que por um momento assustou Mike, mas logo ele se lembrou de como, e pra qual objetivo, July usava aquela adaga.

 

-Cura!! - Exclamou a arruaceira.

 

O ferimento fechou. Phill ainda não tinha entedido o que estava acontecendo, mas se sentia irritado por ter sido curado. Era como se todos só quisessem reafirmar o quanto ele era fraco.

 

-O que...

 

-Os senhores passaram. - July falou brevemente. Quando percebeu que os gatunos não tinham entendido nada, começou a explicar. - "Não peçam ajuda para ninguém, isso caso encontrem alguém. Se o fizerem, eu mato os senhores." - Citou a si mesma.

 

-E é aí que eu entro. - Falou o sacerdote. - Eu na verdade sou um arruaceiro. Minha missão era observar vocês e oferecer ajuda num momento de perigo, como todo bom sacerdote. Se vocês aceitassem, eu deveria matá-los.

 

-Por que...? - Mike questionou.

 

-Porque vocês devem obedecer às ordens da guilda. - Respondeu July. - Nossa classe é famosa por não seguir regras, mas isso não funciona bem assim. Se todos fizessem o que querem, a guilda logo deixaria de existir, por isso esse nosso "caos" deve seguir uma ordem.

 

-Isso faz sentido ao mesmo tempo que não o faz. - Comentou Phill, se sentindo fisicamente melhor e psicologicamente um lixo.

 

-Voltemos ao treinamento?

 

Os dois gatunos engoliram em seco, concordando com a cabeça. Os últimos segundos haviam mudado completamente a situação de ambos, e eles não entendiam muito bem o que tinha acontecido.

 

"Os senhores treinaram bastante e desenvolveram muito seus atributos de combate, mas ainda não sabem nada sobre as habilidades de gatunos, e hoje eu pretendo ensiná-los. Vamos começar aprendendo Envenenar, depois aprenderemos a Desintoxicar, Furtar e por último, mas não menos importante, aprenderemos Esconderijo."

 

-Tem certeza, July? - Perguntou o arruaceiro vestido de sacerdote. - Você devia esperar algum superior se manifestar sobre a proibição antes de...

 

-Cala a boca! - Exclamou July. - Não vou seguir ordens de idiotas querendo me proibir de ensinar o que sei! Seu trabalho já acabou, vá embora!

 

O arruaceiro acenou meio assustado e usou uma asa de borboleta. Quando o homem desapareceu, a arruaceira voltou a falar:

 

-Então, onde eu parei? Ia ensinar furto?

 

-Nós já sabemos furto. - Disse Mike.

 

-Ele fez a gente roubar madeira de salgueiros ao invés de matá-los, então já aprendemos. - Completou Phill.

 

-Claro, eu sei disso, eu tava observando vocês o tempo todo. - Contrapôs a Arruaceira. Se isso realmente é verdade, por que ela citou o furto? - Pra utilizar o Envenenar, - Ela sacou a adaga. - vocês devem fazer isso. - July acertou a árvore com um golpe aparentemente normal. - É só dar ataque com a arma envenenada. Pode ser qualquer tipo de veneno, Erva Verde, Veneno Mortal e etc, mas se vocês quiserem usar venenos mais potentes, precisarão de muito mais conhecimento. Agora tentem fazer.

 

Eles a obdeceram. Phill pegou uma das Ervas Verdes que havia juntado em sua jornada e a posicionou com sua adaga, batendo logo em seguida na árvore ao seu lado. Ao terminar, percebeu que Mike havia tomado a mesma atitude e ao mesmo tempo.

 

-Perfeito! - Exclamou July. - Phill, pra você já tá bom. Mike, preciso que você treine mais esse golpe depois. - O gatuno deixou transparecer a tristeza por ter ficado pra trás. - Não é que você se saiu pior, é que você vai ser um mercenário, e mercenários precisam saber mais sobre envenenamentos.

 

A atmosfera cabisbaixa do gatuno mudou depois de ouvir isso. A arruaceira colocou a parte afiada da sua adaga sobre o próprio braço antes de voltar a falar:

 

-A próxima habilidade que vocês devem aprender é Desintoxicar. É muito simples, primeiro vocês farão isso. - Ela fez um corte em seu braço com a adaga envenenada. - Agora vejam que o veneno começa a se espalhar. - July mostrou a pele em volta do corte, cuja tonalidade começava a ficar esverdeada. - O que vocês têm que fazer é posicionar sua mão assim, - Ela pôs o polegar dois centímetros acima da ferida, o indicador dois centímetros abaixo e o dedo médio cinco centímetros abaixo e na diagonal. - e apertar!

