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RagnaTale: Hora Zero


Falw

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Provavelmente, até segunda-feira que vem, o capítulo III estará no ar! :)

 

Segue só um pedacinho da capa, que faço questão de guardar pra mostrar inteira depois. Ficou A-NI-MAL

 

previa-capa3.jpg

 

Abraços,

- Rafa

 

 

Uia..Vi sua sing em outros Tópicos e interesei em ler...mt boa mesmo,esse evento do Fim do Mundo foi realmente muito bacama!

lol:Horário que digitou:5:26 da manha...

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Hehehe infelizmente não tem como ser antes. O NIORI precisa de tempo para trabalhar nas artes. E pelo que conversamos, ele tá caprichando nas desse capítulo. Tem bastante ação nele, vai ser bacana! Segunda-feira a gente lança o Capítulo III.

 

Só por curiosidade, finalmente terminei a saga de reescrever até onde estava pronto, e posso me dedicar aos textos "novos" (capítulos 6, 7, 8 e Epílogo). Se der tudo certo, Hora Zero deve ter 8 capítulos. Eu tinha escrito até boa parte do 5, mas foi antes da palhaçada do escândalo de corrupção dos GMs antigos e antes de alguns problemas pessoais. Era uma história cheia de  homenagens e... bem, o capítulo cinco foi realmente complicado. Tive que mudar muita coisa do que acontecia nele por causa desses dois fatos e, consequentemente, precisei aumentar o desfecho da história.

 

Alguns amigos já leram pra fazer o "beta-test". Gostaram, mas concordaram que um trecho do 5 tá MUITO violento. Vou deixar pronta uma versão alternativa, com o desfecho original que eu tinha imaginado para ele, com menos violência. Sei lá, vai que a LUG aceita a sugestão de evento que eu estou escrevendo pra continuação da Ruína de Rune Midgard e use o Hora Zero como introdução à saga... duvido que eles deixem no ar a violência que rola no final desse capítulo. Aí fica uma versão de acordo com a maioria do público do Rag, politicamente correta.

 

Abraços,

- Rafa

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Luigi, respondi por MP! :)

 

Segue a capa do capítulo 3, que entra no ar na segunda-feira. Espero que gostem!

Só para fins de referência: parte desse capítulo e do próximo foram escritos com a música de abertura do RF Online. Tem 3 versões dela: a cantada chama "One". A instrumental chama "Love Theme", e a piano chama "What shall I do". Sei que tem elas no CD do RF Online. Eu instalei, peguei elas e apaguei depois o jogo. [/lala]

 

E o NIORI ouviu ela enquanto desenvolvia essa arte. Legal que ele conseguiu dar vida à visão que eu tive. É exatamente o que eu imaginei. Realmente foi sensacional encontrá-lo na comunidade e ter feito essa parceria! Parabéns, amigão! :D

 

Abraços,

- Rafa

 

Hora_zero-capa3_by-snopao.jpg

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@Leafar

Seu sem graça -.- eu só queria saber como seria essa violência fortíssima xD mas tudo bem... depois de amanhã já sai o Cap.3 (né ¬¬?) e logo chega o 5 =] go go go o/

Quando eu voltar pra casa vô salvar essas imagens o.O tá tudo muito gostoso no Hora Zero ._. os textos, as tirinhas, as imagens... as imagens ._. [/mal]

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Luigi, respondi por MP! :)

 

Segue a capa do capítulo 3, que entra no ar na segunda-feira. Espero que gostem!

Só para fins de referência: parte desse capítulo e do próximo foram escritos com a música de abertura do RF Online. Tem 3 versões dela: a cantada chama "One". A instrumental chama "Love Theme", e a piano chama "What shall I do". Sei que tem elas no CD do RF Online. Eu instalei, peguei elas e apaguei depois o jogo. [/lala]

 

E o NIORI ouviu ela enquanto desenvolvia essa arte. Legal que ele conseguiu dar vida à visão que eu tive. É exatamente o que eu imaginei. Realmente foi sensacional encontrá-lo na comunidade e ter feito essa parceria! Parabéns, amigão! :D

 

Abraços,

- Rafa

Que isso cara , eu é que agradeço , vou dizer o que vc já está cansado de saber , que está  fazendo um ótimo trabalho , eu é que tenho sorte de estar participando . Mas acho que devemos agradecer msm é a Fychan , se não fosse ela ...  hehehe .

