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Confissões e Reminiscências


Fabiano Alves

Posts Recomendados

 

Brigado, não tava conseguindo encontrar. Um mês eu acho que é pouco tempo pra uma fanfic, já que muitos vezes o autor passa por problemas e fica uns tempos sem postar, mas se é regra do fórum temos que seguir.

 

[2] Posso te responder o que eu observo: gente lendo sempre tem. Agora não dá pra cobrar que o pessoal comente sempre. Se tu for postar sua fic, tente postá-la em outro site para ter mais feedback.

 

Vou ver se posto o prólogo ainda hoje. Eu já tenho a fic postada no fórum do RT/MMOT e sendo atualizada, então na verdade postar aqui que seria a expansão. xD

 

[3] Se eu te falar que o caso da mercadora eu vi in-game, o que tu me diria...? xD

 

Que eu já vi muito disso.

 

[4] Eu tava pensando de aumentar o espaçamento entre as linhas, o que tu acha? Se não der pra fazer isso no fórum, mantenho o esquema de quebrar parágrafos.

 

Eu acho uma boa. Pessoalmente, eu prefiro assim e também porque é o jeito considerado "correto", mas cada um tem seu estilo, e você deve fazer do jeito que se sentir mais à vontade.

 

[5] Verborragia ninguém merece... >_

 

Todo mundo erra sempre, todo mundo vai errar... (8)

Bem-vindos ao tópico da semana e espero que estejam preparados para uma grande novidade.
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Eu tenho intenção de escrever aqui, mas preciso perguntar... Tem leitores? 2 ou 3 pessoas acompanhando já seria o suficiente pra me motivar.

 

Eu tô sempre lendo as fanfics, mas não comento em todas, vou começar a ler a sua agora, aproveitando que estou com tempo sobrando...

 

Capítulo 12: Cartas

 

"Promoção: Pago bokete para quem comprar de mim."

Arregalei os olhos e olhei para a mercadora, que olhou para mim também. Apontei para a placa, mas acho que ela entendeu que eu queria algo, pois me disse:

- A promoção é só pra homem. Some daqui!

 

Isso foi MUITO inesperado JAOSIJAOSIAJ, mas não posso julgar as técnicas de marketing da mercadora...

 

Gostei dos capítulos postados, aguardando os próximos \o

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13 - Flores

 

 

Era noite na Catedral de Prontera, mas para alguns a mesma não era motivo para descanso.

 

- E então Necrus?

- Bem...ela está na cidade ainda.

- Ótimo. Envie-a para Morroc.

- ......Sim...

- Você me parece hesitante com algo padre...algum problema?

- Não,não. Está tudo bem.

- Já passamos a descrição da futura noviça para os membros da Mão Amiga...Tão logo ela chegue no Deserto de Sograt, eles darão um jeito nela....

- Sim...

- Padre, acho que o senhor está com sono...Hoje foi um dia muito ruim na Igreja, então proponho que descanse.

- Sim, obrigado.

- Quando a moça aparecer, sabe o que fazer. Boa noite padre, que os deuses o guardem.

- Boa noite...

A porta se fechou e Necrus, livrando-se de sua batina, deitou-se com a luz do luar já dormitando em seu leito.

" Eles irão mata-la..." pensou Necrus. "Só porque eu a denunciei..." sentiu um mal-estar ao constatar isso. " Uma simples aprendiz agora..." silenciou e naquela noite demorou a dormir.

-----------------------------------

 

- Rachiele...? Está dormindo...?

Nada respondi a minha mãe. Fiquei deitada na cama, de olhos fechados, simulando sono.

- Estou indo pra Comodo filha... Não vai se despedir da mamãe...?

E porque eu deveria? A meu ver ela não tinha feito nada que merecesse agora um abraço de despedida ou coisa que o valha. Muito pelo contrário.

- ......Tá...Tá tudo bem então, filha...Se precisar de dinheiro, você sabe onde eu o guardo...

Jamais iria pegar o dinheiro daquela suja...E ela ainda ousava se dizer minha mãe!

- ...Leia a carta que chegou de Morroc, filha...Não se esqueça,tá?...É importante pra você...

A coisa que é mais importante para mim é uma carta desconhecida...Minha mãe não vale nada mesmo.

E não vai ser por mim que irá agora valer algo!

- Até logo...digo...Adeus, Rachi...

 

Ela fechou a porta devagar, deve ter ficado me olhando...Escutei os passos lentos descendo a escada mas em dado ponto eles pararam.

Ela ficou na frente da porta, provavelmente pensando em algo, depois escutei a porta se abrindo devagar e se fechando do mesmo jeito.

Depois só o silêncio.

-------------------------------

 

- Jessie! É hora de acordar!

- Tá bom mamãe!

- Venda muitas flores hoje, tá?

- Sim, mamãe.

 

Desde que completou 6 anos a rotina se repete na casa de Jessie, a menor florista de Prontera.

Sua mãe, acometida de uma doença que por alguma razão os sacerdotes não conseguiam curar vivia quase sempre debilitada. Mas se esforçava para ajudar a filha.

O pai de Jess, um valoroso guarda da cidade morrera durante um dos ataques de monstros à cidade.

 

- Lembre-se de tirar as flores feias do cesto. As pessoas não gostam de flores feias.

- Sim mamãe. - disse Jess com um sorriso.

- Se quiserem te vender algo, negue, está bem? Já estamos com muitas quinquilharias no armazém Kafra.

- Sim mamãe.

- Que Odin te proteja filha.

 

A mãe de Jess beijou a fronte da pequena enquanto ela saia com o cesto cheio de flores. Tinha um ponto fixo perto da saída oeste da cidade.

Naquele dia as coisas seriam diferentes.

 

- Oi! Cheguei pra vender as flores! Bom dia! -disse Jess.

- Alto lá, pirralha! - respondeu o rapaz que cuidava da banca.

- Que foi? Que foi que eu fiz?

- Não foi você. Foi tua mãe...

- Minha mãe não fez nada! Eu já falei que ela tá doente!

- Esse é o problema menina... Não sei se você sabe...Mas faz tempo que tua mãe não paga pelo aluguel do carrinho...

- E daí?

- Daí pirralha que compaixão não paga o aluguel! Some! Vai vender tuas flores em outro lugar! Anda!

- Seu...seu...feio! - Jess chutou a canela do rapaz, mas sem sucesso.

- Fedelha! - bastou um leve empurrão do rapaz e Jess foi pro chão. - Quando sua mãe pagar, ela ou você poderão usar o carrinho de novo...

 

Jess pegou seu cesto, com lágrimas nos olhos e saiu pelo portão oeste da cidade. Talvez algum viajante comprasse de suas flores...

----------------------------

 

"É chegada a hora."

Rachiele vestiu-se com sua camisa de algodão, sua maça e seus sapatos e foi, decidida em direção à Catedral de Prontera.

- Nham,nham - disse Rachiele para si mesma enquanto mastigava a folha - Só quero ver o que o padre Necrus vai dizer quando me ver de novo, huahuahuahuahua! - e riu sozinha enquanto andava.

 

- Saiu da casa dela, padre.

- ...Sim.

- Vem em nossa direção.

- ...Sim.

- Melhor o senhor ficar a postos.

-...Sim,claro. Com licença. Mantenha-se observando.

- Pois não padre. Estamos sempre do seu lado, o senhor sabe.

- ...Sim,sim...Até funcionário...

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Capítulo 14: A Escolha de Necrus

 

 

Fiquei fitando a porta que levava até a sala de Necrus. Outros noviços e noviças passavam por mim. Mastiguei a folha.

 

- Aprendiz!

- Que cê quer de mim, velhote bigodudo?

- Veio aqui servir ao Senhor ou veio admirar os vitrais?

- Te interessa?

- Ah, sua pequena intransigente...

- Segura tua onda, vovô! Senão tua artrose pode atacar, huahuahuahuahua!

Uma acólita ruiva segurou o velho. Entrei na porta e encarei a noviça-chefe.

- Deuses!!

- Oi. Tudo bem aqui na Igreja, irmã?

- Tudo bem, sim...irmã...

- Pois tenho uma péssima notícia! EU voltei pro sacerdócio, sua despinguelada! Huahuahuahuahuahuahuahuahuahua!

- ...

- E digo mais - apontei o dedo para ela, em sinal de provocação - Só sumo daqui quando souber até tua técnica secreta, sua lesada!

- Eu...eu...

- Ah, não vai contar pra sua querida irmã de fé? Olha, que Deus tá olhando irmã! E não sei se você sabe, ele castiga!

- ...

- Huahuahuahuahuahuahuahuahua!!!

 

Ela não disse mais nada, e se disse eu não ouvi. Segui o corredor e bati na porta da sala de Necrus, que estava fechada...