 

Quando a arruaceira começou a pressionar, sangue começou a sair do ferimento, mas em pequena quantidade, enquanto todo o veneno saía. July apontou na direção deles, claramente sinalizando para que eles a imitassem. Logo em seguida ela curou o próprio braço. Curar...

 

Phill posicionou sua faca no antebraço, exatamente como a arruaceira havia feito. Começou a cortar, percebendo que era difícil dar ordens ao cérebro para ferir o próprio corpo. Conforme o corte se prolongava, a sensação de ardência crescia, junto com outra sensação que ele não sabia descrever, mas que não era nem de longe ruim.

 

Quando o corte alcançou o mesmo tamanho do que a arruaceira havia feito em si mesma, Phill não parou. Continuou rasgando sua própria carne até que um ferimento profundo havia sido criado. Então ele seguiu as instruções da arruaceira e tentou desintoxicar-se. Conforme ele pressionou, sangue começou a jorrar da ferida. Era bom.

 

-Que droga, Phill.

 

A arruaceira se aproximou, sacando sua adaga dourada. Ela segurou seu braço esquerdo ensopado de sangue e pôs a mão direita acima dele, prestes a curá-lo. Segundos antes da arruaceira pronunciar a palavra que desencadearia a magia, Phill segurou o pulso direito dela.

 

-O que significa isso? – July perguntou, espantada.

 

-Eu que pergunto: - Respondeu Phill. – O que significa isso? – Ele acenou com a cabeça na direção da adaga. – Você diz não ter dinheiro para renascer, mas usa uma adaga cravejada com jóias. Jóias caras. Explique.

 

-Hahahahaha. – A arruaceira começou a rir. Era uma risada calma, mas que gerava um calafrio na espinha. – Você percebeu. Hahahahahahaha.

 

-Explique! – Exclamou Mike.

 

-Vou fazer um joguinho. – Ela falou diretamente com Phill, olhando nos olhos dele. – Se você quiser a resposta, eu não vou te curar. Se você quiser a cura, não vou te dar a resposta.

 

Ele pensou um pouco antes de responder:

 

-Explique-se.

 

-Hahahahaha. – July começou a rir de novo. Cada vez mais o riso dela gerava calafrios. - Cura!! – O braço dele estava recuperado. – Fico feliz que tenha tido coragem de se arriscar, caso contrário você não teria nenhum dos dois. Vou explicar, mas antes... – Ela se virou pro outro gatuno. – Estou decepcionada com o senhor, Mike. – Ele ficou com cara de dúvida. – Seu desempenho de combate é excelente, um dos melhores que eu já vi, mas você não pensa.

 

Todas as pegadinhas, todos os testes, todas as questões levantadas até o momento, não foi você quem solucionou. Bom, mas você não vai entrar pra minha guilda, então pouco me importo. – O gatuno ficou triste, provavelmente se sentindo burro. O gatuno fraco e o gatuno idiota, dois melhores amigos, pensou Phill. – Voltando às explicações, vou tentar resumir, mas só depois que você soltar meu braço. – E ele assim o fez.”

 

Nós estamos na beira de uma guerra. Desde antes dessa proibição, as tensões entre as guildas estão crescendo. Todos os líderes tentaram evitar, mas era como se os deuses assim quisessem, como se o próprio Loki estivesse agindo das sombras, tentando causar discórdia. Cada ação que uma guilda tomava trazia reprovações de outra, cada passo que era dado na direção da paz com uma, era um passo mais distante da paz com outra. E então aconteceu esse incidente, o assassinato do líder de uma das guildas mais importantes. Ainda não sabemos como esse assassinato ocorreu, nem o porquê e nem o responsável.

 

Bom, o que eu quero dizer com isso é que: a guilda dos arruaceiros estaria em sérios problemas caso uma guerra entre as classes começasse. E o porquê é simples, os arruaceiros não são fiéis, eles tendem a não respeitar a própria guilda e agir por conta própria, por isso existia o risco de ficarmos sem soldados para lutar. Os mercenários também temiam o mesmo, já que grande parte de seus membros trabalham com contratos que não vêm de superiores, mas sim de quem pagar mais.