Bom é isso aí , Go capítulo 4 .

 

Niori é homi ._.

Eu jurei que era uma guria

(ótimo trabalho, de qualquer forma ._.)

Sou homem karamba X/

 

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NIORI, curti esse chaveiro poring na saia da Lady :p Mal posso esperar o próximo capítulo.

hahah , esses dias eu estava comentando com o Leafar , sobre esse chaveiro , se seria uma boa colocar ele , afinal a Jô é bem forte , derruba bafomé no tapa , mas concordamos em deixar ele , pra representar o lado feminino dela , delicado ... digamos assim . Quem  deu isso pra ela foi uma pessoa bem especial  ...

    

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Hora Zero

 

Hora_zero-capa3_by-snopao.jpg

 

Texto: Rafael de Agostini

Arte: Niori

 

Capítulo III – A detentora do poder sagrado

19h30 – Kafra central de Juno

 

Em silêncio absoluto, Bonnie Heart, Leafar, Aislinn e Sailorcheer pegavam coisas de seus armazéns. A funcionária Kafra olhava curiosa. Estava acostumada a ver gente se equipar para as mais diferentes missões, mas aqueles quatro, em especial, pareciam estar se preparando para tomar um castelo sozinhos.

 

Olhou para a Caçadora. Seu Yoyo segurava suas luvas enquanto ela ajeitava duas aljavas nas costas, com dois tipos de flechas. As penas delas, visíveis, eram lindas, denunciando a excelente qualidade do material com os quais eram compostas. Viu-a ajeitar orelhas de anjo e colocar uma fina coroa dourada, com uma gema vermelha no centro. Guardou uma adaga na bainha da cintura, e ficou muitos minutos fuçando as coisas, até encontrar um Gakkung que enchia a vista de qualquer um. Deu o arco para Ayo segurar, desajeitado, enquanto amarrou cuidadosamente na cintura um frasco com líquido verde. Esticou então o braço para que seu fiel falcão, Aren, vindo direto da longínqua Payon, pousasse em sua proteção de couro.

 

A Mercenária, com uma rapidez incrível, testava adagas e katares. Conforme escolhia, ia prendendo as armas em locais distintos da armadura. Cada vez que a Kafra piscava, Sailor estava com uma arma diferente na mão, dando poucos golpes no vento e, ou devolvendo a arma para seu armazém, ou fazendo-a sumir em algum esconderijo da roupa. Por fim, cobriu-se com um manto – não antes de sacar uma última adaga e dar um beijo de olhos fechados em algum lugar da sua guarda.

 

O Lorde parecia uma parede viva de metal. Entretanto, a Kafra estava assustada com a agilidade dele. A armadura não o incomodava em nada. Ele retirou a capa vermelha padrão da Cavalaria e colocou na bainha das costas, de maneira horizontal, uma espada de origem óbvia de Amatsu. A Muramasa parecia implorar em silêncio para ser sacada. Fincou uma adaga embainhada no cinto de couro, ao lado de uma garrafinha presa, com um líquido vermelho, e puxou um manto. Prendeu-o com dois broches azuis e voltou a fitar o armazém, com o olhar perdido. Por fim, sacou o Elmo do Orc Herói – o mesmo que usara na batalha original contra a Ruína de Rune Midgard. Talvez sentisse sorte com ele, talvez fosse coincidência; a Kafra nunca soube. Apenas notou que ele parecia ter terminado de se arrumar, quando ele puxou a espada de lâmina larga e roxa e apoiou-a nos ombros. Eram poucos os que possuíam uma Katzbalger e que, mais raro ainda, sabiam utilizá-la.

 

Como contraponto a isso, a Kafra notou Bonnie Heart. A Suma Sacerdotisa não fazia outra coisa a não ser rezar. Mantinha-se ajoelhada, com os olhos fechados e mãos unidas, apoiadas nas coxas, murmurando em seqüência dezenas de orações. Apesar de alguns fios de cabelo escorrem em seu rosto, foi possível notar uma lágrima tímida escorrendo do canto de um de seus olhos, quando ela buscou o Rosário no peito e deu um beijo nele.