--------------------

 

- Então para completar seu treinamento, encontre o irmão Simão. Ele vive entre os pequenos símios chamados Yoyos. Ache-o e depois volte aqui. Ele tem uma mensagem para mim, então traga-a e eu o farei um noviço.

- Obrigado padre...

 

- BAM BAM BAM BAM BAM BAM! - Alguém espancava a porta - Abre a porta padre! Eu voltei! Quero fazer meu teste pra ser noviça! - ouviu-se uma voz.

 

- Por Odin...

- Quem é, padre?

- Um problema...

- Bem, eu vou indo...

- Boa sorte. Que Deus esteja convosco.

--------------------------

 

Então quer dizer que o Necro pensa que se livrou de mim? Ledo engano!

- Bom dia padre!

- Bom dia aprendiz Rachiele...( Morroc...manda-la pra Morroc...)

- Quero fazer meu teste para ser noviça, acólita, essas coisas!

- Pois não...entre na minha sala... ( Morroc...)

-Valeu pároco!

- Humm....

- Quié padre? Algum probrema?

- Não, nada...( Com certeza vão assassina-la, vão levar o corpo para a área dos lobos selvagens e vão lança-lo ali...Nunca será achado...)

- Não vai perguntar nada não?

- Sim irei. A primeira parte de seu treino consiste de responder minhas questões.

- Sim, já sei disso...chuip,chuip...

- Por favor, tire a folha da boca quando for responder as perguntas!

- Tá,tá...sem neuroses!

- Caham...Vejamos...Três deuses aesires filhos de Odin, nosso senhor.

- Tyr, Loki e Thor. Essa é fácil.

- Correto...Nome de 3 filhos de Loki.

- O lobo Fenris, Jormungand, a serpente do Midgard e Hela, a deusa da morte.

- Certíssimo...ultima pergunta...

- Pode mandar padre! Já estou querendo pegar a folha de novo...

- Ainda não! Responda-me, como é o nome do nosso mundo, do mundo dos deuses, do mundo dos demônios e do mundo dos gigantes! Na ordem!

- Na ordem: Midgard, Asgard, Nifelheim e Jotunheim!

- ......

- Bom,a parte moleza já foi...Agora, qual asceta eu tenho que encontrar, padre gostosão?

-... ( Não posso manda-la para a morte...)

- Ei, padre Necrus! Algum problema?

-... ( Rachiele, se você soubesse...)

- ...Padre?

- Vá até o irmão Bartolomeu e volte aqui. É isso.

- Ah...Certo, estou indo.

- Vá em paz.

----------------

 

- Saiu?

- Espere aí...Sim,sim! Saiu!

- Tem certeza que é ela mesmo?

- Sim...cabelo curto desgrenhado...olhos castanhos...cara de brava...

- Deixa eu ver! Me dá essa coisa!

-Toma!

- Humm...é ela mesma! Rachiele, a vanir...saindo da Catedral...com certeza falou com o Necrus e está indo pra Morroc...

- Aviso os outros para preparem tudo?

- Sim...Avise-os logo...e...CARAMBA!!

- Que foi?

- Olha isso!

- ? Ei...ela está saindo...

- Pelo Oeste! Alguma coisa deu errado!

- Vamos atrás do Necrus!

-----------------------

 

Tinha alguma coisa errada com o padre...

Não sei dizer o que, mas...

Ah,sei lá...sorte minha...o irmão Bartô não é tão longe.

 

- Flores! Flores! Alguém quer flores? Ah,droga...Comprem alguma!!

- Jess, o que você tá fazendo aqui?

- Oi Rachi...Não deu pra vender dentro da cidade hoje...

- Porque?

- Tenho que pagar o aluguel do carrinho...

- Humm...Entendi...E está vendendo algo aqui pra fora?

- Tá ruim...Prefiro lá dentro...

- Escuta, você não quer ir comigo até o irmão Bartolomeu? No caminho você pode tentar vender umas flores...

- É...Pode ser...Você sabe o caminho?

- Sei sim...Já tinha ido até ele numa outra vez...

- Ah, então vamos.

- Legal!

--------------

 

- Mandou ela pro Bartolomeu??

- ......

- O que deu em você, Necrus?

-......

- As ordens do Concílio são claras...

-......

- "Desagrado a algum alto membro do Concílio implica punição,independentemente da profissão ou nível do autor da ofensa dentro do Concílio."

-...Eu sei...

- Então porque mandou a menina pro Bartolomeu? Mandasse ela para Morroc!

- Olha, não vamos perturbar mais o padre...vamos dar um jeito. Ordens são ordens.

- Ok, vamos então...a menos que...

- Vamos logo!

- Tá,tá...até logo Padre...

- ......

----------------------

 

- Porque sair desse jeito da sala do Necrus?

- Você sabe o que a lei do Concílio diz...

- Sei..."Alguém que causa agravo moral em um dos altos membros do Concílio é passível de receber o perdão, isentando-se do agravo cometido." Mas e daí?

- Você viu como o Necrus estava...se ficássemos ali ali, ele perdoaria a aprendiz...

- E...

- Escuta aqui, estúpido,já estou de saco cheio desse tédio! Desde que os membros do Concílio promulgaram essas "leis", nós não temos feito nada!

- É...isso é...

- Então! Nos livramos dessa aprendiz e matamos um pouco o tédio...

- É, acho que você está certo...do que adianta sermos assassinos se não matamos ninguém?

- Ae, pegou o espírito! Vamos arrumar outros disfarces...

- Ok.

 

Continua!

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Rachiele, a abusada, zoando a igreja inteira. Hue Hue

Nem sei como o padre não mandou ela pra morte depois dela gastar geral.

 

Ontem eu ia comentar falando que tava demorando, mas achei que ia ser melhor não, já que era óbvio que você tinha viajado. Agora a solução é postar mais pra compensar. :p

 

Eu tô sempre lendo as fanfics, mas não comento em todas, vou começar a ler a sua agora, aproveitando que estou com tempo sobrando...

 

Opa, valeu. Aparece por lá quando der. ;D

Bem-vindos ao tópico da semana e espero que estejam preparados para uma grande novidade.
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Rachiele, a abusada, zoando a igreja inteira. Hue Hue

Nem sei como o padre não mandou ela pra morte depois dela gastar geral.

 

Ontem eu ia comentar falando que tava demorando, mas achei que ia ser melhor não, já que era óbvio que você tinha viajado. Agora a solução é postar mais pra compensar. :p

 

 

 

Opa, valeu. Aparece por lá quando der. ;D

 

Cara, não sei o que deu em mim pra fazer ela assim.

Acho que foi o momento quando eu tava escrevendo, talvez ela tenha ficado muito fora da personalidade que ela costuma ser.

Enfim, já foi então fica assim. Em textos futuros eu tenho que tomar cuidado com essa flutuação de humor do personagem, acho.

Mas quero aproveitar pra comentar outra coisa: obrigado por postar seu fanfic Razac e ajudar a área de fanfic.

Até o Coyote voltou a postar, fiquei contente vendo isso!

E já apareceu uma fanfic nova aqui, gostei disso também.

Agora voltemos à programação normal... x3

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Capítulo 15: Os Demônios

 

 

Assim, Rachiele e Jess saíram para encontrar o irmão Bartolomeu. Andaram por quase metade do dia até que pararam no meio de um campo para descansar.

 

- Estou com muito azar, Rachi! - disse Jess, sentando-se no gramado.

- Porque Jess? - indagou Rachiele.

- Ninguém quer comprar minhas flores! - exclamou.

- Ah,isso...Você tem que ser paciente... - respondeu, procurando algo na mochila.

- Queria ser mercadora...- suspirou Jess.

- Vai pra Alberta...- Respondeu Rachiele, sem tirar os olhos da mochila.

- Mas...e a minha mãe?

- Não pense nisso agora... Aqui, pegue uma maçã...Vamos tomar um gole de leite e depois descansamos... - disse Rachiele, dando uma maçã para a menina e pegando duas canecas de madeira. - Piquenique! - sorriu.

- Oba! - exclamou Jess, pegando a caneca e com a maçã na mão.

 

Depois de algum tempo onde Rachiele viu suas provisões minguarem graças a uma criança voraz e faminta, ambas se deitaram na grama e ficaram conversando. O sol já anunciava um princípio de tarde mais ameno que a manhã quente.

 

- Sabe o que eu queria mesmo, Rachi? - disse Jess.

- O que Jess? - Rachiele quase cochilando.

- Queria ser rica...comprar tudo que eu quizesse...E ter um Poring de estimação!

- Isso é legal, Jess...

- Queria viajar muito como mercadora...E vender tudo pro pessoal!

- Uhum... - os olhos de Rachiele começavam a se fechar.

- Eu até pagaria algum bruxo para cuidar da minha mãe...Será que eu consigo?

Mas Rachiele não respondeu, pois apenas dormia.