 

Então há alguns anos, Lunes surgiu com uma ideia, que de tão boa o transformou no atual líder da guilda. Ele sugeriu que os gatunos fossem treinados ao invés de serem abandonados à própria sorte, como antes era feito. Os que se adequassem à guilda e a respeitassem, continuariam sendo treinados e ficariam cada vez mais fortes. Os que mostrassem que não pretendiam respeitar e seguir as ordens, seriam mortos. Então conseguimos crescer, e hoje não estamos atrás de nenhuma outra guilda de Midgard.

 

-Isso é horrível. – Comentou Mike.

 

-Então nós estamos sendo testados a cada segundo, e se continuarmos a passar nos testes continuaremos a ganhar poder? – Perguntou Phill.

 

-Exatamente. - A arruaceira respondeu. - E só pra concluir a explicação, a guilda não me permite renascer, eu preciso ter a aura pra convencer os gatunos de que preciso do dinheiro. Fingi bem? - Ela sorriu de forma meiga.

 

-Bom, eu realmente não ligo. Seguirei as ordens da guilda em troca de poder.Se é isso o que ela quer ouvir... Mas não serei dominado de jeito nenhum!

 

-Eu também nunca pensei em desrespeitar os mercenários, só nunca pensei em realmente servir à guilda.

 

-Você não precisará trabalhar pra guilda como eu faço, - July explicou para Mike. – você só deverá dar prioridade máxima às ordens de seus superiores.

 

-Entendo. Não me parece ruim, também seguirei as ordens.

 

Em troca do que eles podem oferecer, talvez realmente não seja ruim...

 

-Então vamos voltar ao treinamento? – Ela sorriu daquela forma meiga e gentil. – Acho que ensinarei a vocês habilidades extras antes de Esconderijo. Não se preocupem, elas são muito fáceis.

 

Ela os ensinou como chutar areia nos olhos do oponente, falou sobre como procurar no chão uma pedra boa pra arremesso e como, consequentemente, arremessar aquela pedra. Phill ouviu e seguiu todas as instruções com desinteresse, voltando a prestar atenção de verdade somente quando July começou a explicar sobre como recuar de forma rápida.

 

-O que vocês devem fazer não é saltar pra trás, se simplesmente fizerem isso, acabarão caindo de forma patética. – A arruaceira apontou pra ele nesse momento, deixando-o irritado e constrangido. – Vocês devem empurrar o chão para frente, e deixar o mundo ao seu redor se mexer enquanto pairam no ar. É bem simples, na verdade. – Ela fez um recuo para demonstrar. – Agora façam!

 

Eles tentaram a imitar e logo perceberam que não era tão fácil. Depois de dez tentativas, Mike aparentemente conseguiu dominar a técnica, mas Phill ainda não conseguia. Ou o recuo era curto de mais, ou ele acabava caindo. Depois de cair mais uma vez, Mike tentou incentivá-lo:

 

-Vamos lá, cara, você consegue. – Falou enquanto o levantava.

 

Phill se levantou, ajudado pelo colega. Ao se por de pé, uma ideia assaltou sua mente.

 

-Me ataca.

 

-Que? – Mike havia entendido, mas mesmo assim perguntou.

 

-Pega tua adaga e tenta me acertar.

 

-Boa ideia. – Confirmou July. Ao perceber que Mike hesitava, exclamou: - Agora!

 

O gatuno sacou sua adaga e tentou acertar o outro. O movimento foi bem mais lento do que era pra ser, pois ele não queria acertar seu amigo, mas parece que mesmo assim o plano deu certo. Phill saltou para trás e conseguiu se apoiar de pé. Um recuo perfeito.

 

-Ótimo. – Parabenizou July. – Agora vamos ao Esconderijo, não temos tempo a perder.

 

Por alguns segundos Mike pensou que ela estava falando para eles irem pra algum lugar, mas logo se lembrou que essa era a última habilidade que ela iria ensinar.

 

-Sem moleza, vamos logo. – Ela começou a explicar a habilidade. – Muitos pensam que o Esconderijo é uma técnica de escavação, na qual se cria um buraco no chão para se esconder, o que é exatamente como todos os gatunos e evoluções dizem que ela funciona, mas é aí que muitos se enganam. O Esconderijo é uma habilidade na qual...

 

E assim os dois gatunos continuaram seu treinamento.

 


 

25 de setembro, ??:??