 

O ar estava pesado. Não sentiam vontade de conversar, apesar de saberem que era necessário dizer algo. Rush foi até os pés de Leafar e se deitou, com as orelhas abaixadas, sentindo o clima ruim que se abatia no grupo. Sailor, de braços cruzados sob o manto, foi até a ponte que ligava a cidade flutuante até a terra firme e ficou olhando para o nada. Aislinn queria se aproximar dela para conversar, mas estava incomodada com a idéia de deixar Leafar sozinho com Bonnie Heart. Tocou a aliança do falecido marido pendurada em uma fina corrente em seu pescoço e resolveu se sentar, aguardando. E ficaram ali por longos minutos, quietos, notando um ou outro aventureiro ocasional indo se equipar com a ajuda da Kafra.

 

Foi quando o silêncio foi quebrado. Todos ouviram o “venham” ao mesmo tempo e foram teleportados.

 

Olhando ao redor, notaram um gramado verde, com o som de pássaros cantando. Alguns Fabres e Porings passaram perto deles. Aislinn notou o castelo de Prontera ao longe, mas voltou sua atenção para a figura de branco na frente deles. O cabelo dele era castanho. Assim como Wyla, possuía orelhas pontudas, e utilizava Asas de Anjo.

 

- Oromë! – Leafar fez um rápido cumprimento com a cabeça, respondido pelo GM.

 

- Vocês precisam correr. O único MVP vivo neste momento é o Bafomé do Labirinto da Floresta. Os outros ainda estão para renascer. Provavelmente um dos três virá para cá.

 

- Pode nos mandar para o andar intermediário?

 

- Não posso, estou no encalço dos outros. Desculpem, boa sorte.

 

Tão rápido quanto eles foram para lá, Oromë sumiu. Leafar deu passo a frente, olhando a entrada do Labirinto.

 

- Muito bem, senhoritas. Vamos entrar sempre nos mesmos portais, não importa o que aconteça.

 

- O que faremos na hora da batalha, Leafar? – perguntou Bonnie.

 

- Uma coisa de cada vez. Vamos encontrar o segundo andar antes.

 

As três concordaram e, um a um, correndo, eles desapareceram na entrada.

 

***

 

20h – Igreja de Prontera

 

O sacerdote tinha sido chamado às pressas. Veio o mais rápido que pôde para a igreja, e notou que um salão estava com o acesso restrito. Entrou nele, e percebeu que um punhado de padres estava conversando em volta de alguém deitado. Cumprimentou rapidamente os demais e ficou surpreso ao notar que a pessoa era o rei de Prontera.

 

- O que... o que houve com ele? – perguntou assustado.

 

Não conseguiu ouvir a resposta de imediato, pois o rei dera uma golfada de vômito no chão, já sujo por outras reações iguais. Alguém lhe passou um pano úmido na testa, enquanto sangue escorria de sua boca.

 

- Você é exorcista, não? – perguntou uma das sacerdotisas, olhando o recém-chegado.

 

- Sou sim, irmã.

 

- Assuma daqui então. Preciso me recuperar.

 

Ela se afastou, enquanto pelo menos cinco sacerdotes se revezam em curar o rei com suas magias.

 

- Eu preciso saber o que está acontecendo, para saber como ajudar.

 

- O rei está com algum tipo de influência maligna. Precisamos expurgar este mal dele. Mas não estamos conseguindo.

 

- ME nele, amigo – disse outro sacerdote, com o rosto suando, entre a pausa de uma das curas no rei.

 

- C-claro... ME...

 

E enquanto o sacerdote invocava os poderes do Magnus Exorcismus, a Rainha dos Mortos, coberta com um manto e capuz negros, virava o rosto, do lado de fora da janela. Odiou-se por não ter percebido que o rei estava sob algum tipo de encanto. Agora era uma questão de honra restaurar-lhe a saúde mental. Ela sabia que o tratamento que estavam lhe dando na igreja não ia resolver. Sua única saída era encontrar a pessoa que tinha dado as Folhas de Yggdrasil de Prata para o governante de Rune Midgard.