- Ah, Rachi! Sua preguiçosa! Eu vou vender minhas flores! - e saiu com a cesta na mão, deixando a aprendiz dormindo.

 

"Rachiele, na verdade minha filha você não é nada disso que eu pensava. O meu maior medo era que você também me deixasse. Isso dóia muito em mim, filha, consegue entender? Além de você tive mais 6 crianças...3 meninos e 3 meninas...ninguém ficou em casa. Quando você nasceu, pensei que pelo menos você ficaria com sua mãe. Você pode me perdoar, filha?"

- Sim, mãe. Eu te perdoô. Eu também fui uma má filha...

 

"Irmã Rachiele, sabe porque a protejo? Porque eu sinto que algo precisa mudar. É algo que eu poderia entender como um sinal divino, mas eu posso estar enganado. Em sua jornada você encontrará outros que também sentem isso dentro de si mesmos..."

-Eu compreendo, padre.

 

"Você veio...Pensei que ia ignorar a carta..."

-......

 

- AAAACORDAAAAAAA RACHIIIIII!!!!!!!!!!!!!!! - berrou Jess.

- O que, como?? Quem?? - acordou num salto a aprendiz, pegando a maça.

- Oi. - disse Jess.

- Oi Jess! Hehehehehe...Acho que dormi demais!

- Tô vendo... A gente não vai atrás do irmão Bartô?

- Ah,sim, vamos sim! - disse, se colocando de pé - Vendeu muitas flores?

- Não...um bardo passou, me cantou um poema esquisito e comprou duas...

- Humm...! Bardos são todos uns galanteadores!

- O que?

- Eles paqueram,entende?

- Ahh...acho que sim...

- Acho que ele comprou as flores para fazer uma serenata!

- Que é isso?

- É quando o bardo, sozinho ou acompanhado, recita poemas, canta ou faz qualquer tipo de apresentação para a pessoa amada por ele ou por outros.

- Ahh...puxa Rachi, você é esperta.

- Ser aprendiz é bom, você vai ver quando se tornar aprendiz de mercadora!

- Sim! - Jess sorriu e ambas seguiram em frente.

 

 

- Entendo... - Bartolomeu expirou fumaça pelas narinas enquanto conversava com os assassinos - Já decidiram como mata-la? - colocou de novo o cachimbo na boca.

- Não será díficil...uma simples aprendiz...

- Ninguem liga muito pra esses...

- Humm....isso é! - Bartolomeu começou a bater o dedo indicador contra a mesa de madeira.

- Tocaia simples. Depois nos teleportamos com o corpo e o descartamos.

- Simples e eficaz.

- É justo. - Bartolomeu se levantou,colocou o cachimbo em cima da mesa e foi até uma estante com velhos escritos e abriu um deles, tirando uma garrafa de bebida - Servidos?

- Estamos de saída, sire.

- Muito obrigado.

- Voltem quando quiserem. Minha casa é sua casa.

Os assassinos se foram e deixaram Bartolomeu sozinho desgustando sua bebida.

Enquanto andava pelo piso de madeira de sua aparentemente humilde cabana oculta entre algumas árvores Bartolomeu começou a pensar seriamente se o preço que pagara para manter-se dono daquelas terras teria compensado.

Tomou outro gole da bebida para esquecer.

 

- Já está cansada, Jess? - perguntou Rachiele.

- Não tô! - respondeu Jess, mas em segredo ela amaldiçoava a aprendiz por ter lhe levado tão longe - Falta muito pra gente chegar?

- Não. Já estamos chegando...Está vendo aqueles lagos ali, meio longe?

- Sim...

- O irmão Bartolomeu fica por ali. Pelo menos foi por ali que eu achei ele da ultima vez.

- Porque ele fica nesse lugar, Rachi? Aqui não tem nada!

- Não sei Jess...Pensando bem, é mesmo...Quando vim aqui a primeira vez, só vi uma casa velha entre algumas árvores...Será que ele mora lá?

- Sei lá...

 

Ambas caminharam pouco, foi quando Jess notou que algo seguia a dupla.

Por instinto, Jess apertou o passo e foi a frente, dizendo:

- RACHI! Um monstro!! Atrás das minhas flores!!

Rachiele olhou para trás, e entendeu porque a pequena florista tomou a frente.

Era um inseto grande, uma mistura bizarra de borboleta com mariposa.

Era um Creamy.

 

- Relaxa Jess, é só um Creamy. - disse Rachiele. - Eles são inofensivos. Me dá uma flor.

Jess se aproximou com receio de Rachiele e ficou olhando para a criatura que pairava ali perto. Mas mesmo assim se aproximou.

- Um o quê? - perguntou, protegendo a cesta de flores com as mãos.

- Um Creamy. Sabe o Fabre, a lagarta gigante?

- O que tem?

- O Fabre depois de um tempo se transforma em pupa, depois que a pupa se quebra... - Rachiele olhou para o inseto nesse instante - ...Ele se transforma num Creamy.

- Ahh...

- Eles gostam de flores. Dá uma pra ele!

 

Jess guardou silêncio enquanto encarava a criatura. Com medo, tirou uma flor do cesto e jogou ao chão. O Creamy voou até a flor e ao pega-la com a garra, sumiu numa luz azulada.

 

- Que foi isso??

- Teleporte.

- E como ele faz isso?

- Sei lá. Tó!

- 2 Zenny... porque?

- Tá paga a flor. Ou você acha que o Creamy vai voltar e te dar dinheiro? Vamos andando! Quero chegar no Bartô antes do sol se pôr!

 

Jess sorriu e como Rachiele estava já mais a sua frente apressou-se para alcança-la.

Talvez por isso não tenho visto quando pisou numa armadilha que espalhou um gás amarelo e a fez tombar...

- Jess!! - Rachiele viu a menina tombando e ao se aproximar correndo, inadvertidamente respirou o mesmo gás, caindo em segundos.

- Pegamos!

- Como de costume.

- E o que fazemos com a criança?

- Bah! Vai junto com a aprendiz.

- Você diz,você manda! O que em quem?

- Jugular na aprendiz, pulso na garotinha...Aliás...Lembra daquele fedelho em Geffen?

- Lembro.

- Pois é...depois te conto o resto.

O assassino se aproximou de Rachiele e Jess com um par de punhais afiados.

Ventava naquela tarde nos arredores de Prontera...

 

Continua...

Editado por Fabiano Alves
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Capítulo 16: Crime e Castigo

 

 

Tingiu-se de vermelho a pradaria que ficava nos arredores de Prontera.

Sangue que, explodiu e ao mesmo tempo apenas fluia lentamente.

Rachiele e Jess jaziam aos pés de seus executores.

 

- Missão cumprida!

- Vamos nos livrar dessa sujeira e vamos nos mandar.

- Será que a dançarina vai aparecer na guilda hoje?

- Acho que sim. Leva a menina e a aprendiz. Heh! Elas não vao mais precisar dessas coisas! - dizendo isso, pegou a mochila de Rachiele e o cesto de Jess.

- Lugar de sempre?

- Lugar de sempre. Te vejo lá.

- Até mais.

-----------------------

 

Necrus estava na clausura, desde que os assassinos partiram ficou ali, rezando em silêncio; caso alguém chegasse ao confessionário, ouviria os passos.

Pensava no que tinha feito.

"Eu deveria tê-la perdoado perante os assassinos..."

A escuridão do confessionário deixava Necrus ainda mais lúgubre e triste.

"A essa altura ela já deve estar morta..."

Talvez por estar absorto em pensamentos, Necrus não percebeu quando alguém se aproximou do confessionário.

" Pobre Rachiele...Não teve culpa...Menina, me perdoe, por favor..."

- Padre...? Está aí?

- Que as bençãos do senhor Odin recaiam em tu irmão...Em que posso ajuda-lo?

- Desejo me confessar, fiz algo horrível...

- O que o irmão teria feito de tão ruim? Poderia me dizer?

- Posso, posso...eu e minha família nos mudamos para Prontera faz pouco tempo, e eu ainda tenho parentes em Alberta; acontece que meus tios...

Necrus deixou o jovem falando enquanto devaneava sobre o destino da aprendiz; aquele seria um longo fim de tarde...

------------------------------

 

- Bem-vinda à Corporação Kafra. Estamos sempre do seu lado. Em que posso ajuda-la?

- Quero um teleporte. Para Comodo.

- O custo do serviço é de 3000 Zenny.

- 100...200...500...2000...3000...Aqui está.

- Por favor aguarde um momento, obrigada por utilizar nossos serviços.

"Adeus filha. Seja livre e faça o que quiser de sua vida. Talvez algum dia você me perdoe...Assim como a seu pai."

-------------------------------

 

"Tem algo errado aqui...Ele está demorando demais...Era só vender as coisas das meninas mortas ou dar para algum aprendiz perdido...Ou será que ele foi atrás de outro rabo-de-saia...? Ah,desgraçado!"