Salão da Honra

 

-Essa ideia de virmos a pé foi estúpida! - Preguiça exclamou de forma lenta, cansada.

 

-Eu já ia falar isso. - Comentou Inveja.

 

-Se tivéssemos ficado esperando o aeroplano ainda não teríamos chegado. - Justificou Avareza.

 

-E daí? Pelo menos eu teria ficado sentada...

 

Luxúria revirou os olhos antes de se aproximar da Funcionária Kafra localizada naquele corredor. Era um lugar bem estranho, parecia que flutuava no céu. Nuvens passavam em volta do corredor, mas ventos fortes não o atingiam, somente leves brisas do recém finado inverno. Provavelmente o vento era limitado por meio de magia, já que as nuvens se movimentavam rapidamente.

 

-Posso ajudar? - A Kafra perguntou, educada e profissionalmente.

 

-Sim, abra meu armazém. - Respondeu a odalisca.

 

A Funcionária perguntou qual era sua senha, materializando e entregando pra ela uma espécie de tábua com números de zero a nove. Luxúria não sabia como aquilo funcionava, se era um sistema mágico ou mecânico, mas realmente não importava. Todos os itens e equipamentos que ela carregava foram postos dentro da pequena bolsa da Funcionária sem dificuldades.

 

A odalisca esperou pacientemente as outras cinco terminarem de deixar seus itens com a kafra. Orgulho e Avareza foram as mais relutantes em se livrar do que lhes pertencia, mas elas sabiam que pegariam tudo aquilo de volta em breve, por isso não lhes foi uma tarefa impossível.

 

Ao terminar de atravessar o corredor repleto de heróis de suas respectivas classe, Luxúria ficou maravilhada ao ver o que as aguardava. Perto dela, a odalisca chegava a se sentir feia, pois aquela era uma verdadeira deusa da beleza, força e imponência. Uma Valquíria.

 

------------------------------------------------------------------------> FIM

 

Para o Capítulo 10

 

Poxa, tô começando a achar que esse dia e horário são ruins pra postar os capítulos, pouca gente online no fórum (já que a maioria está, com razão, se divertindo in game).

 

De qualquer forma, está aí o capítulo inteiramente novo dessa fic, pra muitos que estavam há um bom tempo esperando. E agora sou eu quem espero. Espero que gostem, espero que curtam e espero que comentem.

 

Muito obrigado por virem até aqui comigo, e saibam que muito mais nos aguarda. =D

 

Não se esqueçam de acompanhar as outras fanfics e contos que permeiam essa área do fórum:

 

O Oráculo da Morte por Coyote Starrk

 

Relíquia por Lorde DS

 

História de Menestrel por Lorde DS

 

Confissões e Reminiscências por Fabiano Alves

 

Qual é a razão? por Yann Eda

Editado por Razac
Bem-vindos ao tópico da semana e espero que estejam preparados para uma grande novidade.
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Desgraça, desgraça em todo lugar!

Primeiro, o Kina velhote era bolado, porque matar Lobo do Deserto sendo aprendiz (mesmo no pré-renovação) era foda.

E o aprendiz não é filho deles, mas eles cuidaram dele mesmo assim. ç_ç Bacana.

Vou ler os próximos aos poucos, mas gostei do texto!

Até mais!

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Oh Góde , Razac , ainda vive '.' .

Nunca pensei em ver Esse fórum depois do RT fechar pra procurar o povo .

A fic está super legal, tanto história quanto formatação , agr tem até desenhos '.'

 

Já que o RT fechou o Razac trouxe a fic dele pra cá. Fiquei tão contente que sempre dou amorsinho pra ele! *-*

pink-hair-anime-girl-valentine-chocolate-love.jpg

 

Mas assim, tu escrevia fic também? Se sim, posta aí! Vamos povoar a seção de novo!

( E tu pode ganhar amorsinho também! *-* )

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Já que o RT fechou o Razac trouxe a fic dele pra cá. Fiquei tão contente que sempre dou amorsinho pra ele! *-*

pink-hair-anime-girl-valentine-chocolate-love.jpg

 

Mas assim, tu escrevia fic também? Se sim, posta aí! Vamos povoar a seção de novo!

( E tu pode ganhar amorsinho também! *-* )

Na verdade eu e ele ja somos um só , então ...

E não , nunca cheguei a escrever uma fic , já tive ideias sim , cenários inteiros , mas nunca escrevi '.'

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