 

Hora_Zero-capitulo3-cena-1-Exorcism.jpg

 

***

 

20h15 – Labirinto da Floresta

“1º Andar”

 

Sailorcheer era uma grande conhecedora do lugar. Costumava ir ali com Fei Akchart, quando ainda eram noivos. Era um lugar que passava uma tranqüilidade e uma paz incrível, apesar de ter tantos monstros. Na verdade, é muito difícil para alguém que nunca pisou nesse labirinto conseguir visualizá-lo apenas através de descrições. As clareiras possuem portais que enviam quem os atravessar para lugares diferentes do que simplesmente a direção óbvia. As árvores estão com suas folhas sempre farfalhando, enquanto a luz mantém-se suficiente apenas para ver o caminho – seja dia ou seja noite.

 

E de portal em portal, com precisão, a mercenária guiou o grupo até o segundo andar. Andaram em silêncio, passando por uma ponte de madeira que cruzava um rio. Leafar olhou e sorriu discretamente ao ver o lugar onde estava uma dupla com quem cruzara durante sua busca d’O Chamado. Rapidamente, porém, retomou a seriedade ao notar o portal. Pararam antes de entrar.

 

- Temos que ser rápidos, pois um dos três pode aparecer a qualquer instante – disse, enquanto tirava o Espelho de Wyla da bolsa do cinto.

 

- Qual o plano, Leafar? – Aislinn olhou para os lados, apreensiva.

 

- Bem, temos que pensar direito. Não viemos aqui para matar o MVP. Temos que protegê-lo do atacante e, vocês sabem, vencer esse atacante.

 

- Imagino que o senhor Bafomé vai adorar isso. Dois grupos se matando. Cinco presas fáceis para eles – Bonnie ajeitou a coroa na cabeça – Será que seus bichinhos conseguem levar nossos restos para a cidade?

 

- Eu não acho que... – Leafar parou de falar quando as moças olharam para os animais de estimação.

 

Rush e Ayo estavam sentados, observando eles. Um Creamy ia atacar Ayo pelas costas. Sailor tirou uma pedra do bolso, pronta para acertar o monstro, mas ele foi alvejado por Aislinn, mais rápida que a mercenária.

 

Leafar olhou aquilo e continuou em silêncio. Apertou os olhos e olhou o Espelho nas mãos. Observou Sailor e Aislinn, e sorriu.

 

- Tive uma idéia.

 

***

 

Poucas vezes o Labirinto da Floresta tinha recebido uma visita tão poderosa. Seus monstros não eram páreo para seu poder. Lobos do Deserto, Moscas Caçadoras, Argíopes... eles nem sequer atingiam-na. Determinada, Lady Jô Mungandr passava pelos portais. Ela sabia que faltavam boas horas para a volta de alguns dos MVPs cujas essências realmente compensavam. E estava pronta para destruir sozinha o Bafomé do Labirinto.

 

Exatamente como fizera Naglfar.

 

O primeiro paladino de Glast Heim, servo do Rei Tristan I. Jô lembrava-se ainda hoje de quando ouviu a história pela primeira vez. O poder de Naglfar era tão grande que seu Peco Peco emitia constantemente uma energia dourada. Nenhuma criatura maligna mundana conseguia ficar perto do Paladino sem fugir desesperada. E foi ele que, sozinho, derrotou o Bafomé Primordial, o primeiro e mais poderoso desses monstros, quando ele surgiu em Rune Midgard.

 

Era uma questão de honra para Jô caçar e matar todo e qualquer Bafomé que encontrasse. E se isso a ajudasse a trazer seu ídolo de volta à vida, ela assim faria. Era um alívio estar fora dos domínios da Rainha da Morte. Jamais imaginou que seria derrotada na batalha da Ruína de Rune Midgard. E, morta, não tinha percebido como era bom estar viva. Sentia falta do vento em seu rosto e do cheiro de mato durante a noite. Estava ansiosa para rever o sol, mas ainda faltava muito tempo para isso.