O assassino meneou negativamente a cabeça e acendeu um cigarro.

Sentou-se e vislumbrou o Monte Mjolnir, que estava próximo.

"Tenho certeza que aquela mina de carvão esconde algo...aqueles druidas mortos no ultimo nível...Que diabos eles estão fazendo ali?"

Começou a tossir. Derrubou o cigarro e levou a mão à boca. Sentiu-se mal e percebeu tarde demais o que acontecera.

Estava envenenado.

 

- Quem...Quem...? - sua visão se tornava turva, tombou de joelhos, o cérebro ardia, sentiu o corpo formigando. - Quem está aí?? - esforçou-se para falar, o cérebro não obedecia.

- Apenas me diga... - um outro assassino apareceu das sombras - Onde deixou o corpo da aprendiz e da menina?

- Agh.. - gemeu o assassino, tentando olhar seu adversário, com um esforço sobre-humano, tentou pegar a poção anti-veneno que levava ao bolso.

- Fale! - o assassino chutou a poção que estava nas mãos trêmulas do rival moribundo - Não vai adiantar usar anti-veneno...Esse veneno foi desenvolvido por mim, e só eu tenho a cura para ele. Fale agora ou morra aí!

- Deixei...deixe elas...Agghh...Deixei elas nos pés do monte...para os lobos...

- Obrigado amigo. - e dizendo isso cravou a Katar na fronte do assassino, transpassando o crânio. - A única cura que você precisa é uma morte rápida.-

E correu o mais depressa que pôde.

-------------------------------

 

"Jess está demorando...É melhor ir ver o que aconteceu com ela..."

- Boa tarde... Ops, Boa noite senhora Hill...

- Viu a Jess por aí?

- Não.

- Ah, obrigada...

"É díficil andar...ai! Meu joelho está me matando...Jess nunca demorou tanto...Ela sempre vinha antes do sol se pôr..."

- Dona Hill?!?

- Oi. Onde está a Jess?

- Err...bem...( Merda! Não posso falar que mandei ela embora...) Ela disse que ia vender do lado de fora da cidade hoje. Não quis ficar aqui, ao lado do carrinho.

- Ah, essa Jess...Sempre inventando...Obrigada. Eu vou procura-la.

- Tudo bem, dona! Boa noite! ( Melhor dar o fora! )

 

A senhora Hill passou pelos portões de Prontera pensativa quanto ao destino de sua filha. Aquela seria uma longa noite...

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Capítulo 17: Sombras da Noite

 

 

Jess não sabia o que tinha acontecido; só se lembrava de ter respirado um gás estranho; tombou ao chão com a imagem de Rachiele correndo para ajuda-la.

Depois tudo ficou escuro.

Não sabia porque seus pulsos estavam enfaixados e doloridos ao move-los.

Decidiu ficar deitada, e checou os arredores.

Era um quarto, disso teve certeza. A parca iluminação vinha da janela; era noite e a lua brilhava com intensidade.

Ouviu uma respiração. Alguém dormia do seu lado.

Concluiu que se tratava de Rachiele, pois viu a mochila da amiga do lado da esteira onde ela dormia.

Voltou suas atenções para a esteira onde dormia: feita de madeira, era dura e desconfortável, mas estava tão cansada que qualquer lugar servia para dormir.

Bocejou e viu que do seu lado estava a cesta de flores.

Sentiu-se aliviada, pois temia perder as flores e ter que coleta-las de novo pelos campos.

Lembrou-se.

Sua mãe não sabia onde ela estava.

-----------------

A senhora Hill vagou pelos campos, procurando alguma pista de sua filha, mas os poucos andarilhos que encontrara não souberam lhe informar ou simplesmente ignoraram seus pedidos.

A senhora Hill sabia que sua filha não deveria ter ido muito longe. E sabia que, caso estivesse acompanhada deveria estar num acampamento de aventureiros ou coisa que o valha.

Avançou pela noite, ainda absorta em sua busca.

-----------------

 

- Eu...eu jamais imaginaria que ela...que essa menina... - gaguejou Bartolomeu.

- Tudo bem. Se fosse qualquer outro já teriam te matado, mas eu não sou qualquer um - respondeu o homem.

- Sim,sem dúvida... - concordou Bartolomeu, visivelmente preocupado - Como posso compensar o que aconteceu?

- Você sabe o que fazer quando as duas acordarem.

- Sim, eu sei...

- Eu sei que única coisa que você preza são essas terras, que por sinal, você roubou.

- ......

- Não serei eu a fazer justiça aqui, senhor Bartolomeu. Isso é coisa pra cavaleiros, templários, essas coisas...

- ......

- E eu sou um assassino. E você sabe como resolvo os meus problemas, não?

- Sim, eu sei. - e Bartolomeu resumiu-se a concordar com a cabeça.

- Boa noite. Cuide bem de suas hóspedes. Não se esqueça de falar o que combinamos, certo?

- Mas é claro!

- Até breve então, "irmão" Bartolomeu...

 

O assassino sumiu, esfregando uma asa de borboleta e desaparecendo no ar; Bartolomeu levantou de sua cadeira e pensou sobre o que tinha acontecido.

Aquela pessoa que estava até há pouco diante dele era um assassino procurado, assim como outros.

Talvez devesse denuncia-lo e receber farta recompensa oferecida pela Guilda dos Cavaleiros e dos Mercadores de Rune-Midgard.

Fora que ficaria bem-visto dentro do concílio, por ter ajudado a eliminar um dos adversários.

Escutou uma das meninas tossindo dentro do quarto e deixou o pensamento de denunciar o assassino por algum tempo...Pelo menos até o amanhecer...

 

---------------------

"Tem algo estranho aqui..." pensou a senhora Hill enquanto caminhava pela floresta.

- ... - olhou em volta, e viu-se cercada por lobos errantes.

"Essas criaturas não são naturais daqui...Bem...Terei que tomar providências..."

Os lobos avançaram com ferocidade diante do uivo do líder, mas a senhora Hill se desvencilhou dos ataques com uma agilidade sobre-humana para uma mulher de sua idade; caindo afastada dos lobos, gesticulou olhando aos céus e recitando uma frase quase num murmurio invocou uma magia...

- IRA DE THOR, FUSTIGUE MEUS INIMIGOS!

Os lobos foram fulminados pelo potente raio que desceu dos céus, mas as forças da senhora Hill já não eram mais as mesmas, e tombou segundos depois.

---------------------

 

Rachiele acordou no meio da noite; pensou ter ouvido um estrondo longe.

Viu-se deitada numa esteira, seu pescoço, por alguma razão latejava.

Jess estava ao seu lado, e dormia o sono dos justos.

"Mas que raios aconteceu? Onde nós estamos? Me lembro que a Jess tinha pisado numa...numa..."

Rachi colocou as mãos na cabeça; a mesma dóia e ela não se lembrava do que tinha acontecido depois que Jess tinha pisado na armadilha.

Deitou-se na esteira e tentou dormir sem pensar em mais nada.

E teve sucesso em seu intento.

Continua...

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Capítulo demorou, ein. A Rachiele tomou um golpe na jugular? Foi isso mesmo? Lol, será se ela continua no mundo dos vivos? Se ela tankar: "Rachiele OP, nerf plox!1!"

 

Cara, não sei o que deu em mim pra fazer ela assim.

Acho que foi o momento quando eu tava escrevendo, talvez ela tenha ficado muito fora da personalidade que ela costuma ser.

Enfim, já foi então fica assim. Em textos futuros eu tenho que tomar cuidado com essa flutuação de humor do personagem, acho.

 

Isso acontece, mas eu não vejo como um problema, tanto que nem falei nada, porque tipo, as pessoas nem sempre agem da mesma forma em todas as situações. Acho que, de vez em quando, mostrar uma personalidade mais abrangente dá ainda mais vida pra personagem, meio que tira as limitações dela. É claro que não se deve transformar completamente a personalidade, mas você respeitou bem esse limite e acho que tá valendo.

 

Mas quero aproveitar pra comentar outra coisa: obrigado por postar seu fanfic Razac e ajudar a área de fanfic.

Até o Coyote voltou a postar, fiquei contente vendo isso!

E já apareceu uma fanfic nova aqui, gostei disso também.

Agora voltemos à programação normal... x3

 

Eu não consigo entender porque a área de fanfics sempre fica menos movimentada. É tão legal ler como os outros imaginam o mundo de ragnarok e etc. O negócio é que até parece ter gente lendo (talvez só olhem por cima, não sei), mas quase ninguém comenta nada. Por exemplo, o NDS postou a one-shot dele porque eu falei pra ele postar, porque eu sei que é uma história boa, mas parece que ninguém foi lá e leu. Dá até uma tristeza isso.