 

Com a espada em riste em uma mão e o escudo na outra – gravado com o mesmo brasão que estava em seu peito, a estrela branca de ponta cabeça dentro de um círculo – finalmente alcançou o segundo andar da floresta. Na verdade o “segundo andar” não era um piso mais elevado, como o nome sugere. Tratava-se de uma clareira que levava para o segundo labirinto, um pouco pior que o primeiro. Mas Jô Mungandr não se importava. Em poucos minutos atravessou o campo verde e entrou no portal.

 

Ouviu ao longe os berros do Bafomé. Ficou preocupada, pois tinha encontrado previamente um grupo lutando contra o Samurai Encarnado, e quase perdeu ele. As regras da vida são iguais para todos: quem fere mais o MVP é que tem o direito de pegar suas recompensas. E foi realmente por muito pouco que a Paladina não perdeu sua recompensa para o grupo que tinha começado a atacar o MVP em seu lugar.

 

Começou a passar rapidamente, de portal em portal, correndo alucinadamente. Ouvia a fera gritar, irritada. Aumentou a velocidade da corrida, até finalmente surgir na mesma clareira que o monstro. Ele segurava a foice, com os dentes afiados surgindo do focinho de bode. Seu corpo peludo estava sujo, com um pouco de sangue. Ao notar a mulher, avançou e atacou sem o menor pudor.

 

Os olhos da Paladina brilharam. Teve um rápido devaneio, imaginando o que teria se passado na cabeça de Naglfar quando ele lutou na então linda Glast Heim. Deu um golpe de espada e viu o sangue voar do monstro. Será que tinha sido assim com ele também? Será que a fera sabia que não era páreo para o poder de alguém tão forte quanto um deus?

 

Jô sorriu. Com seu escudo, parou todos os ataques do Bafomé. A foice dele, incessante, tentava tomar sua vida, mas ela estava, acima de tudo, saboreando o momento. Seus lábios sorriam de maneira quase orgásmica com aquele duelo. Por fim, em um momento de lucidez, lembrou-se que quanto mais demorasse, mais tempo levaria para trazer seu herói de volta. Assim, avançou. Arremessou o escudo, desequilibrando o Bafomé. Um, dois, três golpes de espada. Com uma das mãos, segurou a foice dele pelo cabo. O hálito fedido dele saiu das narinas, acima da cabeça dela, desarrumando seu cabelo. Ela, de olhos fechados, ainda sorrindo, invocou sua Crux Magnum. A explosão de luz transformou o inimigo num cadáver no mesmo instante.

 

Hora_Zero-capitulo3-cena-2-J-vs-Bap.jpg

 

Para sua surpresa, porém, a Paladina notou que a aura “MVP” saltou de trás de uma moita. Olhou o resto do monstro e tentou pegá-lo, mas não conseguiu. Súbito, Sailor apareceu na frente dela, saindo da Invisibilidade. Pegou o troféu – os chifres do Bafomé – e guardou-os em um saco de couro grande. Deu uma piscada e Recuou, bem a tempo de evitar uma espadada.

 

A Paladina olhou surpresa para a Caçadora saindo de trás da moita, que jogou a Foice do Bafomé – seu prêmio de MVP – no chão. Notou também o Lorde e a Suma Sacerdotisa surgirem.

 

- É ruim que vou ficar protegendo um MVP, hein? – disse Leafar, com a Katzbalger apoiada no ombro direito – Ei, Jojô! Chegou tarde!

 

O plano tinha sido simples. Com o Espelho de Wyla, o grupo localizou o Bafomé. Leafar e Sailor ficaram contendo os ataques dele enquanto Aislinn o atingia de longe. Quando sentiram que ele estava bem fraco, se esconderam. Mesmo com o ataque poderoso, Jô Mungandr não conseguiu superar a quantidade de ferimentos que a Caçadora fizera previamente nele.

 

- Eu não tenho tempo a perder com vocês. Entreguem-me os Chifres dele – disse, resoluta em sua postura.

 

- Claro, claro! – disse Sailor, levantando o saco de couro – Não queremos encrenca aqui. Eu vou jogar ele, você pega.

 

A Paladina se virou para a Mercenária. Sailor jogou o saco bem alto, longe do alcance de um pulo normal. Aislinn, numa fração de segundos, disparou uma flecha, que atingiu o saco, viajando com ele até cravá-lo no alto de uma árvore. Jô se virou, acompanhando, e viu um certo Yoyo sorrindo, saindo dos galhos e pegando o objeto, sumindo nas folhagens, a seguir.