Bem-vindos ao tópico da semana e espero que estejam preparados para uma grande novidade.
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[1] Capítulo demorou, ein. A Rachiele tomou um golpe na jugular? Foi isso mesmo? Lol, será se ela continua no mundo dos vivos? Se ela tankar: "Rachiele OP, nerf plox!1!"

 

 

 

[2] Isso acontece, mas eu não vejo como um problema, tanto que nem falei nada, porque tipo, as pessoas nem sempre agem da mesma forma em todas as situações. Acho que, de vez em quando, mostrar uma personalidade mais abrangente dá ainda mais vida pra personagem, meio que tira as limitações dela. É claro que não se deve transformar completamente a personalidade, mas você respeitou bem esse limite e acho que tá valendo.

 

 

 

[3] Eu não consigo entender porque a área de fanfics sempre fica menos movimentada. É tão legal ler como os outros imaginam o mundo de ragnarok e etc. O negócio é que até parece ter gente lendo (talvez só olhem por cima, não sei), mas quase ninguém comenta nada. Por exemplo, o NDS postou a one-shot dele porque eu falei pra ele postar, porque eu sei que é uma história boa, mas parece que ninguém foi lá e leu. Dá até uma tristeza isso.

 

[1] T__T Desculpa, pela centésima vez. Eu não comentei, mas criei um problema com isso, essa situação. Eu nunca aceitaria que a Rachiele, sem experiência de nada pudesse fugir de assassinos treinados. Soaria falso ou que eles são idiotas, o que não é o caso.

Daí inventei disso dela ser morta mas alguém a salvar. Uma coisa que eu aprendi com isso é: nunca coloque desafios maiores que o personagem. x.x

 

[2] Nossa, obrigado! =D

 

[3] No geral, o povo que escrevia parou de frequentar o fórum. Ainda tem gente que escreve sobre Rag aqui e ali, mas o ponto é chamar eles pra postarem aqui também. Talvez se eu pedir permissão para eles e postar o fic aqui, creditado e tudo o mais...

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Capítulo 18: Redenção

 

 

- Bom dia Milton!

- Bom dia Aegis...Como foi o turno?

- Tranquilo...resgatamos uma mulher perto do portão oeste...não sei porque, perto dela só tinham cinzas de alguma coisa...

- Ahh...Descobriram quem era ela?

- Um jovem mercador a conhecia. Levamos ela até a casa dela e a deixamos lá descansando.

- E o que as noviças do hospital disseram?

- Ela está bem. Só estava cansada demais. Muito esforço.

- É um bom relatório. Bem, pode ir.

- Obrigado amigo.

 

A senhora Hill acordou em sua cama, já fazia muito tempo que não usara seus poderes, e usa-los daquela forma naquela noite fora demais para seu corpo não mais jovem como outrora.

"Jess..." pensou, mas o corpo doía.

Não haveria o que se fazer. Manteve-se deitada e pensou que nada poderia fazer.

Ouviu a porta batendo.

- Entre! - esforçou-se para dizer.

- Oi dona Hill! A Jess pode brincar hoje? - era Margaret, uma amiga de Jess.

- Não...A Jess já foi trabalhar Margie... - disse do leito.

- Aaaahh...que chato! á bom, bom dia! - e saiu.

 

"É preferível uma mentira a uma verdade que machuque..."pensou a senhora Hill antes de adormecer...

---------

 

- Bem-vinda de volta! - sorriu uma jovem com trajes mínimos, e lábios pintados.

- Já faz tempo...Como é ser um senhora de Família...? - perguntou outra, mais velha, enquanto brincava com um laço que tirara da cabeça.

- Irmã , eu sabia que ia voltar para nos visitar! - festejou uma terceira que se aproximara da porta do local.

 

A mãe de Rachiele apenas sorriu timidamente para as dançarinas e para as irmãs que ali ficaram no Cassino na cidade de Comodo. Já fazia muito tempo desde que deixara aquele local, mas tinha prometido a si mesma que voltaria assim que precisasse delas de novo.

 

- Olhem, tenho muito a contar desde que fui para Prontera...Mas no momento quero descansar...E acho que vocês também tem muito a me contar não? Notei que Comodo mudou desde a ultima vez...

 

------------------

Bartolomeu limpou o suor da testa.

Teria que ir acordar as duas meninas que estavam no quarto ao lado. Lembrava-se das palavras do assassino diante dele, com uma adaga apontada para ele.

"Você sabe o que fazer." disse o assassino.

Bartolomeu quase num impulso automático, concordou com o nada.

- Maldito assassino... - murmurou.

------

 

- Rachiii! Rachii!!! Acorda!!!

Mas Rachiele meneou a cabeça; não queria acordar. As más condições da esteira não a impediam de sentir preguiça de levantar.

- Rachiii! Acorda! Tem alguém abrindo a porta!!!

Nada importava para Rachiele. Dormir era preciso.

- Grrrrr... - infelizmente para Rachiele, Jess não dispunha da mesma paciência que ela - ACORDA RACHI!!! - e dizendo isso, virou a mochila em cima da amiga, soterrando a cabeça de Rachiele com objetos diversos.

- Tá,tá! - disse Rachiele levantando-se e deixando uma grande bagunça no quarto - Que foi Jess??

- A porta!

- Hein? - Rachiele olhou para a porta e viu que a maçaneta se virou. E entrou dentro do quarto um homem que, horrorizou-se com a desordem e disse:

- Mas...Em nome de Odin, o que aconteceu aqui?

E Rachiele conhecia aquele homem.

- Irmão Bartolomeu... - murmurou.

-------------

 

Tendo desfeito a bagunça ( sob os protestos de Jess que alegava não ter tido culpa) Bartolomeu convidou as meninas para o desjejum.

 

Sentaram-se à mesa, e enquanto Bartolomeu tomava uma caneca de leite, fazia o possível para não olhar para Rachiele: a ameaça que o assassino lhe fizera ainda o deixava receoso; supôs, de forma paranóica, que o assassino poderia ainda estar por ali, invisível, patrulhando-o.

 

- Irmão Bartolomeu! - Jess deu uma mordida em um pão e olhou para o asceta. - Porque o senhor mora sozinho aqui nesse casa?

Bartolomeu já estava acostumado a responder aquela pergunta. E com aquela criança não seria diferente.

 

- Os desígnios de nosso senhor Odin às vezes podem parecer sem sentido, pequena Jess, mas a sabedoria de Odin é legendária e tenho certeza que estou cumprindo meu papel perante ele recebendo os futuros noviços que aqui vem me procurar.

 

Jess ficou por quase 5 minutos tentando entender o que o religioso lhe dissera; Rachiele apenas olhou de soslaio e nada disse;deveria guardar silêncio, pelo menos por enquanto.

 

Após o desjejum, ambas saíram com seus pertences e Bartolomeu as acompanhou.

Então lhes disse:

- Voltem agora para Prontera. Pequena Jess, espero que quando se torne maior que escolha pelo sacerdócio como vocação e Rachiele...

Rachi se virou e olhou dentro dos olhos do homem.

- Espero que Odin a guie em sua luta contra nossos inimigos.

Rachiele percebeu que a frase proferida pelo asceta soou quase que mecânica, fria.

Rachi lembrou-se que da primeira quando tinha encontrado Bartolomeu ele dissera as mesmas coisa da mesma forma.

Ao que parece, ele já estava habituado a falar tal frase para os novos noviços e noviças.

- Obrigada Bartolomeu. - disse Rachiele séria.

Se despediram e Bartolomeu voltou à sua cabana.

Rachiele murmurou para Jess que deviam se apressar. Jess não entendeu, mas seguiu a aprendiz.

-----------

 

- Kafra! Venha aqui... - disse Bartolomeu dentro de seu quarto.

- Olá senhor Bartolomeu. Estamos sempre do seu lado.

- Colocou o que eu lhe pedi dentro do cesto da menina...?

- Sim, senhor.

- Muito bem. Envie mensagem para a Catedral. Diga ao Necrus que a missão foi completada.

- Obrigada por utilizar nossos serviços - disse a Kafra, com um sorriso no rosto.

---------

 

Rachiele e Jess se dirigiam para Prontera naquela manhã. Pouca gente pela estrada e o sol que prometia esquentar o dia passou-lhes uma grande sensação de tranquilidade.

Os pássaros cantavam do galho das árvores enquanto outros arriscavam enfrentar as Fabres.

 

- Ai Rachi! Meus pulsos estão doendo! - queixou-se Jess.

- Deixa a alça do cesto no antebraço mesmo, Jess - respondeu Rachi - Tudo ok com suas flores?

- Sim...sim... na verdade tem algumas aqui que eu não tenha antes... - falou, olhando para o cesto e o remexendo um pouco.

- É mesmo? - sorriu Rachiele, olhando a menina.

- É sim...Tem aloés aqui no meio das flores...e é dificil eu achar aloés por aqui!

- Bem sorte sua então. Eu acho aloés bonitas. Me venderia por quanto uma Jess?

- Ah, que azar! Colocaram sujeira na cesta! - falou Jess, ignorando o que Rachi disse.

- O que colocaram aí? - perguntou Rachiele, parando.

- Um galho velho e seco. Que droga! - disse Jess, jogando inadvertidamente o galho seco no chão.

 

A mente de Rachiele acompanhou a queda do galho enquanto tentava lembrar do que tinha ouvido falar sobre o galho seco.

Lembrou-se de uma outra época, após de ter se tornado uma noviça e após ter conhecido Satty. Lembrou-se de um mercador de boa aparência que, no meio de uma corrida disse-lhe:

" Essa criatura não existe por aqui! Ela foi invocada!"

E Rachi, o acompanhando na fuga , perguntou:

" Mas... o que pode ter invocado esse monstro pra cá??"

" Ou foi uma magia, ou foi um galho seco!"

Num golpe de sorte, Rachiele pegou o galho antes que ele caísse ao chão.

 

- Não me faz mais isso! - disse Rachiele com o galho em mãos.

- Porque?

- Isso é um galho seco do Yggdrasil.

- A árvore sagrada...?

- É. Quando esse galho caí no chão, ele se quebra e normalmente invoca um monstro qualquer que não existe na região.

- E daí?

 

Rachiele, com o galho em mão, explicou a Jess tudo que poderia acontecer caso o galho fosse quebrado. E ambas concordaram que o galho deveria ser vendido para alguém que pelo menos, tivesse como vencer o monstro qe fosse invocado.

 

- Já sei! - disse Jess.

- O que, Jess?

- Vamos vender ele para algum clã!

 

Rachiele surpreendeu-se com a perspicácia da menina e concordou. Seguiram para Prontera e chegaram ali no fim da manhã.

- Jess, posso deixar o galho seco com você?

- Pode deixar Rachi. Eu só vender ele se for pra um cavaleiro ou um sacerdote!

- Isso. Eu tenho que ir pra Catedral. Agora eu viro noviça, né?

- É! Daí eu posso pedir cura pra você! - sorriu divertida.

- Boa sorte Jess. - falou Rachi já pensando em ter que aturar de novo os pedidos de cura.

- Valeu Rachi...Ah, toma! - Jess tirou uma Aloés do cesto e deu-a para Rachiele - Pra você.

- Jess, mas... Quanto?

- De graça! Valeu por tudo. Foi legal. Vou falar pra minha mãe que quando eu ficar maior vou querer ser aprendiz como você!

 

Rachiele segurando a flor, abraçou Jess que retribuiu o gesto. Rachiele sentiu seus olhos marejarem com a atitude da menina.

( Talvez nem tudo esteja perdido afinal... ) Pensou Rachi, desfazendo o abraço.

- Eu...eu tenho que ir pra casa... Tchau Rachi! - e Jess correu para sua casa, olhando para trás para ver a aprendiz.

( Obrigada Jess...Bem, agora, de volta ao trabalho.)

E Rachiele seguiu, olhando sempre em frente, em direção à Catedral de Prontera.

 

----------------

- Bem-vindo ao confessionário...Um momento! Você é o padre Necrus!

- Shhh...eu também tenho minhas coisas a confessar...

- Mas...senhor, eu não posso...é meu superior hierárquico aqui e...

- Eu desejo me confessar. Não pode vetar isso de ninguem, noviço!

- Eu...Mas...Sim, senhor...

- Por esses dias, uma vida inocente foi tirada por minha culpa...Dormi mal, muito mal por causa disso...E tive um sonho onde

Tyr, o deus cego, apontou a lança na direção do meu coração...E foi por causa desse sinal que vim aqui me confessar...Antes

que minha dor, tal qual como lança, acabe perfurando meu coração e que eu morra por causa disso...

- Prossiga padre...

- Há alguns dias recebi uma carta de um amigo da cidade de Alberta e...

- Prossiga padre, algum problema?

- Um minuto noviço...Acabo de ser informado que chegou mais um aprendiz para se tornar noviço...eu volto logo.

- Pois não.

-----------

 

Necrus saiu da sala escura do Confessionário e desceu dois lances de escadas. Havia instruído que, caso algum aprendiz tivesse chegado que o avizassem com um badalar de sinos. E assim que os ouviu, voltara para sua sala por uma saída externa.

Adentrando em seu escritório, Necrus sentou-se em sua cadeira acolchoada e tocou um sino menor e fez ressoar sua voz para que o aprendiz ouvisse também.

 

- Que o aprendiz que completou seu caminho de fé adentre os recintos de Necrus para receber sua recompensa!

E quando a porta se abriu, Necrus acreditou que via um fantasma.

Mas fantasmas não costumam sorrir.

- Oi padre... - Rachiele baixou o olhar ao falar com Necrus - Voltei. Posso ser acólita agora?

 

Necrus sentiu como se um enorme bloco de concreto fosse retirado de suas costas.

Saiu de trás da mesa, silencioso. Olhava Rachiele nos olhos.

A aprendiz, por alguma razão, limitou-se a vislumbrar o chão atapetado.

Necrus parou diante dela, tirou seu monóculo e lhe disse, colocando as mãos em seus ombros:

 

- Tu sempre será bem-vinda aqui Irmã Rachiele...Todos que buscam a verdade me são bem quistos. E quero que saiba que não a vetarei em nada que fizer. Confio em você para disseminar a crença por toda Rune-Midgard!

E a abraçou, fraternalmente.

Rachiele nada disse. O tempo das palavras passara naquele instante e agora era apenas o momento de alegria e novos planos para o futuro, que mostrava-se mais acalentador.

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Capítulo 19: Geffen?

 

Rachiele foi então promovida a noviça da Catedral de Prontera.

Prometeu a Necrus que tentaria, até o fim de sua vida levar a verdade e a sabedoria aos que a procurassem.

"Mas não garanto nada quanto a curas!" disse ao padre benemérito, que sorriu.

Prometeu também que manteria sua fé firme, não importando o que tivesse que enfrentar.

"Só não me pede pra enfrentar um ferreiro com camisa aberta, porque aí é covardia e não tem fé que ajude nessas horas! Eu sou mulher!" disse de soslaio para o padre, que fechou a cara; mas disse logo depois, emendando: "Bem...Acho que não tem nada demais se eu tiver que encarar um sacerdote mais bonitão,né?" e piscou para Necrus, que corou com a ousadia da jovem.

Ao ser dispensada da Catedral, Rachiele, agora devidamente vestida como noviça saiu pelas ruas. Sentou numa calçada e se pôs a pensar.

 

- Ei noviça! Cura eu, pliz? - pediu um espadachim usando o Sr. Sorriso.

- Num dá não! - Respondeu Rachiele - Pra começo de conversa , nem sou noviça!

- Não é não?? - perguntou o guerreiro, olhando a moça.

- Sou não. Sou uma arqueira disfarçada! Agora vaza!

 

O guerreiro foi embora praguejando o cinismo de Rachiele, mas o que ela poderia fazer? Não gostava de curar os outros, era essa a verdade.

Lembrou-se que quando saiu da sala de Necrus, lhe foi perguntado se gostaria de se tornar uma sacerdotisa futuramente.

- Não sei. - respondeu em dúvida. Seu objetivo era ser uma noviça. E quando muito, talvez aprender a técnica secreta dos noviços...Não era preciso mais, ou assim pensava.

 

- Irmã... - um gatuno usando chapéu chinês parou diante dela.

- Diga irmão de dedos-leves! - sorriu Rachiele.

- Me dá a benção? - pediu, educado.

- Pois não! - Rachiele se levantou e fez o sinal da cruz sobre o rosto do gatuno e disse: - Que Odin te traga sabedoria e que Thor lhe empreste tua força! Vá em paz! - sentou de novo e ficou silenciosa, enquanto o gatuno se foi, resmungando algo de ter conversado com uma louca.

 

Rachiele deitou-se no gramado. Era bem mais fácil ficar fingindo sono do que ficar dando desculpas para todos que passavam pedindo algo.

O sol do meio-dia começou a tracejar seu caminho para o poente quando Rachiele realmente adormeceu...

 

" Ah, antes que eu me esqueça." - disse o Irmão Bartolomeu.

" O que, irmão?" - perguntou Rachi.

" Um conselho para vocês duas. Jess?" - ele olhou para a florista.

" Sim?"

" Não deixe sujeira na sua cesta. Estraga as flores."

" Ah,sim, obrigada irmão."

" Rachiele?"

" Pode falar irmão."

" Não deixe cartas sem ler por muito tempo. Pode ser que seja importante o que esteja escrito nelas..."

Rachiele acordou e entendeu: Bartô falava da carta que ela não tinha lido.

Colocou-se de pé, e correu para casa.