 

Quando ela se virou para xingar, notou a Mercenária colada nela. Parecia que ela tinha acabado de furtar algo. Irada, deu um golpe com a guarda da espada. Sailor voou alguns bons metros antes de aterrisar nos pés de Leafar. Olhou para ele, piscou e desmaiou.

 

- Não vou perder meu tempo matando vocês porque alguém muito especial precisa da minha ajuda. Mas eu marquei os rostos de vocês. Eu vou caçá-los depois.

 

Enquanto ela xingava, Leafar abriu a mão de Sailor. Pegou um punhado de Asas de Borboleta e mostrou para a Paladina. Guardou-as e deu um passo adiante.

 

- Sério mesmo? Teleporta aí, campeã. Quero ver como consegue fazer isso sem essas asinhas aqui – ao dizer isso, Leafar tomou um gole do líquido vermelho da garrafa que carregava. Balançou a cabeça, sentindo seu corpo se arrepiar.

 

Pela primeira vez desde que se tornara Paladina, Jô Mungandr estava pasma. Tinha perdido o MVP e ainda sido furtada. Aquilo lhe foi o suficiente. Segurou firme a espada e encarou o Lorde.

 

- Como se chamam? – disse, com fúria contida no olhar.

 

- Eu sou Leafar. Aquela é Aislinn e esta é Bonnie Heart. A Mercenária que foi mais rápida que você é Sailorcheer.

 

- Ótimo. Eu evito matar pessoas sem saber seus nomes. Ainda honro meu deus, e não enterro ninguém sem identificação.

 

- Vou me lembrar disso quando jogarmos seu corpo na vala... de novo! – Leafar coçou o nariz com a ponta do polegar e segurou a espada com as duas mãos – Vocês da Ruína têm esse péssimo hábito de voltar da morte, não? É só pra pagar promessa ou é burrice mesmo?

 

Aislinn não deixou de ficar chocada ao ouvir Leafar dizer aquilo. Ele mesmo não tinha muita moral para falar isso. Mesmo tendo sido clonado, de certo modo, também “voltara” da morte. Mas talvez fosse um plano dele para irritar a mulher antes da batalha – pessoas nervosas ficam com a defesa debilitada. O fato é que a Provocação funcionou. A Paladina deu um berro e partiu para cima do Lorde.

 

A lâmina roxa começou a voar no ar, defendendo os ataques do sabre dela. Era difícil acompanhar a luta. Os dois eram incrivelmente rápidos. Mesmo Leafar ficou admirado pelo fato da mulher, uma Paladina, estar atacando com tanta velocidade.

 

Bonnie olhou rapidamente para Sailor, mas o ataque começou antes que ela pudesse se concentrar na mercenária. Não quis arriscar perder Leafar, e começou a dar suporte a ele. Ao mesmo tempo, Aislinn correu e se posicionou. Apoiou um dos joelhos no chão.

 

- Vai, Aren! – gritou para o falcão. A ave deu um rasante na Paladina, mas suas garras apenas triscaram no escudo.

 

Leafar mantinha-se sem atacar, esquivando e defendendo com a espada os ataques da oponente. Bonnie espalmou as mãos para os céus, e a figura de uma mulher de branco surgiu acima de Jô. A imagem soltou algumas espadas translúcidas nela, enquanto a Suma Sacerdotisa sussurrava quase como uma oração as palavras “Lex Aeterna”.

 

Aproveitando o momento, Aislinn disparou uma Rajada de Flechas. Jô sentiu a dor amplificada e deu um passo para trás. Foi a vez de Leafar atacar. Com o Impacto de Tyr, ele arremessou a mulher alguns metros para longe. Ela bateu em uma árvore de tronco grosso e, tão forte foi a pancada, quebrou-a com o impacto.

 

Tomado pela chance, Leafar avançou contra a Paladina. Ia bater de novo, mas ela tinha começado a murmurar. Seu murmuro começou a ficar alto, como se ela entoasse algum tipo de cântico. O Lorde sentiu seu corpo se enfraquecer. Era como se tivesse perdido parte de sua força e velocidade. Teve espasmos de dor, e fez uma força enorme para não largar a espada. Tudo que sentiu foi um chute certeiro no peito; pôde sentir a bota metálica da inimiga em sua armadura. Deu três passos para trás e caiu. Por fim, soltou a espada e levou as duas mãos aos ouvidos, tentando se livrar do som da música de Jô.

 

Ela, pronta para atacar o alvo fácil, teve que recuar quando as flechas de Aislinn lhe vararam as pernas. Olhou irritada e segurou forte o escudo. Começou a avançar contra a Caçadora. Bonnie, que terminara de invocar Assumptio em Aislinn, se afastou, ficando no meio do caminho entre Leafar e a Caçadora.

 

Indignada, a Paladina não conseguiu se mover. Olhou para o chão, sentindo uma pressão na bota da armadura, e viu que uma Armadilha segurava com os dentes de metal sua canela. Aislinn, com o arco armado, deu uma piscadinha sem dizer nada e disparou sua Rajada de Flechas novamente. Como se fosse parte de uma dança, Aren voou junto com as flechas, pronto para atacar. Jô Mungandr, porém, segurou o escudo com as duas mãos. Ela brilhou forte por um instante, em uníssono com ele. A visão foi triste: o falcão bateu no escudo, soltou uma guinchada de dor e caiu. As flechas rebateram no escudo e voaram de volta na direção de Aislinn. O Assumptio diminuiu o estrago, mas ela foi cortada nos braços e barriga.

 

Ignorando a Caçadora, Jô se virou para Bonnie. Ia atacá-la, mas ouviu o berro de Aislinn. Notou as flechas em sua direção e, sem olhar, segurou o escudo firme novamente, com apenas uma das mãos. Mais uma vez as flechas bateram nele e voaram contra a loura, derrubando-a, agora muito ferida. Olhou orgulhosa por cima do ombro, para saborear a queda da Caçadora, mas sua prepotência lhe custou a vantagem. Bonnie não apenas tinha curado e fortalecido Leafar, como agora era ela quem sussurrava palavras especiais. Com o dedo dela apontado em sua direção, sentiu algo ser sufocado dentro de sua garganta.

 

- Ela não pode usar habilidades por algum tempo, Leafar! – disse Bonnie, tentando se posicionar para alcançar Aislinn e Sailor, que estavam caídas do outro lado da clareira.

 

- Não preciso de mais de cinco minutos!

 

Ao dizer isso, Leafar se concentrou. Utilizou todas as suas habilidades, com o corpo brilhando em dourado. Por fim, deu um grito, com uma luz vermelha explodindo de si, envolvendo-o. Seu coração ficou acelerado. Estava em Frenesi, sua técnica máxima.

 

Bonnie começou a abençoar Jô com Lex Aeterna, alternando Kyrie Eleisons em Leafar. O Lorde estava atacando estupidamente rápido. Era inconcebível algum ser humano conseguir bater com uma espada de duas mãos àquela velocidade, mas ele assim fazia. Alguns dos seus ataques rebatiam na técnica do escudo da Paladina, ainda ativa, mas ele era tão rápido que conseguia evitá-los. Seus braços, com as veias saltadas, faziam seus ataques serem muito mais poderosos que o normal. E como não fazia há muito tempo, Jô começou a recuar. Os ataques de Leafar começaram a abrir feridas nela, e seu sangue começou a escorrer. Ficou sem reação quando ele, com a força dos golpes, arrancou o escudo de sua mão. Mal notou quando a espada atingiu-a, de baixo para cima, jogando-a para o alto. Ela subiu alguns metros, vítima da pancada, até cair no chão, inerte. Ao mesmo tempo, a coloração do Lorde voltou ao normal. As veias de seus braços diminuíram, mas seu coração continuou batendo a mil. Ofegante, apoiou a espada no chão, olhando para a mulher caída.

 

Hora_Zero-capitulo3-cena-3_by-snopa.jpg

 

- V-vencemos... – disse com um pouco de dificuldade.

 

Bonnie se preparava para socorrer Aislinn e Sailor, mas parou. Ficou arrepiada ao ouvir uma risada vinda de Jô, caída. Com calma, a Paladina se virou. Mesmo suja de terra e sangrando, ergueu-se com imponência.