 

Chegando em casa, subiu até seu quarto. Sem pestanejar, abriu a porta e pegou o envelope, tirou a carta e começou a ler.

" Rachiele, espero encontra-la bem.

Você não me conhece, mas pretendo me apresentar, meu nome é Rob, apenas Rob. Não há necessidade de você saber mais.

Rachiele, eu sou um homem procurado e pelo menos por enquanto, não poderei usar meu verdadeiro nome.

Você deve estar pensando porque um estranho lhe escreveria, não é mesmo? E deve estar se perguntando como eu sei seu nome também.

Devo dizer-lhe que sua mãe poderá lhe explicar mais do que eu, Rachi.

Tenho esperança que não tenham brigado de novo, sua mãe sempre comenta as brigas nas cartas que me escreve.

Me é muito desagradável ver o que acontece com uma mãe e uma filha que brigam só porque o pai não está presente..."

 

Rachiele parou de ler. Alguma coisa na frase daquele estranho não ia. Estava estranho,obscuro.

Sentiu medo do parágrafo que não compreendera.

Continuou a ler, sentando-se na cama e deixando a mochila no chão.

 

"(...) Como você deve suspeitar minha cara Rachiele, a vida aqui em Morroc não é fácil.

Sol demais, água de menos, problemas demais.

Nós não temos muito tempo para nos distrair, para pelo menos ficarmos à tôa, olhando as raras nuvens que passam pelo céu e conversarmos bobagens.

É por isso que muitos de nós se tornam gatunos ou assassinos.

E devo lhe confessar, é uma profissão inglória..."

 

Rachiele teve a impressão que estava ouvindo uma confissão de um meliante; prosseguiu a leitura.

 

"(...) Cavaleiros e Espadachins tem a seu lado o apoio dos rei e de quem puder pagar pelos serviços. Sacerdotes e Noviços recebem a graça dos deuses e são protegidos pela Igreja de Prontera; os Arqueiros e Caçadores são bem recebidos em qualquer infantaria e os Mercadores e Ferreiros são sempre procurados por todos.

E nós?

Muitos de vocês sequer cogitam firmar alianças com nós. Gatunos? São espertalhões que vivem do roubo.

Assassinos? São chagas que andam sobre a terra e quase tão odiados quanto qualquer monstro mais agressivo.

E olha que somos todos humanos, não é?

Ah,essa humanidade...

Certo, como você deve ter percebido minha prezadissíma Rachiele, eu faço parte desse ultimo grupo aí.

Como eu lhe dizia, temos pouca diversão em Morroc.

Em certo dia, estavamos no bar nos refrescando com um pouco de água fresca, eu e meus amigos.

E então...Ah!, mas nada disso importa agora.

Não desejo, de forma alguma que eu me prolongue demais nessa carta.

Essa carta é um convite para que venha para Geffen, desejo vê-la. Deve estar agora bem mais crescida do que da ultima que a vi, oculto num dos becos da cidade.

Esperarei você em Geffen. Apareça depois do meio-dia. Se eu não estiver do lado da Kafra me espere. Você saberá quem sou quando me ver. E quero que saiba desde já que eu sou seu verdadeiro pai.

Até breve filha."

 

Rachiele fechou a carta. Pensou em amassa-la, mas colocou-a sobre o criado-mudo e deitou-se na cama.

Pensou no que a carta dizia, pensou sobre o que sentia, pensou em quem poderia ter lhe enviado uma carta com tamanha...bobagem!

Não acreditou no que a carta dizia.

Mas iria até Geffen para descobrir a verdade.

 

Continua...

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lol Genial...

Fiquei muito impressionado com a história. Li todos os 19 capítulos sem parar. Muito bom, gostei desse estilo de FIC. Só queria me desculpar por não ter acompanhado a história antes.

Parabens... Senti falta da descrição das características físicas dos personagens. Mas, mesmo assim a historia está incrivel.

Estarei aguardando os próximos capítulos. \o/

"Me jogaram aos lobos, e eu voltei líder da matilha."

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Pera, deixa eu ver se eu tendi... O pai da Rachiele era um dos assassinos contratados pra matá-la? E aí ele foi lá e matou o outro mercenário? Oh loko, aí sim, ein...

 

Vê se não demora muito pra aparecer aqui de novo e postar os próximos capítulos, to querendo muito continuar lendo. ;D

Bem-vindos ao tópico da semana e espero que estejam preparados para uma grande novidade.
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Pera, deixa eu ver se eu tendi... O pai da Rachiele era um dos assassinos contratados pra matá-la? E aí ele foi lá e matou o outro mercenário? Oh loko, aí sim, ein...

 

Vê se não demora muito pra aparecer aqui de novo e postar os próximos capítulos, to querendo muito continuar lendo. ;D

 

Puxa, não ficou claro. x.x

Eram dois assassinos, dai veio o pai da Rachiele e matou os dois.

Mas bem, o caso aqui é que não defini direito características pros assassinos, nem nome eles tem. =(

Daí ficou confuso mesmo.

Enfim vou pegar lá mais um capítulo!

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lol Genial...

Fiquei muito impressionado com a história. Li todos os 19 capítulos sem parar. Muito bom, gostei desse estilo de FIC. Só queria me desculpar por não ter acompanhado a história antes.

Parabens... Senti falta da descrição das características físicas dos personagens. Mas, mesmo assim a historia está incrivel.

Estarei aguardando os próximos capítulos. \o/

 

Ah, não! Coyote notou minha falha! >

Mas obrigado por ter lido, vou ler a sua também!

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Interlúdio

 

 

Ir até Geffen...

Eu, pensando bem, não nutria nenhum tipo de simpatia por aquela cidade.

Aquele incidente no começo da minha carreira, o monte Jolnir ali, bem perto da cidade, e os monstros chamados de orcs, kobolds e goblins vivendo nas cercanias da cidade não me faziam pensar que Geffen fosse o melhor lugar para se viver.

"Meu pai?"

Ha! Isso devia ser piada. Meu pai sempre foi Normam, que era guarda em Prontera.

...Mas então porque me escreveriam uma carta dessas?

Saí para não precisar pensar nisso.

--------------------

 

Era noite em Prontera. A cidade ficava toda iluminada, e mesmo os carrinhos dos mercadores ganhavam novas cores.

Mordi a folha, com um sorriso meio perdido.

Esqueci que na rua não se sorri.

- Com licença?

Me virei. Era uma aprendiz de cabelos castanhos, lindos olhos verdes e um pouco suja. Imaginei que me pediria algo.

- Diz.

- É que...- ela olhou em volta - Eu vou me tornar uma maga...

- Sim. "Preciso de dinheiro, itens, treinamento, etc,etc,etc..." - pensei.

- E... estou indo pra Morroc. Conseguir a poção de lá...

- Sim.

- Você mora aqui em Prontera ou só está passando?

- Moro aqui.

- Que bom! Sabe me indicar uma boa hospedaria para eu dormir? Eu não conheço por aqui direito...é tudo tão grande... - ela olhou em volta, constatando o gigantismo da cidade.

Capotei.

- Peraí...

- Huh?

- Você é uma aprendiz. Porque não pede coisas?

- Ah,não. Quem faz isso é muito mala-sem-alça. Eu sei me virar.

- Como é seu nome?

- Yuu. E o seu?

- Rachiele...

- Então Rachi, onde fica a hospedaria?

- Vem comigo.

----------------

 

Caminhamos pela longa rua que levava à praça central de Prontera, mostrei para a aprendiz a estátua de Odin e ao cruzarmos o local, nos aproximamos da estalagem Naklas.

Ouvi um barulho de lá de dentro.

- Yuu...

- Que foi?

- Tem algo estranho...Espere aqui fora, não entre.

 

Ela não disse nada, mas claro que a expressão dela denunciava que queria saber o que estaria acontecendo.

Eu suspeitava de um assalto. Já tinha ouvido pelas ruas que as estalagens de vez em quando eram assaltadas quando fica de noite, e o número de guardas diminui.

Mas precisava ter certeza.

Abri a porta com cuidado para não fazer barulho. Olhei para dentro do local.

De repente a porta foi aberta com tudo, me pegando de surpresa e senti alguém segurando meus pulsos por trás enquanto meu pescoço era preso. A folha foi ao chão.

- Ae! Eu te falei que não era pra fazer barulho! O que faço com essa moça agora? - indagou um gatuno, segurando firme minhas mãos. Tentei me debater, mas sem sucesso. O gatuno tinha um punhal a vista em seu cinto. Seria muito fácil sacá-lo e dar fim à minha vida.

Eu devia esperar...

 

- Amarra e deixa do lado da estalajadeira. Já estou acabando de pegar o dinheiro. - disse o outro gatuno, mexendo no chão, onde um fundo falso tinha sido removido.

A porta atrás de mim se fechou e só pude lamentar minha má sorte.

Mas se aquele gatuno me soltasse...

 

- Rachiele!

Yuu tinha entrado bem quando o gatuno que me segurava me levava para perto da estalajadeira, desmaiada e amarrada num canto. Me amaldiçoei por não ter falado com mais firmeza com ela sobre não ter entrado.

 

- Yuu, saí daqui! Traga ajuda! - gritei sem pensar em mim.

Temendo pelo risco, o gatuno que me segurava sacou o punhal e com uma das mãos a jogou, mirando na cabeça de Yuu.

Era tudo que eu precisava.

- Yuu, abaixa! - berrei, livrando uma mão e enfiando dois dedos nos olhos do gatuno. Atordoado, ele afrouxou o outro braço que me prendia e o joguei ao chão, pisando com raiva nele.

...Mas e a Yuu?

Virei-me para a direção dela, estava no chão, a adaga cravada em seu ombro.

A julgar a expressão dela parecia estar sentindo muita dor.

Descuido meu. Esqueci do outro gatuno.

- Ah, sua noviça briguenta... - ele apontou a adaga para meu pescoço e senti o frio da lâmina bem perto. Ele me segurou com bem mais força que o outro gatuno - Ninguém faz isso com meu sócio...Você podia sair dessa sem se machucar...

- Desgraçado! FDP!

- Vou abrir você começando por essa língua...

Ele forçou meu pescoço para trás. Imaginei que fosse quebrar e num resfôlego abri a boca. Senti uma dor aguda quando o punhal começou a cortar minha língua e o gatuno apertou meu pescoço. Senti uma breve ânsia enquanto o gosto de sangue descia pela garganta.

Então ouvi um grito.

E o som de uma adaga caindo ao chão.

Yuu tinha arrancado a adaga de seu ombro, se aproximado do gatuno sem que ele a notasse, penso eu que se arrastando pelo chão e tinha cravado a adaga, ainda com seu sangue na barriga do mesmo e puxado.

O gatuno foi ao chão, enquanto eu tentava me recuperar e Yuu tombava de lado, devido ao sangue perdido pela adaga.

--------------------------------------

 

- Fingir de morto?

- É, foi o Cavaleiro Kaito que me ensinou.

Sorri. Estávamos deitadas cada uma em uma cama conversando. O barulho de luta tinha atraído a atenção de guardas, e os gatunos foram presos. O dono da estalagem, ao encontrar sua esposa sã e salva deu hospedagem e comida grátis para Yuu e para mim por algum tempo.

 

"Ah, a minha parte pode ficar pra ela. Eu moro aqui na cidade, não preciso." - disse eu ao estalajadeiro.

 

- Você foi corajosa, Yuu... - comentei, colocando as mãos atrás da cabeça e olhando o teto enquanto escutava o som da cidade lá fora.

- Ah, você também foi... - ela sorriu.

- Acho que você vai ser uma grande maga. - sorri, olhando para ela.

Ela nada disse, mas concordou com a cabeça com um sorriso de dever cumprido no rosto.

- Rachi...

Olhei para ela.

- A gente pode ser ver de novo? Você é legal... - ela sorriu.

- Sinceridade? - disse séria, mas sorrindo.

- Pode falar....

- Eu acho díficil, Yuu... - pisquei os olhos e mordi a folha. - Daqui a gente se separa, daí pra gente se ver...O mundo é grande, mas... - olhei para ela, que parecia meio decepcionada com a minha sinceridade - ...Se nos encontrarmos de novo, eu vou gostar. - sorri.

 

Ela sorriu de volta. Acho que iria falar alguma coisa, mas foi quando uma moça de cabelos vermelhos entrou no quarto chamando por ela, e ao vê-la a abraçou, chorando.

 

- Eu fiquei sabendo em Geffen que você tinha tido um problema aqui...vim correndo!

- Souma-chan... - murmurou Yuu, abraçando a moça.

Acreditei que era hora de ir. Não queria passar a noite ali na estalagem e Yuu já estava mais que devidamente acompanhada.

Fiz uma mesura em silêncio, acenando para ela indicando que ia partir e ela me respondeu.

 

- Ah, Souma-kun...essa é a Rachi... - ela me indicou, ao passo que a garota ruiva me olhou, feliz.

- Você ajudou a Yuu, não? Obrigada por ela estar bem!

- Ah, que é isso. - sorri sem jeito - Ela me salvou. Vai ser uma grande maga. Está indo bem. Cuide pra que ela continue assim, certo? - dei uma piscadela. - Eu tenho que ir.

- Até Rachi... - disse Yuu.

- Até. Pode deixar que eu cuido dela! - Souma sorriu, e apertou num abraço Yuu. Entendi que as duas eram mais que amigas naquele momento.

- Se cuidem. Boa noite!

 

Desci as escadas da estalagem enquanto sentia a folha em minha língua.

Se eu tivesse uma aventura daquelas por noite, acho que me aposentaria logo,logo.

Ri do que pensei, e voltei para casa.

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Só isso? Só um capítulo? 'Cê não pode fazer isso, cara, esses capítulos são curtos demais pra ser só um de cada vez. Exijo mais capítulos!

 

Nossa, a vida da Rachi tá turbulenta mesmo, ein... Só espero que ela não se aposente...

Editado por Razac
Bem-vindos ao tópico da semana e espero que estejam preparados para uma grande novidade.
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Concordo com o Razac. 'Cê vai matar a gente do coração. /heh

 

A narrativa como sempre está impecável, parabéns... Fico curioso pra qual classe a Rachi vai seguir: sacerdotisa ou monja? A julgar pelos acontecimentos, chuto na monja. ^^

 

Ah, não! Coyote notou minha falha! >

Mas obrigado por ter lido, vou ler a sua também!

Fica tranquilo, eu também às vezes tenho essa dificuldade. Mas isso é com o tempo... Meu maior defeito quando escrevo é repetir muitas vezes uma palavra. Mas como disse antes, com o tempo e bastante treino isso se resolve. Eu ainda tô apanhando, mas um dia eu conserto. xD

 

E por favor, mais capítulos plix *-*

 

Aguardando o próximo capítulo... PS: Estou com saudades da Satty. Será que ela reaparecerá?

"Me jogaram aos lobos, e eu voltei líder da matilha."

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Só isso? Só um capítulo? 'Cê não pode fazer isso, cara, esses capítulos são curtos de mais pra ser só um de cada vez. Exijo mais capítulos!

 

Nossa, a vida da Rachi tá turbulenta mesmo, ein... Só espero que ela não se aposente...

 

Nunca ! E foi mal ter colocado um capítulo só, era madrugada quando eu postei, estava meio grogue de sono... x.x

 

Concordo com o Razac. 'Cê vai matar a gente do coração. /heh

 

A narrativa como sempre está impecável, parabéns... Fico curioso pra qual classe a Rachi vai seguir: sacerdotisa ou monja? A julgar pelos acontecimentos, chuto na monja. ^^

 

 

Fica tranquilo, eu também às vezes tenho essa dificuldade. Mas isso é com o tempo... Meu maior defeito quando escrevo é repetir muitas vezes uma palavra. Mas como disse antes, com o tempo e bastante treino isso se resolve. Eu ainda tô apanhando, mas um dia eu conserto. xD

 

E por favor, mais capítulos plix *-*

 

Aguardando o próximo capítulo... PS: Estou com saudades da Satty. Será que ela reaparecerá?

 

Acho que vou postar uma one-shot em alguns capítulos só pra testar minha escrita atual.

Esses textos são velhos, talvez eu tenha melhorado desse tempo pra hoje.

E a Satty aparece sim, pode deixar!

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Nunca ! E foi mal ter colocado um capítulo só, era madrugada quando eu postei, estava meio grogue de sono... x.x

 

Então onde estão os outros capítulos?

 

Acho que vou postar uma one-shot em alguns capítulos só pra testar minha escrita atual.

Esses textos são velhos, talvez eu tenha melhorado desse tempo pra hoje.

E a Satty aparece sim, pode deixar!

 

Você podia refazer esses textos mais antigos, tenho certeza que seria produtivo.

Ou escrever uma one-shot mesmo, o importante é postar e fazer mais pessoas descobrirem que essa área existe.

Bem-vindos ao tópico da semana e espero que estejam preparados para uma grande novidade.
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[1] Então onde estão os outros capítulos?

 

 

 

[2] Você podia refazer esses textos mais antigos, tenho certeza que seria produtivo.

[3] Ou escrever uma one-shot mesmo, o importante é postar e fazer mais pessoas descobrirem que essa área existe.

 

[1] Sexta eu coloco mais, juro! x(

 

[2] Não posso, já refiz a fic uma vez. Fazer uma one-shot me parece mais simples.

 

[3] Eu estou com algumas idéias a esse respeito. Vou falar com algumas pessoas e depois converso contigo! x3

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