 

- Aqui está a diferença entre o que eu sou e o que vocês são – disse, olhando para Leafar, que mal conseguia ficar de pé – Vocês não são nada mais que.... humanos. Reles humanos. A força de vocês é admirável, mas ela acaba. Já, a minha...

 

Com um sorriso, Jô espalmou as mãos ao lado do corpo. Seu corpo vibrou, e uma explosão azul tomou conta dela. Bonnie reconheceu na hora a aura azul, símbolo do poder máximo que uma pessoa pode alcançar.

 

- Como... como você fez isso? Como escondeu sua aura? – disse ela, descrente.

 

- Já lhes disse. Eu não sou regida pelas mesmas regras que vocês. Meu poder é maior, assim como minha missão de vida. Vocês mal sabem o que fazem. Eu luto pela vida do homem mais importante deste mundo: Naglfar.

 

- Esse... esse cara...

 

Jô virou o rosto na direção de Leafar, lutando pra se manter ereto, exaurido pela técnica do Frenesi.

 

- ... esse cara... – continuou – é um perdedor.

 

- O QUE DISSE? – Jô agora tinha virado o corpo todo na direção dele.

 

- O cara é um idiota – Leafar finalmente tinha conseguido ar para falar – Ele consegue o status de lenda e joga tudo para o alto para se corromper por mais poder. É a segunda pessoa que conheço que faz isso. Idiota.

 

Leafar cuspiu com gosto, enojado com a idéia de alguém passar assim para o lado do mal. Porém, não teve tempo para falar mais nada. Levou um murro que o fez dobrar, caindo com as mãos na barriga, de olhos fechados. Rush, até então escondido no mato, saiu e começou a latir para a Paladina. Ela, por sua vez, começou a andar lentamente na direção de Bonnie.

 

- Vai fugir, Suma Sacerdotisa?

 

- De modo algum. Esta batalha ainda não acabou, Lady Jô Mungandr.

 

- É honrada por ficar até o final. Será a primeira que vou sepultar aqui, e orarei verdadeiramente pela sua alma.

 

Com um sibilo, o sabre cortou o ar na noite escura. O barulho do golpe atingindo algo fez Rush parar de latir, assustado com o que viu.

 

***

 

tirinha-5-Leafar-e-Jo_by-snopao.jpg

 

Tirinha bônus by NIORI:

tirinha-4-Leafar-e-Sephroth_by-snop.jpg

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Ela, por sua vez, começou a andar lentamente na direção de Bonnie.

 

- Vai fugir, Suma Sacerdotisa?

 

- De modo algum. Esta batalha ainda não acabou, Lady Jô Mungandr.

 

- É honrada por ficar até o final. Será a primeira que vou sepultar aqui, e orarei verdadeiramente pela sua alma.

 

Com um sibilo, o sabre cortou o ar na noite escura. O barulho do golpe atingindo algo fez Rush parar de latir, assustado com o que viu.

T-T mi fu!

 

=D Muito boa narrativa... Acredito que as tirinhas tenham sido as melhores! Reviveu o meu ódio contra o Sephiroth por ter matado a adorada Aeris ^^

 

 

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Ela, por sua vez, começou a andar lentamente na direção de Bonnie.

 

- Vai fugir, Suma Sacerdotisa?

 

- De modo algum. Esta batalha ainda não acabou, Lady Jô Mungandr.

 

- É honrada por ficar até o final. Será a primeira que vou sepultar aqui, e orarei verdadeiramente pela sua alma.

 

Com um sibilo, o sabre cortou o ar na noite escura. O barulho do golpe atingindo algo fez Rush parar de latir, assustado com o que viu.

T-T mi fu!

 

=D Muito boa narrativa... Acredito que as tirinhas tenham sido as melhores! Reviveu o meu ódio contra o Sephiroth por ter matado a adorada Aeris ^^

 

 

 

Desculpa Bonnie,

mas se depois daquele evento vcs 4 matarem os caras sem dor de cabeça nao vai ser justo

..nem um pouco!!

 

tem q ser estilo cavaleiros ficar quase a beira da morte ai volta com tudo ganha no final.. ai sim!